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PROJETO CAVEIRA - V4 03º SIMULADO COMPLETO

Português

No que se refere às ideias apresentadas no texto, julgue os itens que se seguem.

01. A busca da manutenção de relações de poder assimétricas motiva grande parte dos atos de violência doméstica.

ERRADO.
O que motiva, segundo o texto, são motivos banais e não a luta pelo poder dentro da relação. (Linhas 24 a 27)

02. Em se tratando de violência doméstica, o objetivo do processo judicial é a responsabilização do agressor, estando a
prisão desse agressor relegada a último plano.

ANULADA.

03. Nos casos de violência doméstica, muito comumente, há o que se pode denominar inversão da culpa, ou seja, observam-
se vítimas sendo tratadas pelos seus agressores como responsáveis pela violência que sofrem.

CERTO.
Linhas 5 a 9.

04. Em se tratando de violência doméstica, o objetivo do processo judicial é a responsabilização do agressor, estando a
prisão desse agressor relegada a último plano.

ERRADO.
Linhas 28 a 33.

Os itens a seguir, que apresentam uma proposta de reescrita de trecho do texto — entre aspas —, devem ser julgados
certo se, ao mesmo tempo, as propostas estiverem gramaticalmente corretas e não acarretarem prejuízos ao sentido
original do texto, ou errado, em caso contrário.

05. “Esses atos (...) membros da família" (l. 20 e 21): É capaz desses atos gerarem sentimento de insegurança nos
membros da família.

ERRADO.
O sentido é alterado na reescritura nos levando a uma incerteza, diferente da certeza proposta pela frase original do
texto. Além disso, O sujeito não pode ser preposicionado. Frases com sujeito preposicionado é muito comum na
linguagem inculta com sujeitos de verbos no infinitivo. Veja os exemplos a seguir:
CERTO — É hora de eu aparecer.
ERRADO — É hora deu aparecer.
CERTO — No dia de ela chegar, vou ficar muito contente.
ERRADO — No dia dela chegar, vou ficar muito contente.
CERTO — Chegou a hora de a onça beber água.
ERRADO — Chegou a hora da onça beber água.
Fonte: www.mundotexto.com.br

06. “O agressor (...) como tal" (l.29): O agressor senta -se no banco dos réus e como réu ele é considerado.

ERRADO.
Há alteração no sentido. Na frase original a ideia é de que alguém o coloca no banco de réu, já na reescritura a ideia é de
que ele senta-se sozinho.
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Acerca dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens seguintes.

07. No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas em trechos que reproduzem discursos de outras pessoas, e não da
autora do texto.

CERTO.
Os trechos representam discursos feitos pela própria sociedade.

08. Na linha 1, o “que" é um elemento expletivo, empregado apenas para dar realce a “Os juízes".

ERRADO.
Nessa situação o “que” é Pronome Relativo, retomando o sujeito da oração.

09. Em “não se persegue" (l.31), a partícula “se" está empregada como um recurso para indeterminar o sujeito.

ERRADO.
Nesse caso a partícula “se” é apassivadora, tendo em vista que possui um sujeito passivo “o encarceramento do
agressor”.

10. Em “que a mantêm coesa e saudável" (l. 41 e 42), o deslocamento do pronome “a" para logo após a forma verbal
“mantêm" prejudicaria a correção gramatical do período.

CERTO.
Já que a partícula “que” é atrativa, sendo caso de próclise obrigatória.

11. Em “Importa destacar" (l.15), a oração “destacar" exerce função de sujeito.

CERTO.
O que importa? Destacar. Logo, é sujeito.

Considerando as ideias expressas no texto, bem como seus aspectos tipológicos e linguísticos, julgue os itens
subsequentes.

12. A expressão “Fique ligado" (l.12), típica da oralidade, é empregada no texto com o significado de fique atento e
funciona como uma estratégia para estabelecer uma relação de proximidade com o interlocutor.

CERTO.
A expressão foi empregada realmente no sentido descrito na assertiva com o objetivo de aproximar o receptor da
mensagem.

13. Há no texto elementos característicos das tipologias expositiva e injuntiva.

CERTO.
O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação, ou seja,
indicam o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções,
editais e propagandas.
O texto expositivo é um tipo de texto que visa a apresentação de um conceito ou de uma ideia.
Fonte: www.todamateria.com.br

14. A finalidade do texto é alertar o interlocutor sobre as consequências que podem resultar do desperdício de energia
elétrica e apresentar-lhe um conjunto de ações recomendadas pelo TJDFT com vistas a evitar o desperdício de
energia elétrica.

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ERRADO.
A finalidade do texto não é alertar sobre as consequências e sim fazer com que seja evitado o desperdício.

15. A oração “usar a iluminação natural" (l.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível" (l.6).

ERRADO.
A oração destaca é Sujeito oracional.

Matemática

16. Em determinado dia, a quantidade Q de serviços administrativos demandados por usuários de determinado
departamento da UnB, às t horas, pôde ser modelada pela função quadrática Q(t) = at 2 + bt + c, em que a, b e c são
constantes reais e a ≠ 0. Nesse departamento, o expediente inicia-se às 8 horas da manhã e, nesse dia, a demanda
máxima ocorreu às 11 horas da manhã, com o atendimento de Q máx = 54 usuários. Com referência a esse modelo, julgue
o próximo item.

De acordo com o modelo, se, nesse dia, no início do expediente não havia nenhuma demanda de usuários por serviços
administrativos nesse departamento, então às 13 horas também não havia nenhum serviço administrativo sendo
demandado.

ERRADO.
Essa questão pode ser respondida se você tiver noção do gráfico também, veja:
Se às 8h o atendimento era de 00 usuários chegando ao seu ponto máximo às 11h com 54 usuários, então, quando
chegarmos às 11h a tendência é diminuir até voltar a ter 00 usuários novamente.
Logo, teremos um gráfico com concavidade para baixo: ∩
Ai entra a interpretação: de 8h para 11h se passaram 3h, para que o gráfico chegue a 00 novamente, tem que se passar
3h também, ou seja, 11h+3h=14h. Sendo assim, apenas às 14h o número de usuários estará em 00 novamente.

17. Diariamente, o tempo médio gasto pelos servidores de determinado departamento para executar suas tarefas é
diretamente proporcional à quantidade de tarefas executadas e inversamente proporcional à sua produtividade individual
diária P.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.

Se, na quarta-feira, um servidor tinha 13 tarefas de sua responsabilidade para executar e se nas 3 primeiras horas de
trabalho ele executou 5 dessas tarefas, então, mantendo essa produtividade, ele gastou menos de 8 horas para concluir as
13 tarefas na quarta-feira.

CERTO.
Se ele gastou 3 horas pra realizar 5 tarefas, quantas horas ele gastará para realizar 13 tarefas?
3horas ---------------------------5 tarefas
x ----------------------------------- 13
x= 7,8 horas = 7 horas e 48 minutos.

18. Considere que na terça-feira a quantidade de tarefas a serem executadas por um servidor correspondia a 50% a mais do
que a quantidade de tarefas executadas no dia anterior. Nesse caso, para que o servidor concluísse seu trabalho da terça-
feira no mesmo tempo gasto para concluí-lo na segunda-feira, a sua produtividade na terça-feira deveria aumentar em
50% em relação à produtividade da segunda-feira.

CERTO.
Se na terça-feira aumentou 50% em relação ao dia anterior, supondo que:
segunda-feira --> 20 tarefas em 20 horas daria 1 hora por tarefa.
terça-feira --> 30 tarefas em 20 horas daria 1,5 por tarefa.
Ou seja, a produtividade teria que aumentar em 50%.

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19. Se, na segunda-feira, um servidor gastou 6 horas para executar todas as 15 tarefas a seu encargo e, na sexta-feira, ele
gastou 7 horas para executar as suas 18 tarefas, então, nessa situação, o servidor manteve a mesma produtividade nesses
dois dias.

ERRADO.
6 horas são 360 minutos, então ----> 360 minutos / 15 tarefas = 24 minutos por tarefa.
7 horas são 420 minutos, então ----> 420 minutos / 18 tarefas = 23 minutos por tarefa.
Portanto, não manteve a produtividade.

