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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIESP

CURSO: DIREITO TURNO: Noite


PROFESSOR (A): Moisés de Souza Coelho Neto
DISCIPLINA: Direito Processual Civil II
PERÍODO: 4º C.H.: 60 SEMESTRE: 2021.2
ALUNO (A): Gustavo Monteiro França

NOTA ATRIBUIDA:

1ª AVALIAÇÃO – VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM


Instruções:

1. A avaliação deverá vir DIGITADA acompanhada da prova – Não serão aceitas


respostas manuscritas ou desacompanhadas das perguntas.
2. As respostas deverão vir em fonte de cor azul ou preta.
3. As referências bibliográficas são obrigatórias – caso se verifique plágio, será atribuída
nota zero.
4. Transcrição pura e simples de dispositivos legais não será aceito como resposta – eles
deverão vir complementando o contexto explicativo da resposta apresentada.
5. Respostas sem narrativa, desenvolvimento e conclusão objetiva e lógica, não serão
computadas na correção.
6. Só serão aceitas as avaliações enviadas diretamente no EXPEDIENTE ELETÔNICO da
Instituição – não será permitido o envio por e-mail.
7. As avaliações lançadas no sistema após o prazo estipulado, não serão aceitas.

Mostre-me do que você realmente é capaz, aliás, talvez você tenha que mostrar a você
mesmo, do que você realmente é capaz! Boa Prova!

Questão 01

Zoe, Hulk, Nina, Zeus e Brisa, cães vira-latas, ingressaram no polo ativo, devidamente
assistidos pela ONG AmamosAnimais, com ação de reparação por danos materiais e morais,
em face de João Malvadino e Maria Cruela, seus antigos donos, alegando que haviam sido
vítimas de diversos tratamentos degradantes, abandono e outros; que além do sofrimento,
tais condutas lhes causou danos severos as suas saúdes; que quando do resgate, com ajuda de
força policial, tiveram que ser socorridos para uma clinica especializada, ocasião em que foram
tratados da desnutrição, doença do carrapato, agressões que ocasionaram lesões e outros
danos. Pleitearam uma indenização de R$ 25 (vinte e cinco) mil reais a título de danos
materiais, quando fizeram a comprovação das notas fiscais da clínica veterinária, além das
compras de medicações, vacinas e alimentação e, ao final, pleitearam um total R$ 50
(cinquenta) mil reais de danos morais.
Os demandados foram citados por edital, pois se encontram foragidos e após
escoado o prazo, sem apresentação de defesa, lhes foi nomeada como Curadora Especial a
Defensora Pública com assento na vara.
A Defensora apresentou Contestação por negação geral, nos termos permitidos pelo
Código de Processo Civil, para essas hipóteses.
Os autos ao serem conclusos, a MM Juíza de Direito, prolatou decisão que INDEFERIU
a exordial, com a consequente extinção do feito sem resolução meritória, nos termos do art.
485, inciso I, do Caderno Processual Civil.

Nos termos do fundamento do decisum, a Preclara Prolatora, entendeu em suma, que:


a) Ao que pese os empenhos da sociedade civil e do Poder Público na edição de
normas que visem coibir a crueza e judiciação, “os animais domésticos não são
considerados sujeito de direito. Este status é adotado somente às pessoas
humanas e jurídicas”.
b) Segue a Juiza, motivando seus entendimentos, que os cães autores não possuem
capacidade de ser parte, nem processual, lembrando que segundo o artigo 70 do
CPC/15 "toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade
para estar em juízo", algo, portanto, impossível de se aplicar, mesmo que por
analogia, aos animais.

Frente ao inconformismo, a parte promovente manejou recurso de apelação,


pleiteando ao Tribunal que tornasse sem efeito a decisão a quo, para garantir o status de parte
aos cães “autores” e determinasse o retorno dos autos à origem, para seu regular
processamento e decisão de mérito, ao final.

Tendo em vista o acima narrado, responda, fundamentadamente e com respaldo


jurisprudencial, o que abaixo segue:

I. Qual o prazo que a parte autora teve para manejar seu apelatório e
quando se dá o dies a quo?
II. Quando a magistrada citou que os animais não são “sujeitos de direito”, o
que isso significa? E, assim, qual a natureza jurídica que se dá aos animais
em nosso ordenamento?
III. O Desembargador Relator instruiu você a apresentá-lo um parecer (no
mínimo 20 linhas e máximo 30 linhas) sobre a questão dos animais terem
ou não capacidade de ser parte e de estar em Juízo (processual) e, frisou
que você deve apontar os últimos três recentes entendimentos
jurisprudenciais a respeito e ao final opinar sobre o provimento ou não do
recurso. Apresente-o. (ESSE PARECER POSSUI UMA FOLHA EM ANEXO AO
FINAL, PARA SER RESPONDIDO).
R. I – O prazo é de 15 (quinze) dias úteis para o manuseio do apelatório, e ao inicio desse prazo
se dá o dies quo.

