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CFCO

Comunicação
Português e Redação

2011
Comunicação do Missionário

Português e Redação

Duração: 13 aulas (1 hora 30 min. cada = 19,5 horas/aula)

Objetivo: Preparar o obreiro em sua Comunicação Verbal e Escrita, através de aulas de


gramática e redação da língua portuguesa e exercícios teóricos e práticos.

Qual a importância da boa comunicação no campo missionário?

Comunicação é o combustível de missões!

Desde a Torre de Babel, o Senhor disse: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma
linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que
intentam fazer”. A língua única tornava o povo forte.

Um dos nossos alvos como missionários é unir pessoas em torno de uma visão! Sem
parceria não se pode fazer missões. As pessoas precisam estar conectadas à visão que
Deus te deu para interceder por você, para contribuir com você, para ir com você.

Boa comunicação é fundamental para tanto! Você, como missionário, precisa aprender
a comunicar a sua visão de forma clara, simples e apaixonante! Vemos a importância
da boa comunicação na própria Palavra de Deus. Por exemplo, Paulo sempre mantinha
uma boa comunhão, exortação, edificação e contato com as igrejas distantes por meio
das suas poderosas cartas.

O Espírito Santo também te capacitará para que suas cartas e informativos sejam
meios poderosos para a edificação de seu ministério e de muitas vidas na igreja local!

Nosso alvo é habilitar você a usar esta ferramenta, que é a comunicação escrita, com
destreza e facilidade.

ÍNDICE

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PARTE I

1. Pontuação
2. Crase
3. Por que/ por quê/ porque/ porquê
4. Gerundismo e vícios de linguagem
5. Regência Verbal
6. Regência Nominal
7. Concordância Verbal
8. Concordância Nominal
9. Problemas Gerais da Língua Culta

PARTE II

1. Como tecer um texto


2. Coerência e coesão textuais
3. Carta
4. Informativo / Relatório
5. Folder

Aula 1 – Introdução do curso e Pontuação


Aula 2 – Crase / Por que/ por quê/ porque/ porquê
Aula 3 – Gerundismo e vícios de linguagem / Verbos impessoais haver e fazer
Aula 4 – Problemas Gerais da Língua Culta
Aula 5 – Problemas Gerais da Língua Culta
Aula 6 – Como tecer um texto / Coerência e coesão textuais
Aula 7 – Carta
Aula 8 – Informativo/ Relatório (modelos e exercícios)
Aula 9 – Rede de Relacionamentos
Aula 10 – Oficina de Folder
Aula 11 – Oficina de Apresentação Oral
Aula 12 – Oficina de Apresentação Oral
Aula 13 – Oficina de Apresentação Oral

PARTE I - GRAMÁTICA

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1. PONTUAÇÃO

A) O uso da vírgula:

Usa-se a vírgula, principalmente:

 Para destacar o vocativo. Ex.: Meu filho, venha aqui!

 Para destacar o aposto. Ex.: Arnaldo, meu vizinnho, se converteu


semana passada,

 Para separar itens de uma mesma série. Ex.: Desejo que Deus te
abençoe, ilumine e proteja.

 Para separar conjunções prepositivas. Ex.: Ela chegou, todavia não falou
comigo.

 Para separar expressões explicativas (isto é, por exemplo,ou melhor, ou


seja, quero dizer). Ex.: A fé é convicção naquilo que não se vê, ou seja,
certeza daquilo que não se pode comprovar naturalmente.

 Para separar adjuntos adverbiais. Ex.: Pela tarde, ainda estarei no


trabalho. Temporariamente, estamos interditados.

Não se usa a vírgula:

 Para separar sujeito do verbo ou adjetivo.

ERRADO: Meu amigo, comprou uma moto nova.

ERRADO: Meu amigo comprou uma moto, nova

CERTO: Meu amigo comprou uma moto nova.

B) Dois Pontos

Emprega-se para:

 Introduzir citação alheia. Ex.: Então ela disse: ninguém comeu o bolo?

 Indicar enumeração. André tinha três brinquedos: um carrinho, uma


bola e uma pipa.

 Explicar melhor uma expressão anterior. Ex.: Só vos digo uma coisa: a
mentira tem perna curta.

C) Parênteses

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Emprega-se para:

 Dar informações acessórias. Ex.: Goiânia (cidade em crescimento)


enfrenta sérios problemas de trânsito.

 Introduzir uma ponderação acerca do que se está dizendo. Ex.: Os


alunos (que saudades da minha escola) eram todos comportados.

 Isolar números, datas, nome de obras ou autores citados, palavras


subentendidas, etc.

D) Aspas

Empregam-se para:

 Isolar uma citação textual. Já diz a Bíblia: “a boca fala do que está cheio
o coração”.

 Indicar estrangeirismos, gírias, formas populares. Ex.: Usou o recurso de


“habeas-corpus”.

 Enfatizar palavras ou expressões. Ex.: São muitas as funções do


“porque”.

E) Ponto de exclamação

Emprega-se para:

 Indicar enunciado exclamativo.

 Traduzir ordens.

F) Ponto de interrogação

Emprega-se para indicar uma interrogação direta.

G) Ponto Final

Emprega-se para:

 Indicar enunciado totalmente concluído.

 Abreviar palavras. Ex.: Sr. Sra.

Exercícios de Pontuação

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1. Utilize a vírgula quando necessário:

a) Convidamos Alexandre Marcus e Fernanda para a festa.


b) Era um sujeito alto magro e calado.
c) Amigos amanhã teremos mais chuva.
d) Na sala estavam apenas quatro ou cinco crianças.
e) Cometi cinco erros quero dizer seis.
f) Gente não sabia que Português era tão fácil!
g) Todos se esforçaram porém não foi possível.
h) A criança filha do Saulo não parava de chorar.

2. Marque C (certo) e E (errado) segundo a pontuação observada em cada frase:

a) Eu perguntei, por que você não tenta novamente?


b) Na hora do rush, não consegui sair do trânsito.
c) Venha logo. Ande, depressa.
d) Todos os dias ela permanecia na janela.
e) Alice, viajou essa manhã.
f) Ainda não comprei: o livro e o CD.
g) Todos, esperam uma resposta rápida do professor.
h) Apesar de tudo ainda permanecemos firmes.
i) Ninguém viu o Fernando, o Gabriel e o Fausto.
j) Gente. Estou impressionada.
k) Quantas vezes ainda terei que repetir.

2. CRASE

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A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa,
crase é a união de dois fonemas (sons) iguais (a + a = à) ou com os pronomes
demonstrativos: a + as (às), a + aquele (àquele), a + aquela (àquela), a + aquilo (àquilo),
aquiloutro, aqueloutro. Quando ocorre crase a palavra é acentuada com o acento
grave ( ` ).

Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:

1) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento de crase
diante de palavras que não sejam femininas.

Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.
Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina.
Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.

2) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,
comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir,
voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que
indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.

Ex. Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre.
Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.

3) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra
masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso
contrário, não ocorrerá crase.

Ex. Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme.


Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro.
Respeito as regras. Sem crase, pois Respeito os regulamentos.

Casos especiais:

1) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e à


maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre
crase.

Ex. Fizemos um churrasco à gaúcha.


Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete à bolonhesa.
Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.
2) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase.

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Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à
esquerda, à vontade, à revelia...

3) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.

Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à
proporção que...

4) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução


prepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.

Ex. Reconheci-o a distância.


Reconheci-o à distância de duzentos metros.

5) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então,


quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.

Ex. Referi-me a sua professora.


Referi-me à sua professora.

6) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso haja


substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.

Ex. Fui até a secretaria.


Fui até à secretaria.

7) A palavra CASA: A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só


ocorrerá crase diante da palavra casa nesse caso.

Ex. Cheguei a casa antes de todos.


Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos.

8) A palavra TERRA: significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo,


conseqüentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá a crase; significando chão
firme, solo, só tem artigo, quando estiver especificada, portanto só nesse caso poderá
ocorrer a crase.
Ex. Os astronautas voltaram à Terra.
Os marinheiros voltaram a terra firme.
Irei à terra de meus avós.
Exercícios de Crase:

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Coloque o acento da crase onde for necessário:

1. Ele fez referência a tarefa feita por 15. Esta é a mulher a qual fiz
nós. referência.

2. Traçou uma reta oblíqua a do centro. 16. Ela se dedica a empresa e obedece
as leis.
3. Não conheço as que saíram.
17. Não compareceu as reuniões que
4. Ela se referia as que saíram. eram úteis as pesquisas.

5. Apresentou-lhe a esposa. 18. O juiz, indiferente as súplicas,


condenou o réu a forca.
6. Apresentou-o a esposa.
19. Nas próximas férias, iremos a
7. Era uma camisa semelhante a que o Bélgica, a Suécia e a Portugal.
diretor usava.
20. Viajaremos a Londres e a Roma do
8. Ele desconhecia aquele regulamento. Coliseu.

