Você está na página 1de 14

PUBERDADE- TUTORIA- Luara saúde geral podem influenciar o tempo de

início da puberdade.
• Avaliar as alteraçõ es hormonais fı́sicas e
emocionais na adolescê ncia Nelson

O Ministério da Saúde segue a convenção


elaborada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). A adolescência vai dos 10 aos 19 anos,
11 meses e 29 dias, e a juventude acontece
entre 15 e 24 anos. Isso significa que os
últimos anos da adolescência se misturam
com os primeiros anos da juventude. O
Ministério da Saúde adota ainda o termo
“pessoas jovens” para se referir ao conjunto
de adolescentes e jovens, ou seja, à
abrangente faixa compreendida entre 10 e 24
anos.

Meninas:

Puberdade Normal: Início entre 8 e 13 anos,


com uma média de 10 a 11 anos. Este período do desenvolvimento
compreende a adolescência, que é dividida em
Puberdade Precoce: Início antes dos 8 anos.
três fases — adolescência inicial, média e final
Puberdade Tardia: Início após os 13 anos.
— cada uma marcada por um conjunto
Meninos: característico de marcos biológicos,
cognitivos e psicossociais. Embora sem
dúvida existam variações individuais no
Puberdade Normal: Início entre 9 e 14 anos, tempo e no ritmo do desenvolvimento, as
com uma média de 11 a 12 anos. mudanças seguem um padrão bastante

Puberdade Precoce: Início antes dos 9 anos. previsível de ocorrência. O sexo e a cultura
afetam profundamente o curso do
Puberdade Tardia: Início após os 14 anos.
desenvolvimento, assim como as influências
É importante ressaltar que essas são médias e físicas, sociais e ambientais. Dada a interação
que pode haver variações individuais normais. destes domínios, um enfoque biopsicossocial
Fatores como hereditariedade, nutrição e
é o mais adequado para abordar a saúde do estã o associadas ao aumento da gordura
adolescente. corporal e ao inı́cio precoce da puberdade. Sã o

à hormonais prová veis contribuiçõ es gené ticas e ambientais


(epigené ticas) para a regulaçã o do tempo
As alteraçõ es puberais incluem o aparecimento
puberal.
de caracterı́sticas sexuais secundá rias, aumento
de altura, mudança na composiçã o corporal e
desenvolvimento da capacidade reprodutiva.

A produçã o adrenal de andró genos,


principalmente sulfato de

desidroepiandrosterona (DHEAS), pode ocorrer


já aos 6 anos de idade, com

desenvolvimento de odor nas axilas e pê los


genitais fracos (adrenarca). A

maturaçã o do gerador de pulso do hormô nio


liberador de gonadotrofina (GnRH) está entre

as primeiras alteraçõ es neuroendó crinas


associadas ao inı́cio da puberdade. Sob a Crescimento somá tico

influê ncia do GnRH, a glâ ndula pituitá ria secreta A aceleraçã o linear do crescimento começa no
o hormô nio luteinizante (LH) e o inı́cio da adolescê ncia para ambos os sexos, com
15–20% da altura adulta acumulada durante a
hormô nio folı́culo-estimulante (FSH);
puberdade. As mulheres atingem um pico de
inicialmente isso ocorre de forma pulsá til
velocidade de crescimento (PHV) de 8-9 cm/ano
principalmente durante o sono, mas essa
na SMR 2-3, aproximadamente 6 meses antes da
variaçã o diurna diminui ao longo da puberdade.
menarca. Os machos normalmente iniciam sua
LH e FSH estimulam aumentos correspondentes aceleraçã o de crescimento em um está gio mais
de andró genos e estrogê nios tardio de

gonadais. Os gatilhos para essas alteraçõ es nã o SMR, alcançam um PHV de 9-10 cm/ano mais
sã o completamente compreendidos, tarde no curso da puberdade (SMR 3-4) e

