A jurisdição voluntária refere-se a procedimentos judiciais nos quais o juiz intervém sem haver conflito entre partes, para validar negócios jurídicos como divórcios e alienações judiciais. O juiz não é obrigado a seguir estritamente a lei, podendo decidir com base na equidade e conveniência em cada caso. Da sentença cabe recurso de apelação.
A jurisdição voluntária refere-se a procedimentos judiciais nos quais o juiz intervém sem haver conflito entre partes, para validar negócios jurídicos como divórcios e alienações judiciais. O juiz não é obrigado a seguir estritamente a lei, podendo decidir com base na equidade e conveniência em cada caso. Da sentença cabe recurso de apelação.
A jurisdição voluntária refere-se a procedimentos judiciais nos quais o juiz intervém sem haver conflito entre partes, para validar negócios jurídicos como divórcios e alienações judiciais. O juiz não é obrigado a seguir estritamente a lei, podendo decidir com base na equidade e conveniência em cada caso. Da sentença cabe recurso de apelação.
- Jurisdição voluntária é a função exercida pelo Estado, através
do juiz, mediante um procedimento, onde se solucionam causas que lhe são submetidas sem haver conflito de interesses entre duas partes (interessados). - São exemplos de procedimentos de jurisdição voluntária: notificação, interpelação e protesto; emancipação judicial (idade mínima de 16 anos, quando um dos pais discorda ou quando o menor estiver sob tutela); alienação judicial; homologação de divórcio e separação consensuais; homologação de extinção consensual da união estável; homologação de autocomposição extrajudicial; alteração consensual de regime de bens do matrimônio; - Teorias que explicam a Jurisdição Voluntária:
• Teoria administrativista (majoritária): ao Poder
Judiciário são atribuídas certas funções em que predomina o caráter administrativo e que são desempenhadas sem litígio. O caráter predominante é de atividade negocial, em que a interferência do juiz é de natureza constitutiva ou integrativa, com o objetivo de tornar eficaz o negócio desejado pelos interessados (autoriza a venda de imóvel, homologa divórcio, extinção de união estável; etc...). A função do juiz é, portanto, equivalente ou assemelhada à do tabelião (cartório), ou seja, a eficácia do negócio jurídico depende da intervenção pública do magistrado.
Doutrina de Humberto Theodoro Jr., Frederico Marques e
outros: a jurisdição voluntária não é jurisdição, porque não há lide a ser resolvida; sem lide, não se pode falar de jurisdição. Não haveria, também, substitutividade, pois o que acontece é que o magistrado se insere entre os participantes do negócio jurídico para autorizar ou dar eficácia, não os substituindo. Porque não há lide, não há partes, só interessados; porque não há jurisdição, não seria correto falar de ação nem de processo, institutos correlatos à jurisdição: só haveria requerimento e procedimento. Porque não há jurisdição, não há coisa julgada, mas mera preclusão.
• Teoria jurisdicionalista (minoritária): existe jurisdição sem
lide (veja julgamentos do STF no controle concentrado de constitucionalidade); é atividade exercida por magistrado (aspecto subjetivo é preponderante), de forma inevitável e imparcial; Existe coisa julgada rebus sic stantibus;
Conduzida por doutrinadores tais como Calmon de Passos,
Ovídio Baptista e Leonardo Greco. - Características da Jurisdição “voluntária”: Não há lide (pretensão resistida) a obrigatoriedade da intervenção judicial em muitos procedimentos; Possibilidade de o juiz iniciar o processo de ofício em alguns casos Possibilidade de julgamento por equidade
Veja o que diz o CPC:
Art. 723, Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna.
Participação do Ministério Público, como fiscal da lei,
quando houver interesse público ou de incapaz;
- Procedimento comum (padrão) da Jurisdição
voluntária:
- Legitimidade: O procedimento terá início por provocação do
interessado, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instruído com os documentos necessários e com a indicação da providência judicial.
- Petição inicial (requisitos básicos)
- Serão citados todos os interessados, bem como intimado o
Ministério Público, nos casos de interesse de incapaz ou de interesse público, para que se manifestem, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias.
- O juiz julgará o pedido no prazo de 10 (dez) dias (celeridade);
ATENÇÃO: O juiz não é obrigado a observar critério de
legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna. (julgamento por equidade)
- Da sentença caberá apelação.
Teste seu conhecimento
Segundo o disposto no Código de Processo Civil, relativamente aos
procedimentos de Jurisdição Voluntária, é correto afirmar: a) Procedimento de emancipação judicial não é de Jurisdição Voluntária. b) Sendo o procedimento de Jurisdição Voluntária, das sentenças proferidas não cabe apelação. c) O juiz é obrigado a observar critério de legalidade estrita, sob pena de violação ao Princípio da Correlação entre pedido e sentença. d) O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna.