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VADEMECUM PRF 2018 NOVA CONCURSOS

Prezado(a) aluno(a), futuro(a) Policial Rodoviário Federal, aqui quem vos escreve
é o Prof. Diego Pureza em nome de toda a equipe da Nova Concursos.
Sabemos que a preparação para um concurso público desse calibre não é tarefa
fácil. Exige-se sacrifícios e abdicação de momentos preciosos de lazer e descanso.
Agravando a problemática, a banca CESPE exigiu neste certame um número
significativo de questões jurídicas e possui como característica cobrar em provas a
maior parte dos assuntos previstos no edital.
Além disso, sabemos que a legislação pura e fria é fortemente cobrada nos
concursos organizados pela mencionada banca.
Como forma de ajudá-los ainda mais nessa reta final, compilamos toda a legislação
exigida pelo edital, organizamos e deixamos visualmente agradável para que seu
estudo renda ainda mais nesses últimos dias que antecederão a prova, o que resultou
em nosso Vade Mecum Nova Concursos para a PRF 2018.
Além disso, retiramos todos os artigos vetados e revogados que comumente
aparecem em outros materiais e no próprio site do Planalto, afastando todo esse
volume desnecessário em seu material.
Temos a convicção de que este precioso material servirá como mais uma ferramenta
gratuita na construção de sua aprovação.
Desejo à você toda a força necessária, foco e fé nos estudos para essa reta final.
Continue contando conosco!

Atenciosamente,

Diego Pureza
SUMÁRIO

BLOCO I........................................................................................................................................................................................................................................01

Decreto nº 1.171/1994 – Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo.............................................01

História da PRF....................................................................................................................................................................................................................04

BLOCO II......................................................................................................................................................................................................................................10

Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997).................................................................................................................................................10

Decreto nº 4.711/2003 (Sistema Nacional de Trânsito).......................................................................................................................................75

Resoluções do CONTRAN...............................................................................................................................................................................................75

R nº 04/1998...................................................................................................................................................................................................................75

R nº 14/1998...................................................................................................................................................................................................................77

R nº 24/1998...................................................................................................................................................................................................................80

R nº 26/1998...................................................................................................................................................................................................................82

R nº 32/1998...................................................................................................................................................................................................................82

R nº 36/1998...................................................................................................................................................................................................................83

R nº 98/1999...................................................................................................................................................................................................................83

R nº 110/2000.................................................................................................................................................................................................................83

R nº 160/2004.................................................................................................................................................................................................................84

R nº 197/2006.................................................................................................................................................................................................................84

R nº 205/2006.................................................................................................................................................................................................................84

R nº 210/2006.................................................................................................................................................................................................................85

R nº 211/2006.................................................................................................................................................................................................................90

R nº 216/2006.................................................................................................................................................................................................................94

R nº 227/2007.................................................................................................................................................................................................................95

R nº 242/2007.................................................................................................................................................................................................................97

R nº 253/2007...............................................................................................................................................................................................................100

R nº 254/2007...............................................................................................................................................................................................................101

R nº 258/2007...............................................................................................................................................................................................................102

R nº 268/2007...............................................................................................................................................................................................................105
SUMÁRIO

R nº 273/2008...............................................................................................................................................................................................................107

R nº 277/2008...............................................................................................................................................................................................................108

R nº 289/2008...............................................................................................................................................................................................................109

R nº 290/2008...............................................................................................................................................................................................................110

R nº 292/2008...............................................................................................................................................................................................................112

R nº 349/2010...............................................................................................................................................................................................................115

R nº 356/2010...............................................................................................................................................................................................................117

R nº 360/2010...............................................................................................................................................................................................................122

R nº 371/2010...............................................................................................................................................................................................................124

R nº 396/2011...............................................................................................................................................................................................................124

R nº 432/2013...............................................................................................................................................................................................................128

R nº 453/2013...............................................................................................................................................................................................................131

R nº 471/2013...............................................................................................................................................................................................................132

R nº 508/2014...............................................................................................................................................................................................................133

R nº 520/2015...............................................................................................................................................................................................................134

R nº 525/2015...............................................................................................................................................................................................................136

R nº 552/2015...............................................................................................................................................................................................................137

R nº 561/2015...............................................................................................................................................................................................................140

R nº 573/2015...............................................................................................................................................................................................................143

R nº 598/2016...............................................................................................................................................................................................................144

R nº 619/2016...............................................................................................................................................................................................................146

R nº 624/2016...............................................................................................................................................................................................................154

R nº 643/2016...............................................................................................................................................................................................................155

R nº 720/2017...............................................................................................................................................................................................................155

R nº 723/2018...............................................................................................................................................................................................................156

R nº 735/2018...............................................................................................................................................................................................................162
SUMÁRIO

BLOCO III...................................................................................................................................................................................................................................167

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988..................................................................................................................................167

Código Penal......................................................................................................................................................................................................................196

Código de Processo Penal............................................................................................................................................................................................226

Legislação Especial...........................................................................................................................................................................................................232

Estatuto do Desarmamento....................................................................................................................................................................................232

Apresentação e uso de documentos de Identificação Pessoal.................................................................................................................240

Abuso de Autoridade................................................................................................................................................................................................241

Lei dos Crimes de Tortura........................................................................................................................................................................................243

Estatuto da Criança e do Adolescente................................................................................................................................................................244

Lei de Drogas................................................................................................................................................................................................................257

Lei dos Crimes Ambientais......................................................................................................................................................................................268

Decreto nº 5.948/2006..............................................................................................................................................................................................274

Decreto nº 6.347/2008..............................................................................................................................................................................................279

Decreto nº 7.901/2013..............................................................................................................................................................................................301
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o
BLOCO I elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o in-
justo, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e
DECRETO Nº 1.171/1994 – CÓDIGO DE ÉTICA o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e
PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37,
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL caput, e § 4°, da Constituição Federal.

DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 III - A moralidade da Administração Pública não se limi-
ta à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acres-
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público cida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O
Civil do Poder Executivo Federal. equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor público, é que poderá consolidar a morali-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições dade do ato administrativo.
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em
vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos
arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até
e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
DECRETA: que a moralidade administrativa se integre no Direito,
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com de legalidade.
este baixa.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe-
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública rante a comunidade deve ser entendido como acrés-
Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as cimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode
inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de ser considerado como seu maior patrimônio.
Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares
de cargo efetivo ou emprego permanente. VI - A função pública deve ser tida como exercício pro-
fissional e, portanto, se integra na vida particular de
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados
comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presi- na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
dência da República, com a indicação dos respectivos mem- acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida fun-
bros titulares e suplentes. cional.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publi-
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investiga-
cação.
ções policiais ou interesse superior do Estado e da Ad-
ministração Pública, a serem preservados em proces-
ANEXO so previamente declarado sigiloso, nos termos da lei,
a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
Código de Ética Profissional do Servidor Público Ci- requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omis-
vil do Poder Executivo Federal são comprometimento ético contra o bem comum, im-
putável a quem a negar.

CAPÍTULO I VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não


pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos in-
Seção I teresses da própria pessoa interessada ou da Adminis-
tração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou esta-
Das Regras Deontológicas
bilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consci- da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até
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ência dos princípios morais são primados maiores que mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Na-
devem nortear o servidor público, seja no exercício do ção.
cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício
da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, com- IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedi-
portamentos e atitudes serão direcionados para a pre- cados ao serviço público caracterizam o esforço pela disci-
servação da honra e da tradição dos serviços públicos. plina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta

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ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condi-
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencen- ção essencial da gestão dos bens, direitos e serviços
te ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido da coletividade a seu cargo;
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a to- e)
tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
dos os homens de boa vontade que dedicaram sua in- aperfeiçoando o processo de comunicação e contato
teligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços com o público;
para construí-los.
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera princípios éticos que se materializam na adequada
de solução que compete ao setor em que exerça suas prestação dos serviços públicos;
funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do ser- g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
viço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou respeitando a capacidade e as limitações individuais
ato de desumanidade, mas principalmente grave dano de todos os usuários do serviço público, sem qual-
moral aos usuários dos serviços públicos. quer espécie de preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho po-
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or- lítico e posição social, abstendo-se, dessa forma, de
dens legais de seus superiores, velando atentamente
causar-lhes dano moral;
por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e ca-
de representar contra qualquer comprometimento
racterizam até mesmo imprudência no desempenho da
indevido da estrutura em que se funda o Poder Esta-
função pública.
tal;
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárqui-
cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço
público, o que quase sempre conduz à desordem nas cos, de contratantes, interessados e outros que vi-
relações humanas. sem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es- ou aéticas e denunciá-las;
trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
concidadão, colabora e de todos pode receber cola- j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-
boração, pois sua atividade pública é a grande opor- cias específicas da defesa da vida e da segurança co-
tunidade para o crescimento e o engrandecimento da letiva;
Nação.
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
Seção II refletindo negativamente em todo o sistema;

Dos Principais Deveres do Servidor Público m. comunicar imediatamente a seus superiores todo e
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público,
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: exigindo as providências cabíveis;

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun- n) manter limpo e em perfeita ordem o local de tra-
ção ou emprego público de que seja titular; balho, seguindo os métodos mais adequados à sua
organização e distribuição;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritaria- o) participar dos movimentos e estudos que se relacio-
mente resolver situações procrastinatórias, princi- nem com a melhoria do exercício de suas funções,
palmente diante de filas ou de qualquer outra es- tendo por escopo a realização do bem comum;
pécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor
em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
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dano moral ao usuário; das ao exercício da função;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a in- q) manter-se atualizado com as instruções, as normas
tegridade do seu caráter, escolhendo sempre, quan- de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde
do estiver diante de duas opções, a melhor e a mais exerce suas funções;
vantajosa para o bem comum;

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r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou fun- quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
ção, tanto quanto possível, com critério, segurança e comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie,
rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cum-
primento da sua missão ou para influenciar outro
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por servidor para o mesmo fim;
quem de direito;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun- encaminhar para providências;
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
do atendimento em serviços públicos;
usuários do serviço público e dos jurisdicionados ad-
ministrativos; j) desviar servidor público para atendimento a interes-
se particular;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
poder ou autoridade com finalidade estranha ao in- l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
teresse público, mesmo que observando as forma- autorizado, qualquer documento, livro ou bem per-
lidades legais e não cometendo qualquer violação tencente ao patrimônio público;
expressa à lei;
m. fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio,
de parentes, de amigos ou de terceiros;
classe sobre a existência deste Código de Ética, esti-
mulando o seu integral cumprimento. n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente;
Seção III o) dar o seu concurso a qualquer instituição que aten-
te contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
Das Vedações ao Servidor Público pessoa humana;
XV - E vedado ao servidor público; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
tempo, posição e influências, para obter qualquer fa-
vorecimento, para si ou para outrem; CAPÍTULO II

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros DAS COMISSÕES DE ÉTICA


servidores ou de cidadãos que deles dependam;
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administra-
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co- ção Pública Federal direta, indireta autárquica e funda-
nivente com erro ou infração a este Código de Ética cional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça
ou ao Código de Ética de sua profissão; atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser
criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no
exercício regular de direito por qualquer pessoa, tratamento com as pessoas e com o patrimônio públi-
co, competindo-lhe conhecer concretamente de impu-
causando-lhe dano moral ou material;
tação ou de procedimento susceptível de censura.
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos orga-
seu alcance ou do seu conhecimento para atendi- nismos encarregados da execução do quadro de carrei-
mento do seu mister; ra dos servidores, os registros sobre sua conduta ética,
para o efeito de instruir e fundamentar promoções e
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias,
VADE MECUM PRF

para todos os demais procedimentos próprios da car-


caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal reira do servidor público.
interfiram no trato com o público, com os jurisdicio-
nados administrativos ou com colegas hierarquica- XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comis-
mente superiores ou inferiores; são de Ética é a de censura e sua fundamentação cons-
tará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.

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XXIV - Para fins de apuração do comprometimento éti- Importante destacar que desde 1927 Turquinho já de-
co, entende-se por servidor público todo aquele que, fendia a criação da Polícia de Estradas, surgindo daí seu
por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, aproveitamento como primeiro Inspetor deTráfego. Ainda
preste serviços de natureza permanente, temporária ou em 1935, Yeddo Fiúza indicou Carlos Rocha Miranda para
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, des- organizar a estrutura da Polícia das Estradas, auxiliado por
de que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão Turquinho. Juntos criaram, no dia 23 de julho de 1935, o
do poder estatal, como as autarquias, as fundações pú- primeiro quadro de policiais da hoje Polícia Rodoviária Fe-
blicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e deral, denominados, a época, “Inspetores de Tráfego”. Eram
as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor eles: Antônio Wilbert Sobrinho, Alizue Galdino Neves, Ra-
onde prevaleça o interesse do Estado. nulpho Pereira de Carvalho, Manoel Fonseca Soares, Nico-
medes Rosa e Silva, Waldemar Barreto, Adelson José dos
Santos, Manoel Gomes Guimarães, Pedro Luiz Plum, Mário
HISTÓRIA DA PRF Soares, Luciano Alves e Nelson Azevedo Barbosa.

Antônio Felix Filho ficou com a plaqueta nº 1. Ele foi


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi criada pelo presi-
incumbido de chefiar uma equipe com 13 componentes e,
dente Washington Luís no dia 24 de julho de 1928, através
ainda, ficou responsável pelo primeiro posto de fiscalização
do Decreto no 18.323 – que definia as regras de trânsito à da Polícia Rodoviária Federal, que foi construído na estrada
época, com a denominação inicial de “Polícia de Estradas”. Rio-Petrópolis, numa localidade denominada Castanhinha.
No ano de 1926, Washington Luiz é eleito presidente da Da época de sua criação até meados de 1939, o Siste-
República e dois anos depois, em 1928, com pensamento ma Rodoviário incluía apenas as rodovias Rio-Petrópolis,
de modernidade e objetivando melhorar a segurança na Rio-São Paulo, Rio-Bahia e União Indústria. Somente em
circulação de automóveis, institui o embrião da Polícia Ro- 1943, no estado do Paraná, foi criado um Núcleo da Polícia
doviária Federal: Polícia das Estradas de Rodagem. das Estradas, com o objetivo de exercer o policiamento de
trânsito em rodovias em construção naquele estado. Daí
em diante, foi-se ampliando a área de atuação da Polícia
DECRETO N. 18.323 – DE 24 DE JULHO DE 1928 Rodoviária Federal até os dias de hoje, quando a malha
rodoviária federal fiscalizada chega a mais de 71 mil quilô-
Aprova o regulamento para a circulação internacional metros de rodovias e estradas, de Norte a Sul, e de Leste a
de automóveis, no território brasileiro e para a sinalização, Oeste do Brasil.
segurança do trânsito e policia das estradas de rodagem
O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Um passo importante para o exercício das atividades da
usando da autorização constante do decreto n. 5.372, de 9 Polícia das Estradas foi a transformação da Comissão Na-
de dezembro de 1927, DECRETA: cional de Estradas de Rodagem no Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem – DNER, conforme a Lei nº 467 de
Art. 1º –  Fica aprovado o regulamento, que com este 31 de julho de 1937. No segundo artigo que trata da com-
baixa, estabelecendo regras para a circulação internacional petência do DNER, na alínea “d” especifica a incumbência
de automóveis, no território brasileiro, de conformidade da fiscalização da circulação e exercer o poder de Polícia
com o decreto n. 5.252 A, de 9 de setembro de 1927, e das Estradas Nacionais, gerando a denominação que vigo-
para a sinalização, segurança do trânsito e policia das es- ra nos dias de hoje: POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL.
tradas de rodagem, de acordo com as últimas convenções
internacionais. Um dos grandes acontecimentos que marcou a época e
foi de grande importância para o policiamento rodoviário
Mas, somente em 1935, Antônio Félix Filho, o “Turqui- foi a criação do primeiro Código Nacional de Trânsito, ins-
nho”, como ficou conhecido dentro da PRF, e considera- tituído pelo Decreto-Lei nº 2.994 de 28 de janeiro de 1941.
do o primeiro patrulheiro rodoviário federal, foi chamado
pelo administrador Natal Crosato, a mando do engenhei- No mês de setembro de 1941, foi feito uma emenda no
ro-chefe da Comissão de Estradas de Rodagem, Yeddo Código Nacional de Trânsito que criou o CONTRAN, Con-
Fiúza, para organizar os serviços de vigilância das rodovias selho Nacional de Trânsito, a nível federal e os Conselhos
Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União Indústria. Naquela Estaduais de Trânsito, dos estados, subordinado aos gover-
época, as fortes chuvas exigiam uma melhor sinalização e nadores estaduais.
desvio de trechos, inclusive com a utilização de lampiões
No dia primeiro de maio de 1943, o então presidente da
VADE MECUM PRF

vermelhos durante a noite. Apresentado ao Yeddo Fiúza,


república, Getúlio Vargas, Decreta a Consolidação das Leis
Turquinho recebeu a missão de zelar pela segurança das
do Trabalho (CLT), Decreto-Lei nº 5.452, com o intuito de
rodovias federais e foi nomeado Inspetor de Tráfego, com
dirimir as questões envolvendo patrões e empregados. O
a missão inicial de percorrer e fiscalizar as ditas rodovias,
Departamento Nacional de Estradas de Rodagens adotou
usando duas motocicletas Harley Davidson. Para tal, con-
para os seus funcionários a CLT, e a primeira turma a ser
tava com cerca de 450 “vigias” da Comissão de Estradas de
contratada neste regime foi a de 1965.
Rodagem (CER).

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Com o Decreto no 8.463 (também conhecido como Lei Houve vários acordos entre o antigo Departamento Fe-
Joppert), de 27 de dezembro de 1945, o qual reorganizou deral de Segurança Pública – DFSP e o Departamento Na-
o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), cional de Estradas de Rodagem, inclusive com a realização
deu autonomia financeira ao mesmo. Com este decreto, o de um convênio, em 19 de dezembro de 1967, assinado
departamento recebeu autorização para gerir seus recursos, pelos diretores Florimar Campello e Elizeu Resende, res-
inclusive para as demandas da Polícia Rodoviária Federal. pectivamente, do DFSP e DNER, tratando da cooperação
Foi, inclusive, com este decreto que nasceu a denominação entre os dois órgãos. Mais tarde, esse convênio se transfor-
de Polícia Rodoviária Federal, pois o art. 2º, letra “C”, dava ao mou no Decreto no 62.384, de 11 de março de 1968.
DNER o direito de exercer o poder de Polícia de Tráfego nas
rodovias federais. O nome “Polícia Rodoviária Federal” foi Em 21 de março de 1969, foi assinado o Decreto Lei no
sugerido pelo engenheiro Ciro Soares de Almeida e aceito 512, regulando a Política Nacional de Viação Rodoviária,
pelo então diretor-geral do DNER, Edmundo Régis Bitten- fixando diretrizes para a reorganização do Departamento
court. Nacional de Estradas de Rodagem, em conseqüência ao
policiamento de trânsito das rodovias federais, executado
No dia 5 de setembro de 1947, a Polícia Rodoviária Fe-
pela Polícia Rodoviária Federal.
deral criou o Grupo de Motociclistas com a missão de reali-
zar o batedor do, então, presidente dos Estados Unidos da Com a assinatura do Decreto no 74.606, de 24 de se-
América, Harry S. Truman, que veio a cidade de Petrópolis,
tembro de 1974, que dispôs sobre a estrutura básica do
no Rio de Janeiro, e ficou no hotel Quitandinha. Sua vinda
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, foi cria-
aconteceu por causa da primeira reunião para formação da
da a Diretoria de Trânsito e, integrada a ela, a Divisão de
Organização da Nações Unidas – ONU.
Polícia Rodoviária Federal. Esse mesmo Decreto, no art. 30,
Por aquela ocasião, a Polícia Rodoviária Federal recebeu definia as competências da Divisão de Polícia Rodoviária
vinte e cinco motocicletas da marca Harley Davidson. Ao tér- Federal, da seguinte forma:
mino da missão, dez motocicletas ficaram no Rio de Janeiro
e o restante foi distribuído para vários estados brasileiros. “À Divisão de Polícia Rodoviária Federal compete: a pro-
gramação, a organização, e o controle das atividades de
Até dezembro de 1957, a Polícia Rodoviária Federal era policiamento, orientação de trânsito e fiscalização do cum-
supervisionada pela Divisão de Conservação, Pavimentação primento da legislação de trânsito nas rodovias federais;
e Tráfego – DCPT – do DNER. Estavam subordinados a essa preparar, coordenar, orientar e fazer executar planos de
divisão os Distritos Rodoviários Federais, na forma do De- policiamento e esquemas de segurança especiais; colabo-
creto no 31.154, de 19/07/52, art. 15, letras “D” e “H”. Em rar com as Forças Armadas, órgãos de Segurança Federais,
12 de dezembro de 1957, com a assinatura do Decreto no Estaduais e demais órgãos similares em articulação com a
42.799, a PRF passou a fazer parte da Divisão de Trânsito, Assessoria de Segurança e Informações – ASI/DG; colabo-
órgão incumbido de concentrar todos os serviços técnicos rar nas campanhas educativas de trânsito; programar e su-
e administrativos ligados à administração do trânsito. Desli- pervisionar a execução de comandos de fiscalização; forne-
gou-se, assim, do DCPT e concentrou seu comando na área cer dados sobre acidentes do trânsito, cabendo-lhes, ainda,
central do DNER, uniformizando seus procedimentos no assegurar regularidade, segurança e fluência no trânsito
âmbito dos distritos. nas rodovias federais, proteger os bens patrimoniais a elas
incorporados, bem como fazer respeitar os regulamentos
Em 1958, o então deputado federal Colombo de Sou- relativos à faixa de domínio.”
za apresentou um Projeto de Lei que propunha a extinção
da Polícia Rodoviária Federal. O projeto, que se arrastou até Em 1978, cinquenta anos após sua fundação, a PRF re-
1963, transformou-se no Substitutivo no 3.832-C/58, que cebeu as primeiras policiais em seus quadros. No concurso
extinguia a Polícia Rodoviária Federal, mas criava a Patrulha realizado naquele ano, com vagas distribuídas para todo
Rodoviária Federal. O projeto, que teve a liderança do de-
Brasil, cinco mulheres foram aprovadas. O edital publicado
putado José Damião de Souza Rio, foi aprovado na Câmara
à época não fazia distinção quanto ao gênero dos candida-
por unanimidade e remetido ao Senado, onde recebeu o
tos. Era a oportunidade que muitas desejavam.
número 86/63.
Foram inúmeras inscrições e, após a prova de conheci-
Em 1965, entretanto, o DNER, antecipando-se a qualquer
outra medida, determinou o uso da nova denominação – Pa- mentos específicos, algumas candidatas seguiram as fases,
trulha Rodoviária Federal, na mesma época em que era cria- passando pelo treinamento prático com aproveitamento
VADE MECUM PRF

do o Serviço de Polícia Rodoviária Federal do Departamento adequado, sagrando-se aptas ao cargo.


Federal de Segurança Pública (Decreto no 56.510, de 28 de
junho de 1965, art. 184). Evitava-se, dessa forma, confundir De acordo com a Inspetora Roseli, hoje aposentada, o
duas corporações com denominação semelhante na esfera treinamento foi feito em instalações do Exército Brasileiro.
federal e a superposição no policiamento. Elas participavam das mesmas atividades que os demais
candidatos, sem diferenciação por serem mulheres.

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Com o advento da Constituição de 1988, a Polícia Ro- que permaneceu até 1999. Em 1999, foi nomeado o Gene-
doviária Federal foi institucionalizada e integrada ao Siste- ral Álvaro Henrique Vianna de Moraes, que permaneceu
ma Nacional de Segurança Pública. Inserida no Art. 144, no até 2003. Em 2003, assumiu a função de Diretor Geral o
Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democrá- Patrulheiro Rodoviário Federal Helio Cardoso Derenne, o
ticas, Capítulo III – Da Segurança Pública, a PRF ganha defi- qual permaneceu até o ano de 2011. Nesse ano, então, as-
nitivamente o status de instituição permanente de Estado, sumiu a Policial Rodoviário Federal Maria Alice Nascimento
atuando no policiamento e na fiscalização de rodovias e de de Souza, a qual permaneceu na função até o ano de 2017.
áreas de interesse da União. Já em 2017, o PRF Renato Antônio Borges Dias assumiu
o cargo de diretor-geral, sendo o atual gestor máximo da
Foi por intermédio da atuação eficaz de organizações instituição.
associativas, tais como a União do Policial Rodoviário Fe-
deral “Casa do Inspetor”, Associação da Patrulha Federal do No ano de 2018, por ordem do presidente da repúbli-
Paraná e Associação Nacional da Polícia Rodoviária Federal, ca, Michel Temer, foi instituído o Ministério Extraordinário
e com grande apoio popular (subscrição de 175.623 elei- da Segurança Pública, logo deixando o status de extraor-
tores) que a estrutura da época foi elevada à condição de dinário e se tornando Ministério da Segurança Pública, o
Instituição Policial. qual arrastou para sua estrutura organizacional os órgãos
de segurança pública que antes estavam subordinados ao
Sob essa nova ótica, a Polícia Rodoviária Federal passou Ministério da Justiça, dentre os quais, a Polícia Rodoviária
a ter também como missão parte das responsabilidades Federal.
do Poder Executivo Federal para com a segurança públi-
ca, além das atribuições normais de prestar segurança aos Grandes eventos esportivos– os grandes eventos
usuários das rodovias federais, socorro às vítimas de aci- esportivos no Brasil exigiram alta performance das insti-
dentes de trânsito, zelar pela proteção do patrimônio da tuições de segurança pública. E, nesse cenário, a PRF saiu
União, etc. vitoriosa!

Por meio da Lei no 8.028, de 12 de abril de 1990, e do O primeiro desafio em um grande evento ocorreu no
Decreto no 11, de 18/01/91, a Polícia Rodoviária Federal ano de 2007, quando a PRF foi protagonista nos Jogos
passou a integrar a estrutura organizacional do Ministério Pan-americanos e Parapan-americanos. Em seguida, veio a
da Justiça como Departamento de Polícia Rodoviária Fede- Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventu-
ral, tendo sua estrutura e competência definidas no art. 23 de em 2012. Na sequência, a Copa Fifa de Futebol 2014,
do supracitado Decreto e no Regimento Interno, aprovado chegando aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. As
pela Portaria Ministerial no 237, de 19/03/91. ações foram realizadas em ritmo de competição: rápido e
preciso.
Posteriormente, o Departamento de Polícia Rodoviária
Federal, através do Decreto no 761, de 19/02/93, passou a A PRF atuou fazendo ações de policiamento, utilizando
integrar a estrutura regimental da Secretaria de Trânsito do a estratégia de gerar “cinturões de segurança” em todos os
Ministério da Justiça. Posteriormente, através do Decreto estados da federação onde ocorreram competições. Essas
no 1.796, de 24/01/96, o DPRF passou a integrar a estrutura ações visavam garantir a segurança de todos os envolvidos
regimental da Secretaria de Planejamento de Ações Nacio- nos eventos, desde comissão organizadora, atleta e, sobre-
nais de Segurança Pública do Ministério da Justiça. tudo, torcedores.

Em 3 de outubro de 1995, a Polícia Rodoviária Federal Reforçando o policiamento desde as fronteiras, a PRF
tem suas atribuições definidas com a publicação do Decre- atuou com grande empenho para evitar a entrada de dro-
to no 1.655, o qual possui validade e dita as competências gas, armas e indivíduos em restrições judiciais. Tudo para
até os dias de hoje. levar segurança aos brasileiros e estrangeiros que acompa-
nharam de perto as competições esportivas.
Após ter sido integrada à estrutura organizacional do Mi-
nistério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal teve oito dire- Dentre as atividades desenvolvidas, a PRF destacou-se,
tores. Inicialmente, durante a transição, 1991/1992, o órgão também, naquela em que tem reconhecida excelência: as
foi dirigido por Ítalo Mazoni da Silva, servidor do Departa- escoltas. Chefes de Estado, delegações de atletas, compe-
mento Nacional de Estradas de Rodagem; posteriormente, tições de rua, como os casos de corridas ciclísticas e mara-
VADE MECUM PRF

em 1993, passou a ser dirigido pelo Patrulheiro Mauro Ri- tonas e, um dos pontos altos, a escolta da Tocha Olímpica,
beiro Lopes, primeiro servidor de carreira a chegar ao cargo um dos maiores símbolos da integração entre povos.
máximo da instituição, onde permaneceu até 1994, quando
se afastou da função para se candidatar a Deputado Federal, Treinar para não falhar – Para atingir um alto grau de
assumindo, interinamente, o Patrulheiro Adair Marcos Scorsin. proficiência, a PRF manteve ao longo desses últimos anos
Em 1995, foi nomeado o Patrulheiro Lorival Carrijo da Rocha, um programa de treinamento de todo o efetivo empregado

6
nos grandes eventos. Uma das áreas mais exigidas foi a dos (ICE) e Drug Enforcement Agency (DEA). Além disso, man-
motociclistas batedores. Diversos policiais foram capacita- tém relacionamento estreito com instituições de segurança
dos para o emprego de motocicletas, tanto no serviço de da Espanha e Portugal, além de ser membro da Internatio-
escolta e batedor, como também no de motopoliciamento. nal Association of Chiefs of Police (IACP – América Latina) e
Foram eles que escoltaram as seleções de futebol, equipes da UNECE (Economic Commission for Europe).
de vôlei, basquete, estrelas do atletismo e de outras moda-
lidades, dos mais diversos países participantes. Escoltaram Tecnologia – sistemas informatizados e dispositivos
o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, dentre móveis têm auxiliado os policiais rodoviários federais
outras missões. Policiais das áreas de Controle de Distúr- a diminuírem o tempo de resposta no enfrentamento
bio Civil (choque); Pronto Emprego; Operações com Cães; às suas demandas, seja de fiscalização do trânsito ou
Atendimento Pré-Hospitalar (APH); Inteligência também enfrentamento ao crime.
passaram por treinamentos constantes.
Economia de tempo e recursos humanos são os princi-
pais fatores para a adoção de tecnologia. Com a substitui-
Atualidade
ção de servidores em processos automatizados, agora rea-
A PRF é uma instituição que age com a visão calcada na lizados por sistemas, o policial tem mais tempo disponível
garantia dos direitos humanos. Sua atuação está sempre para concentrar seu trabalho em ações que efetivamente
estruturada por um consistente modelo de gestão, basea- geram impacto positivo.
do em constante modernização, buscando efetividade e
celeridade. Aplicativos de acesso a câmeras de monitoramento,
informações sobre pessoas e veículos com restrições ju-
A instituição opera num dos principais ambientes utili- diciais, mapas de localização das viaturas mais próximas,
zados pela criminalidade, a rodovia. Em função disso, a PRF sinalizadores de tráfego automatizados e inteligência po-
exerce forte presença na prevenção e repressão ao crime, licial: tudo isso para aumentar a eficiência dos resultados
especialmente no combate ao roubo e furto de veículos institucionais, adaptando a PRF ao cenário desafiador em
e cargas, ao tráfico de drogas e armas, ao contrabando que atua.
e descaminho, à sonegação fiscal, à exploração sexual de
crianças e adolescentes e ao tráfico de pessoas. Atualmente a PRF conta com sistemas que filtram infor-
mações por um Núcleo de Ciência de Dados. O conheci-
Em sua estratégia de atuação, a instituição planeja um mento produzido é utilizado nas ações, gerando resultados
extenso calendário de operações em épocas de grande flu-
continuamente aperfeiçoados. Os recursos tecnológicos
xo de veículos nas rodovias federais. Cumpre, ainda, co-
são variados, com destaque para softwares de big data, que
mandos voltados à educação para o trânsito, fiscalização
relacionam conteúdos extraído dos sistemas corporativos,
do transporte de produtos perigosos, transporte coletivo
de passageiros, transporte de produtos ambientais, execu- ou mesmo da internet, gerando insumos relevantes para a
tando, também, serviços de escolta e batedor de cargas de atuação policial.
dimensões excepcionais, além de escolta e segurança de
Trânsito – entre as mais diversas atividades exercidas
autoridades brasileiras e/ ou estrangeiras.
pela Polícia Rodoviária Federal, a fiscalização de trânsito
Outra característica notável da PRF é sua atuação ar- é a principal delas, pois foi com esse propósito que a
ticulada com outros órgãos de governo, tais como Polí- instituição foi estabelecida.
cia Federal, polícias Civil e Militar nos estados, Ministério
Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Receita Ao longo dos mais de 70 mil quilômetros de rodovias
Federal, Fundação Nacional de Saúde, Instituto Brasileiro federais, a PRF é responsável pela fluidez e organização do
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, tráfego e pela segurança de veículos e usuários da 4a maior
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, malha viária do planeta.
Agência Nacional de Transporte Terrestre, órgãos de trânsi-
to estaduais, Secretarias Estaduais de Fazenda e numerosos É através da fiscalização de trânsito que o policial rodo-
outros órgãos que atuam em ações de justiça, policiamen- viário federal, ao fiscalizar uma enorme variedade de ele-
to e/ou fiscalização. mentos e documentos, coíbe a circulação de veículos irre-
VADE MECUM PRF

gulares e reprime as mais diversas modalidades criminosas.


E esse vigor na atuação articulada não se resume ao Muito além da fiscalização de irregularidades administrati-
cenário nacional. Nos últimos anos, a Polícia Rodoviária vas, a atividade de fiscalização de trânsito tem caráter de
Federal assinou acordos de cooperação com duas organi- segurança e saúde pública, coíbe a circulação de ilícitos e
zações internacionais que são referências no segmento de previne a ocorrência de acidentes, contribuindo para a di-
segurança pública: Immigration and Customs Enforcement
minuição dos custos sociais a eles relacionados.

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A polícia Rodoviária Federal mantém ações sistemáti- Na PRF, o Comando de Operações Especializadas é a
cas de educação para o trânsito, com projetos que buscam unidade responsável por subsidiar a Coordenação-Geral de
transmitir, além dos preceitos legais, aspectos éticos e de Operações – CGO, produzindo análise criminal e propondo
cidadania. diretrizes para o policiamento ostensivo rodoviário e es-
pecializado na prevenção e enfrentamento ao crime, pla-
A PRF ministra aulas em escolas, empresas e órgãos nejando, fomentando e supervisionando essas atividades.
públicos por todo Brasil, distribuindo material didático e,
ao mesmo tempo, promovendo a inserção do tema den-
tro do dia a dia desses setores. E para tornar o assunto Áreas especializadas
mais atrativo, foram desenvolvidos dois grandes progra-
mas muito bem aceitos pelo público: o Cinema Rodoviário, Escolta, batedor, e motopoliciamento – a Polícia Rodo-
onde o profissional de transporte de cargas e passageiros viária Federal, desde sua criação, em 1928, tem sua imagem
é convidado para uma rodada de palestras e vídeos sobre vinculada ao serviço com motocicletas. Naquela época, já
o trânsito,  e o Fetran, que é um festival temático infantil oferecia à sociedade vigilância e inspeção das estradas bra-
sobre trânsito, aproximando as futuras gerações do tema sileiras utilizando a motocicleta como ferramenta de tra-
trânsito de uma forma leve e lúdica balho.

Capacitação – no ano de 1999, com a edição da Operações de em controle de distúrbios – é uma ati-
portaria MJ no 308, foi criado um novo Regimento Interno vidade na qual o policial deve utilizar ferramentas psico-
para a PRF, estruturando o ensino como atribuição do motoras e cognitivas em situações complexas, que forçam
Núcleo de Normas e Capacitação na sede do DPRF e nas a tomadas de decisão rápidas e assertivas, em meio a ce-
Superintendências dos Setores de Legislação de Pessoal. nários conflituosos, sob demasiado estresse.

A partir daí, sucessivos eventos de capacitação foram Pronto emprego – a Polícia Rodoviária Federal, face à
realizados, sendo os primeiros na área de atendimento complexidade dos cenários em que atua, tem dedicado
pré–hospitalar. E para que as atividades pudessem ser de- cada vez mais atenção à prevenção e ao combate ao cri-
senvolvidas com o foco específico no trabalho da Polícia me. Respondendo a diversas situações críticas, a PRF viu-se
Rodoviária Federal, em 2004 foi realizado o primeiro Curso impelida a criar o Grupo de Resposta Rápida (GRR), com
de Formação de Instrutores (CFI) com gestão da própria foco em ocorrências criminais complexas, em todo o Brasil.
instituição, fato que alavancou a multiplicação do ensino O GRR é situado em Brasília e subordinado ao Comando
na instituição. de Operações Especializa- das da PRF (COE). Seu aciona-
mento é pautado na resposta rápida a situações especiais,
Em 2012, a PRF deu início a uma nova etapa em sua operações de grande sensibilidade, relevância e urgência.
produção de conhecimento, criando um local exclusivo A rotina das equipes táticas, quando não estão realizando
para ações de capacitação. A criação da Academia Nacional missões, compreende treinamento físico, operacional, ins-
da PRF (ANPRF) foi um marco dentro da instituição e den-
truções táticas individuais e coletivas, que mantém a capa-
tro do serviço público brasileiro. Estrutura, metodologia e
cidade operacional dos policiais.
técnicas de ensino daquele ambiente têm sido utilizadas
para formar novos policiais e para aperfeiçoamento técnico Policiamento com cães – o trabalho dos cães policiais
dos servidores da PRF. Além disso, o ambiente é constante- farejadores da PRF é bastante desafiador. Os animais pre-
mente requisitado e utilizado por outras instituições públi- cisam ser dóceis e bastante sociáveis. O equilíbrio e o
cas, como Ministério Público Federal, Polícias Civis, dentre destemor também são características marcantes nos cães
outras.
utilizados pela instituição para este fim, uma vez que os
locais de fiscalização são bem diversificados, e vão desde
Ação especializada – o esforço de especialização
um acostamento de uma rodovia até um movimentado
na PRF tem colocado a instituição numa condição de
protagonista na segurança pública. terminal rodoviário.

Todos os policiais rodoviários federais podem, ao longo Operações aéreas – a Divisão de Operações Aéreas
da carreira, se especializar em uma ou mais área, de acordo (DOA) da Polícia Rodoviária Federal foi estabelecida em
com suas habilidades e interesse. Policiamento especializa- junho de 1999 por meio da Portaria n° 308 do Ministério
do, choque, cinotecnia, fiscalização de produtos perigosos. da Justiça, assinada pelo Ministro Interino Paulo Affonso
VADE MECUM PRF

Todos esses vetores de atuação exigem especialização e o Martins de Oliveira e publicada no DOU do dia 01/07/1999.
policial recebe o conhecimento necessário nos cursos es-
Atendimento pré-hospitalar – o Atendimento Pré-Hos-
pecíficos. Esse é o caminho para incrementar o profissiona-
pitalar consiste na pronta resposta a urgências e emergên-
lismo da instituição, colocando-a num patamar de desem-
cias a acidentados, fora do ambiente hospitalar, visando
penho mais eficiente, mais responsável e mais efetivo na
à estabilização clínica da vítima até a remoção para uma
condução da ordem e da segurança pública.
unidade hospitalar adequada.

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Perícia – desde a sua implantação em 2013 até os dias
atuais, a atividade de perícia tem evoluído de forma no-
tória, com os integrantes cada vez mais aptos, com exper-
tise em investigação de acidentes de trânsito e estudos de
segurança viária.

VADE MECUM PRF

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Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a
BLOCO II qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores
dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
expressamente mencionadas.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I.
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997.

Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 


CAPÍTULO II
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

Seção I
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Fe-
território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. deral e dos Municípios que tem por finalidade o exercício
das atividades de planejamento, administração, normati-
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pesso- zação, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, for-
as, veículos e animais, isolados ou em grupos, condu-
mação, habilitação e reciclagem de condutores, educação,
zidos ou não, para fins de circulação, parada, estacio-
namento e operação de carga ou descarga. engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fis-
calização, julgamento de infrações e de recursos e aplica-
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de ção de penalidades.
todos e dever dos órgãos e entidades componentes
do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de
âmbito das respectivas competências, adotar as me- Trânsito:
didas destinadas a assegurar esse direito.
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsi-
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema to, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à de-
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das res- fesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar
pectivas competências, objetivamente, por danos seu cumprimento;
causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão
ou erro na execução e manutenção de programas, II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padroni-
projetos e serviços que garantam o exercício do di- zação de critérios técnicos, financeiros e administrativos
reito do trânsito seguro.
para a execução das atividades de trânsito;
§ 4º (VETADO)
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao informações entre os seus diversos órgãos e entidades,
Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em a fim de facilitar o processo decisório e a integração do
suas ações à defesa da vida, nela incluída a preserva- Sistema.
ção da saúde e do meio-ambiente.

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as ave- Seção II 
nidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas
e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão Da Composição e da Competência do Sistema Nacio-
ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as nal de Trânsito
peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os se-
VADE MECUM PRF

Parágrafo único.  Para os efeitos deste Código, são consi- guintes órgãos e entidades:
deradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública,
as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coor-
por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento denador do Sistema e órgão máximo normativo e con-
de estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada sultivo;
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

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II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o III - um representante do Ministério da Ciência e Tec-
Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRAN- nologia;
DIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
IV - um representante do Ministério da Educação e do
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da Desporto;
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios; V - um representante do Ministério do Exército;

IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- e da Amazônia Legal;
pios;
VII - um representante do Ministério dos Transportes;
V - a Polícia Rodoviária Federal;
XX - um representante do ministério ou órgão coorde-
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe- nador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
deral; e
 XXII - um representante do Ministério da Saúde. (Inclu-
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações ído pela Lei nº 9.602, de 1998)
- JARI.
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. 
Art. 7o-A.A autoridade portuária ou a entidade conces- (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
sionária de porto organizado poderá celebrar convênios
com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desenvol-
dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para vimento, Indústria e Comércio Exterior;  (Incluído pela
o fim específico de facilitar a autuação por descumprimen- Lei nº 12.865, de 2013)
to da legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 12.058, de
2009) XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT). (Incluído pela Lei nº
§ 1o  O convênio valerá para toda a área física do porto 12.865, de 2013)
organizado, inclusive, nas áreas dos terminais al-
fandegados, nas estações de transbordo, nas insta- Art. 12. Compete ao CONTRAN:
lações portuárias públicas de pequeno porte e nos
I - estabelecer as normas regulamentares referidas nes-
respectivos estacionamentos ou vias de trânsito
te Código e as diretrizes da Política Nacional de Trân-
internas. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
sito;
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsi-
§ 3 (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
o to, objetivando a integração de suas atividades;

Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios or- III - (VETADO)


ganizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de
IV - criar Câmaras Temáticas;
trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites
circunscricionais de suas atuações. V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes
para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE;
Art. 9º O Presidente da República designará o ministé-
rio ou órgão da Presidência responsável pela coordenação VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará
vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das nor-
executivo de trânsito da União. mas contidas neste Código e nas resoluções comple-
mentares;
Art. 10.  O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com
sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do ór- VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para
VADE MECUM PRF

gão máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e
composição:   (Redação dada pela Lei nº 12.865, de 2013) o repasse dos valores arrecadados; (Redação dada pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - (VETADO)
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas,
II - (VETADO) relativas à aplicação da legislação de trânsito;

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X - normatizar os procedimentos sobre a aprendiza- II - elaborar normas no âmbito das respectivas compe-
gem, habilitação, expedição de documentos de condu- tências;
tores, e registro e licenciamento de veículos;
III - responder a consultas relativas à aplicação da le-
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de gislação e dos procedimentos normativos de trânsito;
sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsi-
to; IV - estimular e orientar a execução de campanhas edu-
cativas de trânsito;
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões
das instâncias inferiores, na forma deste Código; V - julgar os recursos interpostos contra decisões:

XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre a) das JARI;


conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando
necessário, unificar as decisões administrativas; e b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos ca-
sos de inaptidão permanente constatados nos exa-
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competên- mes de aptidão física, mental ou psicológica;
cia de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do
Distrito Federal. VI - indicar um representante para compor a comissão
examinadora de candidatos portadores de deficiência
XV - normatizar o processo de formação do candidato física à habilitação para conduzir veículos automotores;
à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, esta-
belecendo seu conteúdo didático-pedagógico, carga VII - (VETADO)
horária, avaliações, exames, execução e fiscalização. 
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) VIII - acompanhar e coordenar as atividades de adminis-
tração, educação, engenharia, fiscalização, policiamento
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vincula- ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro
dos ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do
como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamen- Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN;
to técnico sobre assuntos específicos para decisões daque-
le colegiado. IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência
de trânsito no âmbito dos Municípios; e
§ 1º Cada Câmara é constituída por especialistas re-
presentantes de órgãos e entidades executivos da X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exi-
União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos gências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
Municípios, em igual número, pertencentes ao Sis-
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipó-
tema Nacional de Trânsito, além de especialistas
tese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde
representantes dos diversos segmentos da socie-
para examinar os candidatos à habilitação para condu-
dade relacionados com o trânsito, todos indicados
zir veículos automotores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de
segundo regimento específico definido pelo CON-
1998)
TRAN e designados pelo ministro ou dirigente co-
ordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsi- Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julga-
to. dos pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa.
§ 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no pa- Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRAN-
rágrafo anterior, serão representados por pessoa DIFE são nomeados pelos Governadores dos Estados e do
jurídica e devem atender aos requisitos estabeleci- Distrito Federal, respectivamente, e deverão ter reconheci-
dos pelo CONTRAN. da experiência em matéria de trânsito.
§ 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão § 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
eleitos pelos respectivos membros. nomeados pelos Governadores dos Estados e do
Distrito Federal, respectivamente.
Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito
VADE MECUM PRF

- CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - § 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE de-


CONTRANDIFE: verão ser pessoas de reconhecida experiência em
trânsito.
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; § 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CON-
TRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.

12
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacio-
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas nal de Habilitação, os Certificados de Registro e o de
de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados respon- Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos
sáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra pe- executivos dos Estados e do Distrito Federal;
nalidades por eles impostas.
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Cartei-
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, ob-
ras de Habilitação - RENACH;
servado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio admi-
nistrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
funcionem.
Automotores - RENAVAM;
Art. 17. Compete às JARI:
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos
demais órgãos e promover sua divulgação;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trân-
sito e executivos rodoviários informações complemen- XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informa-
tares relativas aos recursos, objetivando uma melhor ções sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as
análise da situação recorrida; estatísticas do trânsito;

III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
trânsito e executivos rodoviários informações sobre segurança e à educação de trânsito;
problemas observados nas autuações e apontados em
recursos, e que se repitam sistematicamente. XIII - coordenar a administração do registro das infra-
ções de trânsito, da pontuação e das penalidades aplica-
Art. 18. (VETADO)
das no prontuário do infrator, da arrecadação de multas
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trân- e do repasse de que trata o § 1º do art. 320;   (Redação
sito da União: dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Na-
a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo cional de Trânsito informações sobre registros de veícu-
CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; los e de condutores, mantendo o fluxo permanente de
informações com os demais órgãos do Sistema;
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição
dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da XV - promover, em conjunto com os órgãos competen-
execução da Política Nacional de Trânsito e do Progra-
tes do Ministério da Educação e do Desporto, de acor-
ma Nacional de Trânsito;
do com as diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais implementação de programas de educação de trânsito
de Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, obje- nos estabelecimentos de ensino;
tivando o combate à violência no trânsito, promovendo,
coordenando e executando o controle de ações para a XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos
preservação do ordenamento e da segurança do trân- para a educação de trânsito;
sito;
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos so-
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de im- bre o trânsito;
probidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a ad-
ministração pública ou privada, referentes à segurança XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
do trânsito; entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter
à aprovação do CONTRAN, a complementação ou alte-
V - supervisionar a implantação de projetos e progra-
ração da sinalização e dos dispositivos e equipamentos
mas relacionados com a engenharia, educação, admi-
de trânsito;
nistração, policiamento e fiscalização do trânsito e ou-
VADE MECUM PRF

tros, visando à uniformidade de procedimento;


XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem manuais e normas de projetos de implementação da si-
e habilitação de condutores de veículos, a expedição de nalização, dos dispositivos e equipamentos de trânsito
documentos de condutores, de registro e licenciamento aprovados pelo CONTRAN;
de veículos;

13
XX – expedir a permissão internacional para conduzir ou por delegação, a execução total ou parcial das
veículo e o certificado de passagem nas alfândegas me- atividades do órgão executivo de trânsito estadual
diante delegação aos órgãos executivos dos Estados e que tenha motivado a investigação, até que as ir-
do Distrito Federal ou a entidade habilitada para esse regularidades sejam sanadas.
fim pelo poder público federal; (Redação dada pela lei
nº 13.258, de 2016) § 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsi-
to da União disporá sobre sua estrutura organiza-
XXI - promover a realização periódica de reuniões re- cional e seu funcionamento.
gionais e congressos nacionais de trânsito, bem como
propor a representação do Brasil em congressos ou § 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
reuniões internacionais; executivos rodoviários da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios fornecerão, obri-
XXII - propor acordos de cooperação com organismos gatoriamente, mês a mês, os dados estatísticos
internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das para os fins previstos no inciso X.
ações inerentes à segurança e educação de trânsito;
§ 4º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, trei- gência)
namento e especialização do pessoal encarregado da
execução das atividades de engenharia, educação, po- Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbi-
liciamento ostensivo, fiscalização, operação e adminis- to das rodovias e estradas federais:
tração de trânsito, propondo medidas que estimulem
a pesquisa científica e o ensino técnico-profissional de I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
interesse do trânsito, e promovendo a sua realização; trânsito, no âmbito de suas atribuições;

XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
interestadual e internacional; operações relacionadas com a segurança pública, com
o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pes-
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN soas, o patrimônio da União e o de terceiros;
as normas e requisitos de segurança veicular para fa-
bricação e montagem de veículos, consoante sua des- III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações
tinação; de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os
valores provenientes de estada e remoção de veículos,
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do objetos, animais e escolta de veículos de cargas super-
código marca-modelo dos veículos para efeito de regis- dimensionadas ou perigosas;
tro, emplacamento e licenciamento;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salva-
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máxi- mento de vítimas;
mo do Sistema Nacional de Trânsito;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trân- medidas de segurança relativas aos serviços de remo-
sito e submetê-los, com proposta de solução, ao Minis- ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
tério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacio-
nal de Trânsito; VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das
financeiro ao CONTRAN. normas legais relativas ao direito de vizinhança, pro-
movendo a interdição de construções e instalações não
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infra- autorizadas;
ções de Trânsito (Renainf).(Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016)(Vigência) VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos so-
bre acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou
VADE MECUM PRF

§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiên- indicando medidas operacionais preventivas e encami-
cia técnica ou administrativa ou a prática constante nhando-os ao órgão rodoviário federal;
de atos de improbidade contra a fé pública, contra
o patrimônio ou contra a administração pública, VIII - implementar as medidas da Política Nacional de
o órgão executivo de trânsito da União, median- Segurança e Educação de Trânsito;
te aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente

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IX - promover e participar de projetos e programas de X - implementar as medidas da Política Nacional de
educação e segurança, de acordo com as diretrizes es- Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
tabelecidas pelo CONTRAN;
XI - promover e participar de projetos e programas de
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema educação e segurança, de acordo com as diretrizes es-
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e com- tabelecidas pelo CONTRAN;
pensação de multas impostas na área de sua compe-
tência, com vistas à unificação do licenciamento, à sim- XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sis-
plificação e à celeridade das transferências de veículos tema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
e de prontuários de condutores de uma para outra uni- compensação de multas impostas na área de sua com-
dade da Federação; petência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veícu-
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
los e de prontuários de condutores de uma para outra
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car-
unidade da Federação;
ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de
dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruí-
órgãos ambientais.
do produzidos pelos veículos automotores ou pela sua
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos ro- carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de
doviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos dar apoio às ações específicas dos órgãos ambientais
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: locais, quando solicitado;

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
trânsito, no âmbito de suas atribuições; especial para transitar e estabelecer os requisitos téc-
nicos a serem observados para a circulação desses ve-
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito ículos.
de veículos, de pedestres e de animais, e promover o
desenvolvimento da circulação e da segurança de ci- Parágrafo único. (VETADO)
clistas;
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de
os dispositivos e os equipamentos de controle viário; sua circunscrição:
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
de trânsito e suas causas; trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de poli-
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma-
ciamento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes
ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de con-
para o policiamento ostensivo de trânsito;
dutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem,
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilita-
as penalidades de advertência, por escrito, e ainda as ção, mediante delegação do órgão federal competente;
multas e medidas administrativas cabíveis, notificando
os infratores e arrecadando as multas que aplicar; III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de se-
gurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e li-
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo- cenciar veículos, expedindo o Certificado de Registro e
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de car- o Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão
gas superdimensionadas ou perigosas; federal competente;

VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares,
administrativas cabíveis, relativas a infrações por ex- as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
cesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem
VADE MECUM PRF

como notificar e arrecadar as multas que aplicar; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
medidas administrativas cabíveis pelas infrações previs-
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. tas neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos
95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas incisos VI e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder
nele previstas; de Polícia de Trânsito;

15
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste III - executar a fiscalização de trânsito, quando e confor-
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos me convênio firmado, como agente do órgão ou enti-
VII e VIII do art. 24, notificando os infratores e arreca- dade executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
dando as multas que aplicar; concomitantemente com os demais agentes credencia-
dos;
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo-
ção de veículos e objetos; Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos
de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscri-
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da ção: (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
União a suspensão e a cassação do direito de dirigir e o
recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
acidentes de trânsito e suas causas; II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito
de veículos, de pedestres e de animais, e promover o
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de desenvolvimento da circulação e da segurança de ci-
atividades previstas na legislação de trânsito, na forma clistas;
estabelecida em norma do CONTRAN;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização,
XI - implementar as medidas da Política Nacional de os dispositivos e os equipamentos de controle viário;
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
XII - promover e participar de projetos e programas de os acidentes de trânsito e suas causas;
educação e segurança de trânsito de acordo com as di-
retrizes estabelecidas pelo CONTRAN; V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sis- ostensivo de trânsito;
tema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e
compensação de multas impostas na área de sua com- VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres,
petência, com vistas à unificação do licenciamento, à edificações de uso público e edificações privadas de
simplificação e à celeridade das transferências de veícu- uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrati-
los e de prontuários de condutores de uma para outra vas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito
unidade da Federação; e multa, por infrações de circulação, estacionamento e
parada previstas neste Código, no exercício regular do
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de poder de polícia de trânsito, notificando os infratores
trânsito e executivos rodoviários municipais, os dados e arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais
cadastrais dos veículos registrados e dos condutores atribuições no âmbito de edificações privadas de uso
habilitados, para fins de imposição e notificação de pe- coletivo, somente para infrações de uso de vagas reser-
nalidades e de arrecadação de multas nas áreas de suas vadas em estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº
competências; 13.281, de 2016) (Vigência)

XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car- e multa, por infrações de circulação, estacionamento e
ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de parada previstas neste Código, notificando os infratores
dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos e arrecadando as multas que aplicar;
órgãos ambientais locais;
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medi-
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Na- das administrativas cabíveis relativas a infrações por ex-
cional de Trânsito no Estado, sob coordenação do res- cesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem
pectivo CETRAN. como notificar e arrecadar as multas que aplicar;

Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art.
VADE MECUM PRF

Distrito Federal: 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas


nele previstas;
I - (VETADO)
X - implantar, manter e operar sistema de estaciona-
II - (VETADO) mento rotativo pago nas vias;

16
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remo- Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de car- Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando
gas superdimensionadas ou perigosas; as atividades previstas neste Código, com vistas à maior
eficiência e à segurança para os usuários da via.
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
medidas de segurança relativas aos serviços de remo- Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito po-
ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível; derão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sis- prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimen-
tema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e to dos custos apropriados.
compensação de multas impostas na área de sua com-
petência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veícu- CAPÍTULO III
los e de prontuários dos condutores de uma para outra
unidade da Federação; DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trân- Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
sito e do Programa Nacional de Trânsito;
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
XV - promover e participar de projetos e programas de obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
educação e segurança de trânsito de acordo com as di- animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas
retrizes estabelecidas pelo CONTRAN; ou privadas;

XVI - planejar e implantar medidas para redução da cir- II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
culação de veículos e reorientação do tráfego, com o atirando, depositando ou abandonando na via objetos
objetivo de diminuir a emissão global de poluentes; ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstá-
culo.
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veícu-
los de tração e propulsão humana e de tração animal, Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas
fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arreca- vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as
dando multas decorrentes de infrações; (Redação dada boas condições de funcionamento dos equipamentos de
pela Lei nº 13.154, de 2015) uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
combustível suficiente para chegar ao local de destino.
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
propulsão humana e de tração animal; Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter do-
mínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Na- indispensáveis à segurança do trânsito.
cional de Trânsito no Estado, sob coordenação do res-
pectivo CETRAN; Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas
à circulação obedecerá às seguintes normas:
  XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruí-
do produzidos pelos veículos automotores ou pela sua I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitin-
carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de do-se as exceções devidamente sinalizadas;
dar apoio às ações específicas de órgão ambiental local,
quando solicitado; II - o condutor deverá guardar distância de segurança
lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização como em relação ao bordo da pista, considerando-se,
especial para transitar e estabelecer os requisitos téc- no momento, a velocidade e as condições do local, da
nicos a serem observados para a circulação desses ve- circulação, do veículo e as condições climáticas;
ículos.
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cru-
§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá pre-
municipal serão exercidas no Distrito Federal por ferência de passagem:
VADE MECUM PRF

seu órgão ou entidade executivos de trânsito.


a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de ro-
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste dovia, aquele que estiver circulando por ela;
artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Siste-
ma Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando
333 deste Código. por ela;

17
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultra-
passagem, certificar-se de que:
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias
faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita a) nenhum condutor que venha atrás haja começado
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos uma manobra para ultrapassá-lo;
e de maior porte, quando não houver faixa especial a
eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapas- b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja
sagem e ao deslocamento dos veículos de maior velo- indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
cidade;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos extensão suficiente para que sua manobra não po-
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre nha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em
ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacio- sentido contrário;
namento;
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
VI - os veículos precedidos de batedores terão priori-
dade de passagem, respeitadas as demais normas de a) indicar com antecedência a manobra pretendida,
circulação; acionando a luz indicadora de direção do veículo ou
por meio de gesto convencional de braço;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e sal-
vamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapas-
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsi-
sa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral
to, gozam de livre circulação, estacionamento e parada,
quando em serviço de urgência e devidamente identi- de segurança;
ficados por dispositivos regulamentares de alarme so-
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de
noro e iluminação vermelha intermitente, observadas as
trânsito de origem, acionando a luz indicadora de di-
seguintes disposições:
reção do veículo ou fazendo gesto convencional de
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indi- braço, adotando os cuidados necessários para não
cando a proximidade dos veículos, todos os condu- pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
tores deverão deixar livre a passagem pela faixa da ultrapassou;
esquerda, indo para a direita da via e parando, se
necessário; XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas
b)
os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão as normas de circulação.
aguardar no passeio, só atravessando a via quando o
veículo já tiver passado pelo local; § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíne-
as a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumina- à transposição de faixas, que pode ser realizada
ção vermelha intermitente só poderá ocorrer quando tanto pela faixa da esquerda como pela da direita.
da efetiva prestação de serviço de urgência;
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta es-
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento tabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os
deverá se dar com velocidade reduzida e com os de-
veículos de maior porte serão sempre responsáveis
vidos cuidados de segurança, obedecidas as demais
pela segurança dos menores, os motorizados pelos
normas deste Código;
não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pedestres.
pública, quando em atendimento na via, gozam de livre
parada e estacionamento no local da prestação de ser- Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o
viço, desde que devidamente sinalizados, devendo es- segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
tar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;
VADE MECUM PRF

I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslo-


IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento car-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização
regulamentar e as demais normas estabelecidas neste II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado es- naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
tiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;

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Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de di-
fila, deverão manter distância suficiente entre si para per- reção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e
mitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário
na fila com segurança. pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de
preferência de passagem.
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapas-
sar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá
efetuando embarque ou desembarque de passageiros, de- ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio
verá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada de sinalização, quer pela existência de locais apropriados,
ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de se-
gurança e fluidez, observadas as características da via, do
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em veículo, das condições meteorológicas e da movimentação
vias com duplo sentido de direção e pista única, nos tre- de pedestres e ciclistas.
chos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguin-
de pedestres, exceto quando houver sinalização permitin- tes determinações:
do a ultrapassagem.
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, uti-
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condu- lizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos
tor não poderá efetuar ultrapassagem. túneis providos de iluminação pública e nas rodovias;
(Redação dada pela Lei  nº 13.290, de 2016) (Vigência)
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra
deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz
para os demais usuários da via que o seguem, precedem alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua dire-
ção e sua velocidade. III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e
por curto período de tempo, com o objetivo de advertir
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que impli- outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar
que um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente
seu propósito de forma clara e com a devida antecedência,
ou para indicar a existência de risco à segurança para os
por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou
veículos que circulam no sentido contrário;
fazendo gesto convencional de braço.
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a
posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
transposição de faixas, movimentos de conversão à direita,
cerração;
à esquerda e retornos.
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes si-
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, proce-
tuações:
dente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência
aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
a) em imobilizações ou situações de emergência;
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a acesa a luz de placa;
pista com segurança.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em ou-
posição quando o veículo estiver parado para fins de
tra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
descarga de mercadorias.
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o má-
ximo possível do bordo direito da pista e executar sua
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo re-
manobra no menor espaço possível;
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gular de passageiros, quando circularem em faixas próprias


II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-
máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da -se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
pista, quando houver, caso se trate de uma pista com
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de
circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo,
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
tratando-se de uma pista de um só sentido.

19
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e
acidentes; nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente ad- e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções
vertir a um condutor que se tem o propósito de ultra- devidamente sinalizadas.
passá-lo.
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos pa-
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente rados, estacionados ou em operação de carga ou
seu veículo, salvo por razões de segurança. descarga deverão estar situados fora da pista de
rolamento.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá
observar constantemente as condições físicas da via, do § 2º O estacionamento dos veículos motorizados de
veículo e da carga, as condições meteorológicas e a inten- duas rodas será feito em posição perpendicular
sidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo
velocidade estabelecidos para a via, além de: quando houver sinalização que determine outra
condição.
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos
em circulação sem causa justificada, transitando a uma § 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do
velocidade anormalmente reduzida; condutor poderá ser feito somente nos locais pre-
vistos neste Código ou naqueles regulamentados
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veí- por sinalização específica.
culo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem
risco nem inconvenientes para os outros condutores, a Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a
não ser que haja perigo iminente; porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem
antes se certificarem de que isso não constitui perigo para
III - indicar, de forma clara, com a antecedência neces- eles e para outros usuários da via.
sária e a sinalização devida, a manobra de redução de
velocidade. Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem
ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamen-
to, o condutor do veículo deve demonstrar prudência es- Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
pecial, transitando em velocidade moderada, de forma que adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou enti-
a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferên- dade com circunscrição sobre a via.
cia.
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma regulamentação da via será implantada e mantida às ex-
interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imo- pensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
bilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou im-
pedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos
pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização tem-
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
porária de um veículo no leito viário, em situação de emer-
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
gência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
couber, às normas de circulação previstas neste Código e
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a circunscrição sobre a via.
parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem
embarque ou desembarque de passageiros, desde que não
circular nas vias quando conduzidos por um guia,
interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção
observado o seguinte:
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de pedestres.
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será ser divididos em grupos de tamanho moderado e sepa-
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição rados uns dos outros por espaços suficientes para não
sobre a via e é considerada estacionamento. obstruir o trânsito;

20
II - os animais que circularem pela pista de rolamento b) via arterial;
deverão ser mantidos junto ao bordo da pista.
c) via coletora;
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ci-
clomotores só poderão circular nas vias: d) via local;

I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou II - vias rurais:


óculos protetores;
a) rodovias;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
b) estradas.
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do CONTRAN. Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas caracte-
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e rísticas técnicas e as condições de trânsito.
ciclomotores só poderão ser transportados:
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a
I - utilizando capacete de segurança; velocidade máxima será de:

II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assen- I - nas vias urbanas:


to suplementar atrás do condutor;
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rá-
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as pido:
especificações do CONTRAN.
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela di-
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
reita da pista de rolamento, preferencialmente no centro
da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
que não houver acostamento ou faixa própria a eles desti-
nada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido II - nas vias rurais:
e sobre as calçadas das vias urbanas.
a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou nº 13.281, de 2016) (Vigência)
mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso
exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para au-
circular pela faixa adjacente à da direita. tomóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não hou- 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os de-
ver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for mais veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rola- (Vigência)
mento, no mesmo sentido de circulação regulamentado
para a via, com preferência sobre os veículos automotores. 3. (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circuns-
crição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicle- b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei
tas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, nº 13.281, de 2016) (Vigência)
desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto-
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado móveis, camionetas e motocicletas; (Incluído pela Lei nº
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será 13.281, de 2016) (Vigência)
permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os
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Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua demais veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
utilização, classificam-se em: (Vigência)

I - vias urbanas: c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por


hora). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên-
a) via de trânsito rápido; cia)

21
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com II - de transporte rodoviário de cargas.  (Incluído pela
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
meio de sinalização, velocidades superiores ou in-
feriores àquelas estabelecidas no parágrafo ante- § 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
rior. 2015) (Vigência)

Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à § 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as 2015) (Vigência)
condições operacionais de trânsito e da via.
§ 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Art. 63. (VETADO) 2015) (Vigência)

Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem § 6o (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções re- 2015) (Vigência)
gulamentadas pelo CONTRAN.
§ 7o (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para 2015) (Vigência)
condutor e passageiros em todas as vias do território na-
cional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. § 8o (VETADO).  (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)(Vigên-
cia)
Art. 66. (VETADO)
Art 67-B.VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012)
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclu- (Vigência)
sive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão
ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de Art. 67-C.  É vedado ao motorista profissional dirigir por
trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de: mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de trans-
I - autorização expressa da respectiva confederação porte rodoviário de cargas.   (Redação dada pela Lei nº
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; 13.103, de 2015) (Vigência)

II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos mate- § 1o  Serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
riais à via; so dentro de cada 6 (seis) horas na condução de
veículo de transporte de carga, sendo facultado o
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em seu fracionamento e o do tempo de direção desde
favor de terceiros; que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia con-
tínuas no exercício da condução.  (Incluído pela Lei
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos nº 13.103, de 2015) (Vigência)
custos operacionais em que o órgão ou entidade per-
missionária incorrerá. §1oA. Serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
so a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu
a via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do fracionamento e o do tempo de direção.(Incluído
contrato de seguro. pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

§ 2o  Em situações excepcionais de inobservância justifi-


CAPÍTULO III-A cada do tempo de direção, devidamente registra-
das, o tempo de direção poderá ser elevado pelo
(Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) período necessário para que o condutor, o veículo
e a carga cheguem a um lugar que ofereça a se-
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS gurança e o atendimento demandados, desde que
PROFISSIONAIS não haja comprometimento da segurança rodovi-
ária.  (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigên-
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Art. 67-A.  O disposto neste Capítulo aplica-se aos mo- cia)


toristas profissionais:(Redação dada pela Lei nº 13.103, de
2015) (Vigência) § 3o  O condutor é obrigado, dentro do período de 24
(vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;  (onze) horas de descanso, que podem ser fraciona-
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) das, usufruídas no veículo e coincidir com os inter-

22
valos mencionados no § 1o, observadas no primei- § 4o  A guarda, a preservação e a exatidão das informa-
ro período 8 (oito) horas ininterruptas de descan- ções contidas no equipamento registrador instan-
so. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) tâneo inalterável de velocidade e de tempo são de
responsabilidade do condutor.  (Incluído pela Lei
§ 4o  Entende-se como tempo de direção ou de condu- nº 13.103, de 2015) (Vigência)
ção apenas o período em que o condutor estiver
efetivamente ao volante, em curso entre a origem
e o destino.   (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) CAPÍTULO IV
(Vigência)
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
§ 5o  Entende-se como início de viagem a partida do MOTORIZADOS
veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga,
considerando-se como sua continuação as parti- Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos pas-
das nos dias subsequentes até o destino.  (Incluído seios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
autoridade competente permitir a utilização de parte da
§ 6o  O condutor somente iniciará uma viagem após o calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao
cumprimento integral do intervalo de descanso fluxo de pedestres.
previsto no § 3o deste artigo.  (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015) (Vigência) § 1º
O ciclista desmontado empurrando a bicicleta
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
§ 7o  Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios
ou quando não for possível a utilização destes, a
operador de terminais de carga, operador de trans-
circulação de pedestres na pista de rolamento será
porte multimodal de cargas ou agente de cargas
feita com prioridade sobre os veículos, pelos bor-
ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda
dos da pista, em fila única, exceto em locais proi-
que subcontratado, que conduza veículo referido
bidos pela sinalização e nas situações em que a
no caput sem a observância do disposto no § 6o. segurança ficar comprometida.
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamen-
Art. 67-D.  (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) to ou quando não for possível a utilização dele,
(Vigência) a circulação de pedestres, na pista de rolamento,
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
Art. 67-E.   O motorista profissional é responsável por bordos da pista, em fila única, em sentido contrá-
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no rio ao deslocamento de veículos, exceto em locais
art. 67-C, com vistas à sua estrita observância.  (Incluído proibidos pela sinalização e nas situações em que
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) a segurança ficar comprometida.
§ 1o  A não observância dos períodos de descanso es- § 4º (VETADO)
tabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista pro-
fissional às penalidades daí decorrentes, previs- § 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de
tas neste Código.(Incluído pela Lei nº 13.103, de arte a serem construídas, deverá ser previsto pas-
2015) (Vigência) seio destinado à circulação dos pedestres, que não
deverão, nessas condições, usar o acostamento.
§ 2o  O tempo de direção será controlado mediante re-
gistrador instantâneo inalterável de velocidade e § 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passa-
tempo e, ou por meio de anotação em diário de gem para pedestres, o órgão ou entidade com cir-
bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, cunscrição sobre a via deverá assegurar a devida
ou por meios eletrônicos instalados no veículo, sinalização e proteção para circulação de pedes-
conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº tres.
13.103, de 2015) (Vigência)
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre
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§ 3o  O equipamento eletrônico ou registrador deverá tomará precauções de segurança, levando em conta, prin-
funcionar de forma independente de qualquer in- cipalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos
terferência do condutor, quanto aos dados regis- veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
destinadas sempre que estas existirem numa distância de
trados.  (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vi-
até cinqüenta metros dele, observadas as seguintes dispo-
gência)
sições:

23
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecen-
da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de do ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, in-
seu eixo; formando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.

II - para atravessar uma passagem sinalizada para pe- Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem es-
destres ou delimitada por marcas sobre a pista: clarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades per-
tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proce-
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indica- der a tais solicitações.
ções das luzes;

b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o CAPÍTULO VI


semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo
de veículos; DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

III - nas interseções e em suas proximidades, onde não Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e
existam faixas de travessia, os pedestres devem atra- constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
vessar a via na continuação da calçada, observadas as Nacional de Trânsito.
seguintes normas:
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educa-
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar cional em cada órgão ou entidade componente do
de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de ve- Sistema Nacional de Trânsito.
ículos;
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito de-
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedes- verão promover, dentro de sua estrutura organiza-
tres não deverão aumentar o seu percurso, demorar- cional ou mediante convênio, o funcionamento de
-se ou parar sobre ela sem necessidade. Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via
sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os te-
de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, mas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código. que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou en-
tidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização períodos referentes às férias escolares, feriados prolonga-
semafórica de controle de passagem será dada preferência dos e à Semana Nacional de Trânsito.
aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mes-
mo em caso de mudança do semáforo liberando a passa- § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
gem dos veículos. Trânsito deverão promover outras campanhas no
âmbito de sua circunscrição e de acordo com as
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre peculiaridades locais.
a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de
pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, se- § 2º As campanhas de que trata este artigo são de ca-
ráter permanente, e os serviços de rádio e difusão
gurança e sinalização.
sonora de sons e imagens explorados pelo poder
público são obrigados a difundi-las gratuitamente,
CAPÍTULO V com a freqüência recomendada pelos órgãos com-
petentes do Sistema Nacional de Trânsito.
DO CIDADÃO
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e en-
Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação tidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da
de equipamentos de segurança, bem como sugerir altera- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
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ções em normas, legislação e outros assuntos pertinentes nas respectivas áreas de atuação.
a este Código.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo,
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Siste- o Ministério da Educação e do Desporto, mediante pro-
ma Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solici- posta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Uni-
tações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, versidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio,
promoverá:

24
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currí- I – rádio; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
culo interdisciplinar com conteúdo programático sobre
segurança de trânsito; II – televisão; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).

II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o III – jornal; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
treinamento de professores e multiplicadores; IV – revista; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).

III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para V – outdoor. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
levantamento e análise de dados estatísticos relativos
ao trânsito; § 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao
fabricante o montador, o encarroçador, o importa-
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de dor e o revendedor autorizado dos veículos e de-
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitá- mais produtos discriminados no § 1o deste artigo.
rios de trânsito, com vistas à integração universidades- (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
-sociedade na área de trânsito.
Art. 77-C.  Quando se tratar de publicidade veiculada
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá em  outdoor  instalado à margem de rodovia, dentro ou
ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, fora da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a no art. 77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de aciden- de produto e anunciante, inclusive àquela de caráter
te de trânsito. institucional ou eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.006, de
2009).
Parágrafo único. As campanhas terão caráter perma-
nente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, Art. 77-D.  O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
sendo intensificadas nos períodos e na forma estabeleci- especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
dos no art. 76. mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
Art. 77-A.  São assegurados aos órgãos ou entidades fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
componentes do Sistema Nacional de Trânsito os meca- refere o art. 75. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
nismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação
Art. 77-E.  A veiculação de publicidade feita em desa-
de mensagens educativas de trânsito em todo o território
cordo com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D cons-
nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas
titui infração punível com as seguintes sanções: (Incluído
nos arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 77-B.  Toda peça publicitária destinada à divulgação
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 12.006,
ou promoção, nos meios de comunicação social, de pro-
de 2009).
duto oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser II – suspensão, nos veículos de divulgação da publici-
conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei nº 12.006, de dade, de qualquer outra propaganda do produto, pelo
2009). prazo de até 60 (sessenta) dias; (Incluído pela Lei nº
12.006, de 2009).
§ 1o  Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-
-se produtos oriundos da indústria automobilística III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete
ou afins: (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco
reais), cobrada do dobro até o quíntuplo em caso de
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer es- reincidência.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
pécie, incluídos os de passageiros e os de carga;  (Inclu- (Vigência)
ído pela Lei nº 12.006, de 2009).
§ 1o  As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativa-
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados mente, conforme dispuser o regulamento. (Incluí-
nos veículos mencionados no inciso I.(Incluído pela Lei do pela Lei nº 12.006, de 2009).
nº 12.006, de 2009).
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§ 2o  Sem prejuízo do disposto no  caput  deste artigo,


§ 2o  O disposto no caput deste artigo aplica-se à pro- qualquer infração acarretará a imediata suspensão
paganda de natureza comercial, veiculada por da veiculação da peça publicitária até que sejam
iniciativa do fabricante do produto, em qualquer cumpridas as exigências fixadas nos arts. 77-A a
das seguintes modalidades:  (Incluído pela Lei nº 77-D.  (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
12.006, de 2009).

25
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer le-
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por gendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição
programas destinados à prevenção de acidentes. sobre a via.

Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circuns-
dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, crição sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata
do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais cau- retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilida-
sados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de da sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus
de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, se- para quem o tenha colocado.
rão repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em progra- Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
mas de que trata este artigo. trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedes-
tres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demar-
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito cadas no leito da via.
poderão firmar convênio com os órgãos de educação da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, ofici-
objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas nas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão
neste capítulo. ter suas entradas e saídas devidamente identificadas, na
forma regulamentada pelo CONTRAN.

CAPÍTULO VII Art. 86-A.  As vagas de estacionamento regulamentado


de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO sinalizadas com as respectivas placas indicativas de desti-
nação e com placas informando os dados sobre a infração
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo por estacionamento indevido. (Incluído pela Lei nº 13.146,
da via, sinalização prevista neste Código e em legislação de 2015) (Vigência)
complementar, destinada a condutores e pedestres, veda-
da a utilização de qualquer outra. Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:

§ 1º A sinalização será colocada em posição e condi- I - verticais;


ções que a tornem perfeitamente visível e legível
durante o dia e a noite, em distância compatível II - horizontais;
com a segurança do trânsito, conforme normas e
especificações do CONTRAN. III - dispositivos de sinalização auxiliar;

§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter expe- IV - luminosos;


rimental e por período prefixado, a utilização de
V - sonoros;
sinalização não prevista neste Código.
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização
nas vias internas pertencentes aos condomínios Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entre-
constituídos por unidades autônomas e nas vias e gue após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a
áreas de estacionamento de estabelecimentos pri- realização de obras ou de manutenção, enquanto não esti-
vados de uso coletivo é de seu proprietário.(Incluí- ver devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de
do pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) forma a garantir as condições adequadas de segurança na
circulação.
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido co-
locar luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras
que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da si- deverá ser afixada sinalização específica e adequada.
nalização e comprometer a segurança do trânsito.
VADE MECUM PRF

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de preva-


Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito lência:
e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo
de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
relacionem com a mensagem da sinalização. circulação e outros sinais;

26
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; § 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela exe-
cução ou manutenção da obra ou do evento.
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
trânsito. § 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via avisará a co-
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste munidade, por intermédio dos meios de comuni-
Código por inobservância à sinalização quando esta for in- cação social, com quarenta e oito horas de antece-
suficiente ou incorreta. dência, de qualquer interdição da via, indicando-se
os caminhos alternativos a serem utilizados.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre a via é responsável pela implantação da si- § 3º O descumprimento do disposto neste artigo será
nalização, respondendo pela sua falta, insuficiência punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um re-
ou incorreta colocação. ais e trinta e cinco centavos) a R$ 488,10 (quatro-
centos e oitenta e oito reais e dez centavos), in-
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no dependentemente das cominações cíveis e penais
que se refere à interpretação, colocação e uso da cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até
sinalização. a regularização da situação, a partir do prazo final
concedido pela autoridade de trânsito, levando-se
em consideração a dimensão da obra ou do evento
CAPÍTULO VIII e o prejuízo causado ao trânsito. (Redação pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE § 4º Ao servidor público responsável pela inobservân-
TRÂNSITO cia de qualquer das normas previstas neste e nos
arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará mul-
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regu- ta diária na base de cinqüenta por cento do dia
lamentos a serem adotados em todo o território nacional de vencimento ou remuneração devida enquanto
quando da implementação das soluções adotadas pela En- permanecer a irregularidade.
genharia de Tráfego, assim como padrões a serem pratica-
dos por todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional
de Trânsito. CAPÍTULO IX

Art. 92. (VETADO) DOS VEÍCULOS

Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa trans- Seção I


formar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprova-
do sem prévia anuência do órgão ou entidade com circuns- Disposições Gerais
crição sobre a via e sem que do projeto conste área para
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas. Art. 96. Os veículos classificam-se em:

Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segu- I - quanto à tração:


rança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na cal-
a) automotor;
çada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e ime-
diatamente sinalizado. b) elétrico;
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações c) de propulsão humana;
transversais e de sonorizadores como redutores de veloci-
dade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou en- d) de tração animal;
tidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos
pelo CONTRAN. e) reboque ou semi-reboque;
VADE MECUM PRF

Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar II - quanto à espécie:
ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres,
ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem per- a) de passageiros:
missão prévia do órgão ou entidade de trânsito com cir-
1 - bicicleta;
cunscrição sobre a via.
2 - ciclomotor;

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3 - motoneta; f) especial;

4 - motocicleta; g) de coleção;

5 - triciclo; III - quanto à categoria:

6 - quadriciclo; a) oficial;

7 - automóvel; b) de representação diplomática, de repartições consu-


lares de carreira ou organismos internacionais acre-
8 - microônibus;
ditados junto ao Governo brasileiro;
9 - ônibus;
c) particular;
10 - bonde;
d) de aluguel;
11 - reboque ou semi-reboque;
e) de aprendizagem.
12 - charrete;
Art. 97. As características dos veículos, suas especifica-
b) de carga: ções básicas, configuração e condições essenciais para re-
gistro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo
1 - motoneta; CONTRAN, em função de suas aplicações.

2 - motocicleta; Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá,


sem prévia autorização da autoridade competente, fazer
3 - triciclo; ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de
suas características de fábrica.
4 - quadriciclo;
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usa-
5 - caminhonete;
dos que sofrerem alterações ou conversões são obrigados
6 - caminhão; a atender aos mesmos limites e exigências de emissão de
poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais com-
7 - reboque ou semi-reboque; petentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora
das modificações e ao proprietário do veículo a responsa-
8 - carroça; bilidade pelo cumprimento das exigências.
9 - carro-de-mão; Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o
veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites esta-
c) misto:
belecidos pelo CONTRAN.
1 - camioneta;
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento
2 - utilitário; de pesagem ou pela verificação de documento fis-
cal, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
3 - outros;
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de
d) de competição; peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo
de veículos à superfície das vias, quando aferi-
e) de tração: do por equipamento, na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
1 - caminhão-trator;
VADE MECUM PRF

§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pe-


2 - trator de rodas;
sagem de veículos serão aferidos de acordo com a
3 - trator de esteiras; metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo
CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de metro-
4 - trator misto; logia legal.

28
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos § 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e
poderá transitar com lotação de passageiros, com peso os encarroçadores de veículos deverão emitir cer-
bruto total, ou com peso bruto total combinado com peso tificado de segurança, indispensável ao cadastra-
por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapas- mento no RENAVAM, nas condições estabelecidas
sar a capacidade máxima de tração da unidade tratora. pelo CONTRAN.

§ 1º  Os veículos de transporte coletivo de passageiros § 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos


poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluí- e a periodicidade para que os fabricantes, os im-
do pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) portadores, os montadores e os encarroçadores
comprovem o atendimento aos requisitos de se-
§ 2º  O Contran regulamentará o uso de pneus extra-
gurança veicular, devendo, para isso, manter dis-
largos para os demais veículos.(Incluído pela Lei nº
poníveis a qualquer tempo os resultados dos testes
13.281, de 2016)(Vigência)
e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos
§ 3º  É permitida a fabricação de veículos de transpor- pela legislação de segurança veicular.
te de passageiros de até 15 m (quinze metros) de
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições
comprimento na configuração de chassi 8x2.(Inclu-
ído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) de segurança, de controle de emissão de gases poluentes
e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigató-
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utiliza- ria, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN
do no transporte de carga indivisível, que não se enquadre para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão
nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CON- de gases poluentes e ruído.
TRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circuns-
crição sobre a via, autorização especial de trânsito, com § 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção
prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas aos veículos reprovados na inspeção de segurança
de segurança consideradas necessárias. e na de emissão de gases poluentes e ruído.

§ 1º A autorização será concedida mediante requeri- § 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput,
mento que especificará as características do veícu- durante 3 (três) anos a partir do primeiro licencia-
lo ou combinação de veículos e de carga, o percur- mento, os veículos novos classificados na categoria
so, a data e o horário do deslocamento inicial. particular, com capacidade para até 7 (sete) passa-
geiros, desde que mantenham suas características
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da respon- originais de fábrica e não se envolvam em acidente
sabilidade por eventuais danos que o veículo ou a de trânsito com danos de média ou grande monta.
combinação de veículos causar à via ou a terceiros. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016 )(Vigência)
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre cami- § 7º Para os demais veículos novos, o período de que
nhões poderá ser concedida, pela autoridade com trata o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mante-
circunscrição sobre a via, autorização especial de nham suas características originais de fábrica e não
trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as se envolvam em acidente de trânsito com danos
medidas de segurança consideradas necessárias.
de média ou grande monta. (Incluído pela Lei nº
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente 13.281, de 2016) (Vigência)
equipado quando transitar, de modo a evitar o derrama-
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos,
mento da carga sobre a via.
entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mí-
I - cinto de segurança, conforme regulamentação espe-
nimos e a forma de proteção das cargas de que trata este
artigo, de acordo com a sua natureza. cífica do CONTRAN, com exceção dos veículos destina-
dos ao transporte de passageiros em percursos em que
seja permitido viajar em pé;
Seção II
VADE MECUM PRF

II - para os veículos de transporte e de condução esco-


Da Segurança dos Veículos lar, os de transporte de passageiros com mais de dez
lugares e os de carga com peso bruto total superior a
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equi-
atendidos os requisitos e condições de segurança estabe- pamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
lecidos neste Código e em normas do CONTRAN. dade e tempo;

29
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veícu- Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transpor-
los automotores, segundo normas estabelecidas pelo te individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer,
CONTRAN; além das exigências previstas neste Código, às condições
técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto
IV - (VETADO)
estabelecidos pelo poder competente para autorizar, per-
V - dispositivo destinado ao controle de emissão de ga- mitir ou conceder a exploração dessa atividade.
ses poluentes e de ruído, segundo normas estabeleci-
das pelo CONTRAN. Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar,
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna a título precário, o transporte de passageiros em veículo
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retro- de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de
visor do lado esquerdo. segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.

VII - equipamento suplementar de retenção - air Parágrafo único. A autorização citada no caput não po-
bag frontal para o condutor e o passageiro do banco derá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a au-
dianteiro. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009) toridade pública responsável deverá implantar o serviço
regular de transporte coletivo de passageiros, em confor-
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos
obrigatórios dos veículos e determinará suas espe- midade com a legislação pertinente e com os dispositivos
cificações técnicas. deste Código. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)

§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamen- Art. 109. O transporte de carga em veículos destina-
to ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito dos ao transporte de passageiros só pode ser realizado de
às penalidades e medidas administrativas previstas acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
neste Código.
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, características para competição ou finalidade análoga só
os encarroçadores de veículos e os revendedores poderá circular nas vias públicas com licença especial da
devem comercializar os seus veículos com os equi- autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.
pamentos obrigatórios definidos neste artigo, e
com os demais estabelecidos pelo CONTRAN. Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendi-
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares
mento do disposto neste artigo.
nos veículos em movimento, salvo nos que possuam
§ 5o  A exigência estabelecida no inciso VII do caput des- espelhos retrovisores em ambos os lados.
te artigo será progressivamente incorporada aos
novos projetos de automóveis e dos veículos deles III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não,
derivados, fabricados, importados, montados ou painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer
encarroçados, a partir do 1o (primeiro) ano após a segurança do veículo, na forma de regulamentação
a definição pelo Contran das especificações téc- do CONTRAN.  (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
nicas pertinentes e do respectivo cronograma de
implantação e a partir do 5o (quinto) ano, após Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de ca-
esta definição, para os demais automóveis zero ráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a
quilômetro de modelos ou projetos já existentes atenção dos condutores em toda a extensão do pára-brisa
e veículos deles derivados.   (Incluído pela Lei nº e da traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a
11.910, de 2009) segurança do trânsito.
§ 6o  A exigência estabelecida no inciso VII do caput des-
Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encar-
te artigo não se aplica aos veículos destinados à
roçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são res-
exportação.  (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009)
ponsáveis civil e criminalmente por danos causados aos
usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de
VADE MECUM PRF

Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modi-


ficação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e
de equipamento de segurança especificado pelo fabrican- equipamentos utilizados na sua fabricação.
te, será exigido, para licenciamento e registro, certificado
de segurança expedido por instituição técnica credenciada
por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme nor-
ma elaborada pelo CONTRAN.

30
Seção III são sujeitos ao registro na repartição competente, se
transitarem em via pública, dispensados o licencia-
Da Identificação do Veículo mento e o emplacamento. (Redação dada pela Lei nº
13.154, de 2015) (Vide)
Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente
por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, re- §4oA. Os tratores e demais aparelhos automotores desti-
produzidos em outras partes, conforme dispuser o CON- nados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
TRAN. executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a
transitar em via pública, são sujeitos ao registro úni-
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou mon- co, sem ônus, em cadastro específico do Ministério
tador, de modo a identificar o veículo, seu fabri- da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acessível
cante e as suas características, além do ano de fa- aos componentes do Sistema Nacional de Trânsi-
bricação, que não poderá ser alterado. to. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) (Vide)

§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de
de prévia autorização da autoridade executiva de uso bélico.
trânsito e somente serão processadas por estabe-
lecimento por ela credenciado, mediante a com- § 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da
provação de propriedade do veículo, mantida a placa dianteira.
mesma identificação anterior, inclusive o ano de
fabricação. § 7o  Excepcionalmente, mediante autorização específi-
ca e fundamentada das respectivas corregedorias e
§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permis- com a devida comunicação aos órgãos de trânsito
são da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou competentes, os veículos utilizados por membros do
ordenar que se faça, modificações da identificação Poder Judiciário e do Ministério Público que exerçam
de seu veículo. competência ou atribuição criminal poderão tempo-
rariamente ter placas especiais, de forma a impedir a
Art. 115. O veículo será identificado externamente por identificação de seus usuários específicos, na forma
meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo
sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos es- Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho
tabelecidos pelo CONTRAN. Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Con-
selho Nacional de Trânsito - CONTRAN. (Incluído pela
§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados Lei nº 12.694, de 2012)
para cada veículo e o acompanharão até a baixa
do registro, sendo vedado seu reaproveitamento. § 8o  Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrí-
cola (jericos), para efeito do registro de que trata o §
§ 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandei- 4o-A, ficam dispensados da exigência prevista no art.
ra Nacional serão usadas somente pelos veículos de 106. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
representação pessoal do Presidente e do Vice-Pre-
sidente da República, dos Presidentes do Senado § 9º   As placas que possuírem tecnologia que permita a
Federal e da Câmara dos Deputados, do Presidente identificação do veículo ao qual estão atreladas são dis-
e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Mi- pensadas da utilização do lacre previsto no caput, na
nistros de Estado, do Advogado-Geral da União e do forma a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela
Procurador-Geral da República. Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados
Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, e do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados,
Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes somente quando estritamente usados em serviço reservado
das Assembléias Legislativas, das Câmaras Munici- de caráter policial, poderão usar placas particulares, obede-
pais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do cidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação que
Distrito Federal, e do respectivo chefe do Ministé- regulamenta o uso de veículo oficial.
rio Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
VADE MECUM PRF

Armadas terão placas especiais, de acordo com os Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos
modelos estabelecidos pelo CONTRAN. de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
§ 4o  Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a exe- tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo
cutar trabalhos de construção ou de pavimentação com sua classificação.

31
CAPÍTULO X Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certifica-
do de Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL e especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo
as características e condições de invulnerabilidade à falsifi-
Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, cação e à adulteração.
independentemente de sua origem, em trânsito entre o
Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro
internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código, de Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o ca-
pelas convenções e acordos internacionais ratificados. dastro do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes
documentos:
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de con-
trole de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor,
entrada e saída temporária ou definitiva de veículos. ou documento equivalente expedido por autoridade
competente;
§ 1º   Os veículos licenciados no exterior não poderão
sair do território nacional sem o prévio pagamento II - documento fornecido pelo Ministério das Relações
ou o depósito, judicial ou administrativo, dos va- Exteriores, quando se tratar de veículo importado por
lores correspondentes às infrações de trânsito co- membro de missões diplomáticas, de repartições con-
metidas e ao ressarcimento de danos que tiverem sulares de carreira, de representações de organismos
causado ao patrimônio público ou de particulares, internacionais e de seus integrantes.
independentemente da fase do processo adminis-
trativo ou judicial envolvendo a questão. (Incluído Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certifica-
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) do de Registro de Veículo quando:

§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o I - for transferida a propriedade;


cumprimento do disposto no § 1º e que posterior-
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou
mente forem flagrados tentando ingressar ou já
residência;
em circulação no território nacional serão retidos
até a regularização da situação. (Incluído pela Lei III - for alterada qualquer característica do veículo;
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
IV - houver mudança de categoria.
CAPÍTULO XI § 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo
para o proprietário adotar as providências neces-
DO REGISTRO DE VEÍCULOS sárias à efetivação da expedição do novo Certifica-
do de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
que nos demais casos as providências deverão ser
reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o
imediatas.
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe-
deral, no Município de domicílio ou residência de seu pro- § 2º No caso de transferência de domicílio ou residên-
prietário, na forma da lei. cia no mesmo Município, o proprietário comuni-
cará o novo endereço num prazo de trinta dias e
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e
aguardará o novo licenciamento para alterar o Cer-
do Distrito Federal somente registrarão veículos
tificado de Licenciamento Anual.
oficiais de propriedade da administração direta,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos § 3º A expedição do novo certificado será comunicada
Municípios, de qualquer um dos poderes, com in- ao órgão executivo de trânsito que expediu o an-
dicação expressa, por pintura nas portas, do nome, terior e ao RENAVAM.
sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo
nome o veículo será registrado, excetuando-se os Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Re-
VADE MECUM PRF

veículos de representação e os previstos no art. gistro de Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
116.
I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de
uso bélico. II - Certificado de Licenciamento Anual;

32
III - comprovante de transferência de propriedade, quan- Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo
do for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas é da companhia seguradora ou do adquirente do veículo
pelo CONTRAN; destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao
proprietário.
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só
de características do veículo;
efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadas-
V - comprovante de procedência e justificativa da proprie- tro do RENAVAM.
dade dos componentes e agregados adaptados ou mon-
tados no veículo, quando houver alteração das caracterís- Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá
ticas originais de fábrica; ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.

VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Regis-
caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de tro de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas
repartições consulares de carreira, de representações de de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, indepen-
organismos internacionais e de seus integrantes; dentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas.

VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, ex- Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
pedida no Município do registro anterior, que poderá ser propulsão humana e dos veículos de tração animal obe-
substituída por informação do RENAVAM; decerão à regulamentação estabelecida em legislação mu-
nicipal do domicílio ou residência de seus proprietários.
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tri-
butos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veícu- (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
lo, independentemente da responsabilidade pelas infra-
ções cometidas; Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado,
art. 98, quando houver alteração nas características ori- sem ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
ginais do veículo que afetem a emissão de poluentes e tecimento, diretamente ou mediante convênio.  (Incluído
ruído; pela Lei nº 13.154, de 2015)

XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de


poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regula- CAPÍTULO XII
mentações do CONTRAN e do CONAMA.
DO LICENCIAMENTO
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os
agregados e as características originais do veículo deverão ser Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
prestadas ao RENAVAM: reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercializa-
ção, no caso de veículo nacional; Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
veículo.
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
por pessoa física; § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de
uso bélico.
III - pelo importador, no caso de veículo importado por
pessoa jurídica. § 2º No caso de transferência de residência ou domicí-
lio, é válido, durante o exercício, o licenciamento
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM de origem.
serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável
pelo registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão logo Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será ex-
seja o veículo registrado. pedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
VADE MECUM PRF

Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo


Art. 126.  O proprietário de veículo irrecuperável, ou desti-
nado à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no CONTRAN.
prazo e forma estabelecidos pelo Contran, vedada a remon-
tagem do veículo sobre o mesmo chassi de forma a manter o § 1º O primeiro licenciamento será feito simultanea-
registro anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.977, de 2014) mente ao registro.
(Vigência)

33
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado I - registro como veículo de passageiros;
estando quitados os débitos relativos a tributos,
encargos e multas de trânsito e ambientais, vincu- II - inspeção semestral para verificação dos equipamen-
lados ao veículo, independentemente da respon- tos obrigatórios e de segurança;
sabilidade pelas infrações cometidas.
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com
§ 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá com- quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda
provar sua aprovação nas inspeções de segurança a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria,
veicular e de controle de emissões de gases po-
com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso
luentes e de ruído, conforme disposto no art. 104.
de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as co-
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licen- res aqui indicadas devem ser invertidas;
ciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino. IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo;
§ 1o  O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
veículos importados, durante o trajeto entre a al- V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas
fândega ou entreposto alfandegário e o Município nas extremidades da parte superior dianteira e lanter-
de destino. (Renumerado do parágrafo único pela nas de luz vermelha dispostas na extremidade superior
Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) da parte traseira;

Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licen- VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
ciamento Anual.
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios es-
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no
tabelecidos pelo CONTRAN.
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido
sistema informatizado para verificar se o veículo está licen-
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
ciado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local vi-
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o sível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo condução de escolares em número superior à capacidade
de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, estabelecida pelo fabricante.
cópia autenticada do comprovante de transferência de
propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução
ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
impostas e suas reincidências até a data da comunicação.
I - ter idade superior a vinte e um anos;
Parágrafo único. O comprovante de transferência de
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído II - ser habilitado na categoria D;
por documento eletrônico, na forma regulamentada pelo
Contran.(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) III - (VETADO)

Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao trans- IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gra-
porte individual ou coletivo de passageiros de linhas re- víssima, ou ser reincidente em infrações médias durante
gulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, os doze últimos meses;
para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de
característica comercial, deverão estar devidamente autori- V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
zados pelo poder público concedente.
regulamentação do CONTRAN.

Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a compe-


CAPÍTULO XIII
tência municipal de aplicar as exigências previstas em seus
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES regulamentos, para o transporte de escolares.
VADE MECUM PRF

Art. 136. Os veículos especialmente destinados à con-


dução coletiva de escolares somente poderão circular nas
CAPÍTULO XIII-A
vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade exe-
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exi-
gindo-se, para tanto: (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)

34
Art. 139-A.  As motocicletas e motonetas destinadas ao II - saber ler e escrever;
transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – so-
mente poderão circular nas vias com autorização emitida III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: (Incluído pela Parágrafo único. As informações do candidato à habili-
Lei nº 12.009, de 2009) tação serão cadastradas no RENACH.

I – registro como veículo da categoria de aluguel; (Inclu- Art. 141. O processo de habilitação, as normas relati-
ído pela Lei nº 12.009, de 2009) vas à aprendizagem para conduzir veículos automotores e
elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fi-
regulamentados pelo CONTRAN.
xado no chassi do veículo, destinado a proteger o mo-
tor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos § 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão
termos de regulamentação do Conselho Nacional de humana e de tração animal ficará a cargo dos Mu-
Trânsito – Contran; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
nicípios.
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas,
§ 2º (VETADO)
nos termos de regulamentação do Contran; (Incluído
pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em
IV – inspeção semestral para verificação dos equipa- outro país está subordinado às condições estabelecidas
mentos obrigatórios e de segurança. (Incluído pela Lei em convenções e acordos internacionais e às normas do
nº 12.009, de 2009) CONTRAN.

§ 1o  A instalação ou incorporação de dispositivos para Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas cate-
transporte de cargas deve estar de acordo com a gorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:
regulamentação do Contran. (Incluído pela Lei nº
12.009, de 2009) I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de
duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;
§ 2o  É proibido o transporte de combustíveis, produtos
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
que trata este artigo, com exceção do gás de cozi- abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não
nha e de galões contendo água mineral, desde que exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lota-
com o auxílio de side-car, nos termos de regula- ção não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
mentação do Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009,
de 2009) III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utili-
zado em transporte de carga, cujo peso bruto total ex-
Art. 139-B.  O disposto neste Capítulo não exclui a com- ceda a três mil e quinhentos quilogramas;
petência municipal ou estadual de aplicar as exigências
previstas em seus regulamentos para as atividades de mo- IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utili-
to-frete no âmbito de suas circunscrições. (Incluído pela Lei zado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda
nº 12.009, de 2009) a oito lugares, excluído o do motorista;

V - Categoria E - condutor de combinação de veículos


CAPÍTULO XIV em que a unidade tratora se enquadre nas categorias
B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semir-
DA HABILITAÇÃO
reboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lota-
e elétrico será apurada por meio de exames que deverão ção exceda a 8 (oito) lugares.(Redação dada pela Lei nº
ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos do 12.452, de 2011)
Estado ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência
VADE MECUM PRF

do candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
órgão, devendo o condutor preencher os seguintes requi- estar habilitado no mínimo há um ano na catego-
sitos: ria B e não ter cometido nenhuma infração grave
ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações mé-
I - ser penalmente imputável; dias, durante os últimos doze meses.

