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PROJETO CAVEIRA - V4 05º SIMULADO COMPLETO

Português

No que se refere às ideias do texto CB2A1AAA, julgue os itens a seguir.

01. Conclui-se do texto que a aplicação do princípio da transparência no âmbito da auditoria permite tornar públicos aspectos
como gastos e a forma de prestação dos serviços.

CERTO.
Linhas 21 a 23.

02. O texto defende que o processo de auditoria, por se vincular à análise dos contratos e por levar em conta o princípio da
equidade entre as partes, deva alhear-se da opinião de quem presta os serviços e de quem os recebe.

ERRADO.
Há extrapolação das ideias do texto.

03. Ao afirmar que “A auditoria seria o primeiro capítulo da transparência na gestão” (l. 32 e 33), o autor presume que, sem a
auditoria, é impossível a legitimação social dos atos decisórios dos administradores.

ERRADO.
Outra extrapolação das ideias do texto, na parte final afirma que a auditoria é o PRIMEIRO capítulo da transparência, mas
não o único.

04. Infere-se do texto que o sucesso de uma empresa ou organização está relacionado a sua credibilidade perante a sociedade, o
que, quanto à auditoria, se fundamenta na preservação da idoneidade ética.

CERTO.
Linhas 37 a 40 e linhas 10 e 11.

05. Depreende-se do texto que o princípio da equidade pressupõe que, tendo toda pessoa a mesma dignidade, ninguém pode ser
discriminado.

CERTO.
Linhas 16 a 20.

06. Conforme o texto, a auditoria deve aferir a verdade dos fatos contábeis, devendo, assim, adotar uma política que favoreça
precipuamente o interesse de empresas e organizações e dos particulares.

ERRADO.
Primeiro parágrafo, linhas 1 a 9.

07. De acordo com os fundamentos filosóficos da auditoria, o gestor, no que se refere ao quesito transparência, deve agir de
modo que a motivação de sua ação possa se tornar pública e a norma que inspira essa ação possa se tornar universal,
passível de ser aproveitada por todos os cidadãos.

CERTO.
Linhas 20 a 24.

08. O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso o trecho “O princípio da equidade, uma
ampliação do princípio da dignidade feita pela Organização das Nações Unidas, em sua Carta de 1946, diz que todo ser
humano possui a mesma dignidade e deve ser tratado com igual consideração e respeito” (l. 16 a 20) fosse assim reescrito:
Em sua Carta de 1946, a Organização das Nações Unidas ampliou o princípio da dignidade ao estabelecer o princípio da
equidade, segundo o qual todo ser humano tem a mesma dignidade e deve ser tratado igualmente com consideração e
respeito.

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CERTO.
Não há erros ou alteração de sentido na proposta.

09. No segundo período do primeiro parágrafo, a oração introduzida pela preposição “para” (l.6) introduz a finalidade da
cobrança de valores nos contratos analisados na auditoria.

ERRADO.
Introduz a finalidade pela qual os contratos são acompanhados.

10. No período “Assim, os negócios escusos, a corrupção, a gatunagem, os procedimentos ilícitos fogem da luz da divulgação
como os vampiros da luz do Sol” (l. 24 a 27), a expressão “da luz”, em ambas as ocorrências, exerce funções gramaticais
distintas, embora tenha sido empregada com o mesmo sentido.

ERRADO.
Não foram empregadas com o mesmo sentido, porém possuem a mesma função gramatical, objetos indiretos.

11. O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a expressão “em vigor” (l.3) fosse substituída
por vigente.

CERTO.
São palavras sinônimas.

12. Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, a forma verbal “seja” (l.7) poderia ser
substituída por seria.

ERRADO.
As duas formas verbais estão em tempos distintos o que levaria a uma alteração das ideias do texto.

13. Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto caso o trecho “o princípio da dignidade, o da
equidade e o da transparência” (l. 12 e 13) fosse reescrito da seguinte forma: o princípio da dignidade, equidade e
transparência.

ERRADO.
A nova reescritura faria com que houvesse apenas um princípio, o da dignidade, tendo em vista que o sujeito da oração foi
posto no singular.

14. Os sentidos originais do texto seriam alterados caso fosse suprimida a vírgula empregada imediatamente após “serviços”
(l.5).

CERTO.
É caso obrigatório de vírgula que alteraria o sentido e a correção gramatical do texto.

15. A correção gramatical e as relações de coesão do texto seriam mantidas caso o pronome “essa” (l.37) fosse substituído por
ela.

CERTO.
Não há erro ou alteração de sentido na alteração.

Matemática

O código de acesso consiste em uma seqüência de três letras distintas do alfabeto, gerada automaticamente pelo sistema e
informada ao cliente. Para efetuar transações a partir de um terminal de auto-atendimento, esse código de acesso é exigido
do cliente pessoa física, conforme explicado a seguir.
É apresentada ao cliente uma tela em que as 24 primeiras letras do alfabeto estão agrupadas em 6 conjuntos disjuntos de 4
letras cada. Para entrar com a primeira letra do seu código de acesso, o cliente deve selecionar na tela apresentada o único

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conjunto de letras que a contém. Após essa escolha, um novo agrupamento das 24 primeiras letras do alfabeto em 6 novos
conjuntos é mostrado ao cliente, que deve então selecionar o único conjunto que inclui a segunda letra do seu código. Esse
processo é repetido para a entrada da terceira letra do código de acesso do cliente. A figura abaixo ilustra um exemplo de
uma tela com um possível agrupamento das 24 primeiras letras do alfabeto em 6 conjuntos.

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.

16. Utilizando-se as 24 primeiras letras do alfabeto, é possível formar um conjunto de 4 letras distintas de mais de 10.000
maneiras diferentes.

CERTO.
C(n,r) = n! / (n-r)!r!
São 24 elementos (n=24) tomados 4 a 4 (r=4), sem repetição e não importando a ordem.
C(24,4) = 24! / (24-4)!4! = 24! / 20!4! = 10.626
Como são mais de 10.000 maneiras diferentes (10.626).

17. Para um cliente do BB chamado Carlos, a probabilidade de que todas as letras do seu código de acesso sejam diferentes das
letras que compõem o seu nome é inferior a 0,5.

CERTO.
São 24 letras (espaço amostral), mas não podem ser C A R L O S, portanto, são 18 eventos possíveis para o código (18
letras possíveis).
Como não podem ser repetidas, sempre se retira um evento possível do numerador e 1 elemento do espaço amostrar no
denominador. Assim:
P = 18/24 X 17/23 X 16/22 = 0,3583 (que é inferior a 0,5)

18. Para um cliente do BB chamado Carlos, a probabilidade de que todas as letras do seu código de acesso estejam incluídas no
conjunto das letras que formam o seu nome é inferior a 0,01.

CERTO.
6/24 * 5/23 * 4/22 = 120/12144 = 0,00988
Pouca coisa menor do que o dito no enunciado.
No numerador, temos o conjunto das 6 letras do nome; no dividendo, todas as 24 possíveis. Como não há letras repetidas,
tira-se 1 do número de eventos na probabilidade de cada valor da sequência.

Um grupo de amigos fez, em conjunto, um jogo em determinada loteria, tendo sido premiado com a importância de R$
2.800.000,00 que deveria ser dividida igualmente entre todos eles. No momento da partilha, constatou-se que 3 deles não
haviam pago a parcela correspondente ao jogo, e, dessa forma, não faziam juz ao quinhão do prêmio. Com a retirada dos 3
amigos que não pagaram o jogo, coube a cada um dos restantes mais R$ 120.000,00.

Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens que se seguem.

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19. Se x é a quantidade de elementos do "grupo de amigos", então .

ERRADO.
Partindo das informações dadas nas questões, temos duas equações:
1ª) 2.800.000/x = y
2ª) 2.800.00 / (x-3) = y + 120.000
Logo, substituindo o valor de y da 1ª equação na 2ª teremos:
2.800.000 / (x-3) = 2.800.000 / x + 120.000
Tira-se o mmc entre (x-3) e x e simplificamos, cortando os zeros:
280x = (280 + 12x) (x-3)
280x = 280x - 840 + 12 x 2 - 36x
12 x 2 - 36x -840= 0
Calcula-se o delta = 1296 + 40320 = 41616
Logo:
x = 36 + 204 / 24 = 10 apostadores

Conferindo:

2.800.000/10 = 280.000 para cada apostador


2.800.000/ 7 = 400.000 para cada apostador
400.000 - 280.000 = 120.000 a mais para cada um

20. Considerando que, em uma função da forma f(x) = Ax2 + Bx + C, em que A, B, e C são constantes bem determinadas, a
equação f(x) = 0 determina a quantidade de elementos do "grupo de amigos", então é correto afirmar que, para essa função,
o ponto de mínimo é atingido quando x =3/2.

