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PRÁTICA JURÍDICA IV

PRÁTICA TRABALHISTA (2023.1)

Prof. Juracy M. Santana


FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS PEÇAS PROCESSUAIS

 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
 CONTESTAÇÃO
 RECURSO ORDINÁRIO
 CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
 INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
 EMBARGOS A EXECUÇÃO
CONTESTAÇÃO
CHAMAMENTO DO RÉU (RECLAMANTE) A JUÍZO (NOTIFICAÇÃO)
COMPETÊNCIA
FULCRO (ART. 847 DA CLT C/C 337 DO NCPC)
FORMA (VERBAL OU ESCRITA)
PRAZO: DATA DA AUDIÊNCIA
DEFESA PROCESSUAL
PRELIMINARES (337 DO NCPC)
DEFESA DE MÉRITO (IMPUGNAR CADA PEDIDO ESPECIFICAMENTE)
FATOS IMPEDITIVOS, EXTINTIVOS E MODIFICATIVOS À PRETENSÃO
DO RECLAMANTE
RECONVENÇÃO
CONCLUSÃO (REQUERIMENTOS FINAIS)
FECHAMENTO (local, data, advogado, Nº da OAB)
RESPOSTA DO RÉU
PRELIMINARES
INÉPCIA (ART. 330, §1º)
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
ABSOLUTA EM RAZÃO DA MATÉRIA (PRELIMINAR)
RELATIVA (TERRITORIAL) EM PEÇA SEPARADA (5 DIAS) ART. 800 E
SS
PEREMPÇÃO ART. 731 E 732
RECONVENÇÃO (ART. 343 DO NCPC)
CONTESTAÇÃO: PELIMINARES

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta
e relativa (EXCEÇÃO, art. 800 da CLT);
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial ;
V – perempção (art. 731 e 732 da CLT);
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
CONTESTAÇÃO: PELIMINARES
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o

mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.

§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício


das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
CONTESTAÇÃO: PELIMINARES

 Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:


 I - for inepta;
 [...]
 § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
 I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
 II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses
legais em que se permite o pedido genérico;
 III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a
conclusão;
 IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
CONTESTAÇÃO: PELIMINARES

 rt. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o
disposto nesta Seção.
  Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
 § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
 § 2º Aplica-se o disposto no caput :
 I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
 II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
 § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de
decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre
eles.
  Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às
partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
  Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário,
as ações serão necessariamente reunidas.
  Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão
decididas simultaneamente.
Endereçamento

Processo nº

Preâmbulo
I – DAS PRELIMINARES DE MÉRITO
a)Litispendência
b)Coisa julgada
c)Inépcia dos pedidos

II – NO MÉRITO
a)Do salário in natura pelo pagamento das despesas com educação
b)Do salário in natura pelo fornecimento de plano de telefonia móvel
c)Das horas in itinere
d)Do intervalo intrajornada
e)Da equiparação salarial

III – REQUERIMENTOS FINAIS

FECHAMENTO
CONTESTAÇÃO - ESTRUTURA

ENDEREÇAMENTO

Processo nº

PREÂMBULO
GRATUIDADE DA JUSTIÇA?
PRELIMINARES DE MÉRITO
PREJUDICIAIS DE MÉRITO
MÉRITO
RECONVENÇÃO
CONCLUSÃO (REQUERIMENTOS FINAIS)
FECHAMENTO
Endereçamento
992066046
Processo nº
Preâmbulo

I – DAS PRELIMINARES DE MÉRITO


a)Preliminar de Litispendência
b)Preliminar de Coisa julgada (ART. 831, PARÁGRAFO ÚNICO DA CLT)
c)Preliminar de inépcia da inicial