20. Um fazendeiro possui oito tipos de sementes para plantar, porém, apenas quatro podem ser plantadas ao mesmo tempo.
As possibilidades que ele tem de escolher quatro tipos de sementes, sem ocorrer repetição será de 70.

CERTO.
C 4,8 = 8!/ 4! (8! - 4!)
C = 8.7.6.5/ 4.3.2.1
C = 70

21. Considere a sequência abaixo:


(1 2 3 4 5 4 3 2 1 2 3 4 5 4 3 2 1 2 3 4 5 4 3 2 ...)
O termo que ocupa a 211ª posição será igual a 1.

ERRADO.
Primeiro passo é identificar quantos números tem a sequência, no caso 1 2 3 4 5 4 3 2 a partir desse ponto começa
repetir os números, ou seja, temos 8 números então dividindo pelo total de termos 211/8 temos o resultado 26 com resto
3.
Ou seja, essa sequência se repete 26 vezes por inteiro e até a 3º posição novamente.
Sendo o numero que o ocupa a 3º posição o numero 3.

22. Em uma reunião, realizada na Prefeitura de Santa Maria Madalena, para decidir sobre alguns gastos públicos, estavam
presentes: o prefeito, o vice-prefeito, três secretários municipais e um deputado. Considerando que todos os presentes
citados sentaram-se em torno de uma mesa circular e que o prefeito sentou-se ao lado do vice-prefeito, o número de
maneiras distintas que estas pessoas poderiam estar organizadas nessa mesa seria igual a 120.

ERRADO.
Fórmula da permutação circular
PC n = (n-1)!
Consideramos o prefeito e o vice como 1 elemento só... restam 5 elementos
PC 5 = (5-1)!
PC = 4!
4.3.2.1 = 24
Só que o prefeito e o vice podem trocar de posição também
2 * 24 = 48

23. A sequência numérica 1/2, 3/4, 5/6, 7/8;...é ilimitada e criada seguindo o mesmo padrão lógico. A diferença entre o 500º
e o 50º termos dessa sequência é igual a 0,9.

ERRADO.
A melhor coisa é memorizar a fórmula de PA (progressão aritmética) para aplicar nessas questões que tenham
sequência, porque a gente não perde tempo e não corre o risco de errar (na hora da prova o nervoso pode atrapalhar o
raciocínio)!
an = a1 + (n - 1) r
Aplica nos numeradores = 1, 3, 5, 7... => 50º número => a50 = 1 + (50-1) 2 = 99. Então, se o numerador é 99, a gente já
sabe que o denominador é 100.

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Da mesma forma para o 500º número => a500 = 1 + (500-1) 2 = 999. Se o numerador é 999, o denominador é 1000.
Concluindo: a questão pede 500º - 50º => 999/1000 - 99/100 = 9/1000 = 0,009

24. Na cidade Peopleland existe a “Lei 70”, que restringe o gasto anual da prefeitura a 70% do valor arrecadado anualmente
através de tributos e impostos. Para o ano de 2017, a previsão é de que esta prefeitura arrecade R$ 900.000,00
(novecentos mil reais). Atualmente, seus gastos anuais somam R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais). Na
cidade existem 15 motoristas concursados, cada um deles recebendo um salário de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Para a
categoria, são pagos décimo-terceiro salário e férias no valor de 50% do salário. A categoria solicitou aumento de 20%
no salário para 2017. Nessas condições, é correto afirmar que prefeitura pode conceder o aumento, mas irá ferir a Lei
70.

CERTO.
Estimativa= 900.000,00
Gasto atual= 550.000,00
15 mot= 2.000,00 = 30.000= 360.000 (30.000x12meses= 360.000,00)
360.000 + 550.000= 910.000,00
20% de 2.000,00 = a 400 reais
(916.000,00 com aumento)

25. Uma gráfica imprimiu 20% de um livro num primeiro momento e imprimiu 2/5 do restante num segundo momento. Se
ainda falta imprimir 180 páginas, então o total de páginas do livro é de 375.

CERTO.
1º - 20% que não sabemos a quantidade de páginas, em seguida ele fala 2/5 do restante, ou seja, de 80%.
2/5 de 80 = 32% então sabemos que temos 20% na primeira parte e 32% na segunda parte.
Logo o restante das páginas corresponde a 48% que significam as 180 páginas.
48%........ 180 páginas
52%......... X
x = 195 páginas
Portanto temos 195 páginas + 180 páginas = 375 pág.

Informática

Com relação à informática, julgue os itens que se seguem.

26. Windows Azure, Microsoft Office 365 e SkyDrive são exemplos, respectivamente, de IaaS, SaaS e PaaS na
computação em nuvem.

ERRADO.
Serviços de armazenamento de dados (CLOUD STORAGE): Ex: Onedrive; Dropbox; Google Drive.
Software como serviço - SaaS: Ex: google docs; office 365
Plataforma como serviço - PaaS: é possível fazer programas na nuvem. Ex: Windows Azure Infraestrutura como serviço
- IaaS: alugar servidores e outros equipamentos

27. No aplicativo BrOffice Calc, ao se exportar uma planilha para o formato PDF, é possível especificar as páginas
que serão exportadas e o grau de qualidade das imagens.

CERTO.
As imagens JPG são comprimidas, e elas podem ter índices de compactação que determinarão a qualidade da imagem.
Por exemplo, 150 dpi indicam imagens adequadas para visualização na tela, enquanto que 300 dpi indicam para
impressão em papel.

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28. As verificações de antivírus em um arquivo ocorrem com base na comparação entre o nome do arquivo e o banco
de dados de vacinas, visto que os antivírus não possuem recursos para analisar o conteúdo dos arquivos.

ERRADO.
O antivírus tem recursos e precisa analisar o conteúdo do arquivo, para poder buscar a assinatura do vírus (parte de
código malicioso que tenha sido adicionado) Não basta apenas comparar o nome do arquivo.

29. Por meio da tecla , é possível acessar diretamente algumas funcionalidades do ambiente Windows. Essa opção
no teclado permite ações rápidas quando associada simultaneamente a outras teclas, por exemplo, se associada à
tecla , acessa-se o Windows Explorer; se à tecla , visualiza-se a Área de Trabalho.

CERTO.
A tecla WIN é para abrir o menu Iniciar, e acessar as funcionalidades do Windows, como Programas, Acessórios, Painel
de Controle, entre outros. A combinação WIN+E é para abrir o Windows Explorer. A combinação WIN+D é para
visualizar o Desktop, a área de trabalho.

30. Acerca de segurança e gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas, julgue o item a seguir.

Uma página da Internet pode ser salva em uma pasta no drive C, independentemente da origem da página.

CERTO.
Nos navegadores de Internet, pressione Ctrl+S. Ou clique no link da página segurando a tecla ALT.

Ética

31. A deterioração de bem público por descuido de servidor, embora seja socialmente condenável e passível de
punição administrativa, não constitui falta ética.

ERRADO
Das Regras Deontológicas
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina.
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma,
causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

32. Com base nas disposições do Decreto n.º 1.171/1994, julgue o item que se segue.

A função pública representa exercício profissional do servidor, não devendo integrar-se à vida particular do
servidor público.

ERRADO.
Quando o Código de Ética define a função pública, faz relação com o exercício profissional, integrando-a a vida privada
do servidor.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

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33. Considera-se servidor público, para fins de apuração de comprometimento ético, todo indivíduo que presta
serviços de natureza permanente, temporária, ou excepcional, ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
poder estatal.

CERTO.
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional,
ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

34. Exerce seu dever de cidadania, em conformidade com os padrões éticos aceitos, o servidor público que não se
deixa corromper e denuncia todos os atos de corrupção de que toma conhecimento.

CERTO.
De acordo com decreto 1171/94 XIV - São deveres fundamentais do servidor público: resistir a todas as pressões de
superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

35. Promover ações de apreço no interior da repartição pública não fere nenhuma norma ética ou administrativa do
serviço público, uma vez que, com isso, pretende-se garantir um bom ambiente de trabalho.

ERRADO
D. 1171/94
XV - E vedado ao servidor público;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no
trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

Direito Constitucional

36. Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
(...).
Art. 6.º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Considerando os artigos da CF transcritos acima, bem como a doutrina e a jurisprudência acerca desses artigos, julgue o
item que se segue.

