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Escola de Especialistas de Aeronáutica

EEAR
Curso de Formação de Sargentos - CFS

FV017-N0
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OBRA

Escola de Especialistas de Aeronáutica

Curso de Formação de Sargentos

PORTARIA DIRENS Nº 12/DPL DE 3 DE FEVEREIRO DE 2020

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Língua Inglesa - Nível Básico/Intermediário - Profª Katiuska W. Burgos General
Matemática - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil
Física - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Leandro Filho
Roberth Kairo

DIAGRAMAÇÃO
Dayverson Ramon
Thais Regis
Willian Lopes
Rodrigo Bernardes de Moura

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMÁTICA: Fonética: Sílaba: separação silábica e acentuação gráfica. Ortografia............................................................ 01


Morfologia: Processos de formação de palavras;............................................................................................................................... 11
Classes de palavras: substantivo (classificação e flexão); adjetivo (classificação, flexão e locução adjetiva);
advérbio (classificação e locução adverbial); conjunções (coordenativas e subordinativas); verbo: flexão verbal
(número, pessoa, modo, tempo, voz), classificação (regulares, irregulares, defectivos, abundantes, auxiliares e
principais) e conjugação dos tempos simples; pronome (classificação e emprego)............................................................ 13
Pontuação........................................................................................................................................................................................................... 50
Sintaxe: Períodos Simples (termos essenciais, integrantes e acessórios da oração) e Períodos Compostos
(coordenação e subordinação);.................................................................................................................................................................. 54
Concordâncias verbal e nominal;............................................................................................................................................................... 65
Regências verbal e nominal;........................................................................................................................................................................ 72
Crase e Colocação Pronominal................................................................................................................................................................... 79
Tipos de discurso............................................................................................................................................................................................. 54
Estilística: Figuras de linguagem (metáfora, metonímia, hipérbole, prosopopéia, eufemismo e antítese).................. 82

LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO


Artigos: definido e indefinido; Determinantes (Determiners: all, most, no, none, either, neither, both, etc.) ............ 01
Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva......................................... 02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação........................................................ 04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos,
demonstrativos (pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos),
reflexivos e relativos........................................................................................................................................................................................ 07
Pronomes e advérbios interrogativos....................................................................................................................................................... 12
Quantificadores (Quantifiers: a lot, a few, a little, etc.)....................................................................................................................... 13
Advérbios: formação, tipos e uso............................................................................................................................................................... 16
Numerais: cardinal e ordinal......................................................................................................................................................................... 17
Preposições......................................................................................................................................................................................................... 18
Conjunções.......................................................................................................................................................................................................... 19
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares............................................................................................................................................... 19
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future, Perfect tenses e
present perfect................................................................................................................................................................................................... 24
Modal verbs........................................................................................................................................................................................................ 30
Infinitivo e gerúndio........................................................................................................................................................................................ 31
Modos imperativo e subjuntivo.................................................................................................................................................................. 31
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva; Phrasal verbs................................................................................................................... 32
Forma verbal enfática...................................................................................................................................................................................... 33
Question tags e tag answers........................................................................................................................................................................ 34
Discurso direto e indireto.............................................................................................................................................................................. 34
Estrutura da oração: período composto, operações condicionais (condicionais, relativas, apositivas, etc.)................ 35
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.)....... 38
Compreensão de Textos: Textos de assuntos técnicos e gerais...................................................................................................... 40
SUMÁRIO
MATEMÁTICA