9. Ele não obedecia aquele 21. Já fomos a Paraíba, a Pernambuco e


regulamento. a Goiás.

10. Não me refiro aquilo. 22. Também fomos a Santa Catarina e a


progressista Florianópolis.
11. Não vi aquilo.
23. As vezes, o pessoal sai as
12. Esta é a lei a qual fiz alusão. escondidas.

13. Esta é a lei a qual desconhecia. 24. A reunião vai das cinco as seis
horas.
14. Esta é a mulher a quem fiz
referência. 25. A reunião vai durar de cinco a seis
horas.

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GABARITO

Crase:
1. à
2. à
3. as
4. às
5. a
6. à
7. à
8. aquele
9. àquele
10. àquilo
11. aquilo
12. à
13. a
14. a
15. à
16. à; às
17. às; às
18. às; à
19. à; à; a
20. a; à
21. à; a; a
22. a; à
23. Às; às
24. às
25. a

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3. PORQUE, POR QUE, POR QUÊ E PORQUÊ

A maioria da população sofre com as dificuldades em entender a utilização da língua-


padrão portuguesa, principalmente na utilização do "Por que / Por quê / Porque /
Porquê". Confira os casos do correto emprego de cada um.

1 – Por que (3 casos):

a) (= por que motivo) pode ser substituído por “por qual motivo”
Ex.: Não sei por que você acha isso.
Não sei por qual motivo você acha isso.

b) (=pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual)


Ex.: O túnel por que deveríamos passar desabou ontem. (por que = pelo qual)
O túnel pelo qual deveríamos passar desabou ontem.

c) (preposição por + conjunção que)


Ex.: Estávamos ansiosos por que você aprenda.

2 – Por quê

Antes de sinal de pontuação:


Ex.: Quero saber por quê, já que prometera.
Não sei por quê!
Ainda não terminou? Por quê?

3 - Porquê

A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e


normalmente surge acompanha de uma palavra determinando, um artigo, por
exemplo.

Ex.: Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.
Quero saber o porquê.

4 – Porque (3 casos)

a) causa
Ex.: Fugiram, porque a polícia chegou.
Sou livre porque Jesus me libertou.
b) explicação (pois, já que, uma vez que)
Ex.: Vá devagar, porque o caminho tem pedras.
c) finalidade (a fim de, para que)
Ex.: Orai, porque não entreis em tentação.

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Exercícios para o uso do PORQUE

1 – Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. Afinal, chegou o momento porque tanto esperei.
II. Não sei o porquê de seu entusiasmo.
III. Você está feliz assim, por quê?
IV. Sou feliz, porque me ouves.
V. Então por quê não falas claramente

a) I, II e III certas.
b) II, III e IV certas
c) I, II e V certas.

2- Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. O porquê de sua demissão está muito claro.
II. Por que não me telefonou?
III. Não me telefonou, por quê?
IV. O motivo porque lhe falei tudo aquilo não interessa.
V. Irei viajar, porque me estou em férias.

a) Todas corretas.
b) Todas corretas, menos a IV.
c) I, III e IV corretas.

3 - Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases


apresentadas:
______ me tratas tão mal?
______ não gosto de você.
E não gostas de mim, _______?
Nem eu sei o _______.

a) Por que - Porque - por que - por quê


b) Por que - Porque - por quê - porquê
c) Porque - Por que - porque - por quê

4- Selecione a alternativa que completa corretamente a frase:


Eu não sei _______ ele fez ______ fez. _______ mesmo não me envolvo nesse
assunto.

a) porque - o quê - Por isso


b) por que - o que - Porisso
c) por que - o que - Por isso

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5- Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. Porque deixar de lado uma causa porque lutamos há tanto tempo?
II. Ninguém sabe o porquê de nossa luta.
III. Ele vivia tranqüilamente, porque tinha uma grande herança.
IV. O governo não deve mudar, por quê?
V. Pergunto por que você é tão irresponsável.
VI. Vivo feliz, porque amo minha esposa.

a) As frases I e III são as únicas corretas.


b) As frases I, III e V são corretas.
c) Na frase II, o porquê é um substantivo.

6- Indaguei ______ o aluno não trouxe a apostila.


Ele disse que não trouxe, _______ a perdeu.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) Por que - porque


b) porque - porque
c) por que - por que

7- Assinale o item correto quanto ao uso do porquê:


a) Ele ganhou o prêmio porquê foi o melhor.
b) Vamos agora resolver o por quê desta questão.
c) Você não compareceu à aula ontem por quê?

8- Assinale a frase gramaticalmente correta.


a) Não sei por que brigamos.
b) Ele não o procurou por que estava doente.
c) Porque não procura sua amiga?

9- Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases


apresentadas:
I. Ele não escreveu para você, ________?
II. Ninguém me explicou o _______ de sua indiferença.
III. Quero saber ______ não estuda mais.
IV. ________ é sonhador, o jovem cultiva ideais.

a) por quê - porquê - por que - porque


b) por que - porque - porque - por que
c) por quê - porquê - porque - por que

10- Assinale a alternativa que substitui adequadamente a palavra destacada na


frase: "A viagem foi demasiadamente cansativa, pois tivemos que passar por estradas
esburacadas e poeirentas".
a) por que c) por quê
b) porque

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GABARITO

Uso do Porque:

1- b
2- b
3- b
4- c
5- c
6- a
7- c
8- a
9- a
10- b

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4. GERUNDISMO E VÍCIOS DE LINGUAGEM

1 – O que é GERÚNDIO?

Gerúndio é uma forma verbal conhecida como FORMA NOMINAL DO VERBO,


juntamente com o infinitivo e o particípio. É chamado de forma nominal porque exerce
também a função de nome. Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar
uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a idéia de
progressão indefinida. Combinado com os auxiliares ESTAR, ANDAR, IR, VIR, o
GERÚNDIO marca uma ação durativa.

2 – O que é GERUNDISMO?

Gerundismo é o nome dado ao emprego excessivo e incorreto do gerúndio na língua


portuguesa. Você pega o telefone, liga para a companhia telefônica para fazer uma
queixa e, do outro lado da linha, um rapaz simpático informa: “a senhora pode estar
respondendo algumas perguntas?”, “nós vamos estar passando o problema para a
equipe técnica. A senhora vai estar pagando uma taxa de reparo....”

É comum nos últimos dias ouvirmos expressões como essas a todo o momento. Trata-
se de um fenômeno com implicações semânticas e pragmáticas, usadas, na maioria
dos casos, quando o falante não quer repassar a idéia de ações simultâneas, quando a
duração não é prioridade.

-Você PODE ESTAR RESPONDENDO a duas ou três perguntas?

-Eu VOU ESTAR CONFIRMANDO os dados.

-Você VAI ESTAR SENDO debitada em conta-corrente.

Esta maneira de falar e de escrever está castigando duramente a nossa linda e


maravilhosa Língua Portuguesa. A origem mais provável para tal estrutura remete-se
aos manuais americanos de treinamento de operadores de telemarketing, onde a
estrutura (“we’ll be sending tomorrow”) aparecia com freqüência. Ao traduzir para o
Português, a estrutura ganhou tradução literal (“vamos estar enviando amanhã”) e se
espalhou.

O gerundismo torna a linguagem pobre e vaga, além de transmiti, em quase todas as


vezes, um sentido diferente àquele verdadeiramente proposto. O gerundismo
denota muita incerteza e insegurança, fato importante a ser observado nas redações
de nossos próximos textos.

De acordo com a norma culta, é correto dizer, simplesmente:

-Você PODE RESPONDER a duas ou três perguntas?

-Eu VOU CONFIRMAR os dados.

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-Você VAI SER DEBITADA em conta-corrente.

Vícios de linguagem

Além do gerundismo, é importante observar outros aspectos da fala que, se utilizados


em textos escritos; como a carta, o informativo ou o artigo, podem empobrecer e
comprometer a linguagem.

Expressões como: então; bem; bom; ora; aí; daí devem ser evitadas na linguagem
formal escrita (a menos, é claro, que o texto tenha um caráter muito informal, como
um e-mail a um amigo).

Exercícios sobre Gerúndio

Reescreva as frases abaixo quando ocorrer utilização indevida ou excessiva do


gerúndio:
1. Vou estar transferindo a sua ligação para o Sr. Paulo.

2. Estavam todos comendo quando cheguei.

3. Vou estar terminando o exercício até o final da aula.

4. Vou estar contribuindo para o Projeto das Meninas dos Olhos de Deus.

5. Temos que estar reunindo forças para estar prosseguindo com o propósito.

6. Estive pesquisando pela resposta, mas ainda não encontrei.

7. Vamos estar procurando fazer o correto para poder estar mostrando o melhor.

8. Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores
que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando
de estar falando desse jeito.

