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Pronomes
1. Introdução
Conceito: são elementos de coesão textual que retomam o substantivo ou que o acompanham. É a costura do
texto que promove sua lógica. Substantivo é a palavra que dá nome, e pronome é aquilo que está em função do
substantivo.
Classificação:
Adjetivo: acompanha;
Substantivo: substitui o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou mesmo
situando-o no espaço e no tempo.
Ex. O professor pediu silêncio aos alunos. Eles nem deram confiança.
2. Pronomes pessoais*
Conceito: indicam uma das 3 pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala ou a de quem se fala. São
sempre substantivos.
Ex. Você nunca fez mal a ninguém, por isso eu te admiro → errado!
Pronomes pessoais
Caso reto Caso oblíquo
Átonos Tônicos
Eu Me Mim, comigo
Tu Te Ti, contigo
Ele O, a, lhe, se Si, consigo, ele/ele
Nós Nos Nós, conosco
Vós Vos Vós, convosco
Eles Os, as, lhes, se Si, consigo, eles/elas
Obs. Quando os pronomes pessoais ele/ela, ou qualquer outro substantivo, funcionarem como sujeito, não
devem ser aglutinados com a preposição “de”. Ex. É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
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Utilização:
Plural de modéstia: usar a primeira pessoa do plural para evitar tom arrogante no texto.
Plural de majestade: nobres usavam a primeira pessoa do plural para indicar sua glória e
poder. Ex. “nós, o Imperador”.
Plural de cerimônia: uso da segunda pessoa do plural para imprimir tom de respeito.
Átonos: não possuem sentido sozinhos. Não são precedidos por preposição.
Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado nosso trabalho. → Parte integrante do verbo.
Exceção: nos verbos causativos (mandar, fazer e deixar) e sensitivos (olhar, ouvir e sentir)
acompanhados de infinitivo, os pronomes átonos podem ser sujeitos. Ex. Ele nos fez refletir.
Obs. Com nós/com vós vs. conosco/convosco: usa-se com nós/com vós quando os pronomes
pessoais são reforçados por palavras delimitadoras, como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
algum numeral. Ex. Gilberto conversou com nós dois.
Se for OD, é preposicionado.
Observações:
Eu vs. mim: “eu” é utilizado para função de sujeito. Já o “mim” antes do verbo é possível quando completa a
expressão “para mim”.
Se, si, consigo: utilizados na voz reflexiva – sujeito pratica e sofre a ação. Sentido de mesmo, próprio. Ex. ele
feriu-se com a faca. // O aluno trouxe o livro consigo.
Preposição “entre”: após a preposição “entre”, usa-se pronomes oblíquos, não retos.
Objeto direto:
O – a –os – as;
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Ex. Vai contratar a empresa no condomínio. → Vai contratá-la no condomínio.
Os pronomes do caso reto ele/ela podem ser utilizados como objeto direto desde que
delimitados por “todos”, “só”, “apenas” ou algum numeral.
Valor possessório: quando for sinônimo de seu/sua/dele/dela. Nesse caso, é adjunto adnominal.
Ex. Tirou a sua roupa com violência → Tirou-lhe a roupa com violência.
Obs. Os outros pronomes átonos (me, te, se, nos, vos) podem ser objeto direto ou indireto, a depender da
regência do verbo.
Um pronome com duas funções sintáticas: é possível juntar o objeto direto e o objeto indireto no mesmo
pronome.
Próclise: pronome antes do verbo em razão de uma palavra atrativa ou eufonia. Estrutura: sujeito + objeto +
verbo. Não se usa o hífen.
Atenção! O pronome é atraído para antes do verbo e não necessariamente para perto da
palavra atrativa.
Palavras atrativas: palavras invariáveis no geral (advérbios, preposições, conjunções, alguns pronomes).
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Pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos (RID): independe de serem invariáveis.
Conjunções:
Se o “que” pode ser pronome relativo ou conjunção integrante, e tanto pronomes relativos quanto
conjunções atraem o pronome, o termo “que” sempre atrai o pronome!
Conjunções Coordenativas: a próClise é faCultativa.
Expressões interrogativas:
Quem te xingou?
Observações:
Não se inicia oração com pronome oblíquo átono. Ex. Me disseram isso.
Se após a palavra atrativa houver pausa (vírgula ou ponto e vírgula), usa-se a ênclise. Não se
usa pronome oblíquo após a vírgula ou iniciando frase. Ex. Não, esqueça-se de mim.
Exceção: se for uma intercalação, o termo entre vírgulas pode ser retirado sem perda do sentido.
Nesse caso, é possível o pronome após a vírgula. Ex. Aqui, à noite, se ouve música.
Mesóclise: pronome no meio do verbo. Ocorre quando o verbo está no futuro do presente ou futuro do
pretérito. Usa-se 2 hífens.
Prevalência da próclise sobre a mesóclise: havendo palavra atrativa e verbo no futuro, a próclise é
obrigatória. Se não houver palavra atrativa, a próclise é facultativa.
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Eu não te amarei → próclise obrigatória pela palavra atrativa.
Prevalência da mesóclise sobre a ênclise: não cabe ênclise com verbos no futuro.
Ênclise: pronome depois do verbo. É a regra, já que a estrutura padrão da oração é sujeito + verbo + objeto.
Usa-se 1 hífen.
Mesóclise prevalece sobre a ênclise: não se usa pronome oblíquo após verbo no futuro
(mesóclise);
Não há ênclise com verbo no particípio.
Observações:
Sujeito explícito: permite dupla colocação, podendo ser utilizada tanto a próclise quanto a ênclise;
Verbos no infinitivo sempre admitem ênclise: mesmo havendo palavra atrativa, é possível utilizar a ênclise.
Ex. Não importar-se com o que ocorra.
Locução verbal: O pronome pode ocupar posições diferentes, admitindo-se a ênclise ao verbo principal (com
hífen) ou próclise ao verbo principal (sem hífen) ou a ênclise ao verbo auxiliar (com hífen). Não é possível,
contudo, ênclise ao verbo principal no particípio e pronome oblíquo iniciando a frase.
Palavra atrativa: próclise ao auxiliar ou ao principal. Não pode estar com hífen no meio, pois
isso seria ênclise ao verbo auxiliar e, havendo palavra atrativa, deve ser utilizada a próclise.
Verbos no particípio e no futuro jamais admitem ênclise: ex. ninguém deve ter se lembrado // ninguém deve
ter lembrado-se.
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Se houver palavra atrativa, a próclise predomina sobre a mesóclise: ex. Não te enviarei outra proposta. Se
não houver, o uso é facultativo.
Expressão “em + verbo no gerúndio”: exige próclise. Ex. em se tratando desse assunto [...].
Frases exclamativas, interrogativas e optativas (exprimem desejo): exigem próclise. Ex. Como te julgaram! //
Como se chama o Presidente? // Deus te abençoe.
3. Pronomes demonstrativos*
Rol: este, esta, isto; esse, essa, isso; aquela, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o, a.
Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo:
Atenção! Elementos dêiticos: tem por objetivo localizar o fato no tempo e espaço sem defini-
lo. Ex. lá, cá, acolá, aqui.
Tempo:
Em novembro de 2017, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio.
Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, campinas ainda era uma cidade pequena.
Espaço:
Este, esta, isto: utilização para proximidade com a pessoa que fala;
Esse, essa, isso: proximidade com a pessoa com quem se fala (isso ali);
Aquele, aquela, aquilo: distante tanto de quem fala quanto de quem houve (aquilo lá).
Posicionamento no discurso*:
Este, esta isto: cita aquilo que ainda vai ser falado – recurso catafórico.
Esse, essa, isso: retoma aquilo que já foi dito – recurso anafórico.
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Ex. A verdade é esta: o Brasil será campeão.
Retomada de elementos*:
Esta, esta, isto: o mais próximo, que foi falado por último.
Aquele, aquela, aquilo: aquilo que já foi dito em primeiro lugar.
Ex. Sabemos que a relação entre o Brasil e os EUA é de domínio destes sobre aquele.
Prova! Cespe aceita o uso de “esse” para retomar o termo do meio entre três.
Atenção! É possível a superposição de elementos retomados, isto é, o pronome retomar mais
de um elemento.
Atenção! O termo a ser retomado pode ser implícito!
Observações:
O, a, os, as: são pronomes demonstrativos quando equivalem a isto, isso, aquilo, aquele ou
aquela.
Ex. Não concordo com o que ele falou (aquilo que ele falou).
Ex. Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente.
O Brasil ficou em choque com a tragédia. Não se veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos
fossem eficazes.
4. Pronomes indefinidos
Rol:
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Pronomes indefinidos
Invariáveis Variáveis Locuções
Alguém, ninguém, tudo, nada, Algum(s)/alguma(s), Cada um, cada qual, quem
algo, cada, outrem, alhures, nenhum(s)/nenhuma(s), todo(s)/toda(s), quer que, todo aquele que,
mais, menos, demais. muito(s)/muita(s), bastante(s), tudo o mais, etc.
pouco(s)/pouca(s), certo(s)/certa(s),
tanto(s)/tanta(s), quanto(s)/quanta(s),
um(s)/uma(s), qualquer/quaisquer,
vário(s)/vária(s), etc.
Uso:
Todo: há artigo se o sentido for de inteiro e o substantivo seguinte exigir. Caso significa cada ou todos, não
haverá artigo.
Algum: tem sentido afirmativo se usado antes do substantivo e negativo se usado depois.
Também pode ter sentido de “um pouco”. Ex. Ele lhe emprestou algum dinheiro.
Bastante: se modifica substantivo, será pronome indefinido ou adjetivo e, portanto, variável. Já se modificar
adjetivo ou verbo, é advérbio e invariável. Para verificar, substituir por “muito”.
Bastante e certo: são pronomes indefinidos quando antecedem o substantivo e são adjetivos
quando estão pospostos (bastante = suficiente).
Conceito: é uma classe de pronomes que servem para retomar um termo da oração anterior e estabelecer uma
coesão entre as orações. Sua principal função é introduzir orações adjetivas.
Que: pode ser um pronome relativo ou uma conjunção integrante. O primeiro é um elemento coesivo de
retomada, e a segunda, um elemento coesivo de ligação entre duas orações.
Diferenciação:
Pronome relativo: quando o “que” for antecedido por um substantivo ou pronome, seja ou
não precedido de preposição, será pronome relativo. Pode ser substituído por “o qual”.
Conjunção integrante: quando for antecedido por outras classes. Pode ser incluído isso/disso
antes.
Ex. O carro que estacionaram aqui foi rebocado. → Estacionaram o carro aqui + o carro foi rebocado. Retoma
o substantivo carro.
Não sei quem era aquele que veio ontem aqui. → retoma o pronome aquele. Ex. poderia ser substituído por
homem.
Infelizmente o que você quer é impossível → retoma o termo “o”, que pode ser substituído por aquilo.
Retoma, então, um pronome.
Ex. Convém que você se programe. → é antecedida por um verbo. É conjunção integrante
Seria bom que ele estivesse presente. → é antecedida por um adjetivo. É conjunção integrante
Observações:
Ex. O autor em que me baseei é cearense // O autor com que conversei é mineiro.
Função sintática:
Raciocínio:
1) Achar o pronome relativo;
2) Achar o termo retomado por ele;
3) Substituir o “que” pelo termo retomado e verificar a função sintática.
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Qual: equivale ao pronome “que”, podendo ser usado para retomar pessoas ou coisas. Ao contrário do “que”,
causa menos estranheza a retomar pessoas.
Ex. O profissional a que/ao qual/a quem perguntei minha dúvida foi claro.
Preposição: também pode ser precedido de preposição, quando o verbo seguinte exigir. Ao contrário do que
se dá no pronome anterior, no entanto, a preposição não é neutra, variando em número e gênero.
Onde: sempre pode ser substituído por em que (mas o contrário não é verdadeiro). Retoma um lugar físico,
um ambiente. Só é utilizado para verbos cuja regência pede a preposição “em”.
Observação: caso o antecedente seja não um substantivo que indique lugar, mas um verbo, o termo “onde”
será advérbio de lugar, e não pronome relativo.
Aonde: também retoma um lugar. É ligado a verbos com ideia de movimento em direção a. É substituível, por
tanto, por “a que”.
Quem: retoma apenas pessoas. Quando precedido de preposição por exigência da regência do verbo, aquela
será neutra, não variando em número e gênero.
Quanto: precedido pelos pronomes indefinidos “tanto” ou “tudo”. É usado quando o antecedente tiver sentido
de quantidade.
Cujo:
Não pode ser seguido de artigo, pois flexiona-se para concordar com o substantivo que o
segue. Assim, depois do pronome “cujo” deve haver um substantivo;
Também pode ser precedido de preposição, a depender do verbo que está depois;
Estabelece relação de posse;
Não pode ser substituído por “que”;
Concorda com o elemento posterior e indica posse do elemento anterior.
Ex. A empresa a cujo faturamento me refiro está falida → Posse do anterior: o faturamento da empresa;
concordância com o posterior: me refiro ao faturamento.
6. Pronomes de tratamento
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Conceito: pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente.
Rol:
Flexão:
Função de sujeito: verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do singular. Os adjetivos
concordam com o sexo do interlocutor.
Função de objeto indireto ou complemento nominal: a preposição a não recebe crase, pois não admitem
artigo.
Exceção: o pronome “senhora” admite o artigo e, por isso, se for precedido da preposição a,
receberá crase.
Posição no discurso: usa-se “vossa” quando conversamos com a pessoa e “sua”, quando falamos da pessoa.
Estrutura: o termo “Vossa” é sempre seguido por um substantivo jamais por um adjetivo. Ex. Vossa
Excelentíssima → errado!
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7. Pronomes interrogativos
8. Observação final
Partícula de realce: é aquela que pode ser retirada sem alteração do sentido ou da correção. A concordância é
feita como se não estivesse na frase.
Ex. Só sei que ele é que foi bem na prova. // Só sei que ele foi bem na prova.
Verbo
1. Introdução
Conceito: é a palavra que se flexiona em número, pessoa, modo, tempo e voz, podendo indicar ação, estado,
fenômeno natural, ocorrência, etc. É classe gramatical que indica ação, estado, processo ou fenômeno da
natureza.
Prova! Se trabalha com o conceito de verbo, os verbos de ligação não são verbos, pois o que
indica o estado é o adjetivo. Ainda, substantivos que indicam fenômenos da natureza seriam verbos.
2. Formas nominais
Nomenclatura: essas formas verbais podem se comportar como nomes (substantivo, advérbio e adjetivo).
Infinitivo (-r): é associado à noção de futuro e algumas vezes se comporta como substantivo.
Ex. O amanhecer na roça é lindo → se é precedido por artigo, faz papel de substantivo, dando nome a algo.
Impessoal: não há sujeito. Enuncia uma ação vaga, sem agente determinado. O foco é a ação em si.
Obs. Não há mudança de sentido de um para o outro – em regra, podem ser usados
indiscriminadamente.
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Infinitivo vs. futuro do subjuntivo: para diferenciar, basta trocar pelo verbo fazer, no qual o futuro do
subjuntivo (fizer) não se confunde com o infinitivo (fazer).
Chegou cedo para conseguir um bom lugar. → Infinitivo. Expressão que indica finalidade.
Gerúndio (-ndo): é associado ao presente em andamento, a ação contínua. Algumas vezes, se comporta como
advérbio, podendo indicar tempo, condição, modo e causa.
Obs.
