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Apostila de Biologia

9º ano- 2024
Prof.ª; Élida

Aluno(a);................................................................................................................... Turma;..........
MÓDULO-01
Sistema Reprodutor humano - introdução
Desenvolvimento humano
Assim que nasce, o bebê começa seu crescimento e seu desenvolvimento em “direção” a uma vida adulta, passando por
diferentes etapas.
De forma simplificada, é possível identificar três fases principais no desenvolvimento humano: a infância, a
puberdade e adolescência, e a vida adulta.

A infância
O período da infância se inicia com o nascimento e se estende até o início da adolescência,
sistema genital:
correspondendo a uma fase de crescimento e desenvolvimento. Os bebês nascem com um sistema conjunto
genital formado, tanto externa quanto internamente. Para ter certeza sobre o sexo do bebê, é formado pelos órgãos
externos e internos
preciso identificar seus órgãos genitais externos: pênis e bolsa escrotal para os meninos e o
envolvidos
pudendo feminino (ou vulva) para as meninas. Esses órgãos na reprodução.
correspondem aos caracteres sexuais primários.

A puberdade e a adolescência
A etapa entre a infância e a vida adulta pode variar muito de pessoa para pessoa e,
caracteres sexuais: ou
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência pode se estender dos 10 características sexuais,
aos 19 anos de idade. são chamados primários
A puberdade (do latim pubertas “cobrir de pelos”) é o processo biológico de amadurecimento quando estão relacionados
diretamente aos órgãos
sexual do ser humano, que possibilita a reprodução. É durante a puberdade que os caracteres
reprodutivos: vagina,
sexuais secundários aparecem. Em geral, é a fase inicial da adolescência. ovário
As mudanças começam a ocorrer em torno dos 9 aos 13 anos, por meio da ação dos hormônios e útero nas meninas; pênis,
testículos e bolsa escrotal
sexuais, dando início à puberdade.
nos meninos. Quando
Nas meninas, os hormônios progesterona e estrógeno, produzidos no ovário, vão provocar a relacionados à
formação dos seios, a deposição particular de gordura pelo corpo, assim como uma distribuição diferenciação
característica de pelos, o aumento dos quadris e a ocorrência da primeira menstruação, conhecida sexual sob ação dos
hormônios sexuais, como a
como menarca. Essas modificações formam os caracteres sexuais secundários femininos.
distribuição de pelos no
Nos meninos, a testosterona, produzida nos testículos, estimula o desenvolvimento dos corpo, aumento de massa
caracteres sexuais secundários masculinos, como o aumento da massa muscular, o engrossamento muscular, desenvolvimento
de seios, entre outros, são
da voz, a distribuição característica de pelos (inclusive barba) e de gordura pelo corpo, o aumento
chamados de caracteres
dos órgãos sexuais externos e a ejaculação. Normalmente, nesse período, a ejaculação é sexuais secundários.
involuntária e ocorre durante o sono, sendo chamada polução noturna.
A adolescência não se limita à puberdade, mas se trata de um fenômeno mais amplo, marcado por mudanças
psicológicas e sociais, que continua após a puberdade.

O que faz com que a puberdade se inicie?


O hipotálamo é a região do encéfalo, localizada abaixo da parte central do cérebro,
responsável por desencadear as mudanças relacionadas à puberdade. Isso depender á de
alguns fatores, como estímulos do meio, condições de saúde e nutrição e genética da
criança. Essa região sinaliza para a hipófise (glândula endócrina estudada no Módulo 14 do
livro do 8º ano), localizada logo abaixo do cérebro, que devem ser iniciadas a produção e a
liberação de hormônios para o resto do corpo.
A hipófise, então, passa a produzir dois hormônios, o hormônio folículo estimulante
(FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Ambos agem sobre os ovários e os testículos, sendo
o primeiro responsável pelo estímulo à produção de óvulos e de espermatozoides em
meninas e em meninos, respectivamente, e o segundo, por estimular essas gônadas a
produzirem os hormônios sexuais.

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Acne
Uma das manifestações que costumam caracterizar o início da puberdade é o aparecimento, principalmente no rosto,
de cravos e espinhas, chamados de acne.
As glândulas sebáceas produzem uma substância gordurosa (sebo), que lubrifica a nossa pele e dificulta o crescimento
de microrganismos sobre ela. Se essa substância entope o poro, mas não infecciona, forma-se um ponto preto conhecido
como cravo. Se bactérias começam a crescer sobre esse material, vai ocorrer uma inflamação e a formação de pus, ou
seja, a espinha.
Com as mudanças hormonais, há um aumento na produção das glândulas sebáceas, o que explica a maior ocorrência de
casos de cravos e espinhas. Elas costumam causar um pouco de dor e de incômodo, e, embora sejam provocadas por
alterações hormonais comuns, sempre vale a pena consultar um médico dermatologista.

A idade adulta
Por volta dos 20 anos, com o corpo desenvolvido, os jovens iniciam a vida adulta. Nessa fase, essas pessoas costumam
assumir novas responsabilidades, como constituir uma família, escolher uma carreira profissional, entre outras. É o
momento de estabelecer grandes relações sociais, culturais e econômicas.

1. Os caranguejos popularmente conhecidos como chama-maré vivem em manguezais. Observe as garras dos animais da
fotografia ao lado.
Esses animais apresentam dimorfismo sexual, isto é, diferenças marcantes
entre machos e fêmeas. Podemos identificar muito bem esse dimorfismo em
leões, em pavões e em seres humanos, por exemplo. Existem, porém, espécies
cujos sexos não se distinguem sem uma observação mais detalhada, como
papagaios.

Responda aos itens a seguir, sobre o dimorfismo sexual nos seres humanos.
a. O que são os caracteres sexuais primários?
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b. Cite dois caracteres sexuais secundários em rapazes e dois em moças, que servem
para diferenciá-los.
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c. Em que fase da vida o dimorfismo começa a aparecer mais? Qual é a causa disso?
As diferenças se acentuam durante a puberdade, pela ação dos hormônios sexuais.
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d. Existem dimorfismos que podem ser atribuídos às culturas? Cite algum que você

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conheça.
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2. Com a ajuda da professora, faça um mapa mental que sintetize os conteúdos estudados no módulo;

3. Anote todas as palavras e termos novos e o que significam, estudadas anteriormente e crie um vocabulário de
conceitos.
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1. É uma fase intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Um período marcado por várias
mudanças físicas, hormonais e até comportamentais. Essa fase da vida humana é chamada de
a) infância. b) puberdade. c) juventude. d) fertilidade.

2. Há mudanças que ocorrem ao longo da vida devido ao aumento de certos hormônios, responsáveis pelo aparecimento das
chamadas “características sexuais secundárias”, ou seja, aspectos do corpo relacionados à sexualidade. Quais hormônios
passam por alterações significativas na puberdade?
a) Tireotrófico e testosterona. b) Estrogênio e cortisol.
c) Testosterona e adrenalina. d) Progesterona e testosterona.

3. Geralmente, o período de transição entre a infância e a fase adulta acontece nas meninas entre os 8 e 13 anos e nos
meninos entre 9 e 14 anos. Essa fase é marcada, principalmente, pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
e o início da fase reprodutiva. Qual o primeiro sinal dessa fase nas meninas e nos meninos, respectivamente?
a) Menstruação e surgimentos dos pelos.
b) Aumento de curvas no corpo e secreções.
c) Broto mamário e o aumento dos testículos.
d) Surgimento de pelos e crescimento acelerado.
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4. Considere as afirmativas abaixo:
I - A puberdade é um período em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas.
II – A adolescência é um marco que tem relação com a idade e com as mudanças sociais.
III - O início da puberdade sempre começa no período fixo para as mulheres.
IV – Para os homens, o período da puberdade é marcado por alteração do tom de voz.
São VERDADEIRAS somente as afirmativas:
a) I, II e III. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) II e IV.

5. A puberdade é uma fase da adolescência em que ocorre o aparecimento de características sexuais secundárias. Qual
das alternativas corresponde a um caráter sexual primário?
a) Mudança de voz.
b) Crescimento do corpo.
c) Crescimento de pelos e aumento da força física
d) Diferenciação de sexos feminino e masculino.