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CURIOSIDADES:

Paracada
Para cadarealidade
realidadeconcreta
concretaexiste
existeuma
umapalavra
palavraadequada.
adequada.Quando
Quando
umavião
um aviãodesce
desceno
noaeroporto,
aeroporto,aterrissa
aterrissaou
ouaterriza.
aterriza.Quando
Quandooo
hidroaviãopousa
hidroavião pousanonomar,
mar,amerissa.
amerissa.EEquando
quandouma
umanave
navepousa
pousana
na
lua,alunissa
lua, alunissaou
oualuniza.
aluniza.

Àsvezes
Às vezesfalamos
falamoscomcomimprecisões
imprecisõesde desentido,
sentido,eevaleria
valeriaaapena
pena
caprichar.Por
caprichar. Porexemplo:
exemplo:febre
febrealta.
alta.Na
Naverdade,
verdade,toda
todafebre
febreéé
temperaturaalta.
temperatura alta.Febre
Febrebaixa,
baixa,pelo
pelomenos
menosna namedicina
medicinagramatical,
gramatical,
tambémnão
também nãoexiste.
existe.Outro
Outroexemplo:
exemplo:tirar
tiraraapressão.
pressão.SeSeuma
uma
enfermeiratirar
enfermeira tiraraaminha
minhapressão
pressãosangüínea
sangüíneaeu eumorro
morrona nahora.
hora.ÉÉ
bemmelhor
bem melhorpedir-lhe
pedir-lhepara
paramedir
mediraapressão.
pressão.

O uso contínuo de uma expressão errada torna o erro invisível.


Poucos vêem o equívoco de usar a palavra penalizar no sentido de
punir e castigar. É comum ouvirmos, por exemplo: os jogadores
foram penalizados com a expulsão. Penalizar, na verdade, significa
causar dor e tristeza. Ele ficou penalizado (ficou triste) ao ver a
expulsão dos jogadores. O certo, então, é mudar o verbo da frase
anterior, e escrever assim: os jogadores foram punidos com a
expulsão.

5. REGÊNCIA VERBAL

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A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as
orações de um período. A regência verbal estuda a relação de dependência que se
estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na
regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e
indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Verbos Transitivos Diretos


Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Verbos Intransitivos

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento,
denominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar
se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente
verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar,
que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva.

O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada,


uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome
oblíquo.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes:
me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como
objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são
pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam
como objeto direto preposicionado.

EU PROCURO A FACE DE DEUS


(VTD) (OD)

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O


complemento é denominado OBJETO INDIRETO. O objeto indireto pode ser
representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração
subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes
oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe,
nos, vos, lhes. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são
os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

EU GOSTO DE LOUVAR
(VTI) (OI)
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

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São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO
INDIRETO.
CHAMEI A ATENÇÃO DO MENINO.
VTDI Objeto Direto Objeto indireto

Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se
notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

VERBOS INTRANSITIVOS

São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o


fato.
Ex.: As margaridas morreram.

* REGÊNCIA DE VERBOS MAIS USADOS:

1. ABDICAR

a) VI = D. Pedro I abdicou em 1831.


b) VTD = D. Pedro I abdicou a coroa.
c) VTI = D. Pedro I abdicou da coroa. (‘à coroa’ está errado)

2. AGRADAR

a) VTD = causar agrado, fazer carinho.


Ex.: A mãe agrada o filho.

b) VTI = contentar, satisfazer (preposição a)


Ex.: O candidato não agrada aos eleitores.

VTD = fazer carinho


Agradar

VTI = satisfazer (a)

3. ANSIAR

a) VTD = causar mal-estar, angustiar


Ex.: O cansaço ansiava-o

b)VTI ou VTD = desejar ardentemente


Ex.: Minha alma anseia a presença do Senhor
Ou: Minha alma anseia pela presença do Senhor

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VTD = angustiar
Ansiar

VTI ou VTD = desejar muito

4. ASPIRAR

a) VTD = quando significar sorver, absorver, inspirar, inalar.


Como é bom aspirar a brisa da tarde.

b) VTI = com a prep. a, quando significar almejar, objetivar, desejar.


Aspiramos a uma vaga naquela universidade.

VTD = cheirar
Aspirar

VTI = desejar (a)

5. ASSISTIR

a) VTD ou VTI = prestar assistência, ajudar.


Ex.: O médico assiste ao/o paciente doente.

b) VTI = presenciar, ver (prepos. ‘a’)


Ex.: Não assisto a comícios nem a carreatas.
Assisti ao filme Desafiando os Gigantes.

c) VTI = pertencer, caber.


Ex.: O direito de resposta assiste ao acusado.

d) VI = morar, residir.
Ex.: Os apóstolos de Cristo assistiam em diversos lugares.- adj. Adverbial de lugar

e) VI = estar, permanecer.
Ex.: Que a Palavra de Deus assista em nossos corações.

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VTD e VTI = ajudar
Assistir
VTI = presenciar, ver

VTI = pertencer

VI = morar

VTI = estar, permanecer

6. ATENDER

a) VTD = responder a alguém que se dirige a nós


Ex.: O diretor atendeu os alunos.
Deus atende a súplica dos seus servos.

b) VTI = dar atenção


Ex.: Atenda bem ao aluno.

VTD = receber com atenção


Atender

VTI = dar atenção a alguém

7. CHAMAR

a) VTD = convocar
Ex.: Jesus, então, chamou o cego.

b) VTI = convocar. (preposição pelo)


Ex.: O juiz chamou pelo réu.

c) VTD ou VTI = qualificar.


Ex.: Chamei-o justo
Chamei-lhe de justo

VTD ou VTI = convocar


atenção
Chamar

VTD ou VTI = qualificar

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8. CUSTAR

a) VTDI = acarretar, causar incômodo


Ex.: A imprudência custou-lhe sofrimento

b) VTI ser difícil, penoso.


Ex.: Custa ao aluno entender a regência verbal.

c) VI = ter valor.
Ex.: Jóias custam caro.

VTDI= acarretar
Custar
VTI = ser difícil

VI = ter valor

9. ENSINAR

a) VTDI ou VI

Jesus ensinou o caminho aos discípulos.


Jesus ensinou a Palavra para a multidão.
Jesus ensinou com autoridade.

10. ESQUECER E LEMBRAR

a) VTD = Ex.: Lembrei seu aniversário. (sem pronome)


Esqueci seu aniversário.

b) VTI = Ex.: Lembrei-me de seu aniversário. (com pronome oblíquo)


Esqueci-me de seu aniversário.

VTD = sem pronome oblíquo


Esquecer e
Lembrar
VTI = com pronome oblíquo

11. FUGIR

a) VI = passar rapidamente.
Ex.: O tempo foge.

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b) VTI = livrar-se (preposição ‘a’ ou ‘de’)
Ex.: Ninguém foge ao/do julgamento final.

c) VTD = afastar-se de
Ex.: Procure fugir o mal.

VI= passar rapidamente


Fugir
VTI = livrar-se

VTD = afastar-se de

12. IMPLICAR

a) VTD = ter como conseqüência, acarretar.


Ex.: Sua decisão implica o cancelamento do contrato.

b) VTI = embirrar, ter implicância – preposição com.


Ex.: Implicou o tempo todo com o cabelo bagunçado.

c) VTDI = envolver, comprometer.


Ex.: Nicéia implicou Pita em atividades criminosas.

VTD= acarretar
Implicar
VTI = embirrar

VTD = comprometer

13. INFORMAR, PREVENIR E AVISAR

a) VTDI = O professor informou aos alunos a data da prova.


O professor informou os alunos sobre a data da prova.

14. INVESTIR

a) VTDI = fazer investimentos, empregar o dinheiro.


Ex.: Investir dinheiro nas nações.

b) VTDI = revestir.
Ex.: Jesus investiu a cada discípulo de autoridade.

c) VTD ou VTI = atacar, arremeter.


Ex.: Quando a onda investe a praia.
Davi investiu contra os inimigos.

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VTDI= empregar dinheiro
Investir
VTDI = revestir

VTD ou VTI = atacar

15. IR, VIR, VOLTAR, CHEGAR

São todos verbos INTRANSITIVOS.

OBS: a preposição ‘a’ deve indicar lugar e a preposição ‘em’ deve indicar tempo ou
meio.

Fui à casa de meus pais em dezembro.


Cheguei no terminal cedo.
Voltei a Goiânia de ônibus.
O missionário vai para a (à) Índia em outubro.

16. OBEDECER E DESOBEDECER

São VTI e exigem sempre a preposição ‘a’.


Ex.: Jonas desobedeceu à ordem do Senhor.
Sempre obedeça a seu pastor.

17. PARECER

a) VI = ser provável.
Ex.: Parece que vai chover.

b) VTI = opinião.
Ex.: Esta parece-me a melhor solução.

c) VTI = ser semelhante, parecer com.