Nem toda palavra terminada em –ndo é forma de gerúndio, pois, caso seja precedido de artigo,
será substantivo. Ex. O mestrando ainda tem dois meses de prazo;
A + infinitivo = gerúndio.
Gerundismo: verbo ir no presente + estar + verbo no gerúndio. A intenção é anunciar uma ação futura.
Entretanto, a forma nominal referente ao futuro é o infinitivo, e não gerúndio. É desvio de norma culta. Ex.
Vou estar reavaliando seu processo. A forma correta seria “vou reavaliar o seu processo” ou “reavaliarei seu
processo”.
Nem sempre essa construção é errada: é correta quando indica um processo, uma continuidade
no futuro ou quando se apresenta uma ação a ser praticada no futuro, que deverá ocorrer
simultaneamente a outra ação, também futura. Ex. Durante a semana que vem, eu vou estar participando
de um congresso. O erro ocorre quando é empregado para substituir o futuro do presente.
Particípio (-do): associa-se ao passado e algumas vezes ocupa valor de adjetivo ou substantivo.
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Regra:
Construção: ter/haver + particípio regular. Voz ativa. Ex. eu já tinha pagado a conta, quando me
cobraram.
Construção: estar/ser + particípio irregular. Voz passiva. Ex. O imposto já estava pago.
Obs. Verbos pagar, pegar, gastar e ganhar (PPGG): podem seguir a norma culta ou ser usados
só na forma irregular. Em razão do uso cotidiano, criou-se uma condescendência.
Verbo trazer: não é verbo abundante! O particípio é apenas trazido.
3. Estrutura e conjugações
Ex. Estudar; amar, cantar, vender, beber, esconder; permitir; partir; proibir;
Vogal temática: morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Indica de qual conjugação é o
verbo.
Ex. Estudar; amar, cantar, vender, beber, esconder; permitir; partir; proibir;
O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc.) pertencem à segunda
conjugação, pois sua vogal temática –e foi omitida, mas decorre da forma latina poere.
Ex. Estudar; amar, cantar, vender, beber, esconder; permitir; partir; proibir;
Ex. Cant á sse mos. → Desinência número-pessoal que indica 1ª pessoa do plural;
4. Modo verbais
Indicativo: exprime uma declaração, uma afirmação, uma certeza (mesmo que na forma negativa).
Mudança de modo: quando a forma verbal está no modo indicativo, a vogal da conjugação se mantém. Já
quando está no subjuntivo, a vogal é alterada.
Indicativo Subjuntivo/imperativo
-A -E
-E -A
-I -A
Ex. transformar – transformou → Mudou de – A para – O, e não para – E, então continua no indicativo.
5. Tempos verbais
5.1. Indicativo
Utilização:
Presente propriamente dito: agora. Simultaneamente ao momento da fala. Ex. A babá está com
a criança na praça.
Presente habitual*: habitualidade, iteratividade, permanência, processos regulares. Ex. Tomo
banho três vezes por semana.
Presente indicador de futuro próximo tido como certo: Ex. Viajo amanhã de manhã.
Presente histórico: indica um fato já ocorrido no passado, conferindo atualidade. Ex. Em
1808, chega ao Brasil a família real portuguesa.
Presente em andamento: gerúndio. Ex. Estou estudando por outro livro.
Valor imperativo: forma delicada e íntima de pedir ou ordenar algo. Ex. Arthur, agora você se
comporta direitinho.
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Formação:
Pode ser substituído por vir + gerúndio, que mantém a ideia de continuidade.
Utilização: ação concluída, pontual, antes do momento da fala. Ex. entregou o documento ao
fiscal.
Utilização:
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Ideia de continuidade, iteratividade, de processo que no passado era constante, habitual ou
frequente. Processo passado não totalmente concluído, fato em sua duração Ex. Vendia jornais
quando jovem; Eu almoçava todos os dias.
Processo que estava em desenvolvimento quando ocorreu outro. Ex. o sol já despontava quando a
escola entrou na passarela;
Ação planejada que não se realizou. Ex. Eu pretendia começar hoje o curso, porém ele foi
cancelado.
Condicional coloquial: pode substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo ou futuro do pretérito .
Ex. Se ele caía, doía.
Substituição do presente do indicativo para denotar cortesia. Ex. Queria pedir-lhe um favor.
Formação:
Simples: radical + vocal temática + desinência modo-temporal (-ra – 2ª pessoa do plural - re) +
desinência número-pessoal.
Composto: ter/haver no pretérito imperfeito + verbo no particípio. Ex. ela havia chegado de
manhã.
Utilização:
Exprime fato passado anterior a outro fato passado. É mais passado que o passado. Ex. era tarde
demais quando ela percebeu que ele se envenenara.
É possível, em alguns casos específicos, usar o pretérito perfeito no lugar do pretérito mais que
perfeito sem prejuízo gramatical ou mudança de sentido. Isso ocorre em orações temporais ou
quando se subentende pelo contexto que aquela ação ocorreu antes de outras, numa narrativa que já
posiciona os fatos no passado.
Do presente:
Formação:
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Eu Estudarei Venderei Permitirei
Tu Estudarás Venderás Permitirás
Ele Estudará Venderá Permitirá
Nós Estudaremos Venderemos Permitiremos
Vós Estudareis Vendereis Permitires
Eles Estudarão Venderão Permitirão
Composto: verbo auxiliar ter ou haver no futuro + verbo no particípio. Expressa ideia de fato ainda
não realizado no momento da fala, mas já passado em relação a outro fato futuro. Ex. Quando
estivermos lá, o dia já terá amanhecido.
Utilização:
Exprime processo tidos como certos ou prováveis posteriores à fala. Ex. viajarei às 14h.
Valor imperativo, com tom enfático e categórico. Ex. não furtarás; você ficará aqui a noite toda.
Dúvida ou incerteza em relação a fatos do presente. Ex. Será ela que está lá fora?
Forma usual: verbo ir no presente + verbo principal no infinitivo.
Formação:
Composto: ter/haver no futuro do pretérito (teria/haveria) + particípio. Ex. Teríamos sido felizes.
Utilização*:
Exprime dúvida ou hipótese – processo futuro tomado em relação a um fato passado. Ex. eu iria,
se tivesse recebido convite.
Exprime processos posteriores ao momento passado em que a pessoa está se referindo. Ex. Muito
tempo depois, chegaria a sensação de fracasso.
Dúvida com relação a fatos passados. Ex. Seria ele o autor da fraude?
Polidez em pedidos e conselhos. Ex. Seria bom você estudar.
Prova! Quando pedir hipótese, vai ser modo subjuntivo ou futuro do pretérito.
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Correlação: quando expressa circunstância de condição, se relaciona com o pretérito
imperfeito do subjuntivo para indicar processos de difícil realização. Ex. Viveria em outro lugar se
pudesse.
5.2. Subjuntivo
Utilização:
Correlação verbal:
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Pretérito imperfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo. Ex. Esperava-se que o
artista cantasse.
Formação:
Utilização: fatos possíveis, ainda não concretizados no momento em que se fala. Ex. Quando comprovar sua
situação, será inscrito.
5.3. Imperativo
Esquema de formação:
Imperativo afirmativo: a 2ª pessoa vem do presente do indicativo, com retirada do final –s, enquanto as
demais, do presente do subjuntivo.
Imperativo negativo: todas as pessoas são idênticas ao presente do subjuntivo.
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Ex. Vem pra caixa você também. → A forma “vem” seria cabível para a 2ª pessoa (tu), pois decorre do
presente do indicativo (vens - s). Para o você, seria cabível a forma “venha’, decorrente da 3ª pessoa do
presente do subjuntivo.
Introdução: tempos compostos são os verbos auxiliares “ter” e “haver” ligados a um verbo principal no
particípio, do qual resulta uma locução verbal. Apenas o verbo auxiliar é conjugado, enquanto o verbo
principal fica sempre no particípio. Em regra, o tempo é determinado pelo tempo do auxiliar. Exceções:
pretérito perfeito e pretérito mais que perfeito.
Indicativo:
Pretérito perfeito: auxiliar “ter” e “haver” no presente do indicativo. Ideia de continuidade até o presente. Ex.
Eu tenho brincado. // Tu tens brincado.
Pode ser substituído por vem + gerúndio, que mantém o sentido de continuidade.
Pretérito mais que perfeito: auxiliar “ter” e “haver” no pretérito imperfeito do indicativo. Ex. Eu tinha
brincado. // Tu tinhas brincado.
Futuro do presente: auxiliar “ter” e “haver” no futuro do presente do indicativo. Ex. Eu terei brincado. // Tu
terás brincado.
Futuro do pretérito: auxiliar “ter” e “haver” no futuro do pretérito do indicativo. Ex. Eu teria brincado. // Tu
terias brincado.
Subjuntivo:
Pretérito perfeito: auxiliar “ter” e “haver” no presente do subjuntivo. Ex. Tenha brincado.
Pretérito mais que perfeito: auxiliar “ter” e “haver” no pretérito imperfeito do subjuntivo. Ex. Tivesse
brincado.
Formas nominais:
Infinitivo:
5.5. Correlações
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Futuro do presente do indicativo + presente do subjuntivo: como a condição está no presente, o resultado é no
futuro.
Futuro do pretérito do indicativo: só com pretérito imperfeito do subjuntivo*. Deve-se procurar uma ideia de
condição, de hipótese. Há uma condição no passado e o resultado é o futuro desse passado. Contudo, nem
sempre o termo “se” significa condição: isso só ocorrerá quando puder ser substituído por caso. A correlação é
expressa pelas desinências - -SSE/-RIA, para conjugar o pretérito imperfeito do subjuntivo com o futuro do
pretérito.
Variação: pode-se substituir o futuro do pretérito do indicativo pelo pretérito imperfeito do indicativo, tanto
na linguagem coloquial como na literária.
Pretérito mais que perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:
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Ex. Se você tivesse feito o teste, teria ficado feliz.
Classificação:
Verbos regulares: ao serem conjugados, o radical é mantido. Ex. eu canto, tu cantas, ele canta, nós
cantamos, vós cantais, eles cantam.
Verbos irregulares: são aqueles que não mantêm o radical quando conjugados. Ex. eu sei, tu sabes, ele sabe,
nós sabemos, vós sabeis, eles sabem ... se eu soubesse, que ele saiba, etc.
Verbos anômalos: são os verbos ser e ir, que apresentam profundas alterações nos radicais
quando conjugados.
Pretérito perfeito do indicativo: indicado expressão “ontem”. Ao retirar a desinência número-pessoal “-ste” da
2ª pessoa do singular, dá origem a:
Infinitivo:
Aplicações:
Verbo fazer:
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Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Verbo por e derivados: ex. contrapor, compor, repor, antepor, apor, compor, decompor, depor, expor, impor,
indispor, justapor, opor, predispor, pressupor, propor, supor, transpor, etc.
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Verbo ter e derivados*: abster, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster, etc. O verbo abater não é
derivado de ter!
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
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Tenhais Tivésseis Tiverdes
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Verbo vir e derivados: advir, contravir, convir, desavir-se, desconvir, intervir, ater, provir, sobrevir.
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Verbo aprazer:
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Verbo reaver:
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
- Reouvesse Reouver
- Reouvesses Reouveres
- Reouvesse Reouver
- Reouvéssemos Reouvermos
- Reouvésseis Reouverdes
- Reouvessem Reouverem
Indicativo
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Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Prover: providenciar.
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
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Provejam Provessem Proverem
Verbos aderir, advertir, competir, deferir, repelir, compelir, conferir, convergir, desservir, discernir, dissentir,
divergir, ferir, impelir, interferir, investir, mentir, preferir, preterir, proferir, referir, repetir, servir, sugerir ,
transferir, etc.: a irregularidade está em a retirar a vogal “e”, última do radical, passar para –i na primeira
pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do subjuntivo.
Ademais, retirar a vogal “e” aberta na 2ª e 3ª pessoas do singular e 3ª do plural do presente do indicativo e 2ª
do singular do imperativo. Ex. eu firo o dedo, eu adiro ao problema.
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Crer e ler:
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
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Creia Cresse Crer
Verbo querer:
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
Subjuntivo
Indicativo
Presente Pret. Imp. Pret. Perf. Pret. + perf. Fut. Pres. Fut. Pret.
6. Vozes verbais*
Voz ativa: quando o sujeito é o agente, pratica a ação. Quando há particípio, ele não se flexiona.
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Estrutura: sujeito + verbo (VTD, VTI, VTDI, VI ou VL) + complemento/predicativo.
Obs. Há casos em que o verbo tem sentido passivo, mas ainda assim, sintaticamente, a voz é ativa – levar,
ganhar, receber, tomar, aguentar, sofrer, presar, ter, haver. Nesses casos, não é possível a transposição para a
voz passiva. Ex. levei um soco.
Analítica: sujeito paciente + VTD ou VTDI (ser + particípio) + agente da passiva. O tempo verbal da voz ativa
deve ser seguido pelo verbo auxiliar na voz passiva. O verbo no particípio concorda em gênero e número com
o sujeito paciente.
Exceção: o verbo haver, embora seja transitivo direto, não admite voz passiva quando é
impessoal.
Prova! Somente verbos que possuam objeto direto podem ser passados para a voz passiva!
Verbos transitivos indiretos não podem ser convertidos!
OD Sujeito paciente
OI OI
Locução verbal na voz ativa: basta inserir o verbo ser na mesma forma verbal do verbo
principal, que ficará no particípio.
Sintética: VTD + pronome apassivador “se” + (OI) + sujeito paciente. O agente desaparece.
Prova! Nas questões de voz passiva sintética, sempre passar para a voz passiva analítica.
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Conclusão:
1) Verbo transitivo direto + se: voz passiva sintética – “se” é pronome apassivador. O verbo é flexionável para
concordar com o sujeito paciente (o que aparenta ser objeto direto, na verdade é sujeito). Ex. Realizou-se o
evento.
2) Verbo transitivo indireto ou intransitivo + se → “se” é índice de indeterminação do sujeito e o termo
seguinte é objeto indireto. Como não tem voz passiva, o verbo é utilizado sem flexionar, no singular. Ex.
Recorreu-se ao Tribunal/aos juízes.
Voz reflexiva: o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação verbal. Se = a si mesmo.
Voz reflexiva recíproca: ideia de uns aos outros. Ex. Nós nos cumprimentamos.
≠ Partícula integrante do verbo: para ser voz reflexiva, é necessário que a ação possa recair sobre si mesmo
e sobre o outro. Ex. pentear: pode pentear a si ou a outrem. Já em verbos como suicidar-se, formar-se,
queixar-se, arrepender-se, atrever-se, assemelhar-se, candidatar-se, aposentar-se, dignar-se, esforçar-se,
refugiar-se, estreitar-se, a ação só pode ser praticada em si mesmo. Logo, não é voz reflexiva.
Funções do “se”:
Conjunção integrante/completiva: quando puder introduzir um “isto”. Ex. Não sei (isso:) se entenderá.
Índice de indeterminação do sujeito: quando o verbo for VTI ou VI. Verbo sempre no singular. Ex. Precisa-se
de silêncio.
Pronome apassivador: quando o verbo for VTD ou VTDI. O que vem depois tem função de sujeito
paciente. Assim, o verbo admite plural. Ex. Fez-se a prova.
Conjunção condicional: quando o “se” puder ser subsídio por “caso”. Ex. Se estudar, será convocado.
7. Observações finais
Verbos vicários: são aqueles que fazem as vezes de outros verbos, substituindo-os para evitar repetição. Os
mais comuns são fazer e ser.
