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Tutoria UC7 – problema 3 Manoella Evelyn 1

Termos desconhecidos - Resultado da estimulação do eixo hipotálamo-


hipofisário-adrenal;
Anticorpo antiendomísio IGA

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune - Crescimento da camada reticular da adrenal e
causada por uma intolerância permanente ao glúten, aumento na produção de androgênios;
mais especificamente, à sua fração proteica chamada
- Androgênios: responsáveis pela modificação dos
gliadina e caracteriza-se por uma inflamação crônica no
odores corporais, aumento da oleosidade da pele,
intestino. O diagnóstico da doença celíaca é realizado
pilificação axilar e pubiana;
pela clínica exibida pelo paciente, pelos exames
laboratoriais e confirmado pela histologia da mucosa - Aumento nas dosagens de de-hidroepiandrosterona
intestinal. Os testes sorológicos possibilitam o (DHEA), da sua forma sulfatada (S-DHEA) e da
diagnóstico rápido da forma atípica (não clássica), androstenediona.
forma típica (clássica) e assintomáticas da doença. Os
marcadores sorológicos utilizados são os anticorpos • Gonadarca
antigliadina, os anticorpos antiendomísio e os - Ativação do eixo-hipotálamo-hipofisário-gonadal;
anticorpos antitransglutaminase (TTG).
- Aumento progressivo dos pulsos de GnRH
Com relação ao anticorpo antigliadina, determinado hipotalâmico sobre a hipófise, estimulando a produção
pela técnica de ELISA, a especificidade do anticorpo da de LH e FSH hipofisários, que irão exercer influências
classe IgA é maior do que da classe IgG, sendo a nas gônadas;
sensibilidade extremamente variável em ambas as
classes. - Desenvolvimento das mamas no sexo feminino e
aumento do volume testicular no sexo masculino;
Clonidina
- Marcadores laboratoriais: gonadotrofinas, LH e o FSH,
O que é: hipotensor; injetável; analgésico; agonista
esteroides sexuais, estrogênio e testosterona;
alfa2-adrenérgico seletivo.
- Estrogênios: estimulam o desenvolvimento das
Para que serve: hipertensão arterial.
mamas, aumento dos grandes e pequenos lábios,
Como age: por estímulo alfa 2-adrenérgico central aumento e redistribuição da gordura corporal,
diminui os impulsos simpáticos que vão aos vasos crescimento do útero e estrogenização do epitélio
periféricos, aos rins e ao coração; diminui assim a vaginal (sexo feminino);
resistência periférica, a resistência vascular renal, a
- Aumento dos testículos e do pênis, desenvolvimento
pressão arterial sistólica e diastólica e a frequência
dos pelos faciais, aumento da cartilagem cricoide
cardíaca.
(causando mudança de voz) e modificação na
distribuição da gordura corporal (sexo masculino);
SS/SI

Segmentos superiores/ segmentos inferiores. - Androgênios oriundos da suprarrenal: estimulam a


pilificação pubiana;
Objetivos
- Esteroides gonadais: estimulam a secreção de GH e
Compreender o iníc io e os estágios da puberdade IGF-1, os quais agem sobre a cartilagem de crescimento
(Tanner). proporcionando o alongamento ósseo.

 Puberdade feminina
PUBERDADE
 Início da puberdade • Início: entre 8 e 13 anos;