ÁLGEBRA I: Funções: definição de função; funções definidas por fórmulas; domínio, imagem e contradomínio;
gráficos; funções injetora, sobrejetora, bijetora, crescente, decrescente, inversa, polinomial do 1.º grau, quadrática,
modular, exponencial e logarítmica. Resolução de equações, inequações e sistemas. Sequências; progressões
aritmética e geométrica....................................................................................................................................................................................... 01
GEOMETRIA PLANA: Ângulos. Polígonos: definição; elementos; nomenclatura; propriedades; polígonos regulares;
perímetros e áreas. Triângulos: condições de existência; elementos; classificação; propriedades; congruência;
mediana, bissetriz, altura e pontos notáveis; semelhança; relações métricas e áreas. Quadriláteros notáveis: definições;
propriedades; base média e áreas. Circunferência: definições; elementos; posições relativas de reta e circunferência;
segmentos tangentes; potência de ponto; ângulos na circunferência e comprimento da circunferência. Círculo e
suas partes: conceitos e áreas............................................................................................................................................................................ 18
TRIGONOMETRIA: Razões trigonométricas no triângulo retângulo; arcos e ângulos em graus e radianos; relações
de conversão; ciclo trigonométrico; arcos côngruos e simétricos; funções trigonométricas; relações e identidades
trigonométricas; fórmulas de adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos; equações e inequações
trigonométricas; leis dos senos e dos cossenos......................................................................................................................................... 32
ÁLGEBRA II: Matrizes: conceitos, igualdade e operações. Determinantes. Sistemas lineares. Análise combinatória:
princípio fundamental da contagem; arranjos, combinações e permutações simples; probabilidades............................... 39
ESTATÍSTICA: Conceitos; população; amostra; variável; tabelas; gráficos; distribuição de frequência; tipos de
frequências; histograma; polígono de frequência; medidas de tendência central: moda, média e mediana.................... 47
GEOMETRIA ESPACIAL: Poliedro: conceitos e propriedades. Prisma: conceitos, propriedades, diagonais, áreas e
volumes. Pirâmide, cilindro, cone e esfera: conceitos, áreas e volumes........................................................................................... 54
GEOMETRIA ANALÍTICA: Estudo Analítico: do Ponto (ponto médio, cálculo do baricentro, distância entre dois
pontos, área do triângulo, condição de alinhamento de três pontos); da Reta (equação geral, equação reduzida,
equação segmentária, posição entre duas retas, paralelismo e perpendicularismo de retas, ângulo entre duas retas,
distância de um ponto a uma reta); e da Circunferência (equações, posições relativas entre ponto e circunferência,
entre reta e circunferência, e entre duas circunferências)...................................................................................................................... 62
ÁLGEBRA III: Números Complexos: conceitos; conjugado; igualdade; operações; potências de i; representação no
plano de Argand-Gauss; módulo; argumento; forma trigonométrica e operações na forma trigonométrica. Polinômios:
conceito; grau; valor numérico; polinômio nulo; identidade e operações. Equações Polinomiais: conceitos; teorema
fundamental da Álgebra; teorema da decomposição; multiplicidade de uma raiz; raízes complexas e relações de
Girard........................................................................................................................................................................................................................... 72
SUMÁRIO
FÍSICA
CONCEITOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS: Noções de ordem de grandeza. Notação científica. Observações e
mensurações: representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis, sistemas de unidades. Gráficos
e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores; composição e
decomposição de vetores. ................................................................................................................................................................................. 1
O MOVIMENTO, O EQUILÍBRIO E A DESCOBERTA DAS LEIS FÍSICAS: Grandezas fundamentais da mecânica: tempo,
espaço, velocidade e aceleração. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e
sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regularidades observáveis; Movimento
Retilíneo Uniforme (M.R.U.): conceito, equação horária e gráficos; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
(M.R.U.V.): conceito, equações horárias e de Torricelli e gráficos; aceleração da gravidade, queda livre e lançamento
de projéteis; Movimento Circular Uniforme (M.C.U.): conceito de inércia, sistemas de referência inerciais e não
inerciais. Massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento.
Leis de Newton. Lei de Hooke. Centro de massa, centro de gravidade e a idéia de ponto material. Conceito de
forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear), teorema do impulso
e colisões. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos
extensos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Forças que atuam nos
movimentos circulares. Pressão e densidade. Pressão atmosférica e experiência de Torricelli. Princípios de Pascal,
Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. Empuxo.......... 9
ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA: Trabalho, energia, potência e rendimento. Energia potencial e energia cinética.
Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Forças conservativas e dissipativas.......................................... 30
MECÂNICA E O FUNCIONAMENTO DO UNIVERSO: Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação universal.
Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. ...................................................................................................................................... 32
FENÔMENOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS: Carga elétrica e corrente elétrica. Conceito e processos de eletrização
e princípios da eletrostática. Lei de Coulomb. Campo, trabalho e potencial elétricos. Linhas de campo. Superfícies
equipotenciais e Lei de Gauss. Poder das pontas. Blindagem. Capacidade elétrica. Capacitores e associações.
Diferença de potencial e trabalho num campo elétrico. Correntes contínua e alternada: conceito, efeitos e tipos,
condutores e isolantes. Efeito Joule. Leis de Ohm, resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Resistência
elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia. Circuitos elétricos.
Geradores e receptores, associação de geradores. Medidores elétricos. Representação gráfica de circuitos: símbolos
convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Imãs permanentes. Linhas de campo
magnético. Força magnética. Campo magnético terrestre e bússola. Classificação das substâncias magnéticas.
Campo magnético: conceito e aplicações. Campo magnético gerado por corrente elétrica em condutores retilíneos
e espiras. Lei de Biot-Savart. Lei de Ampère. Eletroímã. Força magnética sobre cargas elétricas e condutores
percorridos por corrente elétrica. Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz. Transformadores.................... 34
OSCILAÇÕES, ONDAS, ÓPTICA: Pulsos e ondas. Período, frequência e ciclo. Ondas periódicas: conceito, natureza
e tipos. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios
de propagação. Feixes e frentes de ondas. Fenômenos ondulatórios: reflexão, refração, difração e interferência,
princípio da superposição, princípio de Huygens...................................................................................................................................... 46
Movimento harmônico simples (M.H.S.). ..................................................................................................................................................... 49
Ondas sonoras, propriedades, propagação e qualidades do som. Tubos sonoros. ................................................................... 49
Princípios da óptica geométrica, tipos de fontes e meios de propagação. Sombra e penumbra. Reflexão: conceito,
leis e espelhos planos e esféricos. Refração: conceito, leis, lâminas, prismas e lentes. Formação de imagens.
Instrumentos ópticos simples. Olho humano (principais defeitos da visão)................................................................................... 51
CALOR E FENÔMENOS TÉRMICOS: Calor e temperatura. Escalas termométricas. Transferência de calor e equilíbrio
térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico
e calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais (equação de Clapeyron). Máquinas térmicas.
Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica........................................................................................................................................................ 65
MATÉRIA E RADIAÇÃO: Modelos atômicos e as propriedades dos materiais (térmicas, elétricas e magnéticas).
Espectro eletromagnético (das ondas de rádio aos raios gama) e suas tecnologias. Radiações e meios materiais
(fotocélulas, emissão e transmissão de luz, telas de monitores e radiografias). Potência de ondas eletromagnéticas.
Natureza corpuscular das ondas eletromagnéticas. Transformações nucleares e radioatividade.......................................... 72
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMÁTICA: Fonética: Sílaba: separação silábica e acentuação gráfica. Ortografia............................................................. 01