6. A puberdade é o conjunto de mudanças biológicas que ocorrem na transformação dos corpos infantis em corpos de
adultos, o que muitas vezes acontece na adolescência, mas não tem uma idade específica de início ou fim. A puberdade
termina com a maturação sexual e com a aquisição da fertilidade, desse modo, o indivíduo agora
a) é adulto responsável.
b) tem capacidade reprodutiva.
c) tem desenvolvida a sua sexualidade.
d) completou seu desenvolvimento emocional.

7. É na adolescência que ocorrem diversas modificações físicas, psicológicas e sociais. Quais alterações podem ser comuns
tanto entre meninos como em meninas?
a) Crescimento de pelos nas axilas, mudança na voz e início da menstruação.
b) Crescimento de seios, isolamento social e busca por um grupo de amigos.
c) Crescimento de pelos pubianos, alteração no humor e busca por grupo de amigos.
d) Crescimento de barba, busca por um grupo de amigos e alteração no humor.

8. Nos meninos, as mudanças causadas pela puberdade podem causar ansiedade, medo e estresse, portanto, é necessário
conhecer essas mudanças se referindo a uma fase completamente normal do crescimento. NÃO é uma mudança que ocorre
no corpo devido à puberdade masculina:
a) aparecimento de acne.
b) surgimento da primeira ejaculação.
c) alargamento dos ombros e tórax.
d) perda de concentração e memória.

9. A primeira menstruação da vida de uma mulher recebe o nome de menarca. Este evento ocorre habitualmente entre os
10 e 14 anos. Sobre a menstruação, assinale a afirmativa VERDADEIRA:
a) O surgimento da menstruação marca o início da vida fértil da mulher.
b) Após a menstruação, a tendência é que a menina encerre a ovulação.
c) Os ciclos menstruais sempre são regulares e duram exatamente 28 dias.
d) Após a menstruação, a mulher fica impossibilitada de uma gravidez.

10. Assinale a alternativa que complete corretamente a seguinte frase:

No sexo masculino, com a ativação da glândula_____________ que fica no cérebro, é produzido o hormônio sexual nos
_____________ chamado de _____________.
a) testicular – homens – progesterona.
b) hipófise – testículos – testosterona.
c) testosterona – testículos – androsterona.
d) hipófise – ovários – progesterona.

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MÓDULO-02
Sistema Reprodutor masculino
Sexo masculino
Na puberdade, sob a ação dos hormônios da hipófise, os
testículos passam a produzir os espermatozoides e o hormônio
testosterona, responsável pelo surgimento dos caracteres sexuais
secundários masculinos, como o engrossamento da voz, o aumento da
massa muscular (sobretudo nos braços, no tórax e nas pernas), a
distribuição de pelos pelo corpo (axilas, região genital e formação
de barba) e o crescimento dos órgãos genitais externos (pênis e
bolsa escrotal). O jovem também começa a produzir o esperma,
líquido que contém os espermatozoides, e a ejacular, o que significa
que já é biologicamente capaz de se reproduzir. Ocorre, ainda, uma
estimulação das glândulas sudoríferas e maior secreção de suor.

O esquema a seguir apresenta o sistema genital externo masculino.


A região anterior do pênis, chamada glande, tem a pele muito fina e com muitas terminações nervosas, o que faz com que
ela seja muito sensível. Essa sensibilidade está relacionada à estimulação sexual e ao prazer.

A glande está recoberta por uma prega de pele, o prepúcio, que a protege. Quando essa pele dificulta a saída da glande
(fimose), deve ser removida por meio de uma cirurgia chamada circuncisão. Em algumas culturas, como na judaica e na
muçulmana, a circuncisão tem caráter religioso.
Como o prepúcio é uma dobra de pele, secreções naturais do corpo podem se acumular no interior dessa região e a
ação de bactérias pode causar mau cheiro e até mesmo infecções. Portanto, a higiene durante o banho é importante.
A bolsa (ou saco) escrotal, ou escroto, é uma bolsa de pele situada logo abaixo do pênis e que contém os dois
testículos em seu interior, as gônadas masculinas.
Por ficarem na bolsa escrotal e, portanto, fora da cavidade abdominal, os testículos permanecem a uma temperatura
ligeiramente mais baixa (de 2 °C a 3 °C) do que a temperatura do resto do corpo. Essa temperatura menor é muito
importante para a formação e a manutenção dos espermatozoides. Quando faz muito frio, ocorre uma aproximação
dos testículos em direção à cavidade abdominal, o que evita a perda excessiva do calor e a consequente queda da
temperatura ideal para formação dos espermatozoides.

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A ilustração a seguir mostra a estrutura interna do sistema genital masculino e ajuda a entender melhor seu
funcionamento.

Os espermatozoides formados nos testículos e a secreção das vesículas seminais (que compõem boa parte do material)
e da próstata formam o esperma ou sêmen. Em um homem sexualmente maduro, no auge da excitação sexual, ocorre a
saída do esperma pela uretra em um processo chamado ejaculação. Cada ejaculação libera cerca de 3 ml a 4 ml de
esperma, contendo aproximadamente 350 milhões de espermatozoides.

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A polução noturna, ejaculação que ocorre durante o sono, é um fenômeno absolutamente normal durante a puberdade.
Como já dito, no homem a uretra é um canal por onde também é eliminada a urina. No entanto, não há eliminação de
esperma e urina ao mesmo tempo.

1. Observe a imagem e diga o nome das estruturas.

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13-.................................................................................................... 18-............................................................................................................
14-.................................................................................................... 19-............................................................................................................
15-.................................................................................................... 20-............................................................................................................
16-.................................................................................................... 21-............................................................................................................
17-.................................................................................................... 22-............................................................................................................

2. Com a ajuda da professora, faça um mapa mental que sintetize os conteúdos estudados no módulo;

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3. Anote todas as palavras e termos novos e o que significam, estudadas anteriormente e crie um vocabulário de
conceitos.
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4. Utilizando a imagem e o que foi aprendido sobre puberdade, liste as principais características sexuais secundárias
masculinas;
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1. A função do acrossomo do espermatozoide é:


a. permitir sua mobilidade.
b. garantir a produção adequada de energia.
c. fornecer nutrientes para a sobrevivência dos gametas.
d. ajudar na entrada do núcleo espermático no óvulo.
e. fundir-se ao núcleo do óvulo.

2. Os espermatozoides são os gametas masculinos da espécie humana e são produzidos no


sistema genital do homem, mais precisamente:
a) nos ductos eferentes.
b) no epidídimo.
c) nos túbulos seminíferos.
d) na próstata.
e) no testículo

3. Após serem produzidos, os espermatozoides ficam armazenados até o momento da eliminação


(ejaculação). Durante o período de armazenamento, essas células também adquirem mobilidade,
tornando-se aptas a nadar em direção ao ovócito. A região onde os espermatozoides ficam
armazenados é chamada de:
a) testículo.
b) glândula seminal.
c) túbulo seminífero.
d) epidídimo.
e) próstata.

4. O sistema reprodutor masculino, além de produzir os gametas masculinos, é responsável por


sintetizar nos testículos um hormônio bastante importante. Marque a alternativa em que está
indicado o nome desse hormônio.
a) Insulina.
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b) Hormônio do crescimento.
c) Progesterona.
d) Adrenalina.
e) Testosterona.

5. A vasectomia é um método contraceptivo que impede a liberação dos espermatozoides na


ejaculação. Nesse processo, é realizada uma secção em qual parte do sistema genital masculino?
a) Uretra.
b) Pênis.
c) Testículo.
d) Ducto deferente.
e) Epidídimo.

6. Sabemos que os espermatozoides não são eliminados sozinhos no momento da ejaculação. Junto a eles são liberados
líquidos nutritivos produzidos pelas:
a) glândulas bulbouretrais, testículo e bexiga.
b) glândulas seminais, testículo e glândulas bulbouretrais.
c) glândulas seminais, túbulos seminíferos e próstata.
d) glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.
e) glândulas bulbouretrais, próstata e testículo.

7. Entre os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino, marque a alternativa que indica corretamente o nome da
estrutura comum ao sistema urinário e genital:
a) Testículo.
b) Ducto deferente.
c) Uretra.
d) Ureter.
e) Bexiga.