• Adrenarca
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• 1º sinal: telarca - aparecimento do broto mamário • Pico do estirão puberal: ocorre quando o volume
(M2), ocorre entre 8 e 12 anos; testicular alcança 9-10 cm³, no estágio 4 de Tanner. Em
média, ocorre aos 13,5 anos e alcança uma velocidade
• 2º sinal: pubarca - pilificação pubiana, que é de 9-10 cm/ano.
dependente de andrógenos adrenais;
• Aumento estatural geral durante a puberdade: 25-30
• Depois, ocorre a pilificação axilar; cm;
• Menarca: acontece nas fases mais avançadas da • Iniciam o pico de crescimento 2-3 anos mais tarde
maturação sexual (M3 e M4), cerca de 2 a 2 anos e que as meninas, mas o crescimento é prolongado por
meio após a telarca; mais 2-3 anos depois que as mesmas pararam de
• Ovulação: pode ocorrer desde a menarca, mas crescer.
normalmente os ciclos menstruais dos primeiros anos Obs.: estirão: ocorre de modo assimétrico. Primeiro,
após a menarca são anovulatórios e desenvolvem-se mãos e pés, depois braços e pernas, e
• Irregulares; por último o tronco, por isso, o adolescente fica com
aparência "desengonçada".
• Crescimento estatural: começa a acelerar na época
do aparecimento do broto mamário (M2). A velocidade  Puberdade tardia
máxima do crescimento ocorre, em geral, no estágio • Sexo feminino
M3 (8-9 cm/ano);
Nenhum desenvolvimento das mamas até os 13 anos
• Aumento estatural geral durante a puberdade: 20 a
25 cm. > 5 anos decorrem entre o início do crescimento dos
seios e a menarca
Obs.: como a menarca ocorre em fases mais avançadas,
já marca a fase de desaceleração do crescimento A menstruação não ocorre até os 16 anos de idade.
estatural. Após a menarca, a menina cresce apenas
cerca de 5-6 cm. • Sexo masculino

 Puberdade masculina Nenhuma hipertrofia dos testículos até os 14 anos de


idade
• Início: 9 e 14 anos;
> 5 anos transcorrem entre o crescimento inicial e
• 1º sinal: aumento testicular (G2), resultado do completo dos órgãos genitais
aumento dos túbulos seminíferos. Antes de seu início,
o volume encontra-se em torno de 1 a 3 ml. Um volume Observações:
de mais de 4 ml é indicativo de puberdade; - O atraso constitucional da puberdade tem maior
• 2º sinal: aparecimento dos pelos pubianos e aumento prevalência em meninos; - Deve-se avaliar nas meninas
do pênis; com atraso puberal grave amenorreia primária;

• Após o desenvolvimento dos túbulos seminíferos, - Se os meninos não exibirem sinais puberais ou
ocorre a maturação das células de Leyidig e a produção maturação óssea depois dos 11 ou 12 anos até os 14
de andrógenos testiculares; anos, eles podem receber tratamento durante 4 a 6
meses com cipionato ou enantato de testosterona IM,
• Pelos axilares: surgem após 2 anos da pubarca, à na dose de 50 a 100 mg/1 vez/mês. Essas doses baixas
medida que as glândulas sudoríparas são induzem a puberdade com algum grau de virilização e
desenvolvidas;; não colocam em risco o potencial da altura final.

• Pilosidade facial: desenvolve-se depois da axilar;  Puberdade precoce

• Modificação na qualidade da voz: aumento no É o início da maturação sexual antes dos 8 anos de
tamanho da faringe, laringe e pulmões. idade nas meninas ou 9 anos nos meninos.
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Diagnóstico: masculino, o aspecto dos órgãos genitais e também a


quantidade e a distribuição dos pelos pubianos.
É feito em comparação com os padrões populacionais,
radiografia das mãos e do punho esquerdos para
avaliar a idade óssea e conferir possível avanço do
desenvolvimento ósseo e avaliação dos níveis séricos
das gonadotrofinas e esteroides gonadais e das
suprarrenais. O tratamento depende da causa.

A puberdade precoce pode ser classificada em dois


tipos:

 Dependente do GnRH (puberdade precoce central)

É mais comum de modo geral e 5 a 10 vezes mais


• M1 - mama infantil.
frequente em meninas; O eixo hipotálamo-hipofisário
é ativado, resultando em aumento e maturação das • M2 (8-13 anos) - fase de broto mamário, com
gônadas, desenvolvimento das características sexuais elevação da mama e aréola como pequeno montículo.
secundárias e espermatogênese ou oogênese.
• M3 (10-14 anos) - maior aumento da mama, sem
 Puberdade precoce independente do GnRH (efeitos separação dos contornos.
periféricos do hormônio sexual)
• M4 (11-15 anos) - projeção da aréola e das papilas
Menos comum. As características sexuais secundárias para formar montículo secundário por cima da mama.
são o resultado de níveis circulantes elevados de
andrógenos ou estrogênios, sem ativação do eixo • M5 (13-18 anos) - fase adulta, com saliência somente
hipotálamo-hipofisário. nas papilas.

