Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bibliografia
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.
Editora Saraiva, 2015.
2 – Classificação da lei penal incriminadora imperfeita (lei penal em branco,
primariamente remetida, homogênea – homovitelina e heterovitelina; heterogênea e às
avessas ou às cegas); secundariamente remetida; derivadamente remetida ao
quadrado;
Bibliografia
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.
Editora Saraiva, 2015.
"Nessa última fase do sistema trifásico teremos a incidência de causas de diminuição e aume
de pena previstas tanto na parte geral quanto na parte especial do Código Penal, além daqu
que encontram previsão em leis penais especiais (extravagantes).
(...)
(...), quando estivermos diante de causa de diminuição ou aumento de pena prevista em interv
mínimo e máximo abstratamente cominado pelo legislador, seja no Código Penal ou em Lei Pe
Especial, deverá o juiz sentenciante escolher o patamar ideal a ser aplicado, que pod
corresponder ao mínimo, máximo ou qualquer outro valor (patamar) que esteja inserido
intervalo previsto, sempre o fazendo de forma motivada, a partir da análise individualizada do c
concreto.
(...)
Aplicada, portanto, à causa, ou as causas de diminuição e aumento que tenham even
incidência no caso concreto, restará encerrado o sistema trifásico de aplicação da sanção pe
momento em que chegamos a algo chamado pena definitiva, salvo se existir concurso de crime
ser observado.
(...), superadas as etapas do sistema trifásico de dosimetria da sanção penal, neste mome
podemos afirmar que cada delito (crime ou contravenção penal) terá sua pena definitiva (fi
devidamente dosada em concreto.
Assim, quando estivermos diante da existência de delito único que restou sancionado p
julgador, a pena definitiva, que é resultante do encerramento do sistema trifásico, será idên
para o crime (ou contravenção penal) e para a pessoa do condenado. Ao revés, na hipótese
existência de dois ou mais delitos (crimes ou contravenções penais) sancionados pelo
sentenciante, no final da terceira fase do processo de aplicação da pena (causas de diminuiçã
aumento), apesar de cada delito possuir sua pena definitiva em concreto devidamente dosad
pena definitiva a ser aplicada ao condenado somente será conhecida depois de realizado o cálc
correspondente à espécie de concurso de crimes a ser observado pelo julgador, de acordo com
possibilidades previstas pelos artigos 69, 70 e 71 do Código Penal.
(...). Qualquer hipótese de concurso de crimes a ser aplicado na sentença, que ocorr
logicamente, apenas quando existirem no mínimo dois delitos sancionados pelo julgador, dar-s
somente depois de encerrado o sistema trifásico de aplicação da pena.
(...) o concurso de crimes não integra o sistema trifásico de aplicação da pena, (...).
Faz-se importante consignar, portanto, que, uma vez encerrado o sistema trifásico, todos
delitos em que o acusado restou condenado deverão ter suas penas devidamente dosadas, d
se de passagem, isoladamente, ou seja, com o quantitativo de pena em concreto corresponde
(pena definitiva para o delito), (...).
(...)
São inúmeras as leis penais especiais que trazem causas de diminuição e aumento de p
previstas para os delitos ali tipificados, portanto, torna-se inviável a descrição pormenorizada.
igual forma, na parte especial do Código Penal, também existem diversas causas de diminuiçã
aumento de pena para crimes ali tipificados, que deverão ser observadas a partir da prev
existente em cada tipo penal incriminador.
Na parte geral do Código Penal, porém, as causas aplicáveis a quaisquer delitos se reve
bastante reduzidas, razão pela qual podemos facilmente esgotá-las, senão vejamos:
a) causas de diminuição de pena: artigo 14, inciso II e parágrafo único (tentativa); artigo
(arrependimento posterior); artigo 21, parte final (erro evitável sobre a ilicitude do fato); artigo 2
2º (estado de necessidade); artigo 26, parágrafo único (inimputabilidade); artigo 28, §
(embriaguez) e artigo 29, § 1º (participação de menor importância);
b) causa de aumento de pena: artigo 29, § 2º, parte final (participação em crime menos grave c
previsão do resultado).
(...)
(...), precisamos diferenciar causas de aumento de pena e circunstâncias qualificadoras, pois e
não podem ser confundidas com aquelas.
As qualificadoras atuam na legislação para majorar a própria pena em abstrato prevista par
delito, ou seja, ocorre uma elevação do patamar mínimo e máximo previsto no preceito secund
do tipo, de modo exato.
(...)
Por sua vez, as causas de aumento de pena são prescritas pela lei, em valor fracionário (fixo
em intervalo mínimo e máximo), que deverão ser aplicadas pelo julgador na terceira fase
sistema trifásico de aplicação da pena. Além disso, diversamente das qualificadoras, que some
possuem previsão na parte especial do Código Penal ou em leis penais especiais, as causas
aumento de pena também poderão ser encontradas na parte geral do Código Penal." (SCHM
Ricardo Augusto. Sentença Penal Condenatória: teoria e prática. 13. ed. Salvador: Juspod
2019. p. 285-289).