Ex.: Os filhos de Deus se parecem com Jesus.

VI= ser provável


Parecer
VTI = opinião

VTI = ser semelhante

24
18. PERDOAR, PAGAR, AGRADECER E SERVIR

a) VTD = apresenta coisa como objeto direto.


Ex. Jesus perdoou nossa dívida.
Jesus pagou o preço.
Agradeço o pão de cada dia.
Os irmãos serviam a ceia.

b) VTI = apresenta pessoa como objeto indireto.


Ex.: O Senhor perdoou a todos quantos creram.
Paguei ao dono.
Ela agradeceu ao Senhor em lágrimas.
Marta serviu aos irmãos.

c) VTDI = apresenta OD (coisa) e OI (pessoa)


Ex.: Deus perdoou aos convertidos suas dívidas.
Jesus pagou o preço por nós.
Agradeça ao Senhor sua nova vida!
Sirva o seu melhor aos irmãos.

19. PISAR

a) VTD = esmagar com os pés, ou insistir em ou desprezar.


Ex.: Jesus pisou a cabeça de satanás.
Ela pisa sempre o mesmo assunto.
Pisa a namorada o tempo todo, pobre moça.

b) VI = andar, caminhar
Ex.: Ele pisa com firmeza
Jesus pisou sobre as águas

c) VTD ou VTI = pisar em, sobre, por cima


Ex.: Não pise a grama
Ou : Não pise na grama.

VTD= esmagar com os pés


Pisar
VI = andar, caminhar

VTI ou VTD = sobre algo


semelhante

20. PRECISAR

a) VTD ou VTI = ter necessidade.


Ex.: Este país precisa de avivalistas.

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Ex.: Precisamos dinheiro para a obra nas nações.

b) VI = ser necessário.
Ex.: Não precisa, vocês já trabalharam muito.

c) VTD = indicar com exatidão.


Ex.: Não sei precisar o quanto te amo.

VTD ou VTI = ter necessidade


Precisar
VI = ser necessário

VTD = indicar com precisão

21. PREFERIR

O verbo sempre será intransitivo direto e indireto e exige preposição “a”


obrigatoriamente!

Este verbo rejeita expressões de reforço tais como: mais, mil vezes, muito mais, do
que.

Ex.: Prefiro a banana à laranja.


Errado: Prefiro a banana do que a laranja.

22. QUERER

a) VTD = desejar, cobiçar.


Ex.: Todos queremos a volta de Jesus.

b) VTI = estimar, amar.


Ex.: Queremos muito ao pastor José.

VTD = desejar, ansiar


Querer

VTI = estimar (preposição a)

23. RESPONDER

a) VTI = o objeto indireto indica a quem ou a que se responde. (obrigatoriamente exige


o uso da preposição ‘a’.
Ex.: Responda ao professor.
Respondeu à prova.
Responda-lhe se puder.

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b) VTDI = o objeto direto deve exprimir a resposta.
Ex.: Respondeu as questões ao professor.

VTI = OI indica pessoa ou


coisa a que se responde
Responder

VTDI = OD indica a resposta

24. SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR

VTDI = sempre utilizando preposição ‘com’.

Ex.: O aluno simpatizou com o professor.

Errado: O aluno simpatizou-se com o professor.

25. VISAR

a) VTD = mirar ou assinar (pôr o visto).


Ex.: O atirador de elite visou a perna do bandido.
O funcionário visou o passaporte.

b) VTI = pretender, almejar. (preposição ‘a’).


Ex.: O missionário visou ao número máximo de vidas resgatadas.
A medida visava (a) eliminar os gastos.
(antes de verbo infinitivo a preposição é facultativa).

VTD = mirar ou assinar


Visar

VTI = pretender, almejar

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Exercícios de Regência Verbal

1. Marque o item em que há erro de regência verbal:


a) Mandamos que assistissem a todos os noticiários.
b) Muitos alunos preferem Matemática do que Português.
c) As línguas românicas procedem do latim.
d) Perguntaram-me aonde eu ia.
e) Porque se esqueceram de que segunda-feira é dia de trabalho.

2. Assinale certo (C) ou errado (E) para as afirmações abaixo de acordo com as regras
de Regência Verbal.

a) Os alunos aspiram a oportunidade de conhecer outros países.( )


b) Ela queria um refrigerante bem gelado. ( )
c) Ninguém pode responder grosseiramente os pais. ( )
d) Pague suas contas em dia. ( )
e) Prefiro orar do que assistir TV. ( )
f) Sempre obedeça a direção de Deus em sua vida. ( )
g) Ela serviu fielmente o pastor durante todos os anos. ( )
h) Jesus perdoou os que creram no Seu Nome. ( )
i) Ele precisou de quanto tempo necessitava para chegar ao destino.( )
j) Maria assistiu os documentários sobre o Nepal sem piscar os olhos. ( )
k) Todos se lembraram de que Deus fez promessas eternas.( )
l) As dificuldades implicaram em sérias mudanças. ( )

3. Assinale a alternativa incorreta:

a) Os professores visam à formação dos alunos.


b) O fiscal visou os documentos.
c) O atirador visa o alvo.
d) Visamos a um futuro mais feliz.
e) Os desempregados visam melhores condições de vida.

4. Indique a alternativa correta:

a) Preferia brincar do que trabalhar.


b) Preferia mais brincar a trabalhar.
c) Preferia brincar a trabalhar.
d) Preferia brincar à trabalhar.
e) Preferia mais brincar que trabalhar.

5. Assinale a alternativa correta:

a) Amanhã responderei essa carta.


b) Ele prefere a música ao cinema.
c) Ele prefere mais a música do que o cinema.
d) Informei-lhe do resultado do exame.

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e) Só cheguei em casa bem tarde.

6. Assinale certo (C) e errado (E).

a) Eu me lembro muito bem as minhas histórias de infância. ( )


b) Toda vez Rosângela esquecia o guarda-chuva. ( )
c) Nem me lembro isso mais... ( )
d) Ele só não esquece da cabeça porque está grudada.( )
e) Esqueceram-se dos casacos! ( )
f) Por favor, lembre de orar por nós! ( )

7. Assinale as frases em que a Regência Verbal está correta:


a) João aspira o posto de gerente de banco.
b) Clarissa aspira o ar puro da manhã.
c) Ontem assistimos às aulas de Matemática.
d) No domingo assisti um belo espetáculo esportivo.
e) O aluno não obedece o professor.

Gabarito

Regência Verbal:

1- b l) e
2- a) e
b) c 3- e
c) e 4- d
d) c 5- b
e) e 6- a) e
f) e b) c
g) e c) e
h) e d) e
i) e e) c
j) e f) e
k) c 7- b) e c)

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6.REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio


transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma
preposição. No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes
seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
acessível a empenho de, em, por nobre de, em, por
acostumado a,com entendido em nocivo a
adequado a equivalente a obediência a
admiração a, por erudito em obediente a
afável com, para com escasso de obsequioso com
agradável a essencial para ojeriza a, por
alheio a estranho a orgulhoso com, de, para
amante de exato em com
amor por fácil de paralelo a
amoroso com, para com fanático por parco em, de
análogo a favorável a parecido a, com
ansioso de, para, por falho de, em passível de
anterior a feliz com, de, em, para, por peculiar a
aparentado com fértil de, em perito em
apto a, para fiel a permissivo a
atento a, em firme em pernicioso a
atentado a, contra forte de, em perpendicular a
avaro de fraco com, de, em, para, por pertinaz em
aversão a, para, por furioso com, de piedade de
avesso a, de, em generoso com pobre de
ávido de grato a poderoso em, para
bacharel em hábil em possível de
benéfico a habituado a possuído de
bom para horror a posterior a
capacidade de, para hostil a prático em
capaz de, para ida a preferível a
cego a idêntico a prejudicial a
certo de imediato a prestes a, para
cheiro a, de impaciente com presto a, para
cobiçoso de impossível de pródigo de, em
coetâneo de impotente contra, para propício a
coevo a, de impróprio para propínquo de
compatível com imune a, de próprio para, de
compreensível a inábil para proveitoso a
comum a, de inacessível a, para próximo a, de
conforme a, com inclinado a querido de, por
constante em incapaz de, para referência a, ao
contemporâneo a, de incompatível com referentemente a
contente com, de, em, por incompreensível para relacionado com
contíguo a inconseqüente com relativamente a
contrário a inconstante em rente a, com, de

30
cruel com, para com incrível a, para respeito a, com, para com
cuidadoso com indébito a responsável por
cúmplice de, em indeciso em rico de, em
curioso de, por independente de, em sábio em, para
desatento a indiferente a satisfeito com, de, em, por
descontente com indigno de sedento de, por
desejoso de indulgente para, para com seguro de, em
desfavorável a inerente a semelhante a
desleal a inexorável a sensível a
desprezo por ingrato com, para com sito em
devoção a, para com, por insaciável de situado a, em, entre
devoto a, de insensível a soberbo com
diferente de intolerante com, para com solícito com
difícil de leal a sujo de
digno de lento em suspeito de
diligente em, para liberal com temeroso de
dessemelhante de maior de temível a
ditoso com mau com, para com tolerante com
diverso de medo a,de transido de
doce a menor de triste com, de
dócil a morada em último a, de, em
dotado de natural de união a, com, entre
doutor em necessário a único a, em, entre
duro de necessidade de algo útil a, para
dúvida acerca de, em, sobre negligente em vazio de
versado em
visível a
vizinho a, de
Exemplos:

Está alheio a tudo.