 SEXO FEMININO
TANNER
• P1 – fase de pré-adolescência (não há pelugem).
A puberdade é o fenômeno biológico que se refere às
mudanças fisiológicas e morfológicas resultantes da • P2 (9-14 anos) – presença de pêlos longos, macios e
reativação dos mecanismos neuro-hormonais do eixo ligeiramente pigmentados ao longo dos grandes lábios.
hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
• P3 (10-14,5 anos) – pêlos mais escuros e ásperos
As principais manifestações da puberdade são o estirão sobre o púbis.
puberal e as mudanças na composição corporal, além
do desenvolvimento gonadal, dos órgãos de • P4 (11-15 anos) – pelugem do tipo adulto, mas a área
reprodução, das características sexuais secundárias e coberta é consideravelmente menor que a do adulto.
dos sistemas e órgãos internos. Ocorre grande
• P5 (12-16,5 anos) – pelugem do tipo adulto, cobrindo
variabilidade no tempo de início, na duração e na
todo o púbis e a virilha.
progressão do desenvolvimento puberal. Considera-se
atraso puberal a ausência de caracteres sexuais  SEXO MASCULINO
secundários em meninas a partir dos 13 anos; e em
meninos a partir dos 14 anos. • P1 – fase de pré-adolescência (não há pelugem).

A monitorização do desenvolvimento puberal é feita • P2 (11-15,5 anos) – presença de pêlos longos, macios
pela classificação de Tanner, que estudou e e ligeiramente pigmentados na base do pênis.
sistematizou a sequência dos eventos puberais em • P3 (11,5-16 anos) – pêlos mais escuros e ásperos
ambos os sexos, em cinco etapas, considerando,
sobre o púbis.
quanto ao sexo feminino, o desenvolvimento mamário
e a distribuição e a quantidade de pelos; e no
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• P4 (12-16, 5 anos) – pelugem do tipo adulto, mas a


área coberta é consideravelmente menor que a do
adulto.

• P5 (15-17 anos) – pelugem do tipo adulto,


estendendo-se até a face interna das coxas.

 GENITALHA (MASCULINO)

• G1 (9,5-13,5 anos) – pré-adolescência (infantil).

• G2 (10-13,5 anos) – crescimento da bolsa escrotal e


dos testículos, sem aumento do pênis.

• G3 (10,5-15 anos) – ocorre também aumento do


pênis, inicialmente em toda a sua extensão.

• G4 (11,5-16 anos) – aumento do diâmetro do pênis e


da glande, crescimento dos testículos e do escroto,
cuja pele escurece.

• G5 (12,5-17 anos) – tipo adulto

2. Entender a necessidade nutricional no período da


puberdade (ferro).

CAUSAS DA BAIXA ESTA TURA

Considera-se baixa estatura indivíduos com –2 desvios-


padrão (DP) em relação à média da população ou
abaixo do percentil 3 do gráfico da Organização
Mundial de Saúde (OMS). Cerca de 80% das crianças
com queixa de baixa estatura são variantes da
normalidade. Apenas os outros 20% apresentam
alguma patologia relacionada a esse sinal.

Como se viu anteriormente, os critérios de avaliação do


crescimento são muitos e, quando utilizados em
conjunto, ajudam na diferenciação clínica entre
variantes da normalidade e problemas de crescimento.

A baixa estatura pode ser classificada de várias formas,


dependendo do autor. Nesta obra, optou-se por
classificá-la segundo as causas etiológicas.