Conjunções
1. Introdução
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2. Conjunções coordenativas
Conceito: ligam orações de sentido completo, sintaticamente independentes, estabelecendo uma relação de
sentido entre elas.
Espécies:
Rol: e, nem, bem como, não só ... mas também, mas também, mas ainda, etc.
Senão pode ter sentido de adição. Ex. Ele era o favorito, não só da mãe, senão (= mas
também) de toda família.
Tampouco pode ter sentido de adição. Ex. Não malho, tampouco (= nem) faço dieta.
Rol: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, ainda assim, senão (= mas sim), não obstante.
E: pode ter valor adversativo. Nesse caso, deve estar precedido de vírgula.
Valor argumentativo: quando há uma conjunção adversativa, a informação mais importante é
a que vem após o conectivo. Logo, para reescrever essa sentença na forma concessiva equivalente, o
foco deve estar na oração principal, não na concessiva.
Ex. Ela grita muito, mas é gente boa. = Embora grite muito, é gente boa.
Colocação: a conjunção “mas” só pode ser posicionada no início da oração. Por ouro lado, as
conjunções “porém, entretanto, contudo, todavia e no entanto” têm capacidade mobilidade, podendo se
posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula obrigatória.
Ex. Há muito serviço, porém ninguém trabalhava // Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. // Há
muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
Rol: ou ... ou, quer ... quer, ora ... ora, já ... já, seja ... seja.
Senão: pode funcionar como alternativa. Ex. saia agora, senão (= ou) chamarei os guardas.
Não é correto misturar. Ex. “quer ... ou”, “quer ... seja”.
Rol: logo, portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, destarte, pois.
3. Conjunções subordinativas
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Conceito: ligam orações que têm ligação de dependência sintática.
Espécies:
Integrantes/completivas: a oração que iniciam integra ou completa o sentido da principal. Introduzem orações
substantivas, que são aquelas que podem ser substituídas por “isto”. São o “se” e o “que”. Ex. Só quero que
você me aqueça.
Rol: se, caso, desde que, contanto que, quando, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que.
Rol: para que, a fim de que, de modo que, de sorte que, porque, que.
Rol: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais/menos ... mais/menos.
Rol: quando, enquanto, desde que, sempre que, toda vez que, assim que, logo que, mal.
Rol: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, menos, tanto quanto, etc.
Rol: porque, que, como, pois que, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto.
Substituição por preposição com sentido de causa: é necessário alterar a forma verbal.
Causa vs. explicação: as orações explicativas geralmente vêm após um verbo no imperativo,
explicitando um pedido e depois a explicação daquele pedido. O segundo critério é pensar que a
causa é anterior ao evento.
Prova! “Na medida em que” é conjunção causal. “À medida que” é conjunção proporcional.
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Rol: de modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que, que (ligada a tal, tão,
cada, tanto, tamanho).
Concessiva: a oração subordinada é contrária à principal, mas sem impedir sua realização. É
uma adversidade, mas tem um sentido mais refinado de quebra de expectativa, de ressalva, de exceção.
Rol: mesmo que, ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que, se bem
que, não obstante malgrado.
O verbo vem no subjuntivo.
A locução prepositiva “apesar de” possui valor concessivo.
Aspecto argumentativo: na oração coordenada adversativa, o foco argumentativo está na oração
subordinada. Já na oração subordinada concessiva, o foco está na oração principal. Logo, a
depender da alteração, o sentido é modificado.
Ex. Matou, mas em legítima defesa. → O mais relevante é que estava em legítima defesa.
1. Substantivo
Função sintática: sempre que houver uma função sintática nominal (sujeito, predicativo, adjunto adnominal e
complemento nominal), o substantivo será seu núcleo.
Plural dos substantivos compostos: a regra é as classes que variam, continuam variando, e as que não variam,
continuam não variando. Ex. couves-flores, beija-flores, guarda-roupas.
Obs. Se o segundo substantivo for delimitador do primeiro, é possível que ambos se flexionem, ou que o
limitador seja mantido. Ex. Públicos-alvo(s), pombos-correio(s).
Ex. Minhas mãos estão sujas, lave as suas. → pronome substantivo, pois substitui suas mãos.
2. Adjetivo
Conceito: refere-se ao substantivo ou termo de valor substantivo (pronome) para lhe atribuir qualidade,
condição ou estado.
Ex. Minhas mãos estão sujas, lave as suas. → pronome adjetivo, pois se refere a mãos.
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Valor:
Subjetivo: expressa opinião. Podem ser retirados sem prejuízo. Ex. carro bonito;
Objetivo: expressa algo que é, independente de interpretação. São denominados relacionais ou de relação.
Não pode ser deslocado para antes do substantivo. Ex. carro preto.
Alterações de sentido:
Função sintática: a principal função sintática dos adjetivos e locuções adjetivas e de adjunto adnominal.
Variação de grau:
Comparativo: o elemento “do” é facultativo. Ex. mais (do) que, menos (do) que. Pode ser de superioridade,
inferioridade ou igualdade.
Relativo: expressa uma qualidade em relação a outros seres que também podem tê-la. Ex. sou
o melhor do mundo.
Absoluto: expressa determinada qualidade em grau elevado sem se relacionar a outro ser.
Pode decorrer do uso de advérbios (ex. muito) ou de sufixos (ex. caríssimo). Neste caso, será sintético,
pela falta do advérbio.
3. Advérbio
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Conceito: modifica um verbo (circunstância), um adjetivo ou outro advérbio (intensificador).
Advérbio “todo”: é o único que varia. Ex. Chegou todo sujo // A esposa estava toda nervosa.
Adjetivo adverbalizado: ocorre quando o adjetivo aparece invariável se referindo a um verbo. Nesse caso, tem
valor de advérbio.
Expressões expletivas: servem de recurso estilístico de realce, mas não têm função sintática e, por isso, podem
ser retiradas sem prejuízo da correção. Possuem, no entanto, função discursiva, argumentativa. Ex. é que, cá,
lá, não, mas, é porque, etc.
4. Numeral
Classificações: cardinais (um, dois), ordinais (primeiro, segundo), multiplicativos (dobro, triplo) e fracionários
(terço, quarto).
Observação: o número ordinal pode ser representado por letras: a), b), c)...
Valor: pode ser adjetivo, quando se refere a um substantivo, ou substantivo, quando o substitui.
Concordância: se o numeral vier sozinho, a concordância é feita com a parte inteira. Já se vier acompanhado
de adjunto adnominal, pode também concordar com este.
2 milhões
5. Artigo
Função sintática: como acompanha substantivos, sempre exerce a função de adjunto adnominal.
Artigo definido: se refere a um substantivo de forma precisa, indicando que já é conhecido. Por isso, possui
sentido de familiaridade.
Todo + artigo definido: sendo de inteiro. Ex. toda a casa precisa de reforma (= a casa inteira).
Recurso de adjetivação: o artigo definido dá um realce na entoação de um termo não tônico, modificando o
sentido.
Sentido de universalização: pode ser utilizado para universalizar uma afirmação, no sentido de “todo”. Ex. o
brasileiro é receptivo = todo brasileiro é receptivo.
Prova! Se o nome de um local estiver delimitado, é necessário o artigo. Ex. Vou a Portugal //
Vou ao Portugal contemporâneo.
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Outros sentidos:
6. Preposições
Conceito: conecta palavras e orações. Ex. a, com, de, em, para, por, ante, até, após, contra, sob, sobre, per,
por, desde, trás, perante.
Preposição exigida pelo termo anterior: possui valor gramatical, relacional e introduz um complemento.
Análise sintática
Conceito: é o estudo da função de termos em uma oração e de uma oração no período. Logo, estuda a estrutura
da oração e do período.
Prova! Um termo preposicionado não pode ter a mesma função de um não preposicionado.
Raciocínio:
1- Encontrar o verbo;
2 – Perguntar “o quê?” ou “quem?” ao verbo para encontrar o sujeito;
3 – Encontrar o núcleo do sujeito;
4 – Perguntar “algo/alguém” ou “a algo/alguém” para encontrar os complementos verbais.
1. Sujeito
Conceito: é a entidade sobre que se declara algo. É o termo da oração que estabelece com o verbo uma relação
de concordância em número e pessoa, denominada concordância verbal. É encontrado pelas perguntas “o que”
ou “quem” ao verbo.
Classificação:
Sujeito simples: possui apenas um núcleo, e que estabelece com o verbo uma relação de concordância.
Quando vêm posposto ao verbo, pode determinar a concordância atrativa. Ex. Veio Pedro e
Paulo/Vieram Pedro e Paulo.
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Sujeito oculto ou desinencial: a terminação verbal dispensa o uso do pronome pessoal.
Elíptico: mantém o verbo na terceira pessoa, de modo que é necessária a análise do contexto para permitir a
identificação do sujeito. Se não for identificado no contexto, trata-se não de sujeito elíptico, mas de sujeito
indeterminado.
Ex. Os alunos ficaram descontentes com o professor. Deixaram de ir à aula do dia seguinte. → o sujeito é
alunos.
Sujeito indeterminado: quando aparece a ação, mas não é possível dizer quem a pratica. Dá-se pelo verbo:
Pode ser uma forma de identificar algo que todos fazem, um sujeito universal.
Sujeito oracional: representado por uma oração. Ex. É necessário que todos estejam de acordo. É substituível
por “isto”.
Prova! Tratar-se: é invariável por indicar sujeito indeterminado. O que vem depois é
complemento, e não sujeito, já que este nunca pode ser preposicionado.
Obs. O verbo auxiliar se flexiona para concordar com seu sujeito. Se o verbo principal for
impessoal, o verbo auxiliar permanece no singular.
2. Predicado
Conceito: tem um nome que exprime qualidade do sujeito como núcleo. Verbos de ligação + predicativo do
sujeito (núcleo). Ex. os autores ficaram satisfeitos.
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Verbo de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se etc. Liga o sujeito ao predicativo,
que é uma característica que o sujeito tem. Geralmente, o predicativo será um adjetivo. Não expressa ação – é
verbo de estado, não nocional.
Diferenciação de verbo transitivo direto: no VTD, o objeto não precisa flexionar com o sujeito (ex. o
candidato realizou a prova → os candidatos realizaram a prova). Já no VL, se o sujeito é flexionado, o
predicativo também deve ser (ex. o candidato está tranquilo → os candidatos estão tranquilos).
Se o sentido do verbo não for complementado por um predicativo do sujeito, mas por adjunto adverbial,
não se terá o verbo de ligação, mas verbo intransitivo.
Alguns verbos funcionam tanto como verbos de ligação, quanto verbos transitivos ou
intransitivos.
Prova! Verbos “caber”, “convir”, “assistir”, “importar”, “bastar”, “urgir”, “custar”, etc.:
admitem o sujeito como uma coisa e a pessoa com OI. Ex. Aos adolescentes basta uma palavra de
motivação.
Conceito: tem como núcleo um verbo nocional, que pode ser transitivo direto, transitivo indireto ou
intransitivo. É necessário que o verbo indique ação. Ex. Os ministros decidiram o pleito.
Verbo intransitivo: não precisa de complemento verbal, mas pode exigir ser complementado por adjunto
adverbial que transmita circunstâncias de lugar ou modo. Assim, nunca se perguntará “algo” ou “alguém”,
mas sim “onde”, “quando”, etc.
Pode iniciar período, caso em que o termo posterior não será objeto direto, mas sujeito
posposto.
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Prova! Não confundir com VTD quando o sujeito for posposto!
VTI vs. VI completado por adjunto adverbial: o OI apenas completa o sentido do verbo, sem transmitir
circunstâncias de lugar ou modo.
Pontuação:
Ajunto adverbial solto: é aquele inserido para ampliar o sentido, sem que seja exigido pelo verbo. Ex. O
problema ocorreu naquela tarde. Pode ser deslocado para diferentes pontos na frase.
Antecipada ou no meio da frase: a vírgula é obrigatória. Ex. Antes da última rodada, o time já era
campeão // O time, antes da última rodada, já era campeão.
Ao final da frase: a vírgula é facultativa. Ex. O time já era campeão, antes da última rodada // O time
já era campeão antes da última rodada.
Adjunto adverbial preso: é aquele exigido pelo VI. Não há vírgula. Ex. eu estou bem.
Verbo transitivo: precisa de complemento, seja objeto direto ou objeto indireto. Logo, não possui sentido
completo.
Verbo transitivo direto: exige objeto direto, que é complemento sem preposição. Pergunta: “algo” ou
“alguém”.
Objeto direto:
Pleonástico: para enfatizar, o objeto direto é antecipado para o início da fase e então é repetido
através do pronome oblíquo átono. A vírgula é facultativa.
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Preposicionado:
Ex. Eu cumpri com o dever (ênfase). // O dever foi cumprido por mim.
A substituição pelo pronome oblíquo é normal – utiliza-se “o”, “a”, “os” ou “as”, e
não “lhe”.
Verbo transitivo indireto: exige objeto indireto, que é o complemento com preposição. Pergunta: “a algo” ou
“a alguém”.
Verbo transitivo direto e indireto: exige dois complementos: um com preposição (objeto indireto) e um sem
preposição (objeto direto).
Observações:
Toda vez que o sentido do verbo muda, sua regência também muda.
Prova! Analisar sempre o contexto! Ex. Eu sonhei com você → VTI; Eu sonhei ontem → VI;
Sonhei um sonho tranquilo → VTD.
Conceito: apresenta dois núcleos, sendo um verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predicativo).
Verbo intransitivo + predicativo do sujeito: não é necessário um verbo de ligação para que haja um
predicativo do sujeito!
Adjunto adnominal: acompanha um substantivo, núcleo de uma função sintática qualquer, procurando
caracterizá-lo. Logo, tem função adjetiva. Se for retirado, a frase ainda terá sentido. Possui sentido ativo.
Complemento nominal: complemento de um nome que possui transitividade, com preposição. Parece um OI,
mas a palavra que rege a preposição é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Sentido passivo.
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Refere-se a substantivo concreto ou abstrato; Quando se refere a substantivo, é sempre abstrato –
sentimento, ação, qualidade, estado e conceito;
Pode ser substituído por uma palavra única, um Se o nome fosse transformado em ação, seria um
adjetivo com sentido perfeitamente equivalente complemento verbal.
4. Predicativo
Do objeto: para diferenciar do adjunto adnominal, substituir o objeto por um pronome oblíquo. Se o
termo permanecer, é predicativo do sujeito. Se for incorporado pelo pronome, é adjunto adnominal.
5. Aposto e vocativo
Ex. A praia de Pipa é linda → Não é um Pipa que tem uma praia.
Vocativo: termo que serve para chamar, invocar, por alguém. Não confundir com o sujeito! É sempre marcado
por vírgula.
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6. Adjunto adverbial
Conceito: função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância – tempo,
modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição, etc.
7. Agente da passiva
Transposição de voz; quando a voz ativa é transporta para voz passiva, o sujeito vira agente da passiva e o
objeto direto vira sujeito paciente.
8. Observações finais
Sujeito:
Objeto direto:
Prova! Só é possível presumir que o termo é objeto direto ao perguntar “o que?” quando o
sujeito já tiver sido encontrado, seja explícito ou implícito. Ex. Sabia que o prefeito não era honesto. → É
possível inserir o sujeito “eu” ou “ele/ela”, então é OD; Sabia-se que o prefeito não era honesto. → Não
é possível inserir um sujeito, então a oração é subjetiva, sendo sujeito da passiva.