Morfologia: Processos de formação de palavras;................................................................................................................................ 11
Classes de palavras: substantivo (classificação e flexão); adjetivo (classificação, flexão e locução adjetiva); advérbio
(classificação e locução adverbial); conjunções (coordenativas e subordinativas); verbo: flexão verbal (número,
pessoa, modo, tempo, voz), classificação (regulares, irregulares, defectivos, abundantes, auxiliares e principais) e
conjugação dos tempos simples; pronome (classificação e emprego)....................................................................................... 13
Pontuação............................................................................................................................................................................................................ 50
Sintaxe: Períodos Simples (termos essenciais, integrantes e acessórios da oração) e Períodos Compostos
(coordenação e subordinação);................................................................................................................................................................... 54
Concordâncias verbal e nominal;................................................................................................................................................................ 65
Regências verbal e nominal;......................................................................................................................................................................... 72
Crase e Colocação Pronominal.................................................................................................................................................................... 79
Tipos de discurso.............................................................................................................................................................................................. 54
Estilística: Figuras de linguagem (metáfora, metonímia, hipérbole, prosopopéia, eufemismo e antítese)................... 82
letras: t ó x i c o
GRAMÁTICA: FONÉTICA: SÍLABA: 12 3 45 6
SEPARAÇÃO SILÁBICA E ACENTUAÇÃO
GRÁFICA. ORTOGRAFIA. Galho:

fonemas: /g/a/lh/o/
LETRA E FONEMA 1 2 3 4

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos letras: ga lho


fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). 12345
Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos
sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não
estuda os sons da língua quanto à sua função no sistema representam fonemas. Observe os exemplos: compra,
de comunicação linguística, quanto à sua organização e conta. Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização
classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/
divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da é um fonema; dança: o “n” não é um fonema; o fonema é
forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa
estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia fonema.
de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de Hoje:
fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas
por meio de símbolos gráficos, chamados de letras fonemas: ho / j / e /
ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor 1 2 3
elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção
de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos letras: hoje
a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os 1234
pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Classificação dos Fonemas
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua Os fonemas da língua portuguesa são classificados
portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica em:
que você - como falante de português - guarda de cada
um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Vogais
Este forma os significantes dos signos linguísticos. As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma
Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa
/a/, /v/, etc. língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso
O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma
é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, única vogal.
por exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se Na produção de vogais, a boca fica aberta ou
sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema entreaberta. As vogais podem ser:
/z/ (lê-se zê).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/,
por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /o/, /u/.
/z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra,
casamento, exílio. Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas
Em alguns casos, a mesma letra pode representar nasais.
mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode /ã/: fã, canto, tampa
representar: / ẽ /: dente, tempero
A) o fonema /sê/: texto / ĩ/: lindo, mim
B) o fonema /zê/: exibir /õ/: bonde, tombo
C) o fonema /che/: enxame / ũ /: nunca, algum
D) o grupo de sons /ks/: táxi
Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até,
LÍNGUA PORTUGUESA

O número de letras nem sempre coincide com o bola.


número de fonemas.
Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até,
Tóxico: bola.

fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ Quanto ao timbre, as vogais podem ser:


1234567 Abertas: pé, lata, pó
Fechadas: mês, luta, amor

1
Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das B) os que resultam do contato de duas consoantes
palavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo,
lis-ta.
Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Há ainda grupos consonantais que surgem no início
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
uma só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes psi-có-lo-go.
fonemas são chamados de semivogais. A diferença
fundamental entre vogais e semivogais está no fato de Dígrafos
que estas não desempenham o papel de núcleo silábico. De maneira geral, cada fonema é representado,
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro
sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que fonemas e quatro letras.
se destaca é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico Há, no entanto, fonemas que são representados, na
“i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e
exemplos: saudade, história, série. cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/
Consoantes foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Para a produção das consoantes, a corrente de ar Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas
expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar para representar um único fonema (di = dois + grafo
pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes = letra). Em nossa língua, há um número razoável de
sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em
núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse dois tipos: consonantais e vocálicos.
fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”)
as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. A) Dígrafos Consonantais

Encontros Vocálicos Letras Fonemas Exemplos


Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e
semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante lh /lhe/ telhado
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos nh /nhe/ marinheiro
em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o
ch /xe/ chave
tritongo e o hiato.
rr /re/ (no interior da palavra) carro
A) Ditongo ss /se/ (no interior da palavra) passo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sé-rie (i = semivogal, e = vogal) sc /se/ crescer
Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal:
pai (a = vogal, i = semivogal) sç /se/ desço
Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai xc /se/ exceção
Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais:
mãe B) Dígrafos Vocálicos
Registram-se na representação das vogais nasais:
B) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal Fonemas Letras Exemplos
e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - /ã/ am tampa
Tritongo nasal. an canto
/ẽ/ em templo
C) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra en lenda
que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca /ĩ/ im limpo
há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-
in lindo
da), poesia (po-e-si-a).
õ/ om tombo
LÍNGUA PORTUGUESA

Encontros Consonantais on tonto


O agrupamento de duas ou mais consoantes,
sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro /ũ/ um chumbo
consonantal. Existem basicamente dois tipos: un corcunda
A) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra,
pla-no, a-tle-ta, cri-se.