• Familiar ou de origem genética

• Atraso constitucional do crescimento

• Restrição do crescimento intrauterino

• Baixa estatura desproporcionada (Acondroplasia,


hipocondroplasia)
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• Causas viscerais (Causas renais, doenças cardíacas, peso/idade podem ser inferiores ou iguais à idade
doenças do trato gastrintestinal; Doenças pulmonares) estatural e todas as medidas são inferiores à idade
cronológica. A estatura final do adulto segue o padrão
• Endocrinopatias (Hipotireoidismo, deficiência de familiar. O tratamento é baseado no apoio e na
hormônio de crescimento
orientação e tem bom prognóstico.
• Síndromes genéticas (Síndrome de Down, síndrome
Conduta:
de Turner
Em relação ao tratamento da baixa estatura, este vai
• Doenças hematológicas depender da causa base e, didaticamente, pode ser
• Desnutrição dividido em:

• Nanismo psicossocial • Quando a baixa estatura faz parte de sinais e


sintomas de uma doença primária, a terapêutica visa à
• Idiopática causa base e não só à estatura (p. ex., desnutrição,
hipotireoidismo).
Vale ressaltar que atualmente, no Brasil, a desnutrição
primária já não é causa importante de baixa estatura, • Quando a baixa estatura é decorrência de uma
sendo mais importante a desnutrição secundária às doença que não tem tratamento (p. ex., distúrbios da
causas já citadas. osteogênese, alteração cromossômica).

Baixa estatura familiar/primária > são crianças sadias, • Quando a baixa estatura é um padrão familiar ou um
com estatura inferior à média, e que em geral estão no atraso constitucional do desenvolvimento, e não há
canal de vigilância. Têm o peso e a estatura normais ao necessidade de tratamento.
nascimento, durante o acompanhamento têm
proporções normais de peso/ estatura, assim como a 3. Analisar as curvas de crescimento e as medidas de
proporção do SS/SI. A velocidade de crescimento é padrão da antropometria.

preservada, com curva de crescimento ascendente e


próxima ao normal, o que pode significar um melhor
prognóstico. Quando a estatura da criança é Compreender a fisiologia do crescimento desde da fase
comparada à altura dos pais, ela está na normalidade. intrauterina (IU) até a fase da p uberdade (hormônios e
resposta neuro-endócrina).
A maturidade sexual e a idade óssea correspondem à
idade cronológica, e o desenvolvimento Fases do crescimento normal
neuropsicomotor é normal. Não há um tratamento
específico, e é importante impedir ações iatrogênicas, Fase intra-uterina
como o uso de hormônios para indução do
A média da velocidade de crescimento (VC) do feto é
crescimento. É essencial manter as condições de saúde
de 1,2 a 1,5 cm/sem, mas apresenta grandes variações.
e o cuidado para que a criança possa atingir seu
A VC no meio da gestação é de 2,5 cm/sem e diminui
potencial, sem intercorrências preveníveis.7
para quase 0,5 cm/sem logo antes do nascimento. O
Atraso constitucional do crescimento e da maturação final da gestação é caracterizado, portanto, por baixa
sexual > são crianças caracterizadas por peso e estatura velocidade de crescimento e intenso ganho ponderal.
de nascimento normais. No 1o ano de vida, têm Os hormônios que influenciam o crescimento nessa
velocidade de crescimento (VC) normal. Entre 1 e 3 fase são: insulina, lactogênio placentário (ação
anos de idade, há queda da VC, a criança segue para semelhante ao GH), somatotrofina coriônica e
novo canal de crescimento e mantém o novo percentil somatomedinas.
até a adolescência. Na adolescência, além do déficit
Fase do lactente
estatural, há atraso da maturação sexual, que pode ser
acompanhado de problemas psicossociais. Há história A velocidade de crescimento continua elevada, porém
familiar positiva para um ritmo de crescimento e de é menor do que na fase intrauterina. O primeiro ano de
maturação sexual tardia. O exame clínico é normal, vida é caracterizado por maior VC (cerca de 25
tem aparência proporcionada, a idade óssea e o cm/ano), sobretudo nos primeiros seis meses, a qual se
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reduz a partir do segundo ano (15 cm/ano). Nessa fase, Dentre os fatores ambientais estão a pobreza,
os principais fatores implicados no crescimento da desnutrição, falta de acesso à água de boa qualidade e
criança são os nutricionais e ambientais; os fatores as condições insalubres. Nessa situação, o sistema
genéticos e o hormônio de crescimento têm menor endócrino atua de forma compensatória, se adaptando
atuação. Portanto, na fase do lactente o padrão para manter a vida.
familiar de estatura tem pouca importância no
crescimento. Os hormônios do crescimento (GH) e do fator de
crescimento semelhante à insulina (IGF) com
Fase pré-púbere participação de outros, como os tireoidianos,
esteróides sexuais e a insulina estão ligados ao
Período entre o terceiro ano de vida e o início da crescimento.
puberdade. Caracteriza-se por crescimento mais
estável, de aproximadamente 5-7 cm/ano. Nessa fase, Períodos críticos:
os fatores genéticos e hormonais (hormônio de
crescimento) têm maior relevância. É importante • Período embrionário, maior taxa de crescimento da
lembrar que a VC, apesar de mais estável, também vida.
sofre oscilações. Portanto, a avaliação em curtos O genótipo materno e o ambiente influenciam no
períodos pode levar a erro. crescimento intra-uterino do bebê. Além de fatores
externos, como o tabagismo, hipóxia, presença de
Fase puberal
doenças inflamatórias e fatores nutricionais.
O crescimento puberal ocorre mais cedo nas meninas
do que em meninos, porém o estirão puberal nos Os hormônios produzidos pela placenta também
meninos é maior. Nessa fase, a aceleração do influenciam no metabolismo materno. A invasão do
crescimento está relacionada, principalmente, aos trofoblasto e o aumento do fluxo sanguíneo asseguram
esteroides sexuais e ao hormônio de crescimento. o crescimento da placenta e sua produção hormonal.

