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Principio Primário:
O primeiro deles, conhecido como preceito primário (preceptum iuris)
ou Principio Primário, é o encarregado de fazer a descrição detalhada e
perfeita da conduta que se procura proibir ou impor: Conduta.
Assim, no preceito primário do art. 155 do Código Penal, temos a seguinte
redação:
"Art. 155 do Código Penal. Subtrair, para si ou para outrem, coisa
alheia móvel".
Princípio Secundário:
Ao segundo chamado preceito secundário (sanctio iuris) ou Princípio
Secundário, cabe a tarefa de individualizar a pena cominando em abstrato.
Sanção.
Logo em seguida, vem o preceito secundário:
Artigo 155 do Código ´Penal: "Pena - reclusão, de 1(um) a 4(quatro)
anos, e multa."
Então, aquele que praticar a conduta descrita no preceito primário do art.
155, caput, do Código Penal terá como consequência a aplicação da pena
também nele prevista.
NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS
1. Permissivas;
2. Explicativas;
3. Complementares;
É aquela que, concluindo ter dito mais do que queria o legislador, restringe
seu sentido. Aos limites da norma.
Qual o parâmetro deveremos utilizar para definir qual a lei deve ser apli-
cada diante dessa sucessão de leis penais no tempo?
DIREITO INTERTEMPORAL.
Diante de uma sucessão de leis penais no tempo, quatro situações devem
ser analisadas:
1. Novatio legis incriminadora (nova lei incriminadora).
2. Novatio legis in pejus (nova lei maléfica ou lex gravior)
3. Novatio legis in mellius (nova lei benéfica ou lex mitior)
4. Abolitio criminis (nova lei revogadora)
Novatio legis incriminadora (nova lei incriminadora)
Na nova lei incriminadora, um fato que
anteriormente era tido como penal- mente atípico passa a
configurar crime com o advento da nova lei. Veja um exemplo
recente abaixo:
Imaginem:
Qual lei se aplica, já que a súmula fala em aplicação da lei mais gravosa?
Nesse caso se aplica a lei nova, não por ser mais benéfica, mas por ser a lei
vigente à época da cessação da permanência. Não há retroatividade, não é isso!
A lei B estará sendo aplicada simplesmente porque o crime ocorreu durante sua
vigência. Só haveria sentido em se falar de retroatividade se o crime tivesse se
consumado (cessado a permanência) antes da entrada em vigor da lei B. Nesse
caso ela também seria aplicada, só que por outro fundamento, o do art. 5°, XL
da Constituição e art. 2°, § único do CP.
A súmula 711 do STF não diz que será aplicada a lei mais gravosa se ela vigorar
durante a permanência, não é isso. Ele diz que ela será aplicada se ela for a lei
que vigorar durante a cessação! São coisas distintas. Admitindo-se o contrário,
chegaríamos ao absurdo de termos uma lei penal mais benéfica, que vigorou
durante a prática do crime, e não foi aplicada. Pior, se ela tivesse sido editada
dias depois, seria aplicável. ABSURDO!