O termo “segurança”, em ambos os artigos, trata da segurança pública, que é direito fundamental social a ser protegido
pelo Estado por meio de atuação positiva e ostensiva, inclusive da PRF.

ERRADO.
O termo "Segurança" no Art. 5º refere-se à segurança jurídica, enquanto que o Art. 6 refere-se à segurança pública.
Segundo LENZA (2015, p. 1817) “O direito à segurança também aparece no caput do art. 5.º. Porém, a previsão no
art. 6.º tem sentido diverso daquela no art. 5.º. Enquanto lá está ligada à ideia de garantia individual, aqui, no art.

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6.º, aproxima-se do conceito de segurança pública, que, como dever do Estado, aparece como direito e
responsabilidade de todos, sendo exercida, nos termos do art. 144, caput, para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
Fonte:
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

37. A inviolabilidade do domicílio abrange qualquer compartimento habitado onde alguém exerce profissão ou atividades
pessoais, podendo, por exemplo, ser um trailer, um barco ou um aposento de habitação coletiva.

CORRETO.
Para o STF, o conceito de casa revela-se abrangente, estendendo-se a: i) qualquer compartimento habitado; ii) qualquer
aposento ocupado de habitação coletiva; e iii) qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém
exerce profissão ou atividade pessoal.
Não estão abrangidos pelo conceito de casa os bares e restaurantes.
A definição de casa no Código Penal, artigo 150 § 4º.
Art 150 § 4º expressão "casa " compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.

38. A conversa telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada interceptação telefônica.

CORRETO.
A interceptação telefônica, conforme já vimos, consiste na captação de conversas telefônicas feita por terceiro
(autoridade policial) sem o conhecimento de nenhum dos interlocutores, devendo ser autorizada pelo Poder Judiciário,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
A escuta telefônica, por sua vez, é a captação de conversa telefônica feito por um terceiro, com o conhecimento de
apenas um dos interlocutores. Por sua vez, a gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o
consentimento ou ciência do outro.
Fonte: Estratégia Concursos

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROCEDER A


INVESTIGAÇÃO. GRAVAÇÃO DE CONVERSA POR UM DOS INTERLOCUTORES. PROVA LÍCITA. LAUDO
DE GRAVAÇÃO VICIADO. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.
IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.
2. Segundo o magistério jurisprudencial, a gravação de conversa realizada por um dos interlocutores é considerada
como prova lícita, não configurando interceptação telefônica, e serve como suporte para o oferecimento da denúncia,
tanto no que tange à materialidade do delito como em relação aos indícios de sua autoria.
(HC 41.615/MG, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 06/04/2006, DJ
02/05/2006, p. 343).

39. A proteção do direito à vida tem como consequência a proibição da pena de morte em qualquer situação, da prática de
tortura e da eutanásia.

ERRADO.
Art. 5º, XLVII, CF/88 – “não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,
XIX”.

40. O crime de racismo é inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.


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ERRADO.
Art 5° CF, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
INAFIANÇÁVEIS -> TODOS
INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA -> 3TH (TTT + Hediondos).
IMPRESCRITÍVEIS -> RAÇÃO (Racismo + Ação grupos armados).

41. O direito à liberdade de reunião deve ser exercido de forma pacífica e sem armas, sendo desnecessária autorização ou
prévio aviso à autoridade competente.

ERRADO.
Art. 5º, XVI, CF/88 – “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.

42. Aos que comprovem insuficiência de recursos é assegurada a gratuidade na prestação de assistência jurídica integral
pelo Estado.

CORRETO.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014).
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,
como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.

43. O Brasil se submete à jurisdição de tribunal penal internacional a cuja criação manifeste adesão.

CORRETO.
CF 88, art. 5:
Paragrafo 4°- O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
(Incluído pela Emenda Constitucional n 45, de 2004).

44. O acesso amplo de qualquer advogado aos elementos de prova produzidos por órgão com competência de polícia
judiciária, independentemente da sua transcrição nos autos, é expressão do direito à ampla defesa, previsto na CF.

ERRADO.
Súmula vinculante n 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
45. Em situações em que o preso não demonstre reação violenta nem recuse as providências policiais necessárias à sua
condução, não está autorizada a utilização de algemas.

CORRETO.
Súmula Vinculante 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob
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pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato
processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Direito Administrativo

46. A imperatividade, atributo inerente aos atos administrativos, é definida como o poder que a administração pública
possui de executar diretamente os seus atos sem o controle do Poder Judiciário, admitindo-se o uso da força se
autorizado pela lei.

ERRADO.
4.8.2 Imperatividade ou coercibilidade
O atributo da imperatividade significa que o ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particulares,
independentemente da anuência destes. E uma capacidade de vincular terceiros a deveres jurídicos derivada do chamado
poder extroverso. Ao contrario dos particulares, que só possuem poder de auto-obrigação (introverso), a Administração
Publica pode criar deveres para si e também para terceiros. (MAZZA, 2013)
4.8.4 Autoexecutoriedade
Denominada em alguns concursos equivocamente de executoriedade, a autoexecutoriedade permite que a
Administração Pública realize a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a forca
física se preciso for para desconstituir situação violadora da ordem jurídica. (MAZZA, 2013).

47. É o atributo da autoexecutoriedade o que permite à administração pública aplicar multas de trânsito ao condutor de um
veículo particular.

ERRADO.
A imposição de multas de trânsito a particulares constitui, por outras palavras, a instituição, unilateralmente, de
obrigações a terceiros, vale dizer, sem a necessidade de prévia aquiescência dos destinatários de tais obrigações
pecuniárias. Ora, o atributo que implica a possibilidade de impor obrigação unilateralmente a terceiros (particulares) é a
imperatividade, e não a autoexecutoriedade.

48. O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal.

CORRETO.
Di Pietro (2014, p. 210): "Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende
alcançar existe um ato definido em lei. Trata-se de decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de
a Administração praticar atos inominados; estes são possíveis para os particulares, como decorrência do princípio da
autonomia da vontade".
Fonte: Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.

49. Ato complexo é o ato que se aperfeiçoa pela manifestação da vontade de dois órgãos, sendo a vontade de um
instrumental em relação à vontade do outro, que edita o ato principal.
ERRADO.
Trata-se de ato composto.
Complexo -> decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem para formar um
único ato. Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo secretário.
Composto -> manifestação de dois ou mais órgãos, em que um órgão edita o ato principal e o outro acessório aprova.
Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que depende de aprovação
do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório.

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50. A licença para tratar de interesses particulares não poderá ser concedida a ocupante de cargo efetivo que esteja em
estágio probatório.

CORRETO.
O servidor em estágio probatório só não pode abrir a MATRACA
MA - Mandato Classista
TRA - Tratar de assuntos particulares
CA – Capacitação

51. Autorização é uma espécie de ato administrativo que se baseia no poder de polícia do Estado. É ato unilateral,
discricionário e precário pelo qual a administração faculta ao particular o uso privativo de bem público, ou o
desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido, e cujo
exemplo clássico é o porte de arma.

CORRETO.
A autorização sempre é ato revestido de discricionariedade, cabendo exclusivamente à administração decidir a sua
conveniência, pode ser revogada desde que expressamente motivada e por fim a autorização geralmente se refere a
possibilidade que o particular tem de executar atividade que possa ir de encontro ao interesse público, ou a utilização de
um bem público, ou a prestação indireta de determinado serviço público.

52. Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus.
A competência para a edição do referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores
que se sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da
publicação do resultado.

Nessa situação hipotética, Mauro não agiu com abuso de poder.

ERRADO.
Mauro teria incorrido nas duas espécies de abuso de poder, isto é, tanto no excesso quanto no desvio de poder. Afinal,
praticou ato fora dos limites de sua competência (a competência pertencia a Pedro), o que configura o excesso de poder,
bem como estava movido por interesses pessoais (beneficiar seus amigos), e não para fins de atender ao interesse
público, de modo que também recaiu no desvio de poder.

53. As entidades da administração pública indireta têm capacidade de autoadministração, ou seja, podem definir regras para
se organizarem.