JURISPRUDÊNCIA
TJDFT
STJ
5 – Rol taxativo dos crimes hediondos, em ordem crescente (12 crimes previstos no
CP; 05 crimes em legislação penal especial e 03 equiparados a hediondos), bem como
as proibições e progressão de pena.
Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) 1. Introdução A primeira coisa que devemos saber
sobre a crimes hediondos é que sua previsão é constitucional, ou seja, foi a Constituição
Federal de 1988 – CF/88, que previu a figura dos crimes hediondos, no entanto não os definiu,
deixando isso a cargo do legislador infraconstitucional. Isso pode ser entendido quando
analisamos o art. XLIII, da nossa Carta Política. XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; Ou seja, a constituição
menciona que a lei definirá quem são os crimes hediondos, no entanto, a CF/88 já menciona
qual o tratamento que a lei deve dar a esses crimes (inafiançabilidade, insuscetibilidade à
graça ou anistia). Uma pegadinha que as bancas de concursos costumam utilizar em suas
questões é tentar confundir o candidato com os crimes hediondos e os crimes equiparados a
hediondos. Os hediondos são aqueles definidos em lei, enquanto que os equiparados a
hediondos, que terão o mesmo tratamento daqueles são os de tráfico ilícito de entorpecentes,
tortura e o terrorismo. Portanto, se a banca mencionar que tortura é crime hediondo, está
falso, o correto é dizer que a tortura, assim como os demais, é crime equiparado a hediondo.
Veja que a primeira restrição que a CF/88 trouxe em relação aos crimes hediondos e
equiparados é o fato de que são crimes em que não cabe fiança. No entanto, é muito
importante relembrar que a fiança não é cabível, mas à liberdade provisória não há óbice. Na
verdade o que não pode haver é fiança como meio de obtenção da liberdade provisória, pois
Legislação Penal Especial - Prof. Vinícius Silva Prof. Vinícius Silva Página 2 de 42 isso violaria a
constituição, sendo, portanto eivada de inconstitucionalidade uma decisão judicial prolatada
dessa forma. É por isso que há indivíduos que respondem por tráfico em liberdade. Por outro
lado, a CF/88 menciona que são insuscetíveis de anistia e graça os hediondos e equiparados. 2.
Sistemas de definição de hediondez Os sistemas que existem para a definição de hediondez
são três, vamos mencionar aqui a título de informação, no entanto sabemos que não se trata
de um tema recorrente em provas de concursos. Como essa obra é voltada para quem se
prepara para certames públicos, vamos apenas citar os sistemas e indicar o que cada um
prega. 2.1 Sistema Legal No sistema legal de definição de hediondez quem dita as regras é a
lei, devendo ser ignorado o caso concreto, de modo que o que a lei diz que é hediondo será,
sem nos preocuparmos com o caso concreto. Esse é o sistema adotado pelo ordenamento
jurídico brasileiro. O juiz não avalia a hediondez no caso concreto. A vantagem para o sistema
legal é que ele traz segurança jurídica, ou seja, o rol legal será taxativo, sabendo o autor do
crime, pelo menos em tese, que se trata de um crime hediondo aquele praticado por ele, não
dependendo da valoração a ser exercida pelo magistrado no caso concreto. Ou seja, a previsão
legal é abstrata, não sendo relevante a gravidade concreta. A desvantagem desse sistema é
ignorar o caso concreto, não sendo relevante para a adequação ao crime hediondo a situação
fática em que ele ocorreu, bastando para isso estar inserido no rol taxativo. 2.2 Sistema
Judicial Noutro giro, no sistema judicial quem define a hediondez é o juiz, no caso concreto. O
juiz vai valorar na sentença se o crime é ou não hediondo, o que não carrega muita segurança
jurídica, ao contrário do primeiro sistema visto, pois quem pratica um crime nunca saberá se
cometeu um crime hediondo. A vantagem é a valoração do caso concreto, analisando o juiz a
situação fática para definir se é ou não hediondo o crime praticado naquela situação. Ou seja,
se você praticar a conduta prevista no tipo penal incriminador, não necessariamente, estará
cometendo um crime hediondo.
Cla ssifica çã o das Leis
Pe na is
Inc rimina doras
Nã o- incrimina doras
Com ple ta s ou Perf e ita
s
Inc ompleta s ou Imperf
eita s
De Amplia çã o ou Inte
grat ivas
criam os c rimes e definem a
pena.
tornam lícitas ou exc luem a c
ulpa. Exemplo : l egí tima d efesa.
não necessitam d e nenh um
co mplemento norm ativo para
ser
aplicável.
Exemplo : h o mic í di o : " matar
algu ém".
precisam d e elemento
normativo ou outro c om
plemento
para ser aplic ável. Ex emplo: l
ei d e Drogas, preci sa de portaria
d a A N VISA para d efi n ir o qu e
é d roga.
co mplementam a tipicidade d
o f ato, c om o a que se
refere à tentativa e à participaç
ão.