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Apostila Digital Licenciada para caique dos santos abreu - CPF:132.415.947-26 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.

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Polícia Militar do Estado


do Rio de Janeiro - PMERJ

Soldado Policial Militar (QPMPO)

Língua Portuguesa
As questões poderão ser teoricamente baseadas nos seguintes pontos: interpretação e compreensão de textos;
.................................................................................................................................................................................................1
Construção de sentido e efeitos de sentido (semântica); denotação (sentido literal) e conotação (sentido
figurado); Relações lexicais; ..............................................................................................................................................6
Intertextualidade; ............................................................................................................................................................. 12
Gêneros textuais; .............................................................................................................................................................. 15
Tipologia textual; .............................................................................................................................................................. 18
Linguagem verbal e não verbal; ..................................................................................................................................... 25
Funções da linguagem; .................................................................................................................................................... 26
Variedades linguísticas; .................................................................................................................................................. 29
Tipos de discurso; ............................................................................................................................................................ 32
Acentuação gráfica; ........................................................................................................................................................... 36
Ortografia; ......................................................................................................................................................................... 38
Classe de palavras (substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção,
interjeição); ....................................................................................................................................................................... 45
Estrutura e formação de palavras; ................................................................................................................................ 66
Sintaxe (frase, oração, período; termos essenciais, integrantes e acessórios da oração; .................................... 68
Concordância nominal e verbal; regência nominal e verbal ..................................................................................... 80
Crase; .................................................................................................................................................................................. 83
Colocação pronominal; ..................................................................................................................................................... 86
Coesão; ............................................................................................................................................................................... 87
Coerência; ........................................................................................................................................................................... 89
Pontuação. .......................................................................................................................................................................... 91

Geografia
Características Gerais do Estado do Rio de Janeiro .......................................................................................................1
Questões.................................................................................................................................................................................9

História
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI ......................................................................................1
2. O sistema colonial português na América - Estrutura político-administrativa, estrutura sócio-econômica, a
escravidão (as formas de dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na
Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras, expansão territorial, interiorização e formação das
fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentativas emancipacionistas ..............3
3. O período joanino e o processo de independência - A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte,
os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, política joanina, os partidos políticos, revoltas,
conspirações e revoluções, emancipação e conflitos sociais, o processo de independência do Brasil. 4. Brasil
Imperial - O Primeiro Reinado, o Período Regencial e o Segundo Reinado: aspectos, políticos, administrativos,
militares, culturais, econômicos, sociais, territoriais, a política externa, a questão abolicionista, o processo de
modernização, a crise da monarquia e a proclamação da república ....................................................................... 12
Questões Complementares .............................................................................................................................................. 20

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Sociologia
Relações entre indivíduo e sociedade, distinção do espaço público e privado, o Estado e os direitos humanos,
cidadania e diversidade ......................................................................................................................................................1

Noções sobre Direitos Humanos


Direitos e Deveres Individuais e coletivos. .....................................................................................................................1
Considerações sobre a polícia e os Direitos Humanos. ................................................................................................7

Legislação Brasileira de Trânsito


Penalidades aplicadas às infrações de trânsito. Medidas administrativas a serem adotadas pela autoridade de
trânsito e seus agentes ........................................................................................................................................................1

Informática
Aplicativos para processamento de texto, planilhas eletrônicas e apresentações: conceitos e modos de
utilização;...............................................................................................................................................................................1
Conceitos básicos e modos de emprego de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à
rede de computadores, internet e intranet. .................................................................................................................. 37

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO

familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa


impressão de que ler não faz diferença.
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura, vá até o fim, ininterruptamente.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É
preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as
As questões poderão ser questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira
teoricamente baseadas nos leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar
as palavras mais importantes de cada parágrafo que
seguintes pontos: constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as
interpretação e compreensão outras se organizam para dar significação e produzirem
de textos; sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você
deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do
texto.
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes),
Interpretação de texto sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por
Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se
não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do
se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão texto.
e interpretação de textos. 6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as
É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de palavras desconhecidas do texto.
examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para 7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o
responder com muita confiança. significado das palavras que você sublinhou no texto.
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de 8: Voltar ao texto quantas vezes precisar.
textos, além de ser importante para responder as questões 9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
específicas, é fundamental para que você compreenda o autor.
enunciado das questões de atualidades, de matemática, de 10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para
direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, melhor compreensão.
embora tenham bastante conhecimentos das matérias que 11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte)
caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque do texto correspondente.
não entendem o que a banca examinadora está pedindo. 12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta,
As questões de compreensão e interpretação de textos vêm incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes,
de textos que as questões normalmente cobram a aplicação dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu.
das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. 13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas,
Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das procurar a mais exata ou a mais completa.
questões. Normalmente o candidato é convidado a: 14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um
identificar: Reconhecer elementos fundamentais fundamento de lógica objetiva.
apresentados no texto. 15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do
diferenças entre situações apresentadas no texto. texto.
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma 16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
realidade, opinando a respeito. denuncia a resposta.
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só 17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
parágrafo. pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras. 18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, 19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são
mantendo a mesma linha temática. importantíssimos na interpretação do texto.
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma 20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e léxico, é fazer palavras cruzadas.
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, 21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade
de observação, de síntese e de raciocínio. Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar-
interpretacao-de-textos
Fonte:
http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e-
interpretacao-de-textos.html
Questões

Dicas para melhorar a interpretação de textos O uso da bicicleta no Brasil


A dificuldade na compreensão e interpretação de textos
deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas: como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
1: Não se assuste com o tamanho do texto. é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor oferecem mais vantagens.
seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO

calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos mais seguro do que dirigir um carro.
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
prioridade sobre os automotores. no Brasil.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, de locomoção se consolidou no Brasil.
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de deve dar prioridade ao pedestre.
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 03. Considere o cartum de Evandro Alves.
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a Afogado no Trânsito
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro,
nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA,
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5,
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
estratégicos.
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não
é
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A Televisão
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.

(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)

01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de


locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado)
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido É correto concluir que, de acordo com o cartum ,
incentivado em várias cidades. (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela ou pela TV são equivalentes.
maioria dos moradores. (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os imaginação mais ativa.
demais meios de transporte. (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade que não sabe se distrair.
arriscada e pouco salutar. (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto
assistir a um programa de televisão.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
objetivos centrais do texto é idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Leia o texto para responder às questões: (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
Propensão à ira de trânsito sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente emoções positivas por parte dos motoristas.
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como Respostas
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas COMPREENSÃO DO TEXTO
também se engajam num comportamento de risco – algumas
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou Há duas operações diferentes no entendimento de um
impedir que este chegue onde precisa. texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral.
motorista a tomar decisões irracionais. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no operação de compreensão.
momento. E assim teremos:
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto reconhecimento.
comunitário do ato de dirigir. A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são preparando para a leitura interpretativa. Durante a
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim interpretação grife palavras-chave, passagens importantes;
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo.
aprendem que as regras normais em relação ao A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas
comportamento e à civilidade não se aplicam quando e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto,
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa adequada.
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo.
pressa para chegar ao destino. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos proposto pelo autor.
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode conclusão do texto.
transformar um incidente em uma violenta briga. A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas menores, tendo em vista os diversos enfoques.
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da
predisposta a apresentar um comportamento irracional mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda.
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente resumida.
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo,
quando estiver tentado a agir só com a emoção. asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-
texto.
no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que
correto afirmar que o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à compressão da coesão e coerência.
medida que os motoristas se envolvem em decisões
conscientes. Coesão
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais
comunitário do ato de dirigir. elementos de coesão são os conectivos e vocábulos
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos
agressiva. adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente,
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto,
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO

que formam a oração e as orações que formam o período e, O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade,
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num mas nunca mais que esporadicamente.
texto coeso. Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho
Coerência de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”.
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos,
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações não chamá-lo de “natural”, “primeiro”?
e motivações. Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está
Tipos de Composição impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro.
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e
característicos, de pormenores individualizantes. Requer estetização e até a geração de categorias se ressente disso.
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito Essa tendência para atribuir status às categorias é uma
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série constante do pensamento antigo, cuja índole era
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se teorias modernas.
o uso de palavras específicas, exatas. Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade,
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da
narração envolve: normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos
- Quem? Personagem; retóricos a serviço de sua concepção estética.
- Quê? Fatos, enredo;
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; Sentido Imediato
- Onde? O lugar da ocorrência;
- Como? O modo como se desenvolveram os Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata
acontecimentos; que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura
- Por quê? A causa dos acontecimentos; ingênua ou leitura de máquina de ler.
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer de uma série de premissas que restringem a decodificação tais
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é como:
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, - As frases seguem modelos completos de oração da língua.
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O - O discurso é lógico.
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e - Se a forma usada no discurso é a mesma usada para
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se,
será o desempenho. respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário.
Sentidos Próprio e Figurado - Existe concordância entre termos sintáticos.
- Abstrai-se a conotação.
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso - Supõe-se que não há anomalias linguísticas.
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os - Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria modificadores do código linguístico.
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um - Supõe-se pertinência ao contexto.
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: - Abstrai-se iconias.
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o - Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc.
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na - Não se concebe a existência de locuções e frases feitas.
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. - Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre se o uso expressivo, cerimonial.
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável,
sentido preferencial, o que comumente ocorre. ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias,
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as
que se obtém pela decifração da metáfora. conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos,
editoriais, etc.

Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO

Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que (D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito nossa história e de nossa realidade.
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O (E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de nossa história e de nossa realidade.
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária -
perplexo diante de um oximoro. VUNESP)
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir
anteriores a ele. como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais
Sentido Preferencial atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do
Para compreender o sentido preferencial é preciso mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois
palavra no dicionário, dizemos que ela está primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser ocupadas por países pobres.
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o O estudo de Robert Levine associa a administração do
resultado médio, o que não impede que pela necessidade tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos,
momentânea consideremos o significado preferencial para por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor
dado indivíduo. cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância
Algumas regularidades podem ser observadas nos às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão público?
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com (Veja, 2009.)
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o
Há emprego do sentido figurado das palavras em:
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados...
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar.
mais usado se impor sobre o menos usado.
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido
sociais...
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo...
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa?
(E) ... não se pode confiar no serviço público?
Questões
04. (UNESP - Assistente Administrativo -
VUNESP/2016)
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar -
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete:
O gavião
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de:
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais
(A) Adequação vocabular.
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata
(B) Falta de coesão.
pombas.
(C) Incoerência.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à
(D) Coesão.
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das
(E) Coerência.
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase:
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada,
que a pomba come seu grão de milho.
continuará inalterado, em:
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
história e de nossa realidade.
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador.
de nossa história e de nossa realidade.
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate,
sujeitos de nossa história e de nossa realidade.
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro
homem.
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999)

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO

O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no - Brado, grito, clamor.


texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
outro homem. –, é empregado com sentido: - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.

(A) próprio, equivalendo a inspiração. Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo
(B) próprio, equivalendo a conquistador. ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de
(D) figurado, equivalendo a alimento. significação e certas propriedades que o escritor não pode
(E) figurado, equivalendo a predador. desconhecer.
Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais
Gabarito restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala
01.D / 02.E / 03.D / 04.E corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e
tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
Construção de sentido e Exemplos:
- Adversário e antagonista.
efeitos de sentido - Translúcido e diáfano.
(semântica); denotação - Semicírculo e hemiciclo.
(sentido literal) e conotação - Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
(sentido figurado); Relações - Colóquio e diálogo.
lexicais; - Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.

SEMÂNTICA O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se


sinonímia, palavra que também designa o emprego de
Conceito sinônimos.

A semântica1 é um ramo da linguística que estuda o Antônimos


significado das palavras, frases e textos de uma língua. A
semântica está dividida em: descritiva ou sincrônica – a que Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na
estuda o sentido atual das palavras e em histórica ou forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente
diacrônica - a que estuda as mudanças que as palavras ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com
sofreram no tempo e no espaço. prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária.
A semântica linguística estuda o significado usado por Exemplos:
seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras - Ordem e anarquia.
formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de - Soberba e humildade.
programação, lógica formal, e semiótica. - Louvar e censurar.
Em sentido largo, pode-se entender semântica como um - Mal e bem.
ramo dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados
produzidos pelas diversas formas de uma língua. Dentro dessa A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto a oposto ou negativo.
preocupação com determinar o significado dos elementos Exemplos:
constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das - bendizer/maldizer
palavras no seu todo e ainda o de frases inteiras. - simpático/antipático
- progredir/regredir
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS - concórdia/discórdia
- explícito/implícito
O significado das palavras2 é estudado pela semântica, a - ativo/inativo
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras - esperar/desesperar
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia... Questões
Compreender essas relações nos proporciona o
alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para 01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava
uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não
diversos contextos e intenções comunicativas. implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada
participante das novas mídias terá um envolvimento
Sinônimos gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de
meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das
Trata3 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa
iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a
intenção do falante. superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim = participar.
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais,
salsão...). apenas em número de atualizações nas páginas e na
Exemplos de sinônimos: capacidade dos usuários de distinguir essas variações como

1 http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.php 3 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando


2 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO

relevantes no conjunto virtualmente infinito das Gabarito


possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a 01.B / 02.A
habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a
extrair informações relevantes de um conjunto finito de Homônimos
observações e reconhecer a organização geral da rede de que
participam. Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes com significados diferentes. Exemplos:
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens - Aço (substantivo) e asso (verbo).
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o Só o contexto é que determina a significação dos
sentimento de pânico experimentados por um número homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto
informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto
um veneno para o espírito. Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. no timbre ou na intensidade das vogais.
Revista USP, no 92. Adaptado) - Rego (substantivo) e rego (verbo).
- Colher (verbo) e colher (substantivo).
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos - Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
adequados respectivamente em: - Para (verbo parar) e para (preposição).
(A) procurar / gostar de / ilustrar - Providência (substantivo) e providencia (verbo).
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
(C) interferir / propor / embrutecer per+o).
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
diferentes na escrita.
02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, consertar).
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela (acelerar).
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos - Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e - Paço (palácio) e passo (andar).
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo).
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos anular).
de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e (tempo de uma reunião ou espetáculo).
sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos,
num longo enxurro de carcaças e molambos... Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma pronúncia.
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e Parônimos
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. São palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) - coro e couro,
- cesta e sesta,
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de - eminente e iminente,
sinônimos? - degradar e degredar,
(A) Armistício – destruição - cético e séptico,
(B) Claudicante – manco - prescrever e proscrever,
(C) Reveses – infortúnios - descrição e discrição,
(D) Fealdade – feiura - infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
(E) Opilados – desnutridos - sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),
- comprimento e cumprimento,

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO

- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, Hiperonímia5 - como o próprio prefixo já nos indica, esta
divergir, adiar), palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas.
- vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e Palavras e expressões de sentido mais geral.
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra
Questões anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada
item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim,
01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com
FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior
palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: que são as frutas.
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é
crime! Questões
(B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente.
(C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão 01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da
agora expiar seus crimes. vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas
(D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo
preciso o bom censo. campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da
(E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de Amazônia.
tomate. Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são
designados como:
02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico (A) hiperônimos.
e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em (B) hipônimos.
que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: (C) cognatos.
(A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem (D) polissêmicos.
gentil). (E) parônimos.
(B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo).
(C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se 02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de
senta). proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima
(D) Nenhuma das alternativas. a palavra “veículo” representa um caso de:
(A) polissemia;
03. (Prefeitura de Salvador/BA – Técnico de (B) antonímia;
Enfermagem do Trabalho – FGV) Assinale a opção que (C) hiponímia;
mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira (D) hiperonímia;
das formas entre parênteses. (E) heteronímia.
(A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher
sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro) Gabarito
(B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você
acha que as pessoas andariam com os jeans apertados desse 01.B / 02.D
jeito se não fosse pela conotação sexual?”.
(vestiário/vestuário) Polissemia
(C) “A diminuição __________ do nível da água dos A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do
reservatórios trazia preocupação aos governadores de contexto, muda de sentido (mas não muda de classe
Estado”. (eminente/iminente) gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de
(D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa
de __________ penas mais duras aos criminosos”. peça”, “uma peça de carne” etc.
(infligir/infringir) Agora, observe mais estes exemplos:
(E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o Desculpe o bolo que te dei ontem.
acerto das votações no Congresso Nacional”. (retificar / Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica.
ratificar) Tenho um bolo de revistas lá em casa.6

Gabarito Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a


palavra tem um único significado.
01.C / 02.A / 03.D
É possível perceber que alguns desses contextos passaram
Hiperonímia e Hiponímia a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas
Partindo do princípio de que as palavras estabelecem adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que
entre si uma relação de significado, observe este enunciado4: o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece,
Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... sendo os demais atribuídos pela analise contextual.
Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação.
Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”, Polissemia e Homonímia
“melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete
relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao a uma palavra que apresenta diversos significados que se
observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere-
à conclusão pretendida. Note: se as duas ou mais palavras que apresentam origens e
significados distintos, mas possuem grafia e fonologia
idênticas.

4 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 6 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013.


5 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-
hiponimia.htm

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO

Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um O humor do texto é construído por meio do jogo entre
caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de
uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que sentido usado, portanto, foi a:
os dois significados são próprios da palavra e têm origens (A) polissemia.
diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem (B) ironia.
que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas (C) intertextualidade.
no dicionário. (D) ambiguidade.

Polissemia e Ambiguidade 02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua


Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos Portuguesa - NUCEPE/2018)
da linguagem que podem provocar confusões na interpretação
de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado
apresenta uma construção de palavras que permite mais de
uma interpretação para a frase em questão.
Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um
significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase,
permitindo que as informações sejam interpretadas de mais
de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua
amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o
pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima. O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso
Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir semântico da:
mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não (A) Sinonímia.
compreendam o sentido usado no primeiro contato com a (B) Polissemia
frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do (C) Contradição.
que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra, (D) Antonímia.
é importante que fique claro qual é o contexto em que a (E) Ambiguidade.
palavra foi usada.
03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de
Questão Planejamento - OBJETIVA/2017)

01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018)

Predestinação
Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago.
Pois chamava-se Mário Lago.
Viu a luz sob o signo de Piscis.
Brilhava no céu a constelação de Aquário.
Veio morar no Rio.
Quando discutia, sempre levava um banho.
Pois era um temperamento transbordante.
Sua arte preferida: água-forte.
Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa".
Sua piada favorita: "Ser como o rio:
seguir o curso sem deixar o leito".
Pois estudava: engenharia hidráulica. Considerando-se a representação semântica da palavra
Quando conheceu uma moça de primeira água. “vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar
Foi na onda. que ocorre:
Teve que desistir dos estudos quando (A) Denotação.
já estava na bica para se formar. (B) Conotação.
Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes. (C) Homonímia.
Donde desceu até ser leiteiro. (D) Homofonia.
Encarregado de pôr água no leite. (E) Sinonímia.
Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha.
Mas ela o traiu com um escafandrista. 04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo -
E fugiu sem dizer água vai. ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo:
Foi aquela água. I. A mãe vela pelo sono do filho doente.
Desde então ele só vivia na chuva II. O barco à vela foi movido pelo vento.
Virou pau de água.
Portanto, com hidrofobia. A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade
Foi morar numa água-furtada. das palavras é denominada:
Deu-lhe água no pulmão. (A) Homonímia;
Rim flutuante. (B) Polissemia;
Água no joelho. (C) Sinonímia;
Hidropsia. (D) Antonímia;
Bolha d’água. (E) Nenhuma das alternativas anteriores.
Gota.
Catarata.
Morreu afogado.
FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora
Círculo do Livro: São Paulo, 1975.

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APOSTILAS OPÇÃO

05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016) passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um
universo restrito do conhecimento.
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo
de formação de palavras por composição em que a junção dos
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de
A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de pernilongo (perna + longa).
uma palavra através de um recurso: Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais
(A) Vida - homonímia; aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por
(B) Balanço - polissemia; exemplo, que designa uma personagem de desenhos
(C) Balanço - sinonímia; animados, não se formou por aglutinação, mas por
(D) Vida - polissemia. justaposição.
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o
Gabarito significado das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol,
01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que
gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve
Sentido Próprio e Sentido Figurado para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade
de acompanhar o movimento do Sol.
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou Há certas palavras que, além do significado explícito,
no sentido figurado. Exemplos: contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica
- Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado). certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). existência de ao menos uma além daquela indicada.
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que
nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu
Denotação e Conotação outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao
menos um livro além daquele que está sendo autografado.
Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da
letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na Questões
maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da
palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma 01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP)
pedra no meio da rua foi a causa do acidente.”
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou A morte do narrador
seja, o objeto mesmo.
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora
Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura
aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito,
Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais
atiradas pela mão.” vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que parecer com seus netos.
usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter
pelas palavras. me entendido mal, o que acontece com frequência quando se
discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o
Ampliação de Sentido próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade",
designar uma quantidade mais ampla de significado do que o entre outros.
seu original. Uma característica do politicamente correto é que, quando
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse
para designar o ato de viajar em um barco, ampliou uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A
consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia
viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de articulada como gesto falso, ideias bem comportadas.
sentido, que um passageiro: Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia
- embarcou em um trem. que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no
- embarcou no ônibus das dez. abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que
- embarcou no avião da força aérea. eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como
- embarcou num transatlântico. metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo
que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica,
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às
ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está
praticante de escalar montanhas. intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e
da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos
Restrição de Sentido sintomas neuróticos descritos por Freud.
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que
inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer
mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a
caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os

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APOSTILAS OPÇÃO

mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%,
a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.
sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA
é também desorganizador da própria juventude. Ouço (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu constitucional de que todas as universidades do país precisam
desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo
eles. como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para
Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo.
combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas O Brasil tem necessidade de ambas.
de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, (Hélio Schwartsman,: http://www1.folha.uol.com.br, 2013.)
aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do
acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, Assinale a alternativa em que a expressão destacada é
que questionam as “verdades constituídas do passado". A empregada em sentido figurado.
própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna (A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a
– ciência, técnica, superação de tradição – agrava a nata dos especialistas...
invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (B) Os dados do Ranking Universitário publicados em
(que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: setembro de 2013...
idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou (C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber
para as redes sociais. que o país não dispõe de recursos...
(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) (D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos
de ensino...
O termo empregado com sentido figurado está em (E) ... todas as despesas que contribuem direta e
destaque na seguinte passagem do texto: indiretamente para a boa pesquisa...
(A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece
com frequência quando se discute o tema da velhice… 03. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP)
(segundo parágrafo). Leia o texto para responder a questão.
(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e Um pé de milho
vovós… (primeiro parágrafo).
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra
que na modernidade o narrador da vida desapareceu. trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um
(Penúltimo parágrafo). pé de capim – mas descobri que era um pé de milho.
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa.
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele
invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e
parágrafo). afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu
02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas
folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o
Ficção universitária leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto
centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho
Os dados do Ranking Universitário publicados em sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão, numa
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e e independente. Suas raízes roxas se agarra mão chão e suas
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem folhas longas e verdes nunca estão imóveis.
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos
mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando- encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.
se assim instituições que se destacam também no ensino. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical,
cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho
termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de
frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre
decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou
seja capaz de ensinar. um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
O gasto médio anual por aluno numa das três (Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001)
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as
despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e termos empregados em sentido figurado.
Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do (A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho
ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em é um belo gesto da terra. (3º §)
renúncias fiscais. (B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim.
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber (1º §)
que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete (C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um
milhões de universitários em instituições com o padrão de ignorante... (2º §)
investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa (D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto
aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa centenas de milharais... (2º §)

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas Faça como eu digo
flores belas no mundo... (3º §) Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
04. (IF/SC – Técnico de Laboratório)
Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em sentido Corro atrás do tempo
conotativo. Vim de não sei onde
(A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter. Devagar é que não se vai longe
(B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência Eu semeio o vento
pacífica. Na minha cidade
(C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos Vou pra rua e bebo a tempestade.
coloridos do próprio pensamento (Chico Buarque)
(D) Choviam risadas naquela peça de humor.
(E) A sabedoria abre as portas do conhecimento. Ao ler a letra da música composta por Chico Buarque, você
notou algo familiar? Provavelmente sim! Isso aconteceu
05. (FAPESE - Assistente em Administração - porque o cantor e compositor apropriou-se de alguns ditados
UFS/2018) No período “Tomara que a revolta que eu e muitos populares, mas em vez de citá-los, isto é, empregá-los como
sentiram não morra nas redes sociais”, a forma verbal “morra” eles exatamente são, Chico optou por parodiá-los, invertendo
(do verbo morrer) é: seus significados e atribuindo-lhes novos sentidos, o que
(A) usada em sentido denotativo; confere à música o efeito de humor. Esse tipo de estratégia
(B) 3ª. pessoa do singular do pretérito perfeito, do modo textual é muito comum na literatura brasileira, recorrente
indicativo; principalmente no gênero poema. Veja outro exemplo de
(C) uma flexão regular da 3ª. pessoa do singular, do intertextualidade:
pretérito imperfeito, do modo subjuntivo;
(D) a flexão de 3ª. pessoa do singular, do futuro do Canção do Exílio
pretérito, do modo indicativo; Minha terra tem palmeiras,
(E) usada em sentido conotativo. Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Gabarito Não gorjeiam como lá.

01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.E Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Intertextualidade;
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
INTERTEXTUALIDADE Onde canta o Sabiá.
7Diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser
Minha terra tem primores,
necessariamente de um mesmo gênero, a intertextualidade é Que tais não encontro eu cá;
um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras. Em cismar — sozinho, à noite —
Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por Mais prazer encontro eu lá;
meio de paródia ou por meio da paráfrase. O que esses Minha terra tem palmeiras,
variados tipos têm em comum? Todos eles resgatam Onde canta o Sabiá.
referências nos chamados textos-fonte, que são aqueles textos
considerados fundamentais em uma cultura. Não permita Deus que eu morra,
Para que você entenda melhor o conceito de Sem que eu volte para lá;
intertextualidade, basta analisar a estrutura da palavra: inter Sem que desfrute os primores
é um sufixo de origem latina e faz referência à noção de
relação. Por isso, é correto afirmar que a intertextualidade Que não encontro por cá;
refere-se às relações entre os textos, assim como é correto Sem qu’inda aviste as palmeiras,
afirmar que todo texto, em maior ou menor grau, é um Onde canta o Sabiá.
intertexto, e isso acontece em virtude das relações dialógicas (Gonçalves Dias)
firmadas. Veja só um exemplo:
Canto de regresso à pátria
Bom conselho Minha terra tem palmares
Ouça um bom conselho Onde gorjeia o mar
Que eu lhe dou de graça Os passarinhos daqui
Inútil dormir que a dor não passa Não cantam como os de lá
Espere sentado
Ou você se cansa Minha terra tem mais rosas
Está provado, quem espera nunca alcança E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Venha, meu amigo Minha terra tem mais terra
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo Ouro terra amor e rosas
Venha se queimar Eu quero tudo de lá

7 brasilescola.uol.com.br/redacao/intertextualidade-.htm
escolakids.uol.com.br/intertextualidade.htm

Língua Portuguesa 12
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APOSTILAS OPÇÃO

Não permita Deus que eu morra


Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra


Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
(Oswald de Andrade)

8Gonçalves Dias é um dos principais representantes da

primeira fase do Romantismo brasileiro. A partir dele, Oswald


de Andrade, integrou o movimento modernista, construiu uma
paródia, transportando o poema escrito no século XIX para a
então realidade da segunda década do século XX, dando-lhe
assim um ar de modernidade.
Como você pôde perceber, a intertextualidade pode
acontecer com textos dos variados gêneros: pode surgir em - Aqui temos a intertextualidade realizada entre a criação
uma letra de música, em um poema, nos textos em prosa e até de Matt Groening, criador dos Simpsons, e a obra “A
mesmo nos textos publicitários. Só é capaz de reconhecê-la o persistência da memória”, de Salvador Dalí.
leitor habilidoso, aquele que já entrou em contato com
diversos textos-fonte ao longo da vida.
Isso significa que a interpretação de texto não depende
apenas do conhecimento do código (nossa língua portuguesa),
mas também das relações intertextuais que influenciam de
maneira decisiva o processo de compreensão e de produção de
textos.
Nas nossas conversas do dia a dia, muitas vezes fazemos
referência ao modo de dizer, aos gestos, às palavras ditas,
manifestados por uma determinada pessoa, seja aquele
personagem da televisão, aquele amigo de quem gostamos
muito, alguém da família, enfim, várias são as pessoas às quais
Ao analisarmos todos esses exemplos, chegamos à
podemos nos referir. Quando escrevemos, também podemos
conclusão de que intertextualidade se conceitua como o
proceder da mesma forma, fazendo alusão (referência) às
diálogo que se estabelece entre os textos verbais e não verbais.
palavras ditas por aquele escritor que admiramos, àquela
canção de que gostamos, entre outros casos. Saiba que todas Questões
essas situações representam casos de intertextualidade. No
entanto, ela pode estar presente em muitas outras 01.
circunstâncias. Veja alguns exemplos: Ideologia
- A ilustração abaixo se trata de um anúncio publicitário de Meu partido
uma marca de produto de limpeza (Bombril), no qual É um coração partido
referência a obra de Leonardo da Vinci - “Mona Lisa”. E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”

Meus heróis morreram de overdose


Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
- Nesse temos um anúncio publicitário de um produto Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
alimentício (Leite Moça) que faz referência à música de Rita Eu vou pagar a conta do analista
Lee – “Mania de você.’ Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro

Meus heróis morreram de overdose


Meus inimigos estão no poder
Ideologia

8 http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-
redacao/exercicios-sobre-intertextualidade-explicita-implicita.htm

Língua Portuguesa 13
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Eu quero uma pra viver (Super Interessante. Editora Abril. 2012.)


Ideologia
Eu quero uma pra viver Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir:
(Cazuza e Roberto Frejat) I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao
segundo desenho, revela o discurso preconceituoso e,
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) consequentemente, um aspecto ideológico.
Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro II. O sentido de proibição é captado por meio da
intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac. Tal intertextualidade estabelecida entre os códigos não verbais a
procedimento constitui o que se chama de: qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor.
(A) intertextualidade III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente,
(B) pertinência indivíduos obesos sofrerão ainda mais discriminação social.
(C) pressuposição IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal
(D) metáfora serve para reforçar o caráter polissêmico da placa.
(E) anáfora.
Assinale a alternativa correta:
02. (A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
Hora do mergulho (B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
Feche a porta, esqueça o barulho (D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho (E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo 04. Sobre a intertextualidade, assinale a alternativa
super-homem não supera a superfície incorreta:
nós mortais viemos do fundo (A) A intertextualidade implícita não se encontra na
eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo superfície textual, visto que não fornece para o leitor
elementos que possam ser imediatamente relacionados com
eu quero paz: algum outro tipo de texto-fonte.
uma trégua do lilás-neon-Las Vegas (B) Todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto,
profundidade: 20.000 léguas pois é normal que durante o processo da escrita aconteçam
“se queres paz, te prepara para a guerra” relações dialógicas entre o que estamos escrevendo e outros
“se não queres nada, descansa em paz” textos previamente lidos por nós.
“luz” - pediu o poeta (C) Na intertextualidade explícita, ficam claras as fontes
(últimas palavras, lucidez completa) nas quais o texto baseou-se e acontece, obrigatoriamente, de
depois: silêncio maneira intencional. Pode ser encontrada em textos do tipo
resumo, resenhas, citações e traduções.
esqueça a luz... respire o fundo (D) A intertextualidade sempre acontece de maneira
eu sou um déspota esclarecido proposital. É um recurso que deve ser evitado, pois privilegia
nessa escura e profunda mediocracia. o plágio dos textos-fonte em detrimento de elementos que
confiram originalidade à escrita.
(Engenheiros do Hawaii, composição de Humberto Gessinger)
05.
Na letra da canção, Humberto Gessinger faz referência a
um famoso provérbio latino: si uis pacem, para bellum, cuja
tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra. Nesse tipo
de citação, encontramos o seguinte recurso:
(A) intertextualidade explícita.
(B) intertextualidade implícita.
(C) intertextualidade implícita e explícita.
(D) tradução.
(E) referência e alusão.

03. a)

(Super Interessante. Editora Abril, 2014.)

b)
O gordo é o novo fumante
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto
preconceito contra gordos.
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão
sobre saúde. Por outro, algo de podre: o nascimento de uma
nova eugenia.

Língua Portuguesa 14
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APOSTILAS OPÇÃO

O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, • Crônica


estabelece um interessante diálogo com um famoso texto- • Contos de Fada
fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse • Fábula
texto-fonte: • Lendas
(A) Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
(B) Erro de português, de Oswald de Andrade. Texto Descritivo
(C) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade. Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor
(D) Não há vagas, de Ferreira Gullar. determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa
(E) José, de Carlos Drummond de Andrade. forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do
Gabarito locutor (emissor).
01.A / 02.B / 03.D / 04.D / 05.C
São exemplos de gêneros textuais descritivos:
• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
Gêneros textuais; • Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
GÊNEROS TEXTUAIS • Lista de compras
• Cardápio
Os gêneros textuais são classificados conforme as • Anúncios de classificados
características comuns que os textos apresentam em relação à
linguagem e ao conteúdo. Texto Dissertativo-Argumentativo
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor
interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de um tema ou assunto por meio de argumentações. São
determinado discurso. marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida
receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de em três partes: tese (apresentação), antítese
supermercado. (desenvolvimento), nova tese (conclusão).
É importante considerar seu contexto, função e finalidade,
pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a • Editorial Jornalístico
lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo • Carta de opinião
de preparo (texto injuntivo).9 • Resenha
• Artigo
Distinguindo • Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é Texto Expositivo
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma Os textos expositivos possuem a função de expor
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma determinada ideia, por meio de recursos como: definição,
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: conceituação, informação, descrição e comparação.
Gênero Literário - é classificado de acordo com a sua
forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
narrativo e etc. • Seminários
Tipo Textual - este é a forma como o texto se apresenta, • Palestras
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, • Conferências
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma • Entrevistas
dessas classificações varia de acordo como o texto se • Trabalhos acadêmicos
apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. • Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
Tipos de Gêneros Textuais
Texto Injuntivo
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional,
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor
tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e no imperativo.
injuntivo.
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:
Texto Narrativo • Propaganda
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no • Receita culinária
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: • Bula de remédio
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. • Manual de instruções
• Regulamento
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: • Textos prescritivos
• Romance
• Novela

9 https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/

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APOSTILAS OPÇÃO

Outros Exemplos A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas


geralmente costuma estabelecer conexões com o fato central,
Carta anunciado no que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, se a narrativa do fato principal, ampliada e composta por meio
quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem de citações, trechos de entrevistas, depoimentos, dados
intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou estatísticos, pequenos resumos, dentre outros recursos. É
que não se tenha intimidade. sempre iniciada por um título, como todo texto jornalístico.
Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias
estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e
descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a contribuindo para formar sua opinião.
saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva,
dinâmica e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos
Propaganda meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma
Este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente linguagem acessível a todos os públicos, mas pode variar de
da maioria dos outros gêneros. Suas principais características formal para mais informal dependendo do público a que se
são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da destina. Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a
propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação.10
produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de
descrição e sempre é claro e objetivo. Gêneros Textuais e Gêneros Literários

Notícia Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se


Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. referem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros
Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto literários se referem apenas aos textos literários.
é informar algo que aconteceu. Os gêneros literários são divisões feitas segundo
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos características formais comuns em obras literárias,
existentes e tem como intenção nos informar acerca de agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e
determinada ocorrência. Bastante recorrente nos meios de semânticos, entre outros.
comunicação em geral, seja na televisão, em sites pela internet - Gênero lírico;
ou impresso em jornais ou revistas. - Gênero épico ou narrativo;
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, - Gênero dramático.
clara, objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que
interessam ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e Gênero Lírico
objetiva, uma vez que se trata de uma informação. É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no
poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime
Editorial suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior.
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e
aparece no início das colunas. Diferente dos outros textos que há o predomínio da função emotiva da linguagem.
compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são
textos opinativos. Elegia
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a
apresentar certa objetividade. Isso porque são os editoriais morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor
que apresentam os assuntos que serão abordados em cada expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte.
seção do jornal, ou seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e
Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros. Yufa, de William Shakespeare.
Os textos são organizados pelos editorialistas, que
expressam as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a Epitalâmia
assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites
meio de comunicação (revista, jornal, rádio, etc.). românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
editoriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do
Editor”. Ode (ou hino)
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à
apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada,
quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com
linguagem que, mesmo em se tratando de impressões acompanhamento musical.
pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que
prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de Idílio (ou écloga)
destaque. Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem
à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o
Reportagem poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que
nos meios de comunicação de massa. A reportagem informa, enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão.
de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela A écloga é um idílio com diálogos (muito rara).
situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação
e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo Sátira
acontecimento. É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo,

10 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e

interação. São Paulo, Atual Editora, 2000

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APOSTILAS OPÇÃO

pode abordar críticas sociais, a costumes de determinada Gênero Dramático


época, assuntos políticos, ou pessoas de relevância social. Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro.
Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história.
Acalanto Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que
Canção de ninar. assumem os papéis das personagens nas cenas.

Acróstico Tragédia
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso É a representação de um fato trágico, suscetível de
formam uma palavra ou frase. Ex.: provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a
tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma
Amigos são extensão e completa, em linguagem figurada, com atores
Muitas vezes os agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex.: Romeu e
Irmãos que escolhemos. Julieta, de Shakespeare.
Zelosos, eles nos
Ajudam e Farsa
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego
e de processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos,
Eterna a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em
https://www.todamateria.com.br/acrostico/ especial, o engano.

Balada Comédia
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são É a representação de um fato inspirado na vida e no
cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada
vocal que se destinam à dança. às festas populares.

Canção (ou Cantiga, Trova) Tragicomédia


Poema oral com acompanhamento musical. Modalidade em que se misturam elementos trágicos e
cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o
Gazal (ou Gazel) imaginário.
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente
médio. Poesia de cordel
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte
Soneto apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois sociedade e da realidade vivida por este povo.
quartetos e dois tercetos.
Questões
Vilancete
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de 01. (Pref. Teresina/PI - Professor de Língua
escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. Portuguesa - NUCEPE/2016) Ainda sobre gênero, é correto
afirmar que uma característica predominante nos gêneros
Gênero Épico ou Narrativo textuais é a:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários (A) forma linguística.
reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com (B) clareza das ideias.
o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado (C) função sociocomunicativa.
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao (D) assunto temático.
surgimento de concepções de prosa com características (E) correção gramatical.
diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula.
02. (MPE/GO - Secretário Auxiliar - 2018)
Épico (ou Epopeia)
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias A Outra Noite
de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras,
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite
tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para
feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e
e Odisseia, de Homero. contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar
lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
Ensaio eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas,
É um texto literário breve, situado entre o poético e o uma paisagem irreal.
didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
flexível que o tratado. – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e
social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
em formalidades como documentos ou provas empíricas ou – Mas, que coisa...
dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu
tolerância, de John Locke. fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente.
Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
– Ora, sim senhor...

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APOSTILAS OPÇÃO

E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa - Texto Injuntivo;


noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão - Texto Expositivo.
veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
(Rubem Braga, Ai, Copacabana, disponível em Texto Descritivo
http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2014/09/sessao-leitura-outra-noite-
rubembraga.html. Acesso em 14/01/2018)
É a representação com palavras de um objeto, lugar,
Quanto ao gênero, o texto sob análise apresenta situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais
características de: particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer
(A) Uma crônica. elemento que seja apreendido pelos sentidos e transformado,
(B) Uma fábula. com palavras, em imagens.
(C) Um artigo. Não é, por norma, um tipo de texto autônomo,
(D) Um ensaio. encontrando-se presente em outros textos, como o texto
(E) Nenhuma das alternativas. narrativo. Passagens descritivas ocorrem no meio da narração
quando há uma pausa no desenrolar dos acontecimentos para
03. (SEE/PE - Professor - FGV/2016) Os diversos caracterizar pormenorizadamente um objeto, um lugar ou
gêneros textuais destacam uma qualificação predominante uma pessoa, sendo um recurso útil e importante para capturar
para cada enunciador; em um texto informativo, por exemplo, a atenção do leitor.
o enunciador tem como marca específica
(A) o interesse de convencimento. Exemplo:
(B) o domínio de um conhecimento. Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado,
(C) a necessidade de expressão de uma emoção. inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter
(D) a condição de prever conhecimentos futuros. aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos;
(E) o objetivo de ensinar procedimentos. vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro.
Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida,
04 (IF/PA - Professor - Letras - IF/PA/2015) A inserção cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois
dos gêneros textuais no ensino vem mudando a dinâmica da do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do
educação em língua portuguesa no Brasil. É importante que conosco.
(Machado de Assis. "Conto de escola". Contos. 3ed. São Paulo, Ática, 1974)
trabalhar a língua em uso, através de textos e dos gêneros nos
quais eles se manifestam isso tem mobilizado professores e
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor
educadores, que procuram adaptar‐ se a essas novas
da escola que o escritor frequentava.
perspectivas. De acordo com os estudos sobre os gêneros
Deve-se notar:
textuais podemos afirmar que os exemplos de textos como,
- que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao
receita culinária, tutorial, manual de instruções, guia
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os
rodoviário tem em comum por possuírem um caráter:
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha
(A) injuntivo.
grande medo ao pai);
(B) prescritivo.
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser
(C) descritivo.
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de
(D) expositivo.
vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola
(E) dissertativo.
é cronologicamente anterior a retirar-se dela; no nível do
relato, porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente:
05. (FGV - Professor de Ensino Fundamental II e Médio
o que o escritor quer é explicitar uma característica do menino,
- SME/SP/2016) Os diversos textos a serem interpretados em
e não traçar a cronologia de suas ações);
um livro didático devem ser distribuídos segundo o seguinte
- ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se),
critério:
todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica
(A) textos literários e não literários.
concomitância em relação a um marco temporal instalado no
(B) textos de épocas variadas.
texto (no caso, o ano de 1840, em que o escritor frequentava a
(C) textos de gêneros textuais variados.
escola da Rua da Costa) e, portanto, não denota nenhuma
(D) textos de vários gêneros literários.
transformação de estado;
(E) textos de linguagem formal e informal.
- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
correríamos o risco de alterar nenhuma relação
Gabarito
cronológica - poderíamos mesmo colocar o últímo período em
primeiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre era
01.C / 02.A / 03.B / 04.A / 05.C
mais severo com ele do que conosco. Entrava na escola depois
do pai e retirava-se antes...

Tipologia textual; Estrutura

Introdução: Primeiramente é feita a identificação do ser


ou objeto que será descrito, de modo a que o leitor foque sua
TIPOS TEXTUAIS atenção nesse ser ou objeto.
Desenvolvimento: Ocorre então a descrição do objeto ou
É a forma como um texto se apresenta. É importante que ser em foco, apresentando seus aspectos mais gerais e mais
não se confunda tipo textual com gênero textual. pormenorizados, havendo caracterizações mais objetivas e
Existe uma variedade enorme de entendimentos sobre a outras mais subjetivas.
forma correta de definir os tipos de texto. Embora haja uma Conclusão: A descrição está concluída quando a
discordância entre várias fontes sobre a quantidade exata de caracterização do objeto ou ser estiver terminada.
tipos textuais, vamos trabalhar aqui com 5 tipos essenciais:
- Texto Descritivo;
- Texto Narrativo;
- Texto Dissertativo;

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APOSTILAS OPÇÃO

Características Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer


"quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da
O texto descritivo não se encontra limitado por noções narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através
temporais ou relações espaciais, visto descrever algo estático, dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de
sem ordem fixa para a realização da descrição. Há uma notória tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele
predominância de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas, que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu.
em detrimento de verbos, sendo maioritariamente necessária A história contada, por isso, passa por uma introdução
a utilização de verbos de estado, como ser, estar, parecer, (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
permanecer, ficar, continuar, tornar-se, andar... desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita,
O uso de uma linguagem clara e dinâmica, com vocabulário o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e
rico e variado, bem como o uso de enumerações e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo).
comparações, ou outras figuras de linguagem, servem para Aquele que conta a história é o narrador, que pode ser
melhor apresentar o objeto ou ser em descrição, enriquecendo pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª
o texto e tornando-o mais interessante para o leitor. pessoa: Ele).
A descrição pode ser mais objetiva, focalizando aspectos Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos
físicos, ou mais subjetiva, focalizando aspectos emocionais e de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e
psicológicos. Nas melhores descrições, há um equilíbrio entre pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os
os dois tipos de descrição, sendo o objeto ou ser descrito agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações
apresentado nas suas diversas vertentes. expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história
Na descrição de pessoas, há a descrição de aspectos físicos, contada.
ou seja, aquilo que pode ser observado e a descrição de Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta
aspectos psicológicos e comportamentais, como o caráter, a história.
personalidade, humor…, apreendidos pelo convívio com a
pessoa e pela observação de suas atitudes. Na descrição de Principais elementos da narrativa
lugares ocorre tanto a descrição de aspectos físicos, como a Os principais elementos da narrativa, também chamados
descrição do ambiente social, econômico, político... Na de elementos da narração, são:
descrição de objetos, embora predomine a descrição de Espaço: O espaço se refere ao local onde se desenrola a
aspectos físicos, pode ocorrer uma descrição sensorial, que ação. Pode ser físico (no colégio, no Brasil, na praça,…), social
estimule os sentidos do leitor. (características do ambiente social) e psicológico (vivências,
pensamento e sentimentos do sujeito,…).
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É Tempo: O tempo se refere à duração da ação e ao
uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais desenrolar dos acontecimentos. O tempo cronológico indica a
predominam. Porque toda técnica descritiva implica sucessão cronológica dos fatos, pelas horas, dias, anos,… O
contemplação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o tempo psicológico se refere às lembranças e vivências das
redator, ao descrever, precisa possuir certo grau de personagens, sendo subjetivo e influenciado pelo estado de
sensibilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou espírito das personagens em cada momento.
interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas Personagens: São caracterizadas através de qualidades
ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. físicas e psicológicas, podendo essa caracterização ser feita de
modo direto (explicitada pelo narrador ou por outras
Texto Narrativo personagens, através de autocaracterização ou
heterocaracterização) ou de modo indireto (feita com base nas
O texto narrativo é caracterizado por narrar uma história, atitudes e comportamento das personagens).
ou seja, contar uma história através de uma sequência de
várias ações reais ou imaginárias. Essa sucessão de As personagens possuem diferentes importâncias na
acontecimentos é contada por um narrador e está estruturada narração, havendo personagens principais e personagens
em introdução, desenvolvimento e conclusão.11 secundárias. As personagens principais desempenham papéis
Ao longo dessa estrutura narrativa são apresentados os essenciais no enredo, podendo ser protagonistas (que deseja,
principais elementos da narração: espaço, tempo, tenta, consegue) ou antagonistas (que dificulta, atrapalha,
personagem, enredo e narrador. impede). As personagens secundárias desempenham papéis
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada), o menores e podem ser coadjuvantes (ajudam as personagens
narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com principais em ações secundárias) ou figurantes (ajudam na
quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração caracterização de um espaço social).
predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; Podem ser dinâmicas, apresentando diferentes
assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de comportamentos ao longo da narração (personagem
texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem modelada ou redonda), bem como estáticas, não se
o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo modificando no decorrer da ação (personagem plana). Há
de texto recebe o nome de enredo. ainda personagens que representam um grupo específico
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas (personagem-tipo).
personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no
episódio que está sendo contado. As personagens são Enredo: Também chamado de intriga, trama ou ação, o
identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos enredo é composto pelos acontecimentos que ocorrem num
substantivos próprios. determinado tempo e espaço e são vivenciados pelas
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo personagens. As ações seguem-se umas às outras por
sem querer) ele acaba contando "onde" (em que lugar) as encadeamento, encaixe e alternância.
ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar
onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço, Existem ações principais e ações secundárias, mediante a
representado no texto pelos advérbios de lugar. importância que apresentam na narração. Além disso, o
enredo pode estar fechado, estando definido e conhecido o

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APOSTILAS OPÇÃO

final da história, ou aberto, não havendo um final definitivo e Exemplo - Tempo


conhecido para a narrativa.
“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembra-se: a
Narrador: O narrador é o responsável pela narração, ou mulher lhe pediu que a chamasse cedo."
seja, é quem conta a história. Existem vários tipos de narrador: (Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados)
Narrador onisciente e onipresente: Conhece
intimamente as personagens e a totalidade do enredo, de Estrutura:
forma pormenorizada. Utiliza maioritariamente a narração na - Apresentação: é a parte do texto em que são
3.ª pessoa, mas pode narrar na 1.ª pessoa, em discurso indireto apresentados alguns personagens e expostas algumas
livre, tendo sua voz confundida com a voz das personagens, tal circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a
é o seu conhecimento e intimidade com a narrativa. ação se desenvolverá.
Narrador personagem, participante ou presente: Conta - Complicação: é a parte do texto em que se inicia
a história na 1.ª pessoa, do ponto de vista da personagem que propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem,
é. Apenas conhece seus próprios pensamentos e as ações que conduzindo ao clímax.
se vão desenrolando, nas quais também participa. Tem - Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu
conhecimentos limitados sobre as restantes personagens e momento crítico, tornando o desfecho inevitável.
sobre a totalidade do enredo. Este tipo de narração é mais - Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações
subjetivo, transmitindo o ponto de vista e as emoções do dos personagens.
narrador.
Narrador observador, não participante ou ausente: Tipos de Personagens:
Limita-se a contar a história, sem se envolver nela. Embora Os personagens têm muita importância na construção de
tenha conhecimento das ações, não conhece o íntimo das um texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser
personagens, mantendo uma narrativa imparcial e objetiva. principais ou secundários, conforme o papel que
Utiliza a narração na 3.ª pessoa. desempenham no enredo, podem ser apresentados direta ou
Nos textos narrativos, é através da voz do narrador que indiretamente.
conhecemos o desenrolar da história e as ações das A apresentação direta acontece quando o personagem
personagens, mas é através da voz das personagens que aparece de forma clara no texto, retratando suas
conhecemos as suas ideias, opiniões e sentimentos. A forma características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação
como a voz das personagens é introduzida na voz do narrador indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e
é chamada de discurso. o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do
enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e
Através de uma correta utilização dos tipos de discurso, a do modo como vai fazendo.
narrativa poderá assumir um caráter mais ou menos dinâmico,
mais ou menos natural, mais ou menos interessante, mais ou - Em 1ª pessoa:
menos objetivo,… Existem três tipos de discurso, ou seja, três
formas de introdução das falas das personagens na narrativa: Personagem Principal: há um “eu” participante que conta
- O discurso direto é caracterizado por ser uma a história e é o protagonista. Exemplo:
transcrição exata da fala das personagens, sem participação do
narrador. “Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bambas, o
- O discurso indireto é caracterizado por ser uma coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me
intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei
próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. a andar de um lado para outro, estacando para amparar-me, e
- O discurso indireto livre é caracterizado por permitir andava outra vez e estacava.”
que os acontecimentos sejam narrados em simultâneo, (Machado de Assis. Dom Casmurro)
estando as falas das personagens direta e integralmente
inseridas dentro do discurso do narrador. Observador: é como se dissesse: É verdade, pode
acreditar, eu estava lá e vi. Exemplo:
Exemplo - Personagens
“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do
"Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr. Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de contrabandista
Amâncio não viu a mulher chegar. que fez cancha nos banhados do Brocai.
- Não quer que se carpa o quintal, moço? Esse gaúcho desamotinado levou a existência inteira a
Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face cruzar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado da
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do Lua, na escuridão das noites, na cerração das madrugadas...;
passado, os olhos)." ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como
(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: por alma de padre, nunca errou vau, nunca perdeu atalho, nunca
Mercado Aberto) desandou cruzada! ...
(...)
Exemplo - Espaço Aqui há poucos - coitado! - pousei no arranchamento dele.
Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não nos víamos desde muito
Considerarei longamente meu pequeno deserto, a tempo. (...)
redondeza escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na
algum rio. Não havia, em todo o caso, como negar-lhe a matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro.”
insipidez." (J. Simões Lopes Neto – Contrabandista)
(Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto
Alegre: Movimento, 1981) - Em 3ª pessoa:

Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira


pessoa. Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO

“Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a seguida relatar sua vida, a sequência temporal foi modificada.
fantasiaram de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da leitura, as relações
à rua com ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de de anterioridade e de posterioridade.
vergonha da malha de cetim, das asas e das antenas e, mais
ainda, da cara à mostra, sem máscara piedosa para disfarçar o Texto Dissertativo
sentimento impreciso de ridículo.”
(Ilka Laurito. Sal do Lírico) O texto dissertativo tem-se a intenção de explicar, provar,
analisar, expor ideias e/ou discutir determinado assunto.12
Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como Na dissertação, o escritor geralmente defende uma tese ou
sendo vista por uma câmara ou filmadora. expõe uma série de fatos e ideias que levam a uma constatação.
O texto dissertativo é impessoal e utiliza-se de estruturas
Sequência Narrativa lógicas para se sustentar. Existem duas subdivisões na
Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: tipologia dissertativa: a dissertação expositiva (exposição) e a
uma coordena-se a outra, uma implica a outra, uma dissertação argumentativa (argumentação).
subordina-se a outra. A narrativa típica tem quatro mudanças
de situação: Características
- uma em que uma personagem passa a ter um querer ou - ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é
um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo); temático;
- uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma - como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;
competência para fazer algo); - ao contrário do texto narrativo, nele as relações de
- uma em que a personagem executa aquilo que queria ou anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm
devia fazer (é a mudança principal da narrativa); maior importância - o que importa são suas relações lógicas:
- uma em que se constata que uma transformação se deu e analogia, pertinência, causalidade, coexistência,
em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens correspondência, implicação, etc.
(geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os - a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de
maus). redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem
características próprias a cada tipo de texto.
Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a Dissertação Expositiva e Argumentativa
realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela A dissertação expositiva é voltada para aqueles fatos que
efetua-se porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve estão sendo focados e discutidos pela grande mídia. É um tipo
fazê-la. de acontecimento inquestionável, mesmo porque todos os
Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um detalhes já foram expostos na televisão, rádio e novas mídias.
apartamento: quando se assina a escritura, realiza-se o ato de Já o texto dissertativo argumentativo vai fazer uma
compra; para isso, é necessário poder (ter dinheiro) e querer reflexão maior sobre os temas. Os pontos de vista devem ser
ou dever comprar (respectivamente, querer deixar de pagar declarados em terceira pessoa, há interações entre os fatos que
aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, se aborda. Tais fatos precisam ser esclarecidos para que o
por exemplo). leitor se sinta convencido por tal escrita. Quem escreve uma
Algumas mudanças são necessárias para que outras se dissertação argumentativa deve saber persuadir a partir de
deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar sua crítica de determinado assunto. A linguagem jamais
um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Para ter um poderá deixar de ser objetiva, com fatos reais, evidências e
carro, é preciso antes conseguir o dinheiro. concretudes.

Narrativa e Narração São partes da dissertação: Introdução /


Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A Desenvolvimento / Conclusão.
narratividade é um componente narrativo que pode existir
em textos que não são narrações. A narrativa é a Introdução
transformação de situações. Por exemplo, quando se diz Em que se apresenta o assunto; se apresenta a ideia
“Depois da abolição, incentivou-se a imigração de europeus”, principal, sem, no entanto, antecipar seu desenvolvimento.
temos um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta um Tipos:
componente narrativo, pois contém uma mudança de situação:
do não incentivo ao incentivo da imigração europeia. - Divisão: quando há dois ou mais termos a serem
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de discutidos. Ex.: “Cada criatura humana traz duas almas
texto, o que é narração? consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três fora para dentro...”
características: - Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um
- é um conjunto de transformações de situação; fato presente. Ex.: “A crise econômica que teve início no
- é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e começo dos anos 80, com os conhecidos altos índices de
fatos concretos; inflação que a década colecionou, agravou vários dos
- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal históricos problemas sociais do país. Entre eles, a violência,
que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e principalmente a urbana, cuja escalada tem sido facilmente
posterioridade. identificada pela população brasileira.”
- Proposição: o autor explicita seus objetivos.
Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre - Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma
pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear coisa apresentada no texto. Ex.: Você quer estar “na sua”? Quer
da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo
romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas, cano! Faça parte desse time de vencedores desde a escolha
quando o narrador começa contando sua morte para em desse momento!

12 https://segredosdeconcurso.com.br/tipologia-textual/

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APOSTILAS OPÇÃO

- Contestação: contestar uma ideia ou uma situação. Ex.: Exposição de elementos que vão fundamentar a ideia
“É importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não principal que pode vir especificada através da argumentação,
é a solução no combate à insegurança.” de pormenores, da ilustração, da causa e da consequência, das
- Características: caracterização de espaços ou aspectos. definições, dos dados estatísticos, da ordenação cronológica,
- Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex.: “Em da interrogação e da citação. No desenvolvimento são usados
1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa
televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque de exposição da ideia.
aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, existem
no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) Conclusão
e 2.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais É uma avaliação final do assunto, um fechamento
recebidos). (...)” integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem
- Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. todas as ideias anteriormente desenvolvidas.
- Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto - Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese.
do texto. Ex.: “A principal característica do déspota encontra- - Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um
se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de
regras que definem a vida familiar, isto é, o espaço privado. Seu quem lê.
poder, escreve Aristóteles, é arbitrário, pois decorre
exclusivamente de sua vontade, de seu prazer e de suas É a retomada da ideia principal, que agora deve aparecer
necessidades.” de forma muito mais convincente, uma vez que já foi
- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação (um
compõem o texto. parágrafo). Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo
- Interrogação: questionamento. Ex.: “Volta e meia se faz a proposto na instrução, a confirmação da hipótese ou da tese,
pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entusiasmo pelo acrescida da argumentação básica empregada no
futebol não é uma prova de alienação?” desenvolvimento.
- Suspense: alguma informação que faça aumentar a
curiosidade do leitor. Exemplo:
- Comparação: social e geográfica.
- Enumeração: enumerar as informações. Ex.: “Ação à Redução da maioridade penal, grande falácia
distância, velocidade, comunicação, linha de montagem,
triunfo das massas, holocausto: através das metáforas e das O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que
realidades que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a é contrário à mudança na maioridade penal.
verdadeira doença do século...” Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um
- Narração: narrar um fato. crime bárbaro foi praticado por um adolescente, penalmente
irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP,
Deve conter a ideia principal a ser desenvolvida 104 do ECA e 228 da CF. A sociedade clama por maior
(geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura do texto, por segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas logo
isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá
dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do mais discussão, para reduzir para 14 ou 12 anos. Analisando a
desenvolvimento. Contém a proposição do tema, seus limites, legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam
ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida. idade menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma
Desenvolvimento como fazemos com os adultos, estamos admitindo que eles
É a argumentação da ideia inicial, de forma organizada e devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e
progressiva. É a parte maior e mais importante do texto. não lhes deu a proteção constitucional que é seu direito. A
Podem ser desenvolvidas de várias formas: prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator da
- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o,
este tipo de abordagem. para depois reintegrá-lo. Com a redução da menoridade penal,
- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
ideia principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam
definição. delitos contra o patrimônio ou por atuarem no tráfico de
- Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra
distintas. a vida. Afirmar que os adolescentes não são punidos ou
- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita,
pontos favoráveis e desfavoráveis. transforme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a
- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou impunidade, mas a falta de ação do Estado. Ao contrário do que
descrever uma cena. muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são
- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados punidos com muito mais rigor do que os adultos.
estatísticos. Apresentar propostas legislativas visando à redução da
- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para menoridade penal com a modificação do disposto no artigo
prováveis resultados. 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois
- Interrogação: toda sucessão de interrogações deve o artigo 60, § 4º, inciso IV de nossa Carta Magna não admite
apresentar questionamento e reflexão. que sejam objeto de deliberação de emenda à Constituição os
- Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos, direitos e garantias individuais, pois se trata de cláusula
valores, juízos. pétrea.
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos A prevenção à criminalidade está diretamente associada à
porquês de uma determinada situação. existência de políticas sociais básicas e não à repressão, pois
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. não é a severidade da pena que previne a criminalidade, mas
- Exemplificação: dar exemplos. sim a certeza de sua aplicação e sua capacidade de inclusão
social.
Dalio Zippin Filho é advogado criminalista. 10/06/2013
Texto publicado na edição impressa de 10 de junho de 2013

Língua Portuguesa 22
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APOSTILAS OPÇÃO

É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar Regras gramaticas para este tipo textual (Exposição)
sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos é um dos
recursos que permite uma segurança maior no momento de Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre:
dissertar sobre algum assunto. Debater e pesquisar são - Assuntos e fatos específicos;
atitudes que favorecem o senso crítico, essencial no - Expõe ideias;
desenvolvimento de um texto dissertativo. - Explica;
- Avalia;
Ainda temos: - Reflete.

Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que
assunto que vai ser abordado. haja sua opinião a respeito. Faz uso de linguagem clara,
Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do
discutido. indicativo.
Argumentação: é um conjunto de procedimentos
linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas Exemplos: Notícias Jornalísticas.
opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer
argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma Questões
determinada tese.
01. (IF Sertão/PE - Técnico em Laboratório de
Pontos Essenciais Informática - IF Sertão/PE/2016)
- toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade
de pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação; Texto V
- em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao tema; A borboleta e a chama
- a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
- impõem-se sempre o raciocínio lógico; Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite
- a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela
ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la,
do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve ser Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu
impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa). aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em
direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente
Texto Injuntivo caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que
as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas — Que aconteceu comigo? - pensou ela. Mas não conseguiu
mais variadas situações, como por exemplo quando entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto
adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de
manual de instruções para o funcionamento, ou quando vamos juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo
fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando lemos novamente.
a bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama,
Os textos injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu
ditam normas, nos instruem.13 queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina
chama.
Regras gramaticais para este tipo de texto (Injunção): — Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei
Como são textos que expressão ordem, normas, instruções que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei
tem como característica principal a utilização de verbos no a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi,
imperativo. Pode ser classificado de duas formas: tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma perigosa.
indicação e não uma ordem. — Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol,
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles
dada no texto é uma imposição. que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são
queimados.
Exemplos: Leonardo Da Vinci

Manual de instruções de um computador Analise as proposições do texto em relação à tipologia e


gênero textual:
“[...] Não instale nem use o computador em locais muito 1. A Fábula é uma Tipologia textual e não um gênero de
quentes, frios, empoeirados, úmidos ou que estejam sujeitos a texto;
vibrações. Não exponha o computador a choques, pancadas ou 2. O gênero textual fábula pertence à tipologia narrativa;
vibrações, e evite que ele caia, para não prejudicar as peças 3. O Gênero e a tipologia textual se definem igualmente
internas [...]”. 4. São características que definem a fábula: os animais que
falam e uma linguagem erudita
Texto Expositivo
Assinale a alternativa correta:
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre (A) 1 e 2
determinado assunto, informa e esclarece sem a emissão de (B) 1, 2 e 3
qualquer opinião a respeito, é um texto expositivo. (C) 2 e 4
(D) Apenas 2
(E) Todas estão corretas

13 http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/tipologia-
textual

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APOSTILAS OPÇÃO

02. (Pref. de Lauro Muller/SC - Professor de Pedagogia 03. (Câmara Santa Rosa/RS - Procurador Jurídico -
- Pref. de Lauro Muller/SC/2016) Este texto é referente à INST.EXCELENCIA/2017)
questão.
Retrato
BRUXAS NÃO EXISTEM Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres nem estes olhos tão vazios,
malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas nem o lábio amargo.
perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A
prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona Eu não tinha estas mãos sem força,
que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa tão paradas e frias e mortas;
rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de eu não tinha este coração
“bruxa”. que nem se mostra.
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam
palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no Eu não dei por esta mudança,
queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos tão simples, tão certa, tão fácil:
entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos - Em que espelho ficou perdida
isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande a minha face?
caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José
Aguilar, 1958.
meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e
quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no
Para expressar as mudanças físicas de seu corpo e como o
pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando
mesmo se encontra depois delas, o eu lírico utiliza
"bruxa, bruxa!".
predominantemente os recursos da:
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A
(A) Narração.
quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo
(B) Descrição.
descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O
(C) Dissertação.
que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela
(D) Nenhuma das alternativas.
manhã, e talvez por esquecimento, ela deixará aberta a janela
da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder,
04. (Pref. Cruzeiro/SP - Professor Língua Portuguesa -
levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com
INST.EXCELENCIA/2016) São várias as situações
muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-
comunicativas cotidianas, sejam elas orais ou escritas. O
lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.
dinamismo da comunicação é responsável pela criação dos
- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa
diversos gêneros textuais, mas, antes deles, existem os tipos
apareça. E ela apareceu. No momento exato em que,
textuais, estruturas nas quais os gêneros se apoiam. Os
finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a
aspectos constitutivos de um texto divergem mediante a
porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo
finalidade do texto: contar, descrever, argumentar, informar,
de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o
etc. Um único texto pode apresentar passagens de vários tipos
último.
de texto. A tipologia textual apresenta características
E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e
intrínsecas, como vocabulário, relações lógicas, tempos
caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive
verbais, construções frasais e outras peculiaridades inscritas
dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas
em, basicamente, cinco tipos.
não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas
com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura
Assinale a alternativa CORRETA.
a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher
(A) Narração; Dissertação; Descrição; Exposição; Injunção.
sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
(B) Conjunção; Dissertação; Descrição; Exposição;
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de
Comunicação.
raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou.
(C) Comunicação; Conjunção; Dissertação; Descrição;
Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma
Exposição.
habilidade surpreendente.
(D) Narração; Descrição; Injunção; Exposição; Coesão;
- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito.
Dissertação.
Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos,
trabalhei em hospital. Confie em mim.
05. (João Pessoa/PB - Técnico Controle Interno -
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e
CESPE/2018)
com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me
a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha
casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe.
Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico
engessou minha perna e em poucas semanas eu estava
recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E
tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em
minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana
Custódio.
(SCLIAR, Moacyr. In: revista Nova Escola, seção Era uma vez. São Paulo:
Abril, agosto de 2004).
Este texto “Bruxas não existem”, se encaixa na tipologia
textual de:
(A) Descrição.
(B) Narração.
(C) Dissertação.
(D) Nenhuma das alternativas.

Língua Portuguesa 24
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APOSTILAS OPÇÃO

Acerca das propriedades linguísticas do texto precedente, A Fala


julgue o item subsequente.
O texto apresentado combina elementos das tipologias É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato
expositiva e injuntiva. individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala,
( ) Certo ( ) Errado pode escolher os elementos da língua que lhe convém,
conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a
Gabarito situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente
sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade
01. D / 2. B / 3.B / 04.A / 05.CERTO da língua, há uma grande diversificação nos mais variados
níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala,
conhece também o que os outros falam; é por isso que somos
Linguagem verbal e não capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de
verbal; cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja
exatamente como a nossa.

LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA Níveis da fala


Devido ao caráter individual da fala, é possível observar
14Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois alguns níveis:
meios de comunicação distintos. A escrita representa um - Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das
estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações
espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua informais. Esse nível da fala é mais espontâneo e ao utilizá-lo,
totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não
algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua com as regras formais estabelecidas pela língua.
escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim - Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se
com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, regras gramaticais estabelecidas pela língua.
mas existem usos diferentes da língua devido a diversos
fatores. Diferenças entre Língua Falada e Língua Escrita
1) Língua Falada:
Fatores que Influenciam a Fala - Palavra sonora;
- Requer a presença dos interlocutores;
Fatores Regionais - Ganha em vivacidade;
É possível notar a diferença do português falado por um - É espontânea e imediata;
habitante da região nordeste e outro da região sudeste do - Uso de palavras-curinga, de frases feitas;
Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no - É repetitiva e redundante;
uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há - O contexto extralinguístico é importante;
diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na - A expressividade permite prescindir de certas regras;
capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado. - A informação é permeada de subjetividade e influenciada
pela presença do interlocutor.
Fatores Culturais - Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos,
O grau de escolarização e a formação cultural de um entorno físico e psíquico.
indivíduo também são fatores que colaboram para os
diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a 2) Língua Escrita:
língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve - Palavra gráfica;
acesso à escola. - É mais objetiva;
- É possível esquecer o interlocutor;
Fatores Contextuais - É mais sintética;
Nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que - A redundância é um recurso estilístico;
nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, - Comunicação unilateral;
não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos - Ganha em permanência;
discursando em uma solenidade de formatura. - Mais correção na elaboração das frases;
- Evita a improvisação;
Fatores Profissionais - Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais
O exercício de algumas atividades requer o domínio de de pontuação;
certas formas de língua chamadas línguas técnicas. - É mais precisa e elaborada;
Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso - Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos;
praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, - O contexto extralinguístico tem menos influência;
químicos, profissionais da área de direito e da informática,
biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas. Registros da Língua Falada
Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou
Fatores Naturais padrão e a coloquial ou popular.
O uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores A linguagem coloquial também aparece nas gírias, na
naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos regionalismos e
da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem dialetos. Variações que são explicadas por vários fatores:
infantil e linguagem adulta. - Diversidade de situações em que se encontra o falante,
como por exemplo uma solenidade ou uma festa entre amigos.

14http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman4.php
http://www.vestibular1.com.br/redacao/red020.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

- Grau de instrução do falante e também do ouvinte. Tipos de Funções da Linguagem


- Grupo a que pertence o falante, sendo o fator
determinante para a formação da gíria. O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou
- Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar as seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
de um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas
diferenças constituem os regionalismos e os dialetos. 1) Função Referencial: a linguagem que serve para
informar.
Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. - O referente é o centro da mensagem.
Quando as diferenças regionais não são suficientes para - O assunto da mensagem é o objeto, sempre de forma clara
constituir um dialeto, utiliza-se os termos regionalismos ou e objetiva.
falares para designá-las. E as pichações têm características da - Marcas gramaticais e discursivas, impessoalidade,
linguagem falada. denotação, frases declarativas, e uso da 3ª pessoa.
- Esta função é encontrada em textos jornalísticos,
A Língua Falada como Recurso Literário científicos, didáticos. Ex.: “Estados Unidos invadem o Iraque”,
A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais no qual tem como finalidade informa-nos sobre um
explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao acontecimento do mundo.
texto. Observação: a função referencial da linguagem tem
Observe, no trecho seguinte, algumas das características importância central na vida das pessoas, consideradas
da língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões individualmente ou como grupo social. Para cada indivíduo,
populares e regionais; incorreções gramaticais (erros na ela permite conhecer o mundo; para o grupo social, possibilita
conjugação verbal e colocação de pronomes) e repetições. o acúmulo de conhecimentos e a transferência de experiências.
Exemplo: Por meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
É a função referencial que permite a realização do trabalho
“– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, coletivo e operar bem essa função da linguagem possibilita que
mas a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. cada indivíduo continue sempre a aprender.
Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das A função referencial também costuma ser chamada de
outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse função denotativa ou informativa, pois seu principal propósito
doença, e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é fazer com que as palavras revelem, da maneira mais clara
é mesmo que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de possível, as coisas ou os eventos a que fazem referência.
Domício era de quem falava para se confessar:
– Desgosto eu tenho, pra que negar?... “ 2) Função Conativa: a linguagem que serve para
(Pedra Bonita, de José Lins do Rego) influenciar e ser influenciado.
- O receptor é o centro da mensagem, na qual ele é
Além dos dois grandes níveis da língua (culta e coloquial),
estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.
os registros escritos são tão distintos quanto as necessidades
- Normalmente o interlocutor é conduzido a adotar uma
humanas de comunicação. Destacam-se, entre eles, os
determinada postura.
registros jornalísticos, jurídicos, científicos, literários e
- É um texto normalmente claro e objetivo que visa à
epistolares.
persuasão.
- Algumas marcas gramaticais: verbos e pronomes de 2ª
pessoa (ou 3ª pessoa - você), vocativos, imperativos,
Funções da linguagem; perguntas ao interlocutor etc.
- É a linguagem das músicas e dos poemas românticos, das
propagandas e afins.
Ex. “Vem pra Caixa você também.”
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
3) Função Emotiva: a linguagem que serve para expressar
A linguagem vai muito além do que imaginamos, pois a subjetividade.
apresenta determinadas funções dentro do processo - Centro da mensagem é o “eu”, aparece os sentimentos.
comunicativo. - Expressão de emoções, sentimentos, atitudes.
As funções da linguagem tratam do relevo dado a um dos - Pessoalidade e subjetividade.
elementos da comunicação, ao qual compõe: - Verbos e pronomes de 1ª pessoa, exclamação,
- Emissor: o que emite a mensagem. interjeições, vocativos, reticências.
- Receptor: o que recebe a mensagem. - Linguagem romântica e poemas.
- Mensagem: o conjunto de informações transmitidas. Ex. “Eu fico possesso com isso!”
- Código: a combinação de signos utilizados na transmissão
de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o 4) Função Fática: a linguagem que serve para criar e
receptor souber decodificar a mensagem. manter laços sociais.
- Canal de Comunicação: por onde a mensagem é - Centro da mensagem (contato).
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… - Estabelece ou encerra o contato entre o emissor e o
- Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também receptor (cumprimentos, saudações, etc.).
chamado de referente. - Ocorre interação verbal.
Podendo variar de acordo com a proposta ou intento do - Marcas linguísticas: “Boa tarde. Oi. Tudo bem. Tchau”.
texto. É certo também que um texto pode apresentar mais de
uma função da linguagem, que é o concorre com a função 5) Função Metalinguística: a linguagem que serve para
predominante. Assim organizamos a linguagem de tal modo a falar sobre a própria linguagem:
atender nossa finalidade. E lembramos que para cada - Comunicação é o centro da mensagem, usa-se um signo
elemento da comunicação, há uma função da linguagem.15 para explicar a si próprio, ele é instrumento de explicação.
- Esclarecedora, reflexiva, discute o processo discursivo,

15 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

usa-se a linguagem para falar sobre ela própria. comunicação.


- Encontramos em poemas que falam sobre o fazer poético Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era
(metapoema), sambas que abordam esse gênero musical, desenvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta -
filmes que discutem o cinema, palavras usadas para explicar alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro
outras em dicionários, narradores que refletem sobre a arte de escuta em silêncio, etc.). Exemplo;
narrar (metanarração) etc.
Exemplo:
– “Samba, / Eterno delírio do compositor / Que nasce da ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
alma, sem pele, sem cor (...)”
(Fundo de Quintal) Emissor emite, codifica a mensagem
6) Função Poética: a linguagem que serve como fonte de Receptor recebe, decodifica a mensagem
prazer:
- Destaque na forma construída, criativa e inusitadamente. Mensagem conteúdo transmitido pelo emissor
- Utiliza vários recursos gramaticais: figuras de linguagem,
conotação, neologismos, construções estruturais não conjunto de signos usado na transmissão e
convencionais, polissemia etc. Código
recepção da mensagem
- É a linguagem dos poemas e prosas poéticas (literária),
da publicidade criativa e afins.16 Referente contexto relacionado a emissor e receptor
Neste tipo de função brincamos com as palavras. Os jogos
com o sentido e os sons são formas de tornar a linguagem um Canal meio pelo qual circula a mensagem
lugar de prazer. Assim divertimo-nos com eles. Manipulamos
as palavras para delas extrairmos satisfação.
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz Porém, com recentes estudos linguísticos, tal teoria sofreu
“Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase certa modificação, pois, chegou-se à conclusão de que ao se
shakespeariana “To be or not to be”. tratar da parole (sentido individual da língua), entende-se que
Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando soube é um veículo democrático (observe a função fática), assim,
que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução
ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: “É a primeira (diálogo interativo):
vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos”.
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel Locutor quem fala (e responde)
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Locutário quem ouve e responde
“capital”, “dinheiro”.
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, Interlocução diálogo
com significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio
Guimarães:
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais,
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer faciais etc. Por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de As atitudes e reações dos comunicantes são também
consciência e bata em retirada.” referentes e exercem influência sobre a comunicação.
(Folha de S. Paulo)
Lembramo-nos:
Observe então que a linguagem pode ser usada
utilitariamente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é - Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no “eu”
utilizada para informar, para influenciar, para manter os laços do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta função
sociais, etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de está, por norma, a poesia lírica.
descoberta de sentidos. Em função estética, o mais importante - Função apelativa (imperativa): com este tipo de
é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo, pelo mensagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este
arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc. assuma determinado comportamento; há frequente uso do
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é
Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
/b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos: - Função metalinguística: função usada quando a língua
explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de
E o bosque estala, move-se, estremece... um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintáticos e/ou
Da cavalgada o estrépito que aumenta semânticos).
Perde-se após no centro da montanha... - Função informativa (ou referencial): função usada
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed. quando o emissor informa objetivamente o receptor de uma
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos . realidade, ou acontecimento.
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção
Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos
ocorre no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos publicitários (centra-se no canal de comunicação).
cavalos aumenta. - Função poética: embeleza, enriquecendo a mensagem
Quando se usam recursos da própria língua para com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos
acrescentar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se agradáveis, etc.
que estamos usando a linguagem em sua função poética.
Também podemos pensar que as primeiras falas
No entanto para a melhor compreensão das funções de conscientes da raça humana ocorreram quando os sons
linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da emitidos evoluíram para o que podemos reconhecer como

16 Idem, 1.

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APOSTILAS OPÇÃO

“interjeições”. As primeiras ferramentas da fala humana. através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa
mais profundamente distingue o homem dos outros animais. injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de
Podemos considerar que o desenvolvimento desta função olhar em torno e esperar que, através de um processo
cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos
da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela
par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao
facial. assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no
Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada ato de escrever, pode surgir o inesperado.
e escrita, o homem, aprendendo pela observação de animais, MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia.
desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em das Letras, 1991.
diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre
surdos, mas também para utilizar em situações especiais, Predomina nesse texto a função da linguagem que se
como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se constitui
encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem (A) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.
observar entre si. (B) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
(C) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
Questões (D) no papel da vida do cronista no processo de escrita da
crônica.
01. (E) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio
Alô, alô, Marciano de uma crônica.
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar, estamos em guerra 04. Sempre que há comunicação há uma intenção, o que
Você não imagina a loucura determina que a linguagem varie, assumindo funções. A função
O ser humano tá na maior fissura porque da linguagem predominante no texto com a respectiva
Tá cada vez mais down o high society [...] característica está expressa em:
(LEE, Rita. CARVALHO, Roberto) (A) referencial - presença de termos científicos e técnicos.
(B) expressiva - predominância da 1ª pessoa do singular.
Os dois primeiros versos do texto fazem referência à (C) fática - uso de cumprimentos e saudações.
função da linguagem cujo objetivo dos emissores é apenas (D) apelativa - emprego de verbos flexionados no
estabelecer ou manter contato de comunicação com seus imperativo.
receptores. Nesses versos, a linguagem está empregada em
função Gabarito
(A) expressiva. 01.E / 02.B / 03.E / 04.D
(B) apelativa.
(C) referencial. Comentários
(D) poética.
(E) fática. 01. E
Função Fática (centralizada no Canal): Representa um
02. diálogo; demonstra querer chamar a atenção. Ex: Alô! Psiu!
SONETO DE MAIO Ruídos.
Suavemente Maio se insinua
Por entre os véus de Abril, o mês cruel 02. B
E lava o ar de anil, alegra a rua A função da linguagem utilizada nos poemas, geralmente,
Alumbra os astros e aproxima o céu. é a poética – valorização da mensagem em si, revelando um
Até a lua, a casta e branca lua cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das
Esquecido o pudor, baixa o dossel palavras, com o jogo de ideias. Mas, como não há tal opção nas
E em seu leito de plumas fica nua alternativas, a que mais se relaciona com o poema é a emotiva
A destilar seu luminoso mel. - valorização do “eu”; a linguagem está centrada no próprio
Raia a aurora tão tímida e tão frágil emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções.
Que através do seu corpo transparente
Dir-se-ia poder-se ver o rosto 03. E
Carregado de inveja e de presságio Sem dúvida, Vinícius ao falar sobre as dificuldades de se
Dos irmãos Junho e Julho, friamente escrever uma crônica, faz, ele também uma crônica, uma vez
Preparando as catástrofes de Agosto... que esta é um gênero narrativo, no qual o narrador aborda um
(Vinícius de Moraes) tema cotidiano e atual sob um olhar diferente.

Em um poema, é possível afirmar que a função de 04. D


linguagem está centrada na: A alternativa “D” é a correta porque a “função apelativa”
(A) Função fática. chama a atenção do leitor. A ênfase está diretamente vinculada
(B) Função emotiva ou expressiva. ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o
(C) Função conativa ou apelativa. a assumir um determinado comportamento. A presente
(D) Função denotativa ou referencial. modalidade encontra-se presente na linguagem publicitária de
uma forma geral e traz como característica principal, o
03. O exercício da crônica emprego dos verbos no modo imperativo.
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, Na “A” “função referencial” - Ocorre quando o objetivo do
como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua
este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, predominância atém-se a textos científicos, técnicos ou
azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico,
coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, olha

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APOSTILAS OPÇÃO

documentos oficiais e correspondências comerciais. A marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na


linguagem neste caso é essencialmente objetiva, razão pela linguagem oral coloquial.
qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular, - A redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis
conferindo-lhe total impessoalidade por parte do emissor. (Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas
Na “B” “função expressiva” - há um envolvimento pessoal típicas de pessoas de baixa condição social.
do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, - A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das
inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio
“eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal, Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na
são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes linguagem caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster,
acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pastel; faróu, farór, farol.
pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e - Deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato,
interjeições. preguntar, estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa
Na “C” – “função fática” - O objetivo do emissor é condição social.
estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a
mensagem de forma autêntica, ou ainda visando prolongar o Variações Morfológicas
contato. Há o predomínio de expressões usadas nos São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra.
cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não são tão
em outras situações em que se testa o canal de comunicação numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são
(Está me ouvindo?). desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:
- O uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar
o superlativo de adjetivos, recurso muito característico da
linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de
Variedades linguísticas; humaníssimo), uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima),
um carro hiperpossante (em vez de possantíssimo).
- A conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se
ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
Todas as pessoas que falam uma determinada língua - A conjugação de verbos regulares pelo modelo de
conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia).
podem sofrer variações devido à influência de inúmeros - Uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-
fatores. Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha
outras vezes bastante evidentes, recebem o nome genérico de (o champanha), tive muita dó dela (muito dó, mistura do cal /
variedades ou variações linguísticas. da cal).
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os - A omissão do “s” como marca de plural de substantivos e
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os
Sabe-se que, numa mesma língua, há formas distintas para livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
traduzir o mesmo significado dentro de um mesmo contexto. - O enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero
Suponham-se, por exemplo, os dois enunciados a seguir: que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas
eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer;
1º Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz Não é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que
tempo. eu.
2º Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos.
Variações Sintáticas
Qualquer falante do português reconhecerá que os dois Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase.
enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo sentido, No domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas
mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, que as diferenças entre uma variante e outra. Como exemplo,
o segundo é de uma pessoa mais “estudada”. podemos citar:
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem saber - O uso de pronomes do caso reto com outra função que
dar grandes explicações, as pessoas têm noção de que existem não a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua;
muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que os teóricos não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu
chamam de variações linguísticas. (em vez de ti) e ele.
As variações que distinguem uma variante de outra se - O uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em
manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico, vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
morfológico, sintático e lexical. - a ausência da preposição adequada antes do pronome
relativo em função de complemento verbal: são pessoas que
Tipos de Variações Linguísticas (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que
(em vez de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em
Variações Fônicas que) eu mais confio.
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons - A substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de”
abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os domínios com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a
em que se percebe com mais nitidez a diferença entre uma família dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
variante e outra. Entre esses casos, podemos citar: - A mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo
- A queda do “r” final dos verbos, muito comum na quando se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero
linguagem oral no português: falá, vendê, curti (em vez de falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em
curtir), compô. vez de tua) voz me irrita.
- O acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me - Ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles
alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou
clássica, hoje frequentes na fala caipira. naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
- A queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava,

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APOSTILAS OPÇÃO

Variações Léxicas jornalistas é comum o uso do verbo repercutir como transitivo


É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes do direto: __ Vá lá repercutir a notícia de renúncia! (esse uso é
plano do léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas considerado errado pela gramática normativa).
e caracterizam com nitidez uma variante em confronto com
outra. Eis alguns, entre múltiplos exemplos possíveis de citar: - Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não
- A escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito deseja ser entendido por outros grupos ou que pretende
para formar o grau superlativo dos adjetivos, características marcar sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de
da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; grupos marginalizados, de grupos jovens e de segmentos
maior difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado. sociais de contestação, sobretudo quando falam de atividades
- As diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, proibidas. A lista de gírias é numerosíssima em qualquer
às vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de língua: ralado (no sentido de afetado por algum prejuízo ou
lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo má-sorte), ir pro brejo (ser malsucedido, fracassar, prejudicar-
que no Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila se irremediavelmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa),
no Brasil, em Portugal chamam de bicha; café da manhã em bicha (homossexual masculino), levar um lero (conversar).
Portugal se diz pequeno almoço; camisola em Portugal traduz
o mesmo que chamamos de suéter, malha, camiseta. - Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico
excessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez
Designações das Variantes Lexicais de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em
isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em vez de
É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década casamento); chufa (em vez de caçoada, troça).
de 60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz
gatinha ou forma semelhante), e um homem bonito era um - Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso
pão; na linguagem antiga, médico era designado pelo nome de um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de
físico; um bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de quem diz, por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido),
refrigerante usava-se gasosa; algo muito bom, de qualidade se ferrou (em vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de
excelente, era supimpa. cheirar mal), ranho (em vez de muco, secreção do nariz).

- Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de Atenção: as variações mais importantes, para o interesse
palavras recém-criadas, muitas das quais mal ou nem do concurso público são: a sociocultural, a geográfica, a
entraram para os dicionários. A moderna linguagem da histórica e a de situação.
computação tem vários exemplos, como escanear, deletar,
Assim vejamos:
printar; outros exemplos extraídos da tecnologia moderna são
- Sociocultural: esse tipo de variação pode ser percebido
mixar (fazer a combinação de sons), robotizar, robotização.
com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase:
- Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.”
emprestadas de outra língua, que ainda não foram
(frase 1)
aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem jurídica,
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos
tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o corpo” ou,
caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado?
mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo
Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um
próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis litteris (textualmente,
garimpeiro? Um repórter de televisão?
“com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo grosseiro”,
E quem usaria a frase abaixo?
“impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com
sua permissão”).
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.”
As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight
(frase 2)
(compreensão repentina de algo, uma percepção súbita),
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes
feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing
a grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que,
(conjunto de informações básicas), jingle (mensagem
muitas vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou,
publicitária em forma de música).
quando muito, fizeram-no em condições não adequadas.
Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que
não se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours
tiveram possibilidades socioeconômicas melhores e puderam,
(“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête
por isso, ter um contato mais duradouro com a escola, com a
(palestra particular entre duas pessoas), esprit de corps
leitura, com pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa
(“espírito de corpo”, corporativismo), menu (cardápio), à la
forma, “aperfeiçoaram” o seu modo de utilização da língua.
carte (cardápio “à escolha do freguês”), physique du rôle
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita
(aparência adequada à caracterização de um personagem).
acima está bastante simplificada, uma vez que há diversos
outros fatores que interferem na maneira como o falante
- Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional
escolhe as palavras e constrói as frases. Por exemplo, a
como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. No
situação de uso da língua: um advogado, num tribunal de júri,
jargão médico temos uso tópico (para remédios que não devem
jamais usaria a expressão “tá na cara”, mas isso não significa
ser ingeridos), apneia (interrupção da respiração), AVC ou
que ele não possa usá-la numa situação informal (conversando
acidente vascular cerebral (derrame cerebral). No jargão
com alguns amigos, por exemplo).
jornalístico chama-se de gralha, pastel ou caco o erro
Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que
tipográfico como a troca ou inversão de uma letra. A palavra
as condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos,
lide é o nome que se dá à abertura de uma notícia ou
gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma
reportagem, onde se apresenta sucintamente o assunto ou se
mesma língua. A elas damos o nome de variações
destaca o fato essencial. Quando a lide é muito prolixa, é
socioculturais.
chamada de nariz-de-cera. Furo é notícia dada em primeira
mão. Quando o furo se revela falso, foi uma barriga. Entre os
- Geográfica: no Brasil pode ser considerada a mais

Língua Portuguesa 30
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APOSTILAS OPÇÃO

abrangente e é facilmente notada. Ela se caracteriza pelo circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há
acento linguístico, que é o conjunto das qualidades fisiológicas trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento
do som (altura, timbre, intensidade), por isso é uma variante impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e
cujas marcas se notam principalmente na pronúncia. Ao combinações.
conjunto das características da pronúncia de uma Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma
determinada região dá-se o nome de sotaque: sotaque palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la.
mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu
geográfica, além de ocorrer na pronúncia, pode também ser avô; talvez ele não entenda o que você diz.
percebida no vocabulário, em certas estruturas de frases e nos O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet,
sentidos diferentes que algumas palavras podem assumir em a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática,
diferentes regiões do país. a dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a
abaixo, em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico,
a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas: o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a
apartheid, o som pop, as estruturas e a infraestrutura.
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo,
Mangolô!]. a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha,
__ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não o mas media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem.
faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o
moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a
foras d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a
de fazer bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou Sudene, o Incra, a Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU.
percurando é sossego...” Estão reclamando, porque não citei a conotação, o
conglomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM,
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra
Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a elétrica.
forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas. Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra
Essas alterações recebem o nome de variações históricas. tensora, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster,
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo,
Andrade. Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, carnet da girafa, poluição.
mostra como a língua vai mudando com o tempo. No texto I, ele Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos
fala das palavras de antigamente e, no texto II, fala das palavras fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa
de hoje. microrranhuras. Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos
super congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV
Texto I Rodoviária. Argh! Pow! Click!
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás,
Antigamente ou mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a
aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram consumo geral. A enumeração caótica não é uma invenção
todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos os dias. Entre
primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos,
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas finalmente, mas com que significado?
ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa,
Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra
freguesia. (...) Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, - De Situação: aquelas que são provocadas pelas
saindo para tomar a fresca; e também tomava cautela de não alterações das circunstâncias em que se desenrola o ato de
apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e comunicação. Um modo de falar compatível com determinada
mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de alteia. Ou situação é incompatível com outra.
sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se Ex.: Ô mano, ta difícil de te entendê.
metiam em camisas de onze varas, e até em calças pardas; não
admira que dessem com os burros n’agua. Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em
(...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos situação informal, não tem cabimento se o interlocutor é o
queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a professor em situação de aula.
mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme
tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes da
desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, insinuavam que linguagem culta, que servem invariavelmente de uma
seu filho era artioso. Verdade seja que às vezes os meninos eram linguagem formal, sendo, por isso mesmo, considerados
mesmo encapetados; chegavam a pitar escondido, atrás da excessivamente formais ou afetados.
igreja. As meninas, não: verdadeiros cromos, umas teteias. São muitos os fatores de situação que interferem na fala de
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam princípio ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, como falaria de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha
mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam. presenciado), o ambiente físico em que se dá um diálogo (num
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora. templo não se usa a mesma linguagem que numa sauna), o
grau de intimidade entre os falantes (com um superior, a
Texto II linguagem é uma, com um colega de mesmo nível, é outra), o
grau de comprometimento que a fala implica para o falante
Entre Palavras (num depoimento para um juiz no fórum escolhem-se as
palavras, num relato de uma conquista amorosa para um
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – colega fala-se com menos preocupação).

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As variações de acordo com a situação costumam ser cálculos conjunto-políticos ou políticos-conjugais, como melhor
chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de nome haja.
estilo e são classificadas em duas grandes divisões: - Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador.
- Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão - Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
sobre o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Ática, 2002, p.
É na linguagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é 43.
mais tenso.
- Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com O narrador introduz a fala das personagens, um pai e um
despreocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão filho, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas e as
sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e deixa falar. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao
familiar que esse estilo melhor se manifesta. narrador (por exemplo, disse João Aguiar com um tom de
Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um ressentimento que faz pasmar o comendador) e as falas, às
pequeno trecho da gravação de uma conversa telefônica entre personagens, (por exemplo, Meu pai!).
duas universitárias paulistanas de classe média, transcrito do O discurso direto é o expediente de citação do discurso
livro Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. As reticências alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e,
indicam as pausas. depois, reproduz literalmente a fala dele.

Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem As marcas do discurso direto são:
dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica - A fala das personagens é, de princípio, anunciada por um
assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um verbo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e
menino lá que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo começou a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer”
até duas hora da manhã ele me explicando toda a matéria de (como: recrutar, retorquir, afirmar, declarar e outros do
economia, das nove da noite. mesmo tipo), que pode vir antes, no meio ou depois da fala das
personagens (no nosso caso, veio depois);
Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia - A fala das personagens aparece nitidamente separada da
nem com a continuidade das ideias, nem com a escolha das fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vírgula;
palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho da - Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras
gravação de uma aula de português de uma professora que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes
universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro de Dinah demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados
Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. As em relação à pessoa da personagem, ao momento em que ela
pausas são marcadas com reticências. fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o aqui e o tempo
em que fala é o agora.
O que está ocorrendo com nossos alunos é uma
fragmentação do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e Discurso Indireto
fica com uma série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não
sabe vincular a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido Observemos um fragmento do mesmo conto de Machado
também para a faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de Assis:
de conceitos teóricos... que têm nomes bonitos e sofisticados...
mas que... na hora de serem empregados... deixam muito a “Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizendo-lhe
desejar... que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe haver
mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá estivera.”
Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau Idem. Ibidem, p. 48.
de formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas
trata-se de um estilo bem mais formal e vigiado que a do Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a
exemplo anterior. Serafina, usa o outro procedimento: não reproduz literalmente
as palavras de Tavares, mas comunica, com suas palavras, o
que a personagem diz. A fala de Tavares não chega ao leitor
diretamente, mas por via indireta, isto é, por meio das palavras
Tipos de discurso; do narrador. Por essa razão, esse expediente é chamado
discurso indireto.

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE


As principais marcas do discurso indireto são:
Num texto, as personagens falam, conversam entre si, - As falas das personagens também vêm introduzidas por
expõem ideias. Quando o narrador conta o que elas disseram, um verbo de dizer;
insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria, cita o - As falas das personagens constituem oração subordinada
discurso alheio. Há três maneiras principais de reproduzir a substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, portanto, são
fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o separadas da fala do narrador por uma partícula introdutória
discurso indireto livre. normalmente “que” ou “se”;
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras
Discurso Direto que indicam espaço e tempo (como pronomes demonstrativos
e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação ao
“Longe do olhos...” narrador, ao momento em que ele fala e ao espaço em que está.

- Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimento Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indireto
que fez pasmar o comendador.
- Que é? Perguntou este. Pedro disse:
João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a testa - Eu estarei aqui amanhã.
e interrogou o roto mudo do filho. Não leu, mas adivinhou
alguma coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para os

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APOSTILAS OPÇÃO

No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o “aqui” Joaquim disse: - Compro tudo isso.
é o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o dia seguinte - Joaquim disse que comprava tudo isso.
ao que ele fala. Se passarmos essa frase para o discurso
indireto ficará assim: Joaquim disse: - Comprei tudo isso.
- Joaquim disse que comprara tudo isso.
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte.
Joaquim disse: - Comprarei tudo isso.
No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque há alguém - Joaquim disse que compraria tudo isso.
de quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: é um
tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador (disse), e Discurso Indireto Livre
não ao presente da fala do personagem, como estarei; lá é o
espaço em que a personagem (e não o narrador) havia de “(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar
estar; no dia seguinte é o dia que vem após o momento da fala o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de
da personagem designada por ele. costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a
Na passagem do discurso direto para o indireto, deve-se explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
observar as frases que no discurso direto tem as formas Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim
interrogativas, exclamativa ou imperativa. Elas convertem-se, senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha
no discurso indireto, em orações declarativas. miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se
descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida
Ela me perguntou: quem está aí? inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada!
Ela me perguntou quem estava lá. Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar
carta de alforria!”
As interjeições e os vocativos do discurso direto Graciliano Ramos. Vidas secas. 28ª Ed. São Paulo, Martins,
desaparecem no discurso indireto ou tem seu valor semântico 1971, p. 136.
explicitado, isto é, traduz-se o significado que elas expressam.
Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do narrador e
O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa. a de Fabiano. Não há indicadores que delimitem muito bem
O papagaio disse admirado (explicitação do valor onde começa a fala do narrador e onde se inicia a da
semântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa. personagem. Não se tem dúvida de que no período inicial está
traduzida a fala do narrador.
Se o discurso citado (fala da personagem) comporta um A bem verdade, até não se conformou (início do segundo
“eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas do parágrafo), é a voz do narrador que está comandando a
discurso citante (fala do narrador), eles são convertidos num narrativa. Na oração devia haver engano, já começa haver uma
“ele”, se o discurso citado contém um “aqui” não corresponde mistura de vozes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais,
ao lugar em que foi proferido o discurso citante, ele é não há nenhuma pista para se concluir, que a voz de Fabiano é
convertido num “lá”. que esteja sendo citada; sob o ponto de vista do significado,
porém, pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele.
Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem. Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor, via-
se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com
Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no certeza havia um erro no papel do branco.” Pelo conteúdo de
discurso citante) converte-se em ele; aqui (espaço do discurso verdade é pelo modo de dizer, tudo nos induz a vislumbrar aí
citado que é diferente do lugar em que foi proferido o discurso a voz de Fabiano ecoando por meio do discurso do narrador.
citante) transforma-se em lá: É como se o narrador, sem abandonar as marcas
linguísticas próprias de sua fala, estivesse incorporando as
- Pedro disse que lá ele se sentia bem. reclamações e suspeitas da personagem, a cuja linguagem
pertencem expressões do tipo bruto, sim senhor e a mulher
Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da tinha miolo. Até a repetição de palavras e certa entonação
personagem (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso presumivelmente exclamativa confirmam essa inferência.
citante, ela ocupa o estatuto que tem nesse último. Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre,
confrontemos uma frase do texto com a correspondente em
Maria declarou-me: - Eu te amo. discurso direto e indireto:

O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do citante.


Por isso, “te” passa a “me”: - Discurso Indireto Livre
- Maria declarou-me que me amava. Estava direito aquilo?

No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o verbo - Discurso Direto
de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. Quando o Fabiano perguntou: - Está direito isto?
verbo de dizer estiver no presente e o da fala da personagem
estiver no presente, pretérito ou futuro do presente, os tempos - Discurso Indireto
mantêm-se na passagem do discurso direto para o indireto. Se Fabiano perguntou se aquilo estava direito
o verbo de dizer estiver no pretérito perfeito, as alterações que
ocorrerão na fala da personagem são as seguintes: Essa forma de citação do discurso alheio tem
características próprias que são tanto do discurso direto
Discurso Direto – Discurso Indireto quanto do indireto. As características do discurso indireto
Presente – Pretérito Imperfeito livre são:
Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito - Não há verbos de dizer anunciando as falas das
Futuro do Presente – Futuro do Pretérito personagens;
- Estas não são introduzidas por partículas como “que” e
“se” nem separadas por sinais de pontuação;

Língua Portuguesa 33
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APOSTILAS OPÇÃO

- O discurso indireto livre contém, como o discurso direto, - Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para
orações interrogativas, imperativas e exclamativas, bem como destacar mais o modo de dizer do que o que se diz; por
interjeições e outros elementos expressivos; exemplo, as palavras típicas do vocabulário da personagem
- Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras citada, a sua maneira de pronunciá-las, etc. Nesse caso, as
indicadoras de espaço e de tempo são usadas da mesma forma palavras ou expressões ressaltadas aparecem entre aspas. Veja
que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo esse exemplo de Eça de Queirós:
acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no presente (está),
como no discurso direto. Da mesma forma o pronome ...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair
demonstrativo ocorre na forma aquilo, como no discurso Amaro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao abade;
indireto. fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...).
O crime do Padre Amaro. Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I.
Funções dos diferentes modos de citar o discurso do
outro Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denunciar a
O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade. Isso forma deselegante com que fora atendida por um
porque o leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita representante de uma empresa, tenha dito o seguinte:
preservou a integridade do discurso citado, ou seja, o que ele
reproduziu é autêntico. É como se ouvisse a pessoa citada com A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse
suas próprias palavras e, portanto, com a mesma carga de satisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não
subjetividade. estava “nem aí” com “tipinhos” como eu.
Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que se
use variante linguística da personagem como forma de Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar
fornecer pistas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o trecho destaque a certas formas de dizer típicas das personagens
que segue um diálogo entre personagens do meio rural, um citadas e para mostrar o modo como o narrador as interpreta.
farmacêutico e um agricultor, cuja fala é transcrita em discurso No exemplo de Eça de Queirós, “porque era o papá de seu
direto pelo narrador: Carlinhos” contém uma expressão da personagem Amélia e
mostra certa dose de ironia e malícia do narrador. No segundo
Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aberta o exemplo, as aspas destacam a insatisfação do narrador com a
azul. deselegância e o desprezo do funcionário para com os clientes.
- Como vai, Elesbão? O discurso indireto livre fica a meio caminho da
- Sua bênção... subjetividade e da objetividade. Tem muitas funções, por
- Cheio de doenças? exemplo, dá verossimilhança a um texto que pretende
- Sim sinhô. manifestar pensamentos, desejos, enfim, a vida interior de
- De dores, de dificuldades? uma personagem.
- Sim sinhô. Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narrador
- De desgraças... com a personagem, que as vozes de ambos se misturam como
O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado. Você é se eles fossem um só ou, falando de outro modo, como se o
o Brasil. Depois indagou: narrador tivesse vestido completamente a máscara da
- O que você quer Elesbão? personagem, aproximando-a do leitor sem a marca da sua
- To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu intermediação.
arroizinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio de
mantimento pra coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso
Salim. Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo. indireto livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento da
- Você é sério, Elesbão? personagem, simulando estar contaminado por ele:
- Sô sim sinhô!
- Quanto é que você deve pro Nhô Salim? (...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava sempre.
- Um tiquinho. Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Decidiu. Iria indo
Oswaldo de Andrade. Marco Zero. 2ª Ed. Rio de Janeiro, no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher bem. Se não
Civilização Brasileira, 1974, p. 7-8. encontrasse paciência. Não iria procurar. Iria é para casa. Afinal
de contas era mesmo um trouxa. Quando podia não quis. Agora
Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos e cada que era difícil queria.
um deles cria um efeito de sentido diverso. Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas.1ª Ed. Belo
Horizonte, Itatiaia/ São Paulo, Edusp, 1998..
- Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina os
elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso Questões
direto, assim como as interrogações, exclamações ou formas
imperativas, por isso produz um efeito de sentido de 01. (MPE/AL - Técnico do Ministério Público)
objetividade analítica.
Com efeito, nele o narrador revela somente o conteúdo do Não faltou só espinafre
discurso da personagem, e não o modo como ela diz. Com isso A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos.
estabelece uma distância entre sua posição e a da personagem, Mostrou também danos morais.
abrindo caminho para a réplica e o comentário.
Esse tipo de discurso indireto despersonaliza o discurso Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A
citado em nome de uma objetividade analítica. Cria, assim, a dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à
impressão de que o narrador analisa o discurso citado de clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma grande
maneira racional e isenta de envolvimento emocional. discussão. Uma senhora havia arrematado todos os dez maços
O discurso indireto, nesse caso, não se interessa pela de espinafre. No caixa, outras freguesas perguntaram se ela
individualidade do falante no modo como ele diz as coisas. Por tinha restaurante. Não tinha. Observaram que a verdura
isso é a forma preferida nos textos de natureza filosófica, acabaria estragada. Ela explicou que ia cozinhar e congelar.
científica, política, etc., quando se expõe as opiniões dos outros Então, foram ao ponto: caramba, havia outras pessoas na fila,
com finalidade de criticá-las, rejeitá-las ou acolhê-las. ela não poderia levar só o que consumiria de imediato?

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“Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta. eu disse: tenho uma vontade de ir
Compras exageradas nos supermercados, estoques tu disseste: do deserto conheces as miragens
domésticos, filas nervosas nos postos de combustível – teve eu disse: e a lonjura que dentro de mim vai
muito comportamento na base de cada um por si. tu disseste: em ti quero viajar
Cabem nessa categoria as greves e manifestações (SOUSA, Emanuel de. Eurídice. Lisboa, Quetzal Editores,
oportunistas. Governo, cedendo, também vou buscar o meu – 1989)
tal foi o comportamento de muita gente.
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018. Os dois primeiros versos do poema encontram-se
transpostos para o discurso indireto, com clareza e correção,
No segmento a seguir, a pergunta é feita em discurso em:
indireto. (A) Dizendo que sou um nômada, respondeu-lhe que tinha
“No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha a febre do deserto.
restaurante.” (B) Eu lhe disse que era um nômada, ao que respondeu-me
que tenho a febre do deserto.
Assinale a opção que apresenta a forma dessa pergunta em (C) Ao dizer-te que sou um nômada, respondes-me que
discurso direto. tens a febre do deserto.
(A) A senhora tinha restaurante? (D) Quando te digo que sou um nômada, me respondeste
(B) A senhora tinha tido restaurante? que tenho a febre do deserto.
(C) A senhora teria restaurante? (E) Disse-lhe que era um nômada, e sua resposta foi que
(D) A senhora teve restaurante? tinhas a febre do deserto.
(E) A senhora tem restaurante?
04. Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO:
02. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar - FGV/2018) (A) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias
palavras para reproduzir a fala de um personagem.
Garoto das Meias Vermelhas (Carlos Heitor Cony) (B) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos
das personagens.
Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. (C) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da
estivesse procurando alguma coisa. fala da personagem.
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das (D) No discurso indireto as personagens são conhecidas
suas meias vermelhas. Um dia, o cercaram e lhe perguntaram através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas
porque ele só usava meias vermelhas. próprias palavras.
Ele falou, com simplicidade: "No ano passado, quando fiz
aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim 05. Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte
essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse trecho:
que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias vermelhas.
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me No plano expressivo, a força da _____ em ____ provém
colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, essencialmente de sua capacidade de ____o episódio, fazendo
bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de _____ da situação a personagem, tornando-a viva para o
meias vermelhas, saberia que o filho era dela." ouvinte, à maneira de uma cena de teatro ____ o narrador
"Ora", disseram os garotos, "mas você não está num circo. desempenha a mera função de indicador de falas.
Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?" (A) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir –
O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, onde;
talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou: (B) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-
"É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. se – donde;
Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando (C) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em
ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela que;
vai me encontrar e me levará com ela." (D) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir
Carlos Heitor Cony, Crônicas (adaptado) - na qual;
(E) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar -
“Disse que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias protagonizar - em que.
vermelhas”.
06. Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale
Esse segmento do texto 1 está em discurso indireto; a frase a sequência correta.
correspondente em discurso direto é: 1- Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado
(A) todo mundo vai rir de mim, por causa das meias pelo uso de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de
vermelhas; discurso, as falas vêm acompanhadas por um verbo de
(B) todo mundo riu de mim, por causa das meias elocução, responsável por indicar a fala da personagem.
vermelhas; 2- Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras
(C) todo mundo rirá de mim, por causa das meias para reproduzir a fala de um personagem.
vermelhas; 3- Tipo de discurso misto no qual são associadas as
(D) todo mundo irá rir de mim, por causa das meias características de dois discursos para a produção de outro.
vermelhas; Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no
(E) todo mundo ria de mim, por causa das meias discurso do narrador.
vermelhas. ( ) discurso indireto
( ) discurso indireto livre
03. (DPE/RS - Defensor Público - FCC/2018) ( ) discurso direto

eu disse: sou um nômada (A) 3, 2 e 1.


tu disseste: tens a febre do deserto (B) 2, 3 e 1.

Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) 1, 2 e 3.
(D) 3, 1 e 2.
Acentuação gráfica;
07. "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos
pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto
de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e ACENTUAÇÃO
suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos
descampados, transportando o baú de folha." Acentuação Tônica
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à Implica na intensidade com que são pronunciadas as
personagem que dá a impressão de que não há diferença entre sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como
chamado: são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas
(A) discurso indireto livre de átonas.
(B) discurso direto De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
(C) discurso indireto como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de
(D) discurso implícito levar acento gráfico:
(E) discurso explícito
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
Gabarito última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
01.E / 02.A / 03.B / 04.D / 05.C / 06.B / 07.A Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque –
Comentários retrato – passível
01. Resposta: E Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
Na forma direta temos: sujeito - verbo - complemento. No evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara –
caso, o verbo passou para o tempo presente do modo tímpano – médico – ônibus
indicativo.
Como podemos observar, mediante todos os exemplos
02. Resposta: A mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
Claramente a fala é do menino e não da mãe: Eu reclamei. em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no
(eu) Comecei a chorar. (eu) Disse que todo mundo ia rir de qual são os chamados de monossílabos, que quando
mim, por causa das meias vermelhas. pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à
Essa fala é claramente do menino direcionada aos colegas intensidade.
(com referência ao que o menino teria dito para a mãe), não da Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
mãe direcionada ao menino. em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
observar no exemplo a seguir:
03. Resposta: B
FCC pegou pesado nessa questão e incorporou os “Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.”
ensinamentos de grandes gramáticos, a exemplo de Bechara:
na colocação pronominal, o que decide se está correta ou não Os monossílabos em destaque classificam-se como
é a EUFONIA. Ou seja, nem sempre a próclise é obrigatória
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de).
havendo palavra atrativa, se, por uma questão de bom som, a
ênclise ficar correta. Vale dizer, se soar bem, tá valendo.
Acentos Gráficos
Aqui a FCC fez justamente isso, relativizou as regras de
colocação pronominal e mostrou que o caminho é, diante das
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
alternativas, buscar a que está mais de acordo com o
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
enunciado (no caso, a passagem para o discurso indireto e a
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público,
correção gramatical) e que não tenha erros grosseiros como
parabéns.
nas demais.
04. Resposta: D
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e”
Apenas no discurso direto as personagens ganham voz.
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara –
Para construirmos um discurso direto, devemos utilizar o
Atlântico – pêssego – supôs
travessão e os chamados verbos de elocução, ou seja, verbos
que indicam o que as personagens falaram.
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
Exemplo de verbo de elocução:
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
– Muita fome! – Lucas respondeu, passando sua mão pela
barriga.
Trema)¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente
No exemplo acima, o verbo “respondeu” é o verbo de
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
elocução.
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de
Müller)
05. Resposta: C
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
06. Resposta: B
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
07. Resposta: A
O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, em
que se associam as características do discurso direto e do
indireto.

Língua Portuguesa 36
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APOSTILAS OPÇÃO

Regras Fundamentais Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz,
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s). com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”
não serão mais acentuadas. Ex.:
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Antes Agora
Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”, apazigúe (apaziguar) apazigue
seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há argúi (arguir) argui

Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô- Ex.:
lo Antes Agora
crêem creem
Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas vôo voo
terminadas em:
- i, is - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
táxi – lápis – júri que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
- us, um, uns acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps Repare:
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 1) O menino crê em você
- ã, ãs, ão, ãos Os meninos creem em você.
ímã – ímãs – órfão – órgãos 2) Elza lê bem!
Todas leem bem!
Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa 3) Espero que ele dê o recado à sala.
palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são Esperamos que os dados deem efeito!
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará 4) Rubens vê tudo!
mais fácil a memorização! Eles veem tudo!

- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de Cuidado! Há o verbo vir:


“s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
Regras Especiais
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos plural de:
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de ele tem – eles têm
acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras ele vem – eles vêm (verbo vir)
paroxítonas.
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são reter, deter, abster.
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. ele contém – eles contêm
Ex.: ele obtém – eles obtêm
Antes Agora ele retém – eles retêm
assembléia assembleia ele convém – eles convêm
idéia ideia
jibóia jiboia Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
apóia (verbo apoiar) apoia eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, como:
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
– baú – país – Luís indicativo).
Pode (terceira pessoa do singular do presente do
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e indicativo). Ex.:
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de Ela pode fazer isso agora.
ditongo. Ex.: Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou.

Antes Agora O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da


bocaiúva bocaiuva preposição por. Ex.:
feiúra feiura Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con- Questões
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem (A) Tem a última sílaba como tônica.
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. (B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
(C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
(D) Não tem sílaba tônica.

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APOSTILAS OPÇÃO

02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem Exemplos: caixa, frouxo, peixe.
receber acento. Exceção: recauchutar e seus derivados.
(A) virus, torax, ma.
(B) caju, paleto, miosotis. 2) Após a sílaba inicial “en”.
(C) refem, rainha, orgão. Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca.
(D) papeis, ideia, latex. Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo
(E) lotus, juiz, virus. “en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo 3) Após a sílaba inicial “me-”.
mesmo motivo que: Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão.
(A) túnel Exceção: mecha.
(B) voluntário
(C) até 4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou
(D) insólito africana e em palavras inglesas aportuguesadas.
(E) rótulos Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu,
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
04. Analise atentamente a presença ou a ausência de rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara,
acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em xale, xingar, etc.
que não há erro:
(A) ruím - termômetro - táxi – talvez. Emprego do Ch
(B) flôres - econômia - biquíni - globo. Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha,
(C) bambu - através - sozinho - juiz bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute,
(D) econômico - gíz - juízes - cajú. cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila,
(E) portuguêses - princesa - faísca. pechincha, salsicha, tchau, etc.

05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: Emprego do G


(A) saúde Se empregará o “G” em:
(B) cooperar 1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem.
(C) ruim Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem.
(D) creem Exceção: pajem.
(E) pouco
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Gabarito Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio.
1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E
3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem).
Ortografia;
Observação - também se emprega com a letra “G” os
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada,
ORTOGRAFIA gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge,
rabugento, vagem.
Alfabeto
Emprego do J
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A – Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia
B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S– considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a
T – U – V – W – X – Y – Z. origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe
que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J”
Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o nas seguintes situações:
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos:
Emprego das Letras e Fonemas Arranjar: arranjo, arranje, arranjem
Despejar: despejo, despeje, despejem
Emprego das letras K, W e Y Viajar: viajo, viaje, viajem
Utilizam-se nos seguintes casos:
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica.
derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji.
Taylor, taylorista.
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”.
2) Em topônimos originários de outras línguas e seus Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja –
derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo –
varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar.
3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como
unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K Observação - também se emprega com a letra “J” os
(Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade,
jeito, jejum, laje, traje, pegajento.
Emprego do X
Se empregará o “X” nas seguintes situações: Emprego do S
1) Após ditongos. Utiliza-se “S” nos seguintes casos:

Língua Portuguesa 38
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APOSTILAS OPÇÃO

1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador / Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir,
casa – casinha ou casebre / liso – alisar. exótico, inexorável.

2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título Emprego do Fonema S


ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa / Existem diversas formas para a representação do fonema “S”
chinês – chinesa / milanês – milanesa. no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim
vajamos algumas situações:
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa.
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa / 1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos
amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa. terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir.
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão /
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa. verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão /
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, suspender – suspensão / converter – conversão / repelir –
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. repulsão.

5) Após ditongos. 2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter


Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea. e torcer.
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus / distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer –
derivados. contorção.
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse,
puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, 3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss.
quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos. Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta,
sintaxe, texto, trouxe.
7) Em nomes próprios personativos.
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, 4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos.
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás. Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender,
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação,
Observação - também se emprega com a letra “S” os miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa,
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, 5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos.
mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça /
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, Descer - desço, desça.
visita, etc.
6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos
Emprego do Z terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir.
Se empregará o “Z” nos seguintes casos: Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder –
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão /
radical. transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir –
Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio – repercussão.
esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro.
7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss.
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional,
a partir de adjetivos. exsudar.
Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio –
maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta
– pobreza / surdo – surdez. algumas variações. Observe:
1) O “X” pode representar os seguintes fonemas:
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar “ch” - xarope, vexame;
substantivos. “cs” - axila, nexo;
Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar – “z” - exame, exílio;
hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização. “ss” - máximo, próximo;
“s” - texto, extenso.
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita.
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
avezita. Exemplos: excelente, excitar.

5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, Emprego do E


buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, Se empregará o “E” nas seguintes situações:
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no continues.
contraste entre o S e o Z. Exemplos:
Cozer (cozinhar) e coser (costurar); 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
Prezar (ter em consideração) e presar (prender); anterior).
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior). Exemplos: antebraço, antecipar.

3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria,


empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

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APOSTILAS OPÇÃO

Emprego do I convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da


Se empregará o “I” nas seguintes situações: impossibilidade da coexistência de desiguais.
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. 2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de
Exemplos: guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não
Cair- cai poupam civis, mas não trouxe a democratização da
Doer- dói prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema
Influir- influi prometiam ultrapassar os limites da imaginação.
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída,
Exemplos: anticristo, antitetânico. mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem,
digladiar, penicilina, privilégio, etc. nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço,
Emprego do O/U como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada.
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso
de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não
(extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão.
som) e suar (transpirar). Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
- Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume, 3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o
moleque. pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel, falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe
tábua. espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão.
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão
Emprego do H nuclear fria.
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor 4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um
fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência
etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas
grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E
Assim vejamos o seu emprego: quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra
1) Inicial, quando etimológico. do leigo.
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio. (VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. “e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da
Exemplos: flecha, telha, companhia. cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma
3) Final e inicial, em certas interjeições. de emprego do sufixo–izar.
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa
elemento, se etimológico. norma é:
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. (A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar.
(B) catalizar / abalizado / amenizar.
Observações: (C) catequizar / cauterizado / climatizar.
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note (D) contemporizado / corporizar / cretinizar
que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou (E) esterilizar / estigmatizado / estilizar.
baianinha ele não é utilizado.
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016)
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não iniciam com a De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a
letra “h”. No entanto, seus derivados eruditos sempre são alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia:
grafados com h, como por exemplo: herbívoro, hispânico, (A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para
hibernal. o final da tarde.
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito
Questões prazerosamente pelos alunos.
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde professores em greve.
– FIOCRUZ/2016) (D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os
produtos em falta.
O FUTURO NO PASSADO (E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um
juiz federal.
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e 03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-
perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de
particular e só recentemente começou-se a experimentar certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando a leituras diversas, a depender do observador e do observado.
seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é
trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E

Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO

revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
outras palavras, mostra características comportamentais lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato,
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite “Auriverde pendão de minha terra,
variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como Que a brisa do Brasil beija e balança,
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. Estandarte que à luz do sol encerra
E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por As promessas divinas da Esperança…”
conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e (Castro Alves)
sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de 2) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 3) Nos topônimos, reais ou fictícios.
100% objetivos. Basta juntar essas características Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o
praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é 4) Nos nomes mitológicos.
explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de Exemplos: Dionísio, Netuno.
algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o 5) Nos nomes de festas e festividades.
pensamento e determinou a conduta. Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só
golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de 6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª.
criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, 7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro políticos ou nacionalistas.
lado, é na maneira como o delito foi praticado que se Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado,
encontram características 100% seguras da mente de quem o Nação, Pátria, União, etc.
praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica
revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento Observação: esses nomes escrevem-se com inicial
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram minúscula quando são empregados em sentido geral ou
feitas revela muito da pessoa que as fez. indeterminado.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82. Exemplo: Todos amam sua pátria.

Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, Emprego Facultativo da Letra Maiúscula
grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em: 1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo
(A) apreenção do menor - sanção legal. o uso da letra maiúscula, como por exemplo:
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto.
(C) presunção de culpa - coerção penal. “Aqui, sim, no meu cantinho,
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio. vendo rir-me o candeeiro,
(E) submição à lei - indução ao crime. gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro.”
04. (Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente
de Tradução e Interpretação – IBFC/2016) 2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Leia as opções abaixo e assinale a alternativa que não Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do
apresenta erro ortográfico. Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício
(A) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir Azevedo.
(B) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir
(C) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir Inicial Minúscula
(D) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos:
1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa.
05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em
que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”: 2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta,
(A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce. usa-se letra minúscula.
(B) e__ótico, talve__, ala__ão. Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas:
(C) atrá__, preten__ão, atra__o. ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
(D) bati__ar, bu__ina, pra__o.
(E) valori__ar, avestru__, Mastru__. 3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta,
Gabarito domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno.

01.B / 02.B / 03.C / 04.D / 05.C 4) Nos pontos cardeais.


Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.”
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas / “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
sudoeste.”
Inicial Maiúscula
Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos: Observação: quando empregados em sua forma absoluta,
1) No começo de um período, verso ou citação direta. os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.

Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu) (A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais
/Oriente (asiático). próxima entre o leitor e o animal.
(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não
Emprego Facultativo da Letra Minúscula haver importância da referência ao animal para o texto.
1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. (C) há uma mudança no texto, em que, no início, as
Exemplos: personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo
Crime e Castigo ou Crime e castigo parágrafo, é uma gaivota.
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas (D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar,
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido porém comparando os seres humanos com gaivotas.
(E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de
2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em imponência, o que se relaciona à forma como os seres
nomes sagrados e que designam crenças religiosas. humanos são tratados no texto.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II Completo – IBFC/2017)
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor
reitor Estranhas Gentilezas
Santa Maria ou santa Maria (Ivan Angelo)
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza.
disciplinas. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos
Exemplos: ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de
Português ou português espera, nos embates familiares, e depois economizam com a
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas gente.
modernas Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns
História do Brasil ou história do Brasil dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já
Arquitetura ou arquitetura captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo
Questões estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o
01. (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e
– Instituto) que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a
amizade, mas a inimizade morria ali.
Longe é um lugar que existe? Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em
Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até
disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que pessoas distantes. E as próximas?
menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
tão difícil de se compreender nisso? estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um
Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com
Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem
pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o
uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos
sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um
filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me
existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca
viver presos em suas próprias armadilhas... na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.
ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer [...]
sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é
mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em
esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de
as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam
de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando
e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma
horizonte e os pés socados em terra firme. poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a
deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas, sonhar com gentilezas.
limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc
lá. Vocabulário:
<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> 1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
Paulo
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras
longo do texto se deve ao fato de que coisas nos restaurantes
3 carros muito velozes

Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
foi escrita com letra maiúscula por se tratar de: (local de trabalho)
(A) um erro de grafia. Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que
(B) um destaque do autor fotografa)
(C) um substantivo próprio.
(D) um substantivo coletivo. Champanha/Champanhe (do francês): O
champanha/champanhe está bem gelado.
Gabarito
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar)
01.D / 02.C Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de
tempo)
Palavras ou Expressões que geram dificuldades Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição
pública, departamento)
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você intensidade)
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem
incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. aguardar. (equivale a “os outros”)
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a
A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo “de menos”)
futuro)
Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado) Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele.
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há (inocentar, absolver de crime)
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do
documento. (diferençar, distinguir, separar)
Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita.
respeito de) (descrever)
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
tempo)
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar)
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com
(estar a favor de) verbos de movimento)
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
(oposição, choque) Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação.
(aquele que vê, assiste)
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) Expectador: O expectador aguardava o momento da
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) chamada. (que espera alguma coisa)

Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum
ao contrário de) lugar)
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais
de) algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga)

A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha
ciente) no escuro)
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente.
equivalência entre valores financeiros – câmbio) (determinado tipo de luminosidade)

Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª
conhecimento de) pessoa singular do presente do subjuntivo)
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa
(prender) singular do presente do subjuntivo)

Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços Houve: Houve um grande incêndio no centro de São
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito
supermercados. Vamos comemorar, pessoal! perfeito)
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) pessoa singular do presente do indicativo)
da gasolina.
Mal: Dormi mal. (oposto de bem)
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom)
que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária)
(aparelho que fornece água) Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a
menos)
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
(adjetivo composto) Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome (equivale a nem um sequer)
próprio) Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.
(oposto de algum)

Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se função é menos usada na nossa língua.
está)
Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento) – Bastantes empresas fecharam as portas este mês.
– Camila tem bastantes amigos na escola.
Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento) – Encontrei bastantes produtos como os que você pediu
Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta
minutos) Questão

Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso 01. (TCM/RJ – Técnico de Controle Externo –
contrário) IBFC/2016) Analise as afirmativas abaixo, dê valores
Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento
desta situação crítica. (se por acaso não) circunflexo estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico.
( ) O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo
Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o verbo
qualquer justificativa. (Também não) conjugado no presente).
Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana. ( ) O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá
(intensidade) a mesma grafia de 'por' (preposição), diferenciando-se pelo
contexto de uso.
Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar) ( ) a queda do acento na conjugação da terceira pessoa do
Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer) plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ter,
vir e seus derivados.
Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso)
Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
no rosto) cima para baixo.
(A) V F F
Há menos de= Quando há a ideia de passado, tempo (B) F V F
transcorrido. Pode ser substituído por "aproximadamente" ou (C) F F V
"mais ou menos". Ou ainda "faz" (do verbo fazer). (D) F V V
Exemplo: Ele saiu de casa há menos de dois anos.
Samuel terminou a obra da casa há menos de seis meses. 02. (Detran/CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase
“... as penalidades são as previstas pelo bom senso...”, a palavra
A Menos De17= Locução prepositiva. Indica tempo futuro ou destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o
distância aproximada. emprego dos homônimos destacados está adequado.
Exemplo: Passou a menos de um metro do muro. (A) O reitor da faculdade solicitou que todos os
A menos de um mês estarei de férias. funcionários participassem do censo anual para verificar
quem realmente está na ativa.
Bastante ou Bastantes?18 (B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem
Está aí uma palavra-encrenca. O uso de “bastante” depende ao senso, a fim de se obter o número real de carros no pátio da
muito de qual função ele está assumindo na frase, podendo ser universidade.
três: adjetivo, advérbio e pronome indefinido. Vejamos os três (C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por
casos. não demonstrarem censo crítico.
Como advérbio (D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da
punição.
O uso mais comum é usar “bastante” como advérbio, no
sentido de “muito”. Nesse caso, a palavra está relacionada ao Gabarito
verbo, então não sofre flexão e deve ficar sempre no singular.
Veja exemplo: 01.A / 02.A

Emprego do Porquê
– O frio é bastante intenso por aqui em julho.
– As questões formuladas estão bastante ruins. Orações Interrogativas Exemplo:
– Você já comeu bastante por hoje. (pode ser substituído Por que devemos nos
por: por qual motivo, por preocupar com o meio
Como adjetivo qual razão) ambiente?
Por
Quando usado como adjetivo, “bastante” assume significado Que
Exemplo:
de “suficiente”, devendo ser flexionado de acordo com o Equivalendo a “pelo Os motivos por que não
substantivo que o acompanha. Veja: qual” respondeu são
desconhecidos.
– Há motivos bastantes para o divórcio.
– Os salgados e as bebidas não serão bastantes para a festa. Exemplos:
– O álibi foi bastante para retirar as acusações. Você ainda tem coragem de
Por Final de frases e seguidos
perguntar por quê?
Como pronome indefinido Quê de pontuação
Você não vai? Por quê?
Não sei por quê!
Se “bastante” assume a função de pronome, ele deverá
expressar qualidades ou quantidades não especificadas. Essa

17 https://luconcursos.blogspot.com/2016/03/ha-menos-de-ou-menos- 18 https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-
de.html portugues/bastante-ou-bastantes

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos:
muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da
A situação agravou-se porque cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais
Conjunção que indica facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e
ninguém reclamou.
explicação ou causa
Ninguém mais o espera, “crus”.
Porque porque ele sempre se atrasa. Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.

Conjunção de Finalidade Exemplos: Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado


– equivale a “para que”, Não julgues porque não te está equivocada.
“a fim de que”. julguem. (A) Por que sentimos calafrios?
(B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida.
Exemplos:
Função de substantivo – (C) Qual o porquê de sentirmos calafrios?
Não é fácil encontrar o
vem acompanhado de (D) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa
Porquê porquê de toda confusão.
artigo ou pronome audição.
Dê-me um porquê de sua
saída. (E) Sentimos calafrios por quê?

Gabarito
1. Por que (pergunta);
2. Porque (resposta);
01.D / 02.B
3. Por quê (fim de frase: motivo);
4. O Porquê (substantivo).
Classe de palavras
Questões
(substantivo, artigo, adjetivo,
01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP) numeral, pronome, verbo,
Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até advérbio, preposição,
sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
........................ praticar atividade física..........................benefícios conjunção, interjeição);
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
CLASSES DE PALAVRAS
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade.
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo,
(Ciência Hoje, março de 2012)
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição,
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
seu emprego e quando houver, sua flexão.
pectivamente, com:
(A) porque … trás … previnir
Artigo
(B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o
(D) por que … traz … prevenir
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os
(E) por quê … tráz … prevenir
artigos podem ser:
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de
02. Pref. de Salvador/BA - Técnico de Nível Médio II –
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma
FGV/2017)
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do
médio.”
Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir
Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser
certos sons agudos – como unhas arranhando um quadro-
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando
negro?
um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)
Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa
Usa-se o artigo definido:
audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma
- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras
foram punidos.
que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o
audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por
oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço
sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis,
Brasília.
são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
- depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos
perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando
os vinte atletas participarão do campeonato.
frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana,
- com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais
as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a
lindas flores da floricultura.
frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso,
- com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos,
tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou
simpático.
uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas
- antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
agudas.
primavera vem o verão.
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão
o litro. (=cada litro)
tem um número limitado e pequeno de frequências –
formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som
proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de
atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um
número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com

Língua Portuguesa 45
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APOSTILAS OPÇÃO

Não se usa o artigo definido: 02. (IF/AP – Auxiliar em Administração –


- antes de pronomes de tratamento iniciados por FUNIVERSA/2016)
possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
Alteza estará presente ao debate?
- antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
maio de 2002.
- alguns nomes de países, como Espanha, França,
Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
muito tempo em Espanha.”
- antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
- antes de palavras que designam matéria de estudo,
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.

O uso do artigo é facultativo:


- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
é irritante.
- antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
Luciana / a Luciana?
- “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
frente: exige a preposição)
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>.

Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao


No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a
/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
substantivo, pronome, artigo e advérbio:
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”.
Usa-se o artigo indefinido:
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”.
oito anos.
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”.
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”.
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem -
uma meiguice só.
COMPERVE/2018)
- para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
August é um Rui Barbosa.
Nas décadas subsequentes, vários estudos
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de
O artigo indefinido não é usado:
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo,
- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte,
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro.
as chances de enfarte.
- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.:
Não há suficiente espaço para todos.
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há
- com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
(A) cinco.
não morde.
(B) três.
(C) quatro.
Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e
(D) dois.
em + um, uma = num, numa, dum, duma.
04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem -
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do
numeral e assinale a alternativa correta:
ler e do escrever.
I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um,
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos
Questões
entender a expressão como “um dia qualquer” e também como
“um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
segunda, um é numeral.
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do
II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo,
artigo mostra inadequação é:
definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já
expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que
foram novas;
elas ocupam numa determinada sequência.
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas
III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam
novas;
uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem,
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no
posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a
mundo, só falta aplicá-los;
um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte;
proporcional a divisões, frações da unidade).
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas
IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou
sofrimento de amor dura toda a vida.
substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no
segundo, numeral adjetivo.

(A) Apenas II, III e IV estão corretas.


(B) Apenas I, III e IV estão corretas.

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Apenas I, II e III estão corretas. Substantivos Uniformes


(D) Apenas I, II e IV estão corretas. - Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero,
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea
Gabarito / a cobra macho ou fêmea.
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam
01.D / 02.E / 03.C / 04.C indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou
Substantivo feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a
pianista.
É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de - Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero
pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
criança.
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se
Classificação troca o gênero:
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar);
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. o capital (dinheiro) - a capital (cidade);
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil, o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo);
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o
alma, Deus, vento, saci. champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete,
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa,
sempre de um ser para existir. Designam qualidades, o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser plasma, o estigma.
ou estar triste para a tristeza manifestar-se.
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
Formação análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença),
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical: a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês,
chuva, tempo, sol, guarda. a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama,
- Compostos: são os que são formados por mais de dois a Xerox, a aguardente.
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia.
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; Número (plural/singular)
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, Acrescentam-se:
Pedro, mês, queijo. - S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo:
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; povo, povos / feira, feiras / série, séries.
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. - S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens /
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes,
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma abdômenes, hífenes.
espécie. Ex.: - ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz,
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em
Álbum de fotografias Colmeia de abelhas R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter,
de bispos em caracteres / sênior, seniores.
Alcateia de lobos Concílio
assembleia - IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
de textos jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções:
Antologia Conclave de cardeais
escolhidos
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis.
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S:
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.
Reflexão do Substantivo
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero Trocam-se:
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
(aumentativo/diminutivo).
/ mamão, mamões.
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão,
Gênero (masculino/feminino)
alemães / cão, cães.
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a,
pernil, pernis.
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra.
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
projétil, projéteis.
Formação do Feminino
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
O feminino se realiza de três modos:
atum, atuns.
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha /
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
mestre, mestra / leão, leoa; balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora.
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro,
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
ovelha / cavalo, égua.
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.

Língua Portuguesa 47
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APOSTILAS OPÇÃO

Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma Os dois elementos, vão para o plural:
no plural:
aldeão, aldeões, aldeãos; - substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis /
verão, verões, verãos; abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós /
anão, anões, anãos; tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe =
guardião, guardiões, guardiães; redatores-chefes.
corrimão, corrimãos, corrimões; - substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
ancião, anciões, anciães, anciãos; perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte =
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente
= cachorros-quentes.
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e - adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas /
impostos (ó). - numeral ordinal + substantivo: segunda-feira =
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras.
Substantivos que mudam de sentido quando usados no
plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. Composto com a palavra guarda só vai para o plural se
(Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-
maravilhosas. (Descanso). florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis /
guarda-marinha = guardas-marinha.
Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas
férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, / os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os
viveres, idos, afazeres, algemas. Silvas.

Plural dos Substantivos Compostos Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs /
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs.
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
Grau (aumentativo/diminutivo)
- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir
= girassóis / autopeça = autopeças. intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha- que damos o nome de grau do substantivo. Os graus
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = aumentativos e diminutivos são formados por dois processos:
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
vale-refeições. - Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou
sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém- isinho.
nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
escola = auto-escolas. - Analítico: formado com palavras de aumento: grande,
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico- enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme /
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras
- substantivo composto de três ou mais elementos não de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena,
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / peça minúscula, saia diminuta).
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém - Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença
os bumba meu bois. em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo,
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer - Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho,
= bel-prazeres. Toninho, mãezinha.
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns
Somente o primeiro elemento vai para o plural: substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia (calendário).
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: belezinha.
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora minicalculadora.
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta Questões
= os vai-e-volta.
01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:

Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) vulcão, abaixo-assinado; japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira;


(B) irmão, salário-família; nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos
(C) questão, manga-rosa; (alemão).
(D) bênção, papel-moeda;
(E) razão, guarda-chuva. Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo.
02. Assinale a alternativa em que está correta a formação Vejamos algumas locuções adjetivas:
do plural:
(A) cadáver – cadáveis; Angelical de anjo Etário de idade
(B) gavião – gaviães; Abdominal de abdômen Fabril de fábrica
(C) fuzil – fuzíveis; Apícola de abelha Filatélico de selos
(D) mal – maus; Aquilino de águia Urbano da cidade
(E) atlas – os atlas.
Flexões do Adjetivo
03. A palavra livro é um substantivo Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e
(A) próprio, concreto, primitivo e simples. grau:
(B) comum, abstrato, derivado e composto.
(C) comum, abstrato, primitivo e simples. Gênero
(D) comum, concreto, primitivo e simples.
- uniformes: têm forma única para o masculino e o
04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são feminino. Funcionário incompetente = funcionária
masculinos: incompetente.
(A) enigma – idioma – cal; - biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o
(B) pianista – presidente – planta; acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz
(C) champanha – dó(pena) – telefonema; famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira.
(D) estudante – cal – alface;
(E) edema – diabete – alface. Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm religiosa / são – sã.
um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos
alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como
seu significado: substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce
(A) O capital = dinheiro; redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente).
A capital = cidade principal;
(B) O grama = unidade de medida; Número
A grama = vegetação rasteira;
(C) O rádio = aparelho transmissor; O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o
A rádio = estação geradora; substantivo a que se referem: menino chorão = meninos
(D) O cabeça = o chefe; chorões / garota sensível = garotas sensíveis.
A cabeça = parte do corpo;
(E) A cura = o médico. - quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o
O cura = ato de curar. segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos
castanho-claros, senadores democrata-cristãos.
Gabarito - composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis,
01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-
Adjetivo canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo;
substantivo canário).
É a palavra variável em gênero, número e grau que - as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo,
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa /
estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo. olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.
Os adjetivos classificam-se em: - são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra sem-par, piadas sem-sal.
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático.
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas Grau
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos
marrom-escuros. O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau:
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando. comparativo e superlativo.
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, O grau comparativo é usado para comparar uma
desconfortável. qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem- qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas: superioridade e de inferioridade:
amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis:
angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. - de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou
tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: mesma altura)
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO

- de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que (D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as
uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais pessoas”. / insuportável
elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem (E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas
ser: pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. /
Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais falecidos
pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário
pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um 02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau, e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o
mais bom, mais pequeno. coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não
Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior / é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele,
pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela. afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro: bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica
Somos menos passivos do que / que tolerantes. Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração.
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e
O grau superlativo apresenta característica intensificada. tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas
Pode ser absoluto ou relativo: “bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as
artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente
ser: bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo
Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente, libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a
bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é pressão arterial”.
extremamente simpático). (O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)
Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha
comadre Mariinha é agradabilíssima). Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate
mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois
- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos exemplos de variação de grau.
terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer
(magro) = macérrimo; Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta.
- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo (A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de
(pobríssimo); adjetivo.
- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável = (B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos.
amabilíssimo; (C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo comparativo do adjetivo.
apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo. (D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em meio de um sufixo.
iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo / (E) Apenas na primeira frase há variação de grau.
frio = friíssimo.
03. (Banestes - Técnico Bancário - FGV/2018) O
Usa-se também, no superlativo: adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a
locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo
- prefixos: maxinflação / hipermercado / abaixo destacado é:
ultrassonografia / supersimpática. (A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial /
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem sem ação;
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. (B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial /
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / sem cautela;
linda, linda (=lindíssima). (C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / ferimento;
grandalhão / gostosão / bonitão. (D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França /
- linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo: sem ser percebido;
chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo. (E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor.

- Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, 04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
com a mesma qualidade. Pode ser: Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar
De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as frequentemente entre uma construção de substantivo +
suas amigas. (Ela é a mais de todas) locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água =
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. esportes aquáticos).

Questões O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído


por um adjetivo é:
01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - (A) A indústria causou a poluição do rio;
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo (B) As águas do rio ficaram poluídas;
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: (C) As margens do rio estão cheias de lama;
(A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por (D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante (E) Os peixes do rio são bem saborosos.
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria
ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância. 05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo -
(C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. / FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao
indiferente menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações
científicas.” (Machado de Assis)

Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO

No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados - os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a
possuem, respectivamente, os valores de nona colocada no vestibular.
(A) qualidade e estado. - os numerais multiplicativos, quando usados com o valor
(B) estado e relação. de substantivos, são Invariáveis: A minha nota é o triplo da sua.
(C) relação e característica. (Triplo – valor de substantivo)
(D) característica e qualidade. - quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão
(E) qualidade e relação. de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas
valor de adjetivo)
Gabarito - os numerais fracionários concordam com os cardinais
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram
01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E contemplados.
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o
Numeral substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-
dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras.
Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série,
multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, Número
respectivamente, em: - os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros,
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a
- Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três, festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros.
quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, - os numerais ordinais variam em número: As segundas
catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem..., colocadas disputarão o campeonato.
duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil. - os numerais multiplicativos são invariáveis quando
usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da
- Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo, sua. (Valor de substantivo – invariável)
terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, - os numerais multiplicativos variam quando usados como
décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo..., adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo –
sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo..., variável)
nongentésimo..., milésimo. - os numerais fracionários variam em número,
concordando com os cardinais que indicam números das
- Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade, partes.
terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta - Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos
avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo. equivalem a 750 ml.

- Multiplicativo - indica a multiplicação de um número: Grau


dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos
nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo. numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola.
Os numerais que indicam conjunto de elementos de
quantidade exata são os coletivos: Emprego dos Numerais
- para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na
BIMESTRE: período de dois meses poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo
CENTENÁRIO: período de cem anos II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais
DECÁLOGO: conjunto de dez leis para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte
DECÚRIA: período de dez anos e um).
DEZENA: conjunto de dez coisas - se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal.
LUSTRO: período de cinco anos O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século)
MILÊNIO: período de mil anos - com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral
MILHAR: conjunto de mil coisas
ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.
NOVENA: período de nove dias
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares,
QUARENTENA: período de quarenta dias
QUINQUÊNIO: período de cinco anos
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral
RESMA: quinhentas folhas de papel ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª
SEMESTRE: período de seis meses (portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de
TRIÊNIO: período de três anos dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis)
TRINCA: conjunto de três coisas - enumeração de casa, páginas, folhas, textos,
apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral
Algarismos cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está
Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, na página sessenta e cinco.
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, - se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40- ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300- - não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, reais é muito para mim.
1.000-M. - o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão,
milhar e bilhão, devem concordar no masculino:
Flexão dos Numerais - emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada
Gênero unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto:
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de 10h20min – dez horas, vinte minutos.
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma
menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de
presunto e duzentas rosquinhas.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões 2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se


fala ou receptor;
01. Marque o emprego incorreto do numeral: 3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de
(A) século III (três) quem se fala ou referente.
(B) página 102 (cento e dois)
(C) 80º (octogésimo) Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento,
(D) capítulo XI (onze) possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e
(E) X tomo (décimo) relativos.

02. Indique o item em que os numerais estão corretamente Pronomes Pessoais


empregados: Os pronomes pessoais dividem-se em:
(A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro. - Retos - exercem a função de sujeito da oração.
(B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez. - Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo
(C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro. (objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição
(D) antes do artigo décimo vem o artigo nono. ou átonos sem preposição.
(E) o artigo vigésimo segundo foi revogado.
Pessoas do Retos Oblíquos
03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal - Discurso Átonos Tônicos
IOBV/2016) Quanto à classificação dos numerais, os que Singular 1ª pessoa eu me mim,
indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter 2ª pessoa tu te comigo
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo
valor de adjetivo ou substantivo são os numerais:
lhe si, ele,
(A) Multiplicativos. consigo
(B) Ordinais. Plural 1ª pessoa nós nos nós,
(C) Cardinais. 2ª pessoa vós vos conosco
(D) Fracionários. 3ª pessoa eles/elas se, os, as, vós,
lhes convosco
04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016) si, eles,
Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por consigo
extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
(A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), - Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo
Avenida Papa Pio X. (décima) do teatro.
(B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 - As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os
(quatrocentas e uma) pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
(C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve - Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda) pessoa apresentam as formas:
(D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral:
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente.
erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro) o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z,
(E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo,
século XX. (século ducentésimo) consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a
05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016) lápis)
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá).
proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12 (eis, nos, vos perdem o S)
[12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m,
em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa.
85 anos. lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia
do contrato. (o S permanece)
As informações textuais permitem afirmar que, em nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
(B) octogésimo quinto aniversário. transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
(C) octingentésimo quinto aniversário. a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
(D) otogésimo quinto aniversário. esperança. (sua, dele, dela possessivo)
(E) oitavo quinto aniversário.
Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
Gabarito nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação
mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.
01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B (pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
/ Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
Pronome - Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos
por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, mim e ti.
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
pessoas do discurso são: quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no
emissor;

Língua Portuguesa 52
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APOSTILAS OPÇÃO

infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o
compra, não anda. verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas seus ministros o apoiarão.
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos Pronomes Possessivos
de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga, São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa da fala.
comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo
indireto,VTI) Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo meu meus minha minhas
a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve teu teus tua tuas
fazer caridade com os mais necessitados. seu seus sua suas
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª
seu seus sua suas
pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
Emprego dos Pronomes Possessivos
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode
cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se
se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No
consigo- complemento, 3ª pessoa).
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade.
- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações
Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus
Direto), assim:
trinta anos.
me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu
trouxe.
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem.
alteração fonética da palavra senhor.
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos.
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas.
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
anotações.
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me,
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to,
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais
passos. (os seus passos)
sofisticados.
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário,
Pronomes de Tratamento
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns;
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
preza.”
tratamento será familiar ou cerimonioso.
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de
Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques;
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais;
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão)
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
oficiais;
Pronomes Demonstrativos
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades;
Indicam a posição dos seres designados em relação às
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores;
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo.
Vossa Santidade - V.S. - Papa;
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis.
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a
este, esta, isto, estes, estas
senhora, a senhorita, dona, você.
Ex.:
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Não gostei deste livro aqui.
Neste ano, tenho realizado bons negócios.
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.
dois fechos: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive mas esta é mais oprimida.
para o presidente da República. esse, essa, esses, essas
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia Ex.:
ou de hierarquia inferior. Não gostei desse livro que está em tuas mãos.
Nesse último ano, realizei bons negócios.
Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa.
- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não Ex.:
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para bons negócios.
um congresso. (falando a respeito do cardeal) O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, mas esta é mais oprimida que aquele.
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO

- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
(e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais - O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome
e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas. dizer. (o que = aquilo que).
- dependendo do contexto os demonstrativos também - O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre
servem como palavras de função intensificadora ou precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a
depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma! quem eu me referi.
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma - O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual,
tranqueira! (=expressão depreciativa) de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e
- as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos)
então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso, - O pronome relativo pode vir sem antecedente claro,
a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança. explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa;
elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer.
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é
Pronomes Indefinidos diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é
São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de paulista.
modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo - O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois
César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis de si.
em gênero e número; outros são invariáveis. - O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a:
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo
certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. mais barato. (= lugar em que)
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, - Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados
nada, cada, mais, menos, demais. depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia.
Emprego dos Pronomes Indefinidos
Pronomes Interrogativos
- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um São os pronomes em frases interrogativas diretas ou
substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual,
dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) quanto:
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos - Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade?
quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando (interrogativa direta, COM o ponto de interrogação)
colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da - Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade.
situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no (interrogativa indireta, SEM a interrogação)
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a Questões
qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser;
indetermina, generaliza). 01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal -
- Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o Quadrix/2018)
pensamento de outrem.
- Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
negócios.

Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções


pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou
outro / tal qual (=certo).

Pronomes Relativos
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos; Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem,
como
Emprego dos Pronomes Relativos (A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo.
(B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de substantivo.
relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à (C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo.
(D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome.

Língua Portuguesa 54
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APOSTILAS OPÇÃO

(E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e 04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo -
adjetivo. IDHTEC/2016)

02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -


FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de
acordo com as normas da língua-padrão em:
(A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto
por ele.
(B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho
direito.
(C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator
apresentou ontem.
(D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros
nos orgulhamos.
(E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram
muita sordidez.
O emprego do pronome “aquela” na charge:
(A) Dá uma conotação irônica à frase.
03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal.
Trabalho - FCC/2016)
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere.
(D) Indica posse do falante.
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo
(E) Evita a repetição do verbo.
movido a energia solar
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo.
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo:
Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das
“O professor discutiu............mesmos a respeito da
maiores usinas de energia solar do mundo.
desavença entre .........e ........ .
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
Assinale a alternativa que completa corretamente as
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
lacunas do texto.
poluir menos. Uma aposta no futuro.
(A) com nós - eu - ti
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
(B) conosco - eu - tu
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
(C) conosco - mim - ti
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
(D) conosco - mim - tu
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas
(E) com nós - mim - ti
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o
Gabarito
calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores
de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a 01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E
energia solar”. Disponível
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi- Verbo
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)

É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da


Considere as seguintes passagens do texto: natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi - número (singular e plural);
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia - pessoa (primeira, segunda e terceira);
solar do mundo. (1º parágrafo) - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo) - tempo (presente, passado e futuro);
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de - e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).
fora. (3º parágrafo)
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
sombra no outro. (3º parágrafo) em três conjugações:
1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
qual” APENAS em 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
(A) I e II.
(B) II e III. O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
(C) I, II e IV. compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
(D) I e IV. origem latina poer.
(E) III e IV.
Elementos Estruturais do Verbo
As formas verbais apresentam três elementos em sua
estrutura: radical, vogal temática e tema.
Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da
1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses
verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela
está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;

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APOSTILAS OPÇÃO

esper é o radical do verbo esperar; ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de
brinc é o radical do verbo brincar. minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes,
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida.
Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos - Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado,
verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir. muito bem.
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª - Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i. anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos
no congresso de música.
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal - Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado
temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) = num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o no coro da igreja matriz.
radical (contei = cont ei). - Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria
Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou um carro se tivesse dinheiro
ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
modo temporais e desinências número pessoais. 1ª Conjugação: -AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais,
Contávamos dançam.
Cont = radical Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos,
a = vogal temática dançastes, dançaram.
va = desinência modo temporal Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava,
mos = desinência número pessoal dançávamos, dançáveis, dançavam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara,
Flexões Verbais dançáramos, dançáreis, dançaram.
Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará,
o número e a pessoa. dançaremos, dançareis, dançarão.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular; Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria,
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural; dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
- tu estudas – 2ª pessoa do singular;
- vós estudais – 2ª pessoa do plural; 2ª Conjugação: -ER
- ele estuda – 3ª pessoa do singular;
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem.
- eles estudam – 3ª pessoa do plural.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,
comestes, comeram.
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
comíeis, comiam.
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens.
- O pronome vós aparece somente em textos literários ou Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera,
bíblicos. comêramos, comêreis, comeram.
- Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá,
pessoa, é o mais usado no Brasil. comeremos, comereis, comerão.
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria,
Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a comeríamos, comeríeis, comeriam.
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três 3ª Conjugação: -IR
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
pretérito e futuro. Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
partistes, partiram.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,
ao fato que enuncia. São três os modos: partíeis, partiam.
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, partíramos, partíreis, partiram.
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos,
presente e futuro do pretérito. partireis, partirão.
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa partiríamos, partiríeis, partiriam.
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; - Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
Quando o vir, dê lembranças minhas. duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um políticos.
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e - Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
imperativo negativo. condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
universidade.
Emprego dos Tempos do Indicativo - Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que generosamente gratificado.

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APOSTILAS OPÇÃO

1ª Conjugação –AR Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é


Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (=
nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem. combate à)
Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles (forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É
dançassem. preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro.
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª
dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
quando eles dançarem. impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo
2ª Conjugação -ER contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos.
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que (1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
nós comamos, que vós comais, que eles comam.
Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele O infinitivo impessoal é usado:
comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles
comessem. - Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder.
comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste
quando eles comerem. muro.
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados,
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver!
3ª conjugação – IR
- Quando é regido de preposição (geralmente
Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que
precedido da preposição “de”) e funciona como
nós partamos, que vós partais, que eles partam.
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da
Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim.
partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os
partissem. convenci a aceitar.
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar",
quando eles partirem. "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar)
deve ser flexionado. Exs.:
Emprego do Imperativo Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Imperativo Afirmativo Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
- Não apresenta a primeira pessoa do singular. Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do jogados.
subjuntivo.
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”. - Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar
no seu caso.
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós - Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da
amamos, vós amais, eles amam. oração anterior. Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. livros por (para) publicar.
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos
nós, amai vós, amem vocês. Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
Imperativo Negativo (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do
- É formado através do presente do subjuntivo sem a período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação
primeira pessoa do singular. verbal. Exs.:
- Não retira os “s” do tu e do vós. Na esperança de sermos atendidos, muito lhe
agradecemos.
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. futebol.
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
crianças.
Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: - Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal
com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
Infinitivo Impessoal19 - Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. festa.
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é
sofrer. Infinitivo Pessoal
É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na
1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,

19 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

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APOSTILAS OPÇÃO

assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona- 2ª Conjugação –ER


se da seguinte maneira: Infinitivo Impessoal: comer.
2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu) Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós) comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós) Gerúndio: comendo.
3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles) Particípio: comido.

Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa 3ª Conjugação –IR
colocação. Infinitivo Impessoal: partir.
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele,
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
Gerúndio: partindo.
flexionando-se.
Particípio: partido.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
Questões
- Quando o sujeito da oração estiver claramente
expresso. Exs.:
01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018)
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito
implícito = nós) desta regra.

- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração


principal. Exs.:
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
estudarem bastante para a prova. Disponível
https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396
Perdoo-te por me traíres. 3.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. 488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem. Acesso em: fev.2018.

- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela
terceira pessoa do plural). Exs.: considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto
Faço isso para não me acharem inútil. Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota
Temos de agir assim para nos promoverem. questiona é algo natural.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem
conduta. casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm
significados! (quadro 2).
- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
de ação. Exs.: Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a
Vi os alunos abraçarem-se alegremente. alternativa correta.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com (A) Em ambos, o verbo é impessoal.
gentileza. (B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente
Mandei as meninas olharem-se no espelho. do modo indicativo.
(C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente
Gerúndio do modo indicativo.
Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de (D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) terceira pessoa do plural.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; (E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o terceira pessoa do plural.
valor do dinheiro.
02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018)
Particípio
Quando não é empregado na formação dos tempos O drama dos viciados em dívidas
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.: Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para uma questão financeira decorrente do estado geral da
representar a escola. economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso,
há grupos especializados que promovem reuniões semanais
1ª Conjugação –AR com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre
Infinitivo Impessoal: dançar. consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).
Gerúndio: dançando. Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém
Particípio: dançado. do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que
têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum

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APOSTILAS OPÇÃO

que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas (C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em
tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola.
gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um (D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os
empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje
recorrente entre os endividados. leem muito menos.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. (E) O contato visual também é importante ao falar em
Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima público. Passa empatia e envolveria o outro.
etapa é se planejar.
(Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado) Gabarito

Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados 01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B
de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos
destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros, Locução Verbal
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo
padrão de vida. Uma locução verbal20 é a combinação de um verbo
(A) Poderia acontecer que ... mantêm auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo
(B) Pôde acontecer que ... mantessem juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal,
(C) Podia acontecer que ... mantivessem desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo:
(D) Pôde acontecer que ... manteram - estive pensando
(E) Podia acontecer que ... mantiveram - quero sair
- pode ocorrer
03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida - tem investigado
de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a - tinha decidido
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais
violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais
marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o
passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na
realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o
corpo. A versão da legítima defesa era ______ . modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado) indicados pelo verbo auxiliar.

As expressões verbais empregadas em tempo que exprime


a ideia de hipótese são:
(A) seria e teria.
(B) foi e seria. Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”.
(C) teria e ter sido. Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares
(D) foi e constatou. nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer,
(E) ter sido e passou. começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.

04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - Função dos verbos principais nas locuções verbais
IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e
não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no
Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os infinitivo ou no particípio.
pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada
se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, Locução verbal com verbo principal no gerúndio
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com Ex.: Estou escrevendo
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não verbo auxiliar flexionado: estou
conseguiu __________para evitar o choque. verbo principal no gerúndio: escrevendo
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos-da-f-1-
temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de-bianchi)
Locução verbal com verbo principal no infinitivo
Ex.: Quero sair
Complete com a sequência de verbos que está no tempo,
verbo auxiliar flexionado: quero
modo e pessoa corretos:
verbo principal no infinitivo: sair
(A) Tem – tem – vem - freiar
(B) Tem – tiveram – vieram - frear
Locução verbal com verbo principal no particípio
(C) Teve – tinham – vinham – frenar
Ex.: Tinha decidido
(D) Teve – tem – veem – freiar
verbo auxiliar flexionado: tinha
(E) Teve – têm – vêm – frear
verbo principal no particípio: decidido
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
abaixo.
os auxiliares não teriam sentido algum.
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria
a nossa persuasão.
(B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo
com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua
apresentação.

20 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Gabarito

01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) 01.C / 02.A / 03.C

Advérbio

É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou


cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo
(Estava muito bonita).

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio


pode ser de:
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente,
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo,
novamente, outrora.
Assinale a alternativa que contém uma locução verbal
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além,
extraída do cartum.
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar),
(A) Não terão.
dentro, defronte, fora, longe, perto.
(B) Como andar.
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ),
(C) Vai chegar.
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que
(D) Todos terão.
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente,
tristemente.
02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX)
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente,
realmente, sim, seguramente.
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito
nenhum, nem, não, tampouco (=também não).
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais,
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco.
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá,
possivelmente, talvez.

Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm


o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando,
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância.
- De repente o dia se fez noite.
- Por um triz eu não me denunciei.
- Sem dúvida você é o melhor.

Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são


palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau:
comparativo e superlativo.

Comparativo de:
Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de
Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro
quanto / como você.
quadrinho?
Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
(A) "terei".
elegante do que eu.
(B) "teria".
- Sintético: melhor, pior que. Ex.: Amanhã será melhor do
(C) "tivera".
que hoje.
(D) "tenha".
Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.
(E) "tinha".
Superlativo Absoluto:
03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua
Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato
Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado
defendeu-se muito mal.
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último
Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção
Emprego do Advérbio
de uma. Assinale‐a.
- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
(A) Todos podem entrar assim que chegarem.
sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou
sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
atendê‐los.
depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou
(C) Deixem entrar todos os atrasados.
a casa; Moro pertinho da universidade.
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente.
- Frequentemente empregamos adjetivos com valor de
(E) A plantação foi‐se expandindo para os lados
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)

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APOSTILAS OPÇÃO

- Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai (D) concessão


para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante (E) fim
simpáticas e gentis.
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai 05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018)
para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as
no céu. ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por
- Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não
(adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque
mau humor. o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las.
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia
Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo. as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não
- Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a
fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais) psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por
- Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a
particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades
emagrecia a olhos vistos. ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais
- Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que
último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que
todos. formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que
- A repetição de um mesmo advérbio assume o valor farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente,
superlativo: Levantei cedo, cedo. é sua frase menos citada. Por razões óbvias.
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado)
Palavras e Locuções Denotativas: São palavras
semelhantes a advérbios e que não possuem classificação Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja
especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A
palavras. São chamadas de denotativas e exprimem: Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas…
Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda – e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios
bem que você veio. destacados expressam, correta e respectivamente,
Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma. circunstância de:
Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, (A) lugar; tempo; modo; afirmação.
sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor. (B) lugar; tempo; afirmação; dúvida.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso, (C) lugar; negação; modo; intensidade.
de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu. (D) afirmação; negação; afirmação; afirmação.
Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é (E) afirmação; negação; modo; dúvida.
perfeito.
Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele Gabarito
quis dizer!
Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à 01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B
Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo, Preposição
tem bom caráter.
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um
Questões termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As
preposições podem ser: essenciais ou acidentais.
01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
(A) Só quero meio quilo. As preposições essenciais atuam exclusivamente como
(B) Achei-o meio triste. preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
(C) Descobri o meio de acertar. entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê
(D) Parou no meio da rua. atenção a fofocas; Perante todos disse, sim.
(E) Comprou um metro e meio.
As preposições acidentais são palavras de outras classes
02. Só não há advérbio em: que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
(A) Não o quero. qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
(B) Ali está o material. mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
(C) Tudo está correto. conforme sua vontade. (= de acordo com)
(D) Talvez ele fale.
(E) Já cheguei. - O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um
substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores,
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
(A) Realmente ela errou. não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. percurso a pé. (não há concordância com o substantivo
(C) Lá está teu primo. masculino pé)
(D) Ela fala bem. - As preposições essenciais são sempre seguidas dos
(E) Estava bem cansado. pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim
rapidamente. Não vá sem mim.
04. Classifique a locução adverbial que aparece em
"Machucou-se com a lâmina". Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais
(A) modo palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
(B) instrumento é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de,
(C) causa acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de,

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APOSTILAS OPÇÃO

embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a, De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos.
junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás Lugar: Os corruptos vieram da capital.
de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de, Causa: O bebê chorava de fome.
através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de, Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
(=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a. Assunto: Falávamos do casamento da Mariele.
- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. Matéria: Era uma casa de sapé.
Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que
no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos
(locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier. estudarem. (e não: dos alunos estudarem)
(locução prepositiva)
- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com Desde
outra preposição: Abola passou por entre as pernas do (afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem
goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até desde São Paulo.
18 anos; Financiamento em até 24 meses. Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa.

Combinações e Contrações Em
Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas: (lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos.
a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde. Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em
Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas: Curitiba.
de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste, Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras.
disto. Tempo: Tudo aconteceu em doze horas.
- em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela,
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro
naquilo, naquele, naquela, naqueles. entre dois suportes.
- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
daquela, daquilo. Para
- para+ a = pra. Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa.
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana.
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade.
crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: A preposição para indica permanência definitiva. Vou
à, às, àquele, àquela, àquilo. para o litoral. (ideia de morar)

Valores das Preposições Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante


todos.
A
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas
Anos Dourados. desconhecidas.
Modo: Partiu às pressas. Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive
Tempo: Iremos nos ver ao entardecer. novo.
Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia. Espaço: Por cima dela havia um raio de luz.
(ideia de passear)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.
Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar.
emoção. Viveu, sob pressão dos pais.
Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
encontro antes das quatro horas. Sobre
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal
Após (depois de): Após alguns momentos desabou num sobre a toalha rendada.
choro arrependido. Assunto: Conversávamos sobre política financeira.

Até Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É


(aproximação): Correu até mim. substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a vê-se muita falsidade.
semana que vem.
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam
até quem os despreza. (inclusive)

Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade;


deve-se rir com alguém.
Causa: A cidade foi destruída com o temporal.
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas.
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com
elegância.

Contra
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do
tribunal.
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões 03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça


Avaliador - FGV/2018)
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
Além do celular e da carteira, cuidado com as
figurinhas da Copa
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018

A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo


uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão
levando seus estoques para casa quando termina o expediente.
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular.

No texto aparecem três ocorrências da preposição DE.


1. “troca-troca de figurinhas”;
2. “roubo de figurinha”;
3. “mensagens de celular”.

Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto


afirmar que:
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam
pacientes dos vocábulos anteriores;
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam
agentes dos termos anteriores;
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são
complementos dos termos anteriores;
No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da (D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos
preposição “sem” e o das expressões que ela forma são, dos vocábulos precedentes;
respectivamente, de (E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são
(A) negação e causa. complementos dos vocábulos precedentes.
(B) adição e condição.
(C) ausência e modo. 04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada
(D) falta e consequência. estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz:
(E) exceção e intensidade. Criaram-se a pão e água.
(A) Desejo todo o bem a você.
02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem - (B) A julgar por esses dados, tudo está perdido.
IDHTEC/2016) (C) Feriram-me a pauladas.
(D) Andou a colher alguns frutos do mar.
MAMÃ NEGRA (Canto de esperança) (E) Ao entardecer, estarei aí.
Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama 05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018)
de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da Ressentimento e Covardia
ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma
semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a legislação específica que coíba não somente os usos mas os
enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A
teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol- maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam
posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune
vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos
demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação
firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando, indébita.
formando, anunciando -o dia da humanidade. No fundo, é um problema técnico que os avanços da
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição
Em qual das alternativas o acento grave foi mal dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me
empregado, pois não houve crase? valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-
(A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da história.
escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.” Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na
(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e
direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural, escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos
a vida e ao território." ou deformados que circulam por aí e que não podem ser
(C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou
do Moa no dia 11 de maio.” revista é processado se publicar sem autorização do autor um
(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em
custas da entidade.” caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” desmentir e dar espaço ao contraditório.

Língua Portuguesa 63
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APOSTILAS OPÇÃO

Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do (A) durante, entre, sobre
cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão (B) com, sob, depois
de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira (C) para, atrás, por
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) (D) em, caso, após
(E) após, sobre, acima
O segmento do texto em que o emprego da preposição EM
indica valor semântico diferente dos demais é: 03. Observe as palavras grifadas da seguinte frase:
(A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas “Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº
crônicas”; 19/82.” Elas são, respectivamente:
(B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”; (A) verbo, substantivo, substantivo
(C) “... seriam crimes já especificados em lei”; (B) verbo, substantivo, advérbio
(D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”; (C) verbo, substantivo, adjetivo
(E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”. (D) pronome, adjetivo, substantivo
(E) pronome, adjetivo, adjetivo
Gabarito
04. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor
01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D adjetivo:
(A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a
Interjeição utilizar com receio.”
(B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.”
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, (C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis.”
estados de espírito ou apelos. (D) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...”
(E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem
Locução Interjetiva: é o conjunto de duas ou mais escrúpulos não se apoderassem do que era delas.”
palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena!
Quem me dera! Puxa, que legal! 05. O "que" está com função de preposição na alternativa:
(A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas (B) Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és.
(C) João não estudou mais que José, mas entrou na
As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas de Faculdade.
acordo com o sentido que elas expressam em determinado (D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode (E) Não chore que eu já volto.
exprimir emoções variadas.
Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu Gabarito
Deus!, Céus!
Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, 01.E / 02.A / 03.C / 04.E / 05.D
Olha lá!
Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; Conjunções
Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca!
Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem! Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma
Chamamento: Olá!, Alô!, Psiu!, Psit! oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de
Aversão: Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh! coordenação ou subordinação e são classificadas em:
Medo: Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai! Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas.
Pedido de Silêncio: Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!,
Chega!, Basta! Conjunções Coordenativas
Saudação: Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!
Concordância: Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida! 1. Aditivas (Adição)
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me E
dera! Nem
Não só... Mas também
Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes Mas ainda
são formadas por palavras de outras classes gramaticais: Senão
Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).
Exemplos:
Questões Viajamos e descansamos.
Eu não só estudo, mas também trabalho.
01. Assinale o par de frases em que as palavras destacadas
são substantivo e pronome, respectivamente: 2. Adversativas (posição contrária)
(A) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão
praticar o bem. Mas
(B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia Porém
muito movimento na praça. Todavia
(C) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de
Entretanto
drogas é condenável.
No entanto
(D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. /
Pesca-se muito em Angra dos Reis.
Exemplos:
(E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. /
Ela era explorada, mas não se queixava.
Não entendi o que você disse.
Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as
notas necessárias.
02. Assinale o item que só contenha preposições:

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APOSTILAS OPÇÃO

3. Alternativas (alternância) 7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que /


Quanto / Que nem
Ou, ou Exemplos:
Ora, ora Os filhos comeram como leões.
Quer, quer A luz é mais veloz do que o som.
Já, já
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme /
Exemplos: Segundo
Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos. Exemplos:
Ora chovia, ora fazia sol. As coisas não são como parecem.
Farei tudo, conforme foi pedido.
4. Conclusivas (conclusão)
Logo 9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos
Portanto termos: tal, tão, tanto...) / De forma que
Por conseguinte Exemplos:
Pois (após o verbo) A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola.
Ontem estive viajando, de forma que não consegui
participar da reunião.
Exemplos:
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto /
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Exemplos:
5. Explicativas (explicação)
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
Que
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
Porque
Porquanto Questões
Pois (antes do verbo)
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
Exemplos:
Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.

Conjunções Subordinativas

Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,


com verbo flexionado.

1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva


– Que / Se / Como

Exemplos:
Todos perceberam que você estava atrasado.
Aposto como você estava nervosa.

2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /


Assim que / Desde que
Exemplos:
Logo que chegaram, a festa acabou. Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da
Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou. aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão
destacada estabelece entre as informações relação de sentido
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que de
Exemplo: (A) comparação.
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse. (B) finalidade.
(C) consequência.
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que (D) conclusão.
/ À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos (E) concessão.
Exemplos:
À medida que se vive, mais se aprende. 02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar Administrativo
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece. - FUNRIO/2016)

5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal
que por dia
Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair.
Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a
6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes.
Exemplos: A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta
Comprarei o livro, desde que esteja disponível. quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois
Se chover, não poderemos ir. gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal – para
reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
cardiovasculares.

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APOSTILAS OPÇÃO

Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também para Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e
as crianças com mais de dois anos de idade, para que as apontando seu fulgor, diz, muito tristemente:
doenças relacionadas com a alimentação não se tornem - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar
crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores Ele daí.
devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio, - Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se
devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e preocupe: Ele volta.
as necessidades energéticas. A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na
Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques,
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses
Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças africanos. Cristo sozinho não basta.
cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte (GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket,
significado: 2009.)
(A) oposição
(B) finalidade Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a
(C) causalidade economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as
(D) comparação orações,
(E) temporalidade (A) uma relação de adição.
(B) uma relação de oposição.
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português - (C) uma relação de conclusão.
CONSULPLAN/2018) (D) uma relação de explicação.
(E) uma relação de consequência.
Coisas & Pessoas
05. (COPASA - Analista de Saneamento - Administrador
Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. - FUMARC/2018)
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava:
“Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda.
que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos
leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação
com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo
preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de corretas as afirmativas, EXCETO:
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte (A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema)
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os indicando oposição entre eles.
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que (B) A conjunção “porque” introduz uma relação de
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse causalidade entre as partes do período de que faz a ligação.
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. (C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre indica condicionalidade.
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os (D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à substantivo que acompanha, “transtorno”.
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e Gabarito
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma: 01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno…
E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei
que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...] Estrutura e formação de
(Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 153-154.) palavras;
Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo, pode-
se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação à ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
titulação do texto que o sentido produzido indica
(A) compensação de um elemento em relação ao outro. Observe as seguintes palavras:
(B) acrescentamento de um elemento em relação ao outro. escol-a
(C) sobreposição do último elemento em detrimento do escol-ar
primeiro. escol-arização
(D) estabelecimento de uma relação de um elemento para escol-arizar
com o outro. sub-escol-arização

04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016) Percebemos21 que há um elemento comum a todas elas: a
forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis,
Crônica da cidade do Rio de Janeiro responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o escolar pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os
netos dos escravos encontram amparo.

21 http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-
palavras-i.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira
palavras que selecionamos, podemos depreender a existência pessoa do plural).
de diferentes elementos formadores. Cada um desses -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
elementos formadores é uma unidade mínima de significação, pessoa do plural).
um elemento significativo indecomponível, a que damos o
nome de morfema. Vogal Temática: observe que, entre o radical cant- e as
desinências verbais, surge sempre o morfema– a.
Classificação dos Morfemas Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical,
Radical: há um morfema comum a todas as palavras que constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal
estamos analisando: escol-. temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos
É esse morfema comum - o radical - que faz com que as como os nomes apresentam vogais temáticas.
consideremos palavras de uma mesma família de significação.
- Nos cognatos o radical é a parte da palavra responsável Vogais Temáticas Nominais: são -a, -e, e -o, quando
por sua significação principal. átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola,
triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que
Afixos: como vimos, o acréscimo do morfema - ar - cria essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois
uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o a mesa, a escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão.
acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de de plural:
afixos. mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais
Quando são colocados antes do radical, como acontece tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam
com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como vogal temática.
arização, surgem depois do radical os afixos são chamados
de sufixos. Vogais temáticas verbais: são -a, -e e- i, que caracterizam
- Prefixos e Sufixos, além de operar mudança de classe três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
gramatical, são capazes de introduzir modificações de Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
significado no radical a que são acrescentados. conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem
Desinências: quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se à terceira conjugação.
formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis,
amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo primeira conj. segunda conj. terceira conj.
vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra
(primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos
amasse, por exemplo).
Assim, podemos concluir, que existem morfemas que Vogal ou consoante de ligação: as vogais ou consoantes
indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos,
surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma
desinências, no qual podem ser divididos em: determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação
na palavra escolaridade: o - i - entre os sufixos- ar- e -dade
a) Desinências nominais: indicam o gênero e o número facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos:
dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira,
opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. tricota.
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de Processos de Formação de Palavras
morfema, que indica o singular: garoto/garotos;
garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas. Composição
No caso dos nomes terminados em –r e– z, a desinência de Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
plural assume a forma -es: radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de
mar/mares; composição: justaposição e aglutinação.
revólver/revólveres; a) Justaposição: ocorre quando os elementos que formam
cruz/cruzes. o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos. Por
exemplo: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
b) Desinências verbais: em nossa língua, as desinências
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que b) Aglutinação: ocorre quando os elementos que formam
indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua
aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos integridade sonora. Por exemplo: Aguardente (água +
(desinência número-pessoais): ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta),
cant-á-va-mos vinagre (vinho + acre)
cant-á-sse-is
cant: radical Derivação por Acréscimo de Afixos
cant: radical É o processo pelo qual se obtêm palavras novas
-á-: vogal temática (derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A
-á-: vogal temática derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.

-va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito a) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
imperfeito do indicativo). acréscimo de prefixo.
-sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito
imperfeito do subjuntivo).

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APOSTILAS OPÇÃO

In------ --feliz des----------leal Questões


Prefixo radical prefixo radical
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam
b) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por pelo mesmo processo:
acréscimo de sufixo. A) ajoelhar / antebraço / assinatura
Feliz---- mente leal------dade B) atraso / embarque / pesca
Radical sufixo radical sufixo C) o jota / o sim / o tropeço
D) entrega / estupidez / sobreviver
c) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo E) antepor / exportação / sanguessuga
simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem
o sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não 02. A palavra “aguardente” formou-se por:
“existiria”). Por parassíntese formam-se principalmente A) hibridismo
verbos. B) aglutinação
En-- -----trist- ----ecer C) justaposição
Prefixo radical sufixo D) parassíntese
E) derivação regressiva
en----- ---tard--- --ecer
prefixo radical sufixo 03. Que item contém somente palavras formadas por
justaposição?
Outros Tipos de Derivação A) desagradável - complemente
Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem B) vaga-lume - pé-de-cabra
que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva C) encruzilhada - estremeceu
e a derivação imprópria. D) supersticiosa - valiosas
E) desatarraxou - estremeceu
a) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação 04. “Sarampo” é:
de substantivos derivados de verbos. A) forma primitiva
Por exemplo: A pesca está proibida. (pescar). Proibida a B) formado por derivação parassintética
caça. (caçar) C) formado por derivação regressiva
D) formado por derivação imprópria
b) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é E) formado por onomatopeia
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão 05. As palavras são formadas através de derivação
somente na classe gramatical. Por exemplo: parassintética em
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
deriva da conjunção porque) B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer.
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, C)caça, pesca, choro, combate.
substantivo) D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer.

Outros processos de formação de palavras Gabarito


- Hibridismo: é a palavra formada com elementos 01.B / 02.B / 03.B / 04.C / 05.B
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego) Sintaxe (frase, oração,
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
período; termos essenciais,
- Abreviação vocabular: cujo traço peculiar manifesta-se integrantes e acessórios da
por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no oração;
intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente
aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos:
metropolitano – metrô
extraordinário – extra ANÁLISE SINTÁTICA
otorrinolaringologista – otorrino
telefone – fone A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide
pneumático – pneu e classifica as orações que o constituem e reconhece a função
sintática dos termos de cada oração.
- Onomatopeia: consiste em criar palavras, tentando
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- Frase
zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá.
É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer
- Siglas: as siglas são formadas pela combinação das letras comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação,
iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome. estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou
Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e exteriorizar emoções22. São exemplos de frases23:
Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não “Por favor!”
ser que haja mais de três letras e a sigla seja “Bom dia, tudo bem com você?”
pronunciável sílaba por sílaba.
Por exemplo: Unicamp, Petrobras. Os sinais de pontuação são as pausas especiais nas frases,

22 OTHON, Garcia, Comunicação em Prosa Moderna. FGV.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

e quando ocorre a inversão do sujeito + predicado, a sua (A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
compreensão depende do contexto. (B) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
(C) Os meninos olharam à sua volta.
Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o
verbo ou seja frases constituídas apenas por nomes, 04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm
substantivo, adjetivo e pronome. verbos. Assinale, pois, as frases verbais:
Exemplo: Cada louco com sua mania. (A) Deus te guarde!
(B) As risadas não eram normais.
Tipos de Frases (C) Que ideia absurda!
Declarativas: anuncia algo de forma afirmativa ou (D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
negativa, ou juízo acerca de alguma coisa ou alguém: (E) Tão preta como o túnel!
Pedro estuda muito. (afirmativa) (F) Quem bom!
Jamais comprarei aquele carro. (negativa) (G) As ovelhas são mansas e pacientes.
(H) Que espírito irônico e livre!
Interrogativas: pergunta alguma coisa (com ponto de
interrogação) ou de forma indireta (sem o ponto de Respostas
interrogação).
Por que quebraste o vidro? 01. “a” e “d”
Gostaria de comprar uma casa.
02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d)
Imperativas: expressa uma ordem, pedido, pode ser optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
afirmativa ou negativa. declarativa
“Silêncio! Respeite o professor.” (afirmativa)
Não faça loucuras. (negativa) 03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Exclamativas: expressa uma admiração, surpresa,
arrependimento e etc. 04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são
Como ela é inteligente!
Não acertaram mais! Oração

Optativas: exprimir um desejo. É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há,
Deus te acompanhe! necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma
Que você consiga passar no concurso. frase (ou segmento de frase), várias frases ou um período,
completando um pensamento e concluindo o enunciado
Imprecativas: uma imprecação (lançar uma praga, através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
maldição). casos, através de reticências.
Não conseguindo atingir seu intento, dirigiu maldições Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
contra seu desafeto. elípticos - ocultos).
Maldito seja quem encontrar você. Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
assim não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
Atenção: Algumas frases só podem ser entendidas quando
compreendemos o contexto em que são empregadas, como por Socorro!
exemplo em frases que contém ironia, sarcasmo, deboche e Com licença!
escárnio. Pois estas as vezes acabam expressando o contrário Que rapaz impertinente!
do que aparentemente se diz.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
Questões partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou
as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração
01. Marque apenas as frases nominais: desempenha uma função sintática.
(A) Que voz estranha!
(B) A lanterna produzia boa claridade. Os termos da oração na língua portuguesa são classificados
(C) As risadas não eram normais. em três grandes níveis:
(D) Luisinho, não! - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e
exclamativa, optativa ou imperativa. Agente da Passiva).
(A) Você está bem? - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
(B) Não olhe; não olhe, Luisinho! Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
(C) Que alívio!
(D) Tomara que Luisinho não fique impressionado! Termos Essenciais da Oração
(E) Você se machucou? Dois termos fundamentais da oração: sujeito e predicado.
(F) A luz jorrou na caverna.
(G) Agora suma, seu monstro! Sujeito Predicado
(H) O túnel ficava cada vez mais escuro. Felicidade é estar satisfeito.
Os jovens compraram os doces.
03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
Um carro forte tombou nas ruas.
modelo:
Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
Lusinho, fique para trás. (imperativa) Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma

Língua Portuguesa 69
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APOSTILAS OPÇÃO

coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto É difícil optar por esse ou aquele doce...
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto É difícil: oração principal.
estilístico (o tópico da sentença). optar por esse ou aquele doce: oração substantiva
Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, subjetiva.
vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na
sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
predicado. por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um
verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um O sino era grande.
nome. 24Tendo assim por características básicas: Ela tem uma educação fina.
- Estabelecer concordância com o núcleo do predicado; Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
- Apresentar-se como elemento determinante em relação
ao predicado; O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
- Constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. Exemplo: palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
etc.). Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham
O banco está interditado hoje. uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
está interditado hoje: predicado nominal.
interditado: nome adjetivo = núcleo do predicado. Classificação dos Sujeitos
O banco: sujeito. Simples - tem um só núcleo, no singular ou plural: O
Banco: núcleo do sujeito - nome masculino singular. cachorro tem uma casinha linda.
Composto - apresenta mais de um núcleo: O garoto e a
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo menina brincavam alegremente.
determinante, ao passo que o predicado é o termo Expresso - está explícito, enunciado: Eu trabalharei
determinado. Essa posição de determinante do sujeito em amanhã.
relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser Oculto (ou elíptico) - está implícito, não está expresso,
possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas funciona como algo que não está claro, porém, no texto está o
nunca uma sentença sem predicado. Exemplos: significado dele: Trabalharei amanhã. (se deduz “eu” a partir
da desinência do verbo).
As formigas invadiram minha casa. Agente - ação expressa pelo verbo da voz ativa: O garoto
as formigas: sujeito = termo determinante. chutou a bola.
invadiram minha casa: predicado = termo determinado. Paciente - recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo
passivo: A bola é chutada pelo menino. Construíram-se
Há formigas na minha casa. açudes. (= Açudes foram construídos.)
há formigas na minha casa: predicado = termo Agente e Paciente - quando o sujeito realiza a ação
determinado. expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe
sujeito: inexistente. os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho;
Regina trancou-se no quarto.
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma Indeterminado - quando não se indica o agente da ação
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem
nome se refere a objetos da primeira e segunda pessoa, o atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto atropelou.); Come-se bem naquele restaurante (quem come).25
(eu, tu, ele, etc.).
Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua Observações:
representação pode ser feita através de um substantivo, de um - Não confunda sujeito indeterminado com sujeito oculto.
pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, - Sujeito formado por pronome indefinido não é
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe telefonou.
Exemplos: - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
Eu acompanho você até o guichê. já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa. admiração. “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a
moça”.
Vocês disseram alguma coisa? - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa (tu) ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se.
O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos. Exemplos:
Marcos: sujeito = substantivo próprio. Aqui paga-se bem.
Devagar se vai ao longe.
Ninguém entra na sala agora. Quando se é jovem, a vida é vigorosa.
ninguém: sujeito = pronome substantivo.
- O verbo no infinitivo impessoal, ocorre a indeterminação
O andar deve ser uma atividade diária. do sujeito. Exemplo: É legal assistir a estes filmes clássicos.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa
oração. Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir língua. Exemplo: Da casa próxima apareceu aquela moça. / É
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de difícil esta situação.
oração substantiva subjetiva:

24 www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/sujeito 25 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

Sem Sujeito - são enunciados através do predicado, o Predicativo do sujeito - é o nome dado ao núcleo do
verbo não é atribuído a nenhum sujeito. Construídas com predicado nominal, é atribuído uma qualidade ou
verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na característica ao sujeito. Os verbos de ligação (ser, estar,
sala. / Choveu durante a festa. parecer, etc.) são a ligação entre o sujeito e o predicado.
Exemplo: A atriz é talentosa.
São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, Sujeito – A atriz
acontecer, realizar-se, decorrer). Verbo de ligação - é
Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. Predicativo - talentosa
Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer,
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. Predicação verbal - tem como núcleo um verbo que
transmite ideia de ação, pode ser uma locução verbal (dois
Predicado - é a soma de todos os termos da oração, exceto verbos). Alguns verbos, por natureza, têm sentido completo,
o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre apresenta de predicação completa denominados intransitivos.
um verbo.26 Exemplo: Exemplos: A planta nasceu. / Os meninos correm.

Victor conhece os amigos do rei. Outros verbos, que tem predicação incompleta (sentido
sujeito: Victor = termo determinante. incompleto) conhecido como transitivos (precisam de
predicado: conhece os amigos do rei = termo determinado. complemento) Exemplos: Paulo comprou cinco pães. / A casa
pertence ao Júlio.
No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome,
quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, Observe que, sem os seus complementos, os verbos
ou um verbo (ou locução verbal). “comprou” e “pertence” não transmitiriam informações
Predicado nominal - (seu núcleo significativo é um nome, completas, pois ainda fica a dúvida: Comprou o quê? Pertence
substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo a quem?
de ligação).
Predicado verbal - (seu núcleo é um verbo, seguido, ou Os verbos de predicação completa denominam-se de
não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num intransitivos e os de predicação incompleta de transitivos.
mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos
ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e
predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos: indiretos (bitransitivos).
um verbo e um nome). Exemplos:
Além dos verbos transitivos e intransitivos, que encerram
Victor era jogador. uma noção definida ou conteúdo significativo, ainda existem
predicado: era jogador. os de ligação, verbos que entram na formação do predicado
núcleo do predicado: jogador = atributo do sujeito. nominal, relacionando o predicativo com o sujeito.
tipo de predicado: nominal.
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:
A prefeitura comprou várias coisas na licitação. Intransitivos: são os que não precisam de complemento,
predicado: comprou várias coisas na licitação. pois têm sentido completo. Exemplo: “Três contos bastavam,
núcleo do predicado: comprou = nova informação sobre o insistiu ele.” (Machado de Assis)
sujeito
tipo de predicado: verbal Observações: Os verbos intransitivos podem vir
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um
Os meninos jogavam bola contentes. predicativo (qualidade, características). Exemplos:
predicado: jogavam bola contentes.
núcleos do predicado: jogavam = nova informação sobre o Fui cedo; Passeamos pela cidade; Cheguei atrasado;
sujeito; contentes = atributo do sujeito. Entrei em casa aborrecido.
tipo de predicado: verbo-nominal.
As orações formadas com verbos intransitivos não podem
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é “transitar” (= passar) para a voz passiva. 27
responsável também por definir os tipos de elementos que Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho quando construídos com o objeto direto ou indireto. Exemplo:
basta para compor o predicado (verbo intransitivo).
Em outros casos é necessário um complemento que, “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do
juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre Nascimento)
o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís
não interferem na tipologia do predicado. Jardim)
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por Dias)
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos: “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo
que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
é depois de algozes) crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, ou seja,

26 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011. 27 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

sempre um complemento sem preposição. Alguns verbos Ceda o carro para sua mãe.
deste grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar,
designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: De Ligação: ligam ao sujeito o predicativo, uma palavra.
Comprei um terreno e construí a casa. Esses verbos, formam o predicado nominal. Exemplos:
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de A casa é feia.
Maricá) A carroça está torta.
A menina anda (=está) alegre.
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os A vizinha parecia uma mulher virtuosa.
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: Observações: os verbos de ligação não servem apenas de
Consideramos a situação difícil. anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
Fernando trazia os documentos. se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
Em geral, os verbos transitivos diretos são usados na voz exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
passiva. transitório. Exemplos:
Podem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, Ele é doente. (aspecto permanente)
as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as. Ele está doente. (aspecto transitório).
Podem ser construídos acidentalmente com preposição, a Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos
qual lhes acrescenta novo sentido: arrancar da espada; puxar em frases como por exemplo: Era = existia) uma vez uma
da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir princesa.;
com o dever; Eu não estava em casa. / Fiquei à sombra. / Anda com
Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher, dificuldades. / Parece que vai chover.28
avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar,
desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, Os verbos, relativamente à predicação, não fixos. Variam
imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, conforme apresentado na frase, a sua regência e sentido
ter, unir, ver, etc. podem pertencer a outro grupo. Exemplos:
O homem anda. (intransitivo)
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um O homem anda triste. (de ligação)
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
Exemplos: O cego não vê. (intransitivo)
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e Predicativo: expressa estado, qualidade ou condição do
neutros.” (Érico Veríssimo) ser ao qual se refere, ou seja, é um atributo. Dois predicativos
são apontados.
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos
importa distinguir os que se constroem com os pronomes Predicativo do Sujeito: exprime um atributo, estado ou
objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a modo de ser do sujeito, aparece como verbo de ligação, no
preposição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, predicado nominal. Exemplos:
desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc. O aluno é estudioso e exemplar.
Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os A casa era toda feita de pedras raras.
que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe,
lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de Outro tipo de predicativo, aparece no predicado verbo-
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, nominal. Exemplos:
depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc. José chegou cansado.
Os meninos chegaram cansados.
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e O predicativo subjetivo pode estar preposicionado; E pode
pouco mais, usados também como transitivos diretos. o predicativo ser antes do sujeito e do verbo. Exemplo:
Exemplos: São horríveis essas coisas!
João paga (perdoa, obedece) o médico. Que linda estava Amélia!
O médico é pago (perdoado, obedecido) por João. Completamente feliz ninguém é.

Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir, Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto
contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem de um verbo transitivo. Exemplos:
mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca da As paixões tornam os homens felizes.
preposição. Exemplos: Nós julgamos o fato estranho.
Trate de sua vida. (tratar=cuidar).
É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar). Observações: O predicativo objetivo, pode estar regido de
preposição. É facultativo, as vezes. E o predicativo objetivo em
Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de geral se refere ao objeto direto. Em casos especiais, pode
significação conforme sejam usados como transitivos diretos referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Exemplo:
ou indiretos. Chamavam-lhe poeta.
Podemos também antepor o predicativo a seu objeto como
Transitivos Diretos e Indiretos: utilizam com dois por exemplo: O advogado considerava indiscutíveis os
objetos: um direto, outro indireto, ao mesmo tempo. direitos da herdeira. / Julgo inoportuna essa viagem. / “E até
Exemplos: embriagado o vi muitas vezes.” / “Tinha estendida a seus pés
A jornalista fornece informações para os concorrentes. uma planta rústica da cidade.” / “Sentia ainda muito abertos
Oferecemos rosas a nossa amiga. os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.”

28 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

Termos Integrantes da Oração que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
Complementam o sentido de certos verbos e nomes para construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado;
que a oração fique completa, são chamados de: “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como
a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza
- Complemento Nominal; e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos
- Agente da Passiva. outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.”;
“Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”.
Objeto Direto: complementa o sentido de um verbo - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
transitivo direto, não regido por preposição. Dica: faça as principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
perguntas “o quê?” ou “quem?”. Exemplos: eufonia da frase: Judas traiu a Cristo; Amemos a Deus sobre
O menino matou o passarinho. (o menino matou quem ?) todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
Geraldo ama Andressa. (Geraldo ama o quê?) estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
Características do objeto direto: direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este
- Normalmente, não vem regido de preposição; confrade conheço desde os seus mais tenros anos”.
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
verbo ativo. Ex. Caim matou Abel. caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva. Ex. Abel foi ambos...”.
morto por Caim. - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes
a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e
O objeto direto pode ser constituído: odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O também aos outros.; A quantos a vida ilude!.
lavrador cultiva a terra; Unimos o útil ao agradável. - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever,
Espero-o na estação; Estimo-os muito; Sílvia olhou-se ao atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas
espelho; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” do caso.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
loja; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativo; A
do livro, ela o faz com cuidado; “Que teria o homem percebido substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome
nos meus escritos?” oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s)
e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, (convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só
dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três
mesma esfera semântica. Exemlos: as razões ou finalidades do emprego do objeto direto
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.” preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a
(Vivaldo Coaraci) ênfase ou a força da expressão.
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal
Machado) Objeto Direto Pleonástico: aquele que se repete na
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” sequência da frase. Quando queremos dar destaque ou ênfase
(Machado de Assis) à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase
Em tais construções é de rigor que o objeto venha e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome
acompanhado de um adjunto.29 oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-
se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
Objeto Direto Preposicionado: antecipado por preposição O pão, Paulo o trazia dentro da sacola.
não obrigatória. Exemplos: Seus cachorros, ele os cuidava em amor.
Identifiquei a vocês todos naquela foto (quem identifica,
identifica a algo, o verbo não pede preposição). Objeto Indireto: por meio de uma preposição obrigatória,
completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Dica: faça
Em certos casos, o objeto direto, vem precedido de às perguntas “para quê, em quê, de quê, ou preposição mais
preposição, e ocorrerá: quem?”
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: Exemplos:Meu irmão cuidava de toda a sua casa. (cuidava
Deste modo, prejudicas a ti e a ela; “Mas dona Carolina amava de quê ?) João gosta de goiaba. (gosta do quê ?)
mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava - Transitivos Indiretos: Assisti ao filme; Assistimos à
o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”. festa e à folia; Aludiu ao fato; Aspiro a uma casa boa.
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a - Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou
todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo passiva): Dou graças a Deus; Dedicou sua vida aos doentes e
desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.)
manobrar com ele, com aquele homem a quem na realidade
também temia, como todos ali”. O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente

29 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe ou pelos pronomes:
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. O cão foi atropelado pelo carro.
Este caderno foi rabiscado por mim.
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na
Deus por nós; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para voz ativa:
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto A menina foi penteada pela mãe. (voz passiva)
direto com o complemento nominal nem com o adjunto A mãe penteou a menina. (voz ativa)
adverbial; Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
“Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque
podem ser considerados adjuntos adverbiais. Observações: Frase de forma passiva analítica sem
complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As florestas
objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. são devastadas. (Devastam as florestas.); Na passiva
Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se
(=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram
Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
preposição é expressa, como característica do objeto indireto: Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
Recorro a Deus; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com
pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Termos Acessórios da Oração
Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti São os que desempenham na oração uma função
agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os
que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a substantivos, exprimir alguma circunstância. São três os
conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
pessoas com quem conto são poucas. adverbial e aposto.

Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é Adjunto adnominal: é o termo (expressão) que se junta a
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) um nome para melhor função especificar, detalhar ou
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: caracterizar o sentido desse nome (substantivos).31 Exemplo:
a, com, contra, de, em, para e por. Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o
substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas
Objeto Indireto Pleonástico: sempre representado por caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto
um pronome oblíquo átono para dar ênfase a um objeto adnominal).
indireto que já tem na frase. Exemplos: O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o água fresca, animal feroz; Pelos artigos: o mundo, as ruas;
destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal,
se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.” muitas rãs ,país cuja história conheço, que rua? Pelos
numerais: dois pés ,quinto ano; Pelas locuções ou expressões
Complemento Nominal: completa o sentido de um (nome) adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra
substantivo, de um adjetivo e um advérbio, sempre regido por especificação:
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; “O ódio ao mal é - presente de rei (=régio): qualidade
amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; “Ah, - livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
não fosse ele surdo à minha voz!” - água da fonte, filho de fazendeiros: origem
- fio de aço, casa de madeira: matéria
Observações: O complemento nominal representa o - casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de Observações: Não confundir o adjunto adnominal
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este
músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a
objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra,
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, próximo, etc. O adjunto adnominal formado por locução
a verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença,
próximo ;perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do
aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à presidente, aviso de amigo, declaração do ministro,
pátria; etc.30 empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de
árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de
Agente da Passiva: complementa um verbo na voz petróleo, amor de mãe.32
passiva. Sempre representa quem pratica a ação expressa pelo
verbo passivo. Vem regido na maioria das vezes pela Adjunto adverbial: termo que exprime uma circunstância
preposição por, e menos frequentemente pela preposição de: (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que
O vencedor foi escolhido pelos jurados. modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
O menino estava cercado pelo seu pai e mãe. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na
praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios:

30 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 32 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.
31 AMARAL, Emília. Novas Palavras. Editora FTD.2016.

Língua Portuguesa 74
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APOSTILAS OPÇÃO

Cheguei tarde; Maria é mais alta; Não durma na cabana; Ele O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
fala bem, fala corretamente; Talvez esteja enganado.; Pelas nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
locuções ou expressões adverbiais: Compreendo sem O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
esforço.; Saí com meu pai.; Paulo reside em São Paulo.; “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
Escureceu de repente. coisas.” (Raquel Jardim)

Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes Vocativo: termo que exprime um nome, título, apelido,
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não usado para chamar o interlocutor.
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de de Lourdes Teixeira)
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado
adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, de Assis)
companhia, meio, assunto, negação, etc. É importante saber “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto
indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. adv.); Observação: Profere-se o vocativo com entoação
água do mar (adj. adn.); gosta do mar (obj. indir.); ter medo exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo
do mar (compl. nom.). inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um
chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª
Aposto: um termo ou expressão que associa a um nome pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma
anterior, e explica ou esclarece o sentido desse nome. coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos
Geralmente, separado dos outros termos da oração por dois antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):
pontos, travessão e vírgula.
Exemplos: “Tem compaixão de nós, ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de estômago. “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” (Graciliano Ramos)
(Carlos Drummond de Andrade) “Esconde-te, ó sol de maio ,ó alegria do mundo!” (Camilo
Castelo Branco)
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura
ou por um pronome substantivo. Exemplo: da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.33
Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem
se ausentar. Questões

O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases 01. O termo em destaque é adjunto adverbial de
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do intensidade em:
sujeito. Ex. (A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. (B) enfrentamos MUITAS novidades
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de (C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
cores. (D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
(E) assumimos MUITO conflito e confusão
Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por
vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não 02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
haverá vírgula, como nestes exemplos: dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o respectivamente:
Colégio Tiradentes, etc. (A) sujeito – objeto direto;
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (B) sujeito – aposto;
(Graciliano Ramos) (C) objeto direto – aposto;
(D) objeto direto – objeto direto;
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às (E) objeto direto – complemento nominal.
vezes, está elíptico. Exemplos:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. 03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é
Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da objeto indireto.
alma humana. (A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário
Quintana)
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos: (B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)”
tempestade iminente. (Fernando Pessoa)
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito. (C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a
sonhar / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.”
Um aposto refere a outro aposto, às vezes: (Alphonsus de Guimarães)
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do (D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães
O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas, Rosa)
ou da preposição acidental como:
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase
Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile, o sujeito de “fez”?
não são banhados pelo mar. (A) o prêmio;

33 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) o jogador; Assis)


(C) que; “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(D) o gol; (Antônio Olavo Pereira)
(E) recebeu. “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
(Coelho Neto)
05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde
há predicativo do sujeito: - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando
(A) como o povo anda tristonho! vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
(B) agradou ao chefe o novo funcionário; O homem saiu do carro / e entrou na casa.
(C) ele nos garantiu que viria; OCA OCS
(D) no Rio não faltam diversões;
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções
Gabarito coordenativas que as introduzem. E podem ser:
01.D \ 02.C \ 03.D \ 04.C \ 05.A
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não
Período só... mas também, não só... mas ainda.
Saí da escola / e fui à lanchonete.
Toda frase com uma ou mais orações constitui um período, OCA OCS Aditiva
que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou
reticências. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
O período de uma oração pode ser: simples quando só traz conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com
uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
composto quando traz mais de uma oração. Exemplo: coordenativa aditiva.
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
Quero que você aprenda. (Período composto.) O menino comprou pães e um leite.
As crianças não gritavam e nem choravam.
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há Os celulares não somente instruem mas também
num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções divertem.
verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os
verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos: - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) Estudei bastante / mas não passei no teste.
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma OCA OCS Adversativa
oração)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
locuções verbais, duas orações) conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou
seja, por uma conjunção coordenativa adversativa.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas.
tempo (também chamada de período misto). “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)

Período Composto por Coordenação – Orações - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
Coordenadas por isso, pois, logo.

Considere, por exemplo, este período composto: Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os OCA OCS Conclusiva
tempos de infância.
1ª oração: Passeamos pela praia Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
2ª oração: brincamos conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato
3ª oração: recordamos os tempos de infância enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
As três orações que compõem esse período têm sentido coordenativa conclusiva.
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma Vives mentindo; logo, não mereces fé.
relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
da outra sintaticamente.
As orações independentes de um período são chamadas de - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou,
orações coordenadas (OC), e o período formado só de ora... ora, seja... seja, quer... quer.
orações coordenadas é chamado de período composto por
coordenação. Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
OCA OCS Alternativa
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas
e sindéticas. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando conjunção que estabelece uma relação de alternância ou
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. conjunção coordenativa alternativa.
OCA OCA OCA
Cale-se agora ou nunca mais fale.
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de Ora colocava a luca, ora a retirava.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, Período Composto por Subordinação


porque, pois, porquanto. Observe os termos destacados em cada uma destas
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. orações:
OCA OCS Explicativa Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção Todos querem sua participação. (objeto direto)
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa causa)
explicativa.
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Não comprei o carro, porque estava muito caro. orações com a mesma função sintática:
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário. Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
com função de adjunto adnominal)
Questões Todos querem / que você participe. (oração subordinada
com função de objeto direto)
01. Relacione as orações coordenadas por meio de Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
conjunções: subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões
surgiram. Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: é classificado como período composto por subordinação.
(A) causa As orações subordinadas são classificadas de acordo com a
(B) explicação função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
(C) conclusão
(D) proporção Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
(E) comparação São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da
oração principal (OP). São classificadas de acordo com a
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração conjunção subordinativa que as introduz:
sublinhada pode indicar uma ideia de:
(A) concessão - Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração
(B) oposição principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
(C) condição visto que.
(D) lugar Não fui à escola / porque fiquei doente.
(E) consequência OP OSA Causal

04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, O tambor soa porque é oco.
entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
1. Correu demais, ... caiu. Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. Sousa)
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
detalhes. - Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
(A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto Irei à sua casa / se não chover.
(B) por isso, porque, mas, portanto, que OP OSA Condicional
(C) logo, porém, pois, porque, mas
(D) porém, pois, logo, todavia, porque Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
(E) entretanto, que, porque, pois, portanto ofensores.
Se o conhecesses, não o condenarias.
05. Reúna as três orações em um período composto por “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond
coordenação, usando conjunções adequadas. de Andrade)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
Os dias já eram quentes. tenha êxito.
A água do mar ainda estava fria.
As praias permaneciam desertas. - Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
Respostas Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
que, mesmo que.
01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
surgiram. OP OSA Concessiva
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los. ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
Embora não possuísse informações seguras, ainda
02. E\03. C\04. B assim arriscou uma opinião.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo
05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos
estava fria, por isso as praias permaneciam desertas. critiquem.

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APOSTILAS OPÇÃO

Por mais que gritasse, não me ouviram. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
- Conformativas: expressam a conformidade de um fato subentendido o verbo ser (como a mãe é).
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. - Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona
OP OSA Conformativa proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
O homem age conforme pensa. quanto mais, quanto menos.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. OSA Proporcional OP
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de
informação. À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
- Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, diminuindo.
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal
(=assim que). Orações Subordinadas Substantivas
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. As orações subordinadas substantivas (OSS) são
OP OSA Temporal aquelas que, num período, exercem funções sintáticas
próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
Formiga, quando quer se perder, cria asas. conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
(Marquês de Maricá) principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
- Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
que, porque (=para que), que. mestre exigia a presença de todos.)
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. Mariana esperou que o marido voltasse.
OP OSA Final Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto
para que) indireto)
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as Necessito / de que você me ajude.
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = OP OSS Objetiva Indireta
para que não deixasse)
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
- Consecutivas: expressam a consequência do que foi viagem.)
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como Aconselha-o a que trabalhe mais.
(= porque), pois que, visto que. Daremos o prêmio a quem o merecer.
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. Lembre-se de que a vida é breve.
OP OSA Consecutiva
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” Observe :É importante sua colaboração. (sujeito)
(José J. Veiga) É importante / que você colabore.
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. OP OSS Subjetiva
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
prolongar minha viagem. A oração subjetiva geralmente vem:
- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em
- Comparativas: expressam ideia de comparação com construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, Ex.: É certo que ele voltará amanhã.
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado - Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
com menos ou mais). se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
Ela é bonita / como a mãe. - Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
OP OSA Comparativa ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o participem da reunião.
ferro.” (Marquês de Maricá)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. necessária.)
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à Parece que a situação melhorou.
luz daquele olhar. Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Oração Subordinada Substantiva Completiva O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
Nominal: É aquela que exerce a função de complemento OP OSA Restritiva
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou
convencido de sua inocência. (complemento nominal) Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Estou convencido / de que ele é inocente. o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
OP OSS Completiva Nominal aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
lugar. Exemplo:
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
dele.) Pedra que rola não cria limo.
Estava ansioso por que voltasses. Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Sê grato a quem te ensina. carnívoros.
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
cedo.” (Graciliano Ramos) escreveram.
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é Mariano)
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração
principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O - Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas
importante é sua felicidade. (predicativo) quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
O importante é / que você seja feliz. referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
OP OSS Predicativa restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
Minha esperança era que ele desistisse. novo livro.
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. OP OSA Explicativa OP
Não sou quem você pensa.
Deus, que é nosso pai, nos salvará.
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
que exerce a função de aposto de um termo da oração Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
benefício do país. (aposto) Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício na escrita se indicam por vírgulas.34
do país.
OP OSS Apositiva Orações Reduzidas
Observe que as orações subordinadas eram sempre
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
coisa: a sua felicidade) apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: outras que se apresentam com o verbo numa das formas
de que virias a morrer...” (Osmã Lins) nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
motivo oculto?” (Machado de Assis) Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de (infinitivo)
dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
recuperasse a saúde, tornou-se realidade. (particípio)

Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as As orações subordinadas que apresentam o verbo numa
orações substantivas podem ser introduzidas por outros das formas nominais são chamadas de reduzidas.
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
Não sei quando ele chegou. devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
Diga-me como resolver esse problema. colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou
Orações Subordinadas Adjetivas subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a classificação da oração desenvolvida.
função de adjunto adnominal de algum termo da oração
principal. Observe como podemos transformar um adjunto Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
adnominal em oração subordinada adjetiva: Quando entrei na escola, / encontrei o professor de
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) inglês.
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada OSA Temporal
adjetiva) Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
temporal, reduzida de infinitivo.
As orações subordinadas adjetivas são sempre
introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, Precisando de ajuda, telefone-me.
etc.) e podem ser classificadas em: Se precisar de ajuda, / telefone-me.
OSA Condicional
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que condicional, reduzida de gerúndio.
se referem. Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO

Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. 03. “Esses produtos podem ser encontrados nos
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com
vestiário. características adaptadas às dificuldades para mastigar e para
OSA Temporal engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter
reduzida de particípio. sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
(A) para se encaixarem.
Observações: (B) para seu encaixotamento.
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (C) para que se encaixassem.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (D) para que se encaixem.
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de (E) para que se encaixariam.
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
cidade. 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. orações seguintes?
Exemplos: (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
Preciso terminar este exercício. (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
Ele está jantando na sala. (C) O aluno fez-se passar por doutor.
Essa casa foi construída por meu pai. (D) Precisa-se de operários.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma (E) Não sei se o vinho está bom.
reduzida. Exemplo:
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. 05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração oração sublinhada é:
coordenada sindética aditiva) (A) subordinada substantiva completiva nominal
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de (B) subordinada substantiva objetiva indireta
gerúndio. (C) subordinada substantiva predicativa
Qual é a diferença entre as orações coordenadas (D) subordinada substantiva subjetiva
explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas (E) subordinada substantiva objetiva direta
podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil
estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como Respostas
o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de 01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a
oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. Concordância nominal e
Essa noção de causa e efeito não existe no período verbal; regência nominal e
composto por coordenação. Exemplo: verbal
Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a
oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi
sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O CONCORDÂNCIA NOMINAL
período agora é composto por coordenação, pois a oração
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e demais termos da oração para que concordem em gênero e
efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
causa de ela ter chorado. artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
OP OSA Comparativa OSA Condicional Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
concordam em gênero e número com o substantivo.
Questões A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei
era muito gentil e simpático.
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
estava para ser mãe”, a oração destacada é: Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra
(A) subordinada substantiva objetiva indireta geral mostrada acima.
(B) subordinada substantiva completiva nominal
(C) subordinada substantiva predicativa a) Um adjetivo após vários substantivos
(D) coordenada sindética conclusiva 1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
(E) coordenada sindética explicativa plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há e primo recém-chegados estiveram aqui.
reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
realidade.” A oração sublinhada é: 2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
(A) adverbial conformativa plural masculino ou concorda com o substantivo mais
(B) adjetiva próximo.
(C) adverbial consecutiva Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura.
(D) adverbial proporcional
(E) adverbial causal 3- Adjetivo funciona como predicativo: vai
obrigatoriamente para o plural.
O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua

Língua Portuguesa 80
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APOSTILAS OPÇÃO

esposa estiveram hospedados aqui. “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
próximo. cidade.
Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta
e suco. m) Meio
2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 1- Como advérbio: invariável.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estou meio (um pouco) insegura.
Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os
filhos. 2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava n) Só
fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as Só consegui comprar uma passagem.
línguas inglesa e espanhola.
2- sozinho (adjetivo): variável.
d) Pronomes de tratamento Estiveram sós durante horas.
Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
esteve no Brasil. Questões

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
Concordam com o substantivo a que se referem. nominal:
As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa. (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
Após essas expressões o substantivo fica sempre no (C) Alguma solução é necessária, e logo!
singular e o adjetivo no plural. (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
noutra bandeja rasas o peixe. não pode prosperar.
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
g) É bom, é necessario, é proibido João VI ter também elevado sua colônia americana à condição
Essas expressões não variam se o sujeito não vier de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil
precedido de artigo ou outro determinante. obter certa autonomia econômica.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada 02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
é proibida. gênero, número ou pessoa):
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer
h) Muito, pouco, caro a diferença.”
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
suficiente para mim. cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
2- Como advérbios: são invariáveis. longe...
Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
a batalha. compreensivo.

i) Mesmo, bastante 03. A concordância nominal está INCORRETA em:


1- Como advérbios: invariáveis (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
Preciso mesmo da sua ajuda. envolvimento da empresa.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessária.
2- Como pronomes: seguem a regra geral. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. empresa e a campanha.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessárias.
j) Menos, alerta
Em todas as ocasiões são invariáveis. 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta parênteses.
para com suas chamadas. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
necessária)
k) Tal Qual (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
consequente. bastantes)
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
fantasiados tais quais os filhos. (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
(meio/ meia)
l) Possível
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos. singular ou poderá concordar com o antecedente desse
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. /
o assunto. Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
(C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
criança viciadas. 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
parentes. antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
Respostas
01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c) 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
bastantes d) vazia e) meio / 05. C expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
CONCORDÂNCIA VERBAL porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos Observações:
referindo à relação de dependência estabelecida entre um - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
termo e outro mediante um contexto oracional. porcentagem, esse deverá concordar com o numeral:
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
Casos Referentes a Sujeito Simples - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
número e pessoa: O aluno chegou atrasado. diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
singular, o verbo permanece na terceira pessoa do 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de 11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes
adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos pessoa do singular ou do plural: Vossas
gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu
com inteligência.
3) Quando o sujeito é representado por expressões
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o que os determinam:
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo
/ A maioria dos alunos resolveram ficar. ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões Cubas é uma criação de Machado de Assis.
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele
5) Em casos em que o sujeito é representado pela nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais é uma potência mundial.
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
Observação: no caso da referida expressão aparecer Casos Referentes a Sujeito Composto
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha relacionado a dois pressupostos básicos:
de doação de alimentos. / Mais de um formando se - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
abraçaram durante as solenidades de formatura. demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos.
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais
trabalhar. 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer
anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai
7) Quanto aos relativos à concordância com locuções e seus dois filhos compareceram ao evento.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao
nos atermos a duas questões básicas: verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
concordar com o pronome pessoal: Alguns
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
de nós o receberá. mundo.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo

Língua Portuguesa 82
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APOSTILAS OPÇÃO

poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu coincidências que alguns animais transformaram a capacidade
esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se
fruto de meu esforço. rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes
Questões as chances de não chegarmos a nada parecido com a
inteligência.
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)
alternativa?
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior
A frase em que as regras de concordância estão
potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a
plenamente respeitadas é:
China, em breve, o ultrapassará.
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado,
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose.
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na
comê-las sem receio!
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
valerem de criatividade e planejamento.
janela do hotel!
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem
02. Uma pergunta
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
de dificuldades para obter a energia necessária a sua
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
decisão: - Quem sofrerá?
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a
04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
se considerar.
(Salvador Nicola, inédito) a concordância verbal está correta em:
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no acabou os créditos.
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de que executa diversos serviços para os clientes.
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre para os passageiros que chegavam à cidade.
o peso de suas mais graves decisões. (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) lembranças que seu tio lhe deixou.
tomar decisões sem medir suas consequências. (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... táxi para bater um papo com o motorista.
(costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, Respostas
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor 01.C / 02.C / 03.E / 04.C
humana.

03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando


a constatação do satélite Kepler de que existem muitos
Crase;
planetas com características físicas semelhantes ao nosso,
reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que
a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no CRASE
Universo.
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo É de grande importância a crase da preposição “a” com o
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na quais).
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a
o que, se não permite estimar o número de civilizações extra crase. O uso apropriado do acento grave depende da
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental
expectativas. também, para o entendimento da crase, dominar a regência
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a
complexos leva necessariamente à consciência e à verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um
inteligência? artigo ou pronome.35 Observe:
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais Vou a + a igreja.
matemático do que biológico: complexidade engendra Vou à igreja.
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre
espécies cujo subproduto é a inteligência. No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo

35 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php

Língua Portuguesa 83
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APOSTILAS OPÇÃO

“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. à tarde às ocultas às pressas à medida que
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem,
a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros à noite às claras às escondidas à força
exemplos:
Conheço a aluna. à vontade à beça à larga à escuta
Refiro-me à aluna.
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer à esquerda às turras às vezes à chave
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto à direita à procura à deriva à toa
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja à luz à sombra de à frente de à proporção que
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
à semelhança de às ordens à beira de
já especificados.

Casos em que a crase NÃO ocorre Crase diante de Nomes de Lugar

1) Diante de substantivos masculinos: Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do


Andamos a cavalo. artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que
Fomos a pé. diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
2) Diante de verbos no infinitivo: a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o
A criança começou a falar. termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou
Ela não tem nada a dizer. “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplo:
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
Vou à França. (Vim da[ de+a] França. Estou na[ em+a]
3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de França.)
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
dona: Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
Entreguei a todos os documentos necessários. Alegre.)
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes A volto DE, crase PRA QUÊ?”
podem ser identificados pelo método: troque a palavra Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a Vou à praia. = Volto da praia.
forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. - ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.) ocorrerá crase. Veja:
Informei o ocorrido à senhora. Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que,
(Informei o ocorrido ao senhor.) pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”.
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo)
4) Diante de numerais cardinais: Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
Chegou a duzentos o número de feridos regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Refiro-me a + aquele atentado.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
Preposição Pronome
1) Diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão. Refiro-me àquele atentado.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” preposição, portanto, ocorre a crase.
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida:
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Observe este outro exemplo:
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Aluguei aquela casa.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
3) Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã. Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais)
Elas chegaram às dez horas. A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e
Foram dormir à meia-noite. as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses
pronomes exigir a preposição a, haverá crase.
4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos
que participam palavras femininas. Por exemplo: utilizando a substituição do termo regido feminino por um

Língua Portuguesa 84
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APOSTILAS OPÇÃO

termo regido masculino. Por exemplo: A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai
até às cinco horas da tarde.
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade Questões

Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a 01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
crase. Veja outros exemplos: se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
questões de saúde pública como programas de esclarecimento
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) e prevenção, de tratamento para dependentes e de
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome
também pode ser detectada através da substituição do termo de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um
regente feminino por um termo regido masculino. Veja: drogado da nossa própria família?
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 2012)
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
As orações são semelhantes às de antes.
respectivamente, com:
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
(A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a
Crase com a Palavra Distância
(C) a … a … à … à
- Se a palavra distância estiver especificada ou
(D) à … à … à … à
determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
(E) a … a … a … a
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
determinada)
02. Leia o texto a seguir.
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
palavra está especificada.)
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
- Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
não pode ocorrer. Por exemplo:
que fez.
Os militares ficaram a distância. (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo,
Gostava de fotografar a distância. 1997,)
Ensinou a distância.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Observação: por motivo de clareza, para evitar ordem dada:
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: (A) à – a – a
Gostava de fotografar à distância. (B) a – a – à
Ensinou à distância. (C) à – a – à
Dizem que aquele médico cura à distância. (D) à – à – a
(E) a – à – à
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas
1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: (A) à - àqueles - a - há
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita. (B) a - àqueles - a - há
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga. (C) a - aqueles - à - a
(D) à - àqueles - a - a
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo (E) a - aqueles - à - há
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
escrever as frases abaixo das seguintes formas: 04. Leia o texto a seguir.
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula.
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao Comunicação
Roberto.
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando
Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw.
anos. E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está
Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está se materializando, tantos anos depois.
esperando por você. Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a
solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as e efervescente.
frases abaixo das seguintes formas: Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se.
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó. Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô. afinidades. É como, na vida, se faz um amigo.
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada
3) Depois da preposição até: formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que
Fui até a praia; ou Fui até à praia. sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta. reproduzidos uns dos outros.
Mas acontece que há também autores xerox, que nos

Língua Portuguesa 85
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APOSTILAS OPÇÃO

invadem com aqueles seus best-sellers... falaram.


Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já - Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? / Todos se
foi civilizado. comoveram durante o discurso de despedida.

(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. ed., - Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! /
2005.)
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
- Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de
festiva e efervescente.
qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se
escolar.
o segmento grifado for substituído por:
(A) leitura apressada e sem profundidade.
- Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios,
(B) cada um de nós neste formigueiro.
conforme lhe avisaram.
(C) exemplo de obras publicadas recentemente.
(D) uma comunicação festiva e virtual.
Ênclise
(E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
ênclise vai acontecer quando:
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
aos outros. / Sigam-me e não terão derrotas.
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
vida digna.
(www.metropolitana.com.br. 2012)
- O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. /
Chamaram-me para ser sócio.
Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma- - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da
padrão da língua portuguesa. preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
(A) à … à … à / Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
(B) a … a … à
(C) a … à … à - O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que
(D) à … à ... a aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se,
(E) a … à … a beijando-me a face.