35
§ 2o  São os condutores da categoria B autorizados a Art. 145-A.  Além do disposto no art. 145, para conduzir
conduzir veículo automotor da espécie motor-ca- ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
sa, definida nos termos do Anexo I deste Código, especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5
cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil quilogra- (cinco) anos, nos termos da normatização do Contran. (In-
mas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) luga- cluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
res, excluído o do motorista.  (Incluído pela Lei nº
12.452, de 2011) Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o
condutor deverá realizar exames complementares exigidos
§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da para habilitação na categoria pretendida.
combinação de veículos com mais de uma unidade
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se
tracionada, independentemente da capacidade de
a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na
tração ou do peso bruto total. (Renumerado pela
seguinte ordem:
Lei nº 12.452, de 2011)
I - de aptidão física e mental;
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator
misto ou o equipamento automotor destinado à movimen- II - (VETADO)
tação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de ter-
raplenagem, de construção ou de pavimentação só podem III - escrito, sobre legislação de trânsito;
ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas
categorias C, D ou E. IV - de noções de primeiros socorros, conforme regula-
mentação do CONTRAN;
Parágrafo único.  O trator de roda e os equipamentos
automotores destinados a executar trabalhos agrícolas po- V - de direção veicular, realizado na via pública, em veí-
derão ser conduzidos em via pública também por condu- culo da categoria para a qual estiver habilitando-se.
tor habilitado na categoria B. (Redação dada pela Lei nº
13.097, de 2015) § 1º  Os resultados dos exames e a identificação dos
respectivos examinadores serão registrados no RE-
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para NACH. (Renumerado do parágrafo único pela Lei
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de nº 9.602, de 1998)
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candi-
 § 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar
dato deverá preencher os seguintes requisitos:
e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos
para condutores com mais de sessenta e cinco
I - ser maior de vinte e um anos;
anos de idade, no local de residência ou domicílio
II - estar habilitado: do examinado. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)

a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mí- § 3o  O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psi-
cológica preliminar e complementar sempre que a
nimo há um ano na categoria C, quando pretender
ele se submeter o condutor que exerce atividade
habilitar-se na categoria D; e
remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pre- para os demais candidatos apenas no exame refe-
tender habilitar-se na categoria E; rente à primeira habilitação.  (Redação dada pela
Lei nº 10.350, de 2001)
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gra-
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física, men-
víssima ou ser reincidente em infrações médias durante
tal, ou de progressividade de doença que possa
os últimos doze meses;
diminuir a capacidade para conduzir o veículo, o
prazo previsto no § 2º poderá ser diminuído por
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
proposta do perito examinador. (Incluído pela Lei
treinamento de prática veicular em situação de risco,
nº 9.602, de 1998)
nos termos da normatização do CONTRAN.
VADE MECUM PRF

§ 5o  O condutor que exerce atividade remunerada ao


Parágrafo único.  A participação em curso especializado
veículo terá essa informação incluída na sua Car-
previsto no inciso IV independe da observância do disposto
teira Nacional de Habilitação, conforme especifi-
no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vigência) cações do Conselho Nacional de Trânsito – Con-
tran. (Incluído pela Lei nº 10.350, de 2001)
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

36
Art. 147-A.  Ao candidato com deficiência auditiva é as- § 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o
segurada acessibilidade de comunicação, mediante empre- consumo de substâncias psicoativas que, compro-
go de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas vadamente, comprometam a capacidade de dire-
as etapas do processo de habilitação.(Incluído pela Lei nº ção e deverá ter janela de detecção mínima de 90
13.146, de 2015) (Vigência) (noventa) dias, nos termos das normas do Contran.
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
§ 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas
teóricas dos cursos que precedem os exames pre- § 2o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
vistos no art. 147 desta Lei deve ser acessível, por Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco)
meio de subtitulação com legenda oculta associa- anos deverão fazer o exame previsto no § 1o no
da à tradução simultânea em Libras. (Incluído pela prazo de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses a contar da
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) realização do disposto no caput. (Incluído pela Lei
nº 13.103, de 2015)(Vigência)
§ 2o É assegurado também ao candidato com deficiên-
cia auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os § 3o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
serviços de intérprete da Libras, para acompanha- Nacional de Habilitação com validade de 3 (três)
mento em aulas práticas e teóricas.(Incluído pela anos deverão fazer o exame previsto no § 1o no
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) prazo de 1 (um) ano e 6 (seis) meses a contar da
realização do disposto no caput.(Incluído pela Lei
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção nº 13.103, de 2015)(Vigência)
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos § 4o É garantido o direito de contraprova e de recurso
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas administrativo no caso de resultado positivo para
estabelecidas pelo CONTRAN. o exame de que trata o caput, nos termos das nor-
mas do Contran.  (Incluído pela Lei nº 13.103, de
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, obriga- 2015)(Vigência)
toriamente, curso de direção defensiva e de con-
ceitos básicos de proteção ao meio ambiente rela- § 5o A reprovação no exame previsto neste artigo terá
cionados com o trânsito. como consequência a suspensão do direito de diri-
gir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão levantamento da suspensão ao resultado negativo
para Dirigir, com validade de um ano. em novo exame, e vedada a aplicação de outras
penalidades, ainda que acessórias.  (Incluído pela
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
ao condutor no término de um ano, desde que o
mesmo não tenha cometido nenhuma infração de § 6o O resultado do exame somente será divulgado
natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente para o interessado e não poderá ser utilizado para
em infração média. fins estranhos ao disposto neste artigo ou no  §
6o do art. 168 da Consolidação das Leis do Traba-
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilita- lho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
ção, tendo em vista a incapacidade de atendimen- 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103,
to do disposto no parágrafo anterior, obriga o can- de 2015) (Vigência)
didato a reiniciar todo o processo de habilitação.
§ 7o O exame será realizado, em regime de livre concor-
§ 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN po- rência, pelos laboratórios credenciados pelo De-
derá dispensar os tripulantes de aeronaves que partamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos
apresentarem o cartão de saúde expedido pelas termos das normas do Contran, vedado aos entes
Forças Armadas ou pelo Departamento de Aero- públicos: (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vi-
náutica Civil, respectivamente, da prestação do gência)
exame de aptidão física e mental.(Incluído pela Lei
VADE MECUM PRF

nº 9.602, de 1998) I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº


13.103, de 2015) (Vigência)
Art. 148-A.  Os condutores das categorias C, D e E deve-
rão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação II - limitar o número de empresas ou o número de locais
e renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído em que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

37
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (In- Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instru-
cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) tores e examinadores serão de advertência, suspensão e
cancelamento da autorização para o exercício da atividade,
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo ante- conforme a falta cometida.
rior, o condutor que não tenha curso de direção defensiva
e primeiros socorros deverá a eles ser submetido, confor- Art. 154. Os veículos destinados à formação de condu-
me normatização do CONTRAN. tores serão identificados por uma faixa amarela, de vinte
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores con- meia altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
tratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a
fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado
outros conforme normatização do CONTRAN. para aprendizagem, quando autorizado para servir a esse
fim, deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre altura, faixa branca removível, de vinte centímetros de lar-
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candida- gura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
to só poderá repetir o exame depois de decorridos quinze
dias da divulgação do resultado. Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor
e elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo ór-
Art. 152.  O exame de direção veicular será realizado gão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fede-
perante comissão integrada por 3 (três) membros desig- ral, pertencente ou não à entidade credenciada.
nados pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização
para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física,
menos um membro deverá ser habilitado na cate- mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsi-
goria igual ou superior à pretendida pelo candida- to.  (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
to.
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento
§ 2º   Os militares das Forças Armadas e os policiais e para prestação de serviço pelas auto-escolas e outras en-
bombeiros dos órgãos de segurança pública da tidades destinadas à formação de condutores e às exigên-
União, dos Estados e do Distrito Federal que pos- cias necessárias para o exercício das atividades de instrutor
suírem curso de formação de condutor ministra- e examinador.
do em suas corporações serão dispensados, para
a concessão do documento de habilitação, dos Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:   (Vide
exames aos quais se houverem submetido com Lei nº 12.217, de 2010) Vigência
aprovação naquele curso, desde que neles sejam
observadas as normas estabelecidas pelo Contran. I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo ór-
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigên- gão executivo de trânsito;
cia)
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interes-
sado na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado
requerimento com ofício do comandante, chefe ou na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
diretor da unidade administrativa onde prestar ser- acompanhante.  (Renumerado do parágrafo único
viço, do qual constarão o número do registro de pela Lei nº 12.217, de 2010).
identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e
categoria em que se habilitou a conduzir, acom- § 2o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente re-
panhado de cópia das atas dos exames prestados. alizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigên- fixar-lhe a carga horária mínima corresponden-
cia) te.  (Incluído pela Lei nº 12.217, de 2010).

§ 4º (VETADO) Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida


VADE MECUM PRF

em modelo único e de acordo com as especificações do


Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuá- CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
rio a identificação de seus instrutores e examinadores, que Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condu-
serão passíveis de punição conforme regulamentação a ser tor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade
estabelecida pelo CONTRAN. em todo o território nacional.

38
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou CAPÍTULO XV
da Carteira Nacional de Habilitação quando o con-
dutor estiver à direção do veículo. DAS INFRAÇÕES

§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Ha- Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância
bilitação será regulamentada pelo CONTRAN. de qualquer preceito deste Código, da legislação comple-
mentar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas
em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo
para Dirigir somente terão validade para a condu-
XIX.
ção de veículo quando apresentada em original.
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às
§ 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas
expedida e a da autoridade expedidora serão re- administrativas definidas nas próprias resoluções.
gistradas no RENACH.
Art. 162. Dirigir veículo:
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro
no RENACH, agregando-se neste todas as informa- I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Per-
ções. missão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ci-
clomotor: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de (Vigência)
Habilitação ou a emissão de uma nova via somente
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
será realizada após quitação de débitos constantes
de 2016) (Vigência)
do prontuário do condutor.
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está nº 13.281, de 2016) (Vigência)
condicionada ao prazo de vigência do exame de
aptidão física e mental.  (Incluído pela Lei nº 9.602, Medida administrativa - retenção do veículo até a
de 1998) apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) (Vigência)
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
vigência do Código anterior, será substituída por II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão
ocasião do vencimento do prazo para revalidação para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor
do exame de aptidão física e mental, ressalvados cassada ou com suspensão do direito de dirigir:(Reda-
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
os casos especiais previstos nesta Lei. (Incluído
pela Lei nº 9.602, de 1998) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
deverá ser submetido a novos exames para que possa vol- Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei
tar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo nº 13.281, de 2016) (Vigência)
CONTRAN, independentemente do reconhecimento da
prescrição, em face da pena concretizada na sentença. Medida administrativa - recolhimento do documento
de habilitação e retenção do veículo até a apresentação de
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele en- condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
volvido poderá ser submetido aos exames exigi- (Vigência)
dos neste artigo, a juízo da autoridade executiva
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão
estadual de trânsito, assegurada ampla defesa ao
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que
condutor. esteja conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281,
de 2016) (Vigência)
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade exe-
VADE MECUM PRF

cutiva estadual de trânsito poderá apreender o Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
documento de habilitação do condutor até a sua de 2016) (Vigência)
aprovação nos exames realizados.
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência)

39
Medida administrativa - retenção do veículo até a apre- Medida administrativa - recolhimento do documento
sentação de condutor habilitado;(Redação dada pela Lei nº de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto
13.281, de 2016)(Vigência) no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de
1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.  (Redação dada
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação pela Lei nº 12.760, de 2012)
vencida há mais de trinta dias:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Infração - gravíssima; no caput  em caso de reincidência no período de até 12
(doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Penalidade - multa;
Art. 165-A.  Recusar-se a ser submetido a teste, exame
Medida administrativa - recolhimento da Carteira clínico, perícia ou outro procedimento que permita certi-
Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a ficar influência de álcool ou outra substância psicoativa,
apresentação de condutor habilitado; na forma estabelecida pelo art. 277:  (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016)(Vigência)
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxi-
liar de audição, de prótese física ou as adaptações do Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
veículo impostas por ocasião da concessão ou da reno- 2016) (Vigência)
vação da licença para conduzir:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito
Infração - gravíssima; de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016)(Vigência)
Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do documento
Medida administrativa - retenção do veículo até de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto
o saneamento da irregularidade ou apresentação de no § 4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
condutor habilitado. (Vigência)
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa previs-
condições previstas no artigo anterior: ta no caput  em caso de reincidência no período de até
12 (doze) meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
(Vigência)
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pes-
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III soa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíqui-
do artigo anterior. co, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança:

Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas Infração - gravíssima;
nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
Penalidade - multa.
passe a conduzi-lo na via:
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cin-
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
to de segurança, conforme previsto no art. 65:
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Infração - grave;
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III
Penalidade - multa;
do art. 162.
Medida administrativa - retenção do veículo até
Art. 165.  Dirigir sob a influência de álcool ou de qual-
colocação do cinto pelo infrator.
quer outra substância psicoativa que determine dependên-
cia:  (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor
VADE MECUM PRF

sem observância das normas de segurança especiais esta-


Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705,
belecidas neste Código:
de 2008)
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito
de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº Penalidade - multa;
12.760, de 2012)

40
Medida administrativa - retenção do veículo até que a Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
irregularidade seja sanada. dirigir e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº
12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indis-
pensáveis à segurança: Medida administrativa - recolhimento do documento
de habilitação e remoção do veículo.
Infração - leve;
§ 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e
Penalidade - multa. aos condutores participantes. (Incluído pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
atravessando a via pública, ou os demais veículos: § 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
caso de reincidência no período de 12 (doze)
Infração - gravíssima; meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Art. 175.  Utilizar-se de veículo para demonstrar ou
Medida administrativa - retenção do veículo e exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, der-
recolhimento do documento de habilitação. rapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamen-
to de pneus: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pe-
(Vigência)
destres ou veículos, água ou detritos:
Infração - gravíssima;
Infração - média;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
Penalidade - multa.
dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos 12.971, de 2014) (Vigência)
ou substâncias:
Medida administrativa - recolhimento do documento
Infração - média; de habilitação e remoção do veículo.

Penalidade - multa. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista


no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
Art. 173.  Disputar corrida:(Redação dada pela Lei nº meses da infração anterior.  (Incluído pela Lei nº 12.971, de
12.971, de 2014)(Vigência) 2014) (Vigência)

Infração - gravíssima; Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com


vítima:
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
dirigir e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo
12.971, de 2014)(Vigência) fazê-lo;

Medida administrativa - recolhimento do documento II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido


de habilitação e remoção do veículo. de evitar perigo para o trânsito no local;

Parágrafo único.  Aplica-se em dobro a multa prevista III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos
no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) da polícia e da perícia;
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de
2014)(Vigência) IV - de adotar providências para remover o veículo do
local, quando determinadas por policial ou agente da
Art. 174.  Promover, na via, competição, eventos orga- autoridade de trânsito;
nizados, exibição e demonstração de perícia em manobra
VADE MECUM PRF

de veículo, ou deles participar, como condutor, sem per- V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informa-
missão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre ções necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
a via:(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito
de dirigir;

41
Medida administrativa - recolhimento do documento II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
de habilitação. centímetros a um metro:

Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima Infração - leve;


de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade
e seus agentes: Penalidade - multa;

Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;

Penalidade - multa. III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de


um metro:
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
vítima, de adotar providências para remover o veículo do Infração - grave;
local, quando necessária tal medida para assegurar a segu-
Penalidade - multa;
rança e a fluidez do trânsito:
Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Penalidade - multa. Código:
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo Infração - média;
na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto
de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente Penalidade - multa;
sinalizado:
Medida administrativa - remoção do veículo;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
rápido: V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias,
das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acos-
Infração - grave; tamento:

Penalidade - multa; Infração - gravíssima;

Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

II - nas demais vias: Medida administrativa - remoção do veículo;

Infração - leve; VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de


água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâ-
Penalidade - multa. neas, desde que devidamente identificados, conforme
especificação do CONTRAN:
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
combustível: Infração - média;

Infração - média; Penalidade - multa;

Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;

Medida administrativa - remoção do veículo. VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:

Art. 181. Estacionar o veículo: Infração - leve;

I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do Penalidade - multa;


alinhamento da via transversal:
Medida administrativa - remoção do veículo;
VADE MECUM PRF

Infração - média;
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre,
Penalidade - multa; sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refú-
gios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de
Medida administrativa - remoção do veículo; pista de rolamento, marcas de canalização, gramados
ou jardim público:

42
Infração - grave; XV - na contramão de direção:

Penalidade - multa; Infração - média;

Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente
destinada à entrada ou saída de veículos: freado e sem calço de segurança, quando se tratar de
veículo com peso bruto total superior a três mil e qui-
Infração - média; nhentos quilogramas:

Penalidade - multa; Infração - grave;

Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;

X - impedindo a movimentação de outro veículo: Medida administrativa - remoção do veículo;

Infração - média; XVII - em desacordo com as condições regulamentadas


especificamente pela sinalização (placa - Estacionamen-
Penalidade - multa; to Regulamentado):
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - leve;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla: Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015)(Vigência)
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a cir- pela sinalização (placa - Proibido Estacionar):
culação de veículos e pedestres:
Infração - média;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Es-
de ponto de embarque ou desembarque de passagei- tacionar):
ros de transporte coletivo ou, na inexistência desta si-
nalização, no intervalo compreendido entre dez metros Infração - grave;
antes e depois do marco do ponto:
Penalidade - multa;
Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa;
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência
Medida administrativa - remoção do veículo; ou idosos, sem credencial que comprove tal condição:
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
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Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de


Infração - grave; 2016) (Vigência)
Penalidade - multa; Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo;

43
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído Infração - média;
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
após a remoção do veículo.
Infração - média;
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abando-
nar o calço de segurança na via. Penalidade - multa;

Art. 182. Parar o veículo: IX - na contramão de direção:

I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do Infração - média;


alinhamento da via transversal:
Penalidade - multa;
Infração - média;
X - em local e horário proibidos especificamente pela
Penalidade - multa; sinalização (placa - Proibido Parar):

Infração - média;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
centímetros a um metro:
Penalidade - multa.
Infração - leve;
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
mudança de sinal luminoso:
Penalidade - multa;
Infração - média;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de
um metro: Penalidade - multa.
Infração - média; Art. 184. Transitar com o veículo:
Penalidade - multa; I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo,
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões
Código: à direita:
Infração - leve; Infração - leve;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como
das vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de circulação exclusiva para determinado tipo de veí-
de acostamento: culo:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamenta-
nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista da com circulação destinada aos veículos de transporte
de rolamento e marcas de canalização: público coletivo de passageiros, salvo casos de força
maior e com autorização do poder público competente:
Infração - leve; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
VADE MECUM PRF

Penalidade - multa; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de


2015)
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a cir-
culação de veículos e pedestres: Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
pela Lei nº 13.154, de 2015)

44
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído Penalidade - multa.
pela Lei nº 13.154, de 2015)
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, dei- este com prioridade de passagem devidamente identifica-
xar de conservá-lo: da por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e ilu-
minação vermelha intermitentes:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regula-
mentação, exceto em situações de emergência; Infração - grave;

II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior Penalidade - multa.


porte:
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitan-
Infração - média; do em sentidos opostos, estejam na iminência de passar
um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi-
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para to de dirigir. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessá- (Vigência)
rio, respeitada a preferência do veículo que transitar em
sentido contrário: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
no  caput  em caso de reincidência no período de até 12
Infração - grave; (doze) meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa;
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança late-
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido ral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
único de circulação: relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento,
a velocidade, as condições climáticas do local da circulação
Infração - gravíssima; e do veículo:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos Penalidade - multa.
pela regulamentação estabelecida pela autoridade compe-
tente:  Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardina-
I - para todos os tipos de veículos: mentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamen-
to, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jar-
Infração - média;
dins públicos:
Penalidade - multa;
Infração - gravíssima;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrom-
Penalidade - multa (três vezes).
pendo ou perturbando o trânsito:
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância
Infração - média;
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
Penalidade - multa. riscos à segurança:

Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos prece- Infração - grave;
didos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento,
Penalidade - multa.
VADE MECUM PRF

de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às am-


bulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autori-
identificados por dispositivos regulamentados de alarme dade competente de trânsito ou de seus agentes:
sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Infração - grave;
Infração - gravíssima;

45
Penalidade - multa. Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971,
de 2014) (Vigência)
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela
do veículo, o início da marcha, a realização da manobra Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de
circulação: Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:

Infração - grave; I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade sufi-


ciente;
Penalidade - multa.
II - nas faixas de pedestre;
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veí-
culo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro III - nas pontes, viadutos ou túneis;
da respectiva mão de direção, quando for manobrar para
um desses lados: IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento
Infração - média; à livre circulação;

Penalidade - multa. V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão


de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou sim-
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quan- ples contínua amarela:
do solicitado:
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971,
Infração - média; de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa. Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo
da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de Parágrafo único.  Aplica-se em dobro a multa prevista
que vai entrar à esquerda: no caput  em caso de reincidência no período de até 12
(doze) meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº
Infração - média;
12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa.
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou
coletivo ou de escolares, parado para embarque ou desem- entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para
barque de passageiros, salvo quando houver refúgio de se- operação de retorno:
gurança para o pedestre:
Infração - grave;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com
metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
bicicleta:
Infração - leve;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 206. Executar operação de retorno:
VADE MECUM PRF

Art. 202. Ultrapassar outro veículo:


I - em locais proibidos pela sinalização;
I - pelo acostamento;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e tú-
II - em interseções e passagens de nível; neis;

46
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardi- Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor
namento ou canteiros de divisões de pista de rolamen- linha férrea:
to, refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não
motorizados; Infração - gravíssima;

IV - nas interseções, entrando na contramão de direção Penalidade - multa.


da via transversal;
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respec-
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, tiva marcha for interceptada:
ainda que em locais permitidos:
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passe-
Infração - gravíssima; atas, desfiles e outros:

Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à
esquerda em locais proibidos pela sinalização: II - por agrupamento de veículos, como cortejos, forma-
ções militares e outros:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
parada obrigatória: Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pe-
destre e a veículo não motorizado:
Infração - gravíssima;
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
Penalidade - multa.
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocor-
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário ra sinal verde para o veículo;
com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar
de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e
evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: gestantes:

Infração - grave; Infração - gravíssima;

Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário po- IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não
licial: haja sinalização a ele destinada;

Infração - gravíssima; V - que esteja atravessando a via transversal para onde


se dirige o veículo:
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão
do direito de dirigir; Infração - grave;

Medida administrativa - remoção do veículo e Penalidade - multa.


recolhimento do documento de habilitação.
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em ra-
I - em interseção não sinalizada:
zão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou
qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não
VADE MECUM PRF

a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rota-


motorizados: tória;
Infração - grave; b) a veículo que vier da direita;
Penalidade - multa. II - nas interseções com sinalização de regulamentação
de Dê a Preferência:

47
Infração - grave; Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior
à metade da velocidade máxima estabelecida para a via,
Penalidade - multa. retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as con-
dições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar se estiver na faixa da direita:
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem
as precauções com a segurança de pedestres e de outros Infração - média;
veículos:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de
Penalidade - multa. forma compatível com a segurança do trânsito:

Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações,
sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros cortejos, préstitos e desfiles:
veículos:
Infração - gravíssima;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado
Art. 218.  Transitar em velocidade superior à máxima pelo agente da autoridade de trânsito, mediante sinais
permitida para o local, medida por instrumento ou equi- sonoros ou gestos;
pamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
arteriais e demais vias: (Redação dada pela Lei nº 11.334, III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
de 2006) acostamento;

I - quando a velocidade for superior à máxima em até IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
20% (vinte por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, sinalizada;
de 2006)
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cer-
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de cada;
2006)
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334,
de 2006) VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com adver-
tência de obras ou trabalhadores na pista;
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais
de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
IX - quando houver má visibilidade;
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
2006)
defeituoso ou avariado;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, XI - à aproximação de animais na pista;
de 2006)
XII - em declive;
III - quando a velocidade for superior à máxima em
mais de 50% (cinquenta por cento): (Incluído pela Lei nº XIII - ao ultrapassar ciclista:
11.334, de 2006)
Infração - grave;
Infração - gravíssima;  (Incluído pela Lei nº 11.334, de
VADE MECUM PRF

2006) Penalidade - multa;

Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações
do direito de dirigir e apreensão do documento de de embarque e desembarque de passageiros ou onde
habilitação. (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006) haja intensa movimentação de pedestres:

48
Infração - gravíssima; Infração - grave;

Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos tenha sido utilizado para sinalização temporária da via:
pelo CONTRAN:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 227. Usar buzina:
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização e apreensão das placas irregulares. I - em situação que não a de simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a condutores de outros ve-
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele
ículos;
que confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou
de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
regulamentação.
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
atendimento de emergência, o sistema de iluminação ver- IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
melha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de
incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das V - em desacordo com os padrões e freqüências esta-
ambulâncias, ainda que parados: belecidas pelo CONTRAN:
Infração - média;
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em vo-
facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro
lume ou freqüência que não sejam autorizados pelo CON-
condutor:
TRAN:
Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em
vias providas de iluminação pública: Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de
alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o
Infração - leve; sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo
CONTRAN:
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes Penalidade - multa e apreensão do veículo;
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias
para tornar visível o local, quando: Medida administrativa - remoção do veículo.
VADE MECUM PRF

I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou Art. 230. Conduzir o veículo:


permanecer no acostamento;
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser ou qualquer outro elemento de identificação do veículo
retirada imediatamente:
violado ou falsificado;

49
II - transportando passageiros em compartimento de XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva:
carga, salvo por motivo de força maior, com permis-
são da autoridade competente e na forma estabelecida Infração - grave;
pelo CONTRAN;
Penalidade - multa;
III - com dispositivo anti-radar;
Medida administrativa - retenção do veículo para
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; regularização;

V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; XX - sem portar a autorização para condução de esco-
lares, na forma estabelecida no art. 136:
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
condições de legibilidade e visibilidade: Infração - grave;

Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo;

Penalidade - multa e apreensão do veículo; XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais
inscrições previstas neste Código;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinali-
VII - com a cor ou característica alterada; zação ou com lâmpadas queimadas:

VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança Infração - média;


veicular, quando obrigatória;
Penalidade - multa.
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ine-
ficiente ou inoperante; XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas
no art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o do condutor ao volante e aos intervalos para descan-
estabelecido pelo CONTRAN; so, quando se tratar de veículo de transporte de carga
ou coletivo de passageiros: (Redação dada pela Lei nº
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de ex- 13.103, de 2015)(Vigência)
plosão defeituoso, deficiente ou inoperante;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
XII - com equipamento ou acessório proibido; 2015) (Vigência)

XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103,
de sinalização alterados; de 2015) (Vigência)

XIV - com registrador instantâneo inalterável de velo- Medida administrativa - retenção do veículo para cum-
cidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver primento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada
exigência desse aparelho; pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
caráter publicitário afixados ou pintados no pára-brisa (Vigência)
e em toda a extensão da parte traseira do veículo, exce-
tuadas as hipóteses previstas neste Código; § 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos
12 (doze) meses, será convertida, automaticamen-
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por pe- te, a penalidade disposta no inciso XXIII em infra-
lículas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; ção grave.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Vigência)
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autoriza-
das pela legislação; § 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a libera-
VADE MECUM PRF

ção do veículo fica condicionada ao pagamento ou


XVIII - em mau estado de conservação, comprometen- ao depósito, judicial ou administrativo, da multa.
do a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
de segurança e de emissão de poluentes e ruído, pre-
vista no art. 104; Art. 231. Transitar com o veículo:

50
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogra-
mas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
gência)
a) carga que esteja transportando;
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da
Infração - gravíssima; carga excedente;
Penalidade - multa; VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
autoridade competente para transitar com dimensões exceden-
Medida administrativa - retenção do veículo para
tes, ou quando a mesma estiver vencida:
regularização;
Infração - grave;
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
superiores aos fixados pelo CONTRAN; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores Medida administrativa - remoção do veículo;
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinaliza-
ção, sem autorização: VII - com lotação excedente;
Infração - grave; VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
Penalidade - multa; maior ou com permissão da autoridade competente:
Medida administrativa - retenção do veículo para Infração - média;
regularização;
Penalidade - multa;
V - com excesso de peso, admitido percentual de tole-
rância quando aferido por equipamento, na forma a ser Medida administrativa - retenção do veículo;
estabelecida pelo CONTRAN:
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Infração - média;
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos
quilogramas ou fração de excesso de peso apurado, Penalidade - multa;
constante na seguinte tabela:
Medida administrativa - retenção do veículo;
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco
reais e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei X - excedendo a capacidade máxima de tração:
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui- o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e qua- ser regulamentada pelo CONTRAN;
tro centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) Penalidade - multa;

c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogra- Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de
mas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito cen- carga excedente.
tavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
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(Vigência) Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisos
V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) à capacidade máxima de tração, não computado o percentual
- R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois cen- tolerado na forma do disposto na legislação, somente poderá
tavos); (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) continuar viagem após descarregar o que exceder, segundo cri-
(Vigência) térios estabelecidos na referida legislação complementar.

51
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito
obrigatório referidos neste Código: ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de ha-
bilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros
Infração - leve; exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:

Penalidade - multa; Infração - gravíssima;

Medida administrativa - retenção do veículo até a Penalidade - multa e apreensão do veículo;


apresentação do documento.
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para
ocorridas as hipóteses previstas no art. 123: regularização, sem permissão da autoridade competente
ou de seus agentes:
Infração - grave;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. Medida administrativa - remoção do veículo.

Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilita- Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do
ção e de identificação do veículo: registro de veículo irrecuperável ou definitivamente des-
montado:
Infração - gravíssima;
Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes de Registro e do Certificado de Licenciamento Anual.
externas do veículo, salvo nos casos devidamente autori-
zados: Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do
veículo ou de habilitação do condutor:
Infração - grave;
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo para
transbordo. Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
registro, licenciamento ou habilitação:
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou
corda, salvo em casos de emergência: Infração - gravíssima;

Infração - média; Penalidade - multa.

Penalidade - multa. Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao


órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas pla-
especificações, e com falta de inscrição e simbologia neces- cas e documentos:
sárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação:
Infração - grave;
Infração - grave;
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Penalidade - multa;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
Medida administrativa - retenção do veículo para documentos.
regularização.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:

52
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou ócu- § 2º
Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alí-
los de proteção e vestuário de acordo com as normas e nea b do parágrafo anterior:
especificações aprovadas pelo CONTRAN;
Infração - média;
II - transportando passageiro sem o capacete de segu-
rança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora Penalidade - multa.
do assento suplementar colocado atrás do condutor ou
em carro lateral; § 3o  A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste
artigo não se aplica às motocicletas e motonetas
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas que tracionem semi-reboques especialmente pro-
em uma roda; jetados para esse fim e devidamente homologa-
dos pelo órgão competente. (Incluído pela Lei nº
IV - com os faróis apagados; 10.517, de 2002)

V - transportando criança menor de sete anos ou que Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias,
não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou
sua própria segurança: entidade de trânsito com circunscrição sobre a via:

Infração - gravíssima; Infração - grave;

Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Penalidade - multa;

Medida administrativa - Recolhimento do documento Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do


de habilitação; material.

VI - rebocando outro veículo; Parágrafo único. A penalidade e a medida administra-


tiva incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável.
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
eventualmente para indicação de manobras; Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no
VIII – transportando carga incompatível com suas espe- leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
cificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do
indevidamente:
art. 139-A desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.009, de
2009) Infração - gravíssima;
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a
em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei
critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à
ou com as normas que regem a atividade profissional
segurança.
dos mototaxistas: (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa
Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a
Penalidade – multa;  (Incluído pela Lei nº 12.009, de autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a si-
2009) nalização de emergência, às expensas do responsável, ou,
se possível, promover a desobstrução.
Medida administrativa – apreensão do veículo para
regularização. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de ro-
lamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e humana e os de tração animal, sempre que não houver
VIII, além de: acostamento ou faixa a eles destinados:

a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento Infração - média;


especial a ele destinado;
VADE MECUM PRF

Penalidade - multa.
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, sal-
vo onde houver acostamento ou faixas de rolamento Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transpor-
próprias; te de passageiros carga excedente em desacordo com o
estabelecido no art. 109:
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstân-
cias, condições de cuidar de sua própria segurança. Infração - grave;

53
Penalidade - multa; Art. 252. Dirigir o veículo:

Medida administrativa - retenção para o transbordo. I - com o braço do lado de fora;

Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de II - transportando pessoas, animais ou volume à sua es-
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de em- querda ou entre os braços e pernas;
barque ou desembarque de passageiros e carga ou descar-
ga de mercadorias: III - com incapacidade física ou mental temporária que
comprometa a segurança do trânsito;
Infração - média;
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
Penalidade - multa. comprometa a utilização dos pedais;

Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva
fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha
I - deixar de manter acesa a luz baixa: do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do
veículo;
a) durante a noite;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e aparelhagem sonora ou de telefone celular;
nas rodovias; (Redação dada pela Lei  nº 13.290, de
2016) (Vigência) Infração - média;

c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transpor- Penalidade - multa.


te coletivo de passageiros, circulando em faixas ou
pistas a eles destinadas; VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em
movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores;
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de po-
sição sob chuva forte, neblina ou cerração; Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de
2015)
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracte-
Infração - média; rizar-se-á como infração gravíssima no caso de o condutor
estar segurando ou manuseando telefone celular.(Incluído
Penalidade - multa. pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: Art. 253. Bloquear a via com veículo:

I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações Infração - gravíssima;


de emergência;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas se-
guintes situações: Medida administrativa - remoção do veículo.

a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamen-
a outro condutor que se tem o propósito de ultra- te, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via
sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com cir-
passá-lo;
cunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
b) em imobilizações ou situação de emergência, como
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
advertência, utilizando pisca-alerta;
2016)
VADE MECUM PRF

c) quando a sinalização de regulamentação da via de-


Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito
terminar o uso do pisca-alerta:
de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281,
Infração - média; de 2016)

Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído


pela Lei nº 13.281, de 2016)

54
§ 1º  Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes I - advertência por escrito;
aos organizadores da conduta prevista no caput.(In-
cluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) II - multa;

§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência III - suspensão do direito de dirigir;


no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;

§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou VI - cassação da Permissão para Dirigir;


jurídicas que incorram na infração, devendo a auto-
ridade com circunscrição sobre a via restabelecer de VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
imediato, se possível, as condições de normalidade
para a circulação na via. (Incluído pela Lei nº 13.281, § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Códi-
de 2016) go não elide as punições originárias de ilícitos pe-
nais decorrentes de crimes de trânsito, conforme
 Art. 254. É proibido ao pedestre:
disposições de lei.
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto
para cruzá-las onde for permitido; § 2º (VETADO)

II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos
túneis, salvo onde exista permissão; órgãos ou entidades executivos de trânsito res-
ponsáveis pelo licenciamento do veículo e habili-
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo tação do condutor.
quando houver sinalização para esse fim;
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor,
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de pertur- ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transpor-
bar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, es- tador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e
porte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com
deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressa-
a devida licença da autoridade competente;
mente mencionados neste Código.
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea
ou subterrânea; § 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão
impostas concomitantemente as penalidades de
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; que trata este Código toda vez que houver respon-
sabilidade solidária em infração dos preceitos que
Infração - leve; lhes couber observar, respondendo cada um de per
si pela falta em comum que lhes for atribuída.
Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do va-
lor da infração de natureza leve. § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilida-
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja de pela infração referente à prévia regularização e
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desa- preenchimento das formalidades e condições exi-
cordo com o disposto no parágrafo único do art. 59: gidas para o trânsito do veículo na via terrestre,
conservação e inalterabilidade de suas caracterís-
Infração - média; ticas, componentes, agregados, habilitação legal
e compatível de seus condutores, quando esta for
Penalidade - multa; exigida, e outras disposições que deva observar.
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra-
recibo para o pagamento da multa.
ções decorrentes de atos praticados na direção do
veículo.
CAPÍTULO XVI
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa
VADE MECUM PRF

DAS PENALIDADES ao transporte de carga com excesso de peso nos


eixos ou no peso bruto total, quando simultane-
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das compe- amente for o único remetente da carga e o peso
tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circuns- declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
crição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes inferior àquele aferido.
penalidades:

55
§ 5º O transportador é o responsável pela infração re- II - infração de natureza grave, punida com multa no
lativa ao transporte de carga com excesso de peso valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte
nos eixos ou quando a carga proveniente de mais e três centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
de um embarcador ultrapassar o peso bruto total. 2016) (Vigência)

§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamen- III - infração de natureza média, punida com multa no
te responsáveis pela infração relativa ao excesso de valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis cen-
peso bruto total, se o peso declarado na nota fis- tavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
cal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal. gência)

IV - infração de natureza leve, punida com multa no


§ 7o  Não sendo imediata a identificação do infrator,
valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito
o principal condutor ou o proprietário do veículo
centavos).(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
terá quinze dias de prazo, após a notificação da
(Vigência)
autuação, para apresentá-lo, na forma em que dis-
puser o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multi-
ao fim do qual, não o fazendo, será considerado plicador ou índice adicional específico é o previsto
responsável pela infração o principal condutor ou, neste Código.
em sua ausência, o proprietário do veículo.(Reda-
ção dada pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) Art. 259. A cada infração cometida são computados os
seguintes números de pontos:
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
havendo identificação do infrator e sendo o veí- I - gravíssima - sete pontos;
culo de propriedade de pessoa jurídica, será lavra-
da nova multa ao proprietário do veículo, mantida II - grave - cinco pontos;
a originada pela infração, cujo valor é o da multa
III - média - quatro pontos;
multiplicada pelo número de infrações iguais co-
metidas no período de doze meses. IV - leve - três pontos.

§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime § 1º (VETADO)


do disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
§ 2º (VETADO)
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo
de trânsito o principal condutor do veículo, o qual, § 4o Ao condutor identificado no ato da infração será
após aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em atribuída pontuação pelas infrações de sua res-
campo próprio do cadastro do veículo no Rena- ponsabilidade, nos termos previstos no § 3o do
vam.(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) art. 257, excetuando-se aquelas praticadas por
passageiros usuários do serviço de transporte
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam:(In- rodoviário de passageiros em viagens de longa
cluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) distância transitando em rodovias com a utiliza-
ção de ônibus, em linhas regulares intermunicipal,
I -quando houver transferência de propriedade do veí- interestadual, internacional e aquelas em viagem
culo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) de longa distância por fretamento e turismo ou de
qualquer modalidade, excetuadas as situações re-
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário gulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei
do veículo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro.(Incluído pela Lei nº 13.103, de
III - a partir da indicação de outro principal condutor. 2015) (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a
via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a compe-
VADE MECUM PRF

de acordo com sua gravidade, em quatro categorias:


tência estabelecida neste Código.
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em
no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais
unidade da Federação diversa da do licenciamento
e quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº
do veículo serão arrecadadas e compensadas na
13.281, de 2016) (Vigência)
forma estabelecida pelo CONTRAN.

56
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em que, no período de 1 (um) ano, atingir 14 (quator-
unidade da Federação diversa daquela do licen- ze) pontos, conforme regulamentação do Contran.
ciamento do veículo poderão ser comunicadas ao (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên-
órgão ou entidade responsável pelo seu licencia- cia)
mento, que providenciará a notificação.
§ 6o  Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o,
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licen- o condutor terá eliminados os pontos que lhe tive-
ciado no exterior, em trânsito no território nacio- rem sido atribuídos, para fins de contagem subse-
nal, a multa respectiva deverá ser paga antes de quente. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
sua saída do País, respeitado o princípio de reci-
procidade. § 7º   O motorista que optar pelo curso previsto no §
5º não poderá fazer nova opção no período de 12
Art. 261.  A penalidade de suspensão do direito de diri- (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
gir será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela 2016) (Vigência)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 8o  A pessoa jurídica concessionária ou permissionária
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vin-
de serviço público tem o direito de ser informada
te) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme
dos pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos
a pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº
motoristas que integrem seu quadro funcional,
13.281, de 2016) (Vigência)
exercendo atividade remunerada ao volante, na
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Có- forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº
digo, cujas infrações preveem, de forma específica, a 13.154, de 2015)
penalidade de suspensão do direito de dirigir. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 9º   Incorrerá na infração prevista no inciso II do art.
162 o condutor que, notificado da penalidade de
§ 1º   Os prazos para aplicação da penalidade de sus- que trata este artigo, dirigir veículo automotor
pensão do direito de dirigir são os seguintes: (Re- em via pública. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 2016) (Vigência)

I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir refe-
(um) ano e, no caso de reincidência no período de 12 rente ao inciso II do caput deste artigo deverá ser
(doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído instaurado concomitantemente com o processo de
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) aplicação da penalidade de multa. (Incluído pela
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito)
meses, exceto para as infrações com prazo descrito no § 11. O Contran regulamentará as disposições deste ar-
dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no tigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên-
período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) cia)
meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-
-se-á:
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir,
a Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator con-
seu titular imediatamente após cumprida a penali- duzir qualquer veículo;
dade e o curso de reciclagem.
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses,
§ 3o  A imposição da penalidade de suspensão do direi- das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos
to de dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computa- arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
dos para fins de contagem subsequente. (Incluído
pela Lei nº 12.547, de 2011) III - quando condenado judicialmente por delito de
VADE MECUM PRF

trânsito, observado o disposto no art. 160.


§ 4o (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
(Vigência) § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregu-
laridade na expedição do documento de habili-
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em veí-
tação, a autoridade expedidora promoverá o seu
culo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
cancelamento.
participar de curso preventivo de reciclagem sempre

57
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Na- CAPÍTULO XVII
cional de Habilitação, o infrator poderá requerer
sua reabilitação, submetendo-se a todos os exa- DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
mes necessários à habilitação, na forma estabeleci-
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na
da pelo CONTRAN.
esfera das competências estabelecidas neste Código e
dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de di-
medidas administrativas:
rigir e de cassação do documento de habilitação serão apli-
cadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito I - retenção do veículo;
competente, em processo administrativo, assegurado ao
infrator amplo direito de defesa. II - remoção do veículo;

Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativa-
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
mente, as respectivas penalidades.
V - recolhimento do Certificado de Registro;
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertên-
cia por escrito à infração de natureza leve ou média, passí- VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anu-
vel de ser punida com multa, não sendo reincidente o infra- al;
tor, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a
autoridade, considerando o prontuário do infrator, enten- VIII - transbordo do excesso de carga;
der esta providência como mais educativa.
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
perícia de substância entorpecente ou que determine
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o
dependência física ou psíquica;
acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art.
258, imposta por infração posteriormente cometi- X - recolhimento de animais que se encontrem soltos
da. nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação,
restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamen-
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos to de multas e encargos devidos.
pedestres, podendo a multa ser transformada na
participação do infrator em cursos de segurança XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
viária, a critério da autoridade de trânsito. legislação, de prática de primeiros socorros e de dire-
ção veicular. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 268. O infrator será submetido a curso de recicla-
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as me-
gem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:
didas administrativas e coercitivas adotadas pelas
autoridades de trânsito e seus agentes terão por
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua ree- objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumi-
ducação; dade física da pessoa.
II - quando suspenso do direito de dirigir; § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo
não elidem a aplicação das penalidades impostas
III - quando se envolver em acidente grave para o qual por infrações estabelecidas neste Código, possuin-
haja contribuído, independentemente de processo ju- do caráter complementar a estas.
dicial;
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional
IV - quando condenado judicialmente por delito de de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
trânsito;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inci-
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor so X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
VADE MECUM PRF

está colocando em risco a segurança do trânsito;


Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expres-
sos neste Código.
VI - em outras situações a serem definidas pelo CON-
TRAN. § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local
da infração, o veículo será liberado tão logo seja
regularizada a situação.

58
§ 2o Não sendo possível sanar a falha no local da in- § 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência
fração, o veículo, desde que ofereça condições de que não possa ser tomada no depósito, a autori-
segurança para circulação, poderá ser liberado e dade responsável pela remoção liberará o veículo
entregue a condutor regularmente habilitado, para reparo, na forma transportada, mediante au-
mediante recolhimento do Certificado de Licen- torização, assinalando prazo para reapresentação.
ciamento Anual, contra apresentação de recibo, (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016)
assinalando-se prazo razoável ao condutor para
regularizar a situação, para o que se considerará, § 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de
desde logo, notificado. (Redação dada pela Lei nº veículo poderão ser realizados por órgão públi-
13.160, de 2015) co, diretamente, ou por particular contratado por
licitação pública, sendo o proprietário do veículo
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devol-
o responsável pelo pagamento dos custos desses
vido ao condutor no órgão ou entidade aplicado-
serviços. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de
res das medidas administrativas, tão logo o veículo
seja apresentado à autoridade devidamente regu- 2016)
larizado.
§ 5o  O proprietário ou o condutor deverá ser notifica-
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no lo- do, no ato de remoção do veículo, sobre as pro-
cal da infração, o veículo será removido a depósi- vidências necessárias à sua restituição e sobre o
to, aplicando-se neste caso o disposto no art. 271. disposto no art. 328, conforme regulamentação do
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên- CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
cia)
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção ime- presente no momento da remoção do veículo, a
diata, quando se tratar de veículo de transporte autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias
coletivo transportando passageiros ou veículo contado da data da remoção, deverá expedir ao
transportando produto perigoso ou perecível, des- proprietário a notificação prevista no § 5º, por re-
de que ofereça condições de segurança para circu- messa postal ou por outro meio tecnológico hábil
lação em via pública. que assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada,
a notificação poderá ser feita por edital. (Redação
§ 6º   Não efetuada a regularização no prazo a que se
dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
refere o § 2o, será feito registro de restrição admi-
nistrativa no Renavam por órgão ou entidade exe-
§ 7o  A notificação devolvida por desatualização do en-
cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
dereço do proprietário do veículo ou por recusa
que será retirada após comprovada a regulariza-
desse de recebê-la será considerada recebida para
ção. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
todos os efeitos (Incluído pela Lei nº 13.160, de
§ 7o  O descumprimento das obrigações estabelecidas 2015)
no § 2o resultará em recolhimento do veículo ao
depósito, aplicando-se, nesse caso, o disposto no § 8o  Em caso de veículo licenciado no exterior, a noti-
art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) ficação será feita por edital. (Incluído pela Lei nº
13.160, de 2015)
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos
neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entida- § 9o  Não caberá remoção nos casos em que a irregula-
de competente, com circunscrição sobre a via. ridade puder ser sanada no local da infração. (In-
cluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 1o  A restituição do veículo removido só ocorrerá me-
diante prévio pagamento de multas, taxas e des- § 10. O pagamento das despesas de remoção e estada
pesas com remoção e estada, além de outros en- será correspondente ao período integral, contado
cargos previstos na legislação específica.(Incluído em dias, em que efetivamente o veículo permane-
pela Lei nº 13.160, de 2015) cer em depósito, limitado ao prazo de 6 (seis) me-
VADE MECUM PRF

ses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)


§ 2o  A liberação do veículo removido é condicionada ao
reparo de qualquer componente ou equipamen- § 11. Os custos dos serviços de remoção e estada pres-
to obrigatório que não esteja em perfeito estado tados por particulares poderão ser pagos pelo pro-
de funcionamento.(Incluído pela Lei nº 13.160, de prietário diretamente ao contratado. (Incluído pela
2015)
Lei nº 13.281, de 2016)

59
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de Art. 277.  O condutor de veículo automotor envolvido
o respectivo ente da Federação estabelecer a co- em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de
brança por meio de taxa instituída em lei. (Incluído trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, pe-
pela Lei nº 13.281, de 2016) rícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do certificar influência de álcool ou outra substância psicoati-
recolhimento comprovar, administrativa ou judi- va que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº
cialmente, que o recolhimento foi indevido ou que 12.760, de 2012)
houve abuso no período de retenção em depósito,
é da responsabilidade do ente público a devolução § 2o  A infração prevista no art. 165 também poderá ser
das quantias pagas por força deste artigo, segundo caracterizada mediante imagem, vídeo, constata-
os mesmos critérios da devolução de multas inde- ção de sinais que indiquem, na forma disciplinada
vidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) pelo Contran, alteração da capacidade psicomoto-
ra ou produção de quaisquer outras provas em di-
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habi-
reito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760,
litação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante reci-
bo, além dos casos previstos neste Código, quando houver de 2012)
suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas adminis-
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro trativas estabelecidas no art. 165-A deste Código
dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste ao condutor que se recusar a se submeter a qual-
Código, quando: quer dos procedimentos previstos no caput deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; (Vigência)

II - se, alienado o veículo, não for transferida sua pro- Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
priedade no prazo de trinta dias. submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade pre-
Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licencia- vista no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto
mento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos de evasão para fim de pesagem obrigatória.
previstos neste Código, quando:
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja loca-
lizado, aplicando-se, além das penalidades em que incorre,
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
as estabelecidas no art. 210.
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo
não puder ser sanada no local.
veículo equipado com registrador instantâneo de veloci-
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente dade e tempo, somente o perito oficial encarregado do
é condição para que o veículo possa prosseguir viagem e levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade
será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem armazenadora do registro.
prejuízo da multa aplicável.

Parágrafo único. Não sendo possível desde logo aten- CAPÍTULO XVIII
der ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao
depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
pagas as despesas de remoção e estada.
Seção I
Art. 276.  Qualquer concentração de álcool por litro de
sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às pe- Da Autuação
nalidades previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de
VADE MECUM PRF

12.760, de 2012)
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
I - tipificação da infração;
tolerância quando a infração for apurada por meio de apa-
relho de medição, observada a legislação metrológica. (Re- II - local, data e hora do cometimento da infração;
dação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

60
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua § 1º A notificação devolvida por desatualização do en-
marca e espécie, e outros elementos julgados necessá- dereço do proprietário do veículo será considerada
rios à sua identificação; válida para todos os efeitos.

IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; § 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas,


de repartições consulares de carreira e de repre-
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade sentações de organismos internacionais e de seus
ou agente autuador ou equipamento que comprovar a integrantes será remetida ao Ministério das Rela-
infração; ções Exteriores para as providências cabíveis e co-
brança dos valores, no caso de multa.
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo
esta como notificação do cometimento da infração. § 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do
§ 1º (VETADO) art. 259, a notificação será encaminhada ao pro-
prietário do veículo, responsável pelo seu paga-
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração mento.
da autoridade ou do agente da autoridade de trân-
sito, por aparelho eletrônico ou por equipamento § 4º Da notificação deverá constar a data do término
audiovisual, reações químicas ou qualquer outro do prazo para apresentação de recurso pelo res-
meio tecnologicamente disponível, previamente ponsável pela infração, que não será inferior a trin-
regulamentado pelo CONTRAN. ta dias contados da data da notificação da penali-
dade. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o
agente de trânsito relatará o fato à autoridade no § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabele-
próprio auto de infração, informando os dados a cida no parágrafo anterior será a data para o reco-
respeito do veículo, além dos constantes nos inci- lhimento de seu valor. (Incluído pela Lei nº 9.602,
sos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo de 1998)
seguinte.
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor au-
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente tuado poderá optar por ser notificado por meio eletrônico
para lavrar o auto de infração poderá ser servidor se o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável
civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial mili- pela autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº
tar designado pela autoridade de trânsito com ju- 13.281, de 2016) (Vigência)
risdição sobre a via no âmbito de sua competência.
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar
pela notificação por meio eletrônico deverá man-
Seção II ter seu cadastro atualizado no órgão executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal.(Incluído
Do Julgamento das Autuações e Penalidades pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da compe- § 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o
tência estabelecida neste Código e dentro de sua circuns- proprietário ou o condutor autuado será conside-
crição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará rado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da
a penalidade cabível. informação no sistema eletrônico.(Incluído pela Lei
nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e
seu registro julgado insubsistente: § 3º  O  sistema previsto no caput será certificado digi-
talmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
I - se considerado inconsistente ou irregular;
integridade, validade jurídica e interoperabilida-
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedi- de da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
da a notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência)
VADE MECUM PRF

9.602, de 1998)

Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notifica- Art. 283. (VETADO)
ção ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado
postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que
até a data do vencimento expressa na notificação, por oi-
assegure a ciência da imposição da penalidade.
tenta por cento do seu valor.

61
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-
eletrônica, se disponível, conforme regulamenta- -á o estabelecido no parágrafo único do art. 284.
ção do Contran, e opte por não apresentar defesa
prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento § 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresen-
da infração, poderá efetuar o pagamento da mul- tar recurso, se julgada improcedente a penalidade,
ta por 60% (sessenta por cento) do seu valor, em ser-lhe-á devolvida a importância paga, atualizada
qualquer fase do processo, até o vencimento da em UFIR ou por índice legal de correção dos débi-
multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- tos fiscais.
gência)
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diver-
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica sa daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá
renúncia ao questionamento administrativo, que ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da
pode ser realizado a qualquer momento, respeita- residência ou domicílio do infrator.
do o disposto no § 1º.(Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016)(Vigência) Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber
o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que
§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser impôs a penalidade acompanhado das cópias dos prontuá-
aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de rios necessários ao julgamento.
licenciamento e transferência, enquanto não for
encerrada a instância administrativa de julgamen- Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser inter-
to de infrações e penalidades. (Incluído pela Lei nº posto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias
13.281, de 2016) (Vigência) contado da publicação ou da notificação da decisão.

§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamen- § 1º O recurso será interposto, da decisão do não pro-
to de infrações e penalidades, a multa não paga vimento, pelo responsável pela infração, e da de-
até o vencimento será acrescida de juros de mora cisão de provimento, pela autoridade que impôs a
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial penalidade.
de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos fe-
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
derais acumulada mensalmente, calculados a partir
apreciado no prazo de trinta dias:
do mês subsequente ao da consolidação até o mês
anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou
relativamente ao mês em que o pagamento esti- entidade de trânsito da União:
ver sendo efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) (Vigência) a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais
de seis meses, cassação do documento de habilita-
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto ção ou penalidade por infrações gravíssimas, pelo
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual reme- CONTRAN;
tê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo. pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da
Junta que apreciou o recurso e por mais um Presi-
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá
dente de Junta;
o recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias
úteis subseqüentes à sua apresentação, e, se o en- II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou
tender intempestivo, assinalará o fato no despacho entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito
de encaminhamento. Federal, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectiva-
mente.
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for
julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quando
autoridade que impôs a penalidade, de ofício, ou houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus
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por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe próprios membros.


efeito suspensivo.
Art. 290. Implicam encerramento da instância adminis-
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá trativa de julgamento de infrações e penalidades: (Redação
ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
valor.

62
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 § 4º   O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes
e 289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) previstas no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), dando es-
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (In- pecial atenção à culpabilidade do agente e às cir-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) cunstâncias e consequências do crime.  (Incluído
pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da
infração e requerimento de encerramento do processo Art. 292.  A suspensão ou a proibição de se obter a
na fase em que se encontra, sem apresentação de de- permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
fesa ou recurso. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras
(Vigência) penalidades.(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência)
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de
RENACH. se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.

CAPÍTULO XIX § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o


réu será intimado a entregar à autoridade judici-
DOS CRIMES DE TRÂNSITO ária, em quarenta e oito horas, a Permissão para
Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Seção I
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de
Disposições Gerais se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor não se inicia enquanto o sen-
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos tenciado, por efeito de condenação penal, estiver
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas recolhido a estabelecimento prisional.
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação
este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como
penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pú-
a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. blica, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou
a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corpo-
representação da autoridade policial, decretar, em decisão
ral culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
no9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
agente estiver: (Renumerado do parágrafo único
pela Lei nº 11.705, de 2008) Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão
ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra subs- do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito,
tância psicoativa que determine dependência; (Incluído sem efeito suspensivo.
pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
competição automobilística, de exibição ou demonstra- sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho
ção de perícia em manobra de veículo automotor, não Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito
autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou
Lei nº 11.705, de 2008) residente.

III - transitando em velocidade superior à máxima per- Art. 296.  Se o réu for reincidente na prática de crime
mitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de sus-
por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) pensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabí-
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, de- veis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
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verá ser instaurado inquérito policial para a in-


vestigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no
11.705, de 2008) pagamento, mediante depósito judicial em favor da víti-
ma, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no
§ 3º   (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 13.546, de disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que
2017) (Vigência) houver prejuízo material resultante do crime.

63
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao va- § 1o No homicídio culposo cometido na direção de ve-
lor do prejuízo demonstrado no processo. ículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei nº
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 12.971, de 2014) (Vigência)
50 a 52 do Código Penal.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa re- Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vi-
paratória será descontado. gência)
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as pe- II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (In-
nalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
cometido a infração:
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou sem risco pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela
com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
adulteradas; conduzindo veículo de transporte de passageiros. (In-
cluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Habilitação; § 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a in-
fluência de álcool ou de qualquer outra substância
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita- psicoativa que determine dependência:   (Incluído
ção de categoria diferente da do veículo; pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou
especiais com o transporte de passageiros ou de carga; proibição do direito de se obter a permissão ou a habili-
tação para dirigir veículo automotor.  (Incluído pela Lei nº
VI - utilizando veículo em que tenham sido adultera- 13.546, de 2017) (Vigência)
dos equipamentos ou características que afetem a sua
segurança ou o seu funcionamento de acordo com os Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de
limites de velocidade prescritos nas especificações do veículo automotor:
fabricante;
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanente- ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
mente destinada a pedestres. dirigir veículo automotor.

Art. 299. (VETADO) § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade,


se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art.
Art. 300. (VETADO) 302. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
13.546, de 2017) (Vigência)
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de aciden-
tes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois
em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e in- a cinco anos, sem prejuízo das outras penas pre-
tegral socorro àquela. vistas neste artigo, se o agente conduz o veículo
com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psico-
Seção II ativa que determine dependência, e se do crime
resultar lesão corporal de natureza grave ou gra-
Dos Crimes em Espécie víssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vi-
gência)
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veí-
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culo automotor: Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do


acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não po-
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão
dendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de soli-
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
citar auxílio da autoridade pública:
dirigir veículo automotor.

64
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se Art. 308.  Participar, na direção de veículo automotor,
o fato não constituir elemento de crime mais grave. em via pública, de corrida, disputa ou competição auto-
mobilística ou ainda de exibição ou demonstração de pe-
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste arti- rícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
go o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja pela autoridade competente, gerando situação de risco à
suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei
instantânea ou com ferimentos leves. nº 13.546, de 2017) (Vigência)
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, mul-
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que ta e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
lhe possa ser atribuída: a habilitação para dirigir veí cul o  automotor.  (Redação
dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Art. 306.  Conduzir veículo automotor com capacidade § 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou lesão corporal de natureza grave, e as circunstân-
de outra substância psicoativa que determine dependên- cias demonstrarem que o agente não quis o resul-
cia: (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) tado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a neste artigo.  (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
habilitação para dirigir veículo automotor. (Vigência) 

§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas § 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar


por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) morte, e as circunstâncias demonstrarem que o
agente não quis o resultado nem assumiu o risco
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de
álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo
miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído das outras penas previstas neste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.760, de 2012) pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem
Contran, alteração da capacidade psicomotora. (Inclu- a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
ído pela Lei nº 12.760, de 2012) cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológi-
co, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veí-
ou outros meios de prova em direito admitidos, culo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
observado o direito à contraprova. (Redação dada
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos segurança:
para efeito de caracterização do crime tipificado
neste artigo.  (Redação dada pela Lei nº 12.971, de Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
2014) (Vigência)
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
imposta com fundamento neste Código: estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concen-
tração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com
nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
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ou de proibição.
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o conde- automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
nado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
Habilitação. a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:

65
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do
parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após du-
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ain- zentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
da que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão
prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de con-
Art. 312-A.  Para os crimes relacionados nos arts. 302 dução de escolares e de aprendizagem às normas do inciso
a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a III do art. 136 e art. 154, respectivamente.
substituição de pena privativa de liberdade por pena res-
tritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço Art. 318. (VETADO)
à comunidade ou a entidades públicas, em uma das se-
guintes atividades:(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas
(Vigência) pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;(In- Art. 319-A.  Os valores de multas constantes deste Có-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) digo poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Pre-
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hos- ços ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior.(In-
pitais da rede pública que recebem vítimas de aciden- cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
te de trânsito e politraumatizados;(Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016)(Vigência) Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do
disposto no caput serão divulgados pelo Contran com,
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas no mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua
na recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído aplicação.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das mul-
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendi- tas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinaliza-
mento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsi- ção, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fisca-
to.(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência) lização e educação de trânsito.

§ 1º  O percentual de cinco por cento do valor das mul-


CAPÍTULO XX tas de trânsito arrecadadas será depositado, men-
salmente, na conta de fundo de âmbito nacional
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS destinado à segurança e educação de trânsito. (Re-
dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da pu- § 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente,
blicação deste Código. na rede mundial de computadores (internet), da-
dos sobre a receita arrecadada com a cobrança de
Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e qua- multas de trânsito e sua destinação.(Incluído pela
renta dias a partir da publicação deste Código para expe- Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
dir as resoluções necessárias à sua melhor execução, bem
como revisar todas as resoluções anteriores à sua publica-  Art. 320-A.  Os órgãos e as entidades do Sistema Na-
ção, dando prioridade àquelas que visam a diminuir o nú- cional de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e
mero de acidentes e a assegurar a proteção de pedestres. o aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por
meio do compartilhamento da receita arrecadada com
Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes a cobrança das multas de trânsito.(Incluído pela Lei nº
até a data de publicação deste Código, continuam em vi- 13.281, de 2016)
gor naquilo em que não conflitem com ele.
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a
VADE MECUM PRF

Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, me- metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecen-
diante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzen- do percentuais de tolerância, sendo durante este período
tos e quarenta dias contado da publicação, estabelecer o suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V
currículo com conteúdo programático relativo à segurança do art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por
e à educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste duzentos quilogramas ou fração de excesso.
Código.

66
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere § 2o As metas expressam a diferença a menor, em base
este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aque- percentual, entre os índices mais recentes, oficial-
les estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de mente apurados, e os índices que se pretende al-
1985. cançar. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vi-
gência)
Art. 325.   As repartições de trânsito conservarão por,
no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à ha- § 3o A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
bilitação de condutores, ao registro e ao licenciamento de respectivas margens de tolerância. (Incluído pela
veículos e aos autos de infração de trânsito. (Redação dada Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 4o As metas serão fixadas pelo Contran para cada um
§ 1º  Os documentos previstos no caput poderão ser dos Estados da Federação e para o Distrito Fede-
gerados e tramitados eletronicamente, bem como ral, mediante propostas fundamentadas dos Ce-
arquivados e armazenados em meio digital, desde tran, do Contrandife e do Departamento de Polícia
que assegurada a autenticidade, a fidedignidade, Rodoviária Federal, no âmbito das respectivas cir-
a confiabilidade e a segurança das informações, e cunscrições. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
serão válidos para todos os efeitos legais, sendo (Vigência)
dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluí-
do pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 5o Antes de submeterem as propostas ao Contran, os
Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, Rodoviária Federal realizarão consulta ou audiên-
o arquivamento, o armazenamento e a eliminação cia pública para manifestação da sociedade sobre
de documentos eletrônicos e físicos gerados em as metas a serem propostas. (Incluído pela Lei nº
decorrência da aplicação das disposições deste 13.614, de 2018) (Vigência)
Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
gência) § 6o As propostas dos Cetran, do Contrandife e do De-
partamento de Polícia Rodoviária Federal serão en-
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema de- caminhadas ao Contran até o dia 1o de agosto de
verá ser certificado digitalmente, atendidos os cada ano, acompanhadas de relatório analítico a
requisitos de autenticidade, integridade, validade respeito do cumprimento das metas fixadas para
jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de o ano anterior e de exposição de ações, projetos
Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído ou programas, com os respectivos orçamentos,
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) por meio dos quais se pretende cumprir as metas
propostas para o ano seguinte. (Incluído pela Lei
Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemo- nº 13.614, de 2018) (Vigência)
rada anualmente no período compreendido entre 18 e 25
de setembro. § 7o As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
durante a Semana Nacional de Trânsito, assim
Art. 326-A.  A atuação dos integrantes do Sistema Na- como o desempenho, absoluto e relativo, de cada
cional de Trânsito, no que se refere à política de segurança Estado e do Distrito Federal no cumprimento das
no trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o cum- metas vigentes no ano anterior, detalhados os da-
primento de metas anuais de redução de índice de mortos dos levantados e as ações realizadas por vias fede-
por grupo de veículos e de índice de mortos por grupo de rais, estaduais e municipais, devendo tais informa-
habitantes, ambos apurados por Estado e por ano, deta- ções permanecer à disposição do público na rede
lhando-se os dados levantados e as ações realizadas por mundial de computadores, em sítio eletrônico do
vias federais, estaduais e municipais.(Incluído pela Lei nº órgão máximo executivo de trânsito da União. (In-
13.614, de 2018)(Vigência) cluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)

§ 1o O objetivo geral do estabelecimento de metas é, § 8o O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia Ro-


ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no doviária Federal e demais órgãos do Sistema Na-
mínimo, o índice nacional de mortos por grupo de cional de Trânsito, definirá as fórmulas para apu-
veículos e o índice nacional de mortos por grupo
VADE MECUM PRF

ração dos índices de que trata este artigo, assim


de habitantes, relativamente aos índices apurados como a metodologia para a coleta e o tratamento
no ano da entrada em vigor da lei que cria o Pla- dos dados estatísticos necessários para a composi-
no Nacional de Redução de Mortes e Lesões no ção dos termos das fórmulas. (Incluído pela Lei nº
Trânsito (Pnatrans). (Incluído pela Lei nº 13.614, de 13.614, de 2018) (Vigência)
2018) (Vigência)

67
§ 9o Os dados estatísticos coletados em cada Estado e II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo ge-
no Distrito Federal serão tratados e consolidados ral do estabelecimento de metas previsto no § 1odeste
pelo respectivo órgão ou entidade executivos de artigo. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
trânsito, que os repassará ao órgão máximo exe-
cutivo de trânsito da União até o dia 1o de março, Art. 327. A partir da publicação deste Código, somen-
por meio do sistema de registro nacional de aci- te poderão ser fabricados e licenciados veículos que obe-
dentes e estatísticas de trânsito. (Incluído pela Lei deçam aos limites de peso e dimensões fixados na forma
nº 13.614, de 2018) (Vigência) desta Lei, ressalvados os que vierem a ser regulamentados
pelo CONTRAN.
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo
órgão ou entidade executivos de trânsito do Esta- Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer
título e não reclamado por seu proprietário dentro do pra-
do ou do Distrito Federal compreendem os cole-
zo de sessenta dias, contado da data de recolhimento, será
tados naquela circunscrição: (Incluído pela Lei nº
avaliado e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente
13.614, de 2018) (Vigência)
por meio eletrônico.  (Redação dada pela Lei nº 13.160, de
2015)
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executi-
vo rodoviário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de § 1o  Publicado o edital do leilão, a preparação poderá
2018) (Vigência) ser iniciada após trinta dias, contados da data de
recolhimento do veículo, o qual será classificado
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade execu- em duas categorias:  (Incluído pela Lei nº 13.160,
tivos rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (In- de 2015)
cluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
I – conservado, quando apresenta condições de segu-
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários rança para trafegar; e  (Incluído pela Lei nº 13.160, de
e pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos 2015)
Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vi-
gência) II – sucata, quando não está apto a trafegar.  (Incluído
pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o
Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo § 2o  Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
executivo de trânsito da União, ouvidos o Depar- avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte,
tamento de Polícia Rodoviária Federal e demais quando será arrematado pelo maior lance, desde
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. (Incluído que por valor não inferior a cinquenta por cento do
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) avaliado.  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o § 3o  Mesmo classificado como conservado, o veículo
dia 31 de março de cada ano. (Incluído pela Lei nº que for levado a leilão por duas vezes e não for
13.614, de 2018) (Vigência) arrematado será leiloado como sucata.  (Incluído
pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decor-
rer do ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife § 4o  É vedado o retorno do veículo leiloado como su-
poderão recomendar aos integrantes do Sistema cata à circulação.  (Incluído pela Lei nº 13.160, de
Nacional de Trânsito alterações nas ações, proje- 2015)
tos e programas em desenvolvimento ou previstos,
§ 5o  A cobrança das despesas com estada no depósito
com o fim de atingir as metas fixadas para cada um
será limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela
dos Estados e para o Distrito Federal. (Incluído pela
Lei nº 13.160, de 2015)
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
§ 6o  Os valores arrecadados em leilão deverão ser uti-
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere lizados para custeio da realização do leilão, divi-
o § 7o deste artigo, o Contran elaborará e divulga- dindo-se os custos entre os veículos arrematados,
rá, também durante a Semana Nacional de Trânsi- proporcionalmente ao valor da arrematação, e
to: (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
VADE MECUM PRF

destinando-se os valores remanescentes, na se-


guinte ordem, para:  (Incluído pela Lei nº 13.160,
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Dis- de 2015)
trito Federal, uma referente ao ano analisado e outra
que considere a evolução do desempenho dos Estados I – as despesas com remoção e estada;  (Incluído pela
e do Distrito Federal desde o início das análises; (Incluí- Lei nº 13.160, de 2015)
do pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)

68
II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § § 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber,
10;  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) ao animal recolhido, a qualquer título, e não recla-
mado por seu proprietário no prazo de sessenta
III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de dias, a contar da data de recolhimento, conforme
crédito com garantia real, segundo a ordem de prefe- regulamentação do CONTRAN.  (Incluído pela Lei
rência estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de nº 13.160, de 2015)
outubro de 1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído
pela Lei nº 13.160, de 2015) § 14. Se identificada a existência de restrição policial ou
judicial sobre o prontuário do veículo, a autorida-
IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade respon- de responsável pela restrição será notificada para a
sável pelo leilão;  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) retirada do bem do depósito, mediante a quitação
das despesas com remoção e estada, ou para a au-
V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do torização do leilão nos termos deste artigo. (Reda-
Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem crono- ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
lógica; e  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da no-
VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferên- tificação de que trata o § 14, não houver manifes-
cia legal.  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) tação da autoridade responsável pela restrição
judicial ou policial, estará o órgão de trânsito auto-
§ 7o  Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar rizado a promover o leilão do veículo nos termos
os débitos incidentes sobre o veículo, a situação deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
será comunicada aos credores.  (Incluído pela Lei (Vigência)
nº 13.160, de 2015)
§ 16.  Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens
§ 8   Os órgãos públicos responsáveis serão comunica-
o automotores que se encontrarem nos depósitos há
dos do leilão previamente para que formalizem a mais de 1 (um) ano poderão ser destinados à reci-
clagem, independentemente da existência de res-
desvinculação dos ônus incidentes sobre o veículo
trições sobre o veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281,
no prazo máximo de dez dias.  (Incluído pela Lei nº
de 2016) (Vigência)
13.160, de 2015)
§ 17.
O procedimento de hasta pública na hipótese
§ 9o  Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alie-
do § 16 será realizado por lote de tonelagem de
nação administrativa ficam dele automaticamente material ferroso, observando-se, no que couber,
desvinculados, sem prejuízo da cobrança contra o o disposto neste artigo, condicionando-se a en-
proprietário anterior.  (Incluído pela Lei nº 13.160, trega do material arrematado aos procedimentos
de 2015) necessários à descaracterização total do bem e à
destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito re- reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aprovei-
lativo a tributo cujo fato gerador seja a proprieda- tamento de peças e partes. (Incluído pela Lei nº
de, o domínio útil, a posse, a circulação ou o licen- 13.281, de 2016) (Vigência)
ciamento de veículo.  (Incluído pela Lei nº 13.160,
de 2015) § 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados,
adulterados ou estrangeiros, bem como aque-
§ 11.
Na hipótese de o antigo proprietário reaver o les sem possibilidade de regularização perante o
veículo, por qualquer meio, os débitos serão no- órgão de trânsito, serão destinados à reciclagem,
vamente vinculados ao bem, aplicando-se, nesse independentemente do período em que este-
caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e 3o do art. 271. jam em depósito, respeitado o prazo previsto
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) no caput deste artigo, sempre que a autoridade
responsável pelo leilão julgar ser essa a medida
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será apropriada. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
depositado em conta específica do órgão respon- (Vigência)
sável pela realização do leilão e ficará à disposição
do antigo proprietário, devendo ser expedida no- Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os
VADE MECUM PRF

tificação a ele, no máximo em trinta dias após a arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão
realização do leilão, para o levantamento do valor apresentar, previamente, certidão negativa do registro de
no prazo de cinco anos, após os quais o valor será distribuição criminal relativamente aos crimes de homicí-
transferido, definitivamente, para o fundo a que se dio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a
refere o parágrafo único do art. 320.  (Incluído pela cada cinco anos, junto ao órgão responsável pela respecti-
Lei nº 13.160, de 2015) va concessão ou autorização.

69
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem refor- Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Siste-
mas ou recuperação de veículos e os que comprem, ven- ma Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
dam ou desmontem veículos, usados ou não, são obriga- CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
dos a possuir livros de registro de seu movimento de en- facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecen-
trada e saída e de uso de placas de experiência, conforme do-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes
modelos aprovados e rubricados pelos órgãos de trânsito. inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão
atender prontamente suas requisições.
§ 1º Os livros indicarão:
Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vin-
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; te dias após a nomeação de seus membros, as disposições
previstas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos ro-
vendedor;
doviários para exercerem suas competências.
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
§ 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes te-
IV - nome, endereço e identidade do comprador; rão prazo de um ano, após a edição das normas,
para se adequarem às novas disposições estabe-
V - características do veículo constantes do seu certifi- lecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste
cado de registro; artigo.

VI - número da placa de experiência. § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados


exercerão as competências previstas neste Códi-
§ 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipografi- go em cumprimento às exigências estabelecidas
camente e serão encadernados ou em folhas sol- pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo,
tas, sendo que, no primeiro caso, conterão termo acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão
de abertura e encerramento lavrados pelo proprie- ou entidade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou
tário e rubricados pela repartição de trânsito, en- entidade estadual, do Distrito Federal ou da União,
quanto, no segundo, todas as folhas serão autenti- passando a integrar o Sistema Nacional de Trânsito.
cadas pela repartição de trânsito.
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão
§ 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimen- ser homologadas pelo órgão ou entidade competente no
tos referidos neste artigo registrar-se-ão no mes-
prazo de um ano, a partir da publicação deste Código, de-
mo dia em que se verificarem assinaladas, inclusi-
vendo ser retiradas em caso contrário.
ve, as horas a elas correspondentes, podendo os
veículos irregulares lá encontrados ou suas sucatas Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no
ser apreendidos ou retidos para sua completa re-
Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de tre-
gularização.
zentos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a ma-
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades poli- nifestação da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e
ciais terão acesso aos livros sempre que o solicita- Veículos e obedecidos os padrões internacionais.
rem, não podendo, entretanto, retirá-los do esta-
belecimento. Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro
dos Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRAN-
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude DIFE, do Distrito Federal.
ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão puni-
das com a multa prevista para as infrações gravíssi- Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importa-
mas, independente das demais cominações legais dores e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores
cabíveis. de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer,
no ato da comercialização do respectivo veículo, manual
§ 6o  Os livros previstos neste artigo poderão ser subs- contendo normas de circulação, infrações, penalidades, di-
tituídos por sistema eletrônico, na forma regula- reção defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de
mentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, Trânsito Brasileiro.
de 2015)
VADE MECUM PRF

Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédi-


Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que to especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta
passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamen- e quatro mil, novecentos e cinqüenta e quatro reais), em
to dos recursos administrativos previstos na Seção II do Ca- favor do ministério ou órgão a que couber a coordenação
pítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará máxima do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as
a cargo dos órgãos ora existentes. despesas decorrentes da implantação deste Código.

70
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move
após a data de sua publicação. sobre trilhos.

Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam
de 10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de a parte da via destinada à circulação de veículos.
1974, 6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de
outubro de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e
de 20 de setembro de 1982,  7.052, de 02 de dezembro em nível diferente, não destinada à circulação de veículos,
de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à
6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação
os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 e outros fins.
de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988.
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
tracionar ou arrastar outro.
ANEXO I
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
carga com peso bruto total de até três mil e quinhentos
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes quilogramas.
definições:
CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista passageiros e carga no mesmo compartimento.
de rolamento destinada à parada ou estacionamento
de veículos, em caso de emergência, e à circulação de CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como
pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
para esse fim. substituído por marcas viárias (canteiro fictício).

AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que
ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo
para o exercício das atividades de fiscalização, operação, fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de
policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. geração e multiplicação de momento de força e resistência
dos elementos que compõem a transmissão.
AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
originário dos alvéolos pulmonares.  (Incluído pela Lei nº CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos
12.760, de 2012) automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de
protesto cívico ou de uma classe.
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao
transporte de passageiros, com capacidade para até oito CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana
pessoas, exclusive o condutor.
utilizado no transporte de pequenas cargas.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao
órgão ou entidade executivo integrante do Sistema
transporte de carga.
Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente
credenciada.
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical da luz utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o gato).
ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os
elementos rigidamente fixados ao mesmo. CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
transporte de pessoas.
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de
VADE MECUM PRF

duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
motocicleta, motoneta e ciclomotor. humana.

BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada
estacionamento de bicicletas. à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
específica.

71
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
exceda a cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas
cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exce- GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais
da a cinqüenta quilômetros por hora. de braço, adotados exclusivamente pelos agentes de
autoridades de trânsito nas vias, para orientar, indicar o
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir
ciclos, separada fisicamente do tráfego comum. ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização
ou norma constante deste Código.
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à
direita, de mudança da direção original do veículo. GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais
de braço, adotados exclusivamente pelos condutores,
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra
de mudança de direção, redução brusca de velocidade ou
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que parada.
tenha a função específica de proporcionar maior segurança
ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento,
que possam colocar em risco sua integridade física e dos destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma
demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo. interseção.

ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da


por tempo superior ao necessário para embarque ou legislação de trânsito, às normas emanadas do Código
desembarque de passageiros. de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a
regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade
ESTRADA - via rural não pavimentada. executiva do trânsito.
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível,
alcoólico no ar alveolar.  (Incluído pela Lei nº 12.760, de entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas
2012) por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo
delimitada por lei específica e sob responsabilidade para atender circunstância momentânea do trânsito.
do órgão ou entidade de trânsito competente com
circunscrição sobre a via. LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a
obrigações do proprietário de veículo, comprovado
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas por meio de documento específico (Certificado de
longitudinais em que a pista pode ser subdividida, Licenciamento Anual).
sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que
tenham uma largura suficiente para permitir a circulação LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
de veículos automotores. municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada,
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das parques, áreas de lazer, calçadões.
normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio
do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor
de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de e passageiros, que o veículo transporta, expressa em
trânsito e de acordo com as competências definidas neste quilogramas para os veículos de carga, ou número de
Código. pessoas, para os veículos de passageiros.

FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias
ou impedimento de locomoção na faixa apropriada. urbanas ou rurais e que com elas se limita.

FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar
VADE MECUM PRF

manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no a via até uma grande distância do veículo.
caso de um reboque, se este se encontra desengatado.
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou
destinado a diminuir a marcha do veículo no caso de falha incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários
do freio de serviço. da via que venham em sentido contrário.

72
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico
demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das
que o condutor está aplicando o freio de serviço. condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de
forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados,
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o
veículo destinada a indicar aos demais usuários da via que trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos
o condutor tem o propósito de mudar de direção para a pedestres e condutores.
direita ou para a esquerda.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
iluminar atrás do veículo e advertir aos demais usuários da desembarque de passageiros.
via que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre
manobra de marcha à ré.
uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista
própria.
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar
a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de
nuvens de pó. passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
indicar a presença e a largura do veículo. PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
MANOBRA - movimento executado pelo condutor para pedestres ou veículos.
alterar a posição em que o veículo está no momento em
relação à via. PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de
vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de
linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento,
diversas, apostos ao pavimento da via. neste último caso, separada por pintura ou elemento físico
separador, livre de interferências, destinada à circulação
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
coletivo com capacidade para até vinte passageiros.
PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às
ou sem side-car, dirigido por condutor em posição mon- normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
tada. acidentes.

MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área
por condutor em posição sentada. rural.

MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo
transmite ao pavimento, constituído da soma da tara mais a
cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamento,
lotação.
escritório, comércio ou finalidades análogas.
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-
transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-
sol e o nascer do sol. trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais o seu re-
boque ou reboques.
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo
com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada
em virtude de adaptações com vista à maior comodidade em caráter de advertência, destinada a indicar aos demais
destes, transporte número menor. usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação
VADE MECUM PRF

de emergência.
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização
do veículo, pelo tempo estritamente necessário ao PISTA - parte da via normalmente utilizada para
carregamento ou descarregamento de animais ou carga, a circulação de veículos, identificada por elementos
na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de separadores ou por diferença de nível em relação às
trânsito competente com circunscrição sobre a via. calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.

73
PLACAS - elementos colocados na posição vertical, TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da
fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas
mensagens de caráter permanente e, eventualmente, e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio
variáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
e legalmente instituídas como sinais de trânsito.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à tra-
exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir seira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em
e reprimir atos relacionados com a segurança pública e atividades turísticas como alojamento, ou para atividades
de garantir obediência às normas relativas à segurança comerciais.
de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
acidentes. TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos,
pessoas e animais nas vias terrestres.
PONTE - obra de construção civil destinada a ligar
margens opostas de uma superfície líquida qualquer. TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo
de uma faixa demarcada para outra.
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de
um veículo automotor. TRATOR - veículo automotor construído para realizar
trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracio-
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de
nar outros veículos e equipamentos.
sinalização de regulamentação pelo órgão ou entidade
competente com circunscrição sobre a via, definindo,
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de
entre outros, sentido de direção, tipo de estacionamento,
outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
horários e dias.
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e e retornar à faixa de origem.
protegida, destinada ao uso de pedestres durante a
travessia da mesma. UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela
versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada.
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. acoplados, sendo um deles automotor.

RETORNO - movimento de inversão total de sentido da VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de
direção original de veículos. propulsão que circule por seus próprios meios, e que
serve normalmente para o transporte viário de pessoas e
RODOVIA - via rural pavimentada. coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para
o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de sobre trilhos (ônibus elétrico).
articulação.
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária de carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive
que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de o condutor.
controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos,
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo
dos veículos e pedestres. sido fabricado há mais de trinta anos, conserva suas
características originais de fabricação e possui valor
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e
histórico próprio.
dispositivos de segurança colocados na via pública com o
objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo
melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e
o primeiro um veículo automotor e os demais reboques
pedestres que nela circulam.
ou equipamentos de trabalho agrícola, construção,
VADE MECUM PRF

SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos terraplenagem ou pavimentação.


exclusivamente pelos agentes da autoridade de trânsito
nas vias, para orientar ou indicar o direito de passagem dos VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor
veículos ou pedestres, sobrepondo-se ou completando destinado ao transporte de carga com peso bruto total
sinalização existente no local ou norma estabelecida neste máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros,
Código. superior a vinte passageiros.

74
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao Art. 2oO Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN,
transporte de pessoas e suas bagagens. órgão integrante do Sistema Nacional de Trânsito,
presidido pelo dirigente do Departamento Nacional de
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao Trânsito – DENATRAN, órgão máximo executivo de trânsito
transporte simultâneo de carga e passageiro. da União, é composto por um representante de cada um
dos seguintes Ministérios:
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, I - da Ciência e Tecnologia;
ilha e canteiro central.
II - da Educação;
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em III - da Defesa;
nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestres em nível. IV - do Meio Ambiente;
VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções V - dos Transportes;
em nível, geralmente controlada por semáforo, com
acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e VI - das Cidades; e
locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
VII - da Saúde.
VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir
o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias Parágrafo único.Cada membro terá um suplente.
de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito
dentro das regiões da cidade. Art. 3o Os representantes e seus suplentes serão
indicados pelos titulares dos órgãos representados e
VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em designados pelo Ministro de Estado das Cidades.
nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local
ou a áreas restritas. Art. 4o O CONTRAN regulamentará o seu funcionamento
em regimento interno.
VIA RURAL - estradas e rodovias.
Art. 5oEste Decreto entra em vigor na data de sua
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e
publicação.
similares abertos à circulação pública, situados na área
urbana, caracterizados principalmente por possuírem Art. 6oFica revogado o Decreto no 2.327, de 23 de se-
imóveis edificados ao longo de sua extensão.
tembro de 1997.
VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
destinadas à circulação prioritária de pedestres. CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 04/1998

VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor


uma depressão de terreno ou servir de passagem superior. Dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacionais ou
importados, antes do registro e licenciamento.

DECRETO Nº 4.711/2003 O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando


da competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503,
DECRETO Nº 4.711, DE 29 DE MAIO DE 2003. de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trân-
sito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23
Dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do
Trânsito.  Sistema Nacional de Trânsito.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições Considerando que o veículo novo terá que ser registra-
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea «a», da do e licenciado no Município de domicílio ou residência do
Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts 9o e 10 adquirente;
VADE MECUM PRF

da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997,


Considerando que o concessionário ou revendedor au-
DECRETA: torizado pela indústria fabricante do veículo poderá ser o
primeiro adquirente;
Art. 1oCompete ao Ministério das Cidades a coordenação
máxima do Sistema Nacional de Trânsito. Considerando a conveniência de ordem econômica
para o adquirente nos deslocamentos do veículo;

75
Resolve: III - do local de descarga às concessionárias ou indús-
trias encarroçadora; (Redação do inciso dada pela Reso-
Art. 1º. Permitir o transporte de cargas e pessoas em veí- lução CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).
culos novos, antes do registro e licenciamento, adquiridos por
pessoas físicas e jurídicas, por entidades públicas e privadas e IV - de um a outro estabelecimento da mesma monta-
os destinados aos concessionários para comercialização, des- dora, encarroçadora ou concessionária ou pessoa jurí-
de que portem a “autorização especial”, segundo o modelo dica interligada. (Redação do inciso dada pela Resolu-
constante do anexo I. ção CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).

§ 1º. A permissão estende-se aos veículos inacabados § 1º No caso de veículo novo comprado diretamente
(chassis), do pátio do fabricante ou do concessioná- pelo comprador por meio eletrônico, o prazo de
rio até o local da indústria encarroçadora. que trata o inciso I será contado a partir da data de
efetiva entrega do veículo ao proprietário.(Reda-
§ 2º. A «autorização especial», válida apenas para o deslo- ção do parágrafo dada pela Resolução CONTRAN
camento para o município de destino, será expedida Nº 554 DE 17/09/2015).
para o veículo que portar os Equipamentos Obriga-
§ 2º No caso do veículo novo doado por órgãos ou en-
tórios previstos pelo CONTRAN (adequado ao tipo
tidades governamentais, o município de destino
de veículo), com base na Nota Fiscal de Compra e
de que trata o inciso I será o constante no instru-
Venda; com validade de 15 (quinze) dias transcorri-
mento de doação, cuja cópia deverá acompanhar
dos da data da emissão, prorrogável por igual perío- o veículo durante o trajeto.  (Redação do pará-
do por motivo de força maior. grafo dada pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE
17/09/2015).
§ 3º. A autorização especial será impressa em (3) três vias,
das quais, a primeira e a segunda serão coladas res- § 3º Equiparam-se às indústrias encarroçadoras as em-
pectivamente, no vidro dianteiro (pára-brisa), e no presas responsáveis pela instalação de equipa-
vidro traseiro, e a terceira arquivada na repartição de mentos destinados a transformação de veículos
trânsito expedidora. em ambulâncias, veículos policiais e demais veí-
culos de emergência. (Redação do parágrafo dada
Art. 2º. Os veículos adquiridos por autônomos e por em- pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).
presas que prestam transportes de cargas e de passageiros,
poderão efetuar serviços remunerados para os quais estão § 4º No caso do § 3º deverá ser aposto carimbo no ver-
autorizados, atendida a legislação específica, as exigências so da nota fiscal de compra, com a data da saída do
dos poderes concedentes e das autoridades com jurisdição veículo, pela empresa responsável pela adaptação
sobre as vias públicas. ou transformação. (Redação do parágrafo dada
pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).
Art. 3º. Os veículos consignados aos concessionários,
para comercialização, e os veículos adquiridos por pessoas § 5º No caso dos Estados da Região Norte do País, o
físicas, entidades privadas e públicas, a serem licenciados nas prazo de que trata o inciso I será de 30 (trinta) dias
categorias “PARTICULAR e OFICIAL”, somente poderão trans- consecutivos. (Redação do parágrafo dada pela
portar suas cargas e pessoas que tenham vínculo empregatí- Resolução CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).
cio com os mesmos.
§ 6º Para os veículos recém-produzidos, beneficiados
Art. 4º. Antes do registro e licenciamento, o veículo novo, por regime tributário especial e para os quais ain-
nacional ou importado que portar a nota fiscal de compra e da não foram emitidas as notas fiscais de fatura-
venda ou documento alfandegário, poderá transitar: mento, fica permitido o transporte somente do
pátio interno das montadoras e fabricantes para
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou con- os pátios externos das montadoras e fabricantes
cessionária e do Posto Alfandegário, ao órgão de trânsito ou das empresas responsáveis pelo transporte dos
do município de destino, nos quinze dias consecutivos à veículos, em um raio máximo de 10 (dez) quilô-
data do carimbo de saída do veículo, constante da nota metros, desacompanhados de nota fiscal, desde
que acompanhados da relação de produção onde
fiscal ou documento alfandegário correspondente; (Reda-
conste a numeração do chassi. (Parágrafo acres-
ção do inciso dada pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE
VADE MECUM PRF

centado pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE


17/09/2015).
17/09/2015).
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou con-
Art. 5º. Pela inobservância desta Resolução, fica o con-
cessionária, ao local onde vai ser embarcado como carga, dutor sujeito à penalidade constante do artigo 230, inciso
por qualquer meio de transporte; (Redação do inciso dada V, do Código de Trânsito Brasileiro.
pela Resolução CONTRAN Nº 554 DE 17/09/2015).

76
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua 10) lanternas de freio de cor vermelha;
publicação, revogada a Resolução 612/83.
11) lanternas indicadoras de direção dianteiras de cor
âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha;
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 14/1998
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota de
veículos em circulação e dá outras providências. 13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor ver-
melha;
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
da competência que lhe confere o inciso I, do artigo 12, da 14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o branca;
Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme o Decreto
15) velocímetro;
nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coorde-
nação do Sistema Nacional de Trânsito;
16) buzina;
Considerando o artigo 105, do Código de Trânsito Bra-
17) freios de estacionamento e de serviço, com co-
sileiro;
mandos independentes;
Considerando a necessidade de proporcionar às autori-
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
dades fiscalizadoras as condições precisas para o exercício
rança;
do ato de fiscalização;
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de
Considerando que os veículos automotores, em circu-
emergência, independente do sistema de ilumina-
lação no território nacional, pertencem a diferentes épo-
ção do veículo;
cas de produção, necessitando, portanto, de prazos para a
completa adequação aos requisitos de segurança exigidos (Revogado pela Resolução CONTRAN Nº 556 DE
pela legislação; 17/09/2015):
RESOLVE: 20) extintor de incêndio;
Art. 1º. Para circular em vias públicas, os veículos de- 21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade
verão estar dotados dos equipamentos obrigatórios rela- e tempo, nos veículos de transporte e condução de
cionados abaixo, a serem constados pela fiscalização e em escolares, nos de transporte de passageiros com
condições de funcionamento: mais de dez lugares e nos de carga com capacida-
de máxima de tração superior a 19t;
I - nos veículos automotores e ônibus elétricos:
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do ve-
1) pára-choques, dianteiro e traseiro;
ículo;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo-
tor, naqueles dotados de motor à combustão;
3) espelhos retrovisores, interno e externo;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o
4) limpador de pára-brisa;
pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso;
5) lavador de pára-brisa;
25) macaco, compatível com o peso e carga do veícu-
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) lo;
para o condutor;
26) chave de roda;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou ama-
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada
VADE MECUM PRF

rela;
para a remoção de calotas;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor bran-
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos ve-
ca ou amarela;
ículos de carga, quando suas dimensões assim o
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; exigirem;

77
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão 7) velocímetro;
em veículos de transporte coletivo e carga;
8) buzina;
II - para os reboques e semi-reboques:
9) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
1) pára-choque traseiro; rança;

2) protetores das rodas traseiras; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do


motor, dimensionado para manter a temperatura
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; de sua superfície externa em nível térmico ade-
quado ao uso seguro do veículo pelos ocupantes
4) freios de estacionamento e de serviço, com co-
sob condições normais de utilização e com uso
mandos independentes, para veículos com capa-
de vestimentas e acessórios indicados no manu-
cidade superior a 750 quilogramas e produzidos a
al do usuário fornecido pelo fabricante, devendo
partir de 1997;
ser complementado por redutores de tempera-
5) lanternas de freio, de cor vermelha; tura nos pontos críticos de calor, a critério do fa-
bricante, conforme exemplificado no Anexo desta
6) iluminação de placa traseira; Resolução. (Redação dada ao item pela Resolução
CONTRAN nº 228, de 02.03.2007).
7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor
âmbar ou vermelha; V - para os quadriciclos:

8) pneus que ofereçam condições mínimas de segu- 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
rança;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quan-
do suas dimensões assim o exigirem. 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;

III - para os ciclomotores: 4) lanterna de freio, de cor vermelha;

1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; 5) indicadores luminosos de mudança de direção,


dianteiros e traseiros;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
6) iluminação da placa traseira;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
7) velocímetro;
4) velocímetro;
8) buzina;
5) buzina;
9) pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
6) pneus que ofereçam condições mínimas de segu- rança;
rança;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo-
7) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo- tor;
tor.
11) protetor das rodas traseiras.
IV - para as motonetas, motocicletas e triciclos:
(Redação do inciso dada pela Resolução CONTRAN
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
Nº 454 DE 26/09/2013):
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
VI - nos tratores de rodas, de esteiras e mistos:
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
VADE MECUM PRF

4) lanterna de freio, de cor vermelha;


2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
5) iluminação da placa traseira;
3) lanternas de freio, de cor vermelha;
6) indicadores luminosos de mudança de direção
dianteiro e traseiro; 4) lanterna de marcha à ré, de cor branca;

78
5) alerta sonoro de marcha à ré; II - lanterna de marcha à ré e retrorefletores, nos veícu-
los fabricados antes de 1º de janeiro de 1990;
6) indicadores luminosos de mudança de direção,
dianteiros e traseiros; III) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo: (Redação dada ao caput do inciso pela Resolu-
7) iluminação de placa traseira; ção CONTRAN nº 87, de 04.05.1999, DOU 06.05.1999)

8) faixas retrorrefletivas; a) para os veículos de carga com capacidade máxima de


tração inferior a 19 (dezenove) toneladas, fabricados
9) pneus que ofereçam condições mínimas de segu- até 31 de dezembro de 1990; (Redação dada à alínea
rança (exceto os tratores de esteiras); pela Resolução CONTRAN nº 87, de 04.05.1999, DOU
06.05.1999)
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo-
tor; b) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso
misto, registrados na categoria particular e que não
11) espelhos retrovisores; realizem transporte remunerado de pessoas;
12) cinto de segurança para todos os ocupantes do ve- c) até 30 de setembro de 1999, para os veículos de
ículo; carga com capacidade máxima de tração inferior
a 19 toneladas, fabricados a partir de 1º de janeiro
13) buzina;
de 1991; (Alínea acrescentada pela Resolução CON-
14) velocímetro e registrador instantâneo e inalterável TRAN nº 87, de 04.05.1999, DOU 06.05.1999)
de velocidade e tempo para veículos que desen-
d) até 30 de setembro de 1999, para os veículos de
volvam velocidade acima de 60 km/h;
carga com capacidade máxima de tração igual ou
15) pisca alerta. superior a 19 (dezenove) toneladas, fabricados até
31 de dezembro de 1990; (Alínea acrescentada pela
(Revogado pela Resolução CONTRAN Nº 454 DE Resolução CONTRAN nº 87, de 04.05.1999, DOU
26/09/2013, e pela Deliberação CONTRAN Nº 137 DE 06.05.1999)
07/06/2013):
IV - cinto de segurança:
VII - nos tratores de esteiras:
a) para os passageiros, nos ônibus e microônibus pro-
1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela; duzidos até 1º de janeiro de 1999;

2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e tripulan-
tes, nos ônibus e microônibus;
3) lanternas de freio, de cor vermelha;
c) para os veículos destinados ao transporte de passa-
4) indicadores luminosos de mudança de direção, geiros, em percurso que seja permitido viajar em pé.
dianteiros e traseiros;
(Revogado pela Resolução CONTRAN Nº 551 DE
5) dispositivo destinado ao controle de ruído do mo- 17/09/2015, efeitos a partir de 01/01/2017):
tor.
d) para os veículos de uso bélico. (Alínea acrescenta-
Parágrafo único. Quando a visibilidade interna não per- da pela Resolução CONTRAN nº 279, de 28.05.2008,
mitir, utilizar-se-ão os espelhos retrovisores laterais. DOU 09.06.2008).

Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no artigo an- V - pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda:
terior, não se exigirá:
a) nos veículos equipados com pneus capazes de tra-
I - lavador de pára-brisa: fegar sem ar, ou aqueles equipados com dispositivo
VADE MECUM PRF

automático de enchimento emergencial;


a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos
produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; b) nos ônibus e microônibus que integram o sistema de
transporte urbano de passageiros, nos municípios,
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e microônibus regiões e microregiões metropolitanas ou conglo-
produzidos até 1º de janeiro de 1999; merados urbanos;

79
c) nos caminhões dotados de características específicas III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos auto-
para transporte de lixo e de concreto; móveis, exceto nos assentos centrais;

d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte IV - cinto de segurança graduável e de três pontos em
de valores. todos os assentos dos automóveis. Nos assentos cen-
trais, o cinto poderá ser do tipo sub-abdominal.
e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e utili-
tários, com peso bruto total - PBT, de até 3,5 tone- Parágrafo único. Os ônibus e microônibus poderão uti-
ladas, a dispensa poderá ser reconhecida pelo órgão lizar cinto sub-abdominal para os passageiros.
máximo executivo de trânsito da União, por ocasião
do requerimento do código específico de marca/mo- Art. 7º. Aos veículos registrados e licenciados em ou-
delo/versão, pelo fabricante ou importador, quando tro país, em circulação no território nacional, aplicam-se
comprovada que tal característica é inerente ao pro- as regras do artigo 118 e seguintes do Código de Trânsito
jeto do veículo, e desde que este seja dotado de al- Brasileiro.
ternativas para o uso do pneu e aro sobressalentes,
macaco e chave de roda. (Alínea acrescentada pela Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções 657/85, 767/93,
Resolução CONTRAN nº 259, de 30.11.2007, DOU 002/98 e o artigo 65 da Resolução 734/89.
06.12.2007)
Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações particula-
VI - velocímetro, naqueles dotados de registrador ins- res previstas nesta Resolução, os proprietários ou conduto-
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integra- res, cujos veículos circularem nas vias públicas desprovidos
do. dos requisitos estabelecidos, ficam sujeitos às penalidades
constantes do artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro,
VII - para-choques traseiro nos veículos mencionados
no que couber.
no Art. 4º da Resolução nº 593, de 24 de maio de 2016,
do CONTRAN. (Inciso acrescentado pela Resolução
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
CONTRAN Nº 592 DE 24/05/2016).
publicação.
Parágrafo único. Para os veículos relacionados nas alí-
neas b, c, e d, do inciso V, será reconhecida a excepcionali- CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 24/1998
dade somente quando pertencerem ou estiverem na posse
de firmas individuais, empresas ou organizações que pos-
suam equipes próprias, especializadas em troca de pneus Estabelece o critério de identificação de veículos, a que se
ou aros danificados. refere o artigo 114 do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veículos O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
destinados ao transporte de produtos perigosos, bem da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da Lei
como os equipamentos para situações de emergência se- nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Códi-
rão aqueles indicados na legislação pertinente. go de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto nº 2.327, de
23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação
Art. 4º. Os veículos destinados à condução de escola- do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
res ou outros transportes especializados terão seus equi-
pamentos obrigatórios previstos em legislação específica. Art. 1º. Os veículos produzidos ou importados a partir
de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licencia-
Art. 5º. A exigência dos equipamentos obrigatórios mento, deverão estar identificados na forma desta Reso-
para a circulação de bicicletas, prevista no inciso VI, do arti- lução.
go 105, do Código de Trânsito Brasileiro, terá um prazo de
cento e oitenta dias para sua adequação, contados da data Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo
de sua Regulamentação pelo CONTRAN. os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamen-
te para competições esportivas e as viaturas militares ope-
Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a partir de racionais das Forças Armadas.
1º de janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes
equipamentos obrigatórios: Art. 2º. A gravação do número de identificação veicular
VADE MECUM PRF

(VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo,


I - espelhos retrovisores externos, em ambos os lados; em um ponto de localização, de acordo com as especifica-
ções vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066
II - registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo, para os veículos de carga, com peso bruto total da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em
superior a 4536 kg; profundidade mínima de 0,2 mm.