ERRADO.
Segundo ensina Maria Sylvia Di Pietro, autoadministração "dá ideia de capacidade de gerir os próprios negócios, mas
com subordinação a leis postas pelo ente central; é o que ocorre na descentralização administrativa.".
Significa dizer, por outras palavras, que as entidades da Administração Pública indireta (autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista), as quais decorrem da descentralização administrativa, ostentam,
sim, autoadministração. Nada obstante, não é verdade que possam "definir regras para se organizarem".
Tal competências pressupõe autonomia política, que origina a capacidade de auto-organização, vale dizer, de legislar, de
criar normas jurídicas primárias, apoiadas diretamente na Constituição da República, o que somente é dado às pessoas
federativas (União, estados-membros, DF e municípios), mas não às entidades da Administração Indireta.
Fonte: Professor QC.

54. O ato de improbidade, que, em si, não constitui crime, caracteriza-se como um ilícito de natureza civil e política.

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CORRETO.
O art. 37, §4º, da LIA determina que as penalidades decorrentes dos atos de improbidade administrativa devem ser
aplicadas “sem prejuízo da ação penal cabível”. Portanto, a ação e suas penalidades não possuem natureza penal. De
acordo com Maria Di Pietro, o ato de improbidade administrativa caracteriza um ilícito de natureza civil e política, uma
vez que pode implicar a suspensão dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. Dessa
forma, o item está correto. Fonte: Estratégia Concursos.

55. O exercício do poder discricionário pode concretizar-se tanto no momento em que o ato é praticado, bem como
posteriormente, como no momento em que a administração decide por sua revogação.

CORRETO.
O poder discricionário tem como núcleo a autorização legal para que o agente público decida, nos limites da lei, acerca
da conveniência e da oportunidade de praticar, ou não, um ato administrativo e, quando for o caso, escolher o seu
conteúdo. Dito de outro modo, o núcleo essencial do poder discricionário traduz-se no denominado mérito
administrativo.
Observa-se que também tem fundamento no poder discricionário a revogação de atos discricionários que a
administração pública tenha praticado e, num momento posterior, passe a considerar inoportunos ou inconvenientes.
Fonte: Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo.

Direito Penal

56. João, brasileiro, residente em Portugal, cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro no território português,
condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em Portugal. Antes do fim das investigações, João fugiu e retornou ao
território brasileiro. Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode ser aplicada ao crime praticado por João em
Portugal.

CORRETO.
O Art. 7º, II, b (Extraterritorialidade Condicionada) deve ser cumprido as 5 condições cumulativamente:
a) entrar o agente no território nacional; (Questão diz que entrou -OK)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Questão diz que é -OK)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (A maioria dos crimes são- OK)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Questão disse q não terminou as
investigações, então não foi absolvido ou condenado -OK)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
mais favorável. (como ele estava sendo investigado).
57. Nos crimes materiais, conduta, resultado, tipicidade e nexo causal entre conduta e resultado constituem elementos do
fato típico.

CORRETO.
Nos crimes materiais deve estar presente os quatro elementos (conduta, resultado, nexo causal e tipicidade) do fato
típico, uma vez que nos crimes materiais o resultado naturalístico é exigido.

58. Configura erro de proibição o fato de um agente se apropriar de dinheiro que, no exercício do cargo público, tenha
recebido por erro de outrem.

ERRADO.
O agente que se apropria de dinheiro que, no exercício de cargo público, tenha recebido por erro de outrem, pratica o
crime de peculato mediante erro de outrem, previsto no artigo 313 do CP:

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Peculato mediante erro de outrem


Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Conforme Cleber Masson, o erro de proibição foi disciplinado pelo artigo 21, "caput", do Código Penal, que o chama de
"erro sobre a ilicitude do fato". Ora se trata de causa de exclusão da culpabilidade, quando escusável, ora como causa de
diminuição da pena, quando inescusável.

Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato,
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984).

O erro de proibição pode ser definido como a falsa percepção do agente acerca do caráter ilícito do fato típico por ele
praticado, de acordo com um juízo profano, isto é, possível de ser alcançado mediante um procedimento de simples
esforço de sua consciência. O sujeito conhece a existência da lei penal (presunção legal absoluta), mas desconhece ou
interpreta mal seu conteúdo, ou seja, não compreende adequadamente seu caráter ilícito.

O erro de proibição escusável (inevitável ou invencível) ocorre quando o sujeito, ainda que no caso concreto tivesse se
esforçado, não poderia evitá-lo. O agente, nada obstante o emprego das diligências ordinárias inerentes à sua condição
pessoal, não tem condições de compreender o caráter ilícito do fato. Nesse caso, exclui-se a culpabilidade, em face da
ausência de um dos seus elementos, a potencial consciência da ilicitude. Nos termos do art. 21, "caput": "O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena".

O erro de proibição inescusável (evitável ou vencível) é o que poderia ser evitado com o normal esforço de consciência
por parte do agente. Se empregasse as diligências normais, seria possível a compreensão acerca do caráter ilícito do
fato. Subsiste a culpabilidade, mas a pena deve ser diminuída de um sexto a um terço, em face da menor censurabilidade
da conduta. O grau de reprovabilidade do comportamento do agente é o vetor para a maior ou menor diminuição. E,
embora o art. 21, "caput", disponha que o juiz "poderá" diminuir a pena, a redução é obrigatória, pois não se pode
reconhecer a menor censurabilidade e não diminuir a sanção.

O critério para decidir se o erro de proibição é escusável ou inescusável é o perfil subjetivo do agente, e não a figura do
homem médio.

Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, volume 1, Parte Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Método, 7ª
edição, 2013.

Em relação aos princípios e às normas gerais de direito penal, julgue o item subsecutivo.

59. Considere que Mário, policial militar, ao retornar do trabalho, tenha deixado a sua pistola, municiada, alimentada e
carregada, sobre a mesa da cozinha, tendo sido alcançada por seu filho, de apenas 10 anos de idade, e que, a criança, ao
manusear a arma, tenha efetuado acidentalmente um disparo que atingiu e lesionou fatalmente o irmão menor. Nessa
situação hipotética, Mário responderá culposamente pelo resultado, ao qual deu causa por negligência.

CORRETO.
Conforme artigo 121, §3º, do Código Penal:
Homicídio simples
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Art. 121. Matar alguém:


Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Caso de diminuição de pena


§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e
da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de
2015).
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015).
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).

Homicídio culposo

§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965).


Pena - detenção, de um a três anos.

Aumento de pena
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada
pela Lei nº 10.741, de 2003).

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de
24.5.1977).

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§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012).
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei
nº 13.104, de 2015).
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).

Victor Eduardo Rios Gonçalves ensina que, no homicídio culposo, o agente não quer e não assume o risco de provocar a
morte, mas a ela dá causa por imprudência, negligência ou imperícia. Embora o art. 121, §3º, limite-se a prever pena de
um a três anos de detenção se o homicídio é culposo, deve-se conjugar referido dispositivo com o artigo 18, II, do
Código Penal, que disciplina genericamente os crimes culposos, e estabelece que são aqueles decorrentes de
imprudência, negligência ou imperícia:

Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).


Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984).
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

60. Em relação aos princípios e às normas gerais de direito penal, julgue o item subsecutivo.

Aquele que tenta envenenar o desafeto utilizando gelatina acreditando ser veneno, não será punido pela tentativa de
homicídio, pois trata-se de crime impossível por impropriedade absoluta do objeto material do delito.

ERRADO.
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Conforme leciona Cleber Masson, a leitura do artigo 17 do Código Penal revela a existência de duas espécies de crime
impossível: (i) por ineficácia absoluta do meio e (ii) por impropriedade absoluta do objeto.

(i) Crime impossível por ineficácia absoluta do meio: a palavra "meio" se refere ao meio de execução do crime. Dá-se a
ineficácia absoluta quando o meio de execução utilizado pelo agente é, por sua natureza ou essência, incapaz de
produzir o resultado, por mais reiterado que seja seu emprego. É o caso do exemplo dado na questão (tentativa de
envenenamento do desafeto utilizando gelatina acreditando ser veneno).
Ainda segundo Masson, a inidoneidade do meio deve ser analisada no caso concreto, e jamais em abstrato. O emprego
de açúcar no lugar de veneno para matar alguém pode constituir-se em meio absolutamente ineficaz em relação à ampla
maioria das pessoas. É capaz, todavia, de eliminar a vida de um diabético, ainda quando ministrado em dose pequena.
Se a ineficácia for relativa, a tentativa estará presente. Exemplo: "A", desejando matar seu desafeto, nele efetua disparos
de arma. O resultado naturalístico (morte) somente não se produz porque a vítima trajava um colete de proteção eficaz.

