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TEORIA GERAL DO PROCESSO E FASE DE CONHECIMENTO NO

PROCESSO CIVIL

GABRIELA NAOMI YAMAGUCHI SILVA


MARIA INGRYD LAUANE LISBOA SIMÕES
CARLOS MANOEL FERREIRA DA SILVA
PAULA DA SILVA TORQUATO
DAVID SIQUEIRA DE OLIVEIRA
JURISDIÇÃO

Conceito
De forma geral a jurisdição é compreendida como a atuação do Estado na aplicação do
direito objetivo ao caso concreto, buscando a pacificação social e a solução do conflito
jurídico. É a capacidade estabelecida por via legal a aplicação da lei, ademais o
conhecimento das leis e a determinação de punições cabíveis.
Também é possível analisar a jurisdição sob três aspectos em relação ao Estado, o Poder
que é algo muito dependente do Estado pois vem da organização estatal e da sua força
tanto para discorrer sobre o direito (júri-dicção) quanto para aplicação dele (júri-
satisfação). A função, foi atribuída pela Constituição Federal ao Estado o exercício do
Poder Judiciário, sendo este exercício de forma típica e não privativa. A atividade é uma
totalidade de atos praticados pelo agente estatal (sujeito de direito) que foi investido pelo
Estado de poder jurisdicional, desta forma sendo o representante do Estado e podendo ser
chamado de Estado-juiz. É possível também que outros órgãos também exerçam a
jurisdição desde que com autorização constitucional para tal ato.

Princípios

• Investidura: é natural que o Poder Judiciário, ser inanimado que é, tenha a


necessidade de escolher determinados sujeitos, investindo-os do poder
jurisdicional para que representem o Estado no exercício concreto da atividade
jurisdicional. Esse agente público é o juiz de direito ou Estado-juiz.Existem
diversas maneiras da obtenção da investidura, alguma delas distantes de nossa
realidade como a eleição direta e a escolha dos novos membros da magistratura
pelos atuais.
• Territorialidade: o princípio da aderência ao território diz respeito a uma forma de
limitação do exercício legítimo da jurisdição. O juiz devidamente investido de
jurisdição só pode exercê-la dentro do território nacional, como consequência da
limitação da soberania no Estado brasileiro ao seu próprio território.
• Indelegabilidade: pode ser analisado sob duas diferentes perspectivas; externo e
interno. No aspecto externo significa que o poder judiciário, tendo recebido a
Constituição Federal a função jurisdicional – ao menos como regra -, não poderá
delegar tal função a outros Poderes ou outros órgãos que não pertencem aos Poder
Judiciário. No aspecto interno significa que, determinada concretamente a
competência para uma demanda, o que se faz com a aplicação de regras gerais,
abstratas e impessoais, o órgão jurisdicional não poderá delegar sua função para
outro órgão jurisdicional.
• Inevitabilidade Refere-se a soberania do poder estatal, que emanando a autoridade
dos órgãos jurisdicionais, impõe-se por si mesma. A lide, uma vez levada ao
judiciário, as partes não podem e não devem impedir que a jurisdição produza
seus efeitos ou cumpra com seus objetivos. Existindo uma decisão as partes
devem cumpri-las independente da satisfação delas, podendo assim haver seu
cumprimento de forma coercitiva se o caso for.
• Juiz Natural: Conforme consta no artigo 5º, inciso LIII, da Constituição Federal,
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, com
proibição da criação de juízo ou tribunal de exceção. Quer dizer, o litigante tem o
direito de ser julgado por autoridade judicial independente e imparcial segundo as
regras constitucionais e legais, juntamente a isso, veda a criação e de tribunal de
exceção e ninguém pode ser privado do julgamento por juiz que não assegura aos
litigantes, a imparcialidade.
• Promotor Natural: Não se encontra expressamente escrito na Constituição
Federal. Sendo um tema controverso tanto na doutrina quanto na jurisprudência,
podendo ser considerado uma extensão do princípio do juiz natural. O réu tem o
direito o público e subjetivo de ser julgado por um órgão escolhido de acordo com
os critérios legais previamente fixados. Sendo assim, o promotor ou procurador
não pode ser designado sem obediência ao critério legal, com o objetivo de
garantir julgamento imparcial, isento. Vedando designação de promotor ad. Hoc,
no sentido de fixar previamente orientação.
• Inafastabilidade da jurisdição: assim como o devido processo legal, objetiva fazer
com que o Estado crie formas de solução de litígios, céleres, desburocratizadas e
desvinculadas de ordenamentos ultrapassados que interditam o livre acesso à
justiça; isso quer dizer que todos têm acesso à justiça para postular tutela
preventiva ou reparatória; na verdade é o direito de ação, que todos possuem,
quando sentirem-se lesados".

Características

• Territorialidade: a jurisdição é limitada territorialmente, ou seja, o órgão


jurisdicional só tem competência para julgar casos que ocorreram em sua área
de jurisdição.
• Inafastabilidade: toda demanda tem direito a ser julgada pelo órgão
jurisdicional, ou seja, não pode haver obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário.
• Imutabilidade: as decisões judiciais são definitivas e não podem ser alteradas
por outros órgãos jurisdicionais.
• Obrigatoriedade: as decisões judiciais devem ser cumpridas pelas partes
envolvidas, sob pena de aplicação de sanções processuais.
• Indelegabilidade: a jurisdição só pode ser exercida pelos órgãos do Poder
Judiciário, sendo vedada a delegação a outros órgãos ou pessoas.
• Substitutividade: a jurisdição é ativada quando as partes não conseguem resolver
suas controvérsias de forma amigável, substituindo a vontade das partes pela
decisão judicial.
• Iniciativa das Partes: as partes não são forçadas a levar suas controvérsias ao Poder
Judiciário, sendo possível buscar outras formas de resolução de conflitos, como a
conciliação e a mediação.

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