mas podem ser mediados em parte pelo continuam

hormô nio leptina, cujas altas concentraçõ es seu crescimento linear por aproximadamente 2-
3 anos apó s as fê meas terem parado. crescendo
surto de crescimento começa distalmente, com homens, geralmente precedidas por instabilidade
alargamento das mã os e pé s, seguido dos braços vocal (voz embargada). O alongamento do globo
e pernas e, finalmente, do tronco e tó rax. Este ó ptico pode resultar no desenvolvimento de
padrã o de crescimento confere uma miopia.As alteraçõ es dentá rias incluem o
crescimento da mandı́bula, a perda dos dentes
aparê ncia “desajeitada” caracterı́stica a alguns
decı́duos finais e a erupçã o dos caninos
primeiros adolescentes. A composiçã o
permanentes, dos pré -molares e, finalmente, dos
corporal també m muda apó s a obtençã o do PHV. molares.
Os homens sofrem um aumento na massa
Podem ser necessá rios aparelhos ortodô nticos,
corporal magra (“surto de força”), enquanto as
secundá rios a exacerbaçõ es
mulheres desenvolvem uma maior proporçã o de
gordura corporal. A escoliose, se presente, pode de crescimento de distú rbios de mordida.
progredir com rá pido crescimento do esqueleto Ocorrem alteraçõ es fisioló gicas nos padrõ es
axial. De 50 a 65% do cá lcio total do corpo é
de sono e aumento das necessidades de sono,
depositado durante a puberdade. O crescimento
fazendo com que muitos adolescentes
ó sseo precede o aumento da mineralizaçã o ó ssea
e da densidade ó ssea, o que pode aumentar o atrasem o inı́cio do sono à noite, com

risco de fratura do adolescente durante perı́odos subsequente dificuldade em acordar para

de crescimento rá pido. Como o crescimento do horá rios de inı́cio escolar precoce pela manhã

esqueleto precede o crescimento muscular,


entorses e distensõ es també m podem ser mais
àNeuroló gico, Cognitivo e Moral
comuns durante esse perı́odo.
Desenvolvimento

As alteraçõ es cardiovasculares na meia


A, medida que as crianças progridem na
adolescê ncia incluem aumento do tamanho do
adolescê ncia, elas desenvolvem e refinam a sua
coraçã o, pressã o arterial mais elevada e aumento
capacidade de usar processos formais de
do volume sanguı́neo e do hemató crito,
pensamento operacional. O pensamento
principalmente em homens. Aliadas ao aumento abstrato,
da capacidade vital pulmonar, essas alteraçõ es
simbó lico e hipoté tico substitui a necessidade de
levam a uma maior capacidade aeró bica. A manipular objetos concretos. Os adolescentes
estimulaçã o androgê nica das glâ ndulas sebá ceas mé dios e tardios desenvolvem a capacidade de
e apó crinas pode resultar em acne e odor considerar mú ltiplas opçõ es e de avaliar as
corporal. O rá pido aumento da laringe, faringe e consequê ncias a longo prazo das suas açõ es. A
pulmõ es leva a alteraçõ es na qualidade vocal nos capacidade de expressã o verbal é aprimorada.
Dado que a tomada de decisõ es e os monitoramento de desempenho e circuitos
comportamentos subsequentes dos motivacionais.
adolescentes sã o os principais determinantes da
Os adolescentes parecem demonstrar uma
sua mortalidade e morbilidade, a compreensã o
sensibilidade ú nica aos efeitos da dopamina
destes processos cognitivos é de importâ ncia
crı́tica. nas estruturas subcorticais relevantes para a
recompensa, como o corpo estriado ventral, com
O desenvolvimento estrutural e funcional do
alguns estudos demonstrando maior ativaçã o
cé rebro continua durante a adolescê ncia. O
nesta regiã o ao receber recompensas, em relaçã o
volume da substâ ncia cinzenta cortical atinge o a
pico na pré -adolescê ncia e depois diminui
crianças ou adultos. Outros estudos mostram
devido à “poda” seletiva de conexõ es siná pticas reduçã o da responsividade a estı́mulos aversivos
raramente usadas.
em adolescentes. Esta resposta alterada ao risco
O volume da substâ ncia branca cerebral aumenta versus recompensa pode estar subjacente ao
até meados da adolescê ncia, refletindo o aumento da assunçã o de riscos e da procura de
aumento da mielinizaçã o e a subsequente novidades observada nos adolescentes. A
facilitaçã o da atividade cerebral integrada e uma maturaçã o precoce e padrõ es distintos de
transmissã o reatividade neural na amı́gdala e outras
estruturas lı́mbicas
mais eficiente de informaçõ es entre diferentes
regiõ es do cé rebro, melhorando a relaçã o “sinal- podem explicar o forte papel que os estı́mulos
ruı́do”. Embora os lobos frontais e o có rtex pré - sociais e emocionais desempenham nos
frontal, regiõ es do cé rebro associadas à funçã o adolescentes, sobrecarregando os sistemas de
executiva, foi considerada uma das ú ltimas funçõ es executivas frontais que facilitam a
regiõ es a amadurecer; outras regiõ es corticais interpretaçã o e
mostram trajetó rias de maturaçã o
regulaçã o dessas experiê ncias sociais e
igualmente prolongadas. Sem dú vida, os emocionais. Isto pode explicar por que os
adolescentes sã o capazes de realizar os adolescentes