8. O pênis é o órgão copulatório do homem e apresenta uma anatomia que favorece sua ereção. Sobre a anatomia do pênis,
marque a alternativa correta:
a) O pênis apresenta duas colunas de tecido erétil.
b) O pênis apresenta dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
c) O pênis é preenchido totalmente por um tecido erétil que forma uma coluna única.
d) A uretra está localizada no interior dos dois corpos cavernosos.
e) O corpo cavernoso do pênis forma a glande.

9. Na porção terminal do pênis, observa-se uma pele que se projeta sobre a glande. Essa pele recebe a denominação de:
a) Testículo
b) Fimose
c) Corpo cavernoso
d) Prepúcio
e) Epidídimo

10. A circuncisão é um procedimento cirúrgico que se caracteriza


a) pelo corte dos ductos deferentes.
b) pela retirada do prepúcio.
c) pelo corte dos tecidos eréteis.
d) pela retirada da glande.
e) pelo aumento da fimose.

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MÓDULO-03
Sistema Reprodutor feminino
Sexo feminino

Também sob ação dos hormônios


da hipófise, os ovários passam a
produzir a progesterona e o
estrógeno na puberdade.
Nesse momento, as meninas
começam a desenvolver as
características sexuais secundárias,
como o aumento das mamas, a
deposição de gordura em certas
regiões do corpo, principalmente nas
coxas e nas nádegas, o alargamento
dos quadris e o aparecimento de pelos
nas axilas e na região genital, além de
passar a ovular e a menstruar.
Os órgãos externos do sistema
genital feminino, chamados de
pudendo (ou vulva), podem ser vistos
no esquema ao lado.

Os lábios maiores e menores são dobras de pele com as funções de proteger a vagina contra a entrada de partículas
estranhas ao sistema reprodutor, além de manter essa região úmida e lubrificada.

O clitóris é protegido por uma dobra de pele ligada aos lábios menores. Essa estrutura apresenta uma grande
quantidade de terminações nervosas relacionadas à estimulação sexual e à sensação de prazer.

A abertura vaginal leva aos órgãos sexuais internos. Essa abertura pode estar parcialmente bloqueada por uma fina
membrana chamada hímen, que, em geral, permite a saída de sangue durante a menstruação. O hímen costuma se romper
na primeira relação sexual, com a penetração do pênis, podendo provocar desconforto e sangramento.

Hímen é uma membrana tênue e vascularizada Tipos de hímen


localizada na entrada do canal vaginal. Ainda
não se sabe ao certo qual é a sua função no
corpo feminino, mas ele é normalmente
lembrado por causar sangramento e
desconforto na primeira vez que uma mulher
tem relação sexual com penetração vaginal.
Muitas pessoas acreditam que a principal
função do hímen é atuar como um “símbolo” de
virgindade, mas essa é uma percepção
cultural.

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Apesar de próximos, o orifício da uretra (saída da urina), o ânus (abertura do sistema digestório) e o períneo (região
entre o pudendo e o ânus) não pertencem ao sistema genital feminino.
Internamente, o sistema genital feminino apresenta os seguintes órgãos:

Os óvulos

Os óvulos são as células reprodutoras femininas, ou seja, os gametas femininos. Eles são produzidos nos ovários,
ainda durante a vida embrionária. Em outras palavras, as mulheres já nascem com todos os seus óvulos, não os produzindo
mais durante a vida.
No entanto, quando nos referimos a óvulos, estamos fazendo apenas uma aproximação ao conceito exato. O gameta
feminino somente é denominado óvulo quando chega ao final do seu desenvolvimento, ou seja, quando o núcleo do
espermatozoide consegue penetrá-lo. Antes desse processo, essa célula é chamada de ovócito.
A partir da puberdade, os
óvulos começam a se desenvolver
sob a ação dos hormônios da
hipófise. Estes agem sobre
o folículo ovariano, conjunto de
células que contém o ovócito e
células ao redor (que formam uma
camada conhecida
como camada granulosa). A função
do folículo é nutrir e proteger o
ovócito durante seu crescimento.
Em dado momento desse ciclo, o
ovócito será liberado na tuba
uterina, fenômeno conhecido como
ovulação.

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Tal como no espermatozoide, o núcleo do óvulo também tem metade das informações genéticas do futuro indivíduo.
O óvulo é muito maior que o espermatozoide,
medindo cerca de 0,1 mm. Apenas um núcleo de
espermatozoide é capaz

de entrar no óvulo e formar o zigoto, pois, quando


esse núcleo penetra o gameta feminino, a zona
pelúcida (camada formada principalmente por
proteínas) sofre uma alteração estrutural,
impedindo a entrada de núcleos de outros
espermatozoides.
Fotomicrografia de espermatozoides tentando
penetrar o óvulo. Observe a relação de tamanho
entre o óvulo (você está vendo apenas uma parte
da superfície) e um espermatozoide. Aumento de
800 vezes.

1. Descreva o caminho de um espermatozoide desde sua produção até seu encontro com um óvulo. Para isso, reveja
os esquemas dos aparelhos reprodutores masculino e feminino.
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2. O esquema a seguir representa o sistema genital feminino, em vista lateral. Os órgãos estão
identificados apenas por letras. Analise atentamente a ilustração e responda às questões.
a. Em qual estrutura são produzidos e secretados a
progesterona e o estrógeno?
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b. O embrião se desenvolve no interior de qual estrutura?


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c. Em qual estrutura são produzidos os óvulos?


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d. Em qual estrutura o sêmen é lançado?


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e. O encontro entre o espermatozoide e o óvulo (fecundação)


acontece em qual estrutura?
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3. Com a ajuda da professora, faça um mapa mental que sintetize os conteúdos estudados no módulo;

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1. O sistema genital feminino é composto por diversos órgãos que permitem a fecundação e a gestação de um bebê.
Observe a figura a seguir e marque a alternativa que apresenta, respectivamente, os números que indicam os locais onde
ocorre a fecundação e o desenvolvimento do feto.

Observe atentamente as partes do sistema genital feminino indicadas


pelos números
a) 1 e 2.
b) 2 e 3.
c) 3 e 4.
d) 1 e 4.
e) 1 e 3.

2. As mulheres apresentam duas estruturas ovoides com aproximadamente três centímetros de comprimento que são
denominadas ovários. Essas estruturas, além de serem responsáveis por dar origem aos óvulos, produzem os hormônios:
a) insulina e glucagon.
b) glucagon e testosterona.
c) estrógenos e progesterona.
d) ocitocina e calcitonina.
e) antidiurético e estrógenos.

3. O sistema reprodutor feminino é formado, além dos órgãos internos ao abdômen, por dois lábios maiores, dois lábios
menores, clítoris e vestíbulo vaginal. Esses órgãos, situados externamente ao corpo da mulher, recebem o nome de:
a) vagina.
b) pudendo feminino.
c) sistema urinário feminino.
d) hímen.
e) vestíbulo feminino.

4. O sistema genital feminino é formado por órgãos localizados no interior do abdome da mulher e alguns situados
externamente. A respeito desse sistema, marque a alternativa correta.
a) O pudendo feminino é formado pelos lábios maiores, lábios menores, vestíbulo vaginal e vagina.
b) O ovário é a região do sistema genital feminino onde ocorre o desenvolvimento do embrião.
c) O hímen é uma membrana que recobre parcialmente a entrada da vagina.
d) O miométrio é eliminado com sangue no momento da menstruação.
e) No interior das tubas uterinas são produzidos os óvulos.

5. O ovócito secundário, após ser liberado no momento da ovulação, vai imediatamente para qual órgão do sistema genital
feminino?
a) vagina.
b) ovário.
c) útero
d) tuba uterina.
e) clítoris.