II – NO MÉRITO
Na hipótese do acolhimento de quaisquer das preliminares
supraexpendidas, em homenagem ao princípio da eventualidade, cumpre
discutir o mérito
a)Do salário utilidade pelo pagamento das despesas com educação do
reclamante
(texto de impugnação do pedido: fato, direito, pedido)
b) Do salário utilidade pelo fornecimento de plano de telefonia móvel
c) Das horas in itinere
d) Do intervalo intrajornada
e) Da equiparação Salarial
III – REQUERIMENTOS FINAIS
A Sociedade Empresária Gama, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o nº xxx, sediada na Rua Sete de Setembro, 1001,
centro, Petrolina-PE, diante de uma notificação da 99ª Vara do Trabalho
de Petrolina-PE para responder aos termos de uma reclamação
trabalhista, aforada sob o nº xxx, procurou você, como advogado (a),
para defendê-la em juízo.
Não obstante a celebração do acordo extrajudicial, irresignado com
a despedida arbitrária, Josué ajuizou reclamação trabalhista,
aduzindo em síntese, que:
Foi contratado em 01 de dezembro de 2017, para exercer a função
de gerente e despedido em 30 de dezembro de 2019, quando
percebia R$ 6.000,00 (seis mil reais), além de uma parcela
adicional de 50% de seu salário efetivo, a título de gratificação
pelo exercício do cargo de confiança; alegou que ao longo de todo o
contrato de trabalho, a  Sociedade Gama lhe fornecera a título de
salário “in natura”, todas as despesas com a realização de cursos de
especialização e com plano de telefonia móvel celular, mas tais
utilidades não foram integradas à base de cálculo das seguintes
parcelas: férias, décimo terceiro salário, descanso semanal
remunerado, aviso prévio indenizado, recolhimento de FGTS e
contribuição previdenciária;
informou que o estabelecimento onde trabalhava era localizado em
local de difícil acesso e que não havia transporte público regular,
despendendo uma hora diária na condução fornecida pelo
empregador, para se deslocar de casa para o trabalho e para o seu
retorno. No entanto, o tempo de deslocamento não foi computado
na jornada de trabalho nem pago como horas extras;
Alegou ainda, que no curso de todo o contrato de trabalho, a
reclamada não concedia o intervalo intrajornada mínimo de uma
hora para repouso e alimentação, sendo-lhe devida indenização
correspondente à pausa intervalar suprimida;
Requereu, também, equiparação salarial, pleiteando pagamento das
diferenças salariais, indicando Agenor Trajano Sampaio como
paradigma, gerente de outra filial de Petrolina, aduzindo que
desenvolvia as mesmas atividades realizadas por Agenor, com a
mesma produtividade e perfeição técnica, sendo certo que foram
contratados no mesmo ano, no entanto, Agenor percebia salário de R$
8.000,00;
 Ao final, requereu a integração do valor das despesas com educação
e telefonia móvel celular fornecidas pela empresa, a título de salário in
natura; pagamento das horas extras correspondente ao tempo de
deslocamento;
indenização do intervalo intrajornada não concedido, com o
acréscimo de 50%; o pagamento das diferenças de salário, em
virtude da equiparação salarial, pugnando pelo reflexo de tais
parcelas sobre as verbas de estilo, sem, entretanto, indicar o valor
de cada pedido.
 Pugnou, também, pela condenação da reclamada em custas
processuais e honorários sucumbenciais.
Quanto aos fatos aduzidos pelo reclamante, a reclamada
esclareceu que:
O reclamante foi contratadodo para exercer cargo de gestão,
exercendo a função de gerente geral de uma das filias de
Petrolina-PE, com salário fixo no importe de R$ 6.000,00 (seis mil
reais) e um adicional pelo exercício de cargo de gestão
correspondente a 50% (cinquenta por cento) de seu salário
efetivo;
Em 30 de dezembro de 2019, a filial de Josué foi extinta e este
despedido arbitrariamente, com aviso prévio indenizado,
celebrando acordo extrajudicial, conciliando a respeito das férias
não concedidas dentro do período concessivo, participação nos
lucros e prêmios,
com cláusula de quitação geral em relação a outras parcelas
salariais, o qual foi homologado na Justiça do Trabalho;
Visando ao aperfeiçoamento de seus gerentes, a reclamada
arcava com as despesas de cursos de graduação e pós-graduação
e, nos últimos dois anos, Josué, que já possuía graduação em
Administração de Empresas, realizou duas especializações, dentre
estas, MBA, em instituições privadas de ensino superior, tudo
custeado pela Sociedade Gama;
Os gerentes receberam celular corporativo para facilitar as
comunicações empresariais, cujos planos permitiam comunicação
de voz e dados ilimitados, sendo que tudo era pago pela
reclamada;
Por situar-se em local de difícil acesso e não servido por
transporte público regular, a empresa fornecia a condução para o
deslocamento dos empregados, sendo certo que Josué também
utilizava a condução fornecida pela reclamada;
A Sociedade Gama tinha outras filiais em Petrolina e o salário
variava de acordo com o porte de cada filial, determinado
segundo os critérios de faturamento, número de empregados,
índice de inadimplência, etc.
Assim, os gerentes das diversas filiais poderiam ter níveis
salariais diferentes, razão pela qual, tramitava, em grau recursal,
uma reclamação trabalhista ajuizada pelo sindicato da categoria,
pleiteando isonomia salarial entre os gerentes das diversas filiais
de Pernambuco;

Elabore a peça judicial cabível, aduzindo as teses jurídicas que


melhor defenda os interesses da Reclamada. esclarecendo que:

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