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24/01/2022 Ginecologia Carolina Rossi

o Menarca
Puberdade Normal e Pato- • Mudança da composição corporal – meninas ga-
lógica e Estado Intersexuais nham mais tecido adiposo do que massa magra
em relação aos meninos (essencial para os ciclos
PROF. GUARANY menstruais)
O TEMPO ESPERADO ENTRE TELARCA E
MENARCA É 2-3 ANOS, E GERALMENTE A
INTRODUÇÃO MENARCA OCORRE DURANTE M4
A puberdade é a fase do desenvolvimento humano
que compreende a transição entre a infância e a vida
adulta, resultando na maturação sexual. Dura dos PUBERDADE FISIOLÓGICA
10 aos 15 anos, aproximadamente, e é a fase em que NA MENINA, TEM INÍCIO ENTRE 8 E 13 ANOS
surgem os CSS. (1 ANO ANTES DOS MENINOS)

• FSH: estimulação dos folículos


INFÂNCIA • LH: produção de estradiol pelos ovários
Período que inicia após o nascimento, com o sistema • Androgênios: maturação dos folículos
neuroendócrino em funcionamento, porém com • Estradiol: crescimento, maturação óssea e
FSH e estrogênio a nível basal. aumento de mamas
1. O HIPOTÁLAMO IMATURO É MUITO SEN- • Progesterona: produzida pelo corpo lúteo,
SÍVEL AO FEEDBACK DO ESTROGÊNIO desenvolve o endométrio para a fecundação
O estrogênio basal causa feedback negativo no hi- • Estradiol, LH, FSH, progesterona (ação com-
potálamo, bloqueando o eixo HHO – é como se uma binada): ovulação e ciclos menstruais
gota de estrogênio fosse capaz de bloquear o eixo. • Inibina: inibe a produção de FSH
2. PERÍODO INIBITÓRIO INTRÍNSECO DO SNC São efeitos do estrogênio:
O próprio SNC impede hipotálamo e hipófise de li- • Aceleração, e então desaceleração, do cresci-
berarem os hormônios. Devido a isso, é o período mento estatural (fechamento das epífises)
de quiescência dos órgãos sexuais. o “Para de crescer 2 anos após a menarca”
• Surgimento do broto mamário e pelos pubia-
PERÍODO PRÉ-PUBERAL nos
Ocorrem: • Alargamento do quadril
• Surgimento da acne
• Perda gradual da sensibilidade do hipotálamo
e da hipófise – agora requerem 2 gotas de estro-
gênio para inibir o eixo ESTADIAMENTO DE TANNER
• Diminuição gradual da inibição intrínseca do
SNC MAMAS
Resultando em: • M1: Mamas pré-adolescentes. Somente eleva-
ção das papilas sem tecido mamário palpável.
• Maior frequência e amplitude dos pulsos de
• M2: Presença de broto mamário (mamas em
GnRH
fase de botão), que provocará aumento da
• Maior secreção de LH e FSH
mama e da papila, além do diâmetro da aréola.
• Maior secreção de esteroides sexuais
o Concomitante ao início do estirão
• M3: Continuação do aumento da mama. Sem se-
PUBERDADE paração dos contornos da aréola e mama.
Iniciada aos 9-10 anos, é caracterizada por: o É o momento da puberdade em que a veloci-
• Secreção pulsátil de GnRH, LH e FSH durante o dade de crescimento atinge o pico, após o
sono qual ocorre a menarca
• Adrenarca → liberação de androgênios (inde- • M4: Projeção da aréola e da papila formando
pendente do eixo HHO) uma elevação acima do nível da mama.
• Desenvolvimento dos caracteres sexuais secun- • M5: Estágio de adulto. Projeção apenas da pa-
dários: pila com o retorno da aréola para o contorno ge-
o Telarca – pode surgir inicialmente apenas de ral da mama.
um lado, sem significado patológico Ao final do desenvolvimento, temos separação da
▪ A biópsia ou exsérese do “nódulo” preju- mama em três camadas (glândula, aréola e papila).
dica o desenvolvimento mamário OBS.: Não existe estadiamento zero! Não existe M0
o Pubarca – meninas com pubarca precedendo ou T0.
a telarca têm maior risco de pré-eclâmpsia
PELOS PUBERDADE PRECOCE
• P1: Pelos pubianos ausentes DESENVOLVIMENTO DOS CSS ANTES DOS 8
• P2: Crescimento esparso de pêlos longos, finos ANOS EM MENINAS (OU 9, EM MENINOS)
e discretamente pigmentados ao longo dos A incidência é muito maior em meninas do que em
grandes lábios meninos. Em algumas raças, a cronologia pode va-
• P3:Pelos pubianos mais espessos e mais encara- riar → em meninas negras, o ponto de corte é 6
colados, estendendo-se na sínfise pubiana em anos.
pequena quantidade
Devem ser avaliados:
• P4: Pelos do tipo adulto ainda não atingindo a
superfície interna da coxa (área menor que no • Velocidade de progressão dos CSS
adulto) • Velocidade de crescimento
• P5: Pelos tipo adulto atingindo a superfície in- • Ritmo de maturação óssea
terna da coxa PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO: BAIXA ESTATURA
(FECHAMENTO PRECOCE DAS EPÍFISES)
O paciente com puberdade precoce tem alta esta-
tura durante o crescimento, e baixa estatura final.

