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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001161-88.2022.5.02.0062

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 23/08/2022


Valor da causa: R$ 27.800,22

Partes:
RECLAMANTE: BRUNA EVANGELISTA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: LILIANY CARVALHO DE LIMA
RECLAMADO: SHAMOU - ESPORTES COMERCIO E SERVICOS LTDA - ME
ADVOGADO: GUSTAVO NASCIMENTO BARRETO
RECLAMADO: MUNICIPIO DE CAMPO LIMPO PAULISTA
ADVOGADO: APARECIDO DE JESUS OLIVEIRA
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
62ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
ATOrd 1001161-88.2022.5.02.0062
RECLAMANTE: BRUNA EVANGELISTA DE OLIVEIRA
RECLAMADO: SHAMOU - ESPORTES COMERCIO E SERVICOS LTDA - ME E
OUTROS (2)

Vistos e examinados estes autos, submetido o processo a


julgamento, profiro a seguinte

SENTENÇA

1. RELATÓRIO:

Aos 23.08.2022, BRUNA EVANGELISTA DE OLIVEIRA, reclamante


e qualificado(a) na inicial, ajuizou a presente reclamatória trabalhista em face da
reclamada SHAMOU - ESPORTES COMERCIO E SERVICOS LTDA – ME e MUNICIPIO DE
CAMPO LIMPO PAULISTA, pleiteando as verbas e providências contidas no rol de
pedidos da inicial. Atribuiu à causa o valor de R$ 27.800,22.

Devidamente notificadas, as reclamadas apresentaram defesa


escrita, com objeções processuais e meritórias, requerendo a total improcedência da
ação.

Juntaram-se documentos.

Réplica escrita.

Instrução processual encerrada.

Razões finais remissivas.

Propostas conciliatórias rejeitadas.

Relatado, passo a decidir.

2 - FUNDAMENTAÇÃO:

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- CARÊNCIA DE AÇÃO:

As condições da ação, conforme art. 485, VI, do CPC, são


subdivididas em legitimidade da parte e interesse processual, tudo conforme
permissão do art. 769, da CLT.

Quanto à pertinência subjetiva passiva das reclamadas, também


chamada de legitimidade passiva ad causam, a petição inicial deve ser analisada de
forma abstrata (in status assertiones), ou seja, tudo em tese, conforme a Teoria da
Asserção, aplicada ao processo do trabalho e inspirada na teoria italiana Della
Prospetazzione.

No caso dos autos, afirmando a reclamante, em tese, que as


reclamadas são devedoras das verbas elencadas na inicial, tal fato consubstancia em
fato jurídico suficiente para que as rés tenham legitimidade passiva para responder ao
presente processo. Rejeito.

Quanto ao interesse de agir, temos que ele é instrumental e


secundário, não se confundindo com o interesse substancial. Ele advém do trinômio
necessidade, utilidade e adequação, onde a parte busca um provimento jurisdicional,
porque somente assim poderá alcançar o bem da vida almejado, bem como deverá
reivindicar a providência através do meio adequado.

Essa necessidade encontra-se na hipótese em que se procura


uma solução judicial, sob pena de, se assim não for feito, haver a possibilidade de
jamais ser satisfeita uma pretensão. No caso dos autos, verifico que está presente o
interesse processual da parte autora materializado no proveito hipotético que pode
advir do provimento de suas pretensões deduzidas, pois é com a presente reclamatória
trabalhista que a parte reclamante terá suas pretensões apreciadas, estando, inclusive,
imbricado ao art. 5º, XXXV, da CF (inafastabilidade do Poder Judiciário como o direito
constitucional processual). Rejeito.

- ESTABILIDADE DA GESTANTE. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA.

É incontroverso que as partes firmaram contrato de experiência


no dia 22/04/2022 (ID. fb97511) e que a extinção do vínculo ocorreu em 20/07/2022,
sob a modalidade de “extinção normal do contrato de trabalho por prazo determinado”
(ID. 444a434).

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É incontroverso, ademais, que a autora se encontrava grávida no


momento da extinção contratual, estando a empresa ciente da gestação.