CERTO.
Dividindo-se o prêmio por todos os amigos temos 2800000 / X = Y
Como 3 dos amigos saem fora, temos 2800000 (X - 3) / X + 120000 (X - 3) = 28000000
Substituindo o Y na equação de baixo chegamos a x2 - 3x - 70 = 0
S: 3 P: -70 X1: -7 (ignorar o negativo) X2: 10
O ponto mínimo aparece nas equações cujo A>zero (parábola para cima) e refere-se ao vértice da função
Vx = -b/2a logo= -3/2

A CAIXA criou as Cestas de Serviços com o compromisso de valorizar o relacionamento com seus clientes e oferecer cada
vez mais vantagens.
Você paga apenas uma tarifa mensal e tem acesso aos produtos e serviços bancários que mais se adequarem ao seu
relacionamento com a CAIXA.
Alguns dos itens disponíveis têm seu uso limitado. Caso você exceda as quantidades especificadas ou utilize um item
não incluso na sua cesta, será cobrado o valor daquele produto ou serviço discriminado na Tabela de Tarifas vigente.
A seguir apresentam-se outras informações acerca das Cestas de Serviços da CAIXA.

Cestas de Serviços

Possibilidade de escolha entre os dias 10, 15, 20 ou 25 para débito da tarifa.


Desconto de 25% a 100% no valor da tarifa, de acordo com a pontuação obtida, calculada a partir do perfil do cliente.
Pontos obtidos: 0 a 24 Descontos: 0%
Pontos obtidos: 25 a 49 Descontos: 25%
Pontos obtidos: 50 a 74 Descontos: 50%
Pontos obtidos: 75 a 99 Descontos: 75%
Pontos obtidos: 100 ou mais Descontos: 100%

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Com base nas informações do texto e sabendo que, a cada R$ 100,00 de saldo médio no trimestre em aplicação na
poupança, o cliente acumula 1 ponto para o cálculo do desconto na tarifa mensal de serviços, julgue os itens 21 e 22.:

21. A sequência numérica formada pelos dias que podem ser escolhidos para débito da tarifa constitui uma progressão
aritmética cuja razão é um número racional.

CERTO.
Número racional é todo o número que pode ser obtido da divisão (razão) entre 2 numeros inteiros. tem-se 25-20= 5; 20-15=
5; e o número 5 pode ser obtido por exemplo da razão 20/4 (que são 2 números inteiros)20/4=5.

22. Considerando-se apenas os títulos de R$ 200,00 a R$ 800,00, são equivalentes as frações de numerador igual ao valor do
título e denominador igual ao valor do prêmio especial correspondente.

CERTO.
Bastaria ver que a razão "valor do título/prêmio especial" é a mesma para os dois títulos:$200/222 = $800/888 = 100/111
= 1/1,11CERTO

De acordo com dados do IBGE, em 2007, 6,4% da população brasileira tinha 65 anos de idade ou mais e, em 2050, essa
parcela, que constitui o grupo de idosos, corresponderá a18,8% da população.Com base nessas informações e nas
apresentadas na tabela acima, julgue os itens seguintes.

23. Considere-se que os anos de idade estejam distribuídos de forma equiprovável na faixa de15 a18 anos. Nessa situação,a
média e a mediana das idades nessa faixa serão ambas iguais a 16,5 anos.

CERTO.
usaremos a fórmula da Média aritmética ponderada:
x=x1⋅n1+x2⋅n2+…+xk⋅nk/n1+n2+…+nkx
onde x é variável quantitativa e n a frequência absoluta
Dado que os anos de idade estejam distribuídos de forma eqüiprovável na faixa de 15 a 18 anos, primeiro, calcular a média
(M):
M=15+16+17+18/4
M=16,5
Agora,para calcular a Mediana Me destas idades, considerando n = 4:
Me=x(n/2)+x(n/2)+1/2
Me=16+17/2
Me=16,5
Portanto,
M=Me.
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24. Segundo o IBGE, em 2007,para cada idoso com 65 anos de idade ou mais,havia, em média, pelo menos, quatro crianças de
0 a 14 anos de idade. Em 2050, para cada idoso com 65 anos de idade ou mais, haverá, em média,no máximo, uma criança
de 0 a14 anos de idade.

CERTO.
Em 2007 6,4% tinha 65 ou mais, e 27,5% tinha de 0 a 14, 27,5/6,4 = 4,29, ou seja, pelo menos quatro crianças para cada
idoso.
Em 2050 18,8% tinha 65 ou mais, e 17,7 tinha de 0 a 14, 17,7/18,8 = 0,9, ou seja, no máximo uma criança para cada idoso.

25. Entre as reservas apresentadas no gráfico, apenas as da Rússia e da China superam a média aritmética das reservas de
todos eles.

ERRADO.
1500 + 480 + 290 + 260 + 190 = 2720
Dividimos por 5, porque tem 5 países

2720/5 = 544 ( que e a média aritmética )


Portanto, somente a China tem as reservas ( 1500 ) maior que a média aritmética

Informática

26. Para a proteção do conteúdo contra leituras não autorizadas, os documentos ODT e ODS, respectivamente do Writer e do
Calc, possibilitam atribuir uma senha para a abertura do arquivo, todavia não permitem a atribuição de senha para
modificar e (ou) alterar o conteúdo do documento.

ERRADO.
Assim como nos demais aplicativos do LibreOffice, é possível definir a senha para impedir a leitura, outra para impedir a
modificação do conteúdo do documento/planilha.

27. Em um texto ou imagem contido em eslaide que esteja em edição no programa Libre Office Impress é possível, por
meio da opção Hyperlink, criar um link que permita o acesso a uma página web.

CERTO.
É possível inserir um link para uma página web em uma apresentação por meio do item Hyperlink.

Acerca de serviços Internet para a plataforma Windows, julgue o item subsequente.

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28. Uma grande vantagem do serviço oferecido pelo One Drive for Business é a possibilidade de sincronização e
compartilhamento de arquivos tanto corporativos quanto pessoais, desde que estejam armazenados no One Drive.

ERRADO.
O serviço de armazenamento de arquivos OneDrive, da Microsoft, permite o armazenamento, sincronização e
compartilhamento de dados corporativos e pessoais.
As informações não precisam estar armazenadas no OneDrive, e podem ser carregadas como itens de anexo de mensagens
eletrônicas.

29. Em uma rede que utiliza o modelo cliente/servidor, um computador com atributos de servidor pode atender a diversos
clientes em uma mesma empresa.

CERTO.
O servidor oferece serviços para que os clientes possam acessar. Eles possuem IP fixo enquanto que os clientes podem ter
IP dinâmico.

Acerca dos sistemas de entrada, saída e armazenamento em arquiteturas de compu tadores, julgue o item que se segue.

30. Os dispositivos de entrada e saída do tipo caractere utilizam operações bufferizadas a fim de otimizar o desempenho
da transferência de dados.

ERRADO.
De acordo com o tipo de transmissão da informação do periférico para o barramento de dados, eles podem ser classificados
em:
- dispositivos de caractere - sua comunicação feita através do envio e recebimento de um fluxo de caracteres. As operações
não são bufferizadas, porque são enviadas em sequência, em fluxo. Impressoras e mouses são exemplos.
- dispositivos de bloco - modo de transmissão dos dados, que é feita na forma de blocos. As operações são bufferizadas,
para otimizar o desempenho. Unidades de armazenamento são exemplos.

Ética

Julgue o item a seguir, a respeito da ética nas organizações.

31. Comportamento eticoprofissional compreende o conjunto de regras, normas e valores da cultura organizacional que
mudam com o tempo, devem ser praticados cotidianamente e retratam os costumes estabelecidos por determinado
grupo social.

ERRADO.
A questão traz o conceito de moral.
MORAL: Incorpora as regras que temos que seguir para viver em sociedade, regras estas determinadas pela própria
sociedade. Quem segue as regras é uma pessoa moral, agora que não as seguem é uma pessoa imoral.
ÉTICA: Estuda a moral, isto é reflete sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras vigentes,
entendê-las por exemplo, ultrapassadas.