80
§ 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os Art. 3º. Será obrigatória a gravação do ano da fabrica-
veículos serão identificados, no mínimo, com os ção do veículo no chassi ou monobloco ou em plaqueta
caracteres VIS (número sequencial de produção) destrutível quando de sua remoção, conforme estabelece o
previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério § 1º do artigo 114 do Código de Trânsito Brasileiro.
do fabricante, por gravação, na profundidade mí-
nima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta Art. 4º. Nos veículos reboques e semi-reboques, as gra-
colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de vações serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi.
sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante
e também destrutível no caso de tentativa de sua Art. 5º. Para fins de controle reservado e apoio das
remoção, nos seguintes compartimentos e compo- vistorias periciais procedidas pelos órgãos integrantes do
Sistema Nacional de Trânsito e por órgãos policiais, por
nentes:
ocasião do pedido de código do RENAVAM, os fabricantes
I - na coluna da porta dianteira lateral direita; depositarão junto ao órgão máximo executivo de trânsito
da União as identificações e localização das gravações, se-
II - no compartimento do motor; gundo os modelos básicos.

III - em um dos pára-brisas e em um dos vidros trasei- Parágrafo único. Todas as vezes que houver alteração
ros, quando existentes; dos modelos básicos dos veículos, os fabricantes encami-
nharão, com antecedência de 30 (trinta) dias, as localiza-
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, ções de identificação veicular.
quando existentes, excetuados os quebraventos.
Art. 6º. As regravações e as eventuais substituições ou
§ 2º As identificações previstas nos incisos «III» e «IV» reposições de etiquetas e plaquetas, quando necessárias,
do parágrafo anterior serão gravadas de forma in- dependerão de prévia autorização da autoridade de trânsi-
delével, sem especificação de profundidade e, se to competente, mediante comprovação da propriedade do
adulterados, devem acusar sinais de alteração. veículo, e só serão processadas por empresas credenciadas
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
§ 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com cabina Federal.
incompleta, tais como os chassis para ônibus), te-
rão as identificações previstas no § 1º, implantadas § 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput deste
pelo fabricante que complementar o veículo com a artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante do
veículo.
respectiva carroçaria.
§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica às
§ 4º As identificações, referidas no § 2º, poderão ser fei-
identificações constantes dos incisos III e IV do § 1º
tas na fábrica do veículo ou em outro local, sob a
do artigo 2º desta Resolução.
responsabilidade do fabricante, antes de sua ven-
da ao consumidor. § 3º A regravação do número de identificação veicular
(VIN) no chassi ou monobloco, previsto no caput
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não metálico, a
deste artigo, deverá ser feita, de acordo com as
numeração deverá ser gravada em placa metálica
especificações vigentes e formatos estabelecidos
incorporada ou a ser moldada no material do chas-
pela NBR 15180/2004 da Associação Brasileira de
si ou monobloco, durante sua fabricação. Normas Técnicas (ABNT), e suas alterações, em
profundidade mínima de 0,2 (dois décimos) milí-
§ 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o déci-
metros. (Parágrafo acrescentado pela Resolução
mo dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066, será
CONTRAN Nº 581 DE 23/03/2016).
obrigatoriamente o da identificação do modelo do
veículo. § 4º A empresa credenciada para remarcação de chassis
deverá encaminhar registro fotográfico do resulta-
§ 7º para os fins previstos no caput deste artigo, o déci- do da remarcação ao departamento de trânsito de
mo dígito do VIN, estabelecido pela NBR nº 6066, registro do veículo, mediante regulamentação do
poderá ser alfanumérico. (Parágrafo acrescentado órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distri-
pela Resolução CONTRAN Nº 581 DE 23/03/2016). to Federal. (Parágrafo acrescentado pela Resolução
VADE MECUM PRF

CONTRAN Nº 581 DE 23/03/2016).


§ 8º Para os veículos tipo ciclomotores, motonetas, mo-
tocicletas e deles derivados, a altura dos caracteres Art. 7º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e
da gravação de identificação veicular (VIN) deve do Distrito Federal não poderão registrar, emplacar e licen-
ter no mínimo 4,0 (quatro) milímetros. (Parágrafo ciar veículos que estiverem em desacordo com o estabele-
acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 581 DE cido nesta Resolução.
23/03/2016).

81
Art. 8º. Fica revogada a Resolução 659/89 do CON- Art. 1º Ficam aprovados os modelos de placa constan-
TRAN. tes do Anexo à presente Resolução, para veículos de repre-
sentação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Go-
Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua vernadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais,
publicação. dos Presidentes das Assembléias Legislativas e das Câma-
ras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 26/1998 do Distrito Federal, e do respectivo chefe do Ministério
Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças Armadas.

Disciplina o transporte de carga em veículos destinados Art. 2º Poderão ser utilizados os mesmos modelos de
ao transporte de passageiros a que se refere o artigo 109 do placas para os veículos oficiais dos Vice-Governadores e
Código de Trânsito Brasileiro. dos Vice-Prefeitos, assim como para os Ministros dos Tri-
bunais Federais, Senadores e Deputados, mediante solici-
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
tação dos Presidentes de suas respectivas instituições.
da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Art. 3º Os veículos de representação deverão estar re-
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto
gistrados junto ao RENAVAM.
nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coorde-
nação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias
Art. 1º. O transporte de carga em veículos destinados após a data de sua publicação.
ao transporte de passageiros, do tipo ônibus, microônibus,
ou outras categorias, está autorizado desde que observa- A N.
das as exigências desta Resolução, bem como os regula-
mentos dos respectivos poderes concedentes dos serviços.

Art. 2º. A carga só poderá ser acomodada em compar-


timento próprio, separado dos passageiros, que no ônibus
é o bagageiro.

Art. 3º. Fica proibido o transporte de produtos conside-


rados perigosos conforme legislação específica, bem como
daqueles que, por sua forma ou natureza, comprometam a
segurança do veículo, de seus ocupantes ou de terceiros.

Art. 4º. Os limites máximos de peso e dimensões da


carga serão os fixados pelas legislações existentes na esfe-
ra federal, estadual ou municipal.

Art. 5º. No caso do transporte rodoviário internacional


de passageiros serão obedecidos os Tratados, Convenções
ou Acordos internacionais, enquanto vinculados à Repúbli-
ca Federativa do Brasil.

Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação.

CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 32/1998

Estabelece modelos de placas para veículos de represen-


tação, de acordo com o art. 115, § 3° do Código de Trânsito
Brasileiro.
VADE MECUM PRF

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,


usando da competência que lhe confere o art.12, inciso I, da
Lei nº9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Códi-
go de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 2.327, de
23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito, resolve:

82
Parágrafo único. Para a apuração dos períodos de tra-
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 36/1998 balho e de repouso diário dos condutores, a autoridade
competente utilizará as informações previstas nos incisos
Estabelece a forma de sinalização de advertência para III, IV, V e VI.
os veículos que, em situação de emergência, estiverem imo-
Art. 3º. A fiscalização das condições de funcionamen-
bilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de
to do registrador instantâneo e inalterável de velocidade
Trânsito Brasileiro.
e tempo, nos veículos em que seu uso é obrigatório, será
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, exercida pelos órgãos ou entidades de trânsito com cir-
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, cunscrição sobre a via onde o veículo estiver transitando.
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o (Redação dada pela Resolução CONTRAN Nº 406 DE
Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e conforme Decreto nº 12/06/2012)
2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordena-
§ 1º Na ação de fiscalização de que trata este artigo
ção do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
o agente deverá verificar e inspecionar:(Reda-
Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes ção dada pela Resolução CONTRAN Nº 406 DE
de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação 12/06/2012)
do triângulo de sinalização ou equipamento similar à dis-
tância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo. CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 110/2000

Parágrafo único. O equipamento de sinalização de


emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao Fixa o calendário para renovação do Licenciamento
eixo da via, e em condição de boa visibilidade. Anual de Veículos e revoga a Resolução CONTRAN Nº 95/99.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando a
competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503, de
publicação.
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 92/1999 setembro de 1997, que trata da Coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito, e
Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do registrador Considerando que a Resolução CONTRAN nº 95/99,
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, conforme o apresenta incompatibilidade com os prazos estipulados
Código de Trânsito Brasileiro. por alguns Estados para recolhimento do IPVA;
Art.  1º  O registrador instantâneo e inalterável de ve- Considerando que essa incompatibilidade obrigaria os
locidade e tempo pode constituir-se num único aparelho órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal a licen-
mecânico, eletrônico ou compor um conjunto computa- ciar veículos cujos proprietários ainda não tivessem reco-
dorizado que, além das funções específicas, exerça outros lhido o IPVA; e
controles.
Considerando que a alteração nos prazos fixados na
Art.  2º  Deverá apresentar e disponibilizar a qualquer Resolução CONTRAN nº 95/99 não provoca prejuízos ao
momento, pelo menos, as seguintes informações das últi- Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM,
mas vinte e quatro horas de operação do veículo: nem à fiscalização da regularidade documental dos veícu-
los, resolve:
I - velocidades desenvolvidas;
Art. 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados
II - distância percorrida pelo veículo;
e do Distrito Federal estabelecerão prazos para renovação
do Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob sua
III - tempo de movimentação do veículo e suas inter-
circunscrição, de acordo como algarismo final da placa de
rupções;
identificação, respeitados os limites fixados na tabela a se-
IV - data e hora de início da operação; guir:
VADE MECUM PRF

V - identificação do veículo; Art. 2º As autoridades, órgãos, instituições e agentes


de fiscalização de trânsito e rodoviário em todos o terri-
VI - identificação dos condutores; tório nacional, para efeito de autuação e aplicação de pe-
nalidades, quando o veículo se encontrar fora da unidade
VII - identificação de abertura do compartimento que da federação em que estiver registrado, deverão adotar os
contém o disco ou de emissão da fita diagrama. prazos estabelecidos nesta Resolução.

83
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº
publicação, ficando revogada a Resolução CONTRAN nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coorde-
95/99. nação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT, e

Considerando a aprovação na 5ª Reunião Ordinária da


CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 110/2000
Câmara Temática de Engenharia da Via.

Fixa o calendário para renovação do Licenciamento Considerando o que dispõe o Artigo 336 do Código de
Anual de Veículos e revoga a Resolução CONTRAN Nº 95/99. Trânsito Brasileiro, resolve:

O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando a Art. 1º Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito
competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503, de Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução.
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de Art. 2º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30
setembro de 1997, que trata da Coordenação do Sistema de junho de 2006 para se adequarem ao disposto nesta
Nacional de Trânsito, e Resolução.

Considerando que a Resolução CONTRAN nº 95/99, Art. 3º Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias
apresenta incompatibilidade com os prazos estipulados após a data de sua publicação.
por alguns Estados para recolhimento do IPVA;
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 197/2006
Considerando que essa incompatibilidade obrigaria os
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal a licen-
ciar veículos cujos proprietários ainda não tivessem reco- Regulamenta o dispositivo de acoplamento mecânico
lhido o IPVA; e para reboque (engate) utilizado em veículos com PBT de até
3.500kg e dá outras providências.
Considerando que a alteração nos prazos fixados na
Resolução CONTRAN nº 95/99 não provoca prejuízos ao O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei nº
nem à fiscalização da regularidade documental dos veícu- 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
los, resolve: de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação
Art. 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados do Sistema Nacional de Trânsito; e, Considerando que o art.
e do Distrito Federal estabelecerão prazos para renovação 97 do Código de Trânsito Brasileiro atribui ao CONTRAN a
do Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob sua responsabilidade pela aprovação das exigências que per-
circunscrição, de acordo como algarismo final da placa de mitam o registro, licenciamento e circulação de veículos
identificação, respeitados os limites fixados na tabela a se- nas vias públicas;
guir:
Considerando o disposto no art. 16 e no § 58 do anexo
Art. 2º As autoridades, órgãos, instituições e agentes 5 da Convenção de Viena Sobre Trânsito Viário, promul-
de fiscalização de trânsito e rodoviário em todos o terri- gada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981;
tório nacional, para efeito de autuação e aplicação de pe-
nalidades, quando o veículo se encontrar fora da unidade Considerando a necessidade de corrigir desvio de finali-
da federação em que estiver registrado, deverão adotar os dade na utilização do dispositivo de acoplamento mecâni-
prazos estabelecidos nesta Resolução. co para reboque, a seguir denominado engate, em veículos
com até 3.500kg de Peso Bruto Total - PBT;
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogada a Resolução CONTRAN nº Considerando que para tracionar reboques os veículos
95/99. tratores deverão possuir capacidade máxima de tração de-
clarada pelo fabricante ou importador, conforme disposi-
ção do Código de Trânsito Brasileiro;
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 160/2004
VADE MECUM PRF

Considerando a necessidade de disciplinar o emprego


Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro. e a fabricação dos engates aplicados em veículos com até
3.500kg de PBT;
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
da competência que lhe confere o art. 12, inciso VIII, da RESOLVE:
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o

84
Art. 1º Esta resolução aplica-se aos veículos de até I - qualquer modelo de engate, desde que o equipa-
3.500kg de PBT, que possuam capacidade de tracionar mento seja original de fábrica; (Antiga alínea “a” reno-
reboques declarada pelo fabricante ou importador, e que meada pela Resolução CONTRAN nº 234, de 11.05.2007,
não possuam engate de reboque como equipamento ori- DOU 21.05.2007)
ginal de fábrica.
II - quando instalado como acessório, o engate deverá
Art. 2º Os engates utilizados em veículos automotores apresentar as seguintes características:
com até 3.500kg de peso bruto total deverão ser produzi-
dos por empresas registradas junto ao Instituto Nacional a) esfera maciça apropriada ao tracionamento de rebo-
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - IN- que ou trailler;
METRO.
b) tomada e instalação apropriada para conexão ao ve-
Parágrafo único. A aprovação do produto fica condi- ículo rebocado;
cionada ao cumprimento de requisitos estabelecidos em
regulamento do INMETRO, que deverá prever, no mínimo, c) dispositivo para fixação da corrente de segurança do
a apresentação pela empresa fabricante de engate, de rela- reboque;
tório de ensaio, realizado em um protótipo de cada modelo
de dispositivo de acoplamento mecânico, proveniente de d) ausência de superfícies cortantes ou cantos vivos na
laboratório independente, comprobatório de atendimento haste de fixação da esfera;
dos requisitos estabelecidos na Norma NBR ISO 3853, NBR
e) ausência de dispositivo de iluminação. (Antiga alínea
ISO 1103, NBR ISO 9187.
“b” renomeada e com redação dada pela Resolução
Art. 3º Os fabricantes e os importadores dos veículos CONTRAN nº 234, de 11.05.2007, DOU 21.05.2007)
de que trata esta Resolução deverão informar ao órgão
Art. 7º Os veículos que portarem engate em desacordo
máximo executivo de trânsito da União os modelos de veí-
com as disposições desta Resolução, incorrem na infração
culos que possuem capacidade para tracionar reboques,
prevista no art. 230, inciso XII do Código de Trânsito Bra-
além de fazer constar no manual do proprietário as seguin-
sileiro.
tes informações:
Art. 8º Esta resolução entra em vigor na data de sua
I - especificação dos pontos de fixação do engate tra-
publicação, produzindo efeito nos seguintes prazos:
seiro;
I - em até 180 dias:
II - indicação da capacidade máxima de tração - CMT.
a) para estabelecimento das regras para registro dos fa-
Art. 4º Para rastreabilidade do engate deverá ser fixada
bricantes de engate e das normas complementares;
em sua estrutura, em local visível, uma plaqueta inviolável
com as seguintes informações; b) para retirada ou regularização dos dispositivos insta-
lados nos veículos em desconformidade com o dis-
I - Nome empresarial do fabricante, CNPJ e identifica-
posto no art. 6º, alínea b;
ção do registro concedido pelo INMETRO;
II - em até 365 dias, para atendimento pelos fabricantes
II - modelo do veículo ao qual se destina;
e importadores do disposto nos incisos I e II do art. 3º;
III - capacidade máxima de tração do veículo ao qual
III - em até 730 dias para atendimento pelos fabricantes
se destina;
de engates e pelos instaladores, das disposições conti-
IV - referência a esta Resolução. das nos arts. 1º e 4º.

Art. 5º O instalador deverá cumprir o procedimento de CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 205/2006


instalação aprovado no INMETRO pelo fabricante do en-
gate, bem como indicar na nota de venda do produto os
dados de identificação do veículo. Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá
VADE MECUM PRF

outras providências.
Art. 6º Os veículos em circulação na data da vigência
desta resolução, poderão continuar a utilizar os engates O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
que portarem, desde que cumpridos os seguintes requi- usando da competência que lhe confere o inciso I do
sitos: Art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme

85
o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe Art. 3º. Cópia autenticada pela repartição de trânsito
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – do Certificado de Registro e Licenciamento Anual – CRLV
SNT, e será admitida até 15 de abril de 2007.

CONSIDERANDO o que disciplinam os artigos 133, 141, Art. 4º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e
159 e 232 do CTB que tratam do Certificado de Registro e do Distrito Federal têm prazo até 15 de fevereiro de 2007
Licenciamento Anual - CRLV, da Autorização para Conduzir para se adequarem ao disposto nesta Resolução.
Ciclomotores, da Carteira Nacional de Habilitação – CNH,
da Permissão para Dirigir e do porte obrigatório de Art. 5º. O não cumprimento das disposições desta
documentos; Resolução implicará nas sanções previstas no art. 232 do
Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
CONSIDERANDO que o artigo 131 do CTB estabelece
Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
que a quitação dos débitos relativos a tributos, encargos
publicação, revogada a Resolução do CONTRAN nº 13/98,
e multas de trânsito e ambientais, entre outros, o Imposto
respeitados os prazos previstos nos artigos 3º e 4º.
sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA e
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados
por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, é CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 210/2006
condição para o licenciamento anual do veículo;
Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos
CONSIDERANDO os veículos de transporte que que transitem por vias terrestres e dá outras providências.
transitam no país, com eventuais trocas de motoristas e
em situações operacionais nas quais se altera o conjunto O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
de veículos; no uso da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 , que instituiu
CONSIDERANDO que a utilização de cópias o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto
reprográficas do Certificado de Registro e Licenciamento no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003 , que trata da
Anual – CRLV dificulta a fiscalização, Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.

Resolve: Considerando o que consta do Processo nº


80001.003544/2006-56;
Art. 1º. Os documentos de porte obrigatório do
condutor do veículo são: Considerando o disposto no art. 99, do Código de Trân-
sito Brasileiro, que dispõe sobre peso e dimensões; e
I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Per-
Considerando a necessidade de estabelecer os limites
missão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação
de pesos e dimensões para a circulação de veículos, resol-
- CNH, no original; ve:
II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual - Art. 1º As dimensões autorizadas para veículos, com ou
CRLV, no original; sem carga, são as seguintes:
§ 1º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e I - largura máxima: 2,60m;
do Distrito Federal deverão expedir vias originais
do Certificado de Registro e Licenciamento Anual II - altura máxima: 4,40m;
– CRLV, desde que solicitadas pelo proprietário do
veículo. III - comprimento total:

§ 2º. Da via mencionada no parágrafo anterior deverá a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 metros;
constar o seu número de ordem, respeitada a cro-
b) veículos não-articulados de transporte coletivo
nologia de sua expedição.A N. urbano de passageiros que possuam 3º eixo de
apoio direcional: máximo de 15 metros;
Art. 2º. Sempre que for obrigatória a aprovação
VADE MECUM PRF

em curso especializado, o condutor deverá portar sua b1) veículos não articulados de característica rodovi-
comprovação até que essa informação seja registrada no ária para o transporte coletivo de passageiros, na
RENACH e incluída, em campo específico da CNH, nos configuração de chassi 8X2: máximo de 15 me-
termos do §4º do Art. 33 da Resolução do CONTRAN nº tros; (Item acrescentado pela Resolução CONTRAN
168/2005. Nº 628 DE 30/11/2016).

86
c) veículos articulados de transporte coletivo de passa- c) peso bruto total combinado para combinações de
geiros: máximo 18,60 metros; veículos articulados com duas unidades, do tipo ca-
minhão-trator e semi-reboque, e comprimento total
d)
veículos articulados com duas unidades, do tipo inferior a 16m: 45t;
caminhão-trator e semi-reboque: máximo de 18,60
metros; d) peso bruto total combinado para combinações de
veículos articulados com duas unidades, do tipo ca-
e) veículos articulados com duas unidades do tipo ca- minhão-trator e semi-reboque com eixos em tandem
minhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80; triplo e comprimento total superior a 16m: 48,5t;

f) veículos articulados com mais de duas unidades: má- e) peso bruto total combinado para combinações de
ximo de 19,80 metros. veículos articulados com duas unidades, do tipo ca-
minhão-trator e semi-reboque com eixos distancia-
§ 1º Os limites para o comprimento do balanço traseiro dos, e comprimento total igual ou superior a 16m:
de veículos de transporte de passageiros e de car- 53t;
gas são os seguintes:
f) peso bruto total combinado para combinações de
I - nos veículos não-articulados de transporte de carga, veículos com duas unidades, do tipo caminhão e re-
até 60% (sessenta por cento) da distância entre os dois boque, e comprimento inferior a 17,50m: 45t;
eixos, não podendo exceder a 3,50m (três metros e cin-
qüenta centímetros); g) peso bruto total combinado para combinações de
veículos articulados com duas unidades, do tipo ca-
II - nos veículos não-articulados de transporte de pas- minhão e reboque, e comprimento igual ou superior
sageiros: a 17,50m: 57t;

a) com motor traseiro: até 62% (sessenta e dois por h) peso bruto total combinado para combinações de
cento) da distância entre eixos; veículos articulados com mais de duas unidades e
comprimento inferior a 17,50m: 45t;
b) com motor central: até 66% (sessenta e seis por cen-
to) da distância entre eixos; i) para a combinação de veículos de carga - CVC, com
mais de duas unidades, incluída a unidade tratora,
c) com motor dianteiro: até 71% (setenta e um por cen- o peso bruto total poderá ser de até 57 toneladas,
to) da distância entre eixos. desde que cumpridos os seguintes requisitos:

§ 2º À distância entre eixos, prevista no parágrafo ante- 1. máximo de 7 (sete) eixos;


rior, será medida de centro a centro das rodas dos
eixos dos extremos do veículo. 2. comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo de
17,50 metros;
§ 3º O balanço dianteiro dos semi-reboques deve obe-
decer a NBR NM ISO 1726. 3. unidade tratora do tipo caminhão trator;

§ 4º Não é permitido o registro e licenciamento de ve- 4. estar equipadas com sistema de freios conjugados
ículos, cujas dimensões excedam às fixadas neste entre si e com a unidade tratora atendendo ao esta-
artigo, salvo nova configuração regulamentada belecido pelo CONTRAN;
pelo CONTRAN.
5. o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do
Art. 2º Os limites máximos de peso bruto total e peso tipo automático conforme NBR nº 11410/11411 e es-
bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das tarem reforçados com correntes ou cabos de aço de
vias públicas, são os seguintes: segurança;

§ 1º peso bruto total ou peso bruto total combinado, 6. o acoplamento dos veículos articulados com pino-rei
respeitando os limites da capacidade máxima de e quinta roda deverão obedecer ao disposto na NBR
NM ISO337.
VADE MECUM PRF

tração - CMT da unidade tratora determinada pelo


fabricante:
§ 2º peso bruto por eixo isolado de dois pneumáticos:
6t;
a) peso bruto total para veículo não articulado: 29t
§ 3º peso bruto por eixo isolado de quatro pneumáti-
b) veículos com reboque ou semi-reboque, exceto ca-
cos: 10t;
minhões: 39,5t;

87
§ 4º peso bruto por conjunto de dois eixos direcio- II - Peso bruto total (PBT) = somatório dos limites indi-
nais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20 viduais dos eixos descritos no inciso I.
metros, independente da distância do primeiro
eixo traseiro, dotados de dois pneumáticos cada: Parágrafo único. Não se aplicam as disposições desse
12t. (Redação do parágrafo dada pela Resolução artigo aos veículos de característica urbana para transporte
CONTRAN Nº 577 DE 24/02/2016). coletivo de passageiros.

§ 5º peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem, Art. 3º Os limites de peso bruto por eixo e por conjunto
quando à distância entre os dois planos verticais, de eixos, estabelecidos no artigo anterior, só prevalecem
que contenham os centros das rodas, for superior se todos os pneumáticos, de um mesmo conjunto de eixos,
a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17t; forem da mesma rodagem e calçarem rodas no mesmo
diâmetro.
§ 6º peso bruto por conjunto de dois eixos não em
tandem, quando à distância entre os dois planos Art. 4º Considerar-se-ão eixos em tandem dois ou mais
verticais, que contenham os centros das rodas, for eixos que constituam um conjunto integral de suspensão,
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 15t; podendo qualquer deles ser ou não motriz.

§ 7º peso bruto por conjunto de três eixos em tandem, § 1º Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos, a
aplicável somente a semi-reboque, quando à dis- distância entre os dois planos verticais paralelos,
tância entre os três planos verticais, que conte- que contenham os centros das rodas for superior
nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e a 2,40m, cada eixo será considerado como se fosse
inferior ou igual a 2,40m: 25,5t; distanciado.

§ 8º peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um § 2º Em qualquer par de eixos ou conjunto de três ei-
dotado de quatro pneumáticos e outro de dois xos em tandem, com quatro pneumáticos em cada,
pneumáticos interligados por suspensão especial, com os respectivos limites legais de 17t e 25,5t, a
quando à distância entre os dois planos verticais diferença de peso bruto total entre os eixos mais
que contenham os centros das rodas for: próximos não deverá exceder a 1.700kg.

a) inferior ou igual a 1,20m; 9t; Art. 5º Não será permitido registro e o licenciamento
de veículos com peso excedente aos limites fixado nesta
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5t. Resolução.

(Artigo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº Art. 6º Os veículos de transporte coletivo com peso por
502 DE 23/09/2014, efeitos a partir de 23/10/2014). eixo superior ao fixado nesta Resolução e licenciados antes
de 13 de novembro de 1996, poderão circular até o tér-
Art. 2º-A Os veículos de característica rodoviária para mino de sua vida útil, desde que respeitado o disposto no
transporte coletivo de passageiros terão os seguintes limi- art. 100, do Código de Trânsito Brasileiro e observadas as
tes máximos de peso bruto total (PBT) e peso bruto trans- condições do pavimento e das obras de arte.
mitido por eixo nas superfícies das vias públicas: (Redação
do caput dada pela Resolução CONTRAN Nº 625 DE Art. 7º Os veículos em circulação, com dimensões exce-
19/10/2016). dentes aos limites fixados no art. 1º, registrados e licencia-
dos até 13 de novembro de 1996, poderão circular até seu
I - Peso bruto por eixo: sucateamento, mediante Autorização Específica e segundo
os critérios abaixo:
a) Eixo simples dotado de 2 (dois) pneumáticos = 7t;
I - para veículos que tenham como dimensões máxi-
b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) pneumáticos = mas, até 20,00 metros de comprimento; até 2,86 metros
11t; de largura, e até 4,40 metros de altura, será concedida
Autorização Específica Definitiva, fornecida pela autori-
c) Eixo duplo dotado de 6 (seis) pneumáticos = 14,5t; dade com circunscrição sobre a via, devidamente visada
pelo proprietário do veículo ou seu representante cre-
VADE MECUM PRF

d) Eixo duplo dotado de 8 (oito) pneumáticos = 18t;


denciado, podendo circular durante as vinte e quatro
e) Dois eixos direcionais, com distância entre eixos de horas do dia, com validade até o seu sucateamento, e
no mínimo 1,20 metros, dotados de 2 (dois) pneu- que conterá os seguintes dados:
máticos cada = 13t.
a) nome e endereço do proprietário do veículo;

88
b) cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do Art. 10. O disposto nesta Resolução não se aplica aos
Veículo - CRLV; veículos especialmente projetados para o transporte de
carga indivisível, conforme disposto no art. 101 do Código
c) desenho do veículo, suas dimensões e excessos. de Trânsito Brasileiro - CTB.

II - para os veículos cujas dimensões excedam os limites Art. 11.  A partir de 1º de janeiro de 2011, as
previstos no inciso I poderá ser concedida Autorização Combinações de Veículos de Carga (CVC), de 57 toneladas,
Específica, fornecida pela autoridade com circunscrição serão dotadas obrigatoriamente de tração dupla 6x4 (seis
sobre a via e considerando os limites dessa via, com por quatro), podendo suspender um dos eixos tratores
validade máxima de um ano e de acordo com o licen- somente quando a CVC estiver descarregada, passando a
ciamento, renovada até o sucateamento do veículo e operar na configuração 4X2 (quatro por dois).  (Redação
obedecendo aos seguintes parâmetros: do caput dada pela Resolução CONTRAN Nº 628 DE
30/11/2016).
a) volume de tráfego;

b) traçado da via; Parágrafo único. Fica assegurado o direito de circulação


às Combinações de Veículos de Carga - CVC, com duas ou
c) projeto do conjunto veicular, indicando dimensão de mais unidades, sete eixos e Peso Bruto Total Combinado
largura, comprimento e altura, número de eixos, dis- - PBTC de 57 toneladas, equipadas com unidade tratora
tância entre eles e pesos. de tração simples, dotada de 3º eixo 6x2 (seis por dois),
cujo caminhão trator tenha sido fabricado até o dia 31 de
Art. 8º Para os veículos não-articulados registrados dezembro de 2010, independente da data de fabricação
e licenciados até 13 de novembro de 1996, com balanço das unidades tracionadas, desde que respeitados os limites
traseiro superior a 3,50 metros e limitado a 4,20 metros, regulamentares desta Resolução. (Redação dada ao arti-
respeitados os 60% da distância entre os eixos, será conce- go pela Deliberação CONTRAN nº 105, de 24.12.2010,
dida Autorização Específica fornecida pela autoridade com DOU 27.12.2010 e pela Resolução CONTRAN nº 373, de
circunscrição sobre a via, com validade máxima de um ano 18.03.2011, DOU 23.03.2011).
e de acordo com o licenciamento e renovada até o suca-
teamento do veículo. Art. 11 -A. A partir de 1º de janeiro de 2011 as unidades
de tração dupla deverão conter a indicação 6X4 na marca/
Parágrafo único. § 1º A Autorização Específica de que modelo/versão concedida pelo DENATRAN. (Artigo acres-
trata este artigo, destinada aos veículos combinados, po- centado pela Resolução CONTRAN nº 326, de 17.07.2009,
derá ser concedida mesmo quando o caminhão trator tiver DOU 24.07.2009 )
sido registrado e licenciado após 13 de novembro de 1996.
Art. 12. O não cumprimento do disposto nesta Reso-
Art. 9º A partir de 180 dias da data de publicação desta lução implicará, no que couber, nas sanções previstas nos
resolução, os semi-reboques das combinações com um ou
incisos IV, V, VI, VII e X do art. 231 e art. 237 do Código de
mais eixos distanciados contemplados na alínea e do § 1º
Trânsito Brasileiro . (Redação dada ao artigo pela Resolução
do art. 2º, somente poderão ser homologados e/ ou re-
CONTRAN nº 326, de 17.07.2009, DOU 24.07.2009 )
gistrados se equipados com suspensão pneumática e eixo
auto-direcional em pelo menos um dos eixos.
(Artigo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº
§ 1º A existência da suspensão pneumática e do eixo 608 DE 24/05/2016):
auto-direcional deverá constar no campo das ob-
Art. 12-A.  O peso e as dimensões máximos aqui
servações do Certificado de Registro (CRV) e do
Certificado de Registro e Licenciamento (CRLV) do estabelecidos não excluem a competência dos demais
semi-reboque. órgãos e entidades executivos rodoviários fixarem valores
mais restritivos em relação a vias sob sua circunscrição, de
§ 2º Fica assegurado o direito de circulação até o su- acordo com as restrições ou limitações estruturais da área,
cateamento dos semi-reboques, desde que homo- via/pista, faixa ou obra de arte, desde que observado o
logados e/ou registrados até 180 dias da data de estudo de engenharia respectivo.
publicação desta Resolução, mesmo que não aten-
dam as especificações do caput deste artigo. Parágrafo único. O órgão e entidade com circunscrição
sobre a via deverá observar a regular colocação de sinali-
VADE MECUM PRF

§ 3º Ficam dispensados do requisito do eixo auto-di- zação vertical regulamentadora, nos termos do Manual de
recional os semi-reboques com apenas dois eixos, Sinalização Vertical de Regulamentação, especialmente as
ambos distanciados, desde que o primeiro eixo placas R-14 e R-17, conforme o caso.
seja equipado com suspensão pneumática. (Pará-
grafo acrescentado pela Resolução CONTRAN nº Art. 13. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
284, de 01.07.2008, DOU 03.07.2008 ) publicação, produzindo efeito a partir de 01.01.2007.

89
Art. 14. Ficam revogadas, a partir de 01.01.2007, as Re- g) o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do
soluções CONTRAN nº 12/98 e 163/04 . tipo automático conforme NBR nº 11410/11411 e es-
tarem reforçados com correntes ou cabos de aço de
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 211/2006 segurança;

h) o acoplamento dos veículos articulados deverá ser


Requisitos necessários à circulação de Combinações de do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao dispos-
Veículos de Carga - CVC, a que se referem os arts. 97 , 99 e to na NBR NM/ ISO 337.
314 do Código de Trânsito Brasileiro-CTB .
i) possuir sinalização especial na forma do Anexo II e
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, estar provida de lanternas laterais colocadas a inter-
no uso da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, valos regulares de no máximo 3 (três) metros entre
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu si, que permitam a sinalização do comprimento total
o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto do conjunto.
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: II - as condições de tráfego das vias públicas a serem
utilizadas.
Art. 1º As Combinações de Veículos de Carga - CVC,
com mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, § 1º A unidade tratora dessas composições deverá ser
com peso bruto total acima de 57t ou com comprimento dotada de tração dupla, e quando carregada, ser
total acima de 19,80m, só poderão circular portando Auto- capaz de vencer aclives de 6%, com coeficiente
rização Especial de Trânsito - AET. de atrito pneu/solo de 0,45, uma resistência ao
rolamento de 11 kgf/t e um rendimento de sua
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Trânsito - transmissão de 90%, podendo suspender um dos
CONTRAN, regulamentará os procedimentos administra- eixos tratores somente quando a CVC estiver des-
tivos para a obtenção e renovação da AET de que trata carregada, passando a operar na configuração
o caput, observadas as demais disposições desta Resolu- 4X2. (Redação do parágrafo dada pela Resolução
ção. (Parágrafo acrescentado pela Resolução CONTRAN CONTRAN Nº 635 DE 30/11/2016).
Nº 635 DE 30/11/2016).
§ 2º Nas Combinações com Peso Bruto Total Combina-
Art. 2º A Autorização Especial de Trânsito - AET pode do-PBTC, inferior a 57 toneladas, o caminhão-tra-
ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, tor poderá ser de tração simples (4x2). (Redação
dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal, me- dada ao parágrafo pela Resolução CONTRAN nº
diante atendimento aos seguintes requisitos: 256, de 30.11.2007, DOU 06.12.2007 )

I - para a CVC: § 3º A Autorização Especial de Trânsito - AET, fornecida


pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Es-
a) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual ou inferior tados, dos Municípios e do Distrito Federal, terá o
a 91 toneladas; (Redação do inciso dada pela Resolu- percurso estabelecido e aprovado pelo órgão com
ção CONTRAN Nº 640 DE 14/12/2016). circunscrição sobre a via.

b) Comprimento superior a 19,80m e máximo de 30 § 4º A critério do Órgão Executivo Rodoviário respon-


metros, quando o PBTC for inferior ou igual a 57t. sável pela concessão da Autorização Especial de
Trânsito - AET, nas vias de duplo sentido de dire-
c) Comprimento mínimo de 25m e máximo de 30 me- ção, poderão ser exigidas medidas complemen-
tros, quando o PBTC for superior a 57t. tares que possibilitem o trânsito dessas compo-
sições, respeitadas as condições de segurança, a
d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo CON- existência de faixa adicional para veículos lentos
TRAN; nos segmentos em rampa com aclive e compri-
mento superior a 5% e 600m, respectivamente.
e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de Tração
- CMT da unidade tratora, determinada pelo fabri- § 5º A Autorização Especial de Trânsito (AET) será con-
VADE MECUM PRF

cante, com o Peso Bruto Total Combinado - PBTC; cedida para cada caminhão trator, especificando os
limites de comprimento e de peso bruto total com-
f) estar equipadas com sistemas de freios conjugados binado (PBTC) da combinação de veículo de carga
entre si e com a unidade tratora, atendendo o dis- (CVC), sendo identificadas as unidades rebocadas
posto na Resolução nº 777/93 - CONTRAN; na respectiva AET, podendo estas serem substi-
tuídas a qualquer tempo, observadas as mesmas

90
características de dimensões e peso e adequada g) A compatibilidade da Capacidade Máxima de Tração
Capacidade Máxima de Tração (CMT) da unidade (CMT) da unidade tratora, determinada pelo fabricante,
tratora, mediante a apresentação ao órgão com com o Peso Bruto Total Combinado (PBTC);
circunscrição sobre a via, do respectivo Laudo Téc-
nico contendo os requisitos de que trata o art. 4º h) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Estudo
desta Resolução. (Redação do parágrafo dada pela Técnico de que trata este inciso, devidamente assinada
Resolução CONTRAN Nº 663 DE 19/04/2017). por engenheiro mecânico ou automotivo habilitado,
cadastrada no órgão de registro profissional compe-
(Artigo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº tente;
663 DE 19/04/2017):
i) O Estudo Técnico de que trata este inciso deverá ser
Art. 2º-A. As Autorizações Especiais de Trânsito (AET) realizado por empresa com comprovada experiência
referentes às Combinações de Veículos de Carga (CVC), em estudos desta natureza, devidamente credenciada
com altura máxima de 4,40 m (quatro metros e quarenta junto ao órgão com circunscrição sobre a via.
centímetros), com Peso Bruto Total Combinado (PBTC)
superior a 74 toneladas e inferior ou igual 91 toneladas e III - O interessado deverá apresentar Laudo Técnico da
comprimento mínimo de 28 (vinte e oito) metros e máximo Combinação de Veículo de Carga (CVC), assinado por um
de 30 (trinta) metros, serão concedidas apenas aos pólos responsável técnico, engenheiro mecânico ou automotivo
geradores de tráfego de que trata o art. 93 da Lei nº 9.503, habilitado, atestando a obediência aos seguintes requisi-
de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de tos:
Trânsito Brasileiro, a requerimento do interessado, pessoa
física ou jurídica proprietária do empreendimento, e desde a) Estar equipada com sistemas de freios conjugados en-
que obedecidas às seguintes condições: tre si e com a unidade tratora, atendendo o disposto
na regulamentação específica do CONTRAN, atestada
I - As Combinações de Veículos de Carga (CVC) de que pelo responsável técnico habilitado na forma estabele-
trata o caput deverão obedecer aos limites legais de
cida neste inciso, observando-se os requisitos estabe-
peso por eixo fixados pelo CONTRAN;
lecidos no Anexo III desta resolução, onde aplicáveis;
II - O interessado deverá apresentar um Estudo Técnico
b) O acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do
comprovando a compatibilidade das Combinações de
tipo automático conforme NBR 11410 e estarem refor-
Veículos de Carga (CVC’s) nas vias pretendidas, contem-
plando o seguinte: çados com correntes ou cabos de aço de segurança,
atestado pelo responsável técnico habilitado na forma
a) Memória de cálculo de compatibilidade da Capaci- estabelecida neste inciso;
dade Máxima de Tração (CMT) em rampas, determi-
nada pelo fabricante, com o Peso Bruto Total Combi- c) O acoplamento dos veículos articulados deverá ser do
nado (PBTC); tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao disposto na
NBR NM-ISO 3842, NBR NM-ISO 4086, NBR NM-ISO
b) Memória de cálculo de arraste e varredura de acordo 8716 e NBR NM-ISO 1726 aplicáveis, de acordo com
com raios de curva apresentados no estudo de viabi- avaliação de conformidade certificada pelo INMETRO
lidade de tráfego da CVC; ou organismo por este acreditado, atestada pelo res-
ponsável técnico habilitado na forma estabelecida nes-
c) Memória de cálculo de capacidade de vencer rampas te inciso;
de até 6%;
d) Possuir sinalização especial na forma do Anexo II e estar
d) Demonstrativo de capacidades técnicas da unidade provida de lanternas laterais colocadas a intervalos re-
tratora fornecidas e comprovadas pelo fabricante de gulares de no máximo 3 (três) metros entre si, que per-
acordo com as características técnicas para cada tipo mitam a sinalização do comprimento total do conjunto;
e modelo de caminhão-trator (CMT, dimensões, rela-
ção da caixa de cambio, reduções diferencial e cubo e) A CVC deverá ser provida de fueiros ou painéis laterais
de rodas, potência e torque máximo e mínimo); de proteção da carga em toda a extensão das carroce-
rias da combinação de veículos, quando for o caso;
e) Planta dimensional para cada tipo e modelo de ca-
VADE MECUM PRF

minhãotrator com demonstrativo das capacidades f) Possuir, quando aplicável, dispositivo automático de
técnicas, inclusive para as unidades tracionadas; proteção da carga transportada do tipo sólido a granel
para atendimento das disposições contidas na Resolu-
f) Capacidade e memória de cálculo de frenagem para
ção CONTRAN nº 441, de 28 de maio de 2013, ou suas
as condições das vias indicadas no Estudo de Viabi-
lidade de Tráfego; sucedâneas;

91
g) A unidade tratora deve possuir potência compatível i) Os acessos a serem utilizados ao longo do percurso
com as disposições vigentes da Portaria INMETRO nº deverão ser projetados e executados pelo interes-
51/2011 ou suas sucedâneas. sado de modo a garantir que os veículos adentrem
as rodovias sem causar interferência no trânsito, in-
IV - Apresentação e aprovação junto ao órgão executivo cluindo faixas de aceleração e desaceleração, proje-
rodoviário com circunscrição sobre a via, de Estudo de tadas de acordo com as velocidades estabelecidas na
Viabilidade de Tráfego da CVC no percurso proposto, con- via;
templando:
j) As travessias de vias só poderão ser realizadas nos
a) Análise da geometria viária, contemplando: cadastro da locais predeterminados e sinalizados, estabelecidos
geometria viária; levantamento visual contínuo por vídeo de acordo com a distância mínima de visibilidade
ou fotográfico; inclinação e extensão de rampas; tangen- para o trecho, em função do tempo médio de traves-
tes, curvas horizontais e verticais; identificação, adequação sia de 18 (dezoito) segundos;
e/ou regularização dos acessos existentes; interseções vi-
k) O interessado deverá instalar sinalização especial de
árias em nível e em desnível;
advertência com intervalos máximos de 5 (cinco) km
b) Análise de capacidade e nível de serviço em todo o com o seguinte alerta “Trânsito de veículos lentos de
grande porte”;
percurso, para todas as classes de rodovias, e avaliação
da necessidade de terceira faixa ou faixa adicional em l) Deverá ser apresentada Anotação de Responsabili-
rampas ascendentes em vias de pista simples; dade Técnica - ART do Estudo de Viabilidade de Trá-
fego de que trata este inciso, devidamente assinada
c) Cadastro e análise da sinalização horizontal e vertical por engenheiro civil habilitado, cadastrada no órgão
e dispositivos auxiliares de sinalização e de segurança de registro profissional competente.
viária;
m) O Estudo de Viabilidade de Tráfego de que trata este
d) Avaliação da capacidade de suporte dos pavimentos e inciso deverá ser realizado por empresa com com-
sua compatibilidade com a CVC proposta, elaborado provada experiência em estudos desta natureza, de-
por empresa, órgão ou entidade de reconhecida capa- vidamente credenciada junto ao órgão com circuns-
cidade técnica; crição sobre a via.

e) Análise da capacidade estrutural das obras-de-arte cor- V - A CVC de que trata o caput desse artigo somente
rentes e especiais: avaliação estrutural e geométrica das poderá trafegar em via pública, no percurso especifica-
obras de arte contemplando a análise comparativa de do na AET, quando obedecidas as seguintes condições
esforços provocados pela carga móvel normativa re- operacionais:
ferente à classe da obra, com os esforços provocados
pela CVC, trafegando em conjunto com a carga distri- a) Velocidade máxima de 60 (sessenta) km/h, devendo
buída de 5 (cinco) kN/m2, nas posições mais desfavo- constar na parte traseira da ultima combinação essa
informação;
ráveis;
b) Fica proibida a operação em comboio, observando-
f) Apresentação de medidas mitigadoras para todos os
-se a distância mínima de 100 (cem) metros entres
itens anteriores, contemplando projetos de adequação CVCs;
e manutenção periódica, quando aplicável, caso obser-
vada a viabilidade de tráfego para a CVC proposta. c) O veículo deverá trafegar sempre com faróis acesos;

g) As análises da capacidade de suporte dos pavimentos d) É vedada a ultrapassagem de outro veículo pela CVC,
e da capacidade estrutural das obras-de-arte correntes salvo se estiver parado;
e especiais deverão considerar as normas dos órgãos
executivos rodoviários com circunscrição sobre a via e) A operação noturna em vias de pista simples somen-
ou, na ausência destas, as normas e manuais técnicos te poderá ocorrer em horários com baixo volume
do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans- de tráfego, correspondente, no máximo, ao nível de
porte (DNIT). serviço “C”, verificados no Estudo de Viabilidade de
VADE MECUM PRF

Tráfego, devendo constar expressamente na AET os


h) Como condição à obtenção da AET, as medidas mitiga- horários permitidos;
doras da infraestrutura viária propostas pelo requeren-
te serão executadas às suas expensas, mediante apro- f) É vedada a imobilização da CVC sobre estruturas de
Obras de Arte Especiais (OAEs), exceto em situações
vação do órgão com circunscrição sobre a via, o qual
de emergência;
deverá fiscalizar, acompanhar e receber as obras.

92
g) O percurso autorizado na AET será limitado a 100 a) planta dimensional da combinação, contendo indi-
(cem) quilômetros; cações de comprimento total, distância entre eixos,
balanços traseiro e laterais, detalhe do pára-choques
h) Em vias de múltiplas faixas de tráfego, a CVC deverá traseiro, dimensões e tipos dos pneumáticos, lanter-
utilizar obrigatoriamente a faixa da direita. nas de advertência, identificação da unidade tratora,
altura e largura máxima, placa traseira de sinalização
§ 1º A Inspeção Técnica Veicular (ITV), obedecido ao especial, Peso Bruto Total Combinado - PBTC, Peso
respectivo cronograma e periodicidade, integrará
por Eixo, Capacidade Máxima de Tração - CMT e dis-
os requisitos a serem exigidos no inciso III deste
tribuição de carga no veículo;
artigo.
b)
cálculo demonstrativo da capacidade da unidade
§ 2º O órgão com circunscrição sobre a via emitirá pa-
tratora de vencer rampa de 6%, observando os pa-
recer técnico sobre os estudos de que tratam os
incisos II, III e IV deste artigo, mantendo-o junto ao râmetros do art. 2º e seus parágrafos e a fórmula do
respectivo processo de obtenção da AET até a sua Anexo I;
renovação.
c) gráfico demonstrativo das velocidades, que a uni-
§ 3º O órgão máximo executivo de trânsito da União dade tratora da composição é capaz de desenvolver
incluirá em regulamentação específica as novas para aclives de 0 a 6%, obedecidos os parâmetros do
Combinações de Veículos de Carga (CVC) de que art. 2º e seus parágrafos;
trata esta Resolução.
d) capacidade de frenagem;
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN
Nº 635 DE 30/11/2016): e) desenho de arraste e varredura, conforme norma
SAE J695b, acompanhado do respectivo memorial
Art. 3º  O trânsito de Combinações de Veículos de de cálculo;
Carga de que trata esta Resolução será do amanhecer ao
pôr do sol e sua velocidade máxima de 80 km/h. f) laudo técnico de inspeção veicular elaborado e as-
sinado pelo engenheiro mecânico responsável pelo
§ 1º Nas vias com pista dupla e duplo sentido de circu- projeto, acompanhado pela sua respectiva ART -
lação, dotadas de separadores físicos e que pos- Anotação de Responsabilidade Técnica, atestando as
suam duas ou mais faixas de circulação no mesmo condições de estabilidade e de segurança da Combi-
sentido, será autorizado o trânsito diuturno. nação de Veículos de Carga - CVC.

§ 2º Em casos especiais, devidamente justificados, po- II - Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamento
derá ser autorizado o trânsito noturno de Combi- dos Veículos, da composição veículo e semi-reboques
nações de Veículos de Carga, nas vias de pista sim- - CRLV.
ples com duplo sentido de circulação, observados
os seguintes requisitos: § 1º Nenhuma Combinação de Veículos de Carga - CVC
poderá operar ou transitar na via pública sem que
I - volume horário de tráfego no período noturno cor- o Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Esta-
respondente, no máximo, ao nível de serviço “C”, con- dos, dos Municípios ou Distrito Federal tenha ana-
forme conceito da Engenharia de Tráfego; lisado e aprovado toda a documentação mencio-
nada neste artigo e liberado sua circulação.
II - traçado adequado de vias e suas condições de segu-
rança, especialmente no que se refere à ultrapassagem
§ 2º Somente será admitido o acoplamento de rebo-
dos demais veículos;
ques e semi-reboques, especialmente construídos
III - colocação de placas de sinalização em todo o tre- para utilização nesse tipo de Combinação de Veí-
cho da via, advertindo os usuários sobre a presença de culos de Carga - CVC, devidamente homologados
veículos longos. pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União
com códigos específicos na tabela de marca/mo-
Art. 4º Ao requerer a concessão da Autorização Espe- delo do RENAVAM.
cial de Trânsito - AET o interessado deverá apresentar:
VADE MECUM PRF

§ 3º Para concessão da Autorização Especial de Trânsito


I - preliminarmente, projeto técnico da Combinação de (AET) de veículos com Peso Bruto Total Combinado
Veículos de Carga - CVC, devidamente assinado por en- (PBTC) superior a 74 toneladas e inferior ou igual
genheiro mecânico, conforme Lei Federal nº 5.194/66, 91 toneladas não se aplica o disposto no art. 4º
que se responsabilizará pelas condições de estabilidade desta Resolução. (Redação do parágrafo dada pela
e de segurança operacional, e que deverá conter: Resolução CONTRAN Nº 663 DE 19/04/2017).

93
§ 4º Para concessão da Autorização Especial de Trânsito Art. 7º Excepcionalmente será concedida AET para as
(AET) de veículos com Peso Bruto Total Combinado Combinações de Veículos de Carga - CVC com peso bru-
(PBTC) superior a 74 toneladas e inferior ou igual to total combinado de até 74 (setenta e quatro) toneladas
91 toneladas, o interessado deverá atender os pro- e comprimento inferior a 25 (vinte e cinco) metros, desde
cedimentos administrativos, especificação técnica que as suas unidades tracionadas tenham sido registradas
das Combinações de Veículo de Carga (CVC), os até 03 de fevereiro de 2006, respeitadas as restrições im-
itens e os requisitos de segurança da CVC previs- postas pelos órgãos executivos com circunscrição sobre a
tos no art. 2º-A desta Resolução.(Redação do pa- via. (Redação dada ao artigo pela Resolução CONTRAN nº
rágrafo dada pela Resolução CONTRAN Nº 663 DE 381, de 28.04.2011, DOU 03.05.2011 )
19/04/2017).
(Parágrafo acrescentado pela Resolução CONTRAN
Art. 5º A Autorização Especial de Trânsito - AET terá Nº 635 DE 30/11/2016):
validade pelo prazo máximo de 1 (um) ano, de acordo com
o licenciamento da unidade tratora, para os percursos e § 1º Para os veículos boiadeiros articulados (Romeu e
horários previamente aprovados, e somente será fornecida Julieta) com até 25 m (vinte e cinco metros):
após vistoria técnica da Combinação de Veículos de Carga
I - Fica permitida a concessão de Autorização Especial
- CVC, que será efetuada pelo Órgão Executivo Rodoviário
de Trânsito (AET);
da União, ou dos Estados, ou dos Municípios ou do Distrito
Federal. II - Isenta-se o requisito da data de registro as unidades
tracionadas de que trata o caput deste parágrafo.
§ 1º Para renovação da Autorização Especial de Trânsi-
to - AET, a vistoria técnica prevista no caput deste § 2º Para Combinações de Veículos de Carga cujo com-
artigo poderá ser substituída por um Laudo Técni- primento seja de no máximo 19,80 m, o trânsito
co de inspeção veicular elaborado e assinado por será diuturno. (Antigo parágrafo único, alterado e
engenheiro mecânico responsável pelo projeto, renumerado pela Resolução CONTRAN Nº 635 DE
acompanhado pela respectiva ART - Anotação de 30/11/2016).
Responsabilidade Técnica, que emitirá declaração
de conformidade junto com o proprietário do ve- Art. 8º A não observância dos preceitos desta Resolu-
ículo, atestando que a composição não teve suas ção sujeita o infrator às penalidades previstas no art. 231
características e especificações técnicas modifica- e seus incisos do CTB, conforme cabível, além das medidas
das, e que a operação se desenvolve dentro das administrativas aplicáveis.
condições estabelecidas nesta Resolução.
Art. 9º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
§ 2º Os veículos em circulação na data da entrada em publicação, produzindo efeito a partir de 01.01.2007.
vigor desta Resolução terão assegurada a renova-
ção da Autorização Especial de Trânsito - AET, me- Art. 9º-A Prorrogar para o dia 1º de janeiro de 2018 o
diante atendimento ao previsto no parágrafo an- prazo para cumprimento das exigências dispostas no Anexo
terior e apresentação do Certificado de Registro e II desta Resolução, com redação dada pela Resolução
CONTRAN nº 635/2016, facultando a antecipação de sua
Licenciamento dos Veículos - CRLV, da composição
adoção total. (Artigo acrescentado pela Resolução CON-
veículo e os semi-reboques.
TRAN Nº 700 DE 10/10/2017).
Art. 6º Em atendimento às inovações tecnológicas, a
Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nºs 68/98 ,
utilização e circulação de novas composições, respeitados
164/04 , 184/05 e 189/06 , a partir de 01.01.2007.
os limites de peso por eixo, somente serão autorizadas
após a comprovação de seu desempenho, mediante testes
de campo incluindo manobrabilidade, capacidade de fre- CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 216/2006
nagem, distribuição de carga e estabilidade, além do cum-
primento do disposto na presente Resolução. Fixa exigências sobre condições de segurança e visibilida-
de dos condutores em pára-brisas em veículos automotores,
§ 1º O DENATRAN baixará, em 90 dias, Portaria com as
para fins de circulação nas vias públicas.
composições homologadas, especificando seus li-
VADE MECUM PRF

mites de pesos e dimensões. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,


usando a competência que lhe confere o inciso I do Artigo
§ 2º O uso regular de novas composições só poderá ser
12 da Lei 9503 de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
efetivado após sua homologação e publicação em
Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto
Portaria do DENATRAN.
N° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordena-
ção do Sistema Nacional de Trânsito, e

94
Considerando que a regulamentação da matéria con- II – Fratura de configuração circular não superior a 4
tribuirá para a unificação de entendimento no âmbito dos centímetros de diâmetro.
órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito – SNT, para fins de inspeção e fiscalização; Art. 6º. O descumprimento do disposto nesta Resolu-
ção sujeita o infrator às sanções previstas no artigo 230,
Considerando que os requisitos estabelecidos nas inciso XVIII c/c o artigo 270, § 2º, do Código de Trânsito
Normas Brasileiras da ABNT objetivam fixar condições de Brasileiro.
segurança e requisitos mínimos para vidros de segurança
instalados em veículos automotores, reduzir os riscos de Art. 7°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
lesões aos seus ocupantes e assegurar visibilidade condu- publicação, revogadas as disposições em contrário.
tores de veículos, resolve:
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 227/2007
Art. 1°. Fixar requisitos técnicos e estabelecer exigên-
cias sobre as condições de segurança dos pára-brisas de
veículos automotores e de visibilidade do condutor para Estabelece requisitos referendes aos sistemas de ilumina-
fins de circulação nas vias públicas. ção e sinalização de veículos.

Art. 2º Para efeito desta Resolução, as trincas e fraturas O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
de configuração circular são consideradas dano ao pára- usando da competência que lhe confere o inciso I do art.
-brisa. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui
o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto
Art. 3º Na área crítica de visão do condutor e em uma nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coor-
faixa periférica de 2,5 centímetros de largura das bordas denação do Sistema Nacional de Trânsito, e
externas do pára-brisa não devem existir trincas e fraturas
de configuração circular, e não podem ser recuperadas. Considerando que nenhum veículo poderá transitar nas
vias terrestres abertas à circulação pública sem que ofereça
Art. 4° Nos pára-brisas dos ônibus, microônibus e as condições mínimas de segurança;
caminhões, a área crítica de visão do condutor conforme
figura ilustrativa do anexo desta resolução é aquela situa- Considerando que a normalização dos sistemas de ilu-
da a esquerda do veículo determinada por um retângulo minação e sinalização é de vital importância na manuten-
de 50 centímetros de altura por 40 centímetros de largura, ção da segurança do Trânsito;
cujo eixo de simetria vertical é demarcado pela projeção da
linha de centro do volante de direção, paralela à linha de Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
centro do veículo, cuja base coincide com a linha tangente os requisitos de segurança para os veículos nacionais e im-
do ponto mais alto do volante. portados, resolve:

Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veículos de que Art. 1º Os automóveis, camionetas, utilitários, cami-
trata o caput deste artigo, são permitidos no máximo três nhonetes, caminhões, ônibus, microônibus, reboques e
danos, exceto nas regiões definidas no art. 3º, respeitados semi-reboques novos saídos de fábrica, nacionais e impor-
os seguintes limites: tados a partir de 01.01.2009, deverão estar equipados com
sistema de iluminação veicular, de acordo com as exigên-
I – Trinca não superior a 20 centímetros de comprimen- cias estabelecidas por esta Resolução e seus Anexos.
to;
§ 1º Os dispositivos componentes dos sistemas de ilu-
II – Fratura de configuração circular não superior a 4 minação e de sinalização veicular devem atender
centímetros de diâmetro. ao estabelecido nos Anexos que fazem parte dessa
Resolução:
Art. 5°. Nos demais veículos automotores, a área crítica
de visão do condutor é a metade esquerda da região de Anexo 1 - Instalação de dispositivos de iluminação e
varredura das palhetas do limpador de pára-brisa. sinalização luminosa.
Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veículos de que Anexo 2 - Faróis principais emitindo fachos assimétricos
VADE MECUM PRF

trata o caput deste artigo, são permitidos no máximo dois e equipados com lâmpadas de filamento.
danos, exceto nas regiões definidas no art. 3º, respeitando
os seguintes limites: Anexo 3 - Faróis de neblina dianteiros.

I – Trinca não superior a 10 centímetros de comprimen- Anexo 4 - Lanternas de marcha-a-ré.


to;

95
Anexo 5 - Lanternas indicadores de direção. § 5º Os dispositivos mencionados no parágrafo ante-
rior devem ser aplicados, conforme o caso, quando
Anexo 6 - Lanternas de posição dianteiras e traseiras, da complementação do veículo.
lanternas de freio e lanternas delimitadoras traseiras.
§ 6º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com
Anexo 7 - Lanterna de iluminação da placa traseira. cabina incompleta ou sem cabina, chassi e plata-
forma para ônibus ou microônibus, com destino
Anexo 8 - Lanternas de neblina traseiras. ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
complementados por terceiros) não estão sujei-
Anexo 9 - Lanternas de estacionamento. tos ao cumprimento dos requisitos de iluminação
e sinalização, quanto à posição de montagem e
Anexo 10 - Faróis principais equipados com fonte de luz prescrições fotométricas estabelecidas na presente
de descarga de gás. Resolução, para aqueles dispositivos luminosos a
serem substituídos ou modificados quando da sua
Anexo 11 - Fonte de luz para uso em farol de descarga complementação.
de gás.
§ 7º Ficam limitados a instalação e o funcionamento
Anexo 12 - Retrorrefletores. simultâneo de no máximo 8 (oito) faróis, indepen-
dentemente de suas finalidades. (Redação dada
Anexo 13 - Lanterna de posição lateral. ao parágrafo pela Resolução CONTRAN nº 383, de
02.06.2011, DOU 07.06.2011).
Anexo 14 - Farol de rodagem diurna.
§ 8º A identificação, localização e forma correta de uti-
§ 2º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com lização dos dispositivos luminosos deverão cons-
cabina e sem carroçaria com destino ao conces- tar no manual do veículo. (Parágrafo acrescentado
sionário, encarroçador ou, ainda, a serem comple- pela Resolução CONTRAN nº 294, de 17.10.2008,
mentados por terceiros), não estão sujeitos à apli- DOU 31.10.2008)
cação dos dispositivos relacionados abaixo:
§ 9º É proibida a colocação de adesivos, pinturas, pe-
a) lanternas delimitadoras traseiras; lículas ou qualquer outro material nos dispositi-
vos dos sistemas de iluminação ou sinalização de
b) lanternas laterais traseiras e intermediárias; veículos. (Parágrafo acrescentado pela Resolução
CONTRAN nº 383, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011)
c) retrorrefletores laterais traseiros e intermediários.
Art. 2º Serão aceitas inovações tecnológicas ainda que
§ 3º Os dispositivos mencionados no parágrafo ante- não contempladas nos requisitos estabelecidos nos Ane-
rior devem ser aplicados, conforme ocaso, quando xos, mas que comprovadamente assegurem a sua eficácia e
da complementação do veículo. segurança dos veículos, desde que devidamente avaliadas
e aprovadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da
§ 4º Os veículos inacabados (chassi de caminhão com União.
cabina incompleta ou sem cabina, chassi e plata-
forma para ônibus ou microônibus) com destino Art. 3º Para fins de conformidade com o disposto nos
ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem Anexos da presente Resolução, serão aceitos os resultados
complementados por terceiros, não estão sujeitos de ensaios emitidos por órgão acreditado pelo INMETRO
- Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali-
à aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
dade Industrial.
a) lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
Art. 4º Fica a critério do órgão máximo executivo de
b) lanternas laterais e dianteiras, traseiras e intermediá- trânsito da União admitir, para efeito de comprovação do
atendimento das exigências desta Resolução, os resultados
rias;
de testes e ensaios obtidos por procedimentos similares de
mesma eficácia, realizados no exterior.
VADE MECUM PRF

c) retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e inter-


mediários;
Art. 5º Fica a critério do órgão máximo executivo de
trânsito da União homologar veículos que cumpram com
d) lanternas de iluminação da placa traseira; e
os sistemas de iluminação que atendam integralmente à
norma Norte Americana FMVSS nº 108.
e) lanterna de marcha-a-ré.

96
Art. 6º Os anexos desta Resolução encontram-se dis- § 1º Além dos caracteres previstos neste artigo, as pla-
poníveis no sítio eletrônico www.denatran.gov.br. cas dianteira e traseira deverão conter, gravados
em tarjetas removíveis a elas afixadas, a sigla iden-
Art.  6º-A.  O não atendimento ao disposto nesta Re- tificadora da Unidade da Federação e o nome do
solução sujeita o infrator à aplicação das penalidades e Município de registro do veículo, exceção feita às
medidas administrativas previstas no art. 230, incisos IX, placas dos veículos oficiais, de representação, aos
XII, XIII e XXII do CTB, conforme infração a ser apurada. pertencentes a missões diplomáticas, às reparti-
(Artigo acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 383, de ções consulares, aos organismos internacionais,
02.06.2011, DOU 07.06.2011) aos funcionários estrangeiros administrativos de
carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua internacional.
publicação, produzindo efeitos a partir de 01.01.2009, sen-
do facultado antecipar sua adoção total ou parcial, ficando § 2º As placas excepcionalizadas no parágrafo anterior,
convalidadas, até esta data, as características dos veícu- deverão conter, gravados nas tarjetas ou, em espa-
los fabricados de acordo com as Resoluções nºs 680/87 e ço correspondente, na própria placa, os seguintes
692/88-CONTRAN. (Redação dada ao artigo pela Resolu- caracteres:
ção CONTRAN nº 294 de 17.10.2008, DOU 31.10.2008)
I - veículos oficiais da União: BRASIL;
Art. 8º Até a efetiva adequação das exigências estabe-
lecidas nesta Resolução, os veículos mencionados deverão II - veículos oficiais das Unidades da Federação: nome
estar em conformidade com o disposto nas Resoluções da Unidade da Federação;
nº 680/87 e nº 692/88-CONTRAN. (Artigo acrescentado
pela Resolução CONTRAN nº 294, de 17.10.2008, DOU III - veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da
31.10.2008) Federação e nome do Município.

IV - As placas dos veículos automotores pertencentes


CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 231/2007 às Missões Diplomáticas, às Repartições Consulares, aos
Organismos Internacionais, aos Funcionários Estrangei-
Estabelece o Sistema de Placas de Identificação de Veí- ros Administrativos de Carreira e aos Peritos Estran-
culos. geiros de Cooperação Internacional deverão conter as
seguintes gravações estampadas na parte central supe-
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso rior da placa (tarjeta), substituindo-se a identificação do
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº Município:
9.503, de 23 de setembro de 1997 , que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro nos termos do disposto no Decreto a) CMD, para os veículos de uso dos Chefes de Missão
nº 4.711, de 29 de maio de 2003 , que trata da Coordena- Diplomática;
ção do Sistema Nacional de Trânsito.
b) CD, para os veículos pertencentes ao Corpo Diplo-
Considerando o disposto nos arts. 115 , 221 e 230 nos mático;
incisos I, IV e VI do Código de Trânsito Brasileiro - CTB que
estabelece que o CONTRAN definirá os modelos e especifi- c) C, para os veículos pertencentes ao Corpo Consular;
cações das placas de identificação dos veículos;
d) OI, para os veículos pertencentes a Organismos In-
Considerando a necessidade de melhor identificação ternacionais;
dos veículos e tendo em vista o que consta dos Processos
e) ADM, para os veículos pertencentes a funcionários
nºs 80001.016227/2006-08, 80001.027803/2006-34; resol-
administrativos de carreira estrangeiros de Missões
ve:
Diplomáticas, Repartições Consulares e Representa-
Art. 1º Após o registro no órgão de trânsito, cada veí- ções de Organismos Internacionais;
culo será identificado por placas dianteira e traseira, afixa-
f) CI, para os veículos pertencentes a peritos estrangei-
das em primeiro plano e integrante do mesmo, contendo
ros sem residência permanente que venham ao Brasil
7 (sete) caracteres alfanuméricos individualizados sendo o
VADE MECUM PRF

no âmbito de Acordo de Cooperação Internacional.


primeiro grupo composto por 3 (três), resultante do arran-
jo, com repetição de 26 (vinte e seis) letras, tomadas três
§ 3º A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à
a três, e o segundo grupo composto por 4 (quatro), resul-
estrutura do veículo, juntamente com a tarjeta, em
tante do arranjo, com repetição, de 10 (dez) algarismos,
local de visualização integral.
tomados quatro a quatro.

97
§ 4º Os caracteres das placas de identificação serão II - Nas demais categorias, os veículos registrados a par-
gravados em alto relevo. tir de 1º de janeiro de 2008 e os transferidos de municí-
pio; (Redação dada ao inciso pela Resolução CONTRAN
Art. 2º As dimensões, cores e demais características das nº 241, de 22.06.2007, DOU 04.07.2007 )
placas obedecerão as especificações constantes do Anexo
da presente Resolução. Parágrafo único: Os demais veículos, fabricados a partir
de 01 de abril de 2012, deverão utilizar obrigatoriamente
Art. 3º No caso de mudança de categoria de veículos, placas e tarjetas confeccionadas com películas refletivas,
as placas deverão ser alteradas para as de cor da nova ca- atendidas as especificações do Anexo desta Resolução.
tegoria, permanecendo entretanto a mesma identificação (Redação dada ao parágrafo pela Deliberação CONTRAN
alfanumérica. nº 122, de 27.12.2011, DOU 29.12.2011 )
Art. 4º O Órgão Maximo Executivo de Transito da União Art. 7º Os veículos com placa de identificação em desa-
estabelecerá normas técnicas para a distribuição e controle cordo com as especificações de dimensão, película refleti-
das series alfanuméricas. va, cor e tipologia deverão adequar-se quando da mudan-
ça de município. (Redação dada ao artigo pela Resolução
Art. 5º As placas serão confeccionadas por fabricantes
CONTRAN nº 372, de 18.03.2011, DOU 23.03.2011, rep.
credenciados pelos órgãos executivo de trânsito dos Esta-
DOU 02.08.2011 )
dos ou do Distrito Federal, obedecendo as formalidades
legais vigentes.
Art. 8º Será obrigatório o uso de segunda placa traseira
de identificação nos veículos em que a aplicação do dispo-
§ 1º Será obrigatória a gravação do registro do fabri-
cante em superfície plana da placa e da tarjeta, de sitivo de engate para reboques resultar no encobrimento,
modo a não ser obstruída sua visão quando afi- total ou parcial, da placa traseira localizada no centro geo-
xadas nos veículos, obedecidas as especificações métrico do veículo.
contidas no Anexo da presente Resolução.
Parágrafo único. - Não será exigida a segunda placa tra-
§ 2º Aos órgãos executivos de trânsito dos Estados ou seira para os veículos em que a aplicação do dispositivo de
do Distrito Federal, caberá credenciar o fabricante engate de reboques não cause prejuízo para visibilidade da
de placas e tarjetas, bem como a fiscalização do placa de identificação traseira.
disposto neste artigo.
Art. 9º A segunda placa de identificação será aposta
§ 3º O fabricante de placas e tarjetas que deixar de em local visível, ao lado direito da traseira do veículo, po-
observar as especificações constantes da presen- dendo ser instalada no pára-choque ou na carroceria, ad-
te Resolução e dos demais dispositivos legais que mitida a utilização de suportes adaptadores.
regulamentam o sistema de placas de identificação
de veículos, terá seu credenciamento cancelado Parágrafo único. - A segunda placa de identificação será
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou lacrada na parte estrutural do veículo em que estiver insta-
do Distrito Federal. lada (pára-choque ou carroceria).

§ 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou Art. 10. O não cumprimento do disposto nesta Reso-
do Distrito Federal, estabelecerão as abreviaturas, lução implicará na aplicação das penalidades previstas nos
quando necessárias, dos nomes dos municípios de arts. 221 e 230 Incisos I, IV e VI do Código de Trânsito Bra-
sua Unidade de Federação, a serem gravados nas sileiro .
tarjetas.
Art. 11. Esta Resolução entrará em vigor a partir de 1º
Art. 6º Os veículos de duas ou três rodas do tipo mo- de janeiro de 2008, revogando as Resoluções nºs 783/94 e
tocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo ficam obrigados a 45/98, do CONTRAN , e demais disposições em contrário.
utilizar placa traseira de identificação com película refletiva (Redação dada ao inciso pela Resolução CONTRAN nº 241,
conforme especificado no Anexo desta Resolução e obede- de 22.06.2007, DOU 04.07.2007 )
VADE MECUM PRF

cer aos seguintes prazos:

I - Na categoria aluguel, para todos os veículos, a par- ANEXO


tir de 1º de janeiro de 2008; (Redação dada ao inciso
Especificações técnicas para as placas de identificação
pela Resolução CONTRAN nº 241, de 22.06.2007, DOU
de veículos
04.07.2007 )

98
1. Veículos particulares, de aluguel, oficial, de experi- As cores utilizadas para placas e caracteres deverão
ência, de aprendizagem e de fabricante serão iden- manter seu contraste em todo período de vida útil de uti-
tificados na forma e dimensões em milímetros das lização do veículo
placas traseiras e dianteira, conforme figura nº 1 nas
dimensões: 5.2 Sistema de Pintura:

a) Altura (h) = 130 Utilização de tinta exclusivamente na cobertura dos


caracteres alfanuméricos das placas e tarjetas veiculares,
b) Comprimento (c) = 400 podendo ser substituída por produtos adesivos com apli-
cação por calor para a mesma finalidade. (Redação dada ao
c) Quando a placa não couber no receptáculo a ela subitem pela Resolução CONTRAN nº 372, de 18.03.2011,
destinado no veículo o DENATRAN poderá autorizar, DOU 23.03.2011, rep. DOU 02.08.2011 )
desde que devidamente justificado pelo seu fabri-
cante ou importador, redução de até 15% (quinze 6. dimensões dos caracteres das tarjetas em milímetros:
por cento) no seu comprimento, mantida a altura
dos caracteres alfanuméricos e os espaços a eles 7. O código de cadastramento do fabricante da placa
destinados. (Redação dada ao item pela Deliberação e tarjeta será composto por um número de três al-
CONTRAN nº 74, de 29.12.2008, DOU 02.01.2009 e garismos, seguida da sigla da Unidade da Federação
pela Resolução CONTRAN nº 309, de 06.03.2009, e dos dois últimos algarismos do ano de fabricação,
DOU 07.04.2009 ) gravado em alto ou baixo relevo, em cor igual a do
fundo da placa e cujo conjunto de caracteres deverá
2. Dimensões dos caracteres da placa em mm: medir em milímetros:

Altura (h) = 63; espessura do traço (d) = 10 a) placa: h = 8; c = 30

s = discriminado na tabela abaixo b) tarjeta: h = 3; c = 15

3. motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclos motori- 8. Lacre: Os veículos após identificados deverão ter
zados serão identificados nas formas e dimensões da suas placas lacradas à estrutura, com lacres de uso
figura nº 2 deste Anexo. exclusivo, em material sintético virgem (polietileno)
ou metálico (chumbo). Estes deverão possuir carac-
a) dimensões da placa em milímetros: h = 136; c= 187 terísticas de inviolabilidade e identificado o Órgão
Executivo de Trânsito dos estados e do Distrito Fede-
b) dimensões dos caracteres da placa em milímetros: h ral em sua face externa, permitindo a passagem do
= 42; d = 6 arame por seu interior.
s = discriminado na tabela abaixo - dimensões mínimas: 15 x 15 x 4mm
3.1. Motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclos mo- 9. Arame: O arame galvanizado utilizado para a lacra-
torizados, fabricados ou quando da mudança de ção da placa deverá ser trançado.
município, a partir de 01 de abril de 2012, serão
identificados nas formas e dimensões da figura nº - dimensões: 3 X BWG 22 (têmpera mole).
2 deste Anexo.
10. Material:
a) dimensões da placa em milímetros: h = 170; C = 200
I - O material utilizado na confecção das placas de iden-
b)
Altura do corpo dos caracteres da placa em mi- tificação de veículos automotores poderá ser chapa de
límetros: h = 53; (Redação dada ao subitem pela ferro laminado a frio, bitola 22, SAE I 008, ou em alumí-
Deliberação CONTRAN nº 122, de 27.12.2011, DOU nio (não galvanizado) bitola 1mm.
29.12.2011 )
II - O material utilizado na confecção das tarjetas, dian-
4. A Tipologia dos caracteres das placas e tarjetas de- teiras e traseiras, poderá ser em chapa de ferro, bitola
VADE MECUM PRF

vem seguir o modelo abaixo especificado na fonte: 26, SAE 1008, ou em alumínio bitola 0,8.
Mandatory
III - Uso de películas. A película refletiva deverá cobrir
5. Especificações das Cores e do Sistema da Pintura integralmente a superfície da placa sendo flexível com
adesivo sensível à pressão, conformável para suportar
5.1. Cores elongação necessária no processo produtivo de placas

99
estampadas. Os valores mínimos de refletividade da
COR  CÓDIGO RAL 
película, conforme norma ASTM E-810, devem estar de
acordo com a tabela abaixo e não poderão exceder o BRANCA  9010 
limite máximo de refletividade de 150 cd/lux/m2 no ân-
gulo de observação de 1,5º, para os ângulos de entrada PRETA 
de -5º e +5º, -30º e +30º, -45º e +45º: (Redação dada 9011 
pela Resolução CONTRAN nº 372, de 18.03.2011, DOU
23.03.2011, rep. DOU 02.08.2011 )
(Redação dada ao item pela Resolução CONTRAN nº
Tabela 1. Valores mínimos de retrorefletividade, medido 372, de 18.03.2011, DOU 23.03.2011, rep. DOU 02.08.2011 )
em cd/lux/m2
12. O ilhós ou rebites utilizados para a fixação das tar-
A referência de cor é estipulada na Tabela 2 abaixo, jetas deverá ser em alumínio.
onde os quatro pares de coordenadas de cromaticidade
FIGURA I
deverão determinar a cor aceitável nos termos do Siste-
ma Colorimétrico padrão CIE 1931, com iluminante D65 e QUATRO FUROS EM LINHA HORIZONTAL DESTINADOS
Método ASTM E-1164 com valores determinados em um AO LACRE SOMENTE NA PLACA TRASEIRA
equipamento Espectrocolorimetro HUNTER LAB LABSCAN
II 0/45, com opção CMR559, avaliação esta realizada de FIGURA II
acordo com a norma E-308.
- Dimensões e cotas das placas de identificação de bici-
Especificação do coeficiente mínimo de retrorefletivida- clos, triciclos e similares motorizados.
de em candelas por Lux por metro quadrado (orientação
0 e 90º). QUATRO FUROS EM LINHA VERTICAL DESTINADOS AO
LACRE DA PLACA
Os coeficientes de retrorefletividade não deverão ser
inferiores aos valores mínimos especificados. As medições CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 242/2007
serão feitas de acordo com o método ASTME-810. Todos
os ângulos de entrada, deverão ser medidos nos ângulos
Dispõe sobre a instalação e utilização de equipamentos
de observação de 0,2º e 0,5º. A orientação 90º é definida
Geradores de imagens nos veículos automotores.
com a fonte de luz girando na mesma direção em que o
dispositivo será afixado no veículo. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
no uso da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
Tabela 2. Pares de coordenadas de cromaticidade e lu- da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
minância Código de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista o disposto
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe
O Adesivo da película refletiva devera atender as exi- sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
gências do ensaio de adesão conforme Norma ASTM D
4956. Considerando o constante dos Processos:
80001.005795/2004-11, 80001.003132/2004-54,
A película refletiva deverá ser homologada pelo DE- 80001.003142/2004-90 e 80001.014897/2006-81;
NATRAN e ter suas características atestadas por entidade
reconhecida por este órgão e deverá exibir em sua cons- Considerando o disposto no art. 103 c/c § 2º do art. 105
trução uma marca de segurança comprobatória desse lau- da Lei nº 9.503/97;
do com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN,
com 3mm (três milímetros) de altura e 50mm (cinqüenta Considerando a necessidade de atualizar a legislação
milímetros) de comprimento, ser legível em todos os ân- de trânsito em consonância com o desenvolvimento tecno-
lógico dos sistemas de suporte à direção, resolve:
gulos, indelével, incorporada na construção da película,
não podendo ser impressa. A marca de segurança deverá Art. 1º Fica permitida a instalação e utilização de apare-
VADE MECUM PRF

aparecer, no mínimo, duas vezes em cada placa, conforme lho gerador de imagem cartográfica com interface de geo
figuras ilustrativas abaixo: processamento destinado a orientar o condutor quanto ao
funcionamento do veiculo, a sua visualização interna e ex-
11. Codificação das cores dos caracteres alfa-numéricos: terna, sistema de auxílio à manobra e para auxiliar na indi-
cação de trajetos ou orientar sobre as condições da via, por
intermédio de mapas, imagens e símbolos.

100
Art. 2º Os equipamentos de que trata o artigo anterior Art. 1º A medição da transmitância luminosa das áreas
poderão ser previstos pelo fabricante do veículo ou utiliza- envidraçadas de veículos deverá ser efetuada por meio de
dos como acessório de caráter provisório. instrumento denominado Medidor de Transmitância Lumi-
nosa.
§ 1º
Considera-se como instalação do equipamento
qualquer meio de fixação permanente ou provisó- Parágrafo Único Medidor de transmitância luminosa é
ria no interior do habitáculo do veiculo. o instrumento de medição destinado a medir, em valores
percentuais, a transmitância luminosa de vidros, películas,
§ 2º Os equipamentos com instalação provisória devem filmes e outros materiais simples ou compostos.
estar fixados no pára- brisa ou no painel dianteiro,
quando o veiculo estiver em circulação. Art. 2º O medidor de transmitância luminosa das áreas
envidraçadas de veículos deve ser aprovado pelo Instituto
Art. 3º Fica proibida a instalação, em veiculo automo- Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-
tor, de equipamento capaz de gerar imagens para fins de trial - INMETRO e homologado pelo DENATRAN.
entretenimento, salvo se:
Art. 3º A autoridade executiva de trânsito ou seus
I - instalado na parte dianteira, possuir mecanismo au- agentes somente efetuará o registro da autuação quando
tomático que o torne inoperante ou o comute para a a medição constatada no instrumento for inferior a: (Revo-
função de informação de auxílio à orientação do con- gado pela CONTRAN nº 385 de 2011)
dutor, independente da vontade do condutor e/ou dos
passageiros, quando o veículo estiver em movimento; I - 26% nos casos em que o limite permitido para a área
envidraçada for 28%. (Revogado pela CONTRAN nº 385
II – instalado de forma que somente os passageiros de 2011)
ocupantes dos bancos traseiros possam visualizar as
imagens. II - 65% nos casos em que o limite permitido para a área
envidraçada for 70%. (Revogado pela CONTRAN nº 385
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Reso- de 2011)
lução constitui-se em infração de trânsito prevista no art.
230, inciso XII do Código de Trânsito Brasileiro. III - 70% nos casos em que o limite permitido para a
área envidraçada for 75%. (Revogado pela CONTRAN
Art. 5º Fica revogada a Resolução 190, de 16 de feverei- nº 385 de 2011)
ro de 2006, do CONTRAN.
Art. 4° O auto de infração, além do disposto no art. 280
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua do Código de Trânsito Brasileiro - CTB e regulamentação
publicação. específica, deverá conter, expressos em valores percen-
tuais: (NR dada pela Resolução CONTRAN nº 385 de 2011)
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 253/2007
I - a medição realizada pelo instrumento; (NR dada pela
Resolução CONTRAN nº 385 de 2011)
Dispõe sobre o uso de medidores de transmitância lu-
minosa. II - o valor considerado para fins de aplicação de pe-
nalidade; e (NR dada pela Resolução CONTRAN nº 385
O Conselho Nacional de Trânsito, no uso da atribuição de 2011)
que lhe confere o inciso I, do artigo 12 da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsi- III - o limite regulamentado para a área envidraçada fis-
to Brasileiro, e tendo em vista do disposto no Decreto nº calizada. (NR dada pela Resolução CONTRAN nº 385 de
4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coorde- 2011)
nação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT, e
§ 1o Para obtenção do valor considerado deverá ser
Considerando o disposto no § 2º do artigo 280 do Códi- acrescido à medição realizada o percentual relativo
go de Trânsito Brasileiro, que estabelece a obrigatoriedade de 7%. (NR dada pela Resolução CONTRAN nº 385
de regulamentação prévia de instrumento utilizado para de 2011)
VADE MECUM PRF

comprovação de cometimento de infração;


§ 2o Além das demais disposições deste artigo, deverá
Considerando a necessidade de definir o instrumento ser informada no auto de infração a identificação
hábil para medição da transmitância luminosa de vidros, da área envidraçada objeto da autuação›. (NR dada
películas, filmes e outros materiais simples ou compostos pela Resolução CONTRAN nº 385 de 2011)
aplicados nas áreas envidraçadas dos veículos, resolve:

101
§ 3º A identificação do medidor utilizado na fiscaliza- § 1º Esta exigência se aplica também aos vidros desti-
ção deverá constar no auto de infração. nados a reposição.

Art. 5º Quando o medidor de transmitância luminosa Art. 2º Para circulação nas vias públicas do território
for dotado de dispositivo impressor, o registro impresso nacional é obrigatório o uso de vidro de segurança lamina-
deverá conter os seguintes dados: do no pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e
de vidro de segurança temperado, uniformemente proten-
I - data e hora; dido, ou laminado, nas demais partes envidraçadas.

II - placa do veículo; Art. 3º A transmissão luminosa não poderá ser inferior
a 75% para os vidros incolores dos pára-brisas e 70% para
III - transmitância medida pelo instrumento; os pára-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à
dirigibilidade do veículo.
IV - área envidraçada fiscalizada;
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste
V - identificação do instrumento; e artigo os vidros que não interferem nas áreas envi-
draçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo.
VI - identificação do agente. Para estes vidros, a transparência não poderá ser
inferior a 28%.
Art. 6° Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. § 2º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis
à dirigibilidade do veículo, conforme ilustrado no
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 254/2007 anexo desta resolução:

I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de


Estabelece requisitos para os vidros de segurança e cri- serigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à área
térios para aplicação de inscrições, pictogramas e películas ocupada pela banda degrade, caso existente, conforme
nas áreas envidraçadas dos veículos automotores, de acordo estabelece a NBR 9491;
com o inciso III, do artigo 111 do Código de Trânsito Brasi-
leiro - CTB. II - as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras
do veículo, respeitando o campo de visão do condutor.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
usando das atribuições que lhe foram conferidas pelo inci- § 3º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro (vigia) o
so I, do art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, disposto no parágrafo primeiro, desde que o ve-
que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o ículo esteja dotado de espelho retrovisor externo
Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre direito, conforme a legislação vigente.
a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Art. 4º Os vidros de segurança a que se refere esta Re-
Considerando a necessidade de regulamentar o uso solução, deverão trazer marcação indelével em local de fácil
dos vidros de segurança e definir parâmetros que possibili- visualização contendo, no mínimo, o índice de transmitân-
tem atribuir deveres e responsabilidades aos fabricantes e/ cia luminosa, a marca do fabricante do vidro e o símbolo
ou a seus representantes, através de fixação de requisitos de conformidade com a legislação brasileira definido pelo
mínimos de segurança na fabricação desses componentes Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualida-
de veículos, para serem admitidos em circulação nas vias de Industrial - INMETRO. (Redação dada ao artigo pela Re-
públicas nacionais; solução CONTRAN nº 386, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011)

Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar Art. 5º Fica a critério do DENATRAN admitir, exclusiva-
os requisitos de segurança para os veículos automotores mente para os vidros de segurança, para efeito de compro-
nacionais e importados; vação do atendimento da NBR 9491 e suas normas com-
plementares, os resultados de testes e ensaios obtidos por
Considerando a necessidade de estabelecer os mesmos procedimentos ou métodos equivalentes, realizados no ex-
requisitos de segurança para vidros de segurança dotados terior. (Redação dada ao caput pela Resolução CONTRAN
ou não de películas, resolve: nº 386, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011)
VADE MECUM PRF

Art. 1º Os veículos automotores, os reboques e semi- § 1º Serão aceitos os resultados de ensaios admitidos
-reboques deverão sair de fábrica com as suas partes envi- por órgãos reconhecidos pela Comissão ou Comu-
draçadas equipadas com vidros de segurança que atendam nidade Européia e os Estados Unidos da América,
aos termos desta Resolução e aos requisitos estabelecidos em conformidade com os procedimentos adota-
na NBR 9491 e suas normas complementares. dos por esses organismos.

102
§ 2º Nos casos previstos no § 1º deste artigo, a identi- Art. 11. O disposto na presente Resolução não se aplica
ficação da conformidade dos vidros de segurança a máquinas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos
dar-se-á, alternada ou cumulativamente, através destinados à circulação exclusivamente fora das vias públi-
de marcação indelével que contenha no mínimo a cas e nem aos veículos incompletos ou inacabados.
marca do fabricante e o símbolo de conformidade
da Comissão ou da Comunidade Européia, consti- Art. 12. O não cumprimento do disposto nesta Reso-
tuídos pela letra «E» maiúscula acompanhada de lução implicará na aplicação das penalidades previstas no
um índice numérico, representando o país emiten- inciso XVI do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
te do certificado, inseridos em um círculo, ou pela
letra «e» minúscula acompanhada de um número Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
representando o país emitente do certificado, inse- publicação, revogadas as Resoluções nºs 784/94, 73/98 e
ridos em um retângulo e, se dos Estados Unidos da demais disposições em contrário.
América, simbolizado pela sigla ‹DOT›.
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 258/2007
Art. 6º O fabricante, o representante e o importador do
veículo deverão certificar-se de que seus produtos obede-
cem aos preceitos estabelecidos por esta Resolução, man- Regulamenta os arts. 231, X e 323 do Código Trânsito
tendo-se em condição de comprová-los, quando solicita- Brasileiro , fixa metodologia de aferição de peso de veículos,
dos pelo Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. estabelece percentuais de tolerância e dá outras providên-
cias.
Art. 7º A aplicação de película não refletiva nas áreas
envidraçadas dos veículos automotores, definidas no art. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO-CONTRAN, no
1º, será permitida desde que atendidas as mesmas condi- uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei
ções de transparência para o conjunto vidro-película esta- nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 , que institui o Código
belecidas no art. 3º desta Resolução. de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de
29 de maio de 2003 , que dispõe sobre a coordenação do
§ 1º A marca do instalador e o índice de transmissão lu- Sistema Nacional de Trânsito;
minosa existentes em cada conjunto vidro-película
localizadas nas áreas indispensáveis à dirigibilida- Considerando a necessidade de regulamentar o inciso
de serão gravados indelevelmente na película por X do art. 231 e o art. 323 do Código de Trânsito Brasileiro ;
meio de chancela, devendo ser visíveis pelos lados
externos dos vidros. Considerando o disposto nos arts. 99 , 100 e o inciso V
do art. 231 do Código de Trânsito Brasileiro ;
Art. 8º Fica proibida a aplicação de películas refletivas
nas áreas envidraçadas do veículo. Considerando os limites de peso e dimensões para veí-
culos estabelecidos pelo CONTRAN, resolve:
Art. 9º Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à
dirigibilidade do veículo, a aplicação de inscrições, picto- Art. 1º Para efeito desta Resolução e classificação do
gramas ou painéis decorativos de qualquer espécie será veículo, o comprimento total é aquele medido do ponto
permitida, desde que o veículo possua espelhos retrovi- mais avançado da sua extremidade dianteira ao ponto mais
sores externos direito e esquerdo e que sejam atendidas avançado da sua extremidade traseira, inclusos todos os
as mesmas condições de transparência para o conjunto vi- acessórios para os quais não esteja prevista uma exceção.
dro-pictograma/inscrição estabelecidas no § 1º do art. 3º
I - Na medição do comprimento dos veículos não serão
desta Resolução.
tomados em consideração os seguintes dispositivos:
Parágrafo único. É vedado o uso de painéis luminosos
a) limpador de pára-brisas e dispositivos de lavagem
que reproduzam mensagens dinâmicas ou estáticas, exce-
do pára-brisas;
tuando-se as utilizadas em transporte coletivo de passa-
geiro com finalidade de informar o serviço ao usuário da li- b) placas dianteiras e traseiras;
nha. (Parágrafo acrescentado pela Resolução CONTRAN
Nº 580 DE 24/02/2016). c) dispositivos e olhais de fixação e amarração da carga,
VADE MECUM PRF

lonas e encerados;
Art. 10. A verificação dos índices de transmitância lumi-
nosa estabelecidos nesta Resolução será realizada na for- d) luzes;
ma regulamentada pelo CONTRAN, mediante utilização de
instrumento aprovado pelo INMETRO e homologado pelo e) espelhos retrovisores ou outros dispositivos simila-
DENATRAN. res;

103
f) tubos de admissão de ar; § 2º O veículo somente poderá prosseguir viagem de-
pois de sanar a irregularidade, respeitado o dis-
g) batentes; posto no art. 9º desta Resolução sem prejuízo da
multa aplicada.
h) degraus e estribos de acesso;
Art. 7º Quando o peso verificado estiver acima do PBT
i) borrachas; ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerân-
cia de 5% (cinco por cento), aplicar-se-á a multa somente
j) plataformas elevatórias, rampas de acesso, e outros sobre a parcela que exceder essa tolerância.
equipamentos semelhantes, em ordem de marcha,
desde que não constituam saliência superior a 200 Parágrafo único. O veículo somente poderá prosseguir
mm; viagem depois de efetuar o transbordo, respeitado o dis-
posto no artigo 9º desta Resolução.
k) dispositivos de engate do veículo a motor.
Art. 8º O veículo só poderá prosseguir viagem após
Parágrafo único. A medição do comprimento dos veícu- sanadas as irregularidades, observadas as condições de se-
los do tipo guindaste deverá tomar como base, a ponta da gurança.
lança e o suporte dos contrapesos.
§ 1º Nos casos em que não for dispensado o remane-
Art. 2º Os instrumentos ou equipamentos utilizados jamento ou transbordo da carga o veículo deverá
para a medição de comprimento de veículos devem ter seu ser recolhido ao depósito, sendo liberado somente
modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, após sanada a irregularidade e pagas todas as des-
Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, de acor- pesas de remoção e estada.
do com a legislação metrológica em vigor.
§ 2º A critério do agente, observadas as condições de
Art. 3º Nenhum veículo ou combinação de veículos segurança, poderá ser dispensado o remaneja-
poderá transitar com peso bruto total (PBT) ou com peso mento ou transbordo de produtos perigosos, pro-
bruto total combinado (PBTC) com peso por eixo, superior dutos perecíveis, cargas vivas e passageiros.
ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN
máxima de tração (CMT) da unidade tratora.
Nº 489 DE 05/06/2014):
Art. 4º A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita
Art. 9º Independente da natureza da carga, o veículo
por equipamento de pesagem (balança rodoviária) ou, na
não deve prosseguir viagem sem remanejamento ou trans-
impossibilidade, pela verificação de documento fiscal. bordo, se os excessos aferidos em cada eixo ou conjun-
to de eixo sejam simultaneamente superiores a 12,5% do
(Redação do artigo dada pela Deliberação CON-
menor valor entre os pesos e capacidades indicados em
TRAN Nº 142 DE 17/04/2015):
Lei (Redação do caput dada pela Deliberação CONTRAN
Nº 142 DE 17/04/2015).
Art. 5º Na fiscalização de peso dos veículos por balança
rodoviária serão admitidas as seguintes tolerâncias: Parágrafo único. A tolerância para fins de remaneja-
mento ou transbordo de que trata o caput desse artigo
I - Quanto ao Peso Bruto Total (PBT) os previstos em
não será cumulativa aos limites estabelecidos no art. 5º.
Lei; e
Art. 10. Os equipamentos fixos ou portáteis utilizados
II - 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regu- na pesagem de veículos devem ter seu modelo aprovado
lamentares para o Peso Bruto Total Combinado (PBTC) e pelo INMETRO, de acordo com a legislação metrológica em
Capacidade Máxima de Tração (CMT). vigor.
Art. 6º Quando o peso verificado for igual ou inferior Art. 11. A fiscalização dos limites de peso dos veículos,
ao PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da por meio do peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento
tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer excesso de ou Manifesto de carga poderá ser feita em qualquer tempo
VADE MECUM PRF

peso em algum dos eixos ou conjunto de eixos aplicar-se-á ou local, não sendo admitido qualquer tolerância sobre o
multa somente sobre a parcela que exceder essa tolerância. peso declarado.

§ 1º A carga deverá ser remanejada ou ser efetuado Art. 12. Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257 do CTB , con-
transbordo, de modo a que os excessos por eixo sidera-se embarcador o remetente ou expedidor da carga,
sejam eliminados. mesmo se o frete for a pagar.

