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A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune - Crescimento da camada reticular da adrenal e
causada por uma intolerância permanente ao glúten, aumento na produção de androgênios;
mais especificamente, à sua fração proteica chamada
- Androgênios: responsáveis pela modificação dos
gliadina e caracteriza-se por uma inflamação crônica no
odores corporais, aumento da oleosidade da pele,
intestino. O diagnóstico da doença celíaca é realizado
pilificação axilar e pubiana;
pela clínica exibida pelo paciente, pelos exames
laboratoriais e confirmado pela histologia da mucosa - Aumento nas dosagens de de-hidroepiandrosterona
intestinal. Os testes sorológicos possibilitam o (DHEA), da sua forma sulfatada (S-DHEA) e da
diagnóstico rápido da forma atípica (não clássica), androstenediona.
forma típica (clássica) e assintomáticas da doença. Os
marcadores sorológicos utilizados são os anticorpos • Gonadarca
antigliadina, os anticorpos antiendomísio e os - Ativação do eixo-hipotálamo-hipofisário-gonadal;
anticorpos antitransglutaminase (TTG).
- Aumento progressivo dos pulsos de GnRH
Com relação ao anticorpo antigliadina, determinado hipotalâmico sobre a hipófise, estimulando a produção
pela técnica de ELISA, a especificidade do anticorpo da de LH e FSH hipofisários, que irão exercer influências
classe IgA é maior do que da classe IgG, sendo a nas gônadas;
sensibilidade extremamente variável em ambas as
classes. - Desenvolvimento das mamas no sexo feminino e
aumento do volume testicular no sexo masculino;
Clonidina
- Marcadores laboratoriais: gonadotrofinas, LH e o FSH,
O que é: hipotensor; injetável; analgésico; agonista
esteroides sexuais, estrogênio e testosterona;
alfa2-adrenérgico seletivo.
- Estrogênios: estimulam o desenvolvimento das
Para que serve: hipertensão arterial.
mamas, aumento dos grandes e pequenos lábios,
Como age: por estímulo alfa 2-adrenérgico central aumento e redistribuição da gordura corporal,
diminui os impulsos simpáticos que vão aos vasos crescimento do útero e estrogenização do epitélio
periféricos, aos rins e ao coração; diminui assim a vaginal (sexo feminino);
resistência periférica, a resistência vascular renal, a
- Aumento dos testículos e do pênis, desenvolvimento
pressão arterial sistólica e diastólica e a frequência
dos pelos faciais, aumento da cartilagem cricoide
cardíaca.
(causando mudança de voz) e modificação na
distribuição da gordura corporal (sexo masculino);
SS/SI
Puberdade feminina
PUBERDADE
Início da puberdade • Início: entre 8 e 13 anos;
• Adrenarca
Tutoria UC7 – problema 3 ObjetivosManoella Evelyn 2
• 1º sinal: telarca - aparecimento do broto mamário • Pico do estirão puberal: ocorre quando o volume
(M2), ocorre entre 8 e 12 anos; testicular alcança 9-10 cm³, no estágio 4 de Tanner. Em
média, ocorre aos 13,5 anos e alcança uma velocidade
• 2º sinal: pubarca - pilificação pubiana, que é de 9-10 cm/ano.
dependente de andrógenos adrenais;
• Aumento estatural geral durante a puberdade: 25-30
• Depois, ocorre a pilificação axilar; cm;
• Menarca: acontece nas fases mais avançadas da • Iniciam o pico de crescimento 2-3 anos mais tarde
maturação sexual (M3 e M4), cerca de 2 a 2 anos e que as meninas, mas o crescimento é prolongado por
meio após a telarca; mais 2-3 anos depois que as mesmas pararam de
• Ovulação: pode ocorrer desde a menarca, mas crescer.
normalmente os ciclos menstruais dos primeiros anos Obs.: estirão: ocorre de modo assimétrico. Primeiro,
após a menarca são anovulatórios e desenvolvem-se mãos e pés, depois braços e pernas, e
• Irregulares; por último o tronco, por isso, o adolescente fica com
aparência "desengonçada".
• Crescimento estatural: começa a acelerar na época
do aparecimento do broto mamário (M2). A velocidade Puberdade tardia
máxima do crescimento ocorre, em geral, no estágio • Sexo feminino
M3 (8-9 cm/ano);
Nenhum desenvolvimento das mamas até os 13 anos
• Aumento estatural geral durante a puberdade: 20 a
25 cm. > 5 anos decorrem entre o início do crescimento dos
seios e a menarca
Obs.: como a menarca ocorre em fases mais avançadas,
já marca a fase de desaceleração do crescimento A menstruação não ocorre até os 16 anos de idade.
estatural. Após a menarca, a menina cresce apenas
cerca de 5-6 cm. • Sexo masculino
• Após o desenvolvimento dos túbulos seminíferos, - Se os meninos não exibirem sinais puberais ou
ocorre a maturação das células de Leyidig e a produção maturação óssea depois dos 11 ou 12 anos até os 14
de andrógenos testiculares; anos, eles podem receber tratamento durante 4 a 6
meses com cipionato ou enantato de testosterona IM,
• Pelos axilares: surgem após 2 anos da pubarca, à na dose de 50 a 100 mg/1 vez/mês. Essas doses baixas
medida que as glândulas sudoríparas são induzem a puberdade com algum grau de virilização e
desenvolvidas;; não colocam em risco o potencial da altura final.