R. II – Os animais não são sujeitos de direito por não possuírem personalidade jurídica e que
são sujeitos de direitos despersonificado. O art. 82 do CC acrescido pelo art. 79-B da lei
9.605/1998, dizendo não aplicar aos animais não humanos, uma vez que ficam sujeitos aos
direitos despersonificado, não devendo ser considerados como coisas.

Questão 02

Mariziana Marcipiano ingressou com ação de Divórcio Litigioso em face de seu


esposo, Jurassico Marcipiano, aduzindo que frente às incompatibilidades do casal e a
impossibilidade de manutenção do vínculo conjugal, indispensável à medida para por fim a
relação matrimonial.

Em sua vestibular a autora informou que o casal possuía um apartamento em


comum, e que em razão do regime de comunhão parcial o imóvel deveria ser vendido e o
valor dividido entre os dois. Pleiteou, também, voltar a usar seu nome de solteira;

Ademais explicitou ao Juízo que ambos possuíam empregos e rendas próprias,


razão pela qual, não era necessário o pagamento de pensão. E, ao final, após restar claro que
do matrimônio não nasceram filhos, a requerente pediu a guarda exclusiva e unilateral de
BOBO, um felino, da raça siamês, que o casal teria sido agraciado por um dos padrinhos do
casamento.

Devidamente citado, o demandado apresentou contestação em que rechaçou a


possibilidade da guarda unilateral de BOBO, alegando que havia sido um presente para
ambos e que nesses anos adquiriu pelo bichano um amor equivalente a de um filho.
Pleiteando, assim, que o Juízo determinasse a guarda compartilhada de BOBO e que se
deixasse estabelecido em decisão que a cada 15 (quinze) dias o felino passaria com ele, em
sua nova casa, sendo apanhado na sexta e devolvido na segunda. Ao final, disse que não se
opunha aos demais termos da inicial.

Em audiência de saneamento do processo (art. 357, CPC), o juiz resolveu já julgar o


mérito por entender que não havia mais necessidade de produção de provas, e proferiu
decisão em que: 1. determinou a extinção do vínculo entre as partes; 2. a divisão igualitária
do valor do imóvel; 3. que a varoa voltasse a usar o seu nome de solteira, todavia, 4. em
relação a BOBO, o Magistrado assim se pronunciou:

“Não há qualquer cabimento que conceda a esse juízo a possibilidade


jurídica de se manifestar sobre a guarda de um animal, razão pela qual
as partes devem procurar outro meio para obter, levando em conta, a
prudência e razoabilidade quanto a isto, mas ao Judiciário,
especificamente ao Juízo de Família, não cabe apreciar pleitos de
guarda como esses, como se estivéssemos tratando de filhos – já que o
citado instituto (guarda) foi concebido e direcionado para pessoas –
filhos, adultos e idosos incapazes, quando o Poder leva em
consideração, em ditos casos, o melhor interesse desses vulneráveis
para decidir quem deve guarda-los e cuidá-los. Mas, não há qualquer
possibilidade desta análise quanto a um animal de estimação, razão
pela qual, este Juízo se encontra impossibilitado do julgamento
meritório quanto ao ponto tratado, pois de acordo com o
ordenamento processual o pedido deve ser juridicamente possível.”

Nesse contexto, analise e responda bem fundamentadamente e com jurisprudência


aplicável:

a) O caso aqui possui alguma relação com o caso tratado na questão 01, por quê?

b) O Magistrado agiu corretamente em sua decisão ao não apreciar o pleito de


guarda compartilhada? Os fundamentos invocados pelo Julgador possuem
fundamento, por quê?

c) Na hipótese em tela, como se deve ter dado a citação do polo passivo da


demanda e por quê?

R. a – Sim, pois ela se trata da discussão da elevação de direitos de animais para sujeito de
direitos em um pedido em juízo.

R. b – Ele não agiu corretamente ao apreciar a guarda compartilhada. O STF desde 2019
reconheceu o instituto da guarda compartilhada aos animais, no entanto são seres dotados
de sensibilidade e das mesmas necessidades que os animais racionais, o seu bem-estar deve
ser considerado, afetiva e psicologicamente.