Gabarito - Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no


1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. / Se
não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

Mesóclise
Colocação pronominal; A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
realizará).
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
ÁTONOS
proposta a você).
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi 36, a
Questões
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
01. Considerada a norma culta escrita, há correta
referem.
substituição de estrutura nominal por pronome em:
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
lhes, nos e vos.
lhes antecipadamente.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
oração em relação ao verbo:
verbo fabricar se extraiu-lhe.
1. Próclise: pronome antes do verbo;
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.
2. Ênclise: pronome depois do verbo;
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria
3. Mesóclise: pronome no meio do verbo.
de conhecê-las.
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.
Próclise
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em
- Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo
dessa cama. / Não se trata de nenhuma novidade.
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser
(A) Basta apresenta-lo.
- Advérbios: Nesta casa se fala alemão. / Naquele dia me
(B) Basta apresentar-lhe.
falaram que a professora não veio.
(C) Basta apresenta-lhe.
(D) Basta apresentá-la.
- Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não
(E) Basta apresentá-lo.
veio hoje. / Não vou deixar de estudar os conteúdos que me

36http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

03. Em qual período, o pronome átono que substitui o - Palavras de transição: são palavras responsáveis pela
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os
norma-padrão? enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições,
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.
conhecia-o
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Veja algumas palavras e expressões de transição e
Mauá – tinha encontrado-o. seus respectivos sentidos:
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro - inicialmente (começo, introdução)
no Museu – relatá-las-ão. - primeiramente (começo, introdução)
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus - antes de tudo (começo, introdução)
antepassados? – explicou-lhes. - desde já (começo, introdução)
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia - além disso (continuação)
de um museu virtual – Lhes vinham perguntando. - do mesmo modo (continuação)
- acresce que (continuação)
04. De acordo com a norma-padrão e as questões - ainda por cima (continuação)
gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o - bem como (continuação)
Escola”, é correto afirmar que - outrossim (continuação)
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que - enfim (conclusão)
acompanha. - dessa forma (conclusão)
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para - em suma (conclusão)
antes do verbo que acompanha. - nesse sentido (conclusão)
(C) a ê nclise em “Frustrei-me” é facultativa. - portanto (conclusão)
(D) a inclusã o do advé rbio Nã o, no inı́cio da oraçã o - afinal (conclusão)
“Frustrei-me”, tornaria a pró clise obrigató ria. - logo após (tempo)
(E) a ê nclise em “Frustrei-me” é obrigató ria. - ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
05. A substituição do elemento grifado pelo pronome - atualmente (tempo)
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: - enquanto isso (tempo)
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu - imediatamente (tempo)
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os - não raro (tempo)
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la - concomitantemente (tempo)
(D) que desviava a água = que lhe desviava - igualmente (semelhança, conformidade)
(E) supriam a necessidade = supriam-na - segundo (semelhança, conformidade)
- conforme (semelhança, conformidade)
Respostas - quer dizer (exemplificação, esclarecimento)
01.D/02.E/03.C/04.D/05.D - rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento)

Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso


cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor
Coesão; qualidade de vida.

- Coesão por referência: existem palavras que têm a


COESÃO função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
Coesão37 é a conexão e a harmonia entre os elementos de - pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal - pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
definição quando lemos um texto e verificamos que as - pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um - pronomes relativos: que, o qual, onde...
dando continuidade ao outro. - advérbios de lugar: aqui, aí, lá...

Os elementos de coesão determinam a transição de ideias Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal
entre as frases e os parágrafos. resultado demonstra que ela se esforçou bastante para
alcançar o objetivo que tanto almejava.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
- Coesão por substituição: substituição de um nome
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do
política agrária do país, porque consideram injusta a atual texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital
sem-terra.” gaúcha”;
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007) Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos
Escravos”;
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do João Paulo II: Sua Santidade;
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do Vênus: A Deusa da Beleza.
texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
principais são:

37 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da
mais importante da geração a qual representou. entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-
membros – o restante é formado por doações voluntárias.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados A crise econômica mundial se fez sentir também nessa
agrupados em conjuntos. área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu
orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
Questões comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013,
com cerca de US$ 6 bilhões.
01. Bem tratada, faz bem Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A
agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O
“O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a departamento de respostas a epidemias e pandemias foi
reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. experimentados deixaram seus cargos.
Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para
o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais
ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve foram limitados e mal liderados.
entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento Ocidental, com representantes dos países afetados.
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é Espera-se também maior comprometimento das potências
agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que
a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
O transporte também esteve no centro dos protestos de respectivamente.
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a A comunidade internacional tem diante de si um desafio
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez.
para o debate do tema. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta
(Sérgio Magalhães, O Globo) a favor da doença.

“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” ( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-


ebola.shtml, 2014)

Substituindo o termo destacado por uma oração


Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o
desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
referente do termo em destaque.
(A) para que se debatesse o tema;
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) –
(B) para se debater o tema;
organização
(C) para que se debata o tema;
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
(D) para debater-se o tema;
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(E) para que o tema fosse debatido.
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) –
gravidade da situação
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
internacional
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
4. Leia o texto para responder a questão.
(A) com a advertência de;
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são,
(B) quando adverte;
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma
(C) em que adverte;
universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o
(D) no qual advertia;
princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo
(E) para advertir.
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os
candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi
03. Corrida contra o ebola
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional,
mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para
disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de
refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000
privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas
contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas
públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode,
três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de
cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade
Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas
afirmar que a epidemia está fora de controle.
do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De
maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não
um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países
cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um
de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”.
contingente expressivo de profissionais para atuar nessas (www.istoe.com.br)
localidades afetadas.

Língua Portuguesa 88
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APOSTILAS OPÇÃO

Para responder a questão, considere a passagem – A Três princípios básicos são necessários para
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. compreendermos melhor o que é coerência textual:
O pronome eles tem como referente: 1) Princípio da Não Contradição: um texto deve
(A) candidatos convencionais e cotistas. apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum
(B) beneficiados. se contradigam;
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada. 2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos. do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
(E) pontos. diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão
da informação;
05. Leia os quadrinhos para responder a questão. 3) Princípio da Relevância: um texto com informações
fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada
fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias
não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.

É importante ressaltarmos que o uso adequado dos


conectivos também colabora na construção de um texto
coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de
estruturação do texto, presente em dois movimentos
essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a
Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe
quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua a você depreender os sentidos do texto.
portuguesa, é:
(A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um Tipos de Coerência
capacete.
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de São seis os tipos de coerência: sintática, semântica,
levar um capacete. temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los
(C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um contribui para a escrita de uma boa redação.
capacete.
(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre Coerência sintática: está relacionada com a estrutura
de levar um capacete. linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção
(E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade, lexical etc., e também à coesão. Quando empregada,
leva um capacete. eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado
dos conectivos.
Respostas
01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C Coerência semântica: para que a coerência semântica
esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o
texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está
relacionada com as relações de sentido entre as estruturas.
Coerência; Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e
inferência.

COERÊNCIA Coerência temática: todos os enunciados de um texto


precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção
A coerência textual38 não está na superfície do texto: a das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser
construção de sentidos será feita de acordo com o evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência
conhecimento prévio de cada leitor temática.
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma
também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer- exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às
se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
certo? pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém,
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma
básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo
Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas,
da linguística textual, mas possivelmente evita construções temos como resultado a incoerência pragmática.
ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus
conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma
conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início
nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por incoerência estilística não provoca prejuízos para a
serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros
coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o - como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem
responsável pela constituição dos significados do texto. formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não
literários.

38 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html

Língua Portuguesa 89
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APOSTILAS OPÇÃO

Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do (A) incoerência pragmática.


gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do (B) incoerência genérica.
enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social (C) incoerência estilística.
exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem (D) incoerência temática.
como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem (E) incoerência semântica.
seja concisa e objetiva, pois essas são as características
essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão, 03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:
entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de A identificação de elementos textuais como as figuras de
outro. linguagem é essencial para a interpretação de textos.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto,
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos explicada através da seguinte figura de linguagem:
demais textos, a coerência contribui para a construção de (A) Eufemismo.
enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na (B) Hipérbole.
compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência (C) Paradoxo.
depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico (D) Ironia.
de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a (E) Personificação.
informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade.
04.
Sendo assim não se esqueça que coerência39 é a relação Oito Anos
semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto,
criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, “Por que você é Flamengo
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. E meu pai Botafogo
Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias O que significa
no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e “Impávido colosso”?
sentido. Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Questões Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: Por que os dedos murcham
(A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, quando estou no banho
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos Por que as ruas enchem
associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à quando está chovendo
articulação das ideias. Quanto é mil trilhões
(B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos vezes infinito
dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o Quem é Jesus Cristo
responsável pela constituição dos significados do texto. Onde estão meus primos
(C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Well, well, well
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de Gabriel (...)”.
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. (Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo,
2004)
(D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da
Julgue as seguintes proposições:
relevância são elementos básicos que garantem a coerência
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases
textual.
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um
(E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos
texto desprovido de coerência.
conectivos, elementos que apenas colaboram para a
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações
estruturação do texto sem apresentar relação direta com a
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos
semântica textual.
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual.
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das
02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de
Watterson, e responda à questão:
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o
grande número de questionamentos que povoam o imaginário
infantil.
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos,
prejudica a construção de sentidos do texto.

(A) Todas estão corretas.


(B) Apenas II e III estão corretas.
(C) Apenas I e IV estão corretas.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) I, III e IV estão corretas.
Para cada situação interativa existe uma variedade de
língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão Gabarito
ou pela variedade não padrão. 01.E / 02.C / 03.D / 04.B
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma

39 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

2) Depois de interjeições ou vocativos.


Ex.: - João! Há quanto tempo!
Pontuação.
Ponto de Interrogação

PONTUAÇÃO Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.


“Então? Que é isso? Desertaram ambos?”
(Artur Azevedo)
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Reticências
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as
principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo 1) Indica que palavras foram suprimidas.
uso da língua portuguesa.40 Ex.: Comprei lápis, canetas, cadernos...
Ponto 2) Indica interrupção violenta da frase.
Ex.: Não... quero dizer... é verdade... Ah!
1) Indica o término do discurso ou de parte dele.
Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em 3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida
que se encontra. / Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga Ex.: Este mal... pega doutor?
e leite.
4) Indica que o sentido vai além do que foi dito
2) Usa-se nas abreviações. Ex.: Deixa, depois, o coração falar...
Ex.: V.Exª (Vossa Exelencia) , Sr. (Senhor), S.A (Sociedade
Anonima). Vírgula
Ponto e Vírgula Não se usa Vírgula
Separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-
1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma se diretamente entre si:
importância.
Ex.: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo 1) Entre sujeito e predicado.
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; Todos os alunos da sala foram advertidos.
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” sujeito predicado
(Vieira)
2) Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas. 2) Entre o verbo e seus objetos.
Ex.: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
montanhas, frio e cobertor. V.T.D.I .O.D .O.I.

3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, 3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e
decreto de lei, etc. Ex.: adjunto adnominal.
- Ir ao supermercado; A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
- Pegar as crianças na escola; despertou reações entre os empresários.
- Caminhada na praia; adj. adnominal nome adj. adn. Compl. nominal
- Reunião com amigos.
Usa-se a Vírgula
Dois Pontos 1) Para marcar intercalação:
a) Do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
1) Antes de uma citação. abundância, vem caindo de preço.
Ex.: Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:... b) Da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
2) Antes de um aposto. c) Das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
Ex.: Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem
tarde e calor à noite. abrir mão dos lucros altos.

3) Antes de uma explicação ou esclarecimento. 2) Para marcar inversão:


Ex.: Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
vivendo a rotina de sempre. Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
4) Em frases de estilo direto. Ex.: pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
Maria perguntou: c) Do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
- Por que você não toma uma decisão? de 1982.

Ponto de Exclamação 3) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos


em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. / A
1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
súplica, etc.
Ex.: - Sim! Claro que eu quero me casar com você! 4) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos
comer pizza; e vocês, churrasco.

40 http://tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com/2013/04/pontuacao-

resumo-com-questoes.html

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APOSTILAS OPÇÃO

5) Para isolar: (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,


a) O aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
possui um trânsito caótico. notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
b) O vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
Questões rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está exemplo!, do que em outros.
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
língua portuguesa. rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, exemplo, do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, exemplo - do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, correta após o acréscimo das vírgulas.
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. ao grupo ou acione o código na internet.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, código foi acionado.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
criança foi encontrada.
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as primeiro às, areias do Guarujá.
lacunas da frase abaixo: (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas de quem a encontrou e informar um ponto de referência
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o
trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. Respostas
(A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula 1.C / 2.C / 3.B / 4.D / 5.E
(B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
(C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
Anotações
03. Os sinais de pontuação estão empregados
corretamente em:
(A) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(B) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(C) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(E) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
das metas, de vendas associadas aos dois temas.

04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da


revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto
à regência nominal e à pontuação.

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GEOGRAFIA

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APOSTILAS OPÇÃO

Capitania Real

Características Gerais do
Estado do Rio de Janeiro

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO

Relações entre Sociedade e o Ambiente Natural no


Estado do Rio de Janeiro. Impactos Ambientais
Produzidos e Influências dos Elementos Naturais na
Sociedade Fluminense1 Identificou-se dois subespaços bem nítidos e contrastantes
no território fluminense, a metrópole atualmente com 21
Reflexões sobre o Espaço Fluminense: a Metrópole e o municípios, constituída pelo Rio de Janeiro como núcleo,
Interior comandando 20 municípios localizados na porção sul, na
O território fluminense, a partir de 1975, apresenta uma baixada litorânea e à leste da Baía de Guanabara, e os 71
nova configuração de ordem político administrativa, em municípios restantes, que o autor denominou de interior, ou
decorrência da fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e seja, aqueles não pertencentes à metrópole e que já
da Guanabara, retornando aos seus limites territoriais de pertenciam territorialmente ao antigo estado do Rio de
quando a província fluminense foi criada, a partir de três Janeiro.
Capitanias Hereditárias: São Vicente, ao sul, São Tomé, ao
norte, e a Capitania Real, correspondente à porção pertencente Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 2014
à cidade do Rio de Janeiro, em direção ao sul do atual estado.
Unidade territorial localizada na Região Sudeste, a região
concentradora de bens e serviços e de população, é uma das
menores do país, abarcando 43.900 km², mas detendo uma das
mais altas densidades populacionais, da ordem de 378,9
hab./km², segundo dados estatísticos da estimativa
populacional para 2016 (IBGE), além de configurar um quadro
físico muito diversificado e condicionante na organização
socioeconômica de seu território.
O estado do Rio de Janeiro possui um território, com
características e identidade próprias, resultante de marcas
pretéritas e recentes de processos de escalas macro e locais.

Regiões de Governo, 2014

Transformações Socioespaciais a Partir de 1975 aos


Dias Atuais
No território fluminense a partir de 1975, podemos
destacar, grosso modo, quatro características, que ratificam
nas escalas nacional e estadual o papel importante da
metrópole do Rio de Janeiro.
I) A importância da capital, Rio de Janeiro, em decorrência
da concentração populacional expressiva de bens e serviços,
que desde 1973 configura uma Região Metropolitana, e
atualmente registra 21 municípios e que concentra mais de
75,0% da população estadual, correspondendo a
aproximadamente 12 milhões de residentes, além de um setor
de serviços de diferentes naturezas, dentre eles firmas de
tecnologia de informação.
Cumpre registrar que a referida capital se relaciona ao
setor de comércio e serviços, desde sua gênese e, atualmente,
os serviços atrelados à tecnologia da informação, tem papel
importante, com empresas articulando-se e conectando-se

1Ribeiro, Miguel Angelo. Estado do Rio de Janeiro: das capitanias hereditárias à


uma nova divisão regional. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.

Geografia 1
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APOSTILAS OPÇÃO

com a rede mundial, enquanto no interior do estado, o setor Malha Urbana no Estado do Rio de Janeiro
industrial se faz presente de forma pontual – Campos dos
Goytacazes/Macaé; Petrópolis/Nova Friburgo/Teresópolis;
Volta Redonda/Barra Manda/Resende; e Angra dos Reis.

II) Outro fato importante é a ausência de integração e


identidade entre a capital e o interior, antes e após a fusão.
Como exemplo desta afirmativa, podemos mencionar que os
nascidos na cidade do Rio de Janeiro consideram-se cariocas e
não fluminenses, como aqueles nascidos no restante do estado.
Outro aspecto que evidencia esta falta de pertencimento, e
afirmação do Rio de Janeiro como centralidade político-
administrativa e econômica, diz respeito ao campeonato de
futebol estadual, no qual o primeiro turno é denominado de
Taça Guanabara e o segundo de Taça Rio, quando na verdade
este pleito deveria ser denominado de Campeonato do Estado
do Rio de Janeiro.
Outro fato importante está atrelado às transformações
III) Há um domínio da população urbana sobre a rural. A porque passou o território fluminense do final dos anos 1970
população urbana fluminense superou a rural antes da metade até os dias atuais, além da crise governamental porque vem
do século XX, desde a década de 1940, enquanto o Brasil só passando o estado. Tais transformações são decorrentes do
apresentou esta situação em 1970. Alguns aspectos podem ser lazer vinculado ao turismo e à segunda residência, no qual
evidenciados no tocante a esta característica, visto que o podemos identificar das oito regiões de governo delimitadas
referido estado apresenta a maior taxa de população urbana pelo CEPERJ (2013), três regiões apresentam expressividade:
do país, na qual 96,6% vivendo em cidades e vilas, segundo as Baixadas Litorâneas, a Costa Verde e a Região Serrana; do
critério oficial apontado pelo IBGE. O que explica a população hibridismo dos espaços rurais com a pluriatividade, onde a
fluminense residindo prioritariamente em domicílios urbanos Região Serrana tem papel de destaque diante das demais
está relacionado ao próprio crescimento vegetativo; a regiões, na qual o agricultor familiar se insere em atividades
migração com destino urbano; e a expansão pelas prefeituras de serviços vinculadas ao turismo e à segunda residência,
do perímetro urbano, atrelado ao recolhimento do IPTU em conforme pode ser identificado na RJ-130 (Teresópolis-Nova
nível municipal; enquanto o ITR (Imposto Territorial Rural) é Friburgo).
recolhido pelo Governo federal e repassado aos municípios. Os espaços rurais desses dois municípios mantém plantios
As maiores cidades fluminenses estão nos limites de hortifrutíferos e desenvolvem produtos raros ou nobres
metropolitanos, enquanto as cidades do interior são pouco que são comercializados com o município do Rio de Janeiro; da
representativas do ponto de vista do tamanho populacional, reconversão produtiva industrial, com novos
consideradas de pequeno porte, pois das 71 cidades do empreendimentos localizados na região do Médio Vale do
interior, 49 apresentaram população inferior a 25 mil Paraíba, onde a Companhia Siderúrgica Nacional, localizada no
habitantes, segundo Censo Demográfico (IBGE, 2010). município de Volta Redonda, teve papel de destaque, e que
Cumpre registrar que a urbanização tem sido o principal atualmente complementa a atividade industrial com novas
processo de organização do território fluminense, com indústrias, exemplificadas por montadora de caminhões e
aspectos de macrourbanização e metropolização – núcleo e ônibus e fábrica de automóveis da Nissan em Resende e,
periferia metropolitanas registram os maiores totais de fábrica de Hyundai em Itatiaia, todas implantadas após 2010.
populações vivendo em cidades e vilas, fato explicado pelo Da extração do petróleo, das atividades off-shore e da
adensamento populacional em áreas já urbanizadas e distribuição dos royalties, que contribuíram para um processo
incorporação de áreas rurais no tecido urbano, conforme pode de emancipações municipais fluminenses, destacando-se a
ser observado na representação do mapa da expansão urbana criação de municípios principalmente no Norte Fluminense e
fluminense. nas Baixadas Litorâneas, como Rio das Ostras, Armação dos
Búzios, Quissamã, Carapebus, dentre outros.
Principais sedes municipais do Estado do Rio de Janeiro, Cumpre fazer referência que com a exploração do petróleo
2010 no pré-sal, um novo “mapa” dos royalties pode ser
identificado, no qual Maricá desponta e já recebe mais do que
Macaé, secundado por Niterói, segundo a Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Geografia 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Projeto Porto do Açu – Município de São João da Barra
Biocombustíveis, 2017

O mapa geoeconômico do estado do Rio de Janeiro Projeto Porto do Açu – Município de São João da Barra
sintetiza, grosso modo, a divisão territorial do trabalho na
escala estadual, identificando as principais atividades
econômicas desenvolvidas pelas diferentes regiões de governo
e as principais centralidades.

Este empreendimento encontra-se em funcionamento


desde 2014 e está passando por uma mudança de perfil.
Cumpre destacar que o referido Porto, no primeiro semestre
Mais recentemente alguns investimentos foram de 2017 foi considerado o sexto maior terminal privado do
viabilizados no contexto estadual, dentre eles podemos citar: país em movimentação de cargas. E, por fim, não podemos
O Arco Metropolitano, ligando o Porto de Itaguaí (antigo Porto deixar de mencionar o Complexo de Barra do Furado.
de Sepetiba) ao COMPERJ (Complexo Petroquímico da É composto de um Estaleiro, no município de Quissamã; de
Petrobrás), em Itaboraí; O COMPERJ, obra em fase de uma Base de Apoio off-shore, e de um Centro de estocagem de
implantação, e na qual o referido projeto está sendo combustível, ambos voltados para o mercado das atividades
redimensionado, para o início de suas atividades. Obra afetada offshore de exploração e produção de petróleo e gás, e de um
pelos recentes escândalos ocorridos na Petrobrás e que teve estaleiro, no município de Campos dos Goytacazes.
como consequência sua implantação adiada; O Porto do Açu,
no Norte Fluminense, projeto que inicialmente pertencia ao Projeto Farol Barra do Furado – Município de Quissamã
grupo EBX e que hoje, é controlado pela americana EIG.
Concebido para atrair metalúrgicas, o referido complexo quer
transformar-se em hub de combustível natural, no qual
pretende-se construir uma usina térmica e um terminal de
importação de gás, com previsão de ligação com gasodutos do
Sudeste.

Obras COMPERJ – Município de Itaboraí

Tais transformações apontadas neste tópico influenciaram


em uma nova configuração territorial, que pode ser analisada
segundo a nova Divisão Regional publicada pelo IBGE (2017).

Geografia 3
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APOSTILAS OPÇÃO

A Nova Divisão Regional em Regiões Geográficas, o


Exemplo Fluminense

A divisão do espaço geográfico em regiões é uma tarefa de


caráter científico ditada tanto por interesses acadêmicos
quanto por necessidades do planejamento e da gestão do
território. Etimologicamente, o termo região é derivado do
latim régio, referindo-se à unidade político-territorial da
divisão do Império Romano.
Sua raiz é encontrada no verbo regere, governar, tendo o
referido termo, originalmente, uma conotação eminentemente
política. Com o decorrer do tempo, esta concepção foi
adquirindo nova conotação, passando a designar uma dada
porção da superfície terrestre, que através de um critério ou
outro, diferencia-se de uma outra porção.
Convém lembrar que o referido termo faz parte do
vocabulário do senso comum, como também é um conceito
chave da ciência geográfica e no decorrer da história do
pensamento geográfico, foi causador de intenso debate entre
os geógrafos. É um conceito muito complexo, permitindo
diferentes distinções e interpretações. Tais distinções e
interpretações não são únicas e nem excludentes, cada uma
tendo significado próprio, a partir das diferentes correntes do
pensamento geográfico.
O conceito de região está associado genericamente à noção
de diferenciação de áreas e que ao longo da história moderna
do pensamento geográfico, [tem se constituído] em um de seus
conceitos-chave, os outros sendo os de paisagem, espaço, lugar
e território.
Posto isto, passemos a analisar as duas divisões regionais
exemplificadas a partir do território fluminense, Passados mais de 26 anos, a Coordenação de Geografia do
estabelecendo comparações entre a divisão de 1991, as IBGE (2017) elaborou uma nova Divisão Regional, na qual
denominadas Mesorregiões e Microrregiões Geográficas, e a foram identificadas cinco Regiões Geográficas Intermediárias
atual, substituindo os termos anteriores por Regiões (antigas Mesorregiões) e 14 Regiões Geográficas Imediatas
Intermediárias e Imediatas (IBGE, 1990; 2017). (antigas Microrregiões).
A partir da publicação do IBGE de 1990 a dinâmica do Cumpre explicitar as diferenças entre a recente
processo de desenvolvimento capitalista em nosso país, pode delimitação proposta de divisão das Regiões Geográficas e a
ser traduzida pela inevitável desigualdade na organização anterior, a de 1990.
espacial que comporta diferentes formas de subordinação do Em decorrência da metodologia adotada para esta nova
trabalho ao capital e pela atuação crescente do papel do Estado divisão, a delimitação e proposta, conforme pode ser
naquele processo. observado na nomenclatura das respectivas regiões, as
Esse modelo regional, a partir desta concepção teórica, cidades tem papel importante, na qual a rede urbana
identificou mesorregiões e microrregiões geográficas, que a “comanda os fluxos de pessoas e mercadorias, a curta e média
partir das Unidades da Federação foram universo de análise, distância e dá sentido à vida cotidiana dos residentes”.
tendo por noção a totalidade nacional. O método utilizado foi Um outro elemento importante dessa nova divisão
a divisão sucessiva destes espaços – as Unidades Federadas. regional foi estabelecer que cada unidade da federação deveria
Uma mesorregião geográfica representava “uma área ter ao menos quatro Regiões Geográficas Imediatas e ao menos
individualizada, em uma unidade da federação, que duas Regiões Geográficas Intermediárias, respeitando,
apresentasse formas do espaço geográfico definidas pelas entretanto, os limites territoriais dos Estados, como na divisão
seguintes dimensões: “...o processo social, como determinante, anterior.
o quadro natural, como condicionante, a rede de comunicação
e de lugares, como elemento de articulação espacial”; Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas
enquanto as microrregiões geográficas consideradas como Imediatas e Regiões Geográficas Intermediárias, 2017
parte das mesorregiões , foram definidas por suas
especificidades quanto à estrutura da produção agropecuária,
industrial, extrativa mineral e pesqueira. Para compreensão
das especificidades da estrutura produtiva, utilizaram-se,
também, informações sobre o quadro natural e sobre relações
sociais e econômicas particulares, compondo a vida de
relações locais.
Para o território fluminense, segundo a base teórico-
conceitual apontada, foram identificadas seis mesorregiões e
18 microrregiões geográficas.

A rede urbana como importante elemento norteador dessa


nova delimitação das Regiões Geográficas Intermediárias e

Geografia 4
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APOSTILAS OPÇÃO

Imediatas foi decorrente das transformações, a partir dos anos Rua Teresa, no Polo comercial de Petrópolis
1990, refletindo nas novas relações no território fluminense.
Para exemplificar as diferenciações encontradas entre os dois
momentos temporais. Vamos apresentar três exemplos.
1- O primeiro, refere-se à Região Geográfica Intermediária
de Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio, apresentando duas
Regiões Geográficas Imediatas Macaé-Rio das Ostras e Cabo
Frio, ambas com seis municípios no interior de suas áreas de
atuação.
Esta nova Região Geográfica Intermediária, anteriormente
era pertencente à Mesorregião Norte Fluminense e
constituindo a Microrregião de Macaé, e a Mesorregião
Baixadas constituída das Microrregiões dos Lagos e Bacia de Feira do Alto, em Teresópolis
São João. Essa nova região geográfica se estrutura a partir das
atividades extrativas do petróleo e do recebimento dos
royalties pelas referidas prefeituras, além da atividade do
lazer vinculado ao turismo e à segunda residência,
principalmente nos municípios de Rio das Ostras, Cabo Frio,
Araruama e Armação dos Búzios, entre outros.
Cumpre destacar que configura-se um processo de
conurbação entre Macaé-Rio das Ostras, em decorrência dos
fluxos diários de população entre os dois municípios;
enquanto Cabo Frio é alçada ao patamar de cidade média, em
função de suas relações na oferta de bens e serviços à sua área Indústria de confecção em Nova Friburgo
de influência. Esta nova Região Geográfica Imediata, como
pode ser observado no mapa de 1991, apresentava, como já
explicitado, outra estrutura, devido a essa nova configuração
da Divisão territorial do Trabalho interna, como também da
própria estrutura territorial que se modificou, com a criação
de novos municípios, como Rio das Ostras, anteriormente
pertencente, como distrito de Casimiro de Abreu; Armação dos
Búzios, antigo distrito de Cabo Frio; e Carapebus, pertencente
como distrito de Macaé.
2- O segundo, refere-se à Petrópolis, atualmente Região
Geográfica Intermediária, passando a constituir uma nova
região com 19 municípios, com três Regiões Geográficas Feira de moda íntima em Nova Friburgo
Imediatas: Petrópolis com quatro; Nova Friburgo com 11; e
Três Rios-Paraíba do Sul, respectivamente com quatro
municípios. Tais municípios pertenciam à Microrregião
Serrana, incluída na Meso Metropolitana e municípios que
integravam as Micros Cantagalo-Cordeiro e Santa Maria
Madalena, que perdem essa categoria regional, passando para
a Região Geográfica Imediata de Nova Friburgo. Três Rios-
Paraíba do Sul formam uma Região Geográfica Imediata, antiga
Microrregião Três Rios. Como podemos perceber, Nova
Friburgo amplia sua área de atuação em nível local, enquanto
Petrópolis no nível intermediário, em decorrência de suas
transformações socioespaciais, consequentemente ampliando
seus alcances espaciais. Tais transformações, em escalas
distintas, refletem na Meso Centro-Sul Fluminense, que passa
a não existir nessa nova divisão regional, com os municípios 3- Por fim, a Região Geográfica Intermediária do Rio de
que a integravam constituindo as Regiões Geográficas Janeiro apresenta transformações, pois é acrescida dos
Intermediárias de Volta Redonda-Barra Mansa e Petrópolis. municípios de Silva Jardim, pertencente à Microrregião da
Este novo ordenamento regional resulta de atividades Bacia de São João e Araruama, incluída na Microrregião dos
ligadas à moda e vestuário; aos produtos de vestuário e Lagos, na Mesorregião Baixadas, em 1991.
decoração; e à indústria de confecção de moda íntima em Por outro lado, perde os municípios anteriormente
Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, além de atividades pertencente às Micros Serrana e Vassouras, que integravam a
voltadas para o turismo e segunda residência, como também Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro. A antiga
atividades agrícolas, como já mencionado em páginas Microrregião de Itaguaí passa à Região Imediata Angra dos
anteriores com a produção de hortifrutíferos. As figuras abaixo Reis e Itaguaí-Mangaratiba passam a integrar a Região
exemplificam o papel de polo de confecções, vestuário e Imediata do Rio de Janeiro.
decoração nos três municípios mencionados. Cumpre fazer referência que a Microrregião Vassouras,
pertencente em 1991 à Mesorregião Metropolitana do Rio de
Janeiro constitui, na Nova Divisão Regional, a Região Imediata
de Valença, pertencente à Região Intermediária Volta
Redonda-Barra Mansa. Neste sentido, a Região Geográfica
Intermediária do Rio de Janeiro é constituída por três Regiões
Imediatas: Rio de Janeiro, com 21 municípios; Angra dos Reis,
com dois municípios, Angra dos Reis e Paraty; além de Rio
Bonito, com três municípios.

Geografia 5
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APOSTILAS OPÇÃO

Tal configuração é resultante das articulações entre o era de 6.320.446 habitantes, com densidade demográfica à
núcleo metropolitano do Rio de Janeiro, a periferia mesma época de 5.265,82 hab./km².
metropolitana que se expandiu em direção ao norte do estado, Em 2018, esse número evoluiu para 6.688.927 habitantes,
com a inclusão de Araruama e Silva Jardim, em decorrência dos aproximadamente.
projetos, principalmente industriais, implantados neste limite
regional. Economia e Turismo
O município do Rio de Janeiro é um dos principais centros
Geografia do Município do Rio de Janeiro econômicos, culturais e financeiros do país, sendo
internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e
Localização paisagísticos, como o Pão de Açúcar, o morro do Corcovado
O Rio de Janeiro é um município situado no Sudeste do com a estátua do Cristo Redentor, as praias dos bairros de
país. É o maior destino turístico internacional no Brasil, da Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, entre outras; os
América Latina e de todo o Hemisfério Sul. estádios do Maracanã e Nilton Santos; o bairro boêmio da Lapa
A capital fluminense é a cidade brasileira mais conhecida e seus arcos; o Teatro Municipal do Rio de Janeiro; as florestas
no exterior, funcionando como um "espelho", ou "retrato" da Tijuca e da Pedra Branca; a Quinta da Boa Vista; a Biblioteca
nacional, seja positiva ou negativamente. É a segunda maior Nacional; a ilha de Paquetá; o réveillon de Copacabana; o
metrópole do Brasil (depois de São Paulo), a sexta maior da carnaval carioca; a Bossa Nova e o samba.
América e a trigésima quinta do mundo. Representa o segundo maior PIB do país e o 30º maior do
mundo. É sede das duas maiores empresas brasileiras, a
Localização do Município do Rio de Janeiro no Estado do Petrobras e a Vale, e das principais companhias de petróleo e
Rio de Janeiro telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de empresas
de mídia e comunicações da América Latina, o Grupo Globo.
Contemplado por grande número de universidades e
institutos, é o segundo maior polo de pesquisa e
desenvolvimento do Brasil, responsável por 19% da produção
científica nacional, com destaque para a Universidade Federal
do Rio de Janeiro.

Relevo
A cidade ocupa a margem ocidental da baía de Guanabara
e as ilhas (como Governador e Paquetá), e desenvolveu-se
sobre estreitas planícies aluviais comprimidas entre
montanhas e morros.
Está assentada sobre três grandes maciços: Pedra Branca,
Gericinó e o da Tijuca, com picos de interesse turístico como o
Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea, Corcovado, o Dois
Irmãos e o Pão de Açúcar.

Clima
Localização do Município do Rio de Janeiro no Brasil
O clima do Rio de Janeiro é o tropical atlântico, com
variações locais, devido às diferenças de altitude, à vegetação
e à proximidade com o oceano.
Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da
maritimidade é perceptível, traduzindo-se em amplitudes
térmicas relativamente baixas. Os verões são quentes e
úmidos e ocasionalmente com temporais.

Processo de Favelização do Município

O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes


econômicos e sociais, apresentando grandes disparidades
entre ricos e pobres. Enquanto muitos bairros ostentam um
Índice de Desenvolvimento Humano correspondente ao de
países nórdicos, em outros, observam-se níveis bem inferiores
à média municipal, como é o caso do Complexo do Alemão ou
da Rocinha.
Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH-M) do Rio de Janeiro era considerado "alto" pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
cujo valor, era o segundo maior a nível estadual (depois de
Limites Niterói) e o 45° a nível federal.
Tem como municípios limítrofes: Duque de Caxias, Itaguaí, Embora classificada como uma das principais metrópoles
Seropédica, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu e São do mundo, segundo o censo de 2010 feito pelo IBGE, 1,39
João de Meriti. milhão dos 6,29 milhões de habitantes da cidade, o que
corresponde a aproximadamente 22% de sua população,
População viviam em aglomerados subnormais.
De acordo com dados do IBGE2, a população estimada do Essas favelas se instalam principalmente sobre os morros,
município do Rio de Janeiro datada no último censo em 2010 devido ao relevo mamelonar do Rio de Janeiro, ou em mangues

2 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama

Geografia 6
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APOSTILAS OPÇÃO

aterrados como no Complexo do Manguinhos, onde as revelam o processo chamado de verticalização, que significa a
condições de moradia, saúde, educação e segurança são construção sobre as lajes.
extremamente precárias. Há, também, um passivo ambiental que, além da poluição
Um aspecto original das favelas do Rio é a proximidade aos gerada com o lançamento de esgoto in natura em nossos rios,
distritos mais valorizados da cidade, simbolizando a forte lagoas e praias, conta com a devastação dos morros e a invasão
desigualdade social, característica do Brasil. Alguns bairros de de áreas protegidas legalmente, o que pode ser traduzido em
luxo, como São Conrado, onde se localiza a favela da Rocinha, débito com toda uma sociedade, pelo desaparecimento de
encontram-se "espremidos" entre a praia e os morros. Nas algumas das paisagens mais belas do mundo.
favelas, ensino público e sistema de saúde deficitários ou
inexistentes, aliados à saturação do sistema prisional, Produto Interno Bruto (PIB)
contribuem com a intensificação da injustiça social e da Para a avaliação da atividade econômica do Município do
pobreza. Rio de Janeiro utilizou-se como base o desempenho do
Nas imagens abaixo, respectivamente, a favela da Rocinha, Produto Interno Bruto, por ser um dos indicadores mais
ao lado de edifícios residenciais do bairro nobre de São utilizados na macroeconomia para mensurar a atividade
Conrado. E o conjunto de favelas chamado Complexo do econômica de uma região.
Alemão. Representando a soma de todos os bens finais produzidos,
engloba a produção dos setores agropecuário, industrial e de
serviços, além do consumo da população, dos gastos do
governo e do saldo da balança comercial (exportação-
importação).

Evolução do Crescimento do Número de Indústrias

Violência
A guerra entre traficantes marca a rotina dos morros
cariocas.

Meio Ambiente
O Município do Rio de Janeiro possui ao longo de seu
território 73 áreas protegidas, distribuídas por Áreas de
Proteção Ambiental (APAS), Áreas de Proteção Ambiental e
Recuperação Urbana (APARUs), Áreas de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE), Parques Naturais Municipais, Parques
Estaduais, Parques Nacionais e Reservas Biológicas.

Proximidade das favelas em relação às Unidades de


Conservação

Textos e Gráficos com Situações Problema Típicas da


Sociedade Fluminense3

Distribuição das favelas do Município do Rio de Janeiro


por Áreas de Planejamento

Além de algumas favelas degradarem o meio ambiente,


invadindo as áreas de preservação ambiental, muitas delas
estão localizadas à margem de rios e lagoas, promovendo a
poluição direta destes corpos hídricos.
No período entre 1999 a 2008, o Município do Rio de
Janeiro possuía 1023 (mil e vinte e três) favelas cadastradas,
indicando o crescimento da área total ocupada em cerca de 3
milhões de m².
O crescimento, no entanto, é ainda mais significativo,
porque não retrata sua real expansão, pois as imagens não

3 http://www.tcm.rj.gov.br/Noticias/4645/Favelas.pdf

Geografia 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Localização Espacial dentro do Estado do Rio de Localização do Estado do Rio de Janeiro no Brasil
Janeiro

Mapa do Estado do Rio de Janeiro

População4
De acordo com dados do IBGE, a população estimada do
Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Estado do Rio de Janeiro, no último censo, em 2010, era de
Situa-se a sudeste da região Sudeste do país, tendo como aproximadamente 15.989.929 habitantes. Com densidade
limites os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito demográfica à mesma época de 365,23 hab./km².
Santo (nordeste) e São Paulo (sudoeste), além do Oceano Em 2018, essa população estimada evoluiu para
Atlântico (leste e sul). 17.159.960 habitantes.
Ocupa uma área de 43 780,172 km², e engloba 92
municípios. Apesar de ser, efetivamente, o terceiro menor Relevo e Vegetação
estado brasileiro (ficando à frente apenas de Alagoas e O estado do Rio de Janeiro faz parte do bioma da Mata
Sergipe), concentra 8,4% da população do país, sendo o estado Atlântica brasileira, tendo em seu relevo montanhas e
com maior densidade demográfica do Brasil. O litoral baixadas localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano
fluminense também o terceiro mais extenso do país, atrás das Atlântico, destacando-se pelas paisagens diversificadas, com
costas de Bahia e Maranhão. escarpas elevadas à beira-mar, restingas, baías, lagunas e
O Estado possui 5 Regiões geográficas intermediárias e 14 florestas tropicais.
Regiões geográficas imediatas. De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente
pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola
Divisão das Regiões Intermediárias e Imediatas no encontram-se em Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Cordeiro
Estado do Rio e em alguns municípios do vale do Rio Paraíba do Sul.
Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada
Fluminense, que corresponde às terras situadas em geral
abaixo de duzentos metros de altitude e o planalto ou Serra
Fluminense, acima de trezentos metros.
Os principais acidentes geográficos do estado são a Serra
do Mar e a Serra da Mantiqueira. A primeira recebe diversas
denominações locais: Serra dos Órgãos, Serra das Araras, Serra
da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o Pico
Maior de Friburgo, a 2.316 metros de altitude. A serra da
Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do
Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se
encontra o pico das Agulhas Negras, ponto culminante do
estado a 2.791 metros acima do nível do mar, no município de
Itatiaia.
Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde
a média de altitude cai para 250 metros. A nordeste, observa-
se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.
Divisão das Regiões Intermediárias em vermelho e das Imediatas em cinza no A vegetação original do estado inclui a Mata Atlântica,
Estado do Rio restingas, manguezais e campos de altitude. Devido à ocupação
agropastoril, o desmatamento a modificou sensivelmente.
Atualmente, as florestas ocupam um décimo do território
fluminense, concentrando-se principalmente nas partes mais
altas das serras. Há grandes extensões de campos produzidos
pela destruição, próprios para a pecuária, e, no litoral e no
fundo das baías, registra-se a presença de manguezais
(conjunto de árvores chamadas mangues, que crescem em
terrenos lamacentos).

4 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/panorama

Geografia 8
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APOSTILAS OPÇÃO

As principais unidades de conservação do estado são os importantes são as lagoas Feia, a maior do estado, Saquarema,
parques nacionais da Tijuca, de Itatiaia, da Serra da Bocaina, Maricá, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três
da Serra dos Órgãos e da Restinga de Jurubatiba, os parques últimas no município do Rio de Janeiro.
estaduais da Pedra Branca, da Ilha Grande e dos Três Picos e a O estado ainda conta com a maior laguna hipersalina do
Área de Proteção Ambiental de Guapimirim. mundo, a Laguna Araruama, que é chamada de lagoa por
alguns por um erro, pois, além de ser salobra, tem ligação com
Clima o mar através do Canal do Itajuru.
O litoral do Rio de Janeiro é extremamente recortado. Os
principais acidentes são a Baía da Ilha Grande, a Ilha Grande, a
Restinga da Marambaia, a Baía de Sepetiba e a Baía de
Guanabara, onde se destaca na paisagem a Enseada de
Botafogo. Há um total de 365 ilhas espalhadas pela costa
somente no município de Angra dos Reis e 65 na baía de
Paraty.

Economia
Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se
baseia na prestação de serviços, tendo uma parte significativa
da indústria e pouca influência no setor de agropecuária.
62,1% em representação do seu produto interno bruto se
referem à prestação de serviços em áreas como
telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação (TI),
turismo, turismo de negócios, ecoturismo, seguros e comércio.
Em seguida, com 37,5% do produto interno bruto vem o
setor industrial, como metalúrgica, siderúrgica, gás-química,
petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira,
salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de
papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de
petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa
Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropical papel de destaque na economia fluminense.
(nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na Região No que diz respeito à indústria do sal, a Região dos Lagos é
Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o clima tropical a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas
semiúmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do Rio
quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A Grande do Norte. No município de Cabo Frio está sediada a
temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice Refinaria Nacional de Sal, que é uma das principais indústrias
pluviométrico fica entre 1.000 a 1.500 milímetros anuais. salineiras do país.
Nos pontos mais elevados da Região Serrana, observa-se o No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as
clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes maiores empresas do país, incluindo a maior companhia
e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual brasileira, a Petrobras.
é de 16 °C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima Finalmente, respondendo por apenas 0,4% do produto
também é tropical de altitude, mas com verões variando entre interno bruto fluminense, a agropecuária é apoiada quase
quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e
frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o
aproximando dos 2.500 mm anuais em alguns pontos. café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.
Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o
clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24 °C
com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido
ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio Questões
trazido pela Corrente das Malvinas que esta região é uma das
mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca
de 750 mm em cidades como Arraial do Cabo, Armação dos
01. (PM/RJ – Soldado – Exatus) Observe os dados abaixo:
Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de 1.100
mm nas cidades mais chuvosas da região, como Saquarema
por exemplo.

Hidrografia
O Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em
Taubaté, no estado de São Paulo, e desemboca no Oceano
Atlântico, como a maior parte dos rios fluminenses, na altura
do município de São João da Barra.
Seus principais afluentes, no estado, são o Paraibuna,
Pomba e o Muriaé que possui um importante afluente, o
Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem
esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita. Além do
Paraíba do Sul, destacam-se, de norte para sul, os rios
Itabapoana, que marca fronteira com o Espírito Santo, o
Macabu, que deságua na Lagoa Feia, o Macaé, o São João, o rio
Macacu, o Majé e o Guandu.
O litoral fluminense é pontilhado por numerosas lagoas,
antigas baías fechadas por cordões de areia. As mais

Geografia 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Analisando os dados acima apresentados, é adequado em desenvolvimento. Assim sendo, suponhamos que tal oficial
afirmar que: tenha o seguinte roteiro de visitas:
(A) A morte de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, tendo
como causa intervenções legais e operações de guerra está
intima e unicamente vinculada à atitude preconceituosa de
agentes de segurança contra jovens das comunidades pobres.
(B) No ano de 2010, o expressivo número de mortes por
intervenções legais e operações de guerra pode ser vinculado
ao contexto de exclusão social e à clara marginalização de
várias áreas do município de Rio de Janeiro.
(C) Ao se comparar dados dos anos 2005 e 2010, conclui-
se que a expressiva diminuição de mortes por causa de
agressões e acidentes de transporte na faixa etária em questão,
refere-se à consolidação de medidas legais inseridas nas
Considerando o roteiro de vistas e o mapa supra
últimas décadas no contexto social brasileiro. Medidas estas
apresentados, necessariamente o Comandante Geral da
que conferem aos jovens a liberdade de movimentos e
PMERJ, nas datas previstas, estará nas seguintes cidades:
tratamento judicial diferenciado.
(A) Três Rios - São João da Barra - Volta Redonda -
(D) Em termos percentuais, as causas externas de óbito do
Itaperuna - Parati.
ano de 2005 em relação ao do ano 2010 apresentam
(B) Parati - São Joao da Barra - Itaperuna - Volta Redonda -
significativa queda, em especial aos relacionados a eventos
Três Rios.
indeterminados.
(C) Três Rios - Itaperuna - Volta Redonda - São João da
Barra - Parati.
02. (PM/RJ – Soldado – Exatus) Segundo dados do Censo
(D) São João da Barra - Volta Redonda - Parati - Itaperuna
2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
- Três Rios.
Estatística (IBGE), a população residente em aglomerados
subnormais (popularmente conhecidos por comunidades ou
04. (PM/RJ – Soldado – Exatus) Os fragmentos abaixo se
favelas) representava 23% do total da população carioca. E
referem às características de algumas regiões fluminenses.
contextualizando os aglomerados subnormais no território do
Leia-os atentamente:
município do Rio de Janeiro (RJ) é correto afirmar que:
FRAGMENTO 1 Esta tradicional região fluminense
(A) Nos últimos cinquenta anos, a cidade do Rio de Janeiro
apresenta considerável parcela da população
tem apresentado uma forte dinâmica de mudança de
economicamente ativa empregada no setor terciário. De modo
localização das favelas, dirigindo-se das áreas mais centrais, na
que a agroindústria açucareira, juntamente com a produção do
porção leste da cidade, para as mais periféricas, na porção
açúcar/álcool se posiciona com destaque na economia
oeste.
regional. Não obstante, a relevância político-econômica desta
(B) As regiões conhecidas como Complexo do Alemão,
região tem mudado em função de produtos altamente
Santa Cruz, Méier, Barra da Tijuca, Ramos e Madureira
rentáveis e necessários à economia nacional.
abrigam, em conjunto, mais de oitenta por cento de todo o
FRAGMENTO 2 Ainda que recorrentes, os problemas
contingente de população moradora em favelas da cidade do
ambientais e sociais nesta região são acentuados por eventos
Rio de Janeiro (RJ).
de ordem natural. No entanto, em função das atividades
(C) As maiores proporções de habitantes em favelas se
industriais e turísticas bem estruturadas, observa-se um
localizam nas zonas leste e norte da cidade do Rio de Janeiro,
dinamismo na produção têxtil, vestuário e metalurgia.
sendo que a explicação territorial para tal aglomeração é a
Predomina também nesta região a indústria tradicional,
expressiva presença de equipamentos sociais e de serviços
representada por pequenas e médias empresas, sobretudo as
nestas regiões.
de vestuário e têxteis.
(D) Os aglomerados subnormais cariocas são
FRAGMENTO 3 Destaque industrial no cenário
reconhecidamente áreas de ocupação das áreas mais planas e
fluminense, esta região apresenta aglomerações urbanas que
péssimas condições de infraestrutura urbana.
tem possibilitado dinamismo geoeconômico catalisador para o
Estado do Rio de Janeiro e para outros dois estados da região
03. (PM/RJ – Soldado – Exatus) Para resolução desta
sudeste. Não obstante, com o crescimento urbano e industrial
questão, observe o mapa abaixo:
mazelas têm proliferado na mesma velocidade, ou seja,
impactos ambientais, perda da qualidade de vida da
população, submoradias e crescentes índices de violência.
Considerando os fragmentos acima, podemos afirmar que:
(A) As características do fragmento 1 se referem à região
Centro Sul fluminense.
(B) A região da Costa Verde fluminense é corretamente
caracterizada pelo fragmento 2.
(C) O fragmento 3 revela contextos da região Médio
Paraíba.
(D) Os fragmentos 1 e 3 são relacionados às características
da Região Metropolitana.

05. (PM/RJ – Soldado – Exatus) Segundo estimativas


oficiais, o setor industrial como um todo responde por um
terço das emissões de gases de efeito estufa do Estado do Rio
de Janeiro. De tal forma, afirma-se como estratégia adequada
Uma das funções do Comandante Geral da Polícia Militar
para ajudar a diminuir emissões de carbono no Estado:
do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ é visitar frequentemente
(A) Atingir metas pactuadas pela Certificação ISO
os quartéis e seções vinculadas, inspecionando suas atividades
9001:2008, junto ao Painel Intergovemamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) e o governo brasileiro.

Geografia 10
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) Tolher processos produtivos eficientes combinados


com menor emissão de carbono, através de incrementos
tributários e de instrumentos de apoio à produção mais limpa.
(C) A captação direta ao consumo de água bruta e ao
lançamento de efluentes nos corpos hídrico.
(D) O incremento da política de compensação ambiental
para os casos irreversíveis de emissão de carbono.

Gabarito

01.B / 02.A / 03.C / 04.C / 05.D

Anotações

Geografia 11
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APOSTILAS OPÇÃO

Geografia 12
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HISTÓRIA

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APOSTILAS OPÇÃO

cidade era o principal entreposto comercial entre Ocidente e


Oriente.

Mitos e as Grandes Navegações

Uma das barreiras para concretizar as viagens no além mar


eram os medos que os navegantes possuíam em relação ao mar
aberto, um lugar desconhecido que na mente de muitos
marinheiros era povoado por seres extraordinários e criaturas
fantásticas.
Esses medos eram originários do imaginário medieval e da
falta de conhecimento sobre lugares ainda não mapeados, em
uma época de pouco ou nenhuma divulgação cultural ou
1. A expansão Ultramarina científica. Vale lembrar que os europeus, até o século XVI
Portuguesa dos séculos XV e conheciam apenas o norte da África e a região que hoje
XVI chamamos de Oriente Médio.

EXPANSÃO ULTRAMARINA

A Expansão Ultramarina europeia dos séculos XV e XVI foi


liderada por Portugal e Espanha, que conquistaram novas
terras e rotas de comércio, como o continente americano e o
caminho para as Índias pelo sul da África.
Desde o Renascimento Comercial, durante a Baixa Idade
Média, até a expansão ultramarina, as cidades italianas foram
os principais polos de desenvolvimento econômico europeu.
Elas detinham o monopólio comercial do mar Mediterrâneo,
abastecendo os mercados europeus com os produtos obtidos
no Oriente (especiarias), especialmente Constantinopla e
Alexandria.
Durante a Idade Média, as mercadorias italianas eram Fonte: Raisz, Erwin. Cartografia Geral, 1969
levadas por terra para o norte da Europa, especialmente para
o norte da França e Países Baixos. Contudo, no século XIV, O mapa acima é uma reprodução de um tipo de mapa muito
diante da Guerra dos Cem Anos e da peste negra, a rota comum na Idade Média, conhecido como Orbis Terrarum, ou
terrestre tornou-se inviável. A partir de então, começou a ser mapa T no O, por sua forma. No mapa é possível perceber a
utilizada uma nova rota, a rota marítima, ligando a Itália ao representação do mundo conhecido na Idade Média, em que
mar do Norte, via Mediterrâneo e Oceano Atlântico. haviam apenas três continentes, não sendo incorporados nem
Esta rota transformou Portugal num importante a América, a Antártida ou Oceania. Apesar da forma
entreposto de abastecimento dos navios italianos que iam arredondada, a terra era entendida como um disco plano,
para o mar do Norte, estimulando o grupo mercantil luso a cercada por mares que terminavam em um abismo profundo.
participar cada vez mais intensamente do desenvolvimento Apesar das teorias de que o mundo possuía um formato
comercial europeu. No início do século XV, Portugal partiu esférico existirem desde a antiguidade, ainda era comum
para as grandes navegações, objetivando contornar a África e aceitá-lo como uma tábula cercada pelos astros celestes.
alcançar as Índias, para obter diretamente as lucrativas Outro fator importante a ser notado no mapa é a influência
especiarias orientais. que a religião (cristianismo) exercia sobre todos os aspectos
A expansão marítima portuguesa foi acompanhada, em da vida dos europeus. A orientação geográfica coloca a Ásia
seguida pela espanhola e depois por vários outros Estados onde o norte está localizado, lugar que em um mapa moderno
europeus, integrando quase todo o mundo ao seria ocupado pela Europa. Antes da utilização da bússola de
desenvolvimento comercial capitalista da Europa. maneira definitiva na Europa, o norte não possuía a primazia
da parte superior dos mapas e cartas. A parte superior era
Motivos Para as Expansões reservada ao Oriente, a terra do Sol nascente, da luz, do
paraíso, de onde haviam sido expulsos Adão e Eva. Por essa
- O desejo de descobrir uma nova rota para o Oriente com razão, acreditava-se que o paraíso, descrito no livro bíblico de
o objetivo de reduzir o custo dos produtos comercializados na Gênesis, estava localizado em algum lugar da Ásia, que não
Europa; havia sido ainda reencontrado pelos cristãos. Jerusalém,
- Obter acesso aos metais preciosos, que eram necessários cidade de importante significado religioso e alvo de conquista
para a cunhagem de moedas e para o desenvolvimento das cruzadas é entendida como o centro do mundo.
econômico. Esses metais eram pouco encontrados na Europa;
- Aumento do poder da burguesia (mercadores), que Expansão Ultramarina Portuguesa e a Chegada ao
ambicionavam expandir seus negócios; Brasil
- Aumento do poder real, fundamental para a organização Portugal foi o primeiro país a investir na expansão
das expedições marítimas; marítima em virtude de uma série de fatores:
- Desenvolvimento de novos instrumentos e técnicas de - Desenvolvimento comercial, que proporcionou o surgi-
navegação, como o astrolábio, o quadrante, a bússola, além de mento de uma burguesia dinâmica e economicamente forte;
melhorias na construção dos navios, permitindo viagens mais - Interesse do grupo mercantil em expandir suas
longas; transações comerciais; consolidação do poder real por meio da
- Queda de Constantinopla em 1453, que apesar de ter Revolução de Avis (1383-85) promovida pela burguesia;
ocorrido após o início das primeiras expedições marítimas,
ajudou a acelerar o desejo europeu por novas rotas, já que a

História 1
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APOSTILAS OPÇÃO

- Aperfeiçoamentos náuticos pela invenção da caravela, Apesar dos impérios americanos constituírem grande
utilização da vela triangular ou “latina” e, possivelmente, a parte do território de ação dos espanhóis, alguns grupos
existência de um centro de estudos náuticos em Sagres; autônomos renderam aos espanhóis grandes preocupações e
- Posição geográfica favorável em direção à costa africana. conflitos. Grupos como os Araucanos e Mixtecas, que viviam
nas fronteiras dos grandes impérios, não possuíam a mesma
Os empreendimentos marítimos portugueses são unidade de Incas e Astecas, e tinham de ser conquistados um
divididos em duas etapas distintas: por um. A existência de grupos não pacificados ou dominados
gerava uma grande perda para a economia local, pois os gastos
- Reconhecimento e exploração do litoral da África e com a defesa desses lugares eram muito grandes, além dos
procura de um novo caminho marítimo para o Oriente prejuízos gerados pelos ataques, como são os casos das
(Índias). A primeira foi iniciada pela tomada de Ceuta em 1415, Guerras de Arauco na região do Chile e as rebeliões no norte
um entreposto mercantil norte-africano até então controlado do México causados por Mixtecas.
pelos mouros (árabes). Nessa fase, durante a qual foram
fundadas várias feitorias na costa africana para traficar A Escravidão no Brasil
escravos e produtos locais (ouro, marfim, pimenta-vermelha), O domínio da América portuguesa se deu de forma muito
descobriram-se as ilhas atlânticas da Madeira, dos Açores e de diferente da América espanhola. O território brasileiro possuía
Cabo Verde; as ilhas Canárias foram descobertas em um uma grande variedade de povos indígenas, de diferentes
período anterior. culturas e costumes. É importante destacar a heterogeneidade
- “Périplo africano” (contorno do continente) - Com a dos povos que aqui viviam. Há uma estimativa de que no
conquista de Constantinopla pelos turcos em 1453, os preços momento do contato com os europeus viviam aqui entre 2 e 4
das especiarias orientais elevaram-se repentinamente, milhões de pessoas, que estariam, segundo alguns autores,
incentivando ainda mais a busca de uma rota para as Índias. divididos em mais de 1000 povos diferentes, que
Assim, com a morte do Infante D. Henrique (1460), que até desapareceram por conta de epidemias, conflitos armados e
então dirigira a expansão marítima portuguesa, o Estado luso desorganização social e cultural.
empenhou-se em completar o “périplo africano”. Nessa nova Para os portugueses o desafio foi diferente do enfrentado
etapa, destacaram-se as viagens de Bartolomeu Dias (Cabo das pelos espanhóis. A mão de obra indígena era indispensável
Tormentas ou Boa Esperança, em 1488) e de Vasco da Gama para as intenções mercantilistas de Portugal, que pretendia
(chegada a Calicute, na Índia, em 1498). Pouco depois a iniciar a produção da cana-de-açúcar para a produção do
esquadra de Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil, em açúcar voltada para a exportação para o mercado europeu.
1500. Isso gerava a necessidade da existência de uma grande
Já no século XVI, sob o comando do almirante Francisco de quantidade de mão de obra barata para gerar lucros.
Almeida, novas tentativas são desenvolvidas, mas somente por Apesar de serem considerados súditos da coroa e portanto,
volta de 1509 os portugueses vêm a conhecer suas vitórias não poderem ser escravizados, a legislação criada por Portugal
mais significativas. Entre esse ano e aproximadamente 1515, o permitia recursos legais para a prática da dominação das
comandante alm. D. Afonso de Albuquerque — considerado o populações nativas. Os grupos indígenas que sofreram o maior
formador do Império português nas Índias — passou a ter impacto da escravidão foram aqueles localizados no nordeste
sucessivas vitórias no Oriente, conquistas que atingiram desde do país, nas capitanias de Pernambuco e Bahia. Durante o
a região do Golfo Pérsico (Áden), adentraram a Índia (Calicute, período de 1540 a 1570 muitos colonos que habitavam as
Goa, Diu, Damão), a ilha do Ceilão (Sri Lanka) e chegaram até à citadas capitanias fizeram contato com indígenas da região e
região da Indochina, onde foi conquistada a importante Ilha de começaram a estabelecer trocas. Pelo fato de existirem muitos
Java. grupos indígenas no Brasil, existiam também muitas
diferenças e as guerras entre eles eram algo constante. Muitos
Conflito, Dominação e Resistência dos Indígenas dos prisioneiros feitos nesses conflitos eram trocados com os
portugueses, que os utilizavam como escravos.
Resistências à Escravidão Uma das formas de resistência indígena, consistia no
O processo de interação e dominação entre indígenas e isolamento, eles foram se deslocando para regiões mais
europeus começa com os primeiros contatos nas ilhas da pobres, onde o homem branco ainda não havia chegado. Isso
América Central em 1492. Lá foram implantados os permitiu que houvesse a preservação da herança biológica,
“repartimentos” que consistiam na distribuição de indígenas a social e cultural. Apesar de muitos índios terem se isolado, o
alguns espanhóis, conhecidos como encomendeiros, que número de mortos foi ainda maior. Estima-se que viviam no
tinham a função de cuidar e os catequizar na fé cristã, Brasil cerca de quatro milhões de índios quando os
ganhando em troca a mão de obra indígena. Em 1500 a coroa colonizadores chegaram, hoje em dia, segundo o IBGE, são
espanhola tornou os indígenas livres e não mais sujeitos a cerca de 817 mil índios1.
servitude. Ao mesmo tempo ainda era possível dominar e
escravizar indígenas através da chamada “Guerra Justa”, Ocupar, Dominar e Colonizar o Brasil
quando as ações dos espanhóis pudessem ser consideradas Os portugueses chegam ao Brasil em 22 de abril de 1500,
morais. com a esquadra de Pedro Alvares Cabral, iniciando o período
O impacto da escravidão das populações indígenas foi conhecido como Pré-Colonial.
imenso. Poucos anos após a chegada de Colombo em 1492 Durante os primeiros trinta anos o Brasil foi atacado pelos
grande parte da população nativa da América havia sido holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do
dizimada por doenças e conflitos com europeus. Em 1512, Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que
tentando regular o funcionamento das Encomiendas, surgiu a dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou
Lei de Burgos (primeiro código de leis que deveria guiar o piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil,
comportamento os espanhóis na América, entre suas o que gerava medo por parte da coroa portuguesa em perder
diretrizes, estava a proibição ao mal trato indígena). Porém, a o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar
lei pouco adiantou, pois a ação intensiva dos encomendeiros e estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as
a falta de fiscalização sobre suas ações não acabaram com as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.
práticas de morte e trabalhos forçados.

1 https://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html

História 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Os portugueses continuaram a exploração da madeira, (C) A ocupação temporária europeia, por meio de feitorias,
construindo feitorias no litoral que serviam em resumo como deveu-se à inexistência de organização social produtora de
armazéns e postos de trocas com os indígenas. excedentes negociáveis.
No ano de 1530, o rei de Portugal, D. João III, organizou a (D) A cordialidade dos indígenas contrastava com a
primeira expedição com objetivos de colonização efetiva, hostilidade europeia dos portugueses, cujo objetivo metalista
comandada por Martin Afonso de Souza. A intenção era povoar conduzia sempre à prática da violência.
o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo (E) A cordialidade inicial entre europeus e índios deveu-se
de cana-de-açúcar no Brasil. ao fato de que o objetivo catequético superava os fins
materiais da expansão marítima.
Questões
01. No final do Século XIV, o único Estado centralizado e Gabarito
livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro na expansão 01.E / 02.E / 03.C / 04.A / 05.A
ultramarina, era o
(A) espanhol.
(B) inglês. 2. O sistema colonial
(C) francês.
(D) holandês. português na América -
(E) português Estrutura político-
administrativa, estrutura
02. A expansão marítima e comercial empreendida pelos
portugueses nos séculos XV e XVI está ligada: sócio-econômica, a escravidão
(A) aos interesses mercantis voltados para as "especiarias" (as formas de dominação
do Oriente, responsáveis inclusive, pela não exploração do econômico-sociais); as formas
ouro e do marfim africanos encontrados ainda no século XV;
(B) à tradição marítima lusitana, direcionada para o "mar de atuação do Estado
Oceano" (Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes Português na Colônia; a ação
tesouros; da Igreja, as invasões
(C) à existência de planos meticulosos traçados pelos
sábios da Escola de Sagres, que previam poder alcançar o estrangeiras, expansão
Oriente navegando para o Ocidente; territorial, interiorização e
(D) a diversas casualidades que, aliadas aos formação das fronteiras, as
conhecimentos geográficos muçulmanos, permitiram avançar
sempre para o Sul e assim, atingir as Índias; reformas pombalinas,
(E) ao caráter sistemático que assumiu a empresa rebeliões coloniais.
mercantil, explorando o litoral africano, mas sempre em busca Movimentos e tentativas
da "passagem" que levaria às Índias
emancipacionistas
03. A partir dos estudos realizados pelo governo
português, o pioneirismo na expansão ultramarina estava em
suas mãos, como grande marco do início da dominação BRASIL COLONIAL
portuguesa, responda qual foi o marco que dá início a sua
dominação. Da Organização da Colônia ao Governo Geral
(A) Colonização da Guiné • A organização colonial mostrada aqui é aquela a partir de
(B) Chegada dos portugueses ao Brasil 1530, após o chamado período pré-colonial. É o período após
(C) Dominação de Ceuta o envio da expedição de Martin Afonso de Souza com a
(D) Chegada as Índias intenção de policiar, ocupar e explorar efetivamente o
(E) Realização do chamado “périplo africano” território brasileiro, aceito como início real da colonização.

04. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no As Capitanias Hereditárias


Brasil, no chamado período “pré-colonial” (1500-1530), foi
marcado pelo(a):
(A) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo
escambo do pau-brasil;
(B) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico
africano.
(C) deslocamento, para a América, da estrutura
administrativa e militar já experimentada no Oriente;
(D) fixação de grupos missionários de várias ordens
religiosas para catequizar os indígenas;
(E) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais
holandeses.

05. (USS) Assinale a alternativa correta a respeito do


período pré-colonial brasileiro:
(A) Os franceses não reconheciam o domínio português,
tanto que chegaram a se estabelecer no Rio de Janeiro e no
Maranhão.
(B) O trabalho intenso de Anchieta e Nóbrega na catequese Fonte: http://www.estudopratico.com.br/
dos índios tinha o objetivo de impedir a escravização do
gentio.

História 3
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APOSTILAS OPÇÃO

A implantação do regime de capitanias hereditárias no governador e de seus principais auxiliares — o ouvidor-mor


Brasil em 1534 está vinculada com a incapacidade econômica (Justiça), o provedor-mor (Fazenda) e o capitão-mor (Defesa).
do Estado português em financiar diretamente a colonização. O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, fundador
Lembrando que o comércio com as Índias, maior responsável de Salvador, primeira cidade e capital do Brasil. Com ele
pelo excedente da balança comercial portuguesa já não era tão vieram os primeiros jesuítas.
lucrativo. A administração do segundo governador-geral, Duarte da
Por essa razão, e considerando a necessidade de se Costa, apresentou mais problemas que seu antecessor:
colonizar o país, D. João III decidiu dividir o território em - revoltas dos índios na Bahia
capitanias hereditárias para que elas se “auto colonizassem” - conflito entre o governador e o bispo
com recursos particulares sem que a coroa tivesse que investir - a invasão francesa do Rio de Janeiro (criação da França
dinheiro. Antártica).
O regime de capitanias já havia sido aplicado com êxito nas
ilhas atlânticas (Madeira, Açores, Cabo Verde e São Tomé) e no Em compensação, o terceiro governador-geral, Mem de Sá,
próprio Brasil já existia a capitania de São João, mostrou-se tão eficiente que a metrópole o manteve no cargo
correspondente ao atual arquipélago de Fernando de Noronha. até sua morte. Foi ele quem conseguiu expulsar os invasores
O território brasileiro foi dividido em 14 capitanias e franceses, com ajuda de seu sobrinho Estácio de Sá.
doadas a doze donatários. Os limites de cada território Depois de Mem de Sá, por duas vezes a colônia foi dividida
definido sempre por linhas paralelas iniciadas no litoral, temporariamente em dois governos-gerais: a primeira teve
estavam especificados na Carta de Doação. Este documento como divisão a Repartição do Norte, com capital em Salvador,
estipulava que a capitania seria hereditária, indivisível e e a do Sul, com capital no Rio de Janeiro.
inalienável, podendo ser readquirida somente pela Coroa. A segunda divisão foi durante a União Ibérica2, onde o
Nesse processo havia um segundo documento: o Foral, que Brasil foi transformado em duas colônias distintas: Estado do
regulamentava minuciosamente os direitos do rei. Na Brasil (cuja capital era Salvador e, depois, Rio de Janeiro) e
realidade, os donatários não recebiam a propriedade das Estado do Maranhão (cuja capital era São Luís e, depois,
capitanias, mas apenas sua posse. Ainda assim possuíam Belém). A reunificação só seria concretizada pelo Marquês de
amplos poderes administrativos, militares e judiciais, Pombal, em 1774.
respondendo unicamente ao soberano. Tratava-se portanto de Além das Capitanias e do Governo-Geral, as Câmaras
um regime administrativo descentralizado. Municipais nas vilas e nas cidades desempenhavam papel
São Vicente e Pernambuco foram as únicas capitanias que menor na administração do Brasil colonial. O controle das
prosperaram. O fracasso do projeto como um todo decorreu de Câmaras Municipais era exercido pelos grandes proprietários
vários fatores: falta de coordenação entre as capitanias, grande locais, conhecidos como "homens-bons". Entre suas
distância da metrópole, excessiva extensão territorial, ataques competências, destacavam-se a autoridade para decidir sobre
indígenas, desinteresse de vários donatários e, acima de tudo, preços de mercadorias e a fixação dos valores de alguns
insuficiência de recursos. tributos.
Motivado por esses fracassos, a saída encontrada pelo rei As eleições para as Câmaras Municipais eram realizadas
foi uma mudança na forma de administrar a colônia, com a entre os já citados homens-bons. Elegiam-se três vereadores,
criação do Governo-Geral. um procurador, um tesoureiro e um escrivão, sob a
As capitanias hereditárias não desapareceram de uma vez presidência de um juiz ordinário (juiz de paz).
com a criação do Governo-Geral, elas foram gradualmente
readquiridas pela Coroa até serem totalmente extintas, na Sistema Colonial
segunda metade do século XVIII pelo Marquês de Pombal.
Sociedade
* A relação de propriedades e nomes dos donatários e suas No topo da pirâmide social do período estavam os
capitanias já não é alvo de questões (é mais pedida em senhores de engenho. Eles dominavam a economia e a política,
vestibulares do que em concursos). De qualquer forma a lista exercendo poder sobre sua família e sobre outras pessoas que
segue abaixo. Sugiro que foquem sua atenção mais nas viviam em seus domínios sob sua proteção – os agregados. Era
características e motivos do fracasso do que na relação a chamada família patriarcal.
capitania-donatário. Na camada intermediária estavam os homens livres, como
religiosos, feitores, capatazes, militares, comerciantes,
Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários: artesãos e funcionários públicos. Alguns possuíam terras e
São Vicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro escravos, porém não exerciam grande influência
e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa), Paraíba do Sul (Pêro Gois individualmente, principalmente em relação à economia.
da Silveira), Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Na base estava a maior parte da população, que era
Seguro (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo composta de africanos e índios escravizados (sendo os índios
Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho), Pernambuco a primeira tentativa de escravidão). Os escravos não eram
(Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da vistos como pessoas com direito a igualdade. Eram
Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da Cunha e considerados propriedade dos senhores e faziam
Fernando Álvares de Andrade). praticamente todo o trabalho na colônia. Os escravos nas
zonas rurais não tinham nenhum direito na sociedade e
Governo Geral começavam a trabalhar desde crianças.
A sociedade colonial brasileira foi um reflexo da própria
A ideia de D. João III era centralizar a administração estrutura econômica, acompanhando suas tendências e
colonial subordinando as capitanias a um governador-geral mudanças. Suas características básicas entretanto, definiram-
que coordenasse e acelerasse o processo de colonização do se logo no início da colonização segundo padrões e valores do
Brasil. Com esse objetivo elaborou-se em 1548 o Regimento do colonizador português. Assim, a sociedade do Nordeste
Governador-Geral no Brasil, que regulamentava as funções do açucareiro do século XVI, essencialmente ruralizada,

2 *A União Ibérica foi o período em que o império português e espanhol falecimento, Felipe II, rei da Espanha e tio de D. Sebastião assume o trono
estiveram sob a mesma administração. Quando D. Sebastião – Rei de Portugal - português. Esse período durou 60 anos (1580 – 1640). Ele influenciou
desapareceu durante conflitos contra os mouros na África sem deixar herdeiros definitivamente as relações entre Portugal e Espanha e alterou de forma marcante
diretos, o trono português foi ocupado provisoriamente por seu tio-avô. Após seu nosso território originalmente definido pelo Tratado de Tordesilhas.

História 4
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APOSTILAS OPÇÃO

patriarcal, elitista, escravista e marcada pela imobilidade seu senhor não aceitasse a negociação, ele poderia continuar
social, é a matriz sobre a qual se assentarão as modificações fugindo e, portanto, dando prejuízos e maus exemplos, até que
dos séculos seguintes3. seu senhor resolvesse vendê-lo.
No século XVIII, a sociedade brasileira conheceu Era comum a fuga por alguns dias, quando em geral o
transformações expressivas. O crescimento populacional, a escravizado ficava nas imediações da moradia de seu senhor,
intensificação da vida urbana e o desenvolvimento de outras às vezes para cumprir obrigações religiosas, outras para
atividades econômicas para atender a essa nova realidade, visitar parentes separados pela venda, outras ainda, para fazer
resultaram indubitavelmente da mineração. Embora ainda algum “bico” e, com o dinheiro, completar o valor da alforria.
conservasse o seu caráter elitista, a sociedade do século XVIII
era mais aberta, mais heterogênea e marcada por uma relativa Os Quilombos
mobilidade social, portanto mais avançada em relação à Os quilombos ou mocambos (conjunto de habitações
sociedade rural e escravista dos séculos XVI e XVII. miseráveis) existiram desde a época colonial até os últimos
Os folguedos (festas populares) das camadas mais pobres anos do sistema escravista e assim como as fugas, foram
conviviam com os saraus e outros eventos sociais da camada comuns em todos os lugares em que existiu escravidão. A
dominante. Com relação a esta, o hábito de se locomover formação de quilombos pressupõe um tipo específico de fuga,
em cadeirinhas ou redes transportadas por escravos, a fuga de rompimento, cujo objetivo maior era a liberdade.
evidencia o aparecimento do escravo urbano, com destaque Essa não era uma alternativa fácil a ser seguida, pois
para os chamados negros de ganho4. significava viver sendo perseguido não apenas como um
escravo fugido, mas como criminoso.
Escravos e homens livres na Colônia O Brasil teve em sua história vários grandes quilombos e o
No Brasil colonial a mão de obra escrava foi utilizada mais conhecido foi Palmares. Palmares foi um quilombo
amplamente. A escravidão está presente na formação do país, formado no século XVII, na Serra da Barriga, região entre os
desde os índios aos negros que chegavam em navios, a estados de Alagoas e Pernambuco. Localizado numa área de
utilização do trabalho escravo se deu pela intenção de difícil acesso, os aquilombados conseguiram formar um Estado
maximizar lucros através da super exploração do trabalho e do com estrutura política, militar, econômica e sociocultural, que
trabalhador. Apesar da ampla utilização do trabalho escravo, tinha por modelo a organização social de antigos reinos
este não foi o único. Uma parte da sociedade era livre, africanos. Calcula-se que Palmares chegou a possuir uma
composta de trabalhadores livres, que no início eram apenas população de 30 mil pessoas.
os portugueses condenados ao exílio na América como Depois da abolição definitiva da escravidão no Brasil, em
punição. 1888, as comunidades negras deram outro sentido ao termo
Ser livre, mas pertencer ao último estamento social na “quilombo”, não sendo mais utilizado como forma de luta e
colônia significava apenas não ser escravo. Mesmo sendo resistência ao cativeiro, mas sim como morada e sobrevivência
livres, os mais pobres eram marginalizados e tinham poucas da família negra em pequenas comunidades onde seus valores
chances de ascensão sendo privados de exigir melhores culturais eram preservados. Tais comunidades receberam
situações econômicas. No grupo de trabalhadores livres diferentes nomeações: remanescentes de quilombos,
estavam os desgredados portugueses, escravos forros quilombos, mocambos, terra de preto, comunidades negras
(libertos) e os pardos. rurais, ou ainda comunidades de terreiro.
O cultivo do açúcar e os engenhos motivaram essa variação
de posição dos trabalhadores livres, em que os senhores de Educação
engenhos consideravam estar no topo da sociedade. A divisão A história da educação no Brasil tem início com a vinda dos
da terra através das sesmarias5 beneficiava os mais abastados padres jesuítas no final da primeira metade do século XVI,
que se tornavam os grandes proprietários e arrendavam uma inaugurando a primeira, mais longa e a mais importante fase
parte para colonos que não possuíam condições para ter sua da educação no país, observando que a sua relevância
própria terra, denominando assim os senhores de engenhos encontra-se nas consequências resultantes para a cultura e
(produtores de açúcar) e os agricultores (produtores de cana). civilização brasileiras6.
As relações entre senhores de engenho e agricultores, unidos Os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao
pelo interesse e pela dependência em relação ao mercado trabalho educativo. Logo perceberam que não seria possível
internacional, formaram o setor açucareiro. converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e
escrever.
A Resistência à Escravidão De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul e, em
Onde quer que tenha existido escravidão, houve 1570, vinte e um anos depois da sua chegada, já eram
resistência escrava. No Brasil os escravizados criaram diversas compostos por cinco escolas de instrução elementar – cursos
maneiras de resistência ao sistema escravista durante os de Letras, Filosofia e Teologia -, localizadas em Porto Seguro,
quase quatro séculos em que a escravidão existiu entre nós. A Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga,
resistência poderia assumir diversos aspectos: fazer “corpo e três colégios, localizados no Rio de Janeiro, Pernambuco e
mole” na realização das tarefas, sabotagens, roubos, Bahia.
sarcasmos, suicídios, abortos, fugas e formação de quilombos. A educação era privilégio apenas das classes abastadas,
Qualquer tipo de afronta à propriedade senhorial por parte do pois as famílias tradicionais faziam questão de terem entre
escravizado deve ser considerada como uma forma de seus filhos um doutor (médico ou advogado) e um padre. A
resistência ao sistema escravista. educação era usada como instrumento de legitimação da
As motivações que levavam um escravizado a fugir eram colonização, inculcando na população ideias de obediência
variadas e nem todas as fugas tinham por objetivo se livrar do total ao Estado português. Os jesuítas impunham um padrão
domínio senhorial. De forma contrária, às vezes, o escravizado educacional europeu, que desvalorizava completamente os
fugia à procura de um outro senhor que o comprasse; caso o aspectos culturais dos índios e dos negros.

3 https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/sociedade-colonial- garantir sua posse. Diferentemente das capitanias, ela não podiam ser divididas
brasileira em novos lotes.
4 Escravos que repassavam todos os ganhos de seu trabalho aos seus donos. 6 OLIVEIRA, M. B. AMANDA. Ação educacional jesuítica no Brasil colonial.
5 Sesmarias nada mais eram do que pedaços de terra doados a beneficiários Revista Brasileira de História da Religiões.
para que estes a cultivassem. Assim como no exemplo das capitanias, a posse real http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf8/ST6/005%20-
ainda era da Coroa e os beneficiários, deviam cumprir uma série de exigências para %20AMANDA%20MELISSA%20BARIANO%20DE%20OLIVEIRA.pdf

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APOSTILAS OPÇÃO

Em relação às mulheres, mesmo as das famílias mais Foi uma saída viável à recusa da aceitação de sua fé no
abastadas raramente recebiam instrução escolar, e esta reino, tendo em vista o fato da Inquisição nunca ter se
limitava-se às aulas de boas maneiras e de prendas instalado por aqui, embora tenham sido instituídas visitações
domésticas. As crianças escravas por sua vez estavam do Santo Ofício em 1591, 1605, 1618, 1627, 1763 e 1769.
excluídas do processo educacional, não tendo acesso às Alojados sobretudo na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba
escolas. e no Maranhão; os cristãos-novos recém-chegados
integraram-se rapidamente ocupando cargos nas Câmaras
Religião Municipais em atividades administrativas, burocráticas e
A origem do processo de ocupação territorial do Brasil, comerciais, destacando-se também como senhores de
serviu também para as intenções da igreja católica. engenho, algo impensável em Portugal.
Os portugueses que vieram para o Brasil estavam inseridos Sem a Inquisição em seus calcanhares, os cristãos-novos
no ideal similar ao das cruzadas, adotando o catolicismo como continuaram a exercer práticas judaicas no interior de seus
símbolo do poder da coroa. lares, mantendo vivos os laços familiares e comunitários
Diante desta ideia, todo o não católico era considerado um clandestinamente e ao mesmo tempo, adotando uma postura
inimigo em potencial, a não aceitação da fé em cristo era vista pública católica respondendo a uma necessidade de adesão,
como contestação do poder do rei e afronta direta a todo participação e identificação.
português, uma motivação que incentivou, dentre outros
fatores, o extermínio dos indígenas, vistos como pagãos e Cultura
infiéis. As manifestações artístico-culturais foram até o século
Havia também o outro lado da moeda, em que o gentil era XVII, condicionadas às atividades desenvolvidas aos centros
visto como potencialmente um servo da coroa e de Deus, desde de educação, que eram os colégios jesuíticos. No trato social
que tivesse a devida instrução. Essa ideia era defendida por alicerçavam-se práticas, usos e costumes que seriam
muitos jesuítas, como o padre Manuel da Nóbrega, conhecido marcantes para a formação da sociedade brasileira. A partir do
por defender o direito de liberdade dos nativos cristianizados. século XVIII esse cenário mudou.
Dentro deste contexto, a construção de igrejas passou a Com a emergência da mineração, inúmeras manifestações
delimitar a conquista territorial, garantindo a soberania do tornaram-se presentes, como a arte barroca (seja ela plástica
Estado. ou literária), as manifestações árcades e parnasianas,
principalmente ligadas a uma referência mais letrada e
A Religiosidade Africana influenciada pelos matizes europeus (a produção cultural não
Vigiados de perto por seus senhores e fiscalizados pelos era mais monopólio da igreja).
eclesiásticos católicos, na qualidade de escravos, considerados
utensílios de trabalho semelhantes a uma ferramenta, os Economia
africanos foram obrigados a aceitar a fé em cristo como • A primeira atividade extrativista lucrativa da colônia foi
símbolo da submissão aos europeus e a coroa portuguesa7. em torno da exploração do pau-brasil. É considerado seu ápice
Apesar disso, elementos das religiões africanas ainda no período pré-colonial, anterior a 1530 com a chegada
sobreviveram se ocultando em meio à simbologia cristã. de Martin Afonso e o empenho dos primeiros engenhos.
Associações de caráter locais, as irmandades negras Tratamos aqui a partir do cultivo de cana e produção do
contribuíram para forjar a polissemia (múltiplos sentidos de açúcar.
uma palavra) e sincretismo8 religioso brasileiro.
Impedidos de frequentar espaços que expressavam a - A cana-de-açúcar
religião católica dos brancos, as irmandades representavam Houveram muitos motivos para a escolha da cana como
uma das poucas formas de associação permitidas aos negros principal produto da colônia, sendo o principal a ocorrência do
no contexto colonial. Surgiram como forma de conferir status solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar.
e proteção aos seus membros, sendo responsáveis pela Além disso, era um produto muito bem cotado no comércio
construção de capelas, organização de festas religiosas e pela europeu.
compra de alforrias de seus irmãos, auxiliando a ação da igreja As primeiras mudas chegaram no início da ocupação
e demonstrando a eficácia da cristianização da população efetiva do território brasileiro, trazidas por Martim Afonso de
escravizada. Souza e plantadas no primeiro engenho, construído em São
Entretanto, ao se organizarem geralmente em torno da Vicente.
devoção a um santo específico que assumiu múltiplos Os principais centros de produção açucareira do Brasil
significados, incorporando ritos e cultos que eram originais localizavam-se nos atuais estados de Pernambuco, Bahia e São
aos deuses africanos, permitiram o nascimento de religiões Paulo.
afro-brasileiras como o acotundá, o candomblé e o calundu. A ocupação do Brasil no Século XVI esteve profundamente
ligada à indústria açucareira. A economia de plantation9
Os Judeus possui relação intensa com os interesses dos proprietários de
Perseguidos pelo Tribunal do Santo Ofício na Europa, os terras que lucravam enormemente com as culturas de
judeus sempre estiveram em situação de perigo iminente, exportação.
sendo obrigados a converterem-se ao cristianismo em O latifúndio formou-se nesse período tendo consequências
Portugal. até os dias de hoje. A produção da cana-de-açúcar também
Aos olhos do Estado, os convertidos passaram a ser contribuiu para a vinculação dependente do país em relação
considerados cristãos-novos, vigiados de perto pela Inquisição ao exterior, a monocultura de exportação e a escravidão com
sofrendo preconceitos e perseguições esporádicas. suas consequências. A colônia portuguesa de exploração
O Brasil se transformou na terra prometida para os prosperou graças ao sucesso comercial de sua produção.
cristãos-novos portugueses, compelidos a migrarem para Em 1630 os holandeses invadiram o nordeste da colônia,
novas terras em além-mar. na região de Pernambuco, que era a maior produtora de açúcar
na época. Durante sua permanência no Brasil, os holandeses

7 MOREIRA, S. ANTONIA. Intolerância Religiosa em Acapare. UNILAB. 8 Fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de

http://repositorio.unilab.edu.br:8080/jspui/bitstream/123456789/373/1/Anton seus elementos.


ia%20da%20Silva%20Moreira.pdf 9 Possui como características: latifúndio, mão de obra escrava e interesses

voltados à exportação.

História 6
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adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e comparecer todos aqueles que estivessem interessados em
organizacionais da indústria açucareira. Esses conhecimentos receber um lote; não se admitiam procuradores ou
criaram as bases para a implantação e desenvolvimento de representantes. O descobridor da jazida não só tinha o direito
uma indústria concorrente, de produção de açúcar em grande de escolher uma data, mas também de receber um prêmio em
escala, na região do Caribe. A concorrência imposta pelos dinheiro. A Intendência separava em seguida uma data para si,
holandeses, que haviam sido expulsos pelos portugueses, fez vendendo-a depois em leilão público. As datas restantes eram
com que o Brasil perdesse o monopólio que exercia no sorteadas entre os presentes. Encerrado o sorteio, se
mercado mundial do açúcar, levando a produção a entrar em sobrassem terras auríferas, fazia-se uma distribuição
declínio. suplementar. Se o número de interessados era muito grande, o
tamanho das datas era reduzido. Normalmente as datas eram
- Outras atividades econômicas lotes com no máximo 50 metros de largura.
Na região Nordeste a atividade pastoril expandiu-se No início da atividade mineradora foi estabelecido um
rapidamente, pois o capital necessário para a montagem de imposto para as pessoas que se dedicavam à extração: o
uma fazenda de gado era bastante reduzido. As terras eram quinto. Correspondia a 20% do ouro extraído, que deveria ser
fartas e o criador precisava somente requerer a doação de uma pago para a Coroa. Como era difícil determinar se uma barra
sesmaria ou simplesmente apossar-se da terra. ou saca de ouro havia sido ou não quintada, a sonegação era
As instalações das propriedades pastoris eram comuns, uma pratica fácil de ser realizada.
com poucas casas e alguns currais feitos com material Com o objetivo de regularizar a cobrança, foi criado um
encontrado nas localidades. O método de criação também era imposto adicional chamado finta10 que não funcionou como
muito simples, feito de maneira extensiva (o gado vivia solto planejado e acabou sendo extinto. Para resolver o problema o
no campo), o que dispensava mão-de-obra numerosa ou governo criou as Casas de Fundição, das quais a mais famosa
especializada. foi a de Minas Gerais, inaugurada em 1725.
Na região amazônica a geografia impedia a implantação de Nas casas de fundição o minerador entregava seu ouro, que
fazendas de cultivo ou a criação de animais. Ao penetrarem os era fundido e transformado em barras, das quais era
rios e selvas da região os portugueses notaram que os índios descontado o quinto. Após as Casas de Fundição, também foi
utilizavam uma grande variedade de frutas, ervas, folhas e proibida a comercialização e exportação de ouro em pó. É
raízes para fins medicinais e alimentícios. Os produtos possivelmente dessa época o surgimento dos “Santos do pau
utilizados, em especial cacau, baunilha, canela, urucum, oco” (imagens de santos esculpidas por dentro e preenchidas
guaraná, cravo e resinas aromáticas foram chamados de com ouro em pó, para fugir da fiscalização e da cobrança).
drogas do sertão, e possuíam bom valor de comércio na Em 1735 a Coroa começou a cobrar um novo imposto, a
Europa, podendo ser vendidas como substitutas ou Capitação. Era um imposto per capita, pago em ouro pelas
complementos das especiarias. Além das plantas, outras pessoas e estabelecimentos comerciais da área mineradora.
variedades de drogas do sertão incluíam: gordura de peixe- Em 1750 a capitação foi extinta, restando apenas o quinto.
boi, ovos de tartaruga, araras e papagaios, jacarés, lontras e Apesar disso, era exigida uma arrecadação mínima de 100
felinos. arrobas de ouro por ano. Caso não fosse atingida a arrecadação
era decretada a derrama: cobrança da quantidade que faltava
- O ciclo do ouro para completar as 100 arrobas de arrecadação.
Quando foi divulgada a notícia da descoberta de jazidas Conforme as jazidas foram se esgotando, a produção de
auríferas, muitas pessoas dirigiram-se para as regiões onde foi ouro caiu assim como a arrecadação de impostos. As suspeitas
encontrado o ouro, em especial para o atual território do de sonegação de impostos e a violência da Intendência
estado de Minas Gerais. Praticamente todas as pessoas que se aumentaram juntamente, gerando atritos e conflitos entre
deslocaram para a região o fizeram na intenção de dedicar-se autoridades e mineradores, uma das causas da Inconfidência
exclusivamente na exploração do metal, deixando de lado até Mineira de 1789.
mesmo atividades essenciais para a sobrevivência, como a Para a extração do ouro foram organizados dois tipos de
produção de alimentos. empreendimentos: lavras e faiscações.
Isso gerou uma profunda escassez de mercadorias na As lavras eram unidades de produção relativamente
região. Era comum entre os anos de 1700 e 1730 a ocorrência grandes, podendo até possuir equipamento especializado e o
de crises de fome caso o acesso a outras regiões das quais os trabalho de mais de 100 escravos, o que exigia o investimento
produtos básicos eram adquiridos fossem interrompidas. A de alto capital, sendo rentável apenas em jazidas de ouro de
situação começa a mudar com a expansão de novas atividades, tamanho suficientemente grande.
e com a melhoria das vias de comunicação. Nas faiscações, que eram pequenas unidades produtoras,
trabalhavam somente algumas pessoas (por vezes eram até
- Impostos e a administração da coroa mesmo compostas de trabalhadores individuais). Era comum
Com as primeiras notícias de descobrimento das jazidas a prática do envio de escravos por homens livres para
em Minas Gerais, a Coroa publicou o Regimento dos faiscação, sendo o ouro encontrado dividido entre ambos.
Superintendentes, Guardas-Mores e Oficiais-Deputados para
as minas de ouro, no ano de 1702. Expansões Geográficas
Para executar o regimento, cobrar impostos e
superintender o serviço de mineração, foram criadas as Entradas e bandeiras, conquista e colonização do nordeste,
Intendências de Minas, uma para cada capitania em que penetração na Amazônia, conquista do Sul, Tratados e limites.
houvesse a extração de ouro.
Quando uma nova jazida era descoberta, era obrigatória a Bandeiras e Bandeirantes
comunicação para a Intendência. O Guarda-mor, então, dirigia- As bandeiras, tradicionalmente definidas como expedições
se ao local, ordenando a demarcação do terreno a ser particulares, em oposição às entradas, de caráter oficial,
explorado. Este era dividido em lotes, que eram chamados de contribuíram decisivamente para a expansão territorial do
datas. Brasil Colônia. A pobreza de São Paulo, decorrente do fracasso
As datas eram entregues através de sorteio. No dia da da lavoura canavieira no século XVI, a possibilidade da
distribuição, comunicado com certa antecedência, deviam existência de metais preciosos no interior e particularmente, a

10 30 arrobas de ouro cobradas anualmente.

História 7
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necessidade de mão-de-obra para o açúcar nordestino durante espanholas e depois por, quando dos portugueses adentrarem
a União Ibérica, levaram os paulistas a organizar a caça ao o território além do estabelecido não encontrarem nenhum
índio, o bandeirismo de contrato e a busca mineral. problema, afinal os espanhóis entendiam que o seu povo
estava povoando a sua terra.
• As entradas tinham uma origem diferente, porém com Os limites estabelecidos em Tordesilhas foram tão
finalidade semelhante à dos bandeirantes. Enquanto o alterados e de forma tão definitiva (várias novas colônias já
movimento das bandeiras tratava-se de uma expedição haviam sido estabelecidas) que um novo acordo sobre os
particular (normalmente financiada pelos próprios paulistas) limites territoriais entre Portugal e Espanha foi estabelecido:
com objetivo de obter lucros (encontrando metais preciosos, o Tratado de Madri (1750). Em resumo ele reconhecia que a
preando índios ou comercializando as ervas do sertão), as maioria do território desbravado pertencia a Portugal,
entradas eram expedições financiadas pela Coroa, baseado no princípio da posse por uso.
normalmente composta por soldados portugueses e • No período colonial, que dura até o ano de 1815 quando
brasileiros. Embora o objetivo inicial fosse mapear o território o Brasil é elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e
brasileiro e facilitar a colonização, as entradas também Algarves, ainda teremos o início dos conflitos da Cisplatina
envolviam-se em conflitos com os índios (principalmente (1811 – 1828) – disputa entre Portugal e Espanha em torno da
aqueles que apresentavam resistência) e, como era de se fronteira do RS devido às pretensões espanholas de controlar
esperar, também lucravam com isso. o rio da Prata -. Porém esse conteúdo é mais comumente
pedido dentro do período imperial, talvez pelo seu final ter
A Caça ao Índio sido após 1822.
Inicialmente a caça ao índio (preação) foi uma forma de
suprir a carência de mão-de-obra para a prestação de serviços União Ibérica
domésticos aos próprios paulistas. Porém logo transformou-se Em 1578, na luta contra os mouros marroquinos em
em atividade lucrativa, destinada a complementar as Alcácer-Quibir, o rei D. Sebastião de Portugal, desapareceu.
necessidades de braços escravos, bem como para a triticultura Com isso teve início uma crise sucessória do trono português,
(cultura do trigo) paulista. já que o rei não deixou descendentes. O trono foi assumido por
Na primeira metade do século XVII os vicentinos um curto período de tempo por seu tio-avô, o cardeal Dom
(bandeirantes da Vila de São Vicente) realizaram incursões Henrique, que morreu dois anos depois, sem deixar herdeiros.
principalmente contra as reduções jesuíticas espanholas, Logo após, Filipe II da Espanha e neto do falecido rei
resultando na destruição de várias missões, como as do Guairá, português D. Manuel I, demonstrou o interesse em assumir o
Itatim e Tape, por Antônio Raposo Tavares. Nesse período, os trono português. Para alcançar o poder, além de se valer do
holandeses, que haviam ocupado uma parte do Nordeste fator parental, o monarca hispânico chegou a ameaçar os
açucareiro, também conquistaram feitorias de escravos portugueses com seus exércitos para que pudesse exercer tal
negros na África, aumentando a escassez de escravos africanos direito. Assim foi estabelecida a União Ibérica, que marca a
no Brasil. centralização de Portugal e Espanha sob um mesmo governo.
A vitória política de Filipe II abriu oportunidade para que
O Bandeirismo de Contrato as finanças de seu país pudessem se recuperar após diversos
A ação de bandeirantes paulistas contratados pelo gastos em conflitos militares. Para tanto, tinha interesse em
governador-geral ou por senhores de engenho do Nordeste estabelecer o comércio de escravos com os portugueses que
com o objetivo de combater índios inimigos e destruir controlavam a atividade na costa africana. Além disso, o
quilombos, corresponde a uma fase do bandeirismo na controle da maior parte das possessões do espaço colonial
segunda metade do século XVII. O principal acontecimento americano permitiria a ampliação dos lucros obtidos através
desse ciclo de bandeiras foi a destruição de um conjunto de da arrecadação tributária.
quilombos situados no Nordeste açucareiro, conhecido Apesar das vantagens, o imperador espanhol manteve uma
genericamente como Palmares. significativa parcela dos privilégios e posições ocupadas por
A atuação do bandeirismo foi de fundamental importância comerciantes e burocratas portugueses.
para a ampliação do território português na América. Num Mesmo preservando aspectos fundamentais da
espaço muito curto os bandeirantes devassaram o interior da colonização lusitana, a União Ibérica também foi responsável
colônia explorando suas riquezas e arrebatando grandes áreas por algumas mudanças. Com a junção das coroas, as nações
do domínio espanhol, como é o caso das missões do Sul e inimigas da Espanha passam a ver na invasão do espaço
Sudeste do Brasil. colonial lusitano uma forma de prejudicar o rei Filipe II. Desta
Antônio Raposo Tavares, depois de destruí-las, foi até os maneira, no tempo em que a União Ibérica foi vigente, ingleses,
limites com a Bolívia e Peru atingindo a foz do rio Amazonas, holandeses e franceses tentaram invadir o Brasil.
completando assim o famoso périplo brasileiro. Por outro lado, Entre todas essas tentativas, podemos destacar
os bandeirantes agiram de forma violenta na caça de indígenas especialmente a invasão holandesa, que alcançou o monopólio
e de escravos foragidos, contribuindo para a manutenção do da atividade açucareira em praticamente todo o litoral
sistema escravocrata que vigorava no Brasil Colônia. nordestino. No ano de 1640 a Restauração definiu a vitória
portuguesa contra a dominação espanhola e a consequente
Conquistas e Tratados extinção da União Ibérica. Ao fim do conflito, a dinastia de
Fato curioso na ação das bandeiras e entradas é que eles Bragança, iniciada por dom João IV, passou a controlar
não tinham real noção do tamanho do nosso território. Era Portugal.
comum pensarem que se adentrassem o suficiente, logo
chegariam às colônias espanholas. As necessidades Invasões
econômicas (que já falamos acima) levaram os portugueses a
adentrar muito mais do que o combinado no Tratado de Invasões Francesas
Tordesilhas e posteriormente obrigou os governos a A França foi o primeiro reino europeu a contestar o
reconhecerem novos acordos. Tratado de Tordesilhas que dividiu as terras descobertas na
No século XVII um evento ajudou para que essa expansão América entre Portugal e Espanha em 1494. Visitaram
ocorresse sem maiores problemas. Trata-se da União Ibérica. constantemente o litoral brasileiro desde o período da
Para a expansão territorial brasileira isso foi ótimo. Primeiro extração do pau-brasil mantendo relações amistosas com os
por estreitar as relações entre colônias portuguesas e povos indígenas locais. Deste acordo surgiu a Confederação

História 8
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dos Tamoios (aliança entre diversos povos indígenas do Guilherme de Orange. Em 1581, nasciam as Províncias Unidas
litoral: tupinambás, tupiniquins, goitacás, entre outros), que dos Países Baixos, mas a guerra continuou.
possuíam um objetivo em comum: derrotar os colonizadores Assim que Filipe II assumiu o trono luso, proibiu o
portugueses. comércio açucareiro luso-flamengo. O embargo de navios
Em 1555 os franceses fundaram na baía de Guanabara a holandeses em Lisboa provocou a criação de companhias
França Antártica, criando uma sociedade de influências privilegiadas de comércio. Entre 1609 e 1621, houve uma
protestantes. Através dos franceses, algumas partes do litoral trégua que permitiu a normatização temporária do comércio
brasileiro ganharam diversas feitorias e fortes. entre Brasil-Portugal e Holanda. Em 1621, terminada a trégua,
Por aproximadamente cinco anos ocorreram conflitos os holandeses fundaram a Companhia de Comércio das Índias
entre os portugueses e a Confederação dos Tamoios. Em 1567 Ocidentais cujo alvo era o Brasil. Começava então a Guerra do
os portugueses derrotaram a Confederação e expulsaram os Açúcar.
franceses do litoral brasileiro, o que não desencorajou os A primeira invasão foi na Bahia, realizada por três mil e
ideais franceses. trezentos soldados. Salvador foi ocupada sem muita
No século XVII (1612), fundaram a França Equinocial, resistência e o governador Diogo de Mendonça Furtado foi
correspondente à cidade de São Luís, capital do estado do preso, tendo a cidade saqueada. A população fugiu para o
Maranhão. interior onde a resistência foi organizada pelo bispo D. Marcos
Com a intenção de conter a expansão francesa, Portugal Teixeira e por Matias de Albuquerque. Os baianos também
enviou uma expedição militar à região do Maranhão. Essa receberam a ajuda de uma esquadra luso-espanhola (“Jornada
expedição atacou os franceses tanto por terra quanto por mar. dos Vassalos”) e, em maio de 1625 os holandeses foram
Em 1615, foram derrotados e se retiraram do Maranhão, expulsos.
deslocando-se para a região das Guianas onde fundaram uma A segunda invasão holandesa no Nordeste foi direcionada
colônia, a chamada Guiana Francesa. contra Pernambuco, uma capitania rica em açúcar e pouco
Após duas tentativas mal sucedidas de estabelecimento de protegida. Olinda e Recife foram ocupadas e saqueadas. A
uma civilização francesa no Brasil colonial, os franceses resistência foi comandada por Matias de Albuquerque a partir
passaram a saquear através de corsários (piratas), algumas do Arraial do Bom Jesus, e durante alguns anos impediu que os
cidades do litoral brasileiro no século XVIII. A principal delas invasores ampliassem sua área de dominação. Mas a traição de
foi a cidade do Rio de Janeiro, de onde escoava todo ouro Domingos Calabar alterou a situação.
extraído da colônia rumo a Portugal. Uma primeira tentativa Entre 1637 e 1644, o Brasil holandês foi governado pelo
de saque, em 1710, foi barrada pelos portugueses; entretanto, conde Mauricio de Nassau-Siegen, que expandiu o domínio
no ano de 1711, piratas franceses tomaram a cidade do Rio de holandês do Nordeste até o Maranhão e conquistou Angola
Janeiro e receberam dos portugueses um alto resgate para (fornecedora de escravos). Porém, em 1638 fracassou ao
libertá-la: 600 mil cruzados, 100 caixas de açúcar e 200 bois. tentar conquistar a Bahia.
Terminavam, então, as tentativas de invasões francesas no Quando Portugal restaurou sua independência e assinou a
Brasil. Trégua dos Dez Anos com a Holanda, Nassau continuou
administrando o Brasil holandês de forma exemplar.
Invasões Inglesas Urbanizou Recife, fundou um zoológico, um observatório
As incursões inglesas no Brasil ficaram restritas a ataques astronômico e uma biblioteca, construiu jardins e palácios e
de piratas e corsários. promoveu a vinda de artistas e cientistas para o Brasil.
William Hawkins foi o primeiro corsário inglês a aportar Além disso, adotou a tolerância religiosa e dinamizou a
na colônia. Entre 1530 e 1532, percorreu alguns pontos da economia canavieira. Sua política garantiu o apoio da
costa e fez escambo de pau-brasil com os índios. Outro foi aristocracia local, mas entrou em choque com os objetivos da
Thomas Cavendish, que atracou em Santos em 1591. Companhia das Índias Ocidentais. O desgaste com a
Conhecido como “lobo-do-mar”, Cavendish estava a serviço da Companhia levou Nassau a deixar o Brasil em 1644. Enquanto
rainha inglesa Elizabeth I. isso, os próprios brasileiros organizaram a luta contra os
O corso realizado pelos ingleses, entretanto, intensificou- flamengos com a Insurreição Pernambucana. Os líderes foram
se apenas na segunda metade do século XVI, quando os André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique
conflitos entre católicos e protestantes tornaram-se intensos Dias (negro) e o índio Filipe Camarão.
na Inglaterra e os mercadores empolgaram-se com as Em 1648 e 1649, as duas batalhas de Guararapes foram
possibilidades comerciais abertas pelas novas rotas vencidas pelos nativos. Em 1652, o apoio oficial de Portugal e
marítimas. as lutas dos holandeses na Europa contra os ingleses em
A primeira incursão pirata dos ingleses ao litoral brasileiro decorrência dos prejuízos causados pelos Atos de Navegação
foi em 1587. Em 1595, o inglês James Lancaster conseguiu de Oliver Cromwell, levaram os holandeses a Capitulação da
tomar o porto do Recife. Retirou grande volume de pau-brasil, Campina do Taborda13.
que levou para a Inglaterra depois de realizar saques na Os holandeses foram desenvolver a produção de açúcar
capitania durante mais de um mês. nas Antilhas, contribuindo para a crise do complexo açucareiro
nordestino. Mais tarde, Portugal e Holanda firmaram o
Invasões Holandesas Tratado de Paz de Haia (1661), graças a mediação inglesa.
As invasões holandesas na primeira metade do século XVII Segundo tal tratado a Holanda receberia uma indenização de 4
estão relacionadas com a criação da União Ibérica. Antes do milhões de cruzados e a cessão pelos portugueses das ilhas
domínio dos Habsburgos11, as relações comerciais e Molucas e do Ceilão, recebendo ainda o direito de
financeiras entre Portugal e Holanda eram intensas. Pouco comercializar com maior liberdade nas possessões
antes de Filipe II tornar-se rei de Portugal, os Países Baixos portuguesas, em razão da perda do Brasil holandês.
iniciaram uma guerra de independência tentando libertar-se
do domínio espanhol. Iniciada em 1568, essa guerra de As Rebeliões Nativistas
libertação culminou com a União de Utrecht12, sob a chefia de A população colonial já enraizada na terra e portanto, com
fortes sentimentos nativistas, manifestou seu

11 Poderosa família que dos séculos XVI ao XX governaram diversos reinos na Baixos - naquele tempo em conflito com a coroa espanhola durante a guerra dos
Europa, entre eles Áustria, Nápoles, Sicília e Espanha. 80 anos.
12 A União de Utrecht foi um acordo assinado na cidade holandesa 13 Acordo que estabelecia, entre tantas cláusulas que o governo holandês

de Utrecht, em 23 de Janeiro de 1579, entre as províncias rebeldes dos Países abdicava de suas terras no Brasil.

