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Comunicação
Português e Redação
2011
Comunicação do Missionário
Português e Redação
Desde a Torre de Babel, o Senhor disse: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma
linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que
intentam fazer”. A língua única tornava o povo forte.
Um dos nossos alvos como missionários é unir pessoas em torno de uma visão! Sem
parceria não se pode fazer missões. As pessoas precisam estar conectadas à visão que
Deus te deu para interceder por você, para contribuir com você, para ir com você.
Boa comunicação é fundamental para tanto! Você, como missionário, precisa aprender
a comunicar a sua visão de forma clara, simples e apaixonante! Vemos a importância
da boa comunicação na própria Palavra de Deus. Por exemplo, Paulo sempre mantinha
uma boa comunhão, exortação, edificação e contato com as igrejas distantes por meio
das suas poderosas cartas.
O Espírito Santo também te capacitará para que suas cartas e informativos sejam
meios poderosos para a edificação de seu ministério e de muitas vidas na igreja local!
Nosso alvo é habilitar você a usar esta ferramenta, que é a comunicação escrita, com
destreza e facilidade.
ÍNDICE
2
PARTE I
1. Pontuação
2. Crase
3. Por que/ por quê/ porque/ porquê
4. Gerundismo e vícios de linguagem
5. Regência Verbal
6. Regência Nominal
7. Concordância Verbal
8. Concordância Nominal
9. Problemas Gerais da Língua Culta
PARTE II
PARTE I - GRAMÁTICA
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1. PONTUAÇÃO
A) O uso da vírgula:
Para separar itens de uma mesma série. Ex.: Desejo que Deus te
abençoe, ilumine e proteja.
Para separar conjunções prepositivas. Ex.: Ela chegou, todavia não falou
comigo.
B) Dois Pontos
Emprega-se para:
Introduzir citação alheia. Ex.: Então ela disse: ninguém comeu o bolo?
Explicar melhor uma expressão anterior. Ex.: Só vos digo uma coisa: a
mentira tem perna curta.
C) Parênteses
4
Emprega-se para:
D) Aspas
Empregam-se para:
Isolar uma citação textual. Já diz a Bíblia: “a boca fala do que está cheio
o coração”.
E) Ponto de exclamação
Emprega-se para:
Traduzir ordens.
F) Ponto de interrogação
G) Ponto Final
Emprega-se para:
Exercícios de Pontuação
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1. Utilize a vírgula quando necessário:
2. CRASE
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A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa,
crase é a união de dois fonemas (sons) iguais (a + a = à) ou com os pronomes
demonstrativos: a + as (às), a + aquele (àquele), a + aquela (àquela), a + aquilo (àquilo),
aquiloutro, aqueloutro. Quando ocorre crase a palavra é acentuada com o acento
grave ( ` ).
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:
1) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento de crase
diante de palavras que não sejam femininas.
Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.
Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina.
Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.
2) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,
comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir,
voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que
indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Ex. Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre.
Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.
3) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra
masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso
contrário, não ocorrerá crase.
Casos especiais:
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Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à
esquerda, à vontade, à revelia...
Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à
proporção que...
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Coloque o acento da crase onde for necessário:
1. Ele fez referência a tarefa feita por 15. Esta é a mulher a qual fiz
nós. referência.
2. Traçou uma reta oblíqua a do centro. 16. Ela se dedica a empresa e obedece
as leis.
3. Não conheço as que saíram.
17. Não compareceu as reuniões que
4. Ela se referia as que saíram. eram úteis as pesquisas.
13. Esta é a lei a qual desconhecia. 24. A reunião vai das cinco as seis
horas.
14. Esta é a mulher a quem fiz
referência. 25. A reunião vai durar de cinco a seis
horas.
