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Língua Portuguesa

Vícios de Linguagem

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Língua Portuguesa
Vícios de Linguagem

Apresentação
Olá estudante.

Sou a Professora Noely Landarin, da área de Língua Portuguesa e de Redação.


Possuo graduação em Letras Português/Inglês pela PUC/PR e pós-graduação em Língua Portu-
guesa e Literatura Brasileira, pela UTFPR. Atuo na preparação de candidatos a cargos públicos,
sendo especialista na confecção de simulados, resolução de questões de língua portuguesa e
responsável pela correção de redações do Aprova. Para que você possa alcançar seu objetivo,
acompanhe as videoaulas com o guia de estudos que desenvolvemos. Ele sintetiza o conteú-
do realmente necessário, de modo direto e simplifi cado, com dicas, comentários, questões e
principais tendências.

Sumário

Vícios e Anomalias da Linguagem................................................................................................................ 3

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Vícios de Linguagem

Vícios e Anomalias da Linguagem

Vícios de linguagem são incorreções e defeitos no uso da língua falada ou escrita. Originam-se do
descaso ou do despreparo linguístico de quem se expressa. São os principais vícios de linguagem:
1. Contaminação Sintática
“É a fusão irregular de duas construções que, em separado, são regulares”.[ED]
Ex.: Fiz com que Pedro viesse.
(fusão de Fiz com Pedro que viesse e Fiz que Pedro viesse)
Exs.: Caminhar por entre mares.
(fusão de Caminhar por mares e Caminhar entre mares)
As estrelas pareciam brilharem
(fusão de As estrelas pareciam brilhar com parecia que as estrelas brilhavam)
2. Expressão Expletiva Ou De Realce
É a que não exerce função gramatical:
Exs.: Nós é que sabemos viver.
Aqui é onde a ilusão se acaba.
Oh! Que saudades que eu tenho.
Quanto que é a conta?
É frequente o aparecimento de um QUE expletivo depois de conjunções, advérbios e expressões adverbiais.
Ex.: Eu não sei quando que ele vem.
Obs.: Não confundir o é que com o que que indica:
a. É + que (conjunção integrante)
Ex.: A verdade é que saíram.
b. é (verbo vicário) + que (conjunção causal)
Ex.: Por que veio? É que teve medo. (é que= veio porque)
c. é (verbo vicário) + que (conjunção integrante)
Ex.: “Que quer dizer este nome? É que as almas ...(É que= quer dizer que)
d. é que= é o que
Ex.: Este livro é que lemos ontem. (é o que lemos ontem)
3. SOLECISMO
É a construção (que abrange a concordância, a regência, a colocação e a má estruturação dos termos da
oração) que resulta da impropriedade dos fatos gramaticais ou da inadequação de se levar para uma varie-
dade de língua a norma de outra variedade (em geral, da norma coloquial para a norma exemplar)
Exs.: Eu lhe abracei. (por eu o abracei)
Eu lhe amo. (por O )
Aluga-se casas. ( por alugam-se)

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Vendas à prazo. (por A)


A gente vamos. (por vai)
4. BARBARISMO
É a construção com erros de pronúncia(ortoepia), de prosódia, de ortografia, de flexões, de significado, de
palavras inexistentes na língua.
Exs.: Contricto por contrito
Gratuito por gratuito
Rubrica por rubrica
Cidadões por cidadãos
A telefonema por o telefonema
5. ESTRANGEIRISMOS
É o emprego de palavras, expressões e construções alheias ao idioma que a ele chegam por empréstimos
tomados de outra língua.
5.1.Galicismos e francesismos.
a. Certos empregos da preposição A em vez de DE:
incumbido a dizer
moinho a vento
combinação a dois
equação a duas incógnitas
b. Certos empregos da preposição CONTRA:
Ex.: pagar contra recibo por pagar com, mediante com
c. Certos empregos da preposição DE:
Exs.: envelhecer de dez anos por envelhecer dez anos.
Aumentar de vinte reais por aumentar vinte reais
Aposento largo de três metros por aposento de (ou com) três metros de largura.
d. Certos empregos da preposição EM:
Exs.: barco em madeira por barco de madeira
chão em mármore por chão de mármore
capa em azul por capa azul
tingir em azul por tingir de azul
e. Expressões como:
Exs.: Estar ao fato de por estar ciente de
Declarar a guerra por declarar guerra
Pôr o acento nesse problema por enfatizar esse problema
Pessoa de alguns vinte anos por pessoas dos seus vinte anos
f. Emprego do QUE nas orações negativas de exclusão.
Exs.:A mãe nada viu que seu filho por a mãe só viu o filho.
O egoísta não procura que o seu bem por o egoísta não procura senão o seu bem.

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g. Emprego, na coordenação de orações subordinadas adverbiais, do QUE para evitar a repetição de con-
junção da subordinada anterior, quando não constituída pelas chamadas locuções conjuntivas
Ex.:Quando me viu e que me falou por quando me viu e me falou.
Obs.: Já é vernácula a substituição pelo simples QUE em:
Ex.: Logo que me viu e que me falou.
h. Anteposição do sujeito de orações com verbo no gerúndio e particípio.
Exs.: O dia amanhecendo por Amanhecendo o dia
A aula terminada por Terminada a aula.
i. Na flexão dos nomes e sobrenomes pluralizados pelo artigo.
Exs.: Os Almeida por Os Almeidas
Os irmãos Paiva por Os irmãos Paivas
Os Pereira de Abreu por Os Pereiras de Abreu
6. AMBIGUIDADE
Defeito da frase que apresenta duplo sentido.
Exemplos
a. Visitamos o teatro e o museu cuja qualidade artística é inegável. (é o teatro ou o museu que possui
qualidade artística?)
b. A recepção dos noivos foi no salão do clube. (A recepção foi oferecida pelos noivos ou eles foram
recepcionados?)
c. O motorista falou com o passageiro que era gaúcho. (O motorista era gaúcho ou o passageiro?)
d. O pai viu o filho chegando em casa bem tarde. (Quem chegou em casa bem tarde: o pai ou o filho?)
7. CACOFONIA OU CACÓFATO
Som desagradável ou palavra de sentido ridículo ou torpe, resultante da contiguidade de certos vocábulos
na frase.
Exs.: cinco cada um; a boca dela; por cada mil habitantes; nunca Brito vinha aqui; não vi nunca Juca aqui.
8. ECO
Concorrência de palavras que têm a mesma terminação (rima ou prosa)
Exs.: A flor tem odor e frescor.
Com medo, Alfredo ocultou-se no arvoredo.
9. HIATO
Sequência antieufônica de vogais
Ex.: Andreia irá ainda hoje ao oculista.
10. OBSCURIDADE
Sentido obscuro ou duvidoso decorrente do emaranhado da frase, da má colocação das palavras, da
impropriedade dos termos, da pontuação defeituosa ou do estilo empolado.

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