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descontentamento frente às exigências metropolitanas. Em Os Movimentos Emancipacionistas


vista disto, surgiram os primeiros sinais de rebeldia,
denominados rebeliões nativistas. As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais
ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio
Revolta de Beckman (1684) de conquistar a independência do Brasil com relação a
Na segunda metade do século XVII, a situação da economia Portugal. Entre os principais motivos para esses movimentos
maranhense que nunca fora boa, tendia a piorar. A Coroa, estavam:
pressionada pelos jesuítas proibiu a escravização de - a alta cobrança de impostos;
indígenas, os quais eram a base da mão-de-obra local - limites estabelecidos pelo Pacto Colonial que obrigava o
utilizados na coleta de “drogas do sertão” e na agricultura de Brasil de comercializar somente com Portugal;
subsistência. - a falta de autonomia e representação na criação de leis e
Visando melhorar a situação da capitania, o governo tributos, além da política dominada por Portugal;
português criou em 1682 a Companhia de Comércio do - os ideais iluministas e separatistas vindos da Europa e
Maranhão, a qual recebia o monopólio do comércio dos Estados Unidos.
maranhense e em troca deveria promover o desenvolvimento
da agricultura local. A Inconfidência Mineira (1789)
A má administração da empresa gerou uma rebelião de Na segunda metade do século XVIII, a produção de ouro
colonos em 1684, sob a chefia dos irmãos Manoel e Thomas nas Minas Gerais vinha apresentando um grande declínio, o
Beckman. O objetivo dos rebeldes era o fechamento da que aumentou os choques e conflitos entre a população local e
Companhia e a expulsão dos jesuítas. A revolta foi sufocada as autoridades portuguesas. Quanto menos ouro era extraído,
pela coroa, mas a Companhia encerrou suas atividades. maiores eram os boatos e ameaças do acontecimento da
Derrama14, atitude que afetaria boa parte da elite local.
A Guerra dos Emboabas (1708-1709) Os grupos mais influenciados pelas ideias iluministas, que
Apesar da fome que assolou as Minas em 1696-1698 ter eram também os que mais teriam a perder com as medidas do
sido terrível, uma crise de desabastecimento ainda mais governo português, resolveram tomar uma atitude dando
devastadora aconteceu na região em 1700. Três anos depois início em 1789 ao movimento que seria chamado pela
da descoberta das primeiras jazidas, cerca de 6 mil pessoas metrópole de Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira.
haviam chegado às minas. Na virada do século XVIII, esse Os inconfidentes tinham como objetivo a imediata
número quintuplicara: 30 mil mineiros perambulavam pela separação da colônia, criando uma República moldada pelo
área. pensamento liberal-iluminista e pela Constituição dos Estados
Pouco depois surgiram os conflitos entre paulistas, que Unidos, que havia conquistado sua independência em 1776.
foram os descobridores das jazidas e primeiros povoadores e Após conquistada a liberdade em relação à metrópole,
os Emboabas, forasteiros, normalmente portugueses, estabeleceriam São João del-Rei como capital, criariam a
pernambucanos e baianos. Universidade de Vila Rica e dariam estímulo à abertura de
Os dois grupos disputavam o direito de exploração das manufaturas têxteis e de uma siderurgia para o novo Estado.
terras. Os paulistas argumentavam que deveriam ter o direito Em relação à escravidão as posições eram divergentes.
de exploração, por serem os descobridores. Já os emboabas A revolta foi suspensa quando participantes da
defendiam que por serem cidadãos do Reino também conspiração denunciaram o movimento ao governador. O
possuíam o direito de exploração das riquezas. Entre 1707 e coronel Joaquim Silvério dos Reis foi apontado como principal
1709, ocorreram lutas violentas entre os dois grupos, com delator. Endividado com a coroa assim como outros
derrotas sucessivas por parte dos paulistas. inconfidentes, o coronel resolveu separar-se do movimento e
O governador Albuquerque Coelho e Carvalho promoveu a apresentar um depoimento formal para o governador da
pacificação geral em 1709, quando foi criada a capitania de São capitania, Visconde de Barbacena. O governador suspendeu a
Paulo e Minas de Ouro, pertencente à coroa. cobrança e mandou prender os inconfidentes.
Após a confissão de Joaquim Silvério e a prisão dos
A Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-1714) suspeitos foi instituída a devassa, uma investigação levada a
Luta entre os proprietários rurais de Olinda e os cabo pelas autoridades da época, constatando que
comerciantes portugueses de Recife, originada pela expulsão envolveram-se no movimento da Capitania das Minas grandes
dos holandeses no século XVII. Se a perda do monopólio fazendeiros, criadores de gado, contratadores, exploradores
brasileiro do fornecimento de açúcar à Europa foi trágica para de minas, magistrados, militares, além de intelectuais luso-
os produtores pernambucanos, não foi tanto assim para a brasileiros.
burguesia lusitana de Recife, que passou a financiar a Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos
produção olindense, com elevadas taxas e grandes hipotecas. Correia de Toledo, José de Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues
A superioridade econômico-financeira de Recife não tinha da Costa, além do cônego Luís Vieira da Silva; o tenente-
correspondente político, visto que seus habitantes coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante
continuavam dependendo da Câmara Municipal de Olinda. Em militar da capitania, os coronéis Domingos de Abreu Vieira,
1710, Recife conseguiu sua emancipação político- também comerciante, e Joaquim Silvério dos Reis, rico
administrativa transformando-se em município autônomo. Os negociante; e os letrados Cláudio Manuel da Costa, Inácio José
olindenses, comandados por Bernardo Vieira de Melo de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.
invadiram Recife, provocando a reação dos Mascates, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único
chefiados por João da Mota. “conspirador” que não fazia parte da elite. Conhecido como
A luta entre as duas cidades manteve-se até 1714, quando alferes (primeiro posto militar) e dentista prático, foi talvez
foi encerrada graças à mediação da Coroa. O esforço da por sua origem o mais duramente castigado. A memória de
aristocracia fora inútil: Recife manteve sua autonomia. Tiradentes passou a ser celebrada no Brasil com a
Proclamação da República, quando foi considerado herói
nacional pelo regime estabelecido em 15 de novembro de
1889. Sua representação mais conhecida é muito semelhante

14 No Brasil Colônia, a derrama era um dispositivo fiscal aplicado em Minas O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas que eram direcionadas
Gerais a fim de assegurar o teto de cem arrobas anuais na arrecadação do quinto. diretamente a Coroa Portuguesa

História 10
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APOSTILAS OPÇÃO

à imagem de Cristo, reforçando a construção da imagem de 02. (TJ/SC - Assistente Social - TJ) Sobre o Período
mártir. Colonial brasileiro, assinale a única alternativa que está
Assinada em 19 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, a INCORRETA:
sentença de morte de Tiradentes cumpriu-se dois dias depois: (A) Portugal só deu início à colonização das terras
ele foi enforcado, decapitado e esquartejado. Os outros conquistadas, que passaram a chamar-se Brasil, devido à
participantes foram condenados ao desterro na África. pressão que sofria com o declínio de seu comércio com o
oriente e com a sistemática ameaça estrangeira no território
Conjuração Baiana (1798) brasileiro.
A conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, assim (B) O sistema de Capitanias Hereditárias foi implantado
como a Conjuração Mineira, foi influenciada pelos ideais por D. João III mas não teve o sucesso esperado. Entre os
iluministas, em especial a Revolução Francesa. Ocorrida na fatores que contribuíram para o fracasso das capitanias
Bahia em 1798, buscava a emancipação e defendeu podemos citar: falta de terras férteis em algumas regiões, falta
importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. de interesse dos donatários, conflitos com os indígenas, falta
Entre as causas do movimento estava a insatisfação com de recursos financeiros para o empreendimento por parte de
Portugal pela transferência da capital para o Rio de Janeiro em quem recebia a capitania.
1763. Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a (C) Tomé de Souza foi o primeiro Governador-Geral do
perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à Brasil e a sede do governo geral foi estabelecida na Bahia.
cidade. Somado a tal fator, o aumento dos impostos e (D) A estrutura econômica brasileira do período colonial
exigências à colônia vieram a piorar sensivelmente as tinha como principais características a monocultura, o
condições de vida da população local. O preço dos alimentos latifúndio, o trabalho escravo e a produção para o mercado
também gerou revolta na população. Além de caros, muitos externo.
produtos tornavam-se rapidamente escassos pelas restrições (E) O primeiro núcleo de colonização do Brasil foi a Vila de
impostas sobre o comércio e as importações. Santos, fundada em 1532.
Os revoltosos defendiam a separação da região do restante
da colônia, buscando independência de Portugal e instalando 03. (PC/SC - Investigador de Polícia - ACAFE) Sobre a
um governo baseado nos princípios da República. Também economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas
defendiam a liberdade de comércio (fim do pacto colonial estão corretas, exceto a:
estabelecido), o aumento dos soldos15 e a igualdade entre as (A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos
pessoas, resultando na abolição da escravidão. urbanos no interior do Brasil e para a transferência da capital
O movimento ganhou o nome de Revolta dos Alfaiates pela da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
grande adesão desses profissionais no movimento, entre eles (B) A propriedade agrícola no qual se baseava o sistema
Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do colonial tinha duas características básicas: a monocultura e o
Nascimento. Outros setores também aderiram ao movimento, trabalho escravo.
como o militar, representado pelo soldado Luís Gonzaga das (C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados
Virgens. no Brasil, sendo obtido pelos europeus numa relação de
O movimento contou com a participação de pessoas escambo com os nativos.
pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e (D) O ciclo da cana-de-açúcar foi fundamental para a
ex-escravos. criação de um mercado econômico interno, realizando a
A revolta foi impedida antes mesmo de começar. O ferreiro ligação comercial entre o litoral e o interior da colônia.
José da Veiga informou sobre os detalhes do movimento ao
governador, que pôde mobilizar tropas do exército para conter 04. (Prefeitura de Padre Bernardo/GO - Contador)
os revoltosos. Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um
conflito marcado pela disputa pelo Ouro. Tal guerra se baseou
Questões no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que
buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito
01. (TJ/SC - Analista Administrativo - TJ) Sobre o ficou conhecido como:
Período Colonial Brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA: (A) Guerra das Emboabas.
(A) De 1500 a 1530 a economia brasileira gravitou em (B) Inconfidência Mineira.
torno do pau-brasil. Após 1530, declinando o comércio com as (C) Levante de Vila Rica.
Índias, a coroa portuguesa decidiu-se pela colonização do (D) Guerra Mata Maroto.
Brasil.
(B) A extração do pau-brasil foi declarada estanco, ou seja, 05. (PUC) “Nenhuma outra forma de exploração agrária no
passou a ser um monopólio real, cabendo ao rei conceder a Brasil colonial resume tão bem as características básicas da
permissão a alguém para explorar comercialmente a madeira. grande lavoura como o engenho de açúcar.”
O primeiro arrendatário a ser beneficiado com o estanco foi Alice Canabrava, in Sérgio Buarque de Holanda
Fernando de Noronha, em 1502. (org.) História geral da civilização brasileira. Rio de Janeiro:
(C) A administração colonial foi efetuada inicialmente por Difel, 1963, tomo I, vol. 2..
meio do sistema de Capitanias Hereditárias. Com seu fracasso
foram instituídos os Governos Gerais, não para acabar com as A frase pode ser considerada correta, entre outros
capitanias, mas para centralizar sua administração. motivos, porque na produção açucareira:
(D) No sistema de Capitanias hereditárias a ocupação das (A) prevalecia o regime de trabalho escravo e a grande
terras era assegurada pela Carta de Doação e pelo Foral. A propriedade monocultora.
carta de doação determinava os direitos e deveres dos (B) havia emprego reduzido de mão de obra e prevalecia a
donatários e o Foral cedia aos donatários as terras, bem como agricultura de subsistência.
o poder administrativo e jurídico das mesmas. (C) prevalecia a atenção ao mercado consumidor interno e
(E) O primeiro núcleo de colonização do Brasil foi a Vila de à distribuição das mercadorias nas grandes cidades.
São Vicente, fundada no litoral paulista em 1532.

15 A palavra ¨soldo¨ (em latim ¨solidus¨), remuneração por serviços militares e

¨soldado¨, têm sua origem no nome desta moeda.

História 11
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) havia disposição modernizadora do aparato produtivo napoleônica na Europa, apenas a Inglaterra conseguia fazer
e prevalecia a mão de obra assalariada. frente aos franceses. Em uma tentativa de enfraquecer seu
(E) prevalecia a pequena propriedade familiar e a maior adversário, a França decreta um bloqueio comercial à
diversificação de culturas Inglaterra por todos os países que estavam sob sua influência,
entre eles, Portugal, que não aceita manter o bloqueio,
Gabarito desencadeando a invasão francesa, consequência da fuga da
Corte para o Brasil.
01.D / 02.E / 03.D / 04.A / 05.A Os motivos que o leva a não aceitar manter o bloqueio
dizem respeito a uma série de acordos econômicos entre
Portugal e Inglaterra (mal feitos), que tornou Portugal uma
3. O período joanino e o nação dependente. As premissas dos acordos mantinham os
portugueses como uma economia basicamente agrária
processo de independência - A enquanto os ingleses desenvolviam sua indústria.
presença britânica no Brasil, a O Tratado de Methuen exemplifica bem isso: Portugal
transferência da Corte, os forneceria vinho aos ingleses (campo) e a Inglaterra forneceria
tecidos aos portugueses (indústria). Sem opção e por exigência
tratados, as principais da Inglaterra, Portugal recusa o bloqueio.
medidas de D. João VI no Por sua vez, Napoleão foi um cão que latia e também
Brasil, política joanina, os mordia. Ao ver a recusa portuguesa nos seus planos, a França
invade e divide Portugal com a Espanha (Tratado de
partidos políticos, revoltas, Fontainebleau) além de declarar extinta a Dinastia dos
conspirações e revoluções, Bragança.
emancipação e conflitos
A Fuga para o Brasil
sociais, o processo de Portugal contou com o apoio naval inglês para sua fuga.
independência do Brasil. 4. Cerca de 15 mil pessoas que compunham a Corte fizeram a
Brasil Imperial - O Primeiro viagem que durou cerca de dois meses com escolta e medidas
de segurança como colocar membros da família real em
Reinado, o Período Regencial diferentes navios, caso houvesse ataques.
e o Segundo Reinado: Ao chegar, D. João tomou duas medidas que afetaram tanto
aspectos, políticos, França quanto Inglaterra, sendo:
- a retaliação à Napoleão, invadindo e conquistando a
administrativos, militares, Guiana Francesa; e
culturais, econômicos, sociais, - premiando a Inglaterra e visando o próprio conforto,
territoriais, a política externa, ainda em 1808 assinou uma Carta Régia com a medida que
ficou conhecida como “Abertura dos Portos às Nações Amigas”,
a questão abolicionista, o beneficiando basicamente o país inglês.
processo de modernização, a A medida mudava o status do Brasil, mas beneficiou muito
crise da monarquia e a os ingleses que agora não precisavam mais negociar com a
metrópole suas relações comerciais em território nacional.
proclamação da república Além das mudanças que afetavam política e economia
externas, D. João também realizou mudanças internas.
Temos que ter em mente que até então o Brasil é uma
PERÍODO JOANINO E A INDEPENDÊNCIA colônia. Isso significa que todo o aparato administrativo,
judiciário e econômico são da metrópole. Com a vinda da Corte,
Só passando para lembrar que quando tratamos sobre todos os tipos de decisões nesse sentido que eram tomadas em
a chegada dos portugueses no Brasil a partir do período Lisboa, teriam que ser tomadas no Rio de Janeiro e para isso
joanino ou após o período colonial, estamos falando das seguiu-se uma série de mudanças: nomeou ministros de Estado,
CORTES portuguesas, uma vez que a presença lusitana no criou secretarias públicas, criou tribunais de justiça, o Banco do
nosso território é ininterrupta desde o descobrimento. Brasil e o Arquivo Central.
Mudanças na cidade também foram realizadas com a
Realizações Político-sociais das Cortes no Brasil intenção de tornar a capital do Brasil uma cidade mais próxima
do que a Corte estava acostumada na Europa: foram criados
As mudanças econômicas e políticas que vinham soprando jornais de circulação diária, uma biblioteca real com mais de 60
suas ideias da América do Norte e da Europa para as colônias mil exemplares vindos de Lisboa, Academias militar e da
é fator chave para entendermos porque a família real marinha, faculdades de medicina e de direito, observatórios,
portuguesa mudou-se com toda a sua Corte da “civilizada” jardim botânico, teatros (...) Estruturalmente a cidade ganhou
Lisboa para a abandonada colônia brasileira. iluminação pública, ruas pavimentadas, chafarizes e pontes.
O absolutismo viu suas bases estremecerem na segunda Culturalmente a principal mudança se deu pela vinda da
metade do século XVIII principalmente pelo sucesso das Missão Francesa para a criação da Imperial Academia e Escola
Revoluções Estadunidense e Francesa com suas ideias de Belas-Artes, tendo como principal nome o artista Jean-
democráticas. No mesmo sentido, sua política econômica - o Baptiste Debret.
mercantilismo - via o capitalismo industrial começar a tomar a Apesar de os trabalhos realizados pela Missão Francesa
dianteira frente ao capitalismo comercial, marca desses não influenciarem o grosso da população brasileira e carioca,
governos. foram de grande importância para o conhecimento do Brasil
Mas foi da França o empurrão fundamental para a na Europa.
mudança da Corte lusitana16. Quando da expansão

16 Que se refere à Lusitânia, antiga região situada na península Ibérica.

Atualmente, refere-se ao território português.

História 12
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APOSTILAS OPÇÃO

Como era no Rio de Janeiro que as coisas aconteciam, foi forma de governo colonial, agora ela via o Rio de Janeiro
natural o crescimento populacional. Além do número assumir esse papel.
crescente de brasileiros que migravam em busca de emprego Os comerciantes portugueses viram sua economia
na capital, o número de escravos também aumentou – para despencar quando das assinaturas de D. João nos novos
atender a maior demanda de serviços – assim como o de acordos com os ingleses. O Brasil era o principal mercado
estrangeiros que faziam negócios e já pregavam a ideia de lusitano. Não bastasse isso, o rei de Portugal não tinha planos
trabalhadores assalariados. de regressar e ainda deixou o governo do país a cargo de um
Economicamente, apesar de D. João autorizar a instalação inglês (general Beresford).
de manufaturas no país, os acordos desiguais feitos com a Fórmula certa para insatisfação, foi o que ocorreu: Em 24
Inglaterra castravam as intenções empreendedoras dos de agosto de 1820 eclodiu a Revolução do Porto, onde,
brasileiros. vitoriosa, a nova Assembleia Constituinte (Cortes
Em 1810 foi assinado o Tratado de Comércio e Navegação portuguesas) adotou nova Constituição, exigindo o retorno da
em que os produtos ingleses entravam em nosso país com Família Real para jurar a ela e a volta do Brasil à condição de
taxas menores até do que os produtos portugueses. colônia. Não foi o que aconteceu.
D. João garantiu que sua família ainda governasse os dois
O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves territórios. Para agradar os portugueses, ele regressou à
Portugal. Para agradar os brasileiros ele deixou seu filho, D.
Após a derrota de Napoleão, o Congresso de Viena17 Pedro I como regente, assegurando que o Brasil não voltaria a
contou com os principais representantes dos países europeus ser colônia.
e decidiu os caminhos que seriam tomados a partir de então.
Em uma disputa de interesses entre Inglaterra e França, D. O Dia do Fico e a Independência do Brasil
João acaba sendo influenciado pelas ideias francesas e decide
continuar com a Corte no Brasil, além de declará-lo como Apesar dos planos de D. João, as Cortes portuguesas não
Reino Unido de Portugal e Algarves. encararam bem o fato de D. Pedro I ter ficado no Brasil como
No Congresso de Viena ficou decidido que toda e qualquer regente. A partir daí ele passa a ser pressionado a voltar para
mudança realizada durante a expansão napoleônica seria Portugal e prestar homenagens às Cortes.
desfeita. Reis destituídos – como os casos de Portugal e Por outro lado, a aristocracia brasileira sabia que a única
Espanha – teriam seu governo restaurado. Essa era uma forma de garantir que o país não regressasse à condição de
medida que beneficiaria novamente a Inglaterra. Se D. João colônia era apoiar o movimento emancipacionista em volta de
voltasse a Portugal, dificilmente ele conseguiria fazer com que D. Pedro I.
as mudanças realizadas no Brasil (econômicas) voltassem ao Em janeiro de 1822 com grande apoio do movimento
modelo antigo, aquele em que a metrópole tem controle sobre emancipacionista brasileiro D. Pedro I não cumpre às
a colônia. exigências das Cortes e afirma que permaneceria no Brasil
A Inglaterra já havia estabelecido negócios e influência (“Dia do Fico”). Esse dia foi seguido de negociações e mudanças
dentro do nosso país, e os próprios comerciantes e classe alta na administração brasileira até finalmente em 7 de setembro
brasileiros não aceitariam o retorno à condição de colônia. do mesmo ano ser declarada a independência do Brasil.
Do outro lado do Atlântico tínhamos uma Lisboa
financeiramente debilitada ao ponto de a Corte preferir O Reconhecimento da Independência
permanecer no Rio de Janeiro. A solução para manter a posição O simples fato de D. Pedro I declarar o Brasil independente
em Lisboa e o controle sobre o Brasil foi elevá-lo a categoria de não o tornava assim. Era necessário que externamente essa
Reino e não mais colônia. independência fosse reconhecida. Portugal, claro, não o fez. No
início apenas alguns reinos africanos com o qual o Brasil tinha
Revolução Pernambucana relações comerciais (negociação de escravos) e os Estados
Unidos (dois anos depois) reconheceram nossa autonomia.
Todas as melhorias que foram descritas há pouco ficaram A Inglaterra, embora continuasse fazendo negócios com o
restritas apenas ao Rio de Janeiro. As outras províncias do Brasil não reconheceu de imediato a nova condição, uma vez
Brasil ainda sofriam com a precariedade econômica e social. que não queria perder Portugal como parceiro/dependente
Esse cenário gerou descontentamento em várias regiões mas dentro da Europa. Visando os próprios interesses foi ela quem
apenas algumas fizeram algo a respeito, como foi o caso de intercedeu para que um acordo fosse realizado entre Brasil e
Pernambuco. Portugal.
Com ideais republicanos, separatistas e anti-lusitanos, a Em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Paz e
Revolução Pernambucana ia contra os pesados impostos, Aliança, em que mediante o pagamento de dois milhões de
descaso administrativo e opressão militar. libras esterlinas como indenização, e a continuidade do título
A Revolução apenas teve início após a delação do de imperador do Brasil para D. João, Portugal reconhecia a
movimento. Quando os líderes conspiradores foram presos, a emancipação do Brasil.
luta começou. A revolta chegou a contar com a participação da O dinheiro foi conseguido junto à Inglaterra que reviu seus
Paraíba e Rio Grande do Norte, porém a coroa conseguiu acordos comerciais com o Brasil e conseguiu o “compromisso”
encerrá-la através da força militar. do fim da escravidão no país, além do pagamento da própria
Alguns líderes foram executados e outros receberam o dívida. A partir daí outras nações da América e do mundo
perdão real anos depois, como Frei Caneca. também reconheceram o Brasil como nação autônoma.

O Retorno de D. João para Portugal O Primeiro Reinado (1822-1831)

Lisboa e Rio de Janeiro literalmente inverteram os papeis De cara, alguns fatores chamaram a atenção a respeito da
nesse período. Se antes Lisboa era o centro do império independência do Brasil:
português com suas instituições e riquezas colhidas pela - éramos o único país na América que após a emancipação
da metrópole continuamos a viver em um regime monárquico;

17 O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente
potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre maio de 1814 e europeu após a derrota da França napoleônica

História 13
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APOSTILAS OPÇÃO

- a população não teve participação alguma no processo e A Cisplatina


até mesmo províncias mais distantes só ficaram sabendo da A região da Cisplatina19 sempre foi alvo do interesse do
mudança meses depois; governo português que desejava expandir suas fronteiras até
- a aceitação não foi total e pacífica como era de se esperar. o rio da Prata. Após a “bagunça” feita por Napoleão às Coroas
europeias, mais precisamente à Coroa espanhola que teve sua
Algumas regiões, principalmente aquelas com continuidade interrompida e retomada após a queda do
conservadores portugueses e acúmulo de tropas lusitanas não general francês, as colônias americanas viviam um período de
apenas recusaram-se a aceitar a autoridade de D. Pedro I como instabilidade e descentralização. Todos os movimentos de
lutaram contra ela. independência dessas colônias, apesar de bem sucedidos, as
As províncias da Bahia, Cisplatina, Maranhão, Piauí e Pará debilitaram econômica e politicamente. Foi quando dessa
resistiram ao novo governo e apenas com o uso da força instabilidade que D. João viu a oportunidade de realizar um
aceitaram a nova condição. antigo desejo português, em 1820 ele ordena às tropas
Na prática, nossa política não teve mudanças, ainda imperiais invadirem a região da Cisplatina.
vivíamos em uma monarquia centralizadora e mesmo os Mesmo após o retorno de D. João à Portugal e à
defensores de ideias republicanas só pensavam em sua independência, a Cisplatina continuou sendo parte do Brasil
projeção política e não em uma mudança de fato. (até 1828), porém à duras custas, a região nunca aceitou o
domínio brasileiro, e constantemente D. João e posteriormente
A Primeira Constituição Brasileira D. Pedro I tinham de enviar expedições para conter as revoltas.
D. Pedro I havia convocado uma Assembleia Constituinte Isso não apenas gerava custos aos cofres imperiais como
antes mesmo de declarar o Brasil independente. E desde o também atacava a imagem do imperador, que se mostrava
primeiro momento houve desacordo. incapaz de resolver a questão. A opinião pública era avessa à
A Assembleia, liderada pelos irmãos Andrada, tinha a causa de gastar com os conflitos e insistir em manter a posse
intenção de fazer uma Constituição similar à portuguesa, onde de uma região que nem era semelhante culturalmente ao povo
D. Pedro teria seus poderes limitados. Já o monarca, que era brasileiro.
conhecido por ser autoritário e centralizador trabalhou para Enfim, em 1828, com apoio do governo argentino, as forças
permanecer com todos os poderes em torno de si. cisplatinas fazem com que o Brasil se retire do conflito e
Apesar da Constituição elaborada por influência dos proclamam a República Oriental do Uruguai.
Andrada ter a intenção de limitar os poderes de D. Pedro I, ela A imagem de D. Pedro I sai abalada após o episódio. Seguiu-
garantia os privilégios da aristocracia rural. Popularmente se a isso o misterioso assassinato de Libero Badaró (jornalista
conhecida como Constituição da Mandioca18 ela garantia os declarado opositor e crítico de D. Pedro I), maior força do
privilégios à quem tivesse a posse da terra e defendia a movimento liberal e aumento das críticas a respeito da
manutenção da escravidão. conduta política do imperador.
Acontece que essa Constituição, onde o legislativo Além da pressão política, do exército e da população, D.
predominaria pelo executivo nem chegou a ser concluída. Em Pedro I teve de superar uma crise sucessória. Quando D. João
12 de novembro de 1823 D. Pedro I ordenou o fechamento da faleceu, D. Pedro I abdica do trono português em favor de sua
Assembleia (episódio conhecido como “Noite da Agonia”), filha. Em Portugal é iniciado então um conflito sucessório
convocou um Conselho de Estado e encomendou a nova entre D. Maria da Glória e o irmão de D. Pedro I, D. Miguel.
Constituição do país, onde seu poder estaria assegurado. D. Pedro passa a gastar recursos brasileiros para garantir
A nova Constituição dividia o Estado em quatro poderes: o trono de sua filha, o que gera mais descontentamento
executivo, legislativo, judiciário e moderador. O poder nacional. Com a pressão interna e a necessidade de cuidar de
moderador era exclusivo de D. Pedro I e estava acima de todos seus interesses em Portugal, D. Pedro I abdica do trono
os outros. Assim ele mantinha todas as características brasileiro e retorna para seu país, deixando como herdeiro seu
centralizadoras e absolutistas de uma monarquia e não via filho, D. Pedro II.
precedentes de verdadeira oposição.
O Período Regencial (1831-1840)
A Confederação do Equador
A tendência autoritária de D. Pedro I e a nova Constituição D. Pedro II, herdeiro do trono brasileiro tinha apenas cinco
desagradaram em vários aspectos muitas províncias anos de idade quando D. Pedro I retornou a Portugal. A maioria
brasileiras. O nordeste, já marginalizado nesse período e com dos políticos brasileiros ainda eram favoráveis à manutenção
histórico de revoltas contra a coroa, novamente se do império e se preocuparam com as possíveis revoltas que
movimentou. Com início em Pernambuco e com apoio popular, haveriam tendo uma criança como governante. Ficou então
outras províncias se juntaram ao movimento (Rio Grande do decidido que o país seria governado por regentes até a idade
Norte, Ceará e Paraíba). apropriada de D. Pedro II.
Apesar de iniciada por lideranças populares, entre eles Politicamente esse foi o período mais conturbado desde a
Cipriano Barata e Frei Caneca, as elites regionais também colonização. Além dos grupos regionais que se revoltaram, o
apoiaram o movimento. Do ponto de vista social foi o mais próprio cenário político não tinha unidade. Apesar de todos
avançado do período com reformas sociais, mudança de fazerem parte basicamente dos mesmos segmentos e terem
direitos políticos e abolição da escravidão. interesses econômicos semelhantes, politicamente estavam
Essas mesmas mudanças radicais levaram as elites divididos entre:
regionais a abandonar o movimento, pois temiam perder seus
próprios privilégios. - Restauradores (conhecidos como Caramurus, eles
Sem o apoio da aristocracia local e com forte repressão do defendiam a continuidade de D. Pedro I no poder e
governo, o levante foi contido com dezesseis membros sendo acreditavam que a tranquildade política passava pela ação
condenados à morte, entre eles, Frei Caneca. absolutista. José Bonifácio fazia parte desse grupo que foi
articulador do Golpe da Maioridade anos depois);
- Liberais moderados (apesar do nome, esse grupo era
composto em grande parte pela aristocracia rural. Eram contra

18 Apenas pessoas com mais de 150 alqueires de mandioca poderiam se 19 Província do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e, posteriormente,

candidatar ou votar. do Império do Brasil. A província correspondia ao atual território do Uruguai.

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APOSTILAS OPÇÃO

reformas sociais e lutavam por manter seus privilégios. Império, em 19 de setembro de 1837. A segunda regência una
Defendiam a monarquia, porém de forma menos autoritária do é marcada por uma reação conservadora, e várias conquistas
que D. Pedro I empregava. Eram chamados de Chimangos); liberais são abolidas. A Lei de Interpretação do Ato Adicional,
- Liberais exaltados (era o grupo mais variado, tinha aprovada em 12 de maio de 1840, restringe o poder provincial
desde aristocratas até trabalhadores livres e sem terras. Esse e fortalece o poder central do Império. Acuados, os liberais
grupo buscava reformas sociais e políticas, maior autonomia aproximam-se dos partidários de D. Pedro II. Juntos, articulam
das províncias e mudanças constitucionais. Eram conhecidos o chamado golpe da maioridade, em 23 de julho de 1840.
como Chapéus-de-palha).
Revoltas no Período Regencial
A Regência Trina Provisória
A Constituição previa que caso o soberano não tivesse um Em muitas partes do império a insatisfação com o governo
parente próximo com mais de 35 anos para governar em seu cresceu muito, levando alguns grupos a apelarem para a luta
lugar, uma regência trina (composta por três pessoas) deveria armada e a revolta como forma de protesto.
fazê-lo.
Como na época em que D. Pedro I abdicou os deputados Cabanagem (1833-1840)
estavam de férias, foi formada uma Regência Trina Provisória. A Cabanagem foi uma revolta que ocorreu entre 1833 e
Suas principais ações foram a manutenção da Constituição 1839, na região do Grão-Pará, que compreende os atuais
de 1824, reintegração do ministério demitido por D. Pedro I, estados do Amazonas e Pará. A revolta começou a partir de
anistia aos presos políticos e a promulgação da Lei Regencial pequenos focos de resistência que aumentaram conforme o
de abril de 1831, que limitava os poderes dos regentes. governo tentava sufocar os protestos, impondo leis mais
rígidas e a obrigação de participação no exército para aqueles
A Regência Trina Permanente que fossem considerados praticantes de atos suspeitos. A
Foi eleita em junho de 1831. Com o padre Digo Antônio cabanagem contou com grande participação da população
Feijó como ministro da justiça e composta por Bráulio Muniz, pobre, principalmente os Cabanos, pessoas que viviam em
Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva, essa regência teve cabanas na beira dos rios. Os revoltosos tomaram a cidade de
como principal realização a criação da Guarda Nacional. Belém, porém foram derrotados pelas tropas imperiais.
A criação da Guarda Nacional gera uma série de
consequências que serão vistas até o século XX, Revolução Farroupilha (1835-1845)
principalmente no período da República Velha. A Guarda foi A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi uma
uma tentativa de baratear os custos da segurança no país revolta promovida por grandes proprietários de terras no Rio
“terceirizando” as funções de polícia e do exército. Os Grande do Sul, conhecidos como estancieiros. O objetivo de
chamados coronéis compravam suas patentes militares e seus líderes era de separar-se do restante do país.
recebiam autonomia para organizar suas próprias forças A revolta começa pelo descontentamento de produtores do
armadas locais. sul em relação aos produtores estrangeiros de charque,
Embora na teoria seu papel fosse garantir a ordem principalmente os platinos e argentinos que comercializavam
regional, essa força só servia aos seus interesses, como as leis e concorriam com os estancieiros pelo mercado do produto no
garantiam que apenas ingressasse na Guarda quem dispusesse Brasil, utilizado principalmente na alimentação de escravos.
de altos ganhos anuais, e estes eram apenas os grandes Em 1835, insatisfeitos com o governo, os estancieiros
proprietários de terras, apenas a aristocracia rural ficou iniciam a revolta, tendo Bento Gonçalves como principal chefe
identificada com os coronéis. do movimento, comandando as tropas farroupilhas que
A mesma administração ainda promulga a “Lei Feijó” que dominaram Porto Alegre. Com as vitórias obtidas foi
proibia o tráfico e tornava livre todos os africanos proclamado um governo independente em 1836, conhecido
introduzidos em território brasileiro. Essa lei nunca foi como República do Piratini, com Bento Gonçalves como
respeitada de fato e a escravidão permaneceu até 1888. presidente.
Em 1839, o movimento farroupilha conseguiu ampliar-se.
Ato Adicional de 1834 Forças rebeldes, comandadas por Giuseppe Garibaldi e Davi
O Ato Adicional de 1834 foi uma revisão da Constituição de Canabarro, conquistaram Santa Catarina e proclamaram a
1824. Promulgado em 12 de agosto, possuía caráter República Juliana.
descentralizador, instituindo a criação de assembleias A revolta consegue ser contida somente após a coroação de
legislativas nas províncias, a supressão do Conselho de Estado D. Pedro II e com os esforços do Barão de Caxias, encerrando
e a Regência Una (governante único). O Rio de Janeiro foi os conflitos em 1 de março de 1845.
considerado um território neutro. Também foi reduzida a
idade para o imperador ser coroado, de 21 para 18 anos. Revolta dos Malês (1835)
Em Salvador, nas primeiras décadas do século XIX, os
Regência Una negros escravos ou libertos correspondiam a cerca de metade
Apesar de uma tentativa frustrada de assumir o poder em da população. Pertenciam a vários grupos étnicos, culturais e
1832, abandonando o cargo de Ministro da Justiça logo em religiosos, entre os quais os muçulmanos – genericamente
seguida, o padre Feijó obteve a maioria dos votos na eleição denominados malês -, que protagonizaram a Revolta dos
para Regente em 1835. Sendo empossado em 12 de outubro Malês, em 1835.
do mesmo ano para um mandato de quatro anos, não O exército rebelde era formado em sua maioria, por
completando nem dois anos no cargo. Seu governo é marcado “negros de ganho”, escravos que vendiam produtos de porta
por intensa oposição parlamentar e rebeliões provinciais, em porta e, ao fim do dia, dividiam os lucros com os senhores.
como a Cabanagem, no Pará, e o início da Guerra dos Farrapos, Podiam circular mais livremente pela cidade que os escravos
no Rio Grande do Sul. Com poucos recursos para governar e das fazendas, o que facilitava a organização do movimento.
isolado politicamente, renunciou em 19 de setembro de 1837. Além disso, alguns conseguiam economizar e comprar a
liberdade. Os revoltosos lutavam contra a escravidão e a
Segunda Regência Una imposição da religião católica, em detrimento da religião
Com a renúncia de Feijó e o desgaste dos liberais, os muçulmana.
conservadores obtêm maioria na Câmara dos Deputados e
elegem Pedro de Araújo Lima como novo regente único do

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A repressão oficial resultou no fim da Revolta dos Malês, passou a ser o principal produto do país e assim permaneceu
que teve muitos mortos, presos e feridos. Mais de quinhentos até a república.
negros libertos foram degredados para a África como punição.
Liberais e Conservadores20
Sabinada (1837-1838) Liberais (chamados de Luzia) e conservadores
A Sabinada ocorreu na Bahia, com o objetivo de implantar (Saquarema) diferiam em suas teorias e aspirações políticas
uma república independente. Foi liderada pelo médico em seus discursos, porém, durante todo o Segundo Reinado
Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, e por isso ficou ficou claro que quando no poder, ambos eram iguais.
conhecida como Sabinada. O principal objetivo da revolta era Os liberais defendiam a descentralização e autonomia das
instituir uma república baiana, mas só enquanto o herdeiro do províncias enquanto os conservadores, como o próprio nome
trono imperial não atingisse a maioridade legal. sugere, defendiam um governo forte e centralizado.
Diferentemente de outras revoltas ocorridas no período, a
sabinada não contou com o apoio das camadas populares e As Eleições do Cacete
nem com os grandes proprietários rurais da região, o que Ao assumir, D. Pedro II vivenciou um grande impasse
garantiu ao exército imperial uma vitória rápida. político: para auxiliá-lo em seu governo foi criado o Ministério
da Maioridade. O problema se deu porque o Ministério tinha
Balaiada (1838-1841) sua maioria composta por liberais, enquanto a Câmara era
Balaiada ocorreu no Maranhão, em 1838, e recebeu esse composta maioritariamente por conservadores. Qualquer
nome devido ao apelido de uma das principais lideranças do decisão a ser tomada gerava grande debate pelas divergências
movimento, Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o "Balaio", entre ambos.
conhecido por ser vendedor do produto. A solução encontrada para acabar com essa disputa foi
A Balaiada representou a luta da população pobre contra dissolver a Câmara e convocar novas eleições: As Eleições do
os grandes proprietários rurais da região. A miséria, a fome, a Cacete. O nome não foi por acaso. Para garantir a vitória, o
escravidão e os maus tratos foram os principais fatores de partido liberal colocou “capangas” para trabalhar nas eleições
descontentamento que levaram a população a se revoltar. e através de coerção e ameaças eles venceram.
A principal riqueza produzida na província, o algodão, Os liberais mantiveram-se no poder por pouco tempo.
sofria forte concorrência no mercado internacional, e com isso Apesar de serem maioria, as pressões externas (Inglaterra) e
o produto perdeu preço e compradores no exterior. Além da internas (Guerra dos Farrapos), e a má impressão que ficou
insatisfação popular, a classe média maranhense também se após o uso da força nas eleições fez com que o imperador
encontrava descontente com o governo imperial e suas novamente dissolve-se a Câmara e formasse um novo
medidas econômicas, encontrando na população oprimida ministério, este composto por ambos os lados.
uma forma de combatê-lo.
Os revoltosos conseguiram tomar a cidade de Caxias em Revolução Praieira
1839 e estabelecer um governo provisório, com medidas que A Revolução Praieira ocorreu na metade do século XIX
causaram grande repercussão, como o fim da Guarda Nacional (1848) em um contexto onde o nordeste já sofria as
e a expulsão dos portugueses que residiam na cidade. consequências econômicas da crise do açúcar, enquanto a
Com a radicalização que a revolta tomou, como a adesão de região sudeste já era a “favorita” do Império com a
escravos foragidos, a classe média que apoiava as revoltas prosperidade econômica ocasionada pelo café.
aliou-se ao exército imperial, o que enfraqueceu bastante o Pernambuco era uma província conturbada na época:
movimento e garantiu a vitória em 1841, com um saldo de eram os portugueses quem controlavam o comércio e a
mais de 12 mil sertanejos e escravos mortos em batalhas. Os política local. O cenário de problemas econômicos, sociais e
revoltosos que acabaram presos foram anistiados pelo políticos criou o clima para um conflito entre os partidos
imperador. Liberal e Conservador.
Os portugueses se concentravam em torno do partido
A Maioridade e a Tranquilidade Política conservador. Os democratas e liberais brasileiros em torno do
Toda a instabilidade do período regencial colocou tanto partido liberal. Após as eleições de 1848 que tiveram como
liberais quanto conservadores em xeque, uma vez que ambos resultado a eleição de um conservador para o cargo de
haviam ocupado o poder mas nenhum conseguiu trazer presidente de província, os liberais revoltam-se pegando em
estabilidade ao país. A ideia de antecipar a maioridade de D. armas e lançando o Manifesto ao Mundo, documento que
Pedro II começou a agradar ambos os grupos: os liberais exigia o fim dos privilégios comerciais portugueses, liberdade
esperavam que com isso teriam a chance de voltar ao governo. de imprensa, fim da monarquia e proclamação da república,
Os conservadores viam nisso uma oportunidade de preservar fim do voto censitário, extinção do poder moderador e Senado
a monarquia e manter a unidade do império. Em 1840, com vitalício.
uma regência conservadora o parlamento aprova adiantar a Com adesão popular os revoltosos chegaram a derrubar o
maioridade de D. Pedro II. presidente de província e controlar Olinda, porém as tropas
imperiais os contêm em 1849.
Segundo Reinado
O Parlamentarismo às Avessas
Ao contrário do que aconteceu com seu pai, a preparação Em 1847 D. Pedro II cria no Brasil um sistema
política de D. Pedro II parece ter sido melhor. Mesmo sem parlamentarista até então inédito no mundo.
abandonar o aspecto autoritário em seu governo, Um sistema parlamentarista tradicional funciona com o rei
politicamente ele soube trabalhar com as aristocracias rurais. (ou presidente) sendo o chefe de Estado, porém não sendo o
D. Pedro II dava a elas a condição de crescerem chefe de governo. Isso implica nas responsabilidades políticas
economicamente e em troca recebia seu apoio político. do cargo, onde o chefe de governo as têm em muito maior
Falamos em aristocracias porque nesse período uma nova quantidade.
elite agrária e mais poderosa surgiu representada pelos Normalmente é o parlamento quem elege o Primeiro
cafeicultores do sudeste frente a antiga elite nordestina. O café Ministro para chefe de governo. No Brasil as coisas
aconteceram um pouco diferentes: o Parlamentarismo às

20 Adaptado de MARTINS. U. (Segundo Reinado – 1840 – 1889)

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Avessas, como ficou conhecido, contava com um novo cargo, o vista: povos que não respondiam ao poder real precisavam ser
de Presidente do Conselho de Ministros (que em um sistema subjugados.
normal seria o Primeiro Ministro), submisso e escolhido por D. Acontece que as elites locais/regionais ao incorporar a
Pedro II, que poderia destitui-lo quando quisesse. ideia não levavam em conta o fator “civilizador”, mas sim o
Era uma forma de manter o parlamento e o Presidente sob econômico. Caso não houvesse a possibilidade de angariar
controle e que acabava descaracterizando o sistema como recursos (de qualquer natureza) a intervenção não era
Parlamentarista. justificada. De uma forma mais simples: o projeto só aconteceu
em regiões que dariam algum retorno financeiro para as
A Influência do Café expedições, para as elites ou para o governo central.
O sistema de produção rural no Brasil sempre foi o mesmo, Civilizar ou não o indígena tinha um segundo lugar de
baseado na monocultura, grande propriedade e trabalho importância nessa empreitada.
escravo. Desde a crise do açúcar e esgotamento das jazidas de
ouro, o país procurava seu novo salvador econômico. Este se A Questão Agrária
apresentou na figura do café, que além da mudança em relação Do início da colonização até o século XIX a questão e a
à mão de obra, mostrou poucas mudanças na estrutura de política agrária no Brasil eram definidas pelas sesmarias. Ao
produção. mesmo tempo em que a concessão de uma sesmaria era a
Graças ao aumento do consumo europeu, clima e solos garantia legal de posse da terra, apenas quem tivesse relações
favoráveis, além da já estabelecida estrutura de grandes e contatos políticos conseguiam esse acesso.
propriedades e monocultura, o café já na primeira metade do Outras formas como a ação de posseiros também eram
século XIX despontava como principal produto nacional. Das comuns, porém até o ano de 1850 ela era ilegal mediante
primeiras fazendas comerciais no Rio de Janeiro, até sua algumas condições.
expansão para o interior de Minas Gerais, São Paulo e norte do O que muda em 1850 é o advento da Lei nº 601, conhecida
Paraná, até quase a metade do século seguinte o café não como Lei de Terras. A criação dessa lei não apenas afirmava a
apenas conseguia sozinho equilibrar nossa balança comercial, legalidade das sesmarias como garantia o direito legal da terra
mas foi responsável pelo desenvolvimento da malha a posseiros (desde que as terras tivessem sido possuídas
ferroviária, algumas cidades que a acompanhavam e pela anteriormente à lei e fossem devidamente cultivadas).
introdução da mão de obra livre. A Lei de Terras veio para garantir o valor de um novo
Com crescente demanda, maior necessidade de braços produto, a própria terra, uma vez que a escravidão via seus
para a lavoura, com a pressão da Inglaterra pelo fim do tráfico dias contados desde a aprovação da Lei Eusébio de Queirós. A
e posteriormente fim da escravidão, os cafeicultores não lei que proibia o tráfico de escravos dificultou a obtenção de
encontraram outra solução que não trazer trabalhadores mão de obra para os grandes fazendeiros, que então
imigrantes europeus para suas fazendas. importavam escravos de outras regiões do país. Com a
Esse foi um período que marca o país em todos os aspectos: escassez de escravos, a terra passaria a ser o principal produto
- sociais com o surgimento de novas classes; e símbolo de status (da mesma forma que ter um grande
- políticos com a mudança do eixo central da velha número de escravos destacava as pessoas de maiores fortunas
oligarquia açucareira para a nova oligarquia cafeeira (Barões e influência, agora a terra garantia essa imagem).
do Café); e A Lei de Terras ainda tinha um segundo propósito: garantir
- econômicas com o desenvolvimento de cidades, serviços que apenas quem tivesse capital (normalmente quem já tinha
e ensaios de industrialização. terras) conseguisse obtê-las. As terras devolutas (aquelas
“desocupadas”21) não mais seriam entregues por doação ou
Cultura ação de posseiros, o que garantia que os trabalhadores
A cultura no século XIX desenvolveu-se de acordo com os dependessem de um emprego em fazendas.
padrões europeus. O governo arrecadou mais impostos com demarcação e
Na literatura tínhamos o romantismo como principal vendas e com isso conseguiu financiar, junto de cafeicultores a
gênero seguindo as devidas influências exteriores. José de vinda de mão de obra imigrante no período.
Alencar com sua obra O Guarani nos dá um bom exemplo
disso, descrevendo o índio Peri como herói que enfrenta tribos Imigração22
menos civilizadas. Vários são os motivos que explicam o movimento de
No campo das artes os indígenas também eram retratados imigração para o Brasil: internamente havia o preconceito dos
de maneira ao imaginário europeu: passivos e martirizados, grandes produtores rurais que, quando obrigados a abrir mão
além de características físicas distorcidas (a obra Moema – do trabalho escravo por motivos de lei ou econômicos, não
Victor Meirelles - é representada com pele quase branca). admitiam ter que pagar para os mesmos negros trabalhar em
No campo das instituições, D. Pedro II revelou-se grande suas terras. Havia a desinteligência de que a partir daquele
entusiasta e apoiador. Sempre demonstrou interesses pelas momento o escravo não seria ideal para o trabalho rural e
atividades do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico ainda as aspirações do governo de uma “recolonização”,
Brasileiro) do qual chegou a receber o título de protetor da principalmente da região sul ainda alvo de disputas de
instituição. Pouco depois fundou a Ópera Nacional, a Imperial fronteiras ou povoada por indígenas.
Academia de Música e o Colégio Pedro II, onde ele Externamente víamos na Europa um exemplo inverso ao
frequentemente fazia visitas. Brasil: aqui tinham terras de sobra e poucos trabalhadores, lá
Por fim, manteve incentivos financeiros em campos de eles tinham muitos braços livres e poucas terras. A Europa do
estudo como medicina e direito. século XVIII e XIX viu um aumento na taxa de natalidade,
expulsão dos trabalhadores do campo e pequenos
O Caso Indígena proprietários, além de perseguições políticas e religiosas.
No século XVIII se desenvolveu um projeto civilizador que Pareceu à época uma solução natural que os imigrantes
foi incorporado à colônia. O conceito era simples à primeira europeus arriscassem a sorte no novo continente.

21 Quando falamos em terras “desocupadas” falamos do ponto de vista do 22 Adaptado: UNOPAREAD <
governo da época. Eram terras no qual o governo não havia recebido rendimentos. http://www.unoparead.com.br/sites/museu/exposicao_sertoes2/Imigrantes-e-
Indígenas e posseiros sem permissão ocupavam essas terras e eram expulsos sem migracoes.pdf>
cerimônia ou compensação.

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A região sudeste, principalmente o estado de São Paulo, A modernização do pensamento econômico, mesmo que de
apesar de ter tido grande influência imigrante demorou a certa forma forçada, também provocou mudanças na política
“engrenar”. As primeiras experiências receberam o nome de externa do país. Em 1844 o ministro da Fazenda Alves Branco
sistema de parceria. Nesse sistema os imigrantes promulga uma lei que levaria seu nome, e que aumentava as
trabalhavam no cultivo e colheita do café, e dividiam os lucros taxas alfandegárias para os produtos importados. Era uma das
e eventuais prejuízos com o dono da terra. O maior exemplo poucas vezes até então em nossa história que o governo
desse sistema (e seu fracasso) foi o implantado pelo Senador tomava medidas que beneficiavam nossa indústria em relação
Campos Vergueiro. Apesar da promessa, a fazenda tinha o à estrangeira.
monopólio de tudo que os imigrantes necessitavam adquirir
(sempre com preços mais elevados), o que resultava em uma Processo Abolicionista24
dívida viciosa com o fazendeiro. Além disso, devido à Em maio de 1888, a princesa Isabel Cristina Leopoldina de
proximidade do contato com o trabalho escravo, o tratamento Bragança conhecida posteriormente como “A Redentora”
com os imigrantes era semelhante, o que chegou a fazer com assina o documento que finalmente colocou fim à escravidão
que o próprio governo italiano recomendasse que seus no país.
cidadãos não viessem para o Brasil. A História normalmente nos ensina a respeito do ato
Nos últimos anos do século XIX, com a situação se generoso dessa figura, mas não podemos ignorar que o dia 13
agravando na Itália e com a maior necessidade de mão de obra de maio foi apenas o cume de uma empreitada que vinha sendo
no Brasil, governo e fazendeiros oferecem melhores construída há muito tempo.
condições, o que abre as portas definitivamente para a A resistência à escravidão por parte dos negros existiu
chegada do europeu. sempre que houve a escravidão. Fugas, violência contra os
O sul, como falamos acima, mostrou uma colonização senhores e formação de quilombos eram algumas das práticas
diferente. Composto por pequenas propriedades familiares ou comuns que existiam desde a colônia. A partir da segunda
comunidades rurais, a região não atendeu os interesses do metade do século XIX, talvez por algumas leis já existirem, elas
mercado externo e o governo tinha maior preocupação em se tornaram mais comuns.
garantir a posse do Brasil na região do que garantir as A sociedade também já contava com um número maior de
exportações da época. entusiastas que estavam dispostos a lutar pelo fim dessa
prática e pressionar o governo. O império inglês junto desses
Tráfico Negreiro, Lutas Abolicionistas e o Fim da fatores finalmente consegue se colocar em posição de forma
Escravidão23 que o Brasil não podia mais ignorá-lo.
À época da independência D. Pedro I se viu pressionado As seguintes leis são o resultado dessas pressões e
por dois lados muito importantes para manter seu governo: mostram a evolução do processo de abolição:
- De um lado a Inglaterra, nação industrializada que via na
extinção do comércio de escravos (e na própria instituição Lei no 581 (Lei Eusébio de Queirós), de 4 de setembro de
escravista) maior possibilidade de capital e mercado 1850: a partir dessa data é proibido o tráfico de escravos para
consumidor. Seu apoio político e financeiro ao Brasil no o Brasil. Trocas internas entre províncias de escravos que já
processo de independência estava condicionado ao estão no país ainda são permitidas.
compromisso do país em abolir essa prática.
- Do outro lado estavam os grandes proprietários de terra, Lei no 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de
motivo pelo qual nem D. Pedro I, nem a regência e nem D. 1871: considerava livre todos os filhos de mulheres escravas
Pedro II conseguiram cumprir o acordo. nascidas a partir dessa data.
No curto período anterior ao aumento da produção
cafeeira no país, o tráfico de escravos de fato diminuiu em Lei no 3.270 (Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-
números visto que a necessidade de mão de obra era menor. A Cotegipe), de 28 de setembro de 1885: a Lei concedia
partir do momento em que os grandes fazendeiros sentiram liberdade a escravos com mais de 60 anos de idade.
necessidade de mais braços em suas lavouras, mesmo com leis
da regência proibindo a importação de escravos, o volume Lei no 3.353 (Lei Áurea), de 13 de maio de 1888: Art. 1o É
voltou a crescer. As consequências foram a maior pressão declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.”
inglesa sobre o Brasil no aspecto político, e na prática uma
perseguição real da marinha inglesa a navios negreiros. A Questão Platina25
Sentindo a pressão britânica surtir mais efeito que a
interna, finalmente em 1850 o governo brasileiro promulga A questão da Cisplatina foi um conflito entre Brasil e
uma lei com a verdadeira intenção de cumpri-la. A Lei Eusébio Argentina pelo controle de parte da bacia do Prata,
de Queiroz, que a partir da data de sua publicação proíbe o especificamente na região Cisplatina (que corresponde ao
tráfico negreiro no Brasil. atual Uruguai).
Como o governo não tinha intenção nenhuma de acelerar o Deve-se entender que apesar de em parte da história o
processo que levaria o fim da escravidão, a Lei Eusébio de Uruguai pertencer ao Brasil ou ser tomado pela Argentina, o
Queiroz garantia apenas o fim do tráfico de importação. O conflito nunca envolveu apenas duas partes.
tráfico ou troca interna ainda era permitido, o que ocasionou Historicamente o que hoje corresponde ao território
grande deslocamente de contingente negro escravo do uruguaio foi uma colônia portuguesa (Colônia de Sacramento).
nordeste para as colheitas de café no Vale do Paraíba no Quase um século depois (1777) a colônia passa a ter domínio
sudeste. espanhol, que dura até a transferência da coroa portuguesa
Uma segunda consequencia foi que com o capital que agora para o Brasil que volta a anexá-lo.
estava “sem destino”, uma vez que a compra de escravos se Acontece que o período em que a Espanha controlou a
tornava mais difícil com o tempo, novas atividades econômicas região deixou marcas mais fortes que o período colonial
começaram a receber esse dinheiro: bancos, estradas de ferro, português (cultura e língua). Não se sentindo como parte do
indústrias, companhias de navegação... império português, a Cisplatina (Uruguai) inicia um
movimento de separação.

23 Adaptado de FOGUEL, I. Brasil: Colônia, Império e República. < 25 Adaptado de: JARDIM, W. C. A Geopolítica no Tratado da Tríplice Aliança.

https://bit.ly/2Iqul4S> Anais do XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH


24 História do Negro no Brasil. CEAO/UFBA.

História 18
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A Argentina que já era independente e tinha interesses O Conflito


expansionistas à região não demorou a comprar o lado do O início do conflito envolveu apenas os dois países, porém
Uruguai enviando além do apoio político, suprimentos. o próprio Paraguai acabou fomentando os seus vizinhos a se
O governo brasileiro não recuou, além de fazer frente ao juntarem a causa brasileira.
Uruguai ele declarou guerra à Argentina. Apesar de haver O Paraguai mostrou clara vantagem tomando partes do
algum equilíbrio durante o início do conflito, o nosso governo território brasileiro (MS) e posteriormente invadindo até a
sofreu com grande pressão interna. O país já estava endividado Argentina (queria através dela dominar o Rio Grande do Sul).
com os gastos da independência e bancar um conflito em tão A vantagem do país se mantém até a formação da Tríplice
pouco tempo depois causou insatisfação geral (aumento de Aliança, unindo Brasil, Argentina e Uruguai.
impostos). A partir daí o conflito se torna desfavorável. Apesar de o
Em 1828, com mediação inglesa e se vendo muito Paraguai estar estruturado, os números não podiam ser
pressionado, Brasil e Argentina chegam a um acordo e ambos ignorados. O Paraguai contava com uma população total de
concordam que a região da Cisplatina se tornaria 800.000 habitantes no período contra 13.000.000 dos aliados.
independente. Tinha início a república do Uruguai. O Rio da Prata, única via de comunicação do Paraguai para fora
Posteriormente Brasil e Argentina ainda brigaram do continente foi bloqueado pelo maior número de navios
indiretamente dentro do território uruguaio: a política do aliados. Por fim, países como a Inglaterra ofereciam apoio
novo país estava dividida principalmente entre dois partidos, financeiro aos aliados enquanto o Paraguai se matinha
os “colorados” e os “blancos” (federalistas e unitários sozinho.
respectivamente) onde o Brasil apoiava os colorados e a A partir de 1868, muito sob o domínio de Caxias a
Argentina os blancos. vantagem já havia passado para os aliados e a Guerra se passou
Internamente o Uruguai sofreu com sucessivas trocas no apenas em território paraguaio. Em março de 1870, já com o
comando por parte de generais ou de acordo com os interesses conflito vencido, Conde D’Eu, genro de D. Pedro II, substituto
vizinhos até o ano de 1865, contando com grande contingente de Caxias no comando das tropas aliadas persegue o restante
brasileiro (gaúcho) quando o general Flores assume o poder e das forças paraguaias e executa Solano Lopes.
cessam os conflitos internos.
As Consequências da Guerra
A Guerra do Paraguai Apesar de os países aliados ganharem territórios, seu saldo
comum dessa guerra foi o aumento da dívida externa além do
A Guerra do Paraguai foi um conflito envolvendo Brasil, número de vidas perdidas.
Paraguai, Uruguai e Argentina que durou entre os anos de Para o Paraguai as perdas foram irremediavelmente mais
1864 e 1870 e teve consequências que marcam o continente pesadas e mostram sequelas até hoje.
até hoje. Cerca de 75% de sua população morreu nesse período
O Paraguai não era o país mais rico da América Latina até (90% dos homens). Ele perdeu 150.000 km² de seu território,
o início do conflito, mas é correto dizer que era o mais teve seu parque industrial destruído, sua malha ferroviária
desenvolvido socialmente e menos dependente vendida a companhias inglesas a preço de sucata, reservas de
economicamente. madeira e erva-mate praticamente entregue aos estrangeiros.
Desde 1811, ano de sua independência, o país fora Por fim, todas as terras passaram para o controle de
governado por apenas três governantes, não encontrando a banqueiros estrangeiros que as alugavam aos paraguaios.
turbulência política interna que aconteceu com alguns
vizinhos, como o Uruguai. A Crise do Império
Era Francisco Solano Lopes o líder uruguaio no período do
conflito e assim como seus antecessores ele garantiu algumas A partir da década de 1870 o império brasileiro vê seus
medidas que tornavam o Paraguai um país único na América melhores dias passarem. Uma crise iniciada com o conflito do
Latina: apesar de não ser democrático, seu governo Paraguai resultaria em quase vinte anos depois na
beneficiava as camadas populares, não havia elite agrária e as proclamação da república.
terras eram garantidas aos trabalhadores rurais, seus A crise do império pode ser baseada em quatro pilares:
principais produtos (erva-mate e madeira) eram de
monopólio do Estado, a maioria das famílias tinham garantido - Questão abolicionista e de terras: durante muito tempo
o direito a emprego, comida, moradia e vestuário. O a escravidão foi a base econômica das elites que apoiavam a
analfabetismo quase não existia, não tinha dívida externa e já monarquia. Com a grande campanha abolicionista e as
havia iniciado um processo de industrialização. medidas graduais tomadas pelo império, a antiga aristocracia
escravista que ainda apoiava D. Pedro II ficou descontente com
As Causas da Guerra seu governo. As novas elites, que faziam fortuna com o café e
O Paraguai se manteve fora dos conflitos na região desde se adaptaram ao trabalho livre imigrante europeu, ansiavam
sua independência. Tinha um acordo com o Brasil que garantia por mais autonomia política, e passaram a fazer grande
a autonomia uruguaia e um acordo com o Uruguai que garantia campanha em favor da república.
ajuda mútua. A sociedade, agora com crescente número de imigrantes
Foi a partir das intervenções brasileiras no governo também convivia com novas ideias (entre elas o
uruguaio (quando depôs Aguirre e assume Flores) que o abolicionismo).
Paraguai quebra sua política de neutralidade. Considerando D. Pedro II se viu sem o apoio da classe média da sociedade,
que o Brasil perturbava a harmonia da região e temendo que da nova aristocracia e também da antiga.
ele mesmo fosse o próximo alvo (além do fato de Solano Lopes
ser simpatizante de Aguirre, derrotado no Uruguai com ajuda - Questão religiosa: a Constituição de 1824 declarava o
brasileira), o Paraguai direcionou vários avisos preventivos ao Brasil um país oficialmente católico. A Constituição fixava que
Brasil. Não surtindo efeito, no final de 1864 Solano Lopes a Igreja deveria ser subordinada ao Estado, razão pelo qual já
ordena o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de haviam alguns atritos. O problema maior se dá a partir de 1860
Olinda e declara guerra do Brasil, é o início da Guerra do quando o Papa Pio IX publica a Bula Syllabus, excluindo
Paraguai. membros da maçonaria de irmandades católicas. Apesar de o
imperador não acatar as recomendações, os bispos de Olinda
e Belém seguem as instruções do Papa. Em consequência, D.

História 19
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APOSTILAS OPÇÃO

Pedro II ordena que ambos sejam presos, o que leva a Igreja a (B) 1840 – interpretação parcial da Reforma
também dar as costas a coroa. Constitucional de 1834, ampliando a autonomia dos
legislativos provinciais.
- Questão militar: até a Guerra do Paraguai o exército (C) 1847 – criação do cargo de Presidente do Conselho de
brasileiro não tinha qualquer influência ou importância para o Ministros, inaugurando o “parlamentarismo às avessas”.
governo. Durante as regências a criação da Guarda Nacional (D) 1855 – reforma eleitoral denominada “Lei dos
garantiu que a necessidade de um exército forte quase não Círculos”, extinguindo o voto distrital da Constituição do
existisse. Império.
A Guerra do Paraguai vem para mudar essa situação. (E) 1881 – nova reforma eleitoral conhecida como “Lei
Forçados a se modernizar e se estruturar, após a guerra o Saraiva”, estendendo o direito de voto aos analfabetos.
exército não apenas exige maior participação no governo do
país como passa a ter setores contrários às ideias 04. O período monárquico no Brasil costuma ser dividido
monarquistas. em três momentos distintos: Primeiro Reinado (1822-1831);
Como a Coroa continuava intervindo em assuntos militares Regências (1831 1840) e Segundo Reinado (1840-1889).
e punindo alguns de seus membros a ponto de censurar a Sobre as principais questões que marcaram esses momentos,
imprensa em determinados assuntos relacionados às forças assinale a alternativa incorreta.
armadas, o exército também dá as costas a monarquia e com (A) A Guerra do Paraguai marcou o Primeiro Reinado e foi
isso deixa D. Pedro II sem nenhum apoio de peso. a grande responsável pelo enfraquecimento do poder de D.
Sem apoio após a abolição da escravatura por parte da Pedro I, resultando na Independência do Brasil.
princesa Isabel, em novembro de 1889 com a ação militar, sem (B) A primeira etapa da monarquia brasileira teve
conflitos ou participação popular, termina o império brasileiro dificuldades para se consolidar, o Primeiro Reinado foi curto e
e tem início o período Republicano. marcado por tumultos e conflitos entre D. Pedro I - que era
português com os brasileiros.
Questões (C) A primeira Constituição Brasileira foi outorgada em
1824, por D. Pedro I.
01. (Prefeitura de Monte Mor/SP – Agente de Transito (D) A segunda etapa da história do Brasil monárquico
– CONSESP) Historicamente, o primeiro passo para o inicia-se em 1831, com a renúncia de D. Pedro I em favor do
advento do Parlamentarismo no Brasil, ocorreu na época do filho Pedro de Alcântara, com apenas cinco anos de idade.
Império com: (E) O terceiro momento da monarquia no Brasil inicia-se
(A) A Constituição outorgada em 1824 com o reinado de Dom Pedro II, período marcado pela
(B) A criação da presidência do Conselho de Ministros por centralização do poder de um lado e pelas disputas político-
D. Pedro II partidárias entre liberais e conservadores, de outro.
(C) A abdicação de D, Pedro I
(D) A declaração da maioridade 05. (UEL/PR) “[...] explodiu na província do Grão-Pará o
movimento armado mais popular do Brasil [...]. Foi uma das
02. (IF/AL – Professor-História – CEFET/AL) No rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam
processo crescente que levou à abolição dos escravos o poder.”
(1888), o Brasil passou a instituir uma legislação que iria
culminar com a abolição. Em 1850 foi sancionada a Lei Ao texto podem-se associar:
Euzébio de Queiróz (proibição do tráfico de escravos). Em (A) a Regência e a Cabanagem.
contrapartida o império instituiu a Lei das Terras, que (B) o Primeiro Reinado e a Praieira.
significou: (C) o Segundo Reinado e a Farroupilha.
(A) Objetivando regularizar os quilombos que existiam no (D) o Período Joanino e a Sabinada.
Brasil, foi criada a Lei das Terras, dessa forma, os quilombolas (E) a abdicação e a Noite das Garrafadas.
poderiam permanecer nas terras ocupadas.
(B) O império objetivava com a criação da LEI DAS TERRAS Gabarito
facilitar a aquisição de terras pelos negros libertos e dificultar
para os imigrantes. 01.B / 02.E / 03.C / 04.A / 05.A
(C) A Lei das Terras tinha o objetivo de restringir terras
para os novos libertos e facilitar para os imigrantes.
(D) Pensando em proteger os negros libertos, a Lei das
Terras seria um arcabouço jurídico que protegeria todos os Questões Complementares
brasileiros.
(E) Visando a aumentar os valores das terras, a lei foi
criada dificultando, assim, a compra por parte dos libertos, * Candidato (a). Para complementar seus estudos, seguem
favorecendo a permanência dos libertos como trabalhadores as questões da última prova de História para o cargo de
nas fazendas já existentes. Soldado Policial Militar.
03. (SEDUC/AM – Professor-História – FGV) A HISTÓRIA
Constituição do Império do Brasil, outorgada por D. Pedro I
em 1824, inaugurou formalmente um sistema político- 01. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) No
eleitoral que sofreu algumas alterações ao longo do período plano interno, Marquês de Pombal instituiu uma reforma que
monárquico (1822-1889). desagradou muitos daqueles que viviam das regalias
oferecidas pela Coroa Portuguesa:
Assinale a opção que caracteriza corretamente uma (A) Incentivou o desenvolvimento de uma indústria
dessas alterações. nacional com pretensões de diminuir a dependência
(A) 1834 – modificação da Constituição extinguiu o Poder econômica do país.
Moderador, assegurando a independência dos três poderes. (B) A expulsão dos jesuítas do Brasil.

História 20
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) A criação de várias companhias de comércio (A) A nacionalização dos impostos, leis e exércitos
incumbidas de dar maior fluxo às transações comerciais entre favoreceram a ascendência das atividades comerciais de sua
a colônia e a metrópole. burguesia mercantil.
(D) O chamado Erário Régio tinha como papel controlar os (B) prosperidade material alcançada por meio desse
gastos do corpo de funcionários reais e, principalmente, conjunto de medidas ofereceu condições para o investimento
reduzir os seus gastos. em novas empreitadas mercantis.
(C) Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada
02. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) pelos italianos genoveses que, via Mar Mediterrâneo,
Assinale a alternativa correta, quanto às afirmativas abaixo, introduziam as especiarias orientais na Europa.
sobre a Insurreição Pernambucana: (D) Nesse período, as principais rotas comerciais estavam
I - A Insurreição Pernambucana ocorreu no contexto da voltadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e índia)
ocupação holandesa na Região Nordeste do Brasil, em meados e as nações mercantilistas europeias.
do século XVII.
II - Representou uma ação de confronto com os holandeses Gabarito
por parte dos portugueses, comandados principalmente por
João Fernandes Vieira, um próspero senhor de engenho de 01.D / 02.D / 03.B / 04.B / 05.C
Pernambuco.
III - Nessa luta contra os holandeses, os portugueses
contaram com o importante auxílio de alguns africanos
libertos e também de índios potiguares.
IV - A oposição dos portugueses aos holandeses ocorreu Anotações
em decorrência da intensificação da cobrança de impostos e
também da cobrança dos empréstimos realizados pelos
senhores de engenho de origem portuguesa com os
banqueiros holandeses.

(A) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.


(B) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
(C) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
(D) Todas as afirmativas estão corretas.

03. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) A


Batalha do Jenipapo, ocorrida no dia 13 de março de 1823, foi
um confronto:
(A) Que evidencia as péssimas condições de vida da
população mais pobre e domínio político e econômico dos
grandes fazendeiros.
(B) Considerado fundamental no processo de
independência e consolidação do território brasileiro.
(C) Que se consistiu numa sublevação de caráter racial, de
escravos africanos, organizados em tomo de propostas
radicais para libertação dos demais escravos africanos.
(D) Que teve início entre as elites militares, médicas e
jornalistas do atual município de Campo Maior, na província
do Piauí.

04. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) 0


sentido da colonização - A atividade colonizadora europeia
aparece como desdobramento da expansão puramente
comercial. Passou-se da circulação para a produção, no caso
português, esse movimento realizou-se através da agricultura
tropical. Os dois tipos de atividade, circulação e produção,
coexistiram. Isso significa que a economia colonial ficou
atrelada ao comércio europeu. Segundo Caio Prado Jr., o
sentido da colonização era explícito:
(A) Como elemento da expansão mercantil da Europa,
regulado pelos interesses da nobreza.
(B) Fornecer produtos tropicais e minerais para o mercado
externo.
(C) A colônia transforma-se em instrumento de poder da
metrópole, o fio condutor, a prática mercantilista, visara
essencialmente o poder da própria burguesia.
(D) Na centralização do poder como condição para os
países saírem em busca de novos mercados.

05. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) Após


a deflagração da Revolução de Avis, Portugal passou por um
processo de mudanças onde não podemos afirmar que:

História 21
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APOSTILAS OPÇÃO

História 22
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SOCIOLOGIA

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APOSTILAS OPÇÃO

ora enfatizando a prevalência da sociedade sobre os


indivíduos, ora considerando certa autonomia nas ações
individuais. Para o antropólogo Ralph Linton, por exemplo, a
sociedade, em vez do indivíduo, é a unidade principal, aquela
onde os seres humanos vivem como membros de grupos mais
ou menos organizados.

Objeto de Estudo
A sociologia é o estudo científico da sociedade. Parte de
métodos científicos (observação, análise, comparação) e
Relações entre indivíduo e possui objetos de estudo específicos. Traz para o campo das
ciências a figura do cientista social. Assim, diferentes de outras
sociedade, distinção do espaço ciências, a sociologia tem como parte integrante de seu objeto
público e privado, o Estado e de estudo o próprio observador. Este, ao mesmo tempo em que
os direitos humanos, observa o fenômeno, sofre influência e influencia seu objeto de
estudo.
cidadania e diversidade Essa realidade leva a uma discussão sobre a objetividade
do trabalho científico e sobre a (im)possível neutralidade do
cientista social. Fato que não ocorre nas ciências físicas, por
DIFERENÇAS ENTRE INDIVÍDUO E SOCIEDADE1 exemplo, o homem desempenha um duplo papel nas ciências
sociais: é ao mesmo tempo objeto e sujeito do conhecimento.
A visão dicotômica entre indivíduo e sociedade é Aquele que desempenha as ações sociais e as interpreta. Por
fundamental nas Ciências Sociais, e faz parte dos primórdios isso se busca tanto a objetividade nos casos estudados.
do desenvolvimento da Sociologia, que surgiu em meio a um
crescente processo de industrialização iniciado ainda no Weber X Durkheim
século XVIII e que levou ao surgimento de inúmeros Dois dos principais mestres da sociologia clássica
problemas sociais no início do século seguinte, quando surgiu compreenderam de maneira diversa a relação entre
a disciplina. Podemos dizer que as transformações ocorreram indivíduos e sociedade.
pela transição de uma realidade rural para um ambiente Enquanto Emile Durkheim priorizou a sociedade na
urbano e industrial. O advento de estruturas sociais mais análise dos fenômenos sociais, considerando-a externa aos
complexas fez com que os homens se vissem na necessidade indivíduos e determinadora de suas ações, Max Weber
de compreendê-las. Brota uma nova ciência que, partindo do entendia ser preponderante o papel dos atores sociais e as
instrumental das ciências naturais e exatas, tenta explicar a suas ações. Weber entendia a sociedade como o conjunto das
realidade, estudando sistematicamente o comportamento interações sociais. A “ação social”, objeto de estudo weberiano,
social dos grupos e as interações humanas. toma este significado quando seu sentido é orientado pelo
Basicamente buscou-se compreender que todas as conjunto de pessoas que constituem a sociedade.
relações sociais estão conectadas, formando um todo social, Para Durkheim, os fatos sociais são anteriores e exteriores
que chamamos de sociedade. A passagem de uma sociedade aos indivíduos, exercendo sobre eles um poder coercitivo que
rural para uma sociedade urbana, com a formação de grandes se impõe sobre as vontades individuais. Num sentido oposto,
cidades, abriu novos espaços de sociabilidade, em que Weber priorizou as ações individuais para compreender a
conviveram pessoas diferentes e estranhas umas às outras, sociedade, considerando-as como um componente universal e
com objetivos e motivações distintas. Esses novos espaços particular da vida social, fundamental para se conhecer o
substituíram os espaços tradicionais de relações. Essa funcionamento das sociedades humanas, em que vigoram as
transição é essencial para compreender a sociologia. O rápido interações entre indivíduos e grupos sociais.
processo de urbanização provocou a degradação do espaço
urbano anterior, do meio ambiente, e a destruição dos valores CLASSES SOCIAIS E ESTRATIFICAÇÃO
tradicionais. As indústrias atraíram as populações rurais para
as cidades. Todos sabemos, pela própria experiência do dia-a-dia, que
nossa sociedade apresenta contradições: e desigualdades. Nas
Conceitos de Sociedade grandes cidades por exemplo, ao lado de mansões luxuosas
encontramos favelas e pessoas morando embaixo de viadutos.
A sociedade, tal como passou a ser compreendida no início Vivemos, portanto, em uma sociedade profundamente
do século XIX, pressupunha um grupo relativamente desigual. Se quisermos fazer uma descrição desse tipo de
autônomo de pessoas que ocupavam um território comum, sociedade, podemos trabalhar com o conceito de estratificação
sendo, de certa forma, constituintes de uma cultura comum. social. Mas se nosso objetivo for analisar historicamente os
Além disso, predominava a ideia de que as pessoas conflitos entre os diversos grupos que a compõem, devemos
compartilhavam uma identidade. As relações sociais, não só recorrer ao conceito de classes sociais.
referentes às pessoas, mas, inclusive, às instituições (família, Seja qual for o método escolhido, é preciso levar em conta
escola, religião, política, economia, mídia), moldavam as também que alguns indivíduos ou mesmo grupos de pessoas
diversas sociedades. Assim, havendo uma enorme conexão podem mudar de posição social. Para estudar esses casos
entre essas relações, a mudança em uma acarretaria numa utilizamos o conceito de mobilidade Social
transformação em outra.
A sociedade é entendida, portanto, como algo dinâmico, em Estratificação social
permanente processo de mudança, já que as relações e A expressão estratificação deriva de estrato, que quer dizer
instituições sociais acabam por dar continuidade à própria camada. Por estratificação social entende-se a distribuição de
vida social. Torna-se claro, ademais, que existe uma profunda indivíduos e grupos em camadas hierarquicamente
e inevitável relação entre os indivíduos e a sociedade. As superpostas dentro de uma sociedade. Essa distribuição se dá
Ciências Sociais lidaram com essa relação de diferentes modos,

1 http://educacao.globo.com/sociologia/assunto/conflitos-e-vida-em-
sociedade/individuo-e-sociedade.html

Sociologia 1
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APOSTILAS OPÇÃO

pela posição social dos indivíduos, das atividades que eles A terceira grande casta – a dos vaixas - é formada pelos
exercem e dos papéis que desempenham na estrutura social. comerciantes, artesãos e camponeses.
Na sociedade capitalista contemporânea, as posições Os sudras, por sua vez, executam os trabalhos manuais e
sociais são determinadas basicamente pela situação dos diversas tarefas servis. São uma casta depreciada, tendo o
indivíduos no desempenho de suas atividades produtivas dever de servir as três castas superiores.
(capitalistas X proletários). Na base da pirâmide social ficam os parias, grupo de
Contudo, nessa mesma sociedade os indivíduos podem miseráveis, desprovidos de direitos e sem profissão definida.
desempenhar outros papéis e alcançar novas posições sociais Totalmente desprezados pelas demais castas, vivem da
como na religião que praticam, o partido político em que caridade alheia. Os parias não podem banhar-se nas águas
militam, as funções sociais que desempenham, a profissão que sagradas do rio Ganges (o que é permitido as outras castas),
exercem (médico x pedreiro). nem ler os Vedas, que são os livros sagrados dos hindus.
Embora o sistema de castas tenha sido abolido
Principais tipos de Estratificação Social oficialmente em 1947, quando a Índia conquistou a
1. Estratificação política. Estabelecida pela posição de independência sob a liderança de Mahatma Gandhi, basta
mando na sociedade (grupos que têm poder e grupos que não percorrer o pais para constatar que, na prática, o antigo regime
têm). sobrevive. Os indianos das castas superiores não aceitam
2. Estratificação profissional. Baseada nos diferentes graus perder seus privilégios, e os membros das castas inferiores e
de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. os "sem castas" continuam sendo excluídos, rejeitados,
P.E., em nossa sociedade a profissão de médico é muito mais privados de educação formal e de outras oportunidades.
valorizada que a de pedreiro, motorista. Cabem a eles as piores tarefas, como limpar fossas e lavar
3. Estratificação econômica. É definida pela posse de bens cadáveres.
materiais, cuja distribuição pouco equitativa faz com que haja Na segunda metade do século XX, reformas sociais e
pessoas ricas, pobres e em situação intermediária. mudanças na economia da Índia, impulsionadas pela
industrialização, começaram a romper o sistema de divisão em
Estratificação Econômica de uma Sociedade castas.
Capitalista Assim, nos grandes centros urbanos do pais, como Nova
Dependendo do tipo de sociedade, esses estratos podem Delhi, Bombaim e Calcutá, a abolição do sistema vem
ser organizados em: ocorrendo gradativamente. Entretanto, ele ainda perdura na
• Castas maior parte da Índia rural.
• Estamentos
• Classes sociais. Estamentos ou Estados
Um exemplo típico de sociedade estratificada em
Tipos de Sociedades Estratificadas estamentos pode ser encontrado na Europa ocidental durante
a Idade Média (476-1453), sob a vigência do modo de
Castas Sociais: produção feudal.
Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa Estamento ou estado e uma camada social semelhante a
camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do casta, porém um pouco mais aberta. Na sociedade estamental,
tempo, uma posição social mais elevada. Esse fenômeno a mobilidade social é difícil mas não impossível, como na
conhecido como mobilidade social. sociedade estratificada em castas.
Em contrapartida, existem sociedades em que, mesmo Na sociedade feudal, a ascensão era possível nos raros
usando toda a sua capacidade e empregando todos os esforços, casos em que a Igreja recrutava seus membros entre os mais
o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais pobres; quando os servos eram emancipados por seus
elevada. Nesses casos, a posição social lhe atribuída por senhores; no caso de o rei conferir um título de nobreza a um
ocasião do nascimento, independentemente de sua vontade. homem do povo; ou, ainda, se a filha de um rico comerciante
Ele carrega consigo, pelo resto da vida, a posição social se casasse com um nobre, tornando-se, assim, membro da
herdada. aristocracia.
A sociedade indiana é estratificada dessa maneira. Há A pirâmide social da sociedade estamental durante o
séculos, a população da Índia está distribuída em um sistema feudalismo europeu apresentava-se da seguinte maneira:
de estratificação social rígido e fechado, que não oferece a No vértice da pirâmide encontravam-se nobreza e no alto
menor possibilidade de mobilidade social. É o sistema de clero. Eram os donos da terra da qual obtinham renda
castas explorando o trabalho dos servos. Os nobres dedicavam-se à
Enquanto nas sociedades ocidentais pessoas de níveis guerra à caca, cuidavam da administração do feudo e exerciam
sociais diferentes podem se casar - o que não raro possibilita a o poder judiciário em seus feudos.
ascensão social de um dos cônjuges -, na Índia o casamento só O alto clero (cardeais, arcebispos, bispos, abades) era uma
é permitido entre pessoas da mesma casta. elite eclesiástica e intelectual.
As castas são grupos sociais fechados, cujos membros Seus membros vinham da nobreza. Constituíam também a
seguem rigorosamente as tradições familiares. Um indivíduo única camada letrada na primeira a fase do período medieval,
nascido em determinada casta deve permanecer nela pelo desempenhando importantes funções administrativas.
resto da vida. Sua posição social é definida ao nascer. Além de Abaixo da camada dos nobres, encontravam-se os
direitos e deveres específicos, as pessoas não podem ascender comerciantes. Embora ricos, muitas vezes eles não tinham os
socialmente mediante qualidades pessoais, mérito ou mesmos privilégios da nobreza. Além disso, suas atividades
realizações profissionais. sofriam uma série de restrições legais. Tais restrições foram
Pode-se esquematizar a estratificação social indiana por desaparecendo à medida que o feudalismo entrou em declínio.
meio da seguinte pirâmide de castas: Mais abaixo estavam os artesãos, os camponeses livres e o
No topo da pirâmide estão os brâmanes, que são os baixo clero. Os artesãos viviam nas cidades, reunidos em
sacerdotes e os mestres da erudição sacra. Segundo sua associações profissionais, as corporações de ofício; os
crença, a eles compete preservar a ordem social, estabelecida camponeses livres trabalhavam a terra e vendiam seus
por orientação divina. produtos agrícolas nas vilas e cidades; o baixo clero, originário
A seguir, distribuídos pela segunda casta, vem os Xátrias da população pobre, convivia com os pobres, com o povo,
guerreiros que formam a aristocracia militar. prestando-lhe assistência religiosa

Sociologia 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Abaixo de todos estavam os servos, que trabalhavam a Ao contrário da burguesia e do proletariado, que atuam
terra para si e para seus senhores, vivendo em condições diretamente na produção social entre as classes médias
precárias; estavam ligados à terra, passando a ter novo se misturam-se múltiplos papeis. Não se trata, portanto, de uma
quando a terra mudava de dono. classe política e socialmente homogênea.
A divisão da estrutura social em estamentos - tipo Segundo Karl Marx, essa heterogeneidade das classes
intermediário entre a casta e a classe – era encontrada na médias explica por que, nos conflitos sociais e políticos, elas
Europa até fins do século XVIII. oscilam tanto, ora apoiando os interesses da grande burguesia,
ora apoiando os interesses dos trabalhadores.
Classe Social
Desenvolvido pelo pensador alemão Karl Marx, o conceito Mobilidade Social
de classe social parte de premissas próprias, segue critérios Em maio de 1953, Lourenço Carvalho de Oliveira, nascido
específicos e sua aplicação leva a conclusões totalmente na pequena aldeia de Vigia, no norte de Portugal, desembarcou
diferentes das que podem ser encontradas nos estudos que no porto de
analisam a sociedade segundo o modelo descritivo da Santos, no litoral de São Paulo, depois de onze dias de
estratificação social. viagem na terceira classe do transatlântico Vera Cruz. Em sua
Para Marx, a história da humanidade é "a história da luta terra, deixara a mulher e três filhos pequenos vivendo graças
de classes". Segundo ele, portanto, a classe social é acima de à solidariedade de parentes e vizinhos.
tudo uma categoria histórica. Quando Marx se refere as duas Foi morar de favor na casa de um primo e arrumou
grandes classes do capitalismo - a burguesia e o proletariado - emprego como ajudante num bar. Economizou muito, mandou
, está designando duas forças motrizes e concretas do modo de buscar a família e conseguiu, depois de anos de trabalho e
produção capitalista, um sistema econ6mico historicamente privações, abrir uma pequena venda em sociedade com um
determinado. amigo.
O próprio Marx, no entanto, não reivindicava a descoberta O negócio foi crescendo: primeiro uma mercearia, depois
das classes sociais nem da luta de classes, mas sim a um mercado, a seguir um supermercado. Em 1988, 35 anos
"demonstração de que a existência das classes só se liga a depois de chegar ao Brasil, o Sr. Lourenço era dono de uma
determinadas fases históricas de desenvolvimento da grande rede de supermercados, tendo se tornado um dos mais
produção". Marx atribula uma importância particular aos influentes membros da Associação Comercial de São Paulo.
conflitos entre as classes. Para ele, são esses conflitos que Seus filhos têm curso superior e um deles é professor na
constituem o principal fator de mudança social. Esses Universidade de São Paulo.
movimentos, portanto, imprimiriam movimento e dinamismo Essa história de vida mostra que os indivíduos, numa
à sociedade. sociedade capitalista, podem chegar a ocupar diferentes
Por outro lado, as classes sociais mudam ao longo do posições sociais - ou estratos - durante a vida. É possível que
tempo, conforme as circunstâncias econômicas, políticas e alguns deles, que integram o estrato de baixa renda (camada
sociais. As contradições que mantêm entre si forjam e C), passem a integrar o de renda média (camada B) ou mesmo
estruturam a própria sociedade. Quando os conflitos chegam a o de renda alta (camada A).
um ponto insuportável, ocorre uma revolução que transforma Por outro lado, alguns indivíduos da camada A podem ter
a sociedade, modificando o modo de produção. sua renda diminuída, passando a integrar as camadas B ou C.
Foi o que aconteceu, com o feudalismo: uma nova classe (a Do ponto de vista sociológico, os dois fenômenos são
burguesia) derrubou um velho estamento (a nobreza), caracterizados como manifestações de mobilidade social.
gerando a sociedade capitalista. A Revolução Francesa de 1789 Mobilidade social é a mudança de posição social de uma
foi uma das expressões dessa transformação. pessoa (ou grupo de pessoas) num determinado sistema de
Mas a nova sociedade capitalista, na concepção de Marx, já estratificação social.
começou dividida em duas grandes classes conflitantes: a
burguesia (proprietária dos meios de produção) e o Tipos de Mobilidade Social
proletariado, ou classe operária, que só tem de seu a torça de Quando as mudanças de posição social ocorrem no sentido
trabalho. ascendente ou descendente na hierarquia social, dizemos que
Essa divisão baseada no regime de propriedade faz com a mobilidade social é vertical. Quando a mudança de uma
que uma classe seja dominante, e a outra, dominada, numa posição social a outra se opera dentro da mesma camada
relação sistemática de dominação e exploração. social, diz-se que houve mobilidade social horizontal.
Assim, a teoria das classes não se limita a descrever as
divisões da sociedade em camadas, como faz o modelo da Mobilidade Social Vertical
estratificação social, mas procura explicar como e por que elas A mobilidade social vertical pode ser:
ocorrem historicamente. As classes sociais só existem a partir - ascendente ou de ascensão social - quando a pessoa
da relação que estabelecem entre si. Nesse sentido, as classes melhora sua posição no sistema de estratificação social,
são, além de antagônicas, necessariamente complementares. A passando a integrar um grupo economicamente superior a seu
burguesia, por exemplo, não pode existir sem o proletariado. grupo anterior;
Complementares, porque são elas que fazem funcionar o - descendente ou de queda social- quando a pessoa piora
sistema. Antagônicas, porque uma delas (a burguesia) se de posição no sistema de estratificação, passando a integrar
apropria do trabalho da outra (o proletariado), o que gera o um grupo economicamente inferior.
conflito permanente. O filho de um operário que, por meio do estudo, passa a
As classes médias fazer parte da classe média é um exemplo de ascensão social.
Entre a burguesia e o proletariado existem outros grupos A falência e o consequente empobrecimento de um
que se movem entre as duas classes fundamentais, oscilando comerciante, em contrapartida, é um exemplo de queda social.
de uma para a outra. Alguns desses grupos são denominados Assim, tanto a subida quanto a descida na hierarquia social
genericamente de classes medias, ou pequena burguesia. são manifestações de mobilidade social vertical.
A pequena burguesia constitui um setor muito numeroso, Em uma sociedade aberta e democrática, é comum pessoas
que abrange desde a dona de um pequeno armazém até os de um grupo social passarem para outro grupo, mais ou menos
pequenos e médios proprietários de terra, passando por todos elevado na escala social.
os assalariados que trabalham em escritórios, funcionários A esse fenômeno, que tanto pode ser ascendente como
públicos e profissionais liberais. descendente, dá-se o nome de mobilidade social.

Sociologia 3
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APOSTILAS OPÇÃO

No Brasil, a chegada do ex-metalurgico Luiz lnácio Lula da O indicador da OCDE foi construído levando em
Silva à Presidência da República, em janeiro de 2003, é consideração a "elasticidade intergeracional de renda". Ou
expressão dessa mobilidade. Com ele, passaram a integrar o seja, quanto o nível de rendimento dos filhos é determinado
governo diversas pessoas provenientes das camadas mais pelo dos pais. A instituição ressalta no estudo que a simulação
baixas da sociedade. É o caso, por exemplo, de Marina Silva, tem finalidade ilustrativa - para dar dimensão da dificuldade
ministra do Meio Ambiente, que foi seringueira no Acre e só de ascensão social - e que não deve ser interpretada como o
pode estudar a partir dos 17 anos. tempo preciso para que um domicílio de baixa renda atinja a
renda média.
Mobilidade Social Horizontal Na média entre os países membros da OCDE, a chamada
Uma pessoa se muda do interior para a capital. No interior, "persistência" da renda intergeracional é de 40%. Isso significa
ela defendia ideias políticas conservadoras; agora, na capital, que, se uma família tem rendimento duas vezes maior o que de
sob novas influências, passa a defender as ideias de um partido outra, o filho terá, em média, renda 40% mais alta que a da
progressista. Seu nível de renda, porém, não se alterou criança que veio da família de menor renda.
substancialmente. A situação mostra uma pessoa que Nos países nórdicos, a persistência é de 20%. No Brasil, de
experimentou alguma mudança de posição social mas que, 70%, conforme a pesquisa.
apesar disso, permaneceu no mesmo estrato social. Mais de um terço daqueles que nascem entre os 20% mais
Assim, a mudança de uma posição social dentro da mesma pobres no Brasil permanece na base da pirâmide, enquanto
camada social caracteriza-se como mobilidade social apenas 7% consegue chegar aos 20% mais ricos. Na média da
horizontal. OCDE, 31% dos filhos que crescem entre 20% mais pobres
permanecem nesse grupo e 17% ascendem ao topo da
Democracia e Mobilidade Social pirâmide.
O fenômeno da mobilidade social varia de uma sociedade
para outra. Em algumas sociedades ela ocorre mais facilmente; Pai Pobre, Filho Pobre
em outras, praticamente inexiste no sentido vertical Isso é o que o estudo chama de "chão pegajoso" (sticky
ascendente. É mais fácil ascender socialmente nos Estados floor): a dificuldade das famílias de baixa renda de sair da
Unidos, por exemplo, do que no interior da índia, ainda pobreza.
dominado pela estratificação social em castas. Filhos de pais na base da pirâmide têm dificuldade de
A mobilidade social ascendente é mais frequente numa acesso à saúde e maior probabilidade de frequentar uma
sociedade democrática aberta, que enaltece a escalada rumo escola com ensino de baixa qualidade.
ao topo de indivíduos de origem humilde - como nos Estados A educação precária, em geral, limita as opções para esses
Unidos -, do que numa sociedade de tradição aristocrática, jovens no mercado de trabalho. Sobram-lhes empregos de
como a Inglaterra. baixa remuneração, em que a possibilidade de crescimento
Entretanto, é bom esclarecer que, mesmo numa sociedade salarial para quem tem pouca qualificação é pequena - e a
capitalista mais aberta, a mobilidade social vertical não se dá chance de perpetuação do ciclo de pobreza, grande.
de maneira igual para todos os indivíduos. A ascensão social Nesse sentido, a desigualdade social e de renda, destaca o
depende muito da origem de classe de cada indivíduo. levantamento, é definidora do acesso às oportunidades que
Alguém que nasce e vive numa camada social elevada tem podem fazer com que alguém consiga ascender socialmente.
mais oportunidades e condições de se manter nesse nível, "Além do chão pegajoso, países como o Brasil têm também
ascender ainda mais e se sair melhor do que os originários das tetos pegajosos (sticky ceilings)", acrescenta Stefano
classes inferiores. Scarpetta, diretor de emprego, trabalho e assuntos sociais da
Isso pode ser facilmente verificado no caso dos jovens que OCDE, referindo-se às famílias de alta renda.
pretendem fazer o curso superior. Aqueles que, desde o início O nível elevado de desigualdade também se manifesta
de sua vida escolar, frequentaram boas escolas e, além disso, sobre a mobilidade no topo da pirâmide. Aqui, é pequena a
estudaram em cursinhos preparatórios de boa qualidade, têm probabilidade de que as crianças mais abastadas
mais possibilidades de aprovação nos vestibulares das eventualmente se tornem adultos de classes sociais mais
universidades públicas e privadas do que os jovens baixas que a dos pais.
provenientes das classes de baixa renda. Scarpetta pondera que, ao contrário da tendência global de
aumento da desigualdade, o Brasil conseguiu reduzir suas
Mobilidade Social no Brasil disparidades na última década, até o início da recessão. O país
A chance de uma criança de baixa renda de ter um futuro fez pouco, entretanto, para corrigir os problemas estruturais
melhor que a realidade em que nasceu está, em maior ou que mantêm em movimento o ciclo da pobreza - a qualidade
menor grau, relacionada à escolaridade e ao nível de renda de precária da educação e da saúde e a falta de treinamento para
seus pais. Nos países ricos, o "elevador social" anda mais os milhões de trabalhadores de baixa qualificação.
rápido. Nos emergentes, mais devagar - no Brasil, ainda mais "O Brasil fez um bom trabalho tirando milhões de famílias
lentamente. da extrema pobreza, com o Bolsa Família, por exemplo. Falta
O país ocupa a segunda pior posição em um estudo sobre agora fazer a 'segunda geração' de políticas", disse o
mobilidade social feito pela OCDE (Organização para a economista à BBC News Brasil.
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com dados de 30
países2. Classe Média
De acordo com o estudo o elevador social está quebrado. Quando se analisa a mobilidade apenas do indivíduo, e não
Para promover mobilidade social, seriam necessárias nove de uma geração a outra, o estudo da OCDE verifica que, de
gerações para que os descendentes de um brasileiro entre os forma geral, a classe média é o estamento com maior
10% mais pobres atingissem o nível médio de rendimento do flexibilidade - para cima e para baixo.
país. A estimativa é a mesma para a África do Sul e só perde No Brasil, a mobilidade da base da pirâmide para a classe
para a Colômbia, onde o período de ascensão levaria 11 média é maior do que em vários emergentes. Essa ascensão,
gerações. contudo, é frágil.

2 Camila Veras Mota. Brasil é o segundo pior em mobilidade social em ranking noticias/579960-brasil-e-o-segundo-pior-em-mobilidade-social-em-ranking-de-
de 30 países. Instituto Humanitas Unisinos. http://www.ihu.unisinos.br/78- 30-paises.

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APOSTILAS OPÇÃO

A estrutura do mercado de trabalho, com uma participação Acrescentando a esta abordagem física, morfológica, o viés
elevada do emprego informal, intensifica os efeitos negativos antropológico necessário ao trato da rua no âmbito do espaço
das crises sobre a população mais vulnerável. Como aconteceu público e respectiva apropriação, Santos e Vogel (1985), a
com parte da "nova classe média" durante a última recessão, o partir de experiência realizada no bairro de Catumbi, no Rio de
desemprego pode ser um caminho de retorno à pobreza. Janeiro, apontam a rua como uma extensão da casa para
diversas comunidades, observadas e vivenciadas por meio de
Mobilidade Social e Crescimento Econômico atividades cotidianas, como as brincadeiras infantis e
O nível baixo de mobilidade social tem implicações encontros de vizinhos, ou sazonais, como as festas. Observa-se,
negativas sobre o crescimento da economia como um todo, diz portanto, que este estudo de Santos e Vogel (1985) reafirma
o estudo da OCDE. Talentos em potencial podem ser perdidos aspectos aqui já abordados, quanto à flexibilidade do uso dos
ou subaproveitados, com menos iniciativas na área de espaços públicos, que podem sempre ser objeto de
negócios e menos investimentos. apropriações diferenciadas, mesmo que formalmente
"Isso debilita a produtividade e crescimento econômico constituídos para finalidade específica.
potencial em nível nacional", ressalta o texto. A praça, para Lamas (s/d, p.100) “é um elemento
Um elevador social "quebrado" também se manifesta sobre morfológico das cidades ocidentais”, inexistentes
o bem-estar social. anteriormente, distinguindo-se “de outros espaços, que são
A percepção de que a oportunidade de ascensão depende resultado acidental de alargamento ou confluência de traçados
de fatores que estão fora do alcance - como a renda dos pais ou - pela organização espacial e intencionalidade de desenho. [...]
o acesso a educação - gera desesperança e sentimento de A praça pressupõe a vontade e o desenho de uma forma e de
exclusão. Isso aumenta a probabilidade de conflitos sociais, diz um programa”. Deste modo, o autor caracteriza a rua como
a pesquisa. “lugar de circulação” e a praça como “lugar intencional do
encontro, da permanência, dos acontecimentos, de práticas
Tendência Global sociais, de manifestações de vida urbana e comunitária e de
O problema não é exclusivo dos países emergentes. Mesmo prestígio, e, consequentemente, de funções estruturantes e
países ricos, com desempenho expressivamente superiores ao arquiteturas significativas” (LAMAS, s/d, p. 102). Lamas indica
do Brasil nos indicadores de educação - França, Alemanha - ainda que a praça na cidade tradicional, como a rua, estabelece
estão acima da média da OCDE entre as estimativas do número “estreita relação do vazio (espaço de permanência) com os
de gerações necessário para que os 10% mais pobres atinjam edifícios, os seus planos marginais e as fachadas. Estas definem
a renda média. os limites da praça e caracterizam-na, organizando o cenário
"Por mais que esses países tenham bom desempenho no urbano” (LAMAS, s/d, p. 102). Para o autor, este é um aspecto
PISA (avaliação global do desempenho escolar), esses índices menos presente na praça da urbanística moderna, tendo em
são uma média. Países como a França, por exemplo, são vista “as dificuldades de delimitação e definição provocadas
bastante heterogêneos", ressalta Scarpetta. pela menor incidência dos edifícios e fachadas” (LAMAS, s/d,
p. 102).
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESPAÇO PÚBLICO
Observa-se que, ao caracterizar a praça pela
Espaços públicos formalmente constituídos – a rua, a intencionalidade e como resultante de um programa, Lamas a
praça e o parque diferencia, de espaços como o largo e o terreiro, caracterizados
Feitas estas considerações acerca da importância do pelo autor como
estudo das apropriações alternativas, além naturalmente das
apropriações formais, exercidas sobre o espaço público, para espaços acidentais: vazios ou alargamentos da estrutura
compreensão abrangente de suas qualidades, cabe conferir urbana e que, com o tempo foram apropriados e usados. ...estes
atenção aos conceitos atribuídos aos espaços públicos espaços nunca adquirem significação igual ao da praça porque
formalmente constituídos. Parte-se então, inicialmente, do não nasceram como tal. [...] o largo do mercado, o adro fronteiro
entendimento atribuído por vários autores à rua, à praça e ao à igreja, ou outros pequenos espaços vazios da cidade medieval
parque3. não são ainda verdadeiras praças (LAMAS, s/d, p. 102).
Conforme Lamas (s/d, p. 98 e 100) a rua, considerada de
fato como estruturadora do traçado, corresponde a “um dos Estas teriam sua inserção definitiva na estrutura urbana
elementos mais claramente identificáveis tanto na forma de destas cidades, a partir do Renascimento, passando a “fazer
uma cidade como no gesto de a projetar. Assenta num suporte parte obrigatória do desenho urbano nos séculos XVIII e XIX”
geográfico preexistente, regula a disposição dos edifícios e (LAMAS, s/d, p. 102).
quarteirões, ligas os vários espaços e partes da cidade, e Cabe destacar que tais distinções também podem ser
confunde-se com o gesto criador”. aplicadas a determinados espaços no Brasil, como
Apoiado em autores como Poète, Lavedan e Tricart, demonstrado pela pesquisa de Carneiro e Mesquita (2000). As
Lamas1 chama a atenção ainda para o “caráter de permanência autoras, ao tratar dos espaços livres do Recife, no estado de
do traçado, não totalmente modificável, que lhe permite Pernambuco, onde são comuns ambientes como largos e
resistir às transformações urbanas”. Para o autor, “o traçado adros, estabelecem as seguintes definições:
estabelece a relação mais direta de assentamento entre a
cidade e o território”. Calcado em Poète, Lamas indica que “a Praças são espaços livres públicos, com função de convívio
rua ou o traçado relaciona-se diretamente com a formação e social, inseridos na malha urbana como elemento organizador
crescimento da cidade de modo hierarquizado, em função da da circulação e de amenização pública, com área equivalente à
importância funcional da deslocação, do percurso e da da quadra, geralmente contendo expressiva cobertura vegetal,
mobilidade de bens, pessoas e ideias” (LAMAS, s/d, p. 100). mobiliário lúdico, canteiros e bancos.
O autor atribui ainda ao traçado “importância vital na Pátios são espaços livres públicos definidos a partir de uma
orientação”, sendo definidor do plano, “intervindo na igreja ou outro elemento arquitetônico expressivo, além do
organização da forma urbana a diferentes dimensões” casario antigo aos quais dá acesso, quase sempre pavimentados
(LAMAS, s/d, p. 100). e exercendo a função de respiradouros, de propiciadores do

3 MENDONÇA, E. M. SOUZA. Apropriações do espaço público: alguns conceitos.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812007000200013

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APOSTILAS OPÇÃO

encontro social e eventualmente destinados a atividades lúdicas Além dos espaços públicos caracterizados como rua, praça
temporárias. e parque aqui tratados, cabe ainda, ao final deste item, atentar
Largos são espaços livres públicos definidos a partir de um para a franca possibilidade da presença, em uma dada
equipamento geralmente comercial, com o fim de valorizar ou realidade empírica, de gama mais ampla de ambientes, seja
complementar alguma edificação como mercado público. quanto à configuração física, seja quanto aos próprios usos.
Podendo também ser destinados a atividades lúdicas Neste universo estaria contido, por exemplo, o pequeno
temporárias (CARNEIRO; MESQUITA, 2000, p.29). canteiro, presente no ambiente urbano com a função formal de
dividir as faixas de trânsito de veículos, e que pode receber
Para Carneiro e Mesquita (2000, p. 27) “pátios e largos são pela população apropriações de lazer ou mesmo comerciais.
espaços consolidados a partir das necessidades surgidas Há também o espaço considerado residual, constituído, em
durante o processo inicial de ocupação da cidade”. Estas geral, de pequena área, com tratamento paisagístico e por
autoras indicam ainda que: vezes, até mesmo mobiliário urbano (bancos ou brinquedos),
remanescente de projeto de reestruturação urbana,
as praças como pequenos espaços na malha urbana envolvendo a urbanização de área mais ampla, na qual este
deveriam ter suas funções protegidas por lei, inclusive com espaço encontra-se inserido. Pode-se, igualmente, citar o
relação à manutenção do seu entorno com edificações de até um “campo de pelada”, um campo de futebol improvisado, comum
ou, no máximo, dois pavimentos, por questões de escala e nos bairros de menor renda, e o mirante, que se constitui em
proporção (CARNEIRO; MESQUITA, 2000, p. 27). ambiente localizado em áreas com relevo adequado à
visualização de paisagens consideradas relevantes e com
Ratificando o caráter de apropriação pública, cabe ainda tratamento urbanístico que permite a permanência de um
apresentar a definição de praça formulada por Robba e grupo de pessoas. O “calçadão” da praia é outro exemplo, e vem
Macedo (2002, p. 17) como “espaços livres públicos urbanos se configurando fisicamente, como verdadeiro parque urbano
destinados ao lazer e ao convívio da população, acessíveis aos linear à beira mar, devido ao mobiliário urbano, geralmente
cidadãos e livres de veículos”. presente, e à atratividade que desperta no público.
Sobre o parque, Lamas (s/d) não atribui conceitos
específicos como nos casos anteriores referentes à rua e à Espaços públicos sob diversos olhares conceituais
praça. O grande parque encontra-se inserido no bojo dos Em vertente diferenciada em relação à anteriormente
ambientes caracterizados pelas estruturas verdes, referentes, tratada, porém, sempre buscando contribuições conceituais
portanto, à vegetação que apresentam, como o canteiro e o que ampliem a capacidade de compreensão acerca das
jardim. Estas estruturas verdes são reconhecidas pelo autor apropriações conferidas aos espaços públicos, cabe destacar
como “elementos identificáveis na estrutura urbana. alguns estudos que relativizam os conceitos de espaço público
Caracterizam a imagem da cidade; têm individualidade e privado. Hertzberger (1999), por exemplo, defende uma
própria; desempenham funções precisas: são elementos de diferenciação gradual entre estes pólos – público e privado -,
composição e do desenho urbano; servem para organizar, centrando suas discussões em questões como acessibilidade,
definir e conter espaços” (LAMAS, s/d, p. 106). forma de uso e população usuária. DaMatta (1997) cuja
Lamas (s/d, p. 194) insere ainda o parque, junto à alameda abordagem centra-se nas diferenciações entre o privado e o
e ao jardim, na categoria denominada por “espaços verdes”, público a partir de estudos antropológicos entre a casa e a rua,
caracterizando-os “como elementos de composição da cidade”. considerando a espacialidade física e moral, admite, no
Lamas ressalta a introdução da árvore na cidade como entanto, o estabelecimento de uma relação dinâmica e
evolução e requinte no modo de viver, gerando novos complementar entre eles.
ambientes, como “o recinto arborizado, o parque, o jardim, o Outra importante linha nestes estudos é a que empreende
passeio e a alameda, como espaços de recreio e novas práticas abordagem sobre o espaço público capaz de identificar
sociais”. O autor indica ainda a estruturação da arte de elementos de permanência e de passagem ao longo do tempo
jardinaria no período clássico barroco, “como um campo e na atualidade. Milton Santos (1985) alerta para uma
específico de arquitetura da paisagem e de organização abordagem do espaço que considere além dos fixos nele
territorial”. Realizam-se então, segundo o autor “grandes situados, também os fluxos que o percorrem.
composições de domínio da natureza”, a partir de elementos Valendo-se de enfoque bastante voltado à economia,
naturais apoiados em elementos construídos. Para ele, “esta Santos (1985, p.38), ao apresentar um panorama evolutivo do
atitude vai imprimir à natureza os mesmos atributos culturais capitalismo, desde a fase denominada mercantil ao recente
e estéticos que à cidade, dando-lhe forma e conteúdo cultural período classificado como técnico-científico, indica como dado
e estético, e está na gênese da manipulação da paisagem como importante deste último “a aceleração da circulação de bens e
objeto estético”. de pessoas”. Para o autor,

Para Carneiro e Mesquita (2000, p. 28) as empresas transnacionais, cada vez mais frequentemente,
produzem partes do seu produto final em diversos países e são,
parques são espaços livres públicos com função desse modo, um acelerador da circulação. Também graças a elas
predominante de recreação, ocupando na malha urbana uma aumentou recentemente a necessidade de exportar e importar,
área em grau de equivalência superior à da quadra típica tornada comum a todos os países.
urbana, em geral apresentando componentes da paisagem Por outro lado, dentro de cada país há tendência a uma
natural – vegetação, topografia, elemento aquático – como especialização cada vez maior das áreas produtivas. Isso está
também edificações destinadas a atividades recreativas, ligado à necessidade de maior rentabilidade do capital,...
culturais e/ou administrativas. ...o movimento conduz os capitais fixos a ganhar uma
importância bem maior do que antes, de forma que se dá um
Observa-se que referências presentes nos conceitos de aumento paralelo de “fixos” e de “fluxos” (SANTOS, 1985, p. 38-
parque apreendidos de Lamas e de Carneiro e Mesquita 39).
também se encontram presentes na visão de Macedo e Sakata
(2002, p. 13), que consideram o parque “um espaço livre Deste modo, Santos afirma que:
público estruturado por vegetação e dedicado ao lazer da
massa urbana”. À medida que a economia se torna espacialmente seletiva
dentro de cada país, e complementar entre países, os