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Função sintática dos termos preposicionados:
Adjunto adnominal:
Complemento nominal:
Adjunto adverbial: se for expressão, deve ser preposicionado. Normalmente indica tempo, modo ou lugar. Se
retirado, a frase não perde o sentido.
Regência
1. Regência verbal
1.1. Reconhecimento de complementos
Conceito: é a adequação entre o verbo e seu complemento (objeto direto e indireto). Também é chamada de
predicação ou transitividade verbal.
Termos:
Predicado verbal:
Verbo intransitivo: não precisa de complemento verbal, mas pode exigir ser complementado por adjunto
adverbial que transmita circunstâncias de lugar ou modo.
Pode iniciar período, caso em que o termo posterior não será objeto direto, mas sujeito
posposto.
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Surgiram duas novas vagas. → Sujeito posposto.
VTI vs. VI completado por adjunto adverbial: o OI apenas completa o sentido do verbo, sem
transmitir circunstâncias de lugar ou modo.
Pontuação:
Ajunto adverbial solto: é aquele inserido para ampliar o sentido, sem que seja exigido pelo verbo. Ex. O
problema ocorreu naquela tarde. Pode ser deslocado para diferentes pontos na frase.
Antecipada ou no meio da frase: a vírgula é obrigatória. Ex. Antes da última rodada, o time já era
campeão // O time, antes da última rodada, já era campeão.
Ao final da frase: a vírgula é facultativa. Ex. O time já era campeão, antes da última rodada // O time
já era campeão antes da última rodada.
Adjunto adverbial preso: é aquele exigido pelo VI. Não há vírgula. Ex. eu estou bem.
Verbo transitivo: precisa de complemento, seja objeto direto ou objeto indireto. Logo, não possui sentido
completo.
Verbo transitivo direto: exige objeto direto, que é complemento sem preposição.
Objeto direto:
Pleonástico: para enfatizar, o objeto direto é antecipado para o início da fase e então é
repetido através do pronome oblíquo átono. A vírgula é facultativa.
Preposicionado:
o Casos obrigatórios: o OD deve ser acompanhado de uma preposição obrigatória em razão
de ênfase, eufonia ou clareza.
OD for pronome oblíquo tônico ou “quem”. Ex. Vendemos a nós mesmos → vender
é VTD, mas o “nós” exige preposição.
OD for verbo no infinitivo. Ex. Aprendi a nadar.
Possibilidade de ambiguidade. Ex. A onça ao caçador surpreendeu. // À onça o
caçador surpreendeu.
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Reciprocidade: ex. eles ofenderam-se uns aos outros.
o Casos facultativos: a preposição não é obrigatória, mas é inserida por motivo de clareza ou
ênfase.
OD for a palavra “ambos”: ex. Contratei a ambos.
Pronomes indefinidos referentes a pessoas: ex. A alegria atingiu a todos.
OD for nome próprio: ex. Busquei a Maria no aeroporto.
Reforço ou exaltação de sentimento. Ex. Amo a Deus → ênfase.
Ex. Eu cumpri com o dever (ênfase). // O dever foi cumprido por mim.
o A substituição pelo pronome oblíquo é normal – utiliza-se “o”, “a”, “os” ou “as”, e não
“lhe”.
Verbo transitivo indireto: exige objeto indireto, que é o complemento com preposição.
Verbo transitivo direto e indireto: exige dois complementos: um com preposição (objeto
indireto) e um sem preposição (objeto direto).
Obs.
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Toda vez que o sentido do verbo muda, sua regência também muda.
Obs. Pronome relativo: o pronome relativo pode exercer a função sintática de um complemento, seja de um
verbo (OD ou OI) ou de um nome (CN) quando ele retoma o termo que tem essa função.
Ex. Os ideais por que luto são inegociáveis. → o “que” é OI (luto por ideais).
Atenção! Excepcionalmente, objeto indireto oracional pode aparecer sem preposição desde
que não prejudique a clareza. Ex. Ela nunca duvidou (de) que o marido compusesse.
Predicado nominal:
Verbo de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, etc. Liga o sujeito ao predicativo, que é
uma característica que o sujeito tem. Geralmente, o predicativo será um adjetivo. Não expressa ação – é verbo
de estado, não nocional.
Diferenciação de verbo transitivo direto: no VTD, o objeto não precisa flexionar com o sujeito (ex. o
candidato realizou a prova → os candidatos realizaram as provas). Já no VL, se o sujeito é flexionado, o
predicativo também deve ser (ex. o candidato está tranquilo → os candidatos estão tranquilos).
Se o sentido do verbo não for complementado por um predicativo do sujeito, mas por adjunto
adverbial, não se terá o verbo de ligação, mas verbo intransitivo.
Alguns verbos funcionam tanto como verbos de ligação, quanto verbos transitivos ou
intransitivos.
Prova! Qualquer verbo no sentido de almejar é VTI, mas o verbo almejar é VTD.
Agradar:
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Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: VTD ou VTI com a preposição “a”. Ex. Satisfiz as exigências. // Satisfiz
às exigências.
Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adotar, visitar: VTD. Ex. Estimo o colega.
Aspirar:
Assistir:
Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: VTDI. Ex. Avisei o agente do problema.
Atender:
Sentido de dar atenção, receber, seguir, acatar: VTD. Pode ser VTI. Ex. Não costuma atender os meus
conselhos; Não atendeu a observação.
Sentido de responder, prestar auxílio: VTI. Ex. Os bombeiros atenderam ao chamado.
Caber:
Sentido de ser compatível, pertencer*: VTI. Ex. Cabe a você esperar pelo melhor. → o sujeito é oracional.
Sentido de ficar dentro: VI. Ex. O ônibus coube na garagem.
Sentido de ter admissibilidade: VI. Ex. No seu caso, não cabe recurso.
Chamar:
Sentido de movimento: VI. Exige a preposição “a” no sentido de movimento a um destino, e “de” no sentido
de movimento de um lugar de origem. Não cabe a preposição “em”. Ex. Cheguei a Fortaleza. // Cheguei de
Fortaleza.
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Constar:
Sentido de conter, consistir, ser constituído: VTI, exigindo a preposição “de”. Ex. O CC consta de mais 2000
artigos.
Sentido de estar incluído, estar contido: VTI, exigindo preposição “de” ou “em”. Ex. Consta nos autos.
Sentido de saber, ter ciência: VTI, exigindo a reposição “a”. Ex. Não consta a ele que tenha outro filho.
Convir*:
Sentido de ser útil, proveitoso: VTI. Ex. Convém a todos lutar pela igualdade. → o sujeito é oracional.
Sentido de ser conveniente: VI. Ex. Essa atitude não convém.
Custar:
Dar início a: dar (VTDI) + início (OD) + OI – se for feminino, a crase é obrigatória.
Implicar:
Pedir, implorar, suplicar: VTDI, com a posição “a”. A preposição pode ser “para” quando se referir à palavra
licença. Ex. Pediu ao dirigente uma solução; Ele pediu para sair.
Perdoar e pagar:
Perguntar: VTDI:
54
Perguntar algo a alguém;
Perguntar alguém sobre algo;
Precisar:
Sentido de ter necessidade: VTI, com preposição “de”. Ex. Preciso de você.
Sentido de especificar: VTD. Ex. Não sei precisar as questões que errei.
Preferir:
O verbo preferir não aceita palavras ou expressões de intensidade + “do que” ou “que”.
Paralelismo: em “prefiro X a Y”, ou ambos os elementos estão determinados por artigos, ou
nenhum está.
Presidir: VTD ou VTI. Ex. O chefe presidiu a sessão. // O chefe presidiu à sessão.
Proceder:
Querer:
Referir-se: sentido de fazer referência: VTI. É verbo pronominal. Ex. O palestrante referiu-se ao problema.
Responder:
Simpatizar e antipatizar: VTI, com a preposição “com”. Não se utiliza pronome átono. Ex. Simpatizo com ela.
// Simpatizo-me com ela.
Visar:
Verbos terminados em r, s ou z: variação para lo, la, los, las. Ex. Vou cantar uma música // Vou cantá-la.
Verbos terminados em m ou ~: variação para no, na, nos, nas. Ex. Cantam a música // Cantam-na.
Conceito: é uma palavra que inicia as orações subordinadas adjetivas e pode estar antecedido de preposição
a depender do verbo desta.
Rol:
Funções sintáticas:
Sujeito:
Objeto direto:
Objeto indireto:
Complemento nominal:
Adjunto adverbial:
De lugar: se for estático, a preposição é em; se for destino, a preposição é a ou para; se for de
origem, a preposição é de; se for trajeto, a preposição é por. Ex. Esta é a casa onde moramos.
Regras:
Funções sintáticas:
Sujeito:
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso. → O filme não fez sucesso // O artista do filme foi
premiado.
Objeto direto:
O filme cuja sinopse li não fez sucesso. → O filme não fez sucesso // Li a sinopse do filme.
Objeto indireto:
O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso. → O filme não fez sucesso. // Não gostei da sinopse do
filme.
Complemento nominal:
O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso. → O filme não fez sucesso. // Fiz alusão à sinopse do filme.
Estive ontem na praça em cujo centro foi montado o circo. → Estive ontem na praça. // No centro da praça foi
montado um grande circo.
Atenção! Não se usa artigo ou pronome após o pronome relativo cujo. Ex. A casa cujo o teto
caiu [...]; A empresa cujos aqueles funcionários [...];
Atenção! Quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo ou um nome
posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração substantiva, é o verbo ou nome anterior que
a exige. Ex. Importante é aquilo de que não se pode fugir → O.S.Adj. – de que é objeto indireto; É
importante que você busque seus objetivos → O.S.Substantiva subjetiva.
1.3. Crase
57
Estrutura padrão: preposição “a” (exigida pelo verbo ou nome) + artigo “a” ou pronomes “aquele”, “aquela”,
“aquilo” e “a qual”. É sinalizada pelo uso do acento grave (`) – crase não é o nome do acento.
Obs. O “a” antes da preposição “de” ou do pronome relativo “que” não é artigo, mas pronome demonstrativo
(= aquela), o que também possibilita a crase.
Não há crase antes de palavra masculina, pois não há artigo “a” antes de palavra masculina.
Ex. a prazo, a pé, a crédito...
Macete: substituir a palavra feminina por palavra masculina, para verificar se o “a” é substituído
por “o”. Nesse caso, não haverá crase. Só se usa o acento grave quando, no masculino, utiliza-se
“ao”.
Não há crase em “a” singular diante de palavra no plural, pois significa que ali não há artigo.
Prova! Em termos comparativos, o segundo termo tem função de sujeito. Ex. a ocultação,
pela indústria custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos EUA em
uma década.
Regras auxiliares:
Pronomes: não há crase antes de pronome, pois não há artigo antes de pronome.
Exceções:
Pronome relativo “a qual”: é o pronome relativo “qual”, de antecedente feminino, ligado a verbos
que exijam a preposição “a”.
Pronomes possessivos femininos: a crase é facultativa. É possível não usar a crase por estar
antes de pronome, e é possível utilizar porque, no masculino, permite-se o “ao”.
Ex. Pedi a\à sua tia que fizesse o bolo; Vá a/à minha sala.
Pronome de tratamento senhora: admite artigo. Por isso, se for precedido da preposição “a”, a crase
é obrigatória.
Obs. Em caso dos pronomes demonstrativos “aquele”, “aquela” e “aquilo”, caso se utilize a
preposição antes, não haverá crase. Entretanto, é possível fundir a preposição com o pronome,
caso em que haverá crase.
Ex. Não pretendo ir a aquela praia // não pretendo ir àquela praia. → corretos!
Números ordinais: aplicam-se as regras gerais – ver se é feminino e substituir por palavra masculina.
Nomes que exigem artigo: para saber se o topônimo pede ou não artigo, basta trocar o verbo
que exige a preposição “a” por outro que exige preposição diferente – ex. volta de: quando se volta de,
utiliza-se “a” e quando se volta da, utiliza-se “à”
Exceção: se o topônimo não exige artigo, mas é caracterizado por alguma expressão, deve ser
utilizado o artigo.
Casa, terra e distância: apenas quando vierem determinadas ou especificadas é que admitem crase, mas
sozinhas não.
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Obs. Terra: por especificar que é o planeta Terra, é craseado. Ex. A sonda voltou à terra em 20
dias.
Locuções adverbiais: expressões adverbiais femininas são craseadas. Geralmente são de tempo, de modo ou
de lugar. Ex. à tarde/à noite, à direta/esquerda, às claras/escondidas/ocultas, à toa, à beça, às vezes, à escuta, à
deriva, às avessas, às moscas, à revelia, à luz, à larga, às ordens, etc.
Observação - Há vs. a: “há” é utilizado para tempo decorrido ou no sentido de existir, enquanto “a” é
utilizado para tempo futuro e distâncias.
Observação: frango a passarinho, bife a cavalo – não expressam modo e, por isso, não possuem
crase.
À uma: há crase.
À vista: é divergente, mas por ser um adjunto adverbial de modo feminino, deve ser craseado. Obs. a
palavra a prazo, por outro lado, por ser masculina, não é craseada.
Exceções:
Locuções adverbiais com palavras repetidas: não há crase. Ex. Cara a cara; frente a frente.
Expressão dar início a: dar (VTDI) + início (OD) + OI – se for feminino, a crase é obrigatória.
Após a expressão “até”: a preposição “a” e, por conseguinte, a crase, são facultativas.
Ex. O visitante foi até a sala do Diretor. // O visitante foi até à sala do Diretor.
Exceção: se o substantivo estiver implícito, a crase é obrigatória. Ex. Na geração anterior à nossa
[...]. Ocorre porque nesses casos o pronome é substantivo, e não adjetivo.
2. Regência nominal
Complemento nominal: determinados nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) também podem ter
transitividade, exigindo complemento. O complemento sempre vem preposicionado, exceto quando aparecer
na forma de um pronome oblíquo átono. Ex. certeza (de algo), obediência (a algo/alguém), longe (de
algo/alguém), perto (de algo/alguém), fiel (a algo/alguém), etc. É sempre introduzido por preposição.
sujeito predicado
Objeto indireto vs. complemento nominal: havendo VTDI, haverá um OD e um OI. Nesse caso, o termo
preposicionado é OI, completando o sentido do verbo. Por outro lado, o CN completa o sentido do objeto.
Exemplos importantes:
Nome Complemento
Acostumado A, com
Afeiçoado A, por
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Alheio A, de
Ambicioso De
Amor A, por
Apto A, para
Aversão A, por
Conforme A
Constante De, em
Contemporâneo A, de
Curioso De
Desgostoso Com, de
Devoto A, de
Imbuído De, em
Imune A, de
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Inclinação A, para, por
Incompatível Com
Intenção De, em
Junto A, de
Preferível A
Propenso A, para
Próximo A, de
Último A, de, em
Sujeito Predicado
Período composto
1. Introdução
Pontuação: o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem por meio das pontuações finais
“. ! ? ...”.
Ponto final: utilizado para marcar o término de uma declaração, de uma frase declarativa. Ex.
As aulas terminaram mais cedo.
Ponto de exclamação: transmite emoção, sentimento. Ex. Socorro!
Ponto de interrogação: finaliza uma frase interrogativa direta. Ex. Por que você não veio
ontem?
Dois pontos: posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém. A citação deve se
iniciar com letra maiúscula. Ex. O ministro declarou “Há dois anos os juros estavam mais baixos”.
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Reticências: indicar que a declaração que vinha sendo feita continua. Intenção de se fazer
subentender. Por isso, cabe a interpretação de uma hesitação, pelo comentário subjetivo.
