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Continuação...

Professor: Allan Santos


• Classes de palavras (substantivo, adjetivo, advérbio, artigo, numeral e
interjeição e pronomes). Emprego e colocação dos pronomes. Classes
de palavras (conjunção). Classes de palavras (verbos). Emprego dos
verbos regulares, irregulares e anômalos; vozes dos verbos. Regência
verbal e nominal. Sintaxe. Período simples e composto. Pontuação.
Concordância verbal e nominal. Uso do sinal de crase. Significação das
palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. Estrutura e
sequência lógica de frases e parágrafos Compreensão e interpretação
de textos. Tipologia textual.
Crase
• A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura".

• Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O


uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da
fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes
que exigem a preposição "a".
• Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a
verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo
ou pronome.
• Crase é:

• Fusão de uma preposição A com :


• ● artigo definido feminino ( a, as):

• Refiro-me a + a prova de ontem.


• →Refiro-me à prova de ontem.

• Observação importante: Alguns recursos nos servem de
subsídios para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns deles:

# Substitui-se a palavra feminina por uma masculina


equivalente. Caso ocorra a combinação a+o(s), a crase está
confirmada.

Exemplos:

As informações foram solicitadas à diretora.


As informações foram solicitadas ao diretor.
• # No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se o
verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na
expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.

Exemplos:

Faremos uma visita à Bahia.


Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)

Não me esqueço da viagem a Roma.


Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos jamais
vividos.
• Atenção:

Nas situações em que o nome geográfico apresentar-se


modificado por um adjunto adnominal (adjetivo, locução
adjetiva, pronomes), a crase está confirmada.
Exemplos:

Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas praias.



• # A letra “a” que acompanha locuções femininas
(adverbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o
acento grave:

Exemplos:
* locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
pressas, à vontade...
* locuções prepositivas: à frente, à espera de, à
procura de...
* Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida
que.

#Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas à
moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas, mesmo
diante de nomes masculinos.
Exemplos:

Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de


Luís XV)

#Em locuções adverbiais formadas por palavras repetidas,


não há ocorrência da crase.
Exemplo:

Ela ficou frente a frente com o agressor.


• Casos em que não se admite o emprego da crase:

# Antes de vocábulos masculinos.


Exemplos:

As produções escritas a lápis não serão corrigidas.


Esta caneta pertence a Pedro.

# Antes de verbos no infinitivo.


Exemplos:

Ele estava a cantar quando seu pai apareceu repentinamente.


No momento em que preparávamos para sair, começou a
chover.
• # Antes de numeral.
Exemplo:
• Cegou a cento e vinte o número de feridos daquele acidente.

• Observação:

- Nos casos em que o numeral indicar horas, configurar-se-á como


uma locução adverbial feminina, ocorrendo, portanto, a crase.
Os passageiros partirão às dezenove horas.

- Diante de numerais ordinais femininos a crase está confirmada,


visto que estes não podem ser empregados sem o artigo.
As saudações foram direcionadas à primeira aluna da classe.
• # Antes da palavra casa, quando essa não se
apresentar determinada.
Exemplo:
Chegamos todos exaustos a casa.

Entretanto, se a palavra casa vier acompanhada de


um adjunto adnominal, a crase estará confirmada.

Chegamos todos exaustos à casa de Marcela.
• # Antes da palavra “terra”, quando essa indicar chão
firme.
Exemplo:

Quando os navegantes regressaram a terra, já era


noite.

Contudo, se o referido termo estiver precedido por


um determinante ou referir-se ao planeta Terra,
ocorrerá a crase.

Paulo viajou rumo à sua terra natal.


• # A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e
aquilo receberão o acento grave se o temo regente exigir
complemento regido da preposição “a”.

Exemplos:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo)

Iremos àquela reunião.


(preposição + pronome demonstrativo)

Sua história é semelhante às que eu ouvia quando criança. (àquelas


que eu ouvia quando criança)
(preposição + pronome demonstrativo)
• 1ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes de tratamento?
• Os pronomes de tratamento não admitem crase antes de
si.

• OBS.: Os únicos pronomes de tratamento que admitem


crase antes de si são senhora e senhorita . Observe:

• Dirijo-me à senhora com todo respeito.


• Eu disse à senhorita que não me ligasse mais.

• 2ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes pessoais?