complexos processos cognitivos atribuı́dos à sã o mais propensos a tomar decisõ es erradas em
funçã o do lobo frontal. O controle cognitivo, no situaçõ es de grande carga emocional, em relaçã o
entanto, continua a melhorar na idade adulta, aos adultos maduros. Estes processos de
com maturaçã o progressiva e integraçã o de “cogniçã o quente” podem fazer com que o
processos componentes como memó ria de adolescente tome uma decisã o diferente no
trabalho, inibiçã o e controle de impulsos, contexto de uma experiê ncia afetiva forte do que
faria num estado menos emocional (“cogniçã o
fria”). Estes 2 tipos de processos cognitivos mais capazes de considerar as necessidades e os
podem nã o se desenvolver ao mesmo ritmo; o sentimentos das outras pessoas. Sua criatividade
adolescente pode ser capaz de usar estruturas e e habilidades intelectuais sã o aprimoradas.
funçõ es cerebrais superiores Devido à sua maior capacidade de pensamento

de forma mais eficaz quando estiver em estados abstrato em combinaçã o com uma percepçã o
de menor excitaçã o emocional. persistente de singularidade, os adolescentes
intermediá rios podem sentir uma sensaçã o de
Os primeiros adolescentes muitas vezes
imortalidade e imunidade à s consequê ncias
continuam a empregar os processos cognitivos
operacionais concretos da infâ ncia. Embora a de comportamentos de risco. Os adolescentes
cogniçã o operacional formal esteja em tardios sã o mais orientados para o futuro e
desenvolvimento, ela pode ser aplicada de forma capazes de adiar a gratificaçã o. Eles podem
inconsistente em diferentes domı́nios. Um jovem pensar de forma mais independente, considerar
adolescente pode os pontos de vista dos outros e chegar a um
acordo. Eles tê m um senso de identidade mais
ser capaz de usar o pensamento abstrato ao
forte e interesses mais está veis. Em momentos
concluir os trabalhos escolares, mas nã o ao
de estresse, os adolescentes podem reverter
resolver um dilema pessoal. O inı́cio da temporariamente aos processos cognitivos e
adolescê ncia també m é caracterizado pelo estraté gias de enfrentamento utilizados em
egocentrismo – a crença de alguns adolescentes idades mais jovens.
de que sã o o centro das atençõ es de todos.
O desenvolvimento moral geralmente
Apesar de ser
acompanha o desenvolvimento cognitivo.
em grande parte imaginada, esta percepçã o de
Os pré -adolescentes, concretos e individualistas,
estar sempre “no palco” pode ser estressante
seguem regras para agradar figuras de
para
autoridade e evitar puniçõ es. A, medida que
os adolescentes, que podem sentir que os outros avançam para o inı́cio da adolescê ncia,
os julgam ou avaliam constantemente. Os desenvolvem um sentimento mais forte de certo
primeiros adolescentes expressam uma maior e errado, mas sã o propensos a percebê -los como
necessidade absolutos e inquestioná veis. Os adolescentes
mé dios e tardios podem estabelecer um sentido
procuram privacidade do que na infâ ncia e
de moralidade impulsionado pelo seu desejo de
começam a apreciar a privacidade dos seus
serem vistos como uma boa pessoa, de se
pró prios pensamentos. Com o desenvolvimento
comportarem de acordo com o seu lugar
cognitivo contı́nuo, os adolescentes
percebido na sociedade, ou pelo seu sentido de
intermediá rios sã o
obrigaçã o de cuidar dos outros. A tomada de
decisõ es morais, no entanto, ainda pode estar vá rios anos, num perı́odo por vezes referido
altamente sujeita ao como idade adulta emergente. O
desenvolvimento psicossocial també m pode ser
contexto emocional. Os adolescentes tardios