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MÓDULO-04
Ovulação, menstruação e fecundação
Ovulação e ciclo menstrual
Segunda a Organização das Nações Unidas, o acesso à higiene menstrual é um direito, uma questão de saúde pública e de
direitos humanos. Mas, afinal, o que é a menstruação?
Como estudamos no Módulo anterior, a formação dos óvulos, no ovário, começa quando a menina ainda é apenas um
embrião. Por volta do terceiro mês de gestação, os ovários do embrião já começam a produzir óvulos, que permanecem em
um estágio inicial de desenvolvimento que só é finalizado na puberdade. Ao nascer, a menina já tem milhares de óvulos
imaturos. No ovário, cada um dos óvulos fica inserido em uma estrutura denominada folículo.
Com a liberação dos hormônios sexuais da hipófise, marcando o início da puberdade, começam o amadurecimento e a
liberação de um óvulo a cada período, que pode variar de 24 a 35 dias. O processo de liberação do óvulo é chamado de
ovulação.
Esse momento marca a fase reprodutiva da mulher. Isso significa que, a cada um desses períodos, o corpo da mulher
se prepara para uma possível gravidez. Além da ovulação, o útero desenvolve um espessamento da parede interna
(endométrio) para receber um futuro embrião.
Se não houver a fecundação, algumas alterações hormonais ocorrerão e parte do endométrio, que se espessou, se
desprenderá e sairá pela vagina, causando um sangramento. Isso é a menstruação, e o intervalo entre duas menstruações
é chamado de ciclo menstrual. Para nossos estudos a partir daqui, vamos considerar a duração média do ciclo menstrual
como sendo de 28 dias.

Órgãos e hormônios envolvidos no ciclo menstrual


Hipófise, a glândula-mestra retrata os hormônios liberados por essa glândula. Dois deles, o hormônio folículo-
estimulante e o hormônio luteinizante, regulados pela ação do hipotálamo, coordenam o amadurecimento do corpo da
menina. Mas não é só isso. O ciclo menstrual é o resultado da ação conjunta e ordenada
de quatro estruturas diferentes: hipotálamo, hipófise, ovário e útero.
Leia o texto a seguir, acompanhando a figura.

O hipotálamo recebe informações do ambiente por meio dos órgãos dos sentidos. Como resposta, ele estimula a hipófise
por meio de um hormônio chamado hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). A hipófise, por sua vez, libera dois
hormônios: o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Transportados pelo sangue, esses
hormônios chegam aos ovários e agem sobre eles de duas maneiras:
• estimulam o amadurecimento de alguns óvulos;
• estimulam os folículos a produzirem o hormônio estrógeno.

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O estrógeno (produzido por algumas células do folículo) estimula o espessamento da camada mais interna do útero, o
endométrio. Essa camada fica, então, ricamente irrigada com sangue. Toda essa preparação ocorre porque é nessa camada
que o embrião se fixará se houver fecundação de um óvulo por um espermatozoide.
O processo se mantém até aproximadamente a metade do ciclo (por volta do 14º dia).
Então, um grande aumento na quantidade de LH (liberado pela hipófise) altera a função dos ovários, também de duas
maneiras:
• estimula a liberação do óvulo maduro na tuba uterina (processo de ovulação);
• estimula a transformação das células do folículo que não foram liberadas com o óvulo em uma estrutura chamada corpo-
lúteo, que passa a produzir outro hormônio, a progesterona.
A ação da progesterona no útero é estabilizar o endométrio, mantendo o útero pronto para receber um embrião.
O óvulo maduro é, então, conduzido em direção ao útero por movimentos involuntários dos músculos da tuba uterina e pelo
batimento de cílios existentes na parede interna da própria tuba.
O período em que o óvulo maduro pode ser fecundado é chamado de período fértil.

Menstruação
Caso não haja fecundação, o corpo-lúteo começa a regredir e se degenerará no interior do ovário, parando de produzir
seus hormônios. Com a queda dos níveis de progesterona e estrógeno, o endométrio começa a se soltar, o que produz um
sangramento (lembre-se de que o endométrio se tornou mais espesso e mais rico em vasos sanguíneos), marcando o fim de
um ciclo e o início de um novo. Esse sangramento, como vimos, é a menstruação.

Características da menstruação
As primeiras menstruações costumam ter períodos bastante irregulares. Alguns fatores, como má alimentação, falta
de repouso adequado, ansiedade e estresse físico e mental, podem afetar a regularidade do ciclo menstrual, atrasando-o
ou até mesmo interrompendo-o.
É normal a menstruação causar cólicas, consequência das contrações do útero. Se leves, algumas medidas podem ser
tomadas para aliviar o incômodo, por exemplo, a prática de alguns tipos de exercícios físicos e a aplicação de bolsas de
água quente sobre a região mais baixa do abdome. Para cólicas mais fortes, é preciso uma consulta ao ginecologista,
que orientará sobre medicamentos e outras providências.
A primeira menstruação é um ótimo momento para visitar um ginecologista. Muitos desses profissionais são
especialistas em adolescentes. Pode não ser muito fácil falar sobre as mudanças que estão ocorrendo no corpo, mas essa
dificuldade deve ser enfrentada, pois visitas periódicas ao ginecologista são fundamentais para garantir a saúde do
sistema genital.
Os ciclos menstruais são interrompidos por volta dos 50 anos de idade. Essa interrupção é chamada menopausa e
marca o fim da idade fértil da mulher, já que não são mais liberados óvulos pelo ovário. Muitas mudanças hormonais
ocorrem nessa fase e a mulher deve procurar ajuda médica para receber orientações.

Cuidados com a higiene


Uma das preocupações durante a menstruação deve ser com a higiene, pois o sangue e os demais tecidos que
se desprendem são um meio propício para o crescimento de microrganismos que podem provocar mau cheiro e até
infecções. O ginecologista poderá orientar sobre as medidas de higiene e a escolha dos absorventes mais adequados
para cada caso.
Existem alguns tipos de protetores menstruais, alguns internos ou externos descartáveis, outros externos que
podem ser reutilizados, além de coletores menstruais, que podem durar alguns anos. A vantagem dos protetores
reutilizáveis é uma redução na produção de lixo.
A escolha dos protetores menstruais deve levar alguns fatores em consideração, como a intensidade do fluxo
menstrual, a praticidade para o momento de vida e, claro, os custos. Isso só reforça a necessidade das visitas
periódicas ao ginecologista para uma melhor orientação.

16
1. O gráfico a seguir mostra as fases do ciclo menstrual e as alterações dos quatro principais hormônios envolvidos nesse
processo: LH, FSH, estrógeno e progesterona.
O ciclo menstrual pode ser dividido em três fases, de acordo com as alterações hormonais que ocorrem no corpo da
mulher:
1) a fase do desenvolvimento do folículo e da preparação do útero para uma possível gravidez (fase folicular);
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2) a fase em que o corpo-lúteo mantém as condições para a implantação de um possível embrião no útero
(fase lútea); e 3) a fase da ovulação (fase ovulatória ou simplesmente ovulação).

Preencha as lacunas com os nomes de cada fase do ciclo menstrual identificadas no gráfico a partir das informações do
texto. A seguir, responda ao que se pede.
X - .....................................................................................................................................
Y - .....................................................................................................................................
Z - ....................................................................................................................................

a. Qual é o hormônio que está sendo mais produzido durante a ovulação?


...................................................................................................................................................................................................................................
b. Que hormônio é produzido em maior quantidade na fase lútea?
...................................................................................................................................................................................................................................
c. Qual é o nível de progesterona durante a fase folicular?
...................................................................................................................................................................................................................................

2. Observe com atenção e use seus conhecimentos sobre o assunto para completar corretamente o gráfico abaixo;

a - .....................................................................................
b - .....................................................................................
c - .....................................................................................
d - .....................................................................................
e - .....................................................................................
f - .....................................................................................
g - .....................................................................................

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Fecundação e gravidez
Se uma mulher e um homem mantiverem relações sexuais sem nenhum tipo de prevenção durante o período fértil, os
espermatozoides lançados na vagina se locomovem, por meio do movimento de seus flagelos, pelo interior da vagina, do
útero e da tuba uterina, regiões bastante úmidas graças à produção de um muco lubrificante pelas células que compõem
esses órgãos. Se algum deles penetrar no óvulo, ocorre a fecundação e, quando o embrião se implanta no útero, ocorre a
gravidez.

PERÍODO FÉRIL
Período fértil são os dias do mês em que há mais chance de um óvulo ter
sido liberado e estar a caminho do útero, doido para encontrar um
espermatozoide e ser fecundado. Traduzindo: são os dias do mês em que
você tem mais chance de ficar grávida.
Veja como calculá-lo: Anote o dia do mês em que você ficou
menstruada, conte 14 dias a partir desse dia. Esse 14º dia é o auge do seu
período fértil.
Os 5 dias anteriores e os 2 dias posteriores a essa data também estão na
zona de risco. Esse é o seu chamado período fértil.
Essa regrinha vale para pessoas com o ciclo de 28 dias.