Período: frase que contém por um ou mais verbos. Possui verbo e sentido completo. Por essa razão, deve
terminar com alguma das pontuações “. ! ? ...” (pontuações definitivas).
Oração: possui verbo, mas nem sempre terá sentido completo. Por isso, além das pontuações finais, pode
terminar com “, ; -“ ou mesmo nenhuma pontuação.
2. Orações coordenadas
Introdução: orações independentes, de sentido completo. Uma não depende sintaticamente da outra – é como
se fossem duas orações principais.
Enumeração: termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos, adjetivos e verbos. Esses
termos são separados por vírgulas.
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para a casa → enumeração de
verbos/ações;
Sindética: quando a oração coordenada é explicitamente iniciada por conjunção. A segunda oração
geralmente é sindética. A vírgula depende do valor semântico.
Assindética: quando a oração coordenada não é iniciada por conjunção. A primeira oração geralmente é
sindética. A vírgula é obrigatória, independentemente do sentido.
Valores:
Aditivas: somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. Conjunções e, nem, tampouco, não só ...
mas também, não só ... como também, tanto ... como, ademais.
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Mas também: o também pode estar subentendido. Ex. Não só estuda, mas (também) trabalha.
Pontuação: a vírgula é facultativa. Tem função de ênfase, dando prevalência à segunda
oração.
Enumeração:
Objetiva: autor simplesmente se atém a relatar o que ocorreu, sem envolvimento emocional. Estrutura: ____ ,
____ , ____ , ____ e ____ (a conjunção pode ser retirada e substituída por uma vírgula sem prejuízo da
correção). Ex. A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou
tranquila, realizou a prova.
Subjetiva: reforço das ações. Transmite uma carga de emoção par se aumentar a força nos argumentos.
Estrutura: ____ , e ____ , e ____ , e ____ , e ____ . Ex. Ex. A candidata acordou cedo, e preparou uma
refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova.
Adversativas: exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. Conjunções: mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto.
A conjunção “e” pode indicar oposição. Ex. Estudou, e não foi aprovado. A vírgula é obrigatória.
Mas: se o “também” estiver subentendido, o “mas” será aditivo e, consequentemente, a vírgula é
facultativa.
Colocação: a conjunção “mas” só pode ser posicionada no início da oração. Por ouro lado, as
conjunções “porém, entretanto, contudo, todavia e no entanto” têm capacidade mobilidade, podendo se
posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula obrigatória.
Ex. Há muito serviço, porém ninguém trabalhava // Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. // Há
muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
Ex. Ela grita muito, mas é gente boa. = Embora grite muito, é gente boa.
Alternativas: conjunções: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja .... seja.
Valor:
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Inclusão: independentemente de qual dos termos, os dois possuem tal característica. Ex. João ou
Pedro são bons candidatos.
Exclusão: um termo exclui o outro automaticamente. Ex. João ou Pedro ganhará a presidência do
clube.
Duplicidade: as conjunções vêm em dobro. A exceção é quanto ao primeiro “ou”, que pode
ficar subentendido. Ex. Fale agora ou se cale para sempre. Nesse caso, a primeira oração será
assindética.
Pontuação: com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente são separadas
por vírgula, que é facultativa. Ex. Faça a sua parte(,) ou procure outro emprego.
Conclusivas: são utilizadas para expressar o resultado de um fato originário, fechamento de argumento
conclusivo e dedução. Conjunções: logo, portanto, por conseguinte, pois (depois do verbo), por isso, então,
assim, em vista disso, dessarte, destarde.
Ex. Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde // Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até
tarde. // Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Explicativas: iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. Conjunções:
porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto, que.
Pontuação
Conclusivas Vírgula obrigatória
Explicativas Vírgula obrigatória
Adversativas Vírgula obrigatória
Aditivas Vírgula facultativa
Alternativas Vírgula facultativa
Utilização do porquê:
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Por quê: utilizado no final da frase, com sentido de por qual razão;
Porquê: substantivo, precedido de artigo, sentido de motivo;
Por que: sentido de por qual razão;
Porque: conjunção explicativa.
3. Orações subordinadas
Conceito: é aquela que depende sintaticamente da principal para ter sentido. Quando separadas, a oração
subordinada não tem sentido completo, ao contrário da principal.
Classificação:
Desenvolvidas: possuem conjunções e verbos conjugados em tempos e modos verbais. Ex. O candidato
passou no concurso porque se esforçou no estudo.
Reduzidas: perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e
particípio. Ex. O candidato passou no concurso por se esforçar no do estudo.
3.1. Adverbiais
Valores:
Causais: exprimem causa, motivo, razão. Conjunções: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial
estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, etc.
Prova! Como + verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo = causa. Ex. como fizesse
barulho, se assustou.
Seguido de verbo no indicativo: indica causa. Ex. Uma vez que estudou, passou.
Seguido de verbo no subjuntivo: indica condição. Ex. Uma vez que estude, passará.
A conjunção “se” também pode transmitir valor de causa, quando a oração funciona como
base ou ponto de partida de um raciocínio. Ex. se o estudo é o princípio do concurseiro, é
imprescindível a organização de seu material de estudo.
As conjunções “porque”, “porquanto” e “pois” podem ser coordenativas explicativas ou
subordinativas causais.
Consecutivas: experimento um efeito, um resultado. Conjunções: que, antecedida por algum intensificador.
Ex. tal ... que, tanto ... que, tão ... que, tamanho ... que, de sorte que, de modo que, sem que, que não. Sempre
cabe “de modo que”.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.
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Obs. Os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos. Ex. Bebia que
caía pelas ruas.
Relação de causalidade:
Causa e consequência: causa é aquilo que faz com que uma coisa exista – é a origem e, portanto, ocorre
temporalmente antes. Já a consequência é o efeito, resultado, que ocorre temporalmente depois.
Substantivos: causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, fundamento, origem, o porquê, etc. Ex. O
desemprego nos centros urbanos constitui uma das causas fundamentais do surgimento das favelas.
Verbos: causar, gerar, acarretar, originar, provocar, motivar, permitir, etc. Ex. O desemprego nos centros
urbanos gera o surgimento das favelas.
Locuções prepositivas: por, em virtude de, em razão de, por causa de, em vista de, por motivo de, decorrente
de, devido a, etc. Ex. O surgimento das favelas é decorrente do desemprego nos centros urbanos.
Conjunções: porque, pois, já que, visto que, uma vez que, porquanto, como, etc. Ex. Surgem as favelas porque
nos centros urbanos aumenta o desemprego.
Substantivos: efeito, produto, fruto, reflexo, desfecho, desenlace, etc. Ex. O surgimento das favelas constitui
uma das consequências do desemprego nos centros urbanos.
Verbos: derivar, vir de, resultar, decorrer, provir, etc. Ex. O surgimento das favelas resulta do desemprego nos
centros urbanos.
Locuções prepositivas e conjunções: por isso, por consequência, portanto, por conseguinte,
consequentemente, logo, então, por causa disso, em virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à
conta disso, como resultado, em conclusão, em suma, em resumo, enfim, tanto ... que, tal ... que, tamanho ...
que, de modo que, de jeito que, etc. Ex. Cresce o índice de desemprego nos centros urbanos, por conseguinte
surgem as favelas.
Relação: quando temos uma oração subordinada adverbial causal, a sua oração principal terá valor de
consequência, e, quando há oração subordinada adverbial consecutiva, a sua oração principal terá valor de
causa.
Observações:
1ª. Porque: é a principal conjunção causal. Ex. A professora se demitiu, porque o diretor não a respeitava.
Também é conjunção explicativa. Ex. Não toque nesse objeto, porque ele é muito frágil. Para diferenciar, é
necessário averiguar se a oração anterior ao porque expressa um fato consumado. Em caso positivo, a oração
do porque será causal. Já o fato não consumado precede uma explicação. Nesse caso, a oração anterior
geralmente terá verbos no modo imperativo.
2ª. A ideia de consequência também pode ser expressa por “e”, e não apenas pelas conjunções tradicionais.
Ex. O jogador marcou 6 gols e a torcida ficou muito feliz.
3ª. A condição “se” também pode exprimir causa. Ex. se ela não está bem, não deve participar do evento. →
pode ser substituído por “já que ela não está bem, não deve participar do evento” ou “porque ela não está bem,
não deve participar do evento”.
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Prova! As conjunções coordenadas conclusivas também podem construir a relação de causa e
consequência.
Condicionais: expressa hipótese. O “se” só será condicional se puder ser substituído por “caso”. Conjunções:
se, caso, contando que, desde que, uma vez que, sem que, a não ser que, a menos que, dado que, salvo se,
exceto se, etc. Verbo no subjuntivo.
Seguido de verbo no indicativo: indica causa. Ex. Uma vez que estudou, passou.
Seguido de verbo no subjuntivo: indica condição. Ex. Uma vez que estude, passará.
Desde que:
Seguido de verbo no indicativo: indica tempo. Ex. Desde que chegou, estudou sem parar.
Seguido de verbo no subjuntivo: indica condição. Ex. Desde que estude, passará.
Correlação verbal:
Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição, contraste, ressalva ao da oração
principal. É uma adversidade que não impede que o resultado ocorra. Conjunções: embora, apesar de (que),
mesmo que, ainda que, em que pese, posto que, por mais que, não obstante, malgrado, a despeito de,
conquanto, por mais que, mesmo porque, se bem que. Verbo no subjuntivo.
Em que pese a autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações.
Prova! Conquanto não se confunde com porquanto! Conquanto traz ideia de concessão, e
porquanto de causa.
Ex. Ela grita muito, mas é gente boa. = Embora grite muito, é gente boa.
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Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação. Conjunções: tal qual, tanto quanto, tal
como, como, assim como.
Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Conjunções: como, conforme,
segundo, consoante. A oração subordinada é a base de sustentação do argumento. Ideia de regra.
Proporcionais: ideia de proporção. Conjunções: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ...
tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto
mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto/como.
Ao passo que: pode ser adverbial proporcional (ex. os cogumelos, ao passo que devoram os
tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos), adverbial temporal (ex. ela dormia, ao passo que o
professor dissertava) ou coordenada adversativa (ex. é feia, ao passo que a irmã é bonita).
Finais: indicam finalidade, objetivo, propósito. Conjunções: para que, a fim de que, que, porque, de modo
que, de sorte que.
Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal. Conjunções: quando
(tempo fixo), enquanto (tempo paralelo ou situação mutável), logo que, mal, sempre que, assim que, desde
que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.
Desde que:
Verbo no indicativo: ideia de tempo. Ex. Desde que ele chegou, está estudando.
Verbo no subjuntivo: ideia de condição. Ex. Desde que ele chegue, haverá aula.
Ex. Por que se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso. → oração subordinada adverbial causal.
Vírgula obrigatória.
Pontuação:
Oração principal + oração subordinada adverbial: vírgula facultativa;
Oração subordinada adverbial + oração principal: vírgula obrigatória.
3.2. Substantivas
Orações substantivas: completa a oração que a ela se liga, de modo que sua retirada prejudica o sentido.
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto recebem
um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva. Será sempre o termo que falta na oração
principal.
Prova! Nas orações substantivas é possível encaixar o pronome “isto”. Ex. Era indispensável
isto.
CESPE! Também chama de completivas.
Introdução: nas orações substantivas o “QUE” ou “SE” funcionam como conjunção integrante ou
completiva.
Valores:
Subjetiva: exerce função de sujeito oracional. Estrutura: a oração principal contém um verbo de ligação +
predicativo do sujeito ou verbo intransitivo. O verbo deve sempre estar na 3ª pessoa do singular.
Ex. Na ata da reunião constava a presença deles → Na ata da reunião constava que eles estavam presentes →
Na ata da reunião constava eles estarem presentes (reduzida de infinitivo).
É preciso estudar.
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Frases interrogativas indiretas: a oração subordinada substantiva objetiva direta pode ser
introduzida pela conjunção subordinada “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos.
Ex. Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. → Ninguém sabe como ela aceitará a proposta → Ninguém sabe
quando ela aceitará a proposta.
Verbos deixar, mandar, fazer, ver, sentir, ouvir, perceber: forma peculiar de oração reduzida.
Os pronomes oblíquos átonos atuam como sujeito do infinitivo.
Objetiva indireta: a oração principal contém sujeito e VTI, e necessita de complemento preposicionado.
Ex. Teus amigos confiam em tua vitória → Teus amigos confiam em que tu vencerás → Teus amigos confiam
em venceres (reduzida de infinitivo).
Ex. Teus pais estavam certos de sua volta → Teus pais estavam certos de que tu voltarias → Teus pais
estavam certos de voltares.
Ex. Nossa maior preocupação era a chuva → Nossa maior preocupação era que chovesse → Nossa maior
preocupação era chover (reduzida de infinitivo).
Ex. Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. → Todos defendiam esta ideia: que o prédio
fosse desapropriado → Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado.
Implicações:
Pontuação: excetuando o aposto, esses termos substantivos não são separados por vírgula e, portanto, a
oração subordinada substantiva também não pode ser separada por vírgula.
Preposição: quando a oração for subjetiva, objetiva direta e predicativa, não pode haver uso de preposição
antecedendo.
Verbo: quando a oração for subjetiva o verbo sempre fica na 3ª pessoa do singular.
3.3. Adjetivas*
Introdução: sempre começa com um pronome relativo (termo antecessor é substantivo ou pronome) – para
verificar, substituir o “que” por “o qual”.
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Prova! As expressões formadas pelo verbo “ser + que” são partículas expletivas, não
pronome relativo. Ex. É que: “Nós é que o convencemos a ficar”. O mesmo ocorre na estrutura “que +
substantivo + resto da frase. Ex. Que ideia interessante!
Classificação:
Restritiva: limita. Não é isolada por vírgulas. Normalmente, não pode ser retirada sem alteração de sentido.
Tem valor de adjunto adnominal. Sentido de alguns.
Explicativa: não limita, só reforça. Traz uma informação acessória e, por isso, pode ser retirada sem alteração
de sentido. Por essa razão, é inútil. É isolada por vírgulas – a retirada das vírgulas não preserva a correção
gramatical. Realiza função de aposto explicativo. Sentido de todos.
Ex. Os candidatos que vierem do interior terão isenção da taxa de inscrição. → ideia de restrição – um grupo
dentro do todo dos candidatos.
Os deputados que são da esfera estadual não terão reajuste. → ideia de restrição – um grupo dentro do todo
dos deputados.
Os vereadores, que são da esfera municipal, não terão reajuste. → ideia de explicação, pois todo vereador é da
esfera municipal.
Prova! Verificar se a vírgula não é por conta de outra oração intercalada, não da oração
adjetiva!
Desenvolvidas: introduzidas pelo pronome relativo “que” e verbo conjugado. Ex. Ele foi o primeiro aluno que
se apresentou.
Reduzidas: não são introduzidas pelo pronome relativo e apresentam o verbo em uma das formas nominais.
Ex. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
4. Orações reduzidas*
Orações desenvolvidas: introduzidas por conjunção integrante (subordinadas substantivas), pronome relativo
(subordinadas adjetivas) ou conjunção subordinativa (adverbiais) + verbo conjugado.
Orações reduzidas: não são introduzidas por conectivos + verbo na forma nominal – infinitivo, gerúndio ou
particípio.
Terminado o serviço, foi embora. ↔ Assim que terminou o serviço, foi embora.
