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Avaliação: 9

Título: The Dark Knight: a porta do mundo dos Comics

Lead: Inspirado do Batman da DC Comics, e dirigido por Christopher Nolan, The Dark Knight,
insere-se na lista de melhores filmes dos anos 2000, e teve oito nomeações para os óscares.
Lançado a 18 de julho de 2008, com uma construção de excelência, ganhou as categorias de
Melhor Edição de Som e Melhor Ator Coadjuvante (Joker).

Corpo:

Tudo começa com uma história trágica, de Batman (Christian Bale), na pele de Bruce Wayne,
na qual testemunhou o assassinato dos seus pais em criança. Não obstante, Bruce parte em
uma jornada para livrar sua cidade de Gotham do caos e estabelecer a ordem. A dinâmica do
Cavaleiro Negro, Batman, e o Joker é, assim, estabelecida pelo mesmo objetivo, a visão da
alma de Gotham City.

O que distingue esta representação do clássico Batman, e lhe conferiu um enorme sucesso foi
a sua capacidade de reformular um universo já instituído, num retrato extremamente sombrio
e pessimista. Revela, assim, um enredo totalmente novo e envolvente, afastando-se do típico
super-herói dos Comics. Assiste-se a uma nova etapa do mundo cinematográfico, mas também
da perspetiva de que os heróis e os vilões constituem, apenas, uma forma de entretenimento
para os mais novos.

Desde logo, esta versão destaca-se pela escolha perfeita do antagonista, o Joker, pois, tal
como citado por John Trubt “cria um oponente que é excecionalmente bom em atacar as
maiores fraquezas do herói”. Criando uma pressão profunda, o que segundo Robert Mckee
torna” maior a revelação da verdadeira natureza do personagem”, como podemos ver ao
longo do filme.

Tanto ao nível de performance como planos de ação, cinematografia e roteiro, tiveram uma
entrega incrivelmente bem concebida. Não só pela escolha de sons realistas e apropriados
para as cenas de ação, aumentando a tensão e o realismo, mas também por todo o detalhe
que este filme comporta. Por outro lado, é verificável uma gradação dos eventos e das
personagens, seja através de diálogo, ou de objetos simbólicos, o que fixa os espetadores.

Por seu turno, pode dizer-se que esta obra é comandada pelo antagonista, num jogo doentio e
inesperado, o que torna toda a história cativante aos espetadores. Todas as cartas de Joker
vão sendo reveladas paulatinamente, mas sempre com a máxima de empurrar as pessoas para
situações moralmente complexas e extremamente desafiantes. O próprio antagonista
personifica uma lição devida ao herói e ao seu mundo lógico, ressuscitando o seu olhar sobre o
mundo.

Este filme apresenta a dicotomia caos e ordem numa orquestração incrível da ação, e de
autenticidade, apresentando uma tese pessimista sobre o estado da civilização ocidental.
Contudo, há sempre aspetos que se podem melhorar, como a voz do protagonista que sofre
claramente alguns problemas técnicos. Além de algumas falas completamente
descontextualizadas e até cómicas pela sua inadequação ao contexto real. Não se pode
esquecer, porém, que é um filme de fantasia e terá sempre um lado fictício.
Posto isto, é realmente uma peça que agrupa várias componentes técnicas, visuais e
psicológicas de um modo inteligente, e que não passa de moda, sendo sem dúvida uma das
melhores do género.

PF: Inspirado do Batman da DC Comics, e dirigido por Christopher Nolan, a 18 de julho de


2008, The Dark Knight, insere-se na lista de melhores filmes dos anos 2000. É uma
orquestração incrível da ação, e de autenticidade, apresentando uma tese pessimista sobre o
estado da civilização ocidental.

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