Você está na página 1de 10

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

LITISCONSÓRCIO

 Nº: 30727
 PERÍODO: MANHÃ
 NOME: AGUINALDO ANDERSON PENZA
 CURSO: LICENCIATURA EM DIREITO
 CADEIRA: DIREITO DO PROCESSO CIVIL

O DOCENTE:

_________________________________

LUANDA, DEZEMBRO 2020


DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ÍNDICE

Introdução......................................................................................................................4
Classificação.................................................................................................................5
1. Quanto ao polo
2. Quanto à obrigatoriedade:
3. Quanto à uniformidade da decisão
4. Quanto à limitação na formação do litisconsórcio
Como recorrer de decisão sobre litisconsórcio...........................................................6
Segundo Greco Filho..................................................................................................6
Coisa Julgada.............................................................................................................6
Artigo 27º do código de processo civil Angolano 6.ª Edição.....................................8
Conclusão..................................................................................................................9
Referências bibliografica.........................................................................................10
INTRODUÇÃO

O que é Litisconsórcio
A palavra litisconsórcio vem da aglutinação de lide (uma pretensão ou conflito levado a
juízo) e consórcio. Ou seja, equivale ao compartilhamento de um polo na demanda
jurídica. Desse modo, mais de uma pessoa pode ocupar o polo passivo ou o polo ativo
do processo.

Litisconsórcio:é um fenômeno processual caracterizado pela pluralidade de sujeitos,


em um ou em ambos os polos de um processo judicial.
CLASSIFICAÇÃO

O litisconsórcio, dessa maneira, pode ocorrer de diferentes formas e em diferentes