R. c – A citação se deu por oficial de justiça, por se tratar de uma ação do estado.

Questão 03

A juíza de Direito Marcelle Adriane Farias Silva, da 1ª vara Cível de Santa Luzia/MA,
indeferiu petição inicial de consumidora que não comprovou ter buscado solução consensual
de conflito com uma instituição financeira, através da plataforma digital
www.consumidor.gov.br.

A requerente ingressou com ação judicial contra instituição financeira,


pretendendo a suspensão dos descontos no seu benefício do INSS e a reparação de danos
materiais e morais, por não reconhecer o contrato de empréstimo consignado em seu nome.

A demanda foi extinta por a autora não ter comprovado, no prazo que lhe foi
oportunizado, o protocolo do seu pedido no site www.consumidor.gov.br, no qual a
instituição financeira demandada está cadastrada.    

Na sentença, entre outras, a juíza destacou que "há que se exigir da parte, ao


ajuizar a ação, a comprovação de que houve uma injustificada recusa ao atendimento de sua
pretensão, sendo esta demonstração de uma verdadeira condicionante para a
admissibilidade do seu pedido e, por consequência, requisito inafastável para a apreciação
do mérito".
A magistrada ressaltou ainda que "as limitações orçamentárias impõem a
cooperação de todos os agentes para que antes de recorrerem ao Poder Judiciário busquem
as vias alternativas de composição de litígios, bem mais baratas, contribuindo assim para
que as demandas judicializadas possam ser apreciadas dentro de um prazo razoável de
duração, o que é benéfico para todos". (Fonte: Migalhas – acesso: Setembro de 2019)

Por fim, se pronunciou em sentença, a MM Juíza:

“Ante o exposto, notadamente porque a requerente não cumpriu a


diligência determinada, INDEFIRO A PETIÇÃO INICIAL, extinguindo o feito
sem resolução de mérito, nos termos do art. 321, parágrafo único, do CPC,
por entender que não demonstrado o interesse de agir, necessário à
admissão do seu pedido, ainda que facultado prazo para este fim.
Custas pela autora, suspensa a cobrança em razão da gratuidade concedida
nos autos.
Dispensada a publicação no Diário da Justiça.
Intime-se a requerente, exclusivamente via sistema.
Oportunamente, arquive-se.”
Santa Luzia/MA, 29 de março de 2020.
Juíza Marcelle Adriane Farias Silva - Titular da 1ª Vara (0802095-
76.2019.8.10.0057)

Diante do caso acima apresentado :

1. Primeiramente, será que a decisão da Magistrada alhures fere a máxima jurídica de que o
“Direito de Ação é incondicionado”? Explique-se com base no comparativo entre o Direito de
Provocar a Jurisdição e o Direito a uma decisão de Mérito.

2. Da decisão explicitada acima, qual o fundamento processual principal que levou a


Douta Magistrada a indeferir a exordial, e dentro do contexto de fundamentação
dela, o mesmo encontra respaldo jurisprudencial que o sustente? (Obrigatório a
utilização de jurisprudência atualizada na resposta)

3. Em qual contexto a utilização de meios alternativos de resolução de conflitos, pode


ser vislumbrado dentro das condições de ação estabelecidas pelo Art. 17 do CPC?

R. 1 – Não feriu, ela apenas seguiu o código de processo civil, quanto a possibilidade de julgar
os pedidos, que devem preencher características específicas da ação. A pessoa pode pedir,
mas para que seja julgada deve preencher os requisitos para tal.

R. 2 – De acordo com o parágrafo 2º do art. 3 do CPC diz que, sempre que possível, o estado
promoverá a solução consensual de conflitos. Pela jurisprudência TRT-3 RO:
00101788220185030029 0010178-82.2018.5.03.0029.

R. 3 – Quando for estabelecido uma clausula de arbitragem.


Questão 04

Mariazinha após anos de economia para adquirir um automóvel vê anúncio em


página de uma determinada rede social, de um veículo que se enquadrava perfeitamente com
o valor que tinha disponível. Ao procurar o vendedor (Sr. Osvaldo), fecha o negócio e paga o
valor à vista. Com o pagamento efetuado, documento transferido – Tudo certo! Mariazinha
está realizada com sua aquisição.

Ocorre que passados alguns meses, Mariazinha é surpreendida com um oficial de


justiça em sua porta, que lhe informa e apresenta um mandado de citação, ordenado pelo
Juízo da 6ª Vara Cível da comarca da Capital.

