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Nome: Priscila Daiane

Facilitadora : Cristiane Metzker


SP 2.1 A UBS na escola

OBJETIVOS

Caracterizar fases da puberdade masculina


Puberdade é um termo amplo que se refere à transição da imaturidade sexual para a
maturidade sexual; em outras palavras, é a transição de uma criança para um adulto,
incluindo a aquisição de fertilidade, o estirão do crescimento e o desenvolvimento de
caracteres sexuais secundários (mamas, pelos pubianos e axilares).

Para que a puberdade ocorra, é preciso que existam dois eventos, ambos relacionados à
liberação hormonal: a adrenarca e a gonadarca

Gonadarca

É o processo de ativação das gônadas (ovários ou testículos) e, por consequência, o início


da produção dos hormônios sexuais. Desencadeado por duas estruturas presentes no
cérebro: hipotálamo e a glândula pituitária (também chamada de hipófise). A gonadarca
também é caracterizada por alguns fenômenos, no homem a Espermaca: aparecimento de
espermatozoide no líquido seminal, ou seja, a primeira produção de esperma.

Adrenarca

Um pouco antes da gonadarca, ocorre um outro fenômeno, a adrenarca. Refere ao aumento


de produção de androgênios pelas glândulas adrenais (suprarrenais). Os androgênios são
um grupo de hormônios do qual a testosterona faz parte.

Nos homens, os androgênios são os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento e


manutenção dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias. O resultado é o
aparecimento de acne, odor corporal semelhante ao dos adultos e o surgimento de pelos
pelo corpo.
A adrenarca está relacionada ao surgimento da pubarca, que é o termo utilizado para o
aparecimento de pelos na região do púbis e nas axilas.

FASES

Maturação sexual – Estagiamento de Tanner


O desenvolvimento normal da puberdade segue um padrão previsível de eventos. Estas
mudanças físicas são descritas utilizando escalas de desenvolvimento, como o
estagiamento de Tanner. O estágio 1 representa a fase pré-puberdade e a fase 5 representa
o desenvolvimento total, adulto.

Estirão do crescimento

Aproximadamente 20% da altura total do adulto é adquirida durante a puberdade. O estirão


de crescimento ocorre pela ação de três principais fatores hormonais: estrogênio, hormônio
de crescimento (GH) e fator de crescimento insulina-símile 1 (IGF1). O estrogênio atua no
processo do crescimento através do aumento da secreção de GH e tem um efeito direto na
cartilagem e no osso. O estirão nos meninos costuma ocorrer entre os estágios 3 e 4 de
Tanner.
Esse processo fisiológico explica, em parte, a diferença de estatura entre mulheres e
homens, uma vez que os meninos têm dois anos a mais de crescimento pré-puberal antes
de iniciarem o estirão final. Independente do sexo, quanto mais cedo a criança entrar na
puberdade, menor será sua estatura final.

Crescimento ósseo

A massa óssea vai aumentando progressivamente durante a infância, mas é na


adolescência que ela atinge o máximo aumento. Nesta fase, a massa óssea dobra e o
crescimento do osso acelera, estando 99% completo quando a idade óssea atinge os 17
anos nos meninos. Tanto o estradiol quanto os androgênios influenciam a maturação do
esqueleto e o ganho de massa óssea, promovendo diretamente a deposição de cálcio e
crescimento dos ossos bem como estimulando a produção de vitamina D e aumentando a
liberação de hormônio do crescimento.
A ingestão insuficiente de cálcio nesta fase aumenta o risco de fraturas e de fragilidade
óssea.

Composição corporal e peso

Os meninos têm uma redução da gordura corporal e aumento da massa magra.

No início da puberdade, pode haver assimetria no tamanho dos testículos e ginecomastia.