Noções de pontuação
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1. Regras gerais
Ordem direta frasal: sujeito + verbo + outros termos (OD/OI/predicativo). Não há vírgula, independentemente
do tamanho dos termos. Qualquer termo que vier entre esses, deve estar entre vírgulas, isolado para não
interferir.
Ex. Todos os alunos de psicologia da USP farão uma avaliação global no segundo semestre.
Durante o período da graduação, os estudantes passam por vários testes. → Há virgula, porque se a oração não
está começando com o sujeito, a oração não está na ordem direta.
Esclarecimento: termo que indique esclarecimento deve estar separado por pontuação. São termos que
desenvolvem o sentido de termo anterior ou acrescentam informações.
2. Vírgula
Inversão:
Adjunto adverbial anteposto: em caso de inversão, a vírgula é obrigatória para isolar termo de grande
extensão (03 ou mais palavras) e facultativa para termos de pequena extensão (termo único ou até 02
palavras). Assim, é sempre melhor usar a vírgula, pois é sempre permitida. Em sua posição normal (ao final
da frase), a vírgula é facultativa.
Termo intercalado: também há vírgula para isolar termo intercalado, que é o termo que quebra uma sequência,
a ordem frasal. Nesse caso, tudo o que vem entre as vírgulas pode ser retirado, pois ainda haverá uma estrutura
completa. O termo intercalado vem entre vírgulas, travessões ou parênteses. Nesse caso, o critério da extensão
também é aplicado.
Enumerar termos repetidos ou de mesma função sintática: os elementos da lista são denominados elementos
coordenados de uma série enumerativa. Antes do último elemento da enumeração, o uso do “e” indica que a
enumeração acabou. Se for inserida vírgula antes do último item, sugere-se que há outros itens que não foram
mencionados.
Elipse e zeugma: substitui o termo omitido. Na elipse, o termo não foi expressamente mencionado
anteriormente, mas pode ser aferido pelo contexto. Já na zeugma, há omissão de um termo já mencionado.
Quando o termo omitido for verbo, são denominadas vírgulas vicárias.
Orações adjetivas explicativas: são explicações em forma de oração, que são introduzidas por um pronome
relativo (que, o qual, cujo, etc.). Caso as vírgulas sejam omitidas, há alteração para o sentido restritivo.
Expressões explicativas: ex. afinal, enfim, então, por exemplo, ou melhor, isto é, ou seja, aliás, com efeito, do
mesmo modo, ou antes, por assim dizer, etc. Também podem ser usados parênteses ou travessões.
Período composto:
Por coordenação:
Sindética:
Por subordinação:
Adverbial:
Objeto direto pleonástico: por recurso estilístico, o objeto direto aparece duas vezes. A vírgula é facultativa.
Termos em isolamento sintático: o isolamento é feito por meio de sinais de pontuação. Obrigatoriamente, são
dois os termos em isolamento sintático:
Ex. O coronel, senhor de 65 anos, foi homenageado → as vírgulas podem ser substituídas por parênteses ou
travessões.
O aposto pode ser isolado por apenas um sinal de pontuação quando não estiver intercalado.
Conclusão: em qualquer situação, vocativo e aposto devem ser isolados por pontuação.
Prova! Questões de vírgula: 1) Achar uma vírgula; 2) Procurar outra vírgula; 3) Se achar,
verificar se é possível retirar o termo entre as vírgulas e manter a estrutura sintática e o sentido; 4) Se não
achar, procurar porque a vírgula está ali.
Substituição: por parênteses ou travessão. O travessão dá ênfase máxima, a vírgula dá ênfase média e o
parêntese, ênfase mínima.
Nem sempre pode ser substituída por “e”: quando se tratar de um aposto explicativo, que
amplia ou explica um termo anterior, a substituição pela conjunção acarreta mudança de sentido para
soma, dando a entender que os termos expressam noções diferentes.
3. Ponto-e-vírgula
Ex. Nós fizemos o bolo; eles, o recheio. → Nós fizemos o bolo, eles fizeram o cheio.
Orações coordenadas:
Substituir ponto final em orações independentes (coordenadas) que possuem certa relação:
Ex. O político tem ideias retrógradas; a população o rejeita em sua maioria. → oração coordenada (;).
O eleitor estava consciente, embora os candidatos fossem ruins. → oração subordinada. Por isso, utiliza-se a
vírgula, e não o ponto-e-vírgula.
Ex. Viajei com dois casais e um amigo solteiro: João, Maria; José, Ana; Paulo.
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Separa estruturas, além de independentes, paralelas.
Ex. As escolas particulares apresentaram em 2017 uma queda de 38% no número de alunos; na rede pública,
no mesmo período, notou-se redução de apenas 12%. → paralelo entre a rede privada e a rede pública.
Ex. O técnico planejava muitos títulos; os jogadores acataram suas sugestões. → paralelo entre técnicos e
jogadores.
4. Dois pontos
Regra geral: relação de explicação ou desenvolvimento do que foi falado e o que vai ser falado.
Valor explicativo:
Meu chefe só queria uma postura: que nós fizéssemos o trabalho em dois dias. → oração apositiva.
Atenção! Tudo que vier após dois pontos e não seja fala, é aposto.
Enumerações: normalmente, têm seus itens separados por vírgulas e introduzidos por dois pontos.
Ex. Há situações como _______ e _______. → não se usa dois pontos após “como”, que já é expressão
exemplificativa.
Foi à farmácia e comprou ________ , _________ e ________. → não se usa dois pontos após verbo, pois não
deve ser separado de seu complemento.
Arrumou a bagagem: termo, para a apresentação no teatro; sobretudo, para enfrentar as baixas temperaturas e
violão, para dar seu show. → utiliza-se ponto-e-vírgula porque foi acrescentada finalidade dos objetos.
5. Reticências
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Ideia não concluída: algo que o escritor deixa no ar.
6. Aspas
7. Travessão
Mudança de interlocutor:
Isolar termos intercalados de caráter explicativo ou ênfase: pode ser substituído por vírgula. Podem aparecer
outros sinais de pontuação após o travessão, justificados por suas próprias regras de uso.
8. Parênteses
Função: isolamento de esclarecimentos acessórios. Em vários casos, podem ser substituídos por vírgulas ou
travessões.
Concordância
1. Concordância verbal
Concordância lógica: a concordância ocorre com o núcleo. Ex. um grupo de turistas fotografou o animal.
Concordância atrativa: ocorre com o mais próximo. Ex. um grupo de turistas fotografaram o animal.
Quando, entretanto, o núcleo do sujeito é singular, sem ideia de plural, só se aplica a concordância
lógica, mas não a atrativa.
Prova Cespe! Se o termo é alterado para concordar com outra expressão, há mudança no
sentido.
Conceito: é aquele que pode ser identificado por meio da concordância com o verbo.
a) Sujeito simples
Conceito: apenas um núcleo. Se o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se flexionará no singular; se
estiver no plural, verbo no plural.
Atingem a quem quer que descumpra a LRF rigorosas sanções, inclusive a perda de liberdade.
Expressões coletivas (bando, conjunto) ou partitivas (“a maior parte”, “grande parte”, “a maioria”, “grande
número”) + especificador: é possível a concordância lógica ou atrativa. Assim, se acompanhadas de adjunto
adnominal (especificador) no plural, fazem o verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador
– concordância atrativa.
Ex. A maior parte dos constituintes se retirou. → Concordância literal/lógica (com o núcleo).
Substantivos/nomes próprios apenas utilizados no plural: a flexão do verbo depende da existência ou não de
artigo. Aplica-se a nomes próprios de lugares.
Estados Unidos cresceu 0,8% neste ano // Os Estados Unidos cresceram 0,8% neste ano.
Os lusíadas contam um pouco da história das grandes navegações // Memórias Póstumas de Brás Cubas narra
a história de um personagem defunto.
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Número percentual: em regra: pode concordar com o número ou com o especificador, facultativamente. Caso
o número seja decimal, concorda com a parte inteira.
v mais de 18 anos.
Ex. 80% da população tinha
Exceções:
Milhão/bilhão/trilhão: regra geral – o verbo pode concordar facultativamente com o número ou com o
especificador.
v
Ex. 1 milhão de torcedores assistiram à Copa.
v assistiu à Copa.
1 milhão de torcedores
Núcleo do sujeito + núcleo adnominal do adjunto no plural: verbo pode concordar com qualquer um, desde
que o sentido permita.
v
Ex. O efeito das catástrofes que se verificaram (...).
v
O efeito das catástrofes que se verificou (...).
v
Seremos nós aqueles que herdarão (...).
v
Seremos nós aqueles que herdaremos (...).
80
CESPE! Como muda o referente, há mudança de sentido.
Pronome de tratamento: o verbo sempre fica na 3ª pessoa do singular. Os adjetivos concordam com o sexo da
pessoa a que se refere o pronome (silepse).
Quem: o verbo pode concordar na 3ª pessoa do singular (preferencial – CESPE só aceita esse) ou com o
pronome antecedente.
Que: o verbo deve sempre concordar com o antecedente do “que”, pois é quem é retomado por ele.
v
Eu fui o último que conseguiu a vaga.
Expressões “um dos/das que”: verbo no plural, salvo quando há ideia de exclusão necessária. Nesse caso,
cabem ambos.
Pronome apassivador “se”: se o pronome “se” acompanha VTD ou VTDI, é pronome apassivador, indicando a
estrutura VTD + se + sujeito paciente de voz passiva sintética. Nesse caso, não haverá objeto direto, e sim
sujeito paciente que determinará a flexão do verbo.
81
Ex. Aluga-se casa // Alugam-se casas.
Sujeito oracional: o verbo necessariamente fica no singular. É oração subordinada substantiva subjetiva e, por
isso, pode ser substituído por “isso”.
Ex. É fundamental o estudo organizado. // É fundamental que você estude organizadamente. // É fundamental
você estudar organizadamente.
Prova! Cabe/ocorre a ... ... → o verbo caber é VTI, de modo que o termo preposicionado é OI
e o outro é o sujeito, que se for oracional, exige verbo no singular. Ex. A muitos exilados ocorreu tentar
voltar; Os sentimentos que nos cabe experimentar estão entre os mais terríveis.
Locuções verbais: verbo auxiliar + infinitivo (-r) ou verbo auxiliar + gerúndio (-ndo). O primeiro é o verbo
auxiliar, e o segundo é o verbo principal, que traduz a noção da ação. Em regra, apenas o verbo auxiliar é
flexionado.
Exceções:
Verbo parecer como auxiliar: é possível flexionar tanto o auxiliar quanto o principal – mas
não os dois.
Expressões de quantidade aproximada (“perto de”, “cerca de”, “mais de”, “menos de”): o verbo concorda com
o numeral.
Verbo ser:
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Sujeito pronome pessoal: verbo ser concorda com ele, qualquer que seja o número do predicativo. Havendo
uma pessoa no contexto, atrai a concordância do verbo.
Verbo entre substantivos designativos de coisas: como não há pessoa, a concordância é facultativa com o
sujeito ou com o predicativo do sujeito.
Credelevê: os verbos crer, dar, ler, ver, e os deles derivados, no plural são escritos com dois “e”, e não são
mais acentuados (creem, deem, leem e veem).
Verbos ter e vir: em todas as formas verbais são escritos com um “e” só, mas no plural são acentuados. Ex.
eles têm, vêm, mantêm, provêm, etc.
Derivados: no singular, são acentuados com agudo e, no plural, com circunflexo. Ex. O homem provém / os
homens provêm.
b) Sujeito composto
Sujeito composto posposto ao verbo: pode concordar com os núcleos (concordância lógica) ou apenas com o
núcleo mais próximo (concordância atrativa).
Núcleos sinônimos: o verbo flexiona-se no singular ou no plural. A concordância depende da ênfase, sendo
que geralmente o verbo é flexionado para o singular para enfatizar a similitude de sentido dos substantivos.
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Ex. O rancor e o ódio cegou o amante.
Núcleos infinitivos
Regra: singular.
Plural:
Núcleos em gradação: o verbo pode concordar com o conjunto ou com o último, enfatizando-o.
Ex. Um minuto, uma hora, um dia passam rápido. // Um minuto, uma hora, um dia passa rápido.
Sujeito ligado por “nem”: verbo no plural, pois trata-se de duas negações.
Sujeito composto ligado por “nem”: se for anteposto ao verbo, é plural por se tratar de adição. Se for posposto
ao verbo, é possível a dupla concordância.
Sujeito composto ligado por “ou”: se o valor for de exclusão, a concordância será do singular; se o valor for
de inclusão ou oposição, o verbo fica no plural.
Ex. Matemática ou Física exigem raciocínio lógico. → Ideia de inclusão – as duas exigem.
1ª pessoa do plural prevalece sobre as outras. Ex. Eu, tu e ele faremos a prova (= nós).
2ª pessoa + 3ª pessoa: o verbo pode ficar na segunda (vós) ou na terceira pessoa (vocês). Ex. Tu e ele fareis a
prova (= vocês).
Ex. Porque faltaste tu e teus amigos às provas? // Porque faltastes tu e teus amigos às provas?
Sujeito composto ligado por “como, assim como, bem como”: é preferencialmente utilizado o
plural – o singular é mais raro.
Sem vírgula – sentido aditivo: o verbo concorda com os dois núcleos, ficando no plural.
Com vírgula: as vírgulas mostram que o sujeito não é composto, tratando-se de adjunto adverbial de
companhia intercalado. O verbo concorda com o sujeito simples.
Sujeito resumido por pronome simples: o verbo concorda com o pronome e fica no singular. Ex. tudo, nada,
isso, cada um, nenhum, todos.
Caso especial do verbo ser: pode concordar com o sujeito ou com o predicativo.
Observações:
Se tanto o sujeito quanto o predicativo forem personativos, o verbo ser pode concordar com
qualquer um.
Ex. Fernando pessoa foi muitos poetas. // Fernando pessoa foram muitos poetas.
Se a pessoa concorre com pronome reto, o verbo concorda com o pronome reto.
Se os dois termos forem pronomes, o verbo ser concorda com o que aparecer primeiro.
Sujeito pronome tudo, nada, isto, isso, aquilo ou coisa: concorda preferencialmente com o predicativo, mas
também pode concordar com o sujeito.
Elíptico: mantém o verbo na terceira pessoa, de modo que é necessária a análise do contexto para permitir a
identificação do sujeito. Se não for identificado no contexto, trata-se não de sujeito elíptico, mas de sujeito
indeterminado.
Ex. Os alunos ficaram descontentes com o professor. Deixaram de ir à aula do dia seguinte. → o sujeito é
alunos.
Silepse: ocorre quando a concordância se dá não com o que está explícito na frase, mas com o que está
mentalmente subentendido. É uma concordância ideológica.
De gênero: Ex. Vossa Excelência está abatido.
De número: ex. A gente fica tão perdido que acabamos mudando o gabarito.
De pessoa: Os candidatos estamos preocupados com a prova.
Formas:
Alugaram o apartamento.
Índice de indeterminação do sujeito “se” e verbo no singular: os verbos VTI, VI e VL, quando seguidos do
“se”, terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular.
Prova! Tratar-se de: é invariável por indicar sujeito indeterminado. O que vem depois é
complemento, e não sujeito, já que este nunca pode ser preposicionado.
Conceito: ocorre quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é impessoal.
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Concordância: verbo sempre na 3ª pessoa do singular.
Hipóteses:
Em regra, não há sujeito porque manteria o mesmo radical, o que implicaria uma repetição viciosa
(ex. a chuva choveu). Entretanto, pode ocorrer a possibilidade de o sujeito não receber o mesmo
radical do verbo, caso em que haverá sujeito.