nã o linear, com diferentes.
podem desenvolver uma consciê ncia racional e
um sistema independente de valores, embora . Um tema predominante do desenvolvimento
estes sejam frequentemente consistentes com psicossocial é o conceito de formaçã o e
os valores parentais. Ao consolidaçã o da identidade à medida que o
adolescente se afasta da proteçã o nutritiva da
passar por este complexo processo de
famı́lia, desenvolve uma maior
desenvolvimento, as organizaçõ es religiosas ou
polı́ticas que promovem respostas simples a afiliaçã o ao(s) grupo(s) de pares e, em ú ltima
questõ es sociais ou morais complexas podem ter aná lise, define-se como indivı́duo.
grande apelo para o
A separaçã o dos pais é uma marca registrada do
adolescente. desenvolvimento do adolescente. Os primeiros
adolescentes passam a buscar mais privacidade
em casa, passando menos tempo com os pais.
à Psicossocial Eles começam a rejeitar o conselho dos pais e o
envolvimento na tomada de decisõ es à medida
que exploram os limites da sua dependê ncia e
Em contraste com o desenvolvimento cognitivo,
independê ncia dos pais. Com a evoluçã o das
o desenvolvimento psicossocial correlaciona-se
habilidades cognitivas, um adolescente pode
mais fortemente com o estado puberal e a
conceber um pai ideal e contrastar esse ideal
maturaçã o fı́sica do que com a idade cronoló gica.
com o de seus pró prios pais. Os adolescentes
Enquanto o desenvolvimento cognitivo é mais podem procurar modelos alternativos de adultos,
determinado biologicamente, o desenvolvimento como professores, treinadores ou pais de amigos.
psicossocial está sujeito a maiores influê ncias O conflito entre pais e filhos atinge
ambientais e culturais. Na verdade, a variaçã o frequentemente o seu pico durante a
cultural pode ser dramá tica. Alguns adolescentes adolescê ncia, com divergê ncias sobre privilé gios,
tardios passam imediatamente do ensino mé dio independê ncia e outros
para
limites estabelecidos pelos pais.
o casamento, a procriaçã o, o trabalho e a
Os adolescentes podem parecer buscar e rejeitar
independê ncia financeira; outros
intermitentemente a aceitaçã o dos pais. Teoriza-
permanecem dependentes dos pais enquanto se que talvez o adolescente precise conceber os
prosseguem a sua pró pria educaçã o durante pais como “errados” para amenizar a dor
da separaçã o deles. Ao longo deste perı́odo, simplesmente ser baseados em amizades. A
contudo, os pais continuam a ser uma fonte adesã o a gangues é outra forma de aceitaçã o
entre
crı́tica de nutriçã o e apoio para o adolescente e
continuam a exercer uma influê ncia significativa pares. A conformidade com os pares nos modos
de vestir, falar e comportamento é uma
na tomada de decisõ es do adolescente.
Paradoxalmente, discussõ es e conflitos parte normal deste processo e nã o deve
necessariamente ser vista de forma negativa.
frequentes podem coexistir com fortes laços
emocionais e proximidade. O adolescente tardio A aceitaçã o e a navegaçã o bem sucedida de
grupos de pares durante
pode restabelecer um tipo de relacionamento
mais “adulto-adulto” com os pais, mais uma vez a adolescê ncia podem dar ao indivı́duo mais
buscando e considerando o conselho e a confiança para entrar e sair de vá rios grupos
orientaçã o dos pais à medida que entram na
sociais, acadé micos e profissionais no futuro. Os
idade adulta.
adolescentes tardios sã o menos vulnerá veis à
A crescente importâ ncia do grupo de pares influê ncia do grupo de pares, estando mais perto
també m pode atenuar o trauma emocional de estabelecer a sua pró pria identidade