• Atenção: Antes dos pronomes pessoais, como eu, tu, ele,


ela, nós, vós, mim (pronome pessoal oblíquo) etc., não
ocorre crase, já que não são antecedidos de artigos. Nessas
situações haverá apenas a preposição “a”. Observe:
• Certo: Eu pedi a ela que me esperasse para irmos embora
juntos.
• Errado: Eu pedi à ela que me esperasse para irmos embora
juntos.
• Certo: Deu livros a mim.
• Errado: Deu livros à mim.
• 3ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes possessivos?

• Para responder a essa dúvida, é preciso ficar atento às


regras quanto ao uso do artigo diante de pronomes
possessivos. Observe:

• ► Pronome possessivo adjetivo (aquele que acompanha


um substantivo): Nessa situação, o uso do artigo é
facultativo, ou seja, você poderá optar por usá-lo ou não
usá-lo. Veja os exemplos:

• Não obedeço a sua coordenadora. (com preposição a,
mas sem o artigo a)
• Não obedeço à sua coordenadora. (com a preposição
a e com o artigo a)
• Não obedeço a suas coordenadoras. (com preposição
a, mas sem o artigo as)
• Não obedeço às suas coordenadoras. (com a
preposição a e com o artigo as)
• Pronome possessivo substantivo (aquele que não
acompanha um substantivo): O uso do artigo diante de
um pronome possessivo substantivo é obrigatório. Observe
os exemplos:

• Não obedeço à sua coordenadora, mas à minha. (minha:


pronome possessivo substantivo, o uso do artigo será
obrigatório. Como há a preposição a, o acento indicador de
crase também será obrigatório)
Dicas
• - Bife a cavalo, à milanesa. Bife a cavalo não tem crase. Usa-
se crase quando se pode entender "à moda de", como é o
caso de "bife à milanesa" (à moda de Milão), "bife à
portuguesa" (à moda de Portugal), "bife à Camões" (à moda
de Camões), etc.
• Preencha corretamente as lacunas:
1. (Banco do Brasil) O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___
falar ___ todas as pessoas convocadas.
2. (Banespa)"Recorreu ___ irmã e ___ ela se apegou como ___
uma tábua de salvação.“
3. (Cescem) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma
___ uma as páginas do relatório.
4. Precisa falar ___ cerca de três mil operários.
5. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado.
6. ___ dias está desaparecido.
7. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___
reunião.
• Gabarito:

1.à - a – a
2.à - a - a.
3.à - a - a.
4.a
5. a
6. há
7. a ; à.
O que são Sinônimos

Para começar a entender sobre significação das palavras,


vamos ao conceito de sinônimo:

“ Palavras que possuem significado próximo.


Exemplo: casa, residência, moradia, morada, lar, etc.

É porque sinônimos não são


equivalentes. É difícil encontrar um
que seja perfeito, ou seja, uma palavra
cujo significado seja exatamente igual
ao de outra.
O que são Antônimos

Já os antônimos são o contrário dos sinônimos, isto é,


representam significados opostos das palavras.

Exemplo: mau e bom; mal e bem; constrói e destrói,


dormi e acordei, claro e escuro, perto e longe etc.
O que são Homônimos

Homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (podendo ou


não ter a mesma grafia), mas seus significados são diferentes.

Veja os exemplos abaixo:


•Ascender (subir) e acender (colocar fogo, ligar).
•Acento (sinal gráfico) e assento (local onde se senta).
•Cheque (forma de pagamento) e xeque (jogo de xadrez).
•Concerto (sessão musical) e conserto (reparo).
•Esterno (osso do peito) e externo (relacionado ao exterior).
•Tacha (prego pequeno) e taxa (imposto).
Há três tipos de homônimos:

•Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a


mesma grafia e o mesmo som. Exemplo: Esse homem é
são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (saudação),
Eu como feijão (verbo comer).

•Homônimos homófonos: são as palavras que possuem


o mesmo som, porém a grafia é diferente. Exemplo:
sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).

•Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a


mesma grafia e sons diferentes. Exemplo: almoço (ô)
substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô) substantivo –
jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)
O que são Parônimos

Parônimos são palavras diferentes, porém sua grafia e pronúncia são muito
parecidas. Vou mostrar vários casos para você entender o que são
parônimos:

•Absolver (tirar a culpa) e absorver (aspirar).


•Despensa (armário para guardar mantimentos) e dispensa (ato de
dispensar).
•Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer).
•Delatar (denunciar) e dilatar (alargar).
•Flagrante (evidente, pego no flagra) e fragrante (perfumado).
•Inflação (alta de preços) e infração (violação).
•Soar (produzir som) e suar (transpirar).
Você sabe o que é Polissemia?