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GABARITO
Crase:
1. à
2. à
3. as
4. às
5. a
6. à
7. à
8. aquele
9. àquele
10. àquilo
11. aquilo
12. à
13. a
14. a
15. à
16. à; às
17. às; às
18. às; à
19. à; à; a
20. a; à
21. à; a; a
22. a; à
23. Às; às
24. às
25. a
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3. PORQUE, POR QUE, POR QUÊ E PORQUÊ
a) (= por que motivo) pode ser substituído por “por qual motivo”
Ex.: Não sei por que você acha isso.
Não sei por qual motivo você acha isso.
2 – Por quê
3 - Porquê
Ex.: Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.
Quero saber o porquê.
4 – Porque (3 casos)
a) causa
Ex.: Fugiram, porque a polícia chegou.
Sou livre porque Jesus me libertou.
b) explicação (pois, já que, uma vez que)
Ex.: Vá devagar, porque o caminho tem pedras.
c) finalidade (a fim de, para que)
Ex.: Orai, porque não entreis em tentação.
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Exercícios para o uso do PORQUE
1 – Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. Afinal, chegou o momento porque tanto esperei.
II. Não sei o porquê de seu entusiasmo.
III. Você está feliz assim, por quê?
IV. Sou feliz, porque me ouves.
V. Então por quê não falas claramente
a) I, II e III certas.
b) II, III e IV certas
c) I, II e V certas.
2- Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. O porquê de sua demissão está muito claro.
II. Por que não me telefonou?
III. Não me telefonou, por quê?
IV. O motivo porque lhe falei tudo aquilo não interessa.
V. Irei viajar, porque me estou em férias.
a) Todas corretas.
b) Todas corretas, menos a IV.
c) I, III e IV corretas.
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5- Assinale certo (C) ou errado (E) para cada alternativa abaixo e escolha a resposta
correta:
I. Porque deixar de lado uma causa porque lutamos há tanto tempo?
II. Ninguém sabe o porquê de nossa luta.
III. Ele vivia tranqüilamente, porque tinha uma grande herança.
IV. O governo não deve mudar, por quê?
V. Pergunto por que você é tão irresponsável.
VI. Vivo feliz, porque amo minha esposa.
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GABARITO
Uso do Porque:
1- b
2- b
3- b
4- c
5- c
6- a
7- c
8- a
9- a
10- b
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4. GERUNDISMO E VÍCIOS DE LINGUAGEM
1 – O que é GERÚNDIO?
2 – O que é GERUNDISMO?
É comum nos últimos dias ouvirmos expressões como essas a todo o momento. Trata-
se de um fenômeno com implicações semânticas e pragmáticas, usadas, na maioria
dos casos, quando o falante não quer repassar a idéia de ações simultâneas, quando a
duração não é prioridade.
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-Você VAI SER DEBITADA em conta-corrente.
Vícios de linguagem
Expressões como: então; bem; bom; ora; aí; daí devem ser evitadas na linguagem
formal escrita (a menos, é claro, que o texto tenha um caráter muito informal, como
um e-mail a um amigo).
4. Vou estar contribuindo para o Projeto das Meninas dos Olhos de Deus.
5. Temos que estar reunindo forças para estar prosseguindo com o propósito.
7. Vamos estar procurando fazer o correto para poder estar mostrando o melhor.
8. Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores
que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando
de estar falando desse jeito.
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CURIOSIDADES:
Paracada
Para cadarealidade
realidadeconcreta
concretaexiste
existeuma
umapalavra
palavraadequada.
adequada.Quando
Quando
umavião
um aviãodesce
desceno
noaeroporto,
aeroporto,aterrissa
aterrissaou
ouaterriza.
aterriza.Quando
Quandooo
hidroaviãopousa
hidroavião pousanonomar,
mar,amerissa.
amerissa.EEquando
quandouma
umanave
navepousa
pousana
na
lua,alunissa
lua, alunissaou
oualuniza.
aluniza.