Entre os hormônios placentários encontram-se os


Fase puberal final
estrógenos, progesterona, GH e lactogênio placentário,
Caracterizada por crescimento lento, de cerca de 1 a sendo este estimulador do feto para a produção de
1,5 cm/ano, sobretudo na região do tronco, com IGF-1 e insulina.
duração média de três anos.
Hormônio Lactogênio Placentário (HLP) que “bloqueia”
O crescimento se inicia desde a concepção até o final a ação da insulina, fazendo com que o pâncreas tenha
da adolescência, tem períodos variáveis de velocidade. que aumentar a secreção de insulina.
É acompanhado por meio de gráficos que avaliam o
A função endócrina do feto também passa a ser
crescimento fisiológico e as variações da velocidade de
desenvolvida na gestação, como por exemplo: o
crescimento (VC).
desenvolvimento da tireóide acontece na 6ª semana e
A VC na fase uterina é muito alta (1 a 1,5 cm/semana) a captação de iodo junto a síntese de T4 a partir da 11ª
e, após o nascimento, desacelera, a criança cresce 25 semana.
cm no primeiro ano e 15 cm no segundo ano, entre o
As somatomedinas, IGF-1, que atua mais no período
terceiro ano e o início da puberdade há um
pós-natal e é encontrado em alta expressão nos
crescimento estável de 5-7 cm/ano. Na fase puberal
pulmões e intestino, e IGF-2, que atua no crescimento
ocorre novamente uma aceleração durante o período
intra-uterino e é encontrado no rim, fígado, supra-
de 2 a 3 anos (VC = 10 cm/ano) e, na fase final da
renal e músculo.
puberdade, há uma desaceleração abrupta com VC
entre 1 e 1,5 cm/ano. Efeitos dos IGFs:

O crescimento é influenciado por fatores intrínsecos e • Propriedade mitogênica


extrínsecos, como genéticos e ambientais. A estatura
final é resultado de múltiplas interações entre • Capacidade de aumentar o transporte de glicose e
hormônios e as respostas dos tecidos. aminoácidos por meio da placenta
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Existe grande relação da insulina com o crescimento: a centros de ossificação, é dependente da presença de
hiperinsulinemia no feto ou a hiperglicemia materna na GH.
gestação provoca maior crescimento do feto.
Em mulheres, o principal fator para o crescimento
Os glicocorticóides são essenciais para a maturação de linear é a ação do estradiol.
órgãos fetais, como suprarenal, pulmão, timo, trato
gastrointestinal, fígado e rins, e apresentam efeito RESUMO:
dosedependente, se forem muito estimulados podem
CRESCIMENTO FETAL – PERÍODO EMBRIONÁRIO
causar efeitos deletérios no feto.
• Adeno-hipófise: produz GH estimulada pelo
Primeiros anos após o nascimento, diminuição da
hipotálamo a partir do GHRH (hormônio liberador de
velocidade de crescimento (VC), o GH passa a ser
GH).
fundamental.
• GH tem ação sobre os mais variados tecidos para
O crescimento longitudinal do osso longo ocorre por
produzir crescimento, em especial o fígado para
ossificação endocondral, regulado pelo eixo GH-IGF,
produzir as IGFs.
insulina, hormônios tireoidianos e esteróides sexuais.
PERÍODO INTRAUTERINO
A secreção da GH é pulsátil e intermitente, a proteína
GHBP carrega o GH, que estimula a produção de IGF-1, • Crescimento: hiperplasia e hipertrofia
principalmente no fígado, e tem efeito endócrino,
parácrino e autócrino, está combinada com uma • Desenvolvimento dos tecidos
molécula, IGFBP-3, na circulação. • Fatores genéticos + nutrição
A IGF-1 promove a estimulação da síntese proteica, FATORES ENDÓCRINOS
mitose das células osteoblásticas, síntese de colágeno
tipo 1, taxa de deposição mineral de fibras colágenas. • Hormônio do crescimento (GH) → importante para o
crescimento linear pós-natal
Os hormônios tireoidianos estimulam a síntese e
secreção do GH, a T3 promove o crescimento da • O crescimento intrauterino independe do GH
cartilagem epifisária, acentuando os efeitos do IGF-1.
• Insulina fetal
A insulina é necessária para uma ação completa do GH.
o Aumento da captação de nutrientes pelo
• Infância, pico entre os 6/7 anos. feto: função anabólica, aumenta o estoque de
substratos energéticos (captação de glicose e
• Estirão da puberdade, com influência dos esteróides aminoácidos nos tecidos)
sexuais e fusão das cartilagens de crescimento.
o Aumento da produção do IGF (fator de
Durante a puberdade, os esteróides sexuais começam crescimento estimulado pela insulina) do feto,
a ser sintetizados e secretados em maior quantidade, age em receptores para IGF
estão relacionados com as funções reprodutivas e
determinação das características sexuais secundárias, o Insulina materna não atravessa barreira
assim como por estimular o crescimento longitudinal, placentária
fechamento da cartilagem epifisária e
o Mães diabéticas tendem a ter bebês
amadurecimento do tecido não-reprodutivo.
macrossômicos
O pico de velocidade de crescimento (VC) nas meninas
• Hormônio Lactogênio Placentário (hPL)
é alcançado aos 12 anos, com média de 9 cm por ano.
Nos meninos, ocorre aos 14 anos, com crescimento de o Produção: placentária
10,3 cm por ano.
o No feto, estimula a síntese de IGFs, a síntese
O principal andrógeno é a testosterona, que atua de insulina (proliferação de células beta) →
terminando o crescimento linear e calcificando os
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crescimento fetal; a síntese de surfactante → o Baixa quantidade de HTs → cretinismo:


maturação pulmonar; síntese de hormônios atraso do desenvolvimento mental
adrenocorticais (cortisol e aldosterona)
o Teste do pezinho: dosagem de T3 e T4
o Na mãe, possui efeito anti-insulínico, CRESCIMENTO PÓS-NATAL
aumentando a oferta de substratos
• Primeiro estirão do crescimento (0 a 2 anos) →
energéticos para o feto.
Hormônio tireoidiano
• Somatotrofina Coriônica (hGH-V)
o Aumento da síntese e secreção de GH
o Produção: placentária
• Segundo estirão (durante a puberdade) → esteroides
o Na mãe, estimula aumento da síntese e sexuais
secreção de IGF-I; + gliconeogênes e lipólise →
crescimento fetal o Aumento na síntese e secreção de GH

o Não tem ação direta no feto. A falta desse • GH → IGF-I: crescimento longitudinal e dos tecidos
hormônio não afeta o crescimento fetal. • Período neonatal: tecidos não maturados, padrão de
• Fator de Crescimento Semelhante à Insulina (IGF) expressão gênica não estabelecido

o Deficiência de IGF-I ou IGF-II ou mutação dos • Interferências: hormonal, ambiental, nutricional →


seus receptores: baixo peso e altura ao nascer, reprogramação gênica
hipoplasia de vários órgãos, atraso no • Hormônio do crescimento (GH): adenohipófise –
desenvolvimento ósseo. somatotrofo
o Regulação da síntese de IGFs o Localização: sela túrcica
▪ Pré natal: insulina e lactogênio placentário → IGF-I e o Circulação porta-hipofisária: comunicação
II direta entre o hipotálamo e a adenohipófise
▪ Pós natal: GH → IGF-I o GHRH hipotalâmico estimula a liberação de
o IGFs: atuação parácrina nos tecidos GH

o A secreção o GH é estimulada durante o


o IGF-I: produzido no fígado em resposta ao GH
jejum, (hipoglicemia), refeição proteica e é
• Hormônios Tireoidianos e diferenciação tecidual bastante aumentada na puberdade → fígado
→ IGF
o 1º trimestre: origem dos HTs é materna
o Ausência de GH em pré-púberes: nanismo
o 2º trimestre: origem dos HTs é fetal →
depende de aporte adequado de iodo o Ausência de GH em adultos: sem alterações
de tamanho
o Maturação pulmonar: aumenta a síntese de
surfactante → agem em conjunto com os o Excesso de GH em pré-púberes: gigantismo
glicocorticoides
o Excesso de GH em adultos: acromegalia
o Maturação do SNC: multiplicação celular,
sinaptogênese, mielinização de axônios; induz o Secreção de GH: pulsátil; diminui com a
expressão de IGF-I (vascularização) idade: mais alto na puberdade; puco noturno:
1h após início do sono profundo
o Essas ações ocorrem no período feral e pós-
natal o Aumenta a condrogênese das placas
epifisárias dos ossos longos que depositam
matriz óssea
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o Após fechamento das placas epifisárias, o Os puicos noturnos de LH sinalizam o início


ocorre crescimento na largura dos ossos da puberdade

o O GH é espécie específico o Puberdade: redução da supressão intrínseca


ao GnRH → aumento da liberação de
o Ação sobre o metabolismo proteico: estímulo gonadotrofinas e da síntese de esteroides
ao transporte de aa na maioria dos tecidos pelos folículos ovarianos e testículos
o Ação sobre o metabolismo dos carboidratos: o Esteroides sexuais: aumento de GH e IGF-I →
efeitos similares à insulina por aumento da crescimento longitudinal; limita a altura por
síntese de IGF-I e efeitos antagônicos à insulina estimular a fusão das epífises
→ gliconeogênese – liberação da glicose
hepática – hiperglicemia o Estrógeno: crescimento e desenvolvimento
das estruturas do aparelho reprodutor
o Ação sobre o metabolismo lipídico: ativa a
feminino; aumento da atividade osteoblástica,
lipase hormônio sensível; aumento da lipólise aumento da deposição de cálcio (massa óssea),
o Mecanismo molecular de ação do GH: G H se fechamento das epífises ósseas; deposição de
liga a duas moléculas receptoras; o receptor gordura
ativo atrai e ativa a proteína quinase JAK; JAK o Testosterona: desenvolvimento das
ativa a proteína ativadora de transcrição – estruturas do aparelho reprodutor masculino;
STAT aumento da atividade osteoblástica, aumento
• Hormônios tireoidianos da deposição de cálcio (massa óssea),
fechamento das epífises ósseas
o TSH é produzido no tireotrofo da
adenohipófise • Hormônios andrógenos adrenais