Atenção! Se esse verbo for o principal em uma locução verbal, o auxiliar não se flexiona. Ex.
Tem havido vários problemas na empresa. // Está havendo vários problemas na empresa.
Verbos ser, estar e ir, indicando tempo: o verbo ser concorda com a quantidade de tempo, mas isso não
significa que a oração possui sujeito. Quanto ao dia, o verbo concorda com o numeral do dia. Ex. hoje são
06/03; ontem foram 05/03; amanhã serão 07/03. Nesse caso, só é possível utilizar o verbo no singular se a
palavra dia estiver expressa. Ex. Hoje é dia 06/03.
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Já vai para 04 anos que não leio esse jornal.
2. Concordância nominal
Regra geral: os determinantes do substantivo devem concordar com ele em número e gênero.
Posposto: pode concordar com os dois termos, ficando no plural, ou com o mais próximo.
Núcleo determinado por artigo e adjunto adnominal composto: artigo no singular antes do núcleo e do
segundo adjunto adnominal ou artigo no plural antes do núcleo.
Os dedos indicador e médio estavam feridos. // O dedo indicador e o médio estavam feridos.
Expressões “é bom”, “é necessário”, “é proibido”, etc.: são invariáveis, mas se forem determinadas por
artigo, vão concordar com ele.
Numerais ordinais: possuem valor adjetivo. Por isso, quando estão na função de adjunto adnominal composto
e se referem a um único núcleo, podem acarretar plural ou singular.
Ex. Falei com os moradores do primeiro e segundo andar. // Falei com os moradores do primeiro e segundo
andares.
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Expressões “meio” e “bastante”: quando se referem a um substantivo, são numerais e pronome indefinido,
respectivamente, devendo concordar com o núcleo. Substituir o bastante por muito para verificar. Caso
contrário, será advérbio e não se flexiona.
Expressões “muito”, “pouco”, “longe”, “caro” e “barato”: são adjuntos adnominais se referentes a
substantivos, caso em que concordam com estes. Caso sejam advérbios, são inflexíveis.
Expressão “tal ... qual”: o tal concorda com o termo antecedente e o qual, com o termo seguinte.
Predicativo:
Predicativo posposto ao verbo: assim como ocorre na concordância do verbo anteposto ao sujeito composto,
se houver verbo de ligação, o predicativo pode concordar tanto com o núcleo do sujeito mais próximo quanto
com a totalidade.
Predicativo do objeto: a concordância depende não exclusivamente do verbo, mas da ênfase no texto.
Expressões “é bom”, “é proibido” e “é necessário”: se o sujeito for determinado por artigo, a concordância é
obrigatória. Caso contrário, não variam.
Termo “só”: no sentido de “sozinho” é adjetivo e, por isso, se flexiona. O mesmo não ocorre no sentido de
somente, que é adverbio.
Vieram só os rapazes.
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Termo “conforme”: no sentido de conformado, é adjunto adnominal e se flexiona. Se for preposição acidental
ou conjunção, não.
Acentuação
1. Introdução
Vogal e semivogal:
Vogal: a vogal é pronunciada de maneira forte. O número de vogais corresponde ao número de sílabas da
palavra.
Semivogal: a pronúncia é fraca – só pode ser os sons de “i” e “u”, que também podem ser expressos por “e” e
“o”. Ex. pão (som de u). Quando há uma semivogal, é necessária uma vogal na mesma sílaba – não pode estar
sozinha.
Obs. “I” e “u” também podem ser vogais, se pronunciados de forma forte. Ex. construída,
país.
Encontro vocálico:
Ditongo:
Hiato: duas vogais juntas na palavra. Como cada sílaba só pode ter uma vogal, devem ficar em sílabas
separadas. Ex. saúde, saída, voo.
Dígrafos: duas letras que representam um único som – mais letras que fonemas. Ex. ch, lh, nh, qu, gu, sc, sç,
xc, rr, om, um, an, xs, am, em, en, in, on, ss, im, un etc.
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≠ encontro consonantal: todas as consoantes possuem fonemas, são pronunciadas. São perfeitos se na mesma
sílaba e imperfeitos se em sílabas separadas.
Separação de sílabas:
Prefixo terminado em consoante e radical iniciado com vogal: a consoante do prefixo vai para o radical. Ex.
Su-ben-ten-der;
Prefixo terminado em consoante e radicam iniciado com consoante: ficam separadas. Ex. Sub-li-nhar.
Acentuação tônica:
Oxítonas: sílaba tônica é a última da palavra. Ex. Ruim, café, jiló, etc.
Paroxítona: tonicidade na penúltima sílaba. Ex. Dólar, planeta, vírus, etc.
Proparoxítona: tonicidade na antepenúltima sílaba. Ex. Córrego, cúpula, trânsito, etc.
Prova! Questões sobre a mesma regra de acentuação: colocar as palavras na tabela, com
exceção dos HIATOS E DITONGOS ABERTOS. Ocorre porque, para duas palavras serem acentuadas
pela mesma regra, devem compartilhar a mesma classificação quanto à tonicidade. Ex. bioestatística e
específico – a acentuação é pelo mesmo motivo; série e história também – são proparoxítonas acidentais;
possíveis e construída não, pois há um hiato e uma paroxítona; países, famílias e níveis não, pois há um
hiato, 2 paroxítonas.
Bioesta tís ti Ca
Espe cí fi Co
Pos sí veis
Construída – é hiato
Países – é hiato
Ní veis (ditongo
decrescente)
2. Regras básicas
Proparoxítonas: todas são acentuadas. Ex. lâmpada, relâmpago, Atlântico, etc. Ocorre porque é o conjunto
com menor número de palavras. Prevalece sobre a regra do hiato.
A, as (ex. já, gás, pá), e, es (ex. pé, mês, três) e o, os (ex. pós, só, nós).
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Ditongos abertos ói, éu, éi: ex. dói, mói, céu, véu, etc.
A, as (ex. crachá, estás), e, es (ex. você, café, jacarés), o, os (paletó, jiló, retrós) e em, ens (ex.
ninguém, também, parabéns);
Ditongos abertos ó, éu, éi: ex. herói, corrói, troféu, chapéu.
Paroxítonas:
Acentuação Exemplo
L Fácil
N Pólen
R Cadáver
Ps Bíceps
X Tórax
Us Vírus
i, is Júri, lápis
om, nos Iândom, íons
um, uns Álbun(s)
ã(s), ão(s) Órfã(s)
Ditongo seguido ou não se s Jóquei, túneis
Atenção! Não são mais acentuadas as paroxítonas que possuem tonicidade em ditongos
abertos. Ex. assembleia, ideia, heroico, etc.
Prova CESPE! Proparoxítona eventual/acidental: é a PAROXÍTONA TERMINADA EM
DITONGO CRESCENTE. Ex. Glória, secretária. Se a questão não menciona a proparoxítona eventual,
considerar paroxítona e entender que são regras diferentes.
Hiato: as vogais i ou u recebem acento quando formam hiato com a vogal anterior, estando sozinhos na sílaba
ou seguidos de s, desde que não estejam seguidos de nh. A regra não se baseia na tonicidade – por isso, não
entra no quadro.
Exceções:
RESUMÃO
Classificação Regra
Monossílabo tônico Acentuados os terminados em A(s), E(s), O(s) e
ditongos abertos;
Oxítonas Acentuadas as terminadas em A(s), E(s), O(s),
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EM(ens) e ditongos abertos;
Paroxítonas O contrário das oxítonas: acentuadas todas menos as
terminadas em A(s), E(s), O(s), EM(ens)
Acentuadas as terminadas em ditongos*
Proparoxítonas Todas acentuadas;
Proparoxítona eventual: paroxítona terminada em
ditongo crescente.
Hiato I e U são acentuados se sozinhos na sílaba ou
seguidos de S.
Exceções: hiato seguido de NH e após a ditongo
decrescente em paroxítona.
Obs. Verbo + pronome obliquo: desconsiderar o pronome e considerar apenas o verbo. Ex. despachá-lo =
oxítona terminada em A.
Acento diferencial:
Ortografia e semântica
1. Introdução
Dicas de sites:
Termos:
Homofonia: palavras que possuem o mesmo som, mas escritas distintas. Ex. senso (juízo) e censo (contagem).
Homografia: palavras que possuem a mesma escrita, mas sons distintos. Ex. o almoço e eu almoço.
Homônimos perfeitos: palavras que possuem o mesmo som e a mesma grafia, mas sentidos diferentes. Ex. eu
cedo minha parte // eu acordo cedo.
Parônima: palavras parecidas. Ex. retificar e ratificar.
Atenção! Questões que tratam de mudança de sentido: verificar a que termo a palavra
questionada faz referência – se for alterado, não há manutenção de sentido. Verificar a concordância.
2. Os porquês
Por que:
Sentido de por que razão: pode estar implícita. Pode ser utilizado em perguntas ou respostas.
Ex. Por que você está estudando? // Não sei por que você está estudando.
Sentido de pela(o) qual: é pronome relativo. Ex. Só eu sei os problemas por que passei.
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Porque: sentido de causa (oração subordinada) ou explicação (oração coordenada). Pode ser substituído por
pois.
Por quê: só é utilizado em final de frase. Ex. ele está quieto e não sei por quê.
Porquê: é substantivo, com sentido de motivo e, portanto, admite plural. Não necessariamente virá o artigo.
Ex. ele está quieto e não sei o porquê. // Estamos estudando a palavra porquê/das palavras porquês.
3. Hífen
Regras gerais:
Não há hífen:
Obs. Se, com isso, a letra S ou a letra R fica entre duas vogais, há uma adaptação ortográfica,
que passa para SS ou RR. Ex. antessala, antessinais, semirreta.
Há hífen:
Semântica
1. Denotação e conotação
Conotação: linguagem contextual. É o sentido figurado, metafórico, especial, que extrapola a literalidade.
2. Figuras de linguagem
Metáfora: comparação entre dois elementos que têm uma característica em comum. É uma comparação sem
um elemento formal (conectores comparativos), que ilustra a qualidade de um ser com a característica comum
de outro ser. Ex. Ele batendo é um leão.
94
Autor pela obra: ex. Leio sempre Machado de Assis (seus livros).
Inventor pelo invento: ex. Thomas Édson iluminou o planeta (a lâmpada por ele inventada).
Símbolo pela coisa simbolizada: ex. Meu coração é verde e amarelo (brasileiro).
Lugar pelo produto: ex. Fumei um Havana (charuto).
Efeito pela causa: ex. Foi com o suor (exercício) que emagreci.
[...];
Catacrese: é uma metáfora tão usada que ninguém mais enxerga como linguagem figurada. Ex. pé da mesa,
maça do rosto, braço do violão, etc.
Sinestesia: transferência da experiência de um sentido para outro. Ex. Sua voz é doce.
Perífrase: designação de um ser por um de seus atributos. Ex. O rei da selva é um animal perigoso.
Ironia: dizer algo com sentido diferente, normalmente oposto ao sentido aparente. Ex. Parabéns pela
ignorância.
3. Hiperônimos e hipônimos
Hiperônimos: palavras de sentido amplo, que indicam um conjunto abrangente de elementos, um gênero.
Hipônimos: elemento com sentido mais específico, contido em um grupo maior, isto é, uma espécie contida
em um gênero.
4. Homônimos e parônimos
Homônimos:
5. Polissemia
6. Coesão e coerência
Coesão:
95
Orações assindéticas: os sinais de pontuação podem substituir as conjunções coordenadas.
Anafóricos: retomam o que já foi dito. Ex. Estudo todo dia. Isso faz a diferença.
Catafóricos: citam, anunciam algo que será dito depois. Ex. Desejo isto diariamente: ser
aprovado.
Elementos dêiticos/exofóricos: elementos coesivos que se referem a elementos de fora do texto, como tempo e
espaço.
Repetição de ideias: importante para relacionar o que está sendo dito com o que já foi falado.
Numerais: retomam elementos. Ex. Eu e minha esposa saímos. Nós dois fomos ao shopping.
Termos resumitivos e sintéticos: ex. estudar, revisar, fazer questões: tudo isso é indispensável.
Uso de pronomes;
Flexão nominal
1. Substantivo
Comum de dois gêneros: a diferenciação é feita pelo artigo. Ex. o/a estudante, agente, patriota, mártir,
aspirante, etc.
Sobrecomum: utiliza-se o mesmo artigo para ambos os gêneros. Ex. o cônjuge, indivíduo, apóstolo, carrasco,
monstro; a pessoa, criança, testemunha, etc.
Epiceno: utiliza-se o mesmo artigo para ambos os gêneros de certos animais, sendo que a diferenciação é feita
pelas palavras “macho” e “fêmea”. Ex. a girafa, águia, barata, onça, anta; o tatu, canguru, caranguejo, etc.
Situações:
Masculinos: açúcar, fã, alvará, anátema, aneurisma, antílope, apêndice, apetite, algoz, cataclismo, cônjuge,
champanha, gengibre, herpes, lança-perfume.
Femininos: abusão, acne, aguarrás, alface, apendicite, aguardente, alcunha, aluvião, bacanal, bólide, couve,
couve-flor, cal, comichão, derme, dinamite, debênture, elipse, ênfase, echarpe, enzima.
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Substantivos simples: a regra é que seja acrescentado o “s”.
Terminados em vogal e semivogal: acrescentar o “s”. Ex. lobos, chapéus, troféus, degraus, bacalhaus.
Terminados em “ão”:
Terminados em “l”:
Terminados em “al”, “el”, “ol” ou “ul”: tirar o l e trocar por is. Ex. vogal // vogais.
Terminados em “il”:
Terminados em “m”: trocar o “m” por “ns”. Ex. itens, nuvens, ábuns.
Terminados em n: somar “s” ou “es”. Ex. hifens ou hífenes, polens ou pólenes, adomens ou abdômenes.
Terminados em “r” ou “z”: acrescentar “es”. Ex. caracteres, seniores, juniores.
Terminados em “x”: invariáveis. Ex. tórax, fênix.
Terminados m “s”:
Só usados no plural: calças, costas, óculos, parabéns, férias, olheiras, hemorroidas, núpcias, trevas, arredores.
Substantivos compostos: os elementos que foram o substantivo devem ser analisados individualmente. Ex.
couve-flor → dois substantivos (termos pluralizáveis) – couves-flores; beija-flor → verbo (não pluralizável) e
substantivo (pluralizável) = beija-flores.
Casos especiais:
Se o segundo substantivo indica tipo ou finalidade do primeiro: apenas o primeiro vai para o plural. Ex.
bananas-maçã, navio-escoa.
Segunda é preposição: só o primeiro vai para o plural. Ex. pés de moleque, pimentas do reino.
Segundo elemento não é preposição: só o último vai para o plural. Ex. bem-te-vis.
Verbo + verbo:
Metafonia: mudança de timbre do /o/ para /ó/ na flexão dos nomes. Ex. olho – olhos.
Ênfase: podem ser usadas para conferir valor afetivo. Ex. amigão, ladrãozinho, mulherão, futebolzinho.
Analítica: o substantivo é aumento por adjetivos que alteram as proporções. Ex. rato pequeno – rato – rato
grande.
2. Adjetivos
2.1. Flexão de gênero
Concordância: o adjetivo concorda com o substantivo. Ex. Um comportamento estranho. // Uma atitude
estranha.
Classificação:
Biformes:
98
Exceção: hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor – invariáveis.
Masculino terminado em “ão”: feminino terminado em “ã”, “ona” ou, mais raramente, “oa”.