FISIOPATOLOGIA
PRINCIAL: MATURAÇÃO DOS PULSOS DE GNRH
Aumento de
esteroides
sexuais

Aumento de
GH

Maior crescimento
estatural e
maturação óssea

Fechamento
precoce das
epífises
CRONOLOGIA DA PUBERDADE

AOS 9-10 ANOS


• Desenvolvimento irregular de folículos ovarianos 1. PUBERDADE PRECOCE COMPLETA
• Estirão do crescimento CENTRAL, VERDADEIRA OU DEPENDENTE DE
• Desenvolvimento da bacia óssea GNRH
• Crescimento inicial das papilas mamárias Decorre de reativação prematura do eixo HHO, de
alteração na sensibilidade hipotalâmica ao feedback
negativo do estrogênio, ou alteração no mecanismo
AOS 10-11 ANOS
inibitório intrínseco do SNC. Corresponde a 80%
• Telarca e início do crescimento mamário dos casos de puberdade precoce.
• Alterações morfológicas vulvares
• Reativação porque, durante a vida fetal, o eixo
• Pubarca
HHO é ativo (formação da genitália), sendo ativo
• Início do desenvolvimento do corpo do útero
até os 6 meses a 2 anos
• Os pulsos iniciam durante a noite
AOS 11-14 ANOS Pode ser reversível, se não for idiopática.
• Estágios finais do desenvolvimento mamário OS CSS AINDA SEGUEM A CRONOLOGIA
• Menarca e início dos ciclos anovulatórios
• Aparecimento dos pelos axilares
ETIOLOGIA
Geralmente envolve lesões que interrompam as
AOS 14-16 ANOS vias inibitórias dos pulsos de GnRH, mas a forma
• Possível aparecimento de ciclos ovulatórios idiopática é a mais frequente em meninas:
• Aproximação final do crescimento esquelético • Sem alterações no SNC
• Incidência reduzida desde o advento da TC e RM
OBS.: Em meninas, a PPC é mais frequentemente
idiopática (90%); em meninos, a maioria é secundá-
ria a doenças do SNC.
OBS.: Nos hamartomas, há tecido heterotópico (hi- Causa mais frequente: tumores ovarianos.
potálamo acessório).
OBS.: Nos casos causados por irradiação, geral-
mente também há deficiência de GH.
OBS.: Pode ocorrer também após o tratamento da
hiperplasia adrenal congênita (embora raro):
• A HAC resulta em produção de androgênios
desde cedo (produção de testosterona desde os
2 anos de idade – estado masculinizante); com o
tratamento, pode-se desencadear uma puber-
dade precoce isossexual central.
A PPC É SEMPRE ISOSSEXUAL