32. Os valores morais refletem decisões tomadas no seio da sociedade acerca do conceito comum de vida boa. Esses
valores acarretam um conjunto de proibições e permissões que determinam o que é moralmente importante não
apenas para aqueles que partilham e reconhecem esses comandos éticos, mas, universalmente, para todos os seres
humanos.

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ERRADO.
Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios ideais da conduta humana. Ela é teórica,
abrangente e universal, ao contrário da moral que é normativa, específica e varia de cultura para cultura.
Logo o item encontra-se errado pois afirma que o valores morais determinam o que é moralmente importante
universalmente, para todos os seres humanos. O correto seria valores éticos.

33. De acordo com a ética individualista, as ações são consideradas morais quando promovem os interesses individuais ao
longo do tempo.

CERTO.
Pode-se afirmar que, diante de um problema, a decisão ética pode ser tomada sob uma abordagem individualista,
utilitarista, dos direitos morais e da justiça. Com relação à ética sob uma abordagem individualista ou simplesmente ética
individualista, as ações são morais quando promovem os interesses individuais ao longo do tempo e, em última instância, o
maior bem.

34. Suponha que um servidor utilize, às vezes, o veículo da repartição para resolver problemas particulares. Isso constitui
ilícito no serviço público mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do desempenho do servidor
no exercício de suas funções.

CERTO.
XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para
si ou para outrem;

35. A ética no serviço público exige que seus servidores tratem o serviço como parte de sua carreira profissional,
separando-o, portanto, de sua vida privada, e que abdiquem de seus interesses pessoais em função dos interesses
públicos, sempre que necessário.

ERRADO.
A conduta do servidor no serviço público se integra à sua vida privada, nos termos do inciso VI do Código de Ética.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu
bom conceito na vida funcional.

Direito Constitucional

36. Conforme a CF, algumas atribuições privativas do presidente da República podem ser delegadas aos ministros de Estado,
ao procurador-geral da República ou ao advogado-geral da União, os quais devem observar, no exercício dessas
atribuições, os limites constantes nas respectivas delegações.

CORRETO.
O parágrafo único do artigo 84 da CRFB informa que, no caso de expedição de decreto para organização e funcionamento
da administração federal, em que não importe em aumento de despesas ou criação e extinção de cargos públicos; expedição
de decreto para extinção de função ou cargo vago (VI, art. 84 CRFB); no caso de decreto de concessão de indulto e
comutação de pena (XII, art. 84 CRFB); e para prover e extinguir cargos públicos federais, na forma da lei (XXV. art. 84
CRFB), o Presidente da República poderá delegar a prática de tais atribuições aos Ministros de Estados, ao Procurador-
Geral da República ou ao Advogado-Geral da República.

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37. Na vigência de seu mandato, o presidente da República goza de imunidades processuais, podendo, por isso, ser processado
pela prática de crimes de responsabilidade praticados no exercício de suas funções, mas não pela prática de infrações penais
comuns.

ERRADO.
Segundo o professor Marcelo Novelino ( in Manual de direito constitucional. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Págs.1392 à 1393):
“A irresponsabilidade penal relativa (CF, art. 86, § 4.°) inibe que o Estado exerça o seu poder de persecução criminal
contra aquele que estiver na titularidade da Presidência da República. Durante a investidura, portanto, o Presidente da
República não poderá ser responsabilizado penalmente por infrações cometidas antes do mandato ou durante o seu
exercício, mas que não tenham relação com as funções inerentes ao cargo.
A impossibilidade de responsabilização se restringe ao âmbito penal, não abrangendo a responsabilidade civil, tributária,
nem infrações político-administrativas. Ademais, a irresponsabilidade penal é apenas relativa, uma vez que o Presidente
poderá ser responsabilizado por crimes praticados in officio ou cometidos propter officium, desde que obtida a autorização
de dois terços dos membros da Câmara dos Deputados (CF, art. 51, I).
Obs: Crimes de responsabilidade é julgado pelo Senado Federal
Nos crimes comuns é julgado pelo STF.

38. É de competência privativa do presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos
a referendo do Congresso Nacional.

CORRETO.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

39. As ações afirmativas do Estado na área da educação visam garantir o direito social do cidadão, direito fundamental de
segunda geração, e assegurar a isonomia material.

CORRETO.
Direitos de 1ª Geração: Direitos CIVIS e POLÍTICOS;
Direitos de 2ª Geração: Direitos SOCIAIS, ECONÔMICOS e CULTURAIS. Direitos SOCIAIS engloba EDUCAÇÃO;
Direitos de 3ª Geração: SOLIDARIEDADE e FRATERNIDADE;
Direitos de 4ª Geração: Direito à DEMOCRACIA e INFORMAÇÃO;
Direitos de 5ª Geração: Direito à PAZ.
Art 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

40. A casa é um asilo inviolável, no entanto, a busca domiciliar, mediante mandado judicial, poderá ser feita durante o dia ou à
noite.

ERRADO.
CF, ART. 5
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

41. Em virtude do princípio da aplicabilidade imediata das normas definidoras dos direitos e das garantias fundamentais, tais
normas podem ser de eficácia plena ou contida, mas não serão de eficácia limitada.

ERRADO.
As normas de eficácia plena e contida são aquelas de aplicabilidade imediata e as normas de eficácia limitada são normas
de aplicabilidade mediata. Contudo, deve-se lançar um olhar ao art. 5º, §1º da CRFB que aduz o seguinte:
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Dessa forma, todos o direitos e garantias fundamentais, têm aplicação imediata e isso é independente de ser de eficácia
plena, contida ou limitada. Segundo José Afonso da Silva aplicação imediata é diferente de aplicabilidade imediata.
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Aplicabilidade diz respeito à norma produzir efeitos diretamente. Assim, essa aplicabilidade imediata diz respeito tão-
somente às normas de eficácia plena ou contida, no sentido de que não dependem de regulamentação infraconstitucional
para produzirem totalmente os seus efeitos, ao contrário das normas de eficácia limitada, que têm aplicabilidade mediata,
necessitando de legislação infraconstitucional para produzir efeitos.
Agora, aplicação imediata significa a aplicação desses direitos e garantias fundamentais por parte do poder público na
medida das suas capacidades institucionais, portanto, NADA tem a ver com a produção de efeitos. Sempre que o CESPE
faz uma questão desse tipo ele erra, ao misturar conceitos de aplicação e aplicabilidade imediata, induzindo o candidato ao
erro e não volta atrás, mas tenham em mente que todos os direitos e garantias fundamentais, têm aplicação imediata,
embora nem todos tenham aplicabilidade.

42. Aos juízes federais compete processar e julgar, entre outros crimes, os que atentem contra a organização do trabalho e os de
ingresso ou permanência irregular de estrangeiro no território nacional, bem como as disputas sobre direitos indígenas.

CORRETO.
Conforme a Constituição Federal, Art. 109 – “Aos juízes federais compete processar e julgar: [...] VI - os crimes contra a
organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
[...]X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e
de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à
naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas”.

43. A alimentação tem, no ordenamento jurídico nacional, o estatuto de direito fundamental, o que obriga o Estado a garantir a
segurança alimentar de toda a população.

CORRETO.
Art 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Antônio, brasileiro naturalizado, médico de formação e ex-senador da República, foi escolhido pelo presidente da
República para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Após tomar posse, auxiliou o presidente na assinatura de um
tratado internacional. Alguns anos depois, foi requerida a sua extradição por ter, antes da sua naturalização, praticado crime
contra o sistema financeiro de seu país de origem.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

44. Mesmo que cumpridos os demais requisitos legais, Antônio não poderia ocupar o cargo de ministro das Relações
Exteriores, já que esse cargo é privativo de brasileiro nato.

ERRADO.
Nos termos da Constituição Federal, de 1988, no §3º do art. 12, são privativos de brasileiro nato os seguintes cargos:
Presidente e Vice da República;
Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados;
Ministros do STF;
Carreira diplomática;
Oficial das Forças Armadas; e
Ministro de Estado da Defesa.
Perceba que, no item, a ilustre organizadora fez alusão ao Ministro das Relações Exteriores e não da Defesa, daí a
incorreção do quesito.

45. No exercício de atividade investigatória, caso se deparem com a necessidade de quebra do sigilo fiscal de alguém, as
comissões parlamentares de inquérito deverão requerer tal quebra ao Poder Judiciário, pois elas não possuem poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais.