o T3: hormônio regulador da expressão do o Adrenarca: elevação dos andrógenos


gene de GH; aumenta expressão gênica de IGF- adrenais: 2 anos antes da puberdade
I em alguns tecidos o Maturação da zona retucilar da adrenal
o Período neonatal: aumento da formação de aumento da atividade osteoblástica, aumento
sinapses, produzindo calor da

o Fase adulta: manutenção dos processos o deposição de cálcio (massa óssea),


cognitivos fechamento das epífises ósseas zona reticular
cresce ao
o Nosso ossos: estímulo da síntese óssea
(mantém a secreção normal de GH). Excesso: o longo da infância
osteólise o DHEA e sulfato de DHEA, androstenediona e
o No músculo: estímulo da síntese proteica, pouca T
determinação da composição proteica o Função dos esteroides adrenais: pelos
aquisição de características específicas pubianos e axilares
• Hormônios gonadotróficos
Relacionar a idade óssea com a idade cronológica.
o Durante a infância: baixa secreção de GnRH,
LH e FSH
Esclarecer a anemia e a obesidade
o Grande liberação na gestação por conta da
diferenciação sexual
OBESIDADE
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É um distúrbio nutricional caracterizado pelo aumento cognitiva, do crescimento e do desenvolvimento


do tecido adiposo, com aumento elevação do peso psicomotor, além de afetar a termorregulação e a
corporal. A obesidade infantil responde pior ao imunidade da criança. A anemia é a segunda principal
tratamento, pois conseguimos reduzir o tamanho das causa mundial de incapacidade e, portanto, um dos
células gordurosas, mas não a sua quantidade. mais graves problemas de saúde pública no mundo.
Consiste na anemia por deficiência de ferro e é mais
Cerca de 70% das crianças obesas transformam-se em prevalente e grave em crianças pequenas (6-24 meses)
adolescentes com tendência à obesidade; e mulheres em idade reprodutiva. O ferro é um mineral
Ocorre por desregulação do equilíbrio entre oferta vital para a homeostase celular e é utilizado
calórica e gasto energético. principalmente na síntese da hemoglobina nos
eritroblastos. Ele é incorporado ao anel de
Obs.: pais obesos: o risco para a criança se um dos pais protoporfirina formando o heme, que, em combinação
for obeso é de 40%; se os dois forem, 80%. com as cadeias de globina, formarão a molécula de
hemoglobina. Essa deficiência ocorre quando os
 Fatores perinatais
estoques de ferro estão esgotados e há
comprometimento de seu fornecimento para os
tecidos. Ferritina sérica, saturação de transferrina,
receptor de transferrina e protoporfirina eritrocitária
são indicadores usados como evidências bioquímicas
desta deficiência. As principais causas de deficiência de
ferro são a depleção dos estoques de ferro no
nascimento, o decréscimo da sua ingestão, o aumento
das perdas de ferro orgânico, a redução na sua
absorção e o aumento da demanda
 Fatores alimentares

o
balanceadas;

ricos em carboidratos simples e gorduras;

micronutrientes.

 Fatores ambientais

 Fatores endocrinometabólicos

regulação do apetite-saciedade está sob controle


do sistema gastrointestinal, do tecido adiposo e do
SNC.

ANEMIA FERROPRIVA

A redução da concentração de hemoglobina sanguínea,


comprometendo o transporte de oxigênio para os
tecidos, tem como principais sinais e sintomas as
alterações da pele e das mucosas (palidez, glossite),
alterações gastrintestinais (estomatite, disfagia),
fadiga, fraqueza, palpitação, redução da função

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