Causas de maturação isossexual


• Cisto folicular funcionante – autolimitado; após
a regressão do cisto, pode haver sangramento
• Tumores ovarianos
o Tumores da granulosa (60% dos tumores)
o Tumores da teca
o Cistoadenomas
o Disgerminomas
o Coriocarcinomas
• Síndrome de McCune-Albright
o Manchas cutâneas café-com-leite
o Displasia óssea
2. PUBERDADE PRECOCE INCOMPLETA o Cistos ovarianos
• Síndrome de Peutz-Jeghers
PERIFÉRICA, FALSA OU INDEPENDENTE DE
GNRH o Polipose intestinal
o Tumores ovarianos feminizantes
Não depende da ativação do eixo HHO, não se-
guindo a sequência fisiológica dos marcos pube- • Síndrome de Van-Wyk-Grumbach (hipotireoi-
rais (telarca, pubarca e menarca). dismo com ativação de receptores de FSH pelo
LH em altas concentrações)
Ocorre quando a produção hormonal é ovariana ou
adrenal (pode ser masculinizante ou feminilizante), o Cursa com atraso da idade óssea, que não
ou há exposição exógena a esteroides sexuais. ocorre nas outras formas de PPI
É reversível, com correção do fator etiológico. OBS.: A forma isossexual não pode ser adrenal!
Pode ser:
• Isossexual – liberação de estrogênio Causas de maturação heterossexual
o Desenvolvimento de CSS semelhante à PPC • Tumores ovarianos
• Heterossexual – liberação de testosterona o Tumor lipoide
o Arrenoblastomas
OBS.: A obesidade pode implicar adrenarca pre-
coce, com liberação heterossexual. • Hiperplasia adrenal congênita
o Deficiência da 21-hidroxilase
• Tumores da
ETIOLOGIA
adrenal
É decorrente do excesso de esteroides sexuais
Na HAC, há defi-
(androgênios ou estrogênios) produzidos pelas
ciência da 21-hi-
gônadas ou adrenais (ou outros mecanismos), mas
droxilase, desvi-
independentemente do eixo HHO, com níveis de
ando a produ-
LH e FSH baixos (pré-púberes).
ção de cortisol
para a de testos-
terona.
3. MANIFESTAÇÕES ISOLADAS DO DESEN- • Estadiamento de Tanner
VOLVIMENTO PUBERAL • Determinar:
Correspondem ao surgimento precoce de CSS, sem o Peso
o Altura
patologias associadas. Têm evolução lenta e com-
portamento benigno. o Velocidade de crescimento
o Idade óssea → normal: 2 desvios-padrão
Devem ser acompanhadas, pois podem ser a pri-
acima/abaixo da idade cronológica; ou seja,
meira apresentação de uma PPC.
é normal que a diferença seja de até:
RESPOSTA DO LH → PRÉ-PÚBERE ▪ 1 ano (crianças de 2 a 4 anos)
▪ 1 ano e meio (crianças de 4 a 12 anos)
TELARCA PRECOCE ▪ 2 anos (após 12 anos)
A mais frequente. Tem início após os 2 anos de • Palpação abdominal (tumorações)
idade, com regressão antes da puberdade. É be- • Avaliação do campo visual
nigna, mas 5% dos casos evoluem com PPC.
Tanto PPC quanto PPI aumentam idade óssea; quem
