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Salve cães e gatas do oriente hiboriano!

Meu nome é Ronan e este é o Fórum Conan, o canal mais bárbaro do youtube.

Hoje falarei de uma obra que chegou recentemente no mercado brasileiro pela PANINI...
Conan, O bárbaro nº 8

E se você chegou agora no canal, já aproveita e se inscreva e venha fazer parte desta legião de
guerreiro.

A primeira coisa a ser comentada sobre esta edição é que, apesar do número oito na capa, ela
é uma história totalmente independente das edições anteriores.

Ela poderia ser considerada como uma edição número 1 que estaria tudo... ok!

Então, caso você não tenha acompanhado a série... ou acompanhou e não gostou, vale dar
uma chance para esta edição pois ela é... realmente... uma nova fase... uma nova tentativa.

A demora de quase um ano para esta edição ter chegado nas bancas, é justificada pela
pandemia que interrompeu a série por um tempo lá nos estados unidos.

A segunda coisa a ser dita é que o formato da revista agora mudou. Agora a revista passou a
ter 96 páginas, lombada quadrada, um valor de 20 reais e 90 centavos e a regularidade de
lançamento passou a ser trimestral.

Olha... eu achei todas estas mudanças um bom acerto.

As 96 páginas conseguem compilar uma quantidade maior das revistas que são lançadas nos
estados unidos.

Nesta edição, por exemplo, temos compilados as edições 13, 14, 15 e 16 da Conan The
barbarian e ainda temos um pequeno poema de Kull que foi lançado originalmente em 1971.

As 4 edições de Conan The barbarian formam um arco completo chamado de “O Ordálio”. E é


muito prazeroso ler toda uma saga numa única edição.

Há um detalhe de verniz localizado na capa que deu um toque super luxuoso no acabamento.
Foi literalmente agradável colocar as mãos nesta revista.

O que faz o preço, 20 reais e 90 centavos... ser um preço bastante justo para um quadrinho
bastante honesto.

O roteiro desta história é escrito por Jim Zub, que, desde que Conan voltou para a Marvel, já
tinha trabalhado com Conan antes na nova Espada Selvagem de Conan, Em Guerra da
Serpente e até mesmo em vingadores sem rumo.

Na edição, recém lançada, um jovem Conan, entre os seus 17, 19 anos, se encontra em uma
cidade no extremo oriente chamada Garchall.

Sem falar a língua local, Conan involuntariamente acaba se tornando um dos competidores do
Ordálio, uma espécie de Torneio de sacrifício destinado ao deus local Challi Mai.
A competição consiste que os vários competidores, entrem na masmorra do ordálio que é uma
espécie de labirinto da morte, com várias armadilhas, monstros, enigmas e perigos.

Apenas aquele que sobreviver as provações, se tornará o campeão do Deus.

Bom, vamos la... Jim Zub é escritor bastante versátil e que já escreveu para várias franquias
diferentes.

Um dos trabalhos mais reconhecido do escritor são os quadrinhos que ele escreveu para
Dungeons and Dragons, aquele bom e velho RPG de masmorra.

O que ele faz com Conan, nesta edição, é exatamente aproximá-lo deste meio a qual Jim Zub
parece se sentir bastante confiável.

O lado bom é que... funciona! E funciona muito bem.

O plot em si é bem simples, um grupo de estranhos são lançados em uma masmorra mortal
onde apenas uma única pessoa sairá vivo.

O que de certa forma lembra um pouco filmes como Escape Room de 2019 ou o clássico Cubo
1997.

Como se já não bastasse os perigos da masmorra, logo os relacionamentos humanos também


ficam complexos...

afinal, até que ponto pode-se confiar uns nos outros?

E esta situação fica ainda mais interessante porque, Conan sequer fala a língua local e acaba
necessitando constantemente da presença de um tradutor.

Essa dinâmica de desconhecidos que se ajudam e se desconfiam... funciona bem dentro da


obra.

Outro ponto forte do roteiro está na bela utilização dos chamados... Cliffhanger... que aqui no
Brasil geralmente as pessoas chamam de “gancho” para o episódio seguinte.