Àsvezes
Às vezesfalamos
falamoscomcomimprecisões
imprecisõesde desentido,
sentido,eevaleria
valeriaaapena
pena
caprichar.Por
caprichar. Porexemplo:
exemplo:febre
febrealta.
alta.Na
Naverdade,
verdade,toda
todafebre
febreéé
temperaturaalta.
temperatura alta.Febre
Febrebaixa,
baixa,pelo
pelomenos
menosna namedicina
medicinagramatical,
gramatical,
tambémnão
também nãoexiste.
existe.Outro
Outroexemplo:
exemplo:tirar
tiraraapressão.
pressão.SeSeuma
uma
enfermeiratirar
enfermeira tiraraaminha
minhapressão
pressãosangüínea
sangüíneaeu eumorro
morrona nahora.
hora.ÉÉ
bemmelhor
bem melhorpedir-lhe
pedir-lhepara
paramedir
mediraapressão.
pressão.
5. REGÊNCIA VERBAL
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A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as
orações de um período. A regência verbal estuda a relação de dependência que se
estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na
regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e
indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento,
denominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar
se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente
verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar,
que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva.
EU GOSTO DE LOUVAR
(VTI) (OI)
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS
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São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO
INDIRETO.
CHAMEI A ATENÇÃO DO MENINO.
VTDI Objeto Direto Objeto indireto
Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se
notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.
VERBOS INTRANSITIVOS
1. ABDICAR
2. AGRADAR
3. ANSIAR
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VTD = angustiar
Ansiar
4. ASPIRAR
VTD = cheirar
Aspirar
5. ASSISTIR
d) VI = morar, residir.
Ex.: Os apóstolos de Cristo assistiam em diversos lugares.- adj. Adverbial de lugar
e) VI = estar, permanecer.
Ex.: Que a Palavra de Deus assista em nossos corações.
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VTD e VTI = ajudar
Assistir
VTI = presenciar, ver
VTI = pertencer
VI = morar
6. ATENDER
7. CHAMAR
a) VTD = convocar
Ex.: Jesus, então, chamou o cego.
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8. CUSTAR
c) VI = ter valor.
Ex.: Jóias custam caro.
VTDI= acarretar
Custar
VTI = ser difícil
VI = ter valor
9. ENSINAR
a) VTDI ou VI
11. FUGIR
a) VI = passar rapidamente.
Ex.: O tempo foge.
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b) VTI = livrar-se (preposição ‘a’ ou ‘de’)
Ex.: Ninguém foge ao/do julgamento final.
c) VTD = afastar-se de
Ex.: Procure fugir o mal.
VTD = afastar-se de
12. IMPLICAR
VTD= acarretar
Implicar
VTI = embirrar
VTD = comprometer
14. INVESTIR
b) VTDI = revestir.
Ex.: Jesus investiu a cada discípulo de autoridade.
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VTDI= empregar dinheiro
Investir
VTDI = revestir
OBS: a preposição ‘a’ deve indicar lugar e a preposição ‘em’ deve indicar tempo ou
meio.
17. PARECER
a) VI = ser provável.
Ex.: Parece que vai chover.
b) VTI = opinião.
Ex.: Esta parece-me a melhor solução.
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18. PERDOAR, PAGAR, AGRADECER E SERVIR
19. PISAR
b) VI = andar, caminhar
Ex.: Ele pisa com firmeza
Jesus pisou sobre as águas
20. PRECISAR
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Ex.: Precisamos dinheiro para a obra nas nações.
b) VI = ser necessário.
Ex.: Não precisa, vocês já trabalharam muito.
21. PREFERIR
Este verbo rejeita expressões de reforço tais como: mais, mil vezes, muito mais, do
que.
22. QUERER
23. RESPONDER
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b) VTDI = o objeto direto deve exprimir a resposta.
Ex.: Respondeu as questões ao professor.
25. VISAR
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Exercícios de Regência Verbal
2. Assinale certo (C) ou errado (E) para as afirmações abaixo de acordo com as regras
de Regência Verbal.