Raramente ultrapassa o estágio 3 de Tanner. poupa idade óssea são as manifestações isoladas.
ETIOLOGIA:
• Sensibilidade a níveis baixos de esteroides – e
as mamas já são muito sensíveis ao estrogênio Sinais e sintomas
normalmente • Telarca precoce (2T antes dos 8 anos)
• Ativação transitória hipofisária-ovariana • Pubarca precoce (2T antes dos 9 anos)
• Conversão transitória do DHEA em estrogênio
• Menarca precoce (antes dos 9 anos)
na mama
• Crescimento rápido
Não é associada a crescimento ou maturação es- • Alterações comportamentais
quelética acelerados.
CONDUTA: EXPECTANTE + AVALIAR VELOCI-
DADE DO CRESCIMENTO EXAMES LABORATORIAIS
• Teste do GnRH
o Administração exógena de GnRH (2,5µg/kg
PUBARCA PRECOCE
de gonadorelina IV)
Não há sinais de virilização ou estímulo androgê-
▪ Resposta puberal (produção de LH > 10
nico, apesar de haver leve aumento de S-DHEA.
UI/L em resposta) → puberdade precoce
Há aumento discreto da maturação óssea e da ve- completa (o eixo HHO está ativo)
locidade de crescimento. Há também produção de FSH, mas a
ETIOLOGIA: aumento da sensibilidade do folículo de LH é muito maior
piloso aos androgênios. ▪ Resposta pré-puberal (sem produção de
CONDUTA: EXPECTANTE + AVALIAR VELOCI- LH) → puberdade precoce incompleta
DADE DO CRESCIMENTO + AVALIAR AS • LH basal – dosagem basal mesmo, não “teste do
ADRENAIS (ADRENARCA PRECOCE?) LH”; é preferível ao FSH pois é mais acessível
o Níveis baixos → PP incompleta
MENARCA PRECOCE o Níveis altos → puberdade precoce completa
É rara, e deve ser diferenciada de outras causas de ▪ LH > FSH indica ativação do eixo HHO
sangramento genital. • FSH (limitado)
ETIOLOGIA: sensibilidade endometrial a níveis • Androstenediona – não diferencia PPI ovariana e
baixos de estrogênio (nível basal). adrenal
• Testosterona total e livre
• 17OH-progesterona – fala a favor de hiperplasia
PUBERDADE PRECOCE INTERMITENTE (NÃO
adrenal congênita (a 17OH-P sobra porque não
PROGRESSIVA)
há uma das enzimas que a degradam, a 21-OHase)
Sem alteração do crescimento ou da idade óssea, • DHEA-S (sulfato de DHEA) – fala a favor de tumor
com níveis de LH e estradiol pré-puberais.
de suprarrenal
• Estradiol (utilidade diminuída)
DIAGNÓSTICO o Pode haver puberdade precoce mesmo com
estrogênio em níveis pré-púberes
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
• TSH e T4L
• Cronologia dos eventos puberais
OBS.: Androstenediona e testosterona só dizem
• Histórico de infecção ou trauma craniano
que está os androgênios estão aumentados, mas
• Uso de medicamentos
não dizem a causa; quem faz isso são DHEA-S e
• Condições de nascimento
17OH-progesterona.
• Idade da puberdade dos pais
TRATAMENTO