ERRADO.
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O que a CPI pode fazer:


convocar ministro de Estado;
tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal;
ouvir suspeitos (que têm direito ao silêncio para não se autoincriminar) e testemunhas (que têm o compromisso de dizer a
verdade e são obrigadas a comparecer);
ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas;
prender em flagrante delito;
requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas;
requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais;
pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (vetada em domicílio);
determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias; e
quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive telefônico, ou seja, extrato de conta e não escuta ou grampo).
Direito Administrativo

46. A permissão, que não se confunde com a concessão ou a autorização, é o ato administrativo por meio do qual a
administração pública consente que o particular se utilize privativamente de um bem público ou execute um serviço de
utilidade pública. Tal ato é classificado como declaratório, na medida em que o poder público apenas reconhece um direito
do particular previamente existente.

ERRADO.
Primeiro erro os serviços de utilidade publica são formalizados por contratos de adesão e não por atos administrativos e o
segundo erro é que as permissões são ato discricionários com efeitos constitutivos e não declaratórios. Os atos declaratórios
apenas são reconhecedores de direitos já existentes. São exemplos: admissão em Hospital Público, licença para dirigir e
anulação.
Como aprendemos, os atos enunciativos apenas atestam ou reconhecem situação de fato ou de direito, são atos de juízo, de
conhecimento e de opinião. A doutrina os enquadra como meros atos administrativos, isso porque dependem de outros atos
(declaratórios ou constitutivos, conforme o caso) para a geração de efeitos. São exemplos: certidões, vistos, atestados e
pareceres.
Por fim, os atos constitutivos, os quais criam, modificam e extinguem direitos e obrigações. São exemplos: permissão,
aplicação de penalidade, revogação e autorização.

47. Conforme jurisprudência recente do STF e do Superior Tribunal de Justiça, a aposentadoria é um ato complexo que se
aperfeiçoa com o registro no TCU.

CORRETO.
Processo: AgRg no REsp 1068703 SC 2008/0136386-2
Relator(a): Ministra LAURITA VAZ
Julgamento: 19/02/2009
Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA
Publicação: DJe 23/03/2009
ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA. ATO COMPLEXO. CONFIRMAÇÃO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA
UNIÃO. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA QUE SE CONTA A PARTIR DESSE ÚLTIMO ATO. NÃO-
CONFIGURAÇÃO.
1. Nos termos da jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça e da Suprema Corte, o ato de aposentadoria constitui-
se ato administrativo complexo, que se aperfeiçoa somente com o registro perante o Tribunal de Contas, razão pela
qual o março inicial do prazo decadencial para Administração rever os atos de aposentação se opera com a
manifestação final da Corte de Contas.
"Atos complexos decorrem de dois orgãos ou mais, em que as vontades se fundem para formar um unico Ato."(Wander
Garcia).

48. A licença é um ato administrativo que revela o caráter preventivo da atuação da administração no exercício do poder de
polícia.

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CORRETO.
O poder de polícia pode ser exercido em caráter preventivo ou repressivo. O exercício é preventivo quando visa a evitar
que o ilícito ocorra. Por outro lado, é repressivo quando o exercício ocorre após a ocorrência de dano ao interesse público.
São exemplos de exercício preventivo do poder de polícia: a edição de atos normativos pela Administração,
regulamentando as condições e restrições estabelecidas em lei; a fiscalização do cumprimento destas normas; concessão de
licença (ato vinculado) e autorização (ato discricionário).
São exemplos de exercício repressivo do poder de polícia: interdição de atividade, demolição de obra irregular,
apreensão/destruição de mercadorias e aplicação de multa.

Uma servidora do DPF solicitou concessão de licença à adotante em virtude de ter adotado uma criança de oito anos de
idade e essa solicitação foi deferida pela autoridade competente.

49. Nessa situação, a concessão da referida licença é um ato administrativo vinculado.

CORRETO.
Lei nº 12.873 que garante salário-maternidade de 120 dias para o segurado ou segurada da Previdência Social que adotar
um filho, independente da idade da criança. A nova regra também equipara homem e mulher no direito ao benefício em
caso de adoção.

50. Incluem-se na classificação de atos administrativos discricionários os praticados em decorrência da aplicação de norma que
contenha conceitos jurídicos indeterminados.

CORRETO.
Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, a doutrina mais Tradicional entende que atos discricionários são aqueles
que a administração pode praticar com certa liberdade de escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu
modo de realização, sua oportunidade e sua conveniência administrativas. A doutrina mais moderna, hoje majoritária,
entende que além da situação citada, TAMBÉM há discricionariedade quando a lei usa conceitos jurídicos indeterminados
(tais como "boa-fé”, "conduta escandalosa", "moralidade pública", etc) na descrição do motivo que enseja a prática do ato
administrativo.

51. Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos obrigatórios do ato administrativo e requisitos de
validade da sua prática, de modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do ato praticado.

ERRADO.
Requisitos de validade/Elementos - Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.
Regra - Se estiver em desacordo com a lei – nulidade
Exceção - Competência e Forma - Anuláveis - Estão sujeitos à convalidação (desde que não afete ao interesse
público/terceiros).

52. A empresa pública tem personalidade de direito privado e suas atividades são regidas pelos preceitos comerciais, podendo
ela revestir-se da forma societária econômica convencional ou especial.

CORRETO.
Pode-se conceituar a empresa pública como a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública indireta
de qualquer dos entes políticos, cuja criação é autorizada por lei específica, constituída sob qualquer forma jurídica e com
capital exclusivamente público, destinando-se à exploração de atividade econômica ou à prestação de serviços públicos.

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53. O controle legislativo é a prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo de fiscalizar e controlar os atos praticados pelas
entidades integrantes da administração direta, não sendo cabível este tipo de controle em face dos entes que compõem a
administração indireta.

ERRADO.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.

54. Um dos princípios do processo administrativo, a oficialidade refere-se às formalidades legais adotadas pela administração
pública, a fim de garantir segurança jurídica ao administrado.

ERRADO.
A oficialidade é, de fato, um princípio do processo administrativo, no entanto, refere-se ao poder-dever da Administração
Pública de instaurar e impulsionar o processo administrativo independentemente de provocação do particular. Assim, a
finalidade desse princípio é atender o interesse público, e, não, garantir segurança jurídica ao particular ou administrado.

55. As normas que descrevem os atos de improbidade administrativa são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma
direta ou indireta.

CORRETO.
Lei 8429/92- Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público,
induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Direito Penal

Em 18/2/2011, às 21 horas, na cidade X, João, que planejara detalhadamente toda a empreitada criminosa, Pedro, Jerônimo
e Paulo, de forma livre e consciente, em unidade de desígnios com o adolescente José, que já havia sido processado por
atos infracionais, decidiram subtrair para o grupo uma geladeira, um fogão, um botijão de gás e um micro-ondas,
pertencentes a Lúcia, que não estava em casa naquele momento. Enquanto João e Pedro permaneceram na rua, dando
cobertura à ação criminosa, Paulo, Jerônimo e José entraram na residência, tendo pulado um pequeno muro e utilizado
grampos para abrir a porta da casa. Antes da subtração dos bens, Jerônimo, arrependido, evadiu-se do local e chamou a
polícia. Ainda assim, Paulo e José se apossaram de todos os bens referidos e fugiram antes da chegada da polícia. Dias
depois, o grupo foi preso, mas os bens não foram encontrados. Na delegacia, verificou-se que João, Pedro e Paulo já
haviam sido condenados anteriormente pelo crime de estelionato, mas a sentença não havia transitado em julgado e que
Jerônimo tinha sido condenado, em sentença transitada em julgado, por contravenção penal.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o item:

56. Tendo sido a subtração dos objetos praticada na companhia de menor de dezoito anos de idade, João, Pedro e Paulo
praticaram o crime de furto qualificado em concurso formal com o delito de corrupção de menores, ainda que José já
houvesse praticado outros delitos à data do crime.

CORRETO.
O crime de furto qualificado está previsto no artigo 155, §4º, do Código Penal:
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

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§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

O crime de corrupção de menores está previsto no artigo 244-B da Lei 8069/90 (ECA):
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer
meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar
incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).

O concurso formal de crimes está previsto no artigo 70 do Código Penal:


Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a
mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até
metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes
resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).

Sobre a configuração do crime de corrupção de menor quando o menor já praticou outros atos infracionais, o STJ pacificou
o entendimento por meio do enunciado de Súmula 500: "A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da
prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal".
Logo, no caso descrito na questão, João, Pedro e Paulo praticaram, mediante uma só ação, dois crimes (ou seja, em
concurso formal), quais sejam, o de furto qualificado e o de corrupção de menor, pouco importando que José já tivesse
praticado outros atos infracionais à data do furto, de modo que o item está CERTO.