104
Art. 13. Para o calculo do valor da multa estabelecida c) multiplicar o resultado de frações pelo valor previs-
no inciso V do art. 231 do CTB serão aplicados os valores to para a faixa do excesso na tabela estabelecida no
em Reais, para cada duzentos quilogramas ou fração, con- caput deste artigo.
forme Resolução nº 136/02 do CONTRAN ou outra que vier
substituí-la. Art. 14. As infrações por exceder a Capacidade Máxima
de Tração de que trata o inciso X do art. 231 do CTB serão
Infração - média = R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze aplicadas a depender da relação entre o excesso de peso
centavos); apurado e a CMT, da seguinte forma:

Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogra- a) até 600kg infração: média = R$ 85,13 (oitenta e cinco
reais e treze centavos);
mas ou fração de excesso de peso apurado, na seguinte
forma: b) entre 601 kg e 1.000kg infração: grave = R$ 127,69
(cento e vinte e sete reais e sessenta e nove centa-
a) até seiscentos quilogramas = R$ 5,32 (cinco reais e
vos);
trinta e dois centavos);
c) acima de 1.000kg infração: gravíssima = 191,54 (cen-
b) de seiscentos e um a oitocentos quilogramas = R$ to e noventa e um reais e cinqüenta e quatro centa-
10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); vos), aplicados a cada 500kg ou fração de excesso de
peso apurado.
c) de oitocentos e um a um mil quilogramas = R$ 21,28
(vinte e um reais e vinte e oito centavos); Penalidade - Multa Medida Administrativa - Retenção
do Veículo para Transbordo da carga.
d) de um mil e um a três mil quilogramas = R$ 31,92
(trinta e um reais e noventa e dois centavos); Art. 15. Cabe à autoridade com circunscrição sobre a
via disciplinar sobre a localização, a instalação e a operação
e) de três mil e um a cinco mil quilogramas = R$ 42,56 dos instrumentos ou equipamentos de aferição de peso de
(quarenta e dois reais e cinqüenta e seis centavos); veículos assegurado o acesso à documentação comproba-
tória de atendimento a legislação metrológica.
f) acima de cinco mil e um quilogramas = R$ 53,20
(cinqüenta e três reais e vinte centavos). Art. 17. Fica permitida até 30 de junho de 2014 a to-
lerância máxima de 7,5% (sete e meio por cento) sobre os
Medida Administrativa - Retenção do Veículo e trans- limites de peso bruto transmitido por eixo de veículo à su-
bordo da carga excedente. perfície das vias públicas. (Redação do artigo dada pela
Resolução CONTRAN Nº 467 DE 11/12/2013).
§ 1º Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos
por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, Art. 17-A. Para fins de fiscalização de peso dos veículos
a multa de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze que estiverem transportando produtos classificados como
centavos) prevista no inciso V do art. 231 do CTB Biodiesel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) por
será aplicada uma única vez. meio de balança rodoviária ou por meio de Nota Fiscal,
ficam permitidos, até 31 de julho de 2019 a tolerância de
§ 2º Quando houver excessos tanto no peso por eixo 7,5%¨(sete e meio por cento) no PBT ou PBTC. (Redação
quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos do artigo dada pela Resolução CONTRAN Nº 604 DE
à multa serão calculados isoladamente e somados 24/05/2016).
entre si, sendo adicionado ao resultado o valor ini-
Art. 18. Ficam revogadas as Resoluções do Contran nº
cial de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centa-
102, de 31 de agosto de 1999 , nº 104, de 21 de dezembro
vos).
de 1999 , e nº 114, de 5 de maio de 2000 .
§ 3º O valor do acréscimo à multa será calculado da se- Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
guinte maneira: publicação.
VADE MECUM PRF

a) enquadrar o excesso total na tabela progressiva pre-


vista no caput deste artigo; CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 268/2008

b) dividir o excesso total por 200 kg, arredondando-se Dispõe sobre o uso de luzes intermitentes ou rotativas em
o valor para o inteiro superior, resultando na quanti- veículos, e dá outras providências.
dade de frações, e;

105
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, II - os que se destinam à conservação, manutenção e
no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, inciso I, da sinalização viária, quando a serviço de órgão executivo
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có- de trânsito ou executivo rodoviário;
digo de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista o disposto no
Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre III - os destinados ao socorro mecânico de emergência
a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT; nas vias abertas à circulação pública;

Considerando o disposto nos incisos VII e VIII do art. 29 IV - os veículos especiais destinados ao transporte de
do Código de Trânsito Brasileiro e no Decreto nº 5.098, de valores;
3 de junho de 2004, quanto a resposta rápida a acidentes
ambientais com produtos químicos perigosos; V - os veículos destinados ao serviço de escolta, quando
registrados em órgão rodoviário para tal finalidade;
Considerando o constante nos Processos nº 80001.
013383/2007-90, nº 80001. 001437/2005-11 e nº 80001. VI - os veículos especiais destinados ao recolhimento
011749/2004-43; resolve: de lixo a serviço da Administração Pública.
Art. 1º Somente os veículos mencionados no inciso VII § 2º A instalação do dispositivo referido no caput deste
do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro poderão utilizar artigo, dependerá de prévia autorização do órgão
luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme sonoro.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe-
§ 1º A condução dos veículos referidos no caput, so- deral onde o veículo estiver registrado, que fará
mente se dará sob circunstâncias que permitam constar no Certificado de Licenciamento Anual,
o uso das prerrogativas de prioridade de trânsito no campo ‹observações›, código abreviado na for-
e de livre circulação, estacionamento e parada, ma estabelecida pelo órgão máximo executivo de
quando em efetiva prestação de serviço de urgên- trânsito da União.
cia que os caracterizem como veículos de emer-
gência, estando neles acionados o sistema de ilu- Art. 4º Os veículos de que trata o artigo anterior goza-
minação vermelha intermitente e alarme sonoro. rão de livre parada e estacionamento, independentemente
de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de
§ 2º Entende-se por prestação de serviço de urgência trânsito ou através de sinalização regulamentar, quando se
os deslocamentos realizados pelos veículos de encontrarem:
emergência, em circunstâncias que necessitem de
brevidade para o atendimento, sem a qual haverá I - em efetiva operação no local de prestação dos servi-
grande prejuízo à incolumidade pública. ços a que se destinarem;

§ 3º Entende-se por veículos de emergência aqueles já II - devidamente identificados pela energização ou


tipificados no inciso VII do art. 29 do Código de acionamento do dispositivo luminoso e utilizando dis-
Trânsito Brasileiro, inclusive os de salvamento difu- positivo de sinalização auxiliar que permita aos outros
so «destinados a serviços de emergência decorren- usuários da via enxergarem em tempo hábil o veículo
tes de acidentes ambientais». prestador de serviço de utilidade pública.
Art. 2º Considera-se veículo destinado a socorro de Parágrafo único. Fica proibido o acionamento ou ener-
salvamento difuso aquele empregado em serviço de ur-
gização do dispositivo luminoso durante o deslocamento
gência relativo a acidentes ambientais.
do veículo, exceto nos casos previstos nos incisos III, V e VI
Art. 3º Os veículos prestadores de serviços de utilidade do § 1º do artigo anterior.
pública, referidos no inciso VIII do art. 29 do Código de
Trânsito Brasileiro, identificam-se pela instalação de dispo- Art. 5º Pela inobservância dos dispositivos desta Reso-
sitivo, não removível, de iluminação intermitente ou rotati- lução será aplicada a multa prevista nos incisos XII ou XIII
va, e somente com luz amarelo-âmbar. do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, são considerados veí- Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-
VADE MECUM PRF

culos prestadores de serviço de utilidade pública: blicação, produzindo seus efeitos em cento e oitenta (180)
dias, quando ficarão revogadas a Resolução nº 679/1987
I - os destinados à manutenção e reparo de redes de do CONTRAN e a Decisão nº 08/1993 do Presidente do
energia elétrica, de água e esgotos, de gás combustível CONTRAN, e demais disposições em contrário.
canalizado e de comunicações;

106
IV) Freio de serviço;
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 273/2008
V) Lanternas de freio, de cor vermelha;
Regulamenta a utilização de semi-reboques por moto- VI) Iluminação da placa traseira;
cicletas e motonetas, define características, estabelece cri-
térios e dá outras providências. VII) Lanternas indicativas de direção traseira, de cor âm-
bar ou vermelha;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
usando da competência que lhe confere o inciso I do art. 12 VIII) Pneu que ofereça condições de segurança.
da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu
o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto nº. IX) Elementos retrorefletivos aplicados nas laterais e
4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do traseira, conforme anexo.
Sistema Nacional de Trânsito.
§ 3º Dimensões, com ou sem carga:
Considerando a necessidade de regulamentar o pará-
grafo 3º, do artigo 244 do Código Brasileiro de Trânsito, I) Largura máxima: 1,15 m;
com a redação dada pela Lei 10.517 de 11 de julho de 2002,
resolve: II) Altura máxima: 0,90m;

III) Comprimento total máximo (incluindo a lança de


Art. 1º Motocicletas e motonetas dotadas de motor
acoplamento): 2,15 m;
com mais de 120 centímetros cúbicos poderão tracionar
semi-reboques, especialmente projetados e para uso ex- Art. 4º Cabe à autoridade de trânsito decidir sobre a
clusivo desses veículos, devidamente homologados pelo circulação de motocicleta e de motoneta com semi-rebo-
órgão máximo executivo de trânsito da União, observados que acoplado, na via sob sua circunscrição.
os limites de capacidade máxima de tração, indicados pelo
fabricante ou importador da motocicleta ou da motoneta. Art.5º O descumprimento das disposições desta Reso-
lução sujeitará ao infrator às penalidades do artigo 244 do
Parágrafo único: A capacidade máxima de tração - CMT Código de Trânsito Brasileiro.
de que trata o caput deste artigo deverá constar no campo
observação do CRLV. Parágrafo único. Dirigir ou conduzir veiculo fora das es-
pecificações contidas no anexo desta Resolução, incidirá o
Art.2º Os engates utilizados para tracionar os semi-re- condutor nas penalidades do inciso X do art. 230 do Códi-
boques de que trata esta resolução, devem cumprir com go de Trânsito Brasileiro.
todas as exigências da Resolução nº 197, do CONTRAN, de
25 de julho de 2006, a exceção do seu artigo 6°. Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-
blicação, produzindo efeitos 90 (noventa) dias após a data
Art.3º Os semi-reboques tracionados por motocicletas de sua publicação.
e motonetas devem ter as seguintes características:

§ 1º Elementos de Identificação: ANEXO

I) Número de identificação veicular - VIN gravado na ELEMENTOS RETROREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA


estrutura do semi-reboque SEMI-REBOQUE DE MOTOCICLETAS E MOTONETAS

II) Ano de fabricação do veículo gravado em 4 dígitos 1. Localização Os Elementos Retrorefletivos deverão ser
afixados nas laterais e na traseira da carroçaria do se-
III) Plaqueta com os dados de identificação do fabrican- mi-reboque, afixados na metade superior da carroçaria,
te, Tara, Lotação, PBT e dimensões ( altura, comprimen- alternando os segmentos de cores vermelha e branca,
to e largura). dispostos horizontalmente, distribuídos de forma uni-
forme cobrindo no mínimo 50% (cinqüenta por cento)
§ 2° Equipamentos Obrigatórios: da extensão das laterais e 80%(oitenta por cento) da
extensão da traseira.
VADE MECUM PRF

I) Pára-choque traseiro;
2. Características Técnicas dos Elementos Retrorefletivos
II) Lanternas de posição traseira, de cor vermelha; de Segurança a) As Características Técnicas dos Ele-
mentos Retrorefletivos de Segurança devem atender às
III) Protetores das rodas traseiras; especificações do item 3 do anexo da Resolução CON-
TRAN 128/01.

107
b) O retrorefletor deverá ter suas características, espe- coletivo, aos de aluguel, aos de transporte autôno-
cificadas por esta Resolução, atestada por uma en- mo de passageiro (táxi) e ao demais veículos com
tidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir peso bruto total superior a 3,5t. (Redação do pará-
em sua construção uma marca de segurança com- grafo dada pela Resolução CONTRAN Nº 533 DE
probatória desse laudo com a gravação das pala- 17/06/2015).
vras APROVADO DENATRAN, com 3 mm. de altura e
50 mm de comprimento em cada segmento da cor § 4º Todo veículo utilizado no transporte escolar, inde-
branca do retrorefletor. pendentemente de sua classificação, categoria e
do peso bruto total - PBT do veículo, deverá uti-
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 277/2008 lizar o dispositivo de retenção adequado para o
transporte de crianças com até sete anos e meio
de idade. (Parágrafo acrescentado pela Resolução
Dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a CONTRAN Nº 541 DE 15/07/2015).
utilização do dispositivo de retenção para o transporte de
crianças em veículos. Art. 2º O transporte de criança com idade inferior a dez
anos poderá ser realizado no banco dianteiro do veículo,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, com o uso do dispositivo de retenção adequado ao seu
no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12, inci-
peso e altura, nas seguintes situações:
so I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 que institui
o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº I - quando o veículo for dotado exclusivamente deste
4.711 de 29 de maio de 2003 , que trata da coordenação do banco;
Sistema Nacional de Trânsito, e
II - quando a quantidade de crianças com esta idade
Considerando a necessidade de aperfeiçoar a regula-
exceder a lotação do banco traseiro;
mentação dos arts. 64 e 65, do Código de Trânsito Brasi-
leiro ; III - quando o veículo for dotado originalmente (fabri-
cado) de cintos de segurança subabdominais (dois pon-
Considerando ser necessário estabelecer as condições
tos) nos bancos traseiros.
mínimas de segurança para o transporte de passageiros
com idade inferior a dez anos em veículos, resolve:
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com
Art. 1º Para transitar em veículos automotores, os me- idade superior a quatro anos e inferior a sete anos e meio
nores de dez anos deverão ser transportados nos bancos poderão ser transportadas utilizando cinto de segurança
traseiros usando individualmente cinto de segurança ou de dois pontos sem o dispositivo denominado ‘assento
sistema de retenção equivalente, na forma prevista no Ane- de elevação’, nos bancos traseiros, quando o veículo for
xo desta Resolução. dotado originalmente destes cintos. (Redação dada ao
artigo pela Deliberação CONTRAN nº 100, de 02.09.2010,
§ 1º Dispositivo de retenção para crianças é o conjun- DOU 06.09.2010 e pela Resolução CONTRAN nº 391, de
to de elementos que contém uma combinação de 30.08.2011, DOU 02.09.2011 )
tiras com fechos de travamento, dispositivo de
ajuste, partes de fixação e, em certos casos, dispo- Art. 3º Nos veículos equipados com dispositivo suple-
sitivos como: um berço portátil porta-bebê, uma mentar de retenção (airbag), para o passageiro do banco
cadeirinha auxiliar ou uma proteção anti-choque dianteiro, o transporte de crianças com até dez anos de
que devem ser fixados ao veículo, mediante a uti- idade neste banco, conforme disposto no art. 2º e seu pa-
lização dos cintos de segurança ou outro equipa- rágrafo, poderá ser realizado desde que utilizado o dispo-
mento apropriado instalado pelo fabricante do ve- sitivo de retenção adequado ao seu peso e altura e obser-
ículo com tal finalidade. vados os seguintes requisitos:

§ 2º Os dispositivos mencionados no parágrafo ante- I - É vedado o transporte de crianças com até sete anos
rior são projetados para reduzir o risco ao usuário e meio de idade, em dispositivo de retenção posiciona-
em casos de colisão ou de desaceleração repentina do em sentido contrário ao da marcha do veículo.
VADE MECUM PRF

do veículo, limitando o deslocamento do corpo da


criança com idade até sete anos e meio. II - É permitido o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade, em dispositivo de retenção po-
§ 3º As exigências relativas ao sistema de retenção, no sicionado no sentido de marcha do veículo, desde que
transporte de crianças com até sete anos e meio de não possua bandeja, ou acessório equivalente, incorpo-
idade, não se aplicam aos veículos de transporte rado ao dispositivo de retenção;

108
III - Salvo instruções específicas do fabricante do veí- remeter ao órgão executivo de trânsito da União, informa-
culo, o banco do passageiro dotado de airbag deverá ções e estatísticas sobre a aplicação desta Resolução, seus
ser ajustado em sua última posição de recuo, quando benefícios, bem como sugestões para aperfeiçoamento
ocorrer o transporte de crianças neste banco. das medidas ora adotadas.

Art. 4º Com a finalidade de ampliar a segurança dos Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolu-
ocupantes, adicionalmente às prescrições desta Resolução, ção sujeitará os infratores às penalidades prevista no art.
o fabricante e/ou montador e/ou importador do veículo 168 do CTB .
poderá estabelecer condições e/ou restrições específicas
para o uso do dispositivo de retenção para crianças com Art. 10. Fica revogada a Resolução nº 15, de 6 de janei-
até sete anos e meio de idade em seus veículos, sendo que ro de 1998, do CONTRAN .
tais prescrições deverão constar do manual do proprietário.

Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista ANEXO


no caput deste artigo, o fabricante ou importador deverá
comunicar a restrição ao DENATRAN no requerimento de DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA TRANSPORTE DE
concessão da marca/modelo/versão ou na atualização do CRIANÇAS EM VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICU-
Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT) LARES

Art. 5º Os manuais dos veículos automotores, em ge- OBJETIVO: estabelecer condições mínimas de seguran-
ral, deverão conter informações a respeito dos cuidados ça de forma a reduzir o risco ao usuário em casos de coli-
no transporte de crianças, da necessidade de dispositivos são ou de desaceleração repentina do veículo, limitando o
de retenção e da importância de seu uso na forma do art. deslocamento do corpo da criança.
338 do CTB .
1. As Crianças com até um ano de idade deverão utili-
Art. 6º O transporte de crianças em desatendimento ao zar, obrigatoriamente, o dispositivo de retenção de-
disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às sanções nominado ‘bebê conforto ou conversível’ (figura 1).
do art. 168, do Código de Trânsito Brasileiro .
22. As crianças com idade superior a um ano e inferior
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua ou igual a quatro anos deverão utilizar, obrigato-
publicação, produzindo efeito nos seguintes prazos: riamente, o dispositivo de retenção denominado
‘cadeirinha’ (figura 2).
I - a partir da data da publicação desta Resolução as
autoridades de trânsito e seus agentes deverão adotar 3. As crianças com idade superior a quatro anos e in-
medidas de caráter educativo para esclarecimento dos ferior ou igual a sete anos e meio deverão utilizar
usuários dos veículos quanto à necessidade do atendi- o dispositivo de retenção denominado ‘assento de
mento das prescrições relativas ao transporte de crian- elevação’.
ças;
4. As crianças com idade superior a sete anos e meio
II - a partir de 360 (trezentos e sessenta) dias após a e inferior ou igual a dez anos deverão utilizar o cin-
publicação desta Resolução, os órgãos e entidades to de segurança do veículo ( figura 4)
componentes do Sistema Nacional de Trânsito deverão
iniciar campanhas educativas para esclarecimento dos CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 289/2008
condutores dos veículos no tocante aos requisitos obri-
gatórios relativos ao transporte de crianças;
Dispõe sobre normas de atuação a serem adotadas pelo
III - A partir de 1º de setembro de 2010, os órgãos e en- Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
tidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito - DNIT e o Departamento de Polícia Rodoviária Federal -
fiscalizarão o uso obrigatório do sistema de retenção DPRF na fiscalização do trânsito nas rodovias federais.
para o transporte de crianças ou equivalente. (Redação
dada ao inciso pela Deliberação CONTRAN nº 95, de O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
07.06.2010, DOU 09.06.2010 e pela Resolução CON- usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
VADE MECUM PRF

TRAN nº 352, de 14.06.2010, DOU 18.06.2010 ) da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto n°
Art. 8º Transcorrido um ano da data da vigência plena 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
desta Resolução, os órgãos executivos de trânsito dos Es- Sistema Nacional de Trânsito, Considerando a necessidade
tados e do Distrito Federal, bem como as entidades que de intensificar a fiscalização do trânsito nas rodovias fede-
acompanharem a execução da presente Resolução, deverão rais, objetivando a redução dos altos índices de acidentes

109
e a conservação do pavimento, coibindo o desrespeito aos Art. 7° Esta Resolução entra em vigor na data de sua
limites de velocidades e o tráfego de veículos com excesso publicação.
de peso;
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 290/2008
Considerando o disposto no inciso XIV do artigo 12 do
CTB, resolve:
Disciplina a inscrição de pesos e capacidades em veícu-
Art. 1° Compete ao Departamento Nacional de Infra- los de tração, de carga e de transporte coletivo de passa-
-Estrutura de Transportes - DNIT, Órgão Executivo Rodo- geiros, de acordo com os artigos 117, 230-XXI, 231-V e X,
viário da União, no âmbito de sua circunscrição: do Código de Trânsito Brasileiro.
I - exercer a fiscalização do excesso de peso dos veículos O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
nas rodovias federais, aplicando aos infratores as pena- usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
lidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
respeitadas as competências outorgadas à Agência Na- Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto n°
cional de Transportes Terrestres - ANTT pelos arts. 24,
4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
inciso XVII, e 82, § 1º, da Lei nº 10.233, de 5 de junho de
Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
2001, com a redação dada pela Lei nº 10.561, de 13 de
novembro de 2002; e Art. 1º Ficam referendadas as Deliberações nº 64, de
30 de maio de 2008, publicada no DOU de 02 de junho de
II - exercer a fiscalização eletrônica de velocidade nas
rodovias federais, utilizando instrumento ou redutor 2008 e nº 67, 17 de junho de 2008, publicada no DOU de
eletrônico de velocidade tipo fixo, assim como a enge- 18 de junho de 2008.
nharia de tráfego para implantação de novos pontos de
Art. 2º Para efeito de registro, licenciamento e circu-
redução de velocidade.
lação, os veículos de tração, de carga e os de transporte
Art. 2º Compete ao Departamento de Polícia Rodoviá- coletivo de passageiros deverão ter indicação de suas ca-
ria Federal - DPRF: racterísticas registradas para obtenção do CAT - Certificado
de Adequação à Legislação de Trânsito, de acordo com os
I - exercer a fiscalização por excesso de peso nas rodo- requisitos do Anexo desta Resolução.
vias federais, isoladamente, ou a título de apoio opera-
cional ao DNIT, aplicando aos infratores as penalidades Art. 3º Para efeito de fiscalização, independente do ano
previstas no CTB; e de fabricação do veículo, deve-se considerar como limite
máximo de PBTC - Peso Bruto Total Combinado o valor vi-
II - exercer a fiscalização eletrônica de velocidade nas gente na Resolução CONTRAN nº 210/06, ou suas suce-
rodovias federais com a utilização de instrumento ou dâneas, respeitadas as combinações de veículos indicadas
medidor de velocidade do tipo portátil, móvel, estático na Portaria nº 86/06, do DENATRAN, ou suas sucedâneas,
e fixo, exceto redutor de velocidade, aplicando aos in- desde que compatível com a CMT - Capacidade Máxima
fratores as penalidades previstas no Código de Trânsito de Tração e o PBTC, conforme definidos nesta Resolução,
Brasileiro - CTB. declarados pelo fabricante ou importador mesmo que, por
efeito de regulamentos anteriores, tenha sido declarado
Parágrafo único. Para a instalação de equipamento do
um valor de PBTC distinto.
tipo fixo de controle de velocidade, o DPRF solicitará ao
DNIT a autorização para intervenção física na via. Parágrafo único. Para efeito de fiscalização de CVC´s -
Combinações de Veículos de Carga, detentoras de AET -
Art. 3° As receitas oriundas das multas aplicadas pelo
Autorização Especial de Trânsito emitida conforme Resolu-
DNIT e DPRF serão revertidas a cada órgão arrecadador,
em conformidade com o art. 320 do CTB. ção CONTRAN No 211/06, ou suas sucedâneas, prevalecem
as informações de pesos e capacidades constantes da AET,
Art. 4° As despesas decorrentes desta Resolução serão com exceção do valor da CMT inscrito pelo fabricante ou
de responsabilidade de cada órgão dentro da esfera de sua importador.
atuação.
VADE MECUM PRF

Art. 4º A responsabilidade pela inscrição e conteúdo


Art. 5° Para fins de atendimento do disposto nesta Re- dos pesos e capacidades, conforme estabelecido no Anexo
solução poderá ser celebrado convênio entre o DNIT e o desta Resolução será:
DPRF, na forma prevista no artigo 25 do CTB.
I - do fabricante ou importador, quando se tratar de
Art. 6º Fica revogada a Resolução nº 271/2008. veículo novo acabado ou inacabado;

110
II - do fabricante da carroçaria ou de outros implemen- 2 - DEFINIÇÕES
tos, em caráter complementar ao informado pelo fabri-
cante ou importador do veículo; Para efeito dessa Resolução define-se:

III - do responsável pelas modificações, quando se tra- 2.1 - PESOS E CAPACIDADES INDICADOS - pesos máxi-
tar de veículo novo ou já licenciado que tiver sua estru- mos e capacidades máximas informados pelo fabricante ou
tura e/ou número de eixos alterados, ou outras modifi- importador como limites técnicos do veículo;
cações previstas pelas Resoluções 292/08 e 293/08, ou
suas sucedâneas. 2.2 - PESOS E CAPACIDADES AUTORIZADOS - o menor
valor entre os pesos e capacidades máximos estabelecidos
IV - do proprietário do veículo, conforme estabelecido pelos regulamentos vigentes (valores legais) e os pesos e
no art. 5º desta Resolução. capacidades indicados pelo fabricante ou importador (va-
lores técnicos);
Parágrafo único. A adequação da inscrição dos pesos e
capacidades dos veículos em estoque e em fase de regis- 2.3 - TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pe-
tro e licenciamento deverá ser realizada pelos responsáveis sos da carroçaria e equipamento, do combustível - pelo
mencionados nos incisos I, II e III deste artigo, no prazo de menos 90% da capacidade do(s) tanque(s), das ferramen-
60 (sessenta) dias contados a partir da data de publicação tas e dos acessórios, da roda sobressalente, do extintor de
desta Resolução, mediante o fornecimento de plaqueta incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilo-
com os dados nela contidos. gramas.

Art. 5º Para os veículos em uso e os licenciados até a 2.4 - LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilo-
data da entrada em vigor desta Resolução, que não pos- gramas, incluindo o condutor e os passageiros que o veícu-
suam a inscrição dos dados de tara e lotação, fica auto- lo pode transportar, para os veículos de carga e tração ou
rizada a inscrição dos mesmos, por pintura resistente ao número de pessoas para os veículos de transporte coletivo
tempo na cor amarela sobre fundo preto e altura mínima de passageiros.
dos caracteres de 30 mm, em local visível na parte externa
do veículo. 2.5 - PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso máximo (auto-
rizado) que o veículo pode transmitir ao pavimento, cons-
§ 1º Para os veículos destinados ao transporte coletivo tituído da soma da tara mais a lotação.
de passageiros, a indicação de que trata o caput
deste artigo poderá ser realizada conforme o item 2.6 - PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - Peso
4.2.2 do anexo, neste caso de responsabilidade do máximo que pode ser transmitido ao pavimento pela com-
proprietário do veículo. binação de um veículo de tração ou de carga, mais seu(s)
semi-reboque(s), reboque( s), respeitada a relação potên-
§ 2º No caso de ser verificada a incorreção do(s) da- cia/peso, estabelecida pelo INMETRO - Instituto de Metro-
do(s) inscrito(s) no veículo, durante a fiscalização logia, Normalização e Qualidade Industrial, a Capacidade
de pesagem, fica o proprietário do veículo sujeito Máxima de Tração da unidade de tração, conforme definida
às sanções previstas no artigo 237 do Código de no item 2.7 do anexo dessa Resolução e o limite máximo
Trânsito Brasileiro - CTB, independente das estabe- estabelecido na Resolução CONTRAN nº 211/06, e suas su-
lecidas na Resolução CONTRAN nº 258/07. cedâneas.

Art. 6º No caso do veículo inacabado, conforme defini- 2.7 - CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - má-
do no item 2.10 do anexo desta Resolução, fica o fabricante ximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar,
ou importador obrigado a declarar na nota fiscal o peso incluído o PBT da unidade de tração, limitado pelas suas
do veículo nesta condição. Art. 7º Para o cumprimento do condições de geração e multiplicação do momento de for-
disposto no artigo 5º o proprietário do veículo terá o prazo ça, resistência dos elementos que compõem a transmissão.
de 120 dias a partir da data de publicação desta Resolução.
2.8 - CAMINHÃO - veículo automotor destinado ao
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- transporte de carga, com PBT acima de 3.500 quilogramas,
blicação, ficando revogada a Resolução 49/98 - CONTRAN. podendo tracionar ou arrastar outro veículo, desde que te-
nha capacidade máxima de tração compatível;
VADE MECUM PRF

ANEXO 2.9 - CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destina-


do a tracionar ou arrastar outro veículo.
1 - OBJETIVO
2.10 - VEÍCULO INACABADO - Todo chassi plataforma,
Estabelecer requisitos para inscrição indicativa e obri- chassis de caminhões e caminhonetes, com cabine comple-
gatória dos pesos e capacidades registrados, conforme de- ta, incompleta ou sem cabine.
finidos no item a seguir.

111
2.11 - VEÍCULO ACABADO - Veículo automotor que 4.1.2 - As indicações serão inscritas em fundo claro ou
sai de fábrica pronto para licenciamento, sem precisar de escuro, adotados caracteres alfanuméricos contrastantes,
complementação. com altura não inferior a 30 milímetros.

2.12 - VEÍCULO NOVO - veículo de tração, de carga e 4.1.3 - Também, poderão ser usados letras ou números
transporte coletivo de passageiros, reboque e semi-rebo- inscritos em alto ou baixo relevo, sem necessidade de con-
que, antes do seu registro e licenciamento. traste de cor.

3 - APLICAÇÃO 4.2 - Normas gerais.

3.1 Informações mínimas para veículos de tração, de 4.2.1 - A indicação nos veículos automotores de tração,
carga e transporte coletivo de passageiros, com PBT acima de carga será inscrita ou afixada em um dos seguintes lo-
de 3500 kg. cais, assegurada a facilidade de visualização.

3.1.1 Veículo automotor novo acabado: tara, lotação, 4.2.1.1 - Na coluna de qualquer porta, junto às dobradi-
PBT, PBTC e CMT; ças, ou no lado da fechadura.

3.1.2 Veículo automotor novo inacabado: PBT, PBTC e 4.2.1.2 - Na borda de qualquer porta.
CMT;
4.2.1.3 - Na parte inferior do assento, voltada para por-
3.1.3 Veículo automotor novo que recebeu carroçaria ta.
ou implemento: tara e lotação, em complemento às ca-
racterísticas informadas pelo fabricante ou importador do 4.2.1.4 - Na superfície interna de qualquer porta.
veículo;
4.2.1.5 - No painel de instrumentos.
3.1.4 Veículo automotor novo que teve alterado o nú-
mero de eixos ou sua(s) capacidade(s): tara, lotação e PBT, 4.2.2 - Nos veículos destinados ao transporte coletivo
em complemento às características informadas pelo fabri- de passageiros, a indicação deverá ser afixada na parte
cante ou importador do veículo; frontal interna acima do pára-brisa ou na parte superior da
divisória da cabina de comando do lado do condutor. Na
3.1.5 Veículo automotor já licenciado que teve altera- impossibilidade técnica ou ausência de local para fixação,
do sua estrutura, número de eixos ou sua(s) capacidade(s): poderão ser utilizados os mesmos locais previstos para os
tara, lotação, PBT e peso por eixo, respeitada a CMT infor- veículos de carga e tração.
mada pelo fabricante ou importador do veículo, em com-
plemento às características informadas pelos mesmos. 4.2.3 - Nos reboques e semi-reboques, a indicação de-
verá ser afixada na parte externa da carroçaria na lateral
3.1.6 Reboque e semi-reboque, novo ou alterado: tara, dianteira.
lotação e PBT.
4.2.4 - Nos implementos montados sobre chassi de veí-
3.2 Informações mínimas para veículos de tração, de culo de carga, a indicação deverá ser afixada na parte ex-
carga e transporte coletivo de passageiros, com PBT de até terna do mesmo, em sua lateral dianteira.
3500 kg.
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 292/2008
3.2.1 Todas as constantes nos itens de 3.1.1 a 3.1.6, sen-
do autorizada a opcionalidade: PBTC ou CMT.
Dispõe sobre modificações de veículos previstas nos
Observação: as informações complementares devem arts. 98 e 106 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
atender os requisitos do item 4 deste anexo, em campo , que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e dá outras
distinto das informações originais do fabricante ou impor- providências.
tador do veículo.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
4 - REQUISITOS usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
VADE MECUM PRF

da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 , que instituiu o


4.1 - Específicos. Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº
4.711, de 29 de maio de 2003 , que trata da coordenação
4.1.1 - As indicações referentes ao item 3 serão inscritas do Sistema Nacional de Trânsito,
em plaqueta ou em etiqueta adesiva resistente a ação do
tempo; Resolve:

112
Art. 1º Estabelecer as modificações permitidas em veí- Art. 6º Os veículos de passageiros e de cargas, exceto
culo registrado no Órgão Executivo de Trânsito dos Estados veículos de duas ou três rodas e quadriciclos, usados, que
ou do Distrito Federal. sofrerem alterações no sistema de suspensão, ficam obri-
gados a atender aos limites e exigências previstos nesta
Parágrafo único. Os veículos e sua classificação quanto Resolução, cabendo a cada entidade executora das modifi-
à espécie, tipo e carroçaria estão descritos na Portaria nº cações e ao proprietário do veículo a responsabilidade pelo
1.207, de 15 de dezembro de 2010 , do DENATRAN, bem atendimento às exigências em vigor.
como nas suas alterações posteriores. (Redação dada ao
parágrafo pela Resolução CONTRAN nº 397, de 13.12.2011, § 1º Nos veículos com PBT até 3500 kg:
DOU 21.12.2011 )
I - o sistema de suspensão poderá ser fixo ou regulável.
Art. 2º As modificações permitidas em veículos, bem
como a aplicação, a exigência para cada modificação e a II - A altura mínima permitida para circulação deve ser
nova classificação dos veículos após modificados, quanto maior ou igual a 100 mm, medidos verticalmente do
ao tipo/espécie e carroçaria, para fins de registro e emissão solo ao ponto mais baixo da carroceria ou chassi, con-
de CRV/CRLV, constarão da Tabela anexa à Portaria a ser forme anexo I.
editada pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
III - O conjunto de rodas e pneus não poderá tocar em
Parágrafo único. Além das modificações previstas nesta parte alguma do veículo quando submetido ao teste de
Resolução, também são permitidas as transformações em esterçamento.
veículos previstas no Anexo II da Portaria nº 1207/2010 ,
do DENATRAN, bem como nas suas alterações posteriores, § 2º Nos veículos com PBT acima de 3.500 kg:
as quais devem ser precedidas de obtenção de código de
marca/modelo/versão. (Redação dada ao artigo pela Reso- I - em qualquer condição de operação, o nivelamento
lução CONTRAN nº 397, de 13.12.2011, DOU 21.12.2011 ) da longarina não deve ultrapassar dois graus a partir de
uma linha horizontal.
Art. 3º As modificações em veículos devem ser precedi-
das de autorização da autoridade responsável pelo registro II - A verificação do cumprimento do disposto no inciso
e licenciamento. I será feita conforme o Anexo I.

Parágrafo único. A não observância do disposto no III - As dimensões de intercambiabilidade entre o cami-
caput deste artigo incorrerá nas penalidades e medidas nhão trator e o rebocado devem respeitar a norma NBR
administrativas previstas no art. 230, inciso VII, do Código NM - ISO 1726.
de Trânsito Brasileiro .
IV - É vedada a alteração na suspensão dianteira, exceto
Art. 4º Quando houver modificação exigir-se-á reali- para instalação do sistema de tração e para incluir ou
zação de inspeção de segurança veicular para emissão do excluir eixo auxiliar, direcional ou auto direcional.
Certificado de Segurança Veicular - CSV, conforme regula-
§ 3º Os veículos que tiverem sua suspensão modifica-
mentação específica do INMETRO, expedido por Instituição
da, em qualquer condição de uso, deverão inserir
Técnica Licenciada pelo DENATRAN, respeitadas as dispo-
no campo das observações do Certificado de Re-
sições constantes da Tabela anexa à Portaria a ser editada
gistro de Veiculo - CRV e do Certificado de Registro
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. (Reda-
e Licenciamento de Veiculo - CRLV a altura livre do
ção dada ao artigo pela Resolução CONTRAN nº 397, de
solo.
13.12.2011, DOU 21.12.2011 )
Art. 7º É permitido, para fins automotivos, exceto para
Art. 5º Somente serão registrados, licenciados e em-
ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos, o uso do
placados com motor alimentado a óleo diesel, os veícu-
Gás Natural Veicular - GNV como combustível.
los autorizados conforme a Portaria nº 23, de 6 de junho
de 1994, baixada pelo extinto Departamento Nacional de § 1º Os componentes do sistema devem estar certifica-
Combustíveis - DNC, do Ministério de Minas e Energia e dos no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação
regulamentação especifica do DENATRAN. da Conformidade, conforme regulamentação es-
VADE MECUM PRF

pecífica do Instituto Nacional de Metrologia, Nor-


Parágrafo único. Fica proibida a modificação da estrutu-
malização e Qualidade Industrial - INMETRO.
ra original de fábrica dos veículos para aumentar a capaci-
dade de carga, visando o uso do combustível Diesel. § 2º Por ocasião do registro será exigido dos veículos
automotores que utilizarem como combustível o
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN
Gás Natural Veicular - GNV:
Nº 479 DE 20/03/2014):

113
I - Certificado de Segurança Veicular - CSV expedido a) eixo veicular para caminhão, caminhão-trator, ôni-
por Instituição Técnica Licenciada pelo DENATRAN e bus, reboques e semi-reboques;
acreditada pelo INMETRO, conforme regulamentação
específica, onde conste a identificação do instalador re- b)
eixo direcional e eixo auto-direcional para cami-
gistrado pelo INMETRO, que executou o serviço. nhões, caminhões-tratores, ônibus, reboques e se-
mi-reboques; (Redação dada à alínea pela Resolução
II - O Certificado Ambiental para uso de Gás Natural em CONTRAN nº 319, de 05.06.2009, DOU 09.06.2009 )
Veículos Automotores - CAGN, expedido pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais c) (Suprimida pela Resolução CONTRAN nº 319, de
Renováveis - IBAMA, ou aposição do número do mes- 05.06.2009, DOU 09.06.2009 )
mo no CSV.
§ 1º Para as modificações previstas nas alíneas deste ar-
§ 3º Anualmente, para o licenciamento dos veículos tigo, será exigido o Certificado de Segurança Vei-
que utilizam o Gás Natural Veicular como combus- cular - CSV, a Comprovação de atendimento à re-
tível será exigida a apresentação de novo Certifica- gulamentação do INMETRO e Nota Fiscal do eixo,
do de Segurança Veicular - CSV. o qual deverá ser sem uso.

Art. 8º Ficam proibidas: § 2º Enquanto o INMETRO não estabelecer o programa


de avaliação da conformidade dos produtos elen-
I - A utilização de rodas/pneus que ultrapassem os limi- cados neste artigo, os DETRANs deverão exigir,
tes externos dos pára-lamas do veículo; para fins de registro das alterações, o Certificado
de Segurança Veicular - CSV, a Nota Fiscal do eixo
II - O aumento ou diminuição do diâmetro externo do sem uso, Anotação de Responsabilidade Técnica
conjunto pneu/roda; para a adaptação, emitida por profissional legal-
mente habilitado e, no caso de eixos direcionais ou
III - A substituição do chassi ou monobloco de veículo auto-direcionais, notas fiscais dos componentes de
por outro chassi ou monobloco, nos casos de modifica- direção, os quais deverão ser sem uso.
ção, furto/roubo ou sinistro de veículos, com exceção
de sinistros em motocicletas e assemelhados; Art. 10. Dos veículos que sofrerem modificações para
viabilizar a condução por pessoa com deficiência ou para
IV - A adaptação de 4º eixo em caminhão, salvo quando aprendizagem em centros de formação de condutores
se tratar de eixo direcional ou auto-direcional. (Reda- deve ser exigido o CSV - Certificado de Segurança Veicular.
ção dada ao inciso pela Resolução CONTRAN nº 319, de
05.06.2009, DOU 09.06.2009 ) Art. 11. Os veículos pré-cadastrados, cadastrados ou
modificados a partir da data de entrada em vigor desta Re-
V - A instalação de fonte luminosa de descarga de gás solução devem ser classificados conforme a Tabela cons-
em veículos automotores, excetuada a substituição em tante de Portaria a ser editada pelo órgão máximo executi-
veículo originalmente dotado deste dispositivo. (Inci- vo de trânsito da União. (Redação dada ao artigo pela Re-
so acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 384, de solução CONTRAN nº 397, de 13.12.2011, DOU 21.12.2011
02.06.2011, DOU 07.06.2011 )
Art. 12. Em caso de complementação de veículo ina-
Parágrafo único. Veículos com instalação de fonte lu- cabado tipo caminhão, com carroçaria aberta ou fechada,
minosa de descarga de gás com CSV emitido até a data da os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
entrada em vigor desta Resolução poderão circular até a Federal devem registrar no Certificado de Registro de Veí-
data de seu sucateamento, desde que o equipamento este- culos - CRV e Certificado de Registro e Licenciamento de
ja em conformidade com a resolução nº 227/2007 - CON- Veículos - CRLV o comprimento da carroçaria.
TRAN . (Parágrafo acrescentado pela Resolução CONTRAN
nº 384, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011 ) Art. 13. Fica garantido o direito de circulação, até o
sucateamento, aos veículos modificados antes da entrada
VI - A inclusão de eixo auxiliar veicular em semirrebo- em vigor desta Resolução, desde que os seus proprietários
que com comprimento igual ou inferior a 10,50 m, do- tenham cumprido todos os requisitos exigidos para a sua
tado ou não de quinta roda. (Nota Legisweb: Redação regularização, mediante comprovação no Certificado de
VADE MECUM PRF

dada pela Resolução CONTRAN Nº 419 DE 17/10/2012) Registro de Veículo - CRV e no Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo - CRLV.
Art. 9º O Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza-
ção e Qualidade Industrial - INMETRO deverá estabelecer Art. 14. Serão consideradas alterações de cor aquelas
programa de avaliação da conformidade para os seguintes realizadas através de pintura ou adesivamento em área su-
produtos: perior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas.

114
Parágrafo único. Será atribuída a cor fantasia quando Altura original do veículo: definida pelo fabricante, cor-
for impossível distinguir uma cor predominante no veículo. respondente à distância do solo ao ponto superior extremo
do veículo.
Art. 15. Na substituição de equipamentos veiculares,
em veículos já registrados, os Órgãos Executivos de Trân- Dispositivo para transporte de carga para motonetas e
sito dos Estados e do Distrito Federal devem exigir a apre- motocicletas: equipamento do tipo baú ou grelha.
sentação dos seguintes documentos em relação ao equi-
pamento veicular: CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 349/2010

I - Equipamento veicular novo ou fabricado após a en-


trada em vigor da Portaria nº 27 do DENATRAN, de 7 de Dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de bi-
cicletas nos veículos classificados nas espécies automóvel,
maio de 2002 :
caminhonete, camioneta e utilitário.
a) CSV;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN,
usando da competência que lhe confere o inciso I do ar-
b) CAT;
tigo 12 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que
c) Nota Fiscal; institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o
Decreto nº 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre
II - Equipamento veicular usado ou reformado fabrica- a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
do antes da entrada em vigor da Portaria nº 27 do DE-
Considerando as disposições sobre o transporte de car-
NATRAN, de 7 de maio de 2002 :
gas nos veículos contemplados por esta Resolução, conti-
das na Convenção de Viena sobre o Trânsito Viário, pro-
a) CSV, b) comprovação da procedência, através de
mulgada pelo Decreto nº 86714, de 10 de dezembro de
nota fiscal original de venda ou mediante declara-
1981;
ção do proprietário, responsabilizando-se civil e cri-
minalmente pela procedência lícita do equipamento Considerando o disposto no artigo 109 da Lei nº 9503,
veicular. de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trân-
sito Brasileiro - CTB;
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogada a Resolução nº 262/2007 - Considerando a necessidade de disciplinar o transporte
CONTRAN. eventual de cargas em automóveis, caminhonetes e utilitá-
rios de modo a garantir a segurança do veículo e trânsito;

ANEXO Considerando a conveniência de atualizar as normas


que tratam do transporte de bicicletas nos veículos par-
(Revogado pela Resolução CONTRAN nº 397, de ticulares.
13.12.2011, DOU 21.12.2011 )
Considerando as vantagens proporcionadas pelo uso
Conceitos: da bicicleta ao meio ambiente, à mobilidade e à economia
de combustível; resolve:
Modificação visual que não implique em semelhança
com veículos de outro ano-modelo: modificação no pára-
-choque, grade, capô, saias laterais e aerofólios de forma CAPITULO I
que o veículo fique com características visuais diferentes
daquelas do veículo original. DISPOSIÇÕES GERAIS

CSV: Certificado de Segurança Veicular Art. 1º Estabelecer critérios para o transporte eventual
de cargas e de bicicletas nos veículos classificados na espé-
Certificado de Conformidade do Inmetro: Documento cie automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.
emitido por uma entidade acreditada pelo INMETRO ates-
VADE MECUM PRF

tando que o produto ou o serviço apresenta nível adequa- Art. 2º O transporte de cargas e de bicicletas deve res-
do de confiança no cumprimento de requisitos estabeleci- peitar o peso máximo especificado para o veículo.
dos em norma ou regulamento técnico.
Art. 3º - A carga ou a bicicleta deverá estar acondicio-
COVC: Certificado de Originalidade de Veículo de Co- nada e afixada de modo que:
leção

115
I- não coloque em perigo as pessoas nem cause danos §4º A segunda placa de identificação será lacrada no
a propriedades públicas ou privadas, e em especial, não centro da régua de sinalização ou na parte estrutu-
se arraste pela via nem caia sobre esta; ral do veículo em que estiver instalada (para-cho-
que ou carroceria), devendo ser aposta em local
II- não atrapalhe a visibilidade a frente do condutor nem visível na parte direita da traseira.
comprometa a estabilidade ou condução do veículo;
§5º Fica dispensado da utilização de régua de sinaliza-
III- não provoque ruído nem poeira; ção o veículo que possuir extensor de caçamba, no
qual deve ser lacrada a segunda placa traseira.
IV- não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio e os
indicadores de direção e os dispositivos refletores; res- §6º Extensor de caçamba é o acessório que permite a
salvada, entretanto, a ocultação da lanterna de freio circulação do veículo com a tampa do comparti-
elevada (categoria S3);
mento de carga aberta, de forma a impedir a que-
V- não exceda a largura máxima do veículo; da da carga na via, sem comprometer a sinalização
traseira.
VI- não ultrapasse as dimensões autorizadas para veí-
culos estabelecidas na Resolução CONTRAN nº 210, de
13 de novembro de 2006, que estabelece os limites de CAPÍTULO II
pesos e dimensões para veículos que transitam por vias
terrestres e dá outras providências, ou Resolução pos- REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE EVENTUAL
terior que venha sucedêla. DE CARGAS

VII- todos os acessórios, tais como cabos, correntes, Art. 5º Permite-se o transporte de cargas acondiciona-
lonas, grades ou redes que sirvam para acondicionar, das em bagageiros ou presas a suportes apropriados devi-
proteger e fixar a carga deverão estar devidamente an- damente afixados na parte superior externa da carroçaria.
corados e atender aos requisitos desta Resolução.
§1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve in-
VIII- não se sobressaiam ou se projetem além do veícu- formar as condições de fixação da carga na parte
lo pela frente. superior externa da carroçaria e sua fixação deve
respeitar as condições e restrições estabelecidas
Art. 4º Nos casos em que o transporte eventual de car- pelo fabricante do veículo
ga ou de bicicleta resultar no encobrimento, total ou par-
cial, quer seja da sinalização traseira do veículo, quer seja §2° As cargas, já considerada a altura do bagageiro ou
de sua placa traseira, será obrigatório o uso de régua de do suporte, deverá ter altura máxima de cinqüenta
sinalização e, respectivamente, de segunda placa traseira centímetros e suas dimensões, não devem ultra-
de identificação fixada àquela régua ou à estrutura do veí- passar o comprimento da carroçaria e a largura da
culo, conforme figura constante do Anexo desta Resolução. parte superior da carroçaria. (figura 1)
§1º Régua de sinalização é o acessório com caracterís- Y£ 50 cm, onde Y = altura máxima;
ticas físicas e de forma semelhante a um para-cho-
que traseiro, devendo ter no mínimo um metro de X £ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X = com-
largura e no máximo a largura do veículo, excluí- primento da carga.
dos os retrovisores, e possuir sistema de sinaliza-
ção paralelo, energizado e semelhante em conteú-
do, quantidade, finalidade e funcionamento ao do
veículo em que for instalado.

§2º A régua de sinalização deverá ter sua superfície co-


berta com faixas refletivas oblíquas, com uma incli-
nação de 45 graus em relação ao plano horizontal
e 50,0 +/- 5,0 mm de largura, nas cores branca e
vermelha refletiva, idênticas às dispostas nos para-
VADE MECUM PRF

-choques traseiros dos veículos de carga.

§3º A fixação da régua de sinalização deve ser feita no


veículo, de forma apropriada e segura, por meio de Art. 6º Nos veículos de que trata esta Resolução, será
braçadeiras, engates, encaixes e/ou parafusos, po-
dendo ainda ser utilizada a estrutura de transporte admitido o transporte eventual de carga indivisível, respei-
de carga ou seu suporte. tados os seguintes preceitos:

116
I- As cargas que sobressaiam ou se projetem além do IV- Cuidados de segurança durante o transporte de for-
veículo para trás, deverão estar bem visíveis e sinaliza- ma a preservar a segurança do trânsito, do veículo, dos
das. No período noturno, esta sinalização deverá ser passageiros e de terceiros.
feita por meio de uma luz vermelha e um dispositivo
refletor de cor vermelha.
Capítulo IV
II- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da
distância entre os dois eixos do Disposições Finais

veículo. (figura 2) Art. 10 Para efeito desta Resolução, a bicicleta é consi-


derada como carga indivisível.
B £ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância
entre os dois eixos. Art. 11 O não atendimento ao disposto nesta Resolu-
ção acarretará na aplicação das penalidades previstas nos
artigos 230, IV, 231, II, IV e V e 248 do CTB, conforme infra-
ção a ser apurada.

Art. 12 Esta Resolução entra em vigor noventa dias após


a data de sua publicação, ficam revogadas as Resoluções nº
577/81 e 549/79 e demais disposições em contrário.

ANEXO
Art. 7º Será admitida a circulação do veículo com com-
partimento de carga aberto apenas durante o transporte
de carga indivisível que ultrapasse o comprimento da ca-
çamba ou do compartimento de carga.
*Anexo disponibilizado na retificação publicada no DOU,
de 20 de abril de 2016, Seção 1, página 51.
CAPÍTULO III

REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE BICI- CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 356/2010


CLETAS NA PARTE EXTERNA DOS VEÍCULOS
Estabelece requisitos mínimos de segurança para o
Art. 8º A bicicleta poderá ser transportada na parte transporte remunerado de passageiros (mototáxi) e de car-
posterior externa ou sobre o teto, desde que fixada em dis- gas (motofrete) em motocicleta e motoneta, e dá outras pro-
positivo apropriado, móvel ou fixo, aplicado diretamente
vidências.
ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso
§ 1º O transporte de bicicletas na caçamba de cami-
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº
nhonetes deverá respeitar o disposto no Capítulo
II desta Resolução. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
§ 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada sobre o nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação
teto não se aplica a altura especificada no parágra- do Sistema Nacional de Trânsito,
fo 2º do Artigo 5°.
Considerando a necessidade de fixar requisitos míni-
Art. 9º O dispositivo para transporte de bicicletas para mos de segurança para o transporte remunerado de pas-
aplicação na parte externa dos veículos deverá ser forneci- sageiros e de cargas em motocicleta e motoneta, na cate-
do com instruções precisas sobre: goria aluguel, para preservar a segurança do trânsito, dos
condutores e dos passageiros desses veículos;
I- Forma de instalação, permanente ou temporária, do
VADE MECUM PRF

dispositivo no veículo, Considerando a necessidade de regulamentar a Lei nº


12.009, de 29 de julho de 2009;
II- Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de trans-
porte; Considerando a necessidade de estabelecer requisitos
mínimos de segurança para o transporte não remunerado
III- Quantidade máxima de bicicletas transportados, de carga; e
com segurança;

117
Considerando o que consta do processo nº do proprietário, para os veículos novos nacionais
80000.022300/2009-25, ou importados. (Redação dada ao parágrafo pela
Deliberação CONTRAN nº 103, de 23.12.2010, DOU
Resolve: 24.12.2010 e pela Resolução CONTRAN nº 378, de
06.04.2011, DOU 13.04.2011)

CAPÍTULO I § 3º A capacidade máxima de tração deverá constar no


Certificado de Registro (CRV) e no Certificado de
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV).

Art. 1º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, Art. 4º Os veículos de que trata o art. 1º deverão sub-
quando autorizados pelo poder concedente para trans- meter-se à inspeção semestral para verificação dos equipa-
porte remunerado de cargas (motofrete) e de passageiros mentos obrigatórios e de segurança.
(mototáxi), deverão ser registrados pelo Órgão Executivo
de Trânsito do Estado e do Distrito Federal na categoria de Art. 5º Para o exercício das atividades previstas nesta
aluguel, atendendo ao disposto no art. 135 do CTB e legis- Resolução, o condutor deverá:
lação complementar.
I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade;
Art. 2º Para efeito do registro de que trata o artigo an-
II - possuir habilitação na categoria “A”, por pelo menos
terior, os veículos deverão ter:
dois anos, na forma do art. 147 do CTB;
I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso
III - ser aprovado em curso especializado, na forma re-
de tombamento do veículo, fixado em sua estrutura,
gulamentada pelo CONTRAN; e
conforme Anexo IV, obedecidas as especificações do
fabricante do veículo no tocante à instalação; IV - estar vestido com colete de segurança dotado de
dispositivos retrorrefletivos, nos termos do Anexo III
II - dispositivo aparador de linha, fixado no guidon do desta Resolução.
veículo, conforme Anexo IV; e
Parágrafo único. Para o exercício da atividade de moto-
III - dispositivo de fixação permanente ou removível, táxi o condutor deverá atender aos requisitos previstos no
devendo, em qualquer hipótese, ser alterado o registro art. 329 do CTB.
do veículo para a espécie passageiro ou carga, confor-
me o caso, vedado o uso do mesmo veículo para ambas Art. 6º Na condução dos veículos de transporte remu-
as atividades. nerado de que trata esta Resolução, o condutor e o passa-
geiro deverão utilizar capacete motociclístico, com viseira
Art. 3º Os pontos de fixação para instalação dos equi- ou óculos de proteção, nos termos da Resolução nº 203, de
pamentos, bem como a capacidade máxima admissível de 29 de setembro de 2006, dotado de dispositivos retrorre-
carga, por modelo de veículo serão comunicados ao DE- fletivos, conforme Anexo II desta Resolução.
NATRAN, pelos fabricantes, na ocasião da obtenção do
Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT),
para os novos modelos, e mediante complementação de CAPÍTULO II
informações do registro marca/modelo/versão, para a frota
em circulação.
DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTÁXI)

Art. 7º Além dos equipamentos obrigatórios para mo-


§ 1º As informações do caput serão disponibilizadas
tocicletas e motonetas e dos previstos no art. 2º desta
no manual do proprietário ou boletim técnico
Resolução, serão exigidas para os veículos destinados aos
distribuído nas revendas dos veículos e nos sítios
serviços de mototáxi alças metálicas, traseira e lateral, des-
eletrônicos dos fabricantes, em texto de fácil com- tinadas a apoio do passageiro.
preensão e sempre que possível auxiliado por ilus-
trações.
CAPÍTULO III
§ 2º As informações do parágrafo anterior serão dispo-
VADE MECUM PRF

nibilizados no prazo de 270 (duzentos e setenta) DO TRANSPORTE DE CARGAS (MOTOFRETE)


dias a contar da data de publicação desta Reso-
lução para os veículos lançados no mercado nos Art. 8º As motocicletas e motonetas destinadas ao trans-
últimos 5 (cinco) anos e em 365 (trezentos e ses- porte remunerado de mercadorias - motofrete - somente po-
senta e cinco) dias, também contados da publica- derão Circular nas vias com autorização emitida pelo órgão
ção desta Resolução, passarão a constar do manual executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal.

118
Art. 9º Os dispositivos de transporte de cargas em mo- § 6º Os dispositivos de transporte, assim como as cargas,
tocicleta e motoneta poderão ser do tipo fechado (baú) não poderão comprometer a eficiência dos espelhos
ou aberto (grelha), alforjes, bolsas ou caixas laterais, desde retrovisores.
que atendidas as dimensões máximas fixadas nesta Resolu-
ção e as especificações do fabricante do veículo no tocante Art. 10. As caixas especialmente projetadas para a aco-
à instalação e ao peso máximo admissível. modação de capacetes não estão sujeitas às prescrições desta
Resolução, podendo exceder a extremidade traseira do veícu-
§ 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem lo em até 15 cm.
atender aos seguintes limites máximos externos:
Art. 11. O equipamento do tipo fechado (baú) deve con-
I - largura: não poderá exceder as dimensões máximas ter faixas retrorrefletivas conforme especificação no Anexo I
dos veículos, medida entre a extremidade do guidon ou desta Resolução, de maneira a favorecer a visualização do veí-
alavancas de freio à embreagem, a que for maior, con- culo durante sua utilização diurna e noturna.
forme especificação do fabricante do veículo;
Art. 12. É proibido o transporte de combustíveis
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade inflamáveis ou tóxicos, e de galões nos veículos de que trata
traseira do veículo; e a Lei nº 12.009 de 29 de julho de 2009, com exceção de
botijões de gás com capacidade máxima de 13 kg e de galões
III - altura: não superior à altura do assento em seu li- contendo água mineral, com capacidade máxima de 20 litros,
mite superior. desde que com auxílio de sidecar.

§ 2º O equipamento fechado (baú) deve atender aos Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou semirre-
seguintes limites máximos externos: boques deverá obedecer aos limites estabelecidos pelos fa-
bricantes ou importadores dos veículos homologados pelo
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a DENATRAN, não podendo a altura da carga exceder o limite
distância entre as extremidades internas dos espelhos superior o assento da motocicleta e mais de 40 (quarenta) cm.
retrovisores;
Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar e
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade semirreboque.
traseira do veículo; e
Art. 14. Aplicam-se as disposições deste capítulo ao
III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua transporte de carga não remunerado, com exceção do art. 8º.
base central, medida a partir do assento do veículo.

§ 3º O equipamento aberto (grelha) deve atender aos CAPÍTULO IV


seguintes limites máximos externos:
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a
distância entre as extremidades internas dos espelhos Art. 15. O descumprimento das prescrições desta Reso-
retrovisores; lução, sem prejuízo da responsabilidade solidária de outros
intervenientes nos contratos de prestação de serviços insti-
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade tuída pelos arts. 6º e 7º da Lei nº 12.009, de 29 de julho de
traseira do veículo; e 2009, e das sanções impostas pelo Poder Concedente em
regulamentação própria, sujeitará o infrator às penalidades
III - altura: a carga acomodada no dispositivo não po- e medidas administrativas previstas nos seguintes artigos
derá exceder a 40 (quarenta) cm de sua base central, do Código de Trânsito Brasileiro, conforme o caso: Art. 230,
medida a partir do assento do veículo. V, IX, X e XII; Art. 231, IV, V, VIII, X; Art. 232; e Art. 244, I, II,
VIII e IX.
§ 4º No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as
dimensões da carga a ser transportada não podem Art. 16. Os Municípios que regulamentarem a presta-
extrapolar a largura e comprimento da grelha. ção de serviços de mototáxi ou motofrete deverão fazê-lo
em legislação própria, atendendo, no mínimo, ao disposto
VADE MECUM PRF

§ 5º Nos casos de montagem combinada dos dois tipos


nesta Resolução, podendo estabelecer normas comple-
de equipamento, a caixa fechada (baú) não pode
mentares, conforme as peculiaridades locais, garantindo
exceder as dimensões de largura e comprimento
condições técnicas e requisitos de segurança, higiene e
da grelha, admitida a altura do conjunto em até 70
conforto dos usuários dos serviços, na forma do disposto
cm da base do assento do veículo.
no art. 107 do CTB.

119
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua 2. Retrorrefletivo
publicação, produzindo efeitos no prazo de trezentos e
sessenta e cinco dias contados da data de sua publicação, a) Dimensões
quando ficará revogada a Resolução CONTRAN nº 219, de
11 de janeiro de 2007. O elemento retrorrefletivo no capacete deve ter uma
área total de, pelo menos, 0,014 m², assegurando a sinali-
zação em cada uma das laterais e na traseira.
ANEXO I
O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de
DISPOSITIVOS RETRORREFLETIVOS DE SEGURANÇA segurança refletivo deverão seguir o seguinte padrão:
PARA BAÚ DE MOTOCICLETAS
b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente mínimo de
1. Localização retrorrefletividade em candelas por Lux por metro
quadrado devem atender às especificações do anexo
O baú deve contribuir para a sinalização do usuário du- da Resolução CONTRAN nº 128, de 06 de agosto de
rante o dia como a noite, em todas as direções, através de 2001.
elementos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do
casco, conforme diagramação: c) O retrorrefletor deverá ter suas características, espe-
cificadas por esta Resolução, atestada por uma en-
2. Retrorrefletivo tidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir
em sua construção uma marca de segurança com-
a) Dimensões probatória desse laudo com a gravação das palavras
APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três milímetros)
O elemento no baú deve ter uma área total que assegu- de altura e 35 mm (trinta e cinco milímetros) de com-
re a completa sinalização das laterais e na traseira. primento em cada segmento da cor branca do re-
trorrefletor, incorporada na construção da película,
O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de não podendo ser impressa superficialmente.
segurança refletivo deverá seguir o seguinte padrão:

b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente mínimo de ANEXO III


retrorrefletividade em candelas por Lux por metro
quadrado devem atender às especificações do anexo DISPOSITIVOS RETROREFLETIVOS DE SEGURANÇA
da Resolução CONTRAN nº 128, de 06 de agosto de PARA COLETE
2001.
1. Objetivo
c) O retrorrefletor deverá ter suas características, espe-
cificadas por esta Resolução, atestada por uma en- O colete é de uso obrigatório e deve contribuir para
tidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir a sinalização do usuário tanto de dia quanto à noite, em
em sua construção uma marca de segurança com- todas as direções, através de elementos retrorrefletivos e
probatória desse laudo com a gravação das palavras fluorescentes combinados.
APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três milímetros)
de altura e 50 mm (cinqüenta milímetros) de compri- 2. Característica do material retrorrefletivo
mento em cada segmento da cor branca do retror-
refletor, incorporada na construção da película, não a) Dimensões
podendo ser impressa superficialmente.
O elemento retrorrefletivo no colete deve ter uma área
total mínima de, pelo menos 0,13 m², assegurando a com-
ANEXO II pleta sinalização do corpo do condutor, de forma a assegu-
rar a sua identificação.
DISPOSITIVOS RETRORREFLETIVOS DE SEGURANÇA
PARA CAPACETES O formato e as dimensões mínimas do dispositivo de
segurança refletivo deverão seguir o padrão apresentado
VADE MECUM PRF

1. Localização: na figura 1, sendo que a parte amarela representa o refle-


tivo enquanto a parte branca representa o tecido de sus-
O capacete deve contribuir para a sinalização do usuá- tentação do colete:
rio durante o dia como a noite, em todas as direções, atra-
vés de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte exter- Ilustração 1: formato padrão e dimensões mínimas do
na do casco, conforme diagramação: dispositivo refletivo

120
b) Cor do Material Retrorrefletivo de Desempenho Combinado

  1    2    3    4   

x  y  x  y  x  y  x  y 

Amarela  Esverdeado 0.387   0.610   0.356   0.494   0.398   0.452   0.460   0.540  
Fluorescente

Tabela 1 - Cor do material retrorrefletivo. Coordenadas de cromaticidade.

A cor amarelo-esverdeado fluorescente proporciona excepcional brilho diurno, especialmente durante o entardecer e
amanhecer. A cor deve ser medida de acordo com os procedimentos definidos na ASTM E 1164 (revisão 2002, Standard
practice for obtaining spectrophotometric data for object-color evaluation) com iluminação policromática D65 e geometria
45º/0º (ou 0º/45º) e observador normal CIE 2º. A amostra deve ter um substrato preto com refletância menor que 0,04.

O fator de luminância mínimo da película refletiva fluorescente amarelo-esverdeado utilizada na confecção do colete
deverá atender às especificações da tabela abaixo:

  Fator mínimo de Luminância (mín.) 

Amarelo-Esverdeado Fluorescente   0,70  

Tabela 2 - Cor do material retrorrefletivo. Fator mínimo de luminância.

c) Especificação do coeficiente mínimo de retrorrefletividade em candelas por lux por metro quadrado.

Os coeficientes de retrorrefletividade não deverão ser inferiores aos valores mínimos especificados, e devem ser deter-
minados de acordo com o procedimento de ensaio definido nas ASTM E 808 e ASTM E 809.

  Ângulo de Entrada 

Ângulo de Observação   5º   20º   30º   40º  

0,2º (12’)   330   290   180   65  

0,33º (20’)   250   200   170   60  

1º   25   15   12   10  

1º 30’   10   7  5  4 

Tabela 3 - Coeficiente de retrorreflexão mínimo em cd/(lx.m2)

O retrorrefletor deverá ter suas características atestada por uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir
em sua construção uma marca de segurança comprobatória desse laudo com a gravação das palavras APROVADO DENA-
TRAN, com 3 mm (três milímetros) de altura e 50 mm (cinquenta milímetros) de comprimento, incorporada na construção
da película, não podendo ser impressa superficialmente, podendo ser utilizadas até duas linhas, que deverá ser integrada
VADE MECUM PRF

à região amarela do dispositivo.

3. Características do colete

a) Estrutura

121
O colete deverá ser fabricado com material resisten- ANEXO IV
te, processo em tecido dublado com material combinado,
perfazendo uma espessura de no mínimo 2,50 mm. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE MOTOR E PERNAS
E APARADOR DE LINHA
b) Ergonometria
Ilustração 2 - protetor de motor e pernas e aparador
O colete deve fornecer ao usuário o maior grau possível de linha
de conforto.
1. Características Técnicas do Dispositivo de Proteção
As partes do colete em contato com o usuário final de- de Motor e Pernas
vem ser isentas de asperezas, bordas afiadas e projeções
que possam causar irritação excessiva e ferimentos. a) Objetivo: Proteção das pernas do condutor e passa-
geiro em caso de tombamento do veículo, excluídos
O colete não deve impedir o posicionamento correto os veículos homologados pelo DENATRAN com dis-
do usuário no veículo, e deve manter-se ajustado ao corpo positivos de proteção para esta função;
durante o uso, devendo manter-se íntegro apesar dos fato-
res ambientais e dos movimentos e posturas que o usuário b) Características Construtivas: Peça única, construído
pode adotar durante o uso. em aço tubular de seção redonda resistente e com
acabamento superficial resistente à corrosão, o dis-
Devem ser previstos meios para que o colete se adapte positivo deve ser construído sem arestas e com for-
ao biótipo do usuário (tamanhos). mas arredondas, limitada sua largura à largura do
guidon;
O colete deve ser o mais leve possível, sem prejuízo à
sua resistência e eficiência. c) Localização: Deve ser fixado na estrutura do veículo,
obedecidas as especificações do fabricante do veí-
c) Etiquetagem culo no tocante à instalação, e não deve interferir no
curso do pára-lama dianteiro;
Cada peça do colete deve ser identificada da seguinte
forma: 2. Características Técnicas do Dispositivo Aparador de
Linha.
- marca no próprio produto ou através de etiquetas
fixadas ao produto, podendo ser utilizada uma ou d) Objetivo: Proteção do tórax, pescoço e braços do
mais etiquetas; - As etiquetas devem ser fixadas de condutor e passageiro;
forma visível e legível. Deve-se utilizar algarismos
maiores que 2 mm, recomenda-se que sejam alga- e) Características construtivas: Construído em aço de
rismos pretos sobre fundo branco; - A marca ou as seção redonda resistente com acabamento super-
etiquetas devem ser indeléveis e resistentes ao pro- ficial resistente a corrosão, deve prover sistema de
cesso de limpeza; corte da linha em sua extremidade superior

- devem ser fornecidas, no mínimo, as seguintes infor- f) Localização: fixado na extremidade do guidon (pró-
mações: identificação têxtil (material); tamanho do ximo à manopla) do veículo, no mínimo em um dos
colete (P, M, G, GG, EG); CNPJ, telefone do fabricante lados;
e identificação do registro do INMETRO.
g) Utilização: A altura do dispositivo deve ser regulada
d) Instruções para utilização com a altura da parte superior da cabeça do condu-
tor na posição sentado sobre o veículo.
O Colete de alta visibilidade deve ser fornecido ao
usuário com manual de utilização contendo no mínimo as
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 360/2010
seguintes informações: garantia do fabricante, instrução
para ajustes de como vestir, instrução para uso correto,
instrução para limitações de uso, instrução para armazenar Dispõe sobre a habilitação do candidato ou condutor
e instrução para conservação e limpeza. estrangeiro para direção de veículos em território nacional.

4. Aprovação do colete
VADE MECUM PRF

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CON-


TRAN , no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
Os fabricantes de coletes devem obter, para os seus Art.  12, inciso I e X, da Lei Nº 9.503, de 23 de setembro
produtos, registro no Instituto Nacional de Metrologia, de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e,
Normalização e Qualidade - INMETRO que estabelecerá os conforme o Decreto Nº 4.711, de 29 de maio de 2003,
requisitos para sua concessão. que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito e,

122
CONSIDERANDO o inteiro teor dos Processos de nú- Art. 3º. Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior
meros , , 10 e serão aplicadas as regras estabelecidas nos artigos 1º ou
2º, respectivamente, comprovando que mantinha resi-
CONSIDERANDO  a necessidade de uma melhor uni- dência normal naquele País por um período não inferior
formização operacional acerca do condutor estrangeiro; e, a 06 (seis) meses quando do momento da expedição da
habilitação.
CONSIDERANDO  a necessidade de compatibilizar as
normas de direito internacional de com as diretrizes da Art. 4º. O estrangeiro não habilitado, com estada re-
legislação de trânsito brasileira em vigor s, resolve: gular no Brasil, pretendendo habilitar-se para conduzir
veículo automotor no Território Nacional, deverá satisfa-
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, oriundo de zer todas as exigências previstas na legislação de trânsito
país estrangeiro e nele habilitado, desde que penalmente brasileira em vigor.
imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional
quando amparado por convenções ou acordos interna- Art. 5º. Quando o condutor habilitado em país es-
cionais, ratificados e aprovados pela República Federativa trangeiro cometer infração de trânsito, cuja penalidade
do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reci- implique na proibição do direito de dirigir, a autoridade
procidade, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, de trânsito competente tomará as seguintes providên-
respeitada a validade da habilitação de origem. cias com base no artigo 42 da Convenção sobre Trânsito
Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo Decreto
§ 1º O prazo a que se refere o caput deste artigo ini- nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981: I - recolher e re-
ciar-seá a partir da data de entrada no âmbito ter- ter o documento de habilitação, até que expire o prazo
ritorial brasileiro. § 2º O órgão máximo Executivo da suspensão do direito de usá-la, ou até que o condu-
de Trânsito da União informará aos demais órgãos tor saia do território nacional, se a saída ocorrer antes de
ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito a expirar o prazo; II - comunicar à autoridade que expediu
que países se aplica o disposto neste artigo. § 3º O ou em cujo nome foi expedido o documento de habili-
condutor de que trata o caput deste artigo deverá tação, a suspensão do direito de usá-la, solicitando que
portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro notifique ao interessado da decisão tomada; III - indicar
do prazo de validade, acompanhada do seu docu- no documento de habilitação, que o mesmo não é válido
mento de identificação. § 4º O condutor estrangei- no território nacional, quando se tratar de documento de
ro, após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de habilitação com validade internacional.
estada regular no Brasil, pretendendo continuar a
dirigir veículo automotor no âmbito territorial bra- Parágrafo único. Quando se tratar de missão diplomá-
sileiro, deverá submeter- se aos Exames de aptidão tica, consular ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis
Física e Mental e Avaliação Psicológica, nos ter- deverão ser tomadas pelo Ministério das Relações Exte-
mos do artigo 147 do CTB, respeitada a sua cate- riores.
goria, com vistas à obtenção da Carteira Nacional
de Habilitação. § 5º Na hipótese de mudança de Art. 6º. O condutor com Habilitação Internacional para
categoria deverá ser obedecido o estabelecido no Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de trânsi-
artigo 146 do Código de Trânsito Brasileiro. § 6º O to cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do
disposto nos parágrafos anteriores não terá caráter direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta,
de obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de juntamente com o documento de habilitação nacional, ou
carreira e àqueles a eles equiparados. pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
ou do Distrito Federal.
Art. 2º. O condutor de veículo automotor, oriundo
de país estrangeiro e nele habilitado, em estada regular, Parágrafo único.  A Carteira Internacional expedida
desde que penalmente imputável no Brasil, detentor de pelo órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado
habilitação não reconhecida pelo Governo brasileiro, po- ou do Distrito Federal não poderá substituir a CNH.
derá dirigir no Território Nacional mediante a troca da sua
habilitação de origem pela equivalente nacional junto ao Art. 7º. Ficam revogadas as Resoluções nº 193/2006
VADE MECUM PRF

órgão ou entidade executiva de trânsito dos Estados ou e nº 345/2010 - CONTRAN e os artigos 29, 30,31 e 32 da
do Distrito Federal e ser aprovado nos Exames de Aptidão Resolução nº 168/2004 e as disposições em contrário.
Física e Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Veicu-
lar, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Carteira Nacional de Habilitação. publicação.

123
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 371/2010 CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 396/2011

Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fisca-
Volume I - Infrações de competência municipal, incluindo as lização da velocidade de veículos automotores, reboques e
concorrentes dos órgãos e entidades estaduais de trânsito, e semirreboques, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.
rodoviários.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 , que instituiu o Có-
9.503, de 23 de setembro de 1997 , que instituiu o Código digo de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº
de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto nº 4.711, de 29 4.711, de 29 de maio de 2003 , que trata da Coordenação
de maio de 2003 , que dispõe sobre a coordenação do Sis- do Sistema Nacional de Trânsito - SNT; e
tema Nacional de Trânsito - SNT, e
Considerando a necessidade de padronização dos pro-
Considerando a necessidade de padronização de pro- cedimentos referente à fiscalização eletrônica da velocida-
cedimentos referentes à fiscalização de trânsito no âmbito de;
de todo território nacional;
Considerando que onde não houver sinalização regula-
Considerando a necessidade da adoção de um manual mentar de velocidade, os limites máximos devem obedecer
destinado à instrumentalização da atuação dos agentes ao disposto no art. 61 do CTB;
das autoridades de trânsito, nas esferas de suas respectivas
Considerando a importância da fiscalização de veloci-
competências;
dade como instrumento para redução de acidentes e de
Considerando os estudos desenvolvidos por Grupo sua gravidade; e
Técnico e por Especialistas da Câmara Temática de Esforço
Considerando o contido no processo nº
Legal do CONTRAN,
80001.020255/2007-01,
Resolve:
Resolve:
Art. 1º Aprovar o Manual Brasileiro de Fiscalização de
Art. 1º A medição das velocidades desenvolvidas pelos
Trânsito - MBFT, Volume I - Infrações de competência mu-
veículos automotores, elétricos, reboques e semirreboques
nicipal, incluindo as concorrentes dos órgãos e entidades
nas vias públicas deve ser efetuada por meio de instrumen-
estaduais de trânsito, e rodoviários, a ser publicado pelo
to ou equipamento que registre ou indique a velocidade
órgão máximo executivo de trânsito da União.
medida, com ou sem dispositivo registrador de imagem
dos seguintes tipos:
Art. 2º Compete ao órgão máximo executivo de trân-
sito da União:
I - Fixo: medidor de velocidade com registro de imagens
instalado em local definido e em caráter permanente;
I - Atualizar o MBFT, em virtude de norma posterior que
implique a necessidade de alteração de seus procedi- II - Estático: medidor de velocidade com registro de
mentos. imagens instalado em veículo parado ou em suporte
apropriado;
II - Estabelecer os campos das informações mínimas
que devem constar no Recibo de Recolhimento de Do- III - Móvel: medidor de velocidade instalado em veículo
cumentos. em movimento, procedendo a medição ao longo da via;
Art. 3º Os órgãos e entidades que compõem o Sistema IV - Portátil: medidor de velocidade direcionado manu-
Nacional de Trânsito deverão adequar seus procedimentos almente para o veículo alvo.
até a data de 31 de dezembro de 2012. (Redação dada ao
VADE MECUM PRF

artigo pela Deliberação CONTRAN nº 120, de 20.12.2011, § 1º Para fins desta Resolução, serão adotadas as se-
DOU 22.12.2011 ) guintes definições:

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua a) medidor de velocidade: instrumento ou equipamen-
publicação. to destinado à medição de velocidade de veículos.

124
b) controlador eletrônico de velocidade: medidor de II - ser aprovado na verificação metrológica pelo INME-
velocidade destinado a fiscalizar o limite máximo re- TRO ou entidade por ele delegada;
gulamentado para a via ou trecho por meio de sina-
lização (placa R-19) ou, na sua ausência, pelos limites III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele
definidos no art. 61 do CTB; delegada, obrigatoriamente com periodicidade máxima
de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme deter-
c) redutor eletrônico de velocidade (barreira ou lomba-
mina a legislação metrológica em vigência.
da eletrônica): medidor de velocidade, do tipo fixo,
com dispositivo registrador de imagem, destinado a
Art. 4º Cabe à autoridade de trânsito com circunscrição
fiscalizar a redução pontual de velocidade em tre-
chos considerados críticos, cujo limite é diferenciado sobre a via determinar a localização, a sinalização, a instala-
do limite máximo regulamentado para a via ou tre- ção e a operação dos medidores de velocidade do tipo fixo.
cho em um ponto específico indicado por meio de
sinalização (placa R-19). § 1º Não é obrigatória a presença da autoridade de
trânsito ou de seu agente, no local da infração,
§ 2º Quando for utilizado redutor eletrônico de veloci- quando utilizado o medidor de velocidade com
dade, o equipamento deverá ser dotado de dispo- dispositivo registrador de imagem que atenda ao
sitivo (display) que mostre aos condutores a velo- disposto nos arts. 2º e 3º.
cidade medida.
§ 2º Para determinar a necessidade da instalação de
Art. 2º O medidor de velocidade dotado de dispositi-
medidor de velocidade do tipo fixo, deve ser reali-
vo registrador de imagem deve permitir a identificação do
veículo e, no mínimo: zado estudo técnico que contemple, no mínimo, as
variáveis do modelo constante no item A do Anexo
I - Registrar: I, que venham a comprovar a necessidade de con-
trole ou redução do limite de velocidade no local,
a) Placa do veículo; garantindo a visibilidade do equipamento.
b) Velocidade medida do veículo em km/h; § 3º Para medir a eficácia dos medidores de velocidade
do tipo fixo ou sempre que ocorrerem alterações
c) Data e hora da infração;
nas variáveis constantes no estudo técnico, deve
d) Contagem volumétrica de tráfego. ser realizado novo estudo técnico que contemple,
no mínimo, o modelo constante no item B do Ane-
II - Conter: xo I, com periodicidade máxima de 12 (doze) me-
ses.
a) Velocidade regulamentada para o local da via em
km/h; § 4º Sempre que os estudos técnicos do modelo cons-
tante no item B do Anexo I constatarem o elevado
b) Local da infração identificado de forma descritiva ou
codificado; índice de acidentes ou não comprovarem sua re-
dução significativa recomenda-se, além da fiscali-
c) Identificação do instrumento ou equipamento utiliza- zação eletrônica, a adoção de outros procedimen-
do, mediante numeração estabelecida pelo órgão ou tos de engenharia no local.
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
§ 5º Caso os estudos de que tratam o § 4º comprovem
d) Data da verificação de que trata o inciso III do art. 3º. a necessidade de remanejamento do equipamen-
to, deverá ser realizado um novo estudo técnico do
Parágrafo único. No caso de medidor de velocidade do
modelo constante no item A do Anexo I.
tipo fixo, a autoridade de trânsito deve dar publicidade à
relação de códigos de que trata a alínea ‘b’ e à numeração
de que trata a alínea ‘c’, ambas do inciso II, podendo, para § 6º Os estudos técnicos referidos nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º
tanto, utilizar-se de seu sítio na Internet. devem:

I - estar disponíveis ao público na sede do órgão ou


VADE MECUM PRF

Art. 3º O medidor de velocidade de veículos deve ob-


servar os seguintes requisitos: entidade de trânsito com circunscrição sobre a via;

I - ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de II - ser encaminhados às Juntas Administrativas de Re-
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, aten- cursos de Infrações - JARI dos respectivos órgãos ou
dendo à legislação metrológica em vigor e aos requisi- entidades.
tos estabelecidos nesta Resolução;

125
III - ser encaminhados ao órgão máximo executivo de Volume 1, de forma a garantir a segurança viária e informar
trânsito da União e aos Conselhos Estaduais de Trânsito aos condutores dos veículos a velocidade máxima permiti-
- CETRAN ou ao Conselho de Trânsito do Distrito Fede- da para o local.
ral - CONTRADIFE, quando por eles solicitados.
§ 1º A fiscalização de velocidade com medidor do tipo
§ 7º Quando em determinado trecho da via houver móvel só pode ocorrer em vias rurais e vias urba-
instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os nas de trânsito rápido sinalizadas com a placa R-19
equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel, conforme legislação em vigor e onde não ocorra
somente poderão ser utilizados a uma distância variação de velocidade em trechos menores que 5
mínima daquele equipamento de: (cinco) km.

I - quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias § 2º No caso de fiscalização de velocidade com medi-
rurais com características de via urbana; dor dos tipos portátil e móvel sem registrador de
imagens, o agente de trânsito deverá consignar no
II - dois quilômetros em vias rurais e vias de trânsito
campo ‹observações› do auto de infração a infor-
rápido.
mação do local de instalação da placa R-19, exceto
Art. 5º A notificação da autuação/penalidade deve na situação prevista no art. 7º.
conter, além do disposto no CTB e na legislação comple-
§ 3º Para a fiscalização de velocidade com medidor dos
mentar, expressas em km/h:
tipos fixo, estático ou portátil deve ser observa-
I - a velocidade medida pelo instrumento ou equipa- da, entre a placa R-19 e o medidor, uma distância
mento medidor de velocidade; compreendida no intervalo estabelecido na tabela
constante do Anexo IV, facultada a repetição da
II - a velocidade considerada para efeito da aplicação placa em distâncias menores.
da penalidade; e
§ 4º Para a fiscalização de velocidade em local/trecho
III - a velocidade regulamentada para a via. sinalizado com placa R-19, em vias em que ocorra
o acesso de veículos por outra via pública que im-
§ 1º Para configuração das infrações previstas no art. possibilite, no trecho compreendido entre o acesso
218 do CTB, a velocidade considerada para efei- e o medidor, o cumprimento do disposto no caput,
to da aplicação da penalidade será o resultado da deve ser acrescida, nesse trecho, outra placa R-19,
subtração da velocidade medida pelo instrumento assegurando ao condutor o conhecimento acerca
ou equipamento pelo erro máximo admitido pre- do limite de velocidade fiscalizado.
visto na legislação metrológica em vigor, conforme
tabela de valores referenciais de velocidade e tabe- § 5º Em locais/trechos onde houver a necessidade de
la para enquadramento infracional constantes do redução de velocidade pontual e temporária por
Anexo II. obras ou eventos, desde que devidamente sinali-
zados com placa R-19, respeitadas as distâncias
§ 2º Para configuração da infração prevista no art. 219
constantes do Anexo IV, poderão ser utilizados me-
do CTB, a velocidade considerada para efeito da
aplicação da penalidade será o resultado da soma didores de velocidade do tipo portátil ou estático.
da velocidade medida pelo instrumento ou equi-
§ 6º Para cumprimento do disposto no § 5º, o agente
pamento com o erro máximo admitido previsto na
de trânsito deverá produzir relatório descritivo da
legislação metrológica em vigor, conforme tabela
de valores referenciais de velocidade constante do obra ou evento com a indicação da sinalização uti-
Anexo III. lizada, o qual deverá ser arquivado junto ao órgão
de trânsito responsável pela fiscalização, à disposi-
§ 3º A informação de que trata o inciso III, no caso da ção das JARI, CETRAN, CONTRADIFE e CONTRAN.
infração prevista no art. 219 do CTB, é a velocidade
mínima que o veículo pode transitar na via (cin- § 7º É vedada a utilização de placa R-19 que não seja
quenta por cento da velocidade máxima estabele- fixa, exceto nos casos previstos nos §§ 5º e 6º.
VADE MECUM PRF

cida).
Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde não
Art. 6º A fiscalização de velocidade deve ocorrer em houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização com
vias com sinalização de regulamentação de velocidade medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou por-
máxima permitida (placa R-19), observadas as disposições tátil, desde que observados os limites de velocidade esta-
contidas no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - belecidos no § 1º do art. 61 do CTB.

126
§ 1º Ocorrendo a fiscalização na forma prevista no Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
caput, quando utilizado o medidor do tipo portátil publicação.
ou móvel, a ausência da sinalização deverá ser in-
formada no campo ‹observações› do auto de infra-
ção. ANEXO I ANEXO II

§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, a opera- Tabela de valores referenciais de velocidade para infra-
ção do equipamento deverá estar visível aos con- ções do art. 218 do CTB
dutores.
Observações:
Art. 8º Quando o local ou trecho da via possuir velo-
cidade máxima permitida por tipo de veículo, a placa R-19 1. VM - VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC - VELOCIDA-
deverá estar acompanhada da informação complementar, DE CONSIDERADA
na forma do Anexo V.
(Km/h)
§ 1º Para fins de cumprimento do estabelecido no
caput, os tipos de veículos registrados e licencia- 2. Para velocidades medidas superiores aos indicados
dos devem estar classificados conforme as duas
na tabela, considerar o erro máximo admissível de
denominações descritas a seguir:
7%, com arredondamento matemático para se calcu-
I - ‘VEÍCULOS LEVES’ correspondendo a ciclomotor, mo- lar a velocidade considerada.
toneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, uti-
litário, caminhonete e camioneta, com peso bruto total 3. Para enquadramento infracional, deverá ser observa-
- PBT inferior ou igual a 3.500 kg. da a tabela abaixo:

II - ‘VEÍCULOS PESADOS’ correspondendo a ônibus, mi- Tabela para enquadramento infracional


cro-ônibus, caminhão, caminhãotrator, trator de rodas,
trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque
ou semirreboque e suas combinações. ANEXO III

§ 2º ‹ VEÍCULO LEVE› tracionando outro veículo equipara- Tabela de valores referenciais de velocidade para infra-
-se a ‹VEÍCULO PESADO› para fins de fiscalização. ção do art. 219 do CTB

Art. 9º São exemplos de sinalização vertical para aten- Observação:


dimento do art. 8º, as placas constantes do Anexo V.
1. VM - VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC - VELOCIDA-
Parágrafo único. Poderá ser utilizada sinalização hori- DE CONSIDERADA (Km/h)
zontal complementar reforçando a sinalização vertical.
ANEXO IV ANEXO V
Art. 10. Os órgãos e entidades de trânsito com circuns-
crição sobre a via têm o prazo de 180 (cento e oitenta) EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ESPECÍFICA
dias, a partir da data de publicação desta Resolução, para PARA LIMITE DE VELOCIDADE MÁXIMA POR TIPO DE VEÍ-
adequar seus procedimentos às disposições contidas no § CULO NO MESMO TRECHO DA VIA
3º do art. 1º e no § 6º do art. 4º.
Observações:
Parágrafo único. As exigências contidas na alínea ‘d’ do
inciso I e alínea ‘d’ do inciso II do art. 2º aplicam-se aos 1. As placas ilustradas são exemplos para atendimento
equipamentos novos implantados a partir de 1º de janeiro ao disposto nesta Resolução, podendo ser estabe-
de 2013. lecidos outros limites de velocidades, devidamente
justificados por estudos técnicos.
Art. 11. As disposições desta Resolução não se aplicam
à fiscalização das condutas tipificadas como infração no 2. A diagramação das placas deve seguir o disposto
VADE MECUM PRF

art. 220 do CTB. no Volume I - Sinalização Vertical de Regulamenta-


ção do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
Art. 12. Ficam revogados o art. 3º e o Anexo II da Re-
aprovado pela Resolução CONTRAN nº 180/2005.
solução CONTRAN nº 202/2006 e as Resoluções CONTRAN
nºs 146/2003 , 214/2006 e 340/2010 .

127
III - teste em aparelho destinado à medição do teor alco-
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 432/2013 ólico no ar alveolar (etilômetro);

Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas IV - verificação dos sinais que indiquem a alteração da
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do capacidade psicomotora do condutor.
consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que
determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também
165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem,
1997 - Código de Trânsito Brasileiro (CTB). vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito
admitido.
O Conselho Nacional de Trânsito, no uso das atribui-
ções que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de § 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar
23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito a utilização do teste com etilômetro.
Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Siste- § 3º Se o condutor apresentar sinais de alteração da ca-
ma Nacional de Trânsito. pacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja
comprovação dessa situação por meio do teste de
Considerando a nova redação dos art. 165, 276, 277 e
302, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada pela etilômetro e houver encaminhamento do condutor
Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012; para a realização do exame de sangue ou exame
clínico, não será necessário aguardar o resultado
Considerando o estudo da Associação Brasileira de desses exames para fins de autuação administrativa.
Medicina de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos
médicos para fiscalização do consumo de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência DO TESTE DE ETILÔMETRO
pelos condutores; e
Art. 4º. O etilômetro deve atender aos seguintes requi-
Considerando o disposto nos processos nºs sitos:
80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e
80000.000042/2013-11; I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;

Resolve: II - ser aprovado na verificação metrológica inicial,


eventual, em serviço e anual realizadas pelo Instituto
Art. 1º. Definir os procedimentos a serem adotados pe-
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - IN-
las autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização
METRO ou por órgão da Rede Brasileira de Metrologia
do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa
que determine dependência, para aplicação do disposto Legal e Qualidade - RBMLQ;
nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de se-
tembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição
realizada) deverá ser descontada margem de tolerância,
Art. 2º. A fiscalização do consumo, pelos condutores que será o erro máximo admissível, conforme legislação
de veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de ou- metrológica, de acordo com a “Tabela de Valores Referen-
tras substâncias psicoativas que determinem dependência ciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
deve ser procedimento operacional rotineiro dos órgãos
de trânsito.
DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICO-
Art. 3º. A confirmação da alteração da capacidade psi- MOTORA
comotora em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência dar-se-á Art. 5º. Os sinais de alteração da capacidade psicomo-
por meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos tora poderão ser verificados por:
a serem realizados no condutor de veículo automotor:
I - exame clínico com laudo conclusivo e firmado por
I - exame de sangue;
VADE MECUM PRF

médico perito; ou
II - exames realizados por laboratórios especializados,
II - constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito,
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito compe-
tente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo dos sinais de alteração da capacidade psicomotora nos
de outras substâncias psicoativas que determinem de- termos do Anexo II.
pendência;

128
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psi- IV - sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
comotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, tido na forma do art. 5º.
deverá ser considerado não somente um sinal, mas
um conjunto de sinais que comprovem a situação § 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não
do condutor. elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB.

§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora § 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o
de que trata o inciso II deverão ser descritos no condutor e testemunhas, se houver, serão encami-
auto de infração ou em termo específico que con- nhados à Polícia Judiciária, devendo ser acompa-
tenha as informações mínimas indicadas no Anexo nhados dos elementos probatórios.
II, o qual deverá acompanhar o auto de infração.

DO AUTO DE INFRAÇÃO
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 8º. Além das exigências estabelecidas em regula-
Art. 6º. A infração prevista no art. 165 do CTB será ca- mentação específica, o auto de infração lavrado em de-
racterizada por: corrência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá
conter:
I - exame de sangue que apresente qualquer concentra-
ção de álcool por litro de sangue; I - no caso de encaminhamento do condutor para exa-
me de sangue, exame clínico ou exame em laboratório
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou especializado, a referência a esse procedimento;
superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveo-
lar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo ad- II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capaci-
dade psicomotora de que trata o Anexo II ou a referên-
missível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais
cia ao preenchimento do termo específico de que trata
para Etilômetro” constante no Anexo I;
o § 2º do art. 5º;
III - sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
III - no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e
tidos na forma do art. 5º.
nº de série do aparelho, nº do teste, a medição realiza-
da, o valor considerado e o limite regulamentado em
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e me-
mg/L;
didas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao con-
dutor que recusar a se submeter a qualquer um dos pro- IV - conforme o caso, a identificação da (s) testemunha
cedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência (s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de prova com-
do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apre- plementar, se houve recusa do condutor, entre outras
sente os sinais de alteração da capacidade psicomotora. informações disponíveis.

§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames


DO CRIME de que trata o inciso I deverão ser anexados ao
auto de infração.
Art. 7º. O crime previsto no art. 306 do CTB será caracte-
rizado por qualquer um dos procedimentos abaixo: § 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchi-
mento do campo «Valor Considerado» do auto de
I - exame de sangue que apresente resultado igual ou infração, deve-se observar as margens de erro ad-
superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de san- missíveis, nos termos da «Tabela de Valores Refe-
gue (6 dg/L); renciais para Etilômetro» constante no Anexo I.

II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou


superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveo- DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
lar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo ad-
missível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais Art. 9º. O veículo será retido até a apresentação de con-
para Etilômetro” constante no Anexo I; dutor habilitado, que também será submetido à fiscaliza-
VADE MECUM PRF

ção.
III - exames realizados por laboratórios especializados,
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito compe- Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habi-
tente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo litado ou o agente verifique que ele não está em condições
de outras substâncias psicoativas que determinem de- de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão
pendência; ou entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo.

129
Art. 10º. O documento de habilitação será recolhido c) Endereço, sempre que possível.
pelo agente, mediante recibo, e ficará sob custódia do ór-
gão ou entidade de trânsito responsável pela autuação até III - Dados do veículo:
que o condutor comprove que não está com a capacidade
psicomotora alterada, nos termos desta Resolução. a) Placa/UF;

§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou en- b) Marca;


tidade de trânsito responsável pela autuação no
prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimento IV - Dados da abordagem:
da infração, o documento será encaminhado ao
a) Data;
órgão executivo de trânsito responsável pelo seu
registro, onde o condutor deverá buscar seu docu- b) Hora;
mento.
c) Local;
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no
recibo de recolhimento do documento de habilita- d) Número do auto de infração.
ção.
V - Relato do condutor:

DISPOSIÇÕES GERAIS a) Envolveu-se em acidente de trânsito;

Art. 11º. É obrigatória a realização do exame de alcoole- b) Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou não (Em
mia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito. caso positivo, quando);

Art. 12º. Ficam convalidados os atos praticados na c) Declara ter feito uso de substância psicoativa que
vigência da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de de- determine dependência, sim ou não (Em caso positi-
zembro de 2012, com o reconhecimento da margem de vo, quando);
tolerância de que trata o art. 1º da Deliberação CONTRAN
referida no caput (0,10 mg/L) como limite regulamentar. VI - Sinais observados pelo agente fiscalizador:

Art. 13º. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº a) Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
109, de 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de ou-
tubro de 2006, e a Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de i. Sonolência;
dezembro de 2012.
ii. Olhos vermelhos;
 Art. 14º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. iii. Vômito;

iv. Soluços;
ANEXO II
v. Desordem nas vestes;
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMO-
TORA vi. Odor de álcool no hálito.

Informações mínimas que deverão constar no termo b) Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
mencionado no artigo 6º desta Resolução, para consta-
i. Agressividade;
tação dos sinais de alteração da capacidade psicomotora
pelo agente da Autoridade de Trânsito:
ii. Arrogância;
I - Identificação do órgão ou entidade de trânsito fis-
iii. Exaltação;
calizador;
iv. Ironia;
VADE MECUM PRF

II - Dados do condutor:
v. Falante;
a) Nome;
vi. Dispersão.
b) Número do Prontuário da CNH e/ou do documento
de identificação; c) Quanto à orientação, se o condutor:

130
i. sabe onde está; Considerando que o caput do art. 102 do Código de
Trânsito Brasileiro exige que o veículo esteja devidamente
ii. sabe a data e a hora. equipado para evitar o derramamento de carga sobre a via;

d) Quanto à memória, se o condutor: Considerando que o parágrafo único do art. 102 do Có-
digo de Trânsito Brasileiro dá poderes ao CONTRAN para
i. sabe seu endereço; fixar os requisitos mínimos e a forma de proteção das car-
gas, de acordo com sua natureza;
ii. lembra dos atos cometidos;
Considerando o surgimento de tecnologias de aciona-
e) Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor
mento mecânico de lonas;
apresenta:

i. Dificuldade no equilíbrio; Considerando o conteúdo dos Processos nº


80000.011729/2011-10 e nº 80000.009764/2012-41,
ii. Fala alterada;
Resolve:
VII - Afirmação expressa, pelo agente fiscalizador:
Art. 1º. O transporte de qualquer tipo de sólido a
a) De acordo com as características acima descritas, cons- granel em vias abertas à circulação pública, em veículos de
tatei que o condutor acima qualificado, está ( ) sob influ- carroçarias abertas, somente será permitido nos seguintes
ência de álcool ( ) sob influência de substância psicoativa. casos:

b) O condutor ( ) se recusou ( ) não se recusou a realizar I - veículos com carroçarias de guardas laterais fecha-
os testes, exames ou perícia que permitiriam certifi- das;
car o seu estado quanto à alteração da capacidade
psicomotora. II - veículos com carroçarias de guardas laterais dota-
das de telas metálicas com malhas de dimensões que
VIII - Quando houver testemunha (s), a identificação: impeçam o derramamento de fragmentos do material
transportado.
a) nome;
§ 1º As cargas transportadas deverão estar totalmente
b) documento de identificação; cobertas por lonas ou dispositivos similares, que
deverão cumprir os seguintes requisitos:
c) endereço;
I - possibilidade de acionamento manual, mecânico ou
d) assinatura.
automático;
IX - Dados do Policial ou do Agente da Autoridade de
II - estar devidamente ancorados à carroçaria do veí-
Trânsito:
culo;
a) Nome;
III - cobrir totalmente a carga transportada de forma
b) Matrícula; eficaz e segura;

c) Assinatura. IV - estar em bom estado de conservação, de forma a


evitar o derramamento da carga transportada.
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 441/2013 § 2º A lona ou dispositivo similar não poderá prejudicar
a eficiência dos demais equipamentos obrigató-
Dispõe sobre o transporte de cargas de sólidos a granel rios.
nas vias abertas à circulação pública em todo o território
nacional. § 3º Para fins desta Resolução entende-se como «sólido
a granel» qualquer carga sólida fracionada, frag-
VADE MECUM PRF

O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando mentada ou em grãos, transformada ou in natura,


da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº transportada diretamente na carroceria do veículo
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código sem estar acondicionada em embalagem. (Pará-
de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, grafo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº
de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Siste- 499 DE 28/08/2014).
ma Nacional de Trânsito - SNT;

131
§ 4º A carga transportada não poderá exceder os limites
da carroceria do veículo. (Parágrafo acrescentado CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 453/2013
pela Resolução CONTRAN Nº 499 DE 28/08/2014).
Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro
§ 5º As disposições deste artigo não se aplicam ao de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motoriza-
transporte de cargas que tenham regulamentação dos e quadriciclos motorizados.
específica. (Parágrafo acrescentado pela Resolução
CONTRAN Nº 499 DE 28/08/2014). O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso
da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei 9.503, de
Art. 1º A. Para os veículos utilizados no transporte de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
cana-de-açúcar, o uso de lona, cordas ou dispositivo simi- Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio
lar de que trata o § 1º do art. 1º será exigido a partir do de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Na-
dia 1º de junho de 2017.(Redação dada pela Resolução cional de Trânsito,
CONTRAN Nº 664 DE 18/05/2017).
Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e
(Artigo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 55 e os incisos I e II do artigo 244 do Código de Transito
664 DE 18/05/2017): Brasileiro,

Art. 1º-B. A utilização de cordas, prevista no art. 1-A, Considerando o inteiro teor do processo nº
80000.028782/2013-11,
fica restrita a cana-de-açúcar inteira, medindo entre 1,50
e 3,00m. Resolve:
Parágrafo único. As cordas deverão ter distância má- Art. 1º É obrigatório, para circular na vias publicas, o
xima entre elas de 1,50m, impedindo o derramamento da uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro
carga na via. de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado
e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por
Nº 499 DE 28/08/2014): debaixo do maxilar inferior.

Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Resolução § 1º O capacete motociclístico deve estar certificado
sujeitará o infrator, conforme o caso, simultaneamente ou por organismo acreditado pelo Instituto Nacional
não, às seguintes sanções: de Metrologia, Normalização, Qualidade e Tecno-
logia (INMETRO), de acordo com regulamento de
I - em desacordo com os incisos e §§ 1º e 2º do art. 1º: avaliação da conformidade por ele aprovado. (Re-
art. 230, inciso IX ou X, do CTB, conforme o caso; dação do parágrafo dada pela Resolução CON-
TRAN Nº 680 DE 25/07/2017).
II - com a carga ultrapassando os limites da carroceria,
mas sem ultrapassar os limites de dimensões estabele- § 2º Capacetes com numeração superior a 64 estão
cidos pela Resolução CONTRAN nº 210/2006, ou suce- dispensados da certificação compulsória quando
dâneas: art. 235 do CTB; adquiridos por pessoa física no exterior. (Parágrafo
acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 680 DE
III - com a carga ultrapassando simultaneamente os li- 25/07/2017).
mites da carroceria e um ou mais limites de dimensões
estabelecidos pela Resolução CONTRAN nº 210/2006, Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Reso-
ou sucedâneas: art. 231, inciso IV, do CTB; lução, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem
observar:
IV - derramando carga sobre a via: art. 231, inciso II, do
CTB. I - Se o capacete motociclístico utilizado é certificado
pelo INMETRO;
Art. 3º. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
II - Se o capacete motociclístico está devidamente afi-
VADE MECUM PRF

732/1989.
xado à cabeça;
Art. 4º. Esta Resolução entrará em vigor 30 (trinta) dias
III - A aposição de dispositivo retrorrefletivo de segu-
após a data de sua publicação. rança nas partes laterais e traseira do capacete motoci-
clístico, conforme especificado no item I do Anexo;

132
IV - A existência do selo de identificação da conformi- I - com o capacete fora das especificações contidas no
dade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomar- art. 2º, exceto inciso II, combinado com o Anexo: Art.
ca do INMETRO, especificada na norma NBR7471, po- 230, inciso X, do CTB;
dendo esta ser afixada no sistema de retenção;
II - utilizando viseira ou óculos de proteção em descum-
V - O estado geral do capacete, buscando avarias ou primento ao disposto no art. 3º ou utilizando capacete
danos que identifiquem a sua inadequação para o uso; não afixado na cabeça conforme art. 1º: Art. 169 do CTB;

Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III e III - não uso de capacete motociclístico, capacete não
IV deste artigo aplicam-se aos capacetes fabricados a partir encaixado na cabeça ou uso de capacete indevido, con-
forme Anexo: incisos I ou II do art. 244 do CTB, confor-
de 1º de agosto de 2007.
me o caso.
Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, mo-
Art. 5º As especificações dos capacetes motociclísticos,
toneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo moto-
viseiras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no
rizado, para circular na via pública, deverão utilizar capace-
Anexo desta Resolução.
te com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção,
em boas condições de uso. Art. 6º O Anexo desta Resolução encontram-se dispo-
níveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br.
§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que
permite ao usuário a utilização simultânea de ócu- Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
los corretivos ou de sol. publicação.

§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corre- Art. 8º Ficam revogadas a Resoluções CONTRAN nº
tivos ou de segurança do trabalho (EPI) de forma 203, de 29 de setembro de 2006, nº 257, de 30 de novem-
singular, em substituição aos óculos de proteção. bro de 2007, e nº 270, de 15 de fevereiro de 2008.

§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 471/2013


ou óculos de proteção deverão estar posicionados
de forma a dar proteção total aos olhos, observa-
dos os seguintes critérios: Regulamenta a fiscalização de trânsito por intermédio
de videomonitoramento em estradas e rodovias, nos ter-
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, indepen- mos do § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro.
dentemente do motivo, a viseira poderá ser totalmente
levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
posição frontal aos olhos quando o veículo for coloca- no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei nº
do em movimento; 9.507, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto nº 4.711, de 29 de
II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma pos- maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
sibilite a proteção total frontal aos olhos, consideran- Nacional de Trânsito;
do-se um plano horizontal, permitindo-se, no caso dos
capacetes com queixeira, pequena abertura de forma a considerando o disposto no § 2º do artigo 280 do Códi-
garantir a circulação de ar; go de Trânsito Brasileiro;

III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira, considerando que os sistemas de videomonitoramento
conforme inciso II, a queixeira deverá estar totalmente empregados para policiar vias públicas e operar o trânsito
abaixada e travada. podem se converter em importantes ferramentas para a
fiscalização do trânsito;
§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira
no padrão cristal. considerando a necessidade de intensificar a fiscaliza-
ção nas vias públicas para inibir a prática de condutas in-
VADE MECUM PRF

§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do ca- fratoras que não raras vezes ceifam vidas em acidentes de
pacete e nos óculos de proteção. trânsito;

Art. 4º Dirigir ou conduzir passageiro em descumpri- considerando o contido no Processo nº


mento às disposições contidas nesta Resolução implicará 80000.016352/2013-49, resolve:
nas sanções previstas no CTB, conforme abaixo:

133
Art. 1º - Regulamentar a utilização de sistemas de vi- § 2º Em trajeto que utilize mais de uma via com au-
deomonitoramento para fiscalização de trânsito em estra- toridades de trânsito com circunscrição diversa, a
das e rodovias, nos termos do § 2º do artigo 280 do Código autorização deve ser concedida por cada uma das
de Trânsito Brasileiro. autoridades para o respectivo trecho a ser utiliza-
do.
Art. 2º - A autoridade ou o agente da autoridade de
trânsito, exercendo a fiscalização remota por meio de siste- Art. 2º A circulação de que trata o artigo 1º só pode-
mas de videomonitoramento, poderão autuar condutores rá ser autorizada entre localidades de origem e destino
e veículos, cujas infrações por descumprimento das normas que estiverem situadas em um mesmo município ou entre
gerais de circulação e conduta tenham sido detectadas on- municípios limítrofes, quando não houver linha regular de
line por esses sistemas. ônibus.