Ex. são // sã; catalão // catalã; chorão // chorona; beirão // beiroa.
Masculino terminado em “eu”: feminino terminado em “eia”. Ex. plebeu // plebeia.
Uniformes: única forma para masculino e feminino. Ex. frágil, agrícola, exemplar, ruim, etc.
Obs. Cores: sempre invariáveis. Ex. papel (cor de) rosa; papéis (cor de) rosa.
Dois adjetivos: apenas o último se flexiona. Ex. cidadão luso-brasileiro // cidadãos luso-brasileiros // cidadã
luso brasileira.
Comparativo:
Observação: os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas: melhor, pior, maior e menor.
Contudo, em comparações feitas entre duas qualidades do mesmo elemento, devem-se usar as formas
analíticas. Ex. Ele é mais bom que inteligente.
Superlativo:
3. Advérbio
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Grau: alguns advérbios – principalmente os de modo – apresentam variação de grau semelhante à dos
adjetivos.
Comparativo: também pode ser de superioridade, inferioridade ou igualdade. Ex. ele agia mais friamente que
o comparsa. // Ele agia menos friamente que o comparsa. // Ele agia tão friamente quanto o comparsa.
4. Artigo
Conceito: palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-lo, particulariza-lo ou determinar seu
sentido.
5. Preposição
Classificação:
Relacional: decorre da regência verbal ou nominal. São as preposições que iniciam o OI ou o CN.
Nocional: decorre da necessidade de sentido. São as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos
adnominais e orações subordinadas adverbiais.
Valores:
A:
100
Até: introduz adjunto adverbial. Indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando substantivo com
artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da preposição a. Ex. caminharam até a entrada do
estacionamento // Caminharam até à entrada do estacionamento.
Atenção! Não confundir com a palavra denotativa de inclusão “até”, que se usa para
reforçar uma declaração com o sentido de “inclusive”, “também”, “mesmo”, “ainda”. A preposição pede
pronome pessoal oblíquo Ex. João chegou até mim e disse tudo. Já palavra denotativa exige pronome
pessoal reto. Ex. Até eu acreditei nele.
De: introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e
indica:
101
Tempo: ex. desde ontem estou assim.
Estado ou qualidade: ex. ferro em brasa; televisor em cores; foto em branco e preto; votos em
branco.
Fim: ex. vir em socorro; pedir em casamento.
Forma ou semelhança: ex. juntar as mãos em conchas.
Limitação: ex. em Matemática nunca foi bom aluno.
Lugar: ex. ficar em casa.
Meio: ex. pagar em cheque.
Modo: ex. ir em turma, em bando, em pessoa.
Preço: ex. avaliar a casa em milhares de reais.
Sucessão: ex. de porta em porta.
Tempo: ex. fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em minutos, no ano
2000.
Transformação ou alteração: ex. mudar água em vinho, transformar reais em dólares.
Perante: introduz adjunto adverbial e indica a relação de lugar (posição em frente). Ex. Perante o juiz, negou
o crime.
Observação: esta preposição não admite outra preposição em seguida. Ex. Perante a Deus,
perante ao juiz, etc.
Por: introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial e pode indicar:
Causa: ex. encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem.
Conformidade: ex. tocar pela partitura; copiar pelo original.
Favor: morrer pela pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu.
Lugar: ex. ir por Bauru, morar por aqui.
Medida: ex. vender bolacha por quilo.
102
Meio: ex. ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mão; contar pelos dedos; enviar pelo
Correio.
Modo: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por alto o que aconteceu.
Preço: ex. comprar o livro por dois reais.
Quantidade: ex. chorar por três vezes.
Substituição: ex. deixar o certo pelo duvidoso; comprar gato por lebre.
Tempo: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos.
Sem: introduz adjunto adnominal e adjunto adverbial e indica ausência ou desacompanhamento. Ex. estar sem
dinheiro; palavras sem sentido; sem o empréstimo, não construiremos a casa;
Trás: não é usada isoladamente; atua, sempre, como parte de outras expressões. Ex. nas locuções adverbiais
“para trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva “por trás de” (ficar por trás do
muro).
Observações:
Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra, sem que isso
acarrete prejuízo de construção ou de significado. Ex. À/com exceção de; a/em meu ver; a/com muito
custo; em frente a/de; rente a/com; à/na falta de; a/em favor de; em torno a/de, junto a/com/de.
Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou necessidade. Ex.
Tenho de/que viajar amanhã„ sem falta.
A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando limitação de um grupo.
Ex. Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
Redação
1. Tipologia textual
Conceitos:
1.2. Narração
Conceito: tem a finalidade de contar uma história, isto é, retratar acontecimentos, reais ou imaginários, num
lapso temporal.
Características:
Classificação:
Narração direta: desenvolve-se rapidamente, com foco em levar o leitor diretamente ao desfecho. Ex. piada,
tirinha, etc.
Narração indireta: desenvolve-se de forma mais lenta, com muitas interrupções e digressões do narrador, com
rodeios.
Tipos de narrador:
Personagem: conta a história em primeira pessoa e faz parte dela. Narrativa impregnada por suas opiniões e
impressões;
Observador: narra a história em terceira pessoa, como se a assistisse de fora. Relato de uma testemunha;
Onisciente: tem pleno conhecimento do pensamento e das emoções dos personagens, bem como sobre o
passado e o futuro dos acontecimentos.
Tipos de discurso:
Direto:
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É mais objetivo, pois narra falas literais, de modo que o leitor pode julgar por si mesmo a
atitude dos personagens. Logo, ajuda a construir veracidade.
Indireto:
1.3. Descrição
Características:
Objetivo/relacional: isentos de opinião e simplesmente expressam um fato. Não aceitam gradação e não
podem ser deslocados para antes do substantivo. Ex. carro preto;
Qualificativos/subjetivos: descrição subjetiva, ligada à opinião de quem descreve. Podem ser graduados. Ex.
homem belo.
1.4. Dissertação
Características:
Verbos no presente.
Espécies:
Expositivo puro: traz conceitos, discute um assunto de maneira objetiva, sem defesa clara de uma opinião. O
autor explana o que sabe de forma neutra e permite que o leitor forme sua opinião – não tem como objetivo
primário convencer o leitor.
Expositivo informativo: visa acrescentar informação nova ao leitor. É comum ocorrem trechos descritivos
(dados, estatísticas) ou narrativos.
105
Argumentativo/opinativo: defende uma tese, uma opinião pessoal, tendo como finalidade principal o
convencimento do leitor. Para isso, utiliza modalizadores e operadores argumentativos, construindo
fundamentação para os argumentos. A linguagem é clara e impessoal, com uso da terceira pessoa como
estratégia para sugerir que as informações são fatos.
Introdução: autor apresenta o tema e sua tese. Se o autor pudesse sintetizar todo o texto numa sentença, seria a
tese.
Fórmulas:
Ex. O problema das chuvas tem recebido bastante destaque na mídia, em grandes debates sobre
quem seria o responsável. Há dois fatores principais nesse contexto: a omissão do governo e a ação
dos cidadãos.
Ex. No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias
fundamentais.
Ex. Denomina-se política ambiental o conjunto de decisões e ações estratégicas que visam
promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. A política ambiental, portanto,
tem relação direta com todas as demais políticas que promovam o uso dos recursos.
Citação: reprodução literal ou indireta da fala de alguém cuja opinião sobre o tema seja
relevante.
Ex. Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um paradigma
de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de
dominação. Assim, não basta proteger o cidadão do poder com o simples contraditório processual e
a ampla defesa, abstratamente assegurados na Constituição.
Ex. O problema das chuvas tem merecido bastante destaque na mídia, em grandes debates sobre
quem seria o responsável. A maioria culpa o Governo, por sua omissão. Porém, seriam alguns
hábitos do cidadão comum responsáveis por grande parte desses eventos?
Frases nominais: uso de uma frase, seguida de uma explicação. A frase nominal funciona para
captar a curiosidade do leitor.
Ex. Calamidade pública. Assim se referiu o secretário estadual de saúde ao atual estado dos
hospitais do Rio de Janeiro.
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Ex. A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como
objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa.
Narração:
Ex. Às 4 horas da manhã, o médico se prepara para a cirurgia que vai salvar a vida de um menino
baleado. Aplica anestesia, mas é interrompido pelo flash de uma explosão. Assim têm vivido os
profissionais que se voluntariaram no programa da cruz vermelha que trabalham nas regiões de
conflito.
Declaração: semelhante à frase nominal, mas com uma oração desenvolvida. Uso de uma
oração forte no início do parágrafo para prender a atenção do leitor.
Ex. Jogar games de computador pode fazer bem à saúde dos idosos. Foi o que concluiu uma
pesquisa do laboratório Gains Through Gaming (Ganhos através de jogos, numa tradução livre), na
Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.
Fórmulas:
Ex. Os investimentos diretos realizados por brasileiros no exterior têm aumentado muito nos
últimos anos. Em 2011, somaram US$202,6 bilhões, com crescimento de 7,4% em relação ao ano
anterior, conforme pesquisa divulgada em abril de 2012 pelo Banco Central.
Ex. O movimento feminista começou a florescer no Brasil na virada do século 20. Diante da
omissão da Constituinte de 1891 acerca do voto feminino, a baiana Leolinda de Figueiredo Daltro
deu entrada no requerimento de seu alistamento eleitoral. Não obteve sucesso, mas também não
entregou os pontos.
Ex. A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna
civilização. A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos
costumes e a falta de solidariedade com os menos afortunados seriam sintomas de um mundo sem
fé.
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Ex. Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países — incluindo
Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlântico, que confere ao Estado grande
papel na economia. A segunda — composta por países de frente para o Pacífico, como México,
Peru, Chile e Colômbia — adota o livre comércio e o mercado livre.
Ex. Entusiasta do sistema, o supervisor do Posto Fiscal Virtual, em Porto Alegre define o processo
como seletivo, econômico e inteligente. “Esse é o futuro. No mundo, cada vez mais, a tecnologia
substitui a ação humana.
Causa e efeito:
Ex. Se a China e a Índia hoje surgem no cenário internacional de modo surpreendente, é porque
sabem articular inovadoramente a cultura ocidental moderna com seus antiquíssimos modos de
pensar e agir.
Conclusão: autor retoma a ideia central, apresentada na introdução, e consolida seu raciocínio.
1.5. Injunção/instrução
Finalidade: leva o leitor a aceitar o que está sendo comunicado. Ao introduzir uma ideia sob a
forma de pressuposto, o autor transforma o leitor em cúmplice, uma vez que essa ideia não é posta em
discussão e todos os argumentos subsequentes contribuem para confirma-la.
Formas:
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Pressupostos: informações implícitas marcadas no texto, decorrentes do teor das palavras. Ex.
tornar-se → antes não era;
Subentendidos: não são marcados linguisticamente. Decorre do contexto.
Marcadores:
Advérbios: ex. Os resultados da pesquisa ainda não chegaram. → os resultados já deveriam ter
chegado.
Verbos: ex. O caso do contrabando tornou-se público. → antes, o caso não era público.
Orações adjetivas: ex. Os candidatos a prefeito que só querem defender seus interesses não pensam
no povo. → há candidatos que não apenas defendem seus interesses e pensam no povo. // Os
candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo. → todos os
candidatos que apenas defendem seus interesses e não pensam no povo.
Adjetivos: ex. Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. → existem partidos
radicais no Brasil.
Intertextualidade: diálogo que existe entre dois textos e entre um texto e um contexto (ex. charge). O objetivo,
geralmente, é conferir credibilidade ao que se quiser informar por meio de um argumento de autoridade.
Citação: é um tipo de intertextualidade explícita, por ser indicada entre aspas ou em itálico.
Alusão: é uma intertextualidade implícita. É apenas uma referência, que conta com um conhecimento prévio
do outro. Por ser implícita, não possui marcar gráfica.
Paráfrase: recriação de um texto-base. Há, portanto, um texto pré-existente, cuja ideologia não é alterada. Ex.
resumo. É o registro feito de modo particular.
Paródia: é a recriação de um texto-base, assim como se dá na paráfrase, mas a ideologia é alterada. Ex. filme
da Malévola em que não é vilã. Sua intenção é o humor, que pode ser não apenas o risível, mas também
qualquer tipo de crítica. Trata-se de dessacralizar o texto-base.
9. Marcas de subjetividade/pessoalidade/opinião
Uso de primeira pessoa: pode ser no singular ou no plural. A primeira pessoa do singular gera uma posição de
individualismo, enquanto a primeira pessoa do plural visa a inclusão do leitor.
Uso de modalizadores: é uma palavra ou expressão que visa a mostrar o que o locutor pensa, e não as coisas
como realmente são.
Adjetivos: imprimem juízo de valor. Ex. é inadmissível/espantoso que atitudes como essa ocorram → marca
um posicionamento contrário; É louvável o posicionamento assumido pelo TER/SP → marca um
posicionamento favorável.
Advérbio:. Ex. Felizmente, a conduta dos jovens está mudando → posicionamento favorável;
Lamentavelmente, os impostos foram reajustados → posicionamento contrário.
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Verbos: o verbo pode sugerir posicionamentos. Ex. a sociedade deve mobilizar-se no sentido de não aceitar tal
conduta. → manifesta importância; Não se deve pensar sob esse ângulo → rejeita um ângulo.
Uso de linguagem analógica: é marcada pela presença de comparação (símile) ou metáfora. Na comparação
equipara-se duas coisas diferentes utilizando, por exemplo, o texto “como”. Ex. X é como Y. Já a metáfora é
uma comparação radical, que coloca que X é Y.
Introdução: deve ser o menor parágrafo do texto. Deve conter o assunto, que é mais amplo, e o objetivo, que é
mais específico. Não deve conter exemplos, comentários e justificativas (devem estar no desenvolvimento).
Não se deve construir, assim como em nenhuma outra parte do texto, um parágrafo frasal, que é aquele
formado por um só período (um ponto final).
Sugestão: dois períodos. No primeiro, trata-se de uma afirmativa genérica sobre o assunto. No segundo
período, deve ser apresentado o objetivo.
Desenvolvimento: a maior parte do texto. Pode ter um (desaconselhável) ou mais parágrafos (recomendável).
Sugestão: dois parágrafos, para atender ao critério da bipolaridade (antes – depois, prós – contras, causa 1 –
causa 2).
Conclusão: deve retomar a introdução e projetar o tema. Há duas opões: como ficará (não recomendável,
menos otimista) e propor soluções.
Aspecto durativo: exprime uma ação contínua ou repetitiva. Ex. Andei recolhendo papeis.
Aspecto perfectivo: a ação é apresentada em sua totalidade, totalmente concluída, com começo, meio e fim.
Ex. ela leu o livro naquela tarde.
Aspecto imperfectivo: a ação é incompleta, sem que possa ser identificado começo, meio e fim do processo.
Ex. ela lia o livro quando tinha tempo.
Aspecto pontual: exprime uma ação momentânea. Ex. ela caiu no buraco.
Aspecto inceptivo/incoativo: tem sua ênfase no início da ação. Ex. começou o filme.
Aspecto cursivo/permansivo: tem sua ênfase no desenvolvimento da ação. Ex. está passando o filme.
Aspecto terminativo/conclusivo: têm sua ênfase no fim da ação. Ex. terminou o filme.
Aspecto contínuo: exprime uma ação continuada que acontece de forma frequente. Ex. estou correndo todos
os dias.
Aspecto descontínuo: exprime o reinício de uma ação interrompida. Ex. voltei a correr todos os dias.
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