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e) Só cheguei em casa bem tarde.
Gabarito
Regência Verbal:
1- b l) e
2- a) e
b) c 3- e
c) e 4- d
d) c 5- b
e) e 6- a) e
f) e b) c
g) e c) e
h) e d) e
i) e e) c
j) e f) e
k) c 7- b) e c)
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6.REGÊNCIA NOMINAL
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cruel com, para com incrível a, para respeito a, com, para com
cuidadoso com indébito a responsável por
cúmplice de, em indeciso em rico de, em
curioso de, por independente de, em sábio em, para
desatento a indiferente a satisfeito com, de, em, por
descontente com indigno de sedento de, por
desejoso de indulgente para, para com seguro de, em
desfavorável a inerente a semelhante a
desleal a inexorável a sensível a
desprezo por ingrato com, para com sito em
devoção a, para com, por insaciável de situado a, em, entre
devoto a, de insensível a soberbo com
diferente de intolerante com, para com solícito com
difícil de leal a sujo de
digno de lento em suspeito de
diligente em, para liberal com temeroso de
dessemelhante de maior de temível a
ditoso com mau com, para com tolerante com
diverso de medo a,de transido de
doce a menor de triste com, de
dócil a morada em último a, de, em
dotado de natural de união a, com, entre
doutor em necessário a único a, em, entre
duro de necessidade de algo útil a, para
dúvida acerca de, em, sobre negligente em vazio de
versado em
visível a
vizinho a, de
Exemplos:
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1. Assinale a frase que apresenta Regência Nominal incorreta:
Gabarito
Regência Nominal:
1- b e) c
2- d f) e
3- a) e g) c
b) e h) e
c) c 4- e
d) e
7. CONCORDÂNCIA VERBAL
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Regra Geral:
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o
verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito
estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve
ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo
Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta
indicará como o verbo deverá ficar.
Por exemplo, a frase: ‘As instalações da empresa são precárias’ tem como sujeito “as
instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são
precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural. Até aqui está tudo bem. O
problema surge quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra que
suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora:
1. COLETIVO
Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo: bando, multidão,
matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique
diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande
parte, metade, porção, etc. Poderão ocorrer três circunstâncias:
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Ex. A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a
conjunção e, o verbo ficará no plural.
Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o
numeral que vier imediatamente à frente.
Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento
a que ele se refere:
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A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso
não haja artigo, o verbo ficará no singular.
Quando o sujeito contiver as expressões de nós, ...de vós ou ...de vocês, deve-se
analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:
A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada
um, alguém, algum...), o verbo deverá ficar no singular.
B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns,
muitos...), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar
com o pronome nós ou vós.
6. PRONOMES RELATIVOS:
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7. VERBOS IMPESSOAIS:
a) HAVER:
b) FAZER:
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Exercícios de Concordância Verbal
Exemplo:
Deve existir uma fórmula mais viável.
Devem existir fórmulas mais viáveis.
Sempre haverá guerra.
Sempre haverá guerras.
1. Ainda há esperança.
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13. Há de existir solução mais prudente.
3. Assinale certo (C) ou errado (E) para as afirmações abaixo, considerando as regras
formais de concordância verbal:
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b) Alguém de nós deverá permanecer aqui.
c) Os meninos que sabe onde está o telefone.
d) Menos de sete pessoas se apresentaram para o serviço.
e) Deve fazer pelo menos dez anos que não a encontro.
8. CONCORDÂNCIA NOMINAL
a) INTRODUÇÃO
b) REGRA GERAL
Exemplo:
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a) assumir o gênero do substantivo e vai para o plural:
Observação:
Observação:
40
A concordância se dará com o substantivo mais próximo.
Exemplo: Tiveste má idéia e pensamento.
Observação:
a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
Exemplo: Estudava os idiomas francês e inglês.
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A procuração está apensa aos autos.