A ginecomastia é o desenvolvimento de tecido mamário em homens. Na puberdade, está


presente em cerca de 1/3 a metade dos meninos entre os estágios 3 e 4 de pelos pubianos
(P3 ou P4). O motivo mais comum nestas situações é haver um desbalanço hormonal entre
os níveis de estradiol e androgênios, ou então um aumento da sensibilidade do tecido
mamário ao estradiol.
CAMPOS, Renata. Puberdade masculina, feminina, precoce e tardia,
2022 Disponível em: <https://www.mdsaude.com/pediatria/puberdade/>
Acesso em: 21 mar

Quais são o métodos clínicos utilizados para avaliar o


desenvolvimento da puberdade masculina (escala de Tanner,
dimensões gonadais)

Escala de Tanner

G1 (9,5-13,5 anos) - pré-adolescência (infantil)


G2 (10-13,5 anos) - crescimento da bolsa escrotal e dos testículos, sem aumento do pênis.
G3 (10,5-15 anos) - aumento do pênis, inicialmente em toda a sua extensão
G4 (11,5-16 anos) - aumento do diâmetro do pênis e da glande, crescimento dos testículos
e do escroto, cuja pele escurece.
G5 (12,5- 17 anos) - genitalia adulta

Dimensões Gonadais
Estagiamento Puberal: Escala de Tanner, 2013. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/blogped1/estadiamento-puberal-critrios-de-tan
ner> Aceso em: 21 mar

Caracterizar o funcionamento do eixo hipotálamo hipófise


gonadal
Não existe uma idade exata para o inicio da puberdade, mas percebe-se uma influência
genética.

Na puberdade determinadas células neurossecretoras do hipotálamo aumentam a sua


secreção de GnRH(hormonio regulador de gonadotrofina). O qual circula apenas entre
hipotálamo e hipófise(substância porta hipofisária).

O hormônio GnRH estimula os gonadotrofos na adeno-hipófise a aumentar sua secreção de


duas gonadotrofinas LH(hormônio luteinizante) e FSH(hormônio folículo estimulante).

LH e FSH agirá nas gônadas, fazendo com que determinadas células produzam hormônios
esteróides e peptideos.

O LH estimula as células Leydig localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o


hormônio testosterona. Liga-se a célula de Leydig, convertendo colesterol em testosterona,
que agirá em diversas partes do corpo.

A testosterona via retroalimentação de feedback negativo suprime a secreção de LH pela


adeno-hipófise e a secreção de GnRH pelo hipotálamo.

O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese, estimula as células de Sertoli


junto com a testosterona, produzindo principalmente ABP(proteínas transportadoras de
andrógenos). Feedback positivo

Testosterona atuam nas células de Sertoli dando suporte às células germinativas

A Inibida é um potente inibidor da secreção de FSH pela hipófise feedback negativo

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia.


Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728867. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/>. Acesso em:
21 mar. 2023.

Caracterizar morfofuncionalmente o sistema genitor masculino

Testículos(gônadas masculinas): são um par de glândulas ovais que geralmente iniciam


sua descida para o escroto no sétimo mês de desenvolvimento fetal e são produtoras de
espermatozoides. Além do mais, são cobertos por uma cápsula fibrosa branca chamada de
túnica albugínea(formada por tecido conjuntivo denso não modelado), que se estende em
direção ao interior e divide cada destículo em compartimentos internos chamados de
lóbulos do testículo. Cada um dos lóbulos contém de 1 a 3 túbulos seminíferos revestidos
com células espermatogênicas (formadoras de espermatozoides). Além disso, tem a túnica
vaginal, uma camada dupla de mesotélio, com um folheto aderido à túnica albugínea e o
outro ao escroto. Entre esses folhetos tem um fluido que protege o atrito entre o escroto e
os testículos.
Além do mais possui células muito importantes como as de Sertoli: sustentam, protegem e
nutrem as células espermatogênicas, fagocitam células espermatogênicas em
degeneração, secretam o fluido para o transporte de espermatozóides e liberam o hormônio
inibina, que ajudam a regular a formação de espermatozoides. As células de Leydig
produzem o hormônio testosterona, o andrógeno mais importante que tem muitas funções,
entre elas, o desenvolvimento de características masculinas.