2
Observação: Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima
“gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos sílaba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível
de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúltima
aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u”
representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são
linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. os chamados monossílabos. Estes são acentuados quando
Também não há dígrafos quando são seguidos de “a” ou tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó - ré.
“o” (quase, averiguo).
Os acentos

#FicaDica A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”


e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas
Conseguimos ouvir o som da letra “u”
letras representam as vogais tônicas de palavras
também, por isso não há dígrafo! Veja outros
como pá, caí, público. Sobre as letras “e” e “o”
exemplos: Água = /agua/ pronunciamos a
indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói –
letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em
céu (ditongos abertos).
“água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra
B) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras
= /gitara/ - não pronunciamos o “u”, então
“a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
temos dígrafo (aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”).
fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs .
Portanto: 8 letras e 6 fonemas.
C) acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
D) trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi
Dífonos totalmente abolido das palavras. Há uma exceção:
Assim como existem duas letras que representam um é utilizado em palavras derivadas de nomes
só fonema (os dígrafos!), exite letra que representa dois próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller)
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o E) til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam
“x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã
exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois
fonemas temos um caso de dífono.
Regras fundamentais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A) Palavras oxítonas:acentuam-se todas as oxítonas
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.
AMARAL, Emília... [et al.] Português: novas palavras:
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”,
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 1. – 7.ª ed. Reform. seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
– São Paulo: Saraiva, 2010. Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas
secoes/fono/fono1.php> terminadas em:
i, is: táxi – lápis – júri
ACENTUAÇÃO us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
Quanto à acentuação, observamos que algumas fórceps
palavras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
outra. Por isso, vamos às regras! não de “s”: água – pônei – mágoa – memória

Regras básicas
#FicaDica
A acentuação tônica está relacionada à intensidade
com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que
esta palavra apresenta as terminações das
LÍNGUA PORTUGUESA

Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se


como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U
com menos intensidade, são denominadas de átonas. (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO.
De acordo com a tonicidade, as palavras são Assim ficará mais fácil a memorização!
classificadas como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju –
papel

3
C) Proparoxítona: a palavra é proparoxítona Regra do Hiato
quando a sua antepenúltima sílaba é tônica
(mais forte). Quanto à regra de acentuação: Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos,
todas as proparoxítonas são acentuadas, segunda vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”,
independentemente de sua terminação: árvore, haverá acento: saída – faísca – baú – país – Luís
paralelepípedo, cárcere. Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato
quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Regras especiais Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-
palavras paroxítonas. ba
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos,
formando hiato quando vierem depois de ditongo (nas
FIQUE ATENTO! paroxítonas):
Se os ditongos abertos estiverem em uma
palavra oxítona (herói) ou monossílaba
Antes Agora
(céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu.
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Antes Agora Sauípe Sauipe
assembléia assembleia
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
idéia ideia abolido:
geléia geleia
jibóia jiboia Antes Agora
apóia (verbo apoiar) apoia crêem creem
paranóico paranoico lêem leem
vôo voo
Acento Diferencial
enjôo enjoo
Representam os acentos gráficos que, pelas regras
de acentuação, não se justificariam, mas são utilizados
para diferenciar classes gramaticais entre determinadas #FicaDica
palavras e/ou tempos verbais. Por exemplo: Pôr (verbo) X
por (preposição) / pôde (pretérito perfeito do Indicativo do Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os
verbo “poder”) X pode (presente do Indicativo do mesmo verbos que, no plural, dobram o “e”, mas
verbo). que não recebem mais acento como antes:
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: CRER, DAR, LER e VER.
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada, Repare:
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, O menino crê em você. / Os meninos creem
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição. em você.
Os demais casos de acento diferencial não são Elza lê bem! / Todas leem bem!
mais utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos
(substantivo), pelo (preposição). Seus significados e que os garotos deem o recado!
classes gramaticais são definidos pelo contexto. Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
Polícia para o trânsito para que se realize a operação Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! /
planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, Eles vêm à tarde!
conjunção (com relação de finalidade).
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
#FicaDica
LÍNGUA PORTUGUESA