Os documentos estão inclusos no processo.
Obrigado, disse o rapaz.
Elas próprias resolveram os exercícios.
Observação
7. Mesmo, bastante
Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável.
Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.
8. Menos, alerta
Observação
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b) Se for advérbio é invariável.
Exemplo: A porta estava meio aberta.
Advérbio
Ele anda meio cabisbaixo.
Advérbio
Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a
que se referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis.
11. Só
a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.
Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha)
Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)
Observação
12. Possível
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9. PROBLEMAS GERAIS DA LÍNGUA CULTA
1. Onde / aonde
1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em
situações em que a idéia de lugar não esteja presente.
2º- Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que
se acrescenta e que indica movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na
expressão existir a idéia de destino.
Quem vai, vai a algum lugar. Portanto, a expressão correta nesse caso é “aonde”.
Aonde você foi? Aonde você vai?
Mas quem mora, mora em algum lugar. Quem está, está em algum lugar. Nesse caso, a
expressão correta é “onde”:
Onde você mora? Onde está você? Onde você trabalha?
2. Mas / mais
O remédio é lembrar sempre que você só pode escrever mais onde poderia escrever
menos, que é o seu antônimo: "Ela não veio, mas mandou um recado" (não cabe
menos); "ela corre mais que a irmã" (aqui sim).
3. Senão / se não
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Se não = condição
Nesse caso, a dica é simples: substitua mentalmente o "se não" por "caso não". Se for
o sentido desejado, escreva "se" e "não" separadamente.
4. Outros erros:
4.1) Para “mim” fazer: o “mim” não faz, porque não pode ser sujeito.
4.2) “Há” cinco anos “atrás”: há e atrás indicam passado na frase. Dessa forma deve-se
usar apenas “há cinco anos” ou “cinco anos atrás”.
4.3) Venda “à” prazo: não se usa o acento grave antes de palavra masculina, a não ser
que esteja subentendida à moda.
4.8) Creio “de” que: não se usa a preposição “de” antes de qualquer “que”.
4.9) Ela veio, “mais” você, não: usa-se neste caso o “mas”, conjunção, que indica
restrição, ressalva.
4.10) Falo alto porque você “houve” mal: neste caso o houve é pretérito do verbo
haver (existência), ao se referir à audição usa-se “ouve”.
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Exercícios de Revisão:
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O rapaz puxava uma perna. O rapaz puxava de uma perna.
Luís é muito xereta. Luís é muito xereto.
O pessoal não gostaram do filme. O pessoal não gostou do filme.
Prova dos nove Prova dos noves
Horas extras Horas extra
Eu procurava um emprego que Eu procurava um emprego que
condizesse com meu nível cultural. condissesse com meu nível cultural.
Não vou lá em hipótese nenhuma. Não vou lá de hipótese nenhuma.
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pai. pai.
O alface estava gostoso. A alface estava gostosa.
Preços a partir de R$1,99. Preços apartir de R$1,99.
As aulas iniciam amanhã. As aulas iniciam-se amanhã.
A menina engasgou com espinho de A menina engasgou com espinha de
peixe. peixe.
O diretor da escola interviu na O diretor da escola interveio na
discussão. discussão.
A professora era meia louca. A professora era meio louca.
O assunto não tem nada haver com O assunto não tem nada a ver com
você. você.
O garoto foi tachado de ladrão. O garoto foi taxado de ladrão.
Ele foi um dos que chegou antes. Ele foi um dos que chegaram antes.
Tinha chego atrasado. Tinha chegado atrasado.
Quero calças cinzas. Quero calças cinza.
Chegou há duas horas e partirá Chegou a duas horas e partirá daqui
daqui a 10 minutos. há 10 minutos.
A artista deu a luz a quíntuplos. A artista deu à luz quíntuplos.
Sentou-se na mesa para comer. Sentou-se à mesa para comer.