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APOSTILAS OPÇÃO

instrumentos de trabalho são cada vez maiores e mais os fixos e avançar, em considerações sobre mudanças e permanências
os fluxos correspondentes são forçosamente mais numerosos e de papéis desses espaços.
densos (SANTOS, 1985, p. 39). Neste sentido, a modernização do ambiente urbano no
século XIX contribuiu para modificar hábitos sociais em
O autor refere-se ainda ao papel de inércia dos capitais importantes cidades europeias, repercutindo em seguida em
fixos, considerados como “geografizados segundo uma lógica âmbito internacional (BRESCIANI, 1991). Além de melhorias
que é a do momento de sua criação”, admitindo, neste sentido, na infraestrutura em geral, encontravam-se de modo especial,
a existência de fixos “ligados à atividade direta dos produtores no rol dos projetos de modernização, intervenções nos
individuais”, mas “também aqueles socialmente criados” espaços públicos, buscando entre outros aspectos, reverter, ou
(SANTOS, 1985, p.67). ao menos minimizar, o impacto que o processo de
industrialização vinha impingindo sobre as cidades. Ao mesmo
Atribuindo o mencionado papel de inércia aos fixos, que tempo, essas intervenções, caracterizadas também muitas
“provêm de épocas passadas, [...] e cuja instalação vezes como melhoramentos e embelezamentos urbanos
correspondeu a uma lógica buscada na rede de relações (PRADO, 2002), qualificavam o ambiente com a inserção de
múltiplas (políticas, econômicas, geográficas)” (SANTOS, praça, parque e a abertura de “boulevard” favorecendo
1985, p.67), o autor destaca, contudo, que esta relação dos apropriações até então inéditas.
capitais fixos com épocas passadas não significa, Ao amenizarem o perturbado ambiente urbano, estas
necessariamente, “perda relativa de seu valor produtivo ou de intervenções modificavam o percurso cotidiano do morador
sua capacidade de participar no processo de acumulação geral citadino, propiciando de imediato, a apropriação pelas elites.
e dentro do ramo respectivo. É a incidência, sobre essas formas Gradativamente, ao se conectarem às expectativas ou
envelhecidas, das relações sociais, que lhes assegura um lugar demandas trabalhistas quanto à redução de jornada de
na hierarquia dos papei”. (SANTOS 1985, p.67). Para o autor, trabalho, estas mesmas intervenções passaram também a dar
os fixos são “portadores [...] de um sistema de relações ligado vazão espacial aos anseios relacionados ao tempo livre do
à lógica interna de firmas ou instituições e que opõe trabalhador, permitindo ao longo do século XX a popularização
resistências à lógica mais ampla, de natureza geral, [...]” das apropriações dos espaços públicos. Como consequência, a
(SANTOS, 1985, p. 67-68). demanda por construção de espaços públicos vem sendo
O autor indica ainda a infraestrutura implantada pelo então, uma das reivindicações da população às administrações
Estado, como “fixos [que] atraem e criam fluxos”, concluindo públicas, sobretudo às municipais.
que “o subsetor governamental orienta os fluxos econômicos e Neste contexto, cabe também assinalar que o
humanos e determina a sua viabilidade e direção” (SANTOS, aperfeiçoamento dos meios de transporte, ao inserir na
1985, p. 76). Por outro lado, indica que “os fluxos também atividade diária os deslocamentos metropolitanos, amplia as
criam fixos na órbita do subsistema de mercado, sobretudo possibilidades e as abrangências de utilização dos
quando os fixos de origem pública são insuficientes para equipamentos urbanos de um modo geral, incluindo os
atender à demanda”. (SANTOS, 1985, p. 76). espaços públicos, permitindo até mesmo, sua utilização em
Verifica-se, então a importância de examinar o alcance, o âmbito regional. Isto, sem contar com circuitos nacionais e
potencial e a forma de inserção destes fluxos, caso não internacionais, empreendidos a partir de rotas turísticas. Por
exerçam somente função de passagem. No caso de absorção outro lado, outros fatores contribuem para minimizar ou
local de aspectos provenientes dos fluxos, cabe observar o restringir esta apropriação, ao considerar-se a ineficiência
grau de receptividade destes pelo meio e as interferências, as logística e o elevado custo do transporte coletivo para a
alterações de modo de vida por eles gerados. Neste sentido, é maioria da população urbana no Brasil e na América Latina.
Santos (1985) quem indica o potencial intrínseco ao lugar, a A disseminação do meio de comunicação eletrônica incide
partir das “rugosidades – formas remanescentes dos períodos também sobre a questão, como fator adicional, tanto no âmbito
anteriores – [que] devem ser levadas em conta quando uma das diversões como no referente ao trabalho, minimizando, de
sociedade procura impor novas funções” (p.55). um certo modo, a importância quanto ao deslocamento físico
Essa amplitude analítica, ou seja, manter o olhar voltado à e a circulação sobre o espaço.
dinâmica contemporânea que permeia o espaço com fluxos No entanto, este potencial de abrangência quanto à
nem sempre visíveis, considerando-se, por exemplo, os apropriação dos espaços públicos vem também sendo
ambientes possibilitados pela informática, sem negligenciar a fortemente cerceado pela difusão do medo, associado à
observação sobre os caracteres da dinâmica socioeconômica violência urbana, inicialmente vinculada às grandes cidades,
pré-existente, constitui-se em princípio importante para a apresentando na atualidade, generalizações na realidade e no
compreensão do papel do espaço público na atualidade e do imaginário também das médias e pequenas cidades. Assim, a
seu potencial em contextos futuros. proliferação de diversões em ambientes fechados e
Manter esta dupla visada constitui um desafio à controlados por aparato de segurança e consequentemente
compreensão sobre as diversas dinâmicas relacionadas ao seletos e excludentes vem alterando costumes, repercutindo
espaço urbano, e ao espaço público em particular, sendo em mudanças nas relações sociais relacionadas aos espaços
fundamental não perder de vista que o espaço urbano e/ou públicos.
público é parte da vida cotidiana na metrópole (CARLOS, Neste sentido, Caldeira (2000), referindo-se às décadas de
2001), além de articular-se a dinâmicas mais amplas – 1980 e 1990 e a cidades como São Paulo, Los Angeles,
metropolitana, regional, nacional e internacional. É Johannesburgo, Buenos Aires, Budapeste, Cidade do México e
importante, portanto, que a compreensão dessa complexa Miami, afirma que “diferentes grupos sociais, especialmente
articulação, entre as diversas escalas do espaço e as dinâmicas das classes mais altas, têm usado o medo da violência e do
a elas inerentes, ofereça ressonância a uma abordagem cidadã crime para justificar tanto novas tecnologias de exclusão social
de forma ampla. quanto sua retirada dos bairros tradicionais dessas cidades”
(CALDEIRA, 2000, p.9). Ao mesmo tempo, Caldeira registra, no
Espaços públicos - mudanças e permanências de mesmo período, a ocorrência de processos de transformação
papéis social em diversos países, como “transições democráticas na
Recuperando, com o apoio da história, algumas questões América Latina; pós-apartheid na África do Sul; pós-socialismo
relacionadas à modernização dos espaços públicos, cabe no leste europeu; transformações étnicas decorrentes de
retomar brevemente determinadas reflexões antes de intensa imigração nos Estados Unidos” (CALDEIRA, 2000, p.9)
e conclui que a generalização das “atuais transformações

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espaciais e das formas de exclusão e encerramento a elas Cabe, no entanto, reconhecer a existência de outros
inerentes permite associá-las à parte de uma fórmula que aspectos que também contribuem de maneira desfavorável às
elites em todo o mundo vêm adotando para reconfigurar a reais apropriações dos espaços públicos, tais como a própria
segregação espacial de suas cidades” (p.9). qualidade dos espaços públicos, e, portanto, as formas de
planejamento e gestão sobre estes incidentes.
Aprofundando a questão a partir do caso brasileiro e
tratando de modo específico o caso de São Paulo, Caldeira Espaços públicos e seu planejamento – considerações
(2000, p. 10) aponta para o finais
Enquanto Caldeira (2000) demonstra a crescente
desenvolvimento de dois novos modos de discriminação: a segregação sócio espacial, como consequência de ações
privatização da segurança e a reclusão de alguns grupos sociais privadas e ausência do poder público, Arantes (1998) chega a
em enclaves fortificados, tratados como processos que vem indicar a própria participação do poder público na construção
mudando as noções de público e de espaço público que até bem desta segregação. Esta autora, ao tratar da atitude da
recentemente predominavam em sociedades ocidentais. administração pública em sua ação de planejamento urbano,
observa a frequência com que resultados divulgados como
Quanto ao primeiro modo indicado, a autora destaca a sendo de êxito referem-se à requalificação de espaços urbanos
crescente contratação dos serviços privados de segurança e a micro dimensionais, desarticulada, portanto, de uma
tolerância da população à violação dos direitos dos cidadãos programação e um planejamento mais amplos, seja no âmbito
relacionada a procedimentos, muitas vezes, adotados por este físico-territorial, seja no âmbito social.
tipo de serviço, reconhecendo aí “limites da consolidação Tratam-se de áreas rigorosamente recortadas e
democrática e do estado de direito no Brasil” (CALDEIRA, preparadas de modo a tornarem-se superequipadas,
2000, p 11). Quanto ao segundo, a autora considera que, “o produzindo uma rígida delimitação de territórios em termos
novo padrão de segregação urbana baseado na criação de sociais e econômicos. Destaca-se que a temática cultural vem
enclaves fortificados representa o lado complementar da norteando os discursos de ações desta natureza, cujos
privatização da segurança e transformação das concepções do aparatos por vezes inserem-se em circuito turístico nacional e
público”, exemplificando, “a emergência de um novo padrão de internacional, sendo comum o fato destes equipamentos
organização das diferenças sociais no espaço urbano” contarem com eficiente e segura articulação de transporte e
(CALDEIRA, 2000, p. 11-12). acessibilidade, em contraste com as condições de vida do
ambiente, onde se encontram inseridos.
[...] o novo modelo de segregação separa grupos sociais de Buscando apresentar e debater alternativas a este
uma forma tão explícita que transforma a qualidade do espaço contexto, Souza (2002) aponta, nos campos acadêmico, de
público. planejamento e gestão, a importância da noção de
“desenvolvimento sócio espacial” em contraponto à ideia
Os enclaves fortificados são espaços privatizados, fechados e limitada de desenvolvimento econômico, desenvolvimento
monitorados, destinados a residência, lazer, trabalho e urbano ou de desenvolvimento social. Para o autor,
consumo. Podem ser shopping centers, conjuntos comerciais e
empresariais, ou condomínios residenciais. Eles atraem aqueles desenvolvimento é entendido como uma ‘mudança social
que temem a heterogeneidade social dos bairros urbanos mais positiva’, cujo conteúdo é tido como não devendo ser definido ‘a
antigos e preferem abandoná-los para os pobres, os “marginais”, priori’, à revelia dos desejos e expectativas dos grupos sociais
os sem-teto. Por serem espaços fechados cujo acesso é concretos, com seus valores culturais próprios e suas
controlado privadamente, ainda que tenham um uso coletivo e particularidades histórico-geográficas (SOUZA, 2002, p. 60-61).
semipúblico, eles transformam profundamente o caráter do
espaço público. Na verdade, criam um espaço que contradiz Desenvolvimento é então associado à mudança e
diretamente os ideais de heterogeneidade, acessibilidade e “mudança para melhor”. Para Souza (2002, p.61)
igualdade que ajudaram a organizar tanto o espaço público desenvolvimento sócio espacial corresponde a “uma melhoria
moderno quanto as modernas democracias. ...O novo meio da qualidade de vida e um aumento da justiça social”. O autor
urbano reforça e valoriza desigualdades e separações e é, atribui especial importância ao espaço, como palco, arena,
portanto, um espaço público não democrático e não-moderno referencial simbólico e condicionador das atividades
(CALDEIRA, 2000, p. 11-12). humanas, indicando que “a mudança social positiva, no caso,
precisa contemplar não apenas as relações sociais, mas,
A contraditória constatação de que esse tipo de igualmente, a espacialidade”. Vinculada à questão, emerge a
organização do espaço público prolifera concomitantemente noção de autonomia, visto que para o autor (SOUZA, 2002, p.
às transformações sociais, “como democratização política, fim 66):
de regimes racistas e crescente heterogeneização resultante
de fluxos migratórios” (CALDEIRA, 2000, p. 12), permite à Uma vez que o caminho democraticamente mais legítimo
autora duas constatações. A primeira relaciona-se à para se alcançarem mais justiça social e uma melhor qualidade
complexidade das ligações entre formas urbanas e formas de vida é quando os próprios indivíduos e grupos específicos
políticas. A segunda indica o espaço urbano como possível definem os conteúdos concretos e estabelecem as prioridades
“arena na qual a democratização, a equalização social e a com relação a isso, podem-se considerar justiça social e
expansão dos direitos da cidadania vêm sendo contestados nas qualidade de vida como subordinados à autonomia individual e
sociedades contemporâneas” (CALDEIRA, 2000, p. 12). coletiva enquanto princípio e parâmetro.
Deste modo, ao mesmo tempo em que os espaços públicos
permanecem ambientes desejados pela população e Nesta linha de atuação, e considerando o objetivo inicial
reivindicados por ela ao poder público, cabe reconhecer que deste artigo quanto ao embasamento de investigação sobre
convivem com este desejo, de certo modo reprimindo-o ou apropriações do espaço público de Vitória (ES), cabe destacar,
neutralizando-o, uma série de situações controversas como parte da pesquisa, a realização do curso “Para qualificar
relacionadas ao binômio medo – segurança e à difusão de os espaços públicos de Vitória”, que buscou estabelecer, junto
“espaços públicos” de outra natureza, como os propiciados aos representantes comunitários dos bairros enfocados, troca
pelo uso da internet. de conhecimentos ao apresentar conceitos e análises
referentes aos estudos realizados pela equipe técnica e

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debater o entendimento e a avaliação das lideranças locais a Química sozinhas não são suficientes para apontar as
respeito dos espaços públicos a eles relacionados. A diferenças essenciais existentes entre o ser humano e, por
experiência, mesmo que pontual e específica, aponta para exemplo, uma pedra. Ambos têm elementos físico-químicos
ampliar as condições de debate e a participação da população iguais e, mesmo que existam elementos diferenciais dessa
nos processos decisórios, institucionais ou não, que envolvam natureza, esses não constituem aquilo que essencialmente nos
o desenvolvimento sócio espacial. distingue enquanto seres humanos. Nem a biologia tem mais
A despeito de algumas abordagens aqui expostas sorte. Aquilo que nos distingue biologicamente dos grandes
indicarem crescente tendência de segmentação, segregação e primatas, como orangotangos, chimpanzés e gorilas não é mais
mesmo desuso quanto ao espaço público, estes fatores não se que 1,4%, ou seja, 98, 6% de nosso DNA são semelhantes ao
apresentam na atualidade de modo totalmente abrangente e desses macacos.
definitivo. É notória a permanência dos espaços públicos como A diferença é 10 vezes menor do que aquela entre um
importantes locais de embelezamento urbano e, também, camundongo e um rato. Não estamos aqui negando a
como ambientes de deslocamento físico. Entretanto, mais do contribuição dessas ciências, apenas relativizando-a na
que isto, destaca-se a apropriação do espaço público como elaboração de uma ideia comum sobre quem é o homem.
importante fator relacionado à cidadania. É neste sentido, que Aquilo que determina o homem enquanto homem não se
este artigo busca contribuir para qualificação do espaço constitui objeto direto das ciências naturais, mas das ciências
público no planejamento e na ação voltados ao do espírito, entre as quais, a Filosofia.
desenvolvimento sócio espacial, considerando-se, sobretudo, As características fundamentais que distinguem o homem
os aspectos urbanísticos e as formas de apropriação. dos outros seres e os unem entre si podem ser resumidas em
duas: inteligência e vontade livre. Ambas são pressupostas por
DIREITOS HUMANOS todas as ciências, mas tematizadas especialmente pela
Filosofia. Nenhuma outra ciência senão a filosofia procura as
À primeira vista, o título deste texto4 levanta uma questão: razões últimas de questões do tipo: o que é o pensamento
existe realmente uma filosofia dos Direitos Humanos? A humano? Somos realmente seres livres? Inteligência e
filosofia sempre se apresentou como a ciência dos princípios liberdade são características reduzíveis a fenômenos físico-
últimos, o que lhe reserva um lugar privilegiado diante das químicos ou possuem um estatuto ontológico próprio? Não
outras disciplinas. vamos entrar aqui na atual discussão sobre a possibilidade de
Pode-se fazer filosofia de tudo: filosofia da ciência, do uma redução da inteligência e liberdade a estados neuronais;
direito, da política, inclusive, filosofia dos direitos humanos. O discussão bastante pontual, que, porém extrapola os objetivos
que se pretende com a epígrafe filosofia dos Direitos Humanos deste artigo.
não passa de uma tentativa de buscar as razões últimas Nossa visão pressupõe que estados mentais (inteligência e
daqueles chamados Direitos Fundamentais da pessoa humana, vontade livre) não se reduzem a estados neuronais. Tal
aos quais se referem tantas declarações, como a nossa pressuposto desvela o vasto campo do espírito humano, que
Constituição de 1988. O início do Art. 5 de nossa Carta Magna fundamenta todo e qualquer discurso sobre os chamados
declara: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de Direitos Humanos. O adjetivo humano revela que esses
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos direitos são radicados numa natureza comum da qual
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à participam seres concretos e históricos. A expressão natureza
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. humana talvez esteja em desuso. Podem-se até utilizar outros
[...]”. A pergunta que todo “espírito filosófico” faz é: Por que termos como razão, condição humana etc. Nesse sentido, não
todos são iguais perante a lei? O que fundamenta essa se pode negar que homens e mulheres concretos são
igualdade de direitos à vida, à liberdade, à segurança etc.? É a caracterizados pelos traços essenciais da inteligência e
lei que me faz igual a todos ou a lei apenas reconhece essa vontade livre, ainda que esses se apresentem de formas
igualdade? Que direito tem o Estado de punir o indivíduo que variadas.
desrespeita esses direitos? Todas essas perguntas são Se a elaboração de uma ideia comum sobre o homem
refletidas no âmbito da filosofia e, sem esta, o debate sobre os constitui tarefa primordial da filosofia, especialmente da
Direitos Humanos perderia aquela profundidade especulativa Antropologia filosófica, tanto mais o será o problema da
que nenhuma outra ciência pode oferecer. Neste artigo, validade universal de tal ideia. Como pode uma ciência arrogar
apresento um tipo de filosofia que afirma ser possível uma o direito de validade universal de sua visão de homem? Esse é
fundamentação última dos Direitos Humanos e, a partir dela, um dos grandes desafios de nosso tempo e exige muito diálogo,
traço as relações destes com os direitos civis e o poder estatal. abertura e esforço intelectual. A contribuição da filosofia neste
aspecto sobrepõe-se, uma vez que ela sempre foi a ciência dos
Direitos humanos e fundamentação filosófica princípios. Embora essa visão de filosofia tenha seus críticos,
vale ressaltar que nenhuma ciência empírica pode fornecer
A reflexão sobre os Direitos Humanos está estreitamente uma fundamentação última de princípios. Se justificar
relacionada à ideia do ser humano que uma sociedade princípios é possível, então somente à filosofia competirá essa
fomenta. Diferentes culturas apresentam uma pluralidade de função.
visões a respeito dos direitos da pessoa, o que nos leva a No debate sobre os Direitos Humanos, a ela pertence a
questionar se seria possível a pretensão de universalidade específica tarefa de fundamentar de forma universalmente
elaborada pelos países ocidentais. A pergunta crucial de nosso válida aquele princípio básico de onde emergirá o direito
tempo traduz-se em: é possível, na diversidade cultural na qual essencial do homem, a saber: a dignidade humana.
nos inserimos chegar a um consenso sobre quem seja o ser O que é o ser humano segundo a filosofia aqui defendida?
humano e, desta forma, garantir direitos fundamentais válidos Resposta: um ser que pensa! Ser capaz de pensamento
para todas as culturas e povos? Podemos chegar a um constitui a raiz daquela dignidade que nenhum outro ser
consenso sobre o que é o homem para além de suas possui. Afirmar que o homem é um ser pensante por natureza
vicissitudes históricas? parece não constituir nenhuma novidade. Torna-se vazia a
A pergunta sobre aquilo que é comum a todos os homens e palavra pensamento se não a contextualizamos ou precisamos
que, ao mesmo tempo, nos diferencia dos outros seres não seu sentido. Pensar significa refletir, ou seja, dobrar-se sobre
encontra resposta apenas nas ciências naturais. A Física e a si mesmo ou sobre o mundo. De fato, somente o homem tem

4 Texto adaptado de VIANA, W. C.

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consciência de si e do mundo que o cerca. No dizer de Pascal, o precisa pensar) e ao mesmo tempo não reconhece tal valor
homem supera todo o universo pelo pensamento: para outro que também pensa ou pode pensar.
O homem não passa de um caniço, o mais fraco da Desta forma, pode-se defender o valor universal da ideia
natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o de homem como ser pensante, uma vez que não se pode negá-
universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota lo sem cair numa contradição interna. Isto constitui a base da
d’água, é o bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o chamada Dignidade Humana, fonte daqueles direitos inatos,
esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que o que o inerentes ao homem desde a concepção.
mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo A Dignidade Humana fundamentada na inteligência e
tem sobre ele, o universo a ignora. Toda a nossa dignidade vontade livre vale universalmente porque não pode ser
consiste, pois, no pensamento. negada por ninguém que não a reconheça no próprio ato da
Descartes também afirmava: “Sou uma coisa que pensa, negação. Tal dignidade exige uma relação moral e jurídica de
isto é, que duvida que afirma que nega que conhece poucas direitos e deveres entre os indivíduos. Essa afirmação é
coisas, que ignora muitas, que ama que odeia que deseja que bastante discutida. A dignidade humana obriga moralmente?
não deseja que imagina também e que sente”. Pode-se falar de uma falta moral ou somente de crime quanto
O pensamento constitui, portanto, o diferencial do homem ao desrespeito dessa dignidade?
que o distingue dos outros seres e, para além de qualquer Segundo o ponto de vista aqui defendido, direitos e
arrogância antropocentrista, garante seu lugar privilegiado na deveres humanos pertencem ao mundo moral e não somente
natureza. ao mundo jurídico. Direitos Humanos constituem aqueles bens
A reflexão ou a capacidade de reflexão pode ser aplicada ao inegáveis, irrenunciáveis e intransmissíveis de qualquer
homem de forma universal. Essa premissa tem seus indivíduo. Em âmbito privado, o desrespeito dos próprios
opositores. Se o pensar é o fundamento da dignidade da pessoa direitos humanos, ou seja, a agressão do indivíduo contra si
humana, o que dizer de seres humanos com deficiências mesmo constituiria um mal, pois negaria aquela dignidade
mentais, seres humanos em coma profundo ou mesmo de fundante de qualquer outro ato. Em âmbito coletivo, ferir os
crianças? Possuem estes uma dignidade humana, uma vez que direitos humanos de outrem significa renegar aquela
não exercem ou não podem exercer a reflexão? Eles detêm dignidade que o próprio agressor possui, significa bater no
direitos humanos? O problema em saber quem são os próprio rosto, pisotear no outro aquilo que existe dentro de si.
legítimos portadores da dignidade e, consequentemente, dos Quando o agressor reconhece que ofende a si mesmo no
direitos humanos traz bastante discussão e implica momento em que desrespeita qualquer direito humano, resta-
consequências político-ético-sociais importantes. lhe tão somente o “peso da consciência” moral.
Afirmo aqui que os portadores legítimos da dignidade O desrespeito de tais direitos constitui, para além da
humana são todos os seres que pertencem geneticamente à dimensão moral, sobretudo um crime em um Estado de
espécie humana. A diferença entre pessoa humana e ser Direito. Na esfera estatal, essa ofensa merece punição, mesmo
humano não constitui nenhuma ruptura. Uma é consequência que o agressor não reconheça a falta moral. Melhor ainda, ao
da outra. Somente seres humanos podem desenvolver-se Estado de Direito não interessa a falta moral ou a “consciência
como pessoa humana, ou seja, somente estes podem pesada” do agressor, mas tão somente seu crime. É a Filosofia
desenvolver uma inteligência e vontade livre. No entanto, nem Moral e a Filosofia do Direito que esclarecem essa dupla
todo ser humano desenvolve as capacidades de pensamento e dimensão dos Direitos Humanos. Aqui nos interessa,
liberdade. Pensemos em crianças especiais. Esse fato empírico sobretudo, a pertença dos Direitos Humanos ao mundo
não significa que existem seres humanos que não são pessoas, jurídico e estatal.
pelo menos em potência. Todo ser humano é uma pessoa, seja
em ato ou em potência. Direitos humanos e “direito”
Isto quer dizer que há pessoas humanas que não puderam,
não podem e nem poderão desenvolver as faculdades da Direitos Humanos valem universalmente desde a
inteligência e vontade livre devido a algum motivo concepção, ou seja, eles são inerentes ao ser pensante e livre
contingente, físico ou biológico. ou capaz de pensamento e liberdade. Essa concepção não é
A questão fundamental reside em saber se o valor ou a aceita pelos positivistas que reduzem os Direitos Humanos a
dignidade do ser capaz de pensamento pode ser defendido de Direitos Civis. Para muitos juristas e filósofos, Direitos
forma universalmente válida. O método filosófico para dirimir Humanos não podem ser defendidos no plano metafísico ou
essa questão pode ser o da retorção, que constitui o método de filosófico, mas apenas no plano legal. Eles são Direitos
validação de argumentos baseado na autocontradição. Isto é, simplesmente pelo fato de serem reconhecidos legalmente por
será válido todo e qualquer princípio ou axioma que não possa uma sociedade concreta. Faz-se mister abordar aqui o
ser afirmado ou refutado sem ser pressuposto. Um exemplo é problema, mesmo que de forma superficial.
o princípio de não-contradição. Esse é válido pelo simples fato Alguns filósofos, como J. Habermas reduzem Direitos
de que ninguém pode aceitá-lo ou negá-lo sem que ele mesmo Humanos a Civis, ou seja, somente dentro de uma sociedade
seja pressuposto. Quem quisesse negar esse princípio teria civil seriam reconhecidos direitos e deveres fundamentais a
que afirmá-lo para negá-lo, caindo assim em uma um indivíduo. Direitos Humanos não seriam, dessa forma,
autocontradição. O mesmo método pode ser aplicado ao valor inerentes ou inatos, mas valeriam porque o indivíduo participa
da ideia de homem como ser pensante. Para se negar o valor de uma comunidade. O que diferencia a visão habermasiana de
deste ser pensante, será preciso pensar e refletir bastante para algumas concepções comunitaristas de direitos é que, para ele,
refutá-lo, o que implicaria uma contradição, pois se negaria o a sociedade não concede direitos, como se o indivíduo não
valor de algo que já se reconheceu no ato da negação. O valor participasse dessa concessão. A concessão de direitos é um ato
da reflexão tem então validade universal e não pode ser coletivo e democrático, ou seja, consensual. Isto significa que o
negado sem uma contradição interna. indivíduo participa da elaboração das leis que asseguram seus
O mesmo argumento vale mutatis mutandis para seres direitos básicos e, dessa forma, reconhece para outros aquilo
pensantes somente em potência. Quem quisesse negar o valor que gostaria de garantir para si mesmo.
de um ser pensante apenas em potência estaria utilizando em O problema da concepção habermasiana se encontra no
ato aquilo que nega do ser em potência. fato de que Direitos Humanos somente valeriam a partir desse
A contradição aparece quando o cético reconhece o valor consenso e não antes. Isto é, somente depois que tais direitos
do pensamento para si (pois para negar o pensamento ele foram reconhecidos em âmbito estatal, adquirem validade.
Mas validade apenas relativa àquele estado e não validade

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universal! Direitos Humanos seriam reduzidos então a mesmo tempo em que deveria submeter-se a ela. Não é o caso
Direitos Civis. A pergunta crítica que se faz a Habermas é: para Kant que todo o sistema jurídico deva ser moralizado.
quem não participa de um Estado democrático de Direito Existem leis que não têm ligação direta com moral, a exemplo
possui Direitos Humanos (pelo menos como os entendemos da regulamentação das leis de trânsito. Ou seja, há leis que
aqui)? podem ser obviamente amorais, porém não podem existir leis
Não são esses direitos inerentes ao indivíduo enquanto ser que sejam imorais.
pensante? Poderia um Estado democrático reivindicar de um A ruptura entre ética e direito acontece de forma patente
Estado não democrático, por exemplo, a liberdade de imprensa somente com Thomas Hobbes, para quem a Lei não deve
para indivíduos? Caso sim, baseado em quê? Se, por outro lado, conhecer outro fim senão a utilidade. Para esse filósofo, os
a resposta à última pergunta fosse: pode-se exigir que Estados homens são racionalmente egoístas e querem sobremaneira
não democráticos implantem a democracia e, somente depois, salvaguardar suas vidas em confronto com os outros. Da
exigir deles que respeitem direitos fundamentais. Essa necessidade de sobreviver surge a figura do Leviatã (o Estado).
resposta cai num ciclo vicioso patente, pois, exigindo a Os cidadãos saem daquela situação primitiva de conflito
democracia a tais Estados, já se estaria pressupondo a validade através de um Pacto Social que dá todos os poderes e direitos
de alguns direitos humanos como o direito à liberdade de individuais ao Estado, único capaz de salvaguardar o interesse
escolha política. Enfim, exigir a democracia seria já requerer o de todos através da Lei. Toda lei, segundo Hobbes, deve ajudar
respeito aos Direitos humanos. ao Estado a garantir seu poder e assegurar a justiça entre os
Se não pudéssemos reivindicar de qualquer Estado que indivíduos. Ético será aquilo que servir às necessidades
seja o respeito aos Direitos Humanos, reinaria um práticas do governo. Isto significa: quem faz a lei não é a
comportamento estranho entre Estados com diferentes tipos verdade ou o bem, mas a autoridade. Dela emana toda e
de organização política, a saber: Estados democráticos, onde qualquer lei válida, não importando alguma relação com a
valem os Direitos Humanos, teriam que ignorar o desrespeito ética em sentido clássico. Com a Ética, desaparece aquela
a certos direitos fundamentais de indivíduos membros de instância normativa fundante e reguladora das leis que existia
governos totalitários, onde “não valem” tais direitos. Isto no pensamento clássico até Kant. O Leviatã se reveste assim de
significaria que Estados de Direito reconheceriam a validade traços divinos que, por meio de sua vontade, estabelece o que
universal dos Direitos Humanos ao mesmo tempo em que é bem e o que é mal.
negariam tal validade a indivíduos membros de Estados não Hobbes não consegue explicar, porém, por que o Estado
democráticos. Certamente, o caso não é simples de resolver, tem o direito de colocar a vida dos cidadãos em perigo (no caso
pois nenhum Estado pode hoje ferir o princípio de soberania de guerra), se sua obrigação é a de preservar a vida deles! A
de um povo com o pretexto de defender direitos individuais. crítica de John Locke torna-se aceitável, pois, conforme ele, não
Essa parece ser a realidade na qual nos encontramos na atual se pode entender por que alguém que teme perder a vida
política internacional: Estados de Direito veem agressões dos diante de lobos vai se atirar nos braços de um leão!
Direitos Humanos em outras formas de organização política e Locke e os movimentos democráticos, entre eles a
nada podem fazer porque esbarram no princípio de soberania Revolução Francesa de 1789, cujo fruto foi a Déclaration des
nacional. Percebe-se que uma renovação do conceito mesmo droits de l´homme et du citoyen (Declaração dos direitos do
de soberania estatal deveria ser amplamente discutida em homem e do cidadão), ajudaram a superar o absolutismo de
âmbito internacional, se os Estados de Direito quiserem ser Hobbes, mas seu positivismo puro parece ainda perdurar.
coerentes com sua visão universal de Direitos Humanos, cuja Deve uma lei estar submetida a concepções morais? Pode-se
validade é fundada na dignidade humana e não somente nas ainda abordar um Direito Natural capaz de orientar o Direito
leis de um Estado concreto. Positivo? Os positivistas negam que exista uma instância ética
O papel da Lei ou de um Estado de Direito não seria o de supralegal reguladora do direito positivo. Outros filósofos e
criar os direitos fundamentais, mas somente o de reconhecer juristas procuram ressuscitar aquele chamado Direito Natural
publicamente sua validade. Entendido dessa forma, podemos (ética) como fundamento do Direito Positivo e sustentam que
afirmar que Direitos Humanos não podem ser reduzidos a alguns Direitos do homem não valem somente no âmbito legal,
Direitos Civis. mas também moral. Para estes, Direitos Humanos fazem parte
Aqueles têm uma validade universal enquanto estes valem do mundo ético e devem ser assegurados pela lei positiva.
somente no limite de um Estado concreto. Direitos Humanos Qualquer lei positiva que fira esses direitos éticos
devem se transformar em Direitos Civis, ou seja, devem fundamentais deveria ser considerada ilegítima, mesmo se
alcançar um reconhecimento estatal e, dessa forma, serem outorgada por uma autoridade competente. Dessa forma, não
defendidos pela força da Lei. O ideal seria que tivéssemos um seria a autoridade aquela instância última que legitimaria as
“Estado de Direito universal” onde Direitos Humanos seriam leis fundamentais (isto é, leis que asseguram os direitos
plenamente reconhecidos e, somente assim, poder-se-ia falar básicos da pessoa), mas a dignidade humana inerente a cada
de uma identificação dos Direitos Humanos com Direitos Civis. cidadão. A ética tornar-se-ia, nessa visão, a instância
Mas, mesmo nesse “Estado ideal”, não poderíamos dizer que os reguladora do Direito positivo. Legisladores poderiam
Direitos Humanos são válidos porque são reconhecidos certamente elaborar leis amorais que regulamentem situações
legalmente. Direitos Humanos valem não porque haja um concretas; não teriam, todavia, o poder de elaborar leis imorais
consenso sobre eles, mas por serem baseados na dignidade que contradigam normas éticas básicas.
humana. Porque são direitos humanos é que devem se tornar
lei e não o contrário. Direitos humanos e política
A Lei que assegura o respeito aos Direitos Humanos não
tem, portanto, sua legitimação última no puro consenso dos Até o presente procurei esclarecer a relação entre Direitos
legisladores. O consenso integra o rol daquelas características Humanos, Filosofia e Direito. Importa ainda refletir sobre a
que compõem uma lei justa, mas não pode ser o critério função do Estado no que diz respeito aos direitos
decisivo. As leis, pelo menos aquelas que asseguram o respeito fundamentais da pessoa humana, ou seja, faz-se mister
aos Direitos Humanos, devem ter seu fundamento na Ética. tematizar a relação entre Direitos Humanos e Política. Do
A relação entre Ética e Direito é bastante discutida desde a ponto de vista puramente histórico, deve-se reconhecer que os
Metafísica dos Costumes de I. Kant. Para o referido filósofo, a Direitos Humanos desenvolveram-se em oposição ao Estado
moral diz respeito à consciência do indivíduo e a lei deve absolutista. Proteger o indivíduo contra os abusos do Império
assegurar o bem moral na esfera pública através da força fora uma das maiores conquistas jurídicas no início da época
estatal. O Direito seria, portanto, complementar à Moral ao moderna. Tendo início na Inglaterra do século 17, o

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movimento em favor dos direitos individuais foi avançando direitos fundamentais, como também apoia com força de lei as
até culminar nos documentos declarativos dos direitos básicos principais declarações internacionais sobre os Direitos do
como foram a Magna Charta de 1679, a Bill of rights de 1689, a Homem. Nem por isso deixa-se de ver uma agressão contínua
Virginia bill of rights de 1776 e a Déclaration des droits de e institucionalizada dos Direitos básicos da pessoa. Constata-
l´homme et du citoyen de 1789. Todos esses documentos se se assim que a democracia sozinha não garante a promoção
dirigiam ao Estado como tentativa de proteger o indivíduo dos direitos fundamentais. Primeiro porque, na realidade, não
diante dos abusos do poder político. O Estado sempre foi o existe uma democracia no sentido estrito da palavra.
outro lado da “relatio ad alterum” dos Direitos Humanos. Democracia significaria ipsis litteris um “governo do povo”,
Como exemplo do afirmado acima, pode-se citar uma das mas isto parece não ser possível. O povo não pode ser
primeiras conquistas legais do “direito de ir e vir” que nasceu governado e governar ao mesmo tempo! Aquilo que
contra os abusos do Império inglês, que prendia cidadãos de chamamos democracia não passa do governo de alguns em
forma arbitrária. Desse fato nasceu o ato jurídico da Magna nome e em favor dos interesses do povo. Se pudéssemos falar
Charta de 1679, expresso no art. 5, inciso LXVIII, chamado de numa democracia ideal, onde todo o povo governasse e fosse
habeas corpus. A ordem de prisão era dada com a seguinte governado, constituiria uma contradição interna qualquer
frase: “Habeas corpus ad subiciendum” e significava que o agressão aos direitos humanos, uma vez que o povo não
império teria o poder sobre o corpo do indivíduo para poderia fazer leis ou ações contra si mesmo. Numa democracia
submetê-lo à justiça. O ato jurídico contra uma ordem de ideal, Direitos Humanos seriam o mesmo que Direitos Civis.
prisão arbitrária, chamado depois de habeas corpus, O problema é que uma democracia dessa forma não pode
declarava: “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém ser pensada. O governo do povo se dá através de legisladores
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em e governantes legítimos. No entanto, mesmo se uma
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de democracia ideal fosse possível, apareceria novamente aquela
poder”. O império, a partir de então, já não podia dispor da questão mais sutil, a saber: constituiria o consenso
liberdade de “ir e vir” do cidadão sem estar fundamentado em democrático a última instância de legitimação de leis ou dos
razões pertinentes. Direitos Humanos? Isto é, o simples fato de entrar em acordo
Por causa disso, a “Magna Charta” é considerada um dos (democrático) em relação ao respeitar certos direitos básicos
primeiros passos em direção à declaração universal dos daria a tais direitos a legitimidade suficiente para defendê-los
Direitos Humanos afirmado por países pertencentes à ONU em e promovê-los com força estatal? Como mostrado acima, o
1948, quase 160 anos depois da Declaração feita após a consenso não constitui uma condição suficiente para a
Revolução Francesa contra o absolutismo dos reis na França. validade última de certos direitos básicos. É preciso mostrar a
Mas o Estado não representa somente aquele “Leviatã” que inteligibilidade destes, isto é, sua fundamentação racional e o
pode massacrar o indivíduo através da força. Ele é também a valor intrínseco da dignidade humana. Admite-se, por
instância que protege o indivíduo dos abusos de outros exemplo, que pessoas podem entrar em acordo sobre um mal
indivíduos. Esta é a concepção de Hobbes. O problema da visão moral.
hobesiana é que o Estado suga dos sujeitos qualquer direito O acordo entre um sadista e um masoquista de
que eles possuam. Este é o preço que o cidadão tem que pagar provocarem e receberem dores corporais não pode ser visto
para ver-se protegido dos outros e conseguir sobreviver. O como algo legítimo, ainda que ambos estejam de acordo sobre
absolutismo de Hobbes protegia o indivíduo de outros isso. Além do consenso, faz-se mister o respeito à dignidade
indivíduos, mas não os protegia do próprio Estado, que humana. Esta constitui a instância objetiva que deve pautar
dispunha da vida do cidadão de forma arbitrária. A Magna qualquer ato, consenso ou lei.
Charta significou então uma afirmação do sujeito e de seus O Estado democrático não produz os Direitos Humanos
direitos intocáveis, que não podem ser simplesmente através do consenso. Ao invés, ele pressupõe esses direitos,
transferidos para o Estado. Esta é a visão de J. Locke, para deve reconhecê-los através da Lei, defendê-los e promovê-los
quem o Estado não é o detentor, mas apenas o representante com a força estatal. Na visão da filosofia aqui defendida, o
dos direitos do cidadão. Estado não pode ser reduzido a um Estado positivista que
Como representante, o Estado constitui a única instância produz a lei como “Deus cria o céu e a terra”. A função do
legítima a quem é permitido utilizar da violência para proteger Estado consiste, sobretudo, em reconhecer o valor da
os cidadãos. O Direito serve ao Estado como instrumento dignidade humana e produzir todos os meios legítimos para
legítimo para tal. Estar fundado na Lei revela-se a assegurar que todo homem e mulher cidadãos sejam
característica principal do Estado moderno, ou seja, ele é um respeitados e se respeitem mutuamente. As funções do Direito
Estado de Direito. Estado sem Direito constituiria uma tirania, e da Política são complementares à Ética, onde os Direitos
da mesma forma que o Direito sem a força coercitiva do Estado Humanos têm sua morada. Em poucas palavras: porque são
mostraria sua inutilidade. É nessa conjuntura política que se direitos humanos é que devem se tornar direitos civis e,
pode afirmar que o Estado de Direito é a maior garantia do consequentemente, devem ser defendidos pelo Estado.
respeito aos Direitos Humanos. Pressuposto para isso será,
sem dúvida, o reconhecimento social e a investidura legal Uma estrada difícil, mas necessária
destes direitos. Somente a partir daí é que eles podem ser
defendidos e promovidos através da força estatal. No que A discussão sobre os Direitos Humanos não é fácil, nem
concerne à forma de organização estatal, faz-se ainda mister dentro de um Estado de Direito, muito menos entre Estados
dar uma palavra sobre a relação entre Direitos Humanos e com diferentes organizações políticas. Perguntas teóricas
Democracia. emergem nesse debate: o que são Direitos Humanos? Quem
Os direitos fundamentais da pessoa foram elaborados são os portadores de tais direitos?
contra o absolutismo dos reis. Como fundamentá-los racionalmente? Todas elas exigem
Dessa situação é que surgiram os movimentos diálogo e paciência. A finalidade do diálogo é chegar a um
democráticos. Isto nos faz pensar que existe uma relação reconhecimento desses direitos e a proteção dos mesmos
intrínseca entre Democracia e Direitos Humanos. Seria através da lei e da força do Estado. O papel da reflexão
possível o desrespeito aos Direitos Humanos numa filosófica nesse debate é fundamental, mesmo se “filosofias”
democracia? Nada mais fácil de responder! Sim, é possível! existam em abundância e de diferentes matizes. Muitas são as
A realidade nos assegura a verdade desse fato. O Brasil é, filosofias que, inclusive, negam o que aqui foi elucidado. Para
por exemplo, uma das democracias mais fortes da América discernir a filosofia mais inteligível e coerente faz-se
Latina, com uma Constituição que defende explicitamente os necessário testar as bases de seu quadro referencial teórico. O

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quadro referencial no qual inserimos aqui a discussão sobre a termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva
dignidade humana parece ter a vantagem de não poder ser é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais.
negado pelas outras filosofias sem autocontradição interna. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.
Além dos entraves puramente teóricos da discussão, A compreensão e ampliação da cidadania substantiva
reconhece-se a dificuldade em âmbito prático. No Brasil, o ocorrem a partir do estudo clássico de T.H. Marshall –
debate sobre os Direitos Humanos, sobretudo com o atual Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a extensão
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH - 3), vai dos direitos civis, políticos e sociais para toda a população de
alcançar níveis cada vez mais complexos e difíceis, seja porque uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª
esta discussão é oferecida a um público bem vasto, seja porque Guerra Mundial, após 1945, com aumento substancial dos
muitas vezes é controlada por minorias intelectualizadas que direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-Estar Social
procuram inserir seus interesses entre os direitos humanos. É (Welfare State) – estabelecendo princípios mais coletivistas e
bom para a democracia que esse debate aconteça! É preciso, igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da
porém, fazer uma distinção entre o interesse das minorias e o população em geral foram fundamentais para que houvesse
interesse de todos. uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e
Direitos humanos são direitos das pessoas enquanto civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar
humanas e, por isso, deveriam ser aplicados a todas as pessoas econômico, lazer, educação e político.
independentemente de sexo, raça, religião ou nacionalidade. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um
Não poderiam ser incluídos na discussão sobre direitos referencial de conquista da humanidade, através daqueles que
humanos direitos apenas privados ou de classes. Direitos sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores
humanos são universais e incluem dentre outros, o direito à garantias individuais e coletivas, e não se conformando frente
vida, à integridade do corpo, à liberdade de pensamento- às dominações, seja do próprio Estado ou de outras
expressão-religião-reunião-ação, direito à privacidade e ao instituições.
igual tratamento perante o Estado. Esses direitos têm No Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da
aplicação imediata, como assegura a Constituição brasileira cidadania, apesar das extraordinárias conquistas dos direitos
(art. 5º, § 1º), pois são absolutos e ilimitados. Eles não podem após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a
ser mitigados, a não ser que haja algum conflito entre eles cidadania está muito distante de muitos brasileiros, pois a
numa situação concreta. conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue
Nesse caso, serão princípios como os da convivência das ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria,
liberdades públicas, da razoabilidade e proporcionalidade que altos índices de desemprego, da taxa significativa de
poderão resolver tais conflitos, o que se pode fazer somente analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional
em consonância com a ética e a lei. das vítimas da violência particular e oficial.
Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho,
CIDADANIA no Brasil a trajetória dos direitos seguiu lógica inversa daquela
descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais,
Conforme texto de Orson Camargo5, temos que, no implantados em período de supressão dos direitos políticos e de
decorrer da história da humanidade surgiram diversos redução dos direitos civis por um ditador que se tornou popular
entendimentos de cidadania em diferentes momentos – Grécia (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a
e Roma da Idade Antiga e Europa da Idade Média. Contudo, o expansão do direito do voto deu-se em outro período ditatorial,
conceito de cidadania como conhecemos hoje, insere-se no em que os órgãos de repressão política foram transformados em
contexto do surgimento da Modernidade e da estruturação do peça decorativa do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no
Estado-Nação. Brasil] foi colocada de cabeça para baixo”.7
O termo cidadania tem origem etimológica no latim Nos países ocidentais, a cidadania moderna se constituiu
civitas, que significa "cidade". A palavra cidadania foi usada por etapas. T. H. Marshall afirma que a cidadania só é plena se
na Roma antiga para indicar a situação política de uma dotada de todos os três tipos de direito:
pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. 1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade
Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a de expressão e de pensamento; direito de propriedade e de
uma comunidade politicamente articulada – um país – e que conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no
lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência século 18;
de uma constituição. O termo cidadão refere-se ao habitante 2. Política: direito de participação no exercício do poder
da “cidade”, o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos político, como eleito ou eleitor, no conjunto das instituições de
de um determinado Estado. autoridade pública, constituída no século 19;
Segundo Dalmo Dallari: 3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à econômico e social, desde a segurança até ao direito de
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes
do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está na sociedade, que são conquistas do século 20.
marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de
decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do Ainda com base no que dispõe a doutrina, o conceito de
grupo social”.6 cidadania comporta duas concepções, sendo estas de
Ao contrário dos direitos humanos – que tendem à cidadania em sentido estrito e em sentido amplo.
universalidade dos direitos do ser humano na sua dignidade – A cidadania em sentido estrito, de acordo com a
, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas terminologia tradicional, adotada pela legislação
concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui infraconstitucional e pela quase unanimidade dos autores de
duas categorias: formal e substantiva. direito constitucional, é o direito de participar da vida política
A cidadania formal é, conforme o direito internacional, do País, da formação da vontade nacional, abrangendo os
indicativo de nacionalidade, de pertencimento a um Estado- direitos de votar e ser votado. É uma qualidade própria do
Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania cidadão, que é justamente o nacional no gozo de direitos
brasileira. Em segundo lugar, na ciência política e sociologia o políticos.

5 O QUE É CIDADANIA? Disponível em 7 CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de

http://www.brasilescola.com/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm. Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. pp. 219-29.


6 DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14

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Por sua vez, a cidadania em sentido amplo, quer Direitos Humanos de Viena, em 1993, onde os direitos
significar a participação do cidadão em diversas atividades humanos e as liberdades fundamentais foram declarados
ligadas ao exercício de direitos individuais, fundamentando- direitos naturais de todos os seres humanos, bem como definiu
se, então, no artigo 1º da Constituição da República. Esta tem que a proteção e promoção dos direitos humanos são
um alcance maior. Adotado este sentido mais abrangente, os responsabilidades primordiais dos Governos.
nacionais identificam-se como os cidadãos de um Estado. Além disso, os direitos humanos são universais e
Existem duas espécies de cidadania: ativa e passiva. A indivisíveis, visando proteger os direitos a vida, a liberdade,
primeira é o direito de votar, enquanto a segunda, o de ser igualdade e segurança pessoal, o que leva ao respeito integral
votado. a dignidade humana.
A Constituição Federal (CF/88), chamada de “constituição
cidadã”, por ser considerada a mais completa entre as Os direitos humanos se orientam pelas seguintes
constituições brasileiras, com destaque para os vários expressões:
aspectos que garantem o acesso à cidadania, traz já em seu Direitos do homem: empregada aos direitos conexos ao
artigo 1º, inciso II, a cidadania como direito fundamental.8 A natural, direito a vida.
preocupação com os direitos do cidadão é claramente uma Direitos humanos em sentido estrito: direitos conexos
resposta ao período histórico diretamente anterior ao da positivados em tratados e convenções internacionais
promulgação da constituição. Direitos fundamentais: quando os tratados dos direitos
humanos foram incorporados no ordenamento jurídico do
LUTA PELA CONQUISTA DE DIREITOS PELOS Estado.
CIDADÃOS
A doutrina aponta certa distinção entre direitos humanos
Direitos Civis e direitos fundamentais, sustentando que direitos
fundamentais são os direitos reconhecidos positivamente pela
Os direitos civis são os privilégios e garantias que o direito ordem constitucional.
internacional e principalmente as constituições nacionais dão Direitos Humanos são a concretização das exigências de
a seus cidadãos. Os direitos civis agrupam as prerrogativas de liberdade, igualdade e dignidade humana, as quais devem ser
liberdade individual, liberdade de palavra, manifestação, reconhecidas nos ordenamentos jurídicos nacionais e
pensamento e fé, liberdade de ir e vir, defesa, propriedade, internacionais, em cada momento histórico.
contrair contratos válidos e o direito à justiça. Os tribunais são Desta forma, é possível notar que os direitos fundamentais
as instituições públicas por excelência para salvaguarda dos são direitos humanos positivados no ordenamento jurídico.
direitos civis. Para que os direitos humanos sejam concretizados é
Antes da constituição da cidadania moderna, os direitos e necessário que o Estado cumpra seu dever de respeitar a
deveres entre os homens eram definidos por privilégios liberdade e autonomia do homem e, por outro lado,
sociais (posses, rendas, títulos de nobreza). implementar ações aptas a proporcionar a dignidade humana.
O surgimento dos direitos civis assinalou uma mudança
substancial nas relações dos homens em sociedade. Foram Direitos Humanos como Bandeiras de Lutas dos
rompidos os laços de dominação baseados nas relações Movimentos Sociais
comunitárias tradicionais, característicos do período
medieval e do sistema feudal. Os direitos humanos podem ser concebidos como direitos
Os direitos civis impuseram um nivelamento jurídico entre utópicos, de cunho filosófico ou ideológico e se constituem em
os cidadãos, que passaram a ser considerados iguais perante a valores que permeiam a sociedade em diferentes períodos
lei. As distinções de origem e classe social continuam a existir, históricos, com conotações oriundas das demandas
mas não devem interferir na igualdade jurídica dos cidadãos. econômicas, sociais, políticas e culturais.
Esse é o princípio básico de tais direitos. Os movimentos sociais se organizam dentro da ordem
vigente e lutam contra essa ordem para forçar a classe
Direitos Humanos detentora dos meios de produção a abrir mão de regalias,
fazendo com que o Estado assegure direitos em prol da
O homem ao longo da história percorreu um longo maioria. Bem como, a reelaboração de conceitos de direitos,
caminho marcado por lutas, principalmente causadas pelo tais como: trabalho; carga horária; contratos coletivos;
desejo de lucro e poder, visto que traz a herança da melhores condições de vida; habitação; educação; saúde; lazer,
personalidade humana desde os primórdios dos tempos, de dentre outros.
extinto animal. Para eliminar, ou pelo menos diminuir essa Essas lutas ocorrem tanto no âmbito urbano, quanto rural.
personalidade “não social” é indispensável a educação para Algumas delas são expressas pelos movimentos: dos Sem-Teto
“retirar o homem dos resquícios de sua condição primitiva”. ou da Luta por Moradia; dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
Os direitos humanos surgiram como um dos fatores mais (MST); dos Operários, das mulheres, dos negros, dos
importantes para a convivência do homem em sociedade, homoafetivos, entre outros.
refinando seu comportamento. Ressalta-se que, a compreensão dessas lutas sociais é
O objetivo dos direitos humanos é assegurar a dignidade respaldada pelo paradigma do materialismo histórico
humana, através de um conjunto de direitos realizados de dialético, mais conhecido como as ideias marxistas. Esse
maneira consciente. paradigma contribui para entender não só como foi
A concepção contemporânea de direitos humanos, foi constituído e construído o sistema capitalista, mas também, as
estabelecida internacionalmente nem 1948, pela Declaração relações antagônicas entre o Capital e o Trabalho, a
Universal de Direitos Humanos, pouco tempo depois das constituição das desigualdades sociais, e∕ou a concentração de
crueldades cometidas pelos nazistas na Segunda Guerra renda nas mãos de uma minoria. Como exemplo dessa
Mundial. Referida declaração foi ratificada pela Declaração dos situação, essa minoria no mundo reside em torno de 1%.

8 CF/88: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união III - a dignidade da pessoa humana;
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Democrático de Direito e tem como fundamentos: V - o pluralismo político.
I - a soberania; Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
II - a cidadania representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

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A lute pelos direitos humanos vem inspirando a criação de Por fim, o voto é obrigatório, porque, além de um direito, é
organizações da sociedade civil, associações de moradores, de também um dever jurídico, social e político (SILVA, 2006, p.
produção, cooperativas, grupos de mulheres, de crianças, 358). A Constituição declara que, no Brasil, o alistamento
idosos, sindicatos, dentre outros, a fim de fortalecer os eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos
movimentos sociais e a defesa intransigente dos direitos e facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os
humanos, superando a barbárie do capital em direção à maiores de 16 e menores de 18 anos.
emancipação humana e na construção de uma sociedade
democrática que assegure todos os direitos sociais.9 Tipos de Sufrágio
Universal
Direitos Políticos10 Igual
Restrito
Os direitos políticos são os direitos do cidadão que Desigual
permitem sua participação e influência nas atividades de
governo. O sufrágio é universal porque todos os cidadãos do país
Para Pimenta Bueno, citado por Silva (2006, p.345), os podem votar, não sendo admitidas restrições fundadas em
direitos políticos são “as prerrogativas, atributos, faculdades condições de nascimento, de capacidade intelectual,
ou poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de econômicas ou por motivos étnicos. Mas claro que poderá
seu país, intervenção direta ou só indireta, mais ou menos haver hipóteses de restrições motivadas por circunstâncias
ampla, segundo a intensidade do gozo desses direitos.” pessoais ou incompatibilidades com o regramento eleitoral.13
Para Gomes (2012, p. 4), direitos políticos são “as O sufrágio igual ocorre quando é respeitado o princípio da
prerrogativas e os deveres inerentes à cidadania. Englobam o igualdade, ou seja, todas as pessoas têm o mesmo valor e cada
direito de participar direta ou indiretamente do governo, da pessoa corresponde a um voto.
organização e do funcionamento do Estado.” O sufrágio é restrito quando o direito é concedido apenas
A Constituição Federal de 1988 dedica o capítulo IV do a determinada categoria ou classe de pessoas. Pode ser
título II, referente aos direitos e garantias fundamentais, aos censitário ou capacitário, sendo o primeiro aquele do qual
direitos políticos.11 participam somente os que apresentem determinada condição
O tema direitos políticos compreende os institutos do econômica e o segundo aquele do qual participam todos que
direito de sufrágio, sistemas eleitorais, privação dos direitos tenham determinado grau de instrução ou capacidade
políticos e inelegibilidades. intelectual. Esse tipo de sufrágio vigorou no Brasil durante o
período do Império
Direito de Sufrágio O sufrágio desigual, por sua vez, se dá quando apenas
A palavra sufrágio é apresentada nos dicionários de língua determinados eleitores são qualificados, isto é, quando
portuguesa com três acepções, a saber: determinados eleitores têm direito a mais de um voto, de
1 – como sinônimo de voto, votação, acordo com sua capacidade civil, seu patrimônio ou
2 – como parecer favorável, aprovação, apoio ou pagamento de altos impostos.
concordância, e
3 – como ato pio ou oração pelos mortos. Sistemas Eleitorais
O sistema eleitoral é o procedimento que vai orientar o
Na primeira acepção, apresenta-se a razão do equívoco processo de escolha dos candidatos.
muito comum de equiparar sufrágio a voto. A própria Para Silva (2006, p. 368), sistema eleitoral é “o conjunto de
Constituição Federal distingue os dois institutos quando, no técnicas e procedimentos que se empregam na realização das
seu artigo 14, prescreve que “a soberania popular será eleições, destinados a organizar a representação do povo no
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, território nacional”. Gomes (2012, p. 109) igualmente
com valor igual para todos”. conceitua o sistema eleitoral como “o complexo de
A segunda acepção seria a que mais se aproxima do procedimentos empregados na realização das eleições”.
verdadeiro significado de sufrágio, que vem do latim
sufragium e significa apoio, intercessão, aprovação. No caso, o São conhecidos três tipos de sistemas eleitorais:
sufrágio seria a aprovação que pode se dar por meio do voto. Majoritário
Segundo Silva (2006, p. 349), o sufrágio é o direito público Proporcional
subjetivo de natureza política que tem o cidadão de eleger, ser Misto
eleito e de participar da organização e da atividade do poder
estatal. Em suma, o direito de sufrágio é o direito de votar e ser O sistema majoritário é aquele em que são eleitos os
votado. candidatos que tiveram o maior número de votos para o cargo
disputado. Por esse sistema são disputadas, no Brasil, as
Sufrágio e Voto eleições para os cargos de presidente da República,
O direito de sufrágio é exercido praticando-se o voto. governadores, prefeitos e senadores.
Na Constituição Federal, está previsto o voto secreto, Deve-se observar, ainda, que, para os cargos de presidente,
obrigatório, direto e igual para todos os brasileiros12 governador e prefeitos de municípios com mais de duzentos
O voto é secreto porque seu conteúdo não pode ser mil eleitores, é necessária a obtenção da maioria absoluta de
revelado pela Justiça Eleitoral, que deve garantir ao eleitor que votos, não computados os em branco e os nulos, no 1º turno,
seu voto será resguardado e mantido em sigilo. É direto e igual sob pena de se realizar o 2º turno com os dois candidatos mais
porque o eleitor brasileiro escolhe seus governantes sem votados14
intermediários, e cada pessoa tem direito a único voto de igual O sistema proporcional, por sua vez, é utilizado para os
valor. cargos que têm várias vagas, como vereadores e deputados, e

9 Movimentos Sociais, Direitos Humanos e Serviço Social no Brasil. Regina 11 Artigos 14 a 16 da CF 88.
Sueli de Sousa. Alessandra Gomes Castro. http://cress-sc.org.br/wp- 12 Art. 14 da CF 88.
content/uploads/2014/03/Movimentos-Sociais-Direitos-Humanos-e-SS-no- 13 Os mentalmente incapazes, os condenados e os estrangeiros, por exemplo,
Brasil2.pdf são impedidos de votar.
10 Fonte: http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/direitos-politicos-e- 14 Art. 29, II, da CF 88.

sufragio-roteiros-eje

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por ele são eleitos os candidatos mais votados de cada partido Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
ou coligação. prestação alternativa – a Constituição Federal garante que
Tal sistema objetiva distribuir proporcionalmente as vagas todos são iguais perante a lei e não cabe a ninguém, por motivo
entre os partidos políticos que participam da disputa e, com de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
isso, viabilizar a representação de todos os setores da eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
sociedade no parlamento. cumprir prestação alternativa. Exemplo comum para ilustrar
A ideia do sistema proporcional é de que a votação seja essa hipótese é o alistamento militar obrigatório para o qual,
transformada em mandato, na ordem da sua proporção, isto é, se o jovem alegar que não o prestará, por motivos de crença
o partido que obtiver, por exemplo, 10% dos votos deve religiosa ou convicção filosófica ou política, estará obrigado a
conseguir transformá-los em torno de 10% das vagas cumprir a prestação alternativa correspondente.
disputadas. Outorga a brasileiros o gozo dos direitos políticos em
Por fim, o sistema misto é aquele que procura combinar o Portugal com base no estatuto especial de igualdade entre
sistema proporcional com o sistema majoritário. Muito se tem brasileiros e portugueses – é assegurada, aos portugueses no
debatido sobre sua implantação no Brasil e há propostas para Brasil e aos brasileiros em Portugal, a igualdade de direitos e
que esse sistema seja chamado de distrital misto, já que, por deveres com os respectivos nacionais, e o exercício decorrente
ele, parte dos deputados é eleita pelo voto proporcional e parte desses direitos e deveres não implica perda das respectivas
pelo majoritário. nacionalidades. Tal igualdade de direitos e deveres deverá ser
reconhecida, mediante decisão do Ministério da Justiça no
Perda e Suspensão dos Direitos Políticos Brasil e do Ministério do Interior em Portugal, aos portugueses
e brasileiros que a requeiram, desde que civilmente capazes e
Encontra-se na plenitude dos direitos políticos aquele que com residência permanente. O gozo de direitos políticos por
não incorrer em nenhuma das hipóteses de perda ou portugueses no Brasil e por brasileiros em Portugal só será
suspensão. reconhecido aos que tiverem cinco anos de residência
permanente e desde que haja requerimento à autoridade
Perda dos direitos políticos se dará na ocorrência de: competente, sendo que, a partir do reconhecimento do gozo
Cancelamento da naturalização por sentença transitada dos direitos no Estado de residência, haverá a suspensão do
em julgado (art. 15, inciso I, da Constituição Federal); exercício deles no Estado da nacionalidade.
Perda voluntária da nacionalidade brasileira (art. 12, § 4º,
inciso II, da Constituição Federal). Inelegibilidades
As inelegibilidades consistem em hipóteses de restrição ao
Já a suspensão de direitos políticos ocorre nos direito político de se candidatar a cargo público, ou seja, quem
seguintes casos: fica ou está inelegível perde a capacidade de receber votos
Decretação da incapacidade civil absoluta (art. 15, inciso II, para ocupar cargo público eletivo.
da Constituição Federal); Silva (2006, p. 388) ensina que “inelegibilidade revela
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto impedimento à capacidade eleitoral passiva (direito de ser
durarem os seus efeitos (art. 15, inciso III, da Constituição votado)”.
Federal); Costa (2009, p. 148) igualmente leciona que “a
Improbidade administrativa (arts. 15, inciso V, e 37, § 4º, inelegibilidade é a situação de inexistência do direito de ser
da Constituição Federal); votado.”
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação As inelegibilidades, previstas na Constituição Federal e na
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII da Constituição Federal Lei complementar nº 64/90, têm por finalidade proteger a
(art. 15, inciso IV, da Constituição Federal); integridade e honestidade da administração pública, a
moralidade para o exercício dos mandatos e a normalidade e
Outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em legitimidade das eleições contra a influência do poder
Portugal com base no estatuto especial de igualdade entre econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
brasileiros e portugueses (Decreto n.º 70.391 de 12.04.72 e emprego na administração pública.15
art. 51, § 4º, da Resolução n.º 21.538/2003-TSE). Na Constituição está previsto que são inelegíveis para
Para melhor entendimento das hipóteses de suspensão dos qualquer cargo os inalistáveis16 e os analfabetos, bem como o
direitos políticos, será explicado o que cada uma delas cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
significa: grau ou por adoção, do presidente da República, dos
Decretação da incapacidade civil absoluta – a governadores e dos prefeitos, dentro do território em que é
declaração da incapacidade civil é feita em favor daqueles exercida a titularidade do mandato, salvo se já for titular de
considerados absolutamente incapazes, isto é, aqueles que não mandato e candidato à reeleição.
podem exercer pessoalmente os atos da vida civil. São eles: os Nesses casos, a inelegibilidade não atinge os demais
menores de 16 anos, os que por enfermidade ou deficiência direitos políticos, como, por exemplo, votar e participar de
mental não tiverem o necessário discernimento para a prática partidos políticos, o que indica que as inelegibilidades não têm,
dos atos da vida civil e os que não puderem exprimir sua necessariamente, uma finalidade punitiva.
vontade. A Lei Complementar nº 64/90, por sua vez, traz várias
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto hipóteses de inelegibilidades que podem ser impostas àqueles
durarem os seus efeitos – a condenação criminal transitada que desejam ocupar cargo público, devido a infrações
em julgado é aquela condenação com sentença penal constitucionais, legais e regimentais.
condenatória da qual não caiba mais recurso. Como é possível perceber, os direitos políticos estão
Improbidade administrativa – é o termo utilizado para diretamente relacionados à democracia, uma vez que
designar atos que gerem prejuízo ao tesouro público em permitem a participação do povo no governo. Atualmente, são
proveito do agente. Os atos de improbidade são atos ilegais raros os governos ou países que não se proclamem
que devem ser apurados em processo judicial. democráticos e, em todos eles, como corolário da democracia,

15 Art. 14, §9º, da Constituição Federal. - aqueles que estejam prestando o serviço militar obrigatório (CF, art. 14, §
16 Inalistáveis são aqueles impedidos de fazer a inscrição eleitoral, são eles: 2º);
- os estrangeiros (CF, art. 14, § 2º); - os que não sabem exprimir-se na língua nacional (CE, art. 5º, II);
- os que perderam ou tiveram os direitos políticos suspensos (CE, art. 5º).

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estão o direito de sufrágio universal e igual e o voto direto e Direitos Sociais nas Constituições Brasileiras18
secreto.
É evidente que, embora a garantia dos direitos políticos Ao todo o Brasil já teve sete constituições, que marcaram
tenha sido uma grande conquista, ainda há um longo caminho os diferentes momentos políticos vivenciados pelo país, que
a ser percorrido com vistas à implantação de estados vão desde a proclamação da independência em 1822 até a
democráticos que, de fato, materializem todos os direitos redemocratização, após o fim da Ditadura Militar.
garantidos ao cidadão. Na Constituição Política do Império do Brasil de 1824,
outorgada na cidade do Rio de Janeiro, houveram influencias
Direitos Sociais da Constituição Espanhola de 1812, da Constituição Francesa
de 1814 e da Constituição Portuguesa de 1822.
Os Direitos Sociais buscam a garantia de serviços que Essa constituição garantia a liberdade de expressão de
resultem em um mínimo de qualidade de vida para as pessoas. pensamento (artigo 179, IV); a liberdade de convicção
Um dos pontos mais marcantes no avanço das conquistas religiosa e de culto privado, contanto que fosse respeitada a
dos direitos sociais ocorreu com a Revolução Industrial. Ela foi religião do Estado (artigo 5º).
um passo importante não só na maneira como os sistemas de No campo dos direitos sociais, assegurava a igualdade de
produção são organizados e auxiliaram na consolidação do todos perante a lei (artigo 179, XIII); liberdade de trabalho
capitalismo. Com a substituição da mão-de-obra humana pelas (artigo 179, XXIV); e, instrução primária gratuita (artigo 179,
máquinas, milhões de pessoas perderam seus empregos, XXXII).
gerando um grande contingente de mão-de-obra ociosa e não Importante citar que a Constituição do Império estabelecia
utilizada e acentuando a miséria e a desigualdade social. Ao o acesso de todos os cidadãos aos cargos públicos (artigo 179,
passo em que proprietários de fábricas arrecadavam cada vez VIX); a proibição de foro privilegiado (artigo 179, XVI).
mais, muitos indivíduos passavam a viver abaixo da linha da No mesmo artigo, estabelecia que o direito a saúde a todos
miséria. os cidadãos (artigo 179, XXXI). Interligado a saúde, assegurava
A industrialização, marcada pelo signo do laissez faire, que as cadeias deveriam ser limpas e bem arejadas, havendo
laissez passer,17 acentuou a exploração do homem pelo diversas casas para a separação dos réus, conforme suas
homem, problema que o Estado liberal, de característica circunstâncias e natureza de seus crimes (artigo 179, XXI).
absenteísta, não tinha como resolver. A segunda Constituição brasileira foi promulgada em 24 de
A classe operária, produtora da riqueza, mas excluída de fevereiro de 1891, após a proclamação da República, nomeada
seus benefícios, passou a organizar-se na fórmula marxista da Constituição dos Estados Unidos do Brasil.
luta de classes, situação que ameaçava as instituições liberais A Constituição de 1891 adotava a forma republicana de
e, por decorrência lógica, a estabilidade do desenvolvimento governo (artigo 1º), sendo influenciada pela doutrina norte-
econômico. americana, o Poder Legislativo passou a ser constituído pelo
Essa situação de pessoas desempregadas e sem Congresso Nacional, Senado Federal e Câmara dos Deputados
possibilidade de produzir, imersas na pobreza extrema, (artigo 16, parágrafo 1º), a igreja foi separada do Estado
também conhecida como pauperismo, era prejudicial ao (artigo 72, parágrafo 7º), livre associação (artigo 72, parágrafo
capitalismo, pois essas pessoas estavam completamente 8º) e a pena de morte passou a ser proibida (artigo 72,
excluídas do sistema. Para tentar resolver o problema, o parágrafo 21).
Estado precisou intervir para garantir um amparo mínimo aos Mesmo com importantes transformações em seu contexto,
trabalhadores. a Constituição de 1891 não disciplinava normas que condiziam
Os direitos sociais já aparecem na Constituição Francesa com a realidade do Brasil, e por isso não obteve eficácia social.
de 1791, que no seu título 1º “previa a instituição do secours A título exemplificativo, a primeira Constituição da República
publics para criar crianças abandonadas, aliviar os pobres não previu o direito a instrução gratuita, como previa a
doentes e dar trabalho aos pobres inválidos que não o Constituição de 1824.
encontrassem”. As questões sociais ganharam foça com a chegada de
O oferecimento e a prática de serviços que garantissem Getúlio Vargas ao poder em 1930. Vargas criou o Ministério do
seguridade social seriam conquistas posteriores. O sociólogo Trabalho, incentivou a cultura brasileira através da criação do
alemão T. H. Marshall argumenta que, na Europa Ocidental, SPHAN, mudou o sistema eleitoral e propôs a formação de uma
houve uma conquista gradual e consecutiva de direitos. O Assembleia Constituinte
primeiro deles teria sido o Direito Civil, conquista do século Em 16 de julho de 1934 foi promulgada a terceira
XVIII. O Direito Político teria sido o próximo, pertinente ao Constituição do Brasil, com uma forte conscientização pelos
século XIX. E o Direito Social teria sido o último deles a ser direitos sociais.
alcançado, durante o século XX. O somatório dessas três Essa conscientização pelos direitos sociais, juntamente
conquista (Direitos Civil, Político e Social) resultaria no que com a influência da Constituição Mexicana de 1917, a
consideramos como Cidadania. Constituição de Weimar de 1919 e a Constituição da Espanha
Os Direitos Sociais foram uma grande conquista dos de 1931, fizeram com que a Assembleia Nacional Constituinte
trabalhadores no século XX, através de um processo de longo instituísse normas até então inéditas.
prazo, marcado por lutas e embates ao longo de séculos. Para Em seu artigo 10, inciso II, disciplinava que era
proporcionar uma vida digna ao cidadão, o Estado deve competência concorrente da União e dos Estados cuidar da
garantir o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à saúde e assistência pública. No artigo 121, parágrafo 1º, alínea
educação, o direito de imigração e emigração e o direito de h, estabelecia a assistência médica sanitária ao trabalhador, a
associação. A atual Constituição Brasileira, de 1988, por assistência médica à gestante, assegurada a ela descanso antes
exemplo, estabelece que são Direitos Sociais o acesso à e depois do parto.
educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, A Constituição de 1934 elevou os direitos e garantias
segurança, previdência social e a proteção à maternidade, à trabalhistas como norma constitucional, instituindo normas
infância e aos desamparados. de proteção social do trabalhador (artigo 121, caput).

17 No âmbito da ciência económica, a expressão de origem francesa “laissez- que defende que o Estado deve interferir o menos possível na atividade económica
faire” (na sua forma mais completa, laissez faire, laissez passer, le monde va de lui- e deixar que os mecanismos de mercado funcionem livremente.
même (que em português significa “deixem fazer, deixem passar, o mundo vai por 18 Adaptado de Iurconvite

si mesmo”) representa um princípio defendido pelos economistas mais liberais e

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Dentre as principais normas referentes aos direitos Com os eventos do fim da Segunda Guerra Mundial, que
trabalhistas, citamos a proibição de diferença de salário para derrubaram os governos autoritários da Alemanha e Itália, dos
um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade quais Vargas era simpatizante, o Estado Novo chegou ao fim.
ou estado civil (art. 121, § 1º, a); salário mínimo capaz de Após a saída de Getúlio do poder e a redemocratização do
satisfazer as necessidades normais do trabalhador (art. 121, § país, foi promulgada uma nova Constituição em 1946.
1º, b); limitação do trabalho a oito horas diárias, só Além de restaurar os direitos e garantias individuais, a
prorrogáveis nos casos previstos pela lei (art. 121, § 1º, c); Constituição de 1946 reduziu as atribuições do Poder
proibição de trabalho a menores de 14 anos, de trabalho Executivo, restabelecendo equilíbrio entre os poderes.
noturno a menores de 16 anos e em indústrias insalubres a O artigo 5º, inciso XV, alínea b prescrevia que era
menores de 18 anos e a mulheres (art. 121, § 1º, d); repouso competência de a União estabelecer normas gerais sobre a
semanal, de preferência aos domingos (art. 121, § 1º, e); férias defesa e proteção da saúde, permitindo que os Estados
anuais remuneradas (art. 121, § 1º, f); indenização ao legislassem de forma supletiva ou complementar (art. 6º).
trabalhador dispensado sem justa causa (art. 121, § 1º, g); No artigo 157, inciso XV estabelecia que a legislação do
assistência médica sanitária ao trabalhador (art. 121, § 1º, h, trabalho e da previdência social obedeceriam, dentre outros
primeira parte); assistência médica à gestante, assegurada a preceitos que visassem a melhoria das condições dos
ela descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e trabalhadores, a assistência sanitária, inclusive hospitalar e
do emprego (art. 121, § 1º, h, segunda parte); instituição de médica preventiva, ao trabalhador e à gestante, repetindo as
previdência, mediante contribuição igual da União, do regras das Constituições de 1934 e 1937.
empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, No mais, inseriu em seu corpo o mandado de segurança
da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas
morte (art. 121, § 1º, h, in fine); regulamentação do exercício corpus e a ação popular (artigo 141) e a propriedade foi
de todas as profissões (art. 121, § 1º, i); reconhecimento das condicionada a sua função social, possibilitando a
convenções coletivas de trabalho (art. 121, § 1º, j); a criação da desapropriação por interesse social (artigo 141, § 16º).
Justiça do Trabalho, vinculada ao Poder Executivo (art. 122); O artigo 145 (Título V: Da Ordem Econômica e Social)
e, obrigatoriedade de ministrarem as empresas, localizadas estabelecia que a ordem econômica devesse ser organizada
fora dos centros escolares, ensino primário gratuito, desde que conforme os princípios da justiça social, conciliando a
nelas trabalhassem mais de 50 pessoas, havendo, pelo menos, liberdade de iniciativa com a valorização do trabalho humano.
10 analfabetos (art. 139). A Constituição de 1946 estabeleceu, ainda, que o salário
Importante mencionar, ainda, que a Constituição de 1934 mínimo deverá atender as necessidades do trabalhador e de
estatuiu que todos têm direito a educação (art. 149) e a suas famílias (art. 157, I); participação obrigatória e direta do
obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário, inclusive trabalhador nos lucros da empresa (art. 157, IV); proibição de
para os adultos, e tendência a gratuidade do ensino ulterior ao trabalho noturno a menores de 18 anos (art. 157, IX); fixação
primário (art. 150, § único, a). das percentagens de empregados brasileiros nos serviços
Diante do elucidado, não há como se olvidar que a públicos dados em concessão e nos estabelecimentos de
Constituição Brasileira de 1934 representou um grande determinados ramos do comércio e da indústria (art. 157, XI);
avanço no campo dos direitos sociais, concebendo um Estado assistência aos desempregados (art. 157, XV); obrigatoriedade
intervencionista. da instituição, pelo empregador, do seguro contra acidente do
Apesar dos grandes avanços instituídos pela constituição trabalho (art. 157, XVII); direito de greve; liberdade de
de 1934, esta durou apenas três anos, sendo substituída pela associação patronal ou sindical (art. 158); gratuidade do
constituição de 1937, também chamada de constituição ensino oficial superior ao primário para os que provassem
Polaca. falta ou insuficiência de recursos (art. 168, II, primeira parte);
A constituição de 1937 refletiu o momento político do instituição de assistência educacional, em favor dos alunos
Brasil, que entrava no período conhecido por Estado Novo, de necessitados, para lhes assegurar condições de eficiência
características ditatoriais e autoritárias. A nova Constituição escolar (art. 168, II, in fine); e, obrigatoriedade de manterem
ampliava o alcance do poder Executivo, concentrando os as empresas, em que trabalhassem mais de 100 pessoas,
poderes nas mãos do chefe desse poder, no caso, o Próprio ensino primário para os servidores e respectivos filhos,
presidente Getúlio Vargas. obrigatoriedade de ministrarem as empresas em cooperação,
Do ponto de vista político-administrativo, seu conteúdo aprendizagem aos seus trabalhadores menores (art. 168, III).
era fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da Após o período democrático vivido pelo Brasil a partir de
República a nomeação das autoridades estaduais, os 1946, no dia primeiro de abril de 1964 o país entrou
interventores. novamente em um governo ditatorial, que se extendeu até
A constituição de 1937 estabelecia em seu artigo 16, inciso 1985.
XXVII a competência privativa da União legislar sobre normas Para afirmar o poder do governo militar instituído, uma
fundamentais da defesa e proteção da saúde, especialmente da nova Constituição foi planejada. A Constituição de 1967 foi
saúde da criança. promulgada em 24 de janeiro e entrou em vigor em 15 de
Em seu artigo 137, alínea l, prescrevia que a legislação do março do mesmo ano, quando o Marechal Arthur da Costa e
trabalho deveria observar, dentre outros preceitos, a Silva assumiu a Presidência.
assistência médica e higiênica ao trabalhador e para a Já no artigo 8º, inciso XV, afirmava competir a União
gestante, assegurado a esta, sem prejuízo do salário, um estabelecer planos nacionais de saúde, e no inciso XVII, alínea
período de descanso antes e após o parto. c, estatuía a União a competência para legislar sobre defesa e
Como fator negativo, a Constituição de 1937 prescrevia proteção da saúde, permitindo que os Estados legislassem de
que todo o Poder Executivo e Legislativo era concentrado nas forma supletiva (§ 2º).
mãos do Presidente da República, acabando com o princípio de Em seu artigo 158, inciso XV, assegurava aos
harmonia e independência entre os três poderes. trabalhadores, nos termos da lei, dentre outros direitos que
Os partidos políticos foram extintos e a pena de morte foi visassem a melhoria de sua condição social, a assistência
reintroduzida. Foi instituído o estado de emergência, que sanitária, hospitalar e médica preventiva.
permitia ao presidente suspender as imunidades De resto, a forma federalista do Estado foi mantida, todavia
parlamentares, invadir domicílios, prender e exilar opositores, com maior expansão da União. O princípio da separação dos
além de retirar do trabalhador o direito de greve. poderes foi novamente afetado, eis que foi dada uma maior
ênfase ao Poder Executivo, que passou a ser eleito

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indiretamente por um colégio eleitoral, mantendo-se as linhas XII - salário-família pago em razão do dependente do
básicas dos demais poderes. trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada
Suprimiu a liberdade de publicação de livros e periódicos pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
que fossem considerados como propaganda de subversão da XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
ordem, restringiu o direito de reunião, estabeleceu o foro diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
militar para os civis e criou a pena de suspensão dos direitos de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
políticos. convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de
Quanto aos direitos sociais, a Constituição de 1967 1943)
apresentou dois tipos de inovações, positiva e negativa. XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
Negativamente, a Constituição de 1967 reduziu para 12 turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
anos a idade mínima de permissão do trabalho (art. 158, X); a coletiva;
supressão da estabilidade e o estabelecimento do regime de XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
fundo de garantia como alternativa (art. 158, XIII); e, domingos;
restrições ao direito de greve (art. 158, XXI). XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
De forma positiva, a Constituição de 1967 inseriu mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452,
modestas inovações, como a inclusão do direito ao salário- art. 59 § 1º)
família aos dependentes do empregador (art. 158, II); XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
proibição de diferença de salários também por motivo de etnia um terço a mais do que o salário normal;
(art. 158, III); participação do trabalhador na gestão da XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
empresa (art. 158, V); e, aposentadoria da mulher, aos trinta salário, com a duração de cento e vinte dias;
anos de trabalho, com salário integral (art. 158, XX). XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Em 30 de outubro de 1969 entrou em vigor a Emenda XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
Constitucional n. 1, no qual intensificou a concentração de incentivos específicos, nos termos da lei;
poder no Executivo dominado pelo Exército e permitiu a XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo
substituição do então presidente por uma Junta Militar, apesar no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
de existir o vice-presidente. Mais uma afronta aos direitos XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio
fundamentais. de normas de saúde, higiene e segurança;
Ao todo, a Constituição de 1967 sofreu vinte e sete XXIII - adicional de remuneração para as atividades
emendas, até que fosse promulgada a atual Constituição penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Federal em 1988. XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
CAPÍTULO II nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-
DOS DIREITOS SOCIAIS escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a de trabalho;
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº empregador, sem excluir a indenização a que este está
90, de 2015) obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
I - relação de emprego protegida contra despedida trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela
que preverá indenização compensatória, dentre outros Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
direitos; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
involuntário; cor ou estado civil;
III - fundo de garantia do tempo de serviço; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua deficiência;
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
do trabalho; partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em Constitucional nº 20, de 1998)
convenção ou acordo coletivo; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
que percebem remuneração variável; Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV,
integral ou no valor da aposentadoria; VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
diurno; estabelecidas em lei e observada a simplificação do
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime cumprimento das obrigações tributárias, principais e
sua retenção dolosa; acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da XXVIII, bem como a sua integração à previdência
empresa, conforme definido em lei;

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social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por
2013) unanimidade que as ações afirmativas são constitucionais e
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, políticas essenciais para a redução de desigualdades e
observado o seguinte: discriminações existentes no país.
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a Vale lembrar que as políticas de ações afirmativas não são
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão exclusivas do governo. A iniciativa privada e as organizações
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a sociais sem fins lucrativos também são atores importantes
intervenção na organização sindical; neste processo, podendo atuar em conjunto, dando suporte, ou
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, de forma complementar ao governo.
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou As ações afirmativas no Brasil partem do conceito de
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos equidade expresso na constituição, que significa tratar os
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo desiguais de forma desigual, isto é, oferecer estímulos a todos
ser inferior à área de um Município; aqueles que não tiveram igualdade de oportunidade devido a
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses discriminação e racismo.
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões Uma ação afirmativa não deve ser vista como um benefício,
judiciais ou administrativas; ou algo injusto. Pelo contrário, a ação afirmativa só se faz
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se necessária quando percebemos um histórico de injustiças e
tratando de categoria profissional, será descontada em folha, direitos que não foram assegurados.
para custeio do sistema confederativo da representação O termo ação afirmativa foi utilizado pela primeira vez nos
sindical respectiva, independentemente da contribuição Estados Unidos, na década de 60 do século XX, para se referir
prevista em lei; a políticas do governo para combater as diferenças entre
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado brancos e negros. Antes mesmo da expressão, as ações
a sindicato; afirmativas já eram pauta de reivindicação do movimento
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negro no mundo todo, além de outros grupos discriminados,
negociações coletivas de trabalho; como árabes, palestinos, kurdos, entre outros oprimidos.
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado No Brasil, as ações afirmativas integram uma agenda de
nas organizações sindicais; combate a herança histórica de escravidão, segregação racial e
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a racismo contra a população negra.
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou Para compreender a necessidade de uma ação afirmativa,
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um é preciso, antes de tudo, compreender o contexto social vivido
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos por um país, por isso o que gera preconceito por parte de
termos da lei. setores da sociedade em muitos casos é analisar uma ação
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à afirmativa sem antes entender o histórico que precedeu a
organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, política pública.
atendidas as condições que a lei estabelecer. Ao debater as cotas para negros nas universidades, por
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos exemplo, é preciso retornar ao Brasil colonial e perceber como
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e o processo de escravidão criou desigualdades sociais que são
sobre os interesses que devam por meio dele defender. presentes até hoje, mesmo após 127 anos da abolição da
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e escravidão. A partir de dados estatísticos que demonstram a
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da diferença entre negros nas universidades comparados com o
comunidade. percentual desta população no total de brasileiros, o governo
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às comprova a necessidade de criar uma política para compensar
penas da lei. séculos de desigualdades.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e É assim que nasce uma política de ação afirmativa. Após a
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus leitura de um diagnóstico sociocultural histórico, há a
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de comprovação estatística das desigualdades existentes e da
discussão e deliberação. necessidade de reparos. Após o diagnóstico e o planejamento
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é de uma política de ação afirmativa, os gestores
assegurada a eleição de um representante destes com a governamentais encaminham a legislação, monitoram sua
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto aprovação e implementação.
com os empregadores. O papel da Seppir é atuar em todas estas etapas de
construção de políticas de ações afirmativas, por entender que
Políticas Afirmativas19 as políticas públicas são fundamentais para tornar o Brasil um
país justo e com oportunidades iguais para todos.
Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo Uma ação afirmativa não deve ser vista como algo
governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir paternalista ou que cria dependência. Elas são ações
desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao necessárias para a correção de desigualdades. Tão logo estas
longo de anos. desigualdades desaparecem, a adoção de ações afirmativas
Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de deixa de ser necessária.
oportunidades a todos. As ações afirmativas podem ser de três
tipos: com o objetivo de reverter a representação negativa dos Questões
negros; para promover igualdade de oportunidades; e para
combater o preconceito e o racismo. 01. A Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com
A Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Deficiências, realizada, em 2006, em Nova York, teve como
Racial) atua em parceria com outros entes do governo e da objetivo melhorar a vida da população de 650 milhões de
sociedade na elaboração, execução e acompanhamento de pessoas com deficiência em todo o mundo. Dessa convenção
ações afirmativas em áreas como saúde, educação, trabalho, foi elaborado e acordado, entre os países das Nações Unidas,
juventude e mulheres, entre outras. um tratado internacional para garantir mais direitos a esse

19 Fonte: http://www.seppir.gov.br/assuntos/o-que-sao-acoes-afirmativas

Sociologia 20
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APOSTILAS OPÇÃO

público. Entidades ligadas aos direitos das pessoas com 04. PSD - PTB - UDN
deficiência acreditam que, para o Brasil, a ratificação do PSP - PDC - MTR
tratado pode significar avanços na implementação de leis no PTN - PST - PSB
país. PRP - PR - PL - PRT
Disponível em: http://www.bbc.co.uk. Acesso em: 18 mai. 2010 (adaptado). Finados
FORTUNA. Correio da Manhã, ano 65. n. 22 264, 2 nov.
No Brasil, as políticas públicas de inclusão social apontam 1965.
para o discurso, tanto da parte do governo quanto da iniciativa
privada, sobre a efetivação da cidadania. Nesse sentido, a A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia
temática da inclusão social de pessoas com deficiência: de Finados de 1965. Sua relação com os direitos políticos
(A) vem sendo combatida por diversos grupos sociais, em existentes no período revela a
virtude dos elevados custos para a adaptação e manutenção de (A) extinção dos partidos nanicos.
prédios e equipamentos públicos. (B) retomada dos partidos estaduais.
(B) está assumindo o status de política pública bem como (C) adoção do bipartidarismo regulado.
representa um diferencial positivo de marketing institucional. (D) superação do fisiologismo tradicional.
(C) reflete prática que viabiliza políticas compensatórias E) valorização da representação parlamentar.
voltadas somente para as pessoas desse grupo que estão
socialmente organizadas. 05. Tenho 44 anos e presenciei uma transformação
(D) associa-se a uma estratégia de mercado que objetiva impressionante na condição de homens e mulheres gays nos
atrair consumidores com algum tipo de deficiência, embora Estados Unidos. Quando nasci, relações homossexuais eram
esteja descolada das metas da globalização. ilegais em todos os Estados Unidos, menos Illinois. Gays e
(E) representa preocupação isolada, visto que o Estado lésbicas não podiam trabalhar no governo federal. Não havia
ainda as discrimina e não lhes possibilita meios de integração nenhum político abertamente gay. Alguns homossexuais não
à sociedade sob a ótica econômica. assumidos ocupavam posições de poder, mas a tendência era
eles tornarem as coisas ainda piores para seus semelhantes.
02. A primeira instituição de ensino brasileira que inclui ROSS, A. Na máquina do tempo. Época, ed. 766, 28 jan.
disciplinas voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais 2013.
e transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade
curricular é inspirada em similares dos Estados Unidos da A dimensão política da transformação sugerida no texto
América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas de teve como condição necessária a
expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a todo (A) ampliação da noção de cidadania.
o público estudantil e tem como principal objetivo impedir a (B) reformulação de concepções religiosas.
evasão escolar de grupos socialmente discriminados. (C) manutenção de ideologias conservadoras.
Época, 11 jan. 2010 (adaptado). (D) implantação de cotas nas listas partidárias.
(E) alteração da composição étnica da população.
O texto trata de uma política pública de ação afirmativa
voltada ao público LGBT. Com a criação de uma instituição de Gabarito
ensino para atender esse público, pretende-se:
(A) contribuir para a invisibilidade do preconceito ao 01.B / 02.E / 03.E / 04.C / 05.A
grupo LGBT.
(B) copiar os modelos educacionais dos EUA e da Europa.
(C) permitir o acesso desse segmento ao ensino técnico.
(D) criar uma estratégia de proteção e isolamento desse Questões Complementares
grupo.
(E) promover o respeito à diversidade sexual no sistema
de ensino.
* Candidato (a). Para complementar seus estudos, seguem
as questões da última prova de Sociologia para o cargo de
03. A lei não nasce da natureza, junto das fontes
Soldado Policial Militar.
frequentadas pelos primeiros pastores: a lei nasce das
batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que
SOCIOLOGIA
têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades
incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos
01. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) Leia
inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.
as seguintes proposições:
FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa
Proposição I A sociedade comunitária geralmente é de
da sociedade. SãoPaulo: Martins Fontes. 1999
limitada diferenciação de papéis, com relações sociais
duradouras, com contatos sociais primários.
O filósofo Michel Foucault (séc. X) inova ao pensar a
Proposição II Sociedades societárias caracterizam-se pela
política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com
acentuada divisão do trabalho, com muitos papéis sociais,
base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na
organizados numa complexa estrutura social.
organização das sociedades modernas é:
Proposição III Na sociedade societária, o comportamento é
(A) combater ações violentas na guerra entre as nações.
regulado pelo costume e as pessoas envolvidas compartilham
(B)coagir e servir para refrear a agressividade humana.
as experiências individuais.
(C) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os
Assinale:
indivíduos de uma mesma nação.
(A) Estão corretas somente as proposições I e III.
(D) estabelecer princípios éticos que regulamentam as
(B) Estão corretas somente as proposições I e II.
ações bélicas entre países inimigos.
(C) Estão corretas somente as proposições II e III.
(E) organizar as relações de poder na sociedade e entre os
(D) Estão corretas as proposições I, II e III.
Estados.

Sociologia 21
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APOSTILAS OPÇÃO

02. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS)


Assinale a única alternativa que não contem características
corretas dos grupos sociais:
(A) Pluralidade de indivíduos; interação social; objetivo
comum..
(B) Interação social; objetivo comum; consciência coletiva.
(C) Objetivo comum; consciência coletiva; continuidade.
(D) Interação social; independência individual;
singularidade de indivíduos.

03. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) O


conceito de mobilidade social vertical está corretamente
definido em:

(A) Pode ser mobilidade ascendente, quando um indivíduo


passa a integrar um grupo social economicamente superior ou
pode ser descendente, quando um indivíduo passa a integrar
um grupo social economicamente inferior.
(B) Ocorre sempre que um indivíduo obtém melhoria de
condições de vida, sem necessariamente mudar de classe
social.
(C) Ocorre sempre que um indivíduo aumente ou diminua
sua condição financeira.
(D) Todas as alternativas estão corretas.

04. (PM/RJ – Soldado da Polícia Militar – EXATUS) Um


indicador econômico de determinado país é a Renda Per
Capita. Este indicador pode ser classificado como:

(A) Impreciso, pois a fórmula (RN/Pop - Renda Nacional


dividido pela população) atesta apenas a renda média dos que
podem comprovar sua renda.
(B) Preciso, e é também denominado IDH (índice de
Desenvolvimento Humano).
(C) Impreciso, pois não leva em conta a concentração de
renda ao atestar a condição de desenvolvimento de um país.
(D) Preciso, pois em países considerados desenvolvidos,
com renda per capita alta, conclui-se que a população seja rica.

Gabarito

01.B / 02.D / 03.A / 04.C

*Candidato (a). A prova anterior de Sociologia apresenta


apenas quatro questões porque a segunda questão (número 12
na prova oficial) foi anulada.

Anotações

Sociologia 22
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NOÇÕES SOBRE DIREITOS


HUMANOS

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APOSTILAS OPÇÃO

ou dos tratados internacionais em que a República Federativa


do Brasil seja parte". Ademais, observa que os tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais.
A Constituição de 1988 inova, assim, ao incluir, dentre os
direitos constitucionalmente protegidos, os direitos
Direitos e Deveres enunciados nos tratados internacionais de que o Brasil seja
signatário. Ao efetuar tal incorporação, a Carta está a atribuir
Individuais e coletivos. aos direitos internacionais uma hierarquia especial e
diferenciada: a hierarquia de norma constitucional.
Conjugando os artigos 1º, III, 4º e 5º, § 2º, outra conclusão
DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA não resta senão a aceitação pelo texto constitucional do
FEDERATIVA DO BRASIL alcance universal dos direitos humanos.
Quanto ao caráter indivisível, interdependente e inter-
A Constituição Federal de 1988 assegura a proteção dos relacionado dos direitos humanos, ressalte-se que a Carta de
direitos humanos, a partir das noções de universalidade e 1988 é a primeira Constituição que integra ao elenco dos
indivisibilidade destes direitos. direitos fundamentais, os direitos sociais, que nas Cartas
Com relação à universalidade dos direitos humanos, anteriores restavam pulverizados no capítulo pertinente à
atenta-se que a Constituição de 1988, ao eleger o valor da ordem econômica e social. A opção da Carta é clara ao afirmar
dignidade humana como princípio fundamental da ordem que os direitos sociais são direitos fundamentais, sendo pois
constitucional, compartilha da visão de que a dignidade é inconcebível separar os valores liberdade (direitos civis e
inerente à condição de pessoa, ficando proibida qualquer políticos) e igualdade (direitos sociais, econômicos e
discriminação. O texto enfatiza que todos são essencialmente culturais).
iguais e assegura a inviolabilidade dos direitos e garantias Logo, a Constituição Brasileira de 1988 acolhe a concepção
fundamentais. contemporânea de direitos humanos, ao reforçar a
Além de afirmar o alcance universal dos direitos humanos, universalidade e a indivisibilidade desses direitos.1
o texto constitucional ainda reforça essa concepção, na medida
em que realça que os direitos humanos são tema do legítimo Dispositivos Constitucionais
interesse da comunidade internacional, transcendendo, por
sua universalidade, as fronteiras do Estado. Os direitos humanos da Constituição Federal de 1988, são
Essa concepção está embasada na interpretação de dois os que tomaram por base os reconhecidos no âmbito
dispositivos inéditos na história constitucional brasileira: o internacional e foram positivados como “Direitos e garantias
artigo 4º, II e o artigo 5º, parágrafo 2º, da Constituição de 1988. fundamentais”.
À luz da Carta de 1988, dentre os princípios a reger o Brasil A Constituição de 1988, em seu Título II, classifica o gênero
nas relações internacionais, destaca-se ineditamente o “direito e garantias fundamentais” em cinco espécies:
princípio da prevalência dos direitos humanos. Se o Brasil se 1. Direitos individuais;
orientará pela observância desse princípio ao se relacionar 2. Direitos coletivos;
com os demais países da ordem internacional, é porque 3. Direitos sociais;
assume que os direitos humanos são um tema global, de 4. Direitos à nacionalidade;
legítimo interesse da comunidade internacional. 5. Direitos políticos.
A partir do momento em que o Brasil se propõe a
fundamentar suas relações com base na prevalência dos Evolução Histórica dos Direitos Fundamentais
direitos humanos, está ao mesmo tempo reconhecendo a
existência de limites e condicionamentos à noção de soberania Alguns autores apontam como marco inicial dos direitos
estatal. Isto é, a soberania do Estado brasileiro fica submetida fundamentais a Magna Carta Inglesa (1215). Os direitos ali
a regras jurídicas, tendo como parâmetro obrigatório a estabelecidos, entretanto, não visavam a garantir uma esfera
prevalência dos direitos humanos. Rompe-se com a concepção irredutível de liberdades aos indivíduos em geral, mas, sim,
tradicional de soberania estatal absoluta, reforçando o essencialmente, a assegurar poder político aos barões
processo de sua flexibilização e relativização em prol da mediante a limitação dos poderes do rei. (Marcelo Alexandrino
proteção dos direitos humanos. Esse processo é condizente e Vicente Paulo)
com as exigências do Estado Democrático de Direito A positivação dos direitos fundamentais deu-se a partir da
constitucionalmente pretendido. Revolução Francesa, com a Declaração dos Direitos do Homem
Ao lado do princípio da prevalência dos direitos humanos, (em 1789), e das declarações de direitos formuladas pelos
a ênfase na proteção desses direitos vem reforçada a partir de Estados Americanos, ao firmarem sua independência em
valores inovadores a guiar o Brasil no contexto internacional, relação à Inglaterra (Virgínia Bill of Rights, em 1776).
como o princípio do repúdio ao terrorismo e ao racismo, a Originam-se, assim, as Constituições liberais dos Estados
concessão de asilo político e a cooperação entre os povos para ocidentais dos séculos XVIII e XIX.
o progresso da humanidade (vide o art. 4º, incs. VIII, IX, X). Os primeiros direitos fundamentais têm o seu surgimento
Além das inovações introduzidas pelo artigo 4º, ao ligado à necessidade de se imporem limites e controles aos
consagrar princípios inovadores a reger o Brasil no cenário atos praticados pelo Estado e suas autoridades constituídas.
internacional, um outro dispositivo merece destaque, qual seja Nasceram, pois, como uma proteção à liberdade do indivíduo
o artigo 5º, § 2º. Ao fim da extensa Declaração de Direitos frente à ingerência abusiva do Estado. Por esse motivo – por
enunciada pelo artigo 5º, a Carta de 1988 estabelece que os exigirem uma abstenção, um não-fazer do Estado em respeito
direitos e garantias expressos na Constituição "não excluem à liberdade individual – são denominados direitos negativos,
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, liberdades negativas, ou direitos de defesa.

1 A PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO SISTEMA CONSTITUCIONAL

BRASILEIRO. Flávia Piovesan. Disponível em:


http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/revistaspge/revista5/5rev4.htm

Noções sobre Direitos Humanos 1


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APOSTILAS OPÇÃO

Evolução dos Direitos Fundamentais Diferença entre Direitos e Garantias

Os direitos fundamentais foram sendo reconhecidos pelos No ordenamento jurídico pode ser feita uma distinção
textos constitucionais e pelo ordenamento jurídico dos países entre normas declaratórias, que estabelecem direitos, e
de forma gradativa e histórica, aos poucos, os autores normas assecuratórias, as garantias, que asseguram o
começaram a reconhecer as gerações destes, podendo ser exercício desses direitos. Assim, os direitos são bens e
sintetizadas da seguinte forma: vantagens prescritos na norma constitucional, enquanto as
garantias são os instrumentos através dos quais se assegura o
1) Direitos de primeira geração: Surgidos no século XVII, exercício dos aludidos direitos (preventivamente) ou
eles cuidam da proteção das liberdades públicas, ou seja, os prontamente os repara, caso violados.
direitos individuais, compreendidos como aqueles inerentes Convém ressaltar que as garantias de direito fundamental
ao homem e que devem ser respeitados por todos os Estados, não se confundem com os remédios constitucionais. As
como o direito à liberdade, à vida, à propriedade, à garantias constitucionais são de conteúdo mais abrangente,
manifestação, à expressão, ao voto, entre outros. São limites incluindo todas as disposições assecuratórias de direitos
impostos à atuação do Estado. previstas na Constituição. Vejamos dois exemplos:
- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
2) Direitos de segunda geração: Correspondem aos assegurado o livre-exercício dos cultos religiosos – art. 5º, VI
direitos de igualdade, significa um fazer do Estado em prol dos (direito) -, garantindo-se na forma da lei a proteção aos locais
menos favorecidos pela ordem social e econômica. Passou-se de culto e suas liturgias (garantia).
a exigir do Estado sua intervenção para que a liberdade do - direito ao juízo natural (direito) – art. 5º, XXXVII, veda a
homem fosse protegida totalmente (o direito à saúde, ao instituição de juízo ou tribunal de exceção (garantia).
trabalho, à educação, o direito de greve, entre outros). Veio Os direitos e garantias previstos no art. 5.º da CF têm como
atrelado ao Estado Social da primeira metade do século destinatários as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou
passado. A natureza do comportamento perante o Estado estrangeiras, públicas ou privadas ou mesmo entes
serviu de critério distintivo entre as gerações, eis que os de despersonalizados nacionais (massa falida, espólio, etc.),
primeira geração exigiam do Estado abstenções (prestações estrangeiros residentes ou estrangeiros de passagem pelo
negativas), enquanto os de segunda exigem uma prestação território nacional.
positiva.
Abrangência: Rol Exemplificativo
3) Direitos de terceira geração: Os chamados de
solidariedade ou fraternidade, voltados para a proteção da Trata-se de um rol exemplificativo e não um rol taxativo
coletividade. As Constituições passam a tratar da preocupação na medida em que os direitos e garantias expressos na
com o meio ambiente, da conservação do patrimônio histórico Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
e cultural, etc. A partir destas, vários outros autores passam a princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em
identificar outras gerações, ainda que não reconhecidas pela que a República Federativa do Brasil seja parte (art. 5º, § 2º).
unanimidade de todos os doutrinadores. - Os direitos fundamentais formalmente constitucionais
são aqueles expressamente previstos na Constituição, em
4) Direitos de quarta geração: Segundo orientação de qualquer dispositivo de seu texto.
Norberto Bobbio, a quarta geração de direitos humanos está - Os direitos fundamentais materialmente
ligada à questão do biodireito. Referida geração de direitos constitucionais são aqueles que não estão previstos no texto
decorreria dos avanços no campo da engenharia genética, ao da Constituição Federal de 1988, mas sim em outras normas
colocarem em risco a própria existência humana, por meio da jurídicas. Esses direitos fundamentais materialmente
manipulação genética. constitucionais não possuem hierarquia constitucional, exceto
Por outro lado, o Professor Paulo Bonavides, afirma que se previstos em tratados e convenções internacionais sobre
em razão do processo de globalização econômica, com direitos humanos aprovados na forma do art. 5º, § 32, da
consequente afrouxamento da soberania do Estado Nacional, Constituição Federal.
existe uma tendência de globalização dos direitos - Os direitos fundamentais catalogados são aqueles
fundamentais, de forma a universalizá-los enumerados no catálogo próprio dos direitos fundamentais,
institucionalmente, sendo a única que realmente interessaria no Título II da Constituição Federal (arts. 5º ao 17).
aos povos da periferia, citando como exemplos: o direito à - Os direitos fundamentais fora do catálogo são todos os
democracia, à informação e ao pluralismo. previstos fora do catálogo dos direitos fundamentais, em
outros artigos da Constituição. O direito ao meio ambiente, por
5) Direitos da quinta geração: Em que pese exemplo, é um direito fundamental de terceira geração,
doutrinadores enquadrarem os direitos humanos de quinta previsto no art. 225 do Texto Maior (não catalogado,
geração como sendo os que envolvam a cibernética e a portanto).
informática. Paulo Bonavides, vê na quinta geração o espaço
para o direito à paz, chegando a afirmar que a paz é axioma Aplicabilidade
da democracia participativa, ou ainda, supremo direito da
humanidade. Nos termos do art. 5º, § 1º dispõe que as normas
Vale observar que ainda que se fale em gerações, não existe definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
qualquer relação de hierarquia entre estes direitos, mesmo aplicação imediata. Esse comando constitucional, embora
porque todos interagem entre si, de nada servindo um sem a inserto no art. 5º da Constituição, não tem sua aplicação
existência dos outros. Esta nomenclatura adveio apenas em restrita aos direitos e garantias fundamentais individuais e
decorrência do tempo de surgimento, na eterna e constante coletivos arrolados nos incisos deste mesmo artigo.
busca do homem por mais proteção e mais garantias, com o Sua incidência alcança as diferentes classes de direitos e
objetivo de alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e garantias fundamentais de nossa Carta Magna, ainda que
fraterna. indicados fora do catálogo próprio, a eles destinado (arts. 5º
ao 17).
Contudo, essa regra de aplicação imediata, não é absoluta.
Embora a regra seja a eficácia e a aplicabilidade imediata dos

Noções sobre Direitos Humanos 2


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APOSTILAS OPÇÃO

direitos fundamentais, o fato é que existem direitos Também não seria possível um plebiscito para a
fundamentais que consubstanciam normas de eficácia introdução da pena de morte, tendo em vista que a própria CF
limitada, dependentes de regulamentação por lei para a estabelece suas formas de alteração e o plebiscito não está
produção de seus efeitos essenciais. incluído nessas formas. A única maneira de se introduzir a
pena de morte no Brasil seria a confecção de uma nova
Características Constituição pelo poder originário.

Segundo o Professor José Afonso da Silva; direitos e b) Proibição do aborto: O legislador infraconstitucional
garantias fundamentais são aquelas prerrogativas e pode criar o crime de aborto ou descaracterizá-lo, tendo em
instituições que o Direito Positivo concretiza em garantias de vista que a CF não se referiu ao aborto expressamente,
uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas, são simplesmente garantiu a vida. Assim, o Código Penal (CP), na
considerados indispensáveis. parte que trata do aborto, foi recepcionado pela Constituição
Vejamos as seguintes características: Federal.
- Historicidade: são produtos da evolução histórica. O CP prevê o aborto legal em caso de estupro e em caso de
- Inalienabilidade: Não é possível a transferência de risco de morte da mãe. A jurisprudência admite, no entanto, o
direitos fundamentais, a qualquer título ou forma (ainda que aborto eugênico baseado no direito à vida da mãe, visto que
gratuita); nesse caso existe risco de integridade física e psicológica desta.
- Irrenunciabilidade: Não está sequer à disposição do seu Aborto eugênico é aquele concedido mediante autorização
titular, abrir mão de sua existência. Pode até não usá-los judicial nas hipóteses de comprovação científica de
adequadamente, mas não pode renunciar à possibilidade de impossibilidade de sobrevivência extrauterina. Para que o
exercê-los. aborto seja legalizado no Brasil, basta somente à vontade do
- Imprescritibilidade: Não se perdem com o decurso do legislador infraconstitucional, tendo em vista que a CF não
tempo; proibiu nem permitiu esse procedimento.
- Relatividade ou Limitabilidade: Não há nenhuma O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em
hipótese de direito humano absoluto, eis que todos podem ser julgamento realizado no dia 11 de abril de 2012, por maioria
ponderados com os demais. Como esclarece à perfeição André de votos, “julgou procedente o pedido contido na Arguição de
Ramos Tavares, ao afirmar: “não existe nenhum direito humano Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54,
consagrado pelas constituições que se possa considerar ajuizada na Corte pela Confederação Nacional dos
absoluto, no sentido de sempre valer como máxima a ser Trabalhadores na Saúde (CNTS), para declarar a
aplicada nos casos concretos, independentemente da inconstitucionalidade de interpretação segundo a qual a
consideração de outras circunstâncias ou valores interrupção da gravidez de feto anencefálico é conduta
constitucionais”. Nesse sentido, é correto afirmar que os tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, todos do
direitos fundamentais não são absolutos. Código Penal. O ministro Marco Aurélio de Mello, afirmou que
- Universalidade: São reconhecidos em todo o mundo. dogmas religiosos não podem guiar decisões estatais e fetos
Todos os seres humanos têm direitos fundamentais que com ausência parcial ou total de cérebro não têm vida, e por
devem ser devidamente respeitados. isso dava total procedência à ação, no que foi acompanhado
pelos Ministros Rosa Maria Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux,
Titularidade dos Direitos Individuais e Coletivos Carmem Lúcia, Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Os ministros entenderam ser também essencial que o
- Brasileiros natos e naturalizados e as pessoas jurídicas Ministério da Saúde crie normas para o aborto de
que sejam constituídas no Brasil de acordo com as leis anencefálicos para garantir a segurança da mulher.
brasileiras. Ademais, em decisão proferida pela 1ª Turma do Supremo
- Estrangeiros residentes e apátridas. A expressão Tribunal Federal (STF), em 29.11.2016, no julgamento do HC
“residentes no Brasil” deve ser interpretada no sentido de que 124.306-RJ, foi afastada a prisão preventiva dos acusados da
a carta federal só pode assegurar a validade e gozo dos direitos prática de aborto com o consentimento da gestante.
fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, Entendendo o ministro relator que é preciso dar interpretação
pois, o estrangeiro em trânsito pelo território nacional, que conforme a Constituição aos artigos 124 a 126 do Código Penal
possui igualmente acesso às ações. – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito
Assim sendo, temos os direitos e garantias previstos no art. de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada
5.º da CF têm como destinatários as pessoas físicas ou no primeiro trimestre. Argumenta que o bem jurídico
jurídicas, nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas ou protegido (a vida potencial do feto) é “evidentemente
mesmo entes despersonalizados nacionais (massa falida, relevante”, mas a criminalização do aborto antes de concluído
espólio, etc.). o primeiro trimestre de gestação viola diversos direitos
fundamentais da mulher, além de não observar
DIREITO À VIDA: suficientemente o princípio da proporcionalidade.

O direito à vida, previsto de forma genérica no art. 5º, c) Proibição da eutanásia: O médico que praticar a
caput, abrange tanto o direito de não ser morto, privado de eutanásia, ainda que com autorização do paciente ou da
vida, portanto, o direito de continuar vivo, como também o família, estará cometendo crime de homicídio. A eutanásia se
direito de ter uma vida digna. configura quando um médico tira a vida de alguém que teria
condições de vida autônoma. No caso de desligar os aparelhos
1) Direito de Não Ser Morto: de pessoa que só sobreviveria por meio deles, não configura a
a) Proibição da pena de morte: (art. 5.º, XLVII, “a”) eutanásia.
A CF assegura o direito de não ser morto quando proíbe a
pena de morte. A aplicação da pena de morte só é permitida d) Garantia da legítima defesa: O direito de a pessoa não
em caso de guerra externa declarada. Não é possível a ser morta legitima que se tire a vida de outra pessoa que
introdução da pena de morte por Emenda Constitucional, visto atentar contra a sua própria.
que o direito à vida é direito individual e o art. 60, § 4.º, dispõe
que os direitos individuais não poderão ser modificados por
emenda (cláusula pétrea, imutável).