“e” ou “i” não serão mais acentuadas:


Quando, na frase, der para substituir o “por”
por “colocar”, estaremos trabalhando com Antes Agora
um verbo, portanto: “pôr”; nos demais casos,
apazigúe (apaziguar) apazigue
“por” é preposição: Faço isso por você. /
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui

4
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira Em “e”, hábito = (substantivo) proparoxítona /
pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles bancário = paroxítona terminada em ditongo / poética
vêm (verbo vir). A regra prevalece também para os verbos = proparoxítona
conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles contêm,
ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém 3. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR –
– eles convêm. CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014) O emprego
do acento gráfico nas palavras “metálica”, “acúmulo”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS e “imóveis” justifica-se com base na mesma regra de
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa acentuação.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza ( ) CERTO ( ) ERRADO
Cochar - Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010. Resposta: Errado
O emprego do acento gráfico nas palavras “metálica”,
SITE “acúmulo” e “imóveis” justifica-se com base na mesma
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/ regra de acentuação.
gramatica/acentuacao.htm> metálica = proparoxítona / acúmulo = proparoxítona /
imóveis = paroxítona terminada em ditongo

4. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


EXERCÍCIOS COMENTADOS CESGRANRIO-2018) A palavra que precisa ser acentuada
graficamente para estar correta quanto às normas em
1. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – EXATUS-2015) vigor está destacada na seguinte frase:
Assinale a alternativa em que a palavra é acentuada pela
mesma razão que “Bíblia”: a) Todo escritor de novela tem o desejo de criar um
personagem inesquecível.
a) íris. b) Os telespectadores veem as novelas como um espelho
b) estórias. da realidade.
c) queríamos. c) Alguns novelistas gostam de superpor temas sociais
d) aí. com temas políticos.
e) páginas. d) Para decorar o texto antes de gravar, cada ator rele
sua fala várias vezes.
Resposta: Letra B e) Alguns atores de novela constroem seus personagens
“Bíblia” = esta é acentuada por ser uma paroxítona fazendo pesquisa.
terminada em ditongo.
Em “a”, íris = paroxítona terminada em i(s) Resposta: Letra D
Em “b”, estórias = paroxítona terminada em ditongo Em “a”: Todo escritor de novela tem = singular (não
Em “c”, queríamos = proparoxítona acentuado)
Em “d”, aí = regra do hiato Em “b”: Os telespectadores veem = correta - plural
Em “e”, páginas = proparoxítona dobra o “e” (perdeu o acento com o Acordo)
Em “c”: Alguns novelistas gostam de superpor =
2. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – FADESP-2018) correta
A sequência de palavras cujos acentos são empregados Em “d”: Para decorar o texto antes de gravar, cada ator
pelo mesmo motivo é rele = relê (oxítona)
Em “e”: Alguns atores de novela constroem = correta
a) público, função, dói.
b) burocráticos, próximo, século.
5. (TJ-SP - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E
c) será, aí, é, está.
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO –
d) glória, exercício, publicação.
VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de acentuação
e) hábito, bancário, poética.
gráfica relativa às palavras paroxítonas:
Resposta: Letra B
a) probatório; condenatório; crédito.
Em “a”, público = proparoxítona / função = o til tem
função de nasalizar (indicar som fechado) / dói = b) máquina; denúncia; ilícita.
monossílabo formado por ditongo aberto c) denúncia; funcionário; improcedência.
d) máquina; improcedência; probatório.
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Em “b”, burocráticos = proparoxítona / próximo =