Cada capítulo da história termina exatamente com algum momento tensão máxima o que te
deixa sedento por continuar a ler o próximo capítulo e ver o desenrolar da situação.

Isto foi tão bem utilizado que, depois que comecei a ler eu só parei quando literalmente
cheguei ao final da história.

Dos ganchos que aconteceram, teve dois deles em que eu achei a solução, digamos... frágil
demais perante ao problema que havia sido proposto,

Eles apelaram para o sobrenatural como explicação ou como a própria resolução para o
acontecido, mas...

Estes são detalhes pequenos que não chegam a comprometer a experiencia como um todo.

O terceiro ato da história, a parte final dela, também é bastante significativa.


Apesar dela até ter um certo aspecto clichê, ela é um pano de fundo perfeito para discussão
civilização vs barbárie.

O perigo, ali, não é uma armadilha ou um monstro na próxima esquina, mas sim a própria
decadência da civilização que promove

falsas religiões, adora falsos profetas, e seguem lideres que não tem o menor escrúpulo.

Será que o brasil está na era hiboriana? Vou ter que suar minha armadura fullplate

Esta passagem é uma crítica que conversa diretamente com o nosso mundo atual

Conan, na história, é o estrangeiro sem leis, costumes, ou mesmo... nome.

Ele consegue ver o além da bolha que aquela própria civilização criou. E ele pode dar o golpe
certo para rasgar ela.

Os desenhos, por sua vez, são do Brasileiro, Rogê Antônio e o trabalho entregue é bem
eficiente e condizente com o padrão atual de cores e arte.

Eu sei que provavelmente vão aparecer pessoas no comentário dizendo coisas como “Buscema
e alcala” eram melhores etc., porém é que,

trabalho como aqueles clássicos, eles não são o padrão da indústria atualmente, aliás, não
eram padrão nem na época em que foram lançados. Aquilo era um ponto muito acima da
curva

A arte do Rogê consegue entregar bastante a sensação de movimento dos personagens e


ainda existe aqui boas doses de violência gráfica... o que em alguns momentos até me
surpreendeu...

Enfim, para os tratames finais sobre a obra, eu posso garantir que a muito tempo eu não lia
uma historia em quadrinho NOVA de Conan que tivesse uma leitura tão doce e agradável.

Ela tem sim o aspecto um pouco mais fantasioso para o que geralmente estamos
acostumados, mas

não chegou a ser algo que me incomodasse a ponto de comprometer a diversão,

Alias, este é definitivamente o ponto forte desta obra. Ela é divertida. Simples e direta assim.

No final ainda tempos uma quadrinização de um poema de Howard para Kull, o conquistador
que foi realizado por Roy Thomas e os irmãos John e Marie Severin

A quadrinização é pequena, apenas 5 páginas, mas o que me impressionou mesmo, foi o


cuidado da tradutora Maria do Carmo Zanini

que tentou, de alguma maneira, manter a métrica e a rima... e isto é algo complicado de se
fazer.

Um extra curioso presente na última pagina é a existência de um Glossário no final da revista


que te permite traduzir algumas frases da língua desconhecida por Conan.
É no mínimo interessante poder conferir o que realmente as pessoas estavam falando para
ele.

Bom, pessoal, é isto!! Caso você tenha interesse em adquirir esta edição, você pode comprar
esta revista no site da PANINI... e se você usar o cupom FORUMCONAN (tudo junto sem
acento).

Você ganha 10% de desconto em qualquer material de Conan ou Dungeons and Dragons.
Exceto para as clássicas Espada Selvagem de Conan e o Omnibus de Conan vol. 2.

E você? Gostou desta edição? Deixe sua resposta ai nos comentários e eu juro que tentarei
responder todo mundo que me deixar uma mensagem!!

E vou deixar aqui no final, vídeos com as entrevistas que fizemos com Jim Zub, Rogê Antônio e
Cory smith. Ou seja, basicamente TODAS as pessoas envolvidas com esta série na Marvel.

É isto cães... e até a próxima!

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