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(ii) Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto: objeto, para o Código Penal, é o objeto material,
compreendido como a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta criminosa.
O objeto material é absolutamente impróprio quando inexistente antes do início da execução do crime, ou ainda quando,
nas circunstâncias em que se encontra, torna impossível a sua consumação, tal como nas situações em que se tenta matar
a pessoa já falecida, ou se procura abortar o feto de mulher que não está grávida.

Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, volume 1, Parte Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Método, 7ª
edição, 2013.

61. A definição de crime e a consequente imposição de pena somente é possível por meio de lei, única fonte criadora de
tipos penais.

CORRETO.
O item está certo, por força do princípio da reserva legal ou da estrita legalidade, previsto no artigo 5º, inciso XXXIX,
da Constituição Federal, e artigo 1º do Código Penal:
Art. 5º (...)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).
De acordo com Cleber Masson, o princípio da reserva legal ou da estrita legalidade preceitua, basicamente, a
exclusividade da lei para a criação de delitos (e contravenções penais) e cominação de penas, possuindo indiscutível
dimensão democrática, pois representa a aceitação pelo povo, representado pelo Congresso Nacional, de opção
legislativa no âmbito criminal. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal (CF, art.
62, §1º, inciso I, alínea "b").
Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, volume 1, Parte Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Método, 7ª
edição, 2013.

62. A expressão “Não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal” traduz
constitucionalmente o princípio da anterioridade da lei penal.

CORRETO.
Art. 5º (...)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).

A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor. Não pode retroagir, salvo se beneficiar o réu.

63. Considere que Maria, fiscal de tributos, tenha subtraído, em proveito próprio, vários objetos eletrônicos de origem
estrangeira, apreendidos em decorrência da falta de recolhimento dos impostos de importação, e que, para a consumação
do delito, Maria, tenha se valido do livre trânsito pelos depósitos dos produtos que a sua condição de fiscal lhe
proporciona. Nessa situação hipotética, Maria responderá pelo crime de peculato.

CORRETO.
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Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai,
ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.

Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

64. Considere que João, penalmente imputável, pretendendo matar José, tenha aguardado a sua passagem em um beco
escuro e, de surpresa, tenha lhe desferido vários golpes de facão que resultaram em sua morte, e que, após o fato, João
tenha sido preso e autuado em flagrante delito. Nessa situação hipotética, João responderá por homicídio simples, cuja
pena varia entre seis e vinte anos de reclusão.
ERRADO.
João responderá por homicídio qualificado por tê-lo cometido mediante emboscada, conforme preconiza o artigo 121,
§1º, inciso IV, do Código Penal:
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Caso de diminuição de pena


§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

65. Coação física irresistível configura hipótese jurídico-penal de ausência de conduta, engendrando, assim, atipicidade da
conduta.

CORRETO.
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL: exclui a culpabilidade (isenta de pena).
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL: exclui a tipicidade (exclui o crime).

66. Segundo o código penal, no caso de erro de execução, devem-se considerar, para fins de aplicação da pena, tanto as
condições ou qualidades da pessoa contra a qual se deseja praticar o delito quanto às condições ou qualidades da pessoa
contra a qual efetivamente se praticou o crime.
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ERRADO.
ART. 20
Erro sobre a pessoa
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

67. Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria
recair sua conduta.

CORRETO.
"Fala-se em tentativa branca, ou incruenta, quando o agente, não obstante ter-se utilizado dos meios que tinha ao seu
alcance, não consegue atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta. A título de exemplo, se o
agente, agindo com animus necandi, atira em direção à vítima, que sai ilesa, fala-se, neste caso, em tentativa branca."
Fonte: Rogério Greco. Curso de Direito Penal Parte Geral, 18a. ed., p. 368.

Direito Processual Penal

Quanto às garantias constitucionais do processo e às normas das convenções e tratados de direito internacional relativos
ao processo penal, com base no entendimento do STF, julgue os itens a seguir.

68. Não há contraditório no inquérito policial. Procedimento eminentemente inquisitório, de forma que o defensor, ainda
que no interesse do representado, não tem direito a acesso amplo aos elementos de prova já documentados nos autos e
que digam respeito ao direito de defesa; poderá ele, sobre tais documentos, exercer o contraditório diferido.

ERRADO.
Súmula Vinculante 14, STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.

69. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão
do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

CERTO.
Súmula 704, STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

70. A gravação clandestina de conversa telefônica, feita por um dos interlocutores, com transcrição posteriormente juntada
ao inquérito policial em que um dos participantes era investigado, é fonte ilícita de prova e ofende a garantia de vedação
de provas ilícitas.

ERRADO.
Ementa: Criminal. Conversa telefônica. Gravação clandestina, feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do
outro. Juntada da transcrição em inquérito policial, onde o interlocutor requerente era investigado ou tido por suspeito.
Admissibilidade. Fonte lícita de prova. Inexistência de interceptação, objeto de vedação constitucional. Ausência de
causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. Meio, ademais, de prova da alegada inocência de quem a gravou.
Improvimento ao recurso. Inexistência de ofensa ao art. 5º, incs. X, XII e LVI, da CF. Precedentes. Como gravação
meramente clandestina, que se não confunde com interceptação, objeto de vedação constitucional, é lícita a prova
consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro,
se não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova,

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em juízo ou inquérito, a favor de quem a gravou. (STF, RE 402717/PR, Segunda Turma, rel. Min. Cezar Peluso, julgado
em 02/12/2008).

A mãe de Lívia foi atropelada em uma avenida à beira-mar. Inconformada pelo fato de o motorista não ter prestado
socorro à sua mãe, a filha investigou o atropelamento por conta própria e descobriu o autor do crime e as provas
materiais do delito.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

71. Lívia pode provocar a iniciativa do MP (Ministério Público) diretamente, fornecendo pessoalmente todas as
informações acerca do fato, sendo dispensável a instauração do IP (Inquérito Policial).

CERTO.
O IP poderá ser dispensado no caso em que o titular da ação penal possuir os elementos necessários para a propositura
da ação.

72. Caso a conduta do motorista seja classificada como homicídio doloso, admite-se a decretação de prisão temporária e
preventiva.

CERTO.
Lei 7960/1989, Art. 1° Caberá prisão temporária:
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
CPP, Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;

73. Caso a conduta do motorista seja classificada como culposa, o delegado não pode instaurar o IP, porque somente quem
tem legitimidade para requerer a instauração nos delitos culposos é a própria vítima.

ERRADO.
Pois não e trata de crime de ação penal privada ou pública condicionada, razão pela qual não depende da vontade do
ofendido para iniciar o inquérito policial.

74. A apresentação espontânea do motorista na delegacia descaracteriza a situação de flagrância, mas não impede a prisão
preventiva, se presentes os requisitos legais.

CERTO.
Esse é o entendimento predominante da jurisprudência e doutrina.

75. O membro do MP pode requerer o arquivamento das peças de informação fornecida por Lívia, cabendo ao procurador-
geral insistir n arquivamento, caso o juiz entenda ser hipótese de oferecimento de denúncia.

CERTO.
CPP, Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro
órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz
obrigado a atender.
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A respeito da ação penal, julgue o item a segui.

76. Nos delitos contra a dignidade sexual, procede-se, em regra, mediante ação penal pública condicionada à representação;
no entanto, se a vítima for vulnerável, a ação será pública incondicionada, situação em que a ação penal é denominada
secundária.

CERTO.
Essa foi uma das modificações produzidas pela lei 12015/2009, em relação a ação penal nos crimes sexuais.

A cerca das perícias, julgue o item a seguir.

77. As partes podem indicar assistente técnico, que atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, tendo acesso ao material probatório no ambiente do órgão oficial.