proparoxítona / século = proparoxítona e) condenatório; funcionário; frágil.
Em “c”, será = oxítona terminada em ‘a” / aí = regra do
hiato / é = (verbo) monossílabo tônico terminado em Resposta: Letra C
“e” / está = (verbo) oxítona terminada em “a” Vamos a elas:
Em “d”, glória = paroxítona terminada em ditongo Em “a”: probatório = paroxítona terminada em ditongo
/ exercício = paroxítona terminada em ditongo / / condenatório = paroxítona terminada em ditongo /
publicação = o til indica nasalização (som fechado) crédito = proparoxítona.

5
Em “b”: máquina = proparoxítona / denúncia Regras ortográficas
= paroxítona terminada em ditongo / ilícita =
proparoxítona. A) O fonema S
Em “c”: Denúncia = paroxítona terminada em ditongo
/ funcionário = paroxítona terminada em ditongo / São escritas com S e não C/Ç
improcedência = paroxítona terminada em ditongo • Palavras substantivadas derivadas de verbos com
Em “d”: máquina = proparoxítona / improcedência radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender
= paroxítona terminada em ditongo / probatório = - pretensão / expandir - expansão / ascender -
paroxítona terminada em ditongo ascensão / inverter - inversão / aspergir - aspersão /
Em “e”: condenatório = paroxítona terminada em submergir - submersão / divertir - diversão / impelir
ditongo / funcionário = = paroxítona terminada em - impulsivo / compelir - compulsório / repelir -
ditongo / Frágil = paroxítona terminada em “l” repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – consensual.
6. (TJ-AC – TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA
- CESPE/2012) As palavras “conteúdo”, “calúnia” e São escritos com SS e não C e Ç
“injúria” são acentuadas de acordo com a mesma regra • Nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de acentuação gráfica. em gred, ced, prim ou com verbos terminados
por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir -
( ) CERTO ( ) ERRADO impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /
exceder - excesso / percutir - percussão / regredir
Resposta: Errado - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
“Conteúdo” = regra do hiato / calúnia = paroxítona compromisso / submeter – submissão.
terminada em ditongo / injúria = paroxítona terminada • Quando o prefixo termina com vogal que se junta
em ditongo. com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a +
simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.
7. (TRE-AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre • No pretérito imperfeito simples do subjuntivo.
as frases que seguem, a única correta é: Exemplos: ficasse, falasse.

a) Ele se esqueceu de que? São escritos com C ou Ç e não S e SS


b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui- • Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
lo entre os presentes. • Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. Juçara, caçula, cachaça, cacique.
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos • Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
funcionários. uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça,
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. caniço, esperança, carapuça, dentuço.
• Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
Resposta: Letra E deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
Em “a”: Ele se esqueceu de que? = quê? • Após ditongos: foice, coice, traição.
Em “b”: Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu • Palavras derivadas de outras terminadas em -te,
para distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. to(r): marte - marciano / infrator - infração /
Em “c”: Embora devêssemos (devêssemos), não fomos absorto – absorção.
excessivos nas críticas.
Em “d”: O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às B) O fonema z
reivindicações dos funcionários.
Em “e”: Não sei por que ele mereceria minha São escritos com S e não Z
consideração. • Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical
é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa,
ORTOGRAFIA baronesa, princesa.
• Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese,
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da metamorfose.
correta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som • Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma quiseste.
língua são grafados segundo acordos ortográficos. • Nomes derivados de verbos com radicais terminados
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão /
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ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, empreender - empresa / difundir – difusão.
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras • Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de • Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
etimologia (origem da palavra). • Verbos derivados de nomes cujo radical termina
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar
– pesquisar.