Fecundação
1.Espermatozoide chega até o ovócito II.
2.Espermatozoide atravessa a corona radiata.
3.Membrana do espermatozoide se funde com a membrana do ovócito
II, onde ocorre à reação acrossômica, e a membrana do ovócito é
rompida, o que caracteriza a FECUNDAÇÃO.
A membrana do ovócito começa a se expandir e a endurecer, o que
impede a entrada de outros espermatozoides. Após a fecundação, o
ovócito II completa a meiose II, ocorrendo à formação do óvulo.
4 e 5. O pronúcleo masculino vai em direção ao pronúcleo feminino.
6.Ocorre a cariogamia.
Os cromossomos maternos e paternos se organizam ao redor do fuso
mitótico, preparando-se para a primeira divisão celular. Nesse instante a fertilização está completa e o ovo fertilizado
denomina-se ZIGOTO.

Formação do zigoto e do embrião


A célula que se forma da
união do espermatozoide e do
óvulo recebe o nome de zigoto.
Ainda dentro da tuba uterina,
essa célula começa a sofrer
sucessivas divisões até chegar ao
útero, onde vai se implantar no
endométrio (processo conhecido
como nidação).
Nesse momento, o próprio
embrião produz um hormônio que
evita a regressão do corpo-lúteo
para que essa célula mantenha o
hormônio progesterona em níveis
elevados, garantindo, assim, a
manutenção do endométrio, que
se conserva íntegro, não
ocorrendo, portanto, a
menstruação.
Quando a gravidez acontece,
o ciclo menstrual é interrompido
até que o bebê nasça. O primeiro
sinal indicativo de gravidez pode ser, portanto, o atraso da menstruação.

19
Os vasos sanguíneos do endométrio desenvolvido garantem o fornecimento de
nutrientes e oxigênio para o embrião, além de retirarem as excretas produzidas pelo seu
metabolismo. Com o desenvolvimento do embrião, essas trocas com o sangue materno
passam a ser feitas pela placenta e pelo cordão umbilical, o que garantirá a nutrição do
bebê
até o final da gestação.
Cerca de nove meses depois da fecundação (40 semanas), ocorre a completa formação
do bebê e, então, seu nascimento

Gêmeos
Durante as divisões que acontecem após a formação do zigoto, células podem se separar e dar origem a dois embriões,
que se implantam no útero. Nesse caso, ocorrerá uma gravidez de gêmeos monozigóticos (que vêm de um mesmo zigoto),
também conhecidos como gêmeos idênticos ou univitelinos. Como são originados do mesmo zigoto, possuem a mesma
informação genética, mas não significa que são totalmente idênticos. É comum haver liberação de mais de um óvulo
durante o período ovulatório. Se dois óvulos (ou até mais) forem fecundados, cada um deles por um espermatozoide
diferente, haverá uma gestação de gêmeos dizigóticos (que vêm de zigotos diferentes), também conhecidos como gêmeos
fraternos ou bivitelinos. Nesse caso, os gêmeos não serão idênticos, podendo ser até de sexos distintos.
Não há dados estatísticos, mas estima-se que um em cada noventa casos de gravidez (natural) é gemelar, sendo 66%
deles dizigóticos.

20
1. Espermatozoides sobrevivem cerca de três dias no interior do corpo de uma mulher. Já o óvulo, cerca de um dia.
Portanto, após uma relação sexual sem prevenção contra gravidez, existe um tempo em que o encontro dos dois
gametas pode ocorrer.
Para fins de controle de natalidade ou, ao contrário, para fins de reprodução, é importante conhecer essa “janela
reprodutiva”, o período fértil. Para isso, é necessário conhecer bem o ciclo menstrual da mulher e o seu período de
ovulação. Considera-se o período fértil o tempo que existe entre cinco dias antes da ovulação (contando com uma pequena
margem de erro, que pode ocorrer se a ovulação ocorrer um dia antes do esperado) e três dias após a ovulação (também
considerando alguma possibilidade de variação na ovulação).

Nunca é demais lembrar que esses são valores médios, encontrados na


literatura médica, podendo variar de mulher para mulher. Por isso, é muito
importante conhecer bem o próprio corpo.

Para saber um pouco mais sobre o período fértil, observe a imagem a seguir e responda ao que se pede.

a. Qual é a duração do ciclo menstrual representado na figura?


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b. Quantos dias dura a menstruação no caso representado?
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c. Segundo as ilustrações do útero, o que está acontecendo com sua parede interna, chamada endométrio, após a
menstruação?
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...................................................................................................................................................................................................................................
d. Sabendo o que é fecundação, como você definiria o período fértil? No esquema apresentado, quanto tempo
dura esse período?
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1. A menstruação é um processo em que ocorre o desprendimento do endométrio e


sua eliminação, junto ao sangue, por meio da vagina. Esse processo ocorre quando
os níveis:
a. de LH aumentam e de FSH diminuem.
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b. de LH e de FSH aumentam.
c. de progesterona e de estrógeno diminuem.
d. de progesterona e de estrógeno aumentam.
e. de progesterona aumentam e de estrógeno diminuem.

2. Analise atentamente o esquema abaixo.

Quais são os fenômenos ocorridos em I, II e III, respectivamente?


a. Fecundação, ovulação e nidação.
b. Ovulação, fecundação e nidação.
c. Ovulação, divisões celulares e menstruação.
d. Divisões celulares, fecundação e ovulação.
e. Fecundação, implantação e divisões celulares.

1. Analise o gráfico da Atividade e escreva sobre os níveis dos 4 hormônios representados (LH, FSH, estrógeno e
progesterona) nas situações propostas (use apenas termos como "alto" e "baixo").

a. No dia da ovulação.

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b. No primeiro dia da menstruação.
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c. Leia o parágrafo a seguir e faça um gráfico que represente a variação hormonal nos homens durante um mês.
A complexidade hormonal das mulheres, seres cíclicos, é incomparável à nossa. Diante delas somos singelos, para não dizer
simplórios: nossas concentrações de testosterona num dia qualquer são praticamente idênticas às do dia anterior e às do
mês seguinte. Só com o passar dos anos podemos notar o declínio lento. Em contraposição, nelas a composição e o
equilíbrio entre os níveis estrogênios e de progesterona variam não apenas no decorrer da vida em função da maternidade
e da menopausa, mas de um dia para o outro. Não existem dois dias de um ciclo menstrual em que as concentrações de
estrogênios ou de progesterona sejam as mesmas.
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3. Faça um mapa mental que sintetize os conteúdos estudados no módulo;

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MÓDULO-05
Prevenção contra doenças e gravidez indesejada
Sexo, saúde e sexualidade
Com a chegada da puberdade, os hormônios sexuais atuam para preparar nosso corpo para a reprodução. É nessa fase,
portanto, que os jovens passam a sentir maior atração física por outras pessoas.
Todas essas transformações que ocorrem no corpo, conforme estudamos nos Módulos anteriores, significam que um
jovem já está apto para a vida sexual? Essa resposta não é simples, pois a preparação para a vida sexual não depende
apenas do desenvolvimento físico.
Para a espécie humana, o sexo ganhou outros significados que vão além da reprodução e da perpetuação da espécie.
Ele é encarado de diferentes formas segundo os contextos histórico e cultural. O sexo é fonte de prazer, de lazer, de
poder. É expressão de amor, de virilidade, de feminilidade.
É importante, porém, distinguir sexo de sexualidade. Leia o conceito de sexualidade da Organização Mundial da Saúde:

A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e intimidade; ela integra-se no
modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A
sexualidade
influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influência também a nossa saúde física e mental.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS).

A sexualidade está amplamente presente na mídia, além de ser objeto de estudos científicos e tema de políticas
públicas nas áreas da saúde e da educação, em programas de orientação da população nas escolas e em postos de saúde.
A sexualidade faz parte do desenvolvimento pessoal ao longo de toda a vida e suas expressões contribuem para o
bem-estar individual e das relações interpessoais, não estando direcionada exclusivamente para a reprodução. A discussão
sobre sexualidade é muito importante em qualquer momento da vida, especialmente na adolescência, quando os jovens
estão desenvolvendo sua personalidade em diferentes contextos: família, escola, amigos e trabalho. A ausência dessas
discussões pode levar a problemas sociais e de saúde pública, como a falta de informação, o preconceito, a incompreensão,
a intolerância, a violência, a gravidez na adolescência e a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis.
Neste Módulo, vamos conhecer um pouco mais sobre os métodos contraceptivos e as infecções sexualmente
transmissíveis. A informação é a melhor prevenção contra uma possível gravidez indesejada e contra infecções.