X, funcionário público, mediante prévio concerto de vontades e unidade de desígnios com Y, advogado, apropriou-se da
importância de R$ 100.000,00, que havia recebido e da qual tinha a posse em razão do ofício e de mandamento legal. Em
face disso, a autoridade policial instaurou inquérito policial, com base no qual o Ministério Público apresentou denúncia,
que foi recebida de pronto pelo magistrado competente.

Julgue o item a seguir, relativo à situação hipotética apresentada.

57. X e Y deveriam responder pelo crime de peculato, pois a qualidade de funcionário público comunica-se ao particular que
seja partícipe.

CORRETO.
Trata-se de crime de concurso necessário, pois reclama a presença de ao menos 2 pessoas: o particular e o funcionário
público. Há a necessidade de imputação do peculato a todos os sujeitos que de qualquer modo concorram para o crime,
sejam eles funcionários públicos ("intraneus") ou particulares ("extraneus"). Apesar de a qualidade de funcionário público
ter natureza pessoal, comunica-se a todos os agentes, por se tratar de elementar do delito (CP, art. 30).
Obs: caso a atitude do funcionário público ocorra de forma culposa (negligência, imperícia), haverá peculato culposo para o
funcionário público (CP, art. 312, par. 2) e furto para o particular (CP, art. 155), não havendo neste caso concurso de
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pessoas. Ex: funcionário público esquece de trancar a porta e particular entra e subtrai bens.(Adaptado de: Direito Penal
Esquematizado - parte especial - Vol. 3 - 2 edição - Cleber Masson - pág. 590).

58. Considere a seguinte situação hipotética. Uma jovem de 20 anos de idade, brasileira, residente em Brasília, engravidou do
namorado, tendo mantido a gestação em segredo. Dois dias após o nascimento do seu filho, recebeu alta hospitalar e, no
caminho para casa, abandonou-o na portaria de um prédio residencial para ocultar de seus familiares sua própria desonra, já
que moravam em outra cidade e não sabiam da gravidez. Nessa hipótese, a jovem em tela praticou o delito de abandono de
incapaz.

ERRADO.
Exposição ou abandono de recém-nascido
Art. 134 CP. - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

59. A pena do agente que pratica o delito de roubo é majorada na hipótese de o infrator empregar arma de fogo ou de
brinquedo durante a ação delituosa.

ERRADO.
STJ - HABEAS CORPUS HC 191171 SP 2010/0215863-5 (STJ)
Data de publicação: 27/04/2012
Ementa: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. ROUBO DUPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO. AMEAÇA
EXERCIDA COM ARMA DE BRINQUEDO.AFASTAMENTO DA CAUSA DEAUMENTO QUE SE IMPÕE. REGIME
DE CUMPRIMENTO DE PENA. RÉURECONHECIDAMENTE REINCIDENTE, COM PENA SUPERIOR A QUATRO
ANOS DERECLUSÃO. ART. 33, § 2º , A, DO CÓDIGO PENAL . REGIME INICIAL FECHADO. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Com o cancelamento da Súmula n.º 174 do Superior Tribunal de Justiça, ficou
assentado o entendimento segundo o qual a simples atemorização da vítima pelo emprego da arma de brinquedo NÃO mais
se mostra suficiente para configurar a causa especial de aumento de pena, dada a ausência de incremento no risco ao bem
jurídico, servindo, apenas, para caracterizar a grave ameaça já inerente ao crime de roubo. 2. Ainda que a pena seja inferior
a 8 anos de reclusão, mas superiora 4 anos, sendo o réu reincidente, o regime inicial de cumprimento de pena deve seguir a
estipulação da alínea a do § 2º do art. 33 do Código Penal, sendo obrigatório o regime inicial fechado para o cumprimento
da condenação imposta. 3. Habeas corpus parcialmente concedido para, mantida a condenação, reduzir a reprimenda do
Paciente para 6 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, mais 15 dias-multa, restando mantido, entretanto, o regime prisional
inicial fechado.

60. Lívia, mãe de um recém-nascido, decidida a não mais cuidar da criança, deixou de amamentá-la, vindo o bebê a falecer por
inanição. Nessa situação, Lívia responderá por omissão de socorro.

ERRADO.
Crime comissivo por omissão: homicídio doloso.

61. Leonardo ameaçou matar Guilherme, o qual, para se defender, adquiriu um revólver e, assim que avistou Leonardo na rua,
alvejou-o por duas vezes, provocando-lhe a morte. Nessa situação, não se configurou hipótese de legítima defesa.

CORRETO.
CP, Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
OBS: Agressão futura (ou remota) e a agressão passada (ou pretérita) não abrem espaço para a legitima defesa.
62. Roberto invadiu o escritório profissional de Juliana e furtou modernos computadores lá existentes. Nessa situação, Roberto
responderá apenas pelo crime de furto.

CORRETO.
Responderá por furto podendo ser qualificado caso:
1 - Usou de violência contra obstáculo: quebrou a fechadura, cadeado, janela....; ou
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2- Abusou da confiança de Júlia; ou;


3- Usou de fraude para acessar o escritório, como exemplo, fingiu ser da manutenção da internet; ou;
4- Escalou um muro ou entrou por meio anormal no ambiente; ou;
6- Empregou uso de chave falsa (mixa, grampo...).

63. Há distinção entre co-autores e partícipes, pois, enquanto a co-autoria é a realização da conduta principal, descrita no tipo
penal, por dois ou mais agentes com identidade de desígnios, a participação consiste em concorrer de qualquer forma para o
crime sem realizar o núcleo da figura típica.

CORRETO.
Concurso de Pessoas: é a colaboração de mais de uma pessoa para a prática de uma infração penal, havendo vínculo
psicológico entre elas.
Coautor: é a pessoa, que juntamente com outra(s), ingressa no tipo penal, em qualquer dos seus aspectos.
Partícipe: é a pessoa, que auxiliando (material ou moralmente) à pratica do tipo penal , neste não ingressa.
Fonte: Manual de Direito Penal; Guilherme de Souza Nucci.

64. A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior é causa de exclusão da imputabilidade penal, afastando
a culpabilidade do agente. A conduta é típica e antijurídica, mas, em razão da embriaguez, o agente será isento de pena.

CORRETO.
Art. 28, CP (...)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

65. A culpabilidade, entendida como a reprovação da ordem jurídica em face de um fato típico e ilícito, é integrada pela
imputabilidade, possibilidade de conhecimento da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.

CORRETO.
São elementos da culpabilidade: potencial consciência da ilicitude + imputabilidade + exigibilidade de conduta diversa.
Estando preenchidos esses três elementos, está configurada a culpabilidade. Assim, se estiver faltando um desses três
elementos não há que se falar em culpabilidade e consequentemente não há crime de acordo com a teoria finalista da ação,
esta adotada pelo Código Penal.

66. O fato de o agente ser preso em flagrante de posse do produto de um furto, após a subtração, necessariamente desclassifica
o delito de furto para a sua forma tentada, pois o agente permaneceu por pouco tempo com a res furtiva em seu poder.

ERRADO.
Teoria da Amotio (apreehensio)
A consumação se dá quando a coisa subtraída passa para o poder do agente. O proprietário perde a disponibilidade da coisa.
Atenção: dispensa posse mansa e pacífica.
STF/STJ: adotam a teoria da amotio.
67. A teoria finalista adota o conceito clássico de ação, entendida como mero impulso mecânico, dissociado de qualquer
conteúdo da vontade.

ERRADO.
O conceito trata-se da Teoria Causalista. Entende-se nessa teoria que crime é fato típico + ilicitude + culpabilidade =
tripartide. A conduta para o causalista, conduta é movimento corporal voluntário que causa modificação no mundo exterior.
A conduta é objetiva desprovida de dolo e culpa (pois estes estão na culpabilidade), não admitindo valoração.

Direito Processual Penal

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68. Se, após decisão que tiver concedido liberdade provisória a determinado preso, entrar em vigor nova lei que proíba a
concessão do benefício para condenados por crime da espécie do cometido por esse preso, deverá o juiz da causa revogar a
liberdade provisória, em razão da superveniente proibição legal.

ERRADO.
As leis processuais penais que possuem aspectos processuais e penais, assim chamadas de híbridas ou mistas, não
retroagirão para prejudicar o réu. Segue o art. 5º, XL, da CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

69. A autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de inquérito policial, se verificar que há causa de exclusão de
ilicitude que acoberte a ação do indiciado.