Polissemia é a possibilidade de uma palavra ter diversos


significados, dependendo do contexto onde ela aparece.

Vamos tomar como exemplo, o termo “cabo”.

Se somente falarmos a palavra isolada, você pode achar


que estamos nos referindo ao posto militar, ao cabo de uma
vassoura, ao cabo de uma faca etc.
E banco? Pode ser a instituição financeira ou
um tipo de assento. O mesmo acontece com
manga, que pode ser a fruta ou a parte de uma
roupa.

O significado de cada palavra dependerá de


como ela será utilizada. Tomemos o primeiro
caso como exemplo, para formação de frases
que dotarão o termo de sentido.

•O cabo Arthur compareceu ao treinamento nesta manhã (cabo = posto militar).


•O cabo da faca está enferrujado.
•Coloque o cabo da vassoura para cima.
Monossemia

Em se tratando de monossemia, temos o


caso em que a palavra tem apenas um
significado (por isso a presença do
radical mono).
A palavra cabeça, por exemplo, é
polissêmica porque pode ser referida
quando se menciona a parte do corpo.
Mas também o líder de um grupo (o
cabeça dos escoteiros, por exemplo).

Já no caso de estetoscópio, que é uma


palavra monossêmica, isso não acontece.
Isto é, não há como pensar em outra
significação que não seja o instrumento
utilizado pelo médico.
• É a parte da gramática que trata da correta colocação dos
pronomes oblíquos átonos na frase.

• Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja


rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas,
sobretudo, na linguagem escrita.
Dicas:
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal:
1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso,
ênclise.

• Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A
próclise é usada:

1) Quando o verbo estiver precedido de palavras


que atraem o pronome para antes do verbo. São
elas:
• a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.

Não se esqueça de mim.


Não me trouxe o carro.
Ninguém nos ajudou.

b) Advérbios.

Agora se negam a depor.


Amanhã me trarão o carro.
MAS

Amanhã, trarão-me o carro. (na presença da vírgula, recomenda-se o uso


da ênclise)
• c) Na presença de pronomes relativos:

O carro que lhe emprestei foi devolvido.


Identificaram duas pessoas que se encontravam
desaparecidas.

d) Conjunções subordinativas.

Ex.: Soube que me negariam.


Estou feliz, porque me pediu em casamento.
e) Pronomes indefinidos.

Ex.: Poucos te deram a oportunidade..


Alguém nos trouxe o carro.

f) Pronomes demonstrativos.

Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.


Isso me irrita muito.
• 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas.

Ex.: Quem te fez a encomenda?

3) Orações iniciadas por palavras exclamativas.

Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas).

Ex.: Que Deus o ajude.


Mesóclise
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é
usada:

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro


do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
precedidos de palavras que exijam a próclise.

Exemplos:

Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol


da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa
viagem.
• Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro
do pretérito sem precedência de palavras que atraem o
pronome (advérbios, pronomes relativos, palavras com
sentido negativo, pronomes demonstrativos neutros,
pronomes indefinidos, conjunções e locuções subordinativas).

• Emprestar-me-ão o carro amanhã.


Devolver-nos-ão o dinheiro.

• Atenção: O uso da mesóclise está mais restrito a alguns


contextos formais de uso escrito da linguagem, ou seja, está
praticamente em desuso.
Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é
usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.

Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.

Ex.: Não era minha intenção machucar-te.


3) Quando o verbo iniciar a oração.

Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo.

Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio.

Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.


Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver
precedido de preposição ou palavra atrativa.

Exemplos:

É preciso encontrar um meio de não o magoar.


É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.

Ex.: Haviam-me convidado para a festa.


b) Se antes da locução verbal houver palavra
atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo
auxiliar.

Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou
no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde
que não haja palavra atrativa antes dele.

Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.


2) Quando o verbo principal for constituído por um
infinitivo ou um gerúndio:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo
virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo
principal.
Exemplos:
Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o
ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-
me chamando pelo alto-falante.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser
colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo
principal.
Exemplos:

Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso


esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam
chamando.
• Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou


ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se
alteram.
Exemplos:

Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas


consoantes finais alteram-se para lo, la, los,
las.
Exemplos:
• (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais


(am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os,
as alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:

Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.
• Sinais de pontuação
• A Vírgula (,):

• A virgula é usada para:


• a) separar termos que possuem mesma função sintática na
oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu,
como no exemplo: Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
• b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se
dizer!
• c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio
assistir à reunião.
•d) separar expressões explicativas, conjunções e
conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além
disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
•e) separar os nomes dos locais de datas: Brasília,
30 de janeiro de 2009.
•f) isolar orações adjetivas explicativas: O filme,
que você indicou para mim, é muito mais do que
esperava.
•Ponto ( . )
•a) indicar o final de uma frase declarativa.
•Ex.: Lembro-me muito bem dele.