6
São escritos com Z e não S Há palavras que mudam de sentido quando
• Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície),
adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
beleza. / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
• Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
de origem não termine com s): final - finalizar / Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à
concreto – concretizar. ortografia de uma palavra, há a possibilidade de consultar
• Consoante de ligação se o radical não terminar com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP),
“s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal elaborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra
Exceção: lápis + inho – lapisinho. de referência até mesmo para a criação de dicionários,
pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o
C) O fonema j significado). Na Internet, o endereço é www.academia.
org.br.
São escritas com G e não J
• Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, Informações importantes
gesso.
• Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, Formas variantes são as que admitem grafias ou
gim. pronúncias diferentes para palavras com a mesma
• Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com significação: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, quatorze, dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/
bege, foge. gérmen, infarto/enfarte, louro/loiro, percentagem/
Exceção: pajem. porcentagem, relampejar/relampear/relampar/
relampadar.
• Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, Os símbolos das unidades de medida são escritos
litígio, relógio, refúgio. sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar
• Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg,
mugir. 20km, 120km/h.
• Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
surgir.
• Depois da letra “a”, desde que não seja radical Na indicação de horas, minutos e segundos, não
terminado com j: ágil, agente. deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três
São escritas com J e não G
minutos e trinta e quatro segundos).
• Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
O símbolo do real antecede o número sem espaço:
• Palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma
manjerona.
barra vertical ($).
• Palavras terminadas com aje: ultraje.
Alguns Usos Ortográficos Especiais
D) O fonema ch

São escritas com X e não CH POR QUE / POR QUÊ / PORQUÊ / PORQUE
• Palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi,
xucro. POR QUE (separado e sem acento)
• Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu,
lagartixa. É usado em:
• Depois de ditongo: frouxo, feixe. 1. interrogações diretas (longe do ponto de
• Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. interrogação) = Por que você não veio ontem?
Exceção: quando a palavra de origem não derive de 2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por
que faltara à aula ontem.
São escritas com CH e não X 3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
 Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. POR QUÊ (separado e com acento)

Usos:
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E) As letras “e” e “i”


1. como pronome interrogativo, quando colocado no
• Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. fim da frase (perto do ponto de interrogação) =
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. Você faltou. Por quê?
• Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar 2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por
são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. quê?
Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em
-air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui.

7
PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico) Hífen

Usos: O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado


1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-
a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos
escrita (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente
ponto final) = Compre agora, porque há poucas para fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de
peças. uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa;
2. como conjunção subordinativa causal, substituível compa-/nheiro).
por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu
porque se antecipou. A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
Ortográfica:
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico) 1. Em palavras compostas por justaposição que
formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos
Usos: que se unem para formam um novo significado:
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-
“razão” ou “motivo”, admitindo pluralização coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,
(porquês). Geralmente é precedido por artigo = arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
Não sei o porquê da discussão. É uma pessoa cheia 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
de porquês. zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer,
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
ONDE / AONDE 3. Nos compostos com elementos além, aquém,
recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-
Onde = empregado com verbos que não expressam número, recém-casado.
a ideia de movimento = Onde você está? 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas
algumas exceções continuam por já estarem
Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha,
que expressam movimento = Aonde você vai? mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia,
queima-roupa, deus-dará.
MAU / MAL 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas
Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se combinações históricas ou ocasionais: Áustria-
como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um Hungria, Angola-Brasil, etc.
mau elemento. 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e
super- quando associados com outro termo que é
Mal = pode ser usado como iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”, racional, etc.
“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu. 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
mal na prova? 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação,
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal etc.
não compensa. 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se,
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10. Nas formações em que o prefixo tem como
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa segundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. hepático, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza semi-hospitalar, super-homem.
Cochar - Português linguagens: volume 1. – 7.ª ed. Reform. 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo
– São Paulo: Saraiva, 2010. termina com a mesma vogal do segundo elemento:
AMARAL, Emília... [et al.] Português: novas palavras: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-
literatura, gramática, redação. – São