Ao lhe procurar como Advogado(a) e ao analisar a contrafé, você verifica que a ação
reivindicatória foi interposta por José, que alega ser o verdadeiro proprietário do automóvel,
inclusive, nos autos, consta cópia de sentença transitada em julgado, de processo anterior, que
garantia o pleno direito de domínio sobre o bem; você verifica também, que o autor da ação
alega que o carro se encontrava desaparecido, pois antes da conclusão do processo anterior
que reconheceu a propriedade e o direito de domínio de José, Ariosvaldo que detinha
indevidamente o bem, sumiu com ele.

Que após buscas sobre o paradeiro do imóvel, descobriu-se que o mesmo se


encontrava com a Senhora Mariazinha e, por isso, a razão contra ela interposta.

Frente à narrativa alhures, responda de forma justificada e fundamentada, os seguintes


questionamentos:

a. Em termos de direito material, qual a problemática civil que a questão aborda e do


que ela trata e como o sistema a conceitua?
b. Após explicar a Mariazinha as questões civis, você agora irá explicar quais os
desdobramentos processuais em relação à apresentação da contestação que você
fará. Seja objetivo(a), fundamentando-se.

R. a – O abordado é evicção, que pode ser caracterizado como uma perda, que pode ser parcial
ou total de um bem por motivo de decisão judicial ou ato administrativo que se relacione a
causa preexistente no contrato.

R. b – O certo a ser feito é a denuncia da lide nos termos do art. 125, I do CPC, de modo que o
alienante imediato é responsável pela indenização.

Questão 05

Julismar e Carminha, contrataram plano de saúde coletivo e vinham pagando


mensalmente o valor de R$ 530,00 (quinhentos e trinta) reais, cada. Ocorre que após certo
tempo o casal recebeu uma notificação da operadora de que o plano coletivo seria rescindido
por desequilíbrio econômico e financeiro, porém lhe era informado da possibilidade de realizar
a portabilidade, com adesão a um novo, sem vinculação coletiva, todavia, a um valor de R$
1.600,00 (um mil e seiscentos) reais mensais, para cada um.
Inconformados com o ocorrido o casal que já passa dos 65 (sessenta e cinco) anos, e
necessitam da segurança de um plano de saúde privado pela idade e condições normais,
ingressou com uma Ação Declaratória c/c Obrigação de Fazer e Danos Morais, contra a Fotriz
Ga (empresa intermediadora) e a Boa Saúde (empresa de sáude), tramitando junto a uma das
varas cíveis da comarca de João Pessoa.
A demanda Fotriz Ga foi citada por oficial de Justiça em 31 de maio de 2021 e a Boa
Saúde, por correio em 04 de junho de 2021. O mandado da primeira ré foi juntado em 10 de
junho de 2021 e o AR em 15 de junho de 2021.
A primeira demandada juntou contestação em 08 de julho de 2021, em que alegou,
antes de discutir o mérito, a sua ILEGITIMIDADE PARA SER PARTE, uma vez que seu papel teria
sido apenas de intermediadora da negociação entre os segurados e a segunda demandada, e
que não podia, portanto, ser responsabilizada.
A Boa Saúde (empresa de sáude), juntou defesa em 06 de julho de 2021, em
preliminar levantou a NULIDADE DA CITAÇÃO, pois a empresa por se tratar de uma sociedade,
portanto ser pessoa jurídica não poderia ter sido citada na modalidade de correio. Quanto ao
mérito, pugnou pela total improcedência dos pleitos autorais, visto que o aumento não era
considerado abusivo, eis que havia essa possibilidade prevista em contrato e que antes do
cancelamento, oportunizou a todos os segurados a portabilidade para plano individual.
Os autores foram intimados na pessoa do seu advogado, a apresentarem
impugnação às contestações, no prazo legal, com ciência no sistema em 16 de julho de 2021.
A impugnação foi apresentada em 09 de agosto de 2021, em que os autores
refutaram a preliminar de Ilegitimidade Passiva alegada pela Fotriz Ga, por se tratar de uma
relação de consumo, regida, assim, pelo Código de Defesa do Consumidor; alegou as
contestações ERAM TODAS INTEMPESTIVAS, pleiteando que o Magistrado determinasse a
retirada das mesmas dos autos e aplicasse a REVELIA aos réus, pugnando e reforçando os
termos já presentes na petição inicial com o julgamento antecipado do mérito, em virtude da
revelia das promovidas.
Logo após, a Fotriz Ga apresentou uma petição nos autos, alegando que a
impugnação apresentada pelos autores era intempestiva, pois o prazo findava em 06 de
agosto de 2021.
O Magistrado, frente ao caso, designou audiência de saneamento, nos termos do §
3º, do art. 357 do Código de Processo Civil.