Está apto ao trabalho.
Gente ávida por dominar.
Contemporâneo da Revolução Francesa.
É coisa curiosa de ver.
Homem inepto para a matemática.
Era propenso ao magistério.

Exercícios de Regência Nominal

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1. Assinale a frase que apresenta Regência Nominal incorreta:

a) O tabagismo é prejudicial à saúde.


b) Estava inclinado em aceitar o convite.
c) Sempre foi muito tolerante com o irmão.
d) É lamentável sentir desprezo por alguém
e) Em referência ao assunto, prefiro nada dizer.

2. Ocorre Regência Nominal inadequada em:

a) Ele sempre foi insensível a elogios.


b) Estava sempre pronta a falar.
c) Sempre fui solícito com a moça.
d) Estava muito necessitado em atenção.
e) Era impotente contra tantas maldades.

3. Assinale certo (C) e errado (E):

a) Os mulçumanos podem ser hostis com os cristãos. ( )


b) Ela tem horror de barata. ( )
c) Ela era suspeita do crime. ( )
d) O filme era impróprio de menores de 12 anos. ( )
e) O rapaz era dotado de habilidades musicais. ( )
f) Nunca vi alguém tão contrário para os princípios da Palavra. ( )
g) Rute foi fiel a sua sogra. ( )
h) Não seja negligente com ofertar. ( )

4. Assinale a alternativa incorreta:

i) Eram todos diligentes para servir.


j) Não sejais inconstantes em vosso proceder!
k) Ela estava prestes a ter um filho.
l) Mostrou sua gratidão ao Senhor cheio de lágrimas.
m) Ele é um exemplar bacharel de Letras.

Gabarito

Regência Nominal:
1- b e) c
2- d f) e
3- a) e g) c
b) e h) e
c) c 4- e
d) e
7. CONCORDÂNCIA VERBAL

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Regra Geral:

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o
verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito
estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve
ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo
Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta
indicará como o verbo deverá ficar.

Por exemplo, a frase: ‘As instalações da empresa são precárias’ tem como sujeito “as
instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são
precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural. Até aqui está tudo bem. O
problema surge quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra que
suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora:

1. COLETIVO

Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo: bando, multidão,
matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique
diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande
parte, metade, porção, etc. Poderão ocorrer três circunstâncias:

A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer restritivo:


Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.

Ex. A multidão invadiu o campo após o jogo.

O bando sobrevoou a cidade.

A maioria está contra as medidas do governo.

B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural: Nesse caso,


o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.

Ex. A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.

O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.

C) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de restritivo, e se encontra


distante do verbo: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no
plural.

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Ex. A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.

O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

A maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo.

2. UM MILHÃO, UM BILHÃO, UM TRILHÃO

Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a
conjunção e, o verbo ficará no plural.

Ex. Um milhão de pessoas assistiu ao comício.

Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.

3. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE, PERTO DE

Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o
numeral que vier imediatamente à frente.

Ex. Mais de uma criança se machucou no brinquedo.

Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.

Cerca de duzentos mil reais foram roubados.

Quando mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida, o


verbo ficará no plural.

Ex. Mais de uma pessoa agrediram-se.

Mais de um carro se entrechocaram.

Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.

4. NOME PRÓPRIO NO PLURAL

Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento
a que ele se refere:

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A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.

Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.

B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso
não haja artigo, o verbo ficará no singular.

Ex. Os Estados Unidos comandam o mundo.

Campinas fica em São Paulo.

Os Andes cortam a América do Sul.

5. QUAL DE NÓS / QUAIS DE NÓS

Quando o sujeito contiver as expressões de nós, ...de vós ou ...de vocês, deve-se
analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:

A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada
um, alguém, algum...), o verbo deverá ficar no singular.

Ex. Quem de nós irá conseguir o intento?


Quem de vós trará o que pedi?
Cada um de vocês deve ser responsável por seu material.

B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns,
muitos...), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar
com o pronome nós ou vós.

Ex. Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?


Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.

6. PRONOMES RELATIVOS:

Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o


seguinte:

A) Pronome Relativo que: o verbo concordará com o elemento antecedente.

Ex. Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça).


Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você)
Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram expulsos).

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7. VERBOS IMPESSOAIS:

Os verbos abaixo, quando impessoais, são invariavelmente usados na 3ª pessoa do


singular.

a) HAVER:

O verbo Haver é impessoal em três casos:


1. no sentido de existir:
Ex.: Há uma flor no jardim.
Há duas flores no jardim.

2. no sentido de suceder, acontecer, ocorrer.


Ex.: Houve uma briga na rua.
Houve brigas na rua.

3. no sentido de ter decorrido, fazer.


Ex.: Não o vejo há um ano.
Não o vejo há dez anos.
Havia uma semana que chorava.
Havia duas semanas que chorava.

b) FAZER:

O verbo fazer é impessoal em dois casos:

1. no sentido de tempo decorrido.


Ex.: Faz uma semana que não o vejo.
Faz duas semanas que não o vejo.
Fará um milênio que nasceu.
Fará dois milênios que nasceu.

2. indicando fenômeno natural.


Ex.: Faz um dia ensolarado hoje.
Faz dias ensolarados em Goiânia.
Fez uma manhã chuvosa em São Paulo.
Fez manhãs chuvosas em São Paulo.

Observação importante: Os verbos HAVER e FAZER transmitem sua impessoalidade


para o verbo auxiliar:

Aqui deve haver minérios.


Deverá haver muitos candidatos para o próximo vestibular.
Já devia haver dez anos que não lecionava.
Jamais poderá haver obras iguais a essas!

36
Exercícios de Concordância Verbal

1. Pluralize a expressão em destaque e, caso esta funcione como sujeito, faça o


ajuste na forma verbal. O verbo HAVER (significando existir ou indicando tempo
decorrido) e o verbo FAZER (indicando tempo decorrido) não possuem sujeito - ficam
na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:
Deve existir uma fórmula mais viável.
Devem existir fórmulas mais viáveis.
Sempre haverá guerra.
Sempre haverá guerras.

1. Ainda há esperança.

2. Ainda existe esperança.

3. Vai haver novo encontro.

4. Não creio que vá existir problema sério.

5. Se existir comprador interessado, tudo estará resolvido.

6. Se houver comprador interessado, tudo estará resolvido.

7. Caso haja novidade, comunique-me.

8. Quando ocorrer novo distúrbio, a polícia prenderá os agitadores.

9. Acontece muita coisa diferente.

10. Faz um ano que de lá voltei.

11. Ainda está faltando sua resposta.

12. Há de haver solução mais prudente.

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13. Há de existir solução mais prudente.

14. Já vai fazer uma década que a guerra acabou.

15. Não me coube tal tarefa.

16. Deveria haver semelhante reunião?

17. Chegou ontem da Europa o eminente escritor.

18. Jamais poderá existir coisa igual.

19. Vai haver muita discussão.

20. Houve sério acidente automobilístico na última semana.

2. Assinale a alternativa que apresenta correta Concordância Verbal:

a) O casal questionaram o valor da diária.


b) Foram eles que recebeu o prêmio.
c) Algum de vocês sabe onde ela está?
d) Fazem muitos dias que o cachorrinho desapareceu.
e) Cerca de três pessoas foi atingida pelo desabamento.

3. Assinale certo (C) ou errado (E) para as afirmações abaixo, considerando as regras
formais de concordância verbal:

a) Podem haver centenas de desabrigados pelo furacão.( )


b) Aconteceram inúmeros eventos inesperados. ( )
c) A maioria da população vacinaram contra febre amarela. ( )
d) A multidão seguia Jesus. ( )
f) Um milhão de pessoas se reuniram para protestar contra a violência. ( )
g) Cada um de vocês será uma grande bênção nas nações. ( )
h) Houveram muitas faltas durante o jogo. ( )
i) Metade do júri não se manifestou. ( )
j) O enxame de abelhas atacaram o rapaz. ( )

4. Assinale a alternativa em que há um erro de Concordância Verbal.

a) Há cinco dias todos viajaram.

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b) Alguém de nós deverá permanecer aqui.
c) Os meninos que sabe onde está o telefone.
d) Menos de sete pessoas se apresentaram para o serviço.
e) Deve fazer pelo menos dez anos que não a encontro.