Parágrafo único - A autoridade ou o agente da auto- Art. 3º Os veículos a serem utilizados no transporte de
ridade de trânsito, responsável pela lavratura do auto de que trata esta Resolução devem ser adaptados, no mínimo,
infração, deverá informar no campo “observação” a forma com:
com que foi constatado o cometimento da infração.
I - bancos, na quantidade suficiente para todos os pas-
Art. 3º - A fiscalização de trânsito mediante sistema sageiros, revestidos de espuma, com encosto e cinto de
de videomonitoramento somente poderá ser realizada nas segurança, fixados na estrutura da carroceria;
vias que estejam devidamente sinalizadas para esse fim.
II - carroceria com cobertura, barra de apoio para as
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua mãos, proteção lateral rígida, com dois metros e dez
publicação. centímetros de altura livre, de material de boa qualida-
de e resistência estrutural, que evite o esmagamento
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 508/2014 e a projeção de pessoas em caso de acidente com o
veículo;

Dispõe sobre os requisitos de segurança para a circula- III - escada para acesso, com corrimão;
ção, a título precário, de veículo de carga ou misto transpor-
tando passageiros no compartimento de cargas. IV - cabine e carroceria com ventilação, garantida a co-
municação entre motorista e passageiros;
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº V - compartimento resistente e fixo para a guarda das
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código ferramentas e materiais, separado dos passageiros, no
de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, caso de transporte de trabalhadores;
de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Siste-
ma Nacional de Trânsito, VI - sinalização luminosa, na forma do inciso VIII do arti-
go 29 do CTB e da Resolução nº 268, de 15 de fevereiro
Resolve: de 2008, no caso de transporte de pessoas vinculadas à
prestação de serviço em obras na via.
Considerando o disposto no art. 108, da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Nota LegisWeb: Ver Resolução CONTRAN Nº 656 DE
Brasileiro - CTB 10/01/2017, que suspende a expedição do Certificado
de Segurança Veicular (CSV) de que trata o parágrafo
Considerando o que consta do Processo Administrativo único do art. 3º da Resolução CONTRAN nº 508, de 27
nº 80001.003050/2006-71; de novembro de 2014, que dispõe sobre os requisitos
de segurança para a circulação, a título precário, de veí-
Resolve: culo de carga ou misto transportando passageiros no
compartimento de cargas, até que o novo Sistema de
Art. 1º A autoridade com circunscrição sobre a via po- Emissões e Controle de Certificado de Segurança Veicu-
derá autorizar, eventualmente e a título precário, a circula- lar (SISCSV) seja implantado.
ção de veículo de carga ou misto transportando passagei-
VADE MECUM PRF

ros no compartimento de cargas, desde que sejam cumpri- Parágrafo único. Os veículos referidos neste artigo só
dos os requisitos estabelecidos nesta Resolução. poderão ser utilizados após expedição do Certificado de
Segurança Veicular - CSV, expedido por Instituição Técnica
§ 1º A autorização será expedida pelo órgão com circuns- Licenciada - ITL, e vistoria da autoridade competente para
crição sobre a via não podendo ultrapassar o prazo conceder a autorização de trânsito.
previsto no parágrafo único do Art. 108 do CTB.

134
Art. 4º Satisfeitos os requisitos enumerados no III - na categoria D e ter o curso especializado para o
artigo anterior, a autoridade com circunscrição so- transporte coletivo de passageiros, se o transporte for
bre a via, declarando a não existência de linha regular realizado em veículo cuja lotação exceda a oito lugares,
de ônibus, estabelecerá no documento de autorização os excluído o do condutor;
seguintes elementos técnicos:
Parágrafo único. Para determinação da lotação de que
I - identificação do órgão de trânsito e da autoridade; tratam os incisos deste artigo deverá ser considerada, além
da lotação do compartimento de passageiros, a lotação do
II - marca, modelo, espécie, ano de fabricação, placa e compartimento de carga após a adaptação.
UF do veículo;
Art. 7º As autoridades com circunscrição sobre as vias a
III - identificação do proprietário do veículo; serem utilizadas no percurso pretendido são competentes
para autorizar, permitir e fiscalizar esse transporte por meio
IV - o número de passageiros (lotação a ser transpor- de seus órgãos próprios.
tado;
Art. 8º Pela inobservância ao disposto nesta Resolução,
V - o local de origem e de destino do transporte; fica o proprietário ou o condutor do veículo, nos termos
do artigo 257 do CTB, independentemente das demais pe-
VI - o itinerário a ser percorrido; e nalidades previstas e outras legislações, sujeitos às pena-
lidades e medidas administrativas previstas nos seguintes
VII - o prazo de validade da autorização. artigos:
§ 1º O número máximo de pessoas admitidas no trans- I - art. 230, inciso II, do CTB:
porte será calculado na base de 35dm2 (trinta e
cinco decímetros quadrados) do espaço útil da a) transporte de passageiro em compartimento de car-
carroceria por pessoa, incluindo-se o encarregado ga sem autorização ou com a autorização vencida;
da cobrança de passagem e atendimento aos pas-
sageiros. b) inobservância do itinerário;

§ 2º A autorização de que trata este artigo é de porte c) se o veículo não estiver devidamente adaptado na
obrigatório. forma estabelecida no artigo 3º desta Resolução;

Art. 5º Além das exigências estabelecidas nos demais d) utilização dos veículos previstos nos incisos V e VI do
artigos desta Resolução, para o transporte de passageiros art. 5º; transportar passageiros em pé.
em veículos de carga ou misto, é vedado:
II - art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o número
I - transportar passageiros com idade inferior a 10 anos; de passageiros autorizado pela autoridade competente;

II - transportar passageiros em pé; III - art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) transportado
no compartimento de carga for menor de 10 (dez) anos;
III - transportar cargas no mesmo ambiente dos passa- e
geiros;
IV - art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor possuir ha-
IV - utilizar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro; bilitação de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo, conforme art. 6º;
V - utilizar combinação de veículos.
V - artigo 232 do CTB, combinado com o artigo 2º da
VI - transportar passageiros nas partes externas. Resolução nº 205, de 20 de outubro de 2006, se o con-
dutor não possuir o curso especializado para o trans-
Art. 6º Para a circulação de veículos de que trata o arti- porte coletivo de passageiros, conforme inciso II do art.
go 1º, o condutor deve estar habilitado: 6º, e se não portar a autorização de trânsito.
I - na categoria B, se o transporte for realizado em veí- VI - artigo 235 do CTB, por transportar passageiros, ani-
culo cujo peso bruto total não exceda a três mil e qui- mais ou cargas nas partes externas dos veículos.
VADE MECUM PRF

nhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito


lugares, excluído o do condutor; Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
II - na categoria C, se o transporte for realizado em veí-
culo cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhen- Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº
tos quilogramas; 82/1998.

135
c) a identificação e características do(s) veículo(s);
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 520/2015
d) o peso e dimensões autorizadas;
Dispõe sobre os requisitos mínimos para a circulação de
e) o prazo de validade;
veículos com dimensões excedentes aos limites estabelecidos
pelo CONTRAN. f) o percurso;
Nota LegisWeb: Ver Resolução CONTRAN Nº 610 DE g) a identificação em se tratando de carga indivisível.
24/05/2016, que altera os Anexos I, II, III e IV e acres-
centa o anexo V. Art. 4º A autoridade concedente da AET poderá exigir
a indicação de um engenheiro como responsável técni-
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da co, quando as dimensões da carga assim o exigirem, bem
competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº como medidas preventivas de segurança a serem adotadas
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código pelo proprietário para a circulação do veículo no percurso
de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto autorizado, incluindo escolta especializada, conforme a re-
nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação gulamentação de cada órgão.
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Art. 5º A AET não exime o condutor e/ou proprietário
Considerando o disposto nos artigos 99, 101, 231 in- da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou
cisos IV, V, VI, VII e X, 237 e 327 do Código de Trânsito a combinação de veículos causar à via ou a terceiros, con-
Brasileiro (CTB) e no artigo 30 da Convenção sobre Trânsito forme prevê o § 2º do art. 101 do CTB.
Viário, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de de-
zembro de 1981, da qual o Brasil é signatário; (Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN
Nº 610 DE 24/05/2016):
Considerando que os veículos com dimensões exce-
dentes aos limites fixados pelo CONTRAN para circularem Art. 6º O veículo, cujas dimensões excedam os limites
em via pública devem possuir sinalização especial de ad- fixados pelo CONTRAN, deverá portar na parte traseira a
vertência; sinalização especial de advertência prevista nos Anexos
desta Resolução.
Considerando o que consta nos Processos nº
80000.040940/2013-01 e nº 80000.007235/2014-75; Parágrafo único. A sinalização deverá estar em condi-
ções de visibilidade e leitura, não sendo permitida a inser-
Resolve: ção de quaisquer outras informações além das previstas
nesta Resolução.”
Art. 1º Esta Resolução estabelece os requisitos mínimos
para a circulação de veículo com suas dimensões ou de sua Art. 7º Excepcionalmente, os caminhões, reboques e
carga superiores aos limites estabelecidos pelo CONTRAN. semirreboques equipados com rampa de acesso poderão
portar na parte traseira sinalização especial de advertência
Art. 2º A circulação de veículo com suas dimensões ou
seccionada ao meio (bipartida) constante do Anexo IV des-
de sua carga superiores aos limites estabelecidos pela Re-
ta Resolução.
solução CONTRAN nº 210, de 13 de novembro de 2006,
ou suas sucedâneas, poderá ser permitida, mediante Au- § 1º Os veículos de que trata o caput que estiverem com
torização Especial de Trânsito (AET) da autoridade com a placa seccionada em desacordo com o Anexo IV
circunscrição sobre a via pública, atendidos os requisitos terão prazo de 90 (noventa) dias, contados da data
desta Resolução. de publicação desta Resolução, para adequação.
Parágrafo único. É obrigatório o porte da AET para os § 2º Quando a sinalização estiver em posição normal,
veículos referidos no caput. a secção não poderá prejudicar a legibilidade das
informações.
Art. 3º A AET, fornecida pelo Órgão Executivo Rodoviá-
rio da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Fe- Art. 8º A sinalização e demais requisitos relativos às
deral com circunscrição sobre a via, terá validade máxima
VADE MECUM PRF

Combinações de Veículos de Carga (CVC), Combinações de


de 1 (um) ano e conterá, no mínimo: Transporte de Veículos (CTV) e as Combinações de Trans-
porte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) devem ob-
a) a identificação do órgão emissor;
servar o previsto nas Resoluções CONTRAN nº 211, de 13
de novembro de 2006, e nº 305, de 06 de março de 2009,
b) o número de identificação;
ou suas sucedâneas.

136
Parágrafo único. Para os veículos furgão carga geral, i) Art. 237: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estiverem
furgão frigorífico, sider, basculante ou outros veículos com com suas dimensões superiores aos limites estabele-
sistema de portas traseiras e comprimento excedente, cidos legalmente e a sinalização especial de adver-
pode ser aplicado a sinalização de comprimento excedente tência não tiver sido instalada ou não atender aos re-
bipartida conforme Anexo IV, sendo que o espaçamento quisitos previstos nos artigos 6º e 7º e anexos desta
entre as placas pode ser igual à largura da moldura das Resolução.
portas, sem que comprometa ou altere as dimensões esta-
Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 603, de
belecidas para a sinalização, conforme Anexo V. (Parágra-
23 de novembro de 1982.
fo acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 610 DE
24/05/2016). Art. 11. Os Anexos desta Resolução estão disponíveis no
sítio www.denatran.gov.br.
Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolu-
ção implicará na aplicação das sanções previstas no CTB: Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
a) Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou carga
estiverem com dimensões superiores aos limites es-
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 525/2015
tabelecidos legalmente e existir restrição de tráfego
referente ao local e/ou horário imposta pelo órgão
com circunscrição sobre a via e não constante na Dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do mo-
AET. torista profissional de que trata os artigos 67-A, 67-C e 67-E,
incluídos no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, pela Lei nº
b) Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) e/ou carga 13.103, de 02 de março de 2015, e dá outras providências.
estiverem com suas dimensões superiores aos limites
estabelecidos legalmente e circularem sem a expedi- O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando
ção da AET ou com AET expedida em desacordo com da competência que lhe confere o artigo 12 da Lei nº 9.503,
o disposto no artigo 2º desta Resolução; de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trân-
sito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, de 29
c) Art. 231, inciso V: quando o peso do veículo mais o de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sis-
peso da carga for superior aos limites legais de peso; tema Nacional de Trânsito (SNT): e

Considerando a publicação da Lei nº Lei nº 13.103, de


d) Art. 231, inciso VI: quando as informações do(s) veí-
02 de março de 2015, que dispõe sobre o exercício da
culo(s) e/ou carga, com dimensões superiores aos li-
profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis do
mites estabelecidos legalmente, estão em desacordo
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º
com aquelas constantes da AET, tais como peso, di- de maio de 1943, e as Leis nºs 9.503, de 23 de setembro
mensões, percurso, exigência da sinalização, configu- de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de
ração de eixos, entre outras informações e exigências; janeiro de 2007 (empresas e transportadores autônomos
de carga), para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo
e) Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s) e/ou carga de direção do motorista profissional; altera a Lei nº 7.408,
estiverem com suas dimensões superiores aos limi- de 25 de novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei nº
tes estabelecidos legalmente e circularem com a AET 12.619, de 30 de abril de 2012; e dá outras providências;
vencida;
Considerando o disposto na Lei 10.350, de 21 de de-
f) Art. 231, inciso X: quando o peso do veículo mais a zembro de 2001, que definiu motorista profissional como
carga for superior à Capacidade Máxima de Tração o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo;
(CMT) do(s) caminhão(ões) trator(es); Considerando o disposto na Lei nº 7.290, de 19 de dezem-
bro de 1984, que define a atividade do Transportador Ro-
g) Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga com di- doviário Autônomo de Bens e dá outras providências;
mensões superiores aos limites estabelecidos legal-
mente não estiver portando a AET regularmente ex- Considerando o disposto na Lei 11.442, de 05 de janeiro
de 2007, que define o Transportador Autônomo de Cargas
VADE MECUM PRF

pedida;
- TAC como a pessoa física que exerce sua atividade profis-
h) Art. 235: quando a carga ultrapassar os limites late- sional mediante remuneração;
rais, posterior e/ou anterior do(s) veículo(s), ainda
que não ultrapasse os limites regulamentares esta- Considerando que o registrador instantâneo e inalterá-
belecidos na Resolução CONTRAN nº 210/2006; vel de velocidade e tempo é obrigatório em todos os veícu-
los mencionados no inciso II do artigo 105, do CTB;

137
Considerando a necessidade de redução da ocorrência II - Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de
de acidentes de trânsito e de vítimas fatais nas vias públicas trabalho externo, fornecida pelo empregador; ou
envolvendo veículos de transporte de escolares, de passa-
geiros e de cargas; III - Verificação da ficha de trabalho do autônomo, con-
forme Anexo I desta Resolução.
Considerando a necessidade de regulamentação dos
meios a serem utilizados para a comprovação do registro § 1º A fiscalização por meio dos documentos previstos
do tempo de direção e repouso nos termos da Lei 13.103, nos incisos II e III somente será feita quando da im-
de 02 de março de 2015; possibilidade da comprovação por meio do disco
ou fita diagrama do registrador instantâneo e inal-
Considerando o disposto no artigo 8º da Lei Comple- terável de velocidade e tempo do próprio veículo
mentar nº 121, de 9 de fevereiro de 2006, que cria o Sis- fiscalizado.
tema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao
Furto e Roubo de Veículos e dá outras providências; e § 2º O motorista profissional autônomo deverá portar
a ficha de trabalho das últimas 24 (vinte quatro)
Considerando o que consta no processo nº
horas.
80020.002766/2015-14;
§ 3º Os documentos previstos nos incisos II e III deve-
Resolve:
rão possuir espaço, no verso ou anverso, para que
Art. 1º Estabelecer os procedimentos para fiscaliza- o agente de trânsito possa registrar, no ato da fis-
ção do tempo de direção e descanso do motorista pro- calização, seu nome e matrícula, data, hora e local
fissional na condução dos veículos de transporte e de da fiscalização, e, quando for o caso, o número do
condução de escolares, de transporte de passageiros auto de infração.
com mais de 10 (dez lugares) e de carga com peso bru-
to total superior a 4.536 (quatro mil e quinhentos e § 4º Para controle do tempo de direção e do intervalo
trinta e seis) quilogramas, para cumprimento das dis- de descanso, quando a fiscalização for efetuada de
posições da Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015. acordo com o inciso I, deverá ser descontado da
medição realizada, o erro máximo admitido de 2
Parágrafo único. Para efeito desta Resolução, serão adota- (dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas e 10
das as seguintes definições: Não se altera. (dez) minutos a cada 7 (sete) dias.

I - motorista profissional: condutor que exerce atividade § 5º Os documentos previstos nos incisos II e III servirão
remunerada ao veículo. como autorização de transporte prevista no artigo
8º da Lei Complementar nº 121, de 9 de fevereiro
II - tempo de direção: período em que o condutor es- de 2006, desde que contenham o carimbo e assi-
tiver efetivamente ao volante de um veículo em movi- natura do representante legal da empresa.
mento.
Art. 3º O motorista profissional, no exercício de sua pro-
III - intervalo de descanso: período de tempo em que o fissão e na condução de veículos mencionados no caput do
condutor estiver efetivamente cumprindo o descanso art. 1º, fica submetido às seguintes condições, conforme
estabelecido nesta Resolução, comprovado por meio estabelecido nos arts. 67-C e 67-E da Lei 13.103, de 2015:
dos documentos previstos no art. 2º, não computadas
as interrupções involuntárias, tais como as decorrentes I - É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de
de engarrafamentos, semáforo e sinalização de trânsito. 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de trans-
porte rodoviário coletivo de passageiros ou de trans-
IV - ficha de trabalho do autônomo: ficha de contro-
porte rodoviário de cargas;
le do tempo de direção e do intervalo de descanso do
motorista profissional autônomo, que deverá sempre II - Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
acompanhá-lo no exercício de sua profissão. dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo
de transporte de carga, sendo facultado o seu fraciona-
Art. 2º A fiscalização do tempo de direção e do intervalo
de descanso do motorista profissional dar-se-á por meio mento e o do tempo de direção desde que não ultra-
passadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício
VADE MECUM PRF

de:
da condução;
I - Análise do disco ou fita diagrama do registrador ins-
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo ou de ou- III - Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
tros meios eletrônicos idôneos instalados no veículo, na a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodo-
forma regulamentada pelo CONTRAN; ou viário de passageiros, sendo facultado o seu fraciona-
mento e o do tempo de direção;

138
IV - Em situações excepcionais de inobservância justi- XI - A não observância dos períodos de descanso esta-
ficada do tempo de direção, devidamente registradas, belecidos neste artigo sujeitará o motorista profissional
o tempo de direção poderá ser elevado pelo período às penalidades previstas no artigo 230, inciso XXIII, do
necessário para que o condutor, o veículo e a carga código de Trânsito Brasileiro;
cheguem a um lugar que ofereça a segurança e o aten-
dimento demandados, desde que não haja comprome- XII - O tempo de direção será controlado mediante re-
timento da segurança rodoviária; gistrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo
e, ou por meio de anotação em diário de bordo, ou pa-
V - O condutor é obrigado, dentro do período de 24 peleta ou ficha de trabalho externo, conforme o modelo
(vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) do Anexo I desta Resolução, ou por meios eletrônicos
horas de descanso, que podem ser fracionadas, usufru- instalados no veículo, conforme regulamentação espe-
ídas no veículo e coincidir com os intervalos mencio- cífica do Contran, observada a sua validade jurídica para
nados no inciso II, observadas, no primeiro período, 8 fins trabalhistas;
(oito) horas ininterruptas de descanso;
XIII - O equipamento eletrônico ou registrador deverá
VI - Entende-se como tempo de direção ou de condu-
funcionar de forma independente de qualquer interfe-
ção apenas o período em que o condutor estiver efeti-
rência do condutor, quanto aos dados registrados;
vamente ao volante, em curso entre a origem e o des-
tino; XIV - A guarda, a preservação e a exatidão das informa-
ções contidas no equipamento registrador instantâneo
VII - Entende-se como início de viagem a partida do
veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, consi- inalterável de velocidade e de tempo são de responsa-
derando-se como sua continuação as partidas nos dias bilidade do condutor.
subsequentes até o destino;
Art. 4º Nos termos dos incisos I e II do art. 235-E da
VIII - O condutor somente iniciará uma viagem após o Consolidação das Leis Trabalhistas, para o transporte de
cumprimento integral do intervalo de descanso previs- passageiros, serão observados os seguintes dispositivos:
to no inciso V deste artigo;
I - é facultado o fracionamento do intervalo de condu-
IX - Nenhum transportador de cargas ou coletivo de ção do veículo previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setem-
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, ope- bro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro - CTB, em
rador de terminais de carga, operador de transporte períodos de no mínimo 5 (cinco) minutos;
multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a
qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontra- II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo de
tado, que conduza veículo referido no caput sem a ob- 1 (uma) hora para refeição, podendo ser fracionado em
servância do disposto no inciso VIII; 2 (dois) períodos e coincidir com o tempo de parada
obrigatória na condução do veículo estabelecido pelo
X - O descanso de que tratam os incisos II, III e V deste CTB, exceto quando se tratar do motorista profissional
artigo poderá ocorrer em cabine leito do veículo ou em enquadrado no § 5º do art. 71 da Consolidação das Leis
poltrona correspondente ao serviço de leito, no caso Trabalhistas.
de transporte de passageiros, devendo o descanso do
inciso V ser realizado com o veículo estacionado, ressal- Art. 5º Compete ao órgão ou entidade de trânsito com
vado o disposto no inciso XI; circunscrição sobre a via em que ocorrer a abordagem do
veículo a fiscalização das condutas previstas nesta Resolu-
XI - Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) ção.
motoristas trabalhando no mesmo veículo, o tempo de
repouso poderá ser feito com o veículo em movimento, Art. 6º O descumprimento dos tempos de direção e
assegurado o repouso mínimo de 6 (seis) horas conse- descanso previstos nesta Resolução sujeitará o infrator à
cutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se aplicação das penalidades e medidas administrativas pre-
na cabine leito, com o veículo estacionado, a cada 72 vistas no inciso XXIII art. 230 do CTB.
(setenta e duas) horas, nos termos do § 5º do art. 235-D
e inciso III do art. 235-E da Consolidação das Leis Tra-
VADE MECUM PRF

§ 1º A medida administrativa de retenção do veículo


balhistas - CLT. será aplicada:
X - O motorista profissional é responsável por controlar I - por desrespeito aos incisos II e III do art. 3º, pelo
e registrar o tempo de condução estipulado neste arti- período de 30 minutos, observadas as disposições do
go, com vistas à sua estrita observância; inciso IV do mesmo artigo;

139
II - por desrespeito ao inciso V do art. 3º, pelo período Parágrafo único. Durante os primeiros 180 (cento e oi-
de 11 horas. tenta) dias de sujeição do trecho ao disposto na Consolida-
ção das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
§ 2º No caso do inciso II, a retenção poderá ser realiza- nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e no CTB, com as altera-
da em depósito do órgão ou entidade de trânsito ções constantes da Lei 13.103, de 2015, a fiscalização do
responsável pela fiscalização, com fundamento no seu cumprimento será meramente informativa e educativa.
§ 4º do art. 270 do CTB.
Art. 11. Os anexos desta Resolução encontram-se dis-
poníveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br
§ 3º Não se aplicarão os procedimentos previstos nos
§§ 1º e 2º, caso se apresente outro condutor habi- Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
litado que tenha observado o tempo de direção e publicação.
descanso para dar continuidade à viagem.
Art. 12. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº
§ 4º Caso haja local apropriado para descanso nas pro- 405, de 12 de junho de 2012, nº 408, de 02 de agosto de
ximidades o agente de trânsito poderá liberar o ve- 2012, nº 417, de 12 de setembro de 2012, nº 431, de 23
ículo para cumprimento do intervalo de descanso de janeiro de 2013, e nº 437, de 27 de março de 2013, e a
nesse local, mediante recolhimento do CRLV (CLA), Deliberação do Presidente do CONTRAN nº 134, de 16 de
o qual será devolvido somente depois de decorri- janeiro de 2013.
do o respectivo período de descanso.
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 552/2015
§ 5º Incide nas mesmas penas previstas neste artigo o
condutor que deixar de apresentar ao agente de
Fixa os requisitos mínimos de segurança para amarração
trânsito qualquer um dos meios de fiscalização
das cargas transportadas em veículos de carga.
previstos no art. 2º.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando
§ 6º A critério do agente, no caso do inciso I do § 1º
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº
deste artigo, não se dará a retenção imediata de 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
veículos de transporte coletivo de passageiros, car- de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto nº 4.711,
ga perecível e produtos perigosos, nos termos do § de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Siste-
4º do art. 270 do CTB; ma Nacional de Trânsito (SNT); e

Art. 7º As exigências estabelecidas nesta Resolução re- Considerando o disposto no art. 102 e no seu parágrafo
ferentes ao transporte coletivo de passageiros, não exclui único, do CTB;
outras definidas pelo poder concedente.
Considerando o disposto no art. 30 da Convenção so-
Art. 8º As publicações de que trata o art. 11 da Lei nº bre Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de
13.103, de 2015, poderão ser realizadas nos sítios eletrôni- 10 de dezembro de 1981, da qual o Brasil é signatário;
cos dos órgãos que menciona, devendo ser atualizadas
sempre que houver qualquer alteração. Considerando a necessidade de aperfeiçoar os requisi-
tos de segurança no transporte de cargas em veículos ro-
Art. 9º O estabelecimento reconhecido como ponto de doviários de carga;
parada e descanso, na forma do § 3º do art. 11 da Lei nº
Considerando o que consta no Processo
13.103, de 02 de 2015, deverá contar com sinalização de
80000.005239/2014-19,
indicação de serviços auxiliares, conforme modelos apre-
sentados no Anexo II. Resolve:
Art. 10. As disposições dos incisos I, II, III e V do art. 3º Art. 1º Esta Resolução fixa os requisitos mínimos de se-
desta RESOLUÇÃO produzirão efeitos: gurança para o transporte de cargas em veículos de carga.

I - a partir da data da publicação dos atos de que trata Parágrafo único. As disposições contidas nesta Reso-
VADE MECUM PRF

o art. 8º desta Resolução, para os trechos das vias deles lução aplicam-se também aos veículos registrados como
constantes; especiais ou mistos utilizados no transporte de cargas.

II - a partir da data da publicação das relações subse- Art. 2º Só poderão transitar nas vias terrestres do território
quentes, para as vias por elas acrescidas. nacional abertas à circulação, transportando cargas, veículos
que atendam aos requisitos previstos nesta Resolução.

140
Parágrafo único. As disposições deste artigo não se “L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da
aplicam ao transporte de cargas que tenham regulamen- estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem
tação específica ou aquele realizado em veículo dedicado do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.
a transportar determinado tipo de carga, o qual possua
sistemas específicos de contenção, como por exemplo, as § 5º Na inexistência de pontos de amarração adequa-
cargas indivisíveis. dos, ou em número suficiente, fica permitida a
fixação dos dispositivos de amarração no próprio
Art. 3º Todas as cargas transportadas, conforme seu chassi do veículo.
tipo, devem estar devidamente amarradas, ancoradas e
acondicionadas no compartimento de carga ou superfí- Art. 5º Os veículos do tipo prancha ou carroceria aberta,
cie de carregamento do veículo, de modo a prevenir mo- transportando equipamento(s), máquina(s), veículo(s) ou
vimentos relativos durante todas as condições de opera- qualquer outro tipo de carga fracionada, deverão amarrar
ção esperadas no transcorrer da viagem, como: manobras cada unidade de carga com correntes, cintas têxteis, cabos
bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelerações de aço ou combinação entre esses tipos, ancorados nos
repentinas. pontos de amarração da estrutura metálica da carroceria e/
ou do próprio chassi, em pelo menos 4 (quatro) terminais
Art. 4º Devem ser utilizados dispositivos de amarração, de amarração.
como cintas têxteis, correntes ou cabos de aço, com resis-
tência total à ruptura por tração de, no mínimo, 2 (duas) Art. 6º Nos veículos do tipo carroceria aberta, com
vezes o peso da carga, bem como dispositivos adicionais guardas laterais rebatíveis, no caso de haver espaço entre
como: barras de contenção, trilhos, malhas, redes, calços, a carga e as guardas laterais, os dispositivos de amarração
mantas de atrito, separadores, bloqueadores, protetores, devem ser tensionados pelo lado interno das guardas late-
etc., além de pontos de amarração adequados e em nú- rais (Figura1).
mero suficiente.
§ 1º Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo
§ 1º Os dispositivos de amarração devem estar em bom lado externo das guardas laterais.
estado e serem dotados de mecanismo de tensio-
namento, quando aplicável, que possa ser verifi- § 2º Excetuam-se os casos em que a carga ocupa todo
cado e reapertado manual ou automaticamente o espaço interno da carroceria, estando apoiada
durante o trajeto. ou próxima das guardas laterais ou dos seus fuei-
ros, impedindo a passagem dos dispositivos de
§ 2º É responsabilidade do condutor verificar periodi- amarração por dentro das guardas. Neste caso, os
camente durante o percurso o tensionamento dos dispositivos de amarração podem passar pelo lado
dispositivos de fixação, e reapertá-los quando ne- externo das guardas.
cessário.
§ 3º Os pontos de amarração não podem estar fixados
§ 3º Fica proibida a utilização de cordas como disposi- exclusivamente no piso de madeira, e sim fixados
tivo de amarração de carga, sendo permitido o seu na parte metálica da carroceria ou no próprio chas-
uso exclusivamente para fixação da lona de cober- si.
tura, quando exigível.

(Redação do parágrafo dada pela Resolução CON-


TRAN Nº 631 DE 30/11/2016):

§ 4º As carroçarias de madeira deverão obedecer aos


seguintes requisitos:

I - As carroçarias novas deverão ser construídas com


madeira de alta densidade e alta resistência, ter obrigato-
riamente fixadores metálicos de perfil U que comprovada-
mente resistam às forças solicitadas, conforme estabeleci-
do no item 3.3 do Anexo desta Resolução, não podendo ser
VADE MECUM PRF

considerados pontos de fixação as guardas laterais e piso,


se estes pontos de amarração não estiverem em contato
com travessas ou o chassi.

II - Para os veículos em circulação, deverão ser adicio-


nados aos dispositivos de amarração perfis metálicos em

141
Art. 9º Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”), as
lonas laterais não podem ser consideradas como estrutura
de contenção da carga, devendo existir pontos de amarra-
ção em número suficiente.

Art. 10. Nos veículos com carroceria inteiramente fe-


chada (furgão carga geral, baú isotérmico, baú frigorífico,
etc.), as paredes podem ser consideradas como estrutura
de contenção, sendo opcional a existência de pontos de
Art. 7º Para as cargas que não ocuparem toda a car- amarração internos.
roceria no sentido longitudinal, restando espaços vazios
nos painéis traseiro e frontal, devem ser previstos pelo Art. 11. Os veículos abrangidos por esta resolução, fa-
transportador, além dos dispositivos de amarração, outros bricados ou encarroçados a partir de 1º de janeiro de 2017,
dispositivos diagonais que impeçam os movimentos para deverão possuir pontos de amarração de acordo com as
frente e para trás da carga. especificações do Anexo, além de observar os demais re-
quisitos previstos nesta Resolução. (Redação do artigo
dada pela Resolução CONTRAN Nº 676 DE 21/06/2017).

Art. 12. Os veículos fabricados ou encarroçados até 31


de dezembro de 2016 deverão cumprir os requisitos men-
cionados nesta Resolução, a partir de 1º de janeiro de 2018,
facultando sua antecipação.

Art. 13 O não cumprimento do disposto nesta Resolu-


ção implicará, conforme o caso, na aplicação das seguintes
sanções previstas no CTB: (Redação do caput dada pela
Resolução CONTRAN Nº 676 DE 21/06/2017).
Art. 8º No veículo cujo painel frontal seja utilizado
como batente dianteiro, o painel frontal deve ter resistên- a) Art. 169: quando transitar com os dispositivos de fi-
cia suficiente para absorver os esforços previstos nas ro- xação sem estar devidamente tensionados;
dovias e adequados ao tipo de carga a que se destinam.
b) Art. 230, inciso IX: quando for constatada falta dos
Parágrafo único. Neste caso, fica proibida a circulação de dispositivos obrigatórios de fixação, fabricados para
veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e amarração de cargas, ou mecanismo de tensiona-
exista a possibilidade de deslizamento longitudinal da par- mento (quando aplicável); quando portar os disposi-
te da carga que está acima do painel frontal. tivos obrigatórios de fixação, em mau estado de con-
servação; quando utilizar cordas como dispositivo de
amarração de carga, em substituição aos dispositivos
de fixação previstos nesta Resolução;
VADE MECUM PRF

c) Art. 230, inciso X: quando utilizar a passagem dos


dispositivos de fixação pelo lado externo das guar-
das laterais nos veículos do tipo carroceria aberta,
com guardas laterais rebatíveis; quando utilizar os
dispositivos de fixação com os pontos de ancoragem

142
não fixados nas travessas da estrutura da carroceria, Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
ou com os pontos de ancoragem em desacordo com a classificação e os requisitos de segurança destes veículos
os requisitos do Anexo I; nacionais e importados;

d) Art. 235: quando transportar carga ultrapassando a Considerando o que consta nos processos nº
altura do painel frontal, existindo a possibilidade de 80000.026291/2011-66, 80000.021069/2012-58,
deslizamento longitudinal da parte da carga que está 80001.05626/2008-13, 80000.037712/2010-01,
acima do painel frontal; 800001.035426/2008-79, 80000.022349/2010-11,
80000.054858/2010-11, 800001.007121/2008-77,
e) Art. 237: quando for constatada a ausência da pla- 80000.025667/2012-04, 80000.021118/2010-91,
ca ou adesivo de identificação contendo o Nome e
80000.015062/2008-11, 80000.005211/2012-10 e
CNPJ do fabricante dos pontos de amarração, pre-
80000.038633/2013-52,
vista no item 5 do Anexo 1. (Redação da alínea dada
pela Resolução CONTRAN Nº 676 DE 21/06/2017). Resolve:
Nota LegisWeb: Ver Resolução CONTRAN Nº 676 DE
Art. 1º Esta Resolução estabelece os requisitos de cir-
21/06/2017, que altera os itens do Anexo I desta Reso-
culação e de segurança obrigatórios para os veículos auto-
lução.
motores denominados quadriciclos, de fabricação nacional
Art. 14. Os anexos desta Resolução encontram-se no sí- ou importados.
tio eletrônico do DENATRAN: www.denatran.gov.br.
§ 1º Todos os veículos novos devem possuir código de
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data sua pu- marca/modelo/versão e Certificado de Adequação
blicação. a Legislação de Trânsito (CAT), conforme proce-
dimento estabelecido pelo DENATRAN por meio
da Portaria DENATRAN nº 190, de 30 de junho de
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 573/2015
2009, para fins de registro e licenciamento junto
aos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Estabelece os requisitos de segurança e circulação de veí- Distrito Federal.
culos automotores denominados quadriciclos.
§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior aos ve-
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando ículos de que trata o caput deste artigo fabricados
da competência que lhe confere o inciso I do Art. 12 da Lei antes da entrada em vigor desta Resolução.
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, entende-se
de 29 de maio de 2003, dispõe sobre a coordenação do como quadriciclos:
Sistema Nacional de Trânsito (SNT), e
I - o veículo automotor com estrutura mecânica simi-
Considerando que nenhum veículo poderá transitar nas lar às motocicletas, possuindo eixo dianteiro e traseiro,
vias terrestres abertas à circulação pública sem que ofereça dotado de quatro rodas, com massa em ordem de mar-
as condições mínimas de segurança; cha não superior a 400kg, ou 550kg no caso do veículo
destinado ao transporte de cargas, excluída a massa das
Considerando a existência de produção, importação e baterias no caso de veículos elétricos, cuja potência má-
comercialização, no Brasil, de veículos com características xima do motor não seja superior a 15kW.
similares às motocicletas, porém dotados de quatro rodas;
II - o veículo automotor elétrico com cabine fechada,
Considerando a produção, importação e comercializa-
possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de quatro
ção, no Brasil, de veículos elétricos ultracompactos, para
rodas, com massa em ordem de marcha não superior a
circulação exclusivamente urbana, com cabine fechada e
400kg, ou 550kg no caso do veículo destinado ao trans-
volante;
porte de cargas, excluída a massa das baterias, cuja po-
Considerando a Resolução CONTRAN nº 14, de 06 de tência máxima do motor não seja superior a 15kW.
VADE MECUM PRF

fevereiro de 1998;
Art. 3º O quadriciclo deve atender aos requisitos de se-
Considerando os artigos 96, 97, 103 e 105 da Lei nº gurança especificados para os triciclos e, para concessão
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de do código Marca/Modelo/Versão e emissão de Certificado
Trânsito Brasileiro (CTB); de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), atender ain-
da aos seguintes requisitos:

143
I - Veículos enquadrados no inciso I do Art. 2º desta I - Placas de identificação traseira, com dimensões idên-
Resolução devem possuir obrigatoriamente: ticas às de motocicleta e que atendam à legislação vi-
gente;
a) comando do sistema acionado através de guidão;
II - Lanterna de marcha à ré na cor branca quando o
b) assentos para condução e transporte de passageiro veículo permitir este tipo de deslocamento;
na posição montada;
III - Transporte apenas de passageiro maior de 7 anos.
c) eixo de tração com dispositivo que permita suas duas
rodas girarem em velocidades angulares diferentes; IV - Circulação restrita às vias urbanas, sendo proibida
sua circulação em rodovias federais, estaduais e do Dis-
d) pneus de alta pressão, com banda de rodagem para trito Federal;
pista pavimentada, e certificados pelo INMETRO;
Art. 5º Devem ser observados os seguintes requisitos
e) sistema de suspensão independente para cada roda para condução do quadriciclo nas vias públicas:
do eixo dianteiro e traseiro;
I - O condutor e o passageiro devem utilizar capace-
f) freios em cada uma das rodas do veículo, devendo te de segurança, com viseira ou óculos protetores, em
estar em acordo com as normas vigentes; acordo com a legislação vigente aplicável às motocicle-
tas, para os veículos enquadrados no inciso I do Art. 2º
g) equipamentos obrigatórios previstos no item V do desta Resolução.
Art. 1º da Resolução nº 14, de 06 de fevereiro de
1998. II - A Carteira Nacional de Habilitação do condutor será
do tipo B.
II - Veículos enquadrados no inciso II do Art. 2º desta
Resolução devem possuir obrigatoriamente: Art. 6º A identificação dos quadriciclos se dará por meio
da gravação do Número de Identificação do Veículo
a) comando do sistema acionado através de volante; (VIN), em acordo com as normas e especificações vi-
gentes.
b) assentos para condução e transporte de passageiro
na posição sentada; Art. 7º Ficam proibidos:
c) eixo de tração com dispositivo que permita suas duas I - O uso de cabine fechada nos veículos enquadrados
rodas girarem em velocidades angulares diferentes; no inciso I do Art. 2º desta Resolução.
d) pneus de alta pressão, com banda de rodagem para II - A transformação de outros tipos de veículos em
pista pavimentada, e certificados pelo INMETRO; quadriciclos.
e) sistema de suspensão independente para cada roda III - A circulação em vias públicas de veículos similares
do eixo dianteiro e traseiro; sem homologação.
f) freios em cada uma das rodas do veículo, devendo Art. 8º Os veículos enquadrados no inciso II do Art. 2º
estar em acordo com as normas vigentes; desta Resolução estão isentos das exigências previstas
na Resolução CONTRAN nº 509, de 27 de novembro de
g) equipamentos obrigatórios previstos no item V do 2014.
Art. 1º da Resolução nº 14, de 06 de fevereiro de
1998; Art. 9º Fica revogada a Resolução CONTRAN nº 700, de
4 de outubro de 1988.
h) cinto de segurança de três ou quatro pontos para
condutor e passageiros; Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação
i) assentos com apoio de cabeça;
VADE MECUM PRF

j) equipamento suplementar de segurança passiva - CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 598/2016


AIR BAG frontal.
Regulamenta a produção e a expedição da Carteira Na-
Art. 4º Devem ser observados os seguintes requisitos de
cional de Habilitação, com novo leiaute e requisitos de se-
circulação nas vias públicas para os veículos previstos
gurança.
no Art. 3º desta Resolução:

144
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso III - Número do formulário RENACH - número de iden-
das atribuições legais que lhe são conferidas pelo artigo tificação estadual, documento de coleta de dados do
12, I, X da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que candidato/condutor gerado a cada serviço, composto,
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as
o Decreto nº 4711, de 29 de maio de 2003, que trata da duas primeiras posições formadas pela sigla da Unida-
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT; de de Federação expedidora, facultada a utilização da
última posição como dígito verificador de segurança.
Considerando a necessidade de adequação do modelo
único da Carteira Nacional de Habilitação - CNH às exigên- a) O número do formulário RENACH identificará a Uni-
cias das técnicas de segurança documental; e dade da Federação onde o condutor foi habilitado
ou realizou alterações de dados no seu cadastro pela
Considerando o que consta do processo administrativo última vez.
nº 80000.015736/2012-63,
b) O Formulário RENACH que dá origem às informa-
Resolve: ções na BINCO e autorização para a impressão da
CNH deverá ficar arquivado em segurança no órgão
Art. 1º Esta Resolução regulamenta a produção e expe- ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
dição da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, com novo Distrito Federal.
leiaute e requisitos de segurança.
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN
§ 1º O documento de habilitação será expedido em Nº 668 DE 18/05/2017):
modelo único, conforme especificações técnicas
constantes nos Anexos I, II, III e IV desta Resolu- Art. 2-A . A CNH deverá possuir código de barras bi-
ção. (Redação do parágrafo dada pela Resolução dimensional (Quick Response Code -QR Code), gerado a
CONTRAN Nº 684 DE 25/07/2017). partir de algoritmo específico, de propriedade do Departa-
mento Nacional de Trânsito -DENATRAN, que deverá arma-
§ 2º O documento de habilitação previsto no § 1º pode- zenar todas as informações contidas nos dados variáveis
rá ser expedido em meio eletrônico, na forma es- do respectivo documento, exceto as assinaturas do condu-
tabelecida em portaria do Departamento Nacional tor e do emissor, também devendo conter a fotografia do
de Trânsito (DENATRAN). (Parágrafo acrescentado condutor. O QR Code será fornecido pelo sistema central
pela Resolução CONTRAN Nº 684 DE 25/07/2017). do Registro Nacional de Condutores Habilitados - RENACH
e permitirá a validação do documento.
Art. 2º A expedição da Carteira Nacional de Habilitação
- CNH obedecerá ao previsto no art. 159 do Código de Parágrafo único. O QR Code, em dimensão de 5 cm x 5
Transito Brasileiro - CTB e deverá conter novo leiaute, papel cm, será impresso na parte superior do verso da CNH, de
com marca d`agua, requisitos de segurança e 2 (dois) nú- forma centralizada.
meros de identificação nacional e 1 (um) número de iden-
tificação estadual, que são: Art. 2-B. O Denatran disponibilizará sistema eletrônico
para validação dos documentos, através da informação do
I - Registro Nacional - primeiro número de identificação código numérico previsto no item 18 do Anexo IV desta re-
nacional, que será gerado pelo sistema informatizado solução ou da leitura do QR Code previsto no art. 2-A. (Re-
da Base Índice Nacional de Condutores - BINCO, com- dação do artigo dada pela Resolução CONTRAN Nº 650
posto de 9 (nove) caracteres mais 2 (dois) dígitos verifi- DE 10/01/2017, efeitos a partir de 01/05/2017).
cadores de segurança, sendo único para cada condutor
e o acompanhará durante toda a sua existência como Art. 3º A inscrição “Permissão” prevista no modelo da
condutor, não sendo permitida a sua reutilização para CNH será impressa em caixeta específica, usando as mes-
outro condutor. mas fontes dos demais campos na cor preta, ou ser hachu-
rada, quando se tratar de CNH definitiva.
II - Número do Espelho da CNH - segundo número de
identificação nacional, que será formado por 9 (nove) Art. 4º A caixeta “ACC” deverá ser impressa com a infor-
caracteres mais 1 (um) dígito verificador de segurança, mação “ACC” usando as mesmas fontes dos demais cam-
autorizado e controlado pelo Órgão Máximo Executi- pos na cor preta, ou deverá ser hachurada, quando não
vo de Trânsito da União e identificará cada espelho de houver esta autorização de habilitação, sendo a “ACC” e a
VADE MECUM PRF

CNH expedida. categoria “A” excludente, não existindo simultaneamente


para um mesmo condutor.
a) O dígito verificador será calculado pela rotina deno-
minada de “módulo 11” e sempre que o resto da di- Art. 5º A “Permissão” para a “ACC” poderá ser simul-
visão for zero (0) ou um (1), o dígito verificador será tânea com a permissão da categoria “B”, com validade de
zero (0); um ano.

145
Art. 6º Quando existir a informação para o preenchi- § 2º As imagens da fotografia, decadactilar e assinatura
mento somente da caixeta “ACC”, a caixeta “Cat. Hab” de- para registro do condutor e produção da Carteira
verá ser hachurada. Nacional de Habilitação, em meio físico e digital,
poderão ser coletadas por entidades contratadas
Art. 7º Dentro do campo “Observações” do modelo da
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
CNH previsto no Anexo I desta Resolução, deverão cons-
dos Estados e do Distrito Federal, previamente cre-
tar as restrições médicas, a informação sobre o exercício
de atividade remunerada e os cursos especializados que denciadas pelo DENATRAN, e inseridas no RENA-
tenham certificações expedidas, todos em formatos padro- CH, na forma estabelecida em portaria específica.
nizados e abrevia dos, conforme Anexo II desta Resolução.
§ 3º As imagens utilizadas para a produção da CNH, em
Art. 8º A expedição da Carteira Nacional de Habilitação meio físico e digital, serão aquelas constantes na
- CNH, modelo único, será obrigatória quando: Base Central do RENACH, inseridas pelas entidades
de que trata o § 2º.
I - da obtenção da Permissão para Dirigir na “ACC” e nas
categorias “A”, “B” ou “AB”, com validade de 1 (um) ano; § 4º As imagens da fotografia, assinatura e das impres-
sões digitais dos dedos polegar e indicador da
II - da substituição da Permissão para Dirigir pela CNH
mão direita, deverão ser coletadas a cada adição
definitiva, ao término do prazo de validade de 1 (um)
de categoria ou renovação da CNH e atualizadas
ano, desde que atendido ao disposto no § 3º do Art.
148 do CTB; no Banco de Imagens do DENATRAN.

III - da adição ou da mudança de categoria; § 5º Na impossibilidade da coleta das impressões digi-


tais do polegar ou do indicador da mão direita, de-
IV - da perda, dano ou extravio; verá ser enviada a imagem do respectivo dedo da
mão esquerda para compor o Banco de Imagens
V - da renovação dos exames para a CNH, exceto o exa- do RENACH.
me toxicológico; (Redação do inciso dada pela Resolu-
ção CONTRAN Nº 679 DE 25/07/2017). § 6º No caso da impossibilidade da coleta das impres-
sões digitais, esta deverá ser justificada para cada
VI - houver a reabilitação do condutor;
um dos dedos.
VII - ocorrer alteração de dados do condutor;
Art. 11. Os Anexos desta resolução encontram-se dis-
VIII - da substituição do documento de habilitação es- poníveis no sitio eletrônico do DENATRAN, a saber: www.
trangeira. denatran.gov.br

Art. 8º-A A Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica Art. 12. Os órgãos e entidades executivos de transito
(CNH-e) deverá ser implantada pelos órgãos e entidades dos Estados e do Distrito Federal deverão adequar seus
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal até procedimentos para adoção do modelo único da Cartei-
1º de julho de 2018. (Redação do artigo dada pela Reso- ra Nacional de Habilitação até 31 de dezembro de 2016,
lução CONTRAN Nº 727 DE 06/03/2018). quando ficará revogada a Resolução CONTRAN nº 192, de
30 de março de 2006 e a Resolução CONTRAN nº 511, de
Art. 9º O DENATRAN disponibilizará aplicativo específi-
co para validação do código numérico previsto no item 18 27 de novembro de 2014.
do Anexo IV desta resolução.
Art. 13. Esta resolução entra em vigor na data da sua
(Redação do artigo dada pela Resolução CONTRAN publicação.
Nº 684 DE 25/07/2017):
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 619/2016
Art. 10. A Carteira Nacional de Habilitação será expedi-
da pelos órgãos ou entidades executivos de Trânsito dos
Estados e do Distrito Federal. Estabelece e normatiza os procedimentos para a apli-
cação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse
VADE MECUM PRF

§ 1º A Carteira Nacional de Habilitação, em meio físico, dos valores arrecadados, nos termos do inciso VIII do art.
poderá ser produzida por empresas contratadas 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e dá outras provi-
dos Estados e do Distrito Federal, previamente cre-
denciadas pelo DENATRAN, na forma estabelecida dências.
em portaria específica.

146
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, e o repasse dos valores arrecadados, nos termos do inciso
usando da competência que lhe confere os incisos I, II e VIII do art. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997,
VIII do artigo 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB,
e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, Art. 2º - Para os fins previstos nesta Resolução, enten-
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de de-se por:
Trânsito - SNT,
I - Auto de Infração de Trânsito: é o documento que dá
considerando a edição da Lei nº 13.281, de 4 de maio início ao processo administrativo para imposição de pu-
de 2016, que altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de nição, em decorrência de alguma infração à legislação
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e de trânsito.
a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015;
II - notificação de autuação: é o procedimento que dá
considerando a necessidade de estabelecer e normati- ciência ao proprietário do veículo de que foi cometida
zar os procedimentos para a aplicação das multas por in- uma infração de trânsito com seu veículo. Caso a infra-
frações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, ção não tenha sido cometida pelo proprietário do veí-
nos termos do inciso VIII do art. 12 do CTB; culo, deverá ser indicado o condutor responsável pelo
cometimento da infração.
considerando a necessidade de uniformizar e aperfei-
çoar os procedimentos relativos à lavratura do Auto de In- III - notificação de penalidade: é o procedimento que dá
fração, expedição da notificação da autuação, identificação ciência da imposição de penalidade bem como indica o
do condutor infrator e aplicação das penalidades de adver- valor da cobrança da multa de trânsito.
tência por escrito e de multa, pelo cometimento de infra-
ções de responsabilidade do proprietário ou do condutor IV - autuador: os órgãos e entidades executivos de trân-
do veiculo, com vistas a garantir maior eficácia, segurança sito e rodoviários competentes para julgar a defesa da
e transparência dos atos administrativos; autuação e aplicar penalidade de multa de trânsito;

considerando a necessidade do estabelecimento de re- V - arrecadador: os órgãos e entidades executivos de


gras e padronização de documentos para arrecadação de trânsito e rodoviários que efetuam a cobrança e o re-
multas de trânsito e a retenção, recolhimento e a prestação cebimento da multa de trânsito (de sua competência
de informações do percentual de cinco por cento do valor ou de terceiros), sendo responsáveis pelo repasse dos
arrecadado das multas destinados à conta do Fundo Na- 5% (cinco por cento) do valor da multa de trânsito à
cional de Segurança e Educação de Trânsito - Funset; conta do Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito - Funset;
considerando a necessidade de identificação inequívo-
ca do real infrator e a necessidade de estabelecer as res- VI - RENACH: Registro Nacional de Condutores Habili-
ponsabilidades pelas infrações a partir de uma base de in- tados;
formações nacional única;
VII - Renavam: Registro Nacional de Veículos Automo-
considerando a necessidade de estabelecer regras e pa- tores;
dronização para o acréscimo de juros de mora equivalentes
à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de VIII - Renainf: Registro Nacional de Infrações de Trân-
Custódia - Selic para títulos federais acumulada mensal- sito.
mente, calculados a partir do mês subsequente ao da con-
Art. 3º - Constatada a infração pela autoridade de trânsi-
solidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1%
to ou por seu agente, ou ainda comprovada sua ocorrência
(um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento
por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual,
estiver sendo efetuado;
reações químicas ou qualquer outro meio tecnológico dis-
considerando o que consta do Processo nº ponível, previamente regulamentado pelo Conselho Nacio-
80001.002866/2003-35, resolve: nal de Trânsito - Contran, será lavrado o Auto de Infração
de Trânsito que deverá conter os dados mínimos definidos
pelo art. 280 do CTB e em regulamentação específica.
VADE MECUM PRF

CAPÍTULO I
§ 1º O Auto de Infração de Trânsito de que trata
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES o caput deste artigo poderá ser lavrado pela auto-
ridade de trânsito ou por seu agente:
Art. 1º - Estabelecer e normatizar os procedimentos
para a aplicação das multas por infrações, a arrecadação I - por anotação em documento próprio;

147
II - por registro em talão eletrônico isolado ou acoplado § 1º Quando utilizada a remessa postal, a expedição se
a equipamento de detecção de infração regulamentado caracterizará pela entrega da notificação da autua-
pelo Contran, atendido o procedimento definido pelo ção pelo órgão ou entidade de trânsito à empresa
Departamento Nacional de Trânsito - Denatran; ou responsável por seu envio.

III - por registro em sistema eletrônico de processa- § 2º Quando utilizado sistema de notificação eletrônica,
mento de dados quando a infração for comprovada por a expedição se caracterizará pelo envio eletrônico
equipamento de detecção provido de registrador de da notificação da atuação pelo órgão ou entidade
imagem, regulamentado pelo Contran. de trânsito ao proprietário do veículo.

§ 3º A não expedição da notificação da autuação no


§ 2º - O órgão ou entidade de trânsito, sempre que pos-
prazo previsto no caput deste artigo ensejará o ar-
sível, deverá imprimir o Auto de Infração de Trân-
quivamento do Auto de Infração de Trânsito.
sito elaborado nas formas previstas nos incisos II
e III do parágrafo anterior para início do processo § 4º Da Notificação da Autuação constará a data do tér-
administrativo previsto no Capítulo XVIII do CTB, mino do prazo para a apresentação da Defesa da Au-
sendo dispensada a assinatura da Autoridade ou tuação pelo proprietário do veículo ou pelo condutor
de seu agente. infrator devidamente identificado, que não será infe-
rior a 15 (quinze) dias, contados da data da notifica-
§ 3º - O registro da infração, referido no inciso III do § ção da autuação ou publicação por edital, observado
1º deste artigo, será referendado por autoridade o disposto no art. 13 desta Resolução.
de trânsito, ou seu agente, que será identificado no
Auto de Infração de Trânsito. § 5º A autoridade de trânsito poderá socorrer-se de
meios tecnológicos para verificação da regularidade
§ 4º - Sempre que possível o condutor será identificado e da consistência do Auto de Infração de Trânsito.
no momento da lavratura do Auto de Infração de
Trânsito. § 6º Os dados do condutor identificado no Auto de In-
fração de Trânsito deverão constar na Notificação
§ 5º - O Auto de Infração de Trânsito valerá como notifi- da Autuação, observada a regulamentação especí-
cação da autuação quando for assinado pelo con- fica.
dutor e este for o proprietário do veículo.
§ 7º - Torna-se obrigatório atualização imediata da base
§ 6º - Para que a notificação da autuação se dê na for- nacional, por parte dos órgãos e entidades execu-
ma do § 5º, o Auto de Infração de Trânsito deverá tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
sempre que houver alteração dos dados cadastrais
conter o prazo para apresentação da defesa da au-
do veículo e do condutor.
tuação, conforme § 4º do art. 4º desta Resolução.

§ 7º - O talão eletrônico previsto no inciso II do § 1º Seção I


desta Resolução trata-se de sistema informatizado
(software) instalado em equipamentos preparados Da Identificação do Condutor Infrator
para este fim ou no próprio sistema de registro de
infrações dos órgãos ou entidades de trânsito, na Art. 5º - Sendo a infração de responsabilidade do con-
forma disciplinada pelo Denatran. dutor, e este não for identificado no ato do cometimento
da infração, a Notificação da Autuação deverá ser acompa-
nhada do Formulário de Identificação do Condutor Infrator,
CAPÍTULO II que deverá conter, no mínimo:

DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO I - identificação do órgão ou entidade de trânsito res-


ponsável pela autuação;
Art. 4º - À exceção do disposto no § 5º do artigo ante-
rior, após a verificação da regularidade e da consistência II - campos para o preenchimento da identificação do
VADE MECUM PRF

do Auto de Infração de Trânsito, a autoridade de trânsito condutor infrator: nome e números de registro dos do-
expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da cumentos de habilitação, identificação e CPF;
data do cometimento da infração, a Notificação da Autua-
ção dirigida ao proprietário do veículo, na qual deverão III - campo para a assinatura do proprietário do veículo;
constar os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB.
IV - campo para a assinatura do condutor infrator;

148
V - placa do veículo e número do Auto de Infração de I - ao proprietário do veículo, por infração ao art. 163 do
Trânsito; CTB, exceto se o condutor for o proprietário; e

VI - data do término do prazo para a identificação do II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que não
condutor infrator e interposição da defesa da autuação; indicálo no prazo estabelecido, pela infração cometida
de acordo com as condutas previstas nos incisos do art.
VII - esclarecimento das consequências da não identifi- 162 do CTB.
cação do condutor infrator, nos termos dos § § 7º e 8º
do art. 257 do CTB; § 3º Ocorrendo a situação prevista no parágrafo ante-
rior, o prazo para expedição da notificação da au-
VIII - instrução para que o Formulário de Identificação tuação de que trata o inciso II, parágrafo único, do
do Condutor Infrator seja acompanhado de cópia re- art. 281 do CTB, será contado a partir da data do
prográfica legível do documento de habilitação do con- protocolo do Formulário de Identificação do Con-
dutor infrator e do documento de identificação do pro- dutor Infrator junto ao órgão autuador ou do pra-
prietário do veículo ou seu representante legal, o qual, zo final para indicação.
neste caso, deverá juntar documento que comprove a
representação; § 4º Em se tratando de condutor estrangeiro, além do
atendimento às demais disposições deste artigo,
IX - esclarecimento de que a indicação do condutor in-
deverão ser apresentadas cópias dos documentos
frator somente será acatada e produzirá efeitos legais
previstos em legislação específica.
se o formulário de identificação do condutor estiver
corretamente preenchido, sem rasuras, com assinatu- § 5º O formulário de identificação do condutor infrator
ras originais do condutor e do proprietário do veículo e poderá ser substituído por outro documento, des-
acompanhado de cópia reprográfica legível dos docu- de que contenha as informações mínimas exigidas
mentos relacionados no inciso anterior;
neste artigo.
X - endereço para entrega do Formulário de Identifica-
§ 6º Os órgãos e entidades de trânsito deverão regis-
ção do Condutor Infrator; e
trar as indicações de condutor no RENACH, ad-
XI - esclarecimento sobre a responsabilidade nas es- ministrado pelo Denatran, o qual disponibilizará
feras penal, cível e administrativa, pela veracidade das os registros de indicações de condutor de forma
informações e dos documentos fornecidos. a possibilitar o acompanhamento e averiguações
das reincidências e irregularidades nas indicações
§ 1º Na impossibilidade da coleta da assinatura do con- de condutor infrator, articulandose, para este fim,
dutor infrator, além dos documentos previstos nos com outros órgãos da Administração Pública.
incisos deste artigo, deverá ser anexado ao Formu-
lário de Identificação do Condutor Infrator: § 7º Constatada irregularidade na indicação do con-
dutor infrator, capaz de configurar ilícito penal, a
I - ofício do representante legal do Órgão ou Entida- Autoridade de Trânsito deverá comunicar o fato à
de identificando o condutor infrator, acompanhado de autoridade competente.
cópia de documento que comprove a condução do ve-
ículo no momento do cometimento da infração, para § 8º O documento referido no inciso II do § 1º deve-
veículo registrado em nome dos Órgãos ou Entidades rá conter, no mínimo, identificação do veículo, do
da Administração Pública direta ou indireta da União, proprietário e do condutor, cláusula de responsa-
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; ou bilidade pelas infrações e período em que o ve-
ículo esteve na posse do condutor apresentado,
II - cópia de documento onde conste cláusula de res- podendo esta última informação constar de docu-
ponsabilidade por infrações cometidas pelo condutor e mento em separado assinado pelo condutor.
comprove a posse do veículo no momento do cometi-
mento da infração, para veículos registrados em nome
das demais pessoas jurídicas. Seção II
VADE MECUM PRF

§ 2º No caso de identificação de condutor infrator em Responsabilidade do Proprietário


que a situação se enquadre nas condutas previstas
nos incisos do art. 162 do CTB, serão lavrados, sem Art. 6º - O proprietário do veículo será considerado res-
prejuízo das demais sanções administrativas e cri- ponsável pela infração cometida, respeitado o disposto no
minais previstas no CTB, os respectivos Autos de § 2º do art. 5º, nas seguintes situações:
Infração de Trânsito:

149
I - caso não haja identificação do condutor infrator até § 1º Até a data do término do prazo para a apresenta-
o término do prazo fixado na Notificação da Autuação; ção da defesa da autuação, o proprietário do veí-
culo, ou o condutor infrator, poderá requerer à au-
II - caso a identificação seja feita em desacordo com o toridade de trânsito a aplicação da Penalidade de
estabelecido no artigo anterior; e Advertência por Escrito de que trata o caput deste
artigo.
III - caso não haja registro de comunicação de venda à
época da infração. § 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recur-
sos de Infrações - JARI da decisão da autoridade
Art. 7º - Ocorrendo a hipótese prevista no artigo ante-
que aplicar a Penalidade de Advertência por Escrito
rior e sendo o proprietário do veículo pessoa jurídica, será
solicitada com base no § 1º, exceto se essa solicita-
imposta multa, nos termos do § 8º do art. 257 do CTB, ex-
ção for concomitante à apresentação de defesa da
pedindo-se a notificação desta ao proprietário do veículo,
nos termos de regulamentação específica. autuação.

Art. 8º - Para fins de cumprimento desta Resolução, no § 3º Para fins de análise da reincidência de que trata
caso de veículo objeto de penhor ou de contrato de arren- o caput do art. 267 do CTB, deverá ser considerada
damento mercantil, comodato, aluguel ou arrendamento apenas a infração referente à qual foi encerrada a
não vinculado ao financiamento do veículo, o possuidor, instância administrativa de julgamento de infra-
regularmente constituído e devidamente registrado no ór- ções e penalidades.
gão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou Distri-
to Federal, nos termos de regulamentação específica, equi- § 4º A aplicação da Penalidade de Advertência por Es-
para-se ao proprietário do veículo. crito deverá ser registrada no prontuário do infra-
tor depois de encerrada a instância administrativa
Parágrafo único - As notificações de que trata esta Re- de julgamento de infrações e penalidades.
solução somente deverão ser enviadas ao possuidor pre-
visto neste artigo no caso de contrato com vigência igual § 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo,
ou superior a 180 (cento e oitenta) dias. o Denatran deverá disponibilizar transação espe-
cífica para registro da Penalidade de Advertência
por Escrito no RENACH e no Renavam, bem como,
Seção III acesso às informações contidas no prontuário dos
condutores e veículos para consulta dos órgãos e
Da Defesa da Autuação entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito.
Art. 9º - Interposta a Defesa da Autuação, nos termos
do § 3º do art. 4º desta Resolução, caberá à autoridade § 6º A Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser
competente apreciá-la, inclusive quanto ao mérito. enviada ao infrator, no endereço constante em seu
prontuário ou por sistema de notificação eletrôni-
§ 1º Acolhida a Defesa da Autuação, o Auto de Infração ca, se disponível.
de Trânsito será cancelado, seu registro será arqui-
vado e a autoridade de trânsito comunicará o fato § 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Es-
ao proprietário do veículo. crito não implicará em registro de pontuação no
prontuário do infrator.
§ 2º
Não sendo interposta Defesa da Autuação no
prazo previsto ou não acolhida, a autoridade de § 8º Caso a autoridade de trânsito não entenda como
trânsito aplicará a penalidade correspondente, nos medida mais educativa a aplicação da Penalidade
termos desta Resolução. de Advertência por Escrito, aplicará a Penalidade
de Multa.
CAPÍTULO III § 9º A notificação devolvida por desatualização do en-
dereço do infrator junto ao órgão ou entidade exe-
DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO cutivo de trânsito responsável pelo seu prontuário
será considerada válida para todos os efeitos.
VADE MECUM PRF

Art. 10 - Em se tratando de infrações de natureza leve


ou média, a autoridade de trânsito, nos termos do art. 267 § 10 Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se
do CTB, poderá, de ofício ou por solicitação do interessa- disponível, o proprietário ou o condutor autuado
do, aplicar a Penalidade de Advertência por Escrito, na qual será considerado notificado 30 (trinta) dias após a
deverão constar os dados mínimos definidos no art. 280 do inclusão da informação no sistema eletrônico.
CTB e em regulamentação específica.

150
§ 11 Para cumprimento do disposto no § 1º, o infrator efeito suspensivo sobre o Auto de Infração de Trânsito, não
deverá apresentar, ao órgão ou entidade respon- incidirá qualquer restrição, inclusive para fins de licencia-
sável pela aplicação da penalidade, documento mento e transferência, nos arquivos do órgão ou entidade
emitido pelo órgão ou entidade executivo de trân- executivo de trânsito responsável pelo registro do veículo.
sito responsável pelo seu prontuário, que demons-
tre as infrações cometidas, se houverem, referente
aos últimos 12 (doze) meses anteriores à data da CAPÍTULO V
infração, caso essas informações não estejam dis-
poníveis no RENACH. DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL

§ 12 Até que as providências previstas no § 5º sejam Art. 13 - Esgotadas as tentativas para notificar o infrator
disponibilizadas aos órgãos autuadores, a Penali- ou o proprietário do veículo por meio postal ou pessoal, as
dade de Advertência por Escrito poderá ser aplica- notificações de que trata esta Resolução serão realizadas
da por solicitação da parte interessada. por edital publicado em diário oficial, na forma da lei, res-
peitados o disposto no § 1º do art. 282 do CTB e os prazos
§ 13
Para atendimento do disposto neste artigo, os prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro
órgãos e entidades executivos de trânsito dos de 1999, que estabelece prazo de prescrição para o exercí-
Estados e do Distrito Federal deverão registrar e cio de ação punitiva.
atualizar os registros de infrações e os dados dos
condutores por eles administrados nas bases de § 1º Os editais de que trata o caput deste artigo, de
informações do Denatran. acordo com sua natureza, deverão conter, no míni-
mo, as seguintes informações:

CAPÍTULO IV I - Edital da Notificação da Autuação:

DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do


tipo de notificação;
Art. 11 - A Notificação da Penalidade de Multa deverá
conter: b) instruções e prazo para apresentação de defesa da
autuação;
I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em
regulamentação específica; c) lista com a placa do veículo, número do Auto de In-
fração de Trânsito, data da infração e código da infra-
II - a comunicação do não acolhimento da Defesa da ção com desdobramento.
Autuação ou da solicitação de aplicação da Penalidade
de Advertência por Escrito; II - Edital da Notificação da Penalidade de Advertência
por Escrito:
III - o valor da multa e a informação quanto ao desconto
previsto no art. 284 do CTB; a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do
tipo de notificação;
IV - data do término para apresentação de recurso, que
será a mesma data para pagamento da multa, conforme b) instruções e prazo para interposição de recurso, ob-
§ § 4º e 5º do art. 282 do CTB; servado o disposto no § 2º do art. 10 desta Resolu-
ção;
V - campo para a autenticação eletrônica, regulamenta-
do pelo Denatran; e
c) lista com a placa do veículo, número do Auto de In-
fração de Trânsito, data da infração, código da infra-
VI - instruções para apresentação de recurso, nos ter-
mos dos arts. 286 e 287 do CTB. ção com desdobramento e número de registro do
documento de habilitação do infrator.
Parágrafo único - O órgão ou entidade integrante do
Sistema Nacional de Trânsito responsável pela expedição III - Edital da Notificação da Penalidade de Multa:
VADE MECUM PRF

da Notificação da Penalidade de Multa deverá utilizar do-


cumento próprio para arrecadação de multa que contenha a) cabeçalho com identificação do órgão autuador e do
as características estabelecidas pelo Denatran. tipo de notificação;

Art. 12 - Até a data de vencimento expressa na Notifi- b) instruções e prazo para interposição de recurso e pa-
cação da Penalidade de Multa ou enquanto permanecer o gamento;

151
c) lista com a placa do veículo, número do Auto de In- Seção I
fração de Trânsito, data da infração, código da infra-
ção com desdobramento e valor da multa. Para Pagamento até a Data de Vencimento Indicada
na Notificação de Penalidade:
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar extrato re-
sumido de edital no Diário Oficial, o qual conterá Art. 19 - Pelo valor equivalente a 80% (oitenta por cen-
as informações constantes das alíneas «a» e «b» to) do valor original da multa conforme caput do art. 284,
dos incisos I, II ou III do § 1º deste artigo, sendo conforme:
obrigatória a publicação da íntegra do edital, con-
I - fórmula: Valor original x 0,80 = valor a pagar.
tendo todas as informações descritas no § 1º deste
artigo, no seu sítio eletrônico na Internet. Art. 20 - Pelo valor equivalente a 60% (sessenta por cen-
to) do valor original da multa, quando da opção preceden-
§ 3º As publicações de que trata este artigo serão váli- te de recebimento da Notificação pelo sistema de notifica-
das para todos os efeitos, não isentando o órgão ção eletrônica, quando disponibilizada pelo órgão máximo
de trânsito de disponibilizar as informações das executivo de trânsito da União aos órgãos autuadores,
notificações, quando solicitado. conforme previsto no § 1º do art. 284 do CTB, conforme:

§ 4º As notificações enviadas eletronicamente dispen- I - fórmula: Valor original x 0,60 = valor a pagar.
sam a publicação por edital.

Seção II
CAPÍTULO VI
Para Pagamento após a Data de Vencimento Indica-
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS da na Notificação de Penalidade:

Art. 14 - Aplicadas as penalidades de que trata esta Re- Art. 21 - Para quitação no período compreendido en-
solução, caberá recurso em primeira instância na forma dos tre a data imediata após o vencimento, até o último dia
artigos 285, 286 e 287 do CTB, que serão julgados pelas do mês seguinte ao do vencimento, pelo valor original da
JARI que funcionam junto ao órgão de trânsito que aplicou multa acrescido de juros relativos ao mês de pagamento,
a penalidade, respeitado o disposto no § 2º do art. 10 desta no percentual de 1% (um por cento), conforme:
Resolução.
I - fórmula: Valor original x 1,01 = valor corrigido a pagar.
Art. 15 - Das decisões da JARI caberá recurso em segun-
Art. 22 - Para quitação após o mês subseqüente ao do
da instância na forma dos arts. 288 e 289 do CTB.
vencimento, pelo valor original da multa, acrescido da va-
riação mensal da taxa referencial do Sistema Especial de
Art. 16 - O recorrente deverá ser informado das deci-
Liquidação e de Custódia - Selic, definida pelo somatório
sões dos recursos de que tratam os artigos 14 e 15.
dos percentuais mensais, não capitalizados, divulgados
para o período entre o mês subseqüente ao do vencimento
Parágrafo único - No caso de deferimento do recurso
e o mês anterior ao do pagamento, inclusive e adicionado
de que trata o art. 13, o recorrente deverá ser informado se
ainda, o percentual de 1% (um por cento) relativo a juros
a autoridade recorrer da decisão.
do mês de pagamento, qualquer que seja o dia desse mês
considerado, conforme:
Art. 17 - Somente depois de esgotados os recursos, as
penalidades aplicadas poderão ser cadastradas no RENA- I - fórmulas: Período = incluir mês subseqüente ao ven-
CH. cimento e excluir o mês de pagamento.

II - valor: Valor original x fator multiplicador = valor a


CAPÍTULO VII pagar
DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA III - fator multiplicador: 1,01 mais (soma percentuais
VADE MECUM PRF

mensais da Selic do período)


Art. 18 - Sujeitam-se ao disposto no § 4º do art. 284 do
CTB apenas os autos de infrações lavrados a partir de 1º de § 1º O cálculo do acréscimo de mora e o valor atualizado
novembro de 2016. devido, com base na variação da taxa Selic indicado
neste artigo serão mantidos pelo órgão arrecadador,
que aplicará a variação mensal acumulada da taxa

152
básica de juros Selic, proveniente do somatório Art. 24 - Os órgãos autuadores da União, para arre-
dos índices de correção no período divulgados cadarem multas de trânsito de sua competência, deverão
pelo Banco Central do Brasil - Bacen, cujo índice utilizar a Guia de Recolhimento da União - GRU do tipo
obtido e montante atualizado serão definidos com Cobrança, observado o Decreto nº 4.950, de 9 de janeiro
duas casas decimais, desprezadas as demais sem de 2004 e a Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro
arredondamento, como forma de uniformizar o va- Nacional - STN nº 2, de 22 de maio de 2009, e suas altera-
lor resultante. ções posteriores.
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não capitali- Parágrafo único - O recolhimento do percentual de 5%
zado, com índice fixo de 1% (um por cento), rela- (cinco por cento) do valor arrecadado das multas de trân-
tivo ao acréscimo do mês de pagamento, em que sito à conta do Funset pelos órgãos autuadores da União
não ocorrerá o cômputo da variação mensal da dar-se-á na forma estabelecida pela Secretaria do Tesouro
taxa Selic, será também mantido pelo órgão arre- Nacional - STN, do Ministério da Fazenda.
cadador, complementando o valor final do débito
vencido, válido até o último dia útil do mês de pa- Art. 25 - Os demais órgãos e entidades integrantes do
gamento considerado. Sistema Nacional de Trânsito, arrecadadores de multas de
trânsito, de sua competência ou de terceiros, e recolhedo-
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será orienta-
res de valores à conta do Fundo Nacional de Segurança e
do por texto na Notificação de Penalidade sobre a
validade do documento para fins de pagamento, Educação de Trânsito - Funset deverão prestar informações
cujo prazo coincide com o vencimento indicado, ao Denatran até o 20º (vigésimo) dia do mês subseqüen-
após o que deverá ser consultado o órgão autu- te ao da arrecadação, na forma disciplinada pelo próprio
ador e/ou arrecadador, para a obtenção do valor Denatran.
atualizado para pagamento.

§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se julgado im- CAPÍTULO IX


procedente, a incidência de juros de mora deverá
ser considerado a partir do encerramento da ins- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
tância administrativa.
Art. 26 - Nos casos dos veículos registrados em nome
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo legal ense- de missões diplomáticas, repartições consulares de carreira
jará a cobrança de juros de mora a partir do venci- ou representações de organismos internacionais e de seus
mento da Notificação de Penalidade. integrantes, as notificações de que trata esta Resolução,
respeitado o disposto no § 6º do art. 10, deverão ser envia-
das ao endereço constante no registro do veículo junto ao
CAPÍTULO VIII órgão executivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal
e comunicadas ao Ministério das Relações Exteriores para
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO REPASSE DOS as providências cabíveis, na forma definida pelo Denatran.
VALORES
Art. 27 - A contagem dos prazos para apresentação de
Art. 23 - Os órgãos e entidades executivos de trânsi- condutor e interposição da Defesa da Autuação e dos re-
to e executivos rodoviários dos Estados, do Distrito Fede- cursos de que trata esta Resolução será em dias consecu-
ral e dos Municípios, integrantes do Sistema Nacional de tivos, excluindo-se o dia da notificação ou publicação por
Trânsito - SNT, para arrecadarem multas de trânsito de sua meio de edital, e incluindo-se o dia do vencimento.
competência ou de terceiros, deverão utilizar o documento
próprio de arrecadação de multas de trânsito estabelecido Parágrafo único - Considera-se prorrogado o prazo até
pelo Denatran, com vistas a garantir o repasse automático o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado, sábado,
dos valores relativos ao Funset. domingo, em dia que não houver expediente ou este for
encerrado antes da hora normal.
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% (cinco por
cento) do valor arrecadado das multas de trânsito Art. 28 - No caso de falha nas notificações previstas
à conta do Funset é de responsabilidade do órgão nesta Resolução, a autoridade de trânsito poderá refazer o
de trânsito arrecadador. ato, observados os prazos prescricionais.
VADE MECUM PRF

§ 2º O pagamento das multas de trânsito será efetuado Art. 29 - A notificação da autuação e a notificação da
na rede bancária arrecadadora. penalidade de multa deverão ser encaminhadas à pessoa
física ou jurídica que conste como proprietária do veículo
§ 3º Não é permitido o parcelamento de multas de na data da infração, respeitado o disposto no § 6º do art.
trânsito. 10.

153
§ 1º Caso o Auto de Infração de Trânsito não conste Art. 33 - Aplicam-se a esta Resolução os prazos pres-
no prontuário do veículo na data do registro da cricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de
transferência de propriedade, o proprietário atual 1999, que estabelece prazo de prescrição para o exercício
será considerado comunicado quando do envio, de ação punitiva.
pelo órgão ou entidade executivos de trânsito, do
extrato para pagamento do IPVA e demais débitos Parágrafo único - O Denatran definirá os procedimen-
vinculados ao veículo, ou quando do vencimento tos para aplicação uniforme dos preceitos da lei de que
do prazo de licenciamento anual. trata o caput pelos demais órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito.
§ 2º O Denatran deverá adotar as providências neces-
sárias para fornecer aos órgãos de trânsito respon- Art. 34 - Fica o Denatran autorizado a expedir normas
sáveis pela expedição das notificações os dados da complementares para o fiel cumprimento das disposições
pessoa física ou jurídica que constava como pro- contidas nesta Resolução.
prietário do veículo na data da infração.
Art. 35 - Esta Resolução entra em vigor em 1º de no-
§ 3º Até que sejam disponibilizadas as informações de vembro de 2016, quando fica revogada a Resolução Con-
que trata o § 2º, as notificações enviadas ao pro- tran nº 404, de 12 de junho de 2012.
prietário atual serão consideradas válidas para to-
dos os efeitos, podendo este informar ao órgão CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 624/2016
autuador os dados do proprietário anterior para
continuidade do processo de notificação.
Regulamenta a fiscalização de sons produzidos por equi-
§ 4º Após efetuar a venda do veículo, caso haja Auto pamentos utilizados em veículos, a que se refere o art. 228,
de Infração de Trânsito em seu nome, a pessoa fí- do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
sica ou jurídica que constar como proprietária do
veículo na data da infração deverá providenciar O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso da
atualização de seu endereço junto ao órgão ou en- competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº
tidade de trânsito de registro do veículo. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto
§ 5º Caso não seja providenciada a atualização do en- nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação
dereço prevista no § 4º, a notificação devolvida por do Sistema Nacional de Trânsito;
esse motivo será considerada válida para todos os
efeitos. Considerando as dificuldades de aplicabilidade opera-
cional da fiscalização da infração do art. 228 do CTB, no rito
Art. 30 - É facultado antecipar o pagamento do valor definido pela legislação vigente e, em decorrência disso, a
correspondente à multa, junto ao órgão ou entidade de crescente impunidade dos infratores;
trânsito responsável pela aplicação dessa penalidade, em
qualquer fase do processo administrativo, sem prejuízo da Considerando o que consta do Processo Administrativo
continuidade dos procedimentos previstos nesta Resolu- 80000.008618/2013-80,
ção para expedição das notificações, apresentação da de-
fesa da autuação e dos respectivos recursos. Resolve:

Parágrafo único - Caso o pagamento tenha sido efetua- Art. 1º Fica proibida a utilização, em veículos de qual-
do antecipadamente, conforme previsto no caput, a Noti- quer espécie, de equipamento que produza som audível
ficação da Penalidade deverá ser expedida com a informa- pelo lado externo, independentemente do volume ou fre-
ção de que a multa encontra-se paga, com a indicação do qüência, que perturbe o sossego público, nas vias terres-
prazo para interposição do recurso e sem código de barras tres abertas à circulação.
para pagamento.
Parágrafo único. O agente de trânsito deverá registrar,
Art. 31 - Os procedimentos para apresentação de defe- no campo de observações do auto de infração, a forma de
sa de autuação e recursos, previstos nesta Resolução, aten- constatação do fato gerador da infração.
derão ao disposto em regulamentação específica.
VADE MECUM PRF

Art. 2º Excetuam-se do disposto no artigo 1º desta Re-


Art. 32 - Aplica-se o disposto nesta Resolução, no que solução os ruídos produzidos por:
couber, às autuações em que a responsabilidade pelas in-
I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha-à-ré, sire-
frações não sejam do proprietário ou condutor do veículo,
nes, pelo motor e demais componentes obrigatórios do
até que os procedimentos sejam definidos por regulamen-
próprio veículo;
tação específica.

154
lI - veículos prestadores de serviço com emissão sonora Art. 4º Os veículos habilitados ao transporte interna-
de publicidade, divulgação, entretenimento e comuni- cional de cargas e coletivo de passageiros, de que trata
cação, desde que estejam portando autorização emiti- o acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/nº
da pelo órgão ou entidade local competente, e 64/2008, quando em trânsito internacional, somente po-
derão circular pelo território nacional quando possuírem
III - veículos de competição e os de entretenimento pú- dispositivos retrorrefletivos de segurança de acordo com
blico, somente nos locais de competição ou de apre- as disposições constantes no Anexo II desta Resolução.
sentação devidamente estabelecidos e permitidos pelas
autoridades competentes. Art. 5º Os proprietários e condutores, cujos veículos cir-
cularem nas vias públicas desprovidos dos requisitos esta-
Art. 3º A inobservância do disposto nesta Resolução belecidos nesta Resolução, ficam sujeitos às penalidades
constitui infração de trânsito prevista no artigo 228 do CTB.
constantes no art. 230, incisos IX ou X do CTB.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Art. 6º Excluem-se os veículos bélicos das exigências
publicação.
constantes desta Resolução.
Art. 5º Fica revogada a Resolução do CONTRAN nº 204,
Art. 7º Os fabricantes de películas retrorrefletivas devem
de 20 de outubro de 2006.
obter, para os seus produtos, registro no Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) atenden-
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 643/2016 do aos requisitos estabelecidos no Anexo I desta Resolução.

Dispõe sobre o emprego de película retrorrefletiva em Parágrafo único. Até a efetiva implementação do registro
veículos. pelo INMETRO, a película retrorrefletiva deve ter suas ca-
racterísticas atestadas atendendo aos requisitos estabeleci-
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da dos no item 3.3.8 do Anexo I desta Resolução.
competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código Art. 8º As películas retrorrefletivas homologadas com
de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto a inscrição “APROVADO DENATRAN” afixadas nos veículos
nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação ficam convalidadas até o final de sua vida útil.
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Art. 9º Os Anexos desta Resolução se encontram no si-
Considerando o Acordo aprovado pela Resolução MER- tio eletrônico do DENATRAN.
COSUL/GMC/nº 64/2008;
Art. 10. Fica revogada a Resolução nº 568, de 16 de de-
Considerando os Processos Administrativos nº zembro de 2015.
80000.035736/2011-07 e nº 80000.101777/2016-03;
Art. 11. Esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de
Resolve: Junho de 2017.

Art. 1º Esta Resolução regulamenta o emprego de pelí-


cula retrorrefletiva em veículos com objetivo de prover me- CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 720/2017
lhores condições de visibilidade diurna e noturna.
Institui o Certificado de Registro e Licenciamento de Veí-
Art. 2º Os veículos de transporte rodoviários de carga culo Eletrônico (CRLVe).
com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 kg, Ônibus,
Micro-ônibus, Motorcasa e Tratores, facultados a transitar O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN),
em vias públicas, Reboques e Semirreboques com PBT até no uso da competência que lhe confere o art. 12, incisos
4.536 kg, somente serão comercializados quando possuí- I e X e art. 131, ambos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
rem dispositivo de segurança retrorrefletores afixado de de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos
acordo com as disposições constantes do Anexo I desta
termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de
Resolução.
2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT).
VADE MECUM PRF

Art. 3º Os veículos de transporte rodoviários de carga


com PBT superior a 4.536 kg, Ônibus, Micro-ônibus, Mo-
torcasa e Tratores, facultados a transitar em vias públicas, Considerando o que consta no Processo Administrativo
Reboques e Semirreboques com PBT até 4.536 kg, somente no 80000.015736/2012-63, resolve:
poderão ter renovada a licença anual quando possuírem
Art. 1º Instituir o Certificado de Registro e Licenciamento
dispositivo de segurança retrorrefletores afixado de acordo
com as disposições constantes do Anexo I desta Resolução. de Veículo Eletrônico (CRLVe).

155
Art. 2º  O Certificado de Registro e Licenciamento de Considerando o que consta no Processo Administrativo
Veículo (CRLV) poderá ser expedido em meio eletrônico, na nº 80000.112839/2016-02,
forma estabelecida em portaria do Departamento Nacional
de Trânsito (DENATRAN). Resolve:

Art. 3º  O Certificado de Registro e Licenciamento de Art. 1º Referendar a Deliberação CONTRAN nº 163,
Veículo Eletrônico (CRLVe) deverá ser implantado pelos de 31 de outubro de 2017, publicada no Diário Oficial da
órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e União (DOU) do dia 01 de novembro de 2017, nos termos
do Distrito Federal, no prazo de até 31 de dezembro de desta Resolução.
2018 a partir da publicação de ato do DENATRAN que
regulamente o CRLVe, devendo ser obrigatória a expedição
do documento em meio físico ou digital, na forma escolhida CAPÍTULO I
pelo proprietário do veículo.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4º Os órgãos e entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal deverão atualizar, no Art. 2º Esta Resolução estabelece o procedimento ad-
prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a publicação desta ministrativo a ser seguido pelos órgãos e entidades com-
Resolução, a base índice nacional do Registro Nacional de ponentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), quando
Veículo Automotores (RENAVAM), com as informações da aplicação das penalidades de suspensão do direito de
sobre os débitos relativos a tributos, encargos e multas dirigir e de cassação do documento de habilitação, decor-
de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como rentes de infrações cometidas a partir de 1º de novembro
sobre o Licenciamento. de 2016, bem como do curso preventivo de reciclagem.
Art. 5º O CRLVe somente será expedido após a quita-
Art. 3º A penalidade de suspensão do direito de dirigir
ção dos débitos relativos a tributos, encargos e multas de
será imposta nos seguintes casos:
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como o
pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais cau-
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vin-
sados por Veículos Automotores de Via Terrestres (DPVAT).
te), no período de 12 (doze) meses;
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB,
cujas infrações preveem, de forma específica, a penali-
dade de suspensão do direito de dirigir.
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 723/2018
Art. 4º A cassação do documento de habilitação será
Referendar a Deliberação CONTRAN nº 163, de 31 de imposta nos seguintes casos:
outubro de 2017, que dispõe sobre a uniformização do pro-
cedimento administrativo para imposição das penalidades I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator con-
de suspensão do direito de dirigir e de cassação do docu- duzir qualquer veículo;
mento de habilitação, previstas nos arts. 261 e 263, incisos I
e II, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como sobre II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses,
o curso preventivo de reciclagem. das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos
arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175, todos do CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso
da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da Lei Art. 5º As penalidades de que trata esta Resolução serão
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Có- aplicadas pela autoridade de trânsito do órgão de registro
digo de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto do documento de habilitação, em processo administrati-
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da vo, assegurados a ampla defesa, o contraditório e o devido
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT). processo legal.

Considerando a Lei nº 13.154, de 30 de julho de 2015, e


a Lei nº 13.281, de 04 de maio de 2016; CAPÍTULO II
VADE MECUM PRF

Considerando a necessidade de uniformizar os procedi- DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


mentos relativos à imposição das penalidades de suspen-
são do direito de dirigir e de cassação do documento de Seção I
habilitação na forma do disposto nos arts. 261 e 263 do
CTB, bem como do curso preventivo de reciclagem, previs- Por pontuação
to no art. 261, § 5º, do mesmo diploma legal;

156
Art. 6º Esgotados todos os meios de defesa da infra- I - para as autuações de competência do órgão execu-
ção na esfera administrativa, a pontuação prevista no art. tivo de trânsito estadual de registro do documento de
259 do CTB será considerada para fins de instauração de habilitação do infrator, quando o infrator for o proprie-
processo administrativo para aplicação da penalidade de tário do veículo, será instaurado processo único para
suspensão do direito de dirigir. aplicação das penalidades de multa e de suspensão do
direito de dirigir, nos termos do § 10 do art. 261 do CTB;
Art. 7º Para fins de cumprimento do disposto no inciso
I do art. 3º serão consideradas as datas do cometimento II - para as demais autuações, o órgão ou entidade res-
das infrações. ponsável pela aplicação da penalidade de multa, encer-
rada a instância administrativa de julgamento da infra-
§ 1º Os órgãos e entidades componentes do SNT que
aplicam a penalidade de multa deverão comunicar, ção, comunicará imediatamente ao órgão executivo de
por meio do registro no RENAINF ou outro sistema trânsito do registro do documento de habilitação, via
eletrônico, aos órgãos executivos de trânsito de re- RENAINF ou outro sistema, para que instaure processo
gistro do documento de habilitação, a pontuação administrativo com vistas à aplicação da penalidade de
correspondente, após o encerramento da instância suspensão do direito de dirigir.
administrativa da infração.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso I do
§ 2º Será instaurado um único processo administrativo caput, o procedimento de notificação deverá obedecer às
para aplicação da penalidade de suspensão do di- disposições constantes na Resolução CONTRAN nº 619, de
reito de dirigir quando a soma dos pontos relativos 06 de setembro de 2016, e suas alterações e sucedâneas,
às infrações cometidas atingir 20 (vinte), no perío- devendo constar ainda:
do de 12 (doze) meses.
I - na notificação de autuação: a informação de que,
§ 3º Não serão computados pontos nas infrações que mantida a autuação, serão aplicadas as penalidades de
preveem, por si só, a penalidade de suspensão do multa e de suspensão do direito de dirigir;
direito de dirigir.
II - na notificação de penalidade: as informações refe-
§ 4º Ressalvada a hipótese do § 3º, todas as demais in- rentes à penalidade de multa e à penalidade de sus-
frações previstas no CTB deverão ser consideradas pensão do direito de dirigir, nos termos do art. 15 desta
para cômputo de pontuação, independentemente
Resolução.
de sua natureza, inclusive as de responsabilidade
do proprietário.
CAPÍTULO III
§ 5º A qualquer tempo, havendo anulação judicial ou
administrativa do autos de infração, o órgão autu- DO CURSO PREVENTIVO DE RECICLAGEM
ador deverá efetuar nova comunicação aos órgãos
de registro da habilitação, para que sejam adota- Art. 9º Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 5º,
das providências quanto a processos administrati- 6º e 7º do art. 261 do CTB, o órgão executivo de trânsito de
vos de suspensão ou cassação do direito de dirigir registro do documento de habilitação do condutor aplicará
eventualmente instaurados com base nas autua- a regulamentação prevista para o art. 268 do CTB.
ções anuladas.
§ 1º Para instauração do processo definido no caput, o
§ 6º Configurada a hipótese do § 5º, o órgão de regis- condutor que, no período de 12 (doze) meses, for
tro da habilitação anulará, de ofício, a penalidade
autuado por infrações cuja soma dos pontos atin-
eventualmente aplicada, cancelando registro no
ja 14 (quatorze) pontos, poderá requerer junto ao
RENACH, ainda que já tenha havido o encerramen-
órgão de registro do documento de habilitação a
to da instância administrativa.
participação no curso preventivo de reciclagem.

Seção II § 2º Também fará jus ao estabelecido no § 1º o condu-


tor que, possuindo uma soma de pontos por infra-
VADE MECUM PRF

Por Infração Específica ções inferior a 14 (quatorze) pontos, no período


de 12 (doze) meses, seja uma vez mais autuado,
Art. 8º Para fins de cumprimento do disposto no inciso dentro desse período, e a soma dos pontos das
II do art. 3º, o processo de suspensão do direito de dirigir infrações seja superior a 14 (quatorze) e não ultra-
deverá ser instaurado da seguinte forma: passe os 19 (dezenove) pontos.

157
§ 3º Poderá fazer o requerimento o condutor que, mes- a) o(s) número(s) do(s) auto(s) de infração(ões);
mo já tendo atingido a soma exata de 14 (qua-
torze) pontos, no período de 12 (doze) meses, for b) órgão(s) ou entidade(s) que aplicou(aram) a(s) pena-
autuado por infrações que não ultrapassem 19 lidade(s) de multa;
(dezenove) pontos, sendo eliminada a pontuação,
observado o disposto no § 6º deste artigo. c) a(s) placa(s) do(s) veículo(s);

§ 4º Para fins de instauração, análise e deferimento do d) tipificação(ões), código(s) da(s) infração(ões) e en-
processo do curso preventivo de reciclagem, não quadramento(s) legal(is);
é necessário o trânsito em julgado das infrações
relacionadas no requerimento do condutor ou a e) a(s) data(s) da(s) infração(ões); e
existência da pontuação respectiva no RENACH.
f) o somatório dos pontos, quando for o caso.
§ 5º Novo requerimento para o curso preventivo de re-
§ 3º A notificação será expedida ao infrator por remes-
ciclagem só poderá ser realizado uma vez a cada
sa postal, por meio tecnológico hábil ou por outro
período de 12 (doze) meses, contado da data de
meio que assegure a sua ciência.
conclusão do último curso preventivo de recicla-
gem. § 4º A ciência da instauração do processo e da data
do término do prazo para apresentação da defesa
§ 6º Concluído com êxito o curso preventivo de recicla-
também poderá se dar no próprio órgão ou enti-
gem, a pontuação das infrações relacionadas será
dade de trânsito, responsável pelo processo, me-
eliminada para todos os efeitos legais.
diante certidão nos autos.

§ 5º Da notificação constará a data do término do pra-


CAPÍTULO IV
zo para a apresentação da defesa, que não será in-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE SUSPENSÃO ferior a 15 (quinze) dias contados a partir da data
DO DIREITO DE DIRIGIR da notificação da instauração do processo admi-
nistrativo.
Art. 10. O ato instaurador do processo administrativo
de suspensão do direito de dirigir de que trata esta Reso- § 6º A notificação devolvida, por desatualização do en-
lução, conterá o nome, a qualificação do infrator, a(s) infra- dereço do infrator no RENACH, será considerada
ção(ões) com a descrição sucinta dos fatos e a indicação válida para todos os efeitos legais.
dos dispositivos legais pertinentes.
§ 7º A notificação a pessoal de missões diplomáticas,
§ 1º Instaurado o processo, far-se-á a respectiva ano- de repartições consulares de carreira e de repre-
tação no prontuário do infrator, a qual não consti- sentações de organismos internacionais e de seus
tuirá qualquer impedimento ao exercício dos seus integrantes será remetida ao Ministério das Rela-
direitos. ções Exteriores para as providências cabíveis, pas-
sando a correr os prazos a partir do seu conheci-
§ 2º A autoridade de trânsito deverá expedir notifica- mento pelo infrator.
ção ao infrator, contendo no mínimo, os seguintes
dados: § 8º Os órgãos de registro do documento de habilita-
ção para fins de instauração do processo de sus-
I - a identificação do infrator e do órgão de registro do pensão ou cassação deverão considerar, exclusiva-
documento de habilitação; mente, as informações constantes no RENAINF ou
outro sistema informatizado.
II - a finalidade da notificação, qual seja, dar ciência da
instauração do processo administrativo para imposição
da penalidade de suspensão do direito de dirigir por CAPÍTULO V
somatório de pontos ou por infração específica;
DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA E DE RECURSO
VADE MECUM PRF

III - a data do término do prazo para apresentação da


Art. 11. Os critérios gerais para apresentação de defesa,
defesa;
recursos ou outros requerimentos deverão seguir as dispo-
IV - informações referentes à(s) infração(ões) que en- sições constantes na Resolução CONTRAN nº 299, de 04 de
sejou(aram) a abertura do processo administrativo, fa- dezembro de 2008, e suas sucedâneas.
zendo constar:

158
CAPÍTULO VI II - no dia subsequente ao término do prazo para entre-
ga do documento de habilitação físico, caso a penalida-
DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE de seja mantida em 2ª instância recursal;

Art. 12. Concluída a análise do processo administrativo, III - na data de entrega do documento de habilitação
a autoridade do órgão ou entidade de trânsito proferirá físico, caso ocorra antes das hipóteses previstas nos in-
decisão motivada e fundamentada. cisos I e II.

Art. 13. Acolhidas as razões da defesa, o processo será § 1º Na notificação de resultado dos recursos de 1ª e
arquivado, dando-se ciência ao interessado. de 2ª instâncias deverão constar as informações
definidas no art. 15, no que couber.
Art. 14. Não apresentada, não conhecida ou não acolhi-
§ 2º A inscrição da penalidade no RENACH conterá a
da a defesa, a autoridade de trânsito do órgão de registro
data do início e término da penalidade, período
do documento de habilitação aplicará a penalidade de sus-
durante qual o condutor deverá realizar o curso de
pensão do direito de dirigir. reciclagem.
Art. 15. Aplicada a penalidade, a autoridade de trânsito § 3º Cumprido o prazo de suspensão do direito de di-
do órgão de registro do documento de habilitação deverá rigir, caso o condutor não realize ou seja repro-
notificar o condutor informando-lhe: vado no curso de reciclagem, deverá ser mantida
a restrição no RENACH, que deverá ser impeditivo
I - identificação do órgão de registro do documento de para devolução ou renovação do documento de
habilitação, responsável pela aplicação da penalidade; habilitação, impressão de 2ª via do documento de
habilitação físico ou emissão de Permissão Interna-
II - identificação do infrator e número do registro do cional para Dirigir - PID.
documento de habilitação;
§ 4º Caso o condutor já tenha cumprido o prazo de
III - número do processo administrativo; suspensão do direito de dirigir e seja flagrado na
condução de veículo automotor sem ter realizado
IV - a penalidade de suspensão do direito de dirigir o curso de reciclagem, e estiver portando o do-
aplicada, incluída a dosimetria fixada, e sua fundamen- cumento de habilitação físico, esta deverá ser re-
tação legal; colhida e caso não esteja portando ou se trate de
documento eletrônico, caberá a autuação do art.
V - a data limite para entrega do documento de habili- 232 do CTB, observado o disposto no § 4º do art.
tação físico ou para interpor recurso à JARI; 270 do CTB.

VI - a data em que iniciará o cumprimento da penali- Art. 17. Os órgãos e entidades executivos de trânsito
dade fixada, caso não seja entregue o documento de dos Estados e do Distrito Federal deverão aplicar a pena-
habilitação físico e não seja interposto recurso à JARI, lidade de suspensão do direito de dirigir, conforme o dis-
posto no art. 261 do CTB.
nos termos do artigo 16 desta Resolução.
Art. 18. O documento de habilitação físico, que tiver
§ 1º O prazo de que trata o inciso V não será inferior a
sido entregue, ficará acostado aos autos e será devolvido
30 (trinta) dias.
ao infrator depois de cumprido o prazo de suspensão do
direito de dirigir e comprovada a realização e aprovação no
§ 2º No caso de perda, extravio, furto ou roubo do do-
curso de reciclagem, no caso de documento de habilitação
cumento de habilitação físico válido, o condutor eletrônico este deverá ser regularizado na forma estabele-
deverá providenciar a emissão da 2ª via, para que cida pelo Departamento Nacional de Trânsito.
seja juntada ao processo, a fim de se dar início ao
cumprimento da penalidade.
CAPÍTULO VII
Art. 16. A data de início do cumprimento da penalidade
DA CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
VADE MECUM PRF

será fixada e anotada no RENACH:

I - em 15 (quinze) dias corridos, contados do término do Art. 19. Deverá ser instaurado processo administrativo
prazo para a interposição do recurso, em 1ª ou 2ª ins- de cassação do documento de habilitação, pela autoridade
tância, caso não seja interposto, inclusive para os casos de trânsito do órgão executivo de seu registro, observado
do documento de habilitação eletrônico; no que couber as disposições dos Capítulos IV, V e VI, desta
Resolução, quando:

159
I - suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qual- III - em relação à primeira infração, serão aplicadas to-
quer veículo; das as penalidades previstas;

II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, IV - em relação à infração que configurar reincidência,
das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos caso haja previsão de penalidade de suspensão do di-
arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175, todos do CTB. reito de dirigir, esta deixará de ser aplicada, em razão
da cassação.
§ 1º Na hipótese prevista no inciso I do caput:
§ 3º Poderá ser instaurado mais de um processo admi-
I - o processo administrativo será instaurado após es- nistrativo para aplicação da penalidade de cassa-
gotados todos os meios de defesa da infração que en- ção, concomitantemente.
seja a penalidade de cassação, na esfera administrativa,
devendo o órgão executivo de registro do documento § 4º Após a aplicação da penalidade de cassação, o ór-
de habilitação observar as informações registradas no gão executivo de trânsito de registro do documen-
RENAINF ou outro sistema; to de habilitação deverá registrar essa informação
no RENACH nos seguintes termos:
II - caso o condutor seja autuado por outra infração
que preveja suspensão do direito de dirigir, será aberto “Documento de habilitação cassado”, com as datas de
apenas o processo administrativo para cassação, sem início e de término da penalidade, observado o disposto
prejuízo da penalidade de multa; no art. 16.