CERTO.
CPP, Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de
curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao
acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

Legislação Especial

78. No que se refere ao crime de abuso de autoridade admitem-se as modalidades dolosa e culposa.

ERRADO.
Os crimes da Lei de Abuso de Autoridade não admitem a modalidade culposa, por falta de previsão (art.18, II do
Código Penal).

79. A lei penal brasileira, com o objetivo de proteger a pessoa idosa, erigiu em crimes, dentre outras, as condutas de negar o
acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de
atendimento, e de reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, ou
qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida. Com o mesmo objetivo
protetivo, estabeleceu uma causa especial de aumento da pena, em dobro, ao agente de estelionato contra pessoa idosa.

CERTO.
Estatuto do Idoso
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
entidade de atendimento:
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:
Código Penal
Art. 171. Estelionato contra idoso - § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.

80. Com relação aos crimes contra o idoso e à violência familiar e doméstica contra a mulher julgue o item.
Cabe a aplicação das sanções previstas na lei dos juizados especiais criminais para os casos de violência doméstica
contra a mulher, desde que comprovada a culpa, e não o dolo, na conduta do autor do fato.

ERRADO.
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A questão contém dois erros:


Cabe a aplicação das sanções previstas na lei dos juizados especiais criminais (Erro 1: a competência é do Juizado de
Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, competência mista, ou seja, civil e criminal, contudo se a violência
fosse praticado a bordo de navio e aeronave seria competência da JUSTIÇA FEDERAL).
… para os casos de violência doméstica contra a mulher, desde que comprovada a culpa, e não o dolo, na conduta do
autor do fato.(Erro 2: não há necessidade de aplicar sanções mediante comprovação de culpa ou dolo por parte do
agente, Atr. 479, Parágrafo único, CPC – Para concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou
a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de
culpa ou dolo do agente.

81. De acordo com a Lei n° 9.099/95, Juizados Especiais Cíveis e Criminais, a autoridade policial que tomar conhecimento
da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima,
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.

CERTO.
Letra de lei Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames
periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado
ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio
ou local de convivência com a vítima.

82. Julgue os itens a seguir, à luz do Estatuto do Desarmamento. Nesse sentido, considere que a sigla SINARM,
sempre que empregada, refere-se ao Sistema Nacional de Armas.
O certificado de registro de arma de fogo é o documento que autoriza o proprietário a portar arma de fogo dentro
do território nacional.

ERRADO.
De acordo com o art. 5º da Lei 10826, "o certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável
legal pelo estabelecimento ou empresa.".
Caso o particular porte a arma de fogo fora dos locais indicados, estará sujeito a responsabilidade penal.

83. A condenação de agente público por delito previsto na Lei de Tortura acarreta, como efeito extrapenal automático da
sentença condenatória, a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do
prazo da pena aplicada.

CERTO.
Lei 9455/97 - Tortura
Perda do cargo e inabilitação para a função pública pelo dobro do prazo da condenação.
São efeitos automáticos da condenação, quando transito em julgado, ainda que não declarados na sentença. (Art. 1º, §5º)

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84. O ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas cometido por adolescente, por si só, conduz obrigatoriamente à
imposição de medida socioeducativa de internação do jovem, salvo na modalidade de tráfico privilegiado.

ERRADO.
Súmula 492, STJ- O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de
medida socioeducativa de internação do adolescente.

85. No curso de IP, o delegado de polícia representou à autoridade judicial para que lhe fosse autorizada a infiltração
de agentes de polícia em tarefas de investigação. Nessa situação, com base na Lei n.º 12.850/2013, que dispõe
sobre crime organizado, se a infiltração for autorizada, o MP poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório de
infiltração.

CERTO.
Lei n.º 12.850/2013
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou
requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus
limites.
§ 1o Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.

86. Desde que o STF declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do artigo 2. o , § 1. o , da Lei n. o 8.072/1990
(“A pena por crime previsto neste artigo [crime hediondo] será cumprida inicialment e em regime fechado”), não é
mais obrigatória a fixação do regime inicial fechado para o condenado pelo crime de tráfico de entorpecentes,
podendo a pena privativa de liberdade ser substituída por restritivas de direitos quando o réu for primário e sem
antecedentes e não ficar provado que ele se dedique ao crime ou esteja envolvido com organização criminosa.

CERTO.
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, durante sessão extraordinária realizada
na manhã desta quarta-feira (27), o Habeas Corpus (HC) 111840 e declarou incidentalmente* a inconstitucionalidade do
parágrafo 1º do artigo 2º da Lei 8.072/90, com redação dada pela Lei 11.464/07, o qual prevê que a pena por crime de
tráfico será cumprida, inicialmente, em regime fechado.

87. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante indenização ao
proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantaçõ es
ilícitas foram eliminadas da propriedade.

ERRADO.
A CF/88 estabeleceu a expropriação SEM DIREITO À INDENIZAÇÃO de terras onde forem localizadas culturas
ilegais de substância entorpecente.

Direitos Humanos

Julgue os itens a seguir, sobre a afirmação histórica dos direitos humanos.

88. Após a Segunda Guerra Mundial, para que os direitos dos trabalhadores enumerados na Declaração Universal do
Homem de 1948 fossem garantidos no plano internacional, criou-se a Organização Internacional do Trabalho.

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ERRADO.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) foi criada em 1919 como parte do tratado de Versalhes, que pôs fim a
Primeira Guerra Mundial.

89. Não há referência, na Declaração de Viena de 1993, ao princípio da indivisibilidade dos direitos humanos.

ERRADO.
Ponto 5 da Declaração de Direitos Humanos de Viena:
“Todos os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados. A comunidade
internacional deve tratar os direitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma
ênfase. Embora particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como diversos
contextos históricos, culturais e religiosas, é dever dos Estados promover e proteger todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais, sejam quais forem seus sistemas políticos, econômicos e culturais.”

Considerando as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 sobre dignidade, julgue o item a
seguir.

90. O reconhecimento da dignidade é inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e
inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

CERTO.
Texto da introdução da DUDH.

Considerando as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 sobre cooperação, julgue o item a
seguir.

91. Os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos
direitos e liberdades fundamentais do homem e a observância desses direitos e liberdades.

CERTO.
Texto da introdução da DUDH.

Considere as disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969 (Pacto de São José da Costa Rica)
e julgue os itens a seguir sobre aplicação da pena e o direito à integridade pessoal.

92. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais.

CERTO.
Artigo 5º - Direito à integridade pessoal - do Pacto
4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser
submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.

93. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser conduzidos a tribunal especializado.

CERTO.
Artigo 5º - Direito à integridade pessoal
5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal
especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento.

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Os direitos fundamentais possuem determinadas características que foram objeto de detalhado estudo da doutrina
nacional e internacional. A respeito dessas características, julgue os itens a seguir.

94. O princípio da universalidade impede que determinados valores sejam protegidos em documentos internacionais
dirigidos a todos os países.

ERRADO.
É justamente o contrário, as particularidades regionais e nacionais devam ser levadas em consideração, porém nunca
devem impedir a proteção mínima dos direitos humanos, até porque estes fazem parte do jus congens. Assim o
universalismo derrota o relativismo.

95. A irrenunciabilidade dos direitos fundamentais não destaca o fato de que estes se vinculam ao gênero humano.

ERRADO.
É justamente o contrário, eles são adstritos à condição humana.

96. É característica marcante o fato de os direitos fundamentais serem absolutos, no sentido de que eles devem sempre
prevalecer, independente da existência de outros direitos, segundo a máxima do “tudo ou nada”.

ERRADO.
Os direitos fundamentais encontram seus limites em outros direitos, também fundamentais, pois não existem direitos
ilimitados e absolutos.

97. A inviolabilidade evita o desrespeito dos direitos fundamentais por autoridades públicas, entretanto permite o
desrespeito por particulares.

ERRADO.
Todos, autoridades públicas ou particulares, devem respeitar os direitos fundamentais.

Legislação Relativa ao DPRF

98. Luiz, maior de idade, capaz, motorista habilitado, quando trafegava com seu veículo em via pública, onde a velocidade
máxima era de 40 km/h, atropelou Rui, que estava em faixa de trânsito destinada à travessia de pedestres, causando-lhe
lesão corporal. Luiz, que, no momento do acidente, dirigia seu veículo à velocidade de 95 km/h, prestou imediato
socorro à vítima.