ERRADO.
CPP, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

70. Os agentes de polícia devem preservar durante o inquérito sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
da sociedade.

CERTO.
CPP, Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
sociedade.

71. A representação, condição de procedibilidade exigida nos crimes de ação penal pública condicionada, só se aperfeiçoa com
a inequívoca manifestação de vontade, formal e escrita, da vítima ou de seu representante legal no sentido de que se
promova a responsabilidade penal do agente.

ERRADO.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do
Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.

72. Considera-se perempta a ação penal pública condicionada quando, após o seu início, o MP deixa de promover o andamento
do processo durante trinta dias seguidos.

ERRADO.
Perempção é um instituto exclusivo da ação privada.
CPP, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art.
36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar
presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

73. A ação penal por injúria consistente na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de
pessoa idosa ou portadora de deficiência, se não configurar crime de racismo, é pública condicionada.

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CERTO.
CP, Art. 140, § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

74. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, inclusive no concurso entre a jurisdição comum e
a militar.

ERRADO.
CPP, Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar.

75. É prova lícita a busca pessoal, realizada sem mandado judicial, quando houver fundada suspeita de flagrante.

CERTO.
CPP, Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do
seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos
mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.

76. De acordo com a jurisprudência firmada no STJ, o MP está autorizado, desde que para fins de instrução processual penal, a
requerer, diretamente, sem prévia autorização judicial, a quebra de sigilo bancário ou fiscal dos agentes envolvidos em
delitos sob investigação.

ERRADO.
“é defeso ao Ministério Púbico requisitar documentos fiscais e bancários sigilosos diretamente ao Fisco e às instituições
financeiras.” Vide: STJ, 5ªT., HC 160.646/SP.

77. A liberdade provisória com fiança pode ser concedida independentemente da oitiva do Ministério Público.

CERTO.
CPP, Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de audiência do Ministério Público,
este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar conveniente.

Legislação Especial

À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue o item quanto aos crimes de abuso de autoridade.

78. Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo, emprego
ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta -
se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o co-autor ou partícipe for um particular.

ERRADO.

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Lei 4898. Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de
natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
Como crime próprio que é somente é possível o concurso de agentes na modalidade participação.

79. Quando uma pessoa dificulta o acesso de idoso a determinado meio de transporte por motivo de sua idade, incide em
crime previsto no Estatuto do Idoso. Nessa situação, para que o Ministério Público proponha a ação penal
correspondente, haverá a necessidade da representação do ofendido.

ERRADO.
O crime está previsto no artigo 96 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003):
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao
direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
Contudo, nos termos do artigo 95 do mesmo diploma legal, a ação penal é pública incondicionada, sendo, portanto,
desnecessária a representação do ofendido:
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do
Código Penal.

80. Mévio, de forma livre e consciente, disponibilizou, por meio de publicação em seu site na internet, vídeo contendo
cena de sexo explícito envolvendo adolescente. De acordo com o ordenamento jurídico, João cometeu crime previsto
no Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja pena é de reclusão de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

CERTO.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por
meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

81. Segundo a Lei do Desarmamento, As armas de propriedade de empresa de segurança privada e de transporte de valores,
legalmente constituídas, somente poderão ser utilizadas por seus funcionários quando em serviço, sendo da empresa a
responsabilidade e guarda das armas registradas em seu nome.

CERTO.
Art. 7° da lei 10.826/03
As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores, constituídas
na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas
quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedida pela Polícia Federal em nome da empresa.

Considerando, por hipótese, que, devido ao fato de estar sendo investigado pela prática de latrocínio, José tenha
contratado um advogado para acompanhar as investigações, julgue os itens a seguir.

82. Se surgirem indícios contra José, ele deverá ser indiciado e identificado pelo processo datiloscópico, pois, na hipótese
em apreço, o referido crime é hediondo, fato que torna obrigatória a identificação criminal.

ERRADO.
O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
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II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;


III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado
impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

83. Em observância ao princípio da individualização da pena, segundo o entendimento pacificado do STF, em se tratando
do delito de tráfico ilícito de entorpecentes, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por pena restritiva de
direitos, preenchidos os requisitos previstos no Código Penal.

CERTO.
Na lei 11.343/06, em seu art. 33, §4°, veda-se a conversão em pena restritiva de direito, porém essa expressão foi suspensa
pelo Senado - Art. 1° da resolução 5/2012.
Art. 1º É suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do § 4º do art. 33 da Lei
nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos
autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS.

Tendo em vista que, de acordo com legislação especial, a tutela da criança e do adolescente e da mulher recebe tratamento
específico, julgue os itens a seguir.

84. Com a finalidade de proteger patrimônio comum ou particular de mulher vitimada por violência, o juiz deverá impor,
em caráter liminar, a separação de corpos.

ERRADO.
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o
juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo
expressa autorização judicial;
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de
violência doméstica e familiar contra a ofendida.

85. No crime de tortura, quando praticado por agente público, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

CERTO.
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do
prazo da pena aplicada.

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A respeito de aspectos penais e processuais penais da Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.° 9.605/1998), julgue o
seguinte item.

86. Considere que Jorge tenha sido preso por pescar durante a piracema, o que o tornou réu em processo criminal. Nessa
situação hipotética, se a lesividade ao bem ambiental for ínfima, segundo o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, o juiz poderá aplicar o princípio da insignificância.

CERTO.
A aplicação do princípio da insignificância, como causa de atipicidade da conduta, especialmente em se tratando de crimes
ambientais, é cabível desde que presentes os seguintes requisitos: conduta minimamente ofensiva, ausência de
periculosidade do agente, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e lesão jurídica inexpressiva.

87. A respeito da colaboração premiada prevista na Lei n.º 12.850/2013, que trata das organizações criminosas, é correto
afirmar que as partes não podem mais se retratar da proposta no caso de o acordo de colaboração já ter sido homologado
pelo juiz, sob pena de se ferir o princípio da estabilidade das decisões judiciais e as preclusões consumativas e pro judicato.

ERRADO.
Art. 4º, § 10, Lei 12.850/2013: § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias
produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.

Direitos Humanos

88. A Corte Interamericana de Direitos Humanos é competente para emitir parecer, a pedido de Estado-membro da
Organização dos Estados Americanos, sobre a compatibilidade entre quaisquer das leis internas desse Estado e a
Convenção Americana de Direitos Humanos.

CERTO.
Artigo 64, inciso 2, Conversão Americana sobre Direitos Humanos.
2. A Corte, a pedido de um Estado membro da Organização, poderá emitir pareceres sobre a compatibilidade entre
qualquer de suas leis internas e os mencionados instrumentos internacionais.

89. O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, exige que o acusado esteja presente durante o seu
julgamento.

CERTO.
Artigo 63, Estatuto de Roma.
Presença do Acusado em Julgamento
1. O acusado estará presente durante o julgamento.
2. Se o acusado, presente em tribunal, perturbar persistentemente a audiência, o Juízo de Julgamento em Primeira Instância
poderá ordenar a sua remoção da sala e providenciar para que acompanhe o processo e dê instruções ao seu defensor a
partir do exterior da mesma, utilizando, se necessário, meios técnicos de comunicação. Estas medidas só serão adotadas em
circunstâncias excepcionais e pelo período estritamente necessário, após se terem esgotado outras possibilidades razoáveis.

90. A eleição de juízes da Corte Internacional de Justiça ocorre por maioria simples de votos na Assembleia Geral e no
Conselho de Segurança das Nações Unidas.

ERRADO.
Estatuto da Corte Internacional de Justiça, art. 10:
“Os candidatos que obtiverem maioria absoluta de votos na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança serão
considerados eleitos.

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Nas votações do Conselho de Segurança, quer para a eleição dos juízes, quer para a nomeação dos membros da comissão
prevista no Artigo 12, não haverá qualquer distinção entre membros permanentes e não permanentes do Conselho de
Segurança.

Acerca da Declaração Universal dos Direitos do Homem, julgue os itens a seguir.

91. De inspiração iluminista, encontra raízes no liberalismo e no enciclopedismo do período de transição entre a idade moderna
e a idade contemporânea.

CERTO.
A Declaração Universal, apesar de abordar direitos sociais e culturais, tem um cunho claramente liberal, valorizando os
direitos de primeira geração, que requerem a abstenção do Estado em favor das liberdades do homem. Essa ideia surgiu
com os filósofos iluministas que defendiam os direitos do homem contra o Estado absolutista. Fonte: Professor do QC.