A controvérsia, portanto, cinge-se a decidir se a empregada


possui direito à estabilidade gestacional em face da extinção do contrato de
experiência.

Nos termos do artigo 10, II, “b”, do ADCT, é vedada a dispensa


arbitrária ou sem justa causa da empregada grávida, desde a confirmação da gravidez
até 5 (cinco) meses após o parto.

Acerca da questão, por muito tempo foi entendimento pacífico


do TST que era irrelevante se o contrato de trabalho tinha prazo determinado ou
indeterminado ou, ainda, se o empregador e a obreira sabiam ou não da gravidez à
época da finalização do contrato. A única exigência era o fato de ela estar grávida no
curso das atividades laborativas.

Entretanto, o STF, em outubro de 2018, resolveu a questão sob o


rito da Repercussão Geral, no RE 629.053/SP, fixando a seguinte tese (tema 497):

"DIREITO À MATERNIDADE. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL


CONTRA DISPENSA ARBITRÁRIA DA GESTANTE. EXIGÊNCIA UNICAMENTE DA
PRESENÇA DO REQUISITO BIOLÓGICO. GRAVIDEZ PREEXISTENTE À DISPENSA
ARBITRÁRIA. MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA AOS HIPOSSUFICIENTES,
VISANDO À CONCRETIZAÇÃO DA IGUALDADE SOCIAL. DIREITO À INDENIZAÇÃO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 1. O conjunto dos Direitos sociais foi
consagrado constitucionalmente como uma das espécies de direitos
fundamentais, se caracterizando como verdadeiras liberdades positivas, de
observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a
melhoria das condições de vida aos hipossuficientes, visando à concretização da
igualdade social, e são consagrados como fundamentos do Estado democrático,
pelo art. 1º, IV, da Constituição Federal. 2. A Constituição Federal proclama
importantes direitos em seu artigo 6º, entre eles a proteção à maternidade, que
é a ratio para inúmeros outros direitos sociais instrumentais, tais como a licença-
gestante e, nos termos do inciso I do artigo 7º, o direito à segurança no emprego,
que compreende a proteção da relação de emprego contra despedida arbitrária
ou sem justa causa da gestante. 3. A proteção constitucional somente exige a
presença do requisito biológico: gravidez preexistente a dispensa arbitrária,
independentemente de prévio conhecimento ou comprovação. 4. A proteção
contra dispensa arbitrária da gestante caracteriza-se como importante direito
social instrumental protetivo tanto da mulher, ao assegurar-lhe o gozo de outros
preceitos constitucionais 'licença maternidade remunerada, princípio da

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paternidade responsável' ; quanto da criança, permitindo a efetiva e integral


proteção ao recém-nascido, possibilitando sua convivência integral com a mãe,
nos primeiros meses de vida, de maneira harmônica e segura 'econômica e
psicologicamente, em face da garantia de estabilidade no emprego', consagrada
com absoluta prioridade, no artigo 227 do texto constitucional, como dever
inclusive da sociedade (empregador). 5. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento com a fixação da seguinte tese: A incidência da estabilidade prevista
no art. 10, inc. II, do ADCT, somente exige a anterioridade da gravidez à dispensa
sem justa causa. (STF - RE: 629053 SP - SÃO PAULO, Relator: Min. MARCO
AURÉLIO, Data de Julgamento: 10/10/2018, Tribunal Pleno - grifei)"

Assim, o entendimento do C. TST teve que passar por uma


adequação aos critérios vinculantes dessa decisão do STF, passando-se a adotar o
seguinte posicionamento:

"RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO


NA VIGÊNCIA DAS LEIS Nºs 13.015/2014 E 13.456/2017. DESPACHO DE
ADMISSIBILIDADE PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40
/2016. 1. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO.
GRAVIDEZ NO CURSO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO. SÚMULA Nº
244, III, DO TST. TEMA 497 DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. EFEITO VINCULANTE
E EFICÁCIA ERGA OMNES. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA DA TESE ATÉ A
ESTABILIZAÇÃO DA COISA JULGADA (TEMA 360 DA REPERCUSSÃO GERAL). I.
Segundo o entendimento consagrado no item III da Súmula nº 244 do TST ,"a
empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado". Sobre o
tema, a jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a circunstância
de ter sido a empregada admitida mediante contrato por prazo determinado não
constitui impedimento para que se reconheça a estabilidade provisória de que
trata o art. 10, II, b, do ADCT. II. A discussão quanto ao direito à estabilidade
provisória à gestante contratada por prazo determinado encontra-se superada
em virtude da tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal quando do
julgamento do RE 629.053 /SP, em 10/10/2018, com a seguinte redação: A
incidência da estabilidade prevista no art. 10, inc. II, do ADCT, somente exige a
anterioridade da gravidez à dispensa sem justa causa. III. A decisão do Supremo
Tribunal Federal no Tema 497 é de clareza ofuscante quanto elege como
pressupostos da estabilidade da gestante (1) a anterioridade do fator biológico
da gravidez à terminação do contrato e (2) dispensa sem justa causa, ou seja,
afastando a estabilidade das outras formas de terminação do contrato de
trabalho. Resta evidente que o STF optou por proteger a empregada grávida
contra a dispensa sem justa causa - como ato de vontade do empregador de

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rescindir o contrato sem imputação de justa causa à empregada -, excluindo


outras formas de terminação do contrato, como pedido de demissão, a dispensa
por justa causa, a terminação do contrato por prazo determinado, entre outras.
IV. O conceito de estabilidade, tão festejado nos fundamentos do julgamento do
Tema 497 da repercussão geral, diz respeito à impossibilidade de terminação do
contrato de trabalho por ato imotivado do empregador, não afastando que o
contrato termine por outras causas, nas quais há manifestação de vontade do
empregado, como no caso do pedido de demissão (a manifestação de vontade
se dá no fim do contrato) ou nos contratos por prazo determinado e no contrato
de trabalho temporário (a manifestação de vontade do empregado já ocorreu no
início do contrato). Assim, na hipótese de admissão mediante contrato por prazo
determinado, não há direito à garantia provisória de emprego prevista no art. 10,
inciso II, alínea b, do ADCT. Superação do item III da Súmula 244 do TST pelo
advento da tese do Tema 497 da repercussão geral do Supremo Tribunal
Federal, em julgamento realizado no RE 629.053, na Sessão Plenária de 10/10
/2018. V. A tese fixada pelo Plenário do STF, em sistemática de repercussão geral,
deve ser aplicada pelos demais órgãos do Poder Judiciário até a estabilização da
coisa julgada, sob pena de formação de coisa julgada inconstitucional (vício
qualificado de inconstitucionalidade), passível de ter sua exigibilidade contestada
na fase de execução (CPC, art. 525, § 1º, III), conforme Tema 360 da repercussão
geral. VI. Recurso de revista de que não se conhece. (TST - RR:
10003339620195020321, Relator: Alexandre Luiz Ramos, Data de Julgamento: 07
/10/2020, 4ª Turma, Data de Publicação: 09/10/2020)"

Conclui-se, portanto, que nas situações de pedidos de demissão


(ato manifesto de vontade da trabalhadora), demissão por justa causa (falta grave
cometida pela empregada) e nos contratos por prazo determinado, no contrato de
trabalho temporário e no caso do contrato de experiência (porque a manifestação de
vontade do tempo de contrato já foi estabelecida antes da contratação), como é o caso
dos autos, são terminações do contrato de trabalho não arbitrárias, não havendo
estabilidade gestacional.

Assim, não se aplica ao caso a Súmula 244 do TST, tendo em


vista que no contrato de experiência a duração do contrato já fora pré-estabelecida, de
forma que as partes já possuíam a legítima expectativa sobre o termo final da avença,
o que deve ser resguardado à luz dos princípios da segurança jurídica e boa-fé objetiva.
Ademais, a citada Súmula é de 2012, onde o julgado do E. STF é do ano de 2018,
devendo haver a distinção de tratamento das normativas, pela evolução da
jurisprudência.