Com referência à situação hipotética apresentada, pode-se afirmar que


Luiz será responsabilizado pelo delito de lesão corporal culposa, com a incidência da causa de aumento de pena em
razão de o fato ter ocorrido sobre faixa de trânsito destinada à travessia de pedestres, e a ação penal será pública
incondicionada.

CERTO.
Luiz trafegava a 95km/h, ou seja, 55km/h a mais que o permitido (40), por isso, por força do art. 291, § 1º, do
CTB, não serão admitidos os institutos despenalizadores da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais): composição
civil dos danos (art. 74) e a transação penal (art. 76). Ademais, por não se aplicar o art. 88, o crime de lesão corporal
culposa será de ação penal pública incondicionada;

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do
artigo anterior.

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Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na
calçada;

Por fim, por ter prestado socorro imediato à vítima, Luiz não poderia ser preso em flagrante e nem poderia se exigir
fiança, por força do art. 301, CTB.

99. A partir de 1997, tornou-se obrigatória, no Brasil, a existência de coordenação educacional em cada um dos órgãos ou
entidades que compõem o SNT, com a função de promover, como parte da estrutura organizacional desses órgãos e
entidades ou mediante convênio, o funcionamento de escolas públicas de trânsito, segundo os moldes e padrões
estabelecidos pelo CONTRAN.

ERRADO.
A questão traz o conceito de escolas publicas de trânsito.
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema
Nacional de Trânsito.
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada órgão ou entidade componente do Sistema
Nacional de Trânsito.
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo
CONTRAN.

100. Compete ao Ministério das Cidades a coordenação máxima do SNT, mas o Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN) será presidido pelo dirigente do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), órgão máximo
executivo de trânsito da União.

CERTO.
Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima
do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo executivo de
trânsito da União.
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão
máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte composição:

101. A perseguição dos dois homens que fugiram para dentro da mata, suspeitos de terem praticado roubo, poderia ser
realizada pelos policiais rodoviários federais, sem violação da competência legalmente atribuída à PRF.

CERTO.
Decreto 1655
Art. 1° À Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, integrante da estrutura regimental do Ministério da Justiça, no
âmbito das rodovias federais, compete:
I - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
preservar a ordem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;
II - exercer os poderes de autoridade de polícia de trânsito, cumprindo e fazendo cumprir a legislação e demais normas
pertinentes, inspecionar e fiscalizar o trânsito, assim como efetuar convênios específicos com outras organizações
similares;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito e os valores decorrentes da prestação de serviços
de estadia e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas excepcionais;
IV - executar serviços de prevenção, atendimento de acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais;
V - realizar perícias, levantamentos de locais boletins de ocorrências, investigações, testes de dosagem alcoólica e
outros procedimentos estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito;
VI - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
veículos, escolta e transporte de cargas indivisíveis;
VII - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
emergenciais, bem como zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a
interdição de construções, obras e instalações não autorizadas;

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VIII - executar medidas de segurança, planejamento e escoltas nos deslocamentos do Presidente da República,
Ministros de Estado, Chefes de Estados e diplomatas estrangeiros e outras autoridades, quando necessário, e sob a
coordenação do órgão competente;
IX - efetuar a fiscalização e o controle do tráfico de menores nas rodovias federais, adotando as providências cabíveis
contidas na Lei n° 8.069 de 13 junho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
X - colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes contra a vida, os costumes, o patrimônio, a ecologia, o
meio ambiente, os furtos e roubos de veículos e bens, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o contrabando, o
descaminho e os demais crimes previstos em leis.
Art 2° O documento de identidade funcional dos servidores policiais da Polícia Rodoviária Federal confere ao seu
portador livre porte de arma e franco acesso aos locais sob fiscalização do órgão, nos termos da legislação em vigor,
assegurando - lhes, quando em serviço, prioridade em todos os tipos de transporte e comunicação.

102. Visando maior segurança, ao trafegar em vias urbanas ou rurais de pista dupla, o ciclista amador deve se colocar no
sentido contrário ao fluxo normal, visto que, desse modo, terá melhor visibilidade dos veículos que dele se aproximem.

ERRADO.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento,
no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas
no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
Art. 68 . § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circulação
de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única,
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.

103. A chamada Lei Seca diz respeito à fiscalização de condutores sob efeito de álcool e também de qualquer outra
substância psicoativa que cause dependência. Portanto, o condutor que apresentar sintomas de torpor ou euforia, mesmo
que não se evidencie a existência de álcool em seu organismo pelo bafômetro, pode ser submetido a outros exames pelas
autoridades de trânsito e sofrer as mesmas penalidades.

CERTO.
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer
outras provas em direito admitidas.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

104. O registro e o licenciamento não são exigidos para os veículos nacionais novos que saem da fábrica, contudo, para
circularem da fábrica até o município de destino, esses veículos estão sujeitos à regulação do CONTRAN.
Diferentemente, os veículos importados, por terem de passar em uma alfândega, estão submetidos à regulamentação da
Receita Federal do Brasil para cumprirem trajeto similar.

ERRADO.
Em ambos os casos, a circulação de tais veículos e regularizada pelo CONTRAN.
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou
entreposto alfandegário e o Município de destino.

105. Considere a seguinte situação hipotética. Victor vendeu seu automóvel para um amigo. Antes de entregar a
documentação, no entanto, fotocopiou o comprovante de transferência de propriedade, autenticando-o. Em seguida,
dirigiu-se a uma unidade do DETRAN, onde informou a venda e entregou o referido comprovante. Nessa situação, caso
não tivesse providenciado a entrega do comprovante ao DETRAN, Victor teria de se responsabilizar solidariamente

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pelas penalidades eventualmente impostas ao novo proprietário do veículo até a data em que fosse realizada a
comunicação da venda.

CERTO.
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de
trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de
propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas
penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação.
Considerações:
1-A responsabilidade solidária refere-se somente às sanções administrativas, ou seja, sanções civis e penais serão de
responsabilidade exclusiva do novo proprietário-condutor.
2 – caso o novo proprietário faça a transferência e o antigo proprietário ainda não o tenha feito, a ação do novo
proprietário supre e omissão do antigo.
3 – Se ultrapassado o prazo de 30 dias, a pena de responsabilidade começa a valer desde o dia da venda do veículo, e
não a partir do 31º dia.

106. Em face do risco que as ultrapassagens pela direita representam para a segurança dos usuários da via pública
(pedestres e condutores), o CTB é taxativo em proibir, sem exceções, esse tipo de ultrapassagem.

ERRADO.
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal
de que vai entrar à esquerda:
Infração - média;
Penalidade – multa

107. Considere a seguinte situação hipotética. A capital da República será alvo de campanha educativa que conterá a
seguinte orientação quanto ao uso da buzina: “Em Brasília, é proibido usar buzina”. Nessa situação, a proibição objeto
da orientação irá de encontro ao teor do CTB, que prevê situação e forma específicas para o uso da buzina.

CERTO.
Ir de encontro= contrário
Ir ao encontro = mesma direção
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.

108. Do total dos valores arrecadados destinados à Previdência Social e relativos ao prêmio do seguro obrigatório de danos
pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT), 10% devem ser repassados mensalmente ao
coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de
acidentes de trânsito.

CERTO.
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio
do CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas destinados à prevenção de acidentes.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do
Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de
que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema
Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo.

109. A notificação do auto de infração de trânsito ao proprietário do veículo deve ser realizada no prazo máximo de trinta
dias, contados da data de cometimento da infração.

CERTO.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal
ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade.

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§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela
infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da penalidade.

110. Considere a seguinte situação hipotética. Gustavo, motorista devidamente habilitado, levou seu primo Wilson a um
churrasco na casa de um amigo comum, onde o primeiro bebeu um pouco além da conta. Porém, apesar de ter
consciência de que Wilson não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nem Permissão para Dirigir, Gustavo
sabia que o primo tinha habilidade para dirigir e, percebendo que seus reflexos estavam alterados pelo álcool, Gustavo
repassou a Wilson as chaves do carro e pediu que ele os levasse de volta para casa. Nessa situação, Gustavo incorreu
não apenas na prática de uma infração gravíssima às leis de trânsito, mas também em um crime que pode ser punido
com pena restritiva de liberdade.

