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JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA:

A jurisdição voluntária consiste em um procedimento de natureza administrativa sem


litigiosidade, ou seja, as partes estão em comum acordo acerca da situação.

Nesse sentido, o Estado apenas exercerá atos de pura administração, somente orientando
e concluindo o “acordo” entre as partes.

As principais características dessa espécie de jurisdição, de acordo com a doutrina, são:

● necessidade de um negócio ou ato jurídico como pressuposto


● inexiste a lide, ou seja, conflito
● os participantes do procedimento são chamados de interessados
● pode ser incidentalmente litigiosa, ou seja, diante da solução entre a jurisdição
contenciosa e voluntária, o procedimento era voluntário e se transformou em
contencioso.

Função do Juiz na falta do litígio:

O juiz ainda possui o papel de decidir. Contudo, ao decidir, o juiz não precisa ficar restrito ao
critério da legalidade estrita, podendo decidir o pedido de acordo com o que achar mais
conveniente para o caso concreto.

Ou seja, há uma maior abertura para a discricionariedade naqueles procedimentos de


natureza voluntária.

Além disso, as decisões nesses procedimentos não formam coisa julgada material. Assim
sendo, diante da ocorrência de casos supervenientes à decisão, essa poderá ser revisada.

Quanto às verbas de sucumbência:

As verbas sucumbenciais decorrem da existência de uma parte vencedora no processo.


Não havendo lide nos procedimentos de natureza voluntária, não há vencedor e vencido.

Não havendo assim condenação ao pagamento de verbas sucumbenciais. A única exceção


ocorre nos casos de
litigiosidade incidental.

JUIZADOS ESPECIAIS

Os juizados cíveis são setores que julgam casos menos burocráticos.


A principal função dos Juizados Especiais Cíveis é simplificar o andamento de processos
judiciais. As causas de menor complexidade no Juizado Especial Cível estão sujeitas aos
princípios de oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.

Nesta são conciliadas, processadas e julgadas as causas com valor até 40


salários-mínimos, a exemplo de ações judiciais de cobrança, indenização, execução de
títulos (cheques, notas promissórias,letras de câmbio etc.), empréstimos de dinheiro, bens,
acidentes de trânsito, ações que envolvam produtos e serviços, negativação indevida.

Não podem ser apreciadas no Juizado Especial Cível causas superiores ao valor de 40
salários mínimos, causas que exijam perícia; causas complexas; heranças e inventários;
causas de família: alimentos, separação, divórcio, guarda dos filhos, interdição; bem como
causas trabalhistas; falências e concordata; causas nas quais estejam envolvidas crianças e
adolescentes menores de 18 anos; causas onde haja interesse da União, do Estado e do
Município.

Todas as pessoas físicas e jurídicas podem figurar como réu, salvo, o incapaz, o preso,
pessoa de direito público: União, Estados, Municípios e entidades a eles vinculadas, a
massa falida, o insolvente civil.

O processo judicial no Juizado Especial Cível tem início quando o autor propõe ação
através da Petição Inicial e Documentos, possibilitando a citação da parte contrária para
que o Réu responda a Ação Judicial e compareça na audiência de conciliação.

Na audiência de conciliação poderá ser feito acordo entre as partes e encerrado o processo.
Caso isto não ocorra, poderá ser designada se necessária audiência para instrução e
julgamento do caso para que sejam ouvidas testemunhas e produzidas outras provas.

Uma vez respondido o processo e produzidas as provas o Juiz decide e emite a sentença
que define direitos e obrigações das partes.

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