•b) separar períodos entre si.


•Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

•c) nas abreviaturas


•Ex.: Av.; V. Ex.ª
• Dois-pontos ( : )
• a) iniciar a fala dos personagens:
• Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
• b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou
sequência de palavras que explicam, resumem ideias
anteriores.
• Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
• c) antes de citação
• Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja
eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto
dure.”
• - Reticências ( ... )
• a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
• Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
• b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente
incompleta.
• Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
• c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a
intenção de sugerir prolongamento de ideia.
• Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se
nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)
• d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
• Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo
Fagner)

• Parênteses ( ( ) )
• a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e
datas.
Exemplos:
• Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas
humanas.
• "Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na
véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.”
(O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

• Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
• Ponto de Exclamação ( ! )
• a) Após vocativo
• Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de
Campos)
• b) Após imperativo
• Ex.: Cale-se!
• c) Após interjeição
• Ex.: Ufa! Ai!
• d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
• Ex.: Que pena!
•O que é concordância?

• Observe os exemplos a seguir:


• Exemplo 1: Os gêmeos estão quietos.
• Exemplo 2: Gêmeos quietos.
• No primeiro exemplo o verbo “estar” se flexiona (modifica)
na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito (os
gêmeos).
• Depois, o adjetivo “quieto” se flexiona da mesma forma para
concordar com o número (plural) e gênero (masculino).
•Em ambos os casos as concordâncias se
correspondem, ou seja, de pessoa, número e
gênero. Porém, nem sempre é assim, como você
verá adiante.

•Concordância é a correspondência de flexão


entre dois termos, e pode ser verbal ou nominal.
• Concordância verbal

• Na concordância verbal, o verbo se flexiona para concordar


com o sujeito.
• Sujeito simples
• Quando o sujeito é simples, haverá concordância do verbo de
acordo com o número e pessoa.
• Exemplo: Roberto foi ao estádio de futebol.
• Como “Roberto” está na terceira pessoa do singular (ele), o
verbo deve estar conjugado na mesma pessoa.
• Exemplo: Os casais se reuniram na igreja.
•O sujeito “os casais” está na terceira pessoa do
singular (eles), então o verbo “reunir” deve se
flexionar para adequar-se (eles se reuniram).

•Seria muito fácil se a regra se aplicasse a todas as


situações, não é mesmo? Mas temos muitos
casos particulares:
• Expressões Partitivas
• Quando se refere a partes de um todo, o verbo tanto pode
ficar no singular quanto no plural, dependendo de que parte
se refere.

• Exemplo: A maioria dos participantes saiu mais cedo


(concordando com “a maioria”).
• Mas também é correto dizer que “A maioria dos
participantes saíram mais cedo” (concordando com “os
participantes”).
• Essa regra vale para “metade”, “uma parte”, “a maioria”,
“uma porção”, “grande parte”, etc., desde que estejam
seguidas de um substantivo ou pronome no plural.
• Em nosso caso: “participantes” é o substantivo
determinante. O mesmo vale para coletivos.

• Exemplo: Um bando de galinhas fugiu/fugiram do


sítio nesta noite.

• Cabe a você decidir se quer se referir à unidade do


conjunto (um bando) ou a galinhas (elementos
formadores do conjunto).
• Quantidade aproximada
• Quando a quantidade é aproximada (cerca de, em
torno de, menos de) mais numeral e substantivo, o
verbo deve concordar com o substantivo.
• Exemplo: Em torno de mil manifestantes estiveram na
praça hoje.
• Mas, quando se tratar de “Mais de” seguido de verbos
com reciprocidade, o verbo concorda com o plural.
• Exemplo: Mais de cinquenta pessoas se machucaram
na briga (um machucou o outro).
• Sujeito apenas no plural

• Se o sujeito só existir no plural, a concordância varia de


acordo com a presença ou ausência do artigo.
• Com o artigo, use no plural. Sem o artigo, mantenha no
singular. Vejamos os exemplos:

• Exemplo 1: Os Estados Unidos estão sofrendo com o inverno


rigoroso.
• Exemplo 2: Minas Gerais possui cidades históricas bonitas.
• Exemplo 3: Os Mistérios do Chocolate tornaram a autora
Joanne Fluke conhecida no Brasil.
• Sujeito pronome

• Nos casos onde o sujeito é um pronome interrogativo ou


indefinido no plural (como “Quem”, “Quais”, “Quantos”),
acompanhado por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode
concordar:
• Com o primeiro pronome, utilizando a terceira pessoa do
plural (eles): “Quais de nós vão à excursão?”
• Com o pronome pessoal: “Quais de nós vamos à excursão?”.
• Se o pronome estiver no singular, utilize o verbo no singular:
“Qual de nós vai à excursão?”
• Porcentagem mais substantivo

• Quando o sujeito apresentar uma porcentagem mais


um substantivo, deve-se concordar o verbo com o
substantivo.

• Exemplo: 1% do time concorda com a regra. 1% dos


estudantes chegaram atrasados.
• Se não houver substantivo após a porcentagem,
concordamos verbo e número.
• Exemplo: 1% faltou. 25% estão aqui.
• Sujeito ligado a horas

• No caso do sujeito ser “bater”, “dar” e “soar” (horas), a


concordância acontece com o numeral constituinte da
oração.
• Exemplo 1: Deu uma hora, vamos voltar.
• Exemplo 2: Bateram três horas no relógio da escola.
• Contudo, se o sujeito for relógio (ou algo semelhante), o
verbo deve concordar com ele.
• Exemplo: O relógio de Marcos deu vinte horas.
• Verbos impessoais

• Nos verbos impessoais, sempre utilize concordância com a


terceira pessoa do singular. São eles:
• Haver (como substituto de existir).
• Fazer (indicação de tempo).
• Fenômenos da natureza.
• Exemplo 1: Há duas pessoas na lista de espera.
• Exemplo 2: Faz cinco anos que moramos aqui.
• Exemplo 2: Choveu grandes quantidades de granizo ontem.
• Sujeito antes do verbo

• Se o sujeito estiver antes do verbo: concordância no plural.


• Exemplo: Carlos e Sandra são casados.

• Sujeito após o verbo

• Se o sujeito vir depois do verbo, a concordância também


pode acontecer com o sujeito mais próximo.
• Exemplo 1: Faltou Caroline e Matheus apenas.
• Exemplo 2: Faltaram Caroline e Matheus apenas.
•Concordância nominal

• Diferente da concordância verbal, a concordância nominal


tem relação entre um substantivo, pronome ou numeral
substantivo e palavras que se ligam para caracterizá-lo, como
artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e
particípios.
• A concordância é nominal porque se ocupa da relação entre
nomes.
• Normalmente a concordância nominal possui um substantivo
como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo funciona
como adjunto adnominal.
• Substantivo único
• Quando há apenas um substantivo, o adjetivo concorda com
ele em gênero e número: “As lágrimas derramadas
marcavam sua tristeza”.
• Mais de um termo no substantivo
• Quando há mais de um termo no substantivo, a concordância
pode variar. A flexão pode acontecer da seguinte forma:
• Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos, ele concorda
com o termo mais próximo.
• Exemplo 1: Levamos pesadas malas e casacos para o carro.
• Exemplo 2: Levamos pesados casacos e malas para o carro.
• Exemplo 3: Levamos pesada mala e casacos para o carro.
• Exemplo 4: Levamos pesado casaco e malas para o carro.

• No caso acima, mas quando os sujeitos são nomes próprios


ou sinais de parentesco, o adjetivo sempre vai para o plural.

