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PRODUÇÃO DE TEXTO I
Gianka S. Bezerril
Rodrigo Acosta Pereira
LICENCIATURA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Rousseff
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Carlos Eduardo Bielschowsky
Bezerril, Gianka S.
B574p Produção de texto I / Gianka S. Bezerril, Rodrigo Acosta Pereira. –
Campo Grande, MS : Ed. UFMS, 2011.
199 p. : il. ; 30 cm.
ISBN: 978-85-7613-327-8
Material de apoio às atividades didáticas do curso de Licenciatura em
Letras: português e espanhol/CEAD/UFMS.
Apresentação 5
UNIDADE I
Pressupostos Teóricos 7
UNIDADE II
Gêneros orais e escritos: Processos de escrita e reescrita 57
UNIDADE III
Gêneros acadêmicos orais:
o seminário e a comunicação científica 109
CAPÍTULO IV
Gêneros acadêmicos escritos 123
Referências 190
APRESENTAÇÃO
Caros alunos,
Os autores.
UNIDADE I
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
UNIDADE I
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
a) conhecimento linguístico;
b) conhecimento enciclopédico;
c) conhecimento interacional.
Vejamos um exemplo:
Texto 1:
• Ilocucional;
• Comunicacional;
• Metacomunicativo;
• Superestrutural.
(KOCH e ELIAS, 2008, p. 45)
Conhecimento Ilocucional
Permite-nos reconhecer os objetivos ou propósitos pretendidos
pelo produtor do texto, em uma data situação interacional.
(KOCH e ELIAS, 2008, p. 46)
Conhecimento Comunicacional
Diz respeito à:
• Quantidade de informação necessária, numa situação
comunicativa concreta, para que o parceiro seja capaz de
reconstruir o objetivo da produção de texto;
• Seleção da variante linguística adequada a cada situação de
interação;
• Adequação do gênero textual à situação comunicativa.
(KOCH e ELIAS, 2008, p. 50)
14 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Conhecimento Metacomunicativo
É aquele que permite ao locutor assegurar a compreensão do
texto e conseguir a aceitação pelo parceiro dos objetivos com
que é produzido. Para tanto, utiliza-se de vários tipos de ações
linguísticas configuradas no texto por meio da introdução de
sinais de articulação ou apoios textuais, atividades de formulação
ou construção textual.
(KOCH e ELIAS, 2008, p. 52)
a) o conhecimento linguístico;
b) o conhecimento enciclopédico;
c) o conhecimento da situação comunicativa;
d) o conhecimento superestrutural ou tipológico;
e) o conhecimento estilístico (registro, variedades de língua
e sua adequação às situações comunicativas);
f) o conhecimento de outros textos que permeiam nossa
cultura (intertextualidade).
Dentro dessa perspectiva, as autoras citam dois tipos de
contexto: contexto de produção e contexto de uso. O primeiro tipo,
o contexto de produção, diz respeito às circunstâncias da escrita; já
o segundo tipo se refere às circunstâncias de leitura.
O contexto de uso tem uma grande importância para a escrita,
porque o produtor do texto faz um balanceamento do que necessita
ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito,
sendo recuperado pelo interlocutor por meio das inferências. Daí a
importância que os “contextos sociocognitivos2 dos interlocutores
sejam, pelo menos, parcialmente semelhantes” (KOCH e ELIAS,
2008, p. 73).
Nesse sentido, a existência do texto coloca-se sob a
dependência de uma cena enunciativa. Os elementos que a compõem
são o produtor de texto, que tem um intenção comunicativa específica,
seja de convencer, informar, emocionar; os ouvintes/leitores e uma
situação de comunicação. Desse modo, deve-se sempre levar em
conta a situação de comunicação (contexto) em que uma sequência
linguística se concretiza. Uma mesma palavra ou uma mesma
sequência linguística podem, por exemplo, apresentar significados
completamente diferentes, a depender do contexto em que se
inserem e da intenção comunicativa que revelam ou implicitam.
Por isso, o texto possui diferentes sentidos, já que na atividade de
leitura acionamos o lugar social, as vivências, as relações com outro,
os conhecimentos textuais.
metalinguagem e polifonia.