da separaçã o dos pais. Os primeiros adolescentes está vel. As suas capacidades cognitivas
tendem a socializar principalmente com colegas permitem-lhes escolher selectivamente entre
diferentes grupos de pares, endossando e
do mesmo sexo, tanto nas suas amizades
adoptando valores e comportamentos
individuais como em grupos maiores.
individuais que melhor reflectem quem estã o a
Em ambos os casos, a coesã o do grupo e o tornar-se.
sentimento de pertença
Os primeiros adolescentes aumentaram a
tornam-se importantes. Os pares tornam-se consciê ncia e o interesse sexual , que pode se
cada vez mais importantes na adolescê ncia manifestar como conversas e fofocas sexuais, e
intermediá ria, perı́odo durante o qual o muitas vezes se concentra na anatomia sexual.
adolescente pode experimentar fazer parte de A masturbaçã o e outras exploraçõ es sexuais, à s
diferentes vezes com colegas do mesmo sexo, sã o comuns.
grupos e “experimentar” diferentes identidades. A prevalê ncia de outras formas de
Esses grupos podem incluir ambos os sexos. Os comportamento sexual varia de acordo com a
cultura; em geral, esses comportamentos sã o
grupos de pares podem surgir de atividades
menos comuns nos primeiros adolescentes. Os
organizadas, como esportes ou clubes, ou podem
relacionamentos româ nticos, se é que existem,
carecem de profundidade emocional. A Embora este foco na aparê ncia fı́sica possa
curiosidade, a experimentaçã o e a atividade continuar na idade adulta, o final da adolescê ncia
sexual tornam-se mais comuns entre os geralmente é caracterizado por uma mudança de
adolescentes intermediá rios. A atraçã o pelo equilı́brio em direçã o à introspecçã o,
mesmo sexo é comum; a orientaçã o sexual pode
com um pouco menos de ê nfase nas
ficar clara para alguns adolescentes, mas ainda
caracterı́sticas externas.
pode estar evoluindo em outros durante esse
perı́odo. Os comportamentos de namoro podem O momento das mudanças puberais també m

ser observados, mas isso depende da cultura e pode afetar o desenvolvimento psicossocial e

pode nã o ser uma construçã o popular para todos bem-estar. A progressã o das alteraçõ es puberais

os adolescentes. Os relacionamentos individuais nos homens é geralmente associado a uma


autoimagem positiva. As mulheres podem
muitas vezes continuam a enfatizar a atraçã o
inicialmente perceber essas mudanças em sua
sexual em detrimento da intimidade emocional;
aparê ncia fı́sica de forma mais negativa. Isto
este ú ltimo pode nã o ser visto até o final da
parece ser especialmente verdadeiro para as
adolescê ncia. Nessa é poca, os relacionamentos
mulheres com maturaçã o precoce, algumas das
envolvem cada vez mais amor e compromisso e
quais experimentam maiores diminuiçõ es na
demonstram maior estabilidade.
auto-estima, envolvem-se em comportamentos
O inı́cio e o meio da adolescê ncia sã o geralmente mais perturbadores e tê m mais conflitos com os
as idades em que se desenvolvem uma imagem pais do que as mulheres com maturaçã o tardia
corporal deficiente ou distorcida e distú rbios ou pontual. Talvez porque se sintam mais
alimentares. Os primeiros adolescentes passam confortá veis em associar-se com pares mais
por rá pidas mudanças fı́sicas e podem sentir velhos, as mulheres com maturaçã o precoce sã o
incerteza sobre se todas essas mudanças vulnerá veis a tomar decisõ es erradas quando
anatô micas e fisioló gicas estã o progredindo expostas a situaçõ es
normalmente.
de alto risco, faltando-lhes ainda as
A garantia dos adultos, incluindo dos seus competê ncias cognitivas para navegar
prestadores de cuidados de saú de, pode ser eficazmente

reconfortante. A, medida que a puberdade chega nestas situaçõ es. Os homens que amadurecem
ao fim e estas mudanças diminuem, a precocemente tendem a ter maior autoconfiança
e sucesso social e acadê mico, enquanto os
preocupaçã o do adolescente intermediá rio pode
homens que amadurecem mais tarde correm o
mudar para saber se o adolescente é atraente
risco de ter comportamentos mais internalizados
para os outros. Uma forte ê nfase na aparê ncia e diminuir a auto-estima. Muitos outros
fı́sica durante esse perı́odo é normal.
factores influenciam a forma como os
adolescentes vivenciam a puberdade, e o apoio
Mamas: Sem desenvolvimento mamá rio.
de
Pú bis: Sem pelos pubianos.
pares e adultos pode ter um impacto positivo no
desenvolvimento psicossocial. Com uma Está gio 2

navegaçã o bem sucedida nestes domı́nios, os


adultos emergentes movem-se para o Mamas: Botã o mamá rio elevado e pequeno

mundo com um forte sentido de identidade com mamilo e aré ola elevados.