CERTO.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico,
não estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa

111. Descrita no segundo parágrafo do texto, a conduta de abandono do carro na estrada não caracteriza crime tipificado no
CTB.

CERTO.
Os crimes em espécies, contidos nos artigos 302 até o 312, não apresentam a figura contida na afirmação.
Pedro dirigia um veículo automotor que lhe fora emprestado por João e foi parado em uma blitz, quando um dos agentes
de trânsito lhe pediu que exibisse sua CNH e os documentos de registro e licenciamento do automóvel que dirigia. A
partir dessa situação e sabendo que o CTB define como crime “Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida
Permissão para Dirigir ou Habilitação” e como infração “Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório”,
julgue os itens seguintes.

112. Se o agente de trânsito, ao observar os documentos exibidos por Pedro, suspeitasse da adulteração de sua CNH e
determinasse medida administrativa de recolhimento desse documento, então Pedro não teria o dever de entregá-lo, por
tratar-se de medida abusiva e ilegal, já que a mera suspeita de adulteração não pode ser causa de aplicação da referida
medida administrativa.

ERRADO.
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo,
além dos casos previstos neste Código, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
quando:
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de trinta dias.
Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
neste Código, quando:
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local.

113. Se Pedro dirigisse um veículo motorizado utilizado em transporte de carga cujo peso bruto total fosse de 5t e o agente
de trânsito identificasse que Pedro tinha apenas habilitação na categoria C, então ele deveria lavrar auto de infração
descrevendo o ocorrido, pois Pedro não estaria habilitado para conduzir o referido veículo.

ERRADO.
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:

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I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda
a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total
exceda a três mil e quinhentos quilogramas;
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou
D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais
de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.

114. Se a blitz ocorresse em uma rodovia federal com duas pistas de rolamento, uma em cada sentido, e o agente de trânsito
determinasse que Pedro deveria estacionar o carro no acostamento da pista de rolamento diversa da que vinha seguindo,
estacionando o carro no sentido oposto ao do fluxo, Pedro deveria negar-se a realizar tal operação, pois as ordens do
agente de trânsito não podem sobrepor-se ao CTB e este determina que, nas operações de estacionamento, o veículo
deverá ser posicionado no sentido do fluxo.

ERRADO.
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

Física

A figura acima mostra um bloco com peso igual a 420 N suspenso por um fio e preso a uma mola, que está 21 cm
distendida. Sabendo que tg 45º = 1, e considerando que o sistema esteja em equilíbrio e que o fio e a mola tenham
massas desprezíveis, julgue os itens a seguir.

115. A partir dos dados apresentados, é correto afirmar que a constante elástica da mola é maior que 1.800 N/m.

CERTO.
Vamos impor a condição de equilíbrio ao bloco, sabendo que são três forças que agem sobre ele, devendo, portanto,
formarem um triângulo (polígono fechado).

Observe a figura abaixo, na qual as três forças estão colocadas em um triângulo que satisfaz a orientação das forças que
agem no bloco.

Uma dica importante nesse ponto é lembrar as relações trigonométricas (seno, cosseno, tangente), para aplicá-las no
triângulo formado pelas forças.

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Assim, podemos encontrar a constante elástica em função da massa do bloco, da aceleração da gravidade e da
deformação da mola, que foram todos dados fornecidos no enunciado do item em questão:

116. Na situação descrita, a componente vertical da tensão no fio é menor que 420 N.

ERRADO.
Para encontrar a componente vertical da força no fio, basta decompor a força T na direção vertical e impor a condição
de equilíbrio.

Portanto, o peso é numericamente igual à componente vertical da tração no fio.

117. Julgue o item abaixo.

O uso de uma associação de polias para o levantamento de cargas reduz o trabalho mecânico total realizado.

ERRADO.
Vamos analisar a figura abaixo, na qual consta uma associação de polias que é utilizada para elevar a carga de peso P.

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A altura que o peso vai subir é a mesma, esteja ele na associação de polias ou não.

Assim, o trabalho realizado pelo operador que vai levantar o bloco será o mesmo independentemente da associação.

No entanto, a força do operador é menor. Contudo a força menor não implica um trabalho menor, pois o operador terá
de puxar uma quantidade de fio maior para poder levantar o bloco, assim a redução de força acaba sendo compensada
pelo aumento de deslocamento do operador para elevar o bloco.

118. Um móvel percorre a trajetória retilínea apresentada na figura a seguir.

As velocidades médias do móvel nos trechos 1 e 2 são, respectivamente, iguais a 1,0 m/s e 6,0 m/s. A velocidade média
do móvel no percurso todo (trechos 1 e 2), é, aproximadamente, em m/s a 2,7.

CERTO.
Para calcular a velocidade média em todo o percurso, precisamos calcular o FS total e o Ft total, e aplicar a conhecida
fórmula que já usamos durante essa aula demonstrativa (ver questão anterior).
Assim, o FS total é fácil de perceber que será a distância total percorrida pelo corpo, ou seja, 100m + 300m = 400m.
O tempo total será calculado por meio das velocidades médias fornecidas em cada trecho:

Portanto, o tempo total será de 150s, e a velocidade média durante o movimento será:

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119. Os gráficos acima, referentes ao deslocamento em função do tempo, representam movimentos unidimensionais de um
corpo em quatro situações diferentes W, X, Y e Z.

Julgue os itens a seguir, com base nesses gráficos e nos conceitos de movimento.

I Nas quatro situações representadas nos gráficos, as velocidades médias são iguais.
II Nas situações representadas, os gráficos W, X e Y mostram que os valores absolutos das velocidades máximas são
iguais.
III Os movimentos representados pelos gráficos W, X e Y são uniformemente variados e o movimento representado
pelo gráfico Z é uniforme.
IV Pelo gráfico Z, é correto concluir que, no instante de tempo igual a b/2, o deslocamento do corpo foi de 2a.

A quantidade de itens certos é igual a 01.

ERRADO.
Todas estão incorretas
I. Incorreto. Vamos calcular as velocidades médias de cada móvel de acordo com o gráfico. Lembre-se de que
devemos aplicar a fórmula clássica já trabalhada em questões anteriores.

O FS será calculado subtraindo-se algebricamente os valores dados em cada gráfico no eixo das ordenadas, uma
vez que este é o eixo em que estão postados os valores das distâncias.
O intervalo de tempo, por outro lado, será obtido pela subtração dos valores dados no eixo x, ou seja, o eixo das
abscissas.

Foram levados em conta apenas os valores das posições final e inicial, independentemente do que aconteceu no
caminho.

Note que a velocidade média do móvel Z é diferente das demais, tornando o item incorreto.

II. Incorreto. Note, do gráfico, que as inclinações das retas são diferentes nos diversos gráficos.

Vamos usar a propriedade do gráfico já vista na parte teórica da aula, onde foi demonstrado que a tangente do
ângulo de inclinação é igual à velocidade.

Calculando as velocidades máximas nos casos W, X, Y:

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III. Incorreto. Note que nos 3 primeiros gráficos a velocidade é variável durante todo o intervalo de tempo, pois há
uma inversão, tendo as velocidades valores distintos, o que descaracteriza o movimento uniforme. No entanto,
para que o movimento seja classificado como uniformemente variado, é necessário que o gráfico seja uma
parábola, e não é o caso da questão, uma vez que as figuras são retas.
IV. Incorreto. Basta notar a proporcionalidade que o gráfico gera, pois se trata de uma reta crescente. Assim,
podemos aplicar a seguinte proporção:

Conclui-se que não há nenhum item correto

120. Em seus estudos de dinâmica, Newton percebeu que as forças sempre aparecem como resultado da interação entre
corpos, isto é, a ação de uma força sobre um corpo não pode se manifestar sem que haja um outro corpo que provoque
essa ação.

O fundamento correspondente a esse enunciado refere-se à terceira lei de Newton.

CERTO.
Lei da Inércia (1ª Lei de Newton)
Princípio Fundamental da Dinâmica (2ª Lei de Newton) (F=m.a)
Lei da Ação e Reação (3ª lei de Newton).

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