8. CONCORDÂNCIA NOMINAL

a) INTRODUÇÃO

Leia a frase abaixo e observe as inadequações:

Aquele dois meninos estudioso leram livros antigo.

Note que as inadequações referem-se aos desajustes entre as palavras que a


constituem.

Para que a frase concorde, adequadamente, entre todos os termos, é necessário:


 Aquele concordar com a palavra dois;
 Estudioso concordar com meninos;
 Antigo concordar com livros.
Fazendo-se os ajustes necessários a frase ficará assim:

Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos

Assim, concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros,


harmonizando-se nas suas flexões com as palavras de que dependem.

b) REGRA GERAL

O artigo, o pronome, o adjetivo e o numeral devem concordar em gênero


(masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se refere.

Exemplo:

O alto ipê cobre-se de flores amarelas.


Adj. Adjetivo

Faz duas horas que cheguei de viagem.


Num.

OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL

1. Um adjetivo após vários substantivos


1.1 Quando os substantivos são do mesmo gênero há duas concordâncias:

39
a) assumir o gênero do substantivo e vai para o plural:

exemplo: Encontramos um jovem e um homem preocupados.


Adjetivo

No exemplo acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e foi para o plural.

b) concordar só com o último substantivo em gênero e número:

Exemplo: Ela tem irmão e primo pequeno.


Adjetivo

Acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e concordou só com o último


substantivo.

Observação:

Quando os substantivos são do mesmo gênero as duas concordâncias podem ser


usadas, embora a primeira seja mais adequada porque mostra que a característica é
atribuída aos dois substantivos.

Se o último substantivo estiver no plural, a concordância só poderá ficar no plural.

Exemplo: Ele possui perfume e carros caros.

Se o adjetivo funcionar como predicativo, o plural será obrigatório.

Exemplo: O irmão e o primo dele são pequenos.


VL Predicativo

1.2 Quando os substantivos são de gêneros diferentes também há duas possibilidades:

a) ir para o masculino plural:


Exemplo: “Uma solicitude e um interesse mais que fraternos.” (Mário Alencar)

b) concordar só com o substantivo mais próximo:


Exemplo: A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta.

Observação:

No caso de substantivos de gêneros diferentes o adjetivo irá para o masculino plural,


se o adjetivo tiver a função de predicativo.

Exemplo: O aluno e a aluna estão reprovados.


VL Predicativo

2. Um adjetivo anteposto a vários substantivos

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A concordância se dará com o substantivo mais próximo.
Exemplo: Tiveste má idéia e pensamento.

Velhos livros e revistas estavam empilhados na prateleira.

Observação:

Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só com o


primeiro ou ir para o plural.

Exemplo: Ficou reprovada a aluna e o aluno.


Ficaram reprovados a aluna e o aluno.

Se o adjetivo anteposto referir-se a nomes próprios, o plural será obrigatório.

Exemplo: As simpáticas Lúcia e Luana são irmãs.

3. Um substantivo e mais de um adjetivo


Admitem-se duas concordâncias:

a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
Exemplo: Estudava os idiomas francês e inglês.

b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do


segundo adjetivo.
Exemplo: Estudo a língua inglesa, a francesa e a italiana.

4. É bom, é necessário, é proibido

Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem,


quando for precedido de artigo. Caso contrário são invariáveis.

Exemplo: Vitamina C é bom para saúde.


É necessária muita paciência.

5. Um e outro (num e noutro)

Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.

Exemplo: Numa e noutra questão complicadas ela se confundia.

6. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado

Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem.

Exemplo: Seguem anexos os acórdãos.

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A procuração está apensa aos autos.
Os documentos estão inclusos no processo.
Obrigado, disse o rapaz.
Elas próprias resolveram os exercícios.

Observação

A expressão em anexo é invariável.


Exemplo: Em anexo segue a procuração
Em anexo segue o despacho.

7. Mesmo, bastante

Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável.
Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.

Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema.


Pronome
Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso mesmo = realmente
Advérbio
Haviam bastantes razões para ela reclamar.
Pronome
Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto.
Advérbio

8. Menos, alerta

São palavras invariáveis.

Exemplo: O Amazonas é o Estado menos populoso do Brasil.


Havia menos alunas na sala hoje.
Os soldados estavam alerta.

Observação

Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural.

Exemplo: Nossos chefes estão alertas.


9. Meio

Essa palavra pode ser numeral ou advérbio.

a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra a que se refere.


Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe.
numeral
Isso pesa meio quilo.
numeral

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b) Se for advérbio é invariável.
Exemplo: A porta estava meio aberta.
Advérbio
Ele anda meio cabisbaixo.
Advérbio

10. Muito, pouco, longe, caro

Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a
que se referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis.

Exemplo: Muitos alunos compareceram à formatura.


Adjetivo
Os perfumes eram caros.
Adjetivo
As mensalidades escolares aumentaram muito.
Advérbio
Vocês moram longe.
Advérbio

11. Só

a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.
Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha)
Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)

b) Ela é invariável quando significa apenas/somente.


Exemplo: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas)
Eles queriam ficar só na sala. (apenas)

Observação

A locução adverbial a sós é invariável.

12. Possível

Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior)


varia conforme o artigo que integra as expressões.
Exemplo: As previsões eram aspiorespossíveis.
Recebemos a melhor notícia possível.

13. Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento sempre concordam em 3ª pessoa.

Exemplo: Vossa Santidade está muito preocupado. 3ª P.S

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9. PROBLEMAS GERAIS DA LÍNGUA CULTA

1. Onde / aonde

Como utilizar a palavra onde:

1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em
situações em que a idéia de lugar não esteja presente.
2º- Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que
se acrescenta e que indica movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na
expressão existir a idéia de destino.

Ex: Ir a algum lugar.


Chegar a algum lugar.
Levar alguém a algum lugar.
Dirigir-se a algum lugar.

Não se pode usar aonde com o verbo morar.


Ex: Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você
mora?”

Quem vai, vai a algum lugar. Portanto, a expressão correta nesse caso é “aonde”.
Aonde você foi? Aonde você vai?

Mas quem mora, mora em algum lugar. Quem está, está em algum lugar. Nesse caso, a
expressão correta é “onde”:
Onde você mora? Onde está você? Onde você trabalha?

2. Mas / mais

O remédio é lembrar sempre que você só pode escrever mais onde poderia escrever
menos, que é o seu antônimo: "Ela não veio, mas mandou um recado" (não cabe
menos); "ela corre mais que a irmã" (aqui sim).

Mas – indica contradição


Mais – indica adição, é o oposto de menos

3. Senão / se não

Senão = do contrário / caso contrário

Exemplo: Faça isso, senão haverá problemas.


Faça isso, do contrário haverá problemas.
Faça isso, caso contrário haverá problemas.

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Se não = condição

Exemplo: Se não chover, irei à sua casa.


Caso não chova, irei à sua casa.

Nesse caso, a dica é simples: substitua mentalmente o "se não" por "caso não". Se for
o sentido desejado, escreva "se" e "não" separadamente.

4. Outros erros:

Veja a seguir a relação dos 10 erros mais freqüentes em redação:

4.1) Para “mim” fazer: o “mim” não faz, porque não pode ser sujeito.

4.2) “Há” cinco anos “atrás”: há e atrás indicam passado na frase. Dessa forma deve-se
usar apenas “há cinco anos” ou “cinco anos atrás”.

4.3) Venda “à” prazo: não se usa o acento grave antes de palavra masculina, a não ser
que esteja subentendida à moda.

4.4) Todos somos “cidadões”: o plural de cidadão é cidadãos.

4.5) Entre “eu” e você: Depois da preposição, usa-se mim ou ti.

4.6) Que “seje” eterno: o subjuntivo de ser e estar é seja e esteja.

4.7) Ela é “de” menor: neste caso o “de” não existe.

4.8) Creio “de” que: não se usa a preposição “de” antes de qualquer “que”.

4.9) Ela veio, “mais” você, não: usa-se neste caso o “mas”, conjunção, que indica
restrição, ressalva.

4.10) Falo alto porque você “houve” mal: neste caso o houve é pretérito do verbo
haver (existência), ao se referir à audição usa-se “ouve”.