III - a autoridade de trânsito de registro do documento Art. 20. Decorridos 02 (dois) anos da cassação do docu-
de habilitação do condutor, que tomar ciência da con- mento de habilitação, o infrator poderá requerer a sua rea-
dução de veículo automotor por pessoa com direito de bilitação, submetendo-se a todos os exames necessários,
dirigir suspenso, por qualquer meio de prova em direito na forma estabelecida no § 2º do art. 263, do CTB.
admitido, deverá instaurar o processo de cassação do
documento de habilitação; Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto no caput, o
condutor será considerado inabilitado até a conclusão do
IV - quando não houver abordagem, não será instaura- processo de reabilitação.
do processo de cassação do documento de habilitação:
Art. 21. A não concessão do documento de habilitação
a) ao proprietário do veículo, nas infrações original- nos termos do § 3º do art. 148, do CTB, não caracteriza a
mente de sua responsabilidade; penalidade de cassação da Permissão para Dirigir.

b) nas infrações de estacionamento, quando não for Art. 22. No caso de perda, extravio, furto ou roubo do
possível precisar que o momento inicial da condu- documento de habilitação físico válido, o condutor deverá
ta se deu durante o cumprimento da penalidade de providenciar a emissão da 2ª via, para que seja juntada ao
suspensão do direito de dirigir. processo, a fim de se dar início ao cumprimento das pe-
nalidades de cassação do documento de habilitação e de
V - é possível a instauração do processo de cassação suspensão do direito de dirigir, que iniciará em 10 (dez)
do documento de habilitação do proprietário que não dias corridos caso essa providência não seja adotada.
realizar a indicação do condutor infrator de que trata o
art. 257, § 7º, do CTB.
CAPÍTULO VIII
§ 2º Na hipótese prevista no inciso II do caput:
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
I - o processo administrativo será instaurado após esgo-
tados todos os meios de defesa da infração que confi- Art. 23. Esgotadas as tentativas para notificar o condu-
gurou a reincidência, na esfera administrativa, devendo tor por meio postal ou pessoal, as notificações de que trata
o órgão executivo de registro do documento de habili- esta Resolução serão realizadas por edital, na forma disci-
tação observar as informações registradas no RENAINF plinada pela Resolução CONTRAN nº 619, de 06 de setem-
ou outro sistema; bro de 2016, e suas sucedâneas.
VADE MECUM PRF

II - para fins de reincidência, serão consideradas as da- Art. 24. Aplicam-se a esta Resolução, os seguintes pra-
tas de cometimento das infrações, independentemente zos prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de no-
da fase em que se encontre o processo de aplicação de vembro de 1999:
penalidade da primeira infração;
I - Prescrição da Ação Punitiva: 5 anos;

160
II - Prescrição da Ação Executória: 5 anos; Art. 25. No curso do processo administrativo de que
trata esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no
III - Prescrição Intercorrente: 3 anos. prontuário do infrator, inclusive para fins de mudança de
categoria do documento de habilitação, renovação e trans-
§ 1º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à pe- ferência para outra unidade da Federação, até a efetiva
nalidade de suspensão do direito de dirigir será: aplicação da penalidade de suspensão ou cassação do do-
cumento de habilitação.
I - no caso previsto no inciso I do art. 3º desta Resolu-
ção, o dia subsequente ao encerramento da instância § 1º O processo administrativo deverá ser concluído
administrativa referente à penalidade de multa que to- pelo órgão ou entidade de trânsito que o instau-
talizar 20 ou mais pontos no período de 12 meses; rou, mesmo que haja transferência do prontuário
para outra unidade da Federação.
II - no caso do inciso I do art. 8º desta Resolução, a data
da infração; § 2º Na hipótese do § 1º, o órgão ou entidade de trân-
sito que aplicar a penalidade de suspensão do di-
III - no caso do inciso II do art. 8º desta Resolução, o dia reito de dirigir ou cassação do documento de ha-
subsequente ao encerramento da instância administra- bilitação deverá comunicá-la ao órgão executivo
tiva referente à penalidade de multa. estadual de trânsito de registro do documento de
habilitação do condutor para o cadastramento da
§ 2º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à pe-
penalidade no RENACH.
nalidade de cassação do documento de habilita-
ção será: § 3º A interposição de recurso intempestivo não impede
o cadastramento da penalidade no RENACH.
I - no caso do inciso I do art. 19 desta Resolução, a data
do fato; Art. 26. A apresentação de defesas, recursos e outros
requerimentos previstos nesta Resolução poderá ser rea-
II - no caso do Inciso II do art. 19 desta Resolução, o dia
lizada por meio eletrônico, quando disponível pelo órgão.
subsequente ao encerramento da instância administra-
tiva referente à penalidade de multa da infração que Art. 27. Os atos referentes aos processos de que trata
configurou a reincidência. esta Resolução deverão ser registrados no RENACH e no
RENAINF.
§ 3º Interrompe-se a prescrição da pretensão punitiva
com: Art. 28. As disposições desta Resolução aplicam-se, no
que couber, à Permissão para Dirigir, à Autorização para
I - a notificação de instauração do processo adminis-
Conduzir Ciclomotor e à Permissão Internacional para Di-
trativo;
rigir.
II - a aplicação da penalidade de suspensão do direito
§ 1º Havendo prazo a ser cumprido em relação a qual-
de dirigir ou de cassação do documento de habilitação;
quer uma das penalidades previstas nesta Resolu-
III - o julgamento do recurso na JARI, se houver. ção aplicada ao condutor portador de Permissão
para Dirigir, o reinício do processo de habilitação
§ 4º Suspende-se a prescrição da pretensão punitiva ou de que trata o § 4º do art. 148 do CTB somente se
da pretensão executória durante a tramitação de dará ao fim desse prazo, ainda que a CNH já tenha
processo judicial, do qual o órgão tenha sido cien- sido emitida em razão de efeito suspensivo, dis-
tificado pelo juízo. pensado o curso de reciclagem.

§ 5º Incide a prescrição intercorrente no procedimento § 2º A não obtenção da CNH, tendo em vista a incapa-
administrativo paralisado por mais de três anos. cidade de atendimento do disposto no § 3º do art.
148 do CTB, não exige a instauração do processo
§ 6º A declaração de prescrição acarretará o arquiva- administrativo descrito nesta Resolução.
mento do respectivo processo de ofício ou a pedi-
Art. 29. Os prazos de suspensão do direito de dirigir
VADE MECUM PRF

do da parte.
para processo instaurado em decorrência da contagem de
§ 7º A declaração da prescrição das penalidades desta Re- 20 (vinte) ou mais pontos, em que haja uma ou mais infra-
solução não implicará, necessariamente, prejuízo da ções praticadas antes de 1º de novembro de 2016, serão os
aplicação das demais penalidades e medidas admi- estabelecidos no art. 16 da Resolução CONTRAN nº 182, de
nistrativas previstas para a conduta infracional. 09 de setembro de 2005.

161
Parágrafo único. Para os casos anteriores à publicação Art. 1º As Combinações de Transporte de Veículos - CTV
da Deliberação CONTRAN nº 163/2017, que já tenha a pe- e as Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Pale-
nalidade inscrita no RENACH, mas não tenha data de início tizadas - CTVP, cujas dimensões excedam aos limites pre-
do cumprimento da mesma, os órgãos e entidades per- vistos na Resolução CONTRAN nº 210, de 13 de novembro
tencentes ao SNT deverão adotar a medida administrativa de 2006 e suas sucedâneas, só poderão circular nas vias
de recolhimento da CNH e encaminhá-la aos DETRANs de portando Autorização Especial de Trânsito - AET, em con-
registro do documento para aposição do início e fim do formidade com esta Resolução.
cumprimento da respectiva penalidade.
§ 1º Entende-se por Combinações de Transporte de
Veículos - CTV o veículo ou combinação de veícu-
Art. 30. As informações de que trata o § 2º do art. 16
los construídos ou adaptados especial e exclusiva-
referentes às penalidades aplicadas sob a égide da Resolu-
mente para o transporte de veículos e chassis.
ção CONTRAN nº 182, de 2005, deverão ser lançadas pelos
órgãos executivos de trânsito no prazo de 12 (doze) meses § 2º Entende-se por Combinações de Transporte de Ve-
da publicação desta Resolução, na forma estabelecida no ículos e Cargas Paletizadas - CTVP a combinação
art. 16. de veículos concebida e construída especialmente
para o transporte de veículos acabados e cargas
Art. 31. Ficam convalidadas as penalidades e medidas unitizadas sobre paletes ou racks.
administrativas aplicadas sob a égide da Resolução CON-
TRAN nº 182, de 2005. § 3º Ficam dispensadas da emissão de Autorização Es-
pecial de Trânsito - AET as Combinações de Trans-
Art. 32. Ficam revogadas as disposições da Resolução porte de Veículos - CTV e as Combinações de
CONTRAN nº 182, de 2005, com exceção do art. 16, que Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP
permanecerá aplicável às infrações cometidas antes de 1º com até 4,70 m (quatro metros e setenta centí-
de novembro de 2016. metros) de altura, e que atendam aos limites de
largura e comprimento previstos no art. 3º desta
Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na data de sua Resolução.
publicação.
§ 4º Por deliberação e a critério dos órgãos e entida-
des executivos rodoviários da União, dos Estados,
CONTRAN - RESOLUÇÃO Nº 735/2018
do Distrito Federal e dos Municípios, poderão ser
dispensadas de Autorização Especial de Trânsito -
Estabelece requisitos de segurança necessários à circu- AET as Combinações de Transporte de Veículos -
lação de Combinações para Transporte de Veículos - CTV e CTV e as Combinações de Transporte de Veículos e
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletiza- Cargas Paletizadas - CTVP com altura entre 4,71 m
das - CTVP. (quatro metros e setenta e um centímetros) e 4,95
m (quatro metros e noventa e cinco centímetros)
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso que atendam aos limites de largura e comprimento
da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº previstos no art. 3º desta Resolução.
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
§ 5º O caminhão-trator adaptado para o transporte de
de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto
outro veículo sobre a cabine, na forma prevista
nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação no Anexo I desta Resolução, deve submeter-se à
do Sistema Nacional de Trânsito - SNT. inspeção de segurança veicular para obtenção do
novo Certificado de Registro de Veículo - CRV e
Considerando a necessidade de se reduzir custos no
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
transporte de veículos, peças e componentes automotivos, - CRLV.
sem prejuízo para a segurança;
§ 6º Tanto a estrutura de apoio quanto o veículo trans-
Considerando o disposto no art. 102, da Lei nº 9.503, de portado sobre a cabine não poderão ultrapassar o
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito ponto mais avançado do para-choque dianteiro do
Brasileiro - CTB; e
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caminhão ou caminhão-trator.

Considerando o que consta do Processo Administrativo Art. 2º As empresas e transportadores autônomos de


nº 80000.123904/2016-17, veículos deverão requerer a Autorização Especial de Trân-
sito - AET perante à autoridade competente, juntando a
Resolve: seguinte documentação:

162
I - requerimento, em 3 (três) vias, indicando nome e en- a) veículo simples: 14,00 m (quatorze metros);
dereço do proprietário, devidamente assinado por res-
ponsável ou representante credenciado do proprietário; b) veículo articulado: até 23,00 m (vinte e três metros),
desde que a distância entre os eixos extremos não
II - cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do ultrapasse a 18,00 m (dezoito metros);
Veículo - CRLV;
c) veículo com reboque: até 23,00 m (vinte e três metros);
III - memória de cálculo comprobatório da estabilida-
de do equipamento com carga considerando a ação do IV - os limites legais de Peso Bruto Total Combinado -
vento firmada por engenheiro que se responsabilizará PBTC e peso por eixo previstos na Resolução CONTRAN
pelas condições de estabilidade e segurança operacio- nº 210, de 13 de novembro de 2006 e suas sucedâneas;
nal do veículo;
V - a compatibilidade do limite da Capacidade Máxi-
IV - planta dimensional da combinação, na escala 1:50, ma de Tração - CMT do caminhão-trator, determinada
com o equipamento carregado nas condições mais des- pelo seu fabricante, com o Peso Bruto Total Combinado
favoráveis indicando: - PBTC, nos termos do Anexo II;

a) dimensões; VI - as combinações deverão estar equipadas com sis-


temas de freios conjugados entre si e com o caminhão-
b) distância entre eixos e comprimento dos balanços -trator, atendendo o disposto na Resolução CONTRAN
dianteiro e traseiro; nº 210, de 13 de novembro de 2006 e suas sucedâneas;

V - distribuição de peso por eixo; VII - os acoplamentos dos veículos rebocados deverão
ser do tipo automático, conforme NBR 11410/11411, e
VI - apresentação do Laudo Técnico conforme o § 2º do estar reforçados com correntes ou cabos de aço de se-
art. 6º desta Resolução. gurança;

§ 1º Somente será admitido o acoplamento de rebo- VIII - os acoplamentos dos veículos articulados com pi-
que e semirreboque, especialmente construídos no-rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto na
para utilização nesses tipos de Combinação para ABNT NBR NM ISO 337/2001 e suas atualizações;
Transporte de Veículos - CTV e Combinações de
IX - contar com sinalização especial na traseira do con-
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas -
junto veicular, na forma do Anexo III, para Combinações
CTVP, quando devidamente homologados pelo
com comprimento superior a 19,80 m (dezenove me-
órgão máximo executivo de trânsito da União, com
tros e oitenta centímetros);
códigos específicos na tabela de marca/modelo do
RENAVAM, que enviará atestado técnico de apro- X - estar provido de lanternas laterais, colocadas em in-
vação aos órgãos e entidades executivos rodovi- tervalos regulares de no máximo 3,00 m (três metros)
ários da União, dos Estados, do Distrito Federal e entre si, que permitam a sinalização do comprimento
dos Municípios. total do conjunto.
Art. 3º Para a circulação e a concessão da Autorização Art. 4º O trânsito de Combinações para Transporte de
Especial de Trânsito - AET deverão ser observados os se- Veículos - CTV e de Combinações de Transporte de Veícu-
guintes limites: los e Cargas Paletizadas - CTVP de que trata esta Resolução
será do amanhecer ao pôr do sol, e sua velocidade máxima
I - poderá ser admitida, a critério dos órgãos e enti- de 80 km/h.
dades executivos rodoviários, a altura máxima do con-
junto carregado de 4,95 m (quatro metros e noventa e § 1º Não se aplica a restrição quanto ao horário de
cinco centímetros); trânsito contida no caput para Combinações cujo
comprimento seja de no máximo 19,80 m (dezeno-
II - largura: 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros) ve metros e oitenta centímetros).
ou até 3,0 m (três metros) quando se tratar de Combi-
nação para Transporte de Veículos - CTV e Combinações § 2º Será admitido o trânsito noturno das Combinações
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP que apresentem comprimento superior a 19,80 m
VADE MECUM PRF

destinada ao transporte de ônibus, chassis de ônibus e (dezenove metros e oitenta centímetros) até 23,00
de caminhões; m (vinte três metros) nas vias com pista dupla e
duplo sentido de circulação, dotadas de separa-
III - comprimento - medido do para-choque dianteiro dores físicos, que possuam duas ou mais faixas de
à extremidade posterior (plano inferior e superior) da circulação no mesmo sentido.
carroceria do veículo:

163
§ 3º Nos trechos rodoviários de pista simples será per- Art. 9º O proprietário do veículo, usuário de Autoriza-
mitido também o trânsito noturno, quando vazio, ção Especial de Trânsito - AET, será responsável pelos da-
ou com carga apenas na plataforma inferior, devi- nos que o veículo venha causar à via, à sua sinalização e
damente ancorada e ativada toda a sinalização do a terceiros, como também responderá integralmente pela
equipamento transportador. utilização indevida de vias que, pelo seu gabarito e sua
geometria, não permitam o trânsito dessas combinações.
§ 4º Poderão ser adotados horários distintos dos esta-
belecidos por esta Resolução em trechos específi- Art. 10. Todas as rodas de cada veículo transportado de-
cos, mediante proposição da autoridade compe- verão estar firmemente ancoradas à estrutura de apoio, por
tente com circunscrição sobre a via. meio de cintas cuja resistência total à ruptura seja, de no
mínimo, o dobro do peso do veículo.
Art. 5º Nos veículos articulados ou com reboque, ocor-
rendo pane ou qualquer outro evento que impeça a utili- Art. 11. As Combinações de Transporte de Veículos
zação do caminhãotrator, será permitida sua substituição - CTV constituídas por caminhão-trator 6x2 ou 6x4 mais
exclusivamente para a complementação da viagem. semirreboque novo, saído de fábrica, de dois eixos, espe-
cialmente projetadas e construídas para o transporte de
Art. 6º A Autorização Especial de Trânsito - AET expedi- automóveis, poderão transportar outras cargas paletizadas
da pela autoridade competente terá validade máxima de 1 ou acondicionadas em racks.
(um) ano.
§ 1º Não será admitido o compartilhamento simultâ-
§ 1º Na data da entrada em vigor desta Resolução será neo de espaço entre veículos e outro tipo de carga.
assegurada a renovação da Autorização Especial
de Trânsito - AET, mediante a apresentação do § 2º Não é permitida a transformação de Combinações
Laudo Técnico descrito no parágrafo abaixo e do para Transporte de Veículos -CTV para Combina-
Certificado de Registro e Licenciamento dos Veícu- ções de Transporte de Veículos e Cargas Paletiza-
los - CRLV. das - CTVP.

§ 2º O Laudo Técnico, acompanhado pela respectiva Art. 12. Nas Combinações de Transporte de Veículos e
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, de- Cargas Paletizadas - CTVP, o espaço ocupado pelas peças e
componentes deverá obedecer aos seguintes limites:
verá ser elaborado e assinado pelo engenheiro
mecânico ou automotivo responsável pelo proje-
I - comprimento máximo da carga: limitado à parte do
to, que emitirá declaração de conformidade jun-
equipamento que fica rebaixada, ou seja, àquela situada
to com o proprietário do veículo, atestando que a entre o “castelo” inferior (onde o caminhão-trator é en-
operação se desenvolve dentro das condições de gatado ao semirreboque) e os dois eixos do semirrebo-
segurança estabelecidas nesta Resolução. que, região tecnicamente chamada de “plataforma in-
ferior” desde que não superior a 10,00 m (dez metros);
§ 3º A autorização somente será concedida ou renova-
da após apresentação de Laudo Técnico da Com- II - largura máxima: 2,40 m (dois metros e quarenta cen-
binação para Transporte de Veículos - CTV ou da tímetros);
Combinação de Transporte de Veículos e Cargas
Paletizadas - CTVP. III - altura máxima de carga: 2,25 m (dois metros e vinte
e cinco centímetros).
Art. 7º São dispensadas da emissão da Autorização Es-
pecial de Trânsito - AET as combinações que atendam as Art. 13. As Combinações de Transporte de Veículos e
dimensões máximas fixadas pela Resolução CONTRAN nº Cargas Paletizadas - CTVP deverão contar com dispositivos
210, de 30 de novembro de 2006 e suas sucedâneas, as adequados de fixação e contenção das cargas unitizadas
Combinações de Transporte de Veículos - CTV e as Com- (AnexoI), por meio de:
binações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas
- CTVP com até 4,70 m (quatro metros e setenta centíme- I - ganchos que se encaixem nas longarinas laterais ou
VADE MECUM PRF

tros) de altura e que atendam aos limites de largura e com- nos estampos dos trilhos, completados por cintas de
primento previstos no art. 3º desta Resolução. nylon dotadas de catracas, com resistência à ruptura de
20 tf (vinte tonelada-força) e que contornem todos os
Art. 8º Não será concedida Autorização Especial de paletes ou racks;
Trânsito - AET para combinações que não atendam inte-
gralmente ao disposto nesta Resolução. II - travessas metálicas removíveis.

164
Art. 14. O chassi dos semirreboques das Combinações a) quando os dispositivos de fixação e ancoragem es-
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP de- tiverem em desacordo com os requisitos previstos
verá ter estrutura dimensionada para suportar a concentra- nesta Resolução;
ção de cargas unitizadas.
b) quando as Combinações de Transporte de Veículos
Art. 15. As Combinações de Transporte de Veículos e e Cargas Paletizadas - CTVP portar sider protetor
Cargas Paletizadas - CTVP deverão contar com sider prote- contra intempéries e este não atender aos requisitos
tor contra intempéries composto por lona especial, trilhos previstos no artigo 15 desta Resolução;
de alumínio, cintas para amarração e mecanismos de fixa-
ção em todo o perímetro lateral, teto, dianteira e traseira. V - Art. 231, inciso IV, quando as Combinações de Trans-
porte de Veículos - CTV e as Combinações de Transpor-
Art. 16. O descumprimento das determinações desta te de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga
Resolução implicará, conforme o caso, na aplicação das pe- estiverem com suas dimensões superiores aos limites
nalidades descritas nos seguintes dispositivos do Código estabelecidos legalmente, e não houver a expedição da
de Trânsito Brasileiro - CTB:
correspondente Autorização Especial de Trânsito - AET,
exigida pelo art. 3º desta Resolução;
I - Art. 169, quando as Combinações de Transporte de
Veículos - CTV e as Combinações de Transporte de Ve-
VI - Art. 231, inciso VI:
ículos e Cargas Paletizadas - CTVP transitarem com os
dispositivos de fixação sem estar devidamente tensio- a) quando as Combinações de Transporte de Veículos -
nados;
CTV e as Combinações de Transporte de Veículos e
II - Art. 187, inciso I, quando as Combinações de Trans- Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga estiverem com
porte de Veículos - CTV e as Combinações de Transpor- suas dimensões superiores aos limites estabelecidos
te de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga legalmente, e apresentarem informações divergen-
estiverem com suas dimensões superiores aos limites tes em relação à Autorização Especial de Trânsito -
estabelecidos legalmente e existir restrição de tráfego, AET já expedida;
referente ao local e/ou horário, imposta pelo órgão
com circunscrição sobre a via e não constante na Auto- b) quando as Combinações de Transporte de Veículos -
rização Especial de Trânsito - AET; CTV e as Combinações de Transporte de Veículos e
Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga estiverem com
III - Art. 230, inciso IX: suas dimensões superiores aos limites estabelecidos
legalmente, e a Autorização Especial de Trânsito -
a) quando for constatada a falta de qualquer um dos AET estiver vencida;
dispositivos obrigatórios para fixação e ancoragem
de chassis, veículos e cargas unitizadas sobre pale- VII - Art. 232, quando as Combinações de Transporte de
tes ou racks, ou do mecanismo de tensionamento Veículos - CTV e as Combinações de Transporte de Veí-
(quando aplicáve l); culos e Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga estiverem
com suas dimensões superiores aos limites estabeleci-
b) quando portar os dispositivos obrigatórios para fixa- dos legalmente no art. 1º desta Resolução, e não estive-
ção e ancoragem em mau estado de conservação; rem portando a Autorização Especial de Trânsito - AET
regularmente expedida;
c) quando uma ou mais rodas do veículo transportado
não estiver ancorada à estrutura de apoio; VIII - Art. 235, quando a carga ultrapassar os limites late-
rais, posterior e/ou anterior das Combinações de Trans-
d) quando utilizar cordas como dispositivo para amar-
porte de Veículos - CTV e as Combinações de Transpor-
ração de chassis, veículos e cargas unitizadas sobre
te de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP, ainda que
paletes ou racks, em substituição aos dispositivos de
fixação previstos nesta Resolução; não ultrapasse os limites estabelecidos legalmente;

e) quando as Combinações de Transporte de Veículos e IX - Art. 237, quando as Combinações de Transporte de


Cargas Paletizadas - CTVP não possuírem sider pro- Veículos - CTV e as Combinações de Transporte de Veí-
VADE MECUM PRF

tetor contra intempéries, ou este estiver em mau es- culos e Cargas Paletizadas - CTVP e/ou carga estiverem
tado de conservação, em desacordo ao disposto no com suas dimensões superiores aos limites estabeleci-
artigo 15 desta Resolução; dos legalmente e a sinalização especial de advertência
não tiver sido instalada ou não atender aos requisitos
IV - Art. 230, inciso X: previstos no inciso IX do artigo 3º e no Anexo III desta
Resolução.

165
Art. 17. Os modelos das combinações, caminhões-tra-
tores, semirreboques, bem como os tipos e modelos de
automóveis e da carga transportada, constantes no Ane-
xo I desta Resolução, são meramente ilustrativos, e visam
apenas demonstrar as dimensões máximas das Combina-
ções de Transporte de Veículos - CTV e as Combinações de
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas - CTVP.

Art. 18. Os Anexos desta Resolução encontram-se dis-


poníveis no sítio eletrônico www.denatran.gov.br.

Art. 19. Ficam revogadas:

I - a Resolução CONTRAN nº 305, de 06 de março de


2009;

II - a Resolução CONTRAN nº 368, de 24 de novembro


de 2010;

III - a Resolução CONTRAN nº 603, de 24 de maio de


2016.

Art. 20. Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação.
VADE MECUM PRF

166
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
BLOCO III origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
DO BRASIL DE 1988 relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;
PREÂMBULO
II - prevalência dos direitos humanos;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado III - autodeterminação dos povos;
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, IV - não-intervenção;
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem pre- V - igualdade entre os Estados;
conceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica VI - defesa da paz;
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus,
a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO VII - solução pacífica dos conflitos;
BRASIL.
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

TÍTULO I IX - cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade;
Dos Princípios Fundamentais
X - concessão de asilo político.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Parágrafo único. A República Federativa do Brasil bus-
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e cará a integração econômica, política, social e cultural dos
tem como fundamentos: povos da América Latina, visando à formação de uma co-
munidade latino-americana de nações.
I - a soberania;

II - a cidadania TÍTULO II

III - a dignidade da pessoa humana; Dos Direitos e Garantias Fundamentais

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; CAPÍTULO I

V - o pluralismo político. DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-
nos termos desta Constituição. trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
Art. 2º São Poderes da União, independentes e har- nos termos seguintes:
mônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República ções, nos termos desta Constituição;
Federativa do Brasil:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; alguma coisa senão em virtude de lei;
VADE MECUM PRF

II - garantir o desenvolvimento nacional; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamen-
to desumano ou degradante;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo veda-
do o anonimato;  

167
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
agravo, além da indenização por dano material, moral vedada a de caráter paramilitar;
ou à imagem; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, cooperativas independem de autorização, sendo veda-
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos da a interferência estatal em seu funcionamento;
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;   XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deci-
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de são judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
assistência religiosa nas entidades civis e militares de em julgado;
internação coletiva;  
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de permanecer associado;
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a XXI - as entidades associativas, quando expressamente
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alterna- autorizadas, têm legitimidade para representar seus fi-
tiva, fixada em lei; liados judicial ou extrajudicialmente;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artísti- XXII - é garantido o direito de propriedade;


ca, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença;  XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapro-
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a inde- priação por necessidade ou utilidade pública, ou por
nização pelo dano material ou moral decorrente de sua interesse social, mediante justa e prévia indenização em
violação;    dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Consti-
tuição;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para competente poderá usar de propriedade particular, as-
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação segurada ao proprietário indenização ulterior, se hou-
judicial;   ver dano;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das co- XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em
municações telegráficas, de dados e das comunicações lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios
de investigação criminal ou instrução processual penal;   de financiar o seu desenvolvimento;

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de uti-
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lização, publicação ou reprodução de suas obras, trans-
lei estabelecer;    missível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;    a) a proteção às participações individuais em obras co-
letivas e à reprodução da imagem e voz humanas,
XV - é livre a locomoção no território nacional em tem- inclusive nas atividades desportivas;
po de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econô-
mico das obras que criarem ou de que participarem
VADE MECUM PRF

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem ar- aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre-
mas, em locais abertos ao público, independentemente sentações sindicais e associativas;
de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos indus-
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; triais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade

168
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desen- e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
volvimento tecnológico e econômico do País; da lei;

XXX - é garantido o direito de herança; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insusce-
tíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e
País será regulada pela lei brasileira em benefício do os definidos como crimes hediondos, por eles respon-
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes dendo os mandantes, os executores e os que, podendo
seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”; evitá-los, se omitirem; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
do consumidor;
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a or-
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos dem constitucional e o Estado Democrático;
informações de seu interesse particular, ou de interesse
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendi-
do Estado; das aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente
do pagamento de taxas: XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adota-
rá, entre outras, as seguintes:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; a) privação ou restrição da liberdade;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, b) perda de bens;


para defesa de direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal; c) multa;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judici- d) prestação social alternativa;
ário lesão ou ameaça a direito;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada; XLVII - não haverá penas:

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a or-
ganização que lhe der a lei, assegurados: b) de caráter perpétuo;

a) a plenitude de defesa; c) de trabalhos forçados;

b) o sigilo das votações; d) de banimento;

c) a soberania dos veredictos; e) cruéis;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolo- XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos dis-
sos contra a vida; tintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o
sexo do apenado;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade
VADE MECUM PRF

física e moral;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
réu; L - às presidiárias serão asseguradas condições para
que possam permanecer com seus filhos durante o pe-
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos ríodo de amamentação;
direitos e liberdades fundamentais;

169
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o natu- LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
ralizado, em caso de crime comum, praticado antes da quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
naturalização, ou de comprovado envolvimento em trá- fiança;
fico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
da lei; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do res-
ponsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
crime político ou de opinião;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que al-
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão guém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência
pela autoridade competente; ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegali-
dade ou abuso de poder;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para pro-
teger direito líquido e certo, não amparado por habeas
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrati- corpus ou habeas data, quando o responsável pela ile-
vo, e aos acusados em geral são assegurados o contra- galidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
ditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
inerentes; Poder Público;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser im-
petrado por:
por meios ilícitos;
a) partido político com representação no Congresso
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito
Nacional;
em julgado de sentença penal condenatória;
b) organização sindical, entidade de classe ou associa-
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
ção legalmente constituída e em funcionamento há
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
lei; seus membros ou associados;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pú- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre
blica, se esta não for intentada no prazo legal; que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e
processuais quando a defesa da intimidade ou o inte- à cidadania;
resse social o exigirem;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada de autoridade ju- a) para assegurar o conhecimento de informações rela-
diciária competente, salvo nos casos de transgressão tivas à pessoa do impetrante, constantes de registros
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; ou bancos de dados de entidades governamentais
ou de caráter público;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz b) para a retificação de dados, quando não se prefira
competente e à família do preso ou à pessoa por ele fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administra-
indicada; tivo;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimô-
assistência da família e de advogado; nio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos respon- patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
sáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

170
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro ju- I - relação de emprego protegida contra despedida ar-
diciário, assim como o que ficar preso além do tempo bitrária ou sem justa causa, nos termos de lei comple-
fixado na sentença; mentar, que preverá indenização compensatória, den-
tre outros direitos;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente po-
bres, na forma da lei:   (Vide Lei nº 7.844, de 1989) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego in-
voluntário;
a) o registro civil de nascimento;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
b) a certidão de óbito;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente uni-
LXXVII - são gratuitas as ações de  habeas cor- ficado, capaz de atender a suas necessidades vitais
pus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
exercício da cidadania. educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincu-
assegurados a razoável duração do processo e os meios lação para qualquer fim;
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V - piso salarial proporcional à extensão e à complexi-
dade do trabalho;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fun-
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em con-
damentais têm aplicação imediata.
venção ou acordo coletivo;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constitui-
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para
ção não excluem outros decorrentes do regime e
os que percebem remuneração variável;
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
Brasil seja parte. integral ou no valor da aposentadoria;
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre IX – remuneração do trabalho noturno superior à do
direitos humanos que forem aprovados, em cada diurno;
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos mem- X - proteção do salário na forma da lei, constituindo
bros, serão equivalentes às emendas constitucio- crime sua retenção dolosa;
nais.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágra- XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada
fo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
261, de 2015,DEC 9.522, de 2018)   gestão da empresa, conforme definido em lei;

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal XII - salário-família pago em razão do dependente do
Internacional a cuja criação tenha manifestado trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação
adesão.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
45, de 2004)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
CAPÍTULO II compensação de horários e a redução da jornada, me-
diante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide
DOS DIREITOS SOCIAIS Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a ali- XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
mentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
coletiva;
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
VADE MECUM PRF

à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente
Constituição.   (Redação dada pela Emenda Constitucional aos domingos;
nº 90, de 2015)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior,
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: Del 5.452, art. 59 § 1º)

171
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo me- XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
nos, um terço a mais do que o salário normal; vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e Parágrafo único. São assegurados à categoria dos tra-
do salário, com a duração de cento e vinte dias; balhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV,
VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições esta-
belecidas em lei e observada a simplificação do cumpri-
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, me- mento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
diante incentivos específicos, nos termos da lei; decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades,
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, como a sua integração à previdência social. (Redação dada
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, ob-
meio de normas de saúde, higiene e segurança; servado o seguinte:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades pe- I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
nosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e
XXIV - aposentadoria;
a intervenção na organização sindical;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes des-
II - é vedada a criação de mais de uma organização
de o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucio-
profissional ou econômica, na mesma base territorial,
nal nº 53, de 2006)
que será definida pelos trabalhadores ou empregado-
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos cole- res interessados, não podendo ser inferior à área de um
tivos de trabalho; Município;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em ques-
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do tões judiciais ou administrativas;
empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em
se tratando de categoria profissional, será descontada
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações em folha, para custeio do sistema confederativo da re-
de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para presentação sindical respectiva, independentemente da
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois contribuição prevista em lei;
anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
filiado a sindicato;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas ne-
idade, cor ou estado civil; gociações coletivas de trabalho;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser vota-
a salário e critérios de admissão do trabalhador porta- do nas organizações sindicais;
dor de deficiência;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, a partir do registro da candidatura a cargo de direção
técnico e intelectual ou entre os profissionais respec- ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplen-
te, até um ano após o final do mandato, salvo se come-
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tivos;
ter falta grave nos termos da lei.
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba- Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se
lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de à organização de sindicatos rurais e de colônias de pesca-
aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela dores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

172
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos § 1º Aos portugueses com residência permanente no
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo País, se houver reciprocidade em favor de brasi-
e sobre os interesses que devam por meio dele defender. leiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constitui-
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais ção. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
e disporá sobre o atendimento das necessidades Revisão nº 3, de 1994)
inadiáveis da comunidade.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasi-
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às leiros natos e naturalizados, salvo nos casos previs-
penas da lei. tos nesta Constituição.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em
que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
objeto de discussão e deliberação.
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos emprega-
dos, é assegurada a eleição de um representante destes III - de Presidente do Senado Federal;
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendi-
mento direto com os empregadores. IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;
CAPÍTULO III
VI - de oficial das Forças Armadas.
DA NACIONALIDADE
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela
Art. 12. São brasileiros: Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

I - natos: § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasi-


leiro que:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
que de pais estrangeiros, desde que estes não este- I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença ju-
jam a serviço de seu país; dicial, em virtude de atividade nociva ao interesse na-
cional;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Re-
da República Federativa do Brasil; dação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº
3, de 1994)
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
mãe brasileira, desde que sejam registrados em re- a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela
partição brasileira competente ou venham a residir lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional
na República Federativa do Brasil e optem, em qual- de Revisão nº 3, de 1994)
quer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda b) de imposição de naturalização, pela norma estran-
Constitucional nº 54, de 2007) geira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território
II - naturalizados: ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de lín- Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da Repú-
gua portuguesa apenas residência por um ano inin- blica Federativa do Brasil.
terrupto e idoneidade moral;
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a
VADE MECUM PRF

b)
os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi- bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
dentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po-
desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Re- derão ter símbolos próprios.
dação dada pela Emenda Constitucional de Revisão
nº 3, de 1994)

173
CAPÍTULO IV § 5º O Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem
DOS DIREITOS POLÍTICOS os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único pe-
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio ríodo subseqüente.  (Redação dada pela Emenda
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para Constitucional nº 16, de 1997)
todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
I - plebiscito; República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respec-
II - referendo; tivos mandatos até seis meses antes do pleito.

III - iniciativa popular. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do ti-


tular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: afins, até o segundo grau ou por adoção, do Pre-
sidente da República, de Governador de Estado ou
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses
II - facultativos para: anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.
a) os analfabetos;
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
b) os maiores de setenta anos; condições:

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afas-
tar-se da atividade;
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangei-
ros e, durante o período do serviço militar obriga- II - se contar mais de dez anos de serviço, será agrega-
tório, os conscritos. do pela autoridade superior e, se eleito, passará auto-
maticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
I - a nacionalidade brasileira; inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim
de proteger a probidade administrativa, a morali-
II - o pleno exercício dos direitos políticos; dade para exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade e legiti-
III - o alistamento eleitoral; midade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, car-
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; go ou emprego na administração direta ou indire-
ta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
V - a filiação partidária; Regulamento Revisão nº 4, de 1994)
VI - a idade mínima de: §10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da diplomação, instruída a ação com provas de
da República e Senador; abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de §11. A ação de impugnação de mandato tramitará em
Estado e do Distrito Federal; segredo de justiça, respondendo o autor, na forma
da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja
VADE MECUM PRF

paz; perda ou suspensão só se dará nos casos de:

d) dezoito anos para Vereador. I - cancelamento da naturalização por sentença transi-


tada em julgado;
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
II - incapacidade civil absoluta;

174
III - condenação criminal transitada em julgado, en- I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputa-
quanto durarem seus efeitos; dos, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento)
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37,
§ 4º.
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Fe-
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em derais distribuídos em pelo menos um terço das unida-
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição des da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional
que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação nº 97, de 2017)
dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
organização paramilitar.
CAPÍTULO V
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requi-
DOS PARTIDOS POLÍTICOS sitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado
o mandato e facultada a filiação, sem perda do
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção mandato, a outro partido que os tenha atingido,
de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o não sendo essa filiação considerada para fins de
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fun- distribuição dos recursos do fundo partidário e
damentais da pessoa humana e observados os seguintes de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televi-
preceitos: Regulamento são. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017)
I - caráter nacional;

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de


CAPÍTULO VII
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação
a estes;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
Seção I
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Disposições Gerais
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
para definir sua estrutura interna e estabelecer re-
gras sobre escolha, formação e duração de seus qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua or- Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
ganização e funcionamento e para adotar os cri- lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
térios de escolha e o regime de suas coligações cia e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração Constitucional nº 19, de 1998)
nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade
de vinculação entre as candidaturas em âmbito I - os cargos, empregos e funções públicas são acessí-
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo veis aos brasileiros que preencham os requisitos esta-
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e belecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na for-
fidelidade partidária.  (Redação dada pela Emenda ma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional
Constitucional nº 97, de 2017) nº 19, de 1998)

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personali- II - a investidura em cargo ou emprego público depen-
dade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus de de aprovação prévia em concurso público de provas
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
VADE MECUM PRF

complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista


§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo parti- em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em co-
dário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
missão declarado em lei de livre nomeação e exonera-
forma da lei, os partidos políticos que alternativa-
ção; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
mente: (Redação dada pela Emenda Constitucional
de 1998)
nº 97, de 2017)

175
III - o prazo de validade do concurso público será de Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
convocação, aquele aprovado em concurso público de 41, 19.12.2003)
provas ou de provas e títulos será convocado com prio-
ridade sobre novos concursados para assumir cargo ou XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo
emprego, na carreira; e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quais-
em comissão, a serem preenchidos por servidores de
quer espécies remuneratórias para o efeito de remune-
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
ração de pessoal do serviço público;   (Redação dada
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
direção, chefia e assessoramento;  (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre público não serão computados nem acumulados para
associação sindical; fins de concessão de acréscimos ulteriores;  (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica; (Redação dada pela XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de car-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) gos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39,
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
definirá os critérios de sua admissão;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tem- públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
po determinado para atender a necessidade temporária horários, observado em qualquer caso o disposto no
de excepcional interesse público; inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsí-
dio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela
fixados ou alterados por lei específica, observada a ini-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índi-
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
ces;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
científico;  (Redação dada pela Emenda Constitucio-
de 1998)  (Regulamento)
nal nº 19, de 1998)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de car-
gos, funções e empregos públicos da administração c) a de dois cargos ou empregos privativos de pro-
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qual- fissionais de saúde, com profissões regulamenta-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito das;  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato 34, de 2001)
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pesso- funções e abrange autarquias, fundações, empresas pú-
ais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder blicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias,
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su- e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
premo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos poder público;   (Redação dada pela Emenda Constitu-
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no cional nº 19, de 1998)
VADE MECUM PRF

Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no


âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados XVIII - a administração fazendária e seus servidores fis-
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e cais terão, dentro de suas áreas de competência e juris-
o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Jus- dição, precedência sobre os demais setores administra-
tiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centé- tivos, na forma da lei;
simos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos

176
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autar- III - a disciplina da representação contra o exercício negli-
quia e autorizada a instituição de empresa pública, de gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na admi-
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo nistração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 19, de 1998)
de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 19, de 1998) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarci-
a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no mento ao erário, na forma e gradação previstas em
inciso anterior, assim como a participação de qualquer lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
delas em empresa privada;
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
as obras, serviços, compras e alienações serão contra- causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respecti-
vas ações de ressarcimento.
tados mediante processo de licitação pública que asse-
gure igualdade de condições a todos os concorrentes,
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
com cláusulas que estabeleçam obrigações de paga- privado prestadoras de serviços públicos responde-
mento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos rão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de causarem a terceiros, assegurado o direito de regres-
qualificação técnica e econômica indispensáveis à ga- so contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
rantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
XXII - as administrações tributárias da União, dos Es- ocupante de cargo ou emprego da administração di-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades reta e indireta que possibilite o acesso a informações
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por privilegiadas.  (Incluído pela Emenda Constitucional
servidores de carreiras específicas, terão recursos priori- nº 19, de 1998)
tários para a realização de suas atividades e atuarão de
forma integrada, inclusive com o compartilhamento de § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou órgãos e entidades da administração direta e indireta
convênio.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firma-
de 19.12.2003) do entre seus administradores e o poder público, que
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor so-
e campanhas dos órgãos públicos deverá ter cará- bre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
ter educativo, informativo ou de orientação social, 1998)
dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de I - o prazo de duração do contrato;
autoridades ou servidores públicos.
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
implicará a nulidade do ato e a punição da autori-
III - a remuneração do pessoal.”
dade responsável, nos termos da lei.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas pú-
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do blicas e às sociedades de economia mista, e suas
usuário na administração pública direta e indire- subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
ta, regulando especialmente: (Redação dada pela Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços pú- 1998)
blicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, ex- §10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
terna e interna, da qualidade dos serviços;(Incluído pela
VADE MECUM PRF

aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts.


Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
II - o acesso dos usuários a registros administrativos na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os
e a informações sobre atos de governo, observado o cargos em comissão declarados em lei de livre no-
disposto no art. 5º, X e XXXIII;  (Incluído pela Emenda meação e exoneração. (Incluído pela Emenda Consti-
Constitucional nº 19, de 1998) tucional nº 20, de 1998)

177
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro do-
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório mingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo
previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitu- de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior
cional nº 47, de 2005) ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput des-
te artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito § 1º A eleição do Presidente da República importará a
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda do Vice-Presidente com ele registrado.
às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
limite único, o subsídio mensal dos Desembarga- § 2º
Será considerado eleito Presidente o candida-
dores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado to que, registrado por partido político, obtiver a
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por maioria absoluta de votos, não computados os em
cento do subsídio mensal dos Ministros do Supre- branco e os nulos.
mo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Es- § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta
taduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) vinte dias após a proclamação do resultado, con-
correndo os dois candidatos mais votados e consi-
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, derando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, votos válidos.
aplicam-se as seguintes disposições:  (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer
morte, desistência ou impedimento legal de can-
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou didato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou fun- de maior votação.
ção;
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, rema-
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do nescer, em segundo lugar, mais de um candidato
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar com a mesma votação, qualificar-se-á o mais ido-
pela sua remuneração; so.

III - investido no mandato de Vereador, havendo com- Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República
patibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestan-
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remunera- do o compromisso de manter, defender e cumprir a Cons-
ção do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, tituição, observar as leis, promover o bem geral do povo
será aplicada a norma do inciso anterior; brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independên-
cia do Brasil.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada
contado para todos os efeitos legais, exceto para pro- para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo mo-
moção por merecimento; tivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedi-
no exercício estivesse. mento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além


CAPÍTULO II de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei com-
plementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele con-
DO PODER EXECUTIVO vocado para missões especiais.
VADE MECUM PRF

Seção I Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do


Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
Do Presidente e do Vice-Presidente da República sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da e o do Supremo Tribunal Federal.
República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

178
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presi- VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacio-
dente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de nais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
aberta a última vaga.
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do pe-
ríodo presidencial, a eleição para ambos os cargos X - decretar e executar a intervenção federal;
será feita trinta dias depois da última vaga, pelo
Congresso Nacional, na forma da lei. XI - remeter mensagem e plano de governo ao Con-
gresso Nacional por ocasião da abertura da sessão le-
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão comple- gislativa, expondo a situação do País e solicitando as
tar o período de seus antecessores. providências que julgar necessárias;

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência,
quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
seguinte ao da sua eleição.  (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 16, de 1997) XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas,
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nome-
não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausen- á-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação
tar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
de perda do cargo.
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Seção II Superiores, os Governadores de Territórios, o Procu-
rador-Geral da República, o presidente e os diretores
Das Atribuições do Presidente da República do banco central e outros servidores, quando determi-
nado em lei;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Re-
pública: XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Minis-
tros do Tribunal de Contas da União;
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a Constituição, e o Advogado-Geral da União;
direção superior da administração federal;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos termos do art. 89, VII;
previstos nesta Constituição;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem Conselho de Defesa Nacional;
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões le-
gislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada parcialmente, a mobilização nacional;
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
a) organização e funcionamento da administração fe- Congresso Nacional;
deral, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complemen-
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando va-
VADE MECUM PRF

tar, que forças estrangeiras transitem pelo território na-


gos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de cional ou nele permaneçam temporariamente;
2001)
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual,
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acre- o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propos-
ditar seus representantes diplomáticos; tas de orçamento previstos nesta Constituição;

179
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão le- do processo pelo Senado Federal.
gislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na julgamento não estiver concluído, cessará o afas-
forma da lei; tamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos
termos do art. 62; § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória,
nas infrações comuns, o Presidente da República
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Cons- não estará sujeito a prisão.
tituição.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu
Parágrafo único. O Presidente da República poderá de- mandato, não pode ser responsabilizado por atos
legar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, estranhos ao exercício de suas funções.
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-
-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
Seção IV
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Dos Ministros de Estado
Seção III
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre
brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos
Da Responsabilidade do Presidente da República
direitos políticos.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Pre-
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além
sidente da República que atentem contra a Constituição
de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na
Federal e, especialmente, contra: lei:
I - a existência da União; I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos
órgãos e entidades da administração federal na área de
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judi-
sua competência e referendar os atos e decretos assina-
ciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucio- dos pelo Presidente da República;
nais das unidades da Federação;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e so- e regulamentos;
ciais;
III - apresentar ao Presidente da República relatório
IV - a segurança interna do País; anual de sua gestão no Ministério;
V - a probidade na administração; IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe
forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da Re-
VI - a lei orçamentária; pública.
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Mi-
nistérios e órgãos da administração pública.(Redação dada
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
especial, que estabelecerá as normas de processo e julga-
mento.
Seção V
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da Re-
pública, por dois terços da Câmara dos Deputados, será Do Conselho da República e do Conselho de Defesa
ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Nacional
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
VADE MECUM PRF

Federal, nos crimes de responsabilidade. Subseção I


§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: Do Conselho da República
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de
ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; consulta do Presidente da República, e dele participam:

180
I - o Vice-Presidente da República; VII - o Ministro do Planejamento.

II - o Presidente da Câmara dos Deputados; VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Ae-


ronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23,
III - o Presidente do Senado Federal; de 1999)
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
Deputados;
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Fe-
celebração da paz, nos termos desta Constituição;
deral;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do
VI - o Ministro da Justiça;
estado de sítio e da intervenção federal;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta
e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Pre- III - propor os critérios e condições de utilização de áre-
sidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal as indispensáveis à segurança do território nacional e
e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de
mandato de três anos, vedada a recondução. fronteira e nas relacionadas com a preservação e a ex-
ploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-
-se sobre: IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento
de iniciativas necessárias a garantir a independência na-
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de cional e a defesa do Estado democrático.
sítio;
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do
II - as questões relevantes para a estabilidade das insti- Conselho de Defesa Nacional.
tuições democráticas.

§ 1º O Presidente da República poderá convocar Minis- TÍTULO V


tro de Estado para participar da reunião do Conse-
lho, quando constar da pauta questão relacionada DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMO-
com o respectivo Ministério. CRÁTICAS 

§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do CAPÍTULO III


Conselho da República.
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Subseção II Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
Do Conselho de Defesa Nacional da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do pa-
trimônio, através dos seguintes órgãos:
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de con-
sulta do Presidente da República nos assuntos relaciona-
I - polícia federal;
dos com a soberania nacional e a defesa do Estado demo-
crático, e dele participam como membros natos:
II - polícia rodoviária federal;
I - o Vice-Presidente da República;
III - polícia ferroviária federal;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
IV - polícias civis;
III - o Presidente do Senado Federal;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VADE MECUM PRF

IV - o Ministro da Justiça;
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela permanente, organizado e mantido pela União e
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) estruturado em carreira, destina-se a:” (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VI - o Ministro das Relações Exteriores;

181
I - apurar infrações penais contra a ordem política e § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses dos órgãos relacionados neste artigo será fixada
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda
públicas, assim como outras infrações cuja prática te- Constitucional nº 19, de 1998)
nha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecen- do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela
tes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos
nas respectivas áreas de competência; I - compreende a educação, engenharia e fiscalização
de trânsito, além de outras atividades previstas em lei,
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuá- que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urba-
ria e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Consti- na eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº
tucional nº 19, de 1998) 82, de 2014)

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal
judiciária da União. e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, or- Carreira, na forma da lei.  (Incluído pela Emenda Consti-
ganizado e mantido pela União e estruturado em tucional nº 82, de 2014)
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha-
mento ostensivo das rodovias federais. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) TÍTULO VIII

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, or- DA ORDEM SOCIAL


ganizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha- CAPÍTULO I
mento ostensivo das ferrovias federais. (Redação
DISPOSIÇÃO GERAL
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
de carreira, incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e a apu-
ração de infrações penais, exceto as militares. CAPÍTULO II

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e DA SEGURIDADE SOCIAL


a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições defini- Seção I
das em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil. Disposições Gerais

§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros milita- Art. 194. A seguridade social compreende um conjun-
res, forças auxiliares e reserva do Exército, subordi- to integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e
nam-se, juntamente com as polícias civis, aos Go- da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
vernadores dos Estados, do Distrito Federal e dos saúde, à previdência e à assistência social.
Territórios.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguin-
dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de tes objetivos:
VADE MECUM PRF

maneira a garantir a eficiência de suas atividades.


I - universalidade da cobertura e do atendimento;
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas munici-
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e servi-
pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
ços às populações urbanas e rurais;
instalações, conforme dispuser a lei.

182
III - seletividade e distributividade na prestação dos be- § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da segu-
nefícios e serviços; ridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o Poder Público nem dele receber be-
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; nefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

V - eqüidade na forma de participação no custeio; § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a ga-
rantir a manutenção ou expansão da seguridade so-
VI - diversidade da base de financiamento; cial, obedecido o disposto no art. 154, I.

VII - caráter democrático e descentralizado da adminis- § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
tração, mediante gestão quadripartite, com participa- poderá ser criado, majorado ou estendido sem a cor-
ção dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposen- respondente fonte de custeio total.
tados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda da data da publicação da lei que as houver instituído
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, art. 150, III, «b».
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais: § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social
as entidades beneficentes de assistência social que
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela atendam às exigências estabelecidas em lei.
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário ru-
rais e o pescador artesanal, bem como os respectivos
a) a folha de salários e demais rendimentos do traba- cônjuges, que exerçam suas atividades em regime
lho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa de economia familiar, sem empregados permanen-
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo em- tes, contribuirão para a seguridade social mediante a
pregatício;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº aplicação de uma alíquota sobre o resultado da co-
20, de 1998) mercialização da produção e farão jus aos benefícios
nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Cons-
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda titucional nº 20, de 1998)
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput
c) o lucro;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálcu-
de 1998) lo diferenciadas, em razão da atividade econômica,
da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da
II - do trabalhador e dos demais segurados da previ- empresa ou da condição estrutural do mercado de
dência social, não incidindo contribuição sobre aposen- trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional
tadoria e pensão concedidas pelo regime geral de pre- nº 47, de 2005)
vidência social de que trata o art. 201; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos
para o sistema único de saúde e ações de assistência
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. social da União para os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, e dos Estados para os Municípios, ob-
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou servada a respectiva contrapartida de recursos. (In-
de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda cluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II
Municípios destinadas à seguridade social consta- deste artigo, para débitos em montante superior ao
rão dos respectivos orçamentos, não integrando o fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda
orçamento da União. Constitucional nº 20, de 1998)
VADE MECUM PRF

§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica
será elaborada de forma integrada pelos órgãos para os quais as contribuições incidentes na forma
responsáveis pela saúde, previdência social e assis- dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulati-
tência social, tendo em vista as metas e prioridades vas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,     19.12.2003)
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

183
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto
de substituição gradual, total ou parcial, da contri- da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155
buição incidente na forma do inciso I, a, pela inci- e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso
dente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Seção II III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o pro-


duto da arrecadação dos impostos a que se refere o art.
Da Saúde 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159,
inciso I, alínea b e § 3º.(Incluído pela Emenda Constitu-
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, cional nº 29, de 2000)
garantido mediante políticas sociais e econômicas que vi-
sem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo me-
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua nos a cada cinco anos, estabelecerá:(Incluído pela
promoção, proteção e recuperação. Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do §
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos 2º;  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86,
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, de 2015)
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
II – os critérios de rateio dos recursos da União vincula-
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito
dos à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal
privado.
e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus res-
pectivos Municípios, objetivando a progressiva redu-
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde inte-
ção das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
gram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem
Constitucional nº 29, de 2000)
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes: III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas esferas federal, estadual, dis-
I - descentralização, com direção única em cada esfera trital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional
de governo; nº 29, de 2000)

II - atendimento integral, com prioridade para as ativi- IV - (revogado).   (Redação dada pela Emenda Constitu-
dades preventivas, sem prejuízo dos serviços assisten- cional nº 86, de 2015)
ciais;
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde po-
III - participação da comunidade. derão admitir agentes comunitários de saúde e
agentes de combate às endemias por meio de pro-
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos ter- cesso seletivo público, de acordo com a natureza e
mos do art. 195, com recursos do orçamento da complexidade de suas atribuições e requisitos es-
seguridade social, da União, dos Estados, do Distri- pecíficos para sua atuação. .(Incluído pela Emenda
to Federal e dos Municípios, além de outras fontes. Constitucional nº 51, de 2006)
(Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emen-
da Constitucional nº 29, de 2000) § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso
salarial profissional nacional, as diretrizes para os
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- Planos de Carreira e a regulamentação das ativi-
cípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços dades de agente comunitário de saúde e agente
públicos de saúde recursos mínimos derivados da de combate às endemias, competindo à União, nos
aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluí- termos da lei, prestar assistência financeira com-
plementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos
do pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Municípios, para o cumprimento do referido piso
VADE MECUM PRF

I - no caso da União, a receita corrente líquida do res- salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
pectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a nal nº 63, de 2010) Regulamento
15% (quinze por cento);  (Redação dada pela Emenda
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e
Constitucional nº 86, de 2015) no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servi-
dor que exerça funções equivalentes às de agente

184
comunitário de saúde ou de agente de combate às VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
endemias poderá perder o cargo em caso de des- compreendido o do trabalho.
cumprimento dos requisitos específicos, fixados
em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 51, de 2006) Seção III

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Da Previdência Social

§ 1º As instituições privadas poderão participar de Art. 201. A previdência social será organizada sob a for-
forma complementar do sistema único de saúde, ma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação
segundo diretrizes deste, mediante contrato de obrigatória, observados critérios que preservem o equi-
direito público ou convênio, tendo preferência as líbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei,
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. a:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para
auxílios ou subvenções às instituições privadas I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e
com fins lucrativos. idade avançada; (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 20, de 1998)
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de em-
presas ou capitais estrangeiros na assistência à II - proteção à maternidade, especialmente à gestan-
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
te;  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos de 1998)
que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e subs-
III - proteção ao trabalhador em situação de desempre-
tâncias humanas para fins de transplante, pesquisa
e tratamento, bem como a coleta, processamento go involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitu-
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo ve- cional nº 20, de 1998)
dado todo tipo de comercialização.
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependen-
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de tes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela
outras atribuições, nos termos da lei: Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher,
substâncias de interesse para a saúde e participar da ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado
produção de medicamentos, equipamentos, imunobio- o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Consti-
lógicos, hemoderivados e outros insumos; tucional nº 20, de 1998)

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemio- § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios dife-
lógica, bem como as de saúde do trabalhador; renciados para a concessão de aposentadoria aos
beneficiários do regime geral de previdência social,
III - ordenar a formação de recursos humanos na área ressalvados os casos de atividades exercidas sob
de saúde; condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados
IV - participar da formulação da política e da execução
das ações de saneamento básico; portadores de deficiência, nos termos definidos
em lei complementar. (Redação dada pela Emenda
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvi- Constitucional nº 47, de 2005)
mento científico e tecnológico e a inovação;      (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de con-
tribuição ou o rendimento do trabalho do segu-
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o rado terá valor mensal inferior ao salário míni-
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e mo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
VADE MECUM PRF

águas para consumo humano; 20, de 1998)

VII - participar do controle e fiscalização da produção, § 3º Todos os salários de contribuição considerados


transporte, guarda e utilização de substâncias e produ- para o cálculo de benefício serão devidamente
tos psicoativos, tóxicos e radioativos; atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

185
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão pre-
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, videnciária para atender a trabalhadores de baixa
conforme critérios definidos em lei.  (Redação dada renda e àqueles sem renda própria que se dedi-
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) quem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdên- a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a
cia social, na qualidade de segurado facultativo, de benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Re-
pessoa participante de regime próprio de previdên- dação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de
cia. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, 2005)
de 1998)
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionis- que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carên-
tas terá por base o valor dos proventos do mês de cias inferiores às vigentes para os demais segura-
dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda dos do regime geral de previdência social. (Incluí-
Constitucional nº 20, de 1998) do pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter
previdência social, nos termos da lei, obedecidas as complementar e organizado de forma autônoma em rela-
seguintes condições:  (Redação dada pela Emenda ção ao regime geral de previdência social, será facultativo,
Constitucional nº 20, de 1998) baseado na constituição de reservas que garantam o bene-
fício contratado, e regulado por lei complementar. (Reda-
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trin- ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
ta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 1° A lei complementar de que trata este artigo asse-
gurará ao participante de planos de benefícios de
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta entidades de previdência privada o pleno acesso
anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limi- às informações relativas à gestão de seus respecti-
te para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para vos planos. (Redação dada pela Emenda Constitu-
os que exerçam suas atividades em regime de economia cional nº 20, de 1998)
familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e
o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda Consti- § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e
tucional nº 20, de 1998) as condições contratuais previstas nos estatutos,
regulamentos e planos de benefícios das entida-
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo des de previdência privada não integram o con-
anterior serão reduzidos em cinco anos, para o pro- trato de trabalho dos participantes, assim como, à
fessor que comprove exclusivamente tempo de efe- exceção dos benefícios concedidos, não integram
tivo exercício das funções de magistério na educação a remuneração dos participantes, nos termos da
infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 20, de 1998)

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a conta- § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de pre-
gem recíproca do tempo de contribuição na adminis- vidência privada pela União, Estados, Distrito Fe-
tração pública e na atividade privada, rural e urbana, deral e Municípios, suas autarquias, fundações,
hipótese em que os diversos regimes de previdência empresas públicas, sociedades de economia mista
social se compensarão financeiramente, segundo e outras entidades públicas, salvo na qualidade de
critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela patrocinador, situação na qual, em hipótese algu-
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) ma, sua contribuição normal poderá exceder a do
segurado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do 20, de 1998)
trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo re-
gime geral de previdência social e pelo setor priva- § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a
do. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, União, Estados, Distrito Federal ou Municípios,
de 1998) inclusive suas autarquias, fundações, sociedades
VADE MECUM PRF

de economia mista e empresas controladas dire-


§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer títu- ta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de
lo, serão incorporados ao salário para efeito de con- entidades fechadas de previdência privada, e suas
tribuição previdenciária e conseqüente repercussão respectivas entidades fechadas de previdência pri-
em benefícios, nos casos e na forma da lei. (Incluído vada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) de 1998)

186
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo ante- Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito
rior aplicar-se-á, no que couber, às empresas pri- Federal vincular a programa de apoio à inclusão e pro-
vadas permissionárias ou concessionárias de pres- moção social até cinco décimos por cento de sua receita
tação de serviços públicos, quando patrocinadoras tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no
de entidades fechadas de previdência privada. (In- pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
cluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) de 19.12.2003)

§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído
artigo estabelecerá os requisitos para a designação pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
dos membros das diretorias das entidades fecha-
das de previdência privada e disciplinará a inser- II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitu-
ção dos participantes nos colegiados e instâncias cional nº 42, de 19.12.2003)
de decisão em que seus interesses sejam objeto
de discussão e deliberação. (Incluído pela Emenda III - qualquer outra despesa corrente não vinculada di-
Constitucional nº 20, de 1998) retamente aos investimentos ou ações apoiados.(Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Seção IV
CAPÍTULO III
Da Assistência Social
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela
necessitar, independentemente de contribuição à seguri- Seção I
dade social, e tem por objetivos:
Da Educação
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à ado-
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado
lescência e à velhice;
e da família, será promovida e incentivada com a colabo-
ração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos se-


IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras
guintes princípios:
de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária; I - igualdade de condições para o acesso e permanência
na escola;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício men-
sal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
comprovem não possuir meios de prover à própria ma- o pensamento, a arte e o saber;
nutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei. III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógi-
cas, e coexistência de instituições públicas e privadas
Art. 204. As ações governamentais na área da assistên- de ensino;
cia social serão realizadas com recursos do orçamento da
seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fon- IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos
tes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: oficiais;

I - descentralização político-administrativa, cabendo V - valorização dos profissionais da educação escolar,


a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com in-
gresso exclusivamente por concurso público de provas
coordenação e a execução dos respectivos programas
e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela
às esferas estadual e municipal, bem como a entidades
VADE MECUM PRF

Emenda Constitucional nº 53, de 2006)


beneficentes e de assistência social;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma
II - participação da população, por meio de organiza-
da lei;
ções representativas, na formulação das políticas e no
controle das ações em todos os níveis. VII - garantia de padrão de qualidade.

187
VIII - piso salarial profissional nacional para os profis- § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
sionais da educação escolar pública, nos termos de lei público subjetivo.
federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006) § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo
Poder Público, ou sua oferta irregular, importa res-
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de ponsabilidade da autoridade competente.
trabalhadores considerados profissionais da educação bá-
sica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou ade- § 3º Compete ao Poder Público recensear os educan-
quação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos dos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela fre-
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
qüência à escola.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didá-
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas
tico-científica, administrativa e de gestão financeira e pa-
trimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade as seguintes condições:
entre ensino, pesquisa e extensão.
I - cumprimento das normas gerais da educação na-
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, cional;
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Pú-
1996) blico.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensi-
de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela no fundamental, de maneira a assegurar formação básica
Emenda Constitucional nº 11, de 1996) comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacio-
nais e regionais.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efeti-
vado mediante a garantia de: § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
tituirá disciplina dos horários normais das escolas
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)
públicas de ensino fundamental.
aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em
acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda
língua portuguesa, assegurada às comunidades in-
Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitu-
dígenas também a utilização de suas línguas ma-
cional nº 59, de 2009)
ternas e processos próprios de aprendizagem.
II - progressiva universalização do ensino médio gratui-
to;  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
de 1996) Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.
III - atendimento educacional especializado aos porta-
dores de deficiência, preferencialmente na rede regular § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o
de ensino; dos Territórios, financiará as instituições de ensino
públicas federais e exercerá, em matéria educa-
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crian- cional, função redistributiva e supletiva, de forma
ças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela a garantir equalização de oportunidades educa-
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) cionais e padrão mínimo de qualidade do ensino
mediante assistência técnica e financeira aos Esta-
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pes-
quisa e da criação artística, segundo a capacidade de dos, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação
cada um; dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às con- § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil. (Redação dada
VADE MECUM PRF

dições do educando;
pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementa- § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritaria-
res de material didáticoescolar, transporte, alimenta- mente no ensino fundamental e médio. (Incluído
ção e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
Constitucional nº 59, de 2009)

188
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- excedentes financeiros em educação;
pios definirão formas de colaboração, de modo a
assegurar a universalização do ensino obrigatório. II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao
de 2009) Poder Público, no caso de encerramento de suas ativi-
dades.
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritaria-
mente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser
Constitucional nº 53, de 2006) destinados a bolsas de estudo para o ensino fun-
damental e médio, na forma da lei, para os que
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos demonstrarem insuficiência de recursos, quando
de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios houver falta de vagas e cursos regulares da rede
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de pública na localidade da residência do educando,
impostos, compreendida a proveniente de transferências, ficando o Poder Público obrigado a investir priori-
na manutenção e desenvolvimento do ensino. tariamente na expansão de sua rede na localidade.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estí-


pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos mulo e fomento à inovação realizadas por universi-
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Mu- dades e/ou por instituições de educação profissio-
nicípios, não é considerada, para efeito do cálcu- nal e tecnológica poderão receber apoio financeiro
lo previsto neste artigo, receita do governo que a do Poder Público.   (Redação dada pela Emenda
transferir. Constitucional nº 85, de 2015)

§ 2º
Para efeito do cumprimento do disposto no Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de edu-
«caput» deste artigo, serão considerados os siste- cação, de duração decenal, com o objetivo de articular o
mas de ensino federal, estadual e municipal e os sistema nacional de educação em regime de colaboração
recursos aplicados na forma do art. 213. e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de imple-
mentação para assegurar a manutenção e desenvolvimen-
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará to do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades
prioridade ao atendimento das necessidades do por meio de ações integradas dos poderes públicos das
ensino obrigatório, no que se refere a universaliza- diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação
ção, garantia de padrão de qualidade e equidade, dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
nos termos do plano nacional de educação. (Re-
dação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de I - erradicação do analfabetismo;
2009)
II - universalização do atendimento escolar;
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e as-
III - melhoria da qualidade do ensino;
sistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão
financiados com recursos provenientes de contri- IV - formação para o trabalho;
buições sociais e outros recursos orçamentários.
V - promoção humanística, científica e tecnológica do
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicio- País.
nal de financiamento a contribuição social do sa-
lário-educação, recolhida pelas empresas na forma VI - estabelecimento de meta de aplicação de recur-
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional sos públicos em educação como proporção do produto
nº 53, de 2006) interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
59, de 2009)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da
contribuição social do salário-educação serão dis-
tribuídas proporcionalmente ao número de alunos Seção II
matriculados na educação básica nas respectivas
VADE MECUM PRF

redes públicas de ensino. (Incluído pela Emenda A Cultura


Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às esco- dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional,
las públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das mani-
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: festações culturais.

189
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas § 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de conhecimento de bens e valores culturais.
outros grupos participantes do processo civilizató-
rio nacional. § 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
punidos, na forma da lei.
2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorati-
vas de alta significação para os diferentes segmen- § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios
tos étnicos nacionais. detentores de reminiscências históricas dos anti-
gos quilombos.
3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de
duração plurianual, visando ao desenvolvimento § 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincu-
cultural do País e à integração das ações do poder lar a fundo estadual de fomento à cultura até cinco
público que conduzem à:  (Incluído pela Emenda décimos por cento de sua receita tributária líquida,
Constitucional nº 48, de 2005) para o financiamento de programas e projetos cul-
turais, vedada a aplicação desses recursos no pa-
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasilei-
gamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional
ro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
nº 42, de 19.12.2003)
II - produção, promoção e difusão de bens culturais; (In-
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído
cluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da
cultura em suas múltiplas dimensões;  (Incluído pela II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitu-
Emenda Constitucional nº 48, de 2005) cional nº 42, de 19.12.2003)

IV - democratização do acesso aos bens de cultura; (In- III - qualquer outra despesa corrente não vinculada di-
cluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) retamente aos investimentos ou ações apoiados.(Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
V - valorização da diversidade étnica e regional. (Incluí-
do pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organiza-
do em regime de colaboração, de forma descentralizada
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os e participativa, institui um processo de gestão e promoção
bens de natureza material e imaterial, tomados individual- conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e
mente ou em conjunto, portadores de referência à identi- permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
dade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimen-
da sociedade brasileira, nos quais se incluem: to humano, social e econômico com pleno exercício dos
direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
I - as formas de expressão; 71, de 2012)
II - os modos de criar, fazer e viver; § 1º
O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se
na política nacional de cultura e nas suas diretri-
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
zes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura,
e rege-se pelos seguintes princípios: Incluído pela
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; Emenda Constitucional nº 71, de 2012

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, pai- I - diversidade das expressões culturais;  Incluído pela
sagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, eco- Emenda Constitucional nº 71, de 2012
lógico e científico.
II - universalização do acesso aos bens e serviços cultu-
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunida- rais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
de, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
brasileiro, por meio de inventários, registros, vigi- III - fomento à produção, difusão e circulação de conhe-
lância, tombamento e desapropriação, e de outras cimento e bens culturais; Incluído pela Emenda Consti-
VADE MECUM PRF

formas de acautelamento e preservação. tucional nº 71, de 2012

§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a IV - cooperação entre os entes federados, os agentes
gestão da documentação governamental e as pro- públicos e privados atuantes na área cultural; Incluído
vidências para franquear sua consulta a quantos pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
dela necessitem.

190
V - integração e interação na execução das políticas, IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda
programas, projetos e ações desenvolvidas;  Incluído Constitucional nº 71, de 2012
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sis-
VI - complementaridade nos papéis dos agentes cultu- tema Nacional de Cultura, bem como de sua arti-
rais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 culação com os demais sistemas nacionais ou po-
líticas setoriais de governo. Incluído pela Emenda
VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído Constitucional nº 71, de 2012
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios or-
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições ganizarão seus respectivos sistemas de cultura em
leis próprias. Incluído pela Emenda Constitucional
da sociedade civil; Incluído pela Emenda Constitucional
nº 71, de 2012
nº 71, de 2012

IX - transparência e compartilhamento das informa- Seção III


ções;  Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
2012 Do Desporto
X - democratização dos processos decisórios com par- Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desporti-
ticipação e controle social; Incluído pela Emenda Cons- vas formais e não-formais, como direito de cada um, ob-
titucional nº 71, de 2012 servados:

XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e


dos recursos e das ações; Incluído pela Emenda Consti- associações, quanto a sua organização e funcionamento;
tucional nº 71, de 2012
II - a destinação de recursos públicos para a promoção
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos prioritária do desporto educacional e, em casos especí-
nos orçamentos públicos para a cultura. Incluído pela ficos, para a do desporto de alto rendimento;
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
III - o tratamento diferenciado para o desporto profis-
sional e o não- profissional;
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cul-
tura, nas respectivas esferas da Federação: Incluído IV - a proteção e o incentivo às manifestações desporti-
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 vas de criação nacional.
I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à dis-
Constitucional nº 71, de 2012 ciplina e às competições desportivas após esgota-
rem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada
II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda em lei.
Constitucional nº 71, de 2012
§ 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de ses-
III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Cons- senta dias, contados da instauração do processo,
titucional nº 71, de 2012 para proferir decisão final.

IV - comissões intergestores;  Incluído pela Emenda § 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de
Constitucional nº 71, de 2012 promoção social.

V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitu-


cional nº 71, de 2012 CAPÍTULO IV

VI - sistemas de financiamento à cultura; Incluído pela DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


Emenda Constitucional nº 71, de 2012
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de
VADE MECUM PRF

2015)
VII - sistemas de informações e indicadores culturais; In-
cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desen-
volvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica
VIII - programas de formação na área da cultura; e In- e tecnológica e a inovação. (Redação dada pela Emenda
cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 Constitucional nº 85, de 2015)

191
§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o Municípios poderão firmar instrumentos de cooperação
bem público e o progresso da ciência, tecnologia com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas,
e inovação. (Redação dada pela Emenda Constitu- inclusive para o compartilhamento de recursos humanos
cional nº 85, de 2015) especializados e capacidade instalada, para a execução
de projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico
§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderan- e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida
temente para a solução dos problemas brasileiros financeira ou não financeira assumida pelo ente beneficiário,
e para o desenvolvimento do sistema produtivo na forma da lei.   (Incluído pela Emenda Constitucional nº
nacional e regional. 85, de 2015)

§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inova- Inovação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração
ção, inclusive por meio do apoio às atividades de entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a
extensão tecnológica, e concederá aos que delas promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a
se ocupem meios e condições especiais de traba- inovação.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de
lho.  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 2015)
85, de 2015)
§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNC-
TI.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de
§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam
2015)
em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao
País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios le-
humanos e que pratiquem sistemas de remunera- gislarão concorrentemente sobre suas peculiarida-
ção que assegurem ao empregado, desvinculada des.   (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
do salário, participação nos ganhos econômicos de 2015)
resultantes da produtividade de seu trabalho.

§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincu- CAPÍTULO V


lar parcela de sua receita orçamentária a entidades
públicas de fomento ao ensino e à pesquisa cientí- DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
fica e tecnológica.
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a
§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no expressão e a informação, sob qualquer forma, processo
caput , estimulará a articulação entre entes, tanto ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
públicos quanto privados, nas diversas esferas de disposto nesta Constituição.
governo.    (Incluído pela Emenda Constitucional nº
85, de 2015) § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa cons-
tituir embaraço à plena liberdade de informação
§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no jornalística em qualquer veículo de comunicação
exterior das instituições públicas de ciência, tecno- social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII
logia e inovação, com vistas à execução das ativi- e XIV.
dades previstas no caput.  (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza po-
lítica, ideológica e artística.
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio na-
cional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvol- § 3º Compete à lei federal:
vimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da po-
pulação e a autonomia tecnológica do País, nos termos de I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo
lei federal. ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as
faixas etárias a que não se recomendem, locais e horá-
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o rios em que sua apresentação se mostre inadequada;
fortalecimento da inovação nas empresas, bem como nos
VADE MECUM PRF

demais entes, públicos ou privados, a constituição e a ma- II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa
nutenção de parques e polos tecnológicos e de demais e à família a possibilidade de se defenderem de progra-
ambientes promotores da inovação, a atuação dos inven- mas ou programações de rádio e televisão que contra-
tores independentes e a criação, absorção, difusão e trans- riem o disposto no art. 221, bem como da propaganda
ferência de tecnologia.  (Incluído pela Emenda Constitucio- de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos
nal nº 85, de 2015) à saúde e ao meio ambiente.

192
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoó- profissionais brasileiros na execução de produções
licas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará nacionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II 36, de 2002)
do parágrafo anterior, e conterá, sempre que ne-
cessário, advertência sobre os malefícios decorren- § 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangei-
tes de seu uso. ro nas empresas de que trata o § 1º. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
§ 5º Os meios de comunicação social não podem, dire-
ta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou § 5º As alterações de controle societário das empresas
oligopólio. de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congres-
so Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional
§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação nº 36, de 2002)
independe de licença de autoridade.
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e re-
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de novar concessão, permissão e autorização para o serviço
de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado
rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
o princípio da complementaridade dos sistemas privado,
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, cultu- público e estatal.
rais e informativas;
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do
art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo
mensagem.
à produção independente que objetive sua divulgação;
§ 2º A não renovação da concessão ou permissão de-
III - regionalização da produção cultural, artística e jor-
penderá de aprovação de, no mínimo, dois quintos
nalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
do Congresso Nacional, em votação nominal.
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da § 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá
família. efeitos legais após deliberação do Congresso Na-
cional, na forma dos parágrafos anteriores.
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de ra-
diodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de bra- § 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes
sileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de de vencido o prazo, depende de decisão judicial.
pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Consti- § 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez
tucional nº 36, de 2002) anos para as emissoras de rádio e de quinze para
as de televisão.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento
do capital total e do capital votante das empresas Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o
imagens deverá pertencer, direta ou indiretamen- Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
te, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos, que exercerão obrigatoriamente a ges-
tão das atividades e estabelecerão o conteúdo da CAPÍTULO VI
programação. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 36, de 2002) DO MEIO AMBIENTE

§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologi-
seleção e direção da programação veiculada são camente equilibrado, bem de uso comum do povo e essen-
privativas de brasileiros natos ou naturalizados há cial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Públi-
mais de dez anos, em qualquer meio de comunica- co e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo
ção social. (Redação dada pela Emenda Constitu- para as presentes e futuras gerações.
cional nº 36, de 2002)
VADE MECUM PRF

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe


§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, in- ao Poder Público:
dependentemente da tecnologia utilizada para a
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essen-
prestação do serviço, deverão observar os princí-
ciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecos-
pios enunciados no art. 221, na forma de lei es-
sistemas; (Regulamento)
pecífica, que também garantirá a prioridade de

193
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimô- § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII
nio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as
à pesquisa e manipulação de material genético;  (Regu- práticas desportivas que utilizem animais, desde
lamento)   (Regulamento) que sejam manifestações culturais, conforme o §
1º do art. 215 desta Constituição Federal, regis-
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços tradas como bem de natureza imaterial integran-
territoriais e seus componentes a serem especialmente te do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas regulamentadas por lei específica que assegure o
somente através de lei, vedada qualquer utilização que bem-estar dos animais envolvidos.   (Incluído pela
comprometa a integridade dos atributos que justifi- Emenda Constitucional nº 96, de 2017)
quem sua proteção; (Regulamento)

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou CAPÍTULO VII


atividade potencialmente causadora de significativa de-
gradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e
ambiental, a que se dará publicidade;  (Regulamento)
do Idoso

(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de


V - controlar a produção, a comercialização e o empre- 2010)
go de técnicas, métodos e substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambien- Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial pro-
te;   (Regulamento) teção do Estado.

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.


de ensino e a conscientização pública para a preserva-
ção do meio ambiente; § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos
da lei.
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei,
as práticas que coloquem em risco sua função ecológi- § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida
ca, provoquem a extinção de espécies ou submetam os a união estável entre o homem e a mulher como
animais a crueldade. (Regulamento) entidade familiar, devendo a lei facilitar sua con-
versão em casamento.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obri-
gado a recuperar o meio ambiente degradado, de § 4º Entende-se, também, como entidade familiar a co-
acordo com solução técnica exigida pelo órgão munidade formada por qualquer dos pais e seus
público competente, na forma da lei. descendentes.

§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade con-


§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao
jugal são exercidos igualmente pelo homem e pela
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
mulher.
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administra-
tivas, independentemente da obrigação de reparar § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divór-
os danos causados. cio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº
66, de 2010)
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa
Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização humana e da paternidade responsável, o plane-
far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que jamento familiar é livre decisão do casal, compe-
assegurem a preservação do meio ambiente, inclu- tindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
sive quanto ao uso dos recursos naturais. científicos para o exercício desse direito, vedada
qualquer forma coercitiva por parte de instituições
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecada- oficiais ou privadas.
VADE MECUM PRF

das pelos Estados, por ações discriminatórias, ne-


cessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 8º O Estado assegurará a assistência à família na pes-
soa de cada um dos que a integram, criando me-
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão canismos para coibir a violência no âmbito de suas
ter sua localização definida em lei federal, sem o relações.
que não poderão ser instaladas.

194
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado VI - estímulo do Poder Público, através de assistência
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com ab- jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei,
soluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dig- adolescente órfão ou abandonado;
nidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de VII - programas de prevenção e atendimento especiali-
negligência, discriminação, exploração, violência, cruelda- zado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente
de e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional de entorpecentes e drogas afins.  (Redação dada Pela
nº 65, de 2010) Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a


integral à saúde da criança, do adolescente e do exploração sexual da criança e do adolescente.
jovem, admitida a participação de entidades não
governamentais, mediante políticas específicas e § 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na for-
obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação ma da lei, que estabelecerá casos e condições de
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) sua efetivação por parte de estrangeiros.

I - aplicação de percentual dos recursos públicos desti- § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento,
nados à saúde na assistência materno-infantil; ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualifi-
cações, proibidas quaisquer designações discrimi-
II - criação de programas de prevenção e atendimento natórias relativas à filiação.
especializado para as pessoas portadoras de deficiência
física, sensorial ou mental, bem como de integração so- § 7º No atendimento dos direitos da criança e do ado-
cial do adolescente e do jovem portador de deficiência, lescente levar-se- á em consideração o disposto no
mediante o treinamento para o trabalho e a convivên- art. 204.
cia, e a facilitação do acesso aos bens e serviços co-
letivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos § 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitu-
e de todas as formas de discriminação. (Redação dada cional nº 65, de 2010)
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os di-
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos lo- reitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional
gradouros e dos edifícios de uso público e de fa- nº 65, de 2010)
bricação de veículos de transporte coletivo, a fim
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal,
de garantir acesso adequado às pessoas portado-
visando à articulação das várias esferas do poder públi-
ras de deficiência.
co para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguin- Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
tes aspectos:
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de aju-
dar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e
jovem à escola; (Redação dada Pela Emenda Constitu- Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever
cional nº 65, de 2010) de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participa-
ção na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-es-
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atri- tar e garantindo-lhes o direito à vida.
buição de ato infracional, igualdade na relação proces-
sual e defesa técnica por profissional habilitado, segun- § 1º Os programas de amparo aos idosos serão execu-
do dispuser a legislação tutelar específica; tados preferencialmente em seus lares.
VADE MECUM PRF

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcio- § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
nalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer
medida privativa da liberdade;

195
CAPÍTULO VIII Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações
são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de
DOS ÍNDIOS seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público
em todos os atos do processo.
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos CÓDIGO PENAL
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respei-
tar todos os seus bens. PARTE GERAL

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios TÍTULO I


as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as im- DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
prescindíveis à preservação dos recursos ambien-
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
tais necessários a seu bem-estar e as necessárias
a sua reprodução física e cultural, segundo seus Anterioridade da Lei
usos, costumes e tradições.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela
destinam-se a sua posse permanente, cabendo- Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos
rios e dos lagos nelas existentes. Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei pos-
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos
terior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela
os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
riquezas minerais em terras indígenas só podem (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ser efetivados com autorização do Congresso Na-
cional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando- Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
-lhes assegurada participação nos resultados da favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
lavra, na forma da lei. que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora de-
terras, salvo, «ad referendum» do Congresso Na-
corrido o período de sua duração ou cessadas as circuns-
cional, em caso de catástrofe ou epidemia que po-
tâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
nha em risco sua população, ou no interesse da durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
soberania do País, após deliberação do Congresso 1984)
Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o re-
torno imediato logo que cesse o risco. Tempo do crime

§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurí- Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento
dicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
o domínio e a posse das terras a que se refere este resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
artigo, ou a exploração das riquezas naturais do
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressal-
1984)
vado relevante interesse público da União, segun-
do o que dispuser lei complementar, não gerando Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em
VADE MECUM PRF

a nulidade e a extinção direito a indenização ou a que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209,
174, § 3º e § 4º. de 11.7.1984)

196
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário 11.7.1984)
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos os ele-
Legislação especial (Conflito aparente de nor- mentos de sua definição legal;  (Incluído pela Lei nº
mas) (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser
de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consu-
11.7.1984) ma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (In-
cluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II Pena de tentativa  (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
DO CRIME
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-
Relação de causalidade  (Redação dada pela Lei nº
-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consu-
7.209, de 11.7.1984)
mado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência 7.209, de 11.7.1984)
do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Desistência voluntária e arrependimento
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o
eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de
prosseguir na execução ou impede que o resultado se
Superveniência de causa independente (Incluído pela
produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º A superveniência de causa relativamente indepen-
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº
dente exclui a imputação quando, por si só, pro-
7.209, de 11.7.1984)
duziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave
nº 7.209, de 11.7.1984)
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
11.7.1984)
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º A omissão é penalmente relevante quando o omi-
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
tente devia e podia agir para evitar o resultado. O
11.7.1984)
dever de agir incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vi-
objeto, é impossível consumar-se o crime.(Redação dada
gilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de im-
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
pedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
de 11.7.1984)
11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da
VADE MECUM PRF

ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209,


I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assu-
de 11.7.1984)
miu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

197
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o
por imprudência, negligência ou imperícia.  (Incluído agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, nin- de 11.7.1984)
guém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação
de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou
7.209, de 11.7.1984) em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal,
de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou
Art. 19  - Pelo resultado que agrava especialmente
da ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209,
11.7.1984)
de 11.7.1984)
Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o
nº 7.209, de 11.7.1984)
fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por
7.209, de 11.7.1984)
crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
Descriminantes putativas  (Incluído pela Lei nº 7.209, 11.7.1984)
de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exer-
§ 1º É isento de pena quem, por erro plenamente justi- cício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
ficado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 11.7.1984)
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de
fato é punível como crime culposo.(Redação dada 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
7.209, de 11.7.1984) (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º Responde pelo crime o terceiro que determina o Estado de necessidade


erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
Erro sobre a pessoa  (Incluído pela Lei nº 7.209, de pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
11.7.1984) por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
§ 3º  O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
praticado não isenta de pena. Não se consideram, 11.7.1984)
neste caso, as condições ou qualidades da vítima,
senão as da pessoa contra quem o agente que- § 1º Não pode alegar estado de necessidade quem ti-
ria praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de nha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação
11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei § 2º Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direi-
VADE MECUM PRF

nº 7.209, de 11.7.1984) to ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um


a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. 11.7.1984)
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de
pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um Legítima defesa
terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

198
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do siste-
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. ma prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) no exercício da função ou em decorrência dela, ou con-
tra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguí-
neo até terceiro grau, em razão dessa condição:(Incluí-
PARTE ESPECIAL do pela Lei nº 13.142, de 2015)

TÍTULO I Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

DOS CRIMES CONTRA A PESSOA § 2º A Considera-se que há razões de condição de sexo


feminino quando o crime envolve:(Incluído pela Lei
CAPÍTULO I nº 13.104, de 2015)

DOS CRIMES CONTRA A VIDA I - violência doméstica e familiar;(Incluído pela Lei nº


13.104, de 2015)
Homicídio simples
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Art. 121. Matar alguem: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Homicídio culposo

Caso de diminuição de pena § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de


1965)
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo
de relevante valor social ou moral, ou sob o domí- Pena - detenção, de um a três anos.
nio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
Aumento de pena
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena
de um sexto a um terço. § 4o  No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3
(um terço), se o crime resulta de inobservância de
Homicídio qualificado
regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima,
§ 2° Se o homicídio é cometido:
não procura diminuir as conseqüências do seu ato,
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por
doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3
outro motivo torpe;
(um terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
II - por motivo futil;
anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
§ 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da
possa resultar perigo comum;
infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessá-
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação
ria. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a de-
fesa do ofendido; § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a meta-
de se o crime for praticado por milícia privada, sob
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunida- o pretexto de prestação de serviço de segurança,
de ou vantagem de outro crime: ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº
12.720, de 2012)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
VADE MECUM PRF

§ 7o  A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um


Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) terço) até a metade se o crime for praticado: (In-
cluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino:(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores
ao parto;(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

199
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores
60 (sessenta) anos ou com deficiência;(Incluído pela Lei são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do
nº 13.104, de 2015) aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a
gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são
III - na presença de descendente ou de ascendente da duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém
vítima.(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) a morte.

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por
médico:(Vide ADPF 54)
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
prestar-lhe auxílio para que o faça: Aborto necessário

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

Parágrafo único - A pena é duplicada: II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é prece-


dido de consentimento da gestante ou, quando inca-
Aumento de pena paz, de seu representante legal.

I - se o crime é praticado por motivo egoístico;


CAPÍTULO II
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
causa, a capacidade de resistência. DAS LESÕES CORPORAIS

Infanticídio Lesão corporal

Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de
próprio filho, durante o parto ou logo após: outrem:

Pena - detenção, de dois a seis anos. Pena - detenção, de três meses a um ano.

Aborto provocado pela gestante ou com seu Lesão corporal de natureza grave
consentimento
§ 1º Se resulta:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir
que outrem lho provoque:(Vide ADPF 54) I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais
de trinta dias;
Pena - detenção, de um a três anos.
II - perigo de vida;
Aborto provocado por terceiro
III - debilidade permanente de membro, sentido ou fun-
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da ção;
gestante:
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
gestante:(Vide ADPF 54) § 2° Se resulta:

Pena - reclusão, de um a quatro anos. I - Incapacidade permanente para o trabalho;

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se II - enfermidade incuravel;


VADE MECUM PRF

a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou


debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
fraude, grave ameaça ou violência
IV - deformidade permanente;
Forma qualificada
V - aborto:

200
Pena - reclusão, de dois a oito anos. § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo,
se as circunstâncias são as indicadas no § 9odeste
Lesão corporal seguida de morte artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (In-
cluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam
que o agente não quís o resultado, nem assumiu o § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será au-
risco de produzí-lo: mentada de um terço se o crime for cometido con-
tra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Lei nº 11.340, de 2006)

Diminuição de pena § 12.


Se a lesão for praticada contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constitui-
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo ção Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício
de relevante valor social ou moral ou sob o domí-
da função ou em decorrência dela, ou contra seu
nio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena
de um sexto a um terço. é aumentada de um a dois terços.(Incluído pela Lei
nº 13.142, de 2015)
Substituição da pena

§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda CAPÍTULO III


substituir a pena de detenção pela de multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis: DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE

I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; Perigo de contágio venéreo

II - se as lesões são recíprocas. Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de
Lesão corporal culposa que sabe ou deve saber que está contaminado:

§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Pena - detenção, de dois meses a um ano. § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.


Aumento de pena
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 Perigo de contágio de moléstia grave
deste Código.(Redação dada pela Lei nº 12.720, de
2012) Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. produzir o contágio:
121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Violência Doméstica(Incluído pela Lei nº 10.886, de
2004) Perigo para a vida ou saúde de outrem

Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo


§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, des-
direto e iminente:
cendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, pre- Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não
valecendo-se o agente das relações domésticas, constitui crime mais grave.
VADE MECUM PRF

de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada


pela Lei nº 11.340, de 2006) Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um
terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Re- decorre do transporte de pessoas para a prestação de servi-
dação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) ços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacor-
do com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998)

201
Abandono de incapaz  Condicionamento de atendimento médico-hospita-
lar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado,
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, Art. 135-A.  Exigir cheque-caução, nota promissória
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio
de formulários administrativos, como condição para o
Pena - detenção, de seis meses a três anos. atendimento médico-hospitalar emergencial:  (Incluído
pela Lei nº 12.653, de 2012).
§ 1º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza
grave: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e
multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Parágrafo único.  A pena é aumentada até o dobro
§ 2º Se resulta a morte: se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de
natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. pela Lei nº 12.653, de 2012).
Aumento de pena
Maus-tratos
§ 3º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob
um terço:
sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação,
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de
irmão, tutor ou curador da vítima. meios de correção ou disciplina:

III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Exposição ou abandono de recém-nascido
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para
ocultar desonra própria: § 2º Se resulta a morte:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze)
Pena - detenção, de um a três anos. anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990)
§ 2º Se resulta a morte:
CAPÍTULO IV
Pena - detenção, de dois a seis anos.
DA RIXA
Omissão de socorro
Rixa
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo contendores:
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,
o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
VADE MECUM PRF

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de
natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa,
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte.

202
CAPÍTULO V § 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato,
que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se
DOS CRIMES CONTRA A HONRA considerem aviltantes:

Calúnia Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além


da pena correspondente à violência.
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente
fato definido como crime: § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. condição de pessoa idosa ou portadora de defici-
ência:(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a im-
Pena - reclusão de um a três anos e multa.(Incluído pela
putação, a propala ou divulga.
Lei nº 9.459, de 1997)
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos. Disposições comuns
Exceção da verdade Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-
se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
§ 3º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação pri- governo estrangeiro;
vada, o ofendido não foi condenado por sentença irre-
corrível; II - contra funcionário público, em razão de suas fun-
ções;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indica-
das no nº I do art. 141; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da in-
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o júria.
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou por-
Difamação tadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluí-
do pela Lei nº 10.741, de 2003)
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga
à sua reputação: ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Exclusão do crime
Exceção da verdade Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa,
admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é pela parte ou por seu procurador;
relativa ao exercício de suas funções.
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou
Injúria científica, salvo quando inequívoca a intenção de inju-
riar ou difamar;
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade
ou o decoro: III - o conceito desfavorável emitido por funcionário
público, em apreciação ou informação que preste no
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. cumprimento de dever do ofício.

§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
VADE MECUM PRF

I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou


Retratação
diretamente a injúria;
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento
injúria. de pena.

203
Parágrafo único.  Nos casos em que o querelado tenha Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe
de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar mal injusto e grave:
o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a
ofensa.(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere Parágrafo único - Somente se procede mediante
calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode representação.
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las
ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela Seqüestro e cárcere privado
ofensa.
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art.
140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Pena - reclusão, de um a três anos.

Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do § 1º A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge
deste Código, e mediante representação do ofendido, no
ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do
anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
§ 3o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
12.033.  de 2009) II - se o crime é praticado mediante internação da víti-
ma em casa de saúde ou hospital;
CAPÍTULO VI
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito)
anos;(Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
SEÇÃO I
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.(Incluído
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL pela Lei nº 11.106, de 2005)
Constrangimento ilegal
§ 2º Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
natureza da detenção, grave sofrimento físico ou
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência
moral:
ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Redução a condição análoga à de escravo
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de
Aumento de pena
escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou
a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
§ 1º As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro,
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
quando, para a execução do crime, se reúnem mais
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
de três pessoas, ou há emprego de armas.
empregador ou preposto:(Redação dada pela Lei nº 10.803,
§ 2º Além das penas cominadas, aplicam-se as corres- de 11.12.2003)
pondentes à violência.
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da
§ 3º Não se compreendem na disposição deste artigo: pena correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº
10.803, de 11.12.2003)
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I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consenti-


mento do paciente ou de seu representante legal, se § 1o  Nas mesmas penas incorre quem:(Incluído pela Lei
justificada por iminente perigo de vida; nº 10.803, de 11.12.2003)

II - a coação exercida para impedir suicídio. I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por
parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
Ameaça trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)

204
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do ter-
ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do ritório nacional. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. (Vigência)
(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
§ 2o  A pena é reduzida de um a dois terços se o agente
§ 2o  A pena é aumentada de metade, se o crime é co- for primário e não integrar organização criminosa.
metido:(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)

I – contra criança ou adolescente;(Incluído pela Lei nº


10.803, de 11.12.2003) SEÇÃO II

II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DO-
ou origem.(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) MICÍLIO

Tráfico de Pessoas  (Incluído pela Lei nº 13.344, de Violação de domicílio


2016)(Vigência)
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
Art. 149-A.  Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com
a finalidade de:(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
(Vigência)
§ 1º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; (In- ermo, ou com o emprego de violência ou de arma,
cluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) ou por duas ou mais pessoas:

II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da
escravo; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência) pena correspondente à violência.

III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;  (Incluído § 2º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é come-
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) tido por funcionário público, fora dos casos legais,
ou com inobservância das formalidades estabele-
IV - adoção ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de cidas em lei, ou com abuso do poder.
2016)(Vigência)
§ 3º Não constitui crime a entrada ou permanência em
V - exploração sexual. (Incluído pela Lei nº 13.344, de casa alheia ou em suas dependências:
2016)(Vigência)
I - durante o dia, com observância das formalidades le-
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e mul- gais, para efetuar prisão ou outra diligência;
ta. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
se: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
§ 4º - A expressão «casa» compreende:
I - o crime for cometido por funcionário público no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê- I - qualquer compartimento habitado;
-las; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou
pessoa idosa ou com deficiência;  (Incluído pela Lei nº III - compartimento não aberto ao público, onde al-
13.344, de 2016)(Vigência) guém exerce profissão ou atividade.