OBJETIVOS
• Tratamento etiológico
• Interrupção do desenvolvimento
• Diminuir os sinais de precocidade
• Diminuir impacto emocional, social e reprodutivo
• Garantir estatura final máxima

1. PUBERDADE PRECOCE CENTRAL


• Análogos do GnRH 3,6mg/mês SC ou
EXAMES DE IMAGEM o Supressão reversível do eixo HHO – sem risco
de menopausa precoce
Exames radiológicos o Efeitos colaterais mínimos nessa faixa etária
• Radiografia de mão e punho → avaliar idade o Termina-se o tratamento quando:
óssea e velocidade do crescimento (método de ▪ Atinge a idade da puberdade fisiológica ou
Greulich Pyle) ▪ Quando ocorre a fusão das epífises
• USG pélvica e adrenal
• Acetato de medroxiprogesterona 50mg IM (não
o Avalia presença de tumor ovariano/adrenal tem grande efeito terapêutico) ou
o Avalia a ação estrogênica por meio da avalia- • Acetato de ciproterona 50mg/dia VO (dose alta)
ção da espessura endometrial e do volume
QUANDO INICIADO ANTES DOS 12 ANOS, O
uterino
PROGNÓSTICO DA ESTATURA É BOM
• TC/RNM de crânio

2. PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Não responde ao tratamento com análogos de
FORMAS ISOSSEXUAIS GnRH. O tratamento deve ser individualizado e dire-
cionado à causa de base.
• Cirurgia (tumores de ovário ou adrenal)
• Conduta expectante (cisto folicular funcionante)
• Corticoides (hiperplasia adrenal congênita)
• Inibidores da aromatase ou bloqueadores do
estrogênio (síndrome de McCune-Albright)
PPC =

= PPI 3. MANIFESTAÇÕES ISOLADAS DO DESEN-


VOLVIMENTO PUBERAL
Não requerem tratamento, apenas observação.

Se for normal, consideram-se as causas isoladas (que


podem ser autolimitadas, sem interferir com o cres- PUBERDADE TARDIA
cimento, que é a maior preocupação) → se não Ausência dos CSS em idade cronológica 2 desvios
mexe com o crescimento, não tem problema. padrão acima da média esperada:
• Telarca após os 13 anos
FORMAS HETEROSSEXUAIS • Pubarca após os 14 anos
• Menarca após os 16 anos

FISIOPATOLOGIA
• Deficiência de GnRH (principal) – pode ser por:
o Atraso constitucional
o Deficiência de LH e FSH
o Doenças sistêmicas
• Ausência de produção ovariana normal
Todos esses fatores resultam em:
HÁ REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTROGÊNIO
(HIPOGONADISMO)
SÃO SEMPRE ADRENAIS
ASPECTOS CLÍNICOS EXAMES COMPLEMENTARES
• Baixa estatura • Avaliação da idade óssea
• Mamas pré-puberais • USG pélvica e abdominal
• Lábios menores encurtados • Cromatina sexual
• Pilificação pubiana inicial (P1) • FSH e LH
• PRL
• TSH e T4L
CLASSIFICAÇÃO • Teste do GnRH
RETARDO PUBERAL CONSTITUCIONAL
PRINCIPAL CAUSA DE ATRASO PUBERAL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO HIPOGO-
O crescimento é lento, mas sem doença orgânica. NADISMO
É de caráter familiar, e mais comum em meninos.
Decorre de retardo primário na reativação dos
pulsos geradores de GnRH.
Idade óssea e níveis de LH e FSH não se correlacio-
nam à idade cronológica, mas têm maturação
crescente. = síndrome
CONDUTA: orientações + acompanhamento. de Kallmann

HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO ovários resistentes = savage


OVÁRIO NÃO FUNCIONA POR CAUSA DA DE- (adenilciclase)
FICIÊNCIA DE FSH E LH
Pode ser por causas hipotalâmicas ou hipofisárias:
• Síndrome de Kallmann (principal)
• Tumores TRATAMENTO
• Pan-hipopituitarismo • Tratamento etiológico
• Anorexia nervosa • Tratamento hormonal substitutivo
• Doenças crônicas o Inicial
• Radioterapia
▪ Estrogênio conjugado VO (1 ano) – pro-
• Quimioterapia move o crescimento mamário e estimula o
• Doenças autoimunes crescimento
• Deficiência isolada de gonadotrofinas
o De manutenção
▪ Estrogênio + progestagênio VO
HIPOGONADISMO HIPERGONADOTRÓFICO Realiza-se o bombardeio com estrogênio, e então
OVÁRIO NÃO FUNCIONA APESAR DE ALTOS adiciona-se o contrabalanço com progesterona.
NÍVEIS DE FSH E LH LEMBRANDO QUE A PRINCIPAL CAUSA É O
• Disgenesia gonadal ATRASO CONSTITUCIONAL, QUE É BENIGNO
• SOP E NÃO REQUER TRATAMENTO
• Síndrome de Savage
• Síndrome de Turner (45, XO)
o Falência ovariana → amenorreia primária ESTADOS INTERSEXUAIS
o Atraso puberal + baixa estatura: sempre Condições nas quais a aparência da genitália ex-
pensar em Turner (mesmo sem estigmas) terna é ambígua ou diferente do sexo cromossô-
• Radioterapia mico/gonadal do indivíduo.
• Quimioterapia
• Cirurgias FISIOPA-
TOLOGIA:
DETERMINISMO
DIAGNÓSTICO SEXUAL