• Modificação na qualidade da voz: aumento no É o início da maturação sexual antes dos 8 anos de
tamanho da faringe, laringe e pulmões. idade nas meninas ou 9 anos nos meninos.
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SEXO FEMININO
TANNER
• P1 – fase de pré-adolescência (não há pelugem).
A puberdade é o fenômeno biológico que se refere às
mudanças fisiológicas e morfológicas resultantes da • P2 (9-14 anos) – presença de pêlos longos, macios e
reativação dos mecanismos neuro-hormonais do eixo ligeiramente pigmentados ao longo dos grandes lábios.
hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
• P3 (10-14,5 anos) – pêlos mais escuros e ásperos
As principais manifestações da puberdade são o estirão sobre o púbis.
puberal e as mudanças na composição corporal, além
do desenvolvimento gonadal, dos órgãos de • P4 (11-15 anos) – pelugem do tipo adulto, mas a área
reprodução, das características sexuais secundárias e coberta é consideravelmente menor que a do adulto.
dos sistemas e órgãos internos. Ocorre grande
• P5 (12-16,5 anos) – pelugem do tipo adulto, cobrindo
variabilidade no tempo de início, na duração e na
todo o púbis e a virilha.
progressão do desenvolvimento puberal. Considera-se
atraso puberal a ausência de caracteres sexuais SEXO MASCULINO
secundários em meninas a partir dos 13 anos; e em
meninos a partir dos 14 anos. • P1 – fase de pré-adolescência (não há pelugem).
A monitorização do desenvolvimento puberal é feita • P2 (11-15,5 anos) – presença de pêlos longos, macios
pela classificação de Tanner, que estudou e e ligeiramente pigmentados na base do pênis.
sistematizou a sequência dos eventos puberais em • P3 (11,5-16 anos) – pêlos mais escuros e ásperos
ambos os sexos, em cinco etapas, considerando,
sobre o púbis.
quanto ao sexo feminino, o desenvolvimento mamário
e a distribuição e a quantidade de pelos; e no
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GENITALHA (MASCULINO)
• Causas viscerais (Causas renais, doenças cardíacas, peso/idade podem ser inferiores ou iguais à idade
doenças do trato gastrintestinal; Doenças pulmonares) estatural e todas as medidas são inferiores à idade
cronológica. A estatura final do adulto segue o padrão
• Endocrinopatias (Hipotireoidismo, deficiência de familiar. O tratamento é baseado no apoio e na
hormônio de crescimento
orientação e tem bom prognóstico.
• Síndromes genéticas (Síndrome de Down, síndrome
Conduta:
de Turner
Em relação ao tratamento da baixa estatura, este vai
• Doenças hematológicas depender da causa base e, didaticamente, pode ser
• Desnutrição dividido em:
Baixa estatura familiar/primária > são crianças sadias, • Quando a baixa estatura é um padrão familiar ou um
com estatura inferior à média, e que em geral estão no atraso constitucional do desenvolvimento, e não há
canal de vigilância. Têm o peso e a estatura normais ao necessidade de tratamento.
nascimento, durante o acompanhamento têm
proporções normais de peso/ estatura, assim como a 3. Analisar as curvas de crescimento e as medidas de
proporção do SS/SI. A velocidade de crescimento é padrão da antropometria.
reduz a partir do segundo ano (15 cm/ano). Nessa fase, Dentre os fatores ambientais estão a pobreza,
os principais fatores implicados no crescimento da desnutrição, falta de acesso à água de boa qualidade e
criança são os nutricionais e ambientais; os fatores as condições insalubres. Nessa situação, o sistema
genéticos e o hormônio de crescimento têm menor endócrino atua de forma compensatória, se adaptando
atuação. Portanto, na fase do lactente o padrão para manter a vida.
familiar de estatura tem pouca importância no
crescimento. Os hormônios do crescimento (GH) e do fator de
crescimento semelhante à insulina (IGF) com
Fase pré-púbere participação de outros, como os tireoidianos,
esteróides sexuais e a insulina estão ligados ao
Período entre o terceiro ano de vida e o início da crescimento.
puberdade. Caracteriza-se por crescimento mais
estável, de aproximadamente 5-7 cm/ano. Nessa fase, Períodos críticos:
os fatores genéticos e hormonais (hormônio de
crescimento) têm maior relevância. É importante • Período embrionário, maior taxa de crescimento da
lembrar que a VC, apesar de mais estável, também vida.
sofre oscilações. Portanto, a avaliação em curtos O genótipo materno e o ambiente influenciam no
períodos pode levar a erro. crescimento intra-uterino do bebê. Além de fatores
externos, como o tabagismo, hipóxia, presença de
Fase puberal
doenças inflamatórias e fatores nutricionais.