92. Corresponde ao tratado firmado no âmbito da Organização das Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial.

ERRADO.
A Declaração Universal não possui os requisitos para ser considerada um tratado, ou seja, não é um documento jurídico
integralmente vinculante. Em 1948, possuía apenas força moral, indicando as diretrizes que os Estados deveriam perseguir.
Fonte: Professor do QC.

93. Possui natureza jurídica de ato de organização internacional e, como tal, é fonte não-codificada de direito internacional
público.

CERTO.
A Declaração é considerada fonte de direito internacional público. Atualmente, a maioria dos princípios contidos neste
documento são obrigatórios para os Estados na medida em que são parte integrante do atual costume internacional. Fonte:
Professor do QC.

94. Conforma declaração de princípios que, apesar de serem respeitados pela comunidade internacional, não integram o
ordenamento jurídico brasileiro.

ERRADO.
A Declaração Universal integra o ordenamento jurídico brasileiro por força de uma interpretação sistemática e teológica do
art 5º §2º, da CF/88. Essa visão decorre do entendimento da expansão dos valores da dignidade humana e dos direitos
fundamentais, assim como do processo de globalização, que fomenta a incorporação da normatividade internacional ao
bloco constitucional. Fonte: Professor do QC.

95. Como norma de direito internacional, gera obrigações jurídicas apenas para Estados que a tenham subscrito e ratificado.

ERRADO.
Como a Declaração tem valor de costume internacional, suas obrigações se estendem a toda comunidade internacional.

Ao tratar da tutela dos direitos humanos, o art. 5.º da CF aborda uma série de questões de natureza internacional. Nesse
sentido, julgue os itens que se seguem.

96. O referido artigo reconhece hierarquia constitucional a tratados de direitos humanos firmados pelo Brasil, estando estes,
portanto, acima das normas infraconstitucionais, como os demais tratados.

CERTO.

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Sim de acordo com hierarquia da legislação brasileira, ilustrada pela pirâmide de Kelsen, nos temos primeiro as normas
constitucionais, depois emendas constitucionais ou tratados internacionais de direitos humanos aprovados no congresso
nacional de acordo com o parágrafo terceiro, e depois ai sim temos os tratados supra-legais ou infraconstitucionais, que não
são aprovados em ambas as casas, com dois turnos de votação mas qualquer Quórum que não seja o de três quintos. Fonte:
Comentários do QC.

97. Qua A República Federativa do Brasil reconhece a jurisdição de tribunais internacionais com vocação penal, desde que
tenha aderido a seus instrumentos fundacionais.

CERTO.
CF, artigo 5º, § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão.

Legislação Relativa ao DPRF

98. O DPRF não é competente para exercer, isoladamente, a fiscalização por excesso de peso nas rodovias federais.

ERRADO.
Podemos subentender do artigo 20 essa competência da PRF: “... objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas,
o patrimônio da União”
Um veículo com excesso de peso danifica o pavimento das rodovias federais, logo, o patrimônio da União, por isso a PRF é
competente para exercer a fiscalização por excesso de peso nas rodovias federais. Contudo, essa função não é exclusiva à
PRF, visto que o DNIT e a ANTT também poderão exercer essa atribuição.

99. O policial rodoviário que presenciar infração à legislação de trânsito, deverá analisar as circunstâncias do ocorrido e decidir
se deve ou não lavrar o correspondente auto de infração.

ERRADO.
A lavratura do auto de infração é um ato vinculado, e não discricionário. Por esta razão, ao presenciar uma infração, o
agente DEVE lavrar o auto, independentemente das circunstâncias.

100. As câmaras temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN, são constituídas por especialistas de diversas áreas,
como, por exemplo, educação, saúde e meio ambiente.

CERTO.
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como
objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos para decisões daquele colegiado.

Motorista que atropelou três crianças é liberado após prestar depoimento O motorista do caminhão que, no último dia 14,
atropelou três meninas e bateu em casas da avenida Almir Dehar, na Zona Norte de São Paulo, foi indiciado por lesão
corporal culposa, tendo sido liberado após prestar depoimento. Ele deixou a delegacia sem falar com os jornalistas. O
veículo estava sem licenciamento havia três anos e o motorista não era habilitado. Internet: (com adaptações).
Considerando os fatos narrados no texto acima.
101. Por ter causado acidente grave, caso fosse habilitado e desejasse voltar a conduzir veículo automotor, o condutor seria
obrigado a fazer novos exames de saúde, psicológicos e de direção, sumariamente, a critério da autoridade executiva
estadual de trânsito.

ERRADO.
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação;
II - quando suspenso do direito de dirigir;
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, independentemente de processo judicial;
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a segurança do trânsito;
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN.
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102. Para dirigir o caminhão, o condutor que provocou o acidente deveria ser habilitado e sua CNH deveria pertencer a uma
das seguintes categorias: C, D ou E.

ERRADO.
A assertiva realmente está errada. A justificativa é simples: há a possibilidade do condutor de veículo enquadrado na
categoria B migrar para a categoria D, o que não faria dele um condutor habilitado para veículos da categoria C.
Tomemos como exemplo um motorista de van escolar. Para conduzir tal veículo, além de outros pressupostos, o condutor
deverá estar habilitado na categoria D. Levemos em consideração que um condutor com apenas dois anos de CNH B venha
a se habilitar em CNH D para exercer tal atividade. De acordo com o CTB, ele não estará habilitado para conduzir veículos
de categoria C. Vejam:
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
categoria D; e
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três
mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três
mil e quinhentos quilogramas;
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
lugares, excluído o do motorista;
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e
cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso
bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.

Portanto, podemos concluir dessa forma:


- da categoria B para C ou D pode direto. 1 ano para a primeira e 2 anos para a segunda. Não é possível a habilitação da B
para a E direto;
- condutor habilitado na categoria C poderá conduzir veículo de carga com PBT > 3.500kg;
- condutor habilitado na categoria D poderá conduzir veículo de passageiros com lotação acima de 8 passageiros;
- pode um condutor de categoria B, com 22 anos de idade e 2 anos de categoria B, passar para a categoria D direto, sem
necessidade de passar pela categoria C. Portanto, ele poderá conduzir veículos de passageiros com mais de 8 pessoas de
lotação. Não poderá conduzir veículo de carga, que exige categoria C, pois não é obrigatório que migre para essa categoria
para poder habilitar-se na D.

103. Em um cruzamento de duas vias ou nas proximidades desse cruzamento, será permitida a ultrapassagem, desde que não
haja fluxo de tráfego na outra via.

ERRADO.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.

104. O uso de buzina só será permitido apenas para fazer advertências necessárias a fim de evitar acidentes.

ERRADO.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.

105. Em efetiva prestação de serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme
sonoro e iluminação vermelha intermitente, os veículos de polícia gozam de livre circulação, estacionamento e parada e
têm prioridade de trânsito; contudo, mesmo em uma perseguição, a preferência de passagem na via e no cruzamento deverá
ocorrer com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança.

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CERTO.
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente, observadas as seguintes disposições:
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
segurança, obedecidas as demais normas deste Código;

106. Os novos parâmetros curriculares nacionais estimulam as escolas a trabalharem temas como educação para o trânsito em
vários momentos e de modo interdisciplinar, sem que haja necessidade de se criar uma disciplina específica para tanto.

CERTO.
ART.76-A ->I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre
segurança de trânsito;

Em determinado município, uma construtora pretende executar o projeto de um empreendimento de grande porte que
acarretará aumento expressivo de tráfego nas vias adjacentes e de acesso ao empreendimento, com consequentes reflexos
negativos na circulação viária em seu redor. O empreendimento em questão é um conjunto habitacional próximo a uma
rodovia que, por suas características, será enquadrado, segundo o CTB, como um polo atrativo de trânsito. Com base nessa
situação hipotética, julgue os itens que se seguem.

107. Caso o projeto seja aprovado, a construtora deverá, em seguida, apresentar a indicação das vias de acesso adequadas ao
conjunto habitacional, além de se responsabilizar pela sinalização dessas vias.

ERRADO.
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar
em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a
via.

108. Para minimizar os impactos negativos sobre a circulação viária ao redor do referido empreendimento, é necessário
dimensionar corretamente área para estacionamento, para que o usuário do empreendimento não seja conduzido ao uso
irregular da via pública. Assim, a referida construtora deverá apresentar, no projeto, a área destinada a estacionamento do
conjunto habitacional.