§ 5º Não se compreendem na expressão «casa»:


VADE MECUM PRF

III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,


domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de depen-
dência econômica, de autoridade ou de superioridade I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação
hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
função; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigên- parágrafo anterior;
cia)
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

205
SEÇÃO III SEÇÃO IV

DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE COR- DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SE-
RESPONDÊNCIA GREDOS

Violação de correspondência Divulgação de segredo

Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo
correspondência fechada, dirigida a outrem: de documento particular ou de correspondência confiden-
cial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. possa produzir dano a outrem:
Sonegação ou destruição de correspondência
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º Na mesma pena incorre:
§ 1º Somente se procede mediante representação. (Pa-
I - quem se apossa indevidamente de correspondência rágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a 2000)
sonega ou destrói;
§1oA. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou
ou telefônica não nos sistemas de informações ou banco de da-
dos da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem 9.983, de 2000)
ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou ra-
dioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
entre outras pessoas; multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III - quem impede a comunicação ou a conversação re- § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pú-
feridas no número anterior; blica, a ação penal será incondicionada. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioe-
létrico, sem observância de disposição legal. Violação do segredo profissional
§ 2º As penas aumentam-se de metade, se há dano Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de
para outrem. que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
§ 3º Se o agente comete o crime, com abuso de função
em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou te-
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
lefônico:
Parágrafo único - Somente se procede mediante
Pena - detenção, de um a três anos.
representação.
§ 4º Somente se procede mediante representação, sal-
vo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º. Invasão de dispositivo informático  (Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012)Vigência
Correspondência comercial
Art. 154-A.  Invadir dispositivo informático alheio, co-
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado nectado ou não à rede de computadores, mediante vio-
de estabelecimento comercial ou industrial para, no lação indevida de mecanismo de segurança e com o fim
todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo: autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
VADE MECUM PRF

instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:  (In-


Pena - detenção, de três meses a dois anos. cluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único - Somente se procede mediante Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e mul-
representação.
ta. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência

206
§ 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, TÍTULO II
distribui, vende ou difunde dispositivo ou progra-
ma de computador com o intuito de permitir a prá- DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
tica da conduta definida no caput.    (Incluído pela
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência CAPÍTULO I

§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da DO FURTO


invasão resulta prejuízo econômico.     (Incluído
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Furto

§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
de comunicações eletrônicas privadas, segredos móvel:
comerciais ou industriais, informações sigilosas,
assim definidas em lei, ou o controle remoto não Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
autorizado do dispositivo invadido:    (Incluído pela
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência § 1º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é pra-
ticado durante o repouso noturno.
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
ta, se a conduta não constitui crime mais grave.    (Incluído § 2º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois
§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a terços, ou aplicar somente a pena de multa.
dois terços se houver divulgação, comercialização
ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos § 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
dados ou informações obtidos.    (Incluído pela Lei qualquer outra que tenha valor econômico.
nº 12.737, de 2012)Vigência
Furto qualificado
§ 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o
crime for praticado contra:    (Incluído pela Lei nº § 4º A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa,
12.737, de 2012) Vigência se o crime é cometido:
I - Presidente da República, governadores e prefei- I - com destruição ou rompimento de obstáculo à sub-
tos;    (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência tração da coisa;
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;    (Incluído II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, esca-
pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
lada ou destreza;
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado
III - com emprego de chave falsa;
Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câma-
ra Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Munici-
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
pal; ou    (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§4ºA. A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta
e multa, se houver emprego de explosivo ou de ar-
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.  (In-
cluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência tefato análogo que cause perigo comum. (Incluído
pela Lei nº 13.654, de 2018)
Ação penal  (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência § 5º A pena é de reclusão de três a oito anos, se a sub-
tração for de veículo automotor que venha a ser
Art. 154-B.  Nos crimes definidos no art. 154-A, somen- transportado para outro Estado ou para o exte-
te se procede mediante representação, salvo se o crime é rior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
cometido contra a administração pública direta ou indireta
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de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Fede- § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos
ral ou Municípios ou contra empresas concessionárias de se a subtração for de semovente domesticável de
serviços públicos.  (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) produção, ainda que abatido ou dividido em partes
Vigência no local da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330,
de 2016)

207
§ 7º   A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
e multa, se a subtração for de substâncias explo- acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sivas ou de acessórios que, conjunta ou isolada- sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela
mente, possibilitem sua fabricação, montagem ou Lei nº 13.654, de 2018)
emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§2ºA. A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído
Furto de coisa comum pela Lei nº 13.654, de 2018)

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego
para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
coisa comum:
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo me-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. diante o emprego de explosivo ou de artefato análogo
que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654,
§ 1º Somente se procede mediante representação. de 2018)

§ 2º Não é punível a subtração de coisa comum fungí- § 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº
vel, cujo valor não excede a quota a que tem direi- 13.654, de 2018)
to o agente.
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete)
a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654,
CAPÍTULO II de 2018)

DO ROUBO E DA EXTORSÃO II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta)


anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Roubo
Extorsão
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou
ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
impossibilidade de resistência: outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa § 1º Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas,
ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de
do crime ou a detenção da coisa para si ou para um terço até metade.
terceiro.
§ 2º Aplica-se à extorsão praticada mediante violência
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até meta- o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº
de: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 8.072, de 25.7.90

I – (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.654, de § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da li-
2018) berdade da vítima, e essa condição é necessária
para a obtenção da vantagem econômica, a pena
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e
e o agente conhece tal circunstância. 3o, respectivamente.(Incluído pela Lei nº 11.923,
de 2009)
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha
a ser transportado para outro Estado ou para o exte-
VADE MECUM PRF

Extorsão mediante seqüestro


rior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, res- si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou
tringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90(Vide Lei nº
1996) 10.446, de 2002)

208
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada Esbulho possessório
pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno
horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é co-
metido por bando ou quadrilha.Vide Lei nº 8.072, § 2º Se o agente usa de violência, incorre também na
de 25.7.90  (Redação dada pela Lei nº 10.741, de pena a esta cominada.
2003)
§ 3º Se a propriedade é particular, e não há emprego
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.(Redação dada de violência, somente se procede mediante queixa.
pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Supressão ou alteração de marca em animais
§ 2º Se do fato resulta lesão corporal de natureza gra-
ve: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em
gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. propriedade:
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
§ 3º Se resulta a morte:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.(Redação CAPÍTULO IV


dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
DO DANO
§ 4º  Se o crime é cometido em concurso, o concorrente
que o denunciar à autoridade, facilitando a liberta- Dano
ção do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um
a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
1996)
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Extorsão indireta
Dano qualificado
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
abusando da situação de alguém, documento que pode
dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
contra terceiro:
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva,
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. se o fato não constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito


CAPÍTULO III
Federal, de Município ou de autarquia, fundação públi-
ca, empresa pública, sociedade de economia mista ou
DA USURPAÇÃO
empresa concessionária de serviços públicos; (Redação
Alteração de limites dada pela Lei nº 13.531, de 2017)

Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável
qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para para a vítima:
apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa,
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. além da pena correspondente à violência.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem: Introdução ou abandono de animais em propriedade


VADE MECUM PRF

alheia
Usurpação de águas
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que
águas alheias; o fato resulte prejuízo:

209
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa. § 1o  Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Inclu-
ído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou
histórico I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra im-
portância destinada à previdência social que tenha sido
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada descontada de pagamento efetuado a segurados, a
pela autoridade competente em virtude de valor artístico, terceiros ou arrecadada do público;(Incluído pela Lei nº
arqueológico ou histórico: 9.983, de 2000)

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. II – recolher contribuições devidas à previdência social
que tenham integrado despesas contábeis ou custos
Alteração de local especialmente protegido relativos à venda de produtos ou à prestação de servi-
ços;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente,
o aspecto de local especialmente protegido por lei: III - pagar benefício devido a segurado, quando as res-
pectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. à empresa pela previdência social.(Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
Ação penal
§ 2o  É extinta a punibilidade se o agente, espontane-
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu
amente, declara, confessa e efetua o pagamento
parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante
das contribuições, importâncias ou valores e presta
queixa.
as informações devidas à previdência social, na for-
ma definida em lei ou regulamento, antes do início
CAPÍTULO V da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA § 3o  É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou apli-


car somente a de multa se o agente for primário e
Apropriação indébita de bons antecedentes, desde que:(Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que
tem a posse ou a detenção: I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes
de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. social previdenciária, inclusive acessórios; ou(Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Aumento de pena
II – o valor das contribuições devidas, inclusive aces-
§ 1º A pena é aumentada de um terço, quando o agen- sórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
te recebeu a coisa: previdência social, administrativamente, como sendo
o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fis-
I - em depósito necessário; cais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, § 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se
inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; aplica aos casos de parcelamento de contribuições
cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior
III - em razão de ofício, emprego ou profissão. àquele estabelecido, administrativamente, como
sendo o mínimo para o ajuizamento de suas exe-
Apropriação indébita previdenciária  (Incluído pela cuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018)
Lei nº 9.983, de 2000)
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as ou força da natureza
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e for-
VADE MECUM PRF

ma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao
2000) seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:

210
Apropriação de tesouro IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de
coisa que deve entregar a alguém;
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria,
no todo ou em parte, da quota a que tem direito o pro- Fraude para recebimento de indenização ou valor de
prietário do prédio; seguro

Apropriação de coisa achada V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa pró-


pria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de
total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono haver indenização ou valor de seguro;
ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade
competente, dentro no prazo de quinze dias. Fraude no pagamento por meio de cheque

Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos
o disposto no art. 155, § 2º. em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.

§ 3º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é co-


CAPÍTULO VI metido em detrimento de entidade de direito pú-
blico ou de instituto de economia popular, assis-
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES tência social ou beneficência.

Estelionato Estelionato contra idoso

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilí- § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido
cita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém contra idoso.(Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento: Duplicata simulada

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que
quinhentos mil réis a dez contos de réis. não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou
qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei
§ 1º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor nº 8.137, de 27.12.1990)
o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
disposto no art. 155, § 2º.
(Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
§ 2º Nas mesmas penas incorre quem:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle
que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Disposição de coisa alheia como própria
Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou
Abuso de incapazes
em garantia coisa alheia como própria;
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito
coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante
pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
dessas circunstâncias;
Induzimento à especulação
Defraudação de penhor
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
VADE MECUM PRF

III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental
credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou
quando tem a posse do objeto empenhado; à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou
devendo saber que a operação é ruinosa:
Fraude na entrega de coisa
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

211
Fraude no comércio III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à socie-
dade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia
o adquirente ou consumidor: geral;

I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por con-
falsificada ou deteriorada; ta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei
o permite;
II - entregando uma mercadoria por outra:
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. social, aceita em penhor ou em caução ações da própria
sociedade;
§ 1º Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade
ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em
pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor va- desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui
lor; vender pedra falsa por verdadeira; vender, como lucros ou dividendos fictícios;
precioso, metal de ou outra qualidade:
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprova-
ção de conta ou parecer;
§ 2º É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
Outras fraudes
IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em autorizada a funcionar no País, que pratica os atos men-
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de cionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao Governo.
recursos para efetuar o pagamento:
§ 2º Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. anos, e multa, o acionista que, a fim de obter van-
tagem para si ou para outrem, negocia o voto nas
Parágrafo único - Somente se procede mediante deliberações de assembléia geral.
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena. Emissão irregular de conhecimento de depósito ou
“warrant”
Fraudes e abusos na fundação ou administração de
sociedade por ações Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant,
em desacordo com disposição legal:
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações,
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
ou à assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela Fraude à execução
relativo:
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
não constitui crime contra a economia popular.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º Incorrem na mesma pena, se o fato não consti-
tui crime contra a economia popular: (Vide Lei nº Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
1.521, de 1951)

I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por CAPÍTULO VII


ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou
comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação DA RECEPTAÇÃO
falsa sobre as condições econômicas da sociedade, ou
VADE MECUM PRF

oculta fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a Receptação


elas relativo;
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de
qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
títulos da sociedade; ou oculte:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

212
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.(Redação Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (In-
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) cluído pela Lei nº 13.330, de 2016)

Receptação qualificada(Redação dada pela Lei nº


9.426, de 1996) CAPÍTULO VIII

§ 1º Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter DISPOSIÇÕES GERAIS


em depósito, desmontar, montar, remontar, ven-
der, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer
em proveito próprio ou alheio, no exercício de ati- dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº
vidade comercial ou industrial, coisa que deve sa- 10.741, de 2003)
ber ser produto de crime: (Redação dada pela Lei
nº 9.426, de 1996) I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.(Redação II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

§ 2º Equipara-se à atividade comercial, para efeito do Art. 182 - Somente se procede mediante representação,
parágrafo anterior, qualquer forma de comércio ir- se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:(Vide
regular ou clandestino, inclusive o exercício em re- Lei nº 10.741, de 2003)
sidência.(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
§ 3º Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou
pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
condição de quem a oferece, deve presumir-se ob-
tida por meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
9.426, de 1996)
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou anteriores:
ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
§ 4º A receptação é punível, ainda que desconhecido
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
ou isento de pena o autor do crime de que proveio
a coisa.(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) pessoa;

§ 5º Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, II - ao estranho que participa do crime.


pode o juiz, tendo em consideração as circunstân-
cias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa III – se o crime é praticado contra pessoa com idade
aplica-se o disposto no § 2º do art. 155.  (Incluído igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei
pela Lei nº 9.426, de 1996) nº 10.741, de 2003)

§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de


Estado, do Distrito Federal, de Município ou de au- TÍTULO X
tarquia, fundação pública, empresa pública, socie-
dade de economia mista ou empresa concessioná-
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
ria de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena
CAPÍTULO I
prevista no caput deste artigo. (Redação dada pela
Lei nº 13.531, de 2017)
DA MOEDA FALSA
Receptação de animal
Moeda Falsa
Art. 180-A.  Adquirir, receber, transportar, conduzir,
VADE MECUM PRF

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda


ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de
produção ou de comercialização, semovente domesticá- metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
vel de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, estrangeiro:
que deve saber ser produto de crime:(Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
13.330, de 2016)

213
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem, por conta pró- Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
pria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende,
troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circu- Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro
lação moeda falsa. qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na
pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
§ 2º Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadei-
ra, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação,
depois de conhecer a falsidade, é punido com de- CAPÍTULO II
tenção, de seis meses a dois anos, e multa.
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚ-
§ 3º É punido com reclusão, de três a quinze anos, e BLICOS
multa, o funcionário público ou diretor, gerente,
ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite Falsificação de papéis públicos
ou autoriza a fabricação ou emissão:
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determina-
do em lei; I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou
qualquer papel de emissão legal destinado à arrecada-
II - de papel-moeda em quantidade superior à autori- ção de tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de
zada. 2004)

§ 4º Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz cir- II - papel de crédito público que não seja moeda de
cular moeda, cuja circulação não estava ainda au- curso legal;
torizada.
III - vale postal;
Crimes assimilados ao de moeda falsa
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo econômica ou de outro estabelecimento mantido por
de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes entidade de direito público;
verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete
recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro docu-
indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, mento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a
nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o depósito ou caução por que o poder público seja res-
fim de inutilização: ponsável;

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
transporte administrada pela União, por Estado ou por
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a Município:
doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário
que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela
(Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei nº 11.035, de 2004)
Petrechos para falsificação de moeda
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei
ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, nº 11.035, de 2004)
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, em-
à falsificação de moeda:
presta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo fal-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. sificado destinado a controle tributário;  (Incluído pela
Lei nº 11.035, de 2004)
VADE MECUM PRF

Emissão de título ao portador sem permissão legal


III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta,
ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em provei-
em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome to próprio ou alheio, no exercício de atividade comer-
da pessoa a quem deva ser pago: cial ou industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela
Lei nº 11.035, de 2004)

214
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a § 1º - Incorre nas mesmas penas:
controle tributário, falsificado;  (Incluído pela Lei nº
11.035, de 2004) I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;

b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tri- II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verda-
butária determina a obrigatoriedade de sua aplica- deiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio
ção. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) ou alheio.

§ 2º Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legí- III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas,
timos, com o fim de torná-los novamente utilizá- logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utiliza-
veis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: dos ou identificadores de órgãos ou entidades da Ad-
ministração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º Se o agente é funcionário público, e comete o cri-
§ 3º Incorre na mesma pena quem usa, depois de alte- me prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
rado, qualquer dos papéis a que se refere o pará- de sexta parte.
grafo anterior.
Falsificação de documento público
§ 4º Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou al- público, ou alterar documento público verdadeiro:
terados, a que se referem este artigo e o seu § 2º,
depois de conhecer a falsidade ou alteração, incor- Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
re na pena de detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa. § 1º Se o agente é funcionário público, e comete o cri-
me prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do de sexta parte.
inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irre-
gular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, § 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
praças ou outros logradouros públicos e em resi- público o emanado de entidade paraestatal, o tí-
dências. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) tulo ao portador ou transmissível por endosso, as
ações de sociedade comercial, os livros mercantis
Petrechos de falsificação e o testamento particular.

Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar § 3o  Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz in-
objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer serir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
dos papéis referidos no artigo anterior:
I – na folha de pagamento ou em documento de in-
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. formações que seja destinado a fazer prova perante a
previdência social, pessoa que não possua a qualidade
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de
o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 2000)
sexta parte.
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do em-
pregado ou em documento que deva produzir efeito
CAPÍTULO III perante a previdência social, declaração falsa ou diver-
sa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº
DA FALSIDADE DOCUMENTAL 9.983, de 2000)

Falsificação do selo ou sinal público III – em documento contábil ou em qualquer outro do-
cumento relacionado com as obrigações da empresa
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: perante a previdência social, declaração falsa ou diversa
da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983,
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da de 2000)
VADE MECUM PRF

União, de Estado ou de Município;


§ 4o  Nas mesmas penas incorre quem omite, nos docu-
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito mentos mencionados no § 3o, nome do segurado
público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência
do contrato de trabalho ou de prestação de servi-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. ços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

215
Falsificação de documento particular(Redação dada Pena - detenção, de três meses a dois anos.
pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de lucro, apli-
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento ca-se, além da pena privativa de liberdade, a de
particular ou alterar documento particular verdadeiro: multa.

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsidade de atestado médico

Falsificação de cartão  (Incluído pela Lei nº 12.737, de Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
2012) Vigência atestado falso:

Parágrafo único.  Para fins do disposto no caput, equi- Pena - detenção, de um mês a um ano.
para-se a documento particular o cartão de crédito ou dé-
bito.  (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de
lucro, aplica-se também multa.
Falsidade ideológica
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filaté-
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, lica
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica
com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução
verdade sobre fato juridicamente relevante: ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no
verso do selo ou peça:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público, e reclusão de um a três anos, e Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
falsificação ou alteração é de assentamento de registro Uso de documento falso
civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados
Falso reconhecimento de firma ou letra ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:

Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
função pública, firma ou letra que o não seja:
Supressão de documento
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público; e de um a três anos, e multa, se o Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício
documento é particular. próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento
público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e
função pública, fato ou circunstância que habilite alguém multa, se o documento é particular.
a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de
caráter público, ou qualquer outra vantagem:
CAPÍTULO IV
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
DE OUTRAS FALSIDADES
Falsidade material de atestado ou certidão
Falsificação do sinal empregado no contraste de
§ 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certi- metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para
VADE MECUM PRF

dão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado outros fins


verdadeiro, para prova de fato ou circunstância
que habilite alguém a obter cargo público, isenção Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca
de ônus ou de serviço de caráter público, ou qual- ou sinal empregado pelo poder público no contraste de
quer outra vantagem: metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar
marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:

216
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º Se o agente comete o crime no exercício da função
pública ou em razão dela, a pena é aumentada de
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que um terço.(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária,
ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou § 2º Incorre nas mesmas penas o funcionário público
comprovar o cumprimento de formalidade legal: que contribui para o licenciamento ou registro do
veículo remarcado ou adulterado, fornecendo in-
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. devidamente material ou informação oficial. (Inclu-
ído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Falsa identidade

Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa CAPÍTULO V


identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou
alheio, ou para causar dano a outrem: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO 
fato não constitui elemento de crime mais grave.
(INCLUÍDO PELA LEI 12.550. DE 2011)
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de
eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento Fraudes em certames de interesse público  (Incluído
de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se pela Lei 12.550. de 2011)
utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Art. 311-A.  Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
se o fato não constitui elemento de crime mais grave. credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:(Incluído
pela Lei 12.550. de 2011)
Fraude de lei sobre estrangeiro
I - concurso público;(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer
no território nacional, nome que não é o seu:
II - avaliação ou exame públicos;(Incluído pela Lei
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 12.550. de 2011)

Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa III - processo seletivo para ingresso no ensino superior;
qualidade para promover-lhe a entrada em território ou(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
nacional: (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:(Incluí-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído do pela Lei 12.550. de 2011)
pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou pos- (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
suidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro,
nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade § 1o  Nas mesmas penas incorre quem permite ou fa-
ou a posse de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, cilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não
de 1996) autorizadas às informações mencionadas no caput.
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) § 2o  Se da ação ou omissão resulta dano à administra-
ção pública:(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Adulteração de sinal identificador de veículo
automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.(In-
cluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou
VADE MECUM PRF

qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu § 3o  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato
componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº é cometido por funcionário público. (Incluído pela
9.426, de 1996)) Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.(Redação
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

217
TÍTULO XI Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema
de informações ou programa de informática sem autori-
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA zação ou solicitação de autoridade competente: (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
CAPÍTULO I
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚ- multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
BLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço
Peculato até a metade se da modificação ou alteração resulta dano
para a Administração Pública ou para o administrado.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou do-
proveito próprio ou alheio:
cumento
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento,
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtra-
ído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não
facilidade que lhe proporciona a qualidade de fun- constitui crime mais grave.
cionário.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Peculato culposo
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente para o cri- diversa da estabelecida em lei:
me de outrem:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Concussão
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
a pena imposta. assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Peculato mediante erro de outrem Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade Excesso de exação


que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contribuição so-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. cial que sabe ou deveria saber indevido, ou, quan-
do devido, emprega na cobrança meio vexatório
Inserção de dados falsos em sistema de
ou gravoso, que a lei não autoriza:(Redação dada
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado,
a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamen- Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
te dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar § 2º Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
outrem, o que recebeu indevidamente para reco-
VADE MECUM PRF

dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))


lher aos cofres públicos:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Modificação ou alteração não autorizada de sistema Corrupção passiva


de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

218
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou Pena - detenção, de três meses a um ano, além da
aceitar promessa de tal vantagem: multa.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e Violência arbitrária


multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em conse- pretexto de exercê-la:
qüência da vantagem ou promessa, o funcionário
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da
ou o pratica infringindo dever funcional. pena correspondente à violência.

§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retar- Abandono de função


da ato de ofício, com infração de dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem: Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos
permitidos em lei:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Facilitação de contrabando ou descaminho
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a
prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e § 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) de fronteira:

Prevaricação Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, Exercício funcional ilegalmente antecipado ou pro-
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de longado
lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-
la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
Art. 319-A.  Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou exonerado, removido, substituído ou suspenso:
agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso
o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
permita a comunicação com outros presos ou com o
Violação de sigilo funcional
ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe
Condescendência criminosa a revelação:

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se
responsabilizar subordinado que cometeu infração no o fato não constitui crime mais grave.
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
§ 1o  Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (In-
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimen-
Advocacia administrativa to e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o
VADE MECUM PRF

acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de in-


Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse formações ou banco de dados da Administração Públi-
privado perante a administração pública, valendo-se da ca; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
qualidade de funcionário:
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluí-
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. do pela Lei nº 9.983, de 2000)

219
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Adminis- § 1º Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
tração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000) Pena - reclusão, de um a três anos.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) das correspondentes à violência.

Violação do sigilo de proposta de concorrência Desobediência

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário
pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: público:

Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Funcionário público Desacato

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da
efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem função ou em razão dela:
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce
cargo, emprego ou função em entidade paraesta- Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127,
tal, e quem trabalha para empresa prestadora de de 1995)
serviço contratada ou conveniada para a execução
de atividade típica da Administração Pública.  (In- Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000) para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pre-
texto de influir em ato praticado por funcionário público
§ 2º A pena será aumentada da terça parte quando os no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem de 1995)
ocupantes de cargos em comissão ou de função
de direção ou assessoramento de órgão da ad- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
ministração direta, sociedade de economia mista, multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
empresa pública ou fundação instituída pelo poder
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade,
público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
se o agente alega ou insinua que a vantagem é também
destinada ao funcionário.(Redação dada pela Lei nº 9.127,
CAPÍTULO II de 1995)

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CON- Corrupção ativa


TRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
Usurpação de função pública funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se,
em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
Resistência
Descaminho
VADE MECUM PRF

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante


violência ou ameaça a funcionário competente para Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008,
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. de 26.6.2014)

220
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) destinada à exportação;(Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem:(Redação dada pela
Lei nº 13.008, de 26.6.2014) IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos no exercício de atividade comercial ou industrial, mer-
permitidos em lei;(Redação dada pela Lei nº 13.008, de cadoria proibida pela lei brasileira;(Incluído pela Lei nº
26.6.2014) 13.008, de 26.6.2014)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descami- V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
nho;(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria proibida pela lei brasileira.(Incluído pela Lei
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades
no exercício de atividade comercial ou industrial, mer- comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma
cadoria de procedência estrangeira que introduziu de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
clandestinamente no País ou importou fraudulenta- estrangeiras, inclusive o exercido em residências.(Inclu-
mente ou que sabe ser produto de introdução clandes- ído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
tina no território nacional ou de importação fraudulenta
por parte de outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, § 3o  A pena aplica-se em dobro se o crime de contra-
de 26.6.2014) bando é praticado em transporte aéreo, marítimo
ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
mercadoria de procedência estrangeira, desacompa-
nhada de documentação legal ou acompanhada de do- Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência
cumentos que sabe serem falsos.(Redação dada pela Lei pública ou venda em hasta pública, promovida pela
nº 13.008, de 26.6.2014) administração federal, estadual ou municipal, ou por
entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efei- ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
tos deste artigo, qualquer forma de comércio irre- oferecimento de vantagem:
gular ou clandestino de mercadorias estrangeiras,
inclusive o exercido em residências.(Redação dada Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa,
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) além da pena correspondente à violência.

§ 3o  A pena aplica-se em dobro se o crime de desca- Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se
minho é praticado em transporte aéreo, marítimo abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem
ou fluvial.(Redação dada pela Lei nº 13.008, de oferecida.
26.6.2014)
Inutilização de edital ou de sinal
Contrabando
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibi- ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário
da:(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por
determinação legal ou por ordem de funcionário público,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.(Incluído para identificar ou cerrar qualquer objeto:
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem:(Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014) Subtração ou inutilização de livro ou documento
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contraban- Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente,
do;(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
VADE MECUM PRF

livro oficial, processo ou documento confiado à custódia


II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em
que dependa de registro, análise ou autorização de ór- serviço público:
gão público competente;(Incluído pela Lei nº 13.008, de
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não
26.6.2014)
constitui crime mais grave.

221
Sonegação de contribuição previdenciária  (Incluído CAPÍTULO II-A 
pela Lei nº 9.983, de 2000)
(Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social pre-
videnciária e qualquer acessório, mediante as seguintes DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CON-
condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) TRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de Corrupção ativa em transação comercial
documento de informações previsto pela legislação internacional
previdenciária segurados empregado, empresário, tra-
balhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei indiretamente, vantagem indevida a funcionário público
nº 9.983, de 2000) estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios transação comercial internacional:(Incluído pela Lei nº
da contabilidade da empresa as quantias descontadas 10467, de 11.6.2002)
dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo
tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e
2000) multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros au- Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço),
feridos, remunerações pagas ou creditadas e demais se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário
fatos geradores de contribuições sociais previdenciá- público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou
rias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº
10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Tráfico de influência em transação comercial
internacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
§ 1o  É extinta a punibilidade se o agente, espontanea-
mente, declara e confessa as contribuições, impor- Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
tâncias ou valores e presta as informações devidas si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem
à previdência social, na forma definida em lei ou ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato
regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluí- praticado por funcionário público estrangeiro no exercício
do pela Lei nº 9.983, de 2000) de suas funções, relacionado a transação comercial
internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
§ 2o  É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou apli-
car somente a de multa se o agente for primário e Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) o agente alega ou insinua que a vantagem é também
destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº
II – o valor das contribuições devidas, inclusive aces- 10467, de 11.6.2002)
sórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente, como sendo Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº
o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fis- 10467, de 11.6.2002)
cais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 337-D. Considera-se funcionário público
§ 3o  Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que
de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
(um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá re- emprego ou função pública em entidades estatais ou em
duzir a pena de um terço até a metade ou aplicar representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído
apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
VADE MECUM PRF

2000)
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público
§ 4o  O valor a que se refere o parágrafo anterior será estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índi- empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo
ces do reajuste dos benefícios da previdência so- Poder Público de país estrangeiro ou em organizações
cial. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)

222
CAPÍTULO III § 2o  O fato deixa de ser punível se, antes da sentença
no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA retrata ou declara a verdade.(Redação dada pela
Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Reingresso de estrangeiro expulso
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador,
que dele foi expulso: tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou
calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de
ou interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
nova expulsão após o cumprimento da pena.
28.8.2001)
Denunciação caluniosa
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
policial, de processo judicial, instauração de investigação
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000) destinada a produzir efeito em processo penal ou em
processo civil em que for parte entidade da administração
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268,
de 28.8.2001)
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se
serve de anonimato ou de nome suposto. Coação no curso do processo

§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com
prática de contravenção. o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra
autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona
Comunicação falsa de crime ou de contravenção ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou
administrativo, ou em juízo arbitral:
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-
lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da
se ter verificado: pena correspondente à violência.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Exercício arbitrário das próprias razões
Auto-acusação falsa Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime
o permite:
inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa,
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
além da pena correspondente à violência.
Falso testemunho ou falsa perícia
Parágrafo único - Se não há emprego de violência,
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade somente se procede mediante queixa.
como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em
processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa
juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) própria, que se acha em poder de terceiro por determinação
judicial ou convenção:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

§ 1 As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se Fraude processual


VADE MECUM PRF

o crime é praticado mediante suborno ou se come-


tido com o fim de obter prova destinada a produzir Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de
efeito em processo penal, ou em processo civil em processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa
que for parte entidade da administração pública di- ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
reta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001) Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

223
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas
aplicam-se em dobro. Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de se-
gurança
Favorecimento pessoal
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade legalmente presa ou submetida a medida de segurança
pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: detentiva:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

§ 1º Se ao crime não é cominada pena de reclusão: § 1º Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais
de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa. pena é de reclusão, de dois a seis anos.

§ 2º Se quem presta o auxílio é ascendente, descenden- § 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-
te, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de -se também a pena correspondente à violência.
pena.
§ 3º A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o
Favorecimento real crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou
guarda está o preso ou o internado.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-
autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro § 4º No caso de culpa do funcionário incumbido da
o proveito do crime: custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção,
de três meses a um ano, ou multa.
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 349-A.  Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou
facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em indivíduo submetido a medida de segurança detentiva,
estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de usando de violência contra a pessoa:
2009).
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído correspondente à violência.
pela Lei nº 12.012, de 2009).
Arrebatamento de preso
Exercício arbitrário ou abuso de poder
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do
Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:
liberdade individual, sem as formalidades legais ou com
abuso de poder: Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena
correspondente à violência.
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Motim de presos
Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário
que: Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem
ou disciplina da prisão:
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a
estabelecimento destinado a execução de pena privati- Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da
va de liberdade ou de medida de segurança; pena correspondente à violência.

II - prolonga a execução de pena ou de medida de se- Patrocínio infiel


gurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou
VADE MECUM PRF

de executar imediatamente a ordem de liberdade; Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou


procurador, o dever profissional, prejudicando interesse,
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou cus- cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
tódia a vexame ou a constrangimento não autorizado
em lei; Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

224
Patrocínio simultâneo ou tergiversação Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000)
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o
advogado ou procurador judicial que defende na mesma Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena,
causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou
externo: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
I – com inobservância de limite, condição ou montante
Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de estabelecido em lei ou em resolução do Senado Fede-
restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, ral; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapas-
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. sa o limite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei
nº 10.028, de 2000)
Exploração de prestígio
Inscrição de despesas não empenhadas em restos a
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra pagar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos
intérprete ou testemunha: a pagar, de despesa que não tenha sido previamente
empenhada ou que exceda limite estabelecido em
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
também se destina a qualquer das pessoas referidas neste
Assunção de obrigação no último ano do mandato
artigo.
ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Violência ou fraude em arrematação judicial Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de
obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação
do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga
judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser
licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida
oferecimento de vantagem: suficiente de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº
10.028, de 2000)
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa,
além da pena correspondente à violência. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou
suspensão de direito Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade
ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
judicial: lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)

CAPÍTULO IV Prestação de garantia graciosa  (Incluído pela Lei nº


10.028, de 2000)
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) que tenha sido constituída contragarantia em valor igual
VADE MECUM PRF

ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da


Contratação de operação de crédito lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização pela Lei nº 10.028, de 2000)
legislativa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

225
Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei Parágrafo único.A competência definida neste artigo
nº 10.028, de 2000) não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por
lei seja cometida a mesma função.
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover
o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em Art. 5oNos crimes de ação pública o inquérito policial
valor superior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, será iniciado:
de 2000)
I - de ofício;
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000) II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do
Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou
Aumento de despesa total com pessoal no último ano do de quem tiver qualidade para representá-lo.
mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete sempre que possível:
aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta
dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: (Incluído a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
pela Lei nº 10.028, de 2000))
b) a individualização do indiciado ou seus sinais carac-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela terísticos e as razões de convicção ou de presunção
Lei nº 10.028, de 2000) de ser ele o autor da infração, ou os motivos de im-
possibilidade de o fazer;
Oferta pública ou colocação de títulos no
mercado (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua
profissão e residência.
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta
pública ou a colocação no mercado financeiro de títulos da § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de
dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que abertura de inquérito caberá recurso para o chefe
estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e de Polícia.
de custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimen-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela to da existência de infração penal em que caiba
Lei nº 10.028, de 2000) ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada
a procedência das informações, mandará instaurar
DISPOSIÇÕES FINAIS inquérito.

Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública de-
crimes contra a existência, a segurança e a integridade pender de representação, não poderá sem ela ser
do Estado e contra a guarda e o emprego da economia iniciado.
popular, os crimes de imprensa e os de falência, os de
responsabilidade do Presidente da República e dos § 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial
Governadores ou Interventores, e os crimes militares, somente poderá proceder a inquérito a requeri-
revogam-se as disposições em contrário. mento de quem tenha qualidade para intentá-la.

Art. 361 - Este Código entrará em vigor no dia 1º de Art. 6oLogo que tiver conhecimento da prática da
janeiro de 1942. infração penal, a autoridade policial deverá:

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se


CÓDIGO DE PROCESSO PENAL alterem o estado e conservação das coisas, até a che-
gada dos peritos criminais;(Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)
TÍTULO II
II - apreender os objetos que tiverem relação com o
VADE MECUM PRF

DO INQUÉRITO POLICIAL fato, após liberados pelos peritos criminais;(Redação


dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autorida-
des policiais no território de suas respectivas circunscrições III - colher todas as provas que servirem para o esclare-
e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua cimento do fato e suas circunstâncias;
autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995)

226
IV - ouvir o ofendido; § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indicia-
do estiver solto, a autoridade poderá requerer ao
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for apli- juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligên-
cável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Li- cias, que serão realizadas no prazo marcado pelo
vro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas juiz.
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
Art. 11.Os instrumentos do crime, bem como os obje-
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e tos que interessarem à prova, acompanharão os autos do
a acareações; inquérito.

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de Art. 12.O inquérito policial acompanhará a denúncia ou
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
Art. 13.Incumbirá ainda à autoridade policial:
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua I  -  fornecer às autoridades judiciárias as informações
folha de antecedentes; necessárias à instrução e julgamento dos processos;

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo
de vista individual, familiar e social, sua condição eco- Ministério Público;
nômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois
do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
que contribuírem para a apreciação do seu tempera- autoridades judiciárias;
mento e caráter. IV - representar acerca da prisão preventiva.
X - colher informações sobre a existência de filhos, res- Art. 13-A.  Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-
pectivas idades e se possuem alguma deficiência e o A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848,
nome e o contato de eventual responsável pelos cui- de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da
dados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança
pela Lei nº 13.257, de 2016) e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
Art. 7oPara verificar a possibilidade de haver a infração do poder público ou de empresas da iniciativa privada,
sido praticada de determinado modo, a autoridade policial dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no
Art. 8oHavendo prisão em flagrante, será observado o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído pela
Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei
Art. 9oTodas as peças do inquérito policial serão, num nº 13.344, de 2016) (Vigência)
só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pela autoridade. II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei
nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 10.O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias,
se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver pre- III - a identificação da unidade de polícia judiciária res-
so preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a ponsável pela investigação.(Incluído pela Lei nº 13.344,
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no de 2016)(Vigência)
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou
Art. 13-B.  Se necessário à prevenção e à repressão dos
sem ela.
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver Ministério Público ou o delegado de polícia poderão re-
VADE MECUM PRF

quisitar, mediante autorização judicial, às empresas presta-


sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
doras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemu- disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequa-
nhas que não tiverem sido inquiridas, mencionan- dos – como sinais, informações e outros – que permitam
a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em cur-
do o lugar onde possam ser encontradas.
so. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)

227
§ 1o  Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicio- Art. 19.Nos crimes em que não couber ação pública, os
namento da estação de cobertura, setorização e autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente,
intensidade de radiofrequência.  (Incluído pela Lei onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu re-
nº 13.344, de 2016)(Vigência) presentante legal, ou serão entregues ao requerente, se o
pedir, mediante traslado.
§ 2o  Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) Art. 20.A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação da sociedade.
de qualquer natureza, que dependerá de autorização
judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº Parágrafo único.  Nos atestados de antecedentes que
13.344, de 2016)(Vigência) lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia de inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela Lei
móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, nº 12.681, de 2012)
renovável por uma única vez, por igual período; (Incluí-
Art. 21.A incomunicabilidade do indiciado dependerá
do pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
sempre de despacho nos autos e somente será permitida
III - para períodos superiores àquele de que trata o in- quando o interesse da sociedade ou a conveniência da in-
vestigação o exigir.
ciso II, será necessária a apresentação de ordem judi-
cial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência) Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não exce-
derá de três dias, será decretada por despacho fundamen-
§ 3   Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito po-
o
tado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do
licial deverá ser instaurado no prazo máximo de
órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hi-
72 (setenta e duas) horas, contado do registro da pótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da
respectiva ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril
13.344, de 2016)(Vigência) de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
§ 4o  Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 Art. 22.No Distrito Federal e nas comarcas em que hou-
(doze) horas, a autoridade competente requisitará ver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
às empresas prestadoras de serviço de telecomu- exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
nicações e/ou telemática que disponibilizem ime- procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra,
diatamente os meios técnicos adequados – como independentemente de precatórias ou requisições, e bem
sinais, informações e outros – que permitam a lo- assim providenciará, até que compareça a autoridade com-
calização da vítima ou dos suspeitos do delito em petente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença,
curso, com imediata comunicação ao juiz.(Incluído noutra circunscrição.
pela Lei nº 13.344, de 2016)(Vigência)
Art. 23.Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao
Art. 14.O ofendido, ou seu representante legal, e o indi- juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Institu-
ciado poderão requerer qualquer diligência, que será reali- to de Identificação e Estatística, ou repartição congênere,
zada, ou não, a juízo da autoridade. mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
Art. 15.Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
curador pela autoridade policial.
TÍTULO VII
Art. 16.O Ministério Público não poderá requerer a
devolução do inquérito à autoridade policial, senão para DA PROVA
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da de-
núncia. CAPÍTULO I

Art. 17.A autoridade policial não poderá mandar arqui- DISPOSIÇÕES GERAIS


var autos de inquérito.
VADE MECUM PRF

Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apre-


Art. 18.Depois de ordenado o arquivamento do inqué- ciação da prova produzida em contraditório judicial, não
rito pela autoridade judiciária, por falta de base para a de- podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
núncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pes- elementos informativos colhidos na investigação, ressal-
quisas, se de outras provas tiver notícia. vadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.  
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

228
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pes- III - se houver razão para recear que a pessoa chamada
soas serão observadas as restrições estabelecidas na lei ci- para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou
vil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) outra influência, não diga a verdade em face da pessoa
que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará
Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer,
para que esta não veja aquela;
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto por-
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a menorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa
produção antecipada de provas consideradas urgen- chamada para proceder ao reconhecimento e por duas
tes e relevantes, observando a necessidade, adequação testemunhas presenciais.
e proporcionalidade da medida;  (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008) Parágrafo único.O disposto no no III deste artigo não
terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de pro- de julgamento.
ferir sentença, a realização de diligências para dirimir
dúvida sobre ponto relevante.  (Incluído pela Lei nº Art.  227.No reconhecimento de objeto, proceder-se-á
11.690, de 2008) com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que
for aplicável.
Art. 157.  São inadmissíveis, devendo ser desentranha-
das do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as ob- Art. 228.Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar
tidas em violação a normas constitucionais ou legais.   (Re-
o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará
dação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação
§ 1o  São também inadmissíveis as provas derivadas entre elas.
das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo
de causalidade entre umas e outras, ou quando
as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte CAPÍTULO VIII
independente das primeiras.  (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008) DA ACAREAÇÃO

§ 2o  Considera-se fonte independente aquela que por Art. 229.A acareação será admitida entre acusados, en-
si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, pró- tre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusa-
prios da investigação ou instrução criminal, seria do ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluí- ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
do pela Lei nº 11.690, de 2008) sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
§ 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da pro- Parágrafo único.Os acareados serão reperguntados,
va declarada inadmissível, esta será inutilizada por
para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-
decisão judicial, facultado às partes acompanhar o
-se a termo o ato de acareação.
incidente.   (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 4o (VETADO)  (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 230.Se ausente alguma testemunha, cujas declara-
ções divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se
darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-
CAPÍTULO VII -se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a dis-
cordância, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS
onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as
Art. 226.Quando houver necessidade de fazer-se o re- declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
conhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte for- em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a
ma: fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemu-
nha ausente, pela mesma forma estabelecida para a teste-
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será con-
VADE MECUM PRF

munha presente. Esta diligência só se realizará quando não


vidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
conveniente.
Il  -  a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será
colocada, se possível, ao lado de outras que com ela ti-
verem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver
de fazer o reconhecimento a apontá-la;

229
CAPÍTULO IX c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafa-
ção e objetos falsificados ou contrafeitos;
DOS DOCUMENTOS
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados
Art. 231.Salvo os casos expressos em lei, as partes pode- na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
rão apresentar documentos em qualquer fase do processo.
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à
Art. 232.Consideram-se documentos quaisquer escritos, defesa do réu;
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusa-
Parágrafo único.À fotografia do documento, devida- do ou em seu poder, quando haja suspeita de que o co-
mente autenticada, se dará o mesmo valor do original. nhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação
do fato;
Art. 233.As cartas particulares, interceptadas ou obtidas
por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. g) apreender pessoas vítimas de crimes;

Parágrafo único.As cartas poderão ser exibidas em juízo h) colher qualquer elemento de convicção.
pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito,
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fun-
ainda que não haja consentimento do signatário.
dada suspeita de que alguém oculte consigo arma
proibida ou objetos mencionados nas letras b  a  f  e
Art.  234.Se o juiz tiver notícia da existência de docu-
letra h do parágrafo anterior.
mento relativo a ponto relevante da acusação ou da defe-
sa, providenciará, independentemente de requerimento de Art. 241.Quando a própria autoridade policial ou judiciária
qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possí- não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser pre-
vel. cedida da expedição de mandado.
Art. 235.A letra e firma dos documentos particulares se- Art. 242.A busca poderá ser determinada de ofício ou a re-
rão submetidas a exame pericial, quando contestada a sua querimento de qualquer das partes.
autenticidade.
Art. 243.O mandado de busca deverá:
Art. 236.Os documentos em língua estrangeira, sem
prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, tra- I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que
duzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idô- será realizada a diligência e o nome do respectivo proprie-
nea nomeada pela autoridade. tário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da
pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
Art. 237.As públicas-formas só terão valor quando con-
feridas com o original, em presença da autoridade. II - mencionar o motivo e os fins da diligência;

Art. 238.Os documentos originais, juntos a processo fin- III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade
do, quando não exista motivo relevante que justifique a sua que o fizer expedir.
conservação nos autos, poderão, mediante requerimento,
e ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os § 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto
produziu, ficando traslado nos autos. do mandado de busca.

§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em


CAPÍTULO XI poder do defensor do acusado, salvo quando consti-
tuir elemento do corpo de delito.
DA BUSCA E DA APREENSÃO
Art. 244.A busca pessoal independerá de mandado, no
caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que
Art. 240.A busca será domiciliar ou pessoal.
a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando funda- papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida
for determinada no curso de busca domiciliar.
VADE MECUM PRF

das razões a autorizarem, para:


Art. 245.As buscas domiciliares serão executadas de dia,
a) prender criminosos;
salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, an-
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios cri- tes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o
mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o,
minosos;
em seguida, a abrir a porta.

230
§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará pre- b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por
viamente sua qualidade e o objeto da diligência. informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias,
que está sendo removida ou transportada em deter-
§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta minada direção, forem ao seu encalço.
e forçada a entrada.
§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões
§ 3 Recalcitrando o morador, será permitido o empre-
o
para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas
go de força contra coisas existentes no interior da referidas diligências, entrarem pelos seus distritos,
casa, para o descobrimento do que se procura. ou da legalidade dos mandados que apresenta-
rem, poderão exigir as provas dessa legitimidade,
§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando mas de modo que não se frustre a diligência.
ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser
intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se
houver e estiver presente. TÍTULO IX

DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBER-


§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai pro-
DADE PROVISÓRIA
curar, o morador será intimado a mostrá-la.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será
imediatamente apreendida e posta sob custódia CAPÍTULO II
da autoridade ou de seus agentes.
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto cir-
cunstanciado, assinando-o com duas testemunhas Art. 301.Qualquer do povo poderá e as autoridades po-
presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o. liciais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.
Art. 246.Aplicar-se-á também o disposto no artigo an-
terior, quando se tiver de proceder a busca em comparti- Art. 302.Considera-se em flagrante delito quem:
mento habitado ou em aposento ocupado de habitação
I - está cometendo a infração penal;
coletiva ou em compartimento não aberto ao público,
onde alguém exercer profissão ou atividade. II - acaba de cometê-la;
Art. 247.Não sendo encontrada a pessoa ou coisa pro- III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
curada, os motivos da diligência serão comunicados a ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
quem tiver sofrido a busca, se o requerer. presumir ser autor da infração;

Art. 248.Em casa habitada, a busca será feita de modo IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, ar-
que não moleste os moradores mais do que o indispensá- mas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele au-
vel para o êxito da diligência. tor da infração.

Art. 249.A busca em mulher será feita por outra mulher, Art. 303.Nas infrações permanentes, entende-se o agen-
se não importar retardamento ou prejuízo da diligência. te em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

Art. 250.A autoridade ou seus agentes poderão pene- Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competen-
te, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assina-
trar no território de jurisdição alheia, ainda que de outro
tura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega
Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no segui-
do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas
mento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à com- que o acompanharem e ao interrogatório do acusado so-
petente autoridade local, antes da diligência ou após, con- bre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva
forme a urgência desta. suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal,
o auto.(Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes
VADE MECUM PRF

vão em seguimento da pessoa ou coisa, quando: § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita con-
tra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo
a)
tendo conhecimento direto de sua remoção ou à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de
transporte, a seguirem sem interrupção, embora de- prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito
pois a percam de vista; ou processo, se para isso for competente; se não o
for, enviará os autos à autoridade que o seja.

231
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o
auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com juiz deverá fundamentadamente:  (Redação dada pela Lei
o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas nº 12.403, de 2011).
pessoas que hajam testemunhado a apresentação
do preso à autoridade. I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).
§ 3o  Quando o acusado se recusar a assinar, não sou-
ber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em fla- II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quan-
grante será assinado por duas testemunhas, que do presentes os requisitos constantes do art. 312 deste
tenham ouvido sua leitura na presença deste. (Re- Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes
dação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) as medidas cautelares diversas da prisão; ou  (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá
constar a informação sobre a existência de filhos, III - conceder liberdade provisória, com ou sem fian-
respectivas idades e se possuem alguma deficiên- ça.  (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
cia e o nome e o contato de eventual responsável
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão
presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições
constantes dos incisos I a III do caput  do art. 23 do De-
Art. 305.Na falta ou no impedimento do escrivão, qual- creto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
quer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, de- Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
pois de prestado o compromisso legal. liberdade provisória, mediante termo de comparecimento
a todos os atos processuais, sob pena de revogação.(Reda-
Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se ção dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz com-
petente, ao Ministério Público e à família do preso ou à ESTATUTO DO DESARMAMENTO
pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.
§ 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização
da prisão, será encaminhado ao juiz competente o Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercia-
auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não lização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Na-
informe o nome de seu advogado, cópia integral cional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras provi-
para a Defensoria Pública.(Redação dada pela Lei dências.
nº 12.403, de 2011).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
§ 2o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, me- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
diante recibo, a nota de culpa, assinada pela auto-
ridade, com o motivo da prisão, o nome do condu-
tor e os das testemunhas. (Redação dada pela Lei CAPÍTULO I
nº 12.403, de 2011).
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
Art.  307.Quando o fato for praticado em presença da
autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído
constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
declarações que fizer o preso e os depoimentos das teste- circunscrição em todo o território nacional.
munhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso
Art. 2o Ao Sinarm compete:
e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a
quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se
I – identificar as características e a propriedade de ar-
não o for a autoridade que houver presidido o auto.
mas de fogo, mediante cadastro;
Art. 308.Não havendo autoridade no lugar em que se
VADE MECUM PRF

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas


tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do
e vendidas no País;
lugar mais próximo.
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo
Art. 309.Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
e as renovações expedidas pela Polícia Federal;
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.

232
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extra- II – apresentação de documento comprobatório de
vio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de al- ocupação lícita e de residência certa;
terar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de
fechamento de empresas de segurança privada e de III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão
transporte de valores; psicológica para o manuseio de arma de fogo, atesta-
das na forma disposta no regulamento desta Lei.
V – identificar as modificações que alterem as caracte-
rísticas ou o funcionamento de arma de fogo; § 1o  O Sinarm expedirá autorização de compra de arma
de fogo após atendidos os requisitos anteriormen-
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já exis- te estabelecidos, em nome do requerente e para a
tentes; arma indicada, sendo intransferível esta autoriza-
ção.
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclu-
sive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; § 2o  A aquisição de munição somente poderá ser fei-
ta no calibre correspondente à arma registrada e
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem
na quantidade estabelecida no regulamento desta
como conceder licença para exercer a atividade;
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
IX – cadastrar mediante registro os produtores, ataca-
distas, varejistas, exportadores e importadores autori- § 3o  A empresa que comercializar arma de fogo em terri-
zados de armas de fogo, acessórios e munições; tório nacional é obrigada a comunicar a venda à au-
toridade competente, como também a manter banco
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as carac- de dados com todas as características da arma e có-
terísticas das impressões de raiamento e de microes- pia dos documentos previstos neste artigo.
triamento de projétil disparado, conforme marcação e
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; § 4o  A empresa que comercializa armas de fogo, aces-
sórios e munições responde legalmente por essas
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos mercadorias, ficando registradas como de sua pro-
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações priedade enquanto não forem vendidas.
de porte de armas de fogo nos respectivos territórios,
bem como manter o cadastro atualizado para consulta. § 5o  A comercialização de armas de fogo, acessórios e
munições entre pessoas físicas somente será efeti-
Parágrafo único. As disposições deste artigo não vada mediante autorização do Sinarm.
alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares,
bem como as demais que constem dos seus registros § 6o  A expedição da autorização a que se refere o §
próprios. 1o será concedida, ou recusada com a devida fun-
damentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a
contar da data do requerimento do interessado.
CAPÍTULO II
§ 7o  O registro precário a que se refere o § 4o prescinde
DO REGISTRO do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III
deste artigo.
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no
órgão competente. § 8o  Estará dispensado das exigências constantes do
inciso III do caput deste artigo, na forma do regu-
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito lamento, o interessado em adquirir arma de fogo
serão registradas no Comando do Exército, na forma do de uso permitido que comprove estar autorizado a
regulamento desta Lei. portar arma com as mesmas características daque-
la a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o
2008)
interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade,
atender aos seguintes requisitos: Art. 5o  O certificado de Registro de Arma de Fogo,
com validade em todo o território nacional, autoriza o seu
VADE MECUM PRF

I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de


proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
certidões negativas de antecedentes criminais forneci-
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
das pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
de não estar respondendo a inquérito policial ou a pro-
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento
cesso criminal, que poderão ser fornecidas por meios
ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

233
§ 1o  O certificado de registro de arma de fogo será ex- III – os integrantes das guardas municipais das capitais
pedido pela Polícia Federal e será precedido de au- dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000
torização do Sinarm. (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabeleci-
das no regulamento desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide
§ 2o  Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do ADIN 5948)
art. 4o deverão ser comprovados periodicamente,
em período não inferior a 3 (três) anos, na con- IV - os integrantes das guardas municipais dos Muni-
formidade do estabelecido no regulamento desta cípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de
Lei, para a renovação do Certificado de Registro de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em servi-
Arma de Fogo.  ço;  (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)  (Vide
ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
§ 3o  O proprietário de arma de fogo com certificados
de registro de propriedade expedido por órgão V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de In-
estadual ou do Distrito Federal até a data da publi- teligência e os agentes do Departamento de Segurança
cação desta Lei que não optar pela entrega espon- do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
tânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo da República;
mediante o pertinente registro federal, até o dia
31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art.
documento de identificação pessoal e comprovan- 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
te de residência fixa, ficando dispensado do paga-
mento de taxas e do cumprimento das demais exi- VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
gências constantes dos incisos I a III do caput do guardas prisionais, os integrantes das escoltas de pre-
art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, sos e as guardas portuárias;
de 2008) (Prorrogação de prazo)
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte
§ 4   Para fins do cumprimento do disposto no § 3o des-
o de valores constituídas, nos termos desta Lei;
te artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
obter, no Departamento de Polícia Federal, certi- IX – para os integrantes das entidades de desporto
ficado de registro provisório, expedido na rede legalmente constituídas, cujas atividades esportivas
mundial de computadores - internet, na forma do demandem o uso de armas de fogo, na forma do re-
regulamento e obedecidos os procedimentos a se- gulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a
guir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) legislação ambiental.

I - emissão de certificado de registro provisório pela in- X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Fe-
ternet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (In- deral do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos
cluído pela Lei nº 11.706, de 2008) de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada
pela Lei nº 11.501, de 2007)
II - revalidação pela unidade do Departamento de Po-
lícia Federal do certificado de registro provisório pelo XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art.
prazo que estimar como necessário para a emissão de- 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da
finitiva do certificado de registro de propriedade.  (In- União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores
cluído pela Lei nº 11.706, de 2008) de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no
exercício de funções de segurança, na forma de regula-
mento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça
CAPÍTULO III - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público
- CNMP.(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
DO PORTE
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI
Art. 6  É proibido o porte de arma de fogo em todo
o do caput deste artigo terão direito de portar arma
o território nacional, salvo para os casos previstos em de fogo de propriedade particular ou fornecida
legislação própria e para: pela respectiva corporação ou instituição, mesmo
fora de serviço, nos termos do regulamento desta
VADE MECUM PRF

I – os integrantes das Forças Armadas; Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas
constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada
II - os integrantes de órgãos referidos nos inci- pela Lei nº 11.706, de 2008)
sos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição-
Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública § 1oA (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
(FNSP); (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)

234
§1ºB. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de pela Lei nº 11.706, de 2008)
propriedade particular ou fornecida pela respecti-
va corporação ou instituição, mesmo fora de servi- III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº
ço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, 11.706, de 2008)
de 2014)
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluí- sua arma de fogo, independentemente de outras
do pela Lei nº 12.993, de 2014) tipificações penais, responderá, conforme o caso,
por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regula- uso permitido. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
mento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) de 2008)

III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Mu-
controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) nicípios que integram regiões metropolitanas será
autorizado porte de arma de fogo, quando em ser-
§1ºC. (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) viço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados
integrantes das instituições descritas nos incisos V, das empresas de segurança privada e de transporte
VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada de valores, constituídas na forma da lei, serão de
à comprovação do requisito a que se refere o in- propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
ciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condições empresas, somente podendo ser utilizadas quando em
estabelecidas no regulamento desta Lei. (Redação serviço, devendo essas observar as condições de uso e
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
guardas municipais está condicionada à formação
funcional de seus integrantes em estabelecimen- § 1o  O proprietário ou diretor responsável de empresa
tos de ensino de atividade policial, à existência de de segurança privada e de transporte de valores
mecanismos de fiscalização e de controle interno, responderá pelo crime previsto no parágrafo único
nas condições estabelecidas no regulamento desta do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais san-
Lei, observada a supervisão do Ministério da Justi- ções administrativas e civis, se deixar de registrar
ça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004) ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal
perda, furto, roubo ou outras formas de extravio
§ 4o  Os integrantes das Forças Armadas, das polícias fe- de armas de fogo, acessórios e munições que este-
derais e estaduais e do Distrito Federal, bem como jam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e qua-
os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao tro) horas depois de ocorrido o fato.
exercerem o direito descrito no art. 4o, ficam dis-
pensados do cumprimento do disposto nos incisos § 2o  A empresa de segurança e de transporte de va-
I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamen- lores deverá apresentar documentação comproba-
to desta Lei. tória do preenchimento dos requisitos constantes
do art. 4o desta Lei quanto aos empregados que
§ 5o  Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 portarão arma de fogo.
(vinte e cinco) anos que comprovem depender do
emprego de arma de fogo para prover sua subsis- § 3o  A listagem dos empregados das empresas referi-
tência alimentar familiar será concedido pela Polí- das neste artigo deverá ser atualizada semestral-
cia Federal o porte de arma de fogo, na categoria mente junto ao Sinarm.
caçador para subsistência, de uma arma de uso
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) Art. 7o-A.As armas de fogo utilizadas pelos servido-
canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior res das instituições descritas no inciso XI do art. 6oserão
a 16 (dezesseis), desde que o interessado com- de propriedade, responsabilidade e guarda das respecti-
VADE MECUM PRF

prove a efetiva necessidade em requerimento ao vas instituições, somente podendo ser utilizadas quando
qual deverão ser anexados os seguintes documen- em serviço, devendo estas observar as condições de uso
tos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte
I - documento de identificação pessoal;  (Incluído pela expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição.  (In-
Lei nº 11.706, de 2008) cluído pela Lei nº 12.694, de 2012)

235
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser con-
que trata este artigo independe do pagamento de cedida com eficácia temporária e territorial limita-
taxa.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) da, nos termos de atos regulamentares, e depen-
derá de o requerente:
§ 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
Público designará os servidores de seus quadros I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício
pessoais no exercício de funções de segurança que de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
poderão portar arma de fogo, respeitado o limite integridade física;
máximo de 50% (cinquenta por cento) do número
de servidores que exerçam funções de seguran- II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
ça.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
III – apresentar documentação de propriedade de arma
§ 3o O porte de arma pelos servidores das institui- de fogo, bem como o seu devido registro no órgão
ções de que trata este artigo fica condicionado à competente.
apresentação de documentação comprobatória
do preenchimento dos requisitos constantes do § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista
art. 4o desta Lei, bem como à formação funcional neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia
em estabelecimentos de ensino de atividade poli- caso o portador dela seja detido ou abordado em
cial e à existência de mecanismos de fiscalização estado de embriaguez ou sob efeito de substân-
e de controle interno, nas condições estabelecidas cias químicas ou alucinógenas.
no regulamento desta Lei.  (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012) Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de que relativos:
trata este artigo deverá ser atualizada semestral-
I – ao registro de arma de fogo;
mente no Sinarm.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de
2012) II – à renovação de registro de arma de fogo;
§ 5o As instituições de que trata este artigo são obri- III – à expedição de segunda via de registro de arma de
gadas a registrar ocorrência policial e a comunicar fogo;
à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou
outras formas de extravio de armas de fogo, aces- IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
sórios e munições que estejam sob sua guarda, nas
primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocor- V – à renovação de porte de arma de fogo;
rido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
VI – à expedição de segunda via de porte federal de
Art. 8  As armas de fogo utilizadas em entidades
o arma de fogo.
desportivas legalmente constituídas devem obedecer
§ 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e
às condições de uso e de armazenagem estabelecidas à manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia
pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o Federal e do Comando do Exército, no âmbito de
autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do suas respectivas responsabilidades.
regulamento desta Lei.
§ 2o  São isentas do pagamento das taxas previstas nes-
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização te artigo as pessoas e as instituições a que se refe-
do porte de arma para os responsáveis pela segurança de rem os incisos I a VII e X e o § 5o do art. 6o desta
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Comando do Exército, nos termos do regulamento desta
Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma Art. 11-A.  O Ministério da Justiça disciplinará a forma
de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de e as condições do credenciamento de profissionais pela
representantes estrangeiros em competição internacional Polícia Federal para comprovação da aptidão psicológica
VADE MECUM PRF

oficial de tiro realizada no território nacional. e da capacidade técnica para o manuseio de arma de
fogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo
de uso permitido, em todo o território nacional, é de § 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor co-
brado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor
competência da Polícia Federal e somente será concedida
médio dos honorários profissionais para realização
após autorização do Sinarm.

236
de avaliação psicológica constante do item 1.16 da Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
tabela do Conselho Federal de Psicologia. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008) Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)
cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não
poderá exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido Disparo de arma de fogo
do custo da munição. (Incluído pela Lei nº 11.706,
de 2008) Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em
lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
§§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredencia- finalidade a prática de outro crime:
mento do profissional pela Polícia Federal. (Incluí-
do pela Lei nº 11.706, de 2008) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é


CAPÍTULO IV inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)

DOS CRIMES E DAS PENAS Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer,
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
com determinação legal ou regulamentar, no interior de munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
Omissão de cautela I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer
sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias
para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
II – modificar as características de arma de fogo, de for-
portadora de deficiência mental se apodere de arma
ma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proi-
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
bido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
propriedade:
modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato ex-
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o plosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacor-
proprietário ou diretor responsável de empresa de do com determinação legal ou regulamentar;
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer
furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, arma de fogo com numeração, marca ou qualquer ou-
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas tro sinal de identificação raspado, suprimido ou adul-
primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. terado;

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuita-
mente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter a criança ou adolescente; e
VADE MECUM PRF

em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,


emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou ex-
sem autorização e em desacordo com determinação legal plosivo.
ou regulamentar:
Comércio ilegal de arma de fogo

237
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, § 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente se-
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, rão expedidas autorizações de compra de munição
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma com identificação do lote e do adquirente no culo-
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de te dos projéteis, na forma do regulamento desta
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório Lei.
ou munição, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: § 3o  As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano
da data de publicação desta Lei conterão dispositi-
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
vo intrínseco de segurança e de identificação, gra-
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial vado no corpo da arma, definido pelo regulamento
ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art.
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou 6o.
clandestino, inclusive o exercido em residência.
§ 4o  As instituições de  ensino policial e as guardas mu-
Tráfico internacional de arma de fogo nicipais referidas nos incisos III e IV do caput do
art. 6o desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída
insumos e máquinas de recarga de munição para
do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
o fim exclusivo de suprimento de suas atividades,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente: mediante autorização concedida nos termos defi-
nidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.706,
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. de 2008)

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere
é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército
munição forem de uso proibido ou restrito. autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação,
desembaraço alfandegário e o comércio de armas de
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e
fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro
18, a pena é aumentada da metade se forem praticados
e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores,
por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts.
6o, 7o e 8o desta Lei. atiradores e caçadores.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são Art. 25.  As armas de fogo apreendidas, após a elaboração
insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1) do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo
CAPÍTULO V de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação
aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na
DISPOSIÇÕES GERAIS forma do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
11.706, de 2008)
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do
disposto nesta Lei.
Exército que receberem parecer favorável à do-
Art. 23.  A classificação legal, técnica e geral bem ação, obedecidos o padrão e a dotação de cada
como a definição das armas de fogo e demais produtos Força Armada ou órgão de segurança pública,
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou atendidos os critérios de prioridade estabelecidos
obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do
do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta Exército, serão arroladas em relatório reservado
do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
de 2008) abrindo-se-lhes prazo para manifestação de inte-
resse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
VADE MECUM PRF

§ 1o  Todas as munições comercializadas no País de-


verão estar acondicionadas em embalagens com § 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das
sistema de código de barras, gravado na caixa, vi- armas a serem doadas ao juiz competente, que
sando possibilitar a identificação do fabricante e determinará o seu perdimento em favor da insti-
do adquirente, entre outras informações definidas tuição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
pelo regulamento desta Lei. 2008)

238
§ 3o O transporte das  armas de fogo doadas será de res- Parágrafo único.  Para fins do cumprimento do disposto
ponsabilidade da instituição beneficiada, que pro- no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo po-
cederá ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sig- derá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado
ma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) de registro provisório, expedido na forma do § 4o do art.
5o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o en-
de fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer
caminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se
tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e
trate de arma de uso permitido ou de uso restrito,
indenização, nos termos do regulamento desta Lei.
semestralmente, da relação de armas acauteladas
em juízo, mencionando suas características e o local
Art. 32.  Os possuidores e proprietários de arma de fogo
onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
2008)
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual
e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas posse irregular da referida arma. (Redação dada pela Lei nº
de fogo, que com estas se possam confundir. 11.706, de 2008)

Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou
à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem
Comando do Exército. mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
especificar o regulamento desta Lei:
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferrovi-
restrito. ário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente,
por qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às transporte de arma ou munição sem a devida autoriza-
aquisições dos Comandos Militares. ção ou com inobservância das normas de segurança;
Art. 28.  É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos II – à empresa de produção ou comércio de armamen-
adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
tos que realize publicidade para venda, estimulando o
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art.
uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publi-
6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
cações especializadas.
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados,
desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004) com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas,
adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas,
de validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art.
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 5o da Constituição Federal.
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
sem ônus para o requerente. Parágrafo único. As empresas responsáveis pela
prestação dos serviços de transporte internacional e
Art. 30.  Os possuidores e proprietários de arma de fogo interestadual de passageiros adotarão as providências
de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu necessárias para evitar o embarque de passageiros
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apre- armados.
sentação de documento de identificação pessoal e compro-
vante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de
compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos CAPÍTULO VI
VADE MECUM PRF

meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada


na qual constem as características da arma e a sua condição DISPOSIÇÕES FINAIS
de proprietário, ficando este dispensado do pagamento de
taxas e do cumprimento das demais exigências constantes Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo
dos incisos I a III do caput do art. 4odesta Lei. (Redação dada e munição em todo o território nacional, salvo para as
pela Lei nº 11.706, de 2008)(Prorrogação de prazo) entidades previstas no art. 6o desta Lei.

239
§ 1o  Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá segurança privada e de transporte de valo-
de aprovação mediante referendo popular, a ser  
res:
realizado em outubro de 2005.
   
§ 2o  Em caso de aprovação do referendo popular, o - até 30 de junho de 2008 30,00
disposto neste artigo entrará em vigor na data de
   
publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.    
- de 1  de julho de 2008 a 31 de outubro
o

Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 45,00


de 2008
1997.
   
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. - a partir de 1  de novembro de 2008
o
60,00
V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182o da Independência
e 115o da República. VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
VII - Expedição de segunda via de certifica-
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 60,00
do de registro de arma de fogo
Márcio Thomaz Bastos VIII - Expedição de segunda via de porte de
60,00
arma de fogo
José Viegas Filho
APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS DE
Marina Silva IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Este texto não substitui o publicado no DOU de
23.12.2003 LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968.

Dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de


ANEXO identificação pessoal.

(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TABELA DE TAXAS
Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma
ATO ADMINISTRATIVO R$ pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é
lícito reter qualquer documento de identificação pessoal,
I - Registro de arma de fogo:   ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou públi-
- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito ca-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço
  (art. 30) militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de re-
gistro de nascimento, certidão de casamento, comprovante
- a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
II - Renovação do certificado de registro de
 
arma de fogo: Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato,
  Gratuito for exigida a apresentação de documento de identificação,
a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até
(art. 5o, § 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em
- até 31 de dezembro de 2008
3o) seguida o documento ao seu exibidor.
   
- a partir de 1  de janeiro de 2009
o
60,00 § 1º Além do prazo previsto neste artigo, somente por
ordem judicial poderá ser retido qualquer docu-
III - Registro de arma de fogo  para  empre- mento de identificação pessoal. (Renumerado pela
60,00
sa de segurança privada e de transporte
VADE MECUM PRF

Lei nº 9.453, de 20/03/97)


de valores  
§ 2º Quando o documento de identidade for indispen-
IV - Renovação do certificado de registro de
  sável para a entrada de pessoa em órgãos públicos
arma de fogo para empresa de
ou particulares, serão seus dados anotados no ato
e devolvido o documento imediatamente ao inte-
ressado. (Incluído pela Lei nº 9.453, de 20/03/97)

240
Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena b) à inviolabilidade do domicílio;
de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de
NCR$ 0,50 (cinqüenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros c) ao sigilo da correspondência;
novos), a retenção de qualquer documento a que se refere
esta Lei. d) à liberdade de consciência e de crença;

Parágrafo único. Quando a infração for praticada e) ao livre exercício do culto religioso;
por preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-
se-á responsável quem houver ordenado o ato que f) à liberdade de associação;
ensejou a retenção, a menos que haja , pelo executante,
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercí-
desobediência ou inobservância de ordens ou instruções
cio do voto;
expressas, quando, então, será este o infrator.
h) ao direito de reunião;
Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei
dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de i) à incolumidade física do indivíduo;
sua publicação.
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exer-
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. cício profissional.    (Incluído pela Lei nº 6.657,de
05/06/79)
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965. a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade


individual, sem as formalidades legais ou com abuso
Regula o Direito de Representação e o processo de Res- de poder;
ponsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de
abuso de autoridade. b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexa-
me ou a constrangimento não autorizado em lei;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz compe-
tente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
Art. 1º O direito de representação e o processo de res-
ponsabilidade administrativa civil e penal, contra as autori- d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou
dades que, no exercício de suas funções, cometerem abu- detenção ilegal que lhe seja comunicada;
sos, são regulados pela presente lei.
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se propo-
Art. 2º O direito de representação será exercido por nha a prestar fiança, permitida em lei;
meio de petição:
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra
legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpa- despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em
da, a respectiva sanção; lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;

b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade poli-
competência para iniciar processo-crime contra a cial recibo de importância recebida a título de car-
autoridade culpada. ceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra
despesa;
Parágrafo único. A representação será feita em duas
vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa
de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualifi- natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou
cação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de desvio de poder ou sem competência legal;
três, se as houver.
VADE MECUM PRF

i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena


Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer aten- ou de medida de segurança, deixando de expedir
tado: em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente
ordem de liberdade.  (Incluído pela Lei nº 7.960, de
a) à liberdade de locomoção; 21/12/89)

241
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, § 2º não existindo no município no Estado ou na le-
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza gislação militar normas reguladoras do inquérito
civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remunera- administrativo serão aplicadas supletivamente, as
ção. disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de
28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à san- Públicos Civis da União).
ção administrativa civil e penal.
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobres-
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com tado para o fim de aguardar a decisão da ação pe-
a gravidade do abuso cometido e consistirá em: nal ou civil.

a) advertência; Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcio-


nal da autoridade civil ou militar.
b) repreensão;
Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cin- à autoridade administrativa ou independentemente dela,
co a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e poderá ser promovida pela vítima do abuso, a responsa-
vantagens; bilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada.
d) destituição de função; Art. 10. Vetado
e) demissão; Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Códi-
go de Processo Civil.
f) demissão, a bem do serviço público.
Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do de inquérito policial ou justificação por denúncia do Minis-
dano, consistirá no pagamento de uma indenização tério Público, instruída com a representação da vítima do
de quinhentos a dez mil cruzeiros. abuso.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as re- Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a represen-
gras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá tação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito ho-
em: ras, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua
abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e,
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
bem assim, a designação de audiência de instrução e jul-
b) detenção por dez dias a seis meses; gamento.

c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de § 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada
qualquer outra função pública por prazo até três anos. em duas vias.

§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de auto-
aplicadas autônoma ou cumulativamente. ridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado
poderá:
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de auto-
ridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, a) promover a comprovação da existência de tais vestí-
poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, gios, por meio de duas testemunhas qualificadas;
de não poder o acusado exercer funções de natureza
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da
policial ou militar no município da culpa, por prazo
audiência de instrução e julgamento, a designação
de um a cinco anos.
de um perito para fazer as verificações necessárias.
Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório
aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou mi-
e prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o
litar competente determinará a instauração de inquérito para
VADE MECUM PRF

apresentarão por escrito, querendo, na audiência


apurar o fato.
de instrução e julgamento.
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas esta-
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a repre-
belecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis
sentação poderá conter a indicação de mais duas
ou militares, que estabeleçam o respectivo processo.
testemunhas.

242
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pú-
apresentar a denúncia requerer o arquivamento da repre- blica, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á
sentação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do
razões invocadas, fará remessa da representação ao Procu- Juízo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
rador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará ou-
tro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o
interrogatório do réu, se estiver presente.
no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu ad-
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer
vogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para fun-
a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação
cionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, adi-
tar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o
intervir em todos os termos do processo, interpor recursos Juiz dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, ou ao advogado que houver subscrito a queixa e ao ad-
retomar a ação como parte principal. vogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos
para cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério do
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de Juiz.
quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou
rejeitando a denúncia. Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediata-
mente a sentença.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz
designará, desde logo, dia e hora para a audiência Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no
de instrução e julgamento, que deverá ser realiza- livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em re-
da, improrrogavelmente. dentro de cinco dias. sumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da
defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julga- a sentença.
mento final e para comparecer à audiência de ins-
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do
trução e julgamento, será feita por mandado su-
Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a
cinto que, será acompanhado da segunda via da
queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
representação e da denúncia.
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão forem difíceis e não permitirem a observância dos prazos
ser apresentada em juízo, independentemente de intima- fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre moti-
ção. vadamente, até o dobro.
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de preca- Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas
tória para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, do Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com
salvo o caso previsto no artigo 14, letra “b”, requerimentos o sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
para a realização de diligências, perícias ou exames, a não
ser que o Juiz, em despacho motivado, considere indispen- Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças,
sáveis tais providências. caberão os recursos e apelações previstas no  Código de
Processo Penal.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro
dos auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a au- Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
diência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o
perito, o representante do Ministério Público ou o advoga- LEI DOS CRIMES DE TORTURA
do que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor
do réu.
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
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Parágrafo único. A audiência somente deixará de reali- Define os crimes de tortura e dá outras providências.
zar-se se ausente o Juiz.
O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se,
devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência. Art. 1º Constitui crime de tortura:

243
I - constranger alguém com emprego de violência ou gra- Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
ve ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: ção.

a) com o fim de obter informação, declaração ou con- Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de
fissão da vítima ou de terceira pessoa; julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

b) para provocar ação ou omissão de natureza crimino-


ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
sa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autori- Texto compilado
dade, com emprego de violência ou grave ameaça, a in-
tenso sofrimento físico ou mental, como forma de apli- Vigência: Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado-
car castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. lescente e dá outras providências.

Pena - reclusão, de dois a oito anos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de segurança a sofri-
mento físico ou mental, por intermédio da prática TÍTULO II
de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal. DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, CAPÍTULO I


quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, in-
corre na pena de detenção de um a quatro anos. DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gra- Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção
víssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
anos. sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: Art. 8oÉ assegurado a todas as mulheres o acesso
aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
I - se o crime é cometido por agente público; planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, por- puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal
tador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (ses- integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.(Redação
senta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

III - se o crime é cometido mediante sequestro. § 1o O atendimento pré-natal será realizado por profis-
sionais da atenção primária.(Redação dada pela Lei
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função nº 13.257, de 2016)
ou emprego público e a interdição para seu exercí-
cio pelo dobro do prazo da pena aplicada. § 2o Os profissionais de saúde de referência da gestan-
te garantirão sua vinculação, no último trimestre
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de da gestação, ao estabelecimento em que será re-
graça ou anistia. alizado o parto, garantido o direito de opção da
mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena § 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado
VADE MECUM PRF

em regime fechado. assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-


-nascidos alta hospitalar responsável e contrarre-
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o ferência na atenção primária, bem como o acesso
crime não tenha sido cometido em território nacional, sen- a outros serviços e a grupos de apoio à amamen-
do a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local tação.(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
sob jurisdição brasileira.

244
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistên- e apoio ao aleitamento materno e à alimentação
cia psicológica à gestante e à mãe, no período complementar saudável, de forma contínua.(Inclu-
pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ído pela Lei nº 13.257, de 2016)
ou minorar as consequências do estado puerpe-
ral. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência § 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva neo-
natal deverão dispor de banco de leite humano ou
§ 5o A assistência referida no § 4o  deste artigo deve- unidade de coleta de leite humano.(Incluído pela
rá ser prestada também a gestantes e mães que Lei nº 13.257, de 2016)
manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção, bem como a gestantes e mães que se en- Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de
contrem em situação de privação de liberdade.(Re- atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
dação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) obrigados a:

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) I - manter registro das atividades desenvolvidas, através
acompanhante de sua preferência durante o perí- de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
odo do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-
-parto imediato.(Incluído pela Lei nº 13.257, de II - identificar o recém-nascido mediante o registro de
2016) sua impressão plantar e digital e da impressão digital
da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas
§ 7o A gestante deverá receber orientação sobre aleita- pela autoridade administrativa competente;
mento materno, alimentação complementar sau-
dável e crescimento e desenvolvimento infantil, III - proceder a exames visando ao diagnóstico e tera-
bem como sobre formas de favorecer a criação de pêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento -nascido, bem como prestar orientação aos pais;
integral da criança.(Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016) IV - fornecer declaração de nascimento onde constem
necessariamente as intercorrências do parto e do de-
§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento sau- senvolvimento do neonato;
dável durante toda a gestação e a parto natural
cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesa- V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neo-
riana e outras intervenções cirúrgicas por motivos nato a permanência junto à mãe.
médicos.(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI - acompanhar a prática do processo de amamenta-
§ 9 A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
o ção, prestando orientações quanto à técnica adequada,
gestante que não iniciar ou que abandonar as con- enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, uti-
sultas de pré-natal, bem como da puérpera que lizando o corpo técnico já existente.(Incluído pela Lei nº
não comparecer às consultas pós-parto.(Incluído 13.436, de 2017) (Vigência)
pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 11.  É assegurado acesso integral às linhas de cuida-
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à do voltadas à saúde da criança e do adolescente, por inter-
mulher com filho na primeira infância que se en- médio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio
contrem sob custódia em unidade de privação de da equidade no acesso a ações e serviços para promoção,
liberdade, ambiência que atenda às normas sani- proteção e recuperação da saúde.(Redação dada pela Lei
tárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde nº 13.257, de 2016)
para o acolhimento do filho, em articulação com o
§ 1o A criança e o adolescente com deficiência serão
sistema de ensino competente, visando ao desen-
atendidos, sem discriminação ou segregação, em
volvimento integral da criança.(Incluído pela Lei nº
suas necessidades gerais de saúde e específicas de
13.257, de 2016)
habilitação e reabilitação.(Redação dada pela Lei
Art. 9º O poder público, as instituições e os emprega- nº 13.257, de 2016)
dores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente,
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
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àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses,


privativa de liberdade.
próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao
§ 1o Os profissionais das unidades primárias de saúde tratamento, habilitação ou reabilitação para crian-
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou ças e adolescentes, de acordo com as linhas de
coletivas, visando ao planejamento, à implementa- cuidado voltadas às suas necessidades específicas.
ção e à avaliação de ações de promoção, proteção (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

245
§ 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou § 3o A atenção odontológica à criança terá função edu-
frequente de crianças na primeira infância recebe- cativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes
rão formação específica e permanente para a de- de o bebê nascer, por meio de aconselhamento
tecção de sinais de risco para o desenvolvimento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo
psíquico, bem como para o acompanhamento que segundo anos de vida, com orientações sobre saú-
se fizer necessário.(Incluído pela Lei nº 13.257, de de bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
2016)
§ 4o A criança com necessidade de cuidados odontoló-
Art. 12.  Os estabelecimentos de atendimento à saúde, gicos especiais será atendida pelo Sistema Único
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de de Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições
para a permanência em tempo integral de um dos pais ou § 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos
responsável, nos casos de internação de criança ou adoles- seus primeiros dezoito meses de vida, de protoco-
cente.(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) lo ou outro instrumento construído com a finalida-
de de facilitar a detecção, em consulta pediátrica
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo de acompanhamento da criança, de risco para o
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos seu desenvolvimento psíquico.(Incluído pela Lei nº
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente co- 13.438, de 2017)(Vigência)
municados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada
pela Lei nº 13.010, de 2014) CAPÍTULO II

§ 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIG-


em entregar seus filhos para adoção serão obriga- NIDADE
toriamente encaminhadas, sem constrangimento,
à Justiça da Infância e da Juventude.(Incluído pela Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberda-
Lei nº 13.257, de 2016) de, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
entrada, os serviços de assistência social em seu leis.
componente especializado, o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) e os de- Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
mais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da aspectos:
Criança e do Adolescente deverão conferir máxima
prioridade ao atendimento das crianças na faixa I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços co-
etária da primeira infância com suspeita ou con- munitários, ressalvadas as restrições legais;
firmação de violência de qualquer natureza, for-
mulando projeto terapêutico singular que inclua II - opinião e expressão;
intervenção em rede e, se necessário, acompanha-
III - crença e culto religioso;
mento domiciliar.(Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016) IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá progra- V - participar da vida familiar e comunitária, sem discri-
mas de assistência médica e odontológica para a preven- minação;
ção das enfermidades que ordinariamente afetam a popu-
lação infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, VI - participar da vida política, na forma da lei;
educadores e alunos.
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
§ 1o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
recomendados pelas autoridades sanitárias.(Renu- Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade
merado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de da integridade física, psíquica e moral da criança e do ado-
2016) lescente, abrangendo a preservação da imagem, da iden-
tidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
VADE MECUM PRF

§ 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à espaços e objetos pessoais.


saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma
transversal, integral e intersetorial com as demais Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da crian-
linhas de cuidado direcionadas à mulher e à crian- ça e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tra-
ça.(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) tamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.

246
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de V - advertência.(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de corre- Parágrafo único.  As medidas previstas neste artigo se-
ção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pe- rão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
los pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos res- providências legais.(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
ponsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.(Incluído TÍTULO III
pela Lei nº 13.010, de 2014)
DA PREVENÇÃO
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se:(In-
cluído pela Lei nº 13.010, de 2014) CAPÍTULO II

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou puni- DA PREVENÇÃO ESPECIAL


tiva aplicada com o uso da força física sobre a criança
ou o adolescente que resulte em:(Incluído pela Lei nº Seção III
13.010, de 2014)
Da Autorização para Viajar
a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de
2014) Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da co-
marca onde reside, desacompanhada dos pais ou respon-
b) lesão;  (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) sável, sem expressa autorização judicial.

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma § 1º A autorização não será exigida quando:
cruel de tratamento em relação à criança ou ao adoles-
cente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) tratar-se de comarca contígua à da residência da
criança, se na mesma unidade da Federação, ou in-
a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) cluída na mesma região metropolitana;
b) ameace gravemente; ou(Incluído pela Lei nº 13.010, b) a criança estiver acompanhada:
de 2014)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
c) ridicularize.(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) comprovado documentalmente o parentesco;
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada,
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai,
os responsáveis, os agentes públicos executores de medi-
mãe ou responsável.
das socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de
cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais
ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento
ou responsável, conceder autorização válida por
cruel ou degradante como formas de correção, disciplina,
dois anos.
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas,
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a auto-
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do ca-
rização é dispensável, se a criança ou adolescente:
so:(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário
de proteção à família;  (Incluído pela Lei nº 13.010, de
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado ex-
2014)
pressamente pelo outro através de documento com fir-
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psi- ma reconhecida.
quiátrico;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, ne-
VADE MECUM PRF

III - encaminhamento a cursos ou programas de orien- nhuma criança ou adolescente nascido em território na-
tação;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) cional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
residente ou domiciliado no exterior.
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento
especializado;(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

247
PARTE ESPECIAL Art. 135.  O exercício efetivo da função de conselheiro
constituirá serviço público relevante e estabelecerá pre-
TÍTULO V sunção de idoneidade moral.  (Redação dada pela Lei nº
12.696, de 2012)
DO CONSELHO TUTELAR

CAPÍTULO I CAPÍTULO II

DISPOSIÇÕES GERAIS DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO

Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e au- Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
tônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do ado- I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses pre-
lescente, definidos nesta Lei. vistas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas
no art. 101, I a VII;
Art. 132.  Em cada Município e em cada Região Admi-
nistrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) II - atender e aconselhar os pais ou responsável, apli-
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração cando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos
pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, per- III - promover a execução de suas decisões, podendo
mitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de es- para tanto:
colha. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, edu-
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tu- cação, serviço social, previdência, trabalho e segu-
telar, serão exigidos os seguintes requisitos: rança;
I - reconhecida idoneidade moral; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos
de descumprimento injustificado de suas delibera-
II - idade superior a vinte e um anos; ções.
III - residir no município.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato
que constitua infração administrativa ou penal contra
Art. 134.  Lei municipal ou distrital disporá sobre o lo-
cal, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, os direitos da criança ou adolescente;
inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros,
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
aos quais é assegurado o direito a:(Redação dada pela Lei
nº 12.696, de 2012) competência;

I - cobertura previdenciária;   (Incluído pela Lei nº VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
12.696, de 2012) judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para
o adolescente autor de ato infracional;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de
1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal;   (In- VII - expedir notificações;
cluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, criança ou adolescente quando necessário;
de 2012)
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração
IV - licença-paternidade;    (Incluído pela Lei nº 12.696, da proposta orçamentária para planos e programas de
de 2012) atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

V - gratificação natalina.    (Incluído pela Lei nº 12.696, X - representar, em nome da pessoa e da família, contra
de 2012) a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso
II, da Constituição Federal;
VADE MECUM PRF

Parágrafo único.  Constará da lei orçamentária municipal


e da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários XI - representar ao Ministério Público para efeito das
ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração ações de perda ou suspensão do poder familiar, após
e formação continuada dos conselheiros tutelares.   (Reda- esgotadas as possibilidades de manutenção da criança
ção dada pela Lei nº 12.696, de 2012) ou do adolescente junto à família natural.   (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009)  Vigência

248
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos gru- CAPÍTULO V
pos profissionais, ações de divulgação e treinamento
para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em DOS IMPEDIMENTOS
crianças e adolescentes.  (Incluído pela Lei nº 13.046,
de 2014) Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e
Parágrafo único.  Se, no exercício de suas atribuições, genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e
o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.
convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Minis-
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conse-
tério Público, prestando-lhe informações sobre os moti-
lheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade judi-
vos de tal entendimento e as providências tomadas para a ciária e ao representante do Ministério Público com atua-
orientação, o apoio e a promoção social da família.  (Incluí- ção na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na
do pela Lei nº 12.010, de 2009)  Vigência comarca, foro regional ou distrital.

Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente po-


derão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de TÍTULO VII
quem tenha legítimo interesse.
DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

CAPÍTULO III CAPÍTULO I

DA COMPETÊNCIA DOS CRIMES

Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de com- Seção I


petência constante do art. 147.
Disposições Gerais
CAPÍTULO IV Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem
DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS prejuízo do disposto na legislação penal.

Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as
Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e rea- normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao pro-
lizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos cesso, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pú-
12.10.1991) blica incondicionada

§ 1o O processo de escolha dos membros do Conselho


Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o ter- Seção II
ritório nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro
domingo do mês de outubro do ano subsequen- Dos Crimes em Espécie
te ao da eleição presidencial. (Incluído pela Lei nº
12.696, de 2012) Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigen-
te de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
§ 2o  A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e
10 de janeiro do ano subsequente ao processo de prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta mé-
dica, declaração de nascimento, onde constem as intercor-
§ 3o No processo de escolha dos membros do Conse-
rências do parto e do desenvolvimento do neonato:
lho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer,
VADE MECUM PRF

prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem Pena - detenção de seis meses a dois anos.
pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes
de pequeno valor. (Incluído pela Lei nº 12.696, de Parágrafo único. Se o crime é culposo:
2012)
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

249
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pu-
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de iden- pilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:
tificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião
do parto, bem como deixar de proceder aos exames referi- Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
dos no art. 10 desta Lei:
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem ofere-
Pena - detenção de seis meses a dois anos. ce ou efetiva a paga ou recompensa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo: Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato des-
tinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. com inobservância das formalidades legais ou com o fito
de obter lucro:
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liber-
dade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autorida-
Parágrafo único. Se há emprego de violência, gra-
de judiciária competente:
ve ameaça ou fraude: (Incluído pela Lei nº 10.764, de
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 12.11.2003)

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena


Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que pro-
correspondente à violência.
cede à apreensão sem observância das formalidades legais.
Art. 240.  Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata co-
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:  (Reda-
municação à autoridade judiciária competente e à família ção dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua au- § 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
toridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangi- recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia
mento: a participação de criança ou adolescente nas ce-
nas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem
Pena - detenção de seis meses a dois anos. com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou ado- § 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente
lescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829,
apreensão: de 2008)

Pena - detenção de seis meses a dois anos. I – no exercício de cargo ou função pública ou a pre-
texto de exercê-la;  (Redação dada pela Lei nº 11.829,
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado de 2008)
nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberda-
de: II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabi-
tação ou de hospitalidade; ou(Redação dada pela Lei nº
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 11.829, de 2008)

Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade ju- III – prevalecendo-se de relações de parentesco con-
diciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do sangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção,
Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei: de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou
de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade so-
Pena - detenção de seis meses a dois anos. bre ela, ou com seu consentimento.  (Incluído pela Lei
VADE MECUM PRF

nº 11.829, de 2008)
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de
quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem Art. 241.  Vender ou expor à venda fotografia, vídeo
judicial, com o fim de colocação em lar substituto: ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Redação
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

250
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e mul- II – membro de entidade, legalmente constituída, que
ta. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebi-
mento, o processamento e o encaminhamento de no-
Art. 241-A.  Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, tícia dos crimes referidos neste parágrafo;(Incluído pela
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive Lei nº 11.829, de 2008)
por meio de sistema de informática ou telemático, foto-
grafia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo  III – representante legal e funcionários responsáveis de
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adoles- provedor de acesso ou serviço prestado por meio de
rede de computadores, até o recebimento do material
cente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministé-
rio Público ou ao Poder Judiciário.   (Incluído pela Lei nº
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.  (In-
11.829, de 2008)
cluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:  (Incluído pela manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluí-
Lei nº 11.829, de 2008) do pela Lei nº 11.829, de 2008)
I – assegura os meios ou serviços para o armazena- Art. 241-C.  Simular a participação de criança ou adoles-
mento das fotografias, cenas ou imagens de que trata cente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio
o caput deste artigo;     (Incluído pela Lei nº 11.829, de de adulteração, montagem ou modificação de fotografia,
2008) vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: 
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
trata o caput deste artigo.  (Incluído pela Lei nº 11.829, multa.  (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
de 2008)
Parágrafo único.  Incorre nas mesmas penas quem ven-
§ 2o  As condutas tipificadas nos incisos I e II do § de, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divul-
1o deste artigo são puníveis quando o responsável ga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o ma-
terial produzido na forma do caputdeste artigo. (Incluído
legal pela prestação do serviço, oficialmente noti-
pela Lei nº 11.829, de 2008)
ficado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo
ilícito de que trata o caput deste artigo.(Incluído Art. 241-D.  Aliciar, assediar, instigar ou constranger,
pela Lei nº 11.829, de 2008) por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de
com ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829,
Art. 241-B.  Adquirir, possuir ou armazenar, por qual- de 2008)
quer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolven- Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
do criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
2008)
Parágrafo único.  Nas mesmas penas incorre quem: (In-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.  cluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I – facilita ou induz o acesso à criança de material con-
§ 1   A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se
o tendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim
de com ela praticar ato libidinoso;   (Incluído pela Lei nº
de pequena quantidade o material a que se refere
11.829, de 2008)
o caput deste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.829, de
2008) II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo
com o fim de induzir criança a se exibir de forma por-
§ 2o  Não há crime se a posse ou o armazenamento tem nográfica ou sexualmente explícita.   (Incluído pela Lei
a finalidade de comunicar às autoridades compe- nº 11.829, de 2008)
tentes a ocorrência das condutas descritas nos arts.
240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comu-
VADE MECUM PRF

Art. 241-E.  Para efeito dos crimes previstos nesta Lei,


nicação for feita por:(Incluído pela Lei nº 11.829, de a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
2008) compreende qualquer situação que envolva criança
ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais
I – agente público no exercício de suas funções;(Incluí- ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
do pela Lei nº 11.829, de 2008) criança ou adolescente para fins primordialmente
sexuais.   (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

251
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente § 1o  Incorre nas penas previstas no caput deste artigo
ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-
arma, munição ou explosivo: -se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas
de bate-papo da internet.  (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.  (Redação 12.015, de 2009)
dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
§ 2o  As penas previstas no caput deste artigo são au-
Art. 243.  Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, mentadas de um terço no caso de a infração come-
ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou tida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da
a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros Lei no  8.072, de 25 de julho de 1990.   (Incluído
produtos cujos componentes possam causar dependência pela Lei nº 12.015, de 2009)
física ou psíquica:  (Redação dada pela Lei nº 13.106, de
2015) CAPÍTULO II
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada
pela Lei nº 13.106, de 2015) Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino funda-
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou mental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fo- competente os casos de que tenha conhecimento, en-
gos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo volvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra
seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qual- criança ou adolescente:
quer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli-
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. cando-se o dobro em caso de reincidência.

Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de en-
definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à tidade de atendimento o exercício dos direitos constantes
exploração sexual:  (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:

Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli-
perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em cando-se o dobro em caso de reincidência.
favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autoriza-
da unidade da Federação (Estado ou Distrito Federal) em
ção devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato
que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro
ou documento de procedimento policial, administrativo ou
de boa-fé.(Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017) judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua
ato infracional:
§ 1o  Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o ge-
rente ou o responsável pelo local em que se ve- Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli-
rifique a submissão de criança ou adolescente às cando-se o dobro em caso de reincidência.
práticas referidas no caput deste artigo.   (Incluído
pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) § 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou par-
cialmente, fotografia de criança ou adolescente
§ 2o  Constitui efeito obrigatório da condenação a cas- envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustra-
sação da licença de localização e de funcionamen- ção que lhe diga respeito ou se refira a atos que
to do estabelecimento.  (Incluído pela Lei nº 9.975, lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua iden-
de 23.6.2000) tificação, direta ou indiretamente.

Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de me- § 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou
nor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal emissora de rádio ou televisão, além da pena pre-
VADE MECUM PRF

ou induzindo-o a praticá-la:(Incluído pela Lei nº 12.015, de vista neste artigo, a autoridade judiciária poderá
2009) determinar a apreensão da publicação ou a sus-
pensão da programação da emissora até por dois
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído dias, bem como da publicação do periódico até
pela Lei nº 12.015, de 2009) por dois números.   (Expressão declara inconstitu-
cional pela ADIN 869-2).

252
Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli- Pena - multa de vinte a cem salários de referência; dupli-
cando-se o dobro em caso de reincidência, independen- cada em caso de reincidência a autoridade judiciária poderá
temente das despesas de retorno do adolescente, se for o determinar a suspensão da programação da emissora por até
caso. (Revogado pela Lei nº 13.431, de 2017)(Vigência) dois dias.

Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deve- Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congêne-
res inerentes ao pátrio poder poder familiar ou decorrente re classificado pelo órgão competente como inadequado às
de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
judiciária ou Conselho Tutelar:  (Expressão substituída pela
Lei nº 12.010, de 2009)Vigência Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na rein-
cidência, a autoridade poderá determinar a suspensão do es-
Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli- petáculo ou o fechamento do estabelecimento por até quinze
cando-se o dobro em caso de reincidência. dias.

Art. 250.  Hospedar criança ou adolescente desacompa- Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
nhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita programação em vídeo, em desacordo com a classificação
desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel atribuída pelo órgão competente:
ou congênere: (Redação dada pela Lei nº 12.038, de 2009).
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
Pena – multa.   (Redação dada pela Lei nº 12.038, de de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
2009). fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e
multa, a autoridade judiciária poderá determinar o 79 desta Lei:
fechamento do estabelecimento por até 15 (quin-
ze) dias.   (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009). Pena - multa de três a vinte salários de referência, dupli-
cando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo de
§ 2º Se comprovada a reincidência em período inferior apreensão da revista ou publicação.
a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitiva-
mente fechado e terá sua licença cassada.  (Incluí- Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
do pela Lei nº 12.038, de 2009). empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qual- participação no espetáculo:
quer meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84
e 85 desta Lei: Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli- fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
cando-se o dobro em caso de reincidência.
Art. 258-A.Deixar a autoridade competente de providen-
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetá- ciar a instalação e operacionalização dos cadastros previstos
culo público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:   (Incluído pela Lei nº
entrada do local de exibição, informação destacada sobre 12.010, de 2009)Vigência
a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa etária espe-
cificada no certificado de classificação: Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
mil reais).  (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Pena - multa de três a vinte salários de referência, apli-
cando-se o dobro em caso de reincidência. Parágrafo único.  Incorre nas mesmas penas a autorida-
de que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas
representações ou espetáculos, sem indicar os limites de ou casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes
idade a que não se recomendem: em regime de acolhimento institucional ou familiar.   (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009)Vigência
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplica-
da em caso de reincidência, aplicável, separadamente, à casa Art. 258-B.  Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
VADE MECUM PRF

de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade. estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espe- que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em
táculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº 12.010,
sua classificação: de 2009)Vigência

253
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três § 2o Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos
mil reais).(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência direitos da criança e do adolescente fixarão crité-
rios de utilização, por meio de planos de aplicação,
Parágrafo único.  Incorre na mesma pena o funcionário das dotações subsidiadas e demais receitas, apli-
de programa oficial ou comunitário destinado à garantia do cando necessariamente percentual para incentivo
direito à convivência familiar que deixa de efetuar a comu- ao acolhimento, sob a forma de guarda, de crian-
nicação referida no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº ças e adolescentes e para programas de atenção
12.010, de 2009) Vigência integral à primeira infância em áreas de maior ca-
rência socioeconômica e em situações de calami-
Art. 258-C.  Descumprir a proibição estabelecida no inciso dade.(Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de
II do art. 81:  (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) 2016)
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 § 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministé-
(dez mil reais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) rio da Economia, Fazenda e Planejamento, regu-
lamentará a comprovação das doações feitas aos
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento fundos, nos termos deste artigo  . (Incluído pela Lei
comercial até o recolhimento da multa aplicada.  (Redação nº 8.242, de 12.10.1991)
dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
§ 4º O Ministério Público determinará em cada comar-
ca a forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescen-
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da te, dos incentivos fiscais referidos neste artigo.(In-
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo cluído pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabelece § 5o Observado o disposto no § 4o do art. 3o da Lei
o Título V do Livro II. no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a dedução
de que trata o inciso I do caput: (Redação dada
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios pro- pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
moverem a adaptação de seus órgãos e programas às diretri-
zes e princípios estabelecidos nesta Lei. I - será considerada isoladamente, não se submetendo
a limite em conjunto com outras deduções do imposto;
Art. 260.  Os contribuintes poderão efetuar doações aos e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas, II - não poderá ser computada como despesa opera-
sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, cional na apuração do lucro real. (Incluído pela Lei nº
obedecidos os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
12.594, de 2012)(Vide)
Art. 260-A.A partir do exercício de 2010, ano-calendário
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no trata o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua
lucro real; e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
(Vide) 2012)(Vide)

II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apura- § 1o A doação de que trata o caput poderá ser deduzi-
do pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual, da até os seguintes percentuais aplicados sobre o
observado o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de imposto apurado na declaração:(Incluído pela Lei
dezembro de 1997.(Redação dada pela Lei nº 12.594, de nº 12.594, de 2012)(Vide)
2012)(Vide)
I - (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
§1oA. Na definição das prioridades a serem atendidas com
os recursos captados pelos fundos nacional, estadu- II - (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
ais e municipais dos direitos da criança e do adoles-
VADE MECUM PRF

cente, serão consideradas as disposições do Plano III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012.
Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar
e Comunitária e as do Plano Nacional pela Primeira § 2o A dedução de que trata o caput:(Incluído pela Lei
Infância.(Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de nº 12.594, de 2012)(Vide)
2016)

254
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do im- Parágrafo único.  A doação deverá ser efetuada dentro
posto sobre a renda apurado na declaração de que tra- do período a que se refere a apuração do imposto. (Incluí-
ta o inciso II do caput do art. 260;(Incluído pela Lei nº do pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
12.594, de 2012)(Vide)
Art. 260-C.  As doações de que trata o art. 260 desta Lei
II - não se aplica à pessoa física que:(Incluído pela Lei nº podem ser efetuadas em espécie ou em bens.(Incluído pela
12.594, de 2012)(Vide) Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
a) utilizar o desconto simplificado;(Incluído pela Lei nº Parágrafo único.  As doações efetuadas em espécie de-
12.594, de 2012)(Vide) vem ser depositadas em conta específica, em instituição fi-
nanceira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que
b)
apresentar declaração em formulário; ou(Incluído
pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)

c) entregar a declaração fora do prazo;(Incluído pela Lei Art. 260-D.  Os órgãos responsáveis pela administração
nº 12.594, de 2012)(Vide) das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Ado-
lescente nacional, estaduais, distrital e municipais devem
III - só se aplica às doações em espécie; e(Incluído pela emitir recibo em favor do doador, assinado por pessoa
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) competente e pelo presidente do Conselho correspon-
dente, especificando:(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções (Vide)
em vigor.(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
I - número de ordem;(Incluído pela Lei nº 12.594, de
§ 3o O pagamento da doação deve ser efetuado até a 2012)(Vide)
data de vencimento da primeira quota ou quota
única do imposto, observadas instruções específi- II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
cas da Secretaria da Receita Federal do Brasil. (In- e endereço do emitente;(Incluído pela Lei nº 12.594, de
cluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) 2012)(Vide)
§ 4o O não pagamento da doação no prazo estabeleci- III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
do no § 3o implica a glosa definitiva desta parcela
do doador;(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
de dedução, ficando a pessoa física obrigada ao
recolhimento da diferença de imposto devido apu- IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e(In-
rado na Declaração de Ajuste Anual com os acrés-
cluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
cimos legais previstos na legislação.(Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) V - ano-calendário a que se refere a doação.(Incluído
pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
§ 5o A pessoa física poderá deduzir do imposto apura-
do na Declaração de Ajuste Anual as doações fei-
§ 1o O comprovante de que trata o caput deste artigo
tas, no respectivo ano-calendário, aos fundos con-
pode ser emitido anualmente, desde que discrimi-
trolados pelos Conselhos dos Direitos da Criança
ne os valores doados mês a mês.(Incluído pela Lei
e do Adolescente municipais, distrital, estaduais e
nacional concomitantemente com a opção de que nº 12.594, de 2012)(Vide)
trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso
§ 2o No caso de doação em bens, o comprovante deve
II do art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide) conter a identificação dos bens, mediante des-
crição em campo próprio ou em relação anexa
Art. 260-B.  A doação de que trata o inciso I do art. 260 ao comprovante, informando também se houve
poderá ser deduzida:(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e endereço dos
(Vide) avaliadores. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide)
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas ju-
VADE MECUM PRF

rídicas que apuram o imposto trimestralmente; e(Inclu- Art. 260-E.  Na hipótese da doação em bens, o doador
ído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) deverá:(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)

II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, I - comprovar a propriedade dos bens, mediante docu-
para as pessoas jurídicas que apuram o imposto anual- mentação hábil;(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
mente.(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) (Vide)

255
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direi- I - o calendário de suas reuniões;(Incluído pela Lei nº
tos, quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, 12.594, de 2012)(Vide)
no caso de pessoa jurídica; e(Incluído pela Lei nº 12.594,
de 2012)(Vide) II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de
atendimento à criança e ao adolescente; (Incluído pela
III - considerar como valor dos bens doados:(Incluído Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
III - os requisitos para a apresentação de projetos a se-
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
rem beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos
declaração do imposto de renda, desde que não ex-
da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distri-
ceda o valor de mercado;(Incluído pela Lei nº 12.594,
de 2012)(Vide) tal ou municipais;(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Vide)
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens.
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-ca-
lendário e o valor dos recursos previstos para imple-
Parágrafo único.  O preço obtido em caso de leilão não mentação das ações, por projeto;(Incluído pela Lei nº
será considerado na determinação do valor dos bens doa- 12.594, de 2012)(Vide)
dos, exceto se o leilão for determinado por autoridade ju-
diciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide) V - o total dos recursos recebidos e a respectiva des-
tinação, por projeto atendido, inclusive com cadastra-
Art. 260-F.  Os documentos a que se referem os arts.
mento na base de dados do Sistema de Informações
260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por
sobre a Infância e a Adolescência; e (Incluído pela Lei nº
um prazo de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da
dedução perante a Receita Federal do Brasil. (Incluído pela 12.594, de 2012)(Vide)
Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficia-
Art. 260-G.  Os órgãos responsáveis pela administra- dos com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e
ção das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do do Adolescente nacional, estaduais, distrital e munici-
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais de- pais. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
vem:(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
Art. 260-J.  O Ministério Público determinará, em cada
I - manter conta bancária específica destinada exclusi- Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incenti-
vamente a gerir os recursos do Fundo; (Incluído pela Lei vos fiscais referidos no art. 260 desta Lei.(Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012)(Vide) nº 12.594, de 2012)(Vide)
II - manter controle das doações recebidas; e(Incluído
Parágrafo único.  O descumprimento do disposto nos
pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal ação judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá
do Brasil as doações recebidas mês a mês, identifican- atuar de ofício, a requerimento ou representação de qual-
do os seguintes dados por doador:(Incluído pela Lei nº quer cidadão. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
12.594, de 2012)(Vide)
Art. 260-K.  A Secretaria de Direitos Humanos da Pre-
a) nome, CNPJ ou CPF;(Incluído pela Lei nº 12.594, de sidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria
2012)(Vide) da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada
ano, arquivo eletrônico contendo a relação atualizada dos
b) valor doado, especificando se a doação foi em espé-
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacio-
cie ou em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
nal, distrital, estaduais e municipais, com a indicação dos
(Vide)
respectivos números de inscrição no CNPJ e das contas
Art. 260-H.  Em caso de descumprimento das obriga- bancárias específicas mantidas em instituições financeiras
ções previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal públicas, destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos
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do Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Públi- Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
co. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)(Vide)
Art. 260-L.  A Secretaria da Receita Federal do Brasil
Art. 260-I.  Os Conselhos dos Direitos da Criança e do expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais di- nos arts. 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
vulgarão amplamente à comunidade:(Incluído pela Lei nº (Vide)
12.594, de 2012)(Vide)

256
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro
da criança e do adolescente, os registros, inscrições e alte- de 1973, fica acrescido do seguinte item:
rações a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91
desta Lei serão efetuados perante a autoridade judiciária “Art. 102 ....................................................................
da comarca a que pertencer a entidade.
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. “
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar
aos estados e municípios, e os estados aos municípios, os Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da
recursos referentes aos programas e atividades previstos União, da administração direta ou indireta, inclusive fun-
nesta Lei, tão logo estejam criados os conselhos dos direi- dações instituídas e mantidas pelo poder público federal
tos da criança e do adolescente nos seus respectivos níveis. promoverão edição popular do texto integral deste Estatu-
to, que será posto à disposição das escolas e das entidades
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tute- de atendimento e de defesa dos direitos da criança e do
lares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela adolescente.
autoridade judiciária.
Art. 265-A.  O poder público fará periodicamente ampla
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos
de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes meios de comunicação social.(Redação dada dada pela Lei
alterações: nº 13.257, de 2016)

1) Art. 121 ............................................................ Parágrafo único.  A divulgação a que se refere


o  caput  será veiculada em linguagem clara, compreensí-
§ 4º  No homicídio culposo, a pena é aumentada de um vel e adequada a crianças e adolescentes, especialmente
terço, se o crime resulta de inobservância de regra às crianças com idade inferior a 6 (seis) anos.(Incluído dada
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agen- pela Lei nº 13.257, de 2016)
te deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso publicação.
o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o
crime é praticado contra pessoa menor de catorze Parágrafo único. Durante o período de vacância deve-
anos. rão ser promovidas atividades e campanhas de divulgação
e esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
2) Art. 129 ...............................................................
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964, e 6.697,
§ 7º  Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qual- de 10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as
quer das hipóteses do art. 121, § 4º. demais disposições em contrário.
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art.
121. LEI DE DROGAS

3) Art. 136................................................................. LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.