No contexto prático acima, responda fundamentadamente e com base em alguma


jurisprudência atualizada, o que abaixo é questionado:

a. Ao abrir a audiência, o Juiz passou a analisar as duas preliminares alegadas pelas


promovidas em suas contestações, merecem ditas preliminares serem acolhidas,
por quê?
b. Após a verificação do item anterior, o Juiz passou a arguição da intempestividade
das peças contestatórias, conforme aduzida na impugnação: Qual o(s) prazo(s)
que cada empresa promovida tinha para apresentar sua respectiva defesa? E,
portanto, são elas tempestivas ou não, por quê?
c. Por fim, o Julgador terá que se manifestar acerca da intempestividade ou não da
réplica apresentada pelos autores. Como ele deverá se manifestar, por quê?

R. a – Sim, já que intermediário tem apenas o dever de esclarecer fatos, devem ser neutros,
não possuem a legitimidade para fazer parte de uma ação. E não, já que por se tratar de uma
sociedade não deveria ter sido citada por correio.

R. b – O prazo é de 30 (trinta) dias úteis para a apresentação da defesa a partir da juntada do


AR. São tempestivas por se apresentarem dentro do prazo estipulado.

R. c – O julgador deverá afirmar a tempestividade das ações apresentadas como previsto no


art. 229 do CPC.

Aproveite e absolva cada aprendizado que esse exame puder


acrescentar ao seu intelecto.
Seja honesto com você mesmo! – não copie dos outros, não cometa o
crime de plágio – enfrente essa prova e, se você errar, eu vou estar
aqui para lhe ajudar a acertar na próxima!
Analise criticamente; observe cada detalhe – o mercado não espera
menos do que isso de você – a hora de aprender É AGORA!
Eu torço muito por cada um, e o que eu quero é que vocês sejam
EXCELENTES PROFISSIONAIS e que estejam preparados para o que
der e vier!
Com carinho,
Moisés!

ATENÇÃO: FOLHA DE RESPOSTA DO PARECER DA QUESTÃO 01, NA PRÓXIMA FOLHA.


PARECER (Tópico III DA 1º QUESTÃO)

A Sua Excelência,

Desembargador FURUSTRECO DE TAL.

Análise quanto ao reconhecimento das capacidades de serem parte e processual de animais.

Trata-se de examinar, in casu, a possibilidade de o ordenamento pátrio reconhecer ou não a


capacidade de ser parte e a processual (estar em juízo) aos animais, frente ao considerável
aumento de demandas em alguns Tribunais do País, inclusive perante um dos Juízos desse
Estado, que ocasionou decisão sem resolução de mérito, no Juízo a quo, e por essa razão deu
origem ao recurso de apelação para que esta Egrégia Corte se manifeste. É o breve relatório,
passamos a fundamentação deste parecer:

Cabeçalho

Solicitante: ONG AmamosAnimais

Assunto: Reparação por danos morais

Ementa: ANIMAL – MAUS-TRATOS – ONG – HIDENIZAÇÃO

Relatório

Os cães vira-lata, Zeus, Hulk, Brisa, Zoe e Nina, devidamente auxiliados pela ONG
AmamosAnimais, entraram com uma ação de reparação por danos morai contra seus antigos
donos, João Malvadino e Maria Cruela, sob a alegação de que aviam sido vitimas de maus-
tratos

Fundamentação

De acordo com o art. 32 da lei 9605/98, praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Com pena de três meses
a um ano e multa.

A lei 14064/20, art. 1º, alterando a lei 9605/98 para aumentar as penas cominadas ao crime de
maus-tratos aos animais quando se tratar de cães ou gatos.

Não há lei que impeça os animais de serem autores em ações, a eles são dados direitos e os
mesmos podem ir atrás se devidamente assistidos por seu donos ou algum órgão. Há casos
onde um animal já foi aceito ser autor de uma ação, mesmo em outras o STF recusando o
animal com autor, se torna situacional a aceitação de animal como autor, o que mostra a
carência do sistema de uma padronização para casos como esses que existem a algum tempo.

Conclusão

Pelo exposto, opino nos seguintes termos:

Deve ser paga uma indenização de 25 (vinte e cinco) mil reais a títulos de danos materiais e um
total de 50 (cinquenta) mil reais de danos morais.

É o Parecer,

S. M. J. (Salvo Melhor Juízo)

João Pessoa, 06/OUTUBRO/2021.

Gustavo Monteiro França

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