momentos do processo. Dependerá, então, da natureza do caso concreto e das normas
processuais que a ele se aplicam. É possível, entretanto, categorizar o instituto, de
acordo com o polo em que ele ocorre (se na parte autora ou na parte ré), sua
obrigatoriedade no processo, quanto à uniformidade da da decisão no que concerne a
todos os litisconsortes e quanto à limitação da quantidade de integrantes do
litisconsórcio.
Assim, poderá ser classificado:
1 Quanto ao polo:
 Litisconsórcio ativo – há mais de um integrante como parte
autora da demanda;
 Litisconsórcio passivo – há mais de um integrante como parte ré
da demanda;
2 Quanto à obrigatoriedade:
 Litisconsórcio necessário: por lei, é obrigatória a sua formação;
 Litisconsórcio facultativo: sua formação é opcional;
3 Quanto à uniformidade da decisão:
 Litisconsórcio unitário: a decisão é aplicada uniformemente a
todos os demandantes;
 Litisconsórcio simples: não há obrigatoriedade na uniformização
na aplicação da decisão;
4 Quanto à limitação na formação do litisconsórcio:
Litisconsórcio multitudinário.
 Litisconsórcio ativo e litisconsórcio passivo
O litisconsórcio ativo, tal qual mencionado, refere-se à existência de mais de um
integrante na parte autora – ativa – da demanda. Deve atender, contudo, não apenas à
legitimidade e ao interesse de agir.
O litisconsórcio passivo, então, é quando há mais de um integrante no polo passivo da
demanda. Ou seja, mais de um réu na mesma ação.
 Litisconsórcio facultativo e litisconsórcio necessário
O litisconsórcio facultativo, como revela o nome, não é obrigatório. Ou seja, as partes
legítimas que integram os polos ativo ou passivo da lide podem ou não ser chamadas ao
processo. Ao contrário, no litisconsórcio necessário, não há opção senão o chamamento
ao processo daqueles que sejam interessados e legítimos para integrar os polos da
demanda.
 Litisconsórcio simples e litisconsórcio unitário
Apesar de poder ser obrigatório ou não, o litisconsórcio não necessariamente
uniformizará os efeitos a todos os integrantes da lide. Há casos, então, em que os efeitos
aplicáveis a um dos litisconsortes não se aplicarão aos demais. É o que se conhece,
portanto, do litisconsórcio simples.
 Litisconsórcio multitudinário
Litisconsórcio multitudinário. Segundo o dispositivo, portanto, o juiz poderá limitar o
número de litigantes quando for facultativo. Ele está limitado à espécie facultativa, pois,
do contrário, estaria se opondo ao próprio preceito da obrigatoriedade da formação
quando por determinação legal. A limitação, ainda, poderá se dar na fase de
conhecimento, na liquidação da sentença ou mesmo na execução.
É uma medida que visa, desse modo, contribuir para a celeridade processual. Afinal, a
excessiva quantidade de integrantes em uma demanda, considerando prazos de citação,
intimação e peticionamento, pode comprometer a rápida solução do litígio. Isto, no
entanto, não retira a salvaguarda dos direitos das partes. Visa, pelo oposto, assegurar a
efetividade da demanda.
 Litisconsórcio na jurisprudência
O tema é recorrente na jurisprudência, uma vez que pode impactar a validade das
decisões judicias. Desse modo, é importante analisar algumas decisões do Superior
Tribunal de Justiça acerca do assunto.
Como recorrer de decisão sobre litisconsórcio
É importante a compreensão de que a inclusão ou exclusão de um litisconsorte possui
grandes impactos na relação jurídica e na resolução da lide. Afinal, os efeitos decisórios
podem ser aplicados de forma uniforme, como vislumbrado. Mas também os interesses
e as manifestações das partes devem ser considerados.
E será através de decisão interlocutória que o juízo decidirá acerca da ocorrência, pois,
embora possa colocar fim a uma relação jurídica, não encerra o processo
Segundo Greco Filho, há comunhão de direitos ou obrigações quando duas ou mais
pessoas possuem o mesmo bem jurídico ou têm o dever da mesma prestação. Não se
trata de direitos ou obrigações idênticos, iguais, posto que diversos, mas de um único
direito com mais de um titular ou de uma única obrigação sobre a qual mais de uma
pessoa seja devedora. Observa-se que, nesse caso ambos os litisconsortes serão titulares
de direitos, ou devedores de obrigações, que estão em causa.
 Coisa Julgada
A coisa julgada está relacionada com a configuração do denunciado como litisconsorte
do denunciante na ação principal, pois sendo litisconsorte, o denunciado será parte, que
é atingida pela coisa julgada.
O conceito de coisa julgada continua a ser um dos temas mais polêmicos e, sem dúvida,
um dos mais importantes para a ciência do processo civil. Não está no âmbito deste
trabalho entrar no mérito das discussões doutrinárias a respeito desse tema. Interessa
aqui a coisa julgada material, entendida como a qualidade que se agrega à sentença
quanto ao efeito declaratório, tornando-o indiscutível nos futuros julgamentos, que é o
meio de a declaração tornar-se imutável.
Assim se entende, porque a coisa julgada atribui à sentença a “estabilidade protetora
daquilo que o juiz haja declarado como sendo a ‘lei no caso concreto’, de tal modo que
isto se torne um preceito imodificável para as futuras relações jurídicas que se
estabelecerem entre as partes perante as quais a sentença tenha sido proferida”.
Considerando a coisa julgada como a qualidade do efeito declaratório da sentença,
torna-se fácil perceber que ela não atinge terceiros, como declaração indiscutível,
porque jamais o juiz, ao julgar a lide entre as partes, pronunciará declaração, capaz de
tornar-se imutável, sobre direito ou relação jurídica de terceiro.
Artigo 27º do código de processo civil Angolano 6.ª Edição Listisconsórcio
voluntário
 respectiva pode ser proposta por todos ou contra todos os interessados , mas se a
lei ou o negócio for omisso, a acção pode também ser proposta por um só ou
contra um só dos interessados, devendo o tribunal, nesse, caso, conhecer apenas
da respectiva quota-parte do interesse ou da responsabilidade ainda que o pedido
abranja a totalidade.
 Se a lei ou o negócio permitir que o direito seja exercido por um só ou que a
obrigação comum seja exigida de um só dos interessados, basta que um deles
intervenha para assegurar a legitimidade.
Artigo 28.º Litisconsórcio necessário
 Se, porém, a lei ou o negócio exigir a intervenção dos vários interessados na
relação controvertida, a falta de qualquer deles é motivo ilegitimidade.
 É igualmente necessário a intervenção de todos os interessados quanto, pela
própria natureza da relação jurídica, ela seja necessária para que a decisão a
obter produza o seu efeito útil normal. A decisão produzem seu efeito útil
normal sempre que, não vinculando embora os restantes interessados, possa
regular definitivamente a situação concreta das partes relativamente ao pedido
formulado.
Artigo 29.º O Litisconsórcio e a acção
 No caso de litisconsórcio necessário há uma única acção compluralidadede
sujeitos: no litisconsórcio voluntário, há uma simples acumulação de acções
conservadndo cada litigante uma posição de independência em relação aos seus
compartes.
CONCLUSÃO

Os litisconsortes são considerados como litigantes independentes em suas atividades,


porque possuem, cada um deles, relação jurídica ou direito em litígio direto com a parte
adversa, o que efetivamente não ocorre na denunciação da lide.
Em razão de não colocar em causa relação jurídica ou direito seu, o denunciado não será
parte na relação processual. Quem nada pede para si não é autor e, portanto, não é
litisconsorte ativo. Aquele em relação ao qual nada é pedido, é réu e não pode ser
havido como litisconsorte passivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA

Litisconsórcio, por Áurea Maria Ferraz de Sousa. 23 de dezembro de 2010.


THEODORO JR., Humberto. Curso de direito processual civil. 39 ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2003, v. I
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. Vol.2, Saraiva, 2003.

THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol.1, Ed. Forense,
1997.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini e DINAMARCO,
Cândido R. Teoria Geral do Processo. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais. 1995.

FUHRER,Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de Processo Civil. Ed. Malheiros.


2001.
Código de processo Civil Angolano 6.ª Edição

Você também pode gostar