§ 3º  Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é pra- Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
ticado contra pessoa menor de catorze anos.
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso
indevido, atenção e reinserção social de usuários e depen-
4) Art. 213 ..................................................................
dentes de drogas; estabelece normas para repressão à pro-
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos: dução não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define
crimes e dá outras providências.
Pena - reclusão de quatro a dez anos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
VADE MECUM PRF

5) Art. 214................................................................... Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze


anos:

Pena - reclusão de três a nove anos.»

257
TÍTULO I I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa hu-
mana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES liberdade;

Art. 1o  Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas II - o respeito à diversidade e às especificidades popu-
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para lacionais existentes;
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cida-
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de dania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fato-
res de proteção para o uso indevido de drogas e outros
drogas e define crimes.
comportamentos correlacionados;
Parágrafo único.  Para fins desta Lei, consideram-se
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla par-
como drogas as substâncias ou os produtos capazes de
ticipação social, para o estabelecimento dos fundamen-
causar dependência, assim especificados em lei ou rela- tos e estratégias do Sisnad;
cionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder
Executivo da União. V - a promoção da responsabilidade compartilhada en-
tre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da
Art. 2o  Ficam proibidas, em todo o território nacional, participação social nas atividades do Sisnad;
as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a
exploração de vegetais e substratos dos quais possam VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores
ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese correlacionados com o uso indevido de drogas, com a
de autorização legal ou regulamentar, bem como o que sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas,
sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de VII - a integração das estratégias nacionais e interna-
plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. cionais de prevenção do uso indevido, atenção e rein-
serção social de usuários e dependentes de drogas e
Parágrafo único.  Pode a União autorizar o plantio, a de repressão à sua produção não autorizada e ao seu
cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste tráfico ilícito;
artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos,
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público
em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização,
e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à coope-
respeitadas as ressalvas supramencionadas. ração mútua nas atividades do Sisnad;

IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reco-


TÍTULO II nheça a interdependência e a natureza complementar
das atividades de prevenção do uso indevido, atenção
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS
e reinserção social de usuários e dependentes de dro-
SOBRE DROGAS gas, repressão da produção não autorizada e do tráfico
ilícito de drogas;
Art. 3o  O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar,
organizar e coordenar as atividades relacionadas com: X - a observância do equilíbrio entre as atividades de
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinser-
de usuários e dependentes de drogas e de repressão
ção social de usuários e dependentes de drogas;
à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito,
visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico
ilícito de drogas. XI - a observância às orientações e normas emanadas
do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
CAPÍTULO I Art. 5o  O Sisnad tem os seguintes objetivos:
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando
VADE MECUM PRF

a torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos


DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilíci-
SOBRE DROGAS to e outros comportamentos correlacionados;
Art. 4o  São princípios do Sisnad: II - promover a construção e a socialização do conheci-
mento sobre drogas no país;

258
III - promover a integração entre as políticas de pre- Art. 18.  Constituem atividades de prevenção do uso
venção do uso indevido, atenção e reinserção social de indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcio-
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua nadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e ris-
produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políti- co e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de
cas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da proteção.
União, Distrito Federal, Estados e Municípios;
Art. 19.  As atividades de prevenção do uso indevido de
IV - assegurar as condições para a coordenação, a inte- drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes:
gração e a articulação das atividades de que trata o art.
3o desta Lei. I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como
fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo
e na sua relação com a comunidade à qual pertence;
CAPÍTULO II
II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamen-
DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO
tação científica como forma de orientar as ações dos
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS serviços públicos comunitários e privados e de evitar
SOBRE DROGAS preconceitos e estigmatização das pessoas e dos servi-
ços que as atendam;
Art. 7o  A organização do Sisnad assegura a orientação
central e a execução descentralizada das atividades III - o fortalecimento da autonomia e da responsabili-
realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, dade individual em relação ao uso indevido de drogas;
estadual e municipal e se constitui matéria definida no
regulamento desta Lei. IV - o compartilhamento de responsabilidades e a co-
laboração mútua com as instituições do setor privado e
com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários
CAPÍTULO IV e dependentes de drogas e respectivos familiares, por
meio do estabelecimento de parcerias;
DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE INFOR-
MAÇÕES V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
adequadas às especificidades socioculturais das diver-
SOBRE DROGAS sas populações, bem como das diferentes drogas uti-
lizadas;
Art. 16.  As instituições com atuação nas áreas da aten-
ção à saúde e da assistência social que atendam usuários
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento
ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão
do uso” e da redução de riscos como resultados dese-
competente do respectivo sistema municipal de saúde os
jáveis das atividades de natureza preventiva, quando da
casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a iden-
tidade das pessoas, conforme orientações emanadas da definição dos objetivos a serem alcançados;
União.
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais
Art. 17.  Os dados estatísticos nacionais de repressão ao vulneráveis da população, levando em consideração as
tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações suas necessidades específicas;
do Poder Executivo.
VIII - a articulação entre os serviços e organizações que
atuam em atividades de prevenção do uso indevido de
TÍTULO III drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes
de drogas e respectivos familiares;
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVI-
DO, ATENÇÃO E IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais,
artísticas, profissionais, entre outras, como forma de in-
REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES clusão social e de melhoria da qualidade de vida;
VADE MECUM PRF

DE DROGAS
X - o estabelecimento de políticas de formação conti-
CAPÍTULO I nuada na área da prevenção do uso indevido de dro-
gas para profissionais de educação nos 3 (três) níveis
DA PREVENÇÃO de ensino;

259
XI - a implantação de projetos pedagógicos de pre- IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos
venção do uso indevido de drogas, nas instituições de respectivos familiares, sempre que possível, de forma
ensino público e privado, alinhados às Diretrizes Curri- multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
culares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a
drogas; V - observância das orientações e normas emanadas do
Conad;
XII - a observância das orientações e normas emanadas
do Conad; VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
social de políticas setoriais específicas.
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle
social de políticas setoriais específicas. Art. 23.  As redes dos serviços de saúde da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios desenvolverão
Parágrafo único.  As atividades de prevenção do uso programas de atenção ao usuário e ao dependente de dro-
indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente gas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória a
pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Ado- previsão orçamentária adequada.
lescente - Conanda.
Art. 24.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios poderão conceder benefícios às instituições priva-
CAPÍTULO II das que desenvolverem programas de reinserção no mer-
cado de trabalho, do usuário e do dependente de drogas
DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO encaminhados por órgão oficial.
SOCIAL
Art. 25.  As instituições da sociedade civil, sem fins lu-
DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS crativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da
assistência social, que atendam usuários ou dependentes
Art. 20.  Constituem atividades de atenção ao usuário e de drogas poderão receber recursos do Funad, condiciona-
dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito dos à sua disponibilidade orçamentária e financeira.
desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de
vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso Art. 26.  O usuário e o dependente de drogas que, em
de drogas. razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo
pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de
Art. 21.  Constituem atividades de reinserção social do segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua
usuário ou do dependente de drogas e respectivos fami- saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário.
liares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua
integração ou reintegração em redes sociais.
CAPÍTULO III
Art. 22.  As atividades de atenção e as de reinserção
social do usuário e do dependente de drogas e respectivos DOS CRIMES E DAS PENAS
familiares devem observar os seguintes princípios e dire-
Art. 27.  As penas previstas neste Capítulo poderão ser
trizes:
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substi-
tuídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, in-
defensor.
dependentemente de quaisquer condições, observados
os direitos fundamentais da pessoa humana, os princí- Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
pios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Políti- transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
ca Nacional de Assistência Social; drogas sem autorização ou em desacordo com determi-
nação legal ou regulamentar será submetido às seguintes
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e penas:
reinserção social do usuário e do dependente de dro-
gas e respectivos familiares que considerem as suas pe- I - advertência sobre os efeitos das drogas;
VADE MECUM PRF

culiaridades socioculturais;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - definição de projeto terapêutico individualizado,
orientado para a inclusão social e para a redução de III - medida educativa de comparecimento a programa
riscos e de danos sociais e à saúde; ou curso educativo.

260
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu TÍTULO IV
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de pequena quantidade DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA
de substância ou produto capaz de causar depen-
dência física ou psíquica. E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS

§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consu- CAPÍTULO I


mo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quanti-
dade da substância apreendida, ao local e às con- DISPOSIÇÕES GERAIS
dições em que se desenvolveu a ação, às circuns-
tâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e Art. 31.  É indispensável a licença prévia da autorida-
aos antecedentes do agente. de competente para produzir, extrair, fabricar, transformar,
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar,
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput des-
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
te artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5
(cinco) meses. comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, dro-
gas ou matéria-prima destinada à sua preparação, obser-
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos in- vadas as demais exigências legais.
cisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas
pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. Art. 32.  As plantações ilícitas serão imediatamente des-
truídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que
§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cum- recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de
prida em programas comunitários, entidades edu- tudo lavrando auto de levantamento das condições encon-
cacionais ou assistenciais, hospitais, estabeleci- tradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas
mentos congêneres, públicos ou privados sem fins necessárias para a preservação da prova. (Redação dada
lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da
pela Lei nº 12.961, de 2014)
prevenção do consumo ou da recuperação de usu-
ários e dependentes de drogas.
§ 1o (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 12.961, de
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas edu- 2014)
cativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III,
a que injustificadamente se recuse o agente, pode- § 2o (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 12.961, de
rá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 2014)

I - admoestação verbal; § 3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir


a plantação, observar-se-á, além das cautelas ne-
II - multa. cessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto
no Decreto no 2.661, de 8 de julho de 1998, no que
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque couber, dispensada a autorização prévia do órgão
à disposição do infrator, gratuitamente, estabeleci-
próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
mento de saúde, preferencialmente ambulatorial,
para tratamento especializado. Sisnama.

Art. 29.  Na imposição da medida educativa a que se § 4o As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão
refere o inciso II do § 6o  do art. 28, o juiz, atendendo à expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, Constituição Federal, de acordo com a legislação
em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior em vigor.
a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta
avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. CAPÍTULO II

Parágrafo único.  Os valores decorrentes da imposição DOS CRIMES


da multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados
VADE MECUM PRF

Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,


à conta do Fundo Nacional Antidrogas.
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
Art. 30.  Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
execução das penas, observado, no tocante à interrupção ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
Penal. determinação legal ou regulamentar:

261
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pa- Art. 35.  Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim
gamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
dias-multa. previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamen-
to de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire,
vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em de- Parágrafo único.  Nas mesmas penas do caput deste
pósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com crime definido no art. 36 desta Lei.
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, in-
sumo ou produto químico destinado à preparação de Art. 36.  Financiar ou custear a prática de qualquer dos
drogas; crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e paga-
em desacordo com determinação legal ou regulamen- mento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil)
tar, de plantas que se constituam em matéria-prima dias-multa.
para a preparação de drogas;
Art. 37.  Colaborar, como informante, com grupo, or-
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que ganização ou associação destinados à prática de qualquer
tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vi- dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta
gilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda Lei:
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento
ilícito de drogas. de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido Art. 38.  Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas,
de droga: (Vide ADI nº 4.274) sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de regulamentar:
100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos
a consumirem: Parágrafo único.  O juiz comunicará a condenação ao
Conselho Federal da categoria profissional a que pertença
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pa-
o agente.
gamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. Art. 39.  Conduzir embarcação ou aeronave após o con-
sumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste ar-
tigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto de outrem:
a dois terços, vedada a conversão em penas restri-
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além
tivas de direitos, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às ativida- da apreensão do veículo, cassação da habilitação respec-
des criminosas nem integre organização crimino- tiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena
sa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (du-
zentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
Art. 34.  Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, ofere-
cer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, Parágrafo único.  As penas de prisão e multa, aplicadas
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fa- (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-
VADE MECUM PRF

bricação, preparação, produção ou transformação de dro- -multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
gas, sem autorização ou em desacordo com determinação transporte coletivo de passageiros.
legal ou regulamentar:
Art. 40.  As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamen- são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
to de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.

262
I - a natureza, a procedência da substância ou do pro- Art. 44.  Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e
duto apreendido e as circunstâncias do fato evidencia- 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis,
rem a transnacionalidade do delito; graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a con-
versão de suas penas em restritivas de direitos.
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função
pública ou no desempenho de missão de educação, po- Parágrafo único.  Nos crimes previstos no caput deste
der familiar, guarda ou vigilância; artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumpri-
mento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou reincidente específico.
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino
ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, so- Art. 45.  É isento de pena o agente que, em razão da de-
ciais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, pendência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou
de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se reali- força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omis-
zem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de são, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
ou em transportes públicos;
Parágrafo único.  Quando absolver o agente, reconhe-
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave cendo, por força pericial, que este apresentava, à época do
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer pro- fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput
deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu
cesso de intimidação difusa ou coletiva;
encaminhamento para tratamento médico adequado.
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação
Art. 46.  As penas podem ser reduzidas de um terço
ou entre estes e o Distrito Federal;
a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação
ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, di-
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse en-
minuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
tendimento.
determinação;
Art. 47.  Na sentença condenatória, o juiz, com base em
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento
do agente para tratamento, realizada por profissional de
Art. 41.  O indiciado ou acusado que colaborar volun-
saúde com competência específica na forma da lei, deter-
tariamente com a investigação policial e o processo crimi-
minará que a tal se proceda, observado o disposto no art.
nal na identificação dos demais co-autores ou partícipes
26 desta Lei.
do crime e na recuperação total ou parcial do produto do
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um
terço a dois terços. CAPÍTULO III
Art. 42.  O juiz, na fixação das penas, considerará, com DO PROCEDIMENTO PENAL
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Pe-
nal, a natureza e a quantidade da substância ou do produ- Art. 48.  O procedimento relativo aos processos por
to, a personalidade e a conduta social do agente. crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do
Art. 43.  Na fixação da multa a que se referem os arts. Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42
desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo § 1º O agente de qualquer das condutas previstas no
a cada um, segundo as condições econômicas dos acusa- art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os
dos, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será
(cinco) vezes o maior salário-mínimo. processado e julgado na forma dos arts. 60 e se-
guintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de
VADE MECUM PRF

Parágrafo único.  As multas, que em caso de concurso 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cri-
de crimes serão impostas sempre cumulativamente, po- minais.
dem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situa-
ção econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta
Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo
ainda que aplicadas no máximo.
o autor do fato ser imediatamente encaminhado

263
ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o § 4o A destruição das drogas será executada pelo dele-
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se gado de polícia competente no prazo de 15 (quin-
termo circunstanciado e providenciando-se as re- ze) dias na presença do Ministério Público e da au-
quisições dos exames e perícias necessários. toridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de
2014)
§ 3o Se ausente a autoridade judicial, as providências
previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de § 5o O local será vistoriado antes e depois de efetiva-
imediato pela autoridade policial, no local em que da a destruição das drogas referida no § 3o, sen-
se encontrar, vedada a detenção do agente. do lavrado auto circunstanciado pelo delegado de
polícia, certificando-se neste a destruição total de-
§ 4o Concluídos os procedimentos de que trata o § las.  (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
2o deste artigo, o agente será submetido a exame
Art. 50-A.  A destruição de drogas apreendidas sem a
de corpo de delito, se o requerer ou se a autorida-
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incinera-
de de polícia judiciária entender conveniente, e em
ção, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data
seguida liberado. da apreensão, guardando-se amostra necessária à reali-
zação do laudo definitivo, aplicando-se, no que couber, o
§ 5o Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no 9.099,
procedimento dos §§ 3o a 5o do art. 50.   (Incluído pela Lei
de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais nº 12.961, de 2014)
Criminais, o Ministério Público poderá propor a
aplicação imediata de pena prevista no art. 28 des- Art. 51.  O inquérito policial será concluído no prazo de
ta Lei, a ser especificada na proposta. 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noven-
ta) dias, quando solto.
Art. 49.  Tratando-se de condutas tipificadas nos arts.
33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as Parágrafo único.  Os prazos a que se refere este artigo
circunstâncias o recomendem, empregará os instrumen- podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Públi-
tos protetivos de colaboradores e testemunhas previstos co, mediante pedido justificado da autoridade de polícia
na Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999. judiciária.

Art. 52.  Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta


Seção I Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos
do inquérito ao juízo:
Da Investigação
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, jus-
Art. 50.  Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade tificando as razões que a levaram à classificação do de-
de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao lito, indicando a quantidade e natureza da substância
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do ou do produto apreendido, o local e as condições em
qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias
(vinte e quatro) horas. da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes
do agente; ou
§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em fla-
grante e estabelecimento da materialidade do II - requererá sua devolução para a realização de dili-
gências necessárias.
delito, é suficiente o laudo de constatação da na-
tureza e quantidade da droga, firmado por perito Parágrafo único.  A remessa dos autos far-se-á sem pre-
oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. juízo de diligências complementares:
§ 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo
§ 1o deste artigo não ficará impedido de participar resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente
da elaboração do laudo definitivo. até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e jul-
gamento;
§ 3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o
VADE MECUM PRF

juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regula- II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e
ridade formal do laudo de constatação e determi- valores de que seja titular o agente, ou que figurem em
nará a destruição das drogas apreendidas, guar- seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao
dando-se amostra necessária à realização do laudo juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de
definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) instrução e julgamento.

264
Art. 53.  Em qualquer fase da persecução criminal relati- § 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco)
va aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos dias.
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o
Ministério Público, os seguintes procedimentos investiga- § 5o Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo
tórios: de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do pre-
so, realização de diligências, exames e perícias.
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de
investigação, constituída pelos órgãos especializados Art. 56.  Recebida a denúncia, o juiz designará dia e
pertinentes; hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará
a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério
II - a não-atuação policial sobre os portadores de dro- Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos
gas, seus precursores químicos ou outros produtos utili- periciais.
zados em sua produção, que se encontrem no território
brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabi- § 1o Tratando-se de condutas tipificadas como infra-
lizar maior número de integrantes de operações de trá- ção do disposto nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a
fico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá
decretar o afastamento cautelar do denunciado de
Parágrafo único.  Na hipótese do inciso II deste artigo, suas atividades, se for funcionário público, comu-
a autorização será concedida desde que sejam conhecidos nicando ao órgão respectivo.
o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito
ou de colaboradores. § 2o A audiência a que se refere o caput deste artigo
será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes
ao recebimento da denúncia, salvo se determinada
Seção II a realização de avaliação para atestar dependên-
cia de drogas, quando se realizará em 90 (noventa)
Da Instrução Criminal dias.

Art. 54.  Recebidos em juízo os autos do inquérito poli- Art. 57.  Na audiência de instrução e julgamento, após o
cial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de in- interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas,
formação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no pra- será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do
zo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providências: Ministério Público e ao defensor do acusado, para susten-
tação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
I - requerer o arquivamento; prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
II - requisitar as diligências que entender necessárias; Parágrafo único.  Após proceder ao interrogatório, o
juiz indagará das partes se restou algum fato para ser es-
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas clarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
e requerer as demais provas que entender pertinentes. entender pertinente e relevante.
Art. 55.  Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notifi- Art. 58.  Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença
cação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os
no prazo de 10 (dez) dias. autos para isso lhe sejam conclusos.
§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e Art. 59.  Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se
invocar todas as razões de defesa, oferecer docu- à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, as-
mentos e justificações, especificar as provas que sim reconhecido na sentença condenatória.
pretende produzir e, até o número de 5 (cinco),
arrolar testemunhas.
CAPÍTULO IV
§ 2o As exceções serão processadas em apartado, nos ter-
mos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei no3.689, de 3 DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE
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de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. BENS DO ACUSADO


§ 3o  Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz Art. 60.  O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) Público ou mediante representação da autoridade de polí-
dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de cia judiciária, ouvido o Ministério Público, havendo indícios
nomeação. suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da

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ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de
relacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores consis- sua conservação, mediante autorização judicial,
tentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou que ouvido o Ministério Público.
constituam proveito auferido com sua prática, proceden-
do-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei no 3.689, § 2o Feita a apreensão a que se refere o caput deste
de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou cheques
emitidos como ordem de pagamento, a autoridade
§ 1o Decretadas quaisquer das medidas previstas neste de polícia judiciária que presidir o inquérito deverá,
artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de de imediato, requerer ao juízo competente a inti-
5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produção de mação do Ministério Público.
provas acerca da origem lícita do produto, bem ou
valor objeto da decisão. § 3o Intimado, o Ministério Público deverá requerer ao
juízo, em caráter cautelar, a conversão do numerá-
§ 2o Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, rio apreendido em moeda nacional, se for o caso,
o juiz decidirá pela sua liberação. a compensação dos cheques emitidos após a ins-
trução do inquérito, com cópias autênticas dos res-
§ 3o Nenhum pedido de restituição será conhecido sem pectivos títulos, e o depósito das correspondentes
o comparecimento pessoal do acusado, podendo quantias em conta judicial, juntando-se aos autos
o juiz determinar a prática de atos necessários à
o recibo.
conservação de bens, direitos ou valores.
§ 4o Após a instauração da competente ação penal, o
§ 4o A ordem de apreensão ou seqüestro de bens, di-
Ministério Público, mediante petição autônoma,
reitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ou-
requererá ao juízo competente que, em caráter
vido o Ministério Público, quando a sua execução
cautelar, proceda à alienação dos bens apreendi-
imediata possa comprometer as investigações.
dos, excetuados aqueles que a União, por inter-
Art. 61.  Não havendo prejuízo para a produção da pro- médio da Senad, indicar para serem colocados sob
va dos fatos e comprovado o interesse público ou social, uso e custódia da autoridade de polícia judiciária,
ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante auto- de órgãos de inteligência ou militares, envolvidos
rização do juízo competente, ouvido o Ministério Público nas ações de prevenção ao uso indevido de drogas
e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão ser e operações de repressão à produção não autori-
utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na zada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente
prevenção do uso indevido, na atenção e reinserção so- no interesse dessas atividades.
cial de usuários e dependentes de drogas e na repressão
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, § 5o Excluídos os bens que se houver indicado para os
exclusivamente no interesse dessas atividades. fins previstos no § 4o deste artigo, o requerimento
de alienação deverá conter a relação de todos os
Parágrafo único.  Recaindo a autorização sobre veículos, demais bens apreendidos, com a descrição e a es-
embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade pecificação de cada um deles, e informações sobre
de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle quem os tem sob custódia e o local onde se en-
a expedição de certificado provisório de registro e licen- contram.
ciamento, em favor da instituição à qual tenha deferido o
uso, ficando esta livre do pagamento de multas, encargos § 6o Requerida a alienação dos bens, a respectiva peti-
e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisão ção será autuada em apartado, cujos autos terão
que decretar o seu perdimento em favor da União. tramitação autônoma em relação aos da ação pe-
nal principal.
Art. 62.  Os veículos, embarcações, aeronaves e quais-
quer outros meios de transporte, os maquinários, utensí- § 7o Autuado o requerimento de alienação, os autos
lios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utiliza- serão conclusos ao juiz, que, verificada a presen-
dos para a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a ça de nexo de instrumentalidade entre o delito e
sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade os objetos utilizados para a sua prática e risco de
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de polícia judiciária, excetuadas as armas, que serão reco- perda de valor econômico pelo decurso do tem-
lhidas na forma de legislação específica. po, determinará a avaliação dos bens relacionados,
cientificará a Senad e intimará a União, o Ministério
§ 1o Comprovado o interesse público na utilização de Público e o interessado, este, se for o caso, por edi-
qualquer dos bens mencionados neste artigo, a tal com prazo de 5 (cinco) dias.
autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer

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§ 8o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências dependentes e a atuação na repressão à produção não au-
sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, ho- torizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na libera-
mologará o valor atribuído aos bens e determinará ção de equipamentos e de recursos por ela arrecadados,
sejam alienados em leilão. para a implantação e execução de programas relacionados
à questão das drogas.
§ 9o Realizado o leilão, permanecerá depositada em
conta judicial a quantia apurada, até o final da
ação penal respectiva, quando será transferida ao TÍTULO V
Funad, juntamente com os valores de que trata o §
3o deste artigo. DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

§ 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos inter- Art. 65.  De conformidade com os princípios da não-in-
postos contra as decisões proferidas no curso do tervenção em assuntos internos, da igualdade jurídica e do
procedimento previsto neste artigo. respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos
regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito
§ 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4o des- das Convenções das Nações Unidas e  outros  instrumen-
te artigo, recaindo a autorização sobre veículos, tos jurídicos internacionais relacionados à questão das dro-
embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à au- gas, de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará,
toridade de trânsito ou ao equivalente órgão de quando solicitado, cooperação a outros países e organis-
registro e controle a expedição de certificado pro-
mos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a
visório de registro e licenciamento, em favor da
colaboração, nas áreas de:
autoridade de polícia judiciária ou órgão aos quais
tenha deferido o uso, ficando estes livres do paga-
I - intercâmbio de informações sobre legislações, expe-
mento de multas, encargos e tributos anteriores,
riências, projetos e programas voltados para atividades
até o trânsito em julgado da decisão que decretar
de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinser-
o seu perdimento em favor da União.
ção social de usuários e dependentes de drogas;
Art. 63.  Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá
sobre o perdimento do produto, bem ou valor apreendido, II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção
seqüestrado ou declarado indisponível. e tráfico de drogas e delitos conexos, em especial o
tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de
§ 1o Os valores apreendidos em decorrência dos crimes precursores químicos;
tipificados nesta Lei e que não forem objeto de tu-
tela cautelar, após decretado o seu perdimento em III - intercâmbio de informações policiais e judiciais so-
favor da União, serão revertidos diretamente ao bre produtores e traficantes de drogas e seus precurso-
Funad. res químicos.

§ 2o Compete à Senad a alienação dos bens apreendi-


dos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdi- TÍTULO VI
mento já tenha sido decretado em favor da União.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§ 3o A Senad poderá firmar convênios de cooperação, a
fim de dar imediato cumprimento ao estabelecido Art. 66.  Para fins do disposto no parágrafo único do
no § 2o deste artigo. art. 1o  desta Lei, até que seja atualizada a terminologia
da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas
§ 4o Transitada em julgado a sentença condenatória, o substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e
juiz do processo, de ofício ou a requerimento do outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de
Ministério Público, remeterá à Senad relação dos 12 de maio de 1998.
bens, direitos e valores declarados perdidos em fa-
vor da União, indicando, quanto aos bens, o local Art. 67.  A liberação dos recursos previstos na Lei
em que se encontram e a entidade ou o órgão em no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de Estados
cujo poder estejam, para os fins de sua destinação
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e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito


nos termos da legislação vigente. às diretrizes básicas contidas nos convênios firmados e do
fornecimento de dados necessários à atualização do siste-
Art. 64.  A União, por intermédio da Senad, poderá fir-
ma previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias
mar convênio com os Estados, com o Distrito Federal e com
organismos orientados para a prevenção do uso indevido judiciárias.
de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou

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Art. 68.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Art. 73.  A União poderá estabelecer convênios com os
nicípios poderão criar estímulos fiscais e outros, destinados Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e
às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e
do uso indevido de drogas, atenção e reinserção social de com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso inde-
usuários e dependentes e na repressão da produção não vido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de
autorizada e do tráfico ilícito de drogas. usuários e dependentes de drogas. (Redação dada pela Lei
nº 12.219, de 2010)
Art. 69.  No caso de falência ou liquidação extrajudicial
de empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesqui- Art. 74.  Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco)
sa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de dias após a sua publicação.
saúde que produzirem, venderem, adquirirem, consumi-
rem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualquer Art. 75.  Revogam-se a Lei no 6.368, de 21 de outubro de
outro em que existam essas substâncias ou produtos, in- 1976, e a Lei no 10.409, de 11 de janeiro de 2002.
cumbe ao juízo perante o qual tramite o feito:
LEI DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou
liquidação, sejam lacradas suas instalações;
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.
II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgen-
te adoção das medidas necessárias ao recebimento e Mensagem de veto Dispõe sobre as sanções penais e
guarda, em depósito, das drogas arrecadadas; administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente, e dá outras providências.
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para
acompanhar o feito. O PRESIDENTE  DA  REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 1o  Da licitação para alienação de substâncias ou
produtos não proscritos referidos no inciso II do caput deste
artigo, só podem participar pessoas jurídicas regularmente CAPÍTULO III
habilitadas na área de saúde ou de pesquisa científica que
comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a ser DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO
arrematado. DE INFRAÇÃO

§ 2o  Ressalvada a hipótese de que trata o § 3o deste ADMINISTRATIVA OU DE CRIME


artigo, o produto não arrematado será, ato contínuo à hasta
pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus
dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
Público.
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em
§ 3   Figurando entre o praceado e não arrematadas
o seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não
especialidades farmacêuticas em condições de emprego recomendável por questões sanitárias, entregues a
terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do jardins zoológicos, fundações ou entidades asse-
Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de melhadas, para guarda e cuidados sob a respon-
saúde. sabilidade de técnicos habilitados. (Redação dada
pela Lei nº 13.052, de 2014)
Art. 70.  O processo e o julgamento dos crimes previstos
nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transna- § 2o Até que os animais sejam entregues às instituições
cional, são da competência da Justiça Federal. mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuan-
te zelará para que eles sejam mantidos em condi-
Parágrafo único.  Os crimes praticados nos Municípios ções adequadas de acondicionamento e transpor-
que não sejam sede de vara federal serão processados e te que garantam o seu bem-estar físico. (Redação
julgados na vara federal da circunscrição respectiva. dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
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Art. 72.  Encerrado o processo penal ou arquivado o in- § 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras,
quérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação serão estes avaliados e doados a instituições cien-
do delegado de polícia ou a requerimento do Ministério tíficas, hospitalares, penais e outras com fins bene-
Público, determinará a destruição das amostras guardadas ficentes. (Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº
para contraprova, certificando isso nos autos.   (Redação 13.052, de 2014)
dada pela Lei nº 12.961, de 2014)

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§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não pere- II - em período proibido à caça;
cíveis serão destruídos ou doados a instituições
científicas, culturais ou educacionais. (Renumeran- III - durante a noite;
do do §3º para §4º pela Lei nº 13.052, de 2014)
IV - com abuso de licença;
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração
serão vendidos, garantida a sua descaracterização V - em unidade de conservação;
por meio da reciclagem. (Renumerando do §4º
para §5º pela Lei nº 13.052, de 2014) VI - com emprego de métodos ou instrumentos capa-
zes de provocar destruição em massa.

CAPÍTULO V § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decor-


re do exercício de caça profissional.
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos
Seção I atos de pesca.

Dos Crimes contra a Fauna Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfí-
bios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espéci- ambiental competente:
mes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem
a devida permissão, licença ou autorização da autoridade Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
competente, ou em desacordo com a obtida:
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade
competente:
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença,
autorização ou em desacordo com a obtida; Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mu-
tilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nati-
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou vos ou exóticos:
criadouro natural;
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire,
guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou trans- § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiên-
porta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, na- cia dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que
tiva ou em rota migratória, bem como produtos e ob- para fins didáticos ou científicos, quando existirem
jetos dela oriundos, provenientes de criadouros não recursos alternativos.
autorizados ou sem a devida permissão, licença ou au-
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se
torização da autoridade competente.
ocorre morte do animal.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carrea-
não considerada ameaçada de extinção, pode o
mento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna
juiz, considerando as circunstâncias, deixar de apli-
aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou
car a pena.
águas jurisdicionais brasileiras:
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas
pertencentes às espécies nativas, migratórias e
cumulativamente.
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que te-
nham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
dentro dos limites do território brasileiro, ou águas
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jurisdicionais brasileiras. I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou esta-


ções de aqüicultura de domínio público;
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
II - quem explora campos naturais de invertebrados
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de ex-
aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autoriza-
tinção, ainda que somente no local da infração;
ção da autoridade competente;

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III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de Seção II
qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais,
devidamente demarcados em carta náutica. Dos Crimes contra a Flora

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de
ou em lugares interditados por órgão competente: preservação permanente, mesmo que em formação, ou
utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas
ambas as penas cumulativamente.
as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será re-
duzida à metade.
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espé-
cimes com tamanhos inferiores aos permitidos; Art. 38-A.  Destruir ou danificar vegetação primária ou
secundária, em estágio avançado ou médio de regenera-
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou me- ção, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência
diante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e das normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de
métodos não permitidos; 2006).

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa,
espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proi- ou ambas as penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº
bidas. 11.428, de 2006).

Art. 35. Pescar mediante a utilização de: Parágrafo único.  Se o crime for culposo, a pena será
reduzida à metade.  (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de pre-
água, produzam efeito semelhante;
servação permanente, sem permissão da autoridade com-
petente:
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela au-
toridade competente: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas
as penas cumulativamente.
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pes- Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto
ca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, sua localização:
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou
não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espé- Pena - reclusão, de um a cinco anos.
cies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais
§ 1º Entende-se por Unidades de Conservação de Pro-
da fauna e da flora.
teção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando reali-
Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Redação
zado:
dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do § 2o  A ocorrência de dano afetando espécies ameaça-
agente ou de sua família; das de extinção no interior das Unidades de Con-
servação de Proteção Integral será considerada cir-
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação cunstância agravante para a fixação da pena. (Re-
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e dação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
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expressamente autorizado pela autoridade competente;


§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracteri-
zado pelo órgão competente. § 1o  Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sus-
tentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais,

270
as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de
Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Re- florestas e demais formas de vegetação:
servas Particulares do Patrimônio Natural. (Incluído
pela Lei nº 9.985, de 2000) Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2o  A ocorrência de dano afetando espécies amea- Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qual-
çadas de extinção no interior das Unidades de quer modo ou meio, plantas de ornamentação de logra-
Conservação de Uso Sustentável será considerada douros públicos ou em propriedade privada alheia:
circunstância agravante para a fixação da pena. (In-
cluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
§ 3o  Se o crime for culposo, a pena será reduzida à me-
tade. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a
seis meses, ou multa.
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plan-
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. tadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de man-
gues, objeto de especial preservação:
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de de-
tenção de seis meses a um ano, e multa. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou de-
que possam provocar incêndios nas florestas e demais for- gradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio
mas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de público ou devolutas, sem autorização do órgão compe-
assentamento humano: tente:   (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e mul-
as penas cumulativamente. ta.  (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou con- § 1o  Não é crime a conduta praticada quando neces-
sideradas de preservação permanente, sem prévia autori- sária à subsistência imediata pessoal do agente
zação, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: ou de sua família. (Incluído pela Lei nº 11.284, de
2006)
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2o  Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano
lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins por milhar de hectare.  (Incluído pela Lei nº 11.284,
industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, de 2006)
econômica ou não, em desacordo com as determinações
legais: Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em flo-
restas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. registro da autoridade competente:

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou in- Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
dustriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de ori-
gem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação condu-
outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da zindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou
via que deverá acompanhar o produto até final beneficia- para exploração de produtos ou subprodutos florestais,
mento: sem licença da autoridade competente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
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Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem ven- Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é au-
de, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda mentada de um sexto a um terço se:
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vege-
tal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a ero-
armazenamento, outorgada pela autoridade competente. são do solo ou a modificação do regime climático;

II - o crime é cometido:

271
a) no período de queda das sementes; Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

b) no período de formação de vegetações; Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa
de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda da autorização, permissão, licença, concessão ou determi-
que a ameaça ocorra somente no local da infração; nação do órgão competente.

d) em época de seca ou inundação; Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, expor-
tar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guar-
e) durante a noite, em domingo ou feriado. dar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica,
perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente,
em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
Seção III
nos seus regulamentos:
Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada
tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde
pela Lei nº 12.305, de 2010)
humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou
a destruição significativa da flora:
I - abandona os produtos ou substâncias referidos
no caput ou os utiliza em desacordo com as normas
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
ambientais ou de segurança;  (Incluído pela Lei nº
§ 1º Se o crime é culposo: 12.305, de 2010)

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta,
reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos peri-
§ 2º Se o crime: gosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regu-
lamento.  (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a
ocupação humana; § 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radio-
ativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço.
II - causar poluição atmosférica que provoque a retira-
da, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas § 3º Se o crime é culposo:
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da po-
pulação; Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

III - causar poluição hídrica que torne necessária a in- Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as
terrupção do abastecimento público de água de uma penas serão aumentadas:
comunidade;
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; flora ou ao meio ambiente em geral;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal
ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, de natureza grave em outrem;
em desacordo com as exigências estabelecidas em leis
ou regulamentos: III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.

Pena - reclusão, de um a cinco anos. Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo
somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo grave.
anterior quem deixar de adotar, quando assim o
exigir a autoridade competente, medidas de pre- Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
VADE MECUM PRF

caução em caso de risco de dano ambiental grave funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabe-
ou irreversível. lecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores,
sem licença ou autorização dos órgãos ambientais compe-
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos tentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares
minerais sem a competente autorização, permissão, con- pertinentes:
cessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

272
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou am- § 2o  Não constitui crime a prática de grafite realizada
bas as penas cumulativamente. com o objetivo de valorizar o patrimônio público
ou privado mediante manifestação artística, desde
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que que consentida pelo proprietário e, quando cou-
possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à ber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado
flora ou aos ecossistemas: e, no caso de bem público, com a autorização do
órgão competente e a observância das posturas
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. municipais e das normas editadas pelos órgãos
governamentais responsáveis pela preservação e
conservação do patrimônio histórico e artístico na-
Seção IV cional.  (Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011)
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patri-
mônio Cultural Seção V
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: Dos Crimes contra a Administração Ambiental
I - bem especialmente protegido por lei, ato administra-
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou
tivo ou decisão judicial;
enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, ins- técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de
talação científica ou similar protegido por lei, ato admi- licenciamento ambiental:
nistrativo ou decisão judicial:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autori-
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis zação ou permissão em desacordo com as normas ambien-
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. tais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização
depende de ato autorizativo do Poder Público:
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou
local especialmente protegido por lei, ato administrativo Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico,
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autoriza-
meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
ção da autoridade competente ou em desacordo com a
concedida:
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contra-
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. tual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse
ambiental:
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou
no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultu-
ral, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três
sem autorização da autoridade competente ou em desa- meses a um ano, sem prejuízo da multa.
cordo com a concedida:
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Po-
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. der Público no trato de questões ambientais:

Art. 65.  Pichar ou por outro meio conspurcar edificação Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
ou monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408,
de 2011) Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento,
concessão florestal ou qualquer outro procedimento ad-
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e mul-
ministrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou
VADE MECUM PRF

ta.  (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)


parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: (In-
§ 1º Se o ato for realizado em monumento ou coisa cluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
tombada em virtude do seu valor artístico, arque-
ológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.  (In-
1 (um) ano de detenção e multa. (Renumerado do cluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011)

273
§ 1 Se o crime é culposo:  (Incluído pela Lei nº 11.284, Art. 1o  A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico
de 2006) de Pessoas tem por finalidade estabelecer princípios,
diretrizes e ações de prevenção e repressão ao tráfico
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela de pessoas e de atenção às vítimas, conforme as normas
Lei nº 11.284, de 2006) e instrumentos nacionais e internacionais de direitos
humanos e a legislação pátria.
§ 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois
terços), se há dano significativo ao meio ambiente, Art. 2o  Para os efeitos desta Política, adota-se a
em decorrência do uso da informação falsa, incom- expressão “tráfico de pessoas” conforme o Protocolo
pleta ou enganosa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime
2006) Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão
e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e
DECRETO Nº 5.948/2006 Crianças, que a define como o recrutamento, o transporte,
a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas,
recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas
DECRETO Nº 5.948, DE 26 DE OUTUBRO DE 2006. de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de
autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega
Aprova a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfi- ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o
co de Pessoas e institui Grupo de Trabalho Interministerial consentimento de uma pessoa que tenha autoridade
com o objetivo de elaborar proposta do Plano Nacional de sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá,
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - PNETP. no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou
outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a
que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constitui- servidão ou a remoção de órgãos.
ção,
§ 1o O termo “crianças” descrito no caput deve ser en-
DECRETA: tendido como “criança e adolescente”, de acordo
com a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatu-
Art. 1o  Fica aprovada a Política Nacional de Enfrentamento to da Criança e do Adolescente.
ao Tráfico de Pessoas, que tem por finalidade estabelecer
princípios, diretrizes e ações de prevenção e repressão ao § 2o O termo “rapto” descrito no caput deste arti-
tráfico de pessoas e de atendimento às vítimas, conforme go deve ser entendido como a conduta definida
Anexo a este Decreto. no art. 148 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940, Código Penal Brasileiro, referen-
Art. 10.  Este Decreto entra em vigor na data de sua te ao seqüestro e cárcere privado.
publicação.
§ 3o A expressão “escravatura ou práticas similares à es-
Brasília,  26 de outubro  de 2006; 185o da Independência cravatura” deve ser entendida como:
e 118o da República.
I  -  a conduta definida no  art. 149 do Decreto-Lei no
2.848, de 1940, referente à redução à condição análoga
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
a de escravo; e
Márcio Thomaz Bastos
II  -  a prática definida no art. 1o  da Convenção Suple-
mentar sobre a Abolição da Escravatura, do Tráfico de
Este texto não substitui o publicado no DOU de
Escravos e das Instituições e Práticas Análogas à Escra-
27.10.2006
vatura, como sendo o casamento servil.

§ 4o A intermediação, promoção ou facilitação do re-


ANEXO
crutamento, do transporte, da transferência, do
POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁ- alojamento ou do acolhimento de pessoas para
fins de exploração também configura tráfico de
VADE MECUM PRF

FICO DE PESSOAS
pessoas.
CAPÍTULO I
§ 5o O tráfico interno de pessoas é aquele realizado
DISPOSIÇÕES GERAIS dentro de um mesmo Estado-membro da Federa-
ção, ou de um Estado-membro para outro, dentro
do território nacional.

274
§ 6o O tráfico internacional de pessoas é aquele realiza- II  -  fomento à cooperação internacional bilateral ou
do entre Estados distintos. multilateral;

§ 7o O consentimento dado pela vítima é irrelevante III - articulação com organizações não-governamentais,
para a configuração do tráfico de pessoas. nacionais e internacionais;

IV - estruturação de rede de enfrentamento ao tráfico


CAPÍTULO II de pessoas, envolvendo todas as esferas de governo e
organizações da sociedade civil;
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
V - fortalecimento da atuação nas regiões de fronteira,
Seção I em portos, aeroportos, rodovias, estações rodoviárias e
ferroviárias, e demais áreas de incidência;
Princípios
VII - verificação da condição de vítima e respectiva pro-
Art. 3o  São princípios norteadores da Política Nacional teção e atendimento, no exterior e em território nacio-
de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: nal, bem como sua reinserção social;

I - respeito à dignidade da pessoa humana; VIII - incentivo e realização de pesquisas, considerando


as diversidades regionais, organização e compartilha-
II - não-discriminação por motivo de gênero, orientação mento de dados;
sexual, origem étnica ou social, procedência, naciona-
lidade, atuação profissional, raça, religião, faixa etária, IX - incentivo à formação e à capacitação de profissio-
situação migratória ou outro status; nais para a prevenção e repressão ao tráfico de pessoas,
bem como para a verificação da condição de vítima e
III - proteção e assistência integral às vítimas diretas e para o atendimento e reinserção social das vítimas;
indiretas, independentemente de nacionalidade e de
colaboração em processos judiciais; X - harmonização das legislações e procedimentos ad-
ministrativos nas esferas federal, estadual e municipal
IV - promoção e garantia da cidadania e dos direitos relativas ao tema;
humanos;
XI - incentivo à participação da sociedade civil em ins-
V - respeito a tratados e convenções internacionais de tâncias de controle social das políticas públicas na área
direitos humanos; de enfrentamento ao tráfico de pessoas;
VI - universalidade, indivisibilidade e interdependência XII  -  incentivo à participação dos órgãos de classe e
dos direitos humanos; e conselhos profissionais na discussão sobre tráfico de
pessoas; e
VII - transversalidade das dimensões de gênero, orien-
tação sexual, origem étnica ou social, procedência, raça XIII - garantia de acesso amplo e adequado a informa-
e faixa etária nas políticas públicas. ções em diferentes mídias e estabelecimento de canais
de diálogo, entre o Estado, sociedade e meios de co-
Parágrafo único.  A Política Nacional de Enfrentamento municação, referentes ao enfrentamento ao tráfico de
ao Tráfico de Pessoas observará os princípios da proteção pessoas.
integral da criança e do adolescente.

Seção III
Seção II
Diretrizes Específicas
Diretrizes Gerais
Art. 5o  São diretrizes específicas de prevenção ao tráfico
Art. 4o  São diretrizes gerais da Política Nacional de de pessoas:
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
VADE MECUM PRF

I - implementação de medidas preventivas nas políticas


I - fortalecimento do pacto federativo, por meio da atu- públicas, de maneira integrada e intersetorial, nas áreas
ação conjunta e articulada de todas as esferas de gover- de saúde, educação, trabalho, segurança, justiça, turis-
no na prevenção e repressão ao tráfico de pessoas, bem mo, assistência social, desenvolvimento rural, esportes,
como no atendimento e reinserção social das vítimas; comunicação, cultura, direitos humanos, dentre outras; 

275
II - apoio e realização de campanhas socioeducativas e VIII - levantamento, mapeamento, atualização e divul-
de conscientização nos âmbitos internacional, nacional, gação de informações sobre instituições governamen-
regional e local, considerando as diferentes realidades tais e não-governamentais situadas no Brasil e no ex-
e linguagens; terior que prestam assistência a vítimas de tráfico de
pessoas.
III - monitoramento e avaliação de campanhas com a
participação da sociedade civil;
CAPÍTULO III
IV - apoio à mobilização social e fortalecimento da so-
ciedade civil; e AÇÕES

V - fortalecimento dos projetos já existentes e fomento Art. 8o  Na implementação da Política Nacional de


à criação de novos projetos de prevenção ao tráfico de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, caberá aos órgãos
pessoas. e entidades públicos, no âmbito de suas respectivas
competências e condições, desenvolver as seguintes ações:
Art. 6o  São diretrizes específicas de repressão ao tráfico
de pessoas e de responsabilização de seus autores: I - na área de Justiça e Segurança Pública:

I - cooperação entre órgãos policiais nacionais e inter- a) proporcionar atendimento inicial humanizado às ví-
nacionais; timas de tráfico de pessoas que retornam ao País na
condição de deportadas ou não admitidas nos aero-
II - cooperação jurídica internacional; portos, portos e pontos de entrada em vias terres-
tres;
III - sigilo dos procedimentos judiciais e administrativos,
nos termos da lei; e b) elaborar proposta intergovernamental de aperfeiço-
amento da legislação brasileira relativa ao enfrenta-
IV  -  integração com políticas e ações de repressão e mento do tráfico de pessoas e crimes correlatos;
responsabilização dos autores de crimes correlatos.
c) fomentar a cooperação entre os órgãos federais, es-
Art. 7o  São diretrizes específicas de atenção às vítimas taduais e municipais ligados à segurança pública para
do tráfico de pessoas:  atuação articulada na prevenção e repressão ao tráfico
de pessoas e responsabilização de seus autores;
I - proteção e assistência jurídica, social e de saúde às
vítimas diretas e indiretas de tráfico de pessoas; d) propor e incentivar a adoção do tema de tráfico de
pessoas e direitos humanos nos currículos de forma-
II - assistência consular às vítimas diretas e indiretas de ção dos profissionais de segurança pública e ope-
tráfico de pessoas, independentemente de sua situação radores do Direito, federais, estaduais e municipais,
migratória e ocupação; para capacitação, quando do ingresso na instituição
e de forma continuada, para o enfrentamento a este
III - acolhimento e abrigo provisório das vítimas de trá- tipo de crime;
fico de pessoas;
e) fortalecer as rubricas orçamentárias existentes e criar
IV - reinserção social com a garantia de acesso à edu- outras voltadas para a formação dos profissionais de
cação, cultura, formação profissional e ao trabalho às segurança pública e de justiça na área de enfrenta-
vítimas de tráfico de pessoas; mento ao tráfico de pessoas;

V - reinserção familiar e comunitária de crianças e ado- f) incluir nas estruturas específicas de inteligência poli-
lescentes vítimas de tráfico de pessoas; cial a investigação e repressão ao tráfico de pessoas;

VI  -  atenção às necessidades específicas das vítimas, g) criar, nas Superintendências Regionais do Departa-
com especial atenção a questões de gênero, orientação mento de Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Fe-
sexual, origem étnica ou social, procedência, naciona- deral, estruturas específicas para o enfrentamento
VADE MECUM PRF

lidade, raça, religião, faixa etária, situação migratória, do tráfico de pessoas e outros crimes contra direitos
atuação profissional ou outro status; humanos;

VII - proteção da intimidade e da identidade das vítimas h) promover a aproximação dos profissionais de segu-
de tráfico de pessoas; e rança pública e operadores do Direito com a socie-
dade civil;

276
i)  celebrar acordos de cooperação com organizações f) propor e apoiar projetos de cooperação técnica in-
da sociedade civil que atuam na prevenção ao tráfico ternacional na área de enfrentamento ao tráfico de
de pessoas e no atendimento às vítimas; pessoas;

j)  promover e incentivar, de forma permanente, cursos g) coordenar e facilitar a participação brasileira em
de atualização sobre tráfico de pessoas, para mem- eventos internacionais na área de enfrentamento ao
bros e servidores dos órgãos de justiça e segurança tráfico de pessoas; e
pública, preferencialmente por meio de suas institui-
ções de formação;   h) fortalecer os serviços consulares na defesa e prote-
ção de vítimas de tráfico de pessoas;
l)  articular os diversos ramos do Ministério Público dos
Estados e da União, da Magistratura Estadual e Fe- III - na área de Educação:
deral e dos órgãos do sistema de justiça e segurança
pública; a) celebrar acordos com instituições de ensino e pes-
quisa para o desenvolvimento de estudos e pesqui-
m) organizar e integrar os bancos de dados existentes sas relacionados ao tráfico de pessoas;
na área de enfrentamento ao tráfico de pessoas e
áreas correlatas; b) incluir a questão do tráfico de pessoas nas ações e
resoluções do Fundo Nacional de Desenvolvimen-
n) celebrar acordos de cooperação técnica com enti- to da Educação do Ministério da Educação (FNDE/
dades públicas e privadas para subsidiar a atuação MEC);
judicial e extrajudicial;
c) apoiar a implementação de programas e projetos de
o) incluir o tema de tráfico de pessoas nos cursos de prevenção ao tráfico de pessoas nas escolas;
combate à lavagem de dinheiro, ao tráfico de drogas
e armas e a outros crimes correlatos; d) incluir e desenvolver o tema do enfrentamento ao
tráfico de pessoas nas formações continuadas da co-
p) desenvolver, em âmbito nacional, mecanismos de munidade escolar, em especial os trabalhadores da
prevenção, investigação e repressão ao tráfico de educação;
pessoas cometido com o uso da rede mundial de
computadores, e conseqüente responsabilização de e) promover programas intersetoriais de educação e
seus autores; e prevenção ao tráfico de pessoas para todos os atores
envolvidos; e
q) incluir a possível relação entre o desaparecimento e
o tráfico de pessoas em pesquisas e investigações f) fomentar a educação em direitos humanos com des-
policiais; taque ao enfrentamento ao tráfico de pessoas em
todas modalidades de ensino, inclusive no ensino
II - na área de Relações Exteriores: superior;

a) propor e elaborar instrumentos de cooperação in- IV - na área de Saúde:


ternacional na área do enfrentamento ao tráfico de
pessoas; a) garantir atenção integral para as vítimas de tráfico
de pessoas e potencializar os serviços existentes no
b) iniciar processos de ratificação dos instrumentos in- âmbito do Sistema Único de Saúde;
ternacionais referentes ao tráfico de pessoas;
b) acompanhar e sistematizar as notificações compul-
c) inserir no Manual de Serviço Consular e Jurídico do sórias relativas ao tráfico de pessoas sobre suspeita
Ministério das Relações Exteriores um capítulo espe- ou confirmação de maus-tratos, violência e agravos
cífico de assistência consular às vítimas de tráfico de por causas externas relacionadas ao trabalho;
pessoas;
c) propor a elaboração de protocolos específicos para
d) incluir o tema de tráfico de pessoas nos cursos de a padronização do atendimento às vítimas de tráfico
VADE MECUM PRF

remoção oferecidos aos servidores do Ministério de de pessoas; e


Relações Exteriores;
d) capacitar os profissionais de saúde na área de aten-
e) promover a coordenação das políticas referentes ao dimento às vítimas de tráfico de pessoas;
enfrentamento ao tráfico de pessoas em fóruns in-
ternacionais bilaterais e multilaterais; V - na área de Assistência Social:

277
a) oferecer assistência integral às vítimas de tráfico de d) excluir da participação em certames licitatórios e res-
pessoas no âmbito do Sistema Único de Assistência tringir o acesso aos recursos do crédito rural a todas
Social; as pessoas físicas ou jurídicas que explorem o traba-
lho forçado ou em condição análoga a de escravo;
b) propiciar o acolhimento de vítimas de tráfico, em arti-
culação com os sistemas de saúde, segurança e justiça; e) promover a reinclusão de trabalhadores libertados e
de resgate da cidadania, mediante criação de uma
c) capacitar os operadores da assistência social na área de linha específica, em parceria com o Ministério da
atendimento às vítimas de tráfico de pessoas; e Educação, para alfabetização e formação dos tra-
balhadores resgatados, de modo que possam atuar
d) apoiar a implementação de programas e projetos de
como agentes multiplicadores para a erradicação do
atendimento específicos às vítimas de tráfico de pessoas;
trabalho forçado ou do trabalho em condição análo-
VI - na área de Promoção da Igualdade Racial: ga a de escravo; e

a) garantir a inserção da perspectiva da promoção da f) incentivar os Estados, Municípios e demais parceiros


igualdade racial nas políticas governamentais de en- a acolher e prestar apoio específico aos trabalhado-
frentamento ao tráfico de pessoas; res libertados, por meio de capacitação técnica;

b) apoiar as experiências de promoção da igualdade racial IX - na área dos Direitos Humanos:
empreendidas por Municípios, Estados e organizações
da sociedade civil voltadas à prevenção ao tráfico de a) proteger vítimas, réus colaboradores e testemunhas
pessoas e atendimento às vítimas; e de crimes de tráfico de pessoas;

c) promover a realização de estudos e pesquisas sobre o b) receber denúncias de tráfico de pessoas através do
perfil das vítimas de tráfico de pessoas, com ênfase na serviço de disque-denúncia nacional, dando o res-
população negra e outros segmentos étnicos da popu- pectivo encaminhamento;
lação brasileira;
c) incluir ações específicas sobre enfrentamento ao
VII - na área do Trabalho e Emprego: tráfico de pessoas e fortalecer ações existentes no
âmbito de programas de prevenção à violência e ga-
a) orientar os empregadores e entidades sindicais sobre rantia de direitos;
aspectos ligados ao recrutamento e deslocamento de
trabalhadores de uma localidade para outra; d) proporcionar proteção aos profissionais que atuam
no enfrentamento ao tráfico de pessoas e que, em
b) fiscalizar o recrutamento e o deslocamento de traba- função de suas atividades, estejam ameaçados ou se
lhadores para localidade diversa do Município ou Esta- encontrem em situação de risco;
do de origem;
e) incluir o tema do tráfico de pessoas nas capacitações
c) promover articulação com entidades profissionalizan- dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adoles-
tes visando capacitar e reinserir a vítima no mercado de cente e Conselhos Tutelares;
trabalho; e
f) articular ações conjuntas de enfrentamento ao tráfico
d) adotar medidas com vistas a otimizar a fiscalização dos
de crianças e adolescentes em regiões de fronteira;
inscritos nos Cadastros de Empregadores que Tenham
Mantido Trabalhadores em Condições Análogas a de g) promover, em parceira com os órgãos e entidades
Escravo;
diretamente responsáveis, a prevenção ao trabalho
VIII - na área de Desenvolvimento Agrário: escravo, através da sensibilização de operadores de
Direito, orientação a produtores rurais acerca dos di-
a) diminuir a vulnerabilidade do trabalhador e prevenir o reitos trabalhistas, educação e capacitação de traba-
recrutamento mediante políticas específicas na área de lhadores rurais; e
desenvolvimento rural;
h) disponibilizar mecanismos de acesso a direitos, in-
VADE MECUM PRF

b) promover ações articuladas com parceiros que atuam cluindo documentos básicos, preferencialmente nos
nos Estados de origem dos trabalhadores recrutados; Municípios identificados como focos de aliciamento
de mão-de-obra para trabalho escravo;
c) formar parcerias no que tange à assistência técnica
para avançar na implementação da Política Nacional X - na área da Proteção e Promoção dos Direitos da
de Assistência Técnica e Extensão Rural; Mulher:

278
a) qualificar os profissionais da rede de atendimento à
mulher em situação de violência para o atendimento DECRETO Nº 6.347/2008
à mulher traficada;
DECRETO Nº 6.347, DE 8 DE JANEIRO DE 2008.
b) incentivar a prestação de serviços de atendimento
às mulheres traficadas nos Centros de Referência de Aprova o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico
Atendimento à Mulher em Situação de Violência; de Pessoas - PNETP e institui Grupo Assessor de Avaliação
e Disseminação do referido Plano.
c) apoiar e incentivar programas e projetos de qualifica-
ção profissional, geração de emprego e renda que te-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição
nham como beneficiárias diretas mulheres traficadas;
que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constitui-
d) fomentar debates sobre questões estruturantes fa- ção, 
vorecedoras do tráfico de pessoas e relativas à dis-
criminação de gênero; DECRETA: 

e) promover ações de articulação intersetoriais visando Art. 1o  Fica aprovado o Plano Nacional de Enfrentamento
a inserção da dimensão de gênero nas políticas pú- ao Tráfico de Pessoas - PNETP, com o objetivo de prevenir
blicas básicas, assistenciais e especiais; e reprimir o tráfico de pessoas, responsabilizar os seus
autores e garantir atenção às vítimas, nos termos da
f) apoiar programas, projetos e ações de educação legislação em vigor e dos instrumentos internacionais de
não-sexista e de promoção da diversidade no am- direitos humanos, conforme Anexo a este Decreto.  
biente profissional e educacional;
§ 1º O PNETP será executado no prazo de dois anos. 
g) participar das capacitações visando garantir a temá-
tica de gênero; e § 2º Compete ao Ministério da Justiça, em articulação
com o órgão responsável pelo cumprimento de
h) promover, em parceria com organizações governa- cada meta estabelecida no PNETP:
mentais e não-governamentais, debates sobre me-
todologias de atendimento às mulheres traficadas; I - definir as metas de curto, médio e longo prazos; e
XI - na área do Turismo: II - definir os órgãos e entidades que atuarão como par-
ceiros no cumprimento de cada meta, levando-se em
a) incluir o tema do tráfico de pessoas, em especial mu-
consideração suas atribuições e competências institu-
lheres, crianças e adolescentes nas capacitações e
cionais. 
eventos de formação dirigidos à cadeia produtiva do
turismo;
Art. 2o Caberá ao Ministério da Justiça a função de
b) cruzar os dados dos diagnósticos feitos nos Municí- avaliar e monitorar o PNETP. 
pios para orientar os planos de desenvolvimento tu-
rístico local através do programa de regionalização; e Art. 3o Fica instituído, no âmbito do Ministério da
Justiça, o Grupo Assessor de Avaliação e Disseminação do
c) promover campanhas de sensibilização contra o tu- PNETP, com as seguintes atribuições:
rismo sexual como forma de prevenção ao tráfico de
pessoas; I - apoiar o Ministério da Justiça no monitoramento e
avaliação do PNETP;
XII - na área de Cultura:
II - estabelecer a metodologia de monitoramento e ava-
a) desenvolver projetos e ações culturais com foco na liação do PNETP e acompanhar a execução das ações,
prevenção ao tráfico de pessoas; e atividades e metas estabelecidas;

b) fomentar e estimular atividades culturais, tais como III - efetuar ajustes na definição de suas prioridades;
VADE MECUM PRF

programas regionais de rádio, peças e outros pro-


gramas veiculados por radiodifusores, que possam V  -  promover sua difusão junto a órgãos e entidades
aumentar a conscientização da população com rela- governamentais e não-governamentais; e
ção ao tráfico de pessoas, trabalho escravo e explo-
ração sexual, respeitadas as características regionais. V - elaborar relatório semestral de acompanhamento. 

279
Art. 4o  O Grupo Assessor será integrado por um representante, e respectivo suplente, de cada órgão a seguir indicado:

I - Ministérios:

a) da Justiça, que o coordenará;

b) do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

c) da Saúde;

d) do Trabalho e Emprego;

e) do Desenvolvimento Agrário;

f) da Educação;

g) das Relações Exteriores;

h) do Turismo;

i) da Cultura;

II - da Presidência da República:

a)  Secretaria Especial dos Direitos Humanos;

b)  Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; e

c)  Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e

III - Advocacia-Geral da União. 

§ 1o Os integrantes do Grupo Assessor serão indicados pelos titulares dos órgãos representados e designados pelo
Ministro de Estado da Justiça. 

§ 2o Poderão ser convidados a participar das reuniões do Grupo Assessor representantes do Ministério Público Federal,
do Ministério Público do Trabalho e de outros órgãos e entidades da administração pública e da sociedade civil. 

Art. 5o  As atividades desenvolvidas no âmbito do Grupo Assessor serão consideradas serviço público relevante, não
remunerado. 

Art. 6o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 8 de janeiro de 2008; 187o da Independência e 1120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 

Tarso Genro

Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.1.2008

ANEXO
VADE MECUM PRF

PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS – PNETP

EIXO ESTRATÉGICO 1 - PREVENÇÃO AO TRÁFICO DE PESSOAS

Prioridade no 1: Levantar, sistematizar, elaborar e divulgar estudos, pesquisas, informações e experiências sobre o tráfico
de pessoas. 

280
Levantar, sistematizar e disseminar estudos, pesquisas, informações e experiências já existentes
Ação 1.A.  
no âmbito nacional ou internacional sobre  tráfico de pessoas.

     

Atividade    

1.A.1. Elaborar levantamento de pesquisas realizadas no Brasil ou em outros países.  

Meta Um levantamento realizado e publicado. MJ

     

Atividade    

Elaborar levantamento de boas práticas de serviços e experiências de prevenção ao tráfico de


1.A.2  
crianças e adolescentes realizadas no Brasil ou em outros países.

Meta Um levantamento realizado e publicado. SEDH

     

Atividade    

Realizar levantamento de serviços e experiências referenciais da Proteção Social Especial no


1.A.3.  
âmbito do Sistema Unificado de Assistência Social (SUAS) realizadas no Brasil.

Meta Um levantamento realizado e publicado. MDS

     

Atividade    

1.A.4. Realizar jornada de debates para troca de experiências e conhecimentos.  

Meta Uma jornada realizada. MJ


VADE MECUM PRF

     

Atividade    

281
1.A.5. Realizar evento de divulgação dos resultados.  

Meta Um evento realizado. MJ

     

Atividade    

Elaborar programa sobre Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas para a TV


1.A.6.  
Senasp.

Meta Um programa realizado. MJ

     

Atividade    

1.A.7. Realizar seminário informativo envolvendo funcionários da área consular.   

Meta Um seminário realizado. MRE

     

Atividade    

1.A.8. Criar prêmio de incentivo a boas práticas.  

Meta Uma premiação realizada. MJ

     

Atividade    

Elaborar levantamento das políticas sociais básicas mais afetas aos grupos vulneráveis ao tráfico
1.A.9.  
de pessoas.
VADE MECUM PRF

Meta Um levantamento realizado. MJ

282
Ação 1.B. Realizar estudos e pesquisas sobre tráfico de pessoas.  

     

Atividade    

1.B.1. Realizar mapeamento da dinâmica territorial do tráfico de pessoas no Brasil.  

Meta Um mapeamento realizado e publicado. SEDH

     

Atividade    

1.B.2 Realizar pesquisa sobre o perfil de atores relacionados ao tráfico de pessoas no Brasil.  

Meta Uma pesquisa realizada e publicada. MJ

     

Atividade    

1.B.3. Realizar pesquisa específica sobre tráfico para fins de remoção de órgão.  

Meta Uma pesquisa realizada. MS

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

Fomentar a elaboração de monografias nos cursos da Rede Nacional de Altos Estudos em


1.B.4.  
Segurança Pública (RENAESP).

283
Meta Uma estratégia de fomento implementada. MJ

     

Atividade    

1.B.5. Produzir estudo sobre o processo de estruturação e disseminação dos dados.  

Meta Um estudo realizado. MEC

     

Atividade    

Desenvolver metodologias para identificação de interfaces do tráfico de pessoas com ou-


1.B.6. tras situações de violências ou vulnerabilidade para subsidiar ações de prevenção ao tráfi-  
co e atenção às vítimas.

Uma metodologia que identifique a vulnerabilidade à DST/AIDS e o tráfico de pessoas


Meta MS
desenvolvida.

Uma metodologia que identifique a vulnerabilidade à discriminação por procedência e por


Meta SEDH
tráfico de pessoas desenvolvida.

Uma metodologia que identifique as interfaces entre trabalho degradante, situação migra-
Meta MTE
tória e o tráfico de pessoas desenvolvida.

Uma metodologia que identifique a vulnerabilidade à discriminação  homofóbica, lesbofó-


Meta SEDH
bica e transfóbica e o tráfico de pessoas desenvolvida.

Uma metodologia que identifique a relação entre discriminação étnico-racial e a vulnera-


Meta SEPPIR
bilidade ao tráfico de pessoas desenvolvida.

Uma metodologia que identifique a vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens em


Meta SEDH
relação ao tráfico de pessoas desenvolvida.

Uma metodologia que identifique a vulnerabilidade de idosos em relação ao tráfico de


VADE MECUM PRF

Meta SEDH
pessoas desenvolvida.

     

284
Atividade    

     

Elaborar estudo sobre a legislação que disciplina o funcionamento de agências de recru-


1.B.7. tamento de trabalhadores, estudantes, esportistas, modelos, casamentos no Brasil e no  
exterior, entre outros, propondo, se for o caso, sua alteração.

Meta Um estudo realizado e publicado. MJ

Incentivar a criação de linhas de pesquisa e extensão sobre tráfico de pessoas em


Ação 1.C.  
universidades.

     

Atividade    

1.C.1. Criar prêmio anual de pesquisas.  

Meta Duas premiações realizadas. MJ

     

Atividade    

Orientar a concessão de bolsas e apoio financeiro específicos, por meio de edital


1.C.2  
voltado para os programas de Instituição de Ensino Superior (IES).

Meta Um edital publicado. MEC

Prioridade nº 2: Capacitar e formar atores envolvidos direta ou indiretamente com o enfrentamento ao tráfico de pes-
soas na perspectiva dos direitos humanos. 

Realizar cursos e oficinas, com a produção de material de referência quando necessário,


Ação 2.A.  
para profissionais e agentes específicos.

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

285
Desenvolver material voltado para a formação dos trabalhadores da educação nos
2.A.1.  
níveis e modalidades de ensino.

Um material voltado para os trabalhadores da educação sobre Educação em Direitos


Meta MEC
Humanos e Tráfico de Pessoas produzido.

Um material voltado para os alunos sobre Educação em Direitos Humanos e Tráfico de


Meta MEC
Pessoas produzido.

     

Atividade    

Capacitar profissionais de saúde e agentes, direta ou indiretamente envolvidos na


2.A.2  
prevenção ao tráfíco de pessoas.

Meta 250 agentes formadores envolvidos nas comunidades tradicionais capacitados. SEPPIR

500 equipes de Saúde da Família dos três Estados com maior índice de tráfico de
Meta pessoas capacitados e 100% dos Centros de Referência do Trabalhador dos três Estados MS
com maior índice de tráfico de pessoas  capacitados.

Meta Cinco capacitações regionais para profissionais de comunicação social realizadas. SEDH

Meta 500 trabalhadores da educação nos níveis e modalidades de ensino capacitados.   MEC

Cinco capacitações regionais para os operadores do sistema de garantia de direitos da


Meta SEDH
criança e do adolescente realizadas.

Meta 800 agentes multiplicadores para a promoção dos direitos da mulher capacitados. SPM

1.400 profissionais de segurança pública capacitados por meio da Rede Nacional de


Meta MJ
Ensino à Distância.

Prioridade nº 3: Mobilizar e sensibilizar grupos específicos e comunidade em geral sobre o tema do tráfico de pessoas. 

Apoiar projetos artísticos e culturais com enfoque no enfrentamento ao tráfico de


Ação 3.A.  
pessoas.

     

Atividade    
VADE MECUM PRF

3.A.1. Criar premiação para elaboração de slogan contra o tráfico de pessoas.  

286
Meta Uma premiação nacional. MinC

     

Atividade    

Estabelecer, nos editais de fomento à cultura, critérios condicionantes de divulgação de


3.A.2 slogan do enfrentamento ao tráfico de pessoas, de acordo com a linguagem do projeto  
a ser financiado.

Meta 100 projetos condicionados. MinC

     

Ação 3.B. Promover e realizar campanhas nacionais de enfrentamento ao  tráfico de pessoas.  

     

Atividade    

3.B.1. Realizar campanha nacional referente ao tráfico de pessoas.  

Uma campanha nacional dirigida aos usuários de produtos ou serviços oriundos do


Meta MJ
tráfico de pessoas realizada.

Meta Uma campanha de prevenção ao tráfico de pessoas realizada. SPM

     

Atividade    

3.B.2. Apoiar campanhas promovidas por entidades envolvidas com o tema.  


VADE MECUM PRF

Meta Duas campanhas apoiadas. MJ

287
Ação 3.C. Sensibilizar atores de setores específicos com relação ao tráfico de pessoas.  

     

Atividade    

Realizar encontro com profissionais da indústria do turismo, seguindo o calendário de


3.C.1. encontros do Programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), com inclusão do tema do  
tráfico de pessoas.

Meta 18 encontros realizados. MTur

     

Atividade    

Sensibilizar a cadeia produtiva do turismo através da realização de seminários e da


3.C.2. confecção de cartilhas educativas direcionadas a esse setor, nas regiões de maior  
vulnerabilidade.

Meta 5.000 cartilhas produzidas. MTur

Meta 18 seminários realizados. MTur

     

Atividade    

3.C.3. Realizar encontros com as entidades de pais e mestres, e grupos de jovens.  

Meta Dois encontros realizados. MS

     

Atividade    
VADE MECUM PRF

Realizar encontros técnicos com os gestores para a priorização dos grupos vulneráveis
3.C.4.  
ao tráfico de pessoas  nas políticas sociais básicas.

Meta Dois encontros realizados. MJ

288
Prioridade nº 4: Diminuir a vulnerabilidade ao tráfico de pessoas de grupos sociais específicos. 

Disponibilizar mecanismos de acesso a direitos, incluindo documentos básicos,


Ação 4.A. preferencialmente nos Municípios e comunidades identificadas como focos de  
aliciamento de vítimas de  tráfico de pessoas.

     

Atividade    

Fomentar e apoiar comitês interinstitucionais, balcões de direitos e outras iniciativas


4.A.1.  
que possibilitem o acesso a direitos.

Meta Cinco parcerias realizadas. SEDH

     

Atividade    

Estabelecer parcerias com órgãos competentes para o fornecimento de documentação


4.A.2  
civil básica.

Meta 12 parcerias estaduais estabelecidas. SEDH

     

Atividade    

4.A.3. Elaborar e divulgar material informativo sobre condições de acesso a direitos.  

Meta Cinco materiais elaborados e divulgados. SEDH

     

Promover a regularização do recrutamento, deslocamento e contratação de


Ação 4.B.  
trabalhadores.

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

Divulgar nas entidades representativas de empregadores e trabalhadores  e em outras


instâncias, como a Polícia Rodoviária Federal, a obrigatoriedade da solicitação da
4.B.1.  
certidão liberatória para transportar trabalhadores recrutados em Municípios distintos
daquele onde se localiza a unidade produtiva.

289
Meta Uma cartilha produzida. MTE

     

Atividade    

Elaborar e implementar projeto-piloto de centro público de intermediação de mão-


4.B.2. de-obra rural em Município identificado como foco de aliciamento para o trabalho  
escravo.

Meta Um projeto-piloto elaborado e implementado. MTE

     

Atividade    

Criar mecanismo de monitoramento da emissão da certidão liberatória, em articulação


4.B.3.  
com a Polícia Rodoviária Federal.

Meta Um mecanismo criado. MTE

Prioridade nº 5: Articular, estruturar e consolidar, a partir dos serviços e redes existentes, um sistema nacional de refe-
rência e atendimento às vítimas de tráfico. 

Formular e implementar um programa permanente e integrado de formação em


Ação 5.A.  
atendimento, na perspectiva dos direitos humanos.

     

Atividade    

Inventariar os programas de capacitação e conteúdos existentes nos setores públicos


5.A.1. governamentais e não-governamentais, bem como nos organismos internacionais com  
vistas a definir conteúdos básicos (referenciais mínimos)  para a abordagem do tema.

Meta Um inventário elaborado. MJ

     

Atividade    
VADE MECUM PRF

Incentivar a incorporação dos conteúdos básicos (referenciais mínimos) referidos nos


5.A.2  
programas de capacitação já existentes nos órgãos governamentais.

Uma estratégia de incorporação de conteúdos básicos nos programas inventariada im-


Meta MJ
plementada.

290
     

Ação 5.B. Integrar, estruturar, fortalecer, articular e mobilizar os serviços e as redes  de atendimento.  

     

Atividade    

Ampliar e consolidar serviços de recepção a brasileiros deportados e não admitidos nos


5.B.1. principais pontos de entrada e saída do País, como núcleos de enfrentamento ao tráfico  
de pessoas.

Meta Dois serviços de recepção organizados. MJ

     

Atividade    

5.B.2. Apoiar o desenvolvimento de núcleos de enfrentamento ao tráfico de pessoas.  

Meta Dois núcleos apoiados. MJ

     

Atividade    

5.B.3. Criar e fortalecer os Centros de Referência Especializados de Atendimento à Mulher.  

Meta 120 centros de referência criados ou fortalecidos. SPM

     

Atividade    

Desenvolver  projeto-piloto a partir de um Centro de Referência Especializado no


5.B.4. Atendimento à Mulher em um Município selecionado para a estruturação de uma rede  
de atendimento às mulheres vítimas de tráfico de pessoas.

Meta Um projeto-piloto desenvolvido. SPM


VADE MECUM PRF

     

Atividade    

291
Apoiar a estruturação da rede de acolhimento (abrigos) a mulheres vítimas de violência
5.B.5.  
ou traficadas e seus filhos.

Meta 138 abrigos estruturados. MDS

     

Atividade    

Apoiar a estruturação dos Centros de Referência Especializado em Assistência Social


5.B.6.  
(CREAS) existentes para atender às vítimas de violência e tráfico.

Meta 996 CREAS mapeados e implantados. MDS

     

Atividade    

Apoiar a estruturação de novos Centros de Referência Especializados em Assistência


5.B.7.  
Social (CREAS) para atender a violações dos direitos de vítimas de violência ou tráfico.

Meta 567 novos CREAS estruturados. MDS

     

Atividade    

Incorporar o tema do tráfico de pessoas nas ações de atendimento das áreas de Saúde
5.B.8.  
do Sistema Único de Saúde (SUS).

Meta Três ações com tema de tráfico de pessoas incorporado. MS

Definir metodologias e fluxos de atendimento, procedimentos e responsabilidades nos


Ação 5.C.  
diferentes níveis de complexidade da atenção à vítima.

     

Atividade    
VADE MECUM PRF

Formalizar parceria entre órgãos de governo e entidades da sociedade civil, definindo


5.C.1.  
papéis e responsabilidades para o atendimento adequado às vítimas.

292
Meta Um protocolo de intenções formalizado. SEDH

     

Atividade    

5.C.2. Desenvolver metodologia de atendimento às mulheres vítimas de tráfico de pessoas.  

Meta Uma metodologia desenvolvida. SPM

     

Atividade    

Avaliar as atuações dos escritórios estaduais, entre outras experiências,  como subsídio
5.C.3. para apoiar a criação ou o desenvolvimento de núcleos de enfrentamento ao tráfico de  
pessoas.

Meta Uma avaliação realizada. MJ

     

Atividade    

Elaborar manual de orientação e acompanhamento jurídico na proteção, defesa e


5.C.4. garantia dos direitos das vítimas de tráfico de pessoas para utilização nos serviços e  
redes existentes.

Meta Um manual elaborado. SEDH

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

293
Definir fluxos de atendimento, procedimentos e responsabilidades entre os órgãos de
defesa e responsabilização e os serviços de atendimento de saúde, assistência social,
5.C.5.  
justiça e direitos humanos atuantes nas áreas de fronteira internacional, bem como nos
casos de tráfico interestadual e intermunicipal.

Meta Um fluxograma definido conjuntamente pelos órgãos envolvidos. MJ

     

Atividade    

Definir fluxos de atendimento e procedimentos entre a rede consular brasileira no


5.C.6.  
exterior e os serviços de atendimento às vítimas de tráfico de pessoas no Brasil.

Meta Um fluxograma definido conjuntamente pelos órgãos envolvidos. MRE

Realizar capacitações articuladas entre as três esferas de governo, organizações da


Ação 5.D.  
sociedade civil e outros atores estratégicos.

     

Atividade    

Capacitar profissionais e demais atores no adequado encaminhamento ou atendimento


5.D.1.  
de vítimas de tráfico de pessoas.

400 militares e profissionais de segurança pública atuantes prioritariamente nas áreas de


Meta fronteira capacitados com foco na abordagem e encaminhamento das vítimas do tráfico MJ
de pessoas.
100 profissionais atuantes no atendimento no Aeroporto Internacional de São Paulo/
Meta Guarulhos capacitados em tráfico e migração, com vistas à integração com o serviço de MJ
recepção a deportados e não-admitidos.

Rede de assistência capacitada nos 996 CREAS e respectivos CRAS, a partir do cruzamento
Meta MDS
com as áreas de fronteira, capitais, pesquisas e experiências já existentes.

20.000 profissionais da Rede de Atendimento à Mulher capacitados na área de


Meta SPM
atendimento às vítimas de tráfico de pessoas.
VADE MECUM PRF

500 profissionais de saúde capacitados na área de atendimento às vítimas de tráfico de


Meta MS
pessoas.

294
Realizar articulações internacionais para garantir os direitos das vítimas de tráfico de
Ação 5.E.  
pessoas.

     

Atividade    

Fomentar debates com organizações internacionais atuantes no enfrentamento ao


5.E.1. tráfico de pessoas com ênfase em atenção às pessoas traficadas, na perspectiva do  
respeito aos direitos humanos.

Meta Quatro debates realizados. MRE

Prioridade nº 6: Aperfeiçoar a legislação brasileira relativa ao enfrentamento ao tráfico de pessoas e crimes correlatos. 

Criar um subgrupo de especialistas para elaborar proposta intergovernamental de


Ação 6.A. aperfeiçoamento da legislação brasileira relativa ao enfrentamento ao tráfico de  
pessoas e crimes correlatos.

     

Atividade    

Analisar projetos de lei sobre o tema e propor o aperfeiçoamento da legislação


6.A.1.  
brasileira para o enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Meta Um relatório de análise legislativa com propostas de aperfeiçoamento elaborado. MJ

     

Atividade    

Elaborar um anteprojeto de lei com proposta de uniformização do conceito de tráfico


de pessoas, em consonância com a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas, com o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime
6.A.2  
Organizado Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de
Pessoas, em especial Mulheres e Crianças (Protocolo de Palermo) e com acordos
internacionais ratificados pelo Brasil.

Meta Um anteprojeto de lei elaborado. MJ

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

295
Elaborar um anteprojeto de lei com proposta de criação de Fundo específico para
6.A.3.  
financiar ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Meta Um anteprojeto de lei elaborado. MJ

Prioridade nº 7: Ampliar e aperfeiçoar o conhecimento sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas nas instâncias e
órgãos envolvidos na repressão ao crime e responsabilização dos autores. 

Capacitar profissionais de segurança pública e operadores do direito, federais,


Ação 7.A.  
estaduais e municipais.

     

Atividade    

Elaborar material de formação com conteúdos básicos para capacitação dos


7.A.1.  
diversos atores envolvidos na repressão ao tráfico de pessoas.

Meta Uma apostila com conteúdo referencial elaborada. MJ

     

Atividade    

Realizar oficinas regionais em matéria de investigação, fiscalização e controle do


7.A.2  
tráfico de pessoas.

Meta Cinco oficinas realizadas. MJ

     

Atividade    

Promover a realização de cursos sobre tráfico de pessoas, para membros e


7.A.3. servidores dos órgãos de justiça e segurança pública, preferencialmente por meio  
de suas instituições de formação, em parceria com entidades de direitos humanos.

Meta Seis cursos realizados. MJ

     

Atividade    

Incluir o tema do tráfico de pessoas nos currículos de formação dos profissionais de


7.A.4.  
órgãos de justiça e segurança pública federais, estaduais e municipais.

Meta Cinco propostas de inclusão do tema do tráfico de pessoas apresentadas. MJ


VADE MECUM PRF

     

Atividade    

296
Incluir o tema nos cursos realizados no âmbito da Estratégia Nacional de Combate
7.A.5.  
à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).

Meta 50 agentes públicos capacitados. MJ

Prioridade nº 8: Fomentar a cooperação entre os órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos no enfrentamento
ao tráfico de pessoas para atuação articulada na repressão do tráfico de pessoas e responsabilização de seus autores. 

Padronizar e fortalecer o intercâmbio de informações entre os órgãos de segurança


Ação 8.A.  
pública em matéria de investigação dos casos de tráfico de pessoas.

     

Atividade    

Ampliar as ações do enfrentamento ao tráfico de pessoas no âmbito dos Gabinetes de


8.A.1.  
Gestão Integrada (GGIs).

Meta 27 GGIs com propostas de ampliação das ações negociadas. MJ

     

Atividade    

Designar responsáveis nos Estados, indicados pelas corporações policiais, para


8.A.2  
intercâmbio de informações.

Meta Um representante por Estado designado. MJ

Atividade    

Desenvolver mecanismo-piloto para coibir o aliciamento para fins de tráfico de pes-


8.A.3.  
soas, por meio da rede mundial de computadores, e responsabilizar seus autores.

Meta Um mecanismo desenvolvido. MJ

     

Promover a aproximação e integração dos órgãos e instituições envolvidos no enfren-


Ação 8.B.  
tamento ao tráfico de pessoas.

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

Realizar seminário de âmbito nacional para aproximação e troca de experiências


8.B.1. de repressão ao tráfico de pessoas e responsabilização de seus autores pelas várias  
modalidades do tráfico de pessoas.

297
Meta Um seminário realizado. MJ

Prioridade nº 9: Criar e aprimorar instrumentos para o enfrentamento ao tráfico de pessoas. 

Desenvolver, em âmbito nacional, mecanismos de repressão ao tráfico de pessoas e


Ação 9.A.  
conseqüente responsabilização de seus autores.

     

Atividade    

Elaborar guia de referência para facilitar a identificação de vítimas de tráfico pelos


9.A.1. profissionais envolvidos no enfrentamento, observando o princípio de não-discriminação  
e o respeito aos direitos humanos.

Meta Um guia elaborado. MJ

     

Atividade    

Capacitar os operadores do Ligue 100 de forma a incluir o tema do tráfico de pessoas


9.A.2  
em todas as suas modalidades.

Meta Três capacitações realizadas. SEDH

     

Atividade    

Capacitar os operadores da Central de Atendimento à Mulher - 180 de forma a incluir o


9.A.3.  
tema do tráfico de pessoas em todas as suas modalidades.

Meta 100 operadoras capacitados.       SPM

     

Atividade    

Definir de forma conjunta/articulada fluxo de encaminhamento que inclua competências


9.A.4.  
e responsabilidades das instituições inseridas no sistema do Ligue 100.
VADE MECUM PRF

Meta Um fluxo de encaminhamento definido. SEDH

     

298
Atividade    

Definir fluxo de encaminhamento que inclua competências e responsabilidades das


9.A.5.  
instituições inseridas no sistema da Central de Atendimento à Mulher- 180.

Meta  Uma proposta de encaminhamento construída. SPM

     

Atividade    

Apresentar, por meio de um grupo de trabalho, proposta de banco de dados sobre


9.A.6. tráfico de pessoas, a partir da análise dos bancos de dados existentes relacionados  
direta ou indiretamente ao tema.

Meta Uma proposta de banco de dados elaborada. MJ

Prioridade nº 10: Estruturar órgãos responsáveis pela repressão ao tráfico de pessoas e responsabilização de seus au-
tores. 

10.A. Ampliar os recursos humanos e estrutura logística das unidades específicas para o
Ação 10.A. enfrentamento ao tráfico de pessoas, como um dos crimes contra os direitos humanos,  
nas Superintendências Regionais do Departamento de Polícia Federal.

     

Atividade    

Criar estruturas específicas de repressão aos crimes contra os direitos humanos nas
Superintendências Regionais do Departamento de Polícia Federal, nos locais indicados
10.A.1.  
pela Coordenação-Geral de Defesa Institucional, dotando-as de recursos humanos e
estrutura logística.

Meta Duas propostas de criação negociadas. MJ

     

Prioridade nº 11: Fomentar a cooperação internacional para repressão ao tráfico de pessoas. 

Propor e elaborar instrumentos de cooperação bilateral e multilateral na área de


Ação 11.A.  
repressão ao tráfico de pessoas.
VADE MECUM PRF

Atividade    

Fomentar a cooperação internacional por meio de oficiais de ligação nos três países
11.A.1.  
que mais recebem vítimas brasileiras de tráfico.

299
Meta Três negociações para designação de oficiais de ligação realizadas. MJ

     

Atividade    

Estabelecer instrumentos de cooperação bilateral e multilateral que incluam o


11.A.2  
reconhecimento e repressão ao tráfico de pessoas no exterior. 

Meta Quatro instrumentos negociados. MRE

     

Atividade    

Fomentar a utilização dos instrumentos internacionais que servem de base para a


11.A.3. cooperação jurídica internacional para o efetivo enfrentamento ao tráfico internacional  
de pessoas, proporcionando o correto desenvolvimento de ações penais.

Quatro acordos bilaterais de cooperação jurídica internacional em matéria penal


Meta MJ
negociados.

     

Atividade    

Realizar evento para discussão da Convenção Internacional sobre a Proteção dos


11.A.4. Direitos de todos Trabalhadores Migrantes e dos Membros de suas Famílias e outros  
instrumentos internacionais.

Meta Um evento realizado. MRE

     

Fortalecer e integrar projetos de cooperação internacional na área de enfrentamento 


Ação 11.B.  
ao tráfico de pessoas.

     
VADE MECUM PRF

Atividade    

Identificar os projetos de cooperação com organismos internacionais relacionados


11.B.1.  
direta ou indiretamente ao tráfico de pessoas.

300
Meta Um levantamento elaborado. MRE

     

Atividade    

11.B.2. Articular os projetos de cooperação internacional a fim de evitar sobreposição de ações.  

Meta Uma estratégia de articulação elaborada. MRE

     

Articular ações conjuntas de enfrentamento ao tráfico de pessoas em regiões de


Ação 11.C.  
fronteira.

     

Atividade    

Incluir na agenda das reuniões bilaterais de fronteira com países vizinhos o tema da
11.C.1.  
repressão do tráfico de pessoas.

Meta Duas propostas de inclusão  negociadas. MRE

     

Atividade    

Incluir na agenda das comissões mistas bilaterais antidrogas o tema da repressão ao


11.C.2.  
tráfico de pessoas.

Meta Quatro propostas de inclusão negociadas. MRE


VADE MECUM PRF

301
VI - subsidiar os trabalhos do Comitê Nacional de En-
DECRETO Nº 7.901/2013 frentamento ao Tráfico de Pessoas, propondo temas
para debates.
DECRETO Nº 7.901, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2013
Art. 3o  Ato conjunto dos Ministros de Estado com
Institui a Coordenação Tripartite da Política Nacional de representação na Coordenação Tripartite da Política
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o Comitê Nacional Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas disporá
de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas CONATRAP. sobre o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico
de Pessoas - II PNETP, para o período de 2013 a 2016, e
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição instituirá grupo interministerial para seu monitoramento e
que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da avaliação.
Constituição,
§ 1o O II PNETP terá os seguintes objetivos:
DECRETA:
I - ampliar e aperfeiçoar a atuação de instâncias e ór-
Art. 1o  Fica instituída a Coordenação Tripartite da gãos envolvidos no enfrentamento ao tráfico de pesso-
Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, as, na prevenção e repressão do crime, na responsabili-
para coordenar a gestão estratégica e integrada da Política zação dos autores, na atenção às vítimas e na proteção
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, aprovada
de seus direitos;
pelo  Decreto no 5.948, de 26 de outubro de 2006, e dos
Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. II - fomentar e fortalecer a cooperação entre órgãos
públicos, organizações da sociedade civil e organismos
Parágrafo único. A Coordenação Tripartite da Política
Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas será inte- internacionais no Brasil e no exterior envolvidos no en-
grada pelos seguintes órgãos: frentamento ao tráfico de pessoas;

I - Ministério da Justiça; III - reduzir as situações de vulnerabilidade ao tráfico de


pessoas, consideradas as identidades e especificidades
II - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidên- dos grupos sociais;
cia da República; e
IV - capacitar profissionais, instituições e organizações
III - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da envolvidas com o enfrentamento ao tráfico de pessoas;
República.
V - produzir e disseminar informações sobre o tráfico
Art. 2o   São atribuições da Coordenação Tripartite da de pessoas e as ações para seu enfrentamento; e
Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
VI - sensibilizar e mobilizar a sociedade para prevenir
I - analisar e decidir sobre aspectos relacionados à co- a ocorrência, os riscos e os impactos do tráfico de pes-
ordenação das ações de enfrentamento ao tráfico de soas.
pessoas no âmbito da administração pública federal;
§ 2o  O II PNETP deverá ser implementado por meio de
II - conduzir a construção dos planos nacionais de en-
ações articuladas nas esferas federal, estadual, distri-
frentamento ao tráfico de pessoas e coordenar os tra-
tal e municipal, e em colaboração com organizações
balhos dos respectivos grupos interministeriais de mo-
da sociedade civil e organismos internacionais.
nitoramento e avaliação;
§ 3o  Os Ministérios responsáveis por ações desenvolvi-
III - mobilizar redes de atores e parceiros envolvidos no
enfrentamento ao tráfico de pessoas; das no âmbito do II PNETP deverão ser consulta-
dos sobre seu conteúdo previamente à assinatura
IV - articular ações de enfrentamento ao tráfico de pes- do ato conjunto de que trata o caput.
soas com Estados, Distrito Federal e Municípios e com
as organizações privadas, internacionais e da sociedade Art. 4o  Fica instituído o Comitê Nacional de
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civil; Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas  -  CONATRAP, para


articular a atuação dos órgãos e entidades públicas e
V - elaborar relatórios para instâncias nacionais e in- privadas no enfrentamento ao tráfico de pessoas.
ternacionais e disseminar informações sobre enfrenta-
mento ao tráfico de pessoas; e Art. 5o  São atribuições do CONATRAP:

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I - propor estratégias para gestão e implementação de f) Conselho Nacional de Imigração;
ações da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico
de Pessoas, aprovada pelo Decreto no 5.948, de 2006; g) Conselho Nacional de Saúde;

II - propor o desenvolvimento de estudos e ações sobre h) Conselho Nacional de Segurança Pública;


o enfrentamento ao tráfico de pessoas;
i) Conselho Nacional de Turismo; e
III - acompanhar a implementação dos planos nacionais
de enfrentamento ao tráfico de pessoas; j) Conselho Nacional de Combate à Discriminação e
Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
IV - articular suas atividades àquelas dos Conselhos Na- Travestis e Transexuais;
cionais de políticas públicas que tenham interface com
o enfrentamento ao tráfico de pessoas, para promover III - um representante a ser indicado pelos Núcleos Es-
a intersetorialidade das políticas; taduais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e pelos
Postos Avançados de Atendimento Humanizado ao Mi-
V - articular e apoiar tecnicamente os comitês estadu- grante formalmente constituídos; e
ais, distrital e municipais de enfrentamento ao tráfico
de pessoas na definição de diretrizes comuns de atu- IV - um representante a ser indicado pelos comitês es-
ação, na regulamentação e no cumprimento de suas taduais e do Distrito Federal de enfrentamento ao trá-
atribuições; fico de pessoas.

VI - elaborar relatórios de suas atividades; e § 2o O CONATRAP será presidido pelo Secretário Na-
cional de Justiça do Ministério da Justiça ou por
VII - elaborar e aprovar seu regimento interno. pessoa por ele designada.

Art. 6o  O CONATRAP será integrado por: § 3º Os representantes titulares referidos nos incisos I,
II, III e IV do caput e seus suplentes serão indicados
I - quatro representantes do Ministério da Justiça; pelos titulares dos órgãos que representam e de-
signados por ato do Ministro de Estado da Justiça. 
II - um representante da Secretaria de Políticas para as
Mulheres da Presidência da República; § 4º Os representantes titulares referidos nos incisos I,
II, III e IV do §1o e seus suplentes serão designados
III - um representante da Secretaria de Direitos Huma- por ato do Ministro de Estado da Justiça, após indi-
nos da Presidência da República; e cação pelas entidades, conselhos, núcleos, postos
ou comitês. 
IV - um representante do Ministério de Desenvolvimen-
to Social e Combate à Fome. § 5º A designação dos representantes titulares referi-
dos nos incisos II, III e IV do § 1o e seus suplentes
§ 1o Será assegurada, na composição da CONATRAP, a deverá atender à proporção de cinquenta por cen-
participação de: to de representantes governamentais e cinquenta
por cento de representantes da sociedade civil, ob-
I - sete representantes de organizações da sociedade servada a paridade da composição do CONATRAP,
civil ou especialistas em enfrentamento ao tráfico de na forma do regimento interno.
pessoas;
§ 6º O mandato dos integrantes do CONATRAP referi-
II - um representante de cada um dos seguintes cole- dos nos incisos I, II, III e IV do § 1o será de dois
giados: anos, admitida apenas uma recondução, por igual
período. 
a) Conselho Nacional de Assistência Social;
§ 7o Poderão ser convidados a participar das reuniões
b) Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Ado-
do CONATRAP especialistas e representantes de
lescente;
outros órgãos ou entidades públicas e privadas,
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c)  Conselho Nacional dos Direitos da Mulher; com atribuições relacionadas ao enfrentamento ao
tráfico de pessoas.
d) Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho
Escravo; Art. 7o  A participação nos colegiados instituídos por
este Decreto será considerada prestação de serviço público
e) Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial; relevante, não remunerada.

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Art. 8o  O Ministério da Justiça prestará suporte técnico
e administrativo para a execução dos trabalhos e o
funcionamento dos colegiados instituídos por este Decreto.

Art. 9o  Este Decreto entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 10.  Ficam revogados os arts. 2o a 9o do Decreto


no 5.948, de 26 de outubro de 2006.
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