Ficou contente por causa que Ficou contente porque ninguém se
ninguém se feriu. feriu.
O time empatou em 2 a 2. O time empatou por 2 a 2.
À medida que a epidemia se À medida em que a epidemia se
espalhava... espalhava...
Eles tem razão. Eles têm razão.
A moça estava ali há muito tempo. A moça estava ali havia muito
tempo.
A temperatura chegou a zero graus. A temperatura chegou a zero grau.
Comeu frango ao invés de peixe. Comeu frango em vez de peixe.
O Brasil intermedeia a negociação. O Brasil intermedia a negociação.
Evite que a bomba expluda. Evite que a bomba estoure.
Marieta quis viajar ontem. Maria quiz viajar ontem.
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O homem possue muitos bens. O homem possui muitos bens.
O fato passou despercebido. O fato passou desapercebido.
A moça que ele gosta. A moça de que ele gosta.
Vou com você. Vou consigo.
Já é oito horas. Já são oito horas.
A meu ver, o Corinthians será Ao meu ver, o Corinthians será
campeão. campeão.
Que seja feliz Que seje feliz.
De forma que você viajará. De formas que você viajará.
Fiquei fora de mim. Fiquei fora de si.
Falo alto porque ele houve mal. Falo alto porque ele ouve mal.
A gente foi embora. A gente fomos embora.
Eu ia ao cinema, mais choveu! Eu ia ao cinema, mas choveu!
O pessoal chegaram da viagem. O pessoal chegou da viagem.
Fale sem exitar. Fale sem hesitar.
O ladrão é menor. O ladrão é de menor.
PARTE II - REDAÇÃO
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1. COMO TECER UM TEXTO
As dificuldades que os alunos enfrentam quando vão produzir um texto são inúmeras.
Na maioria dos casos, eles não apresentam dificuldades em se expressar na oralidade
através da linguagem coloquial. Os problemas aparecem quando surge necessidade de
produção textual, acontece que na linguagem oral o falante se expressa não só através
da fala, mas também através de gestos, sinais e expressões, esses recursos não são
explorados na modalidade escrita, pois elas têm normas próprias, como regras de
ortografia, pontuação que não são reconhecidas na fala.
Não adianta saber que escrever é diferente de falar. É necessário preocupar-se com o
sucesso dos objetivos da produção textual, como a interação entre o produtor do texto
e o seu receptor.
Para que o discurso tenha êxito deve construir um todo significativo. Devem existir
elementos que estabeleçam ligação entre as partes, isto é, que confiram coesão ao
discurso.
Existe uma razão etimológica (da origem da palavra) para não esquecermos que
produzir um texto é o mesmo que tecer, entrelaçar unidades e partes com a finalidade
de formar um todo. A razão é que a palavra texto é originada do latim textum, que
significa “tecido, entrelaçamento”.
A partir dessa idéia falamos em textura de um texto: que é a rede de relações que
garantem sua coesão. Quando vamos escrever um texto nos baseamos em alguns
princípios fundamentais:
1 – Ter claro na mente o que é que se deseja informar. A confusão e indecisão mentais
vão refletir no texto. (cuidado para não misturar muitos assuntos em uma coisa só)
2 – Procurar o equilíbrio entre as informações que são necessárias e aquelas que são
inúteis.
4 – Não contradição.
50
6 – Usar a mesma pessoa do começo ao fim.
8 – Sempre leia muito. Leia sempre. Quem não lê muito não desenvolve a escrita.
9 – Releia o que você escreveu. Para coisas importantes busque alguém para revisar
seus textos.
1. Adjetivação excessiva
2. Queísmo
O fato de que eu fui perdoado não quer dizer que tudo o que eu não faço que antes
eu fazia é suficiente para Deus.