Gravidez na adolescência
Na sociedade humana, a relação sexual tem outros propósitos sem ser o reprodutivo, podendo ser uma escolha para
um momento de atração, prazer, intimidade e afeto com outra pessoa.
Até agora, vimos os mecanismos que permitem a fecundação e a gravidez. Mas, entre os seres humanos, a procriação é
muito mais complexa: implica escolhas por parte dos progenitores e isso depende de fatores sociais, culturais,
psicológicos, religiosos, entre outros.
Se pensarmos em uma gravidez na adolescência, a complexidade é ainda maior. Nessa fase importante de
autoconhecimento e mudanças, a falta de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por
infecções sexualmente transmissíveis (as ISTs, antigamente conhecidas como DSTs – doenças sexualmente
transmissíveis), como a gonorreia e a aids.

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Uma vida sexualmente ativa tem muitas implicações que vão além da expressão de amor ou prazer entre pessoas. As
responsabilidades passam pela prevenção das ISTs e da gravidez indesejada, portanto a escolha de iniciar a vida sexual
deve ser bem pensada e amadurecida, além de envolver a busca por informações relevantes.
Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita em 2019 com estudantes do 7o ano do Ensino
Fundamental ao 3o ano do Ensino Médio, mostram que 7,9% das meninas que tiveram relação sexual engravidaram alguma
vez na vida.
A pesquisa mostrou também que, em 2019, 35,4% dos estudantes de 13 a 17 anos informaram já ter tido relação
sexual. A idade média de iniciação sexual é de 13,4 anos para os meninos e de 14,2 anos para as meninas.

Segundo o relatório conjunto publicado em 2018 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde (Opas/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Fundo de População das Nações Unidas
(UNFPA), o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. Os dados foram
coletados entre 2010 e 2015. Ainda segundo a Opas, a taxa mundial de gravidez na adolescência é estimada em 46
nascimentos por cada mil meninas, enquanto as taxas de gravidez na adolescência na América Latina e no Caribe continuam
sendo as segundas mais altas do mundo, estimadas em 66,5 nascimentos por cada mil meninas com idade entre 15 e 19
anos – superadas apenas pela África Subsaariana, de acordo com o relatório Accelerating progress toward the reduction
of adolescent pregnancy in Latin America and the Caribbean (disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/
10665.2/34493/9789275119761-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y, acesso em: 5 jan. 2022).

Por mais que a taxa de adolescentes grávidas no Brasil tenha apresentado uma diminuição nos últimos dez anos, ainda
estamos acima da média do mundo e da América Latina.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) como medida para avaliar o grau de desenvolvimento dos países. Entre os principais fatores
avaliados estão a expectativa de vida, o acesso à educação e o produto interno bruto (PIB). Quanto mais próximo de 1,0,
maior é o IDH de um país.

a. Analise a tabela abaixo e compare as taxas de nascimento entre adolescentes no Brasil e em outros países americanos
com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada um desses países. É possível observar alguma relação entre
essas taxas? Se sim, a situação brasileira é compatível com essa relação? Justifique sua resposta.

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b. A partir da sua análise e da afirmação de Michel Foucault de que “Se o sexo traz consigo tantos perigos, foi por ter
estado durante muito tempo reduzido ao silêncio” (FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 13.
ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988), qual seria o papel da educação para diminuir as taxas de gravidez na adolescência, no
Brasil?
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Métodos contraceptivos
Os métodos anticoncepcionais ou contraceptivos incluem atitudes, substâncias químicas ou barreiras físicas usadas
para prevenir uma gravidez não desejada.
Muitos fatores podem interferir na escolha de um desses métodos contraceptivos. Por exemplo, um casal em união estável
que não esteja planejando ter filhos possivelmente não terá o mesmo tipo de controle que um casal mais velho que já teve
filhos ou pessoas solteiras que estejam conhecendo outras pessoas. Além disso, algumas religiões não aceitam qualquer
método de contracepção. Outras toleram o uso de métodos contraceptivos, desde que sejam naturais. Portanto, não
existe o melhor método anticoncepcional; todos têm vantagens e desvantagens e sua escolha depende do período de vida
e, algumas vezes, de aspectos socioculturais das pessoas envolvidas.
Antes de iniciar a vida sexual, a melhor indicação é procurar a ajuda de um profissional da área da saúde –
enfermagem ou medicina – para pedir orientações e determinar quais podem ser os melhores métodos para cada casal,
além de aprender como fazer o uso correto do método escolhido.
Os métodos contraceptivos podem ser didaticamente divididos em: métodos de barreira, hormonais, comportamentais
(também chamados naturais) e cirúrgicos. Vamos estudá-los em detalhes a seguir.

Métodos de barreira
Os métodos de barreira, como o próprio nome diz, impedem mecanicamente o encontro entre o espermatozoide e o óvulo
por meio de uma barreira entre eles. O mais conhecido é o preservativo masculino (camisinha).

A maioria dos preservativos masculinos é feita de látex (borracha) e contém um pequeno reservatório, onde o
esperma é retido. Deve ser colocado no momento da relação sexual, recobrindo o pênis. Seu baixo custo, a distribuição
gratuita em postos de saúde, a facilidade no uso e a boa eficiência fazem desse método um dos mais populares no mundo.
Além disso, ele também impede o contato direto do pênis com a vagina, prevenindo a transmissão de ISTs.
Há, também, uma versão feminina do preservativo, que é feita de borracha nitrílica e atua de forma semelhante, mas é um
pouco mais cara. Por cobrir toda a mucosa vaginal, também protege contra ISTs. Atualmente, são distribuídas
gratuitamente em postos de saúde.

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Outro método de barreira é o diafragma, uma cúpula flexível feita de silicone. Antes de cada relação sexual, deve ser
introduzido na vagina da mulher à frente do colo do útero, conforme a ilustração a seguir. Dessa forma, os
espermatozoides não chegam ao útero, impossibilitando a fecundação.

Em geral, o diafragma é utilizado associado a um espermicida por segurança. Existem diafragmas de vários tamanhos,
e a escolha do tamanho adequado exige uma visita a
um ginecologista. O diafragma, no entanto, não protege contra infecções sexualmente
transmissíveis.
Diferentemente da camisinha, o diafragma pode ser colocado até 30 minutos antes a relação sexual e deve ser
retirado entre 6 e 8 horas após a relação sexual para manter a alta eficiência.

Métodos hormonais espermicida: substância


química que imobiliza ou
Os métodos anticoncepcionais hormonais usam hormônios sexuais femininos (a
destrói os espermatozoides.
progesterona e o estrógeno) produzidos sinteticamente, e atuam de forma a impedir a
ovulação.
Só podem ser usados sob orientação médica, são relativamente baratos, de alta eficácia
e fáceis de usar, mas não protegem das infecções sexualmente transmissíveis e podem apresentar efeitos colaterais.
As formas mais comuns são pílula, adesivo, injeção, implante e anel vaginal.