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Exercícios de Revisão:

Assinale a alternativa correta:

Casas germinadas Casas geminadas


Sou de menor Sou menor
Sou maior de idade Sou de maior
Passar o ano (na escola) Passar de ano (na escola)
Repetir o ano (na escola) Repetir de ano (na escola)
Ficar de recuperação Ficar para recuperação
O feriado caiu num domingo. O feriado caiu de domingo.
Saíram elas por elas. Saiu elas por elas.
De sábado, não trabalho. Aos sábados, não trabalho.
Faltei pouco para não morrer. Faltou pouco para não morrer.
Mandado de segurança Mandato de segurança
Aguardo notícias. Estou no aguardo de notícias.
Apêndice estuporado Apêndice supurado.
Caderno espiral Caderno aspiral
Estou quites com o Serviço Militar. Estou quite com o Serviço militar.
Se eu ver, se ela ver, se nós vermos... Se eu vir, se ela vir, se nós virmos...
Neusa é média. Neusa é médium.
A mala está leve. A mala está leviana.
Fiquei fora de mim. Fiquei fora de si.
Não saí por causa que estava Não saí porque estava chovendo.
chovendo.
O paciente sofreu melhoras. O paciente sentiu melhoras.
Ele já acordou. Ele já se acordou.
O motorista perdeu a direção do O motorista perdeu o controle do
veículo. veículo.
Estou com pigarro. Estou com pigarra.
Tenho menas sorte que você. Tenho menos sorte que você.

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O rapaz puxava uma perna. O rapaz puxava de uma perna.
Luís é muito xereta. Luís é muito xereto.
O pessoal não gostaram do filme. O pessoal não gostou do filme.
Prova dos nove Prova dos noves
Horas extras Horas extra
Eu procurava um emprego que Eu procurava um emprego que
condizesse com meu nível cultural. condissesse com meu nível cultural.
Não vou lá em hipótese nenhuma. Não vou lá de hipótese nenhuma.

Levantei-me com mal jeito no Levantei-me com mau jeito no


pescoço. pescoço.
Fazem 12 anos que não viajo ao Faz 12 anos que não viajo ao
exterior. exterior.
Havia muitas pessoas na festa. Haviam muitas pessoas na festa.
Existem esperanças nos olhos das Existe esperanças nos olhos das
pessoas. pessoas.
Este livro é para eu ler. Este livro é para mim ler.
Tudo acabou entre eu e você. Tudo acabou entre mim e você.
A viúva do falecido passeava pelo A viúva passeava pelo cemitério.
cemitério.
O garçom serviu frango à O garçom serviu frango a
passarinho. passarinho.
Porque você não foi à escola? Por que você não foi à escola?
Os brasileiros assistem as novelas. Os brasileiros assistem às novelas.
Prefiro leite a café. Prefiro mais café do que leite.
Bem-vindos a Guararapes! Bem vindos a Guararapes!
Vendem-se tijolos. Vende-se tijolos.
Precisam-se de empregadas Precisa-se de empregadas
domésticas. domésticas.
As crianças foram ao cinema. As crianças foram no cinema.
O seu atraso implicará em punição. O seu atraso implicará punição.
Os vestibulandos vivem à custa do Os vestibulandos vivem às custas do

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pai. pai.
O alface estava gostoso. A alface estava gostosa.
Preços a partir de R$1,99. Preços apartir de R$1,99.
As aulas iniciam amanhã. As aulas iniciam-se amanhã.
A menina engasgou com espinho de A menina engasgou com espinha de
peixe. peixe.
O diretor da escola interviu na O diretor da escola interveio na
discussão. discussão.
A professora era meia louca. A professora era meio louca.
O assunto não tem nada haver com O assunto não tem nada a ver com
você. você.
O garoto foi tachado de ladrão. O garoto foi taxado de ladrão.
Ele foi um dos que chegou antes. Ele foi um dos que chegaram antes.
Tinha chego atrasado. Tinha chegado atrasado.
Quero calças cinzas. Quero calças cinza.
Chegou há duas horas e partirá Chegou a duas horas e partirá daqui
daqui a 10 minutos. há 10 minutos.
A artista deu a luz a quíntuplos. A artista deu à luz quíntuplos.
Sentou-se na mesa para comer. Sentou-se à mesa para comer.
Ficou contente por causa que Ficou contente porque ninguém se
ninguém se feriu. feriu.
O time empatou em 2 a 2. O time empatou por 2 a 2.
À medida que a epidemia se À medida em que a epidemia se
espalhava... espalhava...
Eles tem razão. Eles têm razão.
A moça estava ali há muito tempo. A moça estava ali havia muito
tempo.
A temperatura chegou a zero graus. A temperatura chegou a zero grau.
Comeu frango ao invés de peixe. Comeu frango em vez de peixe.
O Brasil intermedeia a negociação. O Brasil intermedia a negociação.
Evite que a bomba expluda. Evite que a bomba estoure.
Marieta quis viajar ontem. Maria quiz viajar ontem.

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O homem possue muitos bens. O homem possui muitos bens.
O fato passou despercebido. O fato passou desapercebido.
A moça que ele gosta. A moça de que ele gosta.
Vou com você. Vou consigo.
Já é oito horas. Já são oito horas.
A meu ver, o Corinthians será Ao meu ver, o Corinthians será
campeão. campeão.
Que seja feliz Que seje feliz.
De forma que você viajará. De formas que você viajará.
Fiquei fora de mim. Fiquei fora de si.
Falo alto porque ele houve mal. Falo alto porque ele ouve mal.
A gente foi embora. A gente fomos embora.
Eu ia ao cinema, mais choveu! Eu ia ao cinema, mas choveu!
O pessoal chegaram da viagem. O pessoal chegou da viagem.
Fale sem exitar. Fale sem hesitar.
O ladrão é menor. O ladrão é de menor.

PARTE II - REDAÇÃO

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1. COMO TECER UM TEXTO

“Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar,


aprender a encontrar idéias e concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que
não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou...”
(Othon Garcia)

As dificuldades que os alunos enfrentam quando vão produzir um texto são inúmeras.
Na maioria dos casos, eles não apresentam dificuldades em se expressar na oralidade
através da linguagem coloquial. Os problemas aparecem quando surge necessidade de
produção textual, acontece que na linguagem oral o falante se expressa não só através
da fala, mas também através de gestos, sinais e expressões, esses recursos não são
explorados na modalidade escrita, pois elas têm normas próprias, como regras de
ortografia, pontuação que não são reconhecidas na fala.

Não adianta saber que escrever é diferente de falar. É necessário preocupar-se com o
sucesso dos objetivos da produção textual, como a interação entre o produtor do texto
e o seu receptor.

Para que o discurso tenha êxito deve construir um todo significativo. Devem existir
elementos que estabeleçam ligação entre as partes, isto é, que confiram coesão ao
discurso.

Como tecer um texto

Existe uma razão etimológica (da origem da palavra) para não esquecermos que
produzir um texto é o mesmo que tecer, entrelaçar unidades e partes com a finalidade
de formar um todo. A razão é que a palavra texto é originada do latim textum, que
significa “tecido, entrelaçamento”.

A partir dessa idéia falamos em textura de um texto: que é a rede de relações que
garantem sua coesão. Quando vamos escrever um texto nos baseamos em alguns
princípios fundamentais:

1 – Ter claro na mente o que é que se deseja informar. A confusão e indecisão mentais
vão refletir no texto. (cuidado para não misturar muitos assuntos em uma coisa só)

2 – Procurar o equilíbrio entre as informações que são necessárias e aquelas que são
inúteis.

3 – Desenvolver início ou introdução; desenvolvimento e conclusão.

4 – Não contradição.

5 – Certificar-se de que há relação entre frases e idéias desenvolvidas.

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6 – Usar a mesma pessoa do começo ao fim.

7 – Usar a voz ativa sempre que puder. Evite a voz passiva.

8 – Sempre leia muito. Leia sempre. Quem não lê muito não desenvolve a escrita.

9 – Releia o que você escreveu. Para coisas importantes busque alguém para revisar
seus textos.

O que deve ser evitado nos textos:

1. Adjetivação excessiva

A incômoda e nociva poluição ambiental pode tornar o já problemático e atrasado


Brasil uma terra inabitável.

2. Queísmo

O fato de que eu fui perdoado não quer dizer que tudo o que eu não faço que antes
eu fazia é suficiente para Deus.

3. Intromissão

Na minha opinião, eu acho, eu penso....

4. “Atualidade” redundante

O sistema de MP3 portátil , hoje, acessível à maioria dos consumidores que,


atualmente, continuam preferindo os CDs tradicionais. Porém, na atualidade, tem
havido um crescente interesse pela aquisição dessa recente inovação tecnológica.

5. Predominância do gerúndio

Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor,


ficando mais claro...

6. Palavras de introdução embromatória

Irmãos, no amor do Senhor e no Espírito Santo, por meio do Nosso Amantíssimo


Senhor Jesus venho por meio desta...

7. Adjetivos cristalizados

"Silêncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima", "sol quente”, "cabelos
negros como a noite", "grande homem", "mulher fatal”, 'lábios de mel", "dentes de
pérola", "sinceros votos de feliz natal “, “merecidos aplausos", "calorosa polêmica”,
“gol espetacular", "amor inesquecível", “esmagadora maioria".