3. Intromissão
4. “Atualidade” redundante
5. Predominância do gerúndio
7. Adjetivos cristalizados
"Silêncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima", "sol quente”, "cabelos
negros como a noite", "grande homem", "mulher fatal”, 'lábios de mel", "dentes de
pérola", "sinceros votos de feliz natal “, “merecidos aplausos", "calorosa polêmica”,
“gol espetacular", "amor inesquecível", “esmagadora maioria".
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8. Lugar-comum ou clichê
"Subir os degraus da glória”, "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de
ouro", “a nível de", “colocar os pingos nos ii ", “sair com as mãos abanando", "em
todos os cantos do mundo”, "isto quer dizer que", "pedra sobre pedra", "dos males o
menor", "agora ou nunca", "chorando copiosamente".
Todos os homens são mortais. / São Paulo, o maior centro industrial da América
Latina./ Pelé considerado rei do futebol. / A criança de hoje será o adulto de
amanhã. /Os idosos são pessoas que viveram mais que os jovens.
10.Tautologia
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2. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
Veja outros exemplos de incoerências: “As crianças estão morrendo de fome por causa
da riqueza do país”. “Adoro sanduíche porque engorda”.
Coesão significa união íntima das partes de um todo. Os caroços de um prato de arroz
“unidos venceremos”, que, se jogado na parede, não cairá nenhum grão, possui uma
forte coesão.
Exemplo 1: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a
cama.
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EXERCÍCIOS
Aponte as incoerências
1) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma
das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a
cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que
ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro
capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu
para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento.
Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital.
Assim salvou-lhe a vida.
2) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos
beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os
jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e
incomodando, seja discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as
luzes a fim de inibir o transgressor.
3. CARTA
Embora você passa encontrar por aí livros que trazem "modelos" de cartas
pessoais (principalmente "modelos de carta de amor"), fuja deles, pois tais "modelos"
se caracterizam por uma linguagem artificial, surrada, repleta de expressões
desgastadas, além de serem completamente ultrapassados.
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Não há regras fixas (nem modelos) para se escrever uma carta pessoal afora a
data, o nome (ou apelido) da pessoa a quem se destina e o nome (ou apelido) de quem
a escreve, a forma de redação de uma carta pessoal é extremamente particular. No
processo de comunicação (e a correspondência é uma forma de comunicação entre
pessoas), não se pode falar em linguagem correta, mas em linguagem adequada. Não
falamos com uma criança do mesmo modo que falamos com um adulto.
1) Tenha bem claro na sua mente o objetivo da sua carta. Escrever sobre vários
assuntos ao mesmo tempo, sem um objetivo definido, pode ser vago e não
gerar nenhum resultado.
3) Evite cartas longas demais. Geralmente as cartas longas são cansativas, não
chegam a lugar nenhum e não marcam nenhuma mensagem específica no
coração de quem lê.
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6) Lembre-se sempre de que a carta é o combustível do missionário. Através
delas você compartilhará sua vida. Ela é uma importante ferramenta que te
ajudará e que também edificará outras vidas!
Exercício (Carta)
Escreva uma carta para a sua família a respeito do tempo que você tem passado no
PTM, o quê em feito, quais suas impressões e expectativas.
Escreva outra carta para o seu líder, o seu pastor, sobre o mesmo assunto.
Obs: Faça com sinceridade e verdade. A sugestão é que estas cartas sejam, de fato,
enviadas.
4. INFORMATIVO / RELATÓRIO
5. FOLDER
O folder deve conter informações básicas sobre: a) quem você é, b) o que está
fazendo; c) quais são os seus novos alvos e d) contatos e dados de conta bancária.
Além disto, é imprescindível uma parte destacável em que as pessoas movidas a
participarem do seu ministério destacarão e preencherão para que devolvam.
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Bibliografia:
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/concordancianominal001.asp
www.passeiweb.com
www.brasilescola.com
www.portrasdasletras.com
LATORATÓRIO DE REDAÇÃO, Publicação do MEC-FENAME-1982
Exercícios tirados da www.folhaonline.com.br
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