ANAMNESE E EXAME FÍSICO


• Antecedentes familiares
• Avaliar altura, peso, estadiamento de Tanner e
estigmas de Turner
• Exame ginecológico
• Exame neurológico
1. DISGENESIAS GONADAIS • Gônadas: ovoteste (gônada mista, com tecido
ovariano e testicular) ou ovário de um lado e tes-
1.1. SÍNDROME DE TURNER tículo do outro
• Sexo genético: 45, XO – monossomia do X. • Genitália externa: masculino (60%)
• Gônadas: ovários rudimentares • CSS: pode haver desenvolvimento mamário
• Genitália interna: feminina (sem testículo)
• Genitália externa: feminina (sem testosterona)
DIAGNÓSTICO
• CSS: ausentes (ausência de estrogênio)
• S-DHEA
• 17-OH-progesterona
1.2. DISGENESIA GONADAL PURA • Testosterona
Não possui estigmas somáticos, diferentemente • Androstenediona
da síndrome de Turner. • FSH e LH
• Sexo genético: 90% feminino (46, XX) • Cariótipo e cromatina sexual
• Gônadas: em estria • Radiografia de mãos e punhos
• Genitália interna: feminina • USG pélvica
• Genitália externa: feminina
• CSS: ausentes (amastia)
TRATAMENTO
• Cirurgia
1.3. DISGENESIA GONADAL MISTA
• Hormonioterapia
• Sexo genético: XY
• Apoio emocional
• Gônadas: assimétrico
• Genitália interna: assimétrica – masculina no
lado com testículos, feminina no lado sem FEMINIZAÇÃO
• Genitália externa: geralmente masculina • Até os 2 anos
• CSS: diferentes graus de masculinização o Amputação parcial do clitóris ou falo, com
abertura do seio urogenital
2. PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO • Na puberdade
o Neovagina
Causado por excesso de androgênios desde a infân-
cia, com certos graus de virilização da mulher. Há fe- • Após a puberdade até os 50 anos
chamento da vulva, formando um pênis ou pseu- o Estrogênio + progesterona
dopênis. Na hiperplasia adrenal congênita, é indicado reposi-
• Sexo genético: XX ção de corticoide.
• Gônadas: ovários
• Genitália interna: feminina
VIRILIZAÇÃO
• Genitália externa: masculina (diferentes graus)
• Correção da hipospádia
• CSS: diferentes graus de masculinização
• Correção da criptorquidia
Pode ser decorrente de:
• Plástica da bolsa escrotal
• Hiperplasia adrenal congênita • Uso de androgênios
• Ingestão de substâncias androgênicas pela mãe
• Tumor masculinizante de ovário ou adrenal

3. PSEUDO-HERMAFRODITISMO MASCULINO
Síndrome dos testículos feminizantes, síndrome
de Morris ou insensibilidade androgênica
Decorre de deficiência na ação da testosterona.
• Sexo genético: XY
• Gônadas: testículos
• Genitália interna: ausente
• Genitália externa: feminina ou dúbia (vagina em
fundo cego)
• CSS: mamas presentes, pilificação ausente

4. HERMAFRODITISMO VERDADEIRO
• Sexo genético: XX

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