O crescimento puberal ocorre mais cedo nas meninas
do que em meninos, porém o estirão puberal nos Os hormônios produzidos pela placenta também
meninos é maior. Nessa fase, a aceleração do influenciam no metabolismo materno. A invasão do
crescimento está relacionada, principalmente, aos trofoblasto e o aumento do fluxo sanguíneo asseguram
esteroides sexuais e ao hormônio de crescimento. o crescimento da placenta e sua produção hormonal.
Existe grande relação da insulina com o crescimento: a centros de ossificação, é dependente da presença de
hiperinsulinemia no feto ou a hiperglicemia materna na GH.
gestação provoca maior crescimento do feto.
Em mulheres, o principal fator para o crescimento
Os glicocorticóides são essenciais para a maturação de linear é a ação do estradiol.
órgãos fetais, como suprarenal, pulmão, timo, trato
gastrointestinal, fígado e rins, e apresentam efeito RESUMO:
dosedependente, se forem muito estimulados podem
CRESCIMENTO FETAL – PERÍODO EMBRIONÁRIO
causar efeitos deletérios no feto.
• Adeno-hipófise: produz GH estimulada pelo
Primeiros anos após o nascimento, diminuição da
hipotálamo a partir do GHRH (hormônio liberador de
velocidade de crescimento (VC), o GH passa a ser
GH).
fundamental.
• GH tem ação sobre os mais variados tecidos para
O crescimento longitudinal do osso longo ocorre por
produzir crescimento, em especial o fígado para
ossificação endocondral, regulado pelo eixo GH-IGF,
produzir as IGFs.
insulina, hormônios tireoidianos e esteróides sexuais.
PERÍODO INTRAUTERINO
A secreção da GH é pulsátil e intermitente, a proteína
GHBP carrega o GH, que estimula a produção de IGF-1, • Crescimento: hiperplasia e hipertrofia
principalmente no fígado, e tem efeito endócrino,
parácrino e autócrino, está combinada com uma • Desenvolvimento dos tecidos
molécula, IGFBP-3, na circulação. • Fatores genéticos + nutrição
A IGF-1 promove a estimulação da síntese proteica, FATORES ENDÓCRINOS
mitose das células osteoblásticas, síntese de colágeno
tipo 1, taxa de deposição mineral de fibras colágenas. • Hormônio do crescimento (GH) → importante para o
crescimento linear pós-natal
Os hormônios tireoidianos estimulam a síntese e
secreção do GH, a T3 promove o crescimento da • O crescimento intrauterino independe do GH
cartilagem epifisária, acentuando os efeitos do IGF-1.
• Insulina fetal
A insulina é necessária para uma ação completa do GH.
o Aumento da captação de nutrientes pelo
• Infância, pico entre os 6/7 anos. feto: função anabólica, aumenta o estoque de
substratos energéticos (captação de glicose e
• Estirão da puberdade, com influência dos esteróides aminoácidos nos tecidos)
sexuais e fusão das cartilagens de crescimento.
o Aumento da produção do IGF (fator de
Durante a puberdade, os esteróides sexuais começam crescimento estimulado pela insulina) do feto,
a ser sintetizados e secretados em maior quantidade, age em receptores para IGF
estão relacionados com as funções reprodutivas e
determinação das características sexuais secundárias, o Insulina materna não atravessa barreira
assim como por estimular o crescimento longitudinal, placentária
fechamento da cartilagem epifisária e
o Mães diabéticas tendem a ter bebês
amadurecimento do tecido não-reprodutivo.
macrossômicos
O pico de velocidade de crescimento (VC) nas meninas
• Hormônio Lactogênio Placentário (hPL)
é alcançado aos 12 anos, com média de 9 cm por ano.
Nos meninos, ocorre aos 14 anos, com crescimento de o Produção: placentária
10,3 cm por ano.
o No feto, estimula a síntese de IGFs, a síntese
O principal andrógeno é a testosterona, que atua de insulina (proliferação de células beta) →
terminando o crescimento linear e calcificando os
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o Não tem ação direta no feto. A falta desse • GH → IGF-I: crescimento longitudinal e dos tecidos
hormônio não afeta o crescimento fetal. • Período neonatal: tecidos não maturados, padrão de
• Fator de Crescimento Semelhante à Insulina (IGF) expressão gênica não estabelecido
o
balanceadas;
micronutrientes.
Fatores ambientais
Fatores endocrinometabólicos
ANEMIA FERROPRIVA