Noções sobre Direitos Humanos 3


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DIREITO À LIBERDADE meio de requisitos exigidos por lei. A lei exige que certos
requisitos de capacitação técnica sejam preenchidos para que
1) Liberdade de Pensamento (art. 5.º, IV e V): É se possa exercer a profissão (Exemplo: O advogado deve ser
importante que o Estado assegure a liberdade das pessoas de bacharel em direito e obter a carteira da OAB por meio de um
manifestarem o seu pensamento. Foi vedado o anonimato para exame; O engenheiro deve ter curso superior de engenharia;
que a pessoa assuma aquilo que está manifestando caso haja etc.).
danos materiais, morais ou à imagem. O limite na manifestação
do pensamento se encontra no respeito à imagem e à moral 5) Liberdade de Locomoção (art. 5.º, XV): É a liberdade
das outras pessoas. física de ir, vir, ficar ou permanecer. Essa liberdade é
Caso ocorram danos, o ofendido poderá se valer de dois considerada pela CF como a mais fundamental, visto que é
direitos: requisito essencial para que se exerça o direito das demais
a) Indenização por dano material, moral ou à imagem: liberdades. Todas as garantias penais e processuais penais
“São cumuláveis as indenizações por dano material e dano previstas no art. 5.º são normas que tratam da proteção da
moral oriundos do mesmo fato – Súmula n. 37 do STJ”; liberdade de locomoção. Por exemplo, o habeas corpus é
b) Direito de resposta, consiste essencialmente no poder, voltado especificamente para a liberdade de locomoção. Essa
que assiste a todo aquele que seja pessoalmente afetado por norma também é de eficácia contida, principalmente no que
notícia, comentário ou referência saída num órgão de diz respeito à liberdade de sair, entrar e permanecer em
comunicação social, de fazer publicar ou transmitir nesse território nacional. A lei pode estabelecer exigências para sair,
mesmo órgão, gratuitamente, um texto seu desmentido, entrar ou permanecer no país, visando a proteção da soberania
retificação ou apresentando defesa a esta informação. Este nacional.
instrumento deve realmente ser usado para defesa e não para
ataque ao ofensor. Se o direito de resposta for negado pelo 6) Liberdade de Reunião (art. 5.º, XVI): É a permissão
veículo de comunicação, caberá medida judicial. constitucional para um agrupamento transitório de pessoas
com o objetivo de trocar ideias para o alcance de um fim
2) Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto (art. comum. O direito de reunião pode ser analisado sob dois
5.º, VI, VII e VIII): A liberdade de consciência refere-se à visão enfoques: De um lado a liberdade de se reunir para decidir um
que o indivíduo tem do mundo, ou seja, são as tendências interesse comum e de outro lado à liberdade de não se reunir,
ideológicas, filosóficas, políticas, etc. de cada indivíduo. A ou seja, ninguém poderá ser obrigado a reunir-se. Para a
liberdade de crença tem um significado de cunho religioso, ou caracterização desse direito, devem ser observados alguns
seja, as pessoas têm a liberdade de cultuar o que elas requisitos a fim de que não se confunda com o direito de
acreditam. A CF proíbe qualquer distinção ou privilégio entre associação. São eles:
as igrejas e o Estado. O que se prevê é que o Estado poderá a) Pluralidade de participantes: Trata-se de uma ação
prestar auxílio a qualquer igreja quando se tratar de coletiva, ou seja, deve haver várias pessoas para que possa
assistência à saúde, à educação, etc. Seja qual for à crença, o haver uma reunião. A diferença é que, na reunião, não existe
indivíduo tem direito a praticar o culto. A CF/88 assegura, um vínculo jurídico entre as pessoas reunidas, diferentemente
também, imunidade tributária aos templos quando se tratar de da associação, em que as pessoas estão vinculadas
qualquer valor auferido em razão de realização do culto. juridicamente.
Ainda, a CF assegura o atendimento religioso às pessoas que se b) Tempo: A reunião tem duração limitada, enquanto na
encontrem em estabelecimentos de internação coletiva, como associação, a duração é ilimitada.
manicômios, cadeias, quartéis militares, etc. c) Finalidade: A reunião pressupõe uma organização com
o propósito determinado de atingir certo fim. É a finalidade
3) Liberdade de Atividade Intelectual, Artística, que vai distinguir a reunião do agrupamento de pessoas. Essa
Científica e de Comunicação (art. 5.º, IX): A CF estabelece finalidade deve ter determinadas características, ou seja, a
que a expressão das atividades intelectual, artística, científica reunião deve ter uma finalidade lícita, pacífica e não deve
e de comunicação é livre, não se admitindo a censura prévia. É haver armamento.
uma liberdade, no entanto, com responsabilidade, ou seja, se d) Lugar: Deve ser predeterminado para a realização da
houver algum dano moral ou material a outrem, haverá reunião. Não é necessária a autorização prévia para que se
responsabilidade por indenização. O direito do prejudicado se realize a reunião, no entanto, o Poder Público deve ser avisado
limita à indenização por danos, não se podendo proibir a com antecedência para que não se permita que haja reunião de
circulação da obra. Apesar de não haver previsão na CF/88 grupos rivais em mesmo local e horário. O objetivo do aviso ao
quanto à proibição de circulação de obras, o Judiciário está Poder Público também é garantir que o direito de reunião
concedendo liminares, fundamentando-se no fato de que deve possa ser exercitado com segurança.
haver uma prevenção para que não ocorra o prejuízo e não O direito de reunião tem algumas restrições, quais sejam:
somente a indenização por isso. Os meios de comunicação são - Não pode ser uma reunião que tenha por objetivo fins
públicos, sendo concedidos a terceiros. Caso a emissora ilícitos;
apresente programas que atinjam o bem público, ela poderá - Não pode haver reunião que não seja pacífica e não deve
sofrer sanções, inclusive a não renovação da concessão. haver utilização de armas (art. 5.º, XLIV). A presença de
Veda-se a censura de natureza política, ideológica, artística pessoas armadas em uma reunião não significa, no entanto,
(art. 220, § 2º), porém, apesar da liberdade de expressão acima que a reunião deva ser dissolvida. Nesse caso, a polícia deve
garantida, lei federal deverá regular as diversões e os agir no sentido de desarmar a pessoa, mas sem dissolver a
espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar reunião. Em caso de passeata, não poderá haver nenhuma
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se restrição quanto ao lugar em que ela será realizada;
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se - Durante o Estado de Defesa (art. 136, § 1.º, I, “a”) e o
mostre inadequada. Estado de Sítio (art. 139, IV), poderá ser restringido o direito
de reunião.
4) Liberdade de Trabalho, Ofício ou Profissão (art. 5.º, - Este direito poderá ser exercido independentemente de
XIII): É assegurada a liberdade de escolher qual a atividade prévia autorização do Poder Público, desde que não frustre
que se exercerá. Essa é uma norma de eficácia contida porque outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
tem uma aplicabilidade imediata, no entanto traz a sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
possibilidade de ter o seu campo de incidência contido por Esse prévio aviso é fundamental para que a autoridade

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administrativa tome as providências necessárias relacionadas tem uma exceção no art. 217, §1.º, da CF/88, que prevê que,
ao trânsito, organização etc. em casos relativos aos esportes, deve antes haver uma decisão
da Justiça Desportiva para que se possa recorrer ao Judiciário.
7) Liberdade de Associação (art. 5.º, XVII a XXI): Também na lei que regulamenta o habeas data, existe a
Normalmente, a liberdade de associação se manifesta por meio disposição de que se devem esgotar os meios administrativos
de uma reunião. Logo, existe uma relação muito estreita entre para que se possa, então, recorrer ao Judiciário.
a liberdade de reunião e a liberdade de associação. A reunião é
importante para que se exerça a associação, visto que 2) Direito à petição (art. 5.º, XXXIV, “a”): O inc. XXXIV
normalmente a associação começa com uma reunião. É o do art. 5.º da CF estabelece que, independentemente do
direito de coligação voluntária de algumas ou muitas pessoas pagamento de taxas, a todos são assegurados:
físicas, por tempo indeterminado, com o objetivo de atingir um a) O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
fim lícito sob direção unificante. A associação, assim como a direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Pode a petição
reunião, é uma união de pessoas que se distingue pelo tempo, ser dirigida a qualquer autoridade do Executivo, do Legislativo
visto que o objetivo que se quer alcançar não poderá ser ou do Judiciário e a autoridade a quem é dirigida deve apreciá-
atingido em um único momento na associação, enquanto na la, motivadamente, mesmo que apenas para rejeitá-la, pois o
reunião, o objetivo se exaure em tempo determinado. silêncio pode caracterizar o abuso de autoridade por omissão.
b) O direito de petição, classificado como direito de
DIREITO À IGUALDADE participação política, pode ser exercido por pessoa física ou
jurídica e não precisa observar forma rígida. Não se exige
O inciso I do art. 5º traz, em seu bojo, um dos princípios interesse processual, pois a manifestação está fundada no
mais importantes existentes no ordenamento jurídico interesse geral de cumprimento da ordem jurídica.
brasileiro, qual seja, o princípio da isonomia ou da igualdade. c) O direito de petição não se confunde como direito de
Tal princípio igualou os direitos e obrigações dos homens e ação, já que, por este último, busca-se uma tutela de índole
mulheres, todavia, permitindo as diferenciações realizadas jurisdicional e não administrativa.
nos termos da Constituição.
Quando falamos em igualdade, podemos fazer a distinção 3) Assistência jurídica (art. 5.º, LXXIV): Para se pedir em
entre igualdade material e igualdade formal. A igualdade juízo, a CF exige que o pedido seja formulado por um
material é aquela efetiva, onde realmente é possível perceber advogado. Às vezes, também é necessária a produção de
que há aplicabilidade da máxima que “os iguais serão tratados provas. Para garantir que aqueles que não possuem condições
igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas financeiras possam ter acesso ao Poder Judiciário, portanto, o
desigualdades”. Já, a igualdade formal é aquela explicitada pela Estado tomou para si o dever de fornecer a assistência jurídica.
lei, que nem sempre é vista na realidade de modo efetivo. Desta
maneira, é importante salientar que nem sempre a igualdade 4) Devido Processo Legal (art. 5.º, LIV): A prestação
formal corresponde à igualdade material. jurisdicional deve respeitar o devido processo legal. Quando se
Tal princípio vem sendo muito discutido ultimamente, trata dessa questão, observa-se um duplo acesso. Por um lado,
principalmente no que diz respeito às cotas raciais utilizadas dispõe que o Estado, sempre que for impor qualquer tipo de
pelos negros com a finalidade de ingressarem em faculdades restrição ao patrimônio ou à liberdade de alguém, deverá
públicas. seguir a lei. Por outro lado, significa que todos têm direito à
De acordo com entendimento firmado pelo Supremo jurisdição prestada nos termos da lei, ou seja, a prestação
Tribunal Federal, de forma vinculante, ninguém pode ser jurisdicional deve seguir o que está previsto em lei. O respeito
privado de direitos, nem sofrer quaisquer restrições de ordem à forma é uma maneira de garantir a segurança.
jurídica, em razão de sua orientação sexual, como, por
exemplo, a percepção de benefício pela morte de companheiro 5) Juiz natural (art. 5.º, LIII): A decisão de um caso
do mesmo sexo. Com base no mesmo entendimento, a concreto deve ser feita pelo Juiz natural que é o Juiz ou o
Suprema Corte, deu interpretação conforme ao art. 1.723 do Tribunal investido de poder pela lei para dizer o direito no
Código Civil, para assegurar o reconhecimento da união entre caso concreto, ou seja, é o Juiz ou Tribunal que tem a
pessoas do mesmo sexo de forma contínua, pública e competência, previamente expressa, para julgar determinado
duradoura como entidade familiar. caso concreto. Discute-se, hoje, a existência ou não do
princípio do Promotor Natural, que seria extraído da locução;
DIREITO À SEGURANÇA processar, prevista no inc. LIII do art. 5.º da CF. Conforme
leciona Nelson Nery; no âmbito interno do Ministério Público,
A CF, no caput do art. 5.º, quando fala de segurança, está se o princípio do Promotor Natural incide para restringir os
referindo à segurança jurídica. Refere-se à segurança de que as poderes do Procurador-Geral de Justiça de efetuar
agressões a um direito não ocorrerão e, se ocorrerem, existirá substituições, designações e delegações, que devem
uma eventual reparação pelo dano que a pessoa tenha. O circunscrever-se aos casos taxativamente enumerados na lei,
Estado deve atuar no sentido de preservar as prerrogativas sendo vedado ao chefe do parquet (promotor), em qualquer
dispostas nas normas jurídicas. Não basta ao Estado criar e hipótese, a avocação do caso afeto ao Promotor Natural.
reconhecer direitos ao indivíduo; tem o dever de zelar por eles,
assegurando a todos o exercício, com a devida tranquilidade, 6) Vedação a Juízes e Tribunais de exceção (art. 5.º,
do direito a vida, integridade física, liberdade, propriedade etc. XXXVII): A nossa ordem jurídica não admite que sejam criados
Tribunais ou designados Juízes especialmente para decidir um
1) Acesso ao Poder Judiciário (art. 5.º, XXXV): A caso concreto (Juízes ou Tribunais de exceção). Qualquer tipo
competência para dar segurança jurídica é do Poder Judiciário. de Tribunal de exceção significa um atentado à imparcialidade
É por meio do acesso ao Poder Judiciário que as pessoas da Justiça, comprometendo a segurança jurídica.
conseguem a segurança jurídica. Diante de uma agressão ou de
ameaça de agressão a um direito, a pessoa poderá ir ao 7) Contraditório e ampla defesa (art. 5.º, LV): Deve-se
Judiciário e assegurá-lo. Para que o Judiciário tenha o dever de respeitar o contraditório e a ampla defesa como requisitos
conceder a segurança jurídica, não é necessário comprovar a para que o devido processo legal seja respeitado. O
efetiva lesão, ou seja, pode-se, preventivamente, buscar essa contraditório é a possibilidade que deve ser assegurada, a
segurança para impossibilitar a lesão ao direito. Esse acesso quem sofrer uma imputação em juízo, de contraditar essa

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APOSTILAS OPÇÃO

imputação, ou seja, de apresentar a sua versão dos fatos. A pena de banimento e penas cruéis. A pena será cumprida em
ampla defesa significa que as partes devem ter a possibilidade estabelecimentos distintos, assegurando a divisão por sexo,
de produzir todas as provas que entendam necessárias ao idade e gravidade do delito;
esclarecimento dos fatos e ao convencimento do Juiz.
Excepcionam-se apenas as provas obtidas por meio ilícito. Há - Princípio do Juiz natural: Ninguém poderá ser
também a garantia do duplo grau de jurisdição, ou seja, a sentenciado nem preso senão pela autoridade competente;
pessoa vencida e inconformada com a decisão tem o direito a
uma revisão dessa decisão, que será sempre feita por um juízo - Princípio da presunção de inocência: Todos são inocentes
colegiado. até que se prove o contrário. Ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado da sentença. Somente
8) Isonomia: Deve haver um tratamento isonômico. A poderá ser preso aquele que for pego em flagrante ou tiver
isonomia entre as partes decorre de um princípio disposto na ordem escrita fundamentada pela autoridade judiciária
CF. Todos os órgãos públicos deverão dar tratamento competente.
isonômico para as partes (Exemplo: Se o Juiz dá o direito a uma
das partes de apresentar uma outra prova, ele deverá, - Proibição da prisão civil por dívidas, salvo no caso de
obrigatoriamente, dar o mesmo direito à outra parte). devedor de pensão alimentícia (inc. LXVII): A prisão civil é
medida privativa de liberdade, sem caráter de pena, com a
9) Motivação das decisões: Toda a decisão judicial deverá finalidade de compelir o devedor a satisfazer uma obrigação.
ser motivada, visto que uma decisão sem motivação Nos termos da Constituição Federal a prisão civil será cabível
desobedece ao devido processo legal e será considerada em duas situações, no caso de inadimplemento voluntário e
inválida. inescusável de obrigação alimentícia e no caso do depositário
infiel. Porém, o Pacto de San José da Costa Rica, ratificado pelo
10) Publicidade: O Juiz deve dar publicidade de todas as Brasil (recepcionado de forma equivalente a norma
decisões que ele proferir e todos os atos serão públicos. constitucional), autoriza a prisão somente em razão de dívida
alimentar. Desta forma, não se admite, por manifesta
11) Segurança em Matéria Penal: Quando se trata de inconstitucionalidade, a prisão civil por dívida no Brasil, quer
segurança em matéria penal, a CF tomou mais cuidado, tendo do alienante fiduciário, quer do depositário infiel. O Supremo
em vista a competência punitiva do Estado. Essa competência Tribunal Federal firmou o entendimento de que só é possível
punitiva tem, entretanto, limites, visto que a aplicação da pena a prisão civil do responsável pelo inadimplemento voluntário
vai restringir a liberdade física de locomoção e que os demais e inescusável de obrigação alimentícia. Nesse sentido, foi
direitos têm ligação estreita com o direito à liberdade de editada a Súmula Vinculante nº 25: “É ilícita a prisão civil de
locomoção. A pena somente poderá ser aplicada se estiver depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do
prevista anteriormente em lei e na forma prevista em lei, depósito”.
seguindo um procedimento específico também previsto em lei.
A aplicação da pena, portanto, está vinculada à disposição DIREITO A PROPRIEDADE
legal.
O inc. XXIII do art. 5.º da Constituição Federal dispõe que a
12) Princípios processuais gerais: Os princípios propriedade atenderá à sua função social, demonstrando que
processuais gerais estão presentes na matéria penal, ou seja, o conceito constitucional de propriedade é mais amplo que o
deverão sempre ser aplicados. conceito definido pelo Direito privado. O Direito Civil trata das
relações civis e individuais pertinentes à propriedade, a
a) Princípio da estrita legalidade penal (art. 5.º, XXXIX): A exemplo da faculdade de usar, gozar e dispor de bens em
CF dispõe sobre o princípio genérico da legalidade. Em caráter pleno e exclusivo, direito esse oponível contra todos,
determinados campos, entretanto, a CF tem o cuidado de enquanto a Constituição Federal sujeita a propriedade às
reforçá-lo, aplicando-o especificamente a cada área. Esse é, limitações exigidas pelo bem comum. Impõe à propriedade um
então, o princípio da estrita legalidade. Para que o interesse social que pode até mesmo não coincidir com o
comportamento seja punido pelo Estado, se o crime estiver interesse do proprietário.
descrito em lei e se essa lei for anterior ao comportamento O direito de propriedade importa em duas garantias
ilícito, somente poderá ser aplicada a pena que a lei sucessivas: de conservação e compensação.
estabelecer.
- Garantia de conservação: Ninguém pode ser privado de
b) Princípio da irretroatividade (exceção, art. 5.º, XL): Há seus bens fora das hipóteses previstas na Constituição.
um reforço nessa ideia quando se trata de matéria penal. O
próprio Direito Penal, entretanto, excepciona esse princípio, - Garantia de compensação: Caso privado de seus bens, o
ou seja, há a possibilidade de retroatividade da lei no tempo proprietário tem o direito de receber a devida indenização,
para beneficiar o réu. equivalente aos prejuízos sofridos.

Existem algumas outras garantias previstas na CF/88, Desapropriação é o ato pelo qual o Estado toma para si ou
quais sejam: transfere para terceiros bens de particulares, mediante o
pagamento de justa e prévia indenização. Trata-se de forma
- Princípio da incomunicabilidade da pena: A pena não originária de aquisição de propriedade. A desapropriação é a
pode passar da pessoa do criminoso. A CF prevê somente uma forma mais drástica do poder de intervenção do Estado na
hipótese de comunicabilidade da pena, que é o caso de economia, só sendo admissível nas hipóteses especialmente
indenização, quando os sucessores respondem por ela até o previstas na Constituição. São estas as hipóteses de
quinhão da herança (inc. XLV); desapropriação:

- Garantia de que determinado tipo de pena não será a) por necessidade pública;
aplicada: Há limitação à própria atividade do Estado. Existem b) por utilidade pública; e
penas que o legislador não poderá cominar, quais sejam: pena c) interesse social.
de morte, pena de caráter perpétuo, pena de trabalho forçado,

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A indenização paga pelo Poder Público no processo de fixadas no art. 128, incisos i e ii, do código penal, que preveem
desapropriação, para ser juridicamente válida precisa atender aborto necessário e sentimental.
a determinadas exigências constitucionais. Deve ser: (B) os direitos fundamentais diferenciam-se das garantias
fundamentais na medida em que os direitos se declaram,
a) justa (deve ser feita de forma integral, reparando todo o enquanto as garantias têm um conteúdo assecuratório
prejuízo sofrido pelo particular); daqueles
b) prévia (o pagamento deve ser feito antes do ingresso na (C) a característica principal dos direitos fundamentais é a
titularidade do bem); e indivisibilidade, o que significa reconhecer que os direitos
c) em dinheiro (o pagamento deve ser feito em moeda fundamentais não comportam divisão no tempo, sendo,
corrente e não em títulos para pagamento futuro e de liquidez portanto, imprescritíveis.
incerta). (D) a igualdade de todos perante a lei repele qualquer
prática discriminatória ainda que empreendida com propósito
Em linhas gerais, vislumbra-se que a Constituição de 1988 afirmativo.
foi a primeira a estabelecer direitos não só de indivíduos, mas (E) os direitos fundamentais são de titularidade exclusiva
também de grupos sociais, os denominados direitos coletivos. das pessoas naturais, dado que decorrentes do princípio da
Assim, as pessoas passaram a ser coletivamente dignidade da pessoa humana.
consideradas. Por outro lado, pela primeira vez, junto com
direitos foram estabelecidos expressamente deveres Gabarito
fundamentais. Tanto os agentes públicos como os indivíduos
têm obrigações específicas, inclusive a de respeitar os direitos 01.D / 02.B / 03.E / 04.B
das demais pessoas que vivem na ordem social.

Questões Considerações sobre a


01. (TJ/MG - Juiz - FUNDEP) Sobre a classificação dos polícia e os Direitos Humanos.
direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa
CORRETA.
(A) Direitos individuais e coletivos. Direitos Humanos: Coisa de Polícia
(B) Direitos sociais e políticos.
(C) Direitos de nacionalidade, políticos e partidos políticos. Treze reflexões sobre polícia e direitos humanos2
(D) Direitos individuais, coletivos, sociais, de
nacionalidade, políticos e de partidos políticos. Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” foi
considerado antagônico ao de Segurança Pública. Produto do
02. (PGE/AC - Procurador – FMP/RS) Analise as autoritarismo vigente no país entre 1964 e 1984 e da
afirmativas abaixo. manipulação, por ele, dos aparelhos policiais, esse velho
I - Somente quando expressamente autorizado pela paradigma maniqueísta cindiu sociedade e polícia, como se a
Constituição, o legislador pode restringir ou regular algum última não fizesse parte da primeira.
direito fundamental. Polícia, então, foi uma atividade caracterizada pelos
II - De acordo com a jurisprudência do STF, a liberdade de segmentos progressistas da sociedade, de forma
expressão ocupa uma posição superior no sistema equivocadamente conceitual, como necessariamente afeta à
constitucional brasileiro, prevalecendo sempre em caso de repressão antidemocrática, à truculência, ao
colisão com outros direitos fundamentais, individuais ou conservadorismo. “Direitos Humanos” como militância, na
sociais. outra ponta, passaram a ser vistos como ideologicamente
III - No âmbito das relações de submissão, os direitos filiados à esquerda, durante toda a vigência da Guerra Fria
fundamentais acabam submetidos por outros direitos (estranhamente, nos países do “socialismo real”, eram vistos
peculiares a tais relações. como uma arma retórica e organizacional do capitalismo). No
IV - Viola o princípio da igualdade toda e qualquer ação Brasil, em momento posterior da história, à partir da
discriminatória, mesmo de caráter afirmativo, produzida pelo rearticulação democrática, agregou-se a seus ativistas a pecha
legislador ou, mesmo, por meio de políticas públicas. de “defensores de bandidos” e da impunidade.
(A) Todas as alternativas são verdadeiras. Evidentemente, ambas visões estão fortemente
(B) Todas as alternativas são falsas. equivocadas e prejudicadas pelo preconceito.
(C) Apenas a alternativa I está correta. Estamos há mais de um década construindo uma nova
(D) Apenas as alternativas II e III estão corretas. democracia e essa paralisia de paradigmas das “partes” (uma
vez que assim ainda são vistas e assim se consideram),
03. (TJ/SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - representa um forte impedimento à parceria para a edificação
CESPE) Acerca dos direitos fundamentais e do conceito e da de uma sociedade mais civilizada.
classificação das constituições, julgue os itens a seguir. Aproximar a polícia das ONGs que atuam com Direitos
Os direitos fundamentais têm o condão de restringir a Humanos, e vice-versa, é tarefa impostergável para que
atuação estatal e impõem um dever de abstenção, mas não de possamos viver, a médio prazo, em uma nação que respire
prestação. “cultura de cidadania”. Para que isso ocorra, é necessário que
( ) Certo ( ) Errado nós, lideranças do campo dos Direitos Humanos, desarmemos
as “minas ideológicas” das quais nos cercamos, em um
04. (DPE/GO - Defensor Público - UFG) A Constituição primeiro momento, justificável , para nos defendermos da
Federal de 1988 é conhecida como a “Constituição Cidadã” em polícia, e que agora nos impedem de aproximar-nos. O mesmo
função de seu vasto rol de direitos e garantias fundamentais. vale para a polícia.
Nesse sentido, Podemos aprender muito uns com os outros, ao atuarmos
(A) o direito à vida é considerado inviolável, razão pela como agentes defensores da mesma democracia.
qual não comporta exceções, sendo inconstitucionais as regras Nesse contexto, à partir de quase uma década de parceria

2 http://www.dhnet.org.br/educar/balestreri/php/dh4.html>

Noções sobre Direitos Humanos 7


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no campo da educação para os direitos humanos junto à homem e a mulher que a exercem em meros cumpridores de
policiais e das coisas que vi e aprendi com a polícia, é que ordens sem um significado pessoalmente assumido como
gostaria de tecer as singelas treze considerações a seguir: ideário, o resultado será uma autoimagem denegrida e uma
baixa autoestima.
CIDADANIA, DIMENSÃO PRIMEIRA Resgatar, pois, o pedagogo que há em cada policial, é
1ª - O policial é, antes de tudo um cidadão, e na cidadania permitir a ressignificação da importância social da polícia, com
deve nutrir sua razão de ser. Irmana-se, assim, a todos os a consequente consciência da nobreza e da dignidade dessa
membros da comunidade em direitos e deveres. Sua condição missão.
de cidadania é, portanto, condição primeira, tornando-se A elevação dos padrões de autoestima pode ser o caminho
bizarra qualquer reflexão fundada sobre suposta dualidade ou mais seguro para uma boa prestação de serviços.
antagonismo entre uma “sociedade civil” e outra “sociedade Só respeita o outro aquele que se dá respeito a si mesmo.
policial”. Essa afirmação é plenamente válida mesmo quando
se trata da Polícia Militar, que é um serviço público realizado POLÍCIA E ‘SUPEREGO’ SOCIAL
na perspectiva de uma sociedade única, da qual todos os 5ª - Essa “dimensão pedagógica”, evidentemente, não se
segmentos estatais são derivados. Portanto não há, confunde com “dimensão demagógica” e, portanto, não exime
igualmente, uma “sociedade civil” e outra “sociedade militar”. a polícia de sua função técnica de intervir preventivamente no
A “lógica” da Guerra Fria, aliada aos “anos de chumbo”, no cotidiano e repressivamente em momentos de crise, uma vez
Brasil, é que se encarregou de solidificar esses equívocos, que democracia nenhuma se sustenta sem a contenção do
tentando transformar a polícia, de um serviço à cidadania, em crime, sempre fundado sobre uma moralidade mal constituída
ferramenta para enfrentamento do “inimigo interno”. Mesmo e hedonista, resultante de uma complexidade causal que vai do
após o encerramento desses anos de paranóia, seqüelas social ao psicológico.
ideológicas persistem indevidamente, obstaculizando, em Assim como nas famílias é preciso, em “ocasiões extremas”,
algumas áreas, a elucidação da real função policial. que o adulto sustente, sem vacilar, limites que possam balizar
moralmente a conduta de crianças e jovens, também em nível
POLICIAL: CIDADÃO QUALIFICADO macro é necessário que alguma instituição se encarregue da
2ª - O agente de Segurança Pública é, contudo, um cidadão contenção da sociopatia.
qualificado: emblematiza o Estado, em seu contato mais A polícia é, portanto, uma espécie de superego social
imediato com a população. Sendo a autoridade mais indispensável em culturas urbanas, complexas e de interesses
comumente encontrada tem, portanto, a missão de ser uma conflitantes, contenedora do óbvio caos a que estaríamos
espécie de “porta voz” popular do conjunto de autoridades das expostos na absurda hipótese de sua inexistência.
diversas áreas do poder. Além disso, porta a singular Possivelmente por isso não se conheça nenhuma sociedade
permissão para o uso da força e das armas, no âmbito da lei, o contemporânea que não tenha assentamento, entre outros, no
que lhe confere natural e destacada autoridade para a poder da polícia. Zelar, pois, diligentemente, pela segurança
construção social ou para sua devastação. O impacto sobre a pública, pelo direito do cidadão de ir e vir, de não ser
vida de indivíduos e comunidades, exercido por esse cidadão molestado, de não ser saqueado, de ter respeitada sua
qualificado é, pois, sempre um impacto extremado e integridade física e moral, é dever da polícia, um compromisso
simbolicamente referencial para o bem ou para o mal-estar da com o rol mais básico dos direitos humanos que devem ser
sociedade. garantidos à imensa maioria de cidadãos honestos e
trabalhadores.
POLICIAL: PEDAGOGO DA CIDADANIA Para isso é que a polícia recebe desses mesmos cidadãos a
3ª - Há, assim, uma dimensão pedagógica no agir policial unção para o uso da força, quando necessário.
que, como em outras profissões de suporte público, antecede
as próprias especificidades de sua especialidade. RIGOR versus VIOLÊNCIA
Os paradigmas contemporâneos na área da educação nos 6ª - O uso legítimo da força não se confunde, contudo, com
obrigam a repensar o agente educacional de forma mais truculência.
includente. No passado, esse papel estava reservado A fronteira entre a força e a violência é delimitada, no
unicamente aos pais, professores e especialistas em educação. campo formal, pela lei, no campo racional pela necessidade
Hoje é preciso incluir com primazia no rol pedagógico também técnica e, no campo moral, pelo antagonismo que deve
outras profissões irrecusavelmente formadoras de opinião: reger a metodologia de policiais e criminosos.
médicos, advogados, jornalistas e policiais, por exemplo.
O policial, assim, à luz desses paradigmas educacionais POLICIAL versus CRIMINOSO:
mais abrangentes, é um pleno e legitimo educador. Essa
dimensão é inabdicável e reveste de profunda nobreza a METODOLOGIAS ANTAGÔNICAS
função policial, quando conscientemente explicitada através 7ª - Dessa forma, mesmo ao reprimir, o policial oferece
de comportamentos e atitudes. uma visualização pedagógica, ao antagonizar-se aos
procedimentos do crime.
A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMAPESSOAL E Em termos de inconsciente coletivo, o policial exerce
INSTITUCIONAL função educativa arquetípica: deve ser “o mocinho”, com
4ª - O reconhecimento dessa “dimensão pedagógica” é, procedimentos e atitudes coerentes com a “firmeza
seguramente, o caminho mais rápido e eficaz para a moralmente reta”, oposta radicalmente aos desvios perversos
reconquista da abalada autoestima policial. Note-se que os do outro arquétipo que se lhe contrapõe: o bandido.
vínculos de respeito e solidariedade só podem constituir-se Ao olhar para uns e outros, é preciso que a sociedade
sobre uma boa base de autoestima. A experiência primária do perceba claramente as diferenças metodológicas ou a
“querer-se bem” é fundamental para possibilitar o “confusão arquetípica” intensificará sua crise de moralidade,
conhecimento de como chegar a “querer bem o outro”. Não incrementando a ciranda da violência. Isso significa que a
podemos viver para fora o que não vivemos para dentro. violência policial é geradora de mais violência da qual, mui
Em nível pessoal, é fundamental que o cidadão policial comumente, o próprio policial torna-se a vítima.
sinta-se motivado e orgulhoso de sua profissão. Isso só é Ao policial, portanto, não cabe ser cruel com os cruéis,
alcançável à partir de um patamar de “sentido existencial”. Se vingativo contra os anti-sociais, hediondo com os hediondos.
a função policial for esvaziada desse sentido, transformando o Apenas estaria com isso, liberando, licenciando a sociedade

Noções sobre Direitos Humanos 8


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APOSTILAS OPÇÃO

para fazer o mesmo, à partir de seu patamar de visibilidade conceder-lhes qualquer tipo de espaço.
moral. Não se ensina a respeitar desrespeitando, não se pode Aqui, se antagoniza a “ética da corporação” (que na
educar para preservar a vida matando, não importa quem seja. verdade é a negação de qualquer possibilidade ética) com a
O policial jamais pode esquecer que também o observa o ética da cidadania (aquela voltada à missão da polícia junto a
inconsciente coletivo. seu cliente, o cidadão).
O acobertamento de práticas espúrias demonstra, ao
A ‘VISIBILIDADE MORAL’ DA POLÍCIA: IMPORTÂNCIA contrário do que muitas vezes parece, o mais absoluto
DO EXEMPLO desprezo pelas instituições policiais. Quem acoberta o espúrio
8ª - Essa dimensão “testemunhal”, exemplar, pedagógica, permite que ele enxovalhe a imagem do conjunto da
que o policial carrega irrecusavelmente é, possivelmente, mais instituição e mostra, dessa forma, não ter qualquer respeito
marcante na vida da população do que a própria intervenção pelo ambiente do qual faz parte.
do educador por ofício, o professor.
Esse fenômeno ocorre devido à gravidade do momento em CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, PERMANÊNCIA E
que normalmente o policial encontra o cidadão. À polícia ACOMPANHAMENTO
recorre-se, como regra, 10ª - Essa preocupação deve crescer à medida em que
4 tenhamos clara a preferência da psicopatia pelas profissões de
em horas de fragilidade emocional, que deixam os poder. Política profissional, Forças Armadas, Comunicação
indivíduos ou a comunidade fortemente “abertos” ao impacto Social, Direito, Medicina, Magistério e Polícia são algumas das
psicológico e moral da ação realizada. profissões de encantada predileção para os psicopatas, sempre
Por essa razão é que uma intervenção incorreta funda em busca do exercício livre e sem culpas de seu poder sobre
marcas traumáticas por anos ou até pela vida inteira, assim outrem.
como a ação do “bom policial” será sempre lembrada com Profissões magníficas, de grande amplitude social, que
satisfação e conforto. agregam heróis e mesmo santos, são as mesmas que atraem a
Curiosamente, um significativo número de policiais não escória, pelo alcance que têm, pelo poder que representam.
consegue perceber com clareza a enorme importância que têm A permissão para o uso da força, das armas, do direito a
para a sociedade, talvez por não haverem refletido decidir sobre a vida e a morte, exercem irresistível atração à
suficientemente a respeito dessa peculiaridade do impacto perversidade, ao delírio onipotente, à loucura articulada.
emocional do seu agir sobre a clientela. Justamente aí reside a Os processos de seleção de policiais devem tornar-se cada
maior força pedagógica da polícia, a grande chave para a vez mais rígidos no bloqueio à entrada desse tipo de gente.
redescoberta de seu valor e o resgate de sua autoestima. Igualmente, é nefasta a falta de um maior acompanhamento
É essa mesma “visibilidade moral” da polícia o mais forte psicológico aos policiais já na ativa.
argumento para convencê-la de sua “responsabilidade A polícia é chamada a cuidar dos piores dramas da
paternal” (ainda que não paternalista) sobre a comunidade. população e nisso reside um componente desequilibrador.
Zelar pela ordem pública é, assim, acima de tudo, dar exemplo Quem cuida da polícia?
de conduta fortemente baseada em princípios. Não há exceção Os governos, de maneira geral, estruturam pobremente os
quando tratamos de princípios, mesmo quando está em serviços de atendimento psicológico aos policiais e aproveitam
questão a prisão, guarda e condução de malfeitores. Se o muito mal os policiais diplomados nas áreas de saúde mental.
policial é capaz de transigir nos seus princípios de civilidade, Evidentemente, se os critérios de seleção e permanência
quando no contato com os sociopatas, abona a violência, devem tornar- se cada vez mais exigentes, espera-se que o
contamina-se com o que nega, conspurca a normalidade, Estado cuide também de retribuir com salários cada vez mais
confunde o imaginário popular e rebaixa-se à igualdade de dignos.
procedimentos com aqueles que combate. De qualquer forma, o zelo pelo respeito e a decência dos
Note-se que a perspectiva, aqui, não é refletir do ponto de quadros policiais não cabe apenas ao Estado mas aos próprios
vista da “defesa do bandido”, mas da defesa da dignidade do policiais, os maiores interessados em participarem de
policial. instituições livres de vícios, valorizadas socialmente e
A violência desequilibra e desumaniza o sujeito, não detentoras de credibilidade histórica.
importa com que fins seja cometida, e não restringe-se a áreas
isoladas, mas, fatalmente, acaba por dominar-lhe toda a DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS - HUMILHAÇÃO
conduta. O violento se dá uma perigosa permissão de exercício versus HIERARQUIA
de pulsões negativas, que vazam gravemente sua censura 11ª - O equilíbrio psicológico, tão indispensável na ação da
moral e que, inevitavelmente, vão alastrando-se em todas as polícia, passa também pela saúde emocional da própria
direções de sua vida, de maneira incontrolável. instituição. Mesmo que isso não se justifique, sabemos que
policiais maltratados internamente tendem a descontar sua
“ÉTICA” CORPORATIVA versus ÉTICA CIDADÃ agressividade sobre o cidadão.
9ª - Essa consciência da auto importância obriga o policial Evidentemente, polícia não funciona sem hierarquia. Há,
a abdicar de qualquer lógica corporativista. contudo, clara distinção entre hierarquia e humilhação, entre
Ter identidade com a polícia, amar a corporação da qual ordem e perversidade.
participa, coisas essas desejáveis, não se podem confundir, em Em muitas academias de polícia (é claro que não em todas)
momento algum, com acobertar práticas abomináveis. Ao os policiais parecem ainda ser “adestrados” para alguma
contrário, a verdadeira identidade policial exige do sujeito um suposta “guerra de guerrilhas”, sendo submetidos a toda
permanente zelo pela “limpeza” da instituição da qual ordem de maus-tratos (beber sangue no pescoço da galinha,
participa. Um verdadeiro policial, ciente de seu valor social, ficar em pé sobre formigueiro, ser “afogado” na lama por
será o primeiro interessado no “expurgo” dos maus superior hierárquico, comer fezes, são só alguns dos recentes
profissionais, dos corruptos, dos torturadores, dos psicopatas. exemplos que tenho colecionado à partir da narrativa de
Sabe que o lugar deles não é polícia, pois, além do dano social amigos policiais, em diversas partes do Brasil). Por uma
que causam, prejudicam o equilíbrio psicológico de todo o contaminação da ideologia militar (diga-se de passagem,
conjunto da corporação e inundam os meios de comunicação presente não apenas nas PMs mas também em muitas polícias
social com um marketing que denigre o esforço heroico de civis), os futuros policiais são, muitas vezes, submetidos a
todos aqueles outros que cumprem corretamente sua violento estresse psicológico, a fim de atiçar-lhes a raiva contra
espinhosa missão. Por esse motivo, não está disposto a o “inimigo” (será, nesse caso, o cidadão?).

Noções sobre Direitos Humanos 9


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APOSTILAS OPÇÃO

Essa permissividade na violação interna dos Direitos CONCLUSÃO


Humanos dos policiais pode dar guarida à ação de A polícia, como instituição de serviço à cidadania em uma
personalidades sádicas e depravadas, que usam sua de suas demandas mais básicas — Segurança Pública — tem
autoridade superior como cobertura para o exercício de suas tudo para ser altamente respeitada e valorizada.
doenças. Além disso, como os policiais não vão lutar na extinta Para tanto, precisa resgatar a consciência da importância
guerra do Vietnã, mas atuar nas ruas das cidades, esse tipo de de seu papel social e, por conseguinte, a autoestima.
“formação” (deformadora) representa uma perda de tempo, Esse caminho passa pela superação das sequelas deixadas
geradora apenas de brutalidade, atraso técnico e pelo período ditatorial: velhos ranços psicopáticos, às vezes
incompetência. ainda abancados no poder, contaminação anacrônica pela
A verdadeira hierarquia só pode ser exercida com base na ideologia militar da Guerra Fria, crença de que a competência
lei e na lógica, longe, portanto, do personalismo e do se alcança pela truculência e não pela técnica, maus-tratos
autoritarismo doentios. internos a policiais de escalões inferiores, corporativismo no
O respeito aos superiores não pode ser imposto na base da acobertamento de práticas incompatíveis com a nobreza da
humilhação e do medo. Não pode haver respeito unilateral, missão policial.
como não pode haver respeito sem admiração. Não podemos O processo de modernização democrática já está
respeitar aqueles a quem odiamos. instaurado e conta com a parceria de organizações como a
A hierarquia é fundamental para o bom funcionamento da Anistia Internacional (que, dentro e fora do Brasil, aliás,
polícia, mas ela só pode ser verdadeiramente alcançada mantém um notável quadro de policiais a ela filiados).
através do exercício da liderança dos superiores, o que Dessa forma, o velho paradigma antagonista da Segurança
pressupõe práticas bilaterais de respeito, competência e Pública e dos Direitos Humanos precisa ser substituído por um
seguimento de regras lógicas e suprapessoais. novo, que exige desacomodação de ambos os campos:
7 “Segurança Pública com Direitos Humanos”.
DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS - HUMILHAÇÃO O policial, pela natural autoridade moral que porta, tem o
versus HIERARQUIA potencial de ser o mais marcante promotor dos Direitos
12ª - No extremo oposto, a debilidade hierárquica é Humanos, revertendo o quadro de descrédito social e
também um mal. Pode passar uma imagem de descaso e qualificando-se como um personagem central da democracia.
desordem no serviço público, além de enredar na malha As organizações não-governamentais que ainda não
confusa da burocracia toda a prática policial. descobriram a força e a importância do policial como agente
A falta de uma Lei Orgânica Nacional para a polícia civil, de transformação, devem abrir- se, urgentemente, a isso, sob
por exemplo, pode propiciar um desvio fragmentador dessa pena de, aferradas a velhos paradigmas, perderem o concurso
instituição, amparando uma tendência de definição de da ação impactante desse ator social.
conduta, em alguns casos, pela mera junção, em “colcha de
retalhos”, do conjunto das práticas de suas delegacias. Direitos Humanos, cada vez mais, também é coisa de
Enquanto um melhor direcionamento não ocorre em plano polícia!
nacional, é fundamental que os estados e instituições da polícia Ricardo Balestreri
civil direcionem estrategicamente o processo de maneira a
unificar sob regras claras a conduta do conjunto de seus
agentes, transcendendo a mera predisposição dos delegados
localmente responsáveis (e superando, assim, a “ordem”
fragmentada, baseada na personificação). Além do conjunto da Anotações
sociedade, a própria polícia civil será altamente beneficiada,
uma vez que regras objetivas para todos (incluídas aí as
condutas internas) só podem dar maior segurança e
credibilidade aos que precisam executar tão importante e ao
mesmo tempo tão intrincado e difícil trabalho.

A FORMAÇÃO DOS POLICIAIS


13ª - A superação desses desvios poderia dar-se, ao menos
em parte, pelo estabelecimento de um “núcleo comum”, de
conteúdos e metodologias na formação de ambas as polícias,
que privilegiasse a formação do juízo moral, as ciências
humanísticas e a tecnologia como contraponto de eficácia à
incompetência da força bruta.
Aqui, deve-se ressaltar a importância das academias de
Polícia Civil, das escolas formativas de oficiais e soldados e dos
institutos superiores de ensino e pesquisa, como bases para a
construção da Polícia Cidadã, seja através de suas intervenções
junto aos policiais ingressantes, seja na qualificação daqueles
que se encontram há mais tempo na ativa. Um bom currículo e
professores habilitados não apenas nos conhecimentos
técnicos, mas igualmente nas artes didáticas e no
relacionamento interpessoal, são fundamentais para a geração
de policiais que atuem com base na lei e na ordem hierárquica,
mas também na autonomia moral e intelectual. Do policial
contemporâneo, mesmo o de mais simples escalão, se exigirá,
cada vez mais, discernimento de valores éticos e condução
rápida de processos de raciocínio na tomada de decisões.

Noções sobre Direitos Humanos 10


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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE
TRÂNSITO

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - (VETADO)
§ 3º - A imposição da penalidade será comunicada aos
órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
licenciamento do veículo e habilitação do condutor.

Art. 257 - As penalidades serão impostas ao condutor, ao


proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
Penalidades aplicadas às impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
infrações de trânsito. Medidas mencionados neste Código.
§ 1º - Aos proprietários e condutores de veículos serão
administrativas a serem impostas concomitantemente as penalidades de que trata este
adotadas pela autoridade de Código toda vez que houver responsabilidade solidária em
trânsito e seus agentes. infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
§ 2º - Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO pela infração referente à prévia regularização e preenchimento
das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo
O Código de Trânsito Brasileiro, conhecido como CTB ou na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
características, componentes, agregados, habilitação legal e
Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, trata de assuntos
compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras
específicos da relação do cidadão com o Sistema Nacional de
disposições que deva observar.
Trânsito, destina-se a ser um instrumento de consulta § 3º - Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
frequente por todos que se empenham para que o trânsito no decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
país seja a expressão da maturidade e autoestima de um povo § 4º - O embarcador é responsável pela infração relativa ao
que zela pela segurança individual e coletiva, como valor transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso
fundamental a ser reafirmado a cada ato da mobilidade e da bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
cidadania. carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
inferior àquele aferido.
Essa legislação desperta cada vez mais o interesse da § 5º - O transportador é o responsável pela infração relativa
sociedade. Pessoas de todas as idades, condutores de veículos ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando
e cidadãos em geral, procuram atualizar-se no conhecimento a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o
do CTB e na sua regulamentação, seja como um meio para peso bruto total.
desenvolver comportamentos seguros no trânsito, ou para § 6º - O transportador e o embarcador são solidariamente
reivindicar de todos os agentes – públicos e privados –, com responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
responsabilidade sobre a segurança da via e dos veículos, total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
atenção à aplicação dos seus dispositivos. superior ao limite legal.
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o
Na sequência vamos analisar os capítulos do CTB que principal condutor ou o proprietário do veículo terá quinze dias
tratam das matérias exigidas pelo edital: de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na
forma em que dispuser o Conselho Nacional de Trânsito
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 19971 (Contran), ao fim do qual, não o fazendo, será considerado
responsável pela infração o principal condutor ou, em sua
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. ausência, o proprietário do veículo. (Redação dada pela
Lei nº 13.495, 2017)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: havendo identificação do infrator e sendo o veículo de
propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao
(...) proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo
valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais
CAPÍTULO XVI cometidas no período de doze meses.
DAS PENALIDADES § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
Art. 256 - A autoridade de trânsito, na esfera das § 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de
competências estabelecidas neste Código e dentro de sua trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a
circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro
seguintes penalidades: do veículo no Renavam. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
I - advertência por escrito; § 11. O principal condutor será excluído do Renavam:
II - multa; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
III - suspensão do direito de dirigir; I - quando houver transferência de propriedade do veículo;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do
VI - cassação da Permissão para Dirigir; veículo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. III - a partir da indicação de outro principal condutor.
§ 1º - A aplicação das penalidades previstas neste Código (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)
não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.

1 Legislação disponível: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503.htm.


Acesso em: 01.08.2019.

Legislação Brasileira de Trânsito 1


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APOSTILAS OPÇÃO

A Lei nº 13.495, de 24 de outubro de 2017, altera o art. § 7º Após o término do curso de reciclagem, na forma do §
257 do CTB incluindo a nova figura do “condutor habitual”. 5º, o condutor não poderá ser novamente convocado antes de
transcorrido o período de um ano. (Incluído pela Lei nº 13.154,
Art. 258 - As infrações punidas com multa classificam-se, de de 2015)
acordo com sua gravidade, em quatro categorias: § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei
de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três nº 13.154, de 2015)
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
III - infração de natureza média, punida com multa no Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) 13.281, de 2016)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte)
de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontuação
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
§ 2º - Quando se tratar de multa agravada, o fator cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Código. 2016)
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
Art. 259 - A cada infração cometida são computados os do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº
seguintes números de pontos: 13.281, de 2016)
I - gravíssima - sete pontos; I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano
II - grave - cinco pontos; e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
III - média - quatro pontos; (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
IV - leve - três pontos. 2016)
§ 1º ao §3º- (VETADOS) II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
§ 4º Ao condutor identificado no ato da infração será exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo
atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
nos termos previstos no § 3º do art. 257, excetuando-se aquelas meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no
praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de reciclagem.
qualquer modalidade, excetuadas as situações regulamentadas § 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
pelo Contran a teor do art. 65 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela Lei nº contagem subsequente.
13.103, de 2015) § 4º (VETADO)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
Art. 260 - As multas serão impostas e arrecadadas pelo veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme
estabelecida neste Código. regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
§ 1º - As multas decorrentes de infração cometida em de 2016)
unidade da Federação diversa da do licenciamento do veículo § 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
CONTRAN. atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela
§ 2º - As multas decorrentes de infração cometida em Lei nº 13.154, de 2015)
unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
notificação. § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
§ 3º - (Revogado) serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
§ 4º - Quando a infração for cometida com veículo licenciado atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
no exterior, em trânsito no território nacional, a multa seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº
o princípio de reciprocidade. 13.154, de 2015)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
veículo, habilitado na categoria C, D ou E, será convocado pelo condutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo,
órgão executivo de trânsito estadual a participar de curso dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº
preventivo de reciclagem sempre que, no período de um ano, 13.281, de 2016)
atingir quatorze pontos, conforme regulamentação do Contran. § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
§ 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o concomitantemente com o processo de aplicação da penalidade
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
Lei nº 13.154, de 2015) (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) VII - (VETADO)


VIII - transbordo do excesso de carga;
Art. 263 - A cassação do documento de habilitação dar-se- IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
á: de substância entorpecente ou que determine dependência física
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir ou psíquica;
qualquer veículo; X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
165, 173, 174 e 175; devidos.
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
observado o disposto no art. 160. legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
§ 1º - Constatada, em processo administrativo, a veicular.
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a § 1º - A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
§ 2º - Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, à vida e à incolumidade física da pessoa.
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na § 2º - As medidas administrativas previstas neste artigo não
forma estabelecida pelo CONTRAN. elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a
Art. 264 - (VETADO) estas.
§ 3º - São documentos de habilitação a Carteira Nacional de
Art. 265 - As penalidades de suspensão do direito de dirigir Habilitação e a Permissão para Dirigir.
e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por § 4º - Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo
direito de defesa. Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
neste Código.
Art. 266 - Quando o infrator cometer, simultaneamente, § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
as respectivas penalidades. situação.
§ 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência veículo, desde que ofereça condições de segurança para
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo,
considerando o prontuário do infrator, entender esta assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a
providência como mais educativa. situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
§ 1º - A aplicação da advertência por escrito não elide o (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
acréscimo do valor da multa prevista no§ 3º do art. 258, imposta § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
por infração posteriormente cometida. condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação autoridade devidamente regularizado.
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
autoridade de trânsito. infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste
caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
Art. 268 - O infrator será submetido a curso de reciclagem, 2016)
na forma estabelecida pelo CONTRAN: § 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua quando se tratar de veículo de transporte coletivo
reeducação; transportando passageiros ou veículo transportando produto
II - quando suspenso do direito de dirigir; perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segurança
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja para circulação em via pública.
contribuído, independentemente de processo judicial; § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; o § 2º, será feito registro de restrição administrativa no
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos
colocando em risco a segurança do trânsito; Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160,
de 2015)
CAPÍTULO XVII § 7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2º
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se,
nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160,
Art. 269 - A autoridade de trânsito ou seus agentes, na de 2015)
esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de
sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste
administrativas: Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade
I - retenção do veículo; competente, com circunscrição sobre a via.
II - remoção do veículo; § 1º A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; estada, além de outros encargos previstos na legislação
V - recolhimento do Certificado de Registro; específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º A liberação do veículo removido é condicionada ao II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;


reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
que não esteja em perfeito estado de funcionamento. puder ser sanada no local.
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que Art. 275 - O transbordo da carga com peso excedente é
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para multa aplicável.
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Parágrafo único - Não sendo possível desde logo atender ao
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de
particular contratado por licitação pública, sendo o remoção e estada.
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos custos
desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
§ 5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às
ato de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à penalidades previstas no art. 165.
sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
2015) de medição, observada a legislação metrológica.
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente
no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool
feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) ou outra substância psicoativa que determine dependência.
§ 7º A notificação devolvida por desatualização do endereço § 1º (Revogado)
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será § 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser
considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
13.160, de 2015) que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da
§ 8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) provas em direito admitidas.
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Lei nº administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
13.160, de 2015) condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação dada
correspondente ao período integral, contado em dias, em que pela Lei nº 13.281, de 2016)
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 278 - Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
por particulares poderão ser pagos pelo proprietário pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão para
2016) fim de pesagem obrigatória.
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o Parágrafo único - No caso de fuga do condutor à ação
respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado,
de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do estabelecidas no art. 210.
recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que
o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a
retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a prática do crime de receptação, descaminho, contrabando,
devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo os previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de
mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluído 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por um
pela Lei nº 13. 281, de 2016) desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, terá
cassado seu documento de habilitação ou será proibido de obter
Art. 272 - O recolhimento da Carteira Nacional de a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5
Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
recibo, além dos casos previstos neste Código, quando houver § 1º O condutor condenado poderá requerer sua
suspeita de sua inautenticidade ou adulteração. reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804,
Art. 273 - O recolhimento do Certificado de Registro dar-se- de 2019)
á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, § 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos
quando: crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua necessidade para a garantia da ordem pública, como medida
propriedade no prazo de trinta dias. cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou
ainda mediante representação da autoridade policial, decretar,
Art. 274 - O recolhimento do Certificado de Licenciamento em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da
Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de
Código, quando: sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 279 - Em caso de acidente com vítima, envolvendo (C) Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento (D) Ao infrator são computados seis pontos para multa de
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do natureza grave.
registro. (E) A frequência obrigatória em curso de reciclagem não é
considerada penalidade por possuir caráter educativo.
Questões
Gabarito
01.(Detran/PA - Agente de Educação de Trânsito -
FADESP/2019) Compete ao órgão máximo executivo de 01.C / 02.A / 03.A / 04.C / 05.C
trânsito da União coordenar a administração do registro das
infrações de trânsito, da pontuação e das penalidades
aplicadas no prontuário do infrator. De acordo com o CTB, são
consideradas penalidades
(A) advertência por escrito e retenção do veículo. Anotações
(B) cassação da Permissão para Dirigir e recolhimento do
Certificado de Registro.
(C) multa e cassação da Carteira Nacional de Habilitação.
(D) frequência obrigatória em curso de reciclagem e
remoção do veículo.
(E) advertência por escrito e recolhimento da Carteira
Nacional de Habilitação.

02. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018)


Considerando as penalidades previstas no CTB, assinale a
afirmação verdadeira.
(A) A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
(B) A aplicação das penalidades previstas no CTB elide as
punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes
de trânsito, conforme disposições de lei.
(C) O transportador e o embarcador são responsáveis,
sendo este subsidiariamente, pela infração relativa ao excesso
de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura
ou manifesto for superior ao limite legal.
(D) O embarcador é o responsável pela infração relativa ao
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando
a carga proveniente de mais de um transportador ultrapassar
o peso bruto total.

03. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018) São


exemplos de medidas administrativas:
(A) transbordo do excesso de carga e recolhimento da
Carteira Nacional de Habilitação.
(B) retenção do veículo e multa.
(C) remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir.
(D) frequência obrigatória em curso de reciclagem e
realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de
substância entorpecente ou que determine dependência física
ou psíquica.

04. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018)


Assinale a opção que NÃO corresponde a uma medida
administrativa aplicável por autoridade de trânsito ou seus
agentes na esfera das competências estabelecidas no Código
de Trânsito e dentro de sua circunscrição.
(A) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
(B) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.
(C) Multa.
(D) Retenção do veículo.

05. (ELETROBRAS - Eletricista Motorista - IADES)


Considerando que a aplicação de penalidades está prevista no
Código de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
(A) Ao infrator são computados dois pontos para multa de
natureza leve.
(B) A advertência por escrito não é considerada penalidade
por possuir caráter educativo.

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as alterações no documento novo e não no modelo, você pode


utilizar esse modelo para uma infinidade de documentos.
Quando o Word é iniciado pela primeira vez, a lista de
modelos é apresentada automaticamente. Para ver a lista em
outro momento, clique em Arquivo > Novo.
Você pode procurar mais modelos em Pesquisar modelos
online. Para acessar rapidamente os modelos populares, clique
numa das palavras-chave apresentadas logo abaixo da caixa de
pesquisa.
Aplicativos para
processamento de texto, Abrir um Documento
planilhas eletrônicas e Sempre que iniciar o Word, verá uma lista dos documentos
utilizados mais recentemente na coluna da esquerda. Se o
apresentações: conceitos e documento de que está à procura não aparecer na lista, clique
modos de utilização; em Computador, OneDrive ou Sharepoint.

Caro(a) Candidato(a), por se tratar de um conteúdo


preparatório, abordaremos a versão mais recente dos
aplicativos pedidos.

WORD 2016

O Microsoft Word 2016 é um programa de processamento


de texto desenvolvido para o ajudar a criar, organizar e
escrever documentos de qualidade profissional de forma mais
eficiente 1.
Os primeiros passos para criar um documento no Word
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Se já estiver no Word, clique em Arquivo > Abrir e a seguir
Funções do Programa procure a localização do arquivo.
Quando abrir um documento criado em versões anteriores
Escolher um Modelo do Word, é apresentada a indicação Modo de Compatibilidade
Muitas vezes, é mais fácil criar um documento novo com na barra de título da janela do documento. Você pode trabalhar
base num modelo do que começar com uma página em branco. no modo de compatibilidade ou pode atualizar o documento
Os modelos do Word estão prontos para uso com temas e para utilizar as funcionalidades novas ou melhoradas do Word
estilos já aplicados. Só tem de adicionar o seu próprio 2016.
conteúdo.
Cada vez que iniciar o Word, é possível escolher um Salvar um Documento
modelo a partir da galeria, clicar numa categoria para ver os Para salvar um documento pela primeira vez, faça o
modelos que contém ou pesquisar mais modelos online. (Se seguinte:
preferir não utilizar um modelo, clique em Documento em - Clique na guia Arquivo.
branco.) - Clique em Salvar Como.
- Procure a localização em que o documento será salvo.
- Clique em Salvar.

O Word salva os documentos automaticamente no formato


.docx. Para salvar o documento em um formato diferente,
clique na lista tipo e selecione o formato de arquivo que deseja.
Para salvar o documento à medida em trabalho, clique em
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Tela Word 2016


Salvar na barra de ferramenteas de acesso rápido
Para obter mais detalhes sobre um modelo, selecione-o
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Criar um Novo Documento Através de um Modelo maioria dos botões e ferramentas e assim concentrar-se a sua
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1 Fonte: https://support.office.com/pt-pt/article/

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você consegue trabalhar quando e onde quiser. No Office, você
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em qualquer lugar e compartilhar com qualquer pessoa. Você
também tem acesso aos seus temas e configurações de
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dispositivos diferentes. Se você tiver sua própria cópia do
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endereço de e-mail e senha) - talvez a uma conta do Hotmail.
Mas se você não tiver uma conta pessoal, tudo bem, você
poderá se inscrever para obtê-la. Digite o endereço de e-mail
que você deseja usar e clique em Entrar. Na próxima tela de
entrada, clique em Entrar agora.
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de ensino, as informações da conta são fornecidas a você pela
empresa ou instituição, e ela é denominada "conta
- Barra de ferramentas de acesso rápido: permite acessar
organizacional".
opções do Word de forma ágil. Ao clicar na seta ao lado direito
Cada conta permite que você acesse os serviços online da
desta barra é possível personalizá-la, adicionando atalhos
Microsoft, e esses serviços podem ser diferentes para cada
conforme sua necessidade.
conta. Você pode ter ambas as contas. Basta entrar na conta
que tem os arquivos do Office nos quais você deseja trabalhar.
Por padrão há três atalhos disponíveis, Salvar, Desfazer,
É possível alternar para a outra conta a qualquer momento.
Refazer e personalizar barra de tarefas.
Para ver se você está conectado, basta procurar seu nome
no canto superior direito de qualquer programa do Office ou
quando iniciar um desses programas. Após entrar, você
poderá atualizar seu perfil ou alternar entre contas a partir
Atalhos disponíveis na barra de ferramentas de acesso rápido desse local a qualquer momento.
- Barra de rolagem vertical: permite navegar entre as
- Salvar: permite gravar o documento no computador, se páginas do documento, através das setas ou da barra.
for a primeira vez a será iniciada a tela salvar como, para que - Zoom: permite ampliar ou reduzir o tamanho da área de
você nomeie o arquivo e escolha o local onde o mesmo será visualização do documento, aumentar ou diminuir o zoom não
armazenado. Caso o documento já tenha sido salvo esta opção interfere na impressão para aumentar o tamanho da letra de
apenas grava as alterações. O atalho usado para salvar é CTRL um texto devemos aumentar o tamanho da fonte.
+ B. - Modo de exibição de texto: permite selecionar diferentes
- Desfazer: desfaz a última ação realizada, por exemplo: se modos de visualização do documento.
você apagou algo sem querer é possível recuperar desfazendo - Idioma: permite selecionar o idioma padrão do
a ação por meio deste atalho ou através do atalho CTRL + Z. documento, o idioma selecionado afeta como o corretor
Note na imagem acima que o item da seta (lado esquerdo) está ortográfico irá funcionar.
em destaque e o item seta (lado direito) não está destacado, - Revisão: mostra os erros encontrados no texto, pode ser
quando o item está destacado significa que é possível usar este usado como um atalho para a revisão ortográfica.
atalho, quando não está destacado a função está desabilitada é - Contador de palavras: conta o número de palavras em
não é possível usá-la. A seta ao lado da opção permite uma seleção ou no texto todo.
selecionar qual ação deve ser desfeita. - Número de página do documento: permite visualizar o
- Refazer: repete uma ação executada recentemente, número de páginas que o documento tem e em qual página o
quando o atalho desfazer é acionado é possível acionar o botão usuário está no momento. Clicando neste item é possível
refazer para deixar o documento como antes. O atalho da acessar a opção de Número de página do documento e assim
opção refazer é CTRL + R. localizar as páginas.
- Personalizar barra de ferramentas de acesso rápido: - Barra de rolagem horizontal: quando o tamanho da janela
permite adicionar atalhos na barra de ferramentas de acesso é reduzido ou o zoom é aumentado e a página não pode ser
rápido. toda exibida na tela a barra se torna visível para que seja
- Título do documento: local onde é exibido o nome e o tipo possível percorrer o documento na horizontal.
do arquivo. - Local de edição do documento: é onde o documento é
- Ajuda: permite acesso a ajuda do office, que pode ser criado, no Word é possível inserir texto, imagens, formas e
acessada através do botão F1. É possível consultar as dúvidas gráficos.
digitando o assunto na caixa de pesquisa e clicar em pesquisar, - Abas de opções de formatação do documento: através das
a ajuda pode ser localizada Online (abre o site da Microsoft opções disponíveis em cada aba é possível formatar o
através do navegador padrão do computador) ou Off-line documento, existem sete abas que estão visíveis o tempo todo
(pesquisa nos arquivos de ajuda que são instalados junto com no Word:
o Word).
- Botões de controle de janela: permite minimizar, Página inicial: opções de formatação do texto.
maximizar ou fechar o documento.
- Opções de exibição da faixa de opções: permite configurar
os modos de exibição de guias, janelas e faixa de opções.
- Minimizar: reduz a janela a um botão na barra de tarefas.
- Maximizar: amplia a janela até ocupar toda a área de Inserir: opções para inserção de imagens, gráficos,
trabalho, ao clicar novamente o tamanho da janela retornara símbolos, caixas de texto, tabelas...
ao tamanho original.

Informática 3
Pedido N.: 2833922 - Apostila Licenciada para caique_js@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para caique dos santos abreu - CPF:132.415.947-26 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br

APOSTILAS OPÇÃO

Colaborar em Documentos do Word com a Coautoria


em Tempo Real

Quando você e seus colegas desejarem colaborar em um


documento, use a Coautoria em Tempo Real para ver as
Design: opções para formatação do documento, através de
alterações de todos durante a edição.
temas pré-definidos (cor de fundo, tipo de fonte, etc.), através
Em primeiro lugar, salve o documento no OneDrive ou no
desta guia é possível adicionar marca d’água, cor da página e
SharePoint Online para que as outras pessoas possam
bordas.
trabalhar nele.
Em seguida, convide pessoas para editá-lo com você.
Quando elas abrem e trabalham no documento usando o Word
2016 ou o Word Online, vocês vêm as alterações uns dos
outros logo que as realizam.
Layout da Página: opções de formatação de página e
organização dos objetos do documento. Salvar um Documento Online
- Clique em Compartilhar > Salvar na nuvem, selecione o
local e a pasta desejada no OneDrive ou no SharePoint Online
e clique em Salvar.

Referências: opções para configuração de sumário,


legenda, citações...

Correspondências: opções para configuração de mala


direta.

Você só precisa realizar esse procedimento uma vez para


cada documento. Da próxima vez que o abrir, ele será salvo
automaticamente no mesmo local.
Revisão: opções de revisão de texto, idioma, proteção e
bloqueio do arquivo... - No painel compartilhar, realize uma das seguintes ações:
para fazer com que o Word envie um link do documento para
outras pessoas, digite o endereço de e-mail delas na caixa
Convidar Pessoas. Defina as permissões, como por exemplo, se
é possível editar ou adicionar mensagens. Verifique se na caixa
Exibição: opções de configuração de exibição do Compartilhar automaticamente as alterações estão definidas
documento. como Perguntar ou como Sempre, selecione, e clique em
Compartilhar.

Menu arquivo: acessa opções de manipulação de


documentos. As opções de manipulação de documentos do
Word 2016 estão localizadas no menu “Arquivo”.

Para convidá-las você mesmo, clique em Obter um link de


compartilhamento na parte inferior do painel Compartilhar e
cole esse link em um e-mail ou uma mensagem instantânea. (A
opção Obter um link de compartilhamento não estará
disponível se você estiver usando o SharePoint Online e se o
administrador do site a tiver desativado.)

Itens do menu “Arquivo”

Informática 4
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APOSTILAS OPÇÃO

Começar a Trabalhar em Grupo em um Documento


Abra e edite o documento usando o Word 2016 ou o Word
Online. Não há nenhum modo especial ou comando de
coautoria ou para iniciar a coautoria.
Se estiver usando o Word 2016 e ainda não permitiu que
outras pessoas vejam suas alterações, diga Sim ao
compartilhamento automático.

Além disso, o Word faz uma busca na internet para obter


informações relevantes para definir palavras, frases e
conceitos. Pesquisar os resultados exibidos no painel de
tarefas pode fornecer conteúdo útil para as ideias que você
estruturou nos seus documentos.

Propriedades
Ainda na opção informações é possível visualizar as
propriedades do documento, onde são detalhes de um arquivo
que o descrevem ou identificam. As propriedades incluem
detalhes como título, nome do autor, assunto e palavras-chave
Quando clicam no link que você enviou, o documento é
que identificam o tópico ou o conteúdo do documento.
exibido na versão do Word ou no navegador da Web (Word
Online) dessas pessoas. Caso elas também usem o Word Online
ou o Word 2016 e concordam em compartilhar Estrutura Básica dos Documentos
automaticamente as alterações, você verá o trabalho delas
durante a edição. Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word 2016,
são programas de computadores elaborados para edição e
formatação de textos, essas formatações podem ser aplicadas
em cabeçalhos e rodapés, fontes, parágrafos, tabelas, trabalhos
com textos em colunas, numerações de páginas, referências
como índices, notas de rodapé e inserção de objetos.
Seu formato de gravação é DOCX e os documentos além das
características básicas citadas acima possuem a seguinte
estrutura:
Cabeçalho;
Os sinalizadores coloridos mostram exatamente o local em Rodapé;
que cada pessoa está trabalhando no documento. Seção;
Parágrafos;
Linhas;
Páginas;
Números de Páginas;
Margens;

Abaixo, seguem alguns exemplos:

O Word alerta quando as pessoas entram ou saem.

Obs.: Se uma pessoa que optou por não usar a Coautoria


em Tempo Real estiver trabalhando no mesmo documento em
que você está, você verá a presença dela no documento, mas só
verá as alterações feitas por ela quando ela salvar o
documento.

Realize ações rapidamente com o recurso Diga-me

Você verá uma caixa de texto na faixa de opções dos


aplicativos do Office 2016 com a mensagem Diga-me “O que
você deseja fazer”. Este é um campo de texto no qual você
insere palavras ou frases relacionadas ao que deseja fazer e Guia Página Inicial
obtém rapidamente os recursos que pretende usar ou as ações
que deseja realizar. Você também pode usar o Diga-me para A aba página inicial permite que você adicione texto,
encontrar ajuda sobre o que está procurando ou para usar a formate a fonte e o parágrafo, configure estilos de formatação
Pesquisa Inteligente para pesquisar ou definir o termo que e permite localizar substituir ou selecionar determinadas
você inseriu. partes do texto.

Informática 5
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APOSTILAS OPÇÃO

Área de Transferência Na imagem abaixo é demonstrado um exemplo de um texto


Auxilia nos procedimentos de Copiar, Recortar, Colar e na que ao utilizar a opção limpar formatação fica formatado com
utilização do pincel de formatação. as configurações padrão do estilo normal.
- Colar: permite adicionar ao documento uma imagem ou
texto copiado do navegador de internet, de uma planilha do
Excel, de uma apresentação do Power Point ou mesmo do
próprio Word. A tecla de atalho utilizada é a combinação
(CTRL + V).
Ao selecionar a linha 1 e utilizar a opção de limpar a
- Recortar: remove a seleção, adicionando-a na área de
formatação o texto ficará com a formatação padrão do estilo
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
Normal do Word na linha 2
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
utilizada é a combinação (CTRL + X).
- Negrito: torna o traço da escrita mais grosso que o
- Copiar: copia a seleção, adicionando-a na área de
comum. Pode ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
clicar no atalho do grupo de opções fonte ou usando a
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
combinação (Ctrl + N).
utilizada é a combinação (CTRL + C).
- Itálico: Deixa a fonte levemente inclinada à direita. Pode
- Pincel de Formatação: permite que a formatação de um
ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no
texto por exemplo, seja copiada, ao visualizar determinada
atalho do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl
formatação você pode selecioná-la, clicar no pincel de
+ I).
formatação, neste momento o cursor do mouse vai ficar no
- Sublinhado: sublinha o texto, frase ou palavra
formato de um pincel, agora todo o texto que você selecionar
selecionada, inserindo uma linha abaixo da mesma. Pode ser
receberá a mesma formatação da seleção que foi feita
aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho
anteriormente. A tecla de atalho utilizada é a combinação
do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + S).
(CTRL + Shift + C) para copiar e (CTRL + Shift + V) para colar.
- Tachado: Desenha uma linha no meio do texto
selecionado.
Fonte
- Subscrito: cria letras ou números pequenos abaixo do
As fontes são definidas a partir de seu estilo, tipo e
texto. Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + =).
tamanho, o Word, trabalha com as chamadas fontes True Type
- Sobrescrito: Cria letras ou números pequenos acima do
gravadas sob o formato .ttf, o local de armazenamento das
texto. Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + Shift +
fontes é no diretório Fonts dentro da pasta Windows, essas não
+).
ficam só disponíveis para o Word, mas sim para todos os
- Efeitos de texto: permite adicionar efeitos ao texto como
programas do computador.
sombra, reflexo ou brilho. Ao clicar na seta ao lado do atalho
Na barra de ferramentas padrão da aba página inicial do
de efeitos temos algumas opções disponíveis para aplicar no
Word, estão disponíveis em forma de ícones todas as opções
texto selecionado.
para formatações de texto, como veremos a seguir:
- Cor do Realce do texto: faz com que o texto selecionado
fique como se tivesse sido selecionado por um marcador de
texto.
- Cor da fonte: muda a cor do texto selecionado. Podemos
escolher uma cor sugerida ou clicar em mais cores para
visualizar mais opções de cores, ou ainda utilizar a opção
Grupo de opções para formatação de fonte gradiente que permite escolher uma combinação de cor para a
fonte.
- Nome da Fonte: os nomes das fontes estão relacionados
diretamente com seus estilos, por padrão o Word 2016 utiliza Formatação de Parágrafos
as fontes Calibri e Cambria, também existe uma área onde São utilizadas para alinhar o texto, criar recuos e
ficam armazenas as fontes que foram usadas recentemente. espaçamentos entre parágrafos, conforme a necessidade do
- Tamanho da Fonte: ao lado da caixa onde fica definido o usuário, veja nos exemplos a seguir cada uma dessas
nome da fonte utilizada temos a caixa de seleção dos tamanhos formatações:
das fontes, exemplo: 8, 9, 10, 11 e assim por diante, se
necessário, o usuário também pode digitar um valor numérico
nesta caixa e pressionar a tecla Enter para fixar o tamanho
desejado, ainda podemos utilizar os ícones aumentar ou
diminuir o tamanho do texto. Há a possibilidade de utilizar
também as teclas de atalho (Ctrl + Shift + >) para aumentar o
tamanho da fonte ou (Ctrl + Shift + <) para diminuir o tamanho
1- Texto alinhado à Esquerda: alinha todo o texto
da fonte.
selecionado a esquerda.
2- Texto Centralizado: centraliza o texto no meio da página.
3- Texto alinhado a Direita: faz com que o texto selecionado
fique alinhado à direita.
4- Texto alinhado justificado: alinha todo o texto de forma
Legenda dos atalhos para fonte justificada, ou seja, o texto selecionado fica alinhado
perfeitamente tanto a esquerda, quanto a direita.
- Maiúsculas e Minúsculas: altera todo o texto selecionado
de acordo com as opções a seguir: - Marcadores e Numeração: é uma ferramenta
- Limpar Formatação: limpa toda a formatação do texto, fundamental para elaboração de textos seja um texto
deixando-o com a formatação do estilo Normal. profissional, doméstico ou acadêmico. O Word disponibiliza
três tipos de marcadores que são:

Informática 6
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APOSTILAS OPÇÃO

- Marcadores: (são exibidos em forma de símbolos) Diferente do realce que sombreia apenas o texto
- Numeração: (são exibidos em forma de números e até selecionado, o sombreamento muda a cor da linha toda.
mesmo letas)
- Lista de vários Níveis: (são exibidos níveis para o - Bordas: as bordas inferiores são utilizadas para criar
marcador exemplo, 1.1 ou 2.1.3) linhas em volta do texto selecionado, basta selecionar o texto
- Níveis de Recuo: São utilizados para aumentar ou desejado e escolher as bordas desejadas:
diminuir nível de recuo do parágrafo desejado.

Também é possível aumentar ou diminuir o recuo do


parágrafo todo, usando as opções de aumentar e diminuir
recuo.

Opções diminuir (ícone à esquerda) e aumentar (ícone à direta) o recuo.

Exemplo de uso da régua em um documento.

1- Margem esquerda: é o limite da impressão no papel do


lado esquerdo, tudo o que ficar além do limite não irá aparecer
na impressão.
2- Recuo deslocado: ao clicar e arrastar usando este ícone,
o texto que faz parte da segunda linha em diante terá seus Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word, são
valores de recuo alterados de acordo com o tanto que o objeto programas de computadores elaborados para edição e
for deslocado, para direita ou esquerda. formatação de textos.
3- Recuo à esquerda: ao clicar e arrastar usando este ícone, Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word, são
o texto que faz parte da segunda linha em diante terá seus programas de computadores elaborados para edição e
valores de recuo alterados de acordo com o tanto que o objeto formatação de textos.
seja deslocado, para direita ou esquerda. Diferente da opção Exemplo do uso de borda inferior e superior
anterior, pois ao deslocarmos este objeto, o recuo da primeira
linha será deslocado junto, mantendo assim a mesma Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word, são
proporção de distância entre o texto da primeira e das demais programas de computadores elaborados para edição e
linhas do parágrafo. formatação de textos.
4- Recuo da primeira linha: ao clicar e arrastar usando este Exemplo do uso de borda inferior e superior, a esquerda e a direita.
ícone, o texto da primeira linha terá seus valores de recuo
alterados de acordo com o tanto que o objeto for deslocado, Estilos
para direita ou esquerda. Estilos são formatações e alinhamentos pré-definidos que
5- Recuo à direita: define o limite para o texto à direita da são utilizados para poupar tempo e proporcionar ao
página. documento um bom aspecto, basta selecionar ou criar o seu
6- Margem direita: define o limite da área impressa do lado próprio estilo e aplicar ao texto selecionado.
direito da página.

- Espaçamento de Linhas e Parágrafos: altera os espaços


entre as linhas do texto, estes espaçamentos são definidos por
pontos, e podem ser atribuídos antes ou após os parágrafos, no
Segue abaixo os exemplos de diferentes tipos de estilos
exemplo a seguir o espaçamento está definido por 1,0 ponto.
Guia Inserir

As ferramentas dessa área são utilizadas para inserção de


objetos nas páginas dos documentos, estas, são divididas pelas
seguintes categorias:

Opções do espaçamento entre linhas Página


Insere ao documento objetos como folha de rosto, página
Sombreamento em branco ou quebra de página (envia o texto ou cursor para
a próxima página).
- Sombreamento nos parágrafos: realça todo o parágrafo,
diferenciando do item Cor do Realce do Texto, vejamos nos
exemplos abaixo:

Informática 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Tabelas Ao inserir uma imagem temos acesso as opções de


Cria no documento tabelas com o número de colunas e formatação de imagem, que vem através de uma nova aba.
linhas especificadas pelo usuário, nesse MENU, também são Através dela é possivel fazer ajustes na imagem, definir estilos,
disponibilizadas ferramentas como “desenhar tabela” organiza-la no texto e definir seu tamanho.
(permite que o usuário fique livre para desenhar sua tabela),
“Planilha do Excel” (importa uma planilha do Excel para
dentro do Documento do Word) e “Tabelas Rápidas” (Cria
modelos de tabelas pré-definidos como calendários, matrizes,
etc.).

Ferramentas de Imagem: Aba Formatar

Ao inserir formas também temos acesso a uma nova aba


Formatar que faz parte da opção ferramentas de Desenho.
Onde é possivel escolher outras formas, colorir, definir textos
para as formas, organiza-la no documento e configurar seu
tamanho.

Submenu de inserção de tabela

No Word, sempre que inserimos algum objeto que possua Ferramentas de desenho: Aba Formatar
configurações adicionais, ou seja que não estão disponíveis
nos sete menus iniciais, submenus são adicionados para Links
auxiliar na formatação do objeto, quando inserimos uma Utilizado para criar ligações com alguma página WEB ou
tabela por exemplo, as abas Design e Layout ficam disponíveis, para ativar algum cliente de e-mail ativo no computador e
pois são abas que só aparecem quando estamos formatando também criar referência cruzada, ou seja, referência a algum
uma tabela. item do documento.

Cabeçalho e Rodapé
Edita o cabeçalho e rodapé do documento, aplicando sua
configuração a todas as páginas. Sendo que o cabeçalho está
localizado na parte de cima do documento e o rodapé na parte
de baixo, conforme demonstrado na imagem localizada no
Ferramentas de Tabela aba Design
item estrutura básica dos documentos.
1- Opção ferramentas de tabela, traz as abas Design e - Número de Página: Insere uma sequência numérica às
Layout que são usadas para a formatação de tabelas. páginas, sendo no cabeçalho ou no rodapé e na esquerda ou
2- Aba Design: Permite configurar cores, estilos de borda e direita.
sombreamento de uma tabela.
3- Aba Layout: Permite configurar a disposição do texto ou Textos
imagem dentro da tabela, configurar o tamanho das colunas e - Caixa de Texto (insere uma caixa de texto pré-formatada),
linhas e trabalhar com os dados da tabela. Partes Rápidas (insere trechos de textos reutilizáveis
configurados pelo usuário), WordArt (inclui um texto
Ilustrações decorativo ao documento) e Letras Capitular (cria uma letra
Permite a inserção de Imagens (arquivos de imagens do maiúscula grande no início do parágrafo).
computador), ClipArt (arquivos de mídia, como ilustrações, - Linha de Assinatura: insere um campo automático que
fotografias, sons, animações ou filmes, que são fornecidos no necessita de prévia configuração com a especificação para uma
Microsoft Office), Formas (Formas geométricas), SmartArts pessoa assinar o documento, caso o usuário possua uma
(Diagramas), Gráficos(Importa do Excel gráficos para assinatura digital, então poderá utilizá-la.
ilustração de dados), Instantaneo(insere uma imagem de um - Data e Hora: insere em diversos formatos a data e/ou
programa que esteja minimizado na barra de tarefas). hora do computador.

Símbolos
Utilizado para inserção de fórmulas matemáticas (já
existentes no computador ou criadas pelo usuário) ou
símbolos não disponíveis no teclado.

Opções de ilustrações

Informática 8
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APOSTILAS OPÇÃO

Guia Design Colunas


Divide o texto da página em uma ou mais colunas. Essa
opção é muito utilizada para diagramações de livros, apostilas,
revistas, etc.

Formatação do Documento
Permite aplicar diferentes formatações para o texto,
definir temas para o documento, e selecionar cores pré-
definidas ou personalizadas.

Plano de Fundo da Página


Permite adicionar um plano de fundo, bordas ou marca
d`água em um documento.

Layout da Página

Nessa área ficam dispostas as opções de formatações


gerais de Layout da página ou do documento a ser trabalhado,
como configurações de margens, orientações da página,
colunas e tamanhos:

Quebra de Página
Adiciona Página, seção ou quebras de coluna ao
documento como mostra no exemplo a seguir:

Margens
Permite que o usuário atribua e configure as margens
superior, inferior, direita e esquerda da página, o Word 2016
já traz em sua configuração padrão margens pré-configuradas,
porém, mas é possível incluir suas próprias configurações,
clicando em “Margens Personalizadas”.

Números de Linha
Fazer referência a linhas específicas no documento com
rapidez e facilidade, usando números de linha na margem.

Hifenização
Quando uma palavra fica sem espaço, o Word
Orientação
normalmente a move para a próxima linha. Quando você ativa
Altera o layout da página para retrato ou paisagem.
a hifenização, ajuda a criar um espaço mais uniforme e
economiza espaço no documento.

Guia Referências

A aba de Referencias possui um amplo conjunto de


ferramentas a serem utilizadas no documento, como por
exemplo, índices, notas de rodapé, legendas, etc.

Sumário
Tamanho Ferramenta para elaboração do Índice principal do
Permite que o usuário escolha um tamanho de papel para documento, este pode ser criado a partir de Estilos pré-
o documento, assim como em todas as outras configurações estabelecidos ou por meio de inserção de itens manualmente.
existem tamanhos padrões, mas é possível personaliza-los.

Informática 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Nota de Rodapé gramática a sugestão de escrita da palavra, que na imagem


Utilizada para referenciar algo do texto no rodapé da abaixo sugere que a palavra seja escrita com letra maiúscula,
página, essas são numeradas automaticamente. podemos ignora o aviso do Word, assim o sublinhado
desaparece desta palavra, podemos ignorar tudo para que não
Citação Bibliográfica apareça o sublinhado em todo o documento onde a palavra
Permite que sejam inseridas informações como autor, está escrita ou adicionar ao dicionário para que a palavra não
título, ano, cidade e editora na citação. seja reconhecida como errada novamente em nenhum
documento do Word escrito neste computador, porém o
Legendas usuário deve tomar cuidado pois ao adicionar uma palavra
Utilizada para criar legendas de tabelas e figuras, pode ser escrita de forma errada no dicionário a correção ortográfica
utilizado como índice de ilustrações e tabelas. não irá sugerir correção para a mesma em um segundo
momento.
Índice
É uma lista de palavras encontradas no documento, Novo Comentários
juntamente com o número da página em que as palavras Permite que um comentário seja adicionado em uma
aparecem. seleção.

Índice de Autoridades
Exemplo de texto com comentário.
Adiciona um índice de casos, estatutos e outras
autoridades citadas no documento.
Guia Exibição
Guia Correspondências

Criar Modos de exibição


Permite criar um documento baseado em uma modelo de Opções de configuração de exibição do documento.
etiqueta ou envelope.
Mostrar
Iniciar mala direta Opções de exibição de ferramentas do Word.
Opção para criar mala direta ou selecionar destinatários
que já existem em algum tipo de banco de dados. Zoom
Opções de zoom, para aumentar ou diminuir a tela. Esta
Gravar e inserir campos opção não aumenta o tamanho da letra ou dos objetos que
Opções para inserção dos campos correspondentes aos fazem parte do documento.
destinatários. Através desta opção podemos adicionar um
texto direcionado aos destinatários. Janela
Opção para organizar como se comportam as janelas,
Visualizar resultados quando mais de um documento sendo visualizado ao mesmo
Opção usada para verificar como ficou o documento com a tempo.
mala direta, podendo alternar entre a visualização dos campos
ou destinatários. Macros
Exibe uma listagem de macros que podem ser utilizas no
Concluir documento.
Permite imprimir o documento para todos os
destinatários. Hiperlinks
Criar um hiperlink personalizado para um documento,
Guia Revisão arquivo ou página da Web.
Escolha o texto ou a imagem que deseja exibir como o
A guia revisão nos traz ferramentas de ortografia e hiperlink.
gramática, Contador de palavras, Comentários e etc. Todas as Na guia Inserir, no grupo Links, clique em Hiperlink.
funcionalidades desta guia servem para a realização de uma É possível também clicar com o botão direito do mouse no
revisão geral com a finalidade de realizar buscas de erros no texto ou na imagem, e em seguida clicar em Hiperlink no menu
texto. de atalho.

Questões

Aba Revisão 01. (Pref. de Niterói/RJ - Técnico em Informática -


COSEAC/2016) No processador de textos Word 2016, são
A opção de Ortografia e gramatica serve para auxiliar a modos de exibição de documentos:
correção do documento, no qual é possível corrigir palavras
escritas de forma errada ou corrigir a forma como (A) rascunho e estrutura de tópicos.
determinados símbolos foram inseridos. (B) layout da web e revisão.
O Word identifica erros de ortografia e gramatica através (C) retrato e paisagem.
de sublinhados, o sublinhado vermelho abaixo de uma palavra (D) negrito e sublinhado.
no Word indica possíveis erros de ortografia, é uma palavra (E) justificar e centralizar.
não reconhecida, no qual o usuário pode optar por corrigi-la
ou adicionar esta palavra ao dicionário. 02. (PC/SP - Agente de Telecomunicações Policial -
Basta clicar com o botão direito do mouse sobre a palavra VUNESP/2018) No MS-Word 2016, o recurso WordArt
para ver as sugestões. Faz parte das opções de ortografia e permite

Informática 10
Pedido N.: 2833922 - Apostila Licenciada para caique_js@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para caique dos santos abreu - CPF:132.415.947-26 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br

APOSTILAS OPÇÃO

(A) desenhar à mão livre dentro de uma caixa de desenho. - Ocultar a Faixa de Opções Automaticamente: Oculta a
(B) formatar figuras do tipo retângulo e círculo, Faixa de Opções e com um clique na parte superior do
acrescentando recursos como sombra. aplicativo volta a exibí-la.
(C) retocar imagens, alterando atributos dos seus pixels. - Mostrar Guias: Mostra somente as guias da Faixa de
(D) acrescentar molduras a imagens inseridas no Opções. Clicando em uma das guias, mostra os comandos.
documento. - Mostrar Guias e Comandos: Mostra as guias e da Faixa de
(E) adicionar um toque artístico ao documento, usando Opções e comandos o tempo todo.
uma caixa de texto.
5) Faixa de Opções:
03. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - É composta pela Barra de Ferramentas de Acesso Rápido,
VUNESP/2017) No MS-Word 2016, são elementos gráficos do Barra de Título, Botões de Ajuda, Opções de Exibição da Faixa
tipo SmartArt que podem ser inseridos em um documento: de Opções, Minimizar, Restaurar/Maximizar e Fechar, Guias e
Comandos.
(A) Imagem, Processo e Gráfico.
(B) Ciclo, Caixa de Texto e Vídeo Online.
Guias
(C) Matriz, Link e Comentário.
(D) Pirâmide, Imagem Online e Forma.
(E) Processo, Ciclo e Hierarquia.

Gabarito

01.A / 02.E / 03.E Comandos

EXCEL 2016

Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft


Office, desenvolvido para formatar pastas de trabalho (um
conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de
negócios mais bem informadas.
Grupos
A indicação do Excel é para pessoas e empresas que
desejam manter controles contábeis, orçamentos, controles de
As guias são as “abas” que englobam grupos e comandos.
cobranças e vendas, fluxo de caixa, relatórios, planejamentos,
Os comandos são os botões que realizam funções
acompanhamentos gerais (pontos eletrônicos, estoques,
específicas presentes em cada grupo.
clientes, etc.), calendários, e muito mais.
Os grupos organizam comandos característicos.
Por exemplo, temos na Guia “Página Inicial” os grupos Área
Estrutura Básica das Pastas e Planilhas
de Transferência, Fonte, Alinhamento, Número, Estilo, Células
e Edição.
É a estrutura que compõe a tela do programa.
Cada guia possui vários grupos e vários botões de
comandos.
1) Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
No grupo Área de Transferência, temos os botões de
São ícones de atalho configurados no canto superior
comandos Colar, Recortar, Copiar, Pincel de Formatação e o
esquerdo da tela, para agilizar o acesso a comandos
botão mostrar, que exibe todas as opções que compõem esse
comumente utilizados.
grupo.
Os ícones padrão são:
Observação: Essa termologia é importante para
entendermos os enunciados das questões de concursos
públicos e também nos localizarmos durante a prática do
Salvar: quando criamos um documento e desejamos gravá- programa.
lo no computador ou em outro dispositivo de armazenamento.
Desfazer (Ctrl+Z): Desfaz as últimas ações realizadas. 6) Caixa de nomes, cancelar, inserir, inserir função,
Refazer (Ctrl+Y): Refaz a última ação. barra de fórmulas:
Personalizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: Logo abaixo da Faixa de Comandos temos:
Com ela determinamos quais os ícones que farão parte desta
barra, habilitando ou desabilitando para mostrar ou ocultar,
respectivamente, determinado ícone.

2) Barra de Título: A) Caixa de nomes: nesta caixa fica a localização da célula


Mostra o nome da pasta e o nome do programa. O nome ativa, ou seja, aquela que está marcada ou em uso no
padrão dos arquivos no Excel é “Pasta”. Esse nome pode ser momento.
alterado pelo usuário quando o arquivo é salvo. Além de exibir o nome da célula, caso já saibamos para qual
célula desejamos ir, basta digitar o nome na referida caixa e
3) Ajuda do Microsoft Excel (F1): pressionar a tecla ENTER. Com este procedimento, seremos
Abre o assistente de ajuda do Excel, no modo offline levados diretamente para a célula digitada.
(apenas com a ajuda instalada no computador) ou Online Outra função da caixa de nomes é atribuir nomes
(permitindo a pesquisa na Internet). diferentes às células. Esse recurso é muito útil quando
trabalhamos com uma planilha grande, por exemplo. Para não
4) Opções de Exibição da Faixa de Opções: precisar lembrar qual a coluna e linha de uma célula para
Permite a configuração de opções de mostrar ou ocultar na encontrá-la no meio de tantas outras sem percorrer toda a
Faixa de Opções. planilha a sua procura, podemos dar um nome específico a ela,
como, por exemplo “total”.
Informática 11
Pedido N.: 2833922 - Apostila Licenciada para caique_js@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para caique dos santos abreu - CPF:132.415.947-26 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br

APOSTILAS OPÇÃO

Para trocar o nome de uma célula, basta:


- Com a célula selecionada vá até a caixa de nomes e digite
o nome desejado. Pressione ENTER. Pronto! A célula já estará
com seu nome alterado. O mesmo procedimento pode ser
realizado para atribuir um nome a um grupo de células.

Nome dado a um grupo de células


Inserir função

Clicando no drop down da caixa de nomes, serão listados A célula que estava ativa e a barra de fórmulas recebem
todos os nomes atribuídos pelo uusário nas células da planilha, automaticamente o sinal fundamental e indispensável para
permitindo o deslocamento para elas apenas com um clique: que o Excel considere como função o que será inserido na
fórmula depois dele: o sinal de “=” (igual).
É possível procurar uma função digitando seu nome e
clicando em “Ir”; selecionar uma categoria para localizar mais
facilmente a função desejada; ou clicar diretamente no seu
nome. Além de facilitar a localização da função, o “Inserir
função” exibe a sintaxe e uma breve explicação do que a função
selecionada faz.
Nomes dados às células da planilha Quando clicamos em “OK”, a função escolhida é inserida na
célula e o programa direciona o usuário para a inserção dos
B) Botões Cancelar,Inserir e Inserir função: argumentos da função, implementando explicações e
oferecendo os caminhos necessários para a completa
- Cancelar: conclusão:

Quando estamos com uma célula ativa e desejamos anular


o conteúdo digitado dentro dela, podemos usar o cancelar. O
que foi digitado será excluído e a célula voltará ao seu estado
original.

- Inserir:

Argumentos da função

C) Barra de Fórmulas:
Tendo uma célula ativa, podemos inserir dados nela
O botão inserir confirma a inclusão de um conteúdo em também pela barra de fórmulas. Ou seja, clicamos da célula
uma célula. Após escrevermos um texto e clicarmos nele, o para ativá-la, mas para uma melhor visualização, digitamos o
texto será confirmado dentro da célula. conteúdo na barra de fórmulas. Mas a principal função dessa
Não é necessário o uso contínuo dos botões Cancelar e barra é mostrar o conteúdo real da célula, pois quando o
Inserir, visto que uma vez que o conteúdo da célula não esteja conteúdo da célula se trata de uma função, a célula mostrará
correto ou não seja desejado, pode ser excluído facilmente com apenas o resultado dela. Já a barra de fórmulas mostra o real
o auxílio das teclas “Del” ou “Backspace”. Quando terminamos conteúdo da célula, seja texto ou fórmula.
de digitar um conteúdo em uma célula e pressionamos
“ENTER” ou clicamos em outra célula, este conteúdo já é
confirmado na célula.

- Inserir função:
Abre a janela “Inserir função” que atua como assistente na
inserção e uso de funções. Barra de fórmulas

Continuando a estrutura de nossa pasta e planilhas,


teremos, na ordem, o cabeçalho das colunas, e das linhas que
finalmente darão origem às céluas. Teremos então, a planilha
em si:

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APOSTILAS OPÇÃO

- Inserir: abre a janela Inserir, que permite a inserção de


uma nova planilha em branco ou com outros objetos como
gráficos e macros.

Planilha

Na figura a cima, o canto marcado com uma seta mostra o


local em que podemos, com apenas um clique, selecionar a
planilha inteira.

7) Barras de Rolagem
Localizadas nas extremidades direita e inferior da página,
permitem rolar a planilha na tela dando visibilidade a todo o
seu conteúdo.
Inserir

- Excluir: exclui a planilha selecionada.


- Renomear: permite alterar o nome da planilha ativa.
- Mover ou copiar: permite a locomoção da planilha dentro
Barras de Rolagem
da pasta de trabalho, deixando-a antes ou depois de
determinada planilha e alterando a ordem em que se
8) Botões de Navegação: encontrava entre as guias das planilhas. Permite também criar
uma cópia da planilha selecionada e movê-la para a ordem
determinada pelo usuário.
- Exibir código: abre o Visual Basic for Applications para
que códigos de programação sejam vinculados à planilha.
- Proteger Planilha: permite atribuir senhas que impeçam
a alteração do conteúdo da planilha por terceiros. Protege a
planilha e o conteúdo das células bloqueadas.
- Cor da Guia: permite alterar a cor da guia para destacar e
Botões de navegação
organizar as planilhas.
- Ocultar: esconde a planilha da lista de visualização. Após
Permitem navegar entre as planilhas existentes, indo para usar este recurso, basta usar o Reexibir para voltar a mostrar
a planilha anterior ou para a próxima. a planilha.
É ainda possivel acessar as planilhas exitentes das - Selecionar todas: agrupa todas as planilhas permitindo
seguintes formas: formatações e ações em conjunto como, por exemplo, atribuir
- Ctrl+ botão esquerdo do mouse: rola a visualização para uma cor a todas as guias.
a primeira ou para a última planilha, dependendo do
navegador selecionado.
- Clique com o botão direito do mouse: abre a lista com os
nomes de todas as planilhas, facilitando seu acesso com apenas
um clique:
Quando existem muitas planilhas para serem visualizadas,
aparecem no início e no final da lista de guias sinais de “...”
reticências, indicando sua continuidade. Para exibir guias que
não estão sendo visualizadas, basta clicar nesses sinais.

Consulte todas as planilhas


Indicado pela seta da figura acima, temos o botão “Nova
Planilha”, que insere mais uma planilha automaticamente na
9) Guias das Planilhas:
lista das guias.
Cada planilha tem sua própria guia, ou seja, sua própria
aba, que recebe seu nome e pode sofrer algumas formatações
10) Barra de Status:
como ter a cor da guia alterada.
Mostra informações sobre a planilha a forma de exibição
do documento (normal, layout da página, visualização de
quebra de página) e o controle do zoom.

Novas Pastas
Guia da planilha

Para criar uma nova pasta, quando iniciamos o programa é


Clicando com o botão direito do mouse em uma guia é
exibida a seguinte tela:
possível:

Informática 13
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APOSTILAS OPÇÃO

Tela Inicial Excel 2016


Salvar como
Com a tela inicial do Excel 2016 podemos escolher inicar
uma nova pasta clicando na opção: Com a tela acima vemos o conteúdo da pasta atualmente
- Pasta de trabalho em branco: abrirá um arquivo vazio selecinada para gravação. Clicando em “Procurar”, será aberta
para darmos início ao nosso trabalho; uma tela onde é possível definir o local, o nome e o tipo de
- Em um dos modelos como “Amortização de arquivo que guardará nosso trabalho.
empréstimos”, “Cartão de ponto” ou outros, o arquivo abrirá
com formatações prontas, bastando alterar o texto nos lugares
indicados para a criação de uma pasta com aparência
profissional.
Após a abertura do programa, para dar incício a uma nova
planilha, aciona-se, na guia Arquivo, que é a primeira no canto
superior esquerdo da Faixa de opções, a opção Novo, conforme
indicado na figura a seguir:

Salvar como

1 e 2 – Escolhemos o local onde o arquivo será gravado,


clicando (1) na pasta e (2) na subpasta de destino.
3 – Digitamos seu nome ou mantemos o nome padrão.
4 – Determinamos o tipo do arquivo.

São vários os tipos de arquivo que podemos escolher. O


tipo do arquivo determina qual será sua extensão. A extensão
Nova pasta é o conjunto de três ou quatro letras colocadas pelo programa
após seu nome e um “.” (ponto).
Após essas ações, continuamos a criação da nova pasta, Por exemplo: material escrito.xlsx. No exemplo, “material
como visto anteriormente, ou seja, clicando sobre o modelo escrito” é o nome do arquivo e “.xlsx” é a extensão. Ela serve de
que desejamos usar. referência para sabermos em qual programa um determinado
arquivo foi criado e em quais programas poderá ser aberto.
Salvar Arquivo A opção “Salvar”, em todas as suas formas de acesso
(Ctrl+B, ícone Salvar ou Arquivo e Salvar). Depois que ele já
A criação do arquivo é efetivada após seu salvamento, ou está gravado, se for acionada novamente, irá gravar as
seja, sua gravação em alguma mídia de armazenamento, como alterações efetuadas automaticamente no mesmo arquivo.
o HD do computador ou um pendrive. Essa ação faz com que tenhamos apenas o arquivo em sua
Com o arquivo aberto, clique no ícone Salvar, ou use as forma mais atual.
teclas de atalho Ctrl+B, conforme indicado na figura: Se a intensão for manter o arquivo original e salvar um
outro arquivo que tenha o conteúdo inicial mais as alterações
realizadas, é possível acionar as telas que vimos através da
guia “Arquivo”, opção “Salvar como”. Com ela sempre será
possível escolher outro local, outro nome e outro tipo para o
arquivo.

Abrir Arquivos
Salvar

Para abrir arquivos existentes, após a abertura do


Outra forma de acionar o mesmo comando, é clicando na
programa, usamos a guia “Arquivo” e a opção “Abrir”. Com
guia Arquivo e depois na opção Salvar.
estes procedimentos, será aberta uma tela com a lista das
Na primeira vez que salvamos um arquivo pelo ícone
pastas recentemente utilizadas, para facilitar a sua abertura
Salvar, é aberta a tela a seguir:
com apenas um clique em seu nome.

Informática 14
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APOSTILAS OPÇÃO

Abrir – Pastas de trabalho recentes


Para começar, armazene seus documentos no OneDrive
Caso a pasta desejada não esteja na lista das pastas de Carregue seus documentos no OneDrive e compartilhe-os.
trabalho recentes, podemos clicar no ícone “Computador” e
procurá-la em uma das pastas da lista, ou pelo botão Trabalhar com outras pessoas no Excel Online
“Procurar”. Se você disponibilizar uma pasta de trabalho para ser
editada por outras pessoas, seus amigos poderão trabalhar
nela ao mesmo tempo que você. Isso é bom para coletar
informações de um grupo de pessoas em uma única pasta de
trabalho, como uma lista de informações ou um projeto em
grupo. Não é mais preciso enviar e-mails para uma lista inteira.
Enquanto você está editando a pasta de trabalho, o Excel
Online mostra se outras pessoas também estão trabalhando
nela.
Abrir - Procurar

Quando clicamos em “Procurar”, é aberta uma tela que dá


acesso a todo o conteúdo do computador. Nela, clicando nas
pastas e subpastas ou em dispositivos de armazenamento e de
rede conectados a máquina, seguimos o caminho que nos leva
a pasta de trabalho desejada. Ao encontrá-la, clicamos duas Observações: Todos trabalham no Excel Online; se alguém
vezes sobre seu ícone e será aberta. abrir a pasta de trabalho no aplicativo para área de trabalho
do Excel, ela não poderá ser editada no Excel Online até ser
Trabalhar em Grupo em Documentos do Office no fechada no Excel para área de trabalho.
OneDrive Como o Excel Online salva automaticamente as alterações
de cada um, os comandos Desfazer e Refazer podem não
Com o Office Online é fácil trabalhar com outras pessoas, funcionar da forma esperada.
porque você pode enviar links para documentos em vez de Além disso, quando uma pessoa muda a ordem de
anexos de arquivos. Isso salva espaço de armazenamento no e- classificação ou filtra os dados, a visão muda para todos que
mail e evita que você tenha que reunir várias versões do estão editando a pasta de trabalho. Então use a classificação e
mesmo documento. a filtragem de forma consciente enquanto outras pessoas
Para enviar um link, clique em Compartilhar na parte estiverem na pasta de trabalho.
superior da janela do programa do Office Online, quando
estiver visualizando: Elaboração de Tabelas e Gráficos

Os recursos de edição de uma planilha compreendem a


digitação, os comandos Desfazer ou Refazer, Repetir, os
comandos dos grupos Área de Transferência, Fonte,
Alinhamento, Número, Estilo Células e Edição, que
Ou editando seu documento: encontramos na guia Página Inicial.

Quando seus amigos clicarem no link enviado, o


documento abrirá em seus navegadores.
Guia página inicial

Iniciaremos com os grupos Área de trasferência e Edição


para depois tratarmos separadamente dos grupos Fonte,
Alinhamento, Número, Estilo Células, que compreendem a
formatação da planilha, propriamente dita.

Grupo Área de Transferência


Possui os botões de comando para colar, recortar, copiar e
pincel de formatação. Quando usamos os recursos de recortar
Para editar, basta clicar no comando de edição no e copiar, o conteúdo recortado ou copiado fica armazenado na
programa Office Online (se você enviar um link por e-mail, será memória RAM do computador, em uma área denominada área
preciso se conectar primeiro). de transferência.
- Colar: aplica no documento um texto ou imagem que foi
copiada ou recortada. Teclas de atalho CTRL + V.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Recortar: retira do documento e coloca na área de Grupo Alinhamento


transferência um texto ou imagem selecionada. Teclas de
atalho CTRL + X.
- Copiar: cria uma cópia do texto ou imagem selecionado e
deixa na área de transferência. Teclas de atalho CTRL + C.
- Pincel de formatação: Guarda a formatação do texto
selecionado para aplicar em outro ponto do texto. Teclas de
Grupo Alinhamento
atalho CTRL + SHIFT + C.

Grupo Edição 1 – Alinhar: alinha o texto na célula conforme a opção


escolhida.
Da esquerda para a direita, podemos escolher:
- Alinhar em cima: alinha o texto à parte superior da
célula.
- Alinhar no meio: alinha o texto de forma que fique
centralizado entre a parte superior e inferior da célula.
- Alinhar em baixo: alinha o texto à parte inferior da
Grupo edição
célula.
- Alinhar à esquerda: alinha o conteúdo à esquerda da
1 – Soma: exibe a soma das células selecionadas célula.
diretamente após essas células. - Centralizar: centraliza o conteúdo.
2 – Classificar e Filtrar: organiza os dados para que sejam - Alinhar à direita: alinha o conteúdo à direita da célula.
mais facilmente analisados.
3 – Localizar e Selecionar: localiza e seleciona um texto 2 – Orientação: gira o texto na diagonal ou na vertical. É
específico, uma formatação ou um tipo de informação na pasta uma ótima maneira de rotular colunas inteiras. Inclina o texto
de trabalho. no sentido anti-horário, no sentido horário, na vertical, gira o
4 – Preencher: continua um padrão em uma ou mais texto para cima ou para baixo.
células adjacentes. 3 – Quebrar texto automaticamente: quebra o texto
5 – Limpar: exclui todos os elementos da célula ou remove extralongo em várias linhas para poder vê-lo integralmente:
seletivamente a formatação, o conteúdo ou os comentários.

Grupo Fonte
Permite a formatação da fonte das palavras ou caracteres
selecionados, mudando sua forma, tamanho e usando efeitos
para realçar ou fazer indicações especiais no texto, como a
aplicação de itálico, para indicar uma palavra em outro idioma,
ou sublinhado para indicar um link.
Quebrar texto automaticamente

4 – Diminuir Recuo: move o conteúdo aproximando-o da


borda da célula.
5 – Aumentar Recuo: move o conteúdo afastando-o da
borda da célula.
6 – Mesclar e Centralizar: combina e centraliza os
Grupo fonte conteúdos das células selecionadas em uma nova célula maior,
ou seja, junta várias células como se fossem uma.
1 – Fonte (Ctrl+Shift+F): permite a seleção de uma nova
fonte para o texto.
2 – Tamanho da Fonte (Ctrl+Shift+P): muda o tamanho
dos caracteres do texto selecionado.
3 – Aumentar tamanho da Fonte (Ctrl+>): aumenta o
tamanho da fonte da palavra, letra ou caracteres selecionados.
4 – Reduzir tamanho da fonte (Ctrl+<): reduz o tamanho
da fonte da palavra, letra ou caracteres selecionados.
5 – Negrito (Ctrl+N): aplica negrito ao texto selecionado.
6 – Itálico (Ctrl+I): aplica itálico ao texto selecionado.
7 – Sublinhado (Ctrl+S): permite sublinhar, ou seja,
desenhar uma linha na base da palavra selecionada. Mesclar e centralizar
8 – Bordas: aplica e configura bordas para as células
selecionadas. Grupo Número
9 – Cor de Preenchimento: aplica cor ao plano de fundo
das células para destaca-las.
10 – Cor da Fonte: muda a cor do texto.

Grupo número

Os botões exibidos na imagem acima, respectivamente,


transformam os números em: estilo da moeda, percentual,

Informática 16
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APOSTILAS OPÇÃO

milhar, diminuem as casas decimais e aumentam as casas


decimais. 2º) Escolher um tipo de gráfico que represente
adequadamente o que desejamos. Temos que tomar um
Grupo Estilo cuidado especial na hora de escolher o tipo de gráfico, pois
nem sempre ele consegue representar o que desejamos. Por
isso, devemos ler atentamente a breve explicação que aparece
sob os tipos de gráficos para escolhermos o mais adequado:

Grupo estilo

- Formatação Condicional: realça as células desejadas,


enfatizando valores que temos a intenção de ressaltar para o
usuário, seja por representarem o resultado final de uma
função ou uma condição. Podemos usar, para essa formatação,
estilo de fonte, de preenchimento, entre outros recursos. Por
exemplo, se desejarmos que uma célula fique com a cor da
fonte em vermelho, sempre que seu valor for negativo, Aplicação do gráfico
podemos usar a formatação condicional.
- Formatar como Tabela: formata rapidamente um Os gráficos podem ser:
intervalo de células e o converte em tabela, escolhendo um - Colunas: usados para comparar valores em diversas
estilo de tabela predefinido. categorias.
- Estilo de Célula: formata rapidamente uma célula - Linhas: são usados para exibir tendências ao longo do
escolhendo um dos estilos predefinidos. tempo.
- Pizza: exibem a comparação de valores em relação a um
Grupo Células total.
- Barras: comparam múltiplos valores.
- Área: mostram as diferenças entre vários conjuntos de
dados ao longo de um período de tempo.
- Dispersão: compara pares de valores.
- Outros gráficos: possibilita a criação de gráficos como
Ações, Superfície, Rosca, Bolhas e outros.

