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A SEMANA SELVAGEM DO FÓRUM

O BÁRBARO
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fórum conan,
o bárbaro

índice e editorial
editorial
índice
Então, cães nortenhos, chegamos a quarta
CINEMA
04 - A Espada e os
edição da SSFC! Só Crom sabe quantas “serpentes de
Bárbaros set” temos que enfrentar por dia para fazer esta
revista semanal acontecer. Estamos completando um
mês de um trabalho que consiste desde de pesquisa,
séries de tv
08 - Primal
12 - Mightor coleta de informações, produção de texto,
games diagramação e muito, mas muito brainstorm. Muito
18 - Conan, The Board
Game
de nossas ideias e tentativas são frustradas, outras
22 - Conan, 2007 abrem portas para novas iniciativas e, entre altos e
baixos, aqui estamos! Sempre erguendo nossas
Quadrinhos
26 - Savage Sword of lâminas em prol de divulgar o que há de melhor no
Conan #11 mundo da “Espada e Feitiçaria".
28 - Thongor Um dos maiores obstáculos da semana foi
32 - Battlepug
36 - A Filha do Gigante justamente o FACEBOOK. Recebemos um embargo
de Gelo
40 - Red Sonja #12
temporário na rede que nos proibiu de compartilhar
42 - Conan: Battle for the nossas postagens. Aparentemente fomos denunciados
Serpent Crown por algum stygio invejoso por termos divulgado a
especial nossa própria, e GRATUITA, revista! Pasmem!
44 - Basil Poledouris Mas isto não nos impediu de continuar… Aqui,
role playing como vocês já sabem, reunimos as postagens semanais
game
50 - O Movimento OSR com o acréscimo de uma matéria especial (nesta
edição, Basil Poledouris). Sinta nostalgia com
artes e
artistas Mightor, conheça o jogo de tabuleiro da Monolith,
54 - Timo Wuerz relembre de Thongor (o nosso quase Conan) e se
56 - Renato Casaro
58 - Rob Ayottle delicie com a arte, e capa, de Earl Norem! Até a
62 - Adam Cline próxima semana!
64 - Earl Norem
66 - Alexandre Jubran
68 - Ron Cobb Equipe Fórum Conan, O Bárbaro
grandes Um trabalho feito a “4 mãos”.
batalhas
hiborianas
70 - Qual a Capa Mais
Feia da ESC?

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fórum conan, o bárbaro

a espada e os
bárbaros
CINEMA

Bom... então... é hora de mais uma


trasheira dos anos 80! A Espada e os
Bárbaros é um filme de Espada e Feitiçaria
(mas pesa muito para um lado aventuresco
e canastrão) produzido nos EUA no ano
de 1982 , dirigido por Albert Pyun.
O roteiro nos conta a história do
mercenário, Talon, que possui uma espada

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de três lâminas (oi?)
e que descobre sua
herança real quando
é recrutado para
ajudar uma princesa
a frustrar os planos
de um tirano brutal e um poderoso feiticeiro que
desejam conquistar da terra.
Trash, como tantos outros, o filme consegue
surpreender positivamente em alguns
momentos. Achei-o até melhor do que os "Ator"
da vida ou os Deathstalker (mesmo eu gostando
de algumas coisas nestes)... Agora... não sei se o
filme poderia levar o nome "barbaro"... ele ta
mais pra aventura de simbá do que barbarismo.
O filme copia descaradamente algumas
passagens
da ESC e
apresenta
reviravolta
s e mais
reviravolta
s... algo que realmente parece ter sido
muuuuuito influenciado pela obra de Howard...
porém, o filme usa e abusa de alívios cômicos o
que realmente tira o "teor howardiano de ser".
Destaque vai para as cenas de conversas no
puteiro, onde, a cada momento alguém que
queria se inteirar sobre o assunto punha a cabeça
para fora da
"tenda" e para a
canastrice absurda
do magrelo herói
Talon.
Se você tem
espírito para ver
um filme trash de
E&F, este pode ser
uma pedida inte-
ressante..
séries de tv fórum conan, o bárbaro

primal
Primal é uma nova série animada
adulta criada por Genndy Tartakovsky,
criador do célebre "Samurai Jack", que
estreou no dia 7 de outubro nos EUA no
canal Adult Swim (uma espécie de selo
adulto da Cartoon Network). Na série
acompanhamos a historia de um Homem
das cavernas e um dinossauro que

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ocasionalmente se tornam amigos e passam a
lutar pela sobrevivência em um mundo cruel,
selvagem e primitivo. Sem apresentar diálogos
(isto mesmo... sem diálogos) o único texto de
apresentação diz algo como: “Toda a Terra tinha
um único pensamento… e isso era a morte.”, que
é um trecho do poema “Darkness”, de Lord
Byron.
Antes do lançamento, o Adult Swim
descreveu a série como “um novo conto que
segue um homem das cavernas no início da
evolução, enquanto ele forma uma amizade
improvável com um dinossauro quase extinto. A
série impressionante e épica é como uma pintura
que ganha vida, contando apenas com música e
imagens gráficas para narrar a história desses
aliados enquanto eles navegam por um mundo
traiçoeiro. Depois de se unirem diante de
tragédias infelizes, eles parecem se tornar a única
esperança de sobrevivência um do outro contra
um inimigo em comum”.
Não é necessariamente uma obra de Espada e
Feitiçaria, mas, é bárbara o suficiente para nos
fazer sonhar como deveria ser um desenho do
Conan. Vale muito a pena conferir.
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mightor
Quem se lembra desse? Ficção
séries de tv

científica criado por Alex Toth (que é


responsável entre outras coisas pelo visual
de várias séries como Superamigos, Space
Ghost, Jonny Quest, Herculoides, entre
tantas outras) e produzida pela Hanna-
Barbera. Estreou no dia 6 de setembro de
1967 (em conjunto com Moby Dick, uma
prática até certo ponto estranha da HB,
apresentar séries em dupla que não
tinham nada a ver uma com a outra),
sendo um dos grandes destaques da época
de ouro do estúdio, pois continha bons
roteiros e uma animação muito bem
realizada para os padrões do próprio

12
estúdio. Alex Toth
concebeu um mundo
onde humanos convi-
viam com criaturas de
várias espécies, mistura
de dinossauros com
monstros, gigantes,
pássaros ferozes, entre outros. A fórmula deu
certo e Mightor acabou fazendo um grande
sucesso não só em seu país de origem, como para
os países onde foi exportado, inclusive aqui.
A história do herói começa depois que o
jovem neandertal Tor, durante uma caçada, salva
a vida de um velho eremita das terríveis
mandíbulas de um
dinossauro enfurecido.
Como gratidão o velho
presenteia Tor com
uma clava mágica. Ao
levantá-la – pronunci-
ando o nome Mightor
-, ele recebe superpoderes e se transforma no
herói que dá nome ao programa. Determinado e
corajoso, Mightor recebeu a capacidade de voar
ao erguer sua clava,
ganhou su-perforça e
pode atirar raios
para combater os vi-
lões de seu mun-do.
Tor tem um fiel
companheiro cha-
mado Tog, um tipo
de brontossauro ala-
do. Quando Migh-
tor aparece, Tog
também recebe seus
poderes, transformando-se em um dragão voador
capaz de soltar fogo. Só Tog conhece a
identidade de Mightor, que ele faz um tremendo
esforço para esconder até mesmo da bela
companheira Sheera e do garoto Li’l Rok (o
irmão caçula de Sheera).
O desenho fez bastante sucesso aqui no
Brasil, quando estreou ao lado do Moby Dick
apenas 2 anos depois de estrear nos EUA, já em
1969 na TV Tupi. Chegou integrar a
programação do infantil Capitão Aza. Também
foi exibido na TV Bandeirantes no final dos anos
70 e início dos anos 80, dentro de programas
como A Turma do Lambe-Lambe do Daniel
Azulay, dentre outros.
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conan, the board


game
gameS

Em novembro de 2016 a empresa


Monolith lançou o jogo de tabuleiro
chamado Conan projetado por Fred
Henry e lançado em um financiamento
coletivo. O jogo tem como base no
universo original de Conan, escrito por
Robert E. Howard. É um jogo de
tabuleiro de miniaturas assimétricas semi-

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cooperativo baseada em cenários. Um jogador é
o adversário (famoso Overlord), jogando com as
forças da oposição e os outros jogadores jogam
com Conan e seus companheiros. Sistema este
bem típico dos Dungeons Crawlers como
HeroQuest, por exemplo.
Mas este jogo do Conan não é um típico
dungeon crawler. Está mais para um skirmish de
1 vs muitos do que um dungeon crawler. Ele
possui uma mecânica de administração de
energia que é muito legal e intuitiva. Gera bons
dilemas nas escolhas de ação. O método de
ativação do overlord também funciona de forma
super agradável, intuitiva e com bons dilemas. O
tema brilha, Conan é simplesmente BÁRBARO,
mas não se engane... os demais personagens
também tem seus momentos. Existe uma boa
sinergia entre os personagens e isto é muuito
agradável. As regras até lembram um RPG
simplificado... o que gera muita manobra para
criar cenários personalizados. Meu único porém
é que, quem pegar a caixa básica, como eu, ficará
com a sensação de ter perdido muita coisa que
foi lançado apenas nos extras, como o modo
campanha, por exemplo... mas... o jogo em si... é
fantástico. Pena que é tão caro.
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conan, 2007
gameS

O game Conan de 2007 lançado para


xbox360 e ps3 copia descaradamente a
jogabilidade do primeiro, e famoso, God
of War. As configurações botões, o
sistema de orbs, kick time events, etc...
Aqui, diferente de Kratos, as armas de
conan até que são armas mais comuns e
ele pode pegar praticamente qualquer

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arma usada pelos seus inimigos. Se isto é um
ponto positivo para o game, infelizmente as
demais coisas não são tanto assim. Não que o
jogo seja mal acabado, até por que na verdade ele
não é, mas, não atinge a supremacia tão
reverenciada de God of War. Este talvez seja um
peso que este game sempre vai carregar em suas
costas. Ser uma cópia de um produto soberbo te
exige, no mínimo, ser tão soberbo quanto.
A historia do game é um caso a parte. Em
nada tem a ver com o personagem. Nada. É
muito mais fácil você, fã de Conan, aguentar o
jogo desligando-se totalmente do quesito
história. A historia chega ao cúmulo de nos
colocar um Conan vestido de equipamentos
mágicos soltando magias de fogo e gelo (coisas
que eu fiz questão de evitar... a não ser que fosse
impossível). Por outro lado, Conan é totalmente
viceral no game, provocando desmembramentos,
decapitações, arrancando vísceras com as
próprias mãos e tudo mais que se tenha direito.
Porém, com o decorrer e repetição, tais atos
acabam perdendo um pouco a graça mesmo com
a extensa lista de novos combos (muitos deles
poucos úteis).
Mesmo com todos os defeitos e
considerações erradas para com o persongem
(acho a ideia de colher orbs incabível para um
persnagem como Conan) serve como uma
diversão descompromissada em um ou dois
finais de semana.
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savage sword of
QUADRINHOS

conan #11
Roy Thomas está de volta, depois da
estreia na edição #10! Os desenhos
continuam a cargo de Alan Davis, mas a
grande estrela continua sendo o velho
Roy. Infelizmente, a jornada será curta e
acaba na edição #12.
Capa 1 por MARCO CHECCHETTO
Capa variante por JUAN FERREYRA

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Thongor ­ Marvel
QUADRINHOS

Comics
No final da década de 60, Thongor,
criado por Lin Cater, quase foi o
personagem escolhido no lugar do Conan
por Roy Thomas para uma série adaptada
em quadrinhos. Graças á um imbróglio
com o agente do Lin Cater, Roy Thomas
recorreu ao seu "plano B" que era tentar
um contrato para o personagem Conan
(arriscando até um valor maior do que

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poderia no contrato).
Deu certo e Conan foi,
em 1970, adaptados para
a nona arte e virou um
sucesso absoluto.
E foi graças a esse
sucesso que, em 1973,
Thongor também
ganhou sua própria
adaptação pela Marvel.
Thongor é uma bárbaro
similar a Conan e Kull
mas que vivia na
Lemúria, um continente
perdido, selvagem e
mágico da época da era
do gelo. Infelizmente,
aqui, a série não teve o
mesmo sucesso de
Conan e após 8
aparições sua história foi
cancelada.
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QUADRINHOS

BATTLEPUG
Começa agora uma história contada
com muito sangue, magia e... baba!! Muita
baba!
Battlepug foi criado por Mike Norton
inicialmente como uma ilustração feita
para uma camiseta e que acabou virando
uma webcomic em 2011. A história, que é
narrada pela personagem Moll ao seus
cães, é sobre um bárbaro chamado

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"Guerreiro" (isto
mesmo... Guerre-
iro) que é o ultimo
sobrevivente de sua
tribo e seu inusi-
tado companheiro/
montaria que é um pug gigante, o Battlepug.
Juntos eles traçam uma jornada em busca de
vingança e tentam sobreviver em um mundo
carregado de magia, selvageria e humor negro!
O primeiro ano de tiras foi coletado em uma
capa dura pela Dark Horse Comics e lançado em
4 de julho de 2012. Em meados de 2012, Mike
Norton ganhou o prêmio Eisner de melhor
Comic Digital por Battlepug.
A série havia sido descontinuada por um
tempo, mas voltou recentemente pela image. As
historias também podem ser lidas diretamente
no site original do personagem.
Eu não sei quanto ao resto de vocês... mas eu
amei assim que descobri!!! XD
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a filha do
gigante de gelo
QUADRINHOS

A Filha do Gigante de Gelo em


quadrinhos é uma adaptação de um conto
original de Howard realizada por Roy
Thomas e Barry Smith em maio de 1971
para a revista Savage Tale #1 e que foi
republicada recentemente no Brasil no
Encadernado “A Espada Selvagem de
Conan #1”. Esta história nos mostra um
Conan ainda jovem que, em uma de suas
jornadas pelo norte, se alia aos Aesires em
uma batalha contra os Vanires. Após uma
sangrenta batalha, Conan se torna o único

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sobrevivente em
meio a uma
vastidão de
montanhas e neve.
Sozinho e esgotado,
Conan parece no
limiar da lucidez e, exatamente neste momento,
ele encontra uma jovem praticamente nua que
parece guardar grandes segredos. Quem é ela?
Como pode estar na neve com tão pouca
proteção? Para onde ela está o levando?
Enfim… não vou entregar toda história aqui
e por isto deixarei apenas a sinopse acima. A arte
do Barry Smith ainda não estava em seu auge,
mas Roy Thomas já estava fazendo
brilhantemente a condução do conto nos
quadros de texto. A história é simples e bastante
curta, começa tensa na batalha e logo migra para
um suspense/mistério bastante intrigante. Isto é
suficiente para nos prender na leitura e ficarmos
apreensivos com o desfecho. Um ponto
interessante a se observar é a sagacidade do
personagem que, mesmo próximo a morte,
ainda luta pela sobrevivência e reverte situações
desfavoráveis que, conforme a própria história,
muitos outros não conseguiram. Outro ponto
muuuito discutido sobre desta obra é sobre o
quase estupro cometido por Conan contra a
misteriosa, e nada inocente, jovem seminua que
lhe aparece. Ele estava sob algum feitiço? Estava
no auge de seu esgotamento e delírio? O ato em
si não ocorreu, mas, deixe nos comentários o
que você pensa so-
bre…
Ao todo é um
bom conto/adapta-
ção. É simples e até
bem direto, mas,
conduz com maestria
os acontecimentos e
consegue nos deixar
compenetrados até o
final.
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QUADRINHOS

red sonja #12


Capa de RED SONJA #12. De
relance, se faz uma ligação imediata com
Conan, mas não se trata de um crossover,
esse personagem atrás da Sonja está na
capa apenas como clickbait mesmo.
Bem que a Marvel poderia licenciar a
Sonja de volta, afinal é muito estranho ter
DUAS era hiborianas, uma em cada
editora.

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fórum conan, o bárbaro

CONAN: BATTLE
QUADRINHOS

FOR THE SERPENT


CROWN
É mais Conan (não hiboriano) em
uma série de 5 edições, onde ele está em
nosso tempo, mais ou menos na época dos
eventos de SAVAGE AVENGERS. Bem,
pelo menos UM ponto positivo: a arte do
brasileiro LUKE ROSS, que detalha sua
arte-final com muitas hachuras, algo raro
hoje em dia.

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basil poledouris
Basil Poledouris (nascido a 21 de
Agosto de 1945 em Kansas City, USA)
freqüentou a prestigiada Escola de
Cinema da USC, na mesma época que
especial

George Lucas, Randall Kleiser e John


Milius. Poledouris foi aluno de David
Raksin, último dos compositores da era
dourada de Hollywood ainda vivos.
Quando formou-se na USC, ele já havia
ganho a reputação de ser capaz não apenas
de fazer filmes, mas também de compor
sua trilha sonora. Isto o levou a ser
convidado por seu ex-colega John Milius,
que mais tarde se destacaria ao escrever o
roteiro de Apocalypse Now, para compor
o score do "surf-movie" Big Wednesday. A

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experiência foi tão
gratificante que, a
partir daí, Poledouris
deixou de lado a
intenção de ser um
diretor, dedicando-se
exclusivamente à música para cinema. Suas
melodias embalaram o emocionante sucesso
ecológico Free Willy, seu score poderoso
intensificou o suspense de A Caçada ao Outubro
Vermelho, e conduziu a ação de RoboCop, sua
segunda associação com o diretor holandês Paul
Verhoeven. Sua música também está em
comédias como Top Gang 2: A Missão.
Seu longo relaciona-
mento com o diretor
Milius continuou pro-
duzindo trilhas distin-
tas: para o épico de
espada e magia Conan,
O Bárbaro (sua obra-
prima), a aventura de
invasão soviética Red Dawn e a saga de Farewell
To The King. A versatilidade do compositor faz
com que ele domine amplamente tanto a
orquestra sinfônica (como em Conan e A Lagoa
Azul) como a música eletrônica, não raras vezes
mesclando ambos os estilos. A trilha de
Poledouris para o aclamado western feito para a
TV Lonesome Dove foi aplaudida pelos críticos
por seu estilo puramente americano, sem
recorrer aos clichês tão comuns ao gênero.
Merecidamente, ganhou um Emmy Award por
seu trabalho. Desde o início de sua carreira,
foram 55 trilhas para cinema e TV.
Mas um dos maiores desafios de Poledouris
chegou em 1997: retomar
a colaboração com Paul
Verhoeven, iniciada com
Conquista Sangrenta, ago-
ra em um violento épico
de ficção-científica reche-
ado de efeitos visuais e
sonoros: Tropas Estelares
(Starship Troopers). O
filme baseia-se em um
livro de Robert
Heinlein, o qual narra
as aventuras de
fuzileiros espaciais e
suas sangrentas bata-
lhas contra insetos
alienígenas, enquanto mostra um futuro
dominado por um regime totalitário e seus
governantes fascistas. O filme centraliza-se mais
no envolvimento romântico do herói Johnny
Rico e nas seqüências de ação, diluindo a obra
original. Segundo alguns críticos, ao exaltar as
façanhas heróicas dos soldados, Verhoeven teria
feito propaganda subliminar do regime nazista:
por exemplo, os oficiais utilizam uniformes
nitidamente inspirados na SS alemã. Propaganda
subliminar ou crítica aos regimes totalitários, o
certo é que desde o início ficou claro o tipo de
música requerida pelo filme. Segundo o próprio
autor, desde a composição dos primeiros acordes
ao piano, até a gravação com a orquestra nos
estúdios da Sony, foi preciso muito trabalho
duro e orientações do diretor. O resultado final é
uma música que não possui muita continuidade
temática, com uso intenso de metais graves e
percussão em vários níveis. Há temas, mas este
não é um filme comum, no qual toda a vez que
os soldados da Infantaria Móvel aparecem ouve-
se o "Tema da Infantaria".
Há alguns anos a revista Film Score Monthly
lançou o vídeo "Basil Poledouris: His Life and
Music". Na fita VHS (NTSC), com uns 50
minutos de duração, sabemos um pouco mais
sobre a vida e obra de Poledouris, e seu trabalho
específico em Tropas Estelares. Poledouris
faleceu prematuramente aos 61 anos, no dia
08/11/2006, vítima de
câncer. Sua última
aparição pública ocorreu
no Congresso de Música
de Cinema ÚBEDA 2006,
ocorrido em julho de
2006 na Espanha. Na
ocasião a trilha de
Conan, O Bárbaro, foi
interpretada ao vivo e o
compositor deu uma
palestra, sendo entrevi-
stado com exclusividade
para o ScoreTrack por nosso correspondente
Vasco Otero.
Matéria escrita por AdrianoConan.
role playing game fórum conan, o bárbaro

o MOvimento osr
Anteriormente eu já havia comentado
sobre como o clássico D&D foi cada vez
mais se distanciando do universo de
Espada e Feitiçaria para se tornar cada vez
mais um gênero de Alta Fantasia. Obvio
que D&D não é o único RPG do planeta,
e que qualquer RPG pode ser moldado a
bel prazer, mas, gostemos ou não, D&D é
definitivamente um imenso influenciador.
Contrário a essa tendência, nos últimos
anos, surgiu o movimento OSR (Old
School Renaissance, Old School Revival,

50
Old School Rules,
ou seja lá como você
preferir chamar)
que, de forma bem
resumida, é a
vontade que surgiu
nos jogadores em replicar aquela experiência que
existia nos antigos RPGs, principalmente, no
caso, os primeiros D&D.
A própria classificação OSR é bastante
elástica e longe de mim querer definir os
parâmetros de tal. Mas em suma, nos jogos OSR,
o que temos é um mundo menos fantástico e que
em cada encontro a um perigo real para o
personagem. Os desafios colocados aos
personagens acabam por refletir diretamente no
jogador que passam a elaborar meios possíveis
para lidar com as situações. A ideia básica é que a
fronteira entre o que o personagem sabe fazer e
o que o jogador sabe fosse diminuída
aumentando, assim, a imersão. Exemplo, se nos
jogos mais atuais o seu personagem pode
simplesmente rolar a perícia “rastreio” para caçar
um animal, no modo OSR o jogador teria que
descrever como você pensa em fazer tal caçada.
Está procurando por pegadas? Marcas na mata?
Pelo do animal?
O movimento OSR gerou diversos jogos de
RPG no mundo todo. Aqui no Brasil o maior
expoente OSR provavelmente é o Old Dragon
seguido por Espadas Afiadas e Feitiços
Sinistros… Mas isto é assunto para o próximo
episódio.
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ARTES E ARTISTAS

Timo Wuerzl
Rei Conan pelo alemão Timo Wuerz.
Que bela técnica, uma grande homenagem
também ao filme de 82, que se nota na
espada e no colar.

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ARTES E ARTISTAS

renato casaro
Poster de RENATO CASARO, para o
filme CONAN O BÁRBARO de 82, aqui
numa versão pintada especialmente para o
público alemão. Segundo o próprio artista
disse em uma entrevista, esse poster foi
feito a pedido do distribuidor da
Alemanha, para ser colocada nas entradas
do cinema e foi solicitado que fosse
baseado na icônica imagem do Conan de
Frazetta, em pé na pilha de corpos. A
UNIVERSAL já havia usado o quadro de
Frazetta para divulgar o filme, e a
semelhança entre os dois é proposital e
puramente comercial.

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ARTES E ARTISTAS

rob Ayotte
HE-MAN E OS DEFENSORES DO
UNIVERSO no traço de Rob Ayotte. A
ilustração da família real é impagável,
lembrando aquelas cartilhas religiosas
retratando o paraíso (vibrante, todos
felizes e em comunhão com os animais)!
Mas mostra bem a divisão de
personalidade do príncipe Adam e de He-
Man que existe na série, coisa que não
estava presente no filme dos anos 80, em
que não há a personalidade do príncipe,
há apenas o Guerreiro.

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ARTES E ARTISTAS

Adam cline
Releitura de capa feita por Adam
Cline em 2009. A capa original foi criada
por Earl Norem e lançada em novembro
de 1979 na The Savage Sword of Conan
#46. O desenho de Adam, apesar de um
traço bastante estilizado, faz um bacana
contraste de cor, luz e sombra e mantem
bem a pegada selvagem do cimério.

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ARTES E ARTISTAS

earl norem
O grande (e saudoso, pelo menos entre
os conanmaníacos) EARL NOREM e sua
ilustração para a capa da SAVAGE
SWORD OF CONAN #194, aqui limpa e
sem textos, e numa excelente resolução.
Desafio relâmpago: para qual Espada
Selvagem de Conan foi usada essa
ilustração?

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ARTES E ARTISTAS

alexandre
jubran
Conan, numa bela ilustração do brasileiro
Alexandre Jubran.

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ARTES E ARTISTAS

ron cobb
"Um padrão... um símbolo. Talvez um
escudo. Duas cobras se juntando, olhando
uma para a outra, mas na verdade é uma.”
Conan o Bárbaro | 1982
Designer de Produção do filme, RON
COBB criou padrões e símbolos que
instantaneamente nos remetem de volta à
era Hiboriana do cinema, sempre que os
vemos. É o caso das espadas, armaduras e
destes desenhos acima, que permeiam o
filme do início ao fim. Eles contam uma
história por si só!

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