1.3.1 Intertextualidade
Texto 2: Texto 3:
Fonte: Propaganda da Bom Bril (2008). Fonte: Propaganda Bom Bril (2007)
1.3.2 Coerência
Texto 4:
1.3.3 Situacionalidade
Texto 5:
Fonte: <http://aceveda.com.br/blog/?p=17723>
Texto 6: Texto 7:
Texto 8:
Texto 9:
Texto 10:
Texto 11:
- Assim?
- É. Assim.
- Mais depressa?
- Não. Assim está bem. Um pouco mais para...
- Assim?
- Não, espere.
- Você disse que...
- Para o lado. Para o lado!
- Querido...
- Estava bem mas você...
- Eu sei. Vamos recomeçar. Diga quando estiver bem.
30 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
OUTRAS FORMAS DE
SEQUÊNCIA DIALOGAL
PLANIFICAÇÃO
Texto 12:
O OLHO DA FECHADURA
por Angela Schnoor
Miniconto do livro:
Texto 13:
Miniconto do livro:
(GALLO, 2009)
EaD•UFMS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 37
Texto 14:
Texto 15:
Texto 16:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
38 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 17:
Texto 18:
Texto 19:
Fonte: <www.ritchie.com.br>
40 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 20
Fonte: <http://www.classificados-brasil.com>
Texto 21:
Fonte: <http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-br&tab=wi>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.
retrovisoronline.com.br>
Fonte: <www.radiocom.com.br>
44 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Fonte: <www.oglobo.com.br>
Fonte: <www.veja.com.br>
EaD•UFMS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 45
Fonte: <www.bb.br>
Cândido Portinari,
Retirantes, Série
Retirantes, 1944,
Painel óleo sobre
tela, 190 x 180cm,
Petrópolis, RJ.
Julgamento: Você acha que essa obra é importante? Por quê? Por
que será que Portinari a pintou? Por que algumas pessoas querem
ter obras de arte? Elas são importantes?
Texto 27:
Texto 28:
Texto 29:
Texto 30:
Fonte: <www.yahoo.com.br>
EaD•UFMS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 55
Fonte: <http://www.westlord.com/julia-roberts-website>
UNIDADE II
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.
bp.blogspot>
EaD•UFMS
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS: PROCESSOS DE ESCRITA E REESCRITA 61
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.
bp.blogspot.com>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.
esoterikha.com>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.
esoterikha.com/presentes>
62 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres>
Fonte: <http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-br&tab=wi>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres>
66 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres>
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres>
EaD•UFMS
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS: PROCESSOS DE ESCRITA E REESCRITA 67
A) A paráfrase lexical
(a) paráfrases com o predicado inverso: (i) com substantivos: José é filho
de Pedro. Pedro é pai de José. (ii) com adjetivos: Os produtos da
Ana são superiores aos produtos da Maria. Os produtos da Maria
são inferiores aos produtos da Ana. (iii) com verbos: José mora em
Londres. José vive em Londres. (iv) com preposições: A padaria
fica depois do bar. O bar fica antes da padaria. Você já pensou em
outros exemplos? Converse com o colega ou com o seu professor e
apresente alguns exemplos de construções com base em predicados
inversos. Não esqueça que o mecanismo está no léxico.
(e) recorrendo a termos sinônimos: A aula foi tediosa = A aula foi chata.
B) A paráfrase sintática
- Foi assim que o José descobriu que estava doente = Foi assim que
José descobriu sua doença. “ (ILARI, 2009, p. 154).
Texto 11:
Texto 12:
Texto 13:
2.2.3 Citação
A) Citação direta
Texto 14:
Texto 15:
Texto 16:
B) Citação indireta
Para Gonsalves e Nóbrega (2005, p.48) “a citação indireta
é um texto baseado na obra do autor consultado”. Com igual
legitimidade em relação à citação direta, a indireta se configura
como a reescrita do pensamento do autor partindo das nossas
interpretações e com nossas próprias palavras (= paráfrase do texto-
fonte). A indicação da página, neste tipo de citação, é opcional.
EaD•UFMS
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS: PROCESSOS DE ESCRITA E REESCRITA 83
Texto 17:
A citação indireta também pode ser apresentada da seguinte
forma:
Texto 18:
C) A citação da citação
Texto 19:
Texto 20:
REFERÊNCIA:
NIQUE, Christian. Iniciação metódica à gramática gerativa.
Paris:Cultrix, 1974.