Grupo células Criar uma Tabela Dinâmica para Analisar Dados da


Planilha
- Inserir: insere linhas, células, colunas e tabelas. A capacidade de analisar os dados rapidamente pode
- Excluir: exclui linhas, células, colunas e tabelas. ajudar você a tomar decisões de negócios melhores. Mas às
- Formatar: altera a altura da linha ou a largura da coluna, vezes é difícil saber por onde começar, especialmente quando
organiza planilhas ou protege, oculta células. se tem um monte de dados2. As Tabelas Dinâmicas são uma
excelente maneira de resumir, analisar, explorar e apresentar
Guia Inserir - (Grupos de Gráficos) seus dados, e é possível criá-las com apenas alguns cliques. As
Tabelas Dinâmicas são altamente flexíveis e podem ser
ajustadas rapidamente dependendo de como os dados
precisam ser exibidos. Você também pode criar Gráficos
Dinâmicos com base em Tabelas Dinâmicas. Eles serão
atualizados automaticamente com a atualização delas.
Grupo gráficos Por exemplo, veja uma lista de despesas domésticas
simples e uma tabela dinâmica com base nela:
Após selecionar células, podemos escolher um dos tipos de
gráficos para serem criados na planilha referente aos dados ou
em uma nova planilha separadamente.

Para criarmos um gráfico:


1º) Selecionamos um grupo de células que,
obrigatoriamente, têm que envolver dados numéricos.
Somente com dados numéricos contidos nesta seleção será
possível criar um gráfico, pois os gráficos representam
(expressam) dados numéricos.

Dados de despesas domésticas

Seleção das células para criação do gráfico

22 https://support.office.com/pt-br/article/criar-uma-tabela-
din%C3%A2mica-para-analisar-dados-da-planilha-a9a84538-bfe9-40a9-a8e9-
f99134456576

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APOSTILAS OPÇÃO

3. O Excel analisa os dados e apresenta várias opções, como


no exemplo que usa os dados de despesas domésticas.

Tabela Dinâmica correspondente


Em seguida, veja um Gráfico Dinâmico:

Observação: as capturas de tela neste artigo foram tiradas


no Excel 2016. Se você tiver uma versão diferente, seu modo
4. Selecione a Tabela Dinâmica desejada e pressione OK. O
de exibição pode ser ligeiramente diferente, salvo
Excel criará uma Tabela Dinâmica em uma nova planilha e
especificação em contrário, a funcionalidade é a mesma.
exibirá a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.
Antes de Começar
- Criar uma Tabela Dinâmica Manualmente
- Seus dados devem ser organizados em um formato
1. Clique em uma célula nos dados de origem ou no
tabular e não ter linhas ou colunas vazias. O ideal é poder usar
intervalo de tabela.
uma tabela do Excel como a do exemplo acima.
2. Vá para Inserir > Tabelas > Tabela Dinâmica.
- As tabelas são uma ótima fonte de dados de Tabela
Dinâmica, já que as linhas adicionadas a uma tabela são
incluídas automaticamente na Tabela Dinâmica quando você
atualiza os dados e as novas colunas são incluídas na lista
Campos da Tabela Dinâmica. Caso contrário, você precisa
atualizar o intervalo de fonte de dados manualmente ou usar
uma fórmula dinâmica de intervalo nomeado.
- Os tipos de dados nas colunas devem ser os mesmos. Por
exemplo, você não deve misturar as datas e texto na mesma
coluna.
- As Tabelas Dinâmicas trabalham com um instantâneo dos Se você estiver usando o Excel for Mac 2011 e versões
seus dados, chamados de cache, para que seus dados reais não anteriores, o botão Tabela Dinâmica fica na guia Dados do
sejam alterados de jeito nenhum. grupo Análise.

Criar uma Tabela Dinâmica


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâmicas
ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica
Recomendada é uma boa opção. Quando você usa este recurso,
o Excel determina um layout significativo, combinando os
dados com as áreas mais adequadas da Tabela Dinâmica. Isso
oferece um ponto inicial para experimentos adicionais. Depois
da criação de uma Tabela Dinâmica recomendada, você pode
3. O Excel exibirá o diálogo Criar Tabela Dinâmica com seu
explorar orientações diferentes e reorganizar os campos para
intervalo ou nome de tabela selecionado. Nesse caso, estamos
obter os resultados desejados. O recurso Tabelas Dinâmicas
usando uma tabela chamada "tbl_DespesasDomésticas".
Recomendadas foi adicionado ao Excel 2013. Se você tem uma
versão anterior, siga as instruções abaixo para aprender a criar
uma Tabela Dinâmica manualmente.

- Tabela Dinâmica Recomendada


1. Clique em uma célula nos dados de origem ou no
intervalo de tabela.
2. Vá para Inserir > Tabelas > Tabela Dinâmica
Recomendada.

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APOSTILAS OPÇÃO
Lista Campos da Tabela Dinâmica

Campos correspondentes em uma Tabela Dinâmica

Valores da Tabela Dinâmica

- Resumir Valores por


Por padrão, os campos da Tabela Dinâmica que são
colocados na área Valores serão exibidos como uma SOMA. Se
o Excel interpreta os dados como texto, ele será exibida como
CONTAGEM. É por isso que é tão importante não misturar os
tipos de dados nos campos de valor. Você pode alterar o
cálculo padrão clicando primeiro na seta à direita do nome do
4. Na seção Escolha onde deseja que o relatório de Tabela
campo e selecionando a opção Configurações de Campo de
Dinâmica seja colocado, selecione Nova Planilha, ou Planilha
Valor.
Existente. No caso de uma Planilha Existente, você precisará
selecionar a planilha e a célula em que deseja colocar a Tabela
Dinâmica.
5. Se você quiser incluir várias tabelas ou origens de dados
em sua Tabela Dinâmica, clique na caixa de seleção Adicionar
estes dados ao Modelo de Dados.
6. Clique em OK para o Excel criar uma Tabela Dinâmica
em branco e exibir a lista Campos da Tabela Dinâmica.

Trabalhando com a Lista Campos da Tabela Dinâmica


Na área Nome do Campo na parte superior, marque a caixa
de seleção dos campos que você deseja adicionar à Tabela
Dinâmica. Por padrão, campos não numéricos são adicionados
à área Linha, os campos de data e hora são adicionados à área
Coluna e os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Você também pode arrastar e soltar itens disponíveis em um
dos campos da Tabela Dinâmica manualmente ou, se não
quiser mais um item na sua Tabela Dinâmica, pode
simplesmente arrastá-lo para fora da lista Campos ou
desmarcá-lo. A capacidade de reorganizar os itens do campo é
um dos recursos de Tabela Dinâmica que facilita a mudança da
sua aparência rapidamente.
Em seguida, altere o cálculo na seção Resumir Valores por.
Observe que quando você altera o método de cálculo, o Excel o
acrescenta à seção Nome Personalizado, como "Soma de
NomeDoCampo", mas você pode alterá-lo. Se você clicar no
botão Formato de Número, poderá alterar o formato de
número no campo inteiro.

Dica: como a alteração do cálculo na seção Resumir


Valores por vai alterar o nome do campo de Tabela Dinâmica,
é melhor não renomear os campos da Tabela Dinâmica até
terminar de configurar a Tabela Dinâmica. Um truque é usar
Localizar e Substituir (Ctrl+H) >O que você está procurando >
Informática 19
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APOSTILAS OPÇÃO

"Soma de", Substituir por > deixar em branco para substituir Se você criou uma Tabela Dinâmica e decidiu que não
tudo ao mesmo tempo em vez de redigitar manualmente. precisa mais dela, pode simplesmente selecionar o intervalo
inteiro de Tabela Dinâmica e pressionar a tecla Delete. Ele não
- Mostrar Valores como terá efeito em outros dados, Tabelas Dinâmicas ou gráficos em
Em vez de usar um cálculo para resumir os dados, você torno dela. Se a sua Tabela Dinâmica estiver em uma planilha
também pode exibi-los como uma porcentagem de um campo. separada que não tenha nenhum outro dado que você queira
No exemplo a seguir, alteramos nossos valores de despesas manter, excluir essa planilha é uma forma rápida de remover
domésticas para serem exibidos como uma % do Total Geral a Tabela Dinâmica.
em vez da soma dos valores.
Uso de Fórmulas e Funções

A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso


de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de
suas fórmulas. Para iniciar, tenhamos em mente que, para
qualquer fórmula que será inserida em uma célula, devemos
utilizar o sinal de “=” no seu início. Esse sinal oferece uma
entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou números
Depois de abrir o diálogo Configurações do Campo de comuns de uma fórmula.
Valor, você poderá fazer suas escolhas na guia Mostrar Valores
como. Somar
Se tivermos uma sequência de dados numéricos e
quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes formas de
fazê-la:

Soma simples

Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.


Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o
último valor.
- Exibir um Valor como Cálculo e Porcentagem Após a sequência de células a serem somadas, clicar no
Basta arrastar o item para a seção Valores duas vezes e ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
configurar as opções Resumir Valores por e Mostrar Valores A última forma que veremos é a função soma digitada. Vale
como para cada um deles. ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
= nome da função (.......)
Atualizar Tabelas Dinâmicas
Se você adicionar novos dados à fonte de dados da Tabela
Dinâmica, as Tabelas Dinâmicas que foram criadas com essa 1 - Sinal de igual.
fonte de dados precisarão ser atualizadas. Para atualizar 2 – Nome da função.
apenas uma Tabela Dinâmica, clique com o botão direito do 3 – Abrir parênteses.
mouse em qualquer lugar no intervalo de Tabela Dinâmica e Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
selecione Atualizar. Se você tiver várias tabelas dinâmicas, lembrete sobre a função que usaremos, onde é possível clicar
selecione uma célula em uma Tabela Dinâmica. Em seguida, na e obter ajuda, também. Utilizaremos, no exemplo a seguir, a
Faixa de Opções vá para Ferramentas de Tabela Dinâmica > função = soma(B2:B4).
Analisar > Dados > Clique na seta no botão Atualizar e
selecione Atualizar Tudo.

Lembrete mostrado pelo Excel.

No “lembrete” exibido na figura acima, vemos que após a


estrutura digitada, temos que clicar em um número, ou seja,
em uma célula que contém um número, depois digitar “;”
(ponto e vírgula) e seguir clicando nos outros números ou
células desejadas.
Aqui vale uma explicação: o “;” (ponto e vírgula) entre as
sentenças usadas em uma função indicam que usaremos uma
célula e outra. Podem ser selecionadas mantendo a tecla CTRL
pressionada, por exemplo.
Existem casos em que usaremos no lugar do “;” (ponto e
vírgula) os “:” (dois pontos), que significam que foi selecionada
Excluindo uma Tabela Dinâmica

Informática 20
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APOSTILAS OPÇÃO

uma sequência de valores, ou seja, de um valor até outro, ou de (barra), e depois clicamos no último valor. No próximo
uma célula até outra. exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
Dando continuidade, se clicarmos sobre a palavra “soma”,
do nosso “lembrete”, será aberta uma janela de ajuda no Excel,
onde podemos obter todas as informações sobre essa função.
Apresenta informações sobre a sintaxe, comentários e
exemplos de uso da função. Esses procedimentos são válidos
para todas as funções, não sendo exclusivos da função “Soma”.
Exemplo de divisão
Porcentagem
Para aprender sobre porcentagem, vamos seguir um
exemplo: um cliente de sua loja fez uma compra no valor de
R$1.500,00 e você deseja dar a ele um desconto de 5% em cima
do valor da compra. Veja como ficaria a fórmula na célula C2.

Exemplo de porcentagem

Onde:
B2 – refere-se ao endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação.
5/100 – é o valor do desconto dividido por 100 (5%). Ou
seja, você está multiplicando o endereço do valor da compra
por 5 e dividindo por 100, gerando assim o valor do desconto.
Se preferir pode fazer o seguinte exemplo:
Ajuda do Excel sobre a função soma =B2*5% Onde:
B2 – endereço do valor da compra
Subtração * - sinal de multiplicação
A subtração será feita sempre entre dois valores, por isso 5% - o valor da porcentagem.
não precisamos de uma função específica. Depois para saber o Valor a Pagar, basta subtrair o Valor
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas da Compra – o Valor do Desconto, como mostra no exemplo.
clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois clicar
na segunda célula. Máximo
Usamos na figura a seguir a fórmula =B2-B3. Mostra o maior valor em um intervalo de células
selecionadas.
Na figura a seguir, calcularemos a maior idade digitada no
intervalo de células de A2 até A5. A função digitada será
=máximo (A2:A5).

Exemplo de subtração

Multiplicação
Para realizarmos a multiplicação, procedemos de forma
semelhante à subtração. Clicamos no primeiro número,
digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é o “*” Exemplo da função máximo
(asterisco), e depois clicamos no último valor. No próximo
exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3. Onde:
“= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – refere-se ao
endereço dos valores onde você deseja ver qual é o maior
valor. No caso a resposta seria 10.

Mínimo
Mostra o menor valor existente em um intervalo de células
Exemplo de multiplicação selecionadas.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digitado
Outra forma de realizar a multiplicação é através da no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =mínimo
seguinte função: (A2:A5).
=MULT(B2;C2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor
da célula C2.

A B C E
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL
2 Feijão 1,50 50 =MULT(B2;C2)
Exemplo da função mínimo
Divisão
Para realizarmos a divisão, procedemos de forma Onde:
semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no primeiro
número, digitamos o sinal de divisão que, para o Excel é a “/”

Informática 21
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APOSTILAS OPÇÃO

“=mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refere-se ao Início da função arredondar.para.cima


endereço dos valores onde você deseja ver qual é o maior
valor. No caso a resposta seria R$622,00. Veja na figura que, quando digitamos a parte inicial da
função, o Excel mostra-nos que temos que selecionar o num,
Média ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois do “;”
A função da média soma os valores de uma sequência (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual
selecionada e divide pela quantidade de valores dessa queremos arredondar.
sequência. Na próxima figura, para efeito de entendimento,
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de deixaremos as funções aparentes e os resultados dispostos na
quatro pessoas, usando a função =média (A2:A4): coluna C:

Função arredondar para cima e seus resultados

Arredondar para Baixo


Arredonda um número para baixo até zero.
Exemplo função média
Sua sintaxe é:
Foi digitado “=média” (depois foram selecionados os =ARREDONDAR.PARA.BAIXO(núm;núm_dígitos)
valores das células de A2 até A5). Quando a tecla Enter for
pressionada, o resultado será automaticamente colocado na Onde:
célula A6. Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Todas as funções, quando um de seus itens for alterado, Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja
recalculam o valor final. arredondar núm.
Veja a mesma planilha que usamos para arredondar os
Data valores para cima, com a função arredondar.para.baixo
Esta fórmula insere a data automática em uma planilha. aplicada:

Função arredondar para baixo e seus resultados

Exemplo função hoje Resto


Com essa função podemos obter o resto de uma divisão.
Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da função =
hoje( ), que aparece na barra de fórmulas. Sua sintaxe é a seguinte:
=mod(núm;divisor)
Inteiro
Com essa função podemos obter o valor inteiro de uma Onde:
fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lembramos que A2 Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
é a célula escolhida e varia de acordo com a célula a ser Divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.
selecionada na planilha trabalhada.

Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo acima serão, respectivamente: 1,5 e


Exemplo função int 1.

Arredondar para Cima Valor Absoluto


Com essa função é possível arredondar um número com Com essa função podemos obter o valor absoluto de um
casas decimais para o número mais distante de zero. número. O valor absoluto é o número sem o sinal.

Sua sintaxe é: A sintaxe da função é a seguinte:


=ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_dígitos) =abs(núm)

Onde: Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar. ABS(núm)
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja
arredondar núm. obter.

Exemplo função abs

Informática 22
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APOSTILAS OPÇÃO

Onde:
Dias 360 =SE( → é o início da função.
Conta o número de dias entre duas datas com base em um B2>=7 → é a comparação proposta (se a média é maior ou
ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). igual a 7).
“Aprovado” → é o valor_se_verdadeiro, pois é o que
Sua sintaxe é: desejamos que apareça na célula se a condição for verdadeira,
=DIAS360(data_inicial;data_final) ou seja, se o valor da média for maior ou igual a 7.
“Reprovado” → é o valor_se_falso, pois é o que desejamos
Onde: que apareça na célula se a condição for falsa, ou seja, se o valor
Data_inicial= a data de início de contagem. da média não for maior ou igual a 7.
Data_final= a data à qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para Função SE + E
chegar até a data de 20/12/2012, tendo como data inicial o dia Essa função é usada quando temos que satisfazer duas
02/06/2012. A função utilizada será =dias360(A2;B2): condições.
Por exemplo, a empresa comprará a cadeira se a cor for
branca e o valor inferior a R$300,00.
A função usada será: = SE(E(C2= “Branca”; D2<300; “Sim”;
“Não”)

Exemplo função dias360 Exemplo função SE – E

Função SE Onde:
A função se é uma função lógica e condicional, ou seja, ela = SE(E(→ é o início da função.
trabalha com condições para chegar ao seu resultado. C2= “Branca” → é a primeira condição.
Sua sintaxe é: D2<300 → é a segunda condição.
= se(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”) “Sim” → é o valor_se_verdadeiro.
“Não” → é o valor_se_falso.
Onde:
=se (= início da função. Nesse caso, não serão compradas nenhuma das duas
Teste_lógico= é a comparação que se deseja fazer. cadeiras, pois, apesar da primeira cadeira ser branca, ela não
tem o valor menor que R$300,00.
Vale lembrar que podemos fazer vários tipos de Para aparecer “Sim” na célula, as duas condições teriam
comparações. Para fins didáticos, usaremos células A1 e A2, que ser atendidas.
supondo que estamos comparando valores digitados nessas
duas células. Os tipos de comparação possíveis e seus Função SE + OU
respectivos sinais são: Essa função é usada quando temos que satisfazer uma,
entre duas condições. Por exemplo, a empresa comprará a
A1=A2 → verifica se o valor de A1 é igual ao valor de A2 cadeira se a cor for branca OU o valor inferior a R$300,00.
A1<>A2 → verifica se o valor de A1 é diferente do valor de A2
A1>=A2 → verifica se o valor de A1 é maior ou igual ao valor de A2
A função usada será:
A1<=A2 → verifica se o valor de A1 é menor ou igual ao valor de A2
A1>A2 → verifica se o valor de A1 é maior do que o valor de A2
=SE(OU(C2=“Branca”;D2<300;“Sim”;“Não”)
A1<A2 → verifica se o valor de A1 é menor do que o valor de A2

No lugar das células podem ser colocados valores e até Exemplo função SE – OU
textos.
Valor_se_verdadeiro= é o que queremos que apareça na Onde:
célula, caso a condição seja verdadeira. Se desejarmos que = SE(OU(→ é o início da função.
apareça uma palavra ou frase, dentro da função, essa deve C2> “Branca” → é a primeira condição.
estar entre “” (aspas). D2<300→ é a segunda condição.
Valor_se_falso= é o que desejamos que apareça na célula, “Sim” → é o valor_se_verdadeiro.
caso a condição proposta não seja verdadeira. “Não” → é o valor_se_falso.

Vamos observar alguns exemplos da função SE: Nesse caso, apenas uma das condições tem que ser
satisfeita para que a cadeira seja comprada.
Exemplos:
1.Os alunos serão aprovados se a média SE com várias condições
final for maior ou igual a 7. Podemos usar essa variação da função SE quando várias
A função digitada será, na célula C2, =SE(B2>=7; condições forem ser comparadas.
“Aprovado”; “Reprovado”). Por exemplo: Se o aluno tiver média maior ou igual 9, sua
Observe que, em cada célula, B2 é substituído pela célula menção será “Muito bom”; se sua média maior ou igual 8, sua
correspondente à média que queremos testar: menção será “Bom”; se a média for maior ou igual 7, sua
menção será “Regular”, se não atender a esses critérios, a
menção será Insuficiente.

A fórmula usada será:


=SE(A2>=9; "Muito
Bom";SE(A2>=8;"Bom";SE(A2>=7;"Regular";"Insuficiente")))
Exemplo 1 função SE

Informática 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Tipos de Gráficos
Tipo Característica
Gráficos de colunas apresentam
valores comparados através de
Exemplo função SE com várias condições
retângulos na vertical.
Onde: Gráficos de linhas exibem dados
=SE (→ é o início da função. contínuos ao longo do tempo,
A2>=9 → é a primeira condição. ideais para mostrar tendências
“Muito bom” → é o valor_se_verdadeiro, caso a primeira em dados a intervalos iguais.
condição seja verdadeira. Gráficos de pizza mostram o
A2>=8 → é a segunda condição. tamanho de itens em uma série
“Bom” → é o valor_se_verdadeiro, caso a segunda condição de dados, de modo proporcional
seja verdadeira. à soma dos itens. Os pontos de
A2>=7 → é a terceira condição. dados em um gráfico de pizza
“Regular” → é o valor_se_verdadeiro, caso a terceira são exibidos como um
condição seja verdadeira. percentual de toda a pizza.
“Insuficiente” → é o valor_se_falso, caso nenhuma das
Gráficos de barras apresentam a
condições sejam atendidas.
relação de cada item com o todo,
exibindo os dados em três eixos.
Função CONT.SE
É uma função que conta os valores de uma sequência, Gráficos de área enfatizam a
desde que seja atendida uma condição. magnitude da mudança no
Por exemplo, vamos contar quantos alunos preferem maçã. decorrer do tempo e podem ser
A função usada será: =CONT.SE(B2:B4; “maçã”) usados para chamar atenção
para o valor total ao longo de
uma tendência.
Um gráfico de dispersão possui
dois eixos de valores,
mostrando um conjunto de
dados numéricos ao longo do
eixo horizontal e outro ao longo
Exemplo função cont.se do eixo vertical, indicado para
exibição e comparação de
Onde: valores numéricos, como dados
=CONT.SE( → é o início da função. científicos, estatísticos e de
B2:B4 → indica que o intervalo que será observado será engenharia.
desde a célula B2 até a célula B4. Tabela 6 – Apresentação de Gráficos4
“maçã” → é a palavra que servirá como parâmetro para a
contagem. Função PROCV
Para encerrar esse tópico, vale lembrar que o Excel tem A Função PROCV do Excel é uma ferramenta
várias outras funções que podem ser estudadas pelo botão extremamente útil, quando precisar localizar algo em linhas de
inserir função e a ajuda do próprio Excel, que foi usada para uma tabela, ou de um intervalo. Além disso, é muito fácil de
obter várias das informações contidas nesse tópico da apostila. usar e muito comum em planilhas sofisticadas. Por exemplo:
para pesquisar o preço de um determinado produto na
Gráficos planilha, pelo código do produto, use PROCV5.
Antes de começar, você deve entender o básico das
Um gráfico é uma representação visual de seus dados. funções. O PROCV funciona da mesma forma em todas as
Usando elementos como colunas (em um gráfico de colunas) versões do Excel, além de também funcionar em outras
ou linhas (em um gráfico de linhas), um gráfico exibe uma série aplicações de planilhas, como o Google Sheets, Open Office, etc.
de dados numéricos em um formato gráfico3. Veja a tabela a seguir, com os elementos dos argumentos desta
O Excel, disponibiliza os gráficos em diversos formatos, função.
facilitando a interpretação dos dados relacionados. Os tipos de
gráficos disponíveis estão contido na aba Inserir da Barra de
Ferramentas:

Figura 25 – Gráficos

3Criar gráficos com seus dados em uma planilha - 5 https://www.tudoexcel.com.br/planilhas/funcao-procv-do-excel-como-


https://support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-r%C3%A1pido-crie- usar-
gr%C3%A1ficos-com-seus-dados-45af7d1b-4a45-4355-9698-01126488e689 3079.html?gclid=EAIaIQobChMIwfG2kPy13QIVhhGRCh12kQn5EAAYASAAEgKjf_
4 Tipos de Gráficos Disponíveis - https://support.office.com/pt- D_BwE
br/article/Tipos-de-gr%C3%A1ficos-dispon%C3%ADveis-a6187218-807e-4103-
9e0a-27cdb19afb90#bmcolumncharts

Informática 24
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Argumentos da Função PROCV

Incluindo a Função SE na Fórmula


Pegando o exemplo acima, crie a fórmula da seguinte
maneira:

=SE(B3="";"";PROCV(B3;A5:D12;2;FALSO))

Adicione também para a outra fórmula. Neste caso, se a


célula de referência estiver vazia, as células que contem a
fórmula da função PROCV, permanecerão como vazias. Mas se
digitar um valor que não existe dentro da coluna, que a fórmula
deve buscar o resultado, retornará também um erro #N/D.

Impressão e controle de quebras

Para imprimir um arquivo podemos antes definir a Área de


Impressão, ou seja, qual parte da planilha será impressa. Para
isso, devemos selecionar as células que desejamos, clicar no
Botão de Comando Área de Impressão e em Definir Área de
Impressão.
Caso deseje alterar a parte da planilha a ser impressa,
clique novamente na Guia Layout da Página e, no Grupo
Configurar Página, acione o Botão de Comando Área de
Impressão e Limpar Área de Impressão.

Exemplo Prático da Função PROCV


Copie o exemplo a seguir e cole na célula A1 de uma nova
planilha de Excel. Depois copie a fórmula da célula B14 e cole Guia Layout da Página
na célula C3. Em seguida copie a fórmula da célula B15 e cole
na célula D3. Para que as fórmulas mostrem os resultados, Após definir a Área de Impressão é preciso acionar o
exclua o apóstrofo, que eventualmente esteja antes do sinal de comando Imprimir, que fica na Guia Arquivo, mas não é
igual ('=). obrigatória a definição da área de impressão. Se ela não
for definida, toda a planilha será impressa.
Para efetivar a impressão de um arquivo, clique na Guia
Arquivo → Imprimir.

Sua planilha deve ficar com o formato parecido com a


imagem acima. As cores são opcionais.
Imprimir
- Resolvendo Erros #N/D
Quando você inserir uma fórmula, na função PROCV e
Ao acionar a Guia Arquivo → Imprimir, é possível:
deixar a célula de referência vazia, pode retornar o erro #N/D.
- clicar diretamente no botão Imprimir, para enviar o
Para evitar isso, adicione a função SE.
arquivo para a impressão;
- selecionar o número de cópias;
- determinar em qual impressora a impressão será
realizada e definir propriedades da impressora.

Informática 25
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APOSTILAS OPÇÃO

No menu Imprimir também encontramos a opção


“Configurar Página”. Clicando nesta opção, será aberta a janela
“Configurar Página”. Nesta janela, realizamos configurações de
página, margens, cabeçalho e rodapé e forma de impressão da
planilha.
Se for necessário escolher linhas e colunas a serem
repetidas em cada página impressa; por exemplo, linhas e
colunas como rótulos ou cabeçalhos, use o Botão de Comando
Imprimir Títulos, da Guia Layout de Página.
Na mesma Guia, com o Botão Plano de Fundo,
determinamos uma imagem que ficará como plano de fundo de
toda a planilha.
O controle de quebras adiciona quebras de página no
local que você quer que a próxima página comece na cópia
impressa. A quebra de página será inserida à cima e à esquerda
da sua sessão.

Imprimir - Configurações

É possível realizar diversas configurações de impressão:


- Definir o que será impresso da pasta;
- Imprimir somente as planilhas ativas, ou seja, as que
estão selecionadas;
Quebra de Página
- Imprimir toda a pasta de trabalho, ou seja, imprimir todas
as planilhas existentes no arquivo aberto.
- Imprimir seleção, ou seja, levar à impressora apenas a O comando Quebra de Página é encontrado na Guia Layout
parte selecionada na planilha. da Página, no Grupo Configurar Página. As quebras de página
- Selecionar as páginas a serem impressas, marcando a de uma planilha podem ser removidas e redefinidas através do
página inicial em “Páginas” e a final em “para”. mesmo botão de comando.
- Definir se a impressão sairá “Agrupada”, isto é, supondo
que sejam várias cópias, sairão todas em ordem crescente de Cabeçalho e Rodapé, Numeração de Páginas
numeração de página. Desta forma será impressa primeiro a
página 01, depois a 02 e assim por diante, até finalizar a Cabeçalhos e rodapés são espaços reservados,
primeira cópia. A segunda cópia será iniciada após o término respectivamente, na parte superior e inferior de cada página
da primeira. impressa para apresentar informações como nome do arquivo,
- Definir se a impressão sairá “Desagrupada”, o que faria data e hora, número de página e outras.
que fossem impressas todas as páginas 01 de cada cópia,
depois as páginas 02 de todas as cópias e assim continuamente Para acessar este recurso:
até que todas as páginas fossem impressas de todas as cópias. - Na Guia Inserir, clique no Grupo Texto → Cabeçalho e
Por exemplo, as páginas de número 02 só serão impressas Rodapé.
após todas as primeiras páginas, de todas as cópias, serem
impressas.
- Escolher a Orientação do Papel. Esta configuração define
se a impressão sairá no papel em sua posição Retrato ou
Paisagem. O recurso de Orientação do Papel também é
encontrado na Guia Layout de Página, Grupo Configurar
Página, na forma do Botão de Comando Orientação.
- Configurar o Tamanho do Papel, escolhendo entre A4,
Tablóide, Ofício, Executivo e outros. O recurso Tamanho do Layout de Página – Texto – Cabeçalho e Rodapé
Papel também é encontrado na Guia Layout de Página, Grupo
Configurar Página, na forma do Botão de Comando Tamanho. - Na Guia Layout de Página, no Grupo Configurar Página,
- Determinar as margens do arquivo, alterando as margens clique em Imprimir Títulos e acione a Guia Cabeçalho e
esquerda, direita, inferior e superior para tamanhos pré- Rodapé, da janela Configurar Página, conforme ilustrado a
definidos ou personalizá-las, digitando tamanhos alternativos. seguir:
As margens também podem ser configuradas pelo Botão de
Comando Margens, encontrado na Guia Layout de Página,
Grupo Configurar Página, Grupo Configurar Página.
- Ajustar o tamanho da planilha na impressão. Este recurso
traz várias opções de dimensionamento;
- Sem dimensionamento: imprime a planilha em tamanho
real;
- Ajustar planilha em uma página: reduz a cópia impressa
para ajustá-la em uma página;
- Ajustar todas as colunas em uma página: reduz a cópia
impressa para que caiba na largura de uma página;
- Ajustar todas as linhas em uma página: reduz a cópia
impressa para que caiba na altura de uma página;
- Opções de dimensionamento personalizado: permite que
o usuário escolha a porcentagem que será impressa do
tamanho real.
Configurar Página – Cabeçalho e Rodapé

Informática 26
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APOSTILAS OPÇÃO

Para o cabeçalho e para o rodapé é possível escolher a Na guia Desenvolvedor, no grupo Código, clique em
exibição do número da página, o nome da planilha, data ou Segurança de Macro.
pasta. Podemos também clicar nos botões Personalizar
cabeçalho ou Personalizar rodapé, para incluir informações na
seção esquerda, central ou direita da cópia impressa. Essas
informações podem ser número de página, número das
páginas do documento, data, hora, caminho do arquivo, nome
do arquivo, nome da planilha e imagem.

Em Configurações de Macro, clique em Habilitar todas


as macros (não recomendável; códigos possivelmente
perigosos podem ser executados) e em OK.
Para incluir uma descrição da macro, na caixa Descrição,
digite o texto desejado.
Clique em OK para iniciar a gravação.
Execute as ações que deseja gravar.
Na guia Desenvolvedor, no grupo Código, clique em
Parar Gravação.

Personalizar cabeçalho Questões

Classificação 01. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle


Júnior - CESGRANRIO) Com referência ao MS Excel 2016, a
Clique na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar > fórmula que está incorretamente escrita é:
clique em Classificar. Procurando este ícone: (A) =SOMA((B2+C3)/A1)
(B) =((D3+C3)/A1)-D2)
(C) =SOMA(B2)
(D) =(B2+C4-X2)/B2/B2
(E) =$Y2+Y$2/MÉDIA(B2:B10)
Este procedimento abrirá a tela Classificar, que permite
diversas configurações para que a classificação dos dados 02. (Pref. de Florianópolis/SC - Fiscal de Serviços
selecionados atenda a necessidade do usuário. Públicos - FGV) Em determinada planilha Excel, as células A1,
Podemos usar os botões de comando “Classificar de A a Z” A2, A3, A4 e A5 contêm, respectivamente, os valores
e “Classificar de Z a A”, do mesmo grupo. Esses comandos, numéricos 5, 9, 15, 21 e 35.
respectivamente, classificam do menor para o maior valor e do
maior para o menor. Os conteúdos das células B1, B2 e B3 são respectivamente:

Macros =A1+A3 ← conteúdo da célula B1


=A2+A4+A5 ← conteúdo da célula B2
Segundo informações do próprio programa Microsoft =(B1*2)+(B2*2) ← conteúdo da célula B3
Excel: “Para automatizar tarefas repetitivas, você pode gravar
uma macro (macro: uma ação ou um conjunto de ações que Sendo assim, qual é o resultado numérico da fórmula da
você pode usar para automatizar tarefas. As macros são célula B3?
gravadas na linguagem de programação Visual Basic for (A) 20
Applications.) rapidamente no Microsoft Office Excel. Você (B) 28
também pode criar uma macro usando o Editor do Visual (C) 65
Basic (Editor do Visual Basic: um ambiente no qual você (D) 85
escreve um novo código e novos procedimentos do Visual (E) 170
Basic for Applications e edita os já existentes. O Editor do Visual
Basic contém um conjunto de ferramentas de depuração 03. (SP/URBANISMO - Assistente Administrativo-
completo para localizar problemas lógicos, de sintaxe e tempo VUNESP) Observe a planilha a seguir, que está sendo editada
de execução em seu código.), no Microsoft Visual Basic, para por meio do MS-Excel 2016, em sua configuração padrão.
gravar o seu próprio script de macro ou para copiar toda a
macro, ou parte dela, para uma nova. Após criar uma macro,
você poderá atribuí-la a um objeto (como um botão da barra
de ferramentas, um elemento gráfico ou um controle) para
poder executá-la clicando no objeto. Se não precisar mais usar
a macro, você poderá excluí-la.”

Gravar uma Macro


Para gravar uma macro, observe se a guia Desenvolvedor Assinale a alternativa que contém o resultado exibido na
está disponível. Caso não esteja, siga os seguintes passos: célula D1, após ser preenchida com a fórmula
1. “Clique no Botão do Microsoft Office e, em seguida, =MAIOR(A1:C3;3).
clique em Opções do Excel. (A) 9
2. Na categoria Popular, em Opções principais para o (B) 7
trabalho com o Excel, marque a caixa de seleção Mostrar (C) 5
guia Desenvolvedor na Faixa de Opções e clique em OK. (D) 4
(E) 3
Para definir o nível de segurança temporariamente e
habilitar todas as macros, faça o seguinte:

Informática 27
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APOSTILAS OPÇÃO

Gabarito Localizar arquivos recentes

01. B / 02. E / 03. B Se você trabalha apenas com arquivos armazenados no


disco rígido local do computador ou usa vários serviços de
POWERPOINT 2016 nuvem, clique em Arquivo > Abrir para acessar as
apresentações usadas recentemente e os arquivos que fixou à
Com o PowerPoint no PC, Mac ou dispositivo móvel, é sua lista.
possível:
- Criar apresentações do zero ou usar um modelo.
- Adicionar texto, imagens, arte e vídeos.
- Escolher um design profissional com o Designer do
PowerPoint.
- Adicionar transições, animações e movimentos.
- Salvar no OneDrive para acessar suas apresentações no
computador, tablet ou telefone.
- Compartilhe e trabalhe com outras pessoas, onde quer
que elas estejam.

Compartilhe seu Trabalho com Outras Pessoas

Para convidar outras pessoas para exibir ou editar suas


apresentações na nuvem, clique no botão Compartilhar, no
canto superior direito da janela do aplicativo. No painel
Compartilhar exibido, você pode obter um link de
compartilhamento ou enviar convites para as pessoas
escolhidas.

Criar Uma Apresentação6.

Inicie com uma Apresentação em Branco para começar a


trabalhar. Se preferir, para economizar bastante tempo,
selecione e personalize um modelo que atenda à sua
necessidade. Clique em Arquivo > Novo e, em seguida, escolha
ou pesquise o modelo desejado.

Seja inspirado enquanto trabalha.

Você se sente pressionado ou sem inspiração? Deixe o


Mantenha-se conectado PowerPoint pode gerar slides de excelente visual com base no
conteúdo que você adicionou. Insira ou cole uma imagem no
Você precisa trabalhar fora do escritório e em dispositivos seu slide atual e clique no seu layout preferido no painel de
diferentes? Clique em Arquivo > Conta para entrar e acessar tarefas Ideias de Design.
os arquivos usados recentemente, em praticamente qualquer
lugar e em qualquer dispositivo, por meio da integração
perfeita entre o Office, o OneDrive, o OneDrive for Business e
o SharePoint.

Formate as formas com precisão.

Formate precisamente uma forma, um objeto ou uma

http://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/5297/Guia_de_Inicio_Rapido__
_PowerPoint_2016_14952207796618.f

Informática 28
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APOSTILAS OPÇÃO

imagem selecionada com as ferramentas abrangentes Transformar. O PowerPoint controla os objetos encontrados
disponíveis no painel de tarefas Formatar Forma. Para exibi- nos slides e faz a animação do tamanho e da posição quando o
la, clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na seta efeito é visualizado.
pequena seta no canto superior direito do grupo da faixa de Para visualizar o efeito, clique em Visualizar na guia da
opções Desenho. faixa de opções Transições.
Se você deseja personalizar o efeito, clique no botão
Opções de efeito na guia Transições.

Encontre tudo o que precisar.

Digite uma palavra-chave ou frase na caixa de pesquisa


Diga-me o que você deseja fazer, na faixa de opções, para
localizar rapidamente os comandos e recursos do PowerPoint
que você está procurando, para saber mais sobre o conteúdo
de Ajuda online ou obtenha mais informações online.

Transformar imagens e objetos.

O PowerPoint 2016 introduz o Transformar, um novo


efeito cinematográfico que cria transições animadas e suaves
que controlam e movem imagens e outros objetos em vários
slides na sua apresentação.

Pesquisar informações relevantes.

Com a Pesquisa Inteligente, o PowerPoint faz uma busca


na internet obter informações relevantes para definir
palavras, frases e conceitos. Pesquisar os resultados exibidos
no painel de tarefas pode fornecer conteúdo útil para as ideias
que você está compartilhando nas suas apresentações.

Crie um novo slide e adicione textos e imagens ou objetos


que você desejar. Este primeiro slide indica que o
posicionamento dos objetos está no começo da transição. Em
seguida, clique com o botão direito do mouse na miniatura do
slide e clique em Duplicar Slide. Criar uma apresentação7.
1. Abra o PowerPoint.
2. Escolha uma opção:
- Escolha Apresentação em Branco para criar uma
apresentação do zero.
- Escolha um dos modelos.
- Escolha Fazer um Tour e, em seguida, escolha Criar para
ver dicas de como usar o PowerPoint.

No slide copiado, mova e redimensione o texto, as imagens


e os objetos conforme necessário. Por exemplo, você pode
destacar um item aumentando o tamanho dele ou pode alinhar
as coisas e adicionar descrições. Este segundo slide indica que
o posicionamento dos objetos está no final da transição.
Para aplicar o efeito, selecione as duas miniaturas, clique
na guia da faixa de opções Transições e, em seguida, clique em

7 https://support.office.com/pt-br/article/in%C3%ADcio-r%C3%A1pido-do-

powerpoint-2016-422250f8-5721-4cea-92cc-202fa7b89617?ui=pt-BR&rs=pt-
BR&ad=BR

Informática 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Adicionar e formatar texto. Transições.

1. Coloque o cursor do mouse no local de sua preferência e Para adicionar um efeito especial para fazer a transição
digite. de um slide para outro:
2. Escolha o texto e, em seguida, escolha uma opção na guia 1. Escolha o slide ao qual deseja adicionar uma transição.
Página Inicial: Fonte, Tamanho da fonte, Negrito, Itálico, 2. Na guia Transições, escolha o efeito desejado.
Sublinhado... 3. Escolha Opções de Efeito para alterar a forma como a
3. Para criar listas numeradas ou com marcadores, transição ocorre: Da Direita, Da Esquerda...
selecione o texto e escolha Marcadores ou Numeração.
Para desfazer uma transição, escolha Nenhuma.

Animações.

Para animar textos ou objetos em um slide:


1. Escolha o texto ou o objeto que você deseja animar.
2. Na guia Animações, escolha Adicionar Animação e, em
seguida, escolha a animação desejada no menu suspenso.
Adicionar uma imagem, forma ou gráfico. Para animar uma linha de texto por vez, escolha uma linha
do texto, escolha uma animação, escolha a próxima linha de
1. Escolha Inserir. texto, escolha uma animação...
3. Em Iniciar, escolha Quando Clicado, Com o Anterior
2. Para adicionar uma imagem: ou Após o Anterior.
- Escolha Imagem.
- Procure a imagem desejada e escolha Inserir. Você também pode escolher a Duração ou o Atraso.

3. Para adicionar uma forma, arte ou gráfico:


- Escolha Formas, SmartArt ou Gráfico.
- Escolha o item desejado.

Salvar uma apresentação no OneDrive.

Ao salvar seus arquivos na nuvem, você pode compartilhar


e colaborar com outras pessoas e acessá-los de praticamente
qualquer lugar, no computador, tablet ou telefone.
1. Escolha Arquivo > Salvar como.

2. Selecione OneDrive.
Usar o Designer do PowerPoint.
Salve os arquivos pessoais no OneDrive – Pessoal e os
Se você é assinante do Office 365, o Designer do arquivos de trabalho no OneDrive da empresa. Você também
PowerPoint permite criar slides de designer em duas etapas: pode salvá-los em outro local, como no seu dispositivo.
basta adicionar uma imagem e escolher um design.
1. Escolha Inserir > Imagem, procure a imagem desejada
e escolha Inserir.
O painel Ideias de Design é exibido e oferece várias
opções de design.
2. Selecione a opção de design que preferir.

Compartilhar sua apresentação.

1. Escolha Compartilhar na faixa de opções ou escolha


Arquivo > Compartilhar.

Observação:
Se o arquivo ainda não estiver salvo no OneDrive, você será
solicitado a carregá-lo primeiro para poder compartilhá-lo.

Informática 30
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APOSTILAS OPÇÃO

2. Escolha no menu suspenso com quem deseja Escolha um modelo.


compartilhar ou insira um nome ou endereço de e-mail.
Dica:
3. Adicione uma mensagem opcional e escolha Enviar.
O modelo é baixado para o PowerPoint e você está pronto
para começar a sua apresentação.

- Clique em destaque e escolha um modelo para usar.

- Clique em pessoal e escolha um modelo que você criou.

3. Quando encontrar o modelo desejado, clique nele, veja


os detalhes e clique em Criar.

Fazer sua apresentação.

Escolha o ícone Apresentação de Slides, na parte inferior


da tela ou, na guia Apresentação de Slides, escolha uma opção:
- Para iniciar no primeiro slide, escolha Do Começo.
- Para começar de onde estiver, escolha Do Slide Atual.
O que é um modelo do PowerPoint?
- Para realizar a apresentação para pessoas que não se
encontram no mesmo local que você, escolha Apresentar
Um modelo do PowerPoint é um padrão ou um esquema
Online e, em seguida, escolha Skype for Business ou Office
de um slide ou grupo de slides que você salva como um
Presentation Service.
arquivo. potx. Modelos podem conter layouts, cores, fontes,
efeitos, estilos de plano de fundo e até mesmo conteúdo.
Para sair da exibição Apresentação de Slides, pressione
Você pode criar seus próprios modelos personalizados e
Esc.
armazená-los, reutilizá-los e compartilhá-los com outras
pessoas. Você também pode encontrar centenas de diferentes
tipos de modelos gratuitos no Office.com e em outros sites de
parceiros que você pode aplicar à sua apresentação.
Alguns exemplos de modelos para Word, Excel e
PowerPoint no Office.com incluem, mas não estão limitados ao
seguinte:
Aplicar um modelo à sua apresentação.

Quando você quiser sua apresentação do PowerPoint para


conter elementos e cores, fontes, efeitos, estilo e um layout de
slides simples, aplicam um modelo (arquivo. potx). Isso
proporciona um ponto de partida em uma nova apresentação
em branco.

Aplicar um modelo.
1. No PowerPoint, clique em arquivo e, em seguida, clique
em novo.

2. Siga um destes procedimentos:


- Digite uma palavra-chave ou frase no campo Pesquisar
modelos online e temas e pressione Enter.

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APOSTILAS OPÇÃO

Um modelo pode incluir o seguinte: Alterar o tema ou variação da sua apresentação.

Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema ou


variação na guia Design.
1. Na guia Design, escolha um tema com as cores, fontes e
efeitos desejados.
2. Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema
específico, no grupo Variantes, selecione uma variante.

O grupo de variantes aparece à direita do grupo temas e


as opções variam dependendo do tema que você selecionou.

1. Conteúdo de assunto específico, como o certificado de


conclusão, futebol e a imagem da bola de futebol.
2. Um plano de fundo formatação, como imagens, textura,
cor de preenchimento de gradiente ou sólido e transparência.
Este exemplo mostra o plano de fundo de preenchimento Se você não vir quaisquer variantes, pode ser porque você
sólido azul claro. está usando um tema personalizado, um tema mais antigo
3. Cores, fontes, efeitos (3D, linhas, preenchimentos, projetado para versões anteriores do PowerPoint, ou porque
sombras, etc.) e elementos de design de tema (como efeitos de você importou alguns slides de outra apresentação com um
cor e o gradiente dentro da palavra futebol). tema personalizado ou mais antigo.
4. Texto em espaços reservados que as pessoas insiram
informações específicas, como nome do Player, nome do Criar e salvar um tema personalizado.
treinador, data da apresentação e qualquer variável, como o
ano de prompt. Você pode criar um tema personalizado modificando um
tema existente ou começar do zero com uma apresentação em
Adicionar cor e design aos meus slides com temas8. branco.
1. Clique primeiro slide e, em seguida, na guia Design,
Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de slide clique na seta para baixo no grupo variantes.
coloridos internos (ou 'temas') que pode aplicar às 2. Clique em cores, fontes, efeitos ou Estilos de plano de
apresentações. fundo e escolha uma das opções internas ou personalizar o seu
próprio.
Escolher um tema quando você abre o PowerPoint. 3. Quando terminar de personalizar estilos, clique na seta
para baixo no grupo temas e clique em Salvar tema atual.
1. Escolha um tema.
Dê um nome para seu tema e clique em Salvar. Por padrão,
ele é salvar com seus outros temas do PowerPoint e estará
disponível no grupo temas em um cabeçalho personalizado.

O que é um layout de slide?9

Layouts de slide contêm formatação, posicionamento e


espaços reservados para todo o conteúdo que aparece em um
slide. Espaços reservados são os contêineres nos layouts que
armazenam conteúdo como texto (incluindo o corpo do texto,
listas com marcadores e títulos), tabelas, gráficos, SmartArt
gráficos, filmes, sons, imagens e clip-art. Layouts de slide
Escolha uma variação de cor e clique em Criar. também contêm o tema (cores, fontes, efeitos e o plano de
fundo) de um slide.

Todos os elementos de layout que você pode incluir em um PowerPoint slide.

8 https://support.office.com/pt-br/article/adicionar-cor-e-design-aos-meus- 9 https://support.office.com/pt-br/article/o-que-%C3%A9-um-layout-de-
slides-com-temas-a54d6866-8c32-4fbc-b15d-6fcc4bd1edf6?ui=pt-BR&rs=pt- slide-99da5716-92ee-4b6a-a0b5-beea45150f3a
BR&ad=BR

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APOSTILAS OPÇÃO

O PowerPoint inclui layouts de slide incorporados e você


pode modificar desses layouts para atender às suas
necessidades específicas e você pode compartilhar os layouts
personalizados com outras pessoas que criar apresentações
usando o PowerPoint.

Alterar um layout de slide no Modo de Exibição de


Você pode alterar os layouts de slide que são criados para Slide Mestre.
o PowerPoint no modo de exibição de Slide mestre. A imagem
abaixo mostra o slide mestre e dois dos layouts para um tema Se você não encontrar um layout de slide que funcione com
no modo de exibição de Slide mestre. o texto e outros objetos que você planeja incluir nos slides,
altere um layout no Modo de Exibição de Slide Mestre.
1. Na guia Exibir, clique em Normal.
2. No Modo de Exibição de Slide Mestre, no painel de
miniaturas à esquerda, clique em um layout de slide que você
deseja alterar.

Aplicar ou alterar um layout de slide10.

Todos os temas no PowerPoint incluem um slide mestre e


um conjunto de layouts de slide. O layout de slide que você
escolher dependerá da cor, tipos de letra e como você quer que
o texto e outro conteúdo sejam organizados nos slides. Se os
layouts predefinidos não funcionarem, você poderá alterá-los.

Aplicar um layout de slide no Modo de Exibição


Normal.

Escolha um layout predefinido que coincida com o arranjo Na guia Slide Mestre, para alterar o layout, execute um ou
do texto e outros espaços reservados de objeto que você mais dos seguintes procedimentos:
planeja incluir no slide. - Para adicionar um espaço reservado, clique em Inserir
1. Na guia Exibir, clique em Normal. Espaço Reservado e, em seguida, escolha um tipo de espaço
2. No Modo de Exibição Normal, no painel de miniaturas à reservado na lista.
esquerda, clique no slide ao qual você deseja aplicar um layout. - Para reorganizar um espaço reservado, clique na borda
3. Na guia Página Inicial, clique em Layout e selecione o do espaço reservado até ver uma seta de quatro pontas e
layout desejado. arraste o espaço reservado para o novo local no slide.
- Para excluir um espaço reservado, selecione-o e, em
seguida, pressione Delete no teclado.
- Para adicionar um novo layout, clique em Inserir Layout.
- Para renomear um layout, no painel de miniaturas à
esquerda, clique com o botão direito do mouse layout que você
deseja renomear, clique em Renomear Layout, digite o novo
nome do layout e clique em Renomear.

10 https://support.office.com/pt-br/article/aplicar-ou-alterar-um-layout-de-

slide-158e6dba-e53e-479b-a6fc-caab72609689

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APOSTILAS OPÇÃO

Importante:
Se você alterar o layout usado em uma apresentação, entre
no Modo de Exibição Normal e reaplique o novo layout nesses
slides para manter suas alterações. Por exemplo, quando você
altera o layout do slide de demonstração, os slides da
apresentação que usam o layout de demonstração continuam
com a aparência original, a menos que você aplique o layout
revisado em cada um deles.

Alterar a orientação dos slides.


Altere a orientação de todos os slides para padrão,
widescreen ou um tamanho personalizado. É possível
especificar a orientação retrato ou paisagem em slides e
anotações.

- Na guia Design, clique em Tamanho do Slide e escolha


uma opção. Quando você edita o slide mestre, todos os slides
subsequentes conterão essas alterações. Entretanto, a maioria
das alterações feitas se aplicarão aos layouts de slide
relacionados ao slide mestre.
Quando você faz alterações nos layouts e no slide mestre
no modo de exibição de Slide Mestre, outras pessoas que
estejam trabalhando em sua apresentação (no modo de
exibição Normal) não podem excluir nem editar
acidentalmente suas alterações. Por outro lado, se você estiver
trabalhando no modo de exibição Normal e perceber que não
consegue editar um elemento em um slide (por exemplo, "por
que não posso remover esta imagem?"), talvez o que você está
tentando alterar seja definido no Slide Mestre. Para editar esse
item, você deve alternar para o modo de exibição de Slide
- Para alterar a orientação, clique em Tamanho do Slide Mestre.
Personalizado e escolha a orientação desejada em
Orientação. Temas.

Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais


(como sombras, reflexos, efeitos 3D etc.) que complementam
uns aos outros. Um designer habilidoso criou cada tema no
PowerPoint. Esses temas predefinidos estão disponíveis na
guia Design do modo de exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um
slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide
mestre e vários conjuntos de layouts.

- Para criar um tamanho de slide personalizado, clique em


Tamanho do Slide Personalizado e escolha uma opção de
tela, largura e altura no lado esquerdo da caixa de diálogo
Tamanho do Slide.
Layouts de Slide.
O que é um slide mestre?11
Altere e gerencie layouts de slide no modo de exibição do
Quando você quiser que todos os seus slides contenham as Slide Mestre. Cada tema tem vários layouts de slide. Escolha os
mesmas fontes e imagens (como logotipos), poderá fazer essas layouts mais adequados ao conteúdo do slide; alguns são
alterações em um só lugar — no Slide Mestre, e elas serão melhores para texto e outros são melhores para elementos
aplicadas a todos os slides. Para abrir o modo de exibição do gráficos.
Slide Mestre, na guia Exibir, selecione Slide Mestre: No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts aos
slides (mostrado abaixo).

O slide mestre é o slide superior do painel de miniatura,


no lado esquerdo da janela. Os layouts de slide relacionados
são exibidos logo abaixo do slide mestre:

11 https://support.office.com/pt-br/article/o-que-%C3%A9-um-slide-
mestre-b9abb2a0-7aef-4257-a14e-4329c904da54

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APOSTILAS OPÇÃO

parte superior do painel de miniaturas, com os layouts


relacionados abaixo dele.

Cada layout de slide é configurado de forma diferente —


com diferentes tipos de espaços reservados em locais
diferentes em cada layout.
Cada slide mestre tem um layout de slide relacionado
chamado Layout de Slide de Título, e cada tema organiza o
texto e outros espaços reservados a objetos para esse layout
de forma diferente, com cores, fontes e efeitos diferentes. As
imagens a seguir contrastam os layouts de slide de título de
dois temas: primeiro o tema Base e, depois, o tema Integral.

Você pode alterar o slide mestre, que contém todos os


estilos de seus slides, de diversas maneiras. Veja a seguir
algumas alterações mais comuns:

Alterar o tema, a tela de fundo ou o esquema de cores no


PowerPoint.
Você pode alterar rapidamente a aparência da
apresentação inteira: selecione o slide mestre e, em seguida,
faça o seguinte no grupo de Tela de Fundo, na guia Slide
Mestre:
- Clique em Temas para aplicar um tema interno, com um
conjunto de cores, fontes e efeitos personalizados aos seus
slides. Clique com o botão direito do mouse em qualquer tema
para ver outras maneiras de aplicá-lo.

Observações:
Se você não consegue alterar o tema ou se, ao selecionar
um novo tema, é adicionado um novo slide mestre em vez de
Você pode alterar todos os elementos de um layout para alterar o slide mestre selecionado, certifique-se de que a opção
adequá-lo às suas necessidades. Ao alterar um layout e acessar Preservar não esteja selecionada no grupo Editar Mestre.
o modo de exibição Normal, todos os slides adicionados
posteriormente terão base nesse layout e refletirão sua
aparência alterada. No entanto, se a apresentação incluir slides
baseados na versão anterior do layout, você deve aplicar
novamente o novo layout nesses slides.

Renomear um slide mestre.

1. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição Mestres,


clique em Slide Mestre.
2. Nas miniaturas de slide à esquerda, clique no slide - Clique em Cores para escolher um tema de cor para a sua
mestre que deseja renomear. apresentação. Talvez você precise clicar em Estilos de Tela de
3. Na guia Slide Mestre, no grupo Editar Mestre, clique Fundo e escolher uma opção para vê-la aplicada. Para obter
em Renomear. mais informações, confira o artigo Formatar a cor da tela de
4. Na caixa de diálogo Renomear Mestre, na caixa Nome fundo dos slides.
do slide mestre, digite um novo nome e clique em Renomear. - Clique em Estilos de Tela de Fundo para escolher uma
opção de estilo na lista. As cores exibidas dependem de sua
Criar ou personalizar um slide mestre12. escolha na lista Cores.
O modo de exibição Slide Mestre está localizado no grupo
Modos de Exibição Mestres na guia Modo de Exibição.
No modo de exibição Slide Mestre, o slide mestre está na

12 https://support.office.com/pt-br/article/Criar-ou-personalizar-um-slide-

mestre-036d317b-3251-4237-8ddc-22f4668e2b56

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APOSTILAS OPÇÃO

Adicionar uma imagem de tela de fundo (ou marca- horizontal e verticalmente por toda a tela de fundo.
d'água) aos slides13. 4. Depois de inserir uma imagem, vá para o painel
Formatar Tela de Fundo e deslize a barra Transparência
O uso de um gráfico claro como marca-d'água na tela de para definir o percentual de transparência.
fundo dos slides é uma ótima maneira de exibir o logotipo da 5. (Opcional) Se você decidir que deseja que a marca-
sua empresa ou outra imagem significativa. Ajuste o brilho ou d'água apareça em todos os slides da apresentação, em vez de
a transparência (dependendo de sua versão do PowerPoint) apenas nos slides ou layouts inicialmente selecionados, no
para fazer com que uma imagem de fundo torne-se esmaecida painel Formatar Tela de Fundo, clique em Aplicar a tudo.
o suficiente para ser exibida sem interferir com o conteúdo 6. Salve sua apresentação (Arquivo > Salvar).
principal que será exibido por cima. 7. Se você estiver trabalhando no modo de exibição Slide
Você pode adicionar a imagem de tela de fundo a vários Mestre, escolha Fechar Modo de Exibição Mestre quando
slides de uma vez (usando o modo de exibição de Slide Mestre) terminar de fazer as alterações.
ou slides individuais.
Alterar a fonte no PowerPoint.
1. Deseja adicionar uma marca-d'água em slides
individuais ou sistematicamente adicionar uma marca-d'água 1. Na parte superior do painel do Slide Mestre, clique no
a vários slides? Siga a subetapa apropriada: slide mestre.
- Para adicionar uma imagem de tela de fundo a um ou 2. No grupo Tela de Fundo, na guia Slide Mestre, clique
mais slides individuais: No modo de exibição Normal, no em Fontes para alterar a fonte de todo o texto ao mesmo
painel de miniaturas à esquerda, escolha um slide. Para tempo. Selecione uma fonte na lista ou clique em Personalizar
escolher mais de um slide, clique em um deles e mantenha Fontes para ver mais opções. Para saber mais, confira o artigo
pressionada a tecla Ctrl enquanto clica nos outros slides. sobre como alterar a fonte padrão.
- Para adicionar uma imagem de tela de fundo
sistematicamente a vários slides ou a todos os slides: Na Adicionar efeitos no PowerPoint.
faixa de opções, clique em Exibir > Slide Mestre. No painel de
miniaturas à esquerda, escolha os layouts de slide aos quais 1. Na parte superior do painel do Slide Mestre, clique no
deseja adicionar uma marca-d'água de imagem. Para escolher slide mestre.
vários layouts, clique em um deles e mantenha pressionada a 2. No grupo Tela de Fundo, na guia Slide Mestre, clique
tecla Ctrl enquanto clica nas outras opções. em Efeitos para escolher diversos efeitos internos, com
recursos que incluem sombras, reflexos, linhas,
2. Clique com botão direito do mouse na sua seleção no preenchimentos e muito mais.
painel de miniaturas e escolha Formatar Tela de Fundo.
Mostrar ou ocultar espaços reservados no PowerPoint.

1. Na parte superior do painel Slide Mestre, clique no slide


mestre e, na guia Slide Mestre, clique em Layout Mestre.
2. Para mostrar ou ocultar os espaços reservados de título,
texto, data, números do slide ou rodapé, no slide mestre,
marque as caixas para mostrar os espaços reservados ou
desmarque-as para ocultá-los.

3. No painel à direita Formatar Plano de Fundo, selecione


Preenchimento com imagem ou textura e, em Inserir
Imagem do, siga um dos seguintes procedimentos:
- Selecione Arquivo, escolha a imagem desejada e Questões
selecione Inserir para inserir uma imagem de seu dispositivo.
- Selecione Área de Transferência para inserir uma 01. (PC/SC - Escrivão de Polícia Civil – FEPESE/2017).
imagem que você copiou para a área de transferência. Com relação às propriedades de um arquivo do Microsoft
- Selecione Online e digite uma descrição na caixa de PowerPoint, assinale a alternativa correta.
pesquisa do tipo de imagem desejado para escolher uma
imagem de um recurso online. (A) As propriedades de um documento, também
conhecidas como metadados, são detalhes de um arquivo que
A imagem selecionada é dimensionada para preencher a o descrevem ou identificam.
tela de fundo do slide inteira. Ela não pode ser redimensionada (B) As propriedades não incluem detalhes como status,
da mesma forma que uma imagem em primeiro plano, mas tamanho do arquivo, data da última modificação e número de
você pode usar as configurações de Deslocamento para ajustar slides existentes no documento.
o posicionamento. Outra alternativa é usar a opção Organizar (C) Há cinco tipos de propriedades do documento:
a imagem lado a lado como textura, para repetir a imagem Propriedades-padrão, Propriedades atualizadas

13 https://support.office.com/pt-br/article/adicionar-uma-imagem-de-tela-

de-fundo-ou-marca-d-%C3%A1gua-aos-slides-4b0b98d4-774c-4e08-9c38-
e8c92f58c957?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR#OfficeVersion-WaterPic=2010

Informática 36
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APOSTILAS OPÇÃO

automaticamente, Propriedades herdadas, Propriedades computadores é uma estrutura física e lógica que permite a
personalizadas e Propriedades de biblioteca de documentos. conexão entre vários computadores com a finalidade de
(D) Através do gerenciador de propriedades é possível trocarem informações entre si.
especificar novas propriedades ou alterar as propriedades Uma rede de computadores é um conjunto de
atualizadas automaticamente. computadores, ligados por um sistema de comunicação, para
(E) Você pode definir novas propriedades-padrão ou novas permitir a troca de informações e o compartilhamento de
propriedades atualizadas automaticamente para os recursos dos mais diversos fins”.
documentos do Office. Você pode atribuir texto, hora ou valor Para que haja uma rede de computadores, é necessário que
numérico às propriedades-padrão ou propriedades existam, pelo menos, dois computadores e certos
atualizadas automaticamente e também os valores sim ou não. equipamentos capazes de conectá-los (fios, cabos, entre
outros).
02. (PC/SC - Agente de Polícia Civil Resolvi errado –
FEPESE/2017). O ícone ao lado, do MS Powerpoint 2016 em
português refere-se às/ao:

(A) Definições de layout do slide.


(B) Edição do slide mestre do slide atual.
(C) Modo de exibição de apresentação de estrutura de
tópicos.
(D) Modo de exibição de apresentação de classificação de
Exemplo de uma rede
slides.
(E) Modo de exibição de apresentação de miniaturas.
No exemplo da imagem acima, temos vários computadores
interligados, e um deles está fisicamente conectado a uma
03. (DPE/RS - Técnico – Segurança – FCC/2017). No
impressora. Uma das vantagens da rede é que essa impressora
Power Point, a opção exibir em “Slide Mestre” contribui para:
poderá ser usada por todos os computadores dessa rede, em
uma ação conhecida como compartilhamento. Compartilhar
(A) o efeito de transição entre dois slides sucessivos.
significa permitir que outros computadores usem um
(B) o controle do tempo de exibição de um slide entre os
determinado recurso, como a impressora citada no exemplo
modos “avançar ao clique do mouse" ou “avançar após um
anterior, que pertence, fisicamente, somente a um micro, mas
intervalo de tempo".
poderá ser usada por todos os demais.
(C) o controle da aparência na apresentação inteira e pode
inserir uma forma ou logomarca para que ela seja mostrada em
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
todos os slides.
(D) a geração de um índice dos slides da apresentação e,
Quanto à extensão
dessa forma, permitir que se vá diretamente para um
Há várias classificações diferentes a respeito da extensão
determinado slide durante uma apresentação.
da rede, a seguir veremos os três principais.
(E) a inserção de um slide no início da apresentação e
- LAN (Local Area Network – Rede Local): uma rede de
executa um clip ou um programa.
computadores de extensão pequena, normalmente dentro de
um único prédio ou prédios vizinhos. Alguns autores afirmam
04. (Pref. de Cajamar/SP - Agente Administrativo -
que uma rede local se estende por, no máximo, 1 km.
MOURA MELO). Qual tamanho padrão do slide no PowerPoint
- MAN (Metropolitan Area Network – Rede Metropolitana):
2013 e 2016?
uma rede de computadores em um espaço geográfico maior
que o da LAN, mas ainda limitado. Ex.: rede de computadores
(A) 4:2.
no campus de uma universidade. Alguns autores definem o
(B) 16:9.
limite máximo de 10 km para uma MAN.
(C) 32:8.
- WAN (Wide Area Network – Rede Extensa ou Rede
(D) 16:6.
Geograficamente distribuída): uma rede de computadores que
não apresenta uma limitação geográfica. Exemplo: as redes de
Gabarito
computadores dos grandes bancos e das operadoras de cartão
de crédito, que se estendem pelo país todo, quando não pelo
01. A. \ 02. D. \ 03. C. \ 04. B.
mundo!

SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
Conceitos básicos e modos A função de um sistema de comunicação é permitir a
de emprego de tecnologias, transmissão de dados entre dois componentes em uma rede,
ferramentas, aplicativos e seja um sinal de telefonia, um arquivo de computador ou
mesmo um programa de televisão. Vamos estudar agora os
procedimentos associados à principais conceitos que envolvem o envio (transmissão) de
rede de computadores, sinais em um sistema de comunicação (rede).
internet e intranet.
Classificações da transmissão
Podemos classificar as transmissões de dados entre
equipamentos por alguns critérios:
REDES DE COMPUTADORES14 Quanto ao tipo de transmissão
- Analógica: os sinais são transmitidos de forma analógica,
A quantidade de informações que podem trafegar por um ou seja, através de pulsos elétricos irregulares e contínuos, que
único computador é realmente imensa, imagine, então, quando podem assumir qualquer valor entre o mínimo e o máximo
são vários computadores reunidos... Uma rede de

14 Fonte: Informática para concursos – Teoria e questões – Autor João Antonio

Informática 37
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APOSTILAS OPÇÃO

possíveis (é assim que são transmitidos, por exemplo, os sinais (representando um percentual alto em relação ao sinal em si),
das linhas telefônicas convencionais). a transmissão é classificada como de qualidade ruim.
- Digital: nesse modo de transmissão, os sinais são
transferidos através de pulsos regulares (ou seja, com valores MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO
definidos) de energia elétrica. A diferença entre analógico e Para que haja transmissão de dados entre quaisquer dois
digital já foi mostrada com mais detalhes no início deste livro componentes (computadores, por exemplo), é necessário que
(na parte de hardware). haja meios por onde os sinais de dados (eletricidade, som, luz)
possam passar.
Quanto ao sentido da transmissão
- Simplex: é uma transmissão que só acontece em um Cabo de par trançado
sentido (de A para B). Um exemplo seria a transmissão de TV, Conhecido também como simplesmente “par trançado”
em que a emissora envia sinais e nossos aparelhos só (twisted pair), esse cabo é amplamente usado em redes de
conseguem captá-los (ou seja, a partir de nossos televisores, comunicação de diversos tipos, tais como redes de
não podemos enviar dados para a emissora). computadores e redes telefônicas. Consiste em um (ou mais)
- Half-Duplex: a transmissão acontece nos dois sentidos par de fios trançados entre si (cada par tem seus dois fios
(de A para B e de B para A), mas apenas em um sentido por vez. dispostos como uma trança), para evitar o ruído de cross-talk.
Ou seja, enquanto o “A” fala, o “B” não consegue falar, só
escutar, e vice-versa. Um exemplo seria como funciona um
walkie-talkie (ou o sistema de rádio da Nextel). Essa é a forma
mais comum de transmissão nas redes locais de
computadores.
- Full-Duplex: transmissão realizada nos dois sentidos
simultaneamente. Os sinais podem trafegar, ao mesmo tempo,
nos sentidos de A para B e de B para A. O melhor exemplo é o Cabo par trançado
sistema telefônico. Os cabos atualmente usados não possuem
necessariamente apenas um par, há cabos usados em redes de
Problemas em uma transmissão computadores que usam até quatro pares de fios trançados.
Nos sistemas de comunicação e redes de computadores
podem ocorrer diversos problemas, de ordem física:
- Atenuação: é uma consequência de a transmissão ser feita
por meios físicos (fios, fibra óptica, ar etc.). A atenuação
consiste na perda gradual da potência do sinal ao longo do
meio de transmissão. Exemplo: quando gritamos, a “força” do
Cabo par trançado de quatro pares
nosso grito vai diminuindo à medida que o sinal sonoro se
afasta de nós. Isso acontece também com a energia elétrica nos
Os cabos de par trançado podem ser classificados em dois
fios e com a luz nas fibras ópticas.
tipos: UTP e STP.
- Ruído Térmico: causado pela agitação dos elétrons em um
condutor elétrico (fio). Esse tipo de ruído é constante em toda
UTP – o cabo não blindado
a extensão do condutor e é inevitável.
O cabo UTP (Unshielded Twisted Pair – ou “Par trançado
- Ruído de Intermodulação: causado pela presença de dois
não blindado”) apresenta-se como sendo a opção mais barata
ou mais sinais de frequências diferentes em um mesmo
para os projetos da atualidade, e, por isso, a mais usada. Nesses
condutor (um fio pode ser usado para transmitir diversos
cabos, as tranças não estão protegidas de interferências
sinais diferentes em frequências variadas). Nesse tipo de
externas. A anterior mostra um exemplo desse tipo de cabo.
ruído, uma transmissão em uma determinada frequência
Ele é mais susceptível a ruídos externos, provenientes, por
poderá induzir (e ser induzida) por um sinal transmitido em
exemplo, de fontes eletromagnéticas fortes nas proximidades
uma frequência próxima.
dos cabos.
- Ruído de Cross-Talk: a famosa “linha cruzada” dos
Os cabos UTP são classificados por categorias, que indicam
sistemas telefônicos. Esse ruído é causado pela indução
sua finalidade de uso (abaixo estão listados os mais comuns):
eletromagnética que um condutor exerce sobre outro
- Categoria 1: usado apenas em telefonia (são os cabos que
condutor próximo. Ou seja, vários fios dispostos lado a lado
chegam até nossos telefones partindo da companhia
por uma longa extensão são mais suscetíveis a ruídos dessa
telefônica)
natureza, pois um fio vai gerar um campo elétrico que irá
- Categoria 5: usado em redes de velocidades altas (100
induzir seus sinais em um condutor próximo (é exatamente
Mbps) – como as atuais Ethernet –, mas suporta as redes de
como os fios das companhias telefônicas estão organizados).
velocidades menores (10 Mbps).
- Ruído Impulsivo: é um ruído de grande amplitude
- Categoria 5e (5 enhanced – ou “melhorado”): admite
(potência) que não é contínuo e surge sem previsão.
velocidades de transmissão muito maiores (até 1.000 Mbps) e
Normalmente quanto há um distúrbio na rede elétrica, ou
é usado na terceira geração das redes Ethernet (chamada de
quando se liga um equipamento que consome grande potência
Gigabit Ethernet).
(chuveiro elétrico, ar condicionado etc.), um pulso isolado de
- Categorias 6 e 7: usados em redes de velocidades de até
grande amplitude é gerado nos computadores (mais forte que
1.000 Mbps (Gigabit Ethernet).
o sinal que normalmente transita pela rede). É bastante difícil
prevenir esse tipo de ruído. O ruído impulsivo não causa dano
STP – o cabo blindado
às transmissões analógicas (telefonia, por exemplo), mas é
O cabo STP (Shielded Twisted Pair – “Par trançado
muito prejudicial às transmissões digitais (redes de
blindado”) é caracterizado por apresentar uma proteção
computadores, por exemplo).
(normalmente uma capa de material metálico – eu acho que é
Obs: A qualidade de transmissão de uma linha (um meio
simplesmente “papel laminado”) que protege um par da
físico de transmissão, como um fio) é medida por uma razão
indução de outros. Esse tipo de cabo é mais caro que o cabo
entre a amplitude (força) do sinal e a amplitude do ruído (é a
UTP, e é menos flexível que este; portanto, em certos casos em
chamada razão sinal/ruído). Quando o ruído é muito alto
que o “design” do projeto exige que o cabo seja bastante
“dobrado”, o STP não será adequado.

Informática 38
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APOSTILAS OPÇÃO

Sua proteção também garante mais imunidade a ruídos Atualmente os cabos coaxiais foram completamente
gerados por fontes externas, o que o torna recomendado para substituídos pelos cabos de par trançado no uso de redes de
ambientes hostis, em que a emissão de ondas eletromagnéticas computadores.
fortes é constante (fábricas, plataformas de petróleo, trios
elétricos etc.). Fibra óptica
Cabo usado para realizar a transmissão de pulsos
luminosos (luz) em vez de sinais elétricos (como os cabos
citados anteriormente). Ligado a uma extremidade de um cabo
desses há um emissor de luz (que pode ser um LED – Diodo
Emissor de Luz – ou um emissor de raio laser), à outra ponta
do cabo, estará conectado um sensor, que detectará o sinal
luminoso que transitou pela fibra.
Cabo STP – note a blindagem metálica. O fio de fibra óptica é formado por um núcleo de vidro (o
Core) por onde o sinal luminoso é transferido. Esse núcleo é
Obs: Tanto no caso dos UTP como nos STP, para que o cabo envolto por uma camada de plástico que impede a passagem
consiga “se conectar” a um equipamento qualquer, é dos pulsos de luz (fazendo com que os raios reflitam sempre e
necessária a presença de um conector (um pequeno não saiam do core). Essa camada é conhecida como bainha, ou
dispositivo que z a ligação dos fios presentes nos pares do cabo casca (cladding). Externa à camada plástica, há a capa do fio,
com o equipamento que se ligará à rede). Atualmente, o visível a todos nós.
conector mais usado em redes de computadores é o RJ-45,
feito de acrílico. Esse conector é bastante parecido com aquele
conector usado nas linhas telefônicas (chamado RJ-11), mas é
um pouco maior que este.
O conector RJ-45 é um pequeno cubo de acrílico com oito
pinos metálicos em sua extremidade (onde as pontas dos fios
do cabo UTP ou STP serão presas e com quem será realizado o
contato elétrico para permitir a passagem dos sinais). Em
resumo: cada um dos oito fios do cabo será conectado (por Fibra óptica
pressão) a um pino metálico localizado no conector RJ-45. E é
através desses pinos (que farão contato com os fios) que a Um cabo de fibra óptica apresenta, normalmente, um par
energia elétrica será conduzida de um componente da rede a de fibras (dois fios): um para transmitir os sinais em um
outro pelo cabo. sentido e o outro fio para transmitir sinais luminosos no
sentido oposto (necessariamente, já que uma única fibra não
poderá transmitir sinais nos dois sentidos). Mas, o mais
comum, atualmente, é acumular vários fios de fibra óptica
dentro de um mesmo cabo grosso, como mostrado na figura a
seguir.

Conector RJ-45

Cabo coaxial
O cabo coaxial é formado por um condutor metálico central
(que representa o polo positivo), envolto por uma malha
metálica (polo negativo), que são, é claro, separados por um Cabo fibra óptica
dielétrico (um isolante, como polietileno ou teflon).
As fibras ópticas podem ser basicamente divididas em
fibras monomodo (single mode) e fibras multimodo (multi
mode) – essa diferença se dá basicamente na espessura do
núcleo (core) de vidro.
Uma fibra monomodo possui um core mais fino, que
Cabo coaxial permite que a luz trafegue praticamente em linha reta. Sua
principal característica é que a atenuação do sinal luminoso é
Entre as características dos cabos coaxiais, podemos citar menor, permitindo que haja mais comprimento útil de fio.
a sua baixa susceptibilidade a ruídos externos, sendo mais Uma fibra multimodo apresenta um core (núcleo) mais
indicado que os cabos STP para ambientes “hostis” às espesso, fazendo com que a luz “ricocheteie” nos limites do
comunicações. Há diversos tipos e medidas de cabos coaxiais núcleo. São fibras mais baratas de fabricar e,
usados em várias finalidades de comunicação. Havia consequentemente, de adquirir, mas o comprimento máximo
praticamente dois tipos de cabos coaxiais usados em redes de do segmento deste tipo de fibra é bem menor que o da fibra
computadores: o cabo fino (thin cable) e o cabo grosso (thick monomodo.
cable) – este último, muito antigo e sem uso atualmente.
Os cabos coaxiais são normalmente conectados a plugues TOPOLOGIAS DE REDE
(conectores) do tipo BNC, ainda usados hoje em equipamentos Serve para definir como os computadores vão se ligar
de vídeo profissionais (onde o cabo coaxial ainda é entre si. Em uma rede LAN (pelo menos nas mais simples),
amplamente usado). normalmente escolhe-se uma única topologia (forma) para
que os micros (também chamados de estações) fiquem ligados.
As topologias mais comuns são: barramento (barra); anel
e estrela.

Conectores BNC

Informática 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Topologia em barra (barramento) o copia e depois o reenvia, para que atravesse o restante do
Em uma rede ligada em barra, todos os computadores anel, em direção ao emissor. A mensagem volta para o emissor
estão ligados a um mesmo condutor central (um cabo, para que ele saiba, quando receber o pacote enviado por ele
normalmente) compartilhado (ou seja, os micros usam o mesmo, que a mensagem chegou a todos os micros da rede.
mesmo cabo, mas não simultaneamente). Pois, se voltou a ele, atravessou todo o anel (todas as estações
ligadas a ele).
Se um dos computadores falhar, toda a rede vai parar: note
que todo o anel é usado para a transmissão da mensagem em
questão. E para que o computador emissor receba seu próprio
pacote, ele deve passar (e ser retransmitido) por todos os
computadores que formam aquele anel, dando às placas de
rede desses computadores uma responsabilidade a mais:
Topologia barramento receber; verificar se é para si; retransmitir.
Logo, se as placas de rede têm de retransmitir os sinais que
Devido à sua forma “limitante”, a topologia barramento recebem, elas apresentam um comportamento ativo.
apresenta algumas características interessantes, e muito fáceis
de entender: Topologia em estrela
A rede funciona por difusão (broadcast): ou seja, uma Nesta topologia, os computadores estão ligados através de
mensagem enviada por um computador acaba, eletricamente, um equipamento concentrador dos cabos, o núcleo da rede,
chegando a todos os computadores da rede. Isso é ponto um equipamento que pode ser capaz de identificar o
pacífico. O condutor central é um FIO! Um cabo! Ou seja, ele transmissor da mensagem de destiná-la diretamente para
não tem condições de fazer outra coisa a não ser “mandar para quem deve receber.
todo mundo” os sinais elétricos que por ele trafegam. Se uma rede está realmente funcionando como estrela e se
Baixo custo de implantação e manutenção: devido aos o equipamento central tiver capacidade para tanto, dois ou
equipamentos necessários (basicamente placas de rede e mais computadores podem transmitir seus sinais ao mesmo
cabos). Essa característica é muito “relativa” porque hoje em tempo (o que não acontece nas redes barra e anel)
dia, as redes barra, montadas fisicamente, não existem mais.
As redes montadas fisicamente em barramento usavam
cabos coaxiais, ou seja, só era possível criar redes realmente
barra com cabos coaxiais. Como esse meio físico já está
aposentado há uma longa data, não são mais vistas por aí redes
barramento (pelo menos, não fisicamente).
Mesmo se uma das estações falhar, a rede continua
funcionando normalmente: pois os computadores (na
verdade, as placas de rede, ou interfaces de rede) se Topologia estrela
comportam de forma passiva, ou seja, o sinal elétrico é apenas
recebido pela placa em cada computador, e não retransmitido As principais características a respeito da topologia em
por esta. estrela são:
Também é fácil entender a razão dessa característica: o Em uma rede estrela de verdade, é comum que um
computador “A” envia algo através da rede barramento; a computador transmita um sinal (pacote) e este seja
transmissão elétrica é enviada para todos (broadcast); o transmitido especificamente para quem deve recebê-lo.
computador “B” estava desligado (opa!). Isso impede a Eventualmente, as redes estrela podem trabalhar por
mensagem de chegar aos demais, se estes estão ligados difusão, especialmente quando o equipamento central (nó
normalmente ao condutor central? Claro que não! central, como é usado em geral) não souber quem é o
Quanto mais computadores estiverem ligados à rede, pior destinatário (ou não tiver capacidade de ler a mensagem que
será o desempenho (velocidade) da mesma (devido à grande está passando por si).
quantidade de colisões). Para explicar melhor essa Todas as mensagens passam pelo nó central
característica, vamos estudar mais adiante a ideia de colisão (concentrador)
de pacotes em uma rede. Mas vamos aprofundar isso: o concentrador (ou nó
central) é um equipamento que recebe os cabos vindos de
Topologia em anel todos os computadores da rede e serve como um local para
Na topologia em anel, os computadores são ligados entre si encaixá-lo, realizando, assim, a ligação física efetiva entre os
em um caminho fechado (ou cíclico, como dizem alguns micros.
autores). Há basicamente dois equipamentos que assumem o papel
de concentrador: o hub e o switch. Esses dois equipamentos
são semelhantes fisicamente, mas bem distintos na forma
como trabalham.
Uma falha em uma estação (micro) não afeta a rede, pois as
interfaces (placas) de rede também funcionam de forma
passiva.
Facilidade na implantação e manutenção: é fácil ampliar,
Topologia anel
melhorar, instalar e detectar defeitos em uma rede fisicamente
em estrela. Por isso essa topologia atualmente é a mais usada.
Nesta topologia, as regras mudam bastante em relação à Atualmente, quando se fala em “essa rede é anel” ou “essa
topologia barramento devido à própria forma como os sinais rede é barra”, na verdade, refere-se à topologia lógica, porque,
elétricos vão se propagar entre os micros. As principais em sua grande maioria, as redes atualmente são estrela física.
características da topologia anel são: E, na verdade, a topologia física que mais facilmente admite
A mensagem enviada por um dos computadores atravessa funcionamento em outros modos (ou seja, topologias lógicas)
todo o anel, ou seja, quando um emissor envia um sinal, esse é a estrela.
sinal passa por todos os computadores até o destinatário, que

Informática 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Topologia física versus topologia lógica É fácil entender a imagem anterior:


Vamos analisar agora as variantes lógicas de uma rede 1. O micro “A” envia seu sinal na rede, objetivando o micro
estrela física. Começando, claro, com a própria rede estrela “B”; o sinal vai até o equipamento central específico para fazer
funcionando em estrela. o anel; este, por sua vez, envia o sinal ao próximo micro da
sequência (a fim de dar continuidade ao anel).
Topologia lógica em estrela 2. O micro seguinte lê o pacote, vê que não é para si e o
Quando o equipamento central (o concentrador) é capaz retransmite de volta ao nó central; este, novamente, envia ao
de ler os sinais que trafegam por ele e interpretar suas próximo micro.
informações a ponto de saber direcioná-los para o destino 3. Esse terceiro micro lê o pacote, verifica que esse pacote
específico, a rede física estrela funcionará como estrela lógica. não lhe pertence e o retransmite ao concentrador dessa rede;
É possível ver o envio de uma mensagem do micro “A” para o outra vez, o concentrador envia o pacote ao micro seguinte
micro “B” na figura a seguir. (que, no caso, já é o micro “B”).
4. O micro “B” recebe a mensagem e a lê, verificando que
ela é mesmo direcionada a ele; o micro “B” a assimila
(armazena e processa o pacote) e retransmite-o ao nó central
para que dê continuidade ao processo de transmissão no anel;
e este, para finalizar, envia o pacote de volta ao micro “A” (que
é o próximo micro), fazendo, assim a transmissão ser
encerrada.
Rede estrela física trabalhando em estrela lógica
ARQUITETURAS DE REDE
Essa montagem é possível quando o nó central é, por Baseando-se nas três topologias vistas, várias empresas de
exemplo, um equipamento chamado switch (comutador). Os tecnologia criaram seus próprios conceitos e definições a
switches têm a capacidade de ler os sinais (pacotes) que por respeito de redes de computadores. A esses conjuntos de
ele trafegam e, com isso, enviá-los exatamente para o micro de conceitos e características, damos o nome de arquitetura de
destino. rede.
Para que uma arquitetura de rede possa ser
Topologia lógica em barramento comercialmente usada, é necessário um processo de
Mas as redes estrela física também podem assumir outra padronização por parte de algum órgão, instituto ou empresa
configuração lógica, como barramento (a mais comum). Para desse gênero (como se passasse pelo selo do INMETRO para
tanto, basta que o equipamento central não saiba ler o sinal ser considerado seguro e pronto para o mercado). Na verdade,
(pacote) que passa por ele. A mensagem impreterivelmente tudo relacionado à informática nasce em alguma empresa e
será retransmitida a todos os segmentos ligados àquele nó deve passar pelo “crivo” da comunidade científico-comercial a
central (broadcast), já que ele não sabe filtrar nada. fim de ser aceita como “usável”. IEEE, ISO, EITA, ITU são alguns
Nesse caso, a mensagem chegará a todos os micros que, dos órgãos que definem padrões aceitos mundialmente.
consequentemente, a rejeitarão (à exceção do micro de Em primeiro lugar, vamos analisar algumas arquiteturas
destino, que a aceitará). Nota-se o funcionamento exato de utilizadas (atualmente e antigamente) em redes locais (LANs).
uma rede barramento.
Ethernet (IEEE 802.3)
A arquitetura de rede conhecida como Ethernet, definida
pelo padrão 802.3 do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos
e Eletrônicos) é, sem dúvida, a mais utilizada atualmente.
Consiste em ligar computadores em uma topologia de
barramento (lógica), permitindo, assim, o acesso de todos eles
ao meio de transmissão. (Lembre-se de que “barramento” é
um caminho necessariamente compartilhado)
Rede física estrela, lógica barra.
As redes Ethernet já foram montadas fisicamente em
barramento, ou seja, com cabos coaxiais e conectores BNC,
O equipamento responsável por essa forma de trabalho
mas, atualmente, é mais comum encontrar essas redes
chama-se hub. Um hub é um concentrador de cabos. Um hub
montadas fisicamente em estrela, fazendo uso de cabos de par
não possui nenhum tipo de “filtro” ou “seletividade” para
trançado e hubs ou switches. Em suma, uma rede Ethernet
enviar os sinais aos micros que realmente devem recebê-los.
pode apresentar sua topologia física como barramento ou
Um hub simplesmente faz a cópia de todos os sinais que recebe
estrela, mas sua topologia lógica (funcionamento) será sempre
e as envia na íntegra para todos os micros, portanto um hub
barramento.
funciona como aquele condutor central na rede barra física.
Também é possível encontrar variações da Ethernet com
É simples assim: energia elétrica entra em uma das portas
fibra óptica, o que traz a possibilidade de aumento da distância
do hub e é replicada para todas as outras, como um T (um
entre as estações envolvidas.
benjamin) desses de tomada elétrica.
As redes no padrão Ethernet originalmente (pelos idos da
década de 1980 até o início da década de 1990) se conectavam
Topologia lógica em anel
a uma velocidade de 10 Mbps (megabits por segundo) e hoje
Essa é mais rara hoje em dia. Mas quando havia redes em
já permitem taxas de transmissão bem superiores. As redes
anel, elas funcionavam exatamente assim: fisicamente em
Ethernet de segunda geração (também conhecidas como Fast
estrela.
Ethernet) transmitem dados a uma taxa de 100 Mbps. O
padrão mais novo de Ethernet transmite dados a 1.000 Mbps
(o equivalente a 1 Gbps – gigabit por segundo), por isso é
conhecido como Gigabit Ethernet.
Existe uma forma para determinar as características de
uma rede Ethernet usando apenas uma sigla. Na verdade, essa
sigla define um padrão, regulamentado pelos órgãos
competentes na área de comunicação de dados. Eu chamo
Rede física estrela, lógica anel.

Informática 41
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APOSTILAS OPÇÃO

simplesmente de VbaseC (onde V é Velocidade e C é o tipo do


cabo usado na rede).
- 10Base2: uma rede no padrão Ethernet montada com
cabo coaxial fino e que usa a velocidade de 10 Mbps (a
distância máxima entre uma estação e outra é de 185 metros).
Por usar cabo coaxial, a topologia física desse padrão é
barramento. Ele é bastante antigo e não é mais usado.
- 10Base5: uma rede que usa cabo coaxial grosso e
velocidade de 10 Mbps (a distância máxima entre uma estação
Transmissão Token Ring de “A” para “B”
e outra, nesse tipo de cabo, é de 500 metros). Uma rede nesse
padrão também usa topologia física de barramento. Esse é o
padrão Ethernet mais antigo de todos. É bastante simples o funcionamento da rede Token Ring:
- 10BaseT: uma rede de 10 Mbps que usa cabos de par 1. Um micro envia dos dados pelo anel.
trançado categoria 3 ou superior (T é justamente de trançado). 2. A mensagem (pacote) atravessa todos os computadores
A distância máxima entre a estação e o hub é de 100 metros do anel, sendo passada adiante por estes se não forem o
(limite do cabo). Por usar cabos UTP, a topologia física desta destinatário da mensagem.
rede é estrela (utiliza hub ou switch como nó central). 3. O micro destino recebe o pacote (copia-o para si) e o
- 10BaseF: uma definição que especifica qualquer rede passa adiante.
Ethernet de 10 Mbps que utiliza fibra óptica como meio de 4. A mensagem retorna ao computador que a enviou, com
transmissão (duas fibras – uma para transmitir, outra para isso, este poderá transmitir seu próximo pacote ou liberar a
receber). Há vários subpadrões com diferenças sutis entre eles rede para ser usada para a transmissão de outro pacote, vindo
(10BaseFX, 10BaseFB, 10BaseFP). A distância entre as de outra estação.
estações é uma das características que variam de acordo com
esses subpadrões. A topologia física dos padrões 10BaseF é Wi-Fi (IEEE 802.11) – Redes LAN sem fio
estrela. Como o nome já diz, esta arquitetura de rede não utiliza
- 100BaseTX: uma rede Fast Ethernet (100 Mbps) que usa cabos de cobre nem fibra óptica. Os sinais são transmitidos
cabos de par trançado categoria 5. Nesse padrão, o cabo UTP entre os computadores através de ondas eletromagnéticas.
usa apenas dois dos quatro pares. A distância máxima entre a Wi-Fi é, portanto, uma arquitetura que especifica o
estação e o Hub é de 100 metros (limitação do cabo). funcionamento de uma WLAN (Wireless LAN, ou LAN sem fio).
Apresenta topologia física em estrela. Esse padrão é muito Note que WLAN é um termo genérico, pois significa qualquer
utilizado atualmente, com hubs (ou switches) como nós “rede local sem fio”, porém Wi-Fi é o termo que designa essa
centrais da rede. tecnologia, também conhecida como 802.11. (Porque essa
- 100BaseFX: uma rede Fast Ethernet (100 Mbps) que usa arquitetura de redes foi padronizada segundo a norma 802.11
dois cabos fibra óptica (um para transmitir e um para receber). do IEEE.)
A distância máxima entre as estações é de 2.000 metros. A Na verdade, Wi-Fi significa Wireless Fidelity (ou
topologia física deste padrão Ethernet é estrela. Fidelidade sem fio) e é um “título” dado a todos os
- 1000BaseT: uma rede Gigabit Ethernet (1.000 Mbps, que equipamentos (e programas) que “seguem à risca” a cartilha
é o equivalente a 1 Gbps) que utiliza cabos de par trançado proposta pelo padrão IEEE 802.11. Portanto, se um
UTP categoria 5, 5e ou 6. Por usarem cabos que já são equipamento mereceu o título de Wi-Fi, é sinal de que ele é
amplamente difundidos em redes Fast Ethernet, a “migração” perfeitamente compatível (ou seja, está em concordância) com
para esse padrão de 1.000 Mbps é mais fácil (a maioria das os padrões descritos para redes locais sem fio.
redes de computadores montadas atualmente já é neste As redes no padrão 802.11 usam uma topologia lógica de
formato). A distância máxima entre estação e hub é de 100 barramento (portanto, trabalham por difusão) e controlam o
metros (que é o limite do cabo). A topologia física deste acesso dos computadores através de um sistema semelhante
padrão, claro, é estrela! ao CSMA/CD das redes Ethernet. Nas redes 802.11, o método
de acesso ao meio é chamado CSMA/CA (Carrier Sense with
Token Ring (IEEE 802.5) Multiple Access and Collision Avoidance – algo como Sensor de
A Arquitetura Token Ring foi desenvolvida pela IBM para Portadora com Acesso Múltiplo Evitando Colisões).
ligar computadores em anel e hoje é regulamentada pela
norma 802.5 do IEEE. A Arquitetura Token Ring já foi muito
mais utilizada, mas hoje perdeu completamente seu espaço
para as redes Ethernet. A taxa de transferência máxima de uma
rede Token Ring é de 16 Mbps (um pouco mais que o Ethernet
original, mas com certeza bem menos que o Fast e o Gigabit
Ethernet).
Na arquitetura Token Ring, as placas de rede dos Funcionamento da Rede IEE 802.11 em modo Infraestrutura
computadores têm comportamento ativo, ou seja, elas
funcionam como o que chamamos de repetidores. Para que Nessa rede, os computadores são dotados de placas de
uma mensagem atravesse todo o anel, ela deverá passar por rede especiais, criadas apenas para essa finalidade. São placas
todas as estações, que, por sua vez, irão receber os sinais de rede que possuem antenas para transmitir e receber os
elétricos e retransmiti-los para os demais computadores (na sinais das outras placas em vez de conectores como o RJ-45.
verdade, é a placa de rede Token Ring que faz isso). É preciso Uma rede Wi-Fi pode ser montada basicamente de duas
lembrar também que a mensagem chega ao destino e retorna maneiras:
para a origem. A mensagem atravessa todo o anel. Modo Infraestrutura: os micros são ligados entre si por
meio de um equipamento central (algumas vezes chamado de
hub sem fio). Esse equipamento recebe as transmissões de
uma estação e as passa para todos (difusão). Esse
equipamento é chamado de Ponto de Acesso (Access Point);

Informática 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Modo Ad-Hoc: os micros são ligados diretamente uns aos variados), a rede ATM divide os dados a serem transmitidos
outros (placa de rede direto para placa de rede), ou seja, sem a em pacotes muito pequenos (conhecidos como células). Uma
presença de um ponto de acesso. célula ATM tem exatamente 53 Bytes, dos quais 5 são para
cabeçalho (informações de endereçamento e caminho para a
entrega dos dados) e 48 são de dados propriamente ditos
(payload).
Esta é a principal característica que se pode cobrar sobre o
ATM: o tamanho de sua célula.
Por causa do nome de seus pacotes (células), o ATM é
Rede Wi-Fi em modo Ad-Hoc conhecido como Cell Relay (algo como “chaveamento de
células”).
Subpadrões 802.11 Essa tecnologia está sendo amplamente usada nas
Dentro do padrão IEEE 802.11, há diversos subpadrões operadoras de telecomunicações, como as empresas
desenvolvidos e incentivados por várias empresas, entre eles telefônicas, para a interligação entre suas centrais regionais e
podemos destacar quatro que são diferentes na frequência que até mesmo em alguns serviços de ADSL (Internet Banda Larga)
utilizam para transferir os dados e na taxa máxima de para usuários finais.
transferência.
802.11b: o padrão mais antigo. Os equipamentos que Frame Relay
trabalham neste padrão usam uma frequência de 2,4 GHz e Frame Relay é uma tecnologia para ligação de
transmitem dados a 11 Mbps (pouco mais que a velocidade da computadores em WAN descendente da antiga tecnologia
arquitetura Ethernet original). X.25. No Frame Relay, os dados são separados em unidades
802.11g: atualmente, é o padrão de rede Wi-Fi mais usado. conhecidas como frames (quadros) que são enviados através
Também utiliza a faixa de frequência dos 2,4 GHz (o que de linhas que transmitem sinais analógicos.
garante a perfeita comunicação entre equipamentos “b” e “g”). Essa tecnologia é usada (ainda) por empresas de
Transmite dados a 54 Mbps. É claro que para transmitir a 54 telecomunicações (como as operadoras telefônicas) para
Mbps, é necessário que todos os equipamentos envolvidos permitir a ligação com centrais e usuários longe dos centros,
sejam do padrão “g”. onde tecnologias como ATM ou ADSL não podem chegar –
802.11a: é um padrão pouco usado no Brasil que utiliza a como em áreas rurais, por exemplo.
faixa de frequência de 5 GHz para transmitir a 54 Mbps. Devido As operadoras que fornecem o serviço de Frame Relay o
à diferença de frequência, equipamentos nesse padrão não vendem em várias velocidades, desde 56 Kbps a 1,5 Mbps
conseguem se comunicar com os outros padrões citados. (para usuários finais) até as taxas de transmissão mais altas,
802.11n: realiza transmissões da ordem de 300 Mbps (três usadas para grandes clientes e interligação entre centrais da
vezes mais que o Fast Ethernet), usando as duas faixas de própria operadora (até 100 Mbps). Mas essa tecnologia está
frequência possíveis (2,4 GHz e 5 GHz) para que os caindo em desuso graças ao ATM e a outras tecnologias novas
equipamentos “n” possam se comunicar com outros de todos para WAN.
os padrões.
Alguns fabricantes criaram equipamentos “n” com WiMAX (IEEE 802.16)
velocidades de até 600 Mbps, mas que só funcionam se todos WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave
os equipamentos envolvidos (placas de rede e pontos de Access ou Interoperabilidade Mundial para Acesso por Micro-
acesso) forem da mesma marca. ondas) é uma tecnologia de transmissão de dados para redes
de computadores de área metropolitana (MAN) sem fio. Daí o
ARQUITETURAS PARA MANS E WANS nome de WMAN (Wireless MAN – MAN sem fio).
Há também tecnologias (arquiteturas) importantes de ser O padrão 802.16 foi totalmente homologado em 2002 e
estudadas em redes metropolitanas (MAN) e redes de longo hoje já é realidade em algumas cidades do mundo (incluindo
alcance (WAN). Essas arquiteturas permitem a comunicação algumas aqui no Brasil, a exemplo de Belo Horizonte e Rio de
entre computadores distantes entre si alguns (ou muitos) Janeiro).
quilômetros. Através do WiMAX, uma antena é colocada em um
São utilizadas por várias empresas, desde pequenas que determinado ponto da cidade e esta cria uma área de cerca de
queiram ligar suas filiais em uma mesma cidade até gigantes 50 km de raio. A velocidade praticada por essa tecnologia
de telecomunicações que queiram expandir seu “domínio” e chega a 70 Mbps (pouco mais que as redes Wi-Fi “a” e “g” e
oferecer uma estrutura mais ampla para seus assinantes. menos que a “n”).
Eis algumas tecnologias importantes que devemos O WiMAX usa uma faixa de frequência de 2,3 a 2,5 GHz e,
conhecer. (Não que apareçam assim nas provas o tempo todo, em alguns países, de 3,3 GHz. Futuras aplicações dessa
mas é possível que sejam citadas em uma ou outra) tecnologia darão conta de uso de outras faixas de frequência
(algumas superiores a 10 GHz).
ATM WiMAX é uma tecnologia para redes MAN
ATM (Asynchronous Transfer Mode – Modo de (metropolitanas) e um uso interessante para essa tecnologia é
Transferência Assíncrono) é uma tecnologia de comunicação o fornecimento de Internet em banda larga para locais onde as
de dados que permite a construção de redes LAN, MAN e WAN. operadoras telefônicas e de TV a cabo não podem ir para
O ATM é uma arquitetura de rede orientada a conexão, ou seja, fornecer alta velocidade no acesso à Internet.
antes de mandar o primeiro pacote de dados, o emissor
verifica se a conexão entre ele e o receptor foi estabelecida IEEE 802 – redes de computadores
(essa conexão é chamada “circuito virtual”). O IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos) é
A principal proposta desta arquitetura é permitir o tráfego um órgão que “dita as regras” acerca de quase todos os
de vários tipos de dados: voz, vídeo, serviços de rede etc. Pode- equipamentos de informática e telecomunicações atualmente,
se atingir 155 Mbps (em cabos de cobre ou fibra óptica) ou até como já sabemos. Algumas poucas são exceções ao “jugo” do
622 Mbps (usando exclusivamente a fibra óptica). IEEE.
Uma das principais características da rede ATM é a forma Como vimos exaustivamente, o IEEE também escreveu
como ela transfere os dados. Diferentemente de várias outras padrões (documentos de padronização) para quase todos os
redes, que usam blocos de dados enormes (e com tamanhos tipos de tecnologias de redes de computadores atualmente

Informática 43
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APOSTILAS OPÇÃO

vigentes. Esse conjunto de normas (feito especialmente para Endereço MAC (endereço físico)
determinar os padrões relacionados com as redes de Cada placa de rede que é fabricada recebe um número
computadores) é chamado de Projeto 802. único, que a diferencia de qualquer outra placa. Esse número é
O Projeto IEEE 802 é dividido em diversos WG (Working conhecido como MAC Address (Endereço MAC) ou Endereço
Groups – Grupos de Trabalho) e cada um desses grupos atua Físico.
em um cenário diferente dentro do vasto mundo das redes de O endereço MAC é uma espécie de “número de chassi” da
computadores. placa de rede, pois cada fabricante coloca o endereço no
momento da montagem da placa e esse endereço não será
EQUIPAMENTOS USADOS NAS REDES usado por nenhuma outra placa de rede no mundo.
Para que ocorra a comunicação entre computadores é O endereço MAC é formado por 48 bits (48 “zeros e uns”).
necessário o uso de alguns equipamentos, que serão Isso significa que o endereço MAC é, na verdade:
explicados a seguir. 10000110000110111101111000100111110000100011
0110
Placa de rede (ou adaptador de rede) Mas normalmente, o endereço MAC de uma placa de rede
É o equipamento que deve existir em cada computador é representado (e visto por nós, humanos) como um conjunto
para que eles possam se conectar a uma rede local (LAN). A de seis duplas de dígitos hexadecimais. Eis o mesmo endereço
placa de rede (ou NIC – Network Interface Card, – Placa de MAC, desta vez em hexadecimal:
Interface de Rede, ou ainda Adaptador de Rede) é um 86:1B:DE:27:C2:36
periférico normalmente instalado no interior do gabinete do Como os endereços MAC são gravados nas memórias ROM
computador, diretamente em um dos slots da placa-mãe das placas de rede, eles não podem ser alterados e estão, para
(normalmente um slot PCI). sempre, associados àquela placa de rede em si (àquele exato
Também é possível que a placa de rede já seja fabricada na equipamento).
própria placa-mãe (prática, aliás, muito comum hoje em dia) O endereço MAC é composto por 48 bits, dos quais, os 24
tanto nos notebooks quanto nos micros de mesa (desktops). iniciais representam a identificação do fabricante. Ou seja,
Uma placa de rede é fabricada para se comunicar com um duas placas de fabricantes diferentes já apresentam, de
tipo específico de arquitetura, ou seja, com um determinado imediato, os conjuntos de 24 primeiros bits diferentes.
tipo de protocolo, cabeamento também específico entre outras Se duas placas são de fabricantes diferentes, elas já têm o
coisas. Logo, há vários tipos de placas de rede disponíveis no início dos seus endereços MAC diferentes. E se duas placas são
mercado, pois há vários tipos de arquiteturas de redes. (As do mesmo fabricante, ele vai ter condições de controlar que
duas mais usadas são a Ethernet e a Wi-Fi.) não fará duas placas com o mesmo final.
Um computador pode ter mais de uma placa de rede de
mesma arquitetura. Um exemplo bem simples são os Repetidor
notebooks vendidos atualmente: todos eles saem das fábricas É um equipamento usado para regenerar o sinal elétrico
com duas placas on-board – uma placa Ethernet e outra placa (ou mesmo o luminoso) para que este possa ser transportado
Wi-Fi por uma distância maior.
Veja dois exemplos de placas de rede conectáveis ao Os cabos usados nas conexões de rede convencionais
barramento PCI das placas-mãe dos micros desktop (micros possuem uma limitação de distância (cada tipo de cabo tem a
de mesa). sua), o que causa a atenuação (enfraquecimento) do sinal. Por
isso, usamos repetidores para regenerar (gerar novamente) o
sinal que se perderia pelo cabo.
Há repetidores para qualquer tipo de rede, mesmo para
aquelas que não usam fios e, para essas, é apenas um ponto
com antenas que retransmitem o sinal recebido.
Atualmente, não é muito comum encontrar um
Placa de rede Ethernet (conector RJ45) equipamento repetidor (apenas repetidor) no mercado. O
mais comum é encontrar equipamentos diversos que
acumulam a função de repetidores (como os hubs e switches
atuais, que também servem como repetidores, regenerando os
sinais que por ele passam).

Placa de rede Wi-Fi (possui antena) – Assim como a Ethernet ela deve ser
encaixada no barramento PCI da placa mãe.

Exemplo do funcionamento de um Repetidor


Em um micro portátil, praticamente todas as placas são
instaladas na própria placa-mãe, ou seja, são todas on-board.
O repetidor é um equipamento que pertence à camada 1
Em alguns casos, pode-se comprar placas especiais de
(chamada de camada física) do modelo OSI.
expansão que encaixam na interface PCMCIA (CARD BUS) –
que hoje é menos comum – ou pequenos adaptadores que são
Hub
plugados em qualquer porta USB, como o visto a seguir.
Um hub é um equipamento que serve como “centro” de
uma rede Ethernet. Um hub é um equipamento simplório, que
recebe os fios vindos dos micros (cabos de par trançado) e os
conecta (conectores RJ-45) em sua estrutura.

Adaptador Wi-Fi USB

Informática 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Uma ponte pode ser usada, em alguns casos, para ligar dois
segmentos de rede de mesma arquitetura (especialmente
Ethernet).
Se uma ponte for colocada em um ponto estratégico da
rede, ela consegue analisar quais quadros devem passar por
Hub ela (para o outro lado) e quais não devem.
Com esse tipo de filtro, quadros vindos de um setor de uma
Internamente o hub é apenas um barramento (uma empresa, por exemplo, e endereçados para aquele mesmo
conexão em topologia barra), o que explica seu funcionamento setor não atravessariam toda a rede, mas seriam “bloqueados”
limitado e pouco inteligente. (Ele só funciona através de pela ponte que saberia que eles não deviam passar.
broadcast – ou seja, transmitindo para todos os demais O uso da ponte ligando partes de uma mesma arquitetura
micros). o hub Ethernet não faz nenhum tipo de filtro ou de rede, portanto, a transforma num dispositivo segmentador,
seleção sobre os dados que passam por ele. O hub sequer mas não requer nenhum uso de sua função tradutora. Com a
entende o que passa por ele. Os dados que são transmitidos rede Ethernet dividida em segmentos bem definidos pela
passam pelo hub e, então, são imediatamente enviados a todos ponte, o número de colisões na rede diminui bruscamente,
os demais computadores. visto que agora o broadcast não atingirá necessariamente toda
a rede.

Hub funcionando como broadcast

O hub não tem como trabalhar de outra forma, a não ser Um quadro enviado para um computador que pertence ao
por broadcast, porque, internamente, ele é só um barramento mesmo seguimento não precisa passar pela ponte.
(fios). Esse barramento conduz os sinais elétricos para todas Quando uma ponte é colocada em uma rede Ethernet para
as demais estações (porque, caro leitor, é isso que um “fio” faz, separar a rede, chamamos cada “parte” resultante de
não é?). Segmento de Rede, ou Domínio de Colisão. Portanto.
Um domínio de colisão é, portanto, uma área da rede de
Ponte computadores onde quadros (ou pacotes) colidem, se duas
É um equipamento criado, originalmente, para interligar estações tentarem acesso ao meio simultaneamente.
segmentos de rede de arquiteturas diferentes e permitir que Se o micro “A” mandar um quadro para o micro “B” (eles
eles se comuniquem normalmente. A ponte (bridge) é estão no mesmo segmento, que chamaremos de segmento 1) e
instalada entre um segmento de rede Ethernet e um segmento o micro “C” mandar um quadro para o micro “D” (ambos no
de rede Token Ring, por exemplo, e permite que os quadros outro segmento – o segmento 2), os dois quadros serão
(quadros de dados) passem de uma para a outra, caso seja transmitidos perfeitamente (e ao mesmo tempo) porque eles
necessário. não irão colidir.
Devido à heterogeneidade de algumas redes locais, que O quadro enviado por “A” não passará para o segmento 2
podem apresentar variadas arquiteturas, como pedaços que (porque a ponte o cortará) e o quadro transmitido por “C” não
usam Ethernet e outros que usam Token Ring, por exemplo, é passará para o segmento 1 (pelo mesmo motivo).
necessário ligar esses “pedaços” para que se comuniquem. Mas
há um “empecilho” para essa “união”. Switch
Tomando o exemplo anterior, em que analisamos uma É que um equipamento externamente semelhante a um
rede formada por uma parte dos computadores ligados a um hub (várias conexões para vários micros), mas que
segmento Ethernet e os demais ligados a um anel na rede internamente possui a capacidade de chaveamento ou
Token Ring, a ligação direta entre esses dois segmentos comutação (switching), ou seja, consegue enviar um pacote
“mutuamente estrangeiros” não é possível. (um quadro, mais precisamente) exatamente para o segmento
Regras diferentes, protocolos de acesso diferentes. Em de destino.
suma, linguagens diferentes. Esses dois segmentos não Cada cabo (e micro) ligado ao switch está,
conseguem se comunicar diretamente sem o intermédio de um necessariamente, em um segmento diferente, e não em um
“intérprete”. único barramento, como acontece no caso do hub.
Em outras palavras, o switch divide a rede em diversos
segmentos, mais ou menos como a ponte. (A ponte só faz a
segmentação da rede Ethernet em dois segmentos.) Além
disso, a ponte faz o seu serviço por meio de software
(programa) e o switch realiza essa segmentação diretamente
no hardware (seus circuitos foram construídos para isso).