No mesmo sentido, veja recente decisão deste Regional sobre o


tema:

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ESTABILIDADE GESTANTE. CONTRATO A TERMO. Restando


incontroversa a dispensa da autora por extinção normal do contrato de
experiência, o entendimento prevalecente no C. TST é que nos contratos por
prazo determinado não há estabilidade. Neste sentido, cumpre observar que a
tese 497, firmada no Supremo Tribunal Federal, dispõe que "a incidência da
estabilidade prevista no art. 10, inc. II, do ADCT somente exige a anterioridade da
gravidez à dispensa sem justa causa", permitindo concluir que além da gravidez,
a dispensa deve ocorrer sem justa causa, por iniciativa do empregador. No caso
presente, tratando-se de contrato a termo (contrato de experiência), a
manifestação de vontade das partes relativa ao término do contrato de trabalho
já ocorreu quando da celebração do pacto laboral, não se tratando de hipótese
da dispensa à qual se referiu a tese do STF. A jurisprudência majoritária deste E.
Tribunal também perfaz-se neste sentido, consoante Tese Jurídica Prevalecente
nº 5. Recurso ordinário não provido. (TRT-2 10014216720215020009 SP, Relator:
MERCIA TOMAZINHO, 3ª Turma - Cadeira 4, Data de Publicação: 11/05/2022)

Diante do exposto, julgo improcedentes os pedidos de


reconhecimento da estabilidade gestacional e todos decorrentes dele.

- RESPONSABILIDADE DA 2ª RECLAMADA:

Ante a improcedência total dos pedidos, fica prejudicada a


análise da responsabilidade subsidiária da 2ª reclamada.

- JUSTIÇA GRATUITA:

No caso em análise, na petição inicial, a parte autora afirma que


é pobre nos termos da lei. Junta, inclusive, declaração de pobreza, estando presentes
os necessários para a concessão do benefício da justiça gratuita.

Concedo o benefício da justiça gratuita à parte autora.

- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:

A presente ação foi ajuizada sob a égide da Lei 13.467/17, que


acrescentou o art. 791-A, CLT, consoante o cabimento dos honorários advocatícios
sucumbenciais no processo do trabalho, garantido, inclusive, àquele que milita em
causa própria.

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Assim, considerando a sucumbência total da parte reclamante,


com fundamento no artigo 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho, são devidos
honorários de sucumbência ao (s) patrono(s) da(s) reclamada(s), no importe de 10%
(dez por cento) sobre o valor da causa, cuja exigibilidade está suspensa pela gratuidade
da justiça.

3 – DISPOSITIVO:

Diante do exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos feitos nos


autos do processo nº 1001161-88.2022.5.02.0062 por BRUNA EVANGELISTA DE
OLIVEIRA, reclamante, em desfavor da(s) reclamada(s) SHAMOU - ESPORTES COMERCIO
E SERVICOS LTDA – ME e MUNICIPIO DE CAMPO LIMPO PAULISTA, nos termos da
fundamentação supra que integra o presente dispositivo para todos os fins legais.

Defiro a justiça gratuita à parte autora.

Honorários advocatícios, conforme fundamentos.

Os fundamentos desta decisão passam a fazer parte integrante


do presente dispositivo, para todos os efeitos legais.

Custas às expensas da parte reclamante, no importe de R$


556,00, calculadas com base no valor dado à causa (artigo 789, II, da CLT), dispensadas.

Advirto ambas as partes que, ao exercerem a faculdade


processual de utilização do recurso de embargos declaratórios, do art. 897-A, da CLT,
entende esta Magistrada que o parágrafo 2º, do art. 1.026, do CPC é compatível com o
Processo do Trabalho, pela permissão do art. 769, da CLT. Assim sendo, poderá haver
multa para embargos declaratórios protelatórios, no caso de impertinência do recurso
com evidente caráter protelatório, inclusive de ofício.

Cientes a autora e a 1ª ré conforme Súmula 197 do C TST.

Intime-se o 2º reclamado de acordo com suas prerrogativas


legais.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

SAO PAULO/SP, 05 de junho de 2023.

BRIGIDA DELLA ROCCA COSTA


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https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23060515042265400000302870761?instancia=1
Juíza do Trabalho Substituta
Número do processo: 1001161-88.2022.5.02.0062
Número do documento: 23060515042265400000302870761

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