pessoal e do seu lugar na sociedade. Eles sã o Pú bis: Crescimento inicial de pelos finos e

capazes de trabalhar em prol de uma vocaçã o e lisos ao longo dos lá bios maiores.

independê ncia financeira e de administrar as Está gio 3


responsabilidades da vida adulta.

Mamas: Aumento adicional, com o mamilo e


• Estudar a avaliaçã o de maturaçã o sexual a aré ola formando uma elevaçã o acima do
(crité rios de tanner) contorno da mama.

A avaliaçã o da maturaçã o sexual é Pú bis: Crescimento adicional e


fundamental na prá tica clı́nica pediá trica para escurecimento dos pelos pubianos, que sã o
determinar o está gio de desenvolvimento mais escuros e encaracolados.
puberal de crianças e adolescentes. O sistema
Está gio 4
de classificaçã o de Tanner é o mé todo mais
amplamente utilizado para avaliar o
desenvolvimento sexual. Desenvolvido por Mamas: Projeçã o adicional com o mamilo e a
James M. Tanner, este sistema descreve os aré ola formando uma elevaçã o adicional, sem
está gios de desenvolvimento puberal com formar uma separaçã o adicional da mama.
base em caracterı́sticas fı́sicas secundá rias
Pú bis: Desenvolvimento adicional e formaçã o
especı́ficas. Vou detalhar cada está gio para
de uma "cortina" de pelos pubianos na regiã o
meninos e meninas com base em fontes
suprapú bica.
seguras.
Está gio 5

Crité rios de Tanner para Meninas

Está gio 1 (Pré -puberal)


Mamas: Forma adulta com projeçã o do Genitá lia: Aumento adicional no tamanho do
mamilo apenas, com a aré ola recuada para o pê nis e desenvolvimento da glande e do
contorno geral da mama. meato.

Pú bis: Distribuiçã o dos pelos pubianos para a Pú bis: Desenvolvimento adicional e formaçã o
regiã o suprapú bica, similar à distribuiçã o do de uma "cortina" de pelos pubianos na regiã o
padrã o adulto. suprapú bica.

Crité rios de Tanner para Meninos Está gio 5

Está gio 1 (Pré -puberal)

Genitá lia: Forma adulta com tamanho adulto


do pê nis e testı́culos, com desenvolvimento
Genitá lia: Genitá lia pré -puberal, sem
completo da glande e meato.
crescimento testicular.
Pú bis: Distribuiçã o dos pelos pubianos para a
Pú bis: Sem pelos pubianos.
regiã o suprapú bica, similar à distribuiçã o do
Está gio 2 padrã o adulto.

Importâ ncia da Classificaçã o de Tanner e


Genitá lia: Aumento do tamanho do testı́culo Estirã o de Crescimento
e escroto, com alteraçã o da cor e textura do Avaliaçã o do Desenvolvimento Puberal: A
escroto. classificaçã o de Tanner permite uma
Pú bis: Crescimento inicial de pelos finos e avaliaçã o objetiva do desenvolvimento

lisos na base do pê nis. puberal e pode ajudar a identificar


anormalidades no desenvolvimento sexual.
Está gio 3
Monitoramento do Crescimento e
Desenvolvimento: O estirã o de crescimento é
Genitá lia: Aumento adicional do tamanho do o perı́odo de crescimento acelerado que
pê nis e testı́culos, sem a formaçã o da forma precede a maturaçã o sexual completa. O
adulta. conhecimento da fase do estirã o de

Pú bis: Crescimento adicional e crescimento pode ser ú til para monitorar o

escurecimento dos pelos pubianos, que sã o crescimento e o desenvolvimento.