Ponte fazendo a ligação entre uma rede Ethernet e um rede anel

A ponte servirá como tradutora dos quadros Ethernet, por


exemplo, para quadros Token Ring e vice-versa. Isso permite
que os quadros no formato Ethernet sejam convertidos em
quadros que podem ser entendidos e retransmitidos na rede Switch
Token Ring.

Informática 45
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APOSTILAS OPÇÃO

Devido às capacidades de chaveamento do switch, seu uso


em uma rede Ethernet faz as colisões diminuírem bastante
(em matéria de quantidade).
Há diversos switches para várias tecnologias de redes de
computadores diferentes, como Ethernet, ATM entre outras.
Vamos focar, claro, nos switches Ethernet, que são os mais
comuns atualmente. (Devido ao fato de que essa tecnologia é a
mais usada nos nossos dias.)
O switch, como já foi dito, tem condições de ler os quadros Exemplo de um roteador ligando três redes distintas
que por ele trafegam. Essa leitura é possível porque o switch
possui processador e memória para realizar tais operações (ou Algo interessante aqui é: o endereço MAC não é o mais
seja, ele não é somente “uma caixa com um conjunto de fios” importante nas comunicações entre redes. O endereço MAC de
como o hub). cada placa de rede é imprescindível nas comunicações que se
Depois de ler o endereço MAC, o switch é capaz de enviar processam em uma única rede. (Quando uma placa de rede
aquele quadro exatamente para o segmento em que o micro quer se comunicar com outra na mesma rede.) Em redes
cujo MAC é igual àquele está localizado, não é?” diferentes, surge uma nova forma de localização e
O switch lê o quadro e, identificando o endereço MAC do identificação de origem e destino: o endereço lógico.
destino, envia o quadro para o segmento exato. Para isso, é O endereço MAC é chamado de endereço físico, pois está
necessário que o switch saiba previamente os endereços MAC contido em cada placa de rede em sua memória ROM. Esse
dos micros ligados a ele. endereço é usado nas comunicações que acontecem dentro de
uma única rede (sem ter de passar pelo roteador). Mas, quando
Ponto de acesso (Access Point) há necessidade de comunicação com computadores em outras
Como já foi visto rapidamente, para que uma rede de redes (ou seja, a mensagem tem de passar pelo roteador da
computadores Wi-Fi seja montada em modo conhecido como rede), o endereço MAC perde, em muito, a sua importância,
infraestrutura, é necessária a presença de um equipamento pois o roteador lê, a prioridade de um endereço de maior
que centraliza todas as comunicações desta rede. Esse abrangência, chamado de endereço lógico (que, na Internet, é
equipamento é conhecido como ponto de acesso Wi-Fi ou chamado de endereço IP).
simplesmente ponto de acesso. (Alguns livros não traduzem o O roteador lê endereços MAC, pois ele vai precisar disso
termo do inglês, portanto se referem a ele como AP – Access para enviar os pacotes na forma de quadros na rede de destino.
Point.) A questão do roteador é que, para o desempenho de sua
função, o endereço IP é mais importante que o endereço MAC.
E é conhecendo o endereço IP do micro de destino que se
descobre o seu endereço MAC.

MODELO DE CAMADAS ISO/OSI


Ponto de acesso Wi-Fi O modelo OSI é composto por sete camadas diferentes e é
um marco da padronização de redes de computadores. Na
Cabe ao ponto de acesso (e das placas de rede Wi-Fi) tratar prática, ele não é seguido à risca pelas empresas que
de questões como evitar as colisões (CSMA/CA), criptografar e atualmente trabalham com tecnologias de redes, mas é a partir
descriptografar os quadros que se encontram em redes que desse modelo que novos modelos são criados. Por esse motivo,
usam segurança (WEP ou WPA), entre outras tarefas. o modelo OSI é chamado Modelo de Referência ISO/OSI.
O ponto de acesso é, assim como ponte, placa de rede e As sete camadas do modelo de redes OSI são:
switch, um equipamento da camada 2 (camada de enlace).
Camada 1 – camada física
Roteador Descreve os equipamentos físicos usados na transmissão
Roteador (ou router) é o nome dado a um equipamento dos sinais brutos (elétricos, luminosos ou eletromagnéticos) e
capaz de rotear! Rotear significa definir a rota. Um roteador é os meios de transmissão. São integrantes desta camada os
um equipamento que, em suma, define a rota a ser percorrida cabos (UTP, fibra óptica, coaxial), os repetidores, os conectores
pelos pacotes da origem ao destino. (RJ-45, BNC), as ondas de RF, as ondas infravermelhas e os
O roteador é um equipamento descrito como pertencente hubs.
à camada 3 (camada de redes) – ou seja, ele é mais A preocupação desta camada não é com o significado dos
“especializado” que o switch, a ponte e o ponto de acesso. dados transmitidos (pacotes, mensagens), mas sim com a
“Tudo bem, mas em que consiste essa ‘especialização’? No forma física de sua transmissão (voltagem correta para
que ele se diferencia dos equipamentos já vistos?” determinar os bits 0 e 1 elétricos, corrente elétrica, frequência
É simples, o roteador não serve para interligar de transmissão, duração do bit), ou seja, a forma “bruta” dos
computadores ou segmentos dentro de uma mesma rede. O sinais que transmitem dados.
roteador serve para interligar redes distintas! Ou seja, ele não O hub pertence à camada 1 porque ele não consegue
liga dois ou três micros em uma rede; liga duas ou três redes entender nada além de sinais elétricos. Nesse sentido, o hub é
em uma estrutura conhecida como inter-redes (ou Inter-net). tão “inteligente” quanto um fio, afinal, ele é somente um
conjunto de fios mesmo!
Se qualquer equipamento da camada 1 (hubs, fios,
repetidores) pudesse “dizer o que está vendo”, diria que por
ele estão passando somente vários
Roteador
001001010100101010101.
A figura a seguir mostra um exemplo de Inter-net (ou
Inter-Networking, que traduzindo seria “estrutura de ligação Camada 2 – camada de enlace (ou enlace de dados)
entre redes”). Esta camada é responsável por “reunir” os sinais brutos
(zeros e uns) e “entendê-los” como quadros, identificando suas
origens e destinos (endereços MAC) e corrigindo possíveis
erros ocorridos durante a transmissão pelos meios físicos.

Informática 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Como os dispositivos da camada 1 são apenas “fios” (ou Roteadores leem endereços IP e é por isso que podem
seja, transmitem sinais brutos, sem nenhum grau de encaminhar (rotear) um pacote entre uma rede e outra.
“inteligência”), torna-se responsabilidade dos dispositivos da Portanto, os roteadores (e todos os protocolos, como o IP) são
camada 2 detectarem (e, se possível, corrigirem) as besteiras descritos na camada 3 (camada de redes) porque possibilitam
que a camada 1 venha a cometer. a comunicação entre redes distintas.
Como vemos, qualquer dispositivo que consiga entender Na camada 3 chamamos de pacotes mesmo! Mas isso é
os quadros e ler os endereços MAC, permitindo, assim, a meio “burocrático”. Vamos ver mais adiante a ideia de PDU e
comunicação dentro de uma única rede (ou seja, qualquer entender isso melhor!
comunicação que não “atravesse” um roteador) está A principal diferença é que um quadro pode ser
automaticamente classificado como pertencente à camada 2. transportado apenas por um único enlace físico (uma única
Os equipamentos físicos que merecem pertencer à camada 2 rede), pois o endereço que dá identificação de origem e destino
são a placa de rede, a ponte, o ponto de acesso e o switch. para os quadros (endereço MAC) só tem “competência” dentro
Os protocolos CSMA/CD, CSMA/CA e as diversas de uma única rede. Um pacote pode ser enviado entre redes
tecnologias de rede (Ethernet, FDDI, Token Ring, ATM, IEEE diferentes, porque usa, como identificador, um endereço que
802.11 etc.) também são descritos como pertencentes a essa atua em um “cenário” mais abrangente, envolvendo diversas
camada, pois regulam, justamente, a comunicação entre redes diferentes (esse endereço é o endereço IP – ou endereço
computadores dentro de uma única rede. Ou seja, na camada 2 lógico).
não existem apenas componentes físicos, mas lógicos Então, resumindo: falou-se em “camada 3”, então pense,
(protocolos) também. imediatamente, em equipamentos e protocolos (regras) para a
Quando uma comunicação é realizada entre duas redes comunicação entre redes distintas. Falou em endereço IP, em
diferentes, ela necessita de um equipamento roteador e vez de endereço MAC, é camada 3. Qualquer equipamento
passará a ser efetuada usando os endereços lógicos (que (roteador, por exemplo) que consiga ler endereços IP pertence
conheceremos como endereços IP). Isso já é responsabilidade à camada 3.
da camada 3 (camada de rede), na qual estão inseridos o
roteador e o endereço IP. Camada 4 – camada de transporte
Qualquer equipamento que seja responsável por Até agora, vimos camadas muito próximas ao hardware, ou
estabelecer, realizar e encerrar a comunicação entre duas seja, muito próximas à comunicação entre as máquinas, os
estações dentro de uma mesma rede (um mesmo “enlace”), roteadores (camada 3) e as placas em uma única rede (camada
sendo capaz, para isso, de ler e interpretar os endereços MAC 2); ou ainda a comunicação pura no fio (camada 1).
presentes nos quadros é, sem dúvidas, pertencente à camada Chegou a hora de analisar a comunicação sob outra óptica
2 (camada de enlace). (e é essa a diferença entre as camadas – apenas a óptica sob a
E tem mais... Não são só equipamentos, não! Protocolos de qual se veem as mensagens durante a comunicação – mas isso
acesso ao meio e arquiteturas de LANs, MANs e WANs também é assunto para mais adiante). Enfim, chegou a hora de analisar
são considerados itens da camada 2! a comunicação sob a óptica da mensagem e não da troca de
Falou-se em quadros (frames), falou-se em camada de pacotes e/ou quadros.
enlace (camada 2). Falou-se em endereços físicos (endereços Uma mensagem é qualquer bloco fechado de informações
que estão presentes nas próprias interfaces de rede – as placas que se deseja transmitir, como um e-mail, um arquivo PDF,
de rede), como os endereços MAC, falou-se em camada 2 uma foto, uma página da Internet, uma música em MP3,
também! qualquer arquivo que se deseja transmitir pela estrutura das
redes. Já havíamos visto isso!
Camada 3 – camada de rede Dependendo da estrutura das redes envolvidas, a
É a camada em que se localizam os equipamentos e mensagem (inteira) não pode ser transmitida sem que antes
protocolos responsáveis por interligar diversas redes. Os seja dividida em pequenos pedaços (os pacotes – quando
equipamentos (e protocolos) que criam e mantêm um analisados sob a óptica da camada 3 – ou quadros – quando
ambiente inter-redes (inter-net), como o roteador, por vistos na camada 2).
exemplo, são pertencentes à camada 3. Vamos a um Não importa qual o tamanho do pacote ou quais as
comparativo entre a camada 2 e a camada 3. características do quadro daquela tecnologia de rede em si, as
Quando a comunicação se dá dentro de uma única rede, mensagens originalmente escritas em bom português serão
como vimos, as estações (computadores) envolvidas transmitidas, pelos fios, da maneira como sempre foram...
reconhecem-se mutuamente pelos seus endereços MAC 001001010010101001010101 (pulsos físicos que significam
(endereços físicos). Toda a comunicação é feita por meio de “0” e “1”).
pequenos pedaços de informação chamados quadros (frames) Então, uma mensagem escrita em português segue um
devidamente identificados com o endereço MAC da origem e o longo caminho desde o momento em que é digitada pelo
endereço MAC do destino. usuário até o momento em que começa a trafegar pelos fios. E
Tudo isso é ambiente “de camada 2”. Todos os envolvidos a participação da camada 4 é vital para o funcionamento
(placas de rede, switches, pontes, CSMA/CD, passagem de desses processos.
token etc.) são pertencentes à camada 2. A camada 4 (camada de transporte) tem como
Porém, quando a comunicação “extrapola” uma rede, responsabilidade oferecer meios de controle da transmissão:
“transborda” para outras redes (ou seja, quando uma métodos e técnicas que permitam a perfeita conversa entre
mensagem tem de sair da rede em que o micro de origem está origem e destino, de modo que a mensagem inteira que saiu
para chegar a outra rede, onde o destino se encontra), é consiga chegar perfeitamente, mesmo que isso leve centenas
necessário que “entrem em ação” equipamentos e protocolos de pacotes que passarão por dezenas de redes distintas.
diferentes, capazes de “se virar” (ter “jogo de cintura”) para Uma mensagem (e-mail, por exemplo) é uma entidade
propiciar a comunicação nesse ambiente. única. Ninguém envia ½ e-mail. (Embora alguns digam que “2
Para começo de conversa, em uma comunicação inter- mails = 1 inteiro” – hehehe – piada infame, desculpe... Só tem
redes (entre redes distintas), não se usa, a priori, o endereço graça quando ela é “ouvida”, não “lida”...)
MAC (endereço físico), mas outro endereço, válido para a Voltando ao assunto: sempre enviamos um e-mail
estrutura de Internet inteira, chamado endereço IP (é o mais (inteiro), não importa seu tamanho ou a quantidade de anexos
usado hoje). que ele possui (essa característica influencia diretamente no

Informática 47
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tamanho do e-mail). Então, se eu envio um e-mail, quero que Camada 6 – camada de apresentação
esse e-mail, inteiro, chegue ao destino, não é mesmo? Esta camada, assim como a de sessão, é descrita apenas no
Mas para que isso ocorra, esse e-mail tem de ser dividido modelo OSI e em mais nenhum modelo de camadas prático!
em diversos pedaços para atravessar a Internet (pacotes) e, Portanto, é perfeitamente possível deduzir que essa camada
em cada rede por onde ele passar, deverá adequar-se à também é “teoria” – apenas utopia.
tecnologia daquela rede sendo colocado em quadros. A que se propõe a camada de apresentação? Basicamente
Pois bem. Como sabemos que a mensagem será dividida, é conversão! A camada de apresentação tem a árdua tarefa de se
interessante ter uma camada que faça a divisão de maneira comunicar com a camada de aplicação (que está intimamente
adequada (separe as mensagens) no emissor, atribua-lhe ligada aos usuários). Da camada de aplicação (camada 7),
números de controle (como “pacote 1 de 15”, “pacote 2 de 15”, provêm os mais variados tipos de informação (e-mail, páginas,
“pacote 3 de 15” etc.) e, quando estes chegarem ao micro de arquivos PDF, arquivos MP3) que precisam ser transformados
destino, a mesma camada naquele micro possa unir os pacotes (digamos “traduzidos”) para um formato geral, um formato
enviados em ordem correta, resultando, assim, na montagem que isentasse a camada de transporte de problemas para
perfeita da mensagem original. separar os pacotes.
Essa camada “separadora”, “conferente” e “juntadora” é a Esse processo de transformar as mensagens de formato
camada de transporte. A camada 4 não se responsabiliza por variado em um formato genérico único, que servirá para
mandar os pacotes de roteador em roteador, tampouco é facilitar todo o processo de transmissão que se segue, inclui
responsabilidade dela mexer com os quadros, enviando-os procedimentos como criptografia (reescrita embaralhada das
entre as estações numa rede. Esses são trabalhos das camadas informações) e compactação.
inferiores. A camada de apresentação traduz as mensagens vindas da
A camada de transporte é responsável pela comunicação camada de aplicação para um formato genérico antes de serem
fim a fim (origem-destino). Ela é responsável pela perfeita transmitidas. Além disso, criptografia e compactação também
troca de mensagens entre o emissor (que as separa em são tarefas desempenhadas por essa camada.
pedaços, atribuindo uma ordem a eles) e o receptor (que
recebe tais pedaços e os junta ordenadamente). É a camada de Camada 7 – camada de aplicação
transporte que também detecta e corrige possíveis erros em O mais alto nível da pilha OSI é a camada de aplicação, que
pacotes. Também é a camada de transporte que detecta se entra em contato diretamente com o mundo exterior, ou seja,
algum pacote estiver faltando. nós, os usuários.
Na camada de transporte não existem equipamentos. Nessa camada são descritos protocolos que realizam
(Quer dizer que historicamente não há equipamentos – diretamente as tarefas a que temos acesso, como e-mails,
dispositivos físicos – que mereçam ser classificados como navegação na Web, transferência de arquivos, bate-papo etc.
pertencentes a essa camada.) Mas há protocolos. Os mais Esses protocolos são chamados protocolos de aplicação.
importantes são o TCP e o UDP (usados na Internet isso Os próprios serviços que podemos desempenhar (como o
quando analisamos o modelo de camadas usado na Internet – envio e recebimento de mensagens de e-mail e a navegação em
que não é o OSI), mas também há outros, como o SPX, para as páginas Web) são descritos como pertencentes a essa camada.
redes Novell Netware. Então, é fácil lembrar: os protocolos e serviços (tarefas) a
que os usuários têm acesso são componentes da camada de
Camada 5 – camada de sessão aplicação. Essa camada recebe a mensagem pura, escrita
Esta camada não saiu do papel (hoje em dia, são usados diretamente pelo usuário, e manda para as camadas mais
modelos que não utilizam essa camada), mas, como ela está baixas (claro que, diretamente, para a camada de
descrita no OSI, precisa ser explicada. apresentação).
Segundo o modelo OSI, dois computadores que desejam se
comunicar precisam, antes de qualquer outra coisa,
estabelecer, entre eles, um “acordo de transação”, ou seja,
antes de transmitirem entre si o primeiro pacote, os micros
envolvidos devem iniciar um “cenário”, um “ambiente”, um
“momento” oficial de comunicação ininterrupta. Esse
momento é chamado de sessão.
Fazendo uma comparação bem oportuna: quando vamos
ligar (pelo telefone mesmo) para alguém conhecido a fim de
contar uma novidade, é necessário que haja, antes da primeira
palavra trocada entre os dois envolvidos, o estabelecimento da
conexão telefônica, não é? Essa ligação é uma sessão telefônica
que só será interrompida quando o “ligador” desligar seu Modelo OSI
telefone.
Sessão é, portanto, uma relação ininterrupta de
comunicação. Uma transação. Um procedimento que tem
início e fim.
A camada de sessão determina as regras e “burocracias”
para o estabelecimento de tais sessões. Em suma, a função
dessa camada é gerenciar o estabelecimento de sessões de
comunicação. Ou seja, todas as regras, exigências e
determinações presentes na camada de sessão (até mesmo
quanto ao seu simples objetivo) são apenas “teoria”, já que ela
nunca foi posta em prática.
A camada de sessão está descrita e especificada no modelo
Relação modelo OSI
de camadas ISO/OSI, e somente aí! Portanto, como o modelo
OSI é apenas teoria (não é usado, na prática, em lugar algum),
Modelo de camadas TCP/IP
a camada de sessão também é apenas teoria.
TCP/IP é o nome dado a um conjunto de protocolos (ou
“pilha” de protocolos). Sua importância é incontestável. A

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Internet baseia sua comunicação nessa pilha de protocolos. Ou essa rede possuir os mesmos protocolos das camadas
seja, todos os computadores da Internet (hoje, cerca de 1 superiores (inter-redes, transporte e aplicação), ela poderá se
bilhão) “falam” os protocolos contidos na pilha TCP/IP. ligar à Internet.
É fácil entender também que, para se tornar padrão, o
funcionamento da Internet (incluindo seu conjunto de As camadas do modelo TCP/IP
protocolos) precisou ser padronizado, esquematizado, - Camada 5 – Aplicação: nesta camada estão os protocolos
normatizado. de mais alto nível, aqueles que realizam tarefas diretamente
O modelo de camadas TCP/IP. Que, inclusive, foi proposto em contato com os usuários: FTP, SMTP, HTTP, POP, IMAP,
e aprovado antes do OSI. (O OSI foi uma tentativa de “unificar” DNS, TELNET, NNTP etc.
todos os modelos de camadas até então existentes.) Esses protocolos estão intimamente ligados às diversas
O nome TCP/IP é formado pelo nome dos dois mais tarefas (serviços) que podemos utilizar na Internet.
importantes protocolos deste conjunto: o TCP (Transmission (Normalmente, cada protocolo está associado a um serviço
Control Protocol – Protocolo de Controle da Transmissão – diferente.)
pertencente à camada de transporte) e o IP (Internet Protocol - Camada 4 – Transporte: estão localizados, nesta camada,
– Protocolo de Inter-redes – localizado na camada de rede). os protocolos responsáveis pela comunicação fim a fim entre
Apesar de ser semelhante ao ISO/OSI, o modelo TCP/IP as máquinas envolvidas. Os protocolos da camada de
não é derivado deste e, portanto, camadas homônimas nos transporte são: TCP e UDP.
dois modelos podem, sim, apresentar objetivos e Os protocolos da camada de aplicação precisam dos
características diferentes entre si, o que torna o estudo do protocolos da camada de transporte. Algumas aplicações
modelo TCP/IP relativamente desligado do estudo do OSI. (programas) usam o UDP, mas a grande maioria dos
protocolos localizados na camada 5 usa o TCP como protocolo
Eis os modelos TCP/IP de cinco e quatro camadas: de transporte.
- Camada 3 – Rede (ou Inter-Redes): apresenta protocolos
que realizam processos de roteamento e tradução de
endereços para que a conexão entre os dois computadores seja
efetuada. Fazem parte desta camada os protocolos IP, ICMP,
IGMP, ARP e RARP.
Desses vários protocolos, o mais importante
(considerando todas as camadas da pilha) é, sem dúvidas, o IP.
Todos os protocolos das camadas superiores precisam do IP,
que é o responsável direto pelo endereçamento dos micros e
pelo roteamento dos pacotes através da estrutura das redes.
Modelo de camadas TCP/IP Sem IP, não há comunicação.
- Camada 2 – Enlace (ou Interface de Rede): o modelo
Note três características semelhantes nos dois modelos em TCP/IP não se “mete” com ela, porque não se “importa” com o
relação ao modelo OSI: tipo da arquitetura da rede (ou seja, para o TCP/IP, não há
a. As camadas de apresentação e sessão sumiram! As necessidade de saber se a rede é Ethernet ou Token Ring.). O
funções que, no modelo OSI, são responsabilidade dessas duas termo mais “polido” para esse caso é “o modelo TCP/IP não
camadas foram assimiladas pela camada de aplicação. especifica padrões de equipamentos nem protocolos para a
Portanto, lembre-se de que nas comunicações da Internet, o camada de enlace”.
estabelecimento de sessões e a tradução da mensagem (como - Camada 1 – Física: o modelo TCP/IP também não
criptografia e compactação) são responsabilidade da camada especifica padrões para a camada física. (Me diz se esse texto
de aplicação. não ficou bonito.). Em outras palavras: a rede pode ser
b. A camada de redes (camada 3 no OSI) passou a se montada com qualquer tipo de cabo, fio, fibra etc., o TCP/IP
chamar Camada de Inter-Redes. Isso é bom porque explicita o não se “importa” com isso.
objetivo dessa camada: a ligação entre redes distintas.
c. A camada de enlace (camada 2 no OSI) passou a ser Endereço IP
chamada de Camada de Interface de Redes. Endereço IP é o endereço numérico que identifica qualquer
A principal diferença entre os modelos é que os defensores conexão feita a uma estrutura de inter-redes baseada em
de quatro camadas apenas “interpretam” que as camadas 1 e 2 TCP/IP. Ou seja, endereço IP é o endereço usado na camada 3
são uma só. Ou seja, esses autores definem que não há a (inter-redes) do modelo de camadas TCP/IP.
camada física e a camada de interface de redes, mas apenas O IP não identifica uma máquina. Se um computador, por
uma que acumula a função das duas. exemplo, possuir duas placas de rede ligadas simultaneamente
Essa “possibilidade” de interpretação em duas formas tão a uma mesma rede, cada uma delas possuirá um endereço IP
distintas se deve ao fato de, na verdade, o modelo TCP/IP só associado. Portanto, a máquina em si teria dois endereços IP.
definir a existência e o funcionamento de componentes nas Como a Internet que conhecemos é baseada no modelo de
três camadas superiores. camadas TCP/IP, e, consequentemente, em seus protocolos,
O TCP/IP é um conjunto de protocolos (e protocolos são então o endereço IP é a forma oficial de endereçamento na
programas). Em um modelo de camadas que se baseia na Internet.
estrutura de um conjunto de protocolos, ou seja, em um O endereço IP é um número binário (aliás, como tudo na
conjunto de programas, a definição ou exigência quanto a comunicação digital) formado por 32 bits. Em suma, um
componentes físicos (camadas física e de interface de rede) endereço IP é exatamente assim:
não seriam muito adequadas. 11001000111110010000110111101100
O modelo TCP/IP só estabelece padrões e definições nas Os endereços IP não são representados no seu formato
três camadas superiores. Isso quer dizer que o modelo de puro. Usa-se uma forma de notação em que se divide o
camadas TCP/IP “não se importa” com o que existe nas endereço IP em 4 grupos de 8 bits (1 byte cada, ou, como
camadas física (1) e de interface de rede (2). costumamos chamar, 1 octeto.)
Com isso, chegamos a uma característica forte e 11001000.11111001.00001101.11101100
importante na Internet: não importa quais são as estruturas Esses pontos não existem nos endereços IP de verdade. São
físicas de rede que ligam os computadores em uma rede. Se simplesmente para demonstrar a separação.)

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Depois de separarmos os grupos de octetos, convertemos ele conseguirá se comunicar internamente (com outros micros
esses octetos para números decimais, resultando em algo na mesma rede), mas não na Internet.
assim:
200.249.13.108 Máscara de sub-rede
Essa forma de “representação” é chamada notação decimal A máscara de sub-rede também é, a exemplo do endereço
separada por pontos. IP, uma informação binária de 32 bits (32 “zeros” e “uns”). A
Através de um processo simples de conversão de binário máscara de sub-rede também pode ser representada como um
(zeros e uns) para decimal (base numérica que usamos em conjunto de quatro octetos decimais separados por pontos,
nossa matemática) convertemos os números para uma como o próprio endereço IP.
notação decimal. Porém, existe uma coisa muito peculiar na máscara de sub-
Cada octeto é representado por um número decimal, que rede: ela é formada por 32 bits, sendo que inicia com um bloco
poderá variar entre 0 (que em binário seria 00000000) e 255 ininterrupto de 1 (uns) seguido de um bloco ininterrupto de 0
(que é 11111111). Então, podemos dizer por dedução, que o (zeros). Sem alternância.
endereço IP é um endereço numérico binário representado de Ou seja, isto aqui é uma máscara:
forma decimal por quatro números, separados por pontos, que 11111111111111111111000000000000
podem, cada um, assumir qualquer valor entre 0 e 255. E isto aqui não é uma máscara (mas poderia ser um
Um computador que vai se ligar à Internet, ou mesmo endereço IP de algum micro):
apenas a uma rede local que usa TCP/IP como pilha de 11001100111100010101011101011110
protocolos, precisa ter endereço IP. Se um computador não A máscara de sub-rede, quando apresentada em sua forma
possuir endereço IP, não poderá enviar nem receber pacotes. pura (binária), é representada como uma sequência de uns
Estará, portanto, ilhado. Não conseguirá se conectar à rede. seguida de uma sequência de zeros, como vimos, e isso limita
o formato decimal da máscara para alguns valores.
Parâmetros IP Só podem ser octetos em uma máscara em decimal os
Para que um computador ligado a uma rede que usa números:
TCP/IP seja capaz de se conectar a uma rede a fim de trocar 255 – porque é 11111111 em binário;
informações com outros computadores, é necessário que ele 0 – porque é 00000000;
conheça duas informações básicas: Então, a máscara
a. Seu próprio endereço IP; 11111111111111111111111100000000
b. A máscara de sub-rede da rede da qual ele faz parte. 11111111.11111111.11111111.00000000
Essas duas informações permitem que o micro se ligue a dividida fica
outros em uma só rede. Se você quiser que o micro se ligue na 11111111.11111111.11111111.00000000
Internet (ou seja, com várias redes distintas), ele deverá E isso significa
conhecer uma terceira informação: 255.255.255.0
c. O endereço IP do gateway padrão (ou seja, do roteador)
da sua rede. ID da rede e ID do host
Essas informações são genericamente conhecidas como Um endereço IP não serve apenas para identificar uma
parâmetros IP e são necessárias para que qualquer estação em si (ou uma conexão à Internet). Inerente ao
computador se ligue à Internet. endereço IP, existe uma informação que identifica a rede da
qual aquela estação faz parte.
É que o endereço IP pode ser visto como um “nome
completo” ou pelo menos daqueles nomes que se encontram
em passagens de ônibus e avião: Carvalho/João ou
Silva/Eduardo.
Então, o endereço 200.234.44.112 não serve para
identificar somente um micro. Nesse endereço há a
identificação de duas coisas: do micro em si (ID do host, ou ID
da estação) e da rede (ID da rede). Resta saber qual é o ID da
rede e qual é o ID do host dentro do endereço IP. (Atenção – é
ID mesmo! ID vem de Identificador)
Que tal se perguntássemos assim: no endereço
Parâmetros IP no Windows Vista
200.234.44.112, quais octetos representam a rede e quais
octetos representam o micro em si? Seria o mesmo que
Endereço IP do próprio micro perguntar: no nome João Antonio César Carvalho, quais os
Quanto ao endereço IP do próprio computador, não há o nomes que representam a família e quais os nomes que
que discutir, não é? Quero dizer: se você não soubesse qual é o representam o indivíduo? Difícil saber.
seu nome, quando alguém gritasse por você, não atenderia A máscara faz isso, caro leitor! A máscara atua como a /
porque não identificaria o chamado, não é? (barra) em Carvalho/João Antonio, permitindo que se possa
determinar quem é família (Carvalho) e quem é indivíduo
Endereço IP do gateway padrão (João Antonio). Só que a máscara faz isso com endereços IP.
É apenas o endereço IP do roteador daquela rede. Todo Vamos aplicar uma máscara em um endereço IP usando a
computador precisa saber qual é o endereço do roteador que notação de decimais separados por pontos. Para isso, porém, é
o serve. Isso é necessário porque quando um computador bom que se saiba que só será possível fazer os cálculos com
perceber que vai transmitir um pacote para outra rede (não três máscaras apenas (aquelas que usam os octetos
para a rede da qual ele faz parte), ele enviará o pacote àquele completamente preenchidos ou por 1, ou por 0). Seriam elas:
que poderá enviá-lo a outras redes: o roteador. - 255.0.0.0 (máscara dos endereços Classe A);
Para que um micro consiga se comunicar na Internet, ele - 255.255.0.0 (máscara dos endereços Classe B);
tem de saber o endereço IP do seu roteador (gateway padrão - 255.255.255.0 (máscara dos endereços Classe C);
ou “portão padrão”). Caso um micro não saiba essa Para todas as demais máscaras de sub-rede possíveis, o
informação, mas saiba seu próprio IP e a máscara de sub-rede, cálculo que vamos aprender agora só será possível se
convertermos as máscaras e os endereços IP para binário.

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Analisando a máscara classe C Analisando a máscara classe B


Então, vamos lá. Endereço IP 192.168.214.123 e máscara Uma máscara de sub-rede de classe B tem os dois
de sub-rede 255.255.255.0. O que posso fazer com esses primeiros octetos representando a rede e os dois últimos
dados? Analise-os verticalmente (um em cima do outro). octetos representando o micro (ou seja, 255.255.0.0).
- 192.168.214.123 203.140.3.129 (endereço IP do micro que analisaremos)
- 255.255.255.0 255.255.0.0 (máscara de sub-rede classe B)
Aqueles octetos do endereço IP que coincidirem, em Podemos dizer que esse é o micro “3.129” (“três ponto
posição, com os octetos 255 da máscara são os que cento e vinte e nove” e não “três mil cento e vinte e nove”, como
representam a rede. Por sua vez, os octetos do endereço IP que você poderia ler) dentro da rede cujo prefixo é “203.140”.
coincidirem com os octetos 0 da máscara representam o micro
(o indivíduo).

Exemplo Classe B
Analisando o IP 192.168.214.123 na máscara 255.255.255.0 – Classe C

O primeiro endereço é sempre aquele que representa a


Então, de uma maneira bem “rústica” e “acústica”, o nosso
rede. Portanto, a rede cujo prefixo é 203.140 e cuja máscara é
computador mostrado na figura pode ser identificado como o
255.255.0.0 é chamada de rede 203.140.0.0. (Logo se percebe
micro 123, pertencente à rede cujo “prefixo” é 192.168.214. Ou
que esse endereço não pode ser usado para micros, pois é o
seja, em uma máscara classe C, os três primeiros octetos
primeiro.) Mas cadê o último?
representam o ID da rede e apenas o último octeto representa
Seria 203.140.255.255, porque os dois octetos finais
o ID do micro.
variam de micro para micro?”
Se outro micro qualquer possuir a mesma máscara e os
É exatamente isso! O último endereço (que vai servir como
mesmos três primeiros octetos, esse outro micro pertence à
endereço de broadcast) de uma rede classe B tem os dois
mesma rede que o micro do nosso exemplo. Vamos ver?
últimos octetos como sendo 255.
192.168.214.123
Note que, usando a máscara 255.255.0.0, os endereços
192.168.214.30
pertencem à mesma rede (e são válidos para serem usados em
192.168.214.249
micros, pois não são nem o primeiro nem o último endereços
255.255.255.0 (máscara de sub-rede)
da rede).
Todos esses micros acima fazem parte da mesma rede. E
203.140.3.129
lembre-se de que todos os micros da mesma rede têm de ter a
203.140.188.2
mesma máscara de sub-rede definida. Observe que os octetos
203.140.0.255
do ID da rede são sempre os mesmos para todos os micros
203.140.1.0
naquela rede, o que obriga que, de um micro para outro, só
203.140.123.122
varie o último octeto.
Quantos micros são possíveis em uma rede com essa
Ao que eu pergunto: quantos micros são possíveis em uma
máscara de sub-rede?
rede qualquer cuja máscara de sub-rede é 255.255.255.0
Como os dois primeiros octetos serão sempre os mesmos
(classe C)?
em todos os micros da rede, então somente os dois últimos
“256 micros! Pois como só quem varia de um micro para o
octetos podem variar de micro para micro. Como cada octeto é
outro é apenas o último octeto, e ele pode variar de 0 (zero) a
independente um do outro e pode variar 256 vezes, isso vai
255. São 256 combinações possíveis!”
dar 256 x 256 possibilidades de combinação, ou seja, 65.536
Mais ou menos, dois endereços são proibidos – o primeiro
combinações. Ah! Claro... Sem o ‘0.0’ e o ‘255.255’, são 65.534
e o último!
endereços para computadores possíveis.em a uma rede classe
Endereço IP da rede e endereço IP de broadcast
B. Vamos analisar uma rede classe A
Quando a estrutura de endereçamento de uma rede (ou
seja, sua máscara de sub-rede e seu prefixo) é definida, dois
Analisando a máscara classe A
endereços nunca (nunca mesmo) poderão ser usados para
A máscara de sub-rede classe A é aquela (dentre as três que
identificar um micro.
vimos) que permite as maiores redes de computadores, pois
O primeiro endereço possível de se construir (usando os
apenas o primeiro octeto representa o ID da rede e os outros
dados do nosso exemplo, seria 192.168.214.0) não é usado
três octetos representam o ID do host (ou seja, 255.0.0.0).
para identificar micros porque é usado para identificar a rede
105.3.7.45 (Endereço IP do micro que estamos analisando)
em si. É um endereço hipotético que não tem função para a
255.0.0.0 (Máscara de sub-rede classe A)
comunicação na rede, mas que a representa.
Sem dúvidas, podemos concluir que este seria o micro
Portanto, o micro 192.168.214.123 não pertence à rede
“3.7.45” dentro da rede “105”.
192.168.214. Dizemos que ele pertence à rede 192.168.214.0!
Logo, o primeiro endereço em uma rede é o endereço da rede
em si.
O outro endereço que não pode ser usado para identificar
micros na rede é o último possível, ou seja, 192.168.214.255, Exemplo Classe A
tomando como base o nosso exemplo. O último endereço é
chamado endereço de broadcast e serve para enviar uma O primeiro endereço (que será usado como “endereço da
mensagem a todas as estações daquela rede (ou seja, a todas rede”) é 105.0.0.0 e que o último endereço (que será usado
as estações que comecem seus IPs por 192.168.214). como endereço de broadcast) é 105.255.255.255.
Portanto, em uma rede classe C (esse termo “classe C” Veja alguns computadores pertencentes à mesma rede
significa que a rede usa a máscara 255.255.255.0), podemos classe A do nosso exemplo:
ter até 254 computadores conectados porque podemos dar até 105.3.7.45
254 endereços IP (256 combinações possíveis menos 2 105.2.234.255
proibidos). 105.23.0.0
105.214.249.254

Informática 51
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APOSTILAS OPÇÃO

Em uma rede classe A, apenas o primeiro octeto representa Detecção de duplicidade: o TCP reconhece se um segmento
a rede; portanto, apenas ele ficará fixo (idêntico) em todos os chegou em duplicidade no receptor e automaticamente
micros da rede. Os três octetos finais podem variar. Como são descarta o segmento duplicado.
três números que podem ir de 0 a 255, são 256 x 256 x 256 Controle de fluxo: o emissor não vai enviar mais segmentos
possibilidades. Ou seja, 16.777.216 combinações possíveis.” do que a quantidade que o receptor for capaz de processar
menos os dois endereços proibidos (o primeiro – que é o (mesmo porque o emissor só transmitirá quando o receptor
endereço da rede – e o último – que é o do broadcast). informar que ele pode fazê-lo).
Portanto, uma rede classe A pode ter até 16.777.214 micros.” Controle de congestionamento: o TCP ajusta-se
Para auxiliar segue abaixo uma tabela com base no automaticamente às quedas de desempenho da rede
primeiro octeto para identificar classe de rede. provocadas por congestionamento (nos roteadores e
servidores, por exemplo).
Estabelece sessões: o TCP trabalha por meio do
estabelecimento de sessões de comunicação, em que várias
transmissões são feitas em bloco e consideradas parte de uma
sessão só.
Troca informações de estado (status): os dois hosts ligados
em TCP trocam entre si constantemente informações de
apresentam o status da conexão entre eles.
Protocolos de transporte Baixa velocidade: devido à grande quantidade de
A camada de transporte do modelo TCP/IP é composta, informações, recursos e itens que garantem a integridade das
originalmente, por apenas dois protocolos, cuja transmissões via TCP, é fácil deduzir que o protocolo TCP não
responsabilidade, como citado anteriormente, é estabelecer é tão rápido quanto seu “irmão inconsequente”
uma conexão fim a fim entre os dois hosts (computadores)
envolvidos na comunicação. Protocolo UDP
Os protocolos da camada de transporte não se preocupam O protocolo UDP (User Datagram Protocol – Protocolo de
como a mensagem vai trafegar pela Internet (o IP se preocupa Datagrama de Usuário) é um protocolo de transporte sem
com isso) nem tampouco com a transmissão da mensagem conexão que fornece uma entrega rápida, mas não confiável,
dentro de uma mesma rede (o protocolo da camada de dos pacotes. Esse protocolo é uma opção em relação ao TCP e
interface de rede faz isso). Em vez desses dois motivos de usado em menos casos.
preocupação, os protocolos de transporte simplesmente se Por ser um protocolo não confiável, ele não fornece o
preocupam com a “quebra” da mensagem em vários controle de fluxo necessário, nem tampouco exige uma
segmentos (na origem) e a reunificação de tais segmentos no confirmação do receptor, o que pode fazer com que a perda de
destino. um pacote aconteça sem a devida correção. Por isso ele é usado
É responsabilidade dos protocolos da camada de em aplicações nas quais a velocidade é mais importante que a
transporte criar mecanismos (incluir informações no integridade dos dados (como vídeos e música pela Internet).
cabeçalho dos segmentos) que permitam que a reunificação Pelo fato de não exigir confirmação do receptor quanto à
aconteça de forma perfeita e, com isso, que a mensagem chegada dos pacotes, o protocolo UDP não sobrecarrega a rede
chegue ao seu destino inteira (ou quase). tanto quanto o TCP (afinal, cada confirmação de recebimento
Os protocolos que formam essa camada são: é um pacote sendo transmitido, não é?), mas também por
- TCP causa disso, não é confiável.
- UDP O serviço de DNS, por exemplo, que veremos depois, usa
UDP como protocolo de transporte, porque deseja velocidade.
Protocolo TCP O protocolo TFTP (FTP Trivial) também usa UDP. Serviços que
O protocolo TCP (Transmission Control Protocol – permitem ouvir músicas e assistir a vídeos diretamente pela
Protocolo de Controle de Transmissão) é um protocolo de Internet também foram desenvolvidos para usar o UDP em vez
transporte orientado a conexão. Seu funcionamento é bem do TCP.
simples e ao mesmo tempo bem estruturado para garantir a
transmissão dos pacotes entre os computadores envolvidos na Resumo TCP versus UDP
comunicação. Segue um pequeno resumo que poderá ajudar quando
Em poucas palavras, quer dizer que o protocolo TCP faz esses conceitos forem exigidos em uma prova qualquer:
com que o emissor só comece a transmitir seus dados se tiver
certeza de que o receptor está pronto para ouvi-los. Ou seja,
toda a transmissão se orienta pelo estabelecimento de uma
conexão prévia entre os dois envolvidos. Não há transmissão
sem que haja uma conexão estabelecida entre eles.
Por ser orientado a conexão, o TCP traz uma série de
características que são consequência disso:
É confiável: garante a entrega de todos os dados no destino
sem defeito ou perda. Protocolos de aplicação
Garante a sequência dos segmentos: os segmentos que São os protocolos descritos da última camada do modelo,
saem do emissor são numerados e reunidos na mesma ordem que entram em contato com o usuário, permitindo que este
no micro de destino. possa se comunicar com os demais componentes do seu
Reconhecimento: o receptor envia um segmento de computador e enviar suas mensagens pela rede até outros
confirmação (reconhecimento) para cada segmento de dados computadores. Os protocolos dessa camada estão associados
que receber, informando ao emissor que ele já poderá diretamente aos principais serviços usados pelo usuário na
transmitir o próximo segmento da sequência. rede: e-mail, Web, bate-papo etc. Os principais protocolos de
Retransmissão: se um segmento se perder (por causa de aplicação são:
problemas de transmissão nas demais camadas), o TCP do
receptor solicitará ao TCP do emissor o reenvio do segmento
faltoso.

Informática 52
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APOSTILAS OPÇÃO

SMTP comandos da conexão, como os que solicitam a listagem de


SMTP (Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de diretórios, a cópia de arquivos e o apagamento deles etc.,
Transferência Simples de Correio) é o protocolo usado para o porém, a transferência dos dados propriamente ditos acontece
envio de mensagens de correio eletrônico (e-mail). Esse pela porta TCP 20. Portanto, para a conclusão da transferência
protocolo usa a porta 25 do protocolo TCP. de um arquivo pelo FTP, são usadas duas conexões (sockets)
Esse protocolo é usado no ato do envio do correio diferentes.
eletrônico. Não só no envio que acontece entre usuário Um parente próximo do protocolo FTP é o TFTP (FTP
remetente e servidor de correio, mas também entre servidor Trivial), que realiza a transferência de arquivos através do
de envio e servidor de recebimento. protocolo UDP e não do TCP, como seu irmão mais conhecido,
o que permite uma transferência de arquivos com mais
POP velocidade e sem uma série de recursos que o FTP oferece. O
POP (Post Office Protocol – Protocolo de Agência de TFTP usa a porta 69.
Correio) é usado para realizar o recebimento das mensagens Além de transferir arquivos, o protocolo FTP permite que
de correio eletrônico. Com esse protocolo, as mensagens o usuário realize uma gama enorme de operações com o micro
armazenadas na caixa postal do usuário são trazidas para o a que se conectou. O FTP permite que pastas e arquivos sejam
computador do usuário e retiradas do servidor (a rigor, visto criados, excluídos, renomeados, movidos e copiados no
que se pode selecionar que as mensagens fiquem em cópia no servidor. Ou seja, basicamente tudo aquilo que se pode fazer
servidor de e-mails). Esse protocolo usa a porta 110 do no seu micro por meio do Windows Explorer é possível fazer
protocolo TCP. Atualmente encontra-se em sua terceira em um servidor remoto por meio de FTP.
versão, daí o nome POP3. Claro que vale lembrar que o micro a ser controlado deve
ter um programa aplicativo servidor de FTP atuando e que o
IMAP login e a senha do usuário deem a ele o direito de fazer tais
IMAP (Internet Message Access Protocol – Protocolo de operações.
Acesso a Mensagens na Internet) é usado em opção ao POP
porque facilita o acesso aos dados nas caixas postais sem a Telnet
necessidade de “baixá-los” para o computador cliente. Através TELNET (Terminal Emulator – Emulador de Terminal) é
do IMAP, é possível realizar um acesso on-line aos dados na um protocolo que realiza a conexão entre dois computadores
caixa postal localizada no servidor sem que isso signifique para que um deles “finja” ser terminal do outro. Isso significa
trazer as mensagens ao micro do usuário. que qualquer comando executado no computador “terminal”
É uma opção interessante para aqueles que pegam suas será realizado, na verdade, no computador-alvo: o servidor.
mensagens de e-mail de vários computadores diferentes. Todo Esse sistema era muito utilizado nos primórdios das redes
acesso é feito através de aplicações que acessam a caixa postal, de computadores, quando não se tinha dinheiro para fazer
leem seu conteúdo e o mostram ao usuário. As caixas postais redes com computadores individuais interligados. A estrutura
dos “webmails” (Gmail, Yahoo, Hotmail entre outros) usam o de “rede” normalmente consistia em um único computador
IMAP, pois os usuários têm acesso através de uma página Web, central (o “console” ou “mainframe”), e os demais
que mostra as mensagens e dá direitos de lê-las, apagá-las, “computadores” eram apenas teclados e monitores ligados a
respondê-las e tudo mais. O protocolo IMAP usa a porta 143. esses (chamados terminais ou “terminais burros”). Todos os
comandos executados nos terminais são realizados na CPU e
HTTP na RAM do console.
HTTP (Hyper Text Transfer Protocol – Protocolo de Ou seja, um terminal não é um micro. Um terminal é apenas
Transferência de Hiper Texto) é o protocolo usado para um “braço” de um computador. Não tem RAM, CPU, HD etc. Um
realizar a transferência das páginas Web para nossos terminal é apenas um teclado e um monitor.
computadores. O HTTP é usado para trazer o conteúdo das Na verdade, os dois computadores envolvidos pela
páginas (documentos feitos com a linguagem HTML) para conexão do Telnet são microcomputadores, como os nossos;
nossos programas navegadores (Browsers). O protocolo HTTP apenas um deles “finge” ser um terminal (o cliente), enquanto
utiliza a porta 80 do protocolo de transporte TCP. o outro “finge” ser um console central (o servidor). Todos os
Há uma variação do HTTP, que se chama HTTPS (HTTP comandos digitados no teclado do “terminal” são realizados,
Seguro), e é usado para realizar o acesso a páginas com na verdade, pela CPU e pela memória do computador central.
transferência criptografada de dados (através de um algoritmo O Telnet utiliza a porta 23 do protocolo TCP.
de criptografia chamado SSL). Esse protocolo é comumente
usado nos acessos aos sites de bancos e lojas virtuais onde se NNTP
informam números de cartão de crédito, por exemplo. NNTP (Network News Transfer Protocol – Protocolo de
O HTTPS é, na verdade, a junção do HTTP, usado para Transferência de Notícias em Rede) é usado no serviço
transferir páginas, com o SSL (Secure Socket Layer), um conhecido como News (Notícias), que reúne vários usuários
protocolo de segurança, criado para fornecer criptografia aos em torno de newsgroups (grupos de notícias). Esse serviço é
protocolos que naturalmente não fazem uso dela. bastante semelhante a um serviço conhecido como Fórum
O protocolo HTTPS não é 100% seguro, ou seja, ele não (como o do site www.forumconcurseiros.com, que todos
evita completamente a ameaça de interceptação das vocês, concurseiros, conhecem). O protocolo NNTP utiliza a
mensagens entre usuário e site, mas oferece um nível de porta 119 do protocolo TCP.
segurança que minimiza bastante esse risco. O protocolo
HTTPS é usado sobre a porta 443. DNS
DNS (Domain Name Service – Serviço de Nome de
FTP Domínio) é um serviço usado para realizar a tradução dos
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência nomes de domínios (URLs) em endereços IP. Ou seja, quando
de Arquivos) é usado para realizar a transferência de arquivos digitamos, em nosso navegador, “www.euvoupassar.com.br”,
entre dois computadores através da Internet. O protocolo FTP esse endereço é enviado para um servidor que trabalha com o
exige o estabelecimento de uma sessão (com o uso de login e protocolo DNS, e que, por sua vez, devolve ao computador que
senha). requisitou o endereço IP associado ao domínio desejado. O
O protocolo FTP utiliza duas portas no protocolo TCP: a serviço de DNS utiliza a porta 53 no protocolo UDP!
porta 21 (da qual muitos se lembram) é usada para os

Informática 53
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APOSTILAS OPÇÃO

É o DNS que estabelece a estrutura hierárquica e Dentre os protocolos não pertencentes ao conjunto
organizada dos domínios como conhecemos atualmente na TCP/IP, podemos citar alguns poucos que já interessaram aos
Internet (veremos mais adiante, no capítulo de Internet). órgãos “fazedores” de provas:
Netbeui: Protocolo criado pela IBM para redes locais de
DHCP computadores. Esse protocolo admite até 255 computadores
DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol – Protocolo em uma rede. Mas sua característica mais forte é que ele não é
de Configuração Dinâmica de Estação) é um protocolo que roteável.
fornece as informações IP necessárias para as estações Ser roteável significa que um protocolo pode ser lido por
poderem se ligar na rede. roteadores, e, portanto, pode ser usado em estruturas inter-
Funciona de forma semelhante ao RARP: uma estação, ao redes (ou seja, em ligações entre redes). Já que essa não é uma
se conectar à rede, envia uma solicitação a todos os micros da das características do Netbeui, podemos concluir que ele não
rede (essa mensagem é chamada de DHCP Discover – ou pode ser usado em Inter-redes (consequentemente, na própria
Descobrimento DHCP). Na verdade, sem muito romantismo, é Internet).
um pacote simplesmente enviado ao endereço de broadcast da Onde usamos o Netbeui? Nas “redes Windows”. Ou seja,
rede. nas redes locais em que só se utiliza o sistema operacional
A mensagem poderá chegar a vários servidores DHCP Windows. O sistema Windows tem como principal protocolo
(computadores com capacidade de fornecer as informações IP de redes locais o Netbeui. Mas uma rede de computadores
às demais estações), visto que nessa rede pode haver vários locais com Windows pode utilizar o Netbeui
servidores. Os servidores DHCP então enviam um pacote concomitantemente ao TCP/IP, o que permite que a referida
chamado DHCP Offer (ou Oferecimento DHCP), que contém um LAN possa se conectar com a Internet (por causa do TCP/IP,
endereço IP disponível para aquele micro. não do Netbeui).
Sim, aquele micro que gritou pedindo um endereço IP IPX/SPX: É um conjunto de protocolos (assim como o
poderá receber vários como resposta. É aí que ele faz a seleção! TCP/IP) usado em redes de computadores Netware, da
Esse micro escolhe um dos IP oferecidos e responde ao empresa Novell. As redes Netware são, na verdade, redes de
servidor que ofereceu endereço IP escolhido com uma computadores cujo servidor utiliza um sistema operacional
mensagem chamada DHCP Request (Solicitação DHCP) que chamado Netware, desenvolvido pela empresa Novell.
visa requisitar a confirmação da configuração que aquele As redes Novell eram muito comuns, mas com o advento
servidor havia oferecido. do Windows NT e seus sucessores, bem como do Linux como
Por fim, o servidor responde ao micro requisitante com sistema operacional de servidores, o sistema Netware e a
uma mensagem DHCP Ack (Confirmação Positiva DCHP), e o própria Novell vêm, gradativamente, perdendo espaço.
vínculo está estabelecido. (Ou seja, aquele micro, daquele O IPX é um protocolo roteável localizado na camada de
momento em diante, passa a ser conhecido pelo endereço IP rede e é equivalente ao IP na pilha TCP/IP. O SPX é um
que o servidor lhe forneceu.) protocolo da camada de transporte, equivalente ao TCP na
pilha TCP/IP.
SNMP
SNMP (Simple Network Management Protocol – Protocolo Proxy Cache e Reverso15
de Gerenciamento Simples de Rede) é um protocolo que Ele possui várias funções que, se trabalhadas junto com o
permite o gerenciamento da situação dos nós da rede. O SNMP firewall, podem trazer ótimos resultados em relação ao
não está preso ao conjunto TCP/IP, e pode ser usado para compartilhamento, controle e segurança de acesso à internet.
controlar qualquer tipo de equipamento de rede como
roteadores, servidores, estações, pontos de acesso etc. desde Proxy Cache
que estes possuam suporte a esse protocolo. Proxy é um servidor que atende a requisições repassando
Através do SNMP, podemos enviar comandos a vários tipos os dados do cliente à frente: um usuário (cliente) conecta-se a
de equipamentos de redes para que eles se desliguem, ou um servidor proxy, requisitando algum serviço, como um
reiniciem, ou realizem essa ou aquela tarefa. É um protocolo arquivo, conexão, página web, ou outro recurso disponível no
que permite o “controle remoto” de vários dispositivos da outro servidor.
rede. Quando acessamos uma página, fazemos uma requisição
ao servidor WEB que armazena o conteúdo. Após a solicitação
RTP e RTCP ser processada, a nossa máquina começa a fazer download da
O RTP (Real Time Protocol – Protocolo de Tempo Real) e o página solicitada. O cache nada mais é do que um um depósito
RTCP (Real-Time Control Protocol – Protocolo de Controle em dos sites acessados pela rede.
Tempo Real) são usados para serviços que transferem grandes Uma máquina da rede solicita acessar um site, obviamente
fluxos de dados em tempo real (ou seja, enquanto remetente e com o proxy instalado em um servidor. Esta requisição
destinatário estão realmente se comunicando). primeiramente passará pelo proxy, que por sua vez, verificará
Alguns dos serviços que fazem uso desses dois protocolos no diretório de cache se tal página está armazenada. Estando,
são a transferência de música e vídeo pela Internet e o VoIP ele devolve a página armazenada para o cliente local, caso
(Voz sobre IP) – que é a “telefonia” pela Internet. contrário, irá buscar esta página , fará o download, entregará a
Os protocolos da pilha TCP/IP são os mais usados da solicitação para o usuário e guardará a página em cache.
atualidade porque, é óbvio, são os protocolos usados na Existe um limite dado pelo administrador da Rede para
Internet (a maior conexão entre redes do mundo). Esse padrão que ele não armazene tudo.
foi estabelecido como sendo o padrão de protocolos usados Delimitando o tamanho, o servidor trabalha sozinho. Ele
nesse ambiente ainda quando a Internet era apenas uma guarda as informações mais recentes e, quando o diretório
pequena conexão entre universidades americanas. estiver cheio, ele apagará os documentos mais antigos, ou seja,
Mas outros protocolos existem e são citados em concursos aqueles que raramente são acessados, deixando, assim, os sites
públicos. Esses protocolos serão mostrados agora. mais visitados.
Outros protocolos conhecidos Outra função interessante são suas politicas de controle de
acesso,conhecidas por ACL (Acces Control List).

15 Fonte: http://www.diegomacedo.com.br/proxy-cache-e-reverso/

Informática 54
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APOSTILAS OPÇÃO

Elas permitem especificar endereços de origem ou destino, Em poucas palavras, o Proxy Reverso é o servidor que irá
domínio, horários, usuários, portas ou métodos de conexão ao receber as requisições para aplicações de clientes da internet
proxy, que serão utilizados para permitir ou negar acessos. e entregá-las a rede local ou uma DMZ.
A vantagem disso tudo, é que, uma empresa que quer ter Algumas de suas vantagens são:
controle sob o que seus empregados estão acessando, e na - Segurança – Se você tem uma camada antes de chegar ao
realidade, o que eles podem ou não acessar. seu servidor, você pode incluir um firewall ou algo do gênero
Em resumo, algumas vantagens são: para verificar se tal requisição é ou não segura o suficiente
1- É possível impor restrições de acesso com base no para chegar ao ser web server. Outro benefício é que o seu
horário, login, endereço IP da máquina e outras informações, proxy reverso é isolado do seu web server, assegurando que a
além de bloquear páginas com conteúdo indesejado. É por isso requisição não sabe para onde ela vai a seguir;
que quase todos os softwares de filtro de conteúdo envolvem - Balanceamento de Carga – Um proxy reverso é
o uso de algum tipo de proxy, muitas vezes o próprio Squid (já inteligente o suficiente para fazer o que chamamos de
que, como o software é aberto, você pode incluí-lo dentro de Balanceamento de Carga. Imagine que você possui diversos
outros aplicativos, desde que respeitando os termos da GPL). web servers rodando a mesma aplicação e você deseja
2- O proxy funciona como um cache de páginas e arquivos, distribuir as requisições para aquele servidor web que não
armazenando informações já acessadas. Quando alguém está ocupado. Um proxy reverso fica responsável por essa
acessa uma página que já foi carregada, o proxy envia os dados delegação. Ou seja uma requisição chega ao Proxy Reverso e
que guardou no cache, sem precisar acessar a mesma página ele sabe para qual servidor enviar ela;
repetidamente. Isso acaba economizando bastante banda, - Cache – Você pode colocar um cache no seu proxy
tornando o acesso mais rápido. reverso, para que, caso a requisição que ele devolva não
3- Uma terceira vantagem de usar um proxy é que ele loga necessite de nenhum processamento no web server, o próprio
todos os acessos realizados através dele. Você pode visualizar proxy já devolva a resposta, aumentando a performance da sua
os acessos posteriormente usando o Sarg, um gerador de aplicação;
relatórios que transforma as longas listas de acessos dos logs - Criptografia SSL – A criptografia SSL pode ser delegada
em arquivos html bem organizados. ao próprio servidor proxy, ao invés dos servidores Web. Neste
caso, o servidor proxy pode ser dotado de aceleradores
criptográficos de alta performance;
- Compressão – Um servidor proxy pode otimizar e
comprimir o conteúdo tornando o acesso mais rápido;

Questões

01. (TJ-BA - Técnico Judiciário - Prova: FGV) A


implementação física de uma rede de computadores é feita
com o auxílio de equipamentos de interconexão. Cada um
Proxy Reverso desses equipamentos possui características que determinam
Um proxy reverso é um servidor de rede geralmente quando é adequado utilizá-lo na elaboração de um projeto de
instalado para ficar na frente de um servidor Web. Todas as uma rede de computadores.
conexões originadas externamente são endereçadas para um Relacione cada um dos dispositivos de rede com as
dos servidores Web através de um roteamento feito pelo características apresentadas a seguir.
servidor proxy, que pode tratar ele mesmo a requisição ou,
encaminhar a requisição toda ou parcialmente a um servidor 1. Hub
Web que tratará a requisição. 2. Switch
Um proxy reverso repassa o tráfego de rede recebido para 3. Bridge (ponte)
um conjunto de servidores, tornando-o a única interface para 4. Roteador
as requisições externas. Por exemplo, um proxy reverso pode
ser usado para balancear a carga de um cluster de servidores ( ) filtra e encaminha pacotes entre segmentos de redes
Web. O que é exatamente o oposto de um proxy convencional locais, operando na camada de enlace (camada 2) do modelo
que age como um despachante para o tráfego de saída de uma OSI;
rede, representando as requisições dos clientes internos para ( ) ao receber o pacote de dados de uma porta, ele distribui
os servidores externos a rede a qual o servidor proxy atende. por todas as outras - opera na camada de física (camada 1) do
Proxy Reverso nada mais é do que um servidor “burro” que modelo OSI;
apenas recebe requisições e delega as mesmas ou então faz ( ) o pacote de dados é enviado unicamente para o
algo simples, como devolver uma página pré-processada, mas destinatário de acordo com o endereço MAC (media access
ele é “burro” não sabe executar aquela requisição por control) - opera na camada de enlace (camada 2) do modelo
completo, ele é um proxy não é o servidor de verdade. OSI;
( ) o pacote de dados é enviado unicamente para o
destinatário de acordo com o endereço de rede (IP) - opera na
camada de rede (camada 3) do modelo OSI.

A relação correta, de cima para baixo, é:

(A) 1, 2, 3 e 4;
(B) 1, 2, 4 e 3;
(C) 2, 1, 3 e 4;
(D) 2, 1, 4 e 3;
(E) 4, 3, 1 e 2.

Informática 55
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APOSTILAS OPÇÃO

02. (PM-SC - Soldado da Polícia Militar – IOBV) Está (ão) CORRETO(S):


Disciplina: Noções de Informática | Assuntos: Redes de (A) Somente os itens I e II.
Computadores; (B) Somente os itens I e III.
Sobre a estrutura física das redes de computadores em (C) Somente o item II.
relação a sua abrangência, podemos afirmar que a _________ é (D) Somente o item III.
um conjunto de computadores ligados a grandes distâncias.
Seu sinal é reforçado sempre para que não haja perda nos Gabarito
dados durante a transmissão dos mesmos. 01. C\02. C\03. A\04. Errado. \05. D.

(A) LAN (Local Área Network) INTERNET16


(B) MAN (Metropolitan Área Network)
(C) WAN (Wide Área Network) A Internet é uma rede de computadores dispersos por todo
(D) IMAP (Interactive Mail Access Protocol) o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um
protocolo comum, unindo usuários particulares, entidades de
03. (INSS - Técnico do Seguro Social – FCC) Disciplina: pesquisa, órgãos culturais, institutos militares, bibliotecas e
Noções de Informática | Assuntos: Redes de Computadores; empresas.
Pedro trabalha em uma pequena imobiliária cujo escritório Acessamos as páginas da web utilizando um dispositivo
possui cinco computadores ligados em uma rede com que possua uma conexão com a internet. Hoje é possível
topologia estrela. Os computadores nessa rede são ligados por acessar sites através do computador, de celulares, tablets, tvs,
cabos de par trançado a um switch (concentrador) que filtra e etc.
encaminha pacotes entre os computadores da rede, como Com um dispositivo com a acesso à rede mundial de
mostra a figura abaixo. computadores ainda é necessário um navegador para acessar
as páginas de internet.
Os mais utilizados são:

Navegadores

Certo dia, Pedro percebeu que não conseguia mais se


comunicar com nenhum outro computador da rede. Vários são
os motivos que podem ter causado esse problema, EXCETO: Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2017/07/como-
continuar-usando-o-adobe-flash-player-ate-2020-no-navegador.ghtml
(A) O cabo de rede de um dos demais computadores da
rede pode ter se rompido.
- Internet Explorer: Desenvolvido pela Microsoft, e
(B) A placa de rede do computador de Pedro pode estar
disponível em todos os sistemas operacionais Windows a
danificada.
partir do 98.
(C) A porta do switch onde o cabo de rede do computador
- Microsoft Edge: Microsoft Edge é um navegador web
de Pedro está conectado pode estar danificada.
desenvolvido pela Microsoft e incluído no Windows 10, no
(D) O cabo de rede que liga o computador de Pedro ao
Windows 10 Mobile, Android, iOS e no Xbox One, sendo o
switch pode ter se rompido
sucessor do Internet Explorer como navegador web padrão.
(E) Modificações nas configurações do computador de
- Chrome: O Chrome é desenvolvido pela empresa Google,
Pedro podem ter tornado as configurações de rede incorretas.
é gratuito, também pode ser instalado em qualquer sistema
operacional (Linux, Windows, Mac, Celulares).
04. (TRE-GO - Técnico Judiciário - CESPE) Disciplina:
- Chromium: É uma versão do Chrome com código aberto.
Redes de Computadores
Por ter seu código-fonte aberto (diferente do Chrome
Julgue o item a seguir, a respeito de meios físicos de
tradicional, que é gratuito mas tem porções de código
transmissão usados em redes de computadores.
proprietário), o Chromium está disponível em uma enorme
Em cabeamento de par trançado, os enlaces do tipo half-
quantidade de distribuições do sistema operacional Linux e
duplex são utilizados para transmitir e receber dados
também pode ser baixado para Windows, Mac e outras
simultaneamente.
plataformas.
( )Certo ( )Errado
- Mozilla Firefox: Desenvolvido pela empresa Mozilla
Foundation, também é gratuito e possui código aberto,
05. (Câmara de Chapecó/SC - Analista de Informática -
também pode ser instalado em qualquer sistema operacional
OBJETIVA/2014) Sobre o switch, equipamento essencial para
(Linux, Windows, Mac, Celulares).
o funcionamento da conectividade de uma rede de
- Safari: Criado pela Apple para Mac Os, mas atualmente foi
computadores, analisar os itens abaixo:
expandido para Windows, também é gratuito e vêm ganhando
I - Os switches são semelhantes a hubs pelo fato de ambos
espaço por ser rápido e seguro.
basearem a conexão por intermédio de bits.
- Opera: Opera é um navegador web mundialmente
II - Os switches normalmente operam na camada 4 do
conhecido desenvolvido pela empresa Opera Software ASA,
modelo OSI.
porém não tão utilizado quanto seus principais concorrentes,
III - Os quadros recebidos em um switch, em vez de serem
o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
propagados para todas as portas, são enviados apenas para a
porta correspondente ao destino.
A característica fundamental da internet é o modo como os
computadores se ligam um ao outro por meio da identificação

16 16 Fonte:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0030.html

Informática 56
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de seu IP (internet protocol), ou seja, um número de protocolo O endereço http://www.pciconcursos.com.br/


de internet que é único para cada computador a ela conectado. provas/download/administrador-if-sp-if-sp-2016
Pelo IP é possível rastrear todas as páginas visitadas pelo
usuário, todos os momentos e a frequência de visitas, Analisando cada parte:
atividades, downloads e todas as movimentações de alguém http://
que está conectado. O que significa que a internet é a forma de É o método pelo qual a informação deve ser localizada. No
interatividade que mais exige o fornecimento de informações caso, http://, é o protocolo utilizado para buscar páginas na
do usuário dentre os meios de comunicação desenvolvidos até Web.
hoje.
Há outras maneiras, como:
WWW ftp:// (para entrar em servidores de FTP),
mailto: (para enviar mensagens),
A World Wide Web (que significa "rede de alcance news: (para acessar grupos de discussão), entre outros.
mundial", em inglês; também conhecida como Web e WWW) é
um sistema de documentos em hipermídia que são www.pciconcursos.com.br/
interligados e executados na Internet. Os documentos podem É o nome do computador onde a informação está
estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. armazenada, o qual é também chamado servidor. Cada
O serviço WWW surgiu em 1980 como um integrador de computador tem um nome exclusivo, ou seja, é único no
informações, dentro do qual a grande maioria das informações planeta.
disponíveis na Internet podem ser acessadas de forma simples Pelo nome do computador se pode antecipar o tipo de
e consistente em diferentes plataformas. informação que se irá encontrar. Os que começam com www
A World-Wide Web (também chamada Web ou WWW) é, são servidores de Web e contém principalmente páginas de
em termos gerais, a interface gráfica da Internet. Ela é um hipertexto. Quando o nome do servidor começa com ftp trata-
sistema de informações organizado de maneira a englobar se de um lugar onde é permitido copiar arquivos.
todos os outros sistemas de informação disponíveis na
Internet. provas/
Sua ideia básica é criar um mundo de informações sem É a pasta onde está o arquivo. Nos servidores a informação
fronteiras, prevendo as seguintes características: está organizada em pastas, como no computador que você está
- Interface consistente; utilizando agora.
- Incorporação de um vasto conjunto de tecnologias e tipos
de documentos; download/
- "Leitura universal". É a subpasta onde está o arquivo.

Para isso, implementa três ferramentas importantes: administrador-if-sp-if-sp-2016


- Um protocolo de transmissão de dados - HTTP; É o nome desse arquivo.
- Um sistema de endereçamento próprio - URL;
- Uma linguagem de marcação, para transmitir Deve-se atentar se o nome do arquivo (e das pastas) está
documentos formatados através da rede - HTML. escrito em maiúsculas ou minúsculas. Para os servidores que
utilizam o sistema operacional UNIX essa diferença é
A forma padrão das informações do WWW é o hipertexto, importante. No exemplo acima se, ao invés de int-www.htm, o
o que permite a interligação entre diferentes documentos, nome do arquivo fosse digitado como int-WWW.HTM ou int-
possivelmente localizados em diferentes servidores, em Www.Htm, a página não seria encontrada.
diferentes partes do mundo. O hipertexto é codificado com a Entretanto, uma URL pode conter outros formatos de
linguagem HTML (Hypertext Markup Language), que possui arquivos. Alguns tipos comuns disponíveis na Internet são:
um conjunto de marcas de codificação que são interpretadas - jpg e gif (imagens);
pelos clientes WWW (que são os browsers ou navegadores), - txt e doc (textos);
em diferentes plataformas. - exe (programas);
O protocolo usado para a transferência de informações no - zip (arquivos compactados);
WWW é o HTTP. O protocolo HTTP é um protocolo do nível de - aid, au, aiff, ram, wav, mp3 (sons);
aplicação que possui objetividade e rapidez necessárias para - mpg, mov, wmv, flv e avi (vídeos).
suportar sistemas de informação distribuídos, cooperativos e
de hipermídia. Suas principais características são: Se o endereço contiver um desses arquivos o navegador
- Comunicação entre os agentes usuários e gateways, poderá abrir uma janela perguntando ao usuário o que fazer
permitindo acesso a hipermídia e a diversos protocolos do (salvar ou abrir) com o arquivo, especialmente quando for um
mundo Internet arquivos de terminação .zip (arquivo comprimido) ou .exe (um
- Obedece ao paradigma de pedido/resposta: um cliente programa)
estabelece uma conexão com um servidor e envia um pedido
ao servidor, o qual o analisa e responde. Link

A conexão deve ser estabelecida antes de cada pedido de São hiperligações (correspondente das palavras inglesas
cliente e encerrada após a resposta. hyperlink e link) ou simplesmente ligações referenciais de um
documento a outro. Através dos links podemos criar
URL documentos interconectados a outros documentos, imagens e
palavras.
URL (Uniform Resouce Location – Localizador Padrão de
Recursos) é um endereço de recursos disponíveis em redes de Buscadores
computadores, em outras palavras é o endereço virtual de
arquivos, impressoras, sites, etc. Nas redes TCP/IP e são Os buscadores são fundamentais para realização de
aplicáveis tanto para internet como para intranet. O URL segue pesquisas na internet, sua função é efetuar uma varredura
a seguinte estrutura: completa pela rede mundial de computadores (WWW) e filtrar

Informática 57
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as palavras chave contida nesses sites, ao realizar uma atualmente, a quase totalidade dos endereços iniciais já está
consulta o buscado compara a palavra digita as palavras em uso, determinando a necessidade de substituição do
existentes em seu banco de dados e retorna os sites referentes protocolo.
ao conteúdo pesquisado. Portanto, devido ao esgotamento do IPv4 e à necessidade
Sem dúvida o maior, mais conhecido e mais acessado de mais endereços na Internet, foi criado o IPv6, que é a versão
buscador é o Google, mas existem outros como o Yahoo, Bing, mais atual do protocolo IP (por Scott Bradner e Allison
Ask, entre outros. Marken, em 1994, na RFC 1752) e que deve substituir o
Abaixo seguem algumas dicas pra melhorar as pesquisas protocolo antigo.
em buscadores: Os endereços IPv6 tem 128 bits e são normalmente
Conteúdo entre aspas: o comando “entre aspas” efetua a escritos como oito grupos de 4 dígitos hexadecimais, incluindo
busca pela ocorrência exata de tudo que está entre as aspas, prefixo de rede e sufixo de host.
agrupado da mesma forma. Novas funcionalidades do IPv6 foram desenvolvidas para
Sinal de subtração: este comando procura todas as fornecer uma forma mais simples de configuração para redes
ocorrências que você procurar, exceto as que estejam após o baseadas em IP, uma maior segurança na comunicação entre
sinal de subtração. É chamado de filtro (ex: concursos - hosts na rede interna e internet e, também, um melhor
superior) aproveitamento e disponibilidade de recursos.
OR (ou): OR serve para fazer uma pesquisa alternativa. No O protocolo está sendo implantado gradativamente na
caso de “Carro (vermelho OR verde)” (sem as aspas), Google Internet e deve funcionar lado a lado com o IPv4, numa
irá procurar Carro vermelho e Carro verde. É necessário usar situação tecnicamente chamada de "pilha dupla" ou "dual
os parênteses e OR em letra maiúscula. stack", por algum tempo. A longo prazo, o IPv6 tem como
Asterisco coringa: utilizar o asterisco entre aspas o torna objetivo substituir o IPv4.
um coringa. (ex: concurso * estadual, o Google buscará
ocorrências de concurso + qualquer palavra + estadual. Cloud (Computação em Nuvens)
Palavra-chave + site: procura certa palavra dentro de um
site específico (download site:www.baixaki.com.br). É a possibilidade que o usuário tem de acessar arquivos e
Link: procura links externos para o site especificado (ex: executar tarefas sem que estes estejam gravadas no
link:www.blogaki.com.br). computador, para isso, são utilizados serviços on-line que
Filetype: serve para procurar ocorrências algum formato armazenam esses arquivos e/ou serviços. Para que o usuário
de arquivo específico (ex: “arvore azul:pdf”). tenha acesso a utilização das tecnologias Cloud Computing é
necessário ter acesso a internet.
Protocolos Citamos como exemplo de serviços para sincronização,
gerenciamento e compartilhamento de arquivos e até mesmo
Protocolo de Internet ou simplesmente IP (Internet para utilização de aplicativos on-line o Dropbox e o GDrive.
Protocol) é um protocolo de comunicação de dados utilizado Dropbox – Voltado ao armazenamento e gerenciamento de
entre duas ou mais máquinas, para a comunicação de internet arquivos e/ou aplicativos nas nuvens (funciona como um HD
o principal protocolo é o HTTP (Hipertext Transfer Protocol) ou PenDrive virtual), está disponível para todos os sistemas
ou protocolo de transferência de hipertexto e HTTPS, que é operacionais (computadores, celulares e tablets) com
uma implementação do protocolo HTTP sobre uma camada interface gráfica e internet, como por exemplo, Windows, Mac,
adicional de segurança que utiliza o protocolo SSL/TLS. Essa Linux, Chrome, Android, Windows Phone, Blackberry e iOs.
camada adicional permite que os dados sejam transmitidos GDrive – (Google Drive) além de possuir todas as
por meio de uma conexão criptografada e que se verifique a características do Dropbox, o GDrive possui em sua plataforma
autenticidade do servidor e do cliente por meio de certificados ferramentas para escritório como processadores e editores de
digitais. texto, planilha eletrônica, slide, etc.
Algumas características importantes sobre a computação
Protocolos IPv4 e IPv6 nas nuvens:
Um endereço IP, por exemplo: 200.17.50.36, que segue o - Vários computadores são interligados e funcionam em
protocolo IPv4, é composto por uma sequência de 32 bits, modo colaborativo, inclusive os que possuem sistemas
divididos em 4 grupos de 8 bits cada (4 octetos). Tem a operacionais diferentes;
capacidade de suportar 4.294.967.296 endereços. - As aplicações executadas diretamente na nuvem, não
Na configuração desses endereços, para não se usar interferem em aplicação instalada em um computador.
sequências de números binários, representa-se cada octeto
por um número que pode variar de 0 até 255. Assim, obtém-se Site (Sitio na Internet)
um conjunto de quatro números separados por pontos.
Essa estrutura de IP é chamada de IPv4 (Internet Protcol Website ou simplesmente site (tradução de sítio eletrônico
version 4) foi proposta em 1981, por meio da RFC 791 e não da internet) é um conjunto de páginas de hipertextos
sofreu nenhuma mudança significativa desde então. acessíveis normalmente através do protocolo HTTP. O
Portanto, o computador cliente procura o IP do servidor. conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World
Quando o encontra, copia todos os arquivos que estão naquele Wide Web (WWW).
endereço para o computador local, deixando-os disponíveis Tipos de sites:
para o internauta, permitindo sua visualização e cópia. - Estáticos;
Importante é notar que o IPv4, tem a capacidade de - Dinâmicos.
suportar 4.294.967.296 endereços, ou seja, cerca de 4 bilhões
(4x109) de endereços IP, contra cerca de 3,4x1038 endereços Exemplos:
do novo protocolo. - Redes Sociais;
Deve-se ressaltar que 4,3 bilhões era um número enorme - Sites de Vendas;
no início da década de 1980, quando a rede era - Portais;
predominantemente acadêmica, com poucas centenas de - Sites institucionais.
computadores interligados e ninguém poderia imaginar o
descomunal crescimento que teria a internet, que não foi
projetada para o grande uso comercial que hoje existe. Assim,

Informática 58
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WEB 2.0 - Interfaces/Ferramentas, Recursos e anúncio será exibido para quem está provavelmente querendo
Aplicações. Interatividade17 comprar um tablet.
Além disso, atualmente todas as informações que são
Nas últimas décadas do século XX, com o advento da disponibilizadas nas redes sociais, como, preferências, locais
Sociedade do Conhecimento, a exigência da superação da onde trabalhou/estudou, livros que leu, filmes que assistiu,
reprodução para a produção do conhecimento instiga a buscar viagens que fez, rede de amigos, nível de reputação, dentre
novas fontes de investigação, tanto na literatura, quanto na outros dados, são diretamente utilizadas nas estratégias
rede informatizada. A "Era das Relações" (Moraes,1997), com publicitárias e na otimização das ferramentas utilizadas pelo
a globalização, passa a exigir conexões, parcerias, trabalho usuário.
conjunto e inter-relações, no sentido de ultrapassar a Trata-se de uma internet cada vez mais próxima de uma
fragmentação e a divisão em todas as áreas do conhecimento. inteligência artificial, que conhece a fundo o seu público, e com
A interatividade ganha centralidade na cibercultura, pois isso, tem mais possibilidades de prever tendências e traçar
ocorre a mudança de paradigmas, passando da transição da estratégias de ação.
lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da Outra característica que marca a internet 3.0 é o aumento
comunicação (interatividade), causando uma modificação no tempo de conexão por parte dos usuários, que subiu
radical no esquema clássico de informação baseado na ligação radicalmente a partir da popularização de plataformas móveis,
unilateral emissor-mensagem-receptor. como smartphones e tablets. Ou seja, o consumidor está cada
Com sua imensa variedade de conteúdos disponíveis para vez mais conectado à “grande rede”, desenvolvendo atividades
consulta, a Internet, está se transformando, pois se antes, diversas, nas muitas áreas da sua vida.
mudar de um site para outro através de hiperlinks com um
simples clique era algo fantástico, agora, de usuário também Blog
passamos a produtores de conteúdos.
A segunda geração da World Wide Web, a Web 2.0, cuja O termo Weblog surgiu em 1997 com Jorn Barger,
palavra-chave é colaboração, proporciona democratização no considerado o primeiro blogueiro da história e criador do
uso da web, em que é possível não apenas acessar conteúdos, referido termo, é uma ferramenta que possibilitava aos
mas também transformá-lo, reorganizá-lo, classificando, internautas relatar notícias que achassem interessantes.
compartilhando e, principalmente possibilitando a Os blogs são um dos recursos de publicação mais utilizados
aprendizagem cooperativa, o que vai nos permitir construir naquilo que Tim Berners-Lee, criador da WWW, chamou da
uma inteligência coletiva. (Lévy, 2007) “Web da leitura/escrita” [read/write Web]. Integra a categoria
Nesse contexto a Web 2.0 torna-se dinâmica, interativa, do que é chamado software social, que vem sendo definido
flexível para os conteúdos e publicações, deixando de ter uma como uma ferramenta, (para aumentar habilidades sociais e
característica estática, e podendo ser editada tanto por colaborativas humanas), como um meio (para facilitar
profissionais da área como pelos próprios usuários. Mas o conexões sociais e o intercâmbio de informações) e como uma
principal aproveitamento é o da inteligência coletiva baseada ecologia (permitindo um “sistema de pessoas, práticas, valores
em uma rede de informações onde cada usuário passa a ser e tecnologias num ambiente particular local”) (SUTER;
produtores de conteúdos. ALEXANDER; KAPLAN, 2005).
Torna-se essencial um olhar concreto acerca das O software social é uma nova onda das tecnologias da
potencialidades da World Wide Web na prática pedagógica, informação e comunicação [TIC] que permite preparar os
devendo esta ser encarada positivamente dado que estudantes para participarem em redes onde o conhecimento
proporciona ao aluno a descoberta da informação e, como se é coletivamente construído e compartilhado (MEJIAS, 2006).
pretende, coloca-o num lugar privilegiado ao lhe ser dada a Para Gutierrez (2003), weblog:
possibilidade de se tornar um produtor de informação para a
Web. (D’Eça, 1998) “É um tipo especial de página publicada na rede mundial
de computadores (web). Sua origem confunde-se com
WEB 3.0 nascimento da própria web, mas, como fenômeno específico, é
recente. Existem várias diferenças entre os weblogs e os sites
O movimento criado a partir da ampla interação nas mídias que normalmente encontramos na rede. Em primeiro lugar, os
digitais gerou em poucos anos uma quantidade absurda de weblogs são extremamente dinâmicos e mostram todo o
informações sobre o próprio usuário/consumidor, que conteúdo mais recente na primeira página, sob a forma de
tratam-se de patrimônios valiosos do ponto de vista do textos curtos, as postagens ou posts, dispostos em ordem
marketing e das estratégias de negócios nos mais variados cronológica reversa. Apresentam poucas subdivisões internas,
setores18. quase sempre restritas a links para os arquivos, que guardam
A “internet 3.0″ se caracteriza principalmente pela o conteúdo mais antigo, e para alguma página que descreve o
organização dessas informações sobre o próprio site e seu autor. Apresentam, também uma quantidade grande
usuário/consumidor, especialmente para que as máquinas de links (ligações) para outras páginas, geralmente outros
possam compreender melhor as tendências e otimizar as weblogs. Outra característica é a facilidade com que podem ser
experiências deste usuário na web. Ou seja, os sistemas se criados, editados e publicados, com pouquíssimos
mostram mais preparados para entender melhor o que o conhecimentos técnicos. Na rede, disponíveis mediante um
usuário deseja e para ajudá-lo com mais eficiência. simples cadastro, encontram-se ferramentas, em versões
Por exemplo: atualmente, se o usuário faz uma busca no gratuitas ou não, que realizam a codificação do weblog, sua
Google procurando por “tablets”, começará a ser exibido para hospedagem e publicação.”
ele, nos sites que frequenta, peças publicitárias para venda de
tablets. Ou seja, o sistema compreendeu que aquele usuário Logo, tão importante quanto utilizar os blogues como
está interessado na compra de um tablet e utiliza esta ferramenta de publicação na web é transformá-lo num espaço
informação para oferecer aos fornecedores de tablets uma para interações e/ou conversações entre todos. Não se trata de
publicidade com alto índice de aproveitamento. Afinal, o seu se tornar apenas uma ferramenta de leitura ou escrita, mas
sobretudo, uma ferramenta que incentive a interação entre os

17 Fonte: 18

http://revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/viewFile/1655/1332 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/marketing/esclarecendo
-sobre-web-/57519

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aprendizes (pense Conectivismo19 e Sócio- de trabalho. Assim a avaliação deve ser feita pelo professor e
Interacionismo20). pelos alunos.
Os blogs podem ser utilizados nas atividades educacionais
para: Wiki
- Desenvolvimento de Projetos de Ensino;
- Desenvolvimento de Projetos de Aprendizagem; O termo Wiki significa "super-rápido" em havaiano. Wiki
- Trabalhos Inter-Trans-Multi-disciplinares; ou WikiWiki são termos utilizados para identificar um tipo
- Produção de material didático ou educacional; específico de coleção de documentos em hipertexto ou o
- Produção de resumos/sínteses da matéria estudada; software colaborativo utilizado para criá-lo, permitindo a
- Logue (descrição) de desenvolvimento de projetos edição coletiva dos documentos usando um sistema que não
escolares; necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua
- Aprendizagem colaborativa; publicação. Tendo como principais características: a facilidade
- Portifólio de Aprendizagens; de acesso e edição; guardar históricos das alterações; as
- Reflexão - Escrever para pensar, poder acessar sua edições podem ser feitas por um grupo restrito de usuários e;
produção para ressignificar, etc. permite que o visitante comente sobre o que está sendo
- Conversações sobre assuntos iniciados em sala e que construído.
podem ser aprofundados em Listas de Discussão, com O primeiro e mais famoso dos Wikis é a Wikipédia que
síntese num wiki (por exemplo); começou a ser escrita em 2001. A Wikipédia "é uma
- Desenvolvimento de Projetos de aprendizagem enciclopédia multilíngue online livre, colaborativa, ou seja,
colaborativamente. escrita internacionalmente por várias pessoas comuns de
diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias".
É importante lembrar que o blog não deve se restringir Segundo Luck (2006, p.98), “não existe autonomia quando
apenas à esta ou aquela disciplina, pois é um recurso para não existe responsabilidade”. Assim, o uso da Wiki na escola
todos os eixos do conhecimento, já que o conhecimento na busca desenvolver nos alunos o sentido de responsabilidade,
realidade busca uma apresentação menos fragmentada. Pode autonomia e solidariedade.
até conter mais informações sobre uma determinada área, mas Os Wikis podem ser usados para a criação coletiva de
não se fecha para qualquer outra em nenhum momento. documentos de forma extremamente fácil e incentivando a
Para o professor, a antiga caneta vermelha para sublinhar colaboração e cooperação entre os alunos. Com eles o
o que estava errado é substituída por poder oferecer professor poderá propor atividades colaborativas como:
informações sobre o “erro” do aluno e os caminhos a serem - Escrever manuais;
percorridos para uma melhora, se necessária, em sua - Escrever histórias e livros;
construção de conhecimento. Partindo do espaço - Desenvolver sites;
“comentários” o professor interage com o aluno mais - Registrar e divulgar atividades, reflexões e opiniões;
facilmente, instigando-o a pensar e resolver soluções, dentro - Publicar trabalhos de alunos;
de um currículo voltado para competências como nos coloca - Publicar notícias e anúncios para a comunidade escolar;
nossos Referenciais Nacionais de Educação. - Divulgar apresentações de slides, vídeos, música e
Para Richardson (2006), são vários os aspectos pelos quais animações;
os blogs se constituem num elemento de utilização - Acessar podcasts;
interessante para a escola. Dentre os motivos que esse autor - Ensinar sobre a utilização de wikis, a publicação na web,
aponta, destacamos: [1] trata-se de uma ferramenta netiqueta e web design;
construtivista de aprendizagem; [2] tem uma audiência - Divulgar eventos.
potencial para o blog, que ultrapassa os limites da escola,
permitindo que aquilo que os alunos produzem de relevante Graças as vantagens citadas a ferramenta potencializa
vá muito além da sala de aula; [3] são arquivos da colaboração descentralizada, visto que, tanto o professor como
aprendizagem que alunos e até professores construíram; [4] é os alunos podem participar de um modo descomplicado de
uma ferramenta democrática que suporta vários estilos de situações de aprendizagem e interação, não só
escrita e [5] podem favorecer o desenvolvimento da assincronamente, como também a distância.
competência em determinados tópicos quando os alunos Os recursos educacionais (notas de aula, exercícios,
focam leitura e escrita num tema. tarefas, projetos, etc.) podem ser facilmente disponibilizados
Os blogs educacionais são vistos por Glogoff (2005), como na web pelo professor e, mais importante de tudo, o foco das
uma ferramenta instrucional centrada na aprendizagem. atividades desloca-se para as aprendizagens em detrimento do
Como atividade centrada nos alunos, os blogs permitem a eles ensino.
construir capacidade de atuarem tanto individualmente como Já, os estudantes podem usar o Wiki como uma ferramenta
em grupo, atributos que hoje são reconhecidos como para a produção dos seus portfólios de aprendizagens, para
importantes, essenciais para as pessoas na sociedade documentar projetos de aprendizagem, como "cadernos
contemporânea. virtuais", como uma trilha do seu desenvolvimento cognitivo,
A ideia dos blogues em contextos educacionais, sobretudo etc.
como ferramenta de apoio às aprendizagens, deve estar focada Convém ressaltar que, o fato de termos uma plataforma
na interação entre aqueles que aprendem, os recursos livre não é garantia da construção de uma cultura livre, faz-se
educacionais e aqueles que são, supostamente, os mais necessário também, concebermos e realizarmos estratégias
experientes (os professores). pedagógicas que proporcionem o desenvolvimento de
Para finalizar, o professor não pode deixar de estabelecer projetos e atividades em ambientes colaborativos que
objetivos e critérios ao utilizar este recurso, pois a utilização a incentivem a partilha de informações e a construção coletiva.
esmo não enriquece as aulas, se torna um tempo inutilizado
para a construção e a troca de conhecimentos. Ele deve deixar
claro o que espera do aluno e o que pretende com a proposta

19 modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças tectônicas na 20 a interação como uma das categorias de análise dos fatos de linguagem e,

sociedade, onde a aprendizagem não é mais uma atividade interna, não apenas o locus onde a linguagem acontece como espetáculo.
individualista.

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APOSTILAS OPÇÃO

Podcast dinâmico, mas são elas que dão sustentação às novas vidas e a
produzem diariamente.
O termo Podcast foi citado pela primeira vez em 12 de O que diferencia as redes sociais das redes espontâneas é
fevereiro de 2004 num artigo de autoria do jornalista Ben a intencionalidade nos relacionamentos, os objetivos comuns
Hammersley, no jornal britânico The Guardian, se referindo a conscientes, explicitados, compartilhados. E que os fluxos e
programas gravados em áudio e disponibilizados na internet ciclos das redes sociais estão permeados e são canais de
que podem ser “assinados” utilizando da mesma tecnologia circulação de informação, conhecimento e valores (sistemas
feed já encontrada nos sites. simbólicos).
Sendo uma palavra que vem da junção de Ipod com González (2005) em seu artigo "Ferramentas da WEB para
Broadcast, Podcast são programas de rádio personalizados a Aprendizagem Colaborativa: Webblogs, Redes Sociais, Wikis,
gravados em mp3 e disponibilizados pela internet através de Web 2.0" nos conta a origem das redes sociais:
um arquivo Rss, onde os autores desses programas de rádio “O termo redes sociais vem da teoria dos "Seis graus de
caseiros disponibilizam aos seus "ouvintes" possibilidade de separação". Dois pesquisadores norte-americanos, nos anos
ouvir ou baixar os novos "programas", utilizando softwares 50, Ithiel de Sola Pool (MIT) e Manfred Kotchen da IBM (com
como o Ipodder é possível baixar os novos programas seu livro “Contacts and Influence”), pretendiam demonstrar a
automaticamente, até mesmo sem precisar acessar o site do relação matemática de probabilidade de "ser conhecido entre
autor, podendo gravá-los depois em aparelhos de mp3 ou cds um conjunto de pessoas"; e enunciaram: "dado um conjunto de
e ouvir quando quiser. N pessoas, qual é a probabilidade de que cada membro esteja
Para Jobbings (2005) há três áreas em que o potencial do conectado a outro membro por ki, k2, k3, ……, kN ligações?".
podcast se pode revelar profícuo: atividades curriculares,
processo de ensino-aprendizagem e aprendizagem A verdade é que estiveram muito fechados nesta teoria.
personalizada. Uma década depois, essa teoria matemática foi se infiltrando
Os podcasts podem ser utilizados em atividades como: em outros ramos do conhecimento como a sociologia. Stanley
- Ensinar os professores e estudantes sobre podcasting; Milgran a reformulou com enfoque nas Ciências Sociais e a
- Criar programas de áudio para blogs, wikis e páginas da denominou "o problema do mundo pequeno". Selecionou, ao
web; acaso, várias pessoas do meio oeste americano que enviaram
- Criar tours de áudio da escola; embrulhos a um lugar desconhecido, situado a várias milhas
- Criar áudio sobre pontos turísticos e locais históricos; de distância em Massachusetts. Os remetentes conheciam o
- Criar programas notícias e anúncios; nome do destinatário final, sua ocupação e localização
- Criar audiobooks; aproximada. Foi indicado a quem deveria ser repassado o
- Ensinar edição de áudio; pacote: uma pessoa conhecida por eles mas, que dentre os seus
- Criar uma "rádio" da escola; amigos, era o que tinha maior probabilidade de conhecer
- Criar comerciais; diretamente o destinatário. Esta pessoa deveria fazer o mesmo
- Gravar histórias da comunidade, do folclore, etc. e assim sucessivamente até que o pacote fosse entregue
diretamente ao destinatário final. Os participantes esperavam
Algumas dificuldades têm sido encontradas na utilização que a cadeia incluiria centenas de intermediários, mas a
de PodCasts na educação, por ser uma tecnologia nova e ainda entrega de cada pacote levou, em média, apenas cinco ou sete
em desenvolvimento alguns processos e ajustes ainda não intermediários. As descobertas de Milgram foram publicadas
possuem uma efetiva automação. Muitos dos projetos no "Psychology Today" e inspiraram a frase seis graus de
educacionais esbarram no detalhe técnico, em geral após separação.
gravarem seus arquivos de áudio, alunos e professores tem Na Internet as redes sociais estão cada vez mais comuns,
divulgado a produção em sua página ou Blog, mas não criando existem centenas de sites na web que potencializam os
o arquivo de feed (informação), o que tecnicamente torna o contatos entre as pessoas (Orkut, Friendster, Tribe, Rize,
trabalho um ÁudioBlog e não PodCast. Linkedln, etc.).
Enquanto educadores, a criação e divulgação de um feed é Na esfera educacional dispomos de alguns desses
importante, pois uma vez criado o feed e divulgada ambientes sociais para se ter contato com alunos ou antigos
adequadamente, a produção dos alunos ganha uma alunos ou para colocá-los em contato uns com os outros. Um
publicidade muito maior e por consequência interações, dos exemplos é o facebook (em inglês), outro é o Ning que
através dos comentários que surgem de vários cantos do também pretende integrar o mundo acadêmico numa
planeta o que mostra a importância do trabalho realizado. ferramenta metasocial. É uma marca de atuação teórica, mais
Na produção de PodCasts pode-se estar entrelaçados que uma posição metodológica. As teorias sobre isso são
inúmeras disciplinas, trabalhando e desenvolvendo a amplas e nos servem como eixo teórico.
criatividade e caminhando para integração de sons e imagens, Na educação, as redes sociais podem ser utilizadas para:
confirmando o que Laura Maria Coutinho afirma: - Criar uma comunidade de aprendizagem para a escola,
“Assim, o audiovisual alcança níveis da percepção humana classe ou disciplina;
que outros meios não. E, para o bem ou para o mal, podem se - Compartilhar informações e ideias com outros
constituir em fortes elementos de criação e modificação de profissionais e especialistas. Nos temas que estão estudados
desejos e de conhecimentos, superando os conteúdos e os pelos alunos em sala de aula;
assuntos que os programas pretendem veicular e que, nas - Aprender sobre redes sociais;
escolas, professores e alunos desejam receber, perceber e7, a - Criar um canal de comunicação entre estudantes de
partir deles, criar os mecanismos de expansão de suas diferentes escolas e com interesses em comum.
próprias ideias.” (COUTINHO, 2004)
A utilização das redes socias na educação ainda causam
Redes Sociais muita polêmica, visto que algumas escolas proíbem o acesso
dos estudantes com o intuito de protegê-los de eventuais
Se pensarmos no nosso cotidiano, com o foco nas relações problemas, sem levar em conta, que todos precisam aprender
que sustentam nossas rotinas, veremos emergir conjuntos de a utilizar esses recursos de forma adequada, responsável,
redes. São redes espontâneas, que derivam da sociabilidade reconhecendo quais são os comportamentos aceitáveis devem
humana. Estão aí o tempo inteiro, apenas não costumamos fazer parte dos objetivos daqueles que se propõe a utilizar as
focar nosso olhar sobre elas, vendo-as como um sistema vivo e TIC.

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APOSTILAS OPÇÃO

O que é Taxa de Download, Upload, Servidor, Ping e diretório, ou opções do tipo Help, onde o cliente tem acesso a
Número de IP21? lista de comandos. Essa interatividade e proveniente do
padrão NVT (Network Virtual Terminal) usado pelo protocolo
Download: Acontece quando o computador está TELNET. Contudo, o FTP não permite a negociação de opções,
recebendo dados da internet. Exemplo: ao acessar um site, utilizando apenas as funções básicas do NVT, ou seja, seu
primeiro enviamos a informação de que queremos acessar padrão default.
aquele site para um SERVIDOR e depois o servidor retorna a O protocolo FTP permite que o cliente especifique o tipo e
informação com os dados daquele site. Quando estamos o formato dos dados armazenados. Como exemplo, se o
baixando algum arquivo para o nosso computador, estamos arquivo contém texto ou inteiros binários, sendo que no caso
recebendo dados, portanto, fazendo um download na qual a de texto, qual o código utilizado (USASCII, EBCDIC, etc.).
velocidade pode variar dependendo da velocidade de sua Como segurança mínima o protocolo FTP implementa um
internet e da velocidade de upload do servidor de onde está o processo de autenticação e outro de permissão. A autenticação
arquivo. é verificada através de um código de usuário e senha, já a
Upload: Acontece quando estamos enviando dados do permissão, é dada em nível de diretórios e arquivos.
nosso computador, para a internet. É o caminho inverso do O servidor de FTP possibilita acessos simultâneos para
download. Geralmente, a velocidade de upload da internet, é múltiplos clientes. O servidor aguarda as conexões TCP, sendo
bem menor do que a de download. Isso acontece muito aqui no que para cada conexão cria um processo cativo para tratá-la.
Brasil onde uma internet de 1 megabit, faz downloads a Diferente de muitos servidores, o processo cativo FTP não
velocidade média de 125 kbytes por segundo (kbps) e o executa todo o processamento necessário para cada conexão.
upload, costuma ser uns 20% da velocidade de download, A comunicação FTP utiliza uma conexão para o controle e uma
cerca de 30 kbytes por segundo (kbps). (ou várias) para transferência de arquivos. A primeira conexão
Servidor: É o intermediário entre o download e o upload, (chamada de conexão de controle "Ftp-control") é utilizada
ou seja, o que faz a ligação do nosso computador, ao site que para autenticação e comandos, já a segunda (chamada de
queremos acessar. É importante ressaltar que cada site tem conexão de dados "Ftp-data"), é utilizada para a transferência
um servidor específico na qual estão armazenados as suas de informações e arquivos em questão.
informações. Portanto, ao navegar na internet em diferentes O FTP também é utilizado de forma personalizada e
sites, na verdade estamos acessando diferentes servidores que automática em soluções que trabalham como o EDI (Eletronic
contém as informações desses sites. Se por acaso algum site Data Interchange), onde Matrizes e Filiais trocam arquivos de
não funcionar e outros sites estiverem normais, muito dados com a finalidade de sincronizar seus bancos de dados.
provavelmente é porque o SERVIDOR desse site pode estar Outro uso seria os LiveUpdates, como o usado nas atualizações
com problemas ou em manutenção. dos produtos da Symantec (Norton Antivírus, Personal
Ping: É a taxa que mede o tempo de resposta e estabilidade Firewall e etc.).
da internet. Quanto MENOR for o ping da internet, MELHOR Existem também os programas que aceleram download e
será a conexão. Nos testadores de velocidade de internet, o que utilizam o protocolo FTP. Esses programas usam
ping costuma ser medido em milisegundos (ms), ou seja, tecnologia de múltiplas sessões e empacotamento com a
quantos milésimos de segundo um pacote de informações quebra dos arquivos, conseguindo dessa forma, uma melhora
demora para percorrer um ponto a outro, por isso, quanto significativa na velocidade dos downloads.
menor o ping mais rápida é a conexão. Assim 50 ms
corresponde a 0,05 segundos. Um ping de 50 ms, podemos Os modos de transferência em detalhes:
esperar uma boa conexão. Você pode testar a sua internet e ver
se o seu ping está mais ou menos nesse nível. Padrão
Número de IP: É um número que é atribuído quando você No modo padrão a primeira conexão que é estabelecida
se conecta a internet. É como se fosse o número de sua pelo cliente é em uma porta TCP de número alto (varia entre
identidade na web, que nesse caso, é o número que identifica 1024 a 65535, pois é dinâmica) contra o servidor na porta TCP
o seu computador na internet. O IP pode ser fixo ou dinâmico. número 21. Essa conexão é quem autentica e diz ao servidor
Se for fixo, esse número será sempre igual mesmo que você se qual(is) arquivo(s) o cliente deseja. Esta conexão permite
desconecte e reconecte de novo na internet. Se for dinâmico, também, a passagem de outras informações de controle
esse número mudará toda vez que você se conectar na (comandos por exemplo). Contudo, quando chega à hora de
internet. Isso costuma acontecer com internet do tipo Velox na transferir os dados reais uma segunda conexão será aberta.
qual um número diferente de IP é atribuído toda vez que o Diferente da conexão de controle, esta que é de dados, é aberta
modem é reiniciado ou religado na tomada. pelo servidor em sua porta TCP de número 20 contra o cliente
em uma porta TCP de número alto e que é atribuída também
Transferência de Informações e Arquivos22 dinamicamente (cliente e servidor negociam a porta em
questão como parte da troca da conexão de controle).
O FTP (File Transfer Protocol - Protocolo de transferência
de arquivos) oferece um meio de transferência e Passivo
compartilhamento de arquivos remotos. Entre os seus No modo passivo a primeira conexão é idêntica ao modo
serviços, o mais comum é o FTP anônimo, pois permite o padrão. Contudo, quando chega à hora de transferir os dados
download de arquivos contidos em diretórios sem a reais, a segunda conexão não opera da mesma forma que no
necessidade de autenticação. Entretanto, o acesso anônimo é modo padrão. Ela opera da seguinte forma: o servidor fica
restrito a diretórios públicos que foram especificados pelo esperando que o cliente abra a conexão de dados. Essa conexão
administrador da rede. e aberta pelo cliente em uma porta TCP de número alto (varia
O protocolo FTP disponibiliza interatividade entre cliente entre 1024 a 65535, pois é dinâmica) contra o servidor em
e servidor, de forma que o cliente possa acessar informações uma porta TCP de número alto também. Tudo fica estabelecido
adicionais no servidor, não só ao próprio arquivo em questão. na conexão de controle inclusive a porta TCP que o cliente vai
Como exemplo de facilidades podemos citar a lista de usar contra o servidor. Além de modificar o sentido da conexão
arquivos, onde o cliente lista os arquivos existentes no de dados, as portas são altas em ambos os lados.

21 Fonte: http://thiagoquintella09.blogspot.com.br/2013/05/como- 22 Fonte: http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=985


funciona-internet-o-que-e-taxa-de.html

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APOSTILAS OPÇÃO

O comando PASV é quem altera o modo de operação. Questões:

Problemas com o Protocolo FTP em Alguns Gateways 01. (IF/AP - Auxiliar em Administração -
Um aspecto importante que deve ser mencionado é o fato FUNIVERSA/2016)
de que as redes normalmente se conectam à Internet através
de um Gateway, e dependendo do tipo e a concepção dele,
poderá fazer com que o FTP seja configurado de forma nada
convencional. Um exemplo é o Proxy da AnalogX. O programa
FTP nesse caso deve ser configurado para conectar
diretamente no servidor Proxy, como se este fosse realmente
o servidor de FTP. Entretanto, será passado a ele o endereço
do FTP correto, de tal forma que ele fará o resto do trabalho
(conexões no FTP correto e repasses para o cliente da rede
interna que solicitou a conexão). A presença do cadeado fechado à direita da barra de
endereços do Internet Explorer indica que:
Advertência sobre a Segurança
Na conexão FTP feita no modo padrão a segunda conexão (A) o Internet Explorer encontrou um problema com o
(ftp-data) traz sérios problemas para a segurança das redes. O certificado de segurança do site.
motivo é que a conexão aberta no sentido do servidor em uma (B) o Internet Explorer bloqueou o acesso à página.
porta TCP de número abaixo de 1024 (o default é 20) contra o (C) as informações transmitidas entre o Internet Explorer
cliente em uma porta TCP numerada de forma dinâmica e e o site visitado são criptografadas.
maior que 1024, sem estar com o flag ACK acionado, será (D) os cookies foram bloqueados pelo Internet Explorer.
considerada pelo administrador da rede como acesso indevido (E) a navegação InPrivate está ativada, permitindo a
e os pacotes de dados serão descartados. Já o modo passivo é navegação sem deixar vestígios no Internet Explorer.
considerado o modo correto de abrir uma conexão do tipo "ftp-
data". 02. (IF/RS - Auxiliar em Administração - IF/RS/2016)
Intranet é uma rede restrita que utiliza os protocolos e
INTRANET23 tecnologias utilizados pela Internet para a troca e o
processamento de dados internos. Consequentemente, todos
A intranet é uma rede privada que está contido dentro de os conceitos da Internet aplicam-se também numa Intranet,
uma empresa. Pode consistir de muitas rede locais interligadas como por exemplo o modelo cliente-servidor, em que diversas
e também o uso de linhas alugadas na rede de área ampla. máquinas se conectam a um servidor que possui uma
Normalmente, uma intranet inclui ligações através de um ou funcionalidade específica, como a de armazenamento de
mais computadores gateway para a Internet fora. O principal páginas web, a de correio eletrônico, a de transferência de
objetivo de uma intranet é compartilhar informações sobre a arquivos, etc. Baseado nesses fundamentos, assinale abaixo a
empresa e recursos de computação entre os funcionários. Uma alternativa INCORRETA:
intranet também pode ser usada para facilitar o trabalho em
grupos e por teleconferências. (A) A principal interface de trabalho é o navegador.
Uma intranet utiliza o TCP / IP, HTTP e outros protocolos (B) Uma Intranet pode estar conectada a outra Intranet.
de Internet e na aparência geral como uma versão privada da (C) A Intranet só funciona se tiver Internet.
Internet. Com tunneling, as empresas podem enviar (D) Na Intranet é possível fazer download e upload mais
mensagens privadas através da rede pública, utilizando a rede rápido que na Internet.
pública com encriptação / desencriptação e as garantias de (E) Uma Intranet é uma miniatura da Internet.
segurança, para ligar uma parte da sua intranet para outra
rede. 03. (UFCG - Auxiliar em Administração - UFCG/2016)
Intranet é uma rede de computadores privativa que utiliza São exemplos de programas de navegação na Internet
as mesmas tecnologias que são utilizadas na Internet. O (Browser), EXCETO:
protocolo de transmissão de dados de uma intranet é o TCP/IP
e sobre ele podemos encontrar vários tipos de serviços de rede (A) Google Chrome
comuns na Internet, como por exemplo o e-mail, chat, grupo (B) Mozilla Firefox
de notícias, HTTP, FTP entre outros. (C) Safari
Uma Intranet pode ou não estar conectada a Internet ou a (D) Opera
outras redes. É bastante comum uma Intranet de uma empresa (E) HTML
ter acesso à Internet e permitir que seus usuários usem os
serviços da mesma, porém nesse caso é comum a existência de 04. (DPU - Agente Administrativo - CESPE/2016)
serviços e ou dispositivos de segurança como, por exemplo, Acerca dos conceitos e das tecnologias relacionados à Internet,
um firewall para fazer o barramento de dados indevidos que ao Internet Explorer 8 e à segurança da informação, julgue o
tentam transitar entre a rede pública e a rede privativa. item subsequente.
Quando uma intranet tem acesso a outra intranet, caso O principal protocolo que garante o funcionamento da
comum entre filiais de uma empresa ou entre empresas que Internet é o FTP, responsável por permitir a transferência de
trabalham em parceria, podemos chamar a junção das duas ou hipertexto e a navegação na Web.
mais redes de extranet. Algumas empresas comumente
chamam de extranet a área de sua intranet que oferece ( ) Certo ( ) Errado
serviços para a rede pública Internet. Uma tecnologia que tem
se difundido muito na área de tecnologia da informação para a 05. (Prefeitura de Natal/RN - Agente Administrativo -
criação de extranets aproveitando-se da infraestrutura da CKM/2016) Você está tentando acessar a internet com o
Internet é a VPN navegador Internet Explorer, mas o navegador apresenta uma
mensagem de erro. Ao entrar em contato com o setor de

23 Fonte: https://sites.google.com/site/sitesrecord/home/o-que-e-intranet

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APOSTILAS OPÇÃO

suporte técnico, o atendente lhe aconselha a usar outro


navegador instalado no computador. Nesse sentido, qual das
opções abaixo é um navegador de internet?
(A) Windows Media player.
(B) Filezilla.
(C) Linux ubuntu.
(D) Safari.

Gabarito

01.C / 02.C / 03.E / 04.Errado / 05.D

Anotações

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