CERTO.
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem
prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área para
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas

109. Na situação considerada, de acordo com o CTB, para ter seu projeto aprovado, a construtora deverá obter,
alternativamente, a anuência da prefeitura municipal ou do órgão ou entidade com circunscrição sobre as vias adjacentes à
área do empreendimento.

ERRADO.
Precisa da anuência do órgão com circunscrição sobre a via.
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem
prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área para
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas.

110. Considere a seguinte situação hipotética. Na avenida Santos Dumont, em Aracaju, sob chuva de pouca intensidade,
Júnior, que não é habilitado para a condução de veículo automotor, conduzia um automóvel sem acionar o limpador de
pára-brisa. Nessa situação, Júnior cometeu duas infrações: uma gravíssima, por não estar habilitado; outra grave, por não
acionar o limpador de pára-brisa sob chuva. Entretanto, em face do princípio da não-cumulatividade, a autoridade de
trânsito que eventualmente o flagrar somente poderá aplicar uma penalidade, correspondente à maior infração.

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ERRADO.
No caso descrito, temos infrações concomitantes, caso no qual uma infração independe da ocorrência da outra. Desta
forma, deverão constar, no auto de infração, duas infrações distintas

111. Considere a seguinte situação hipotética. Na noite de uma sexta-feira, após as 22 h, Sandro dirigiu seu automóvel até a
residência de Marcela, sua namorada, para, em seguida, ambos irem a um cinema. Entretanto, chegando lá, Sandro optou
por não descer do veículo, fazendo uso, de forma prolongada e sucessiva, da buzina para chamar a atenção de Marcela.
Nessa situação, Sandro cometeu duas infrações de trânsito.

CERTO.
situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Art. 227. Usar buzina:
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas pelo CONTRAN:
Infração - leve;
Penalidade - multa.

Lineu, atrasado para o trabalho, entrou no táxi de Augusto e pediu que este acelerasse. Obedecendo à ordem, Augusto
acelerou e, em conseqüência disso, atropelou e matou um transeunte. Em face dessa situação hipotética e quanto à co-
autoria e à participação no concurso de agentes, julgue os itens subseqüentes.

112. Augusto e Lineu responderão pelo crime de homicídio culposo, previsto no Código de Trânsito Brasileiro, em coautoria.

CERTO.
O DP brasileiro admite a coautoria em crime culposo, porem não admite a participação.

113. O crime de inovação artificiosa de trânsito, em que o causador do acidente, mediante emprego de artifício, altera o local
do acidente para induzir em erro a análise pericial, somente é configurado se do acidente resultar a morte da vítima.

ERRADO.
Acidente com vitima – CTB (não necessariamente a vítima deve morrer para caracterizar o crime)
Acidente sem vitima – CP
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de
induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

114. Em se tratando dos crimes de homicídio culposo ou de lesões corporais culposas praticados sobre faixa de trânsito
temporária ou permanente destinada à travessia de pedestres, incide na aplicação da pena, tanto a agravante como a causa
de aumento de pena.

ERRADO.
Não pode ocorrer a aplicação simultânea do aumento de pena e do agravante, pois nesse caso configuraria bis in idem.
Assim, tal conflito e resolvido pela doutrina pelo principio da prevalência. Destarte, os aumentativos de pena prevalecem
sobre as agravantes.
Exemplo: Homicídio culposo + condutor inabilitado. Temos no caso a agravante genérica de todos os crimes, dirigir sem
habilitação e também causo de aumento de pena do homicídio culposo. Aplica-se somente o aumento de pena.

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Física

115. Um automóvel é dirigido ao longo de uma estrada caracterizada por zonas alternadas de velocidades permitidas de 40
km/h e 60 km/h. Se o motorista mantém rigorosamente essas velocidades nas respectivas zonas, e se todas as zonas têm o
mesmo comprimento, é correto afirmar que a velocidade média, em km/h, em um trecho correspondente a um número par
de zonas vale 50 km/h.

ERRADO.
Para o cálculo da velocidade média a fórmula não muda, é sempre a mesma:

Assim, precisamos encontrar o FSTotal e depois dividi-lo por FtTotal.

Vamos chamar de L o comprimento de cada zona, que o enunciado garantiu serem iguais. Logo, o FSTotal = n·L + n·L =
2nL, onde n é um número inteiro, pois o enunciado garante que teremos um número par de zonas, portanto, o número de
zonas onde a velocidade máxima permitida é igual a 40km/h é o mesmo onde a velocidade máxima permitida é 60km/h.

Agora precisamos encontrar qual o intervalo de tempo em cada zona. O intervalo de tempo na primeira zona (VMÁX =
40km/h) será dado por:

Analogamente o intervalo de tempo na segunda zona será dado por:

Portanto, o FtTOTAL = Ft1 + Ft2, assim:

Calculando a velocidade média:

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Instrumentos ópticos, como o ilustrado na figura I acima, são comumente utilizados em técnicas de identificação forense.
As lupas, compostas por lentes delgadas e convergentes, são frequentemente usadas. Considere uma lupa composta por
uma lente biconvexa de raios iguais em módulo e que sejam do, di e f, respectivamente, as distâncias do objeto, da imagem
e do foco em relação ao eixo central na lente — figura II. Com base nessas informações e nas figuras acima, julgue
os itens que se seguem

116. Para um objeto posicionado no ponto focal, sua imagem estará localizada no infinito.

CERTO.
Quando o objeto está localizado no foco, ele não conjuga imagem, apenas uma imagem imprópria, por conta dos raios
paralelos, que se encontram no infinito.

Nessa questão você precisava conhecer a lupa, e saber que é uma lente
convergente, que não conjuga imagem quando o objeto é colocado no foco.

117. Se do < f, então a imagem será invertida.

ERRADO.
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Se o objeto é colocado entre o foco e o centro óptico, então temos um


caso clássico de imagem formada do mesmo lado do objeto, virtual e maior que o objeto. Trata-se do uso mais
comum da lupa.

Veja abaixo o uso da lupa, no caso de o objeto ser colocado entre o foco e o centro óptico.

Acidentes entre veículos, quando um deles é obrigado a parar repentinamente, são comuns nas cidades. Esse tipo de choque
produz deformações nos veículos, barulho e, em alguns casos, até vítimas. A Física ajuda a esclarecer as circunstâncias do
acidente, como a velocidade com que os veículos se moviam, já que as leis que regem as colisões são universais. Considere
que um veículo de 800 kg, parado em um sinal vermelho, seja abalroado por trás por outro veículo, de 1.200 kg,
deslocando-se com uma velocidade de 72 km/h e que, imediatamente após o choque, os dois veículos se movam juntos até
que venham a parar. Nessas circunstâncias, julgue os itens a seguir:

118. O choque é perfeitamente elástico.

ERRADO.
O choque em questão é uma colisão entre veículos que ocorre em nosso dia a dia com dissipação de energia mecânica em
forma de som, calor e deformações de corpos, portanto, não pode ser uma colisão elástica.

Como os corpos seguem unidos após o choque, trata-se de uma colisão inelástica, a famosa colisão bate e gruda, que ocorre
com dissipação máxima de energia mecânica.

119. A energia total envolvida, nas suas diferentes formas, sempre se conserva.

CERTO
Já dizia Lavoisier "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Assim, podemos afirmar que a energia
total se conserva, o que não se conserva é a energia mecânica, pois parte dela se dissipa em outras formas de energia, no
entanto, não será essa parte perdida em outras formas, mas apenas transformada.

A energia total é sempre conservada nesse universo que nos cerca.

Considerando que um veículo de massa 1.000kg se mova em linha reta com velocidade de 72km/h, e considerando ainda
que a aceleração da gravidade seja 10m/s2, julgue o item a seguir.

120. Quando o freio for acionado, para que o veículo pare, a sua energia cinética e o trabalho da força de atrito, em módulo
deverão ser iguais.

CERTO.
A questão acima era teórica, mas você precisava conhecer o teorema da energia cinética para marcar o item com segurança.
O teorema da energia cinética foi visto durante o nosso curso e foi visto que o trabalho da força resultante é igual à variação
da energia cinética do corpo.
Considerando que apenas a força de atrito atue no corpo, além da força peso e da reação normal, poderíamos
esquematizar as forças da seguinte forma:

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PROJETO CAVEIRA - V4 05º SIMULADO COMPLETO

Observe, no entanto, que a energia cinética final é igual a zero, uma vez que ao final da frenagem o veículo deve parar
(pelo menos em tese). Assim, podemos dizer que:

Assim, os valores serão opostos (sinais contrários), no entanto, terão o mesmo módulo.

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