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Métodos comportamentais
Os métodos contraceptivos comportamentais consistem na abstinência sexual durante o período fértil da mulher, ou
seja, quando ela está apta a engravidar. Aqui vale lembrar que esse período vai de 5 dias antes até 3 dias após a ovulação
e, para que o método seja válido, o sexo sem qualquer tipo de proteção deve ser evitado.
Esses métodos não dependem do uso de substâncias ou outros produtos, não causam efeitos colaterais e não têm custo.
Como se baseiam na fisiologia da mulher, também são chamados de métodos naturais.
É importante mencionar que, embora também sejam uma alternativa de contracepção, os métodos comportamentais têm
eficácia relativamente baixa e não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis.
Podem ser uma boa escolha para casais com relacionamento estável e duradouro, no qual a mulher possui um ciclo
menstrual bem regular. O uso desses métodos não é recomendado em outras formas de relacionamento, pois o ciclo
menstrual pode sofrer variações ao longo do mês, tornando impreciso o cálculo do período fértil.
O método comportamental mais conhecido é a tabelinha, em que se acompanha o ciclo menstrual durante pelo menos 6
meses para determinar o período fértil. Geralmente, é acompanhado também pelo método do muco cervical, que é o muco
produzido no útero e que se torna mais espesso e elástico alguns dias antes da ovulação.
Como se pode concluir, esses métodos exigem um grande conhecimento da fisiologia reprodutiva da mulher e atitudes
responsáveis frente a esse conhecimento, em especial, a abstinência sexual durante o período fértil.
O coito interrompido costuma ser citado como um método comportamental. Trata-se da interrupção da relação, com a
retirada do pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. Porém, existem dois fatores a serem considerados
aqui: errar na hora da retirada do pênis e o fato de que líquidos lubrificantes produzidos pelo próprio corpo contêm pe-

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quenas quantidades de espermatozoides, suficientes para que haja fecundação. Em outras palavras, o coito interrompido
representa um risco muito grande de insucesso, não devendo
ser considerado propriamente um método de prevenção à gravidez indesejada. Além disso, é
importante frisar que o casal está totalmente exposto a infecções sexualmente transmissíveis.

Métodos cirúrgicos
São assim chamados pois dependem de intervenção cirúrgica. A ligadura das tubas uterinas (ou laqueadura) é um
procedimento que fecha os canais pelos quais os óvulos são levados ao útero, impossibilitando, assim, o encontro com os
espermatozoides. Já a vasectomia bloqueia os canais que ligam os testículos à uretra, impedindo que os espermatozoides
sejam eliminados durante a ejaculação.
Esses métodos costumam ser mais caros e geralmente são recomendados para casais que já têm filhos e não desejam
ter mais um, ou para pessoas que não querem ter filhos por quaisquer outros motivos.
Tanto a ligadura das tubas quanto a vasectomia são procedimentos cirúrgicos cuja reversibilidade é complicada, embora
possível em alguns casos, portanto devem ser muito bem avaliados antes de se tomar a decisão de fazê-los.

DIU (dispositivo intrauterino)


O dispositivo intrauterino (DIU) não é exatamente um método cirúrgico,
mas exige a atuação de um profissional ginecologista. Existem dois tipos de
DIU, o de cobre e o hormonal, que atuam evitando a fecundação e a implantação
do embrião no útero.
O DIU é bastante utilizado por causa de sua praticidade e por ser
implantado por meio de uma pequena intervenção não há necessidade de
cortes, já que é inserido pelo ginecologista pela vagina, e a mulher recebe alta

29
em algumas horas. É um método reversível: se a mulher desejar engravidar, basta o ginecologista remover o DIU. Apesar
do preço elevado,
pode ser usado por até 10 anos, devendo ser trocado após esse período.
Atualmente, o DIU de cobre pode ser implantado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para a decisão
se esse é o melhor método para determinada mulher, é sugerida a participação em grupos de planejamento familiar e
exigida uma consulta a um ginecologista.
Desses métodos, o contraceptivo que também protege contra infecções sexualmente Transmissíveis é o preservativo.

1. Os métodos cirúrgicos, também chamados de métodos anticoncepcionais permanentes, visam à esterilização de


homens e de mulheres que não desejam ter filhos.
Analise as ilustrações a seguir, que mostram a ligadura tubária (A) e a vasectomia (B), e responda ao que se pede
considerando seus conhecimentos sobre o sistema genital.

a. Ainda ocorrerá a formação de gametas em cada um dos casos representados? Justifique.


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b. Na ligadura tubária, as tubas uterinas são cortadas; na vasectomia, são os ductos deferentes. Os hormônios
ovarianos (estrógeno e progesterona) e a testosterona continuarão a atuar, apesar da interrupção desses tubos?
Justifique sua resposta.
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c. Para responder a esta questão, analise a figura a seguir, já estudada no Módulo 16, e compare com a ilustração
apresentada no começo dessa atividade. Um homem que se submeteu à vasectomia será capaz de ejacular?
Justifique sua resposta.

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Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Existem muitas infecções que podem ser transmitidas por contato sexual, e a forma mais eficaz de prevenção é o uso
do preservativo (masculino ou feminino), popularmente conhecido como camisinha. Infelizmente, ao longo dos últimos anos,
observou-se um crescimento significativo no número de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis em
todo o mundo como decorrência de menor uso de preservativos, o que é considerado um comportamento de risco.
Por exemplo, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) divulgada pelo IBGE em 2019, dos 63,3% dos
jovens que disseram ter utilizado preservativo na primeira relação sexual, apenas 59,1% o utilizaram na última relação.
Apesar da melhora em relação à pesquisa de 2015, isso significa que existe uma parcela importante da população de
jovens que praticou sexo sem segurança, expondo-se ao risco de se infectar ou de infectar outras pessoas.
O uso de preservativo na primeira relação sexual revelou que 64,5% do grupo de escolares de 16 a 17 anos praticou a
prevenção, uma redução de 3,7 p.p. no uso de camisinha nesse grupo etário quando comparado ao da pesquisa de 2015. Em
outras palavras, uma parcela significativa dos jovens entre 16 e 17 anos que iniciou a vida sexual não se preocupou
com a prática de sexo seguro.
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas principalmente por vírus ou bactérias. Entre as
infecções bacterianas, temos a sífilis, a gonorreia e a clamídia. Já entre as virais, temos o condiloma acuminado (HPV), a
aids e as hepatites B e C.
Os vírus ou bactérias causadores dessas infecções podem ser transmitidos não só no contato sexual em si, mas
também por meio da troca de fluidos, como saliva, secreções e sêmen, pelo compartilhamento de seringas que podem
conter sangue (prática geralmente associada ao uso de drogas injetáveis), em transfusão de sangue, e da mãe para o
recém-nascido no parto ou durante a gestação.
Todas essas infecções podem se manifestar através de diversos sintomas, como feridas, corrimento, verrugas,
presença de pus, vermelhidão, coceiras, bolhas, dor pélvica, ardência
ao urinar e aumento de ínguas, nas regiões genitais e perianais (ao redor do ânus).
Podem, ainda, ser assintomáticas por algum tempo, ou nunca apresentar sintomas. Se não diagnosticadas e tratadas
em tempo, essas infecções podem desenvolver complicações e até mesmo causar a esterilidade ou a morte. Portanto, com
o aparecimento de qualquer dessas manifestações e sintomas, ou ante uma relação sexual sem prevenção, deve-se pro-
curar atendimento médico. Apenas os médicos e exames podem descobrir qual é o agente infeccioso e tratá-lo com o
medicamento correto.

A aids como exemplo


A aids (sigla em inglês para acquired immunodeficiency syndrome = síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada
pelo vírus HIV, que ataca e destrói células do sistema imune humano, responsáveis pela defesa do organismo contra
infecções. Com as defesas enfraquecidas, a pessoa com aids torna-se vulnerável a uma série de doenças
infecciosas oportunistas.

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Como vimos, a aids é uma infecção sexualmente transmissível. Assim, a principal forma de transmissão do HIV se dá
por meio do ato sexual de qualquer modalidade (vaginal, anal e oral) quando ocorre sem proteção adequada de
preservativos; pode ocorrer, também, por meio de transfusões de sangue.
Uma mãe HIV positiva também pode transmitir o vírus ao bebê durante a gravidez, o parto ou o aleitamento materno.
Atualmente, há tratamento disponível para reduzir as chances dessas formas de transmissão. Durante o acompanhamento
pré-natal, a gestante deverá ser orientada quanto aos cuidados necessários para reduzir a transmissão para o
bebê. Quando os medicamentos são tomados corretamente durante a gravidez, quase 100% das crianças nascem sem o
vírus.
A aids é uma IST que ainda não tem cura. O desenvolvimento de drogas antirretrovirais, remédios que reduzem a
proliferação do HIV, aumentou a expectativa de vida dos HIV positivos, permitindo-lhes viver com o vírus e levar uma
vida praticamente normal.
Isso não significa que a aids tenha deixado de ser uma síndrome grave. Os medicamentos são muitos – por isso
dizemos que o tratamento se dá pelo coquetel antiaids –, mas não podemos esquecer que eles têm efeitos colaterais, e as
pessoas, mesmo medicadas e sem sintomas, ainda podem transmitir o vírus.
Há uma confusão bastante comum entre HIV e aids. O HIV é a abreviação do nome do vírus, e a aids, a doença
causada pelo vírus. Os termos soropositivo e portador, por outro lado, têm significados semelhantes, sendo o primeiro
mais adequado. Um teste sorológico detecta a presença do vírus, por isso a pessoa é considerada soropositiva ou
portadora do vírus.
Ser soropositivo não é o mesmo que ter aids. O conjunto dos sintomas, ou seja, a síndrome, só se manifesta se o
sistema imune do paciente não consegue se defender das doenças oportunistas.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas vivendo com HIV vão desenvolver a aids e o vírus não é transmitido por meio
do convívio social, por exemplo, por aperto de mãos, beijos
(saliva) ou abraços.