Texto 21:
Texto 22:
● Sempre que for inserir uma citação procure escrever uma frase
introdutória;
● Nas citações diretas longas, o espaço entre linhas deve ser sim-
ples;
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
● O texto citado por você pode não ter indicação de data, local
ou editor. Acontecendo este fato, registre a ausência dos dados
da seguinte forma: [s.d.] para data, [s.l.] (=sine loco) para local,
[s.n.] (=sine nomine) para editor, [s.l.:s.n.] – data e local ou [no
prelo] para trabalho em elaboração.
- As notas de rodapé
Texto 23:
Exemplo:
_________________
1
As expressões concretização, percepção sensorial e passagens de
indecisão foram citadas e definidas por Zumthor em seu livro
Performance, recepção e leitura, 2000, p. 62.
- As notas de referências
Texto 24:
2.2.4 A paragrafação
Texto 25:
Texto 26:
mais abrangente.[..]
Exercícios3:
Vamos ver se você aprendeu como se estrutura um parágrafo.
Você já parou para pensar o que devemos fazer para passar de um
parágrafo para outro? Será que só abrimos um novo parágrafo
quando “mudamos de assunto”?
Leia o texto seguinte e reflita sobre a organização dos
parágrafos dele:
Texto 27:
Vocabulário:
De truz: de primeira ordem; excelente, magnífico.
Atividades:
Texto 28:
Ah, as leituras
A) O tópico frasal
Texto 29:
Texto 30:
Texto 31:
Texto 32:
Texto 33:
Texto 34:
Texto 35:
Conclusão
É, em conclusão, a energia criadora do
ideal.
Texto 36:
Texto 37:
Texto 38:
Lembre-se:
O núcleo de cada parágrafo recebe o nome
de tópico frasal, expressão que denomina a ideia-
núcleo que será desenvolvida e explicitada por meio de frases
de desenvolvimento e de conclusão. Assim, cada parágrafo
é como um pequeno texto, com ideia principal,
desenvolvimento e conclusão.
Texto 39:
[..]
A educação em língua materna busca priorizar aspectos
importantes como o domínio efetivo da leitura, da oralidade
e da escrita, considerando as diferentes práticas sociais de
linguagem. Enfatiza-se que “aprender” a língua materna é
aprender a comunicar em interação; é assumir a complexidade e
a heterogeneidade das capacidades de linguagem; é construir-se
ao construir; é aprender a refletir sobre a atividade de linguagem
e desenvolver capacidades metalingüísticas. Assim, a sala de
aula é um lugar onde a interação é o centro das preocupações e o
aluno tem um papel ativo de sujeito da aprendizagem. Por isso, a
interação torna-se, ao mesmo tempo, objeto de estudo e meio de
ensino-aprendizagem (cf. Pereira, 2001).
(PEREIRA, 2003)
Texto 40:
Texto 41:
Texto 42:
Texto 43:
Texto 44:
Texto 45:
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
O Tietê, como outros rios brasileiros, recebe muito esgoto, que
vem de locais sem serviço de saneamento. Esse esgoto é sua
principal fonte de poluição. Por isso, a recuperação do Tietê
concentra-se atualmente, na ampliação da rede de saneamento,
coleta e tratamento de esgoto na capital paulista, que o rio
atravessa por inteiro.
(REV. NOVA ESCOLA, 2010, p.16)
Texto 46:
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
Dessa vez, a conclusão vem de Minas Gerais. Utilizando dados
do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa), avaliação
anual da Secretaria do Estado da Educação, os pesquisadores
aplicaram a mesma prova, durante dois anos, a um grupo de 41
mil alunos de baixo desempenho. Em 2008, todos estavam no 3º
ano. Em 2009, alguns foram promovidos, e outros, retidos. Na
comparação entre os dois exames, a diferença das notas entre os
não repetentes aumentou de 15 para 33 pontos, numa escala de
0 a 1.000” O crescimento na diferença sugere que a proficiência
dos reprovados tende a ser inferior à dos que passam de ano”,
diz Juliana de Lucena Ruas Riani, professora da Universidade de
106 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 47:
Texto 48:
Texto 49:
3.1 O seminário:
2010, p. 04).