Escroto: é uma pele solta que além de acomodar os testículos regula a temperatura deles
para a produção de espermatozóides. A regulação é essencial porque existe uma
temperatura ideal de 2 a 3 graus menos que a temperatura corporal para a formação dos
espermatozoides.

Epidídimo: posteriormente aos testículos e local onde os espermatozóides sofrem a


maturação, ou seja, adquirem motilidade e capacidade para fertilizar o óvulo.

Ducto Deferente: surge a partir do epidídimo e conduz os espermatozoides do epidídimo


até a ureta. Na porção final desse ducto + o ducto da glândula seminal é formado o ducto
ejaculatório.

Ureta: é um canal para micção e ejaculação, dividido em parte prostática: atravessa a


próstata. Parte membranácea: atravessa o assoalho pélvico. Parte esponjosa: atravessa o
corpo esponjoso do pênis.

Pênis: serve para a copulação sexual, ejaculação do sêmen e excreção da urina. Possui 2
corpos cavernosos e 1 esponjoso. O tecido erétil é permeado por vasos sanguíneos.

Glândulas acessórias: secretam a maior parte da porção líquida do sêmen.


Próstata(caráter leitoso): secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido(PH 6,5), o ácido
cítrico é usado para produzir ATP pelos espermatozoides. As secreções prostáticas
contribuem para a motilidade dos espermatozoides. Glândulas seminais(caráter pegajoso):
secretam um líquido alcalino que contém frutose e serve de reserva de ATP para
espermatozoides, prostaglandinas, que são responsáveis pela contração do sistema genital
feminino e proteínas de coagulação, que ajuda o sêmen coagular após a ejaculação.
Glândulas bulbouretrais(caráter pegajoso): têm aproximadamente o tamanho de ervilhas e
ficam localizadas inferiormente às próstatas. Durante a excitação sexual secretam um
líquido alcalino na uretra que protegem os espermatozoides da acidez, além de secretar um
muco que protege a ponta do pênis.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia.


Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728867. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/>. Acesso em:
21 mar. 2023.

Descrever a gametogênese masculina


A gametogênese é a formação de gametas, no caso da formação de espermatozóides,
gametas masculino, podemos chamar de espermatogênese. O processo ocorre nos túbulos
seminíferos, que estão localizados nos testículos, inicia-se na puberdade e continua por
toda a vida.

1- Do nascimento até iniciar a puberdade a célula germinativa primordial(gonócitos) entra


nos testículos e passa a ser chamada espermatogônia

2- As espermatogônias, células tronco precursoras, ao sofrerem mitose(período de


multiplicação) algumas permanecem não diferenciadas e próximas à membrana basal dos
túbulos seminíferos, servindo como fontes para próximas divisões, enquanto outras se
afastam da membrana para diferenciar-se em espermatócito primário.

3- No processo de espermatogônia para espermatócito primário não há divisão celular e sim


diferenciação, aumento de volume. O período que antecede a meiose I é a interfase.

4- O espermatócito 1 entra em meiose I formando 2 espermatócitos secundários, visto que


a meiose I separa os cromossomos homólogos. Etapa reducional. É aqui também onde
ocorre o crossing over.

5-Depois disso os espermatócitos secundários entram em meiose II onde ocorre a


separação das cromáticas irmãs formando 4 espermátides com 23 cromossomos cada.
Etapa equacional

6- Essas espermátides depois sofrem diferenciação para serem espermatozoides por meio
do processo de espermiogênese.

O processo forma 4 gametas viáveis

7- Espermiogenese: as espermátides esféricas se transformam no espermatozoide delgado


e alongado. Forma-se o acrossomo no topo do núcleo, desenvolvimento do flagelo e a
multiplicação das mitocôndrias. Por fim, os espermatozóides são liberados da conexão com
as células sustentaculares em um evento conhecido como espermiação. O líquido
secretado pelas células sustentaculares empurra os espermatozoides em direção ao du to
dos testículos por não conseguirem se deslocar sozinhos.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia.


Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728867. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/>. Acesso em:
21 mar. 2023.

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