As principais ISTs no Brasil e no mundo


Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), publicada pelo IBGE em 2021, cerca de 1 milhão de pessoas contraíram
ISTs no Brasil em 2019. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por dia, ocorram mais de 1 milhão de
casos de contaminação por ISTs no mundo.
O quadro a seguir traz números sobre a incidência de algumas infecções sexualmente transmissíveis no Brasil e no mundo.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo mostram que as ocorrências de sífilis por transmissão sexual
cresceram 603% em seis anos. O salto foi de 2 694 casos em 2007 para 18 951 em 2013. Em outros estados, a situação
não é menos preocupante. Entre 2013 e 2014, Acre, Pernambuco e Paraná registraram crescimento de 96,1%, 94,4% e
63,1%, respectivamente. Uma das explicações para esse crescimento é o fato de que a população,
em geral, está negligenciando os cuidados referentes ao uso de preservativos durante o ato sexual, esquecendo-se de que
esse método de prevenção continua sendo o mais eficaz para impedir a disseminação de vírus como o HIV e o da hepatite
B e das bactérias causadoras da sífilis, da gonorreia, da clamídia, entre outras.
No final de 2017, a Secretaria da Saúde do estado de São Paulo iniciou a campanha “Fique sabendo”, com a finalidade de
estimular as pessoas a fazerem os testes rápidos para sífilis e HIV e, diante de um resultado positivo, começar o
tratamento rapidamente. Essas infecções podem ser assintomáticas por um período, o que favorece a transmissão para
outras pessoas. Os testes estão disponíveis em muitos postos de saúde e até em farmácias de todo o estado, e o
resultado sai em menos de uma hora.

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1. De acordo com a definição de sexualidade da Organização Mundial da Saúde, considere a alternativa incorreta:
a. A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano
que não pode ser separado de outros aspectos da vida.
b. Sexualidade e coito são condições análogas, limitando-se à ocorrência ou não de orgasmo, pelo ato sexual consumado.
c. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental.
d. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico.
e. O exercício da sexualidade é uma face da saúde individual.

2. A partir da leitura do texto abaixo, assinale a alternativa que indica qual método anticoncepcional está descrito:
“Método anticoncepcional de uso feminino que consiste em dois anéis flexíveis, ligados por um tubo de borracha, fechado
em uma das extremidades e aberto na outra, que se coloca na vagina cobrindo completamente a mucosa vaginal. Serve,
também, para impedir a infecção por HIV e outras ISTs.”
a. Camisinha masculina.
b. Camisinha feminina.
c. Diafragma.
d. Anticoncepcional.
e. Anel vaginal.

3. Associe os métodos contraceptivos a uma de suas características.

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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a. I, II, III, V, IV.
b. IV, III, II, I, V.
c. II, V, III, I, IV.
d. III, II, IV, I, V.
e. II, I, V, IV, III.

4. As infecções sexualmente transmissíveis ocorrem, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha
com uma pessoa infectada e, geralmente, manifestam-se por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma informação incorreta a respeito das ISTs.
a. Toda IST apresenta sintomas característicos na região genital.
b. A gonorreia e a sífilis são exemplos de IST.
c. A camisinha é uma das melhores formas de se evitar o contágio por alguma IST.
d. Todos os tipos de relação sexual (oral, vaginal e anal) podem transmitir IST.
e. Algumas ISTs podem ser transmitidas durante a gravidez da mãe para o bebê.

1. “As ISTs e a gravidez indesejada são problemas originados pelo comportamento.” Você concorda com essa afirmação?
Por quê?
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2. Duas jovens mulheres adultas tomam os seguintes cuidados em relação à vida sexual: uma faz uso de adesivos
hormonais colados à pele, e outra, por sofrer de efeitos colaterais com o uso de hormônios, prefere usar o diafragma.
Que preocupação essas mulheres têm para fazer essas opções? Elas correm algum risco em relações
sexuais com essas opções?
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3. O cartaz a seguir apresenta os métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS gratuitamente.


Veja respostas no Caderno do Professor.

a. Classifique os métodos anticoncepcionais que aparecem no quadro acima conforme o que foi estudado no Módulo.
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b. Quais desses métodos exigem a consulta a um ginecologista para seu uso adequado?
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c. Qual é a importância da escola e de um sistema de saúde que promova a distribuição gratuita de métodos de prevenção?
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4. Complete a tabela abaixo (NO CADERNO) para fazer um resumo sobre as infecções sexualmente transmissíveis.
Muitas informações você encontrará ao longo do texto deste Módulo, e outras você deverá pesquisar.

1. O que é gameta?

2. O que são gônadas?

3. Qual é o gameta e a gônada masculina?

4. Observe a imagem e diga o nome das estruturas.

5. O são as características sexuais primárias e secundárias masculinas?

6. Qual é o hormônio masculino? Onde o hormônio masculino é produzido?

7. Quais são as estruturas que compõem o sistema reprodutor masculino internamente?

8. Quais são as estruturas que compõem o sistema reprodutor masculino externamente?

9. O que é ejaculação?
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10. Como se chama a primeira ejaculação?

11. O que é glande?

12. O que é o prepúcio?

13. O que é o sêmen?

14. O homem apresenta apenas um canal por onde sai a urina e o sêmen. Qual canal é esse?

15. Onde os espermatozoides são produzidos?

16. Onde os espermatozoides são armazenados?

17. Qual é o caminho percorrido pelo espermatozoide desde quando é formado até sair do corpo masculino?

18. Qual é a função das glândulas seminais?

19. Qual é a função da próstata?

20. Qual é a função da glândula bulbouretral?

21. O que é vasectomia?

22. O que é circuncisão?

23. Quais hormônios a hipófise produz que estão relacionados com o sistema reprodutor? Utilize as imagens e complete a

atuação hormonal no corpo do homem e da mulher.

24. Qual é o gameta e a gônada feminina?

25. O que são características sexuais primárias e secundárias femininas?

26. Quais são os hormônios femininos? Onde são produzidos?

27. Como se chama a primeira menstruação?

28. Como se chama a última menstruação?

29. Observe a imagem e diga o nome das estruturas.

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30. Qual a função da progesterona?

31. Qual é a função do estrógeno?

32. Quais são as estruturas que compõem o sistema reprodutor feminino parte externa?

33. Quais são as estruturas que compõem o sistema reprodutor feminino parte interna?

3. O que é ovulação?

4. Como se chama a camada interna do útero?

5. O que é menstruação?

6. O que é período fértil?

7. Qual é a diferença entre ovócito e óvulo?

8. Complete com o nome das estruturas;

9. O que é e onde ocorre a fecundação?

10. O que é cariogamia?

11. O que é zigoto?

12. O que são as clivagens que ocorrem após a formação do zigoto?

13. O que é nidação?

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14. Onde o embrião/feto se desenvolve na gravidez?

15. Qual o período da gestação?

16. A mulher apresenta um canal por onde sai à urina e outro por onde sai à menstruação. Quais canais são esses?

17. É correto dizer que a genitália externa feminina é a vagina? Justifique sua resposta.

18. O que é laqueadura?

19. Uma menina que já rompeu seu Hímen não é necessariamente mais virgem? Justifique sua resposta.

20. Diferencie a produção de gametas de homens e mulheres.

21. O que é ciclo menstrual?

22. Sabendo que o primeiro dia de menstruação foi dia 26, quando ela ovulou? Faça o cálculo é indique o período fértil.

23. Em relação aos métodos contraceptivos responda.

a. O que é método de barreira? Cite 2 exemplos.

b. O que é método hormonal? Cite 2 exemplos.

c. Como funciona a tabelinha?

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