Outra preocupação do participante do seminário está na
questão do “falar mais ou falar menos”. O que e o quanto você
fala pode interferir positivo ou negativamente na sua apresentação
científica. Há situações, inclusive, que alguém pode interferir e
apresentar “atravessamentos” em sua discussão oral. Vamos ler o
que Aquino (2010) nos afirma a respeito:
Texto 1:
Fonte: http://www.amatra9.org.br/eventos/seminario-sobre-
acidente-de-trabalho-e-saude-ocupacional.html
114 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 2:
Fonte: <http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&source=imgh
p&biw=1276&bih=587&q=semin%C3%A1rio&gbv=2&aq=f&aqi=&
aql=&oq=&gs_rfai=>
Texto 3:
Fonte: <http://www.dourado.net/2008/07/01/i-seminario-cultura-e-
tecnologia-da-facomp/>
Quantidade de slides
Características - Título: 1
- 10 a 20min; - Introdução: 1-3
- 30s a 1min por slide; - Objetivo(s): 1
- Max. 20 slides; - Material e Métodos: 3-4
5 a 10min para perguntas ou debate. - Resultados: 3-4
- Conclusão: 1-2
Texto 4:
Fonte: <http://www.ucs.br/ucs/extensao/agenda/eventos/vsiget/>
Texto 5:
Texto 6:
Fonte: <http://www.celsul.org.br/>
Texto 7:
4.1 Resumo
a) tema;
b) objetivo do trabalho;
c) metodologia;
d) principais autores utilizados;
e) síntese dos principais resultados;
f) conclusão;
g) palavras-chave.
RESUMO
ABSTRACT
Apresentação dos
RESULTADOS – Sumariza os
resultados e engloba a maior
porção do abstract. Uma vez
que esse é o trecho de maior
importância, já que veicula as
inovações para a área, deveria
também será porção mais
detalhada do abstract;
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 133
Metodologia Para tanto, foi desenvolvido um instrumento para medir a satisfação do usuário em
relação a aplicativos específicos elegíveis pelo próprio pesquisado pelo método
survey.
Resultado […] e o resultado aponta um instrumento (de 5 pontos na escala tipo Likert)
cujo coeficiente de consistência interna medido por meio do coeficiente alfa de
Cronbach foi de 0.84 e cuja validação empírica foi feita pela análise fatorial e depois
confirmada pela análise multidimensional em um conjunto variado de aplicativos.
Foram identificados quatro componentes da satisfação do usuário: praticabilidade,
disponibilidade, precisão e adequação da informação.
Conclusão Essa pesquisa sugeriu, também, que a satisfação do usuário, quando decomposta
em quatro componentes, pode ser base para uma ferramenta de diagnóstico na
implementação de sistema de informação, aumentando suas chances de sucesso.
Exercícios:
Marcadores:
Exercícios:
Percorrendo a casa
Para um possível
Para um assaltante Para seu professor
comprador da casa
4.2 Resenha
Texto 1:
sabe que eu não confio nele! - Ainda mais se é corrupto, Bar, ainda
mais se é mensaleiro. – É mesmo! Conseguiram colocar uma
palavra nova na língua portuguesa! Ano de entrada: 2004.”(p.31)
Subjaz, em Goethe e Barrabás, a crítica contra a realidade
na qual o mundo atual se encontra, da desigualdade, violência,
corrupção e fome: “[...] se Jesus vivesse hoje, não se falaria em
cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, mas em frangos
que fazem a mesma coisa, que o maior pecado do mundo é a
fome.” (p.26). O ser humano é representado de uma maneira
insólita, na qual o conhecimento e sabedoria humana, segundo o
texto, estão muito distantes de nosso alcance e do que esperamos,
para ele, “O reino animal repetia o humano” (p.80).
A narrativa em questão pode ser indicada para estudos
históricos, sociológicos, filosóficos e literários. Para quem gosta
de humor e sarcasmo, eis um prato cheio para uma boa leitura,
através de um texto que impulsiona o senso crítico do leitor
diante de um arsenal artístico movido pelos acontecimentos
vergonhosos, que não se encontram em voga somente na
atualidade, mas sim germinam desde os primórdios de nossa
civilização. Afora isso, conhecimento e escolhas certas andam,
ou melhor, deveriam andar juntas ao longo da trajetória humana.
(ZANON, 2010)
a) Referência;
b) Qualificações do autor do texto-fonte;
c) Descrição de elementos metatextuais;
d) Resumo da obra e crítica por parte do resenhista;
e) Metodologia da autoria e estruturação da obra;
f) Quadro de referências do autor;
g) Conclusões do autor do texto-fonte;
h) Indicações da obra.
Texto 2:
Texto 3:
1 APRESENTAR O LIVRO
Passo 1 informar o tópico geral do livro e/ou
Passo 2 definir o público-alvo e/ou
Passo 3 dar referências sobre o autor e/ou
Passo 4 fazer generalizações e/ou
Passo 5 inserir o livro na disciplina e/ou
2 DESCREVER O LIVRO
Passo 6 dar uma visão geral da organização do livro e/ou
Passo 7 estabelecer o tópico de cada capítulo e/ou
Passo 8 citar material extratextual e/ou
4 (NÃO) RECOMENDAR
Passo 10A desqualificar/recomendar ou
Passo 10B recomendar o livro apesar das falhas indicadas
Texto 4:
Texto 5:
Fernanda Mussalim*
Roberto Leiser Baronas**
www.ceveh.com.br/bibliotecas/resenhas
www.scielo.br/delta
www.revistadesempenho.unb.br
www.letramagna.com
Elementos textuais
(a) introdução
(b) revisão de literatura
(c) metodologia
(d) cronograma
Elementos pós-textuais
(a) referências (conforme a ABNT NBR 6023);
(b) glossário (opcional)
(c) apêndice (opcional)
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 155
ANEXOS
APÊNDICES
REFERÊNCIAS
ORÇAMENTO
CRONOGRAMA
RESULTADOS
ESPERADOS
METODOLOGIA
REVISÃO DA
LITERATURA
OBJETIVOS
HIPÓTESES
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
TÍTULO DO
PROJETO
Texto 6:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
Texto 7:
Fonte: <http://artedepesquisar.blogspot.com/2009/04/
pesquisa-documental.html>
Texto 8:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
Texto 9:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
158 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 10:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
Texto 11:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
(LEITURA..., [online])
Texto 12:
Ensaiando a vida!
De Mariana Rezende Costa
(DELL'ISOLA, 2002)
Texto 13:
Origem do Ensaio
Texto 14:
(LEITURA..., [online])
www.revel.inf.br
www.scielo.br/delta
www.revistadesempenho.unb.br
www.letramagna.com
Texto 15:
RESUMO
O artigo analisa como a avaliação nacional da educação escolar
básica insere-se historicamente na administração do sistema
educacional brasileiro, de modo articulado à construção científica
dos fatores de qualidade, eficiência, eqüidade e produtividade.
Considera a trajetória ao longo de vinte anos que constituiu o
Sistema de Avaliação da Educação Básica - Saeb, estabelecido
desde a segunda metade dos anos 90. Usando as revisões
bibliográficas e os estudos do estado da arte na área temática,
a pesquisa analisa os enfoques e aperfeiçoamentos do Saeb.
Argumentamos que essa política de avaliação foi desenvolvida
como uma parte de uma nova política de regulação e de
administração competitiva no contexto do Estado Avaliador.
Finalmente, propomos questões para a reflexão sobre condições
ou possibilidades de mudança.
Palavras-chave: Avaliação de Sistemas de Ensino. Políticas
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 167
4.5 Artigo
ESTRUTURA
Texto 16:
Texto 17:
RESUMO
(BEZERRIL, 2003)
172 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Texto 18:
ABSTRACT
(BEZERRIL, 2003)
Para que o seu trabalho seja ainda mais fácil, veja o quadro
abaixo com algumas características imprescindíveis em um artigo.
Da mesma forma que qualquer outro texto de caráter técnico,
científico ou acadêmico, um artigo científico deve apresentar uma
linguagem clara, concisa, objetiva.
Exercícios:
176 PRODUÇÃO DE TEXTO I EaD•UFMS
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
Observação do
Itens Conteúdo
Aluno
1. Tipo de Obra Livro
1.1 Ano da 1999
Publicação
1.2. Editora Paz e Terra
1.2.1. Edição 1ª Edição
1.2.2. Páginas 530 páginas
1.3. Título O Poder da Identidade Trata-se do
volume II de
1.3.1. Título The Power of Identity uma mesma obra
original publicada em 3
livros.
1.3.2. Título do Capítulo I – Paraísos Comunais: identidade e Li parte do
Capítulo. significado das Sociedades em Rede (pág. 21 a 92). capítulo, que
foi solicitado
1.4. Localização Biblioteca da Fundação Escola Sociologia e Política pelo professor,
mas que não
1.5. Autor Manuel Castells apresentava
1.5.1. Tradutor Klauss Brandini Gerhardt subdivisão.
2. Tema Mudança Social, Sociologia Há três
2.1. Palavras- Capitalismo; Cultura; Conflitos; Etnias; exemplares na
chave Identidade; Mudança Social; Poder; Povos. biblioteca, mas o
(....) (....) que obtive é o que
Considerei a obra difícil seja por se tratar de se encontra em
um tema que eu desconhecia, mas também pior estado.
pela quantidade de termos novos para mim.
5. Comentários Entretanto, aprendi bastante depois de fazer
uma segunda leitura e constato que o autor trata (...)
da profundidade da mudança social no mundo
globalizado e o quanto isto impacta na cultura
dos povos e na sua existência. Em minha opinião,
Manuel Castells tem uma visão bem pessimista
sobre este processo, embora admita que alguns
processos bem interessantes também ocorram.
Quero saber a opinião do professor sobre esta
obra. Será que ele considera que o autor tem uma
opinião muito negativa da mudança social sobre
as sociedades?
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 179
Fonte: <http://rtmaluf.sites.uol.com.br/FESP-ModeloFichamento.
htm>
[cabeçalho]:
a) informação precisa acerca do tema ou título genérico do objeto
de fichamento;
b) registro do(s) título(s) específico(s) com o qual (os quais) tal
tema é convergente no caso de o fichamento constituir instrumento
para realização de relatório de pesquisa ou atividade afim;
c) organização da linearidade ou sequencialidade das fichas
quando houver mais de uma;
[Referência]
d) indicação do texto-fonte segundo normas da ABNT;
[Corpo do texto]
e) registro do conteúdo: resumo ou citações do texto-fonte,
dependendo da finalidade da ficha;
[Local]
f) informação do local onde a obra pode ser encontrada sempre
que o texto-fonte não pertencer ao leitor;
Texto 19:
Ocupações Marginais no Nordeste Paulista
Ocupações Marginais na Área Rural A
MARCONI, M. de A. Garimpos e garimpeiros em patrocínio paulista. São Paulo: Con-
selho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1978. 152p.
Texto 20:
Leitura em seus níveis
O ato de ler A
MARTINS, M. H. O ato de ler e os sentidos, as emoções e a razão. In: ______. O que é
leitura? 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37-81.
No processo de leitura são propostos três níveis básicos de leitura: sensorial, emocional
e racional. As leituras e reações com o mundo são diversas, dependendo apenas de quem
está olhando suas experiências anteriores, e seus gostos pessoais. Essa maneira de ler
inclui não apenas os olhos, mas os sentidos, as emoções e o intelecto.
Os sentidos são ferramentas chave para o ato de ler. Por meio de experiências
sensoriais inconscientes, aprende-se, desde pequenos, o que não nos agrada, tornando
cada experiência um ato de conhecimento pessoal. Ao contrário da criança, que possui
essa curiosidade natural, o adulto utiliza-se do livro como forma de status.O livro escrito
e palpável é percebido em um primeiro momento pela sua forma, seu tamanho, suas
características físicas em geral, que despertam diferentes sentimentos e tornam mais
aguçados alguns dos sentidos do indivíduo.
A leitura emocional é feita com os sentidos, despertando as mais variadas emoções,
mostrando o prazer do ato de ler. Por esse motivo é considerada menos profunda e
muito particular, também por isso é vulgarizada, pois, pensa-se que a “maneira certa”
(p. 12) de ler é a que é realizada com o objetivo de criticar determinado tema. A aceitação
da leitura emocional é mais propensa nas crianças e na adolescência, pois, é nessa época
que ela está aberta a novas experiências, formando assim, os gostos de diversificação de
temas. Essa leitura mexe com o leitor quando ocorre a identificação com as personagens
ou com a história contada, tornando-o mais uma personagem mesmo que oculto,
vivenciando tudo o que se passa, por isso, vulnerável àquela situação.
A visão alienante da leitura é relativa, pois se considerada como “válvula de escape”
(p. 15) não é alienante por si só, mas sim porque quem a lê está predisposto a uma
experiência em que será omisso, e, portanto, negligente com suas próprias ideologias.
Dessa forma, há uma visão errônea quando se propõe a idéia de que a leitura racional
seria a mais indicada e que as demais seriam atos de ignorância do leitor. Tal visão é
disseminada por uma elite intelectualizada que em decorrência de sua influência social
moldam o pensamento de uma grande parte da população.
Ao contrário da leitura sensorial e emocional, a leitura racional pré-estabelece
uma leitura e um pensamento a respeito dela, reduzindo assim, a visão analítica e a
autenticidade do leitor, limitando, com isso, sua interpretação. Para que isso não ocorra,
essa leitura implica em conhecimentos anteriores, ou seja, o leitor deve estar habilitado
de uma visão mais ampla para não se prender a delimitações estabelecidas no texto.
Existe uma estreita relação entre os níveis de leitura, sem considerar um ou outro,
com maior importância, mas sim, cada um com seu espaço e tempo. Os chamados níveis
não existem necessariamente sozinhos, ou seja, todos fazem parte de uma leitura geral,
que possui como fator determinante às experiências e conhecimentos do leitor. A leitura
não é sempre a mesma, pois, cada vez que o leitor lê o mesmo discurso, em tempos
diferentes, extrairá desse discurso conceitos diferentes em conseqüência das novas
experiências que o constitui.
Indicado para estudantes de Letras e para pessoas interessadas no assunto.
Texto 21:
O ato de ler A
MARTINS, M. H. O ato de ler e os sentidos, as emoções e a razão. In: ______. O que é
leitura? 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37-81.
“[...] esses três níveis são inter-relacionados, senão simultâneos, mesmo sendo um ou outro
privilegiado, segundo a experiência, expectativas, necessidades e interesses do leitor e das
condições do contexto geral em que se insere.” (p. 01)
“Não se trata de uma leitura elaborada; é antes uma resposta imediata às exigências e
ofertas que esse mundo apresenta; relaciona-se com as primeiras escolhas e motiva as
primeiras revelações. Talvez, por isso mesmo, marcantes.” (p. 04)
“[...] leitura emocional não importa perguntarmos sobre o seu aspecto, sobre o que certo
texto trata, em que ele consiste, mas sim o que ele faz, o que provoca em nós.” (p. 08)
“A leitura transforma-se, então, numa espécie de válvula de escape. Mas não apenas isso:
direta ou indiretamente, ajuda a elaborar - através do relaxamento de nossas tensões -
sentimentos difíceis de compreender e conviver.” (p.12)
Texto 22:
Leitura em seus níveis
O ato de ler A
MARTINS, M. H. O ato de ler e os sentidos, as emoções e a razão. In: ______. O que é
leitura? 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37-81.
[Cada um possui um tipo preferido de leitura, dependendo do que ela teve acesso até o
presente momento, e utiliza-se de artifícios próprios para ler do seu jeito].
[ Lendo também nos conhecemos, nos encontramos nos personagens, e experiências com
livros que a princípio não nos agradam podem revelar bloqueios pessoais].
[Não existe “maneira certa” de ler, mas sim a maneira de cada um].
[O pensamento das massas é manipulado para que eles achem que estão recebendo in-
formações importantes, mas assim continuam absorvendo o que esta elite deseja].
Texto 23:
Ondas eletromagnéticas
(PAULA, [online])
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 187
Texto 24:
Fonte: <http://www.google.com.br/images>
mesmo texto;
g) um texto não tem compreensão ideal, definitiva e única;
h) mesmo que variadas, as compreensões de um texto devem
ser compatíveis;
i) em condições socioculturais diversas, temos compreensões
diversas do mesmo texto.
EaD•UFMS GÊNEROS ACADÊMICOS ESCRITOS 189
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ECO, U. Como se faz uma tese. 22. ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.
81-107.
PROPAGANDA BOM BRIL. Não leve gato por lebre […]. 2008.
Propaganda. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_3qubyWh_
k4Y/SCsXO674elI/AAAAAAAAAWk/TRNoXNNh8lU/s1600-h/
ronaldinho_bombril.jpg>. Acesso em: 27 jan. 2011.
REVISTA VEJA. São Paulo: Ed. Abril, out. 2009. il. Capa.