mais escuros e encaracolados. A avaliaçã o da maturaçã o sexual atravé s do

Está gio 4 sistema de classificaçã o de Tanner é uma


ferramenta valiosa na prá tica clı́nica
pediá trica para determinar o está gio de
desenvolvimento puberal de crianças e abrangentes sobre sexualidade e saú de
adolescentes. Permite uma avaliaçã o objetiva reprodutiva pode ajudar os adolescentes a
do desenvolvimento puberal e pode ajudar a fazerem escolhas informadas e responsá veis.
identificar anormalidades no
desenvolvimento sexual. Alé m disso, o
conhecimento da fase do estirã o de Recomendaçõ es:

crescimento pode ser ú til para monitorar o


crescimento e o desenvolvimento.
Educaçã o abrangente em sexualidade: Promover
uma educaçã o sexual que aborde nã o apenas a
contracepçã o, mas també m a saú de sexual,
relacionamentos saudá veis, comunicaçã o e
tomada de decisã o responsá vel.

Informaçã o baseada em evidê ncias: Utilizar


informaçõ es baseadas em evidê ncias cientı́ficas
e abordar mitos e concepçõ es errô neas sobre
sexualidade e contracepçã o.

Acesso a Mé todos Contraceptivos

O acesso a mé todos contraceptivos eficazes é


• Entender a conduta mé dica para prevenir
crucial para prevenir a gravidez na adolescê ncia.
a gravidez na adolescê ncia
Os profissionais de saú de desempenham um
A prevençã o da gravidez na adolescê ncia é uma papel importante ao fornecer informaçõ es sobre
preocupaçã o importante na prá tica mé dica e de contracepçã o e acesso a mé todos
saú de pú blica. A conduta mé dica para prevenir a contraceptivos.
gravidez na adolescê ncia envolve uma
abordagem multifacetada que inclui educaçã o
sexual, acesso a mé todos contraceptivos e Recomendaçõ es:

suporte psicossocial. Abaixo estã o as estraté gias


e recomendaçõ es baseadas em fontes seguras:
Aconselhamento em contracepçã o: Oferecer
aconselhamento individualizado sobre mé todos

Educaçã o Sexual contraceptivos, considerando as necessidades e


preferê ncias individuais do adolescente.
A educaçã o sexual é uma parte fundamental da
prevençã o da gravidez na adolescê ncia.
Proporcionar informaçõ es precisas e
Acesso gratuito ou de baixo custo: Garantir o manejo de questõ es relacionadas à saú de
acesso a mé todos contraceptivos gratuitos ou de reprodutiva.
baixo custo para adolescentes.
A prevençã o da gravidez na adolescê ncia requer
Suporte Psicossocial uma abordagem integrada que inclui educaçã o
sexual abrangente, acesso a mé todos
O suporte psicossocial é essencial para apoiar os
contraceptivos e suporte psicossocial. Os
adolescentes na prevençã o da gravidez e no
profissionais de saú de desempenham um papel
manejo de questõ es relacionadas à sexualidade e
crucial ao fornecer informaçõ es, orientaçã o e
saú de reprodutiva.
suporte para ajudar os adolescentes a fazerem
escolhas informadas e responsá veis em relaçã o à
Recomendaçõ es: sua saú de sexual e reprodutiva.

Apoio emocional e psicoló gico: Fornecer apoio • Estudar sobre obesidade na criança e no
emocional e psicoló gico para adolescentes, adolescente
abordando questõ es relacionadas à autoestima, A obesidade na infâ ncia e adolescê ncia é uma
autoimagem, relacionamentos e pressõ es sociais. preocupaçã o crescente de saú de pú blica em
Envolver os pais e responsá veis: Incluir os pais e todo o mundo. Ela está associada a uma sé rie
responsá veis no processo educacional e de de problemas de saú de fı́sica e psicossocial,
apoio, promovendo a comunicaçã o aberta e a incluindo diabetes tipo 2, hipertensã o,
compreensã o mú tua. dislipidemia, problemas ortopé dicos e baixa
autoestima. Abaixo estã o informaçõ es
Estraté gias de Prevençã o Adicional
detalhadas sobre a obesidade na criança e no
Programas de prevençã o: Implementar adolescente, baseadas em fontes seguras e
programas de prevençã o de gravidez na atualizadas.
adolescê ncia em escolas e comunidades, focados
na promoçã o de comportamentos saudá veis e
responsá veis. Definiçã o