• Exemplo 1: São muito divertidas as sobrinhas Beatriz e


Eduarda.
• Exemplo 2: São aplicados os alunos Cláudio e Daniela.
• Se o adjetivo for posposto aos substantivos, a concordância
será com o mais próximo ou com todos eles, assumindo o
masculino caso houver ambos os gêneros nos termos.
• Exemplo 1: Encontramos cadernos, lápis e canetas
espalhados no chão.
• Exemplo 2: O restaurante possui atendimento e
comida saborosa.
• No caso acima, mas com gêneros iguais para ambos os
substantivos, o adjetivo tanto pode ficar no singular
como no plural.
• Exemplo 1: Ela possui sensualidade e beleza inata.
• Exemplo 2: Ela possui sensibilidade e beleza inatas.
• Verbo “ser” mais adjetivo
• Verbo “ser” mais adjetivo: são vários casos de concordância
nominal, que serão explicados e exemplificados abaixo:
• Caso o substantivo não esteja acompanhado de agente
modificador, o adjetivo fica sempre no masculino e singular.
• Exemplo 1: Educação é bom para todos.
• Exemplo 2: Água é bom para beber.
• Caso o agente modificador acompanhe o substantivo (artigo
ou pronome), a concordância é com o substantivo.
• Exemplo 1: A educação é boa para todos.
• Exemplo 2: Esta água é boa para beber.
• Pronomes pessoais
• Há concordância de gênero e número com o adjetivo de acordo com
os pronomes pessoais referidos na oração.
• Exemplo 1: Eu nunca a vi tão feliz.
• Exemplo 2: Eu nunca os vi tão felizes.

• Pronomes indefinidos
• Nos casos de pronomes indefinidos neutros acompanhados por “de” e
um adjetivo, a concordância deixa o adjetivo no masculino e singular.
• Exemplo 1: Os primos tinham algo de suspeito em suas atitudes.
• Exemplo 2: As vizinhas tinham algo de suspeito em suas atitudes.
• Palavra “só”
• A palavra só, quando quer dizer sozinho, tem função
adjetiva. Portanto, concorda com o nome a que se
refere.
• Exemplo 1: Cláudia e Cleusa estavam sós.
• Exemplo 2: Everton saiu só.

• É diferente quando quer dizer somente ou apenas,


não variando porque se torna um adjunto adverbial:
“Eles só querem paz e amor”.
• Substantivo mais adjetivo

• Se tivermos um substantivo e mais de um adjetivo no


singular, você pode concordar desses modos:
• Com o substantivo no singular e um artigo antes do
último adjetivo: “Aprecio a literatura inglesa e a
americana“.
• Com o substantivo no plural, omitindo o artigo do
último adjetivo: “Aprecio as literaturas inglesa e
americana“.
• “É proibido” e outros…

• É proibido, É permitido, É bom, É preciso, É necessário


(verbo mais adjetivo):
• Fica invariável caso o substantivo não venha
acompanhado de artigo: É preciso cuidado. É proibido
crianças. É permitido saída em caso de emergência.
• Se forem acompanhados de artigos, pronomes ou
adjetivos, o verbo e o adjetivo irão concordar com este
termo: É preciso o cuidado. É proibida a entrada de
crianças.
• Palavras “anexo”, “próprio”, “mesmo”…

• Anexo, Próprio, Mesmo, Obrigado, Quite, Incluso:


sempre concordam em gênero e número com o
pronome ou substantivo que acompanharem.

• Exemplos: Seguem anexos os documentos. Elas


próprias irão fazer a comida. Eles mesmos se
limparam. Marta foi obrigada a se desculpar. José e
Rafael foram obrigados a pedir desculpas. Nós
estamos quites. O papel foi incluso na pasta.
• Palavras “Bastante”, “Caro”, “Barato”, “Longe”

• Quando colocados como advérbios, são invariáveis.


Quando funcionam como adjetivos, pronomes,
numerais ou adjetivos, variam de acordo com o
nome referido.

• Exemplos:Trouxemos bastantes frutas. Os filhos de


Eliete choram bastante. Os melões estão caros. Os
melões custam caro. Os pêssegos estão baratos. Os
pêssegos tem preço barato. Gosto de viajar para
Goiânia, mas é muito longe de minha cidade. Adoro
os longes mares de Ubatuba.
• “Meio” e “Meia”

• No lugar de adjetivo, variam. Mas são invariáveis


quando funcionam como advérbios modificadores do
adjetivo.
• Exemplos: Tânia disse meias verdades. Estou ficando
meio doida. O rapaz está meio nervoso. Meios
copos de cerveja foram vendidos.
• “Alerta” e “Menos”

• Aão palavras que sempre vão funcionar como


advérbios. Neste caso, não podemos flexioná-los.
• Exemplo 1: Os motoristas devem dirigir sempre
alerta.
• Exemplo 2: Temos menos preocupações hoje do que
ontem.
• Como você pôde perceber, são muitas as regras de
concordância verbal e nominal. Existem outros casos
de particularidades, mas citei os mais importantes
aqui.
• Resolver muitos exercícios e ser um bom leitor são
recomendações para ficar fera nesse assunto.

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