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- Fundamentos: Economia processual (ex: mesma perícia) e Harmonia de julgados (dois servidores, na
mesma situação, devem ter tratamento uniforme)
- Classificação:
C- Uniformidade da decisão: simples (ex: usucapião) e unitário (ex: condôminos que ajuízam
reintegração de posse da coisa comum).
1. UNITÁRIO
- Provimento de mérito tem que ser igual a todos litisconsortes, não se admitindo julgamento diverso – ART.
116 NCPC
- Para que seja unitário, depende da natureza jurídica da relação jurídica discutida – UNA e INDIVISÍVEL. Ex. MP
x marido e mulher para anular casamento.
- Ligação entre unitariedade e colegitimação – Exs. Dois condôminos para defesa da coisa comum; ACP por MPE
e MPF
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o
mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
2. SIMPLES
- Basta a mera possibilidade de a decisão ser diferente.
- Pluralidade de relações jurídicas ou uma cindível
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO X FACULTATIVO
NECESSÁRIO
- Questão tormentosa é saber quando um litisconsórcio é necessário
- CPC-73 cometia erro ao confundir o necessário com o unitário
- NCPC – Art. 114 – Será necessário em duas situações.
A- Disposição de lei. Ex. Usucapião
B- Natureza da relação jurídica. Geralmente, o unitário tende a ser necessário. No entanto, se for unitário ativo,
não pode ser necessário, já que não se pode condicionar a ida de alguém ao Judiciário à vontade de outro.
Logo, a unitariedade passiva leva, quase sempre, à obrigatoriedade (exceção – litisconsórcio entre devedores
solidários de obrigação indivisível – pode cobrar de apenas um, embora unitário). Já a unitariedade ativa leva à
facultatividade – Ex. condôminos em ação reivindicatória.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação
jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
RESUMINDO:
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes
distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os
outros, mas os poderão beneficiar.
MODALIDADES ESPECIAIS DE LITISCONSÓRCIO
- Conceito – Fato jurídico processual por meio do qual um terceiro, autorizado por lei, ingressa em processo
pendente, tornando-se parte.
CPC/1973 CPC/2015
ASSISTÊNCIA
- Considerações gerais
- Assistência simples
- Poderes do assistente simples / Combinação das regras decorrentes dos arts.
121, par. ún., e 122, CPC / Análise do par. ún. do art. 121 do CPC: omissões negociais
e não negociais do assistido / Eficácia preclusiva da intervenção
- Assistência litisconsorcial
Da Assistência Simples
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-
á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu
substituto processual.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da
ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em
processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de
produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
Da Assistência Litisconsorcial
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação
jurídica entre ele e o adversário do assistido.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
- Generalidades
Art. 128, Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o
cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem
prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.
QUESTÃO PARA DEBATE:
Suponha que A tenha ajuizado ação reparatória em face de B, que denunciou a lide
à C. A questão é: se o juiz acolher o pedido de A, julgando igualmente procedente a
pretensão regressiva de B, poderia condenar C ao pagamento dos honorários
sucumbenciais devidos a A?
CHAMAMENTO AO PROCESSO
- Conceito
- Finalidade
- Casos de chamamento ao processo.
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida,
a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua
quota, na proporção que lhes tocar.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
- Generalidades
- Aspectos processuais:
- Natureza → Requerimento
- Cabimento?
- Momento: petição inicial?
- Termo inicial para fraude à execução
- Honorários sucumbenciais?
Não: STJ, REsp 1.845.536, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 09.06.2020.
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de
execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Art. 792, § 3º. Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a
partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a
interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes
do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas.
Intervenção de terceiro especial na ação de alimentos (art. 1.698 do Código Civil)
Imagine a seguinte situação: Diego, 18 anos, faz faculdade e vive sozinho, distante dos seus genitores, João e
Maria, já divorciados. Para sua sobrevivência, Diego ajuíza ação de alimentos contra seu pai. Em sua defesa,
João alega que Maria, sua ex esposa, também precisa participar do processo, já que o sustento do filho é
dever de ambos os genitores, pai e mãe. Diante do exposto, pergunta-se: pode o juiz, acolhendo o pedido de
João, chamar Maria para participar do processo?
É que, em se tratando de credor de alimentos que reúna plena capacidade processual, como é o caso de
Diego, maior, cabe a ele, exclusivamente, provocar a integração posterior do polo passivo, devendo a sua
inércia ser interpretada como concordância tácita com os alimentos que puderem ser prestados pelo réu por
ele indicado na petição inicial (no caso, seu pai João), sem prejuízo de eventual e futuro ajuizamento de ação
autônoma de alimentos em face dos demais coobrigados, a exemplo de Maria, sua mãe. Para o STJ, portanto,
a natureza jurídica dessa convocação posterior do outro genitor, prevista no art. 1.698 do CC/2002, é de
litisconsórcio facultativo ulterior simples.
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