Aconselhamento sobre planejamento A obesidade é definida como um acú mulo


reprodutivo: Oferecer aconselhamento sobre excessivo de gordura corporal que representa
planejamento reprodutivo para adolescentes que um risco para a saú de. Em crianças e
desejam evitar a gravidez, auxiliando na escolha adolescentes, a obesidade é geralmente
do mé todo contraceptivo mais adequado e no definida com base no ı́ndice de massa
corporal (IMC) ajustado para a idade e o sexo.
Sociais e Econô micos: Status socioeconô mico
baixo, educaçã o dos pais, influê ncia dos
Sobrepeso: IMC entre o 85º e 94,9º percentil
pares.
para idade e sexo.
Consequê ncias para a Saú de
Obesidade: IMC igual ou superior ao 95º
percentil para idade e sexo. A obesidade na infâ ncia e adolescê ncia está
associada a uma sé rie de problemas de saú de
Prevalê ncia
fı́sica e psicossocial.
A prevalê ncia da obesidade na infâ ncia e
adolescê ncia tem aumentado
significativamente nas ú ltimas dé cadas, Problemas de Saú de Fı́sica:
tornando-se uma das principais
preocupaçõ es de saú de pú blica em muitos
paı́ses. Diabetes tipo 2: Resistê ncia à insulina e
diabetes tipo 2 estã o se tornando mais
comuns em crianças e adolescentes obesos.
Causas e Fatores de Risco
Hipertensã o: Aumento da pressã o arterial.
A obesidade é uma condiçã o multifatorial,
Dislipidemia: Nı́veis anormais de colesterol e
resultante da interaçã o entre fatores
triglicerı́deos.
gené ticos, comportamentais, ambientais e
sociais. Problemas ortopé dicos: Problemas nos
joelhos e quadris devido ao excesso de peso.

Problemas de Saú de Psicossocial:


Fatores de Risco:

Baixa autoestima: Estigma e discriminaçã o


Gené tica: Filhos de pais obesos tê m um risco
relacionados ao peso podem levar a baixa
aumentado de desenvolver obesidade.
autoestima e problemas emocionais.
Comportamentais: Dieta inadequada, falta de
Depressã o e ansiedade: Adolescentes obesos
atividade fı́sica, padrõ es de sono
tê m um risco aumentado de desenvolver
insatisfató rios.
depressã o e ansiedade.
Ambientais: Acesso a alimentos pouco
Prevençã o e Tratamento
saudá veis, publicidade de alimentos nã o
saudá veis, falta de espaços seguros para A prevençã o e o tratamento da obesidade na

atividade fı́sica. infâ ncia e adolescê ncia sã o fundamentais


para reduzir o risco de problemas de saú de a para prevençã o e tratamento. A promoçã o de
longo prazo. estilos de vida saudá veis, educaçã o
nutricional e acesso a tratamento adequado
sã o fundamentais para abordar este
Estraté gias de Prevençã o: problema de saú de crescente e prevenir
complicaçõ es a longo prazo.

Promoçã o de estilos de vida saudá veis: Dieta


equilibrada, atividade fı́sica regular e padrõ es
de sono adequados.

Educaçã o nutricional: Ensinar sobre escolhas


alimentares saudá veis e leitura de ró tulos
nutricionais.

Promoçã o de atividade fı́sica: Incentivar a


prá tica de atividades fı́sicas adequadas à
idade e preferê ncias individuais.

Tratamento:

Intervençã o multidisciplinar: Envolve uma


equipe de profissionais de saú de, incluindo
mé dicos, nutricionistas e psicó logos.

Modificaçã o do estilo de vida: Foco na dieta


e exercı́cio fı́sico.

Terapia comportamental: Ajuda a modificar


comportamentos alimentares e de atividade
fı́sica.

Medicaçã o: Em casos graves, pode ser


considerado o uso de medicamentos sob
orientaçã o mé dica.

A obesidade na infâ ncia e adolescê ncia é uma


preocupaçã o significativa de saú de pú blica
que requer uma abordagem multifacetada

Você também pode gostar