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8. Lugar-comum ou clichê

"Subir os degraus da glória”, "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de
ouro", “a nível de", “colocar os pingos nos ii ", “sair com as mãos abanando", "em
todos os cantos do mundo”, "isto quer dizer que", "pedra sobre pedra", "dos males o
menor", "agora ou nunca", "chorando copiosamente".

9. Truísmo - (verdade evidente)

Todos os homens são mortais. / São Paulo, o maior centro industrial da América
Latina./ Pelé considerado rei do futebol. / A criança de hoje será o adulto de
amanhã. /Os idosos são pessoas que viveram mais que os jovens.

10.Tautologia

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de


uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'.

Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação - multidão de pessoas


- acabamento final - amanhecer o dia
- certeza absoluta - criação nova
- quantia exacta - retornar de novo
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive - empréstimo temporário
- juntamente com - surpresa inesperada
- expressamente proibido - escolha opcional
- em duas metades iguais - planear antecipadamente
- sintomas indicativos - abertura inaugural
- há anos atrás - continua a permanecer
- vereador da cidade - a última versão definitiva
- outra alternativa - possivelmente poderá ocorrer
- detalhes minuciosos - comparecer em pessoa
- a razão é porque - gritar bem alto
- anexo junto à carta - propriedade característica
- de sua livre escolha - demasiadamente excessivo
- superávit positivo - a seu critério pessoal
- todos foram unânimes - exceder em muito
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente

Note que todas essas repetições são dispensáveis.

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2. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS

As idéias numa dissertação precisam se completar, a geral se apóia na particular, a


particular sustenta a geral. Na narração, se uma personagem for magra no começo,
deve permanecer assim até o final. Caso ela chegue gorda no final, precisa haver um
motivo, a razão que será dada pela própria narrativa.

Veja um exemplo de incoerência na dissertação: “O verdadeiro amigo não comenta


sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe
sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das
situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz”.

Veja outros exemplos de incoerências: “As crianças estão morrendo de fome por causa
da riqueza do país”. “Adoro sanduíche porque engorda”.

Coesão significa união íntima das partes de um todo. Os caroços de um prato de arroz
“unidos venceremos”, que, se jogado na parede, não cairá nenhum grão, possui uma
forte coesão.

Assim é a construção de um texto, todas as palavras não necessárias. Os conectivos


possuem função muito importante, pois sem eles o texto não seria tecido, mas um
amontoado de palavras sem nexo.

Como evitar a Ambigüidade?

A duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão, dá-se o nome de


ambigüidade. Ocorre geralmente, nos seguintes casos:

Exemplo 1: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a
cama.

O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?

Eliminando a ambigüidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes a


qual estava sobre a cama.
Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre a cama.

Exemplo 2: Aquela velha senhora encontrou o netinho em seu quarto.

O netinho estava no quarto dele ou da senhora?

Eliminando a ambigüidade: Aquela velha senhora encontrou o netinho no quarto dela.

Aquela velha senhora encontrou o netinho no quarto dele.

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EXERCÍCIOS

Aponte as incoerências

1) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma
das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a
cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que
ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro
capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu
para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento.
Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital.
Assim salvou-lhe a vida.

2) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos
beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os
jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e
incomodando, seja discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as
luzes a fim de inibir o transgressor.

3. CARTA

Inicialmente, é preciso destacar dois tipos básicos de carta. O primeiro é a


correspondência oficial e comercial, que nos é enviada pelos poderes políticos ou por
empresas privadas (comunicações de multas de trânsito, mudanças de endereço e
telefone, propostas para renovar assinaturas de revistas, etc.). Este tipo de carta
caracteriza-se por seguir modelos prontos, em que o remetente só altera alguns
dados. Apresentam uma linguagem padronizada (repare que elas são extremamente
parecidas, começando geralmente por "Vimos por meio desta...") e normalmente são
redigidas na linguagem formal culta. Nesse tipo de correspondência, mesmo que
venha assinada por uma pessoa física, o emissor é uma pessoa jurídica (órgão público
ou empresa privada), no caso, devidamente representada por um funcionário.

Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que utilizamos para


estabelecer contato com amigos, parentes, namorado (a). Tais cartas, por serem mais
informais que a correspondência oficial e comercial, não seguem modelos prontos,
caracterizando-se pela linguagem coloquial. Nesse caso o remetente é a própria
pessoa que assina a correspondência.

Embora você passa encontrar por aí livros que trazem "modelos" de cartas
pessoais (principalmente "modelos de carta de amor"), fuja deles, pois tais "modelos"
se caracterizam por uma linguagem artificial, surrada, repleta de expressões
desgastadas, além de serem completamente ultrapassados.

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Não há regras fixas (nem modelos) para se escrever uma carta pessoal afora a
data, o nome (ou apelido) da pessoa a quem se destina e o nome (ou apelido) de quem
a escreve, a forma de redação de uma carta pessoal é extremamente particular. No
processo de comunicação (e a correspondência é uma forma de comunicação entre
pessoas), não se pode falar em linguagem correta, mas em linguagem adequada. Não
falamos com uma criança do mesmo modo que falamos com um adulto.

A linguagem que utilizamos quando discutimos um filme com os amigos é


bastante diferente daquela a que recorremos quando vamos requerer vaga para um
estágio ao diretor de uma empresa. Em síntese: a linguagem correta é a adequada ao
assunto tratado (mais formal ou mais informal), à situação em que está sendo
produzida, à relação entre emissor e destinatário (a linguagem que você utiliza com
um amigo íntimo é bastante diferente da que utiliza com um parente distante ou
mesmo com um estranho).

Na correspondência deve ocorrer exatamente a mesma coisa: a linguagem e o


tratamento utilizados vão variar em função da intimidade dos correspondentes, bem
como do assunto tratado. Uma carta a um parente distante comunicando um fato
grave ocorrido com alguém da família apresentará uma linguagem mais formal. Já uma
carta ao melhor amigo comunicando a aprovação no vestibular terá uma linguagem
mais simples e descontraída, sem formalismos de qualquer espécie.

Dicas de cartas para os missionários:

1) Tenha bem claro na sua mente o objetivo da sua carta. Escrever sobre vários
assuntos ao mesmo tempo, sem um objetivo definido, pode ser vago e não
gerar nenhum resultado.

2) Preste atenção em quem é o seu interlocutor: família, amigos, MCM, rede de


pastores, sua igreja... A sua linguagem deve se adaptar ao receptor e também
ao assunto a ser tratado.

3) Evite cartas longas demais. Geralmente as cartas longas são cansativas, não
chegam a lugar nenhum e não marcam nenhuma mensagem específica no
coração de quem lê.

4) Tente expressar de modo claro suas percepções, idéias, emoções, opiniões e


pedidos. Lembre-se de que as pessoas não estão dentro da sua mente para
tentar adivinhar o que se passa. Tente ser cuidadoso para que não faltem
informações e também para que não extrapolem o necessário. Cuidado para
que você não seja mal interpretado.

5) Observe o início, o desenvolvimento e a conclusão de seus textos.

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6) Lembre-se sempre de que a carta é o combustível do missionário. Através
delas você compartilhará sua vida. Ela é uma importante ferramenta que te
ajudará e que também edificará outras vidas!

Exercício (Carta)

Escreva uma carta para a sua família a respeito do tempo que você tem passado no
PTM, o quê em feito, quais suas impressões e expectativas.

Escreva outra carta para o seu líder, o seu pastor, sobre o mesmo assunto.

Obs: Faça com sinceridade e verdade. A sugestão é que estas cartas sejam, de fato,
enviadas.

4. INFORMATIVO / RELATÓRIO

Os informativos e relatórios são tipos de comunicações mais objetivas e práticas.


Geralmente são as opções mais utilizadas pelos missionários para se comunicarem
com parceiros em geral, intercessores e MCM.

O conteúdo de informativos e relatórios é basicamente o mesmo, talvez a forma


mude, porque o relatório tem um formato mais “burocrático”. Ao fim dessa Apostila
estão anexos os modelos de relatórios para os missionários envolvidos com o
Programa Meninas e para aqueles envolvidos com os alvos do Tribos.

Exercício: Escolha um dos modelos de informativo e escreva para a MCM.

5. FOLDER

O folder deve ser um instrumento para auxiliar na divulgação em eventos, congressos


e visitas a igrejas. É uma ferramenta fundamental no estabelecimento de Rede de
Relacionamentos.

O folder deve conter informações básicas sobre: a) quem você é, b) o que está
fazendo; c) quais são os seus novos alvos e d) contatos e dados de conta bancária.
Além disto, é imprescindível uma parte destacável em que as pessoas movidas a
participarem do seu ministério destacarão e preencherão para que devolvam.

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Bibliografia:

http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/concordancianominal001.asp
www.passeiweb.com
www.brasilescola.com
www.portrasdasletras.com
LATORATÓRIO DE REDAÇÃO, Publicação do MEC-FENAME-1982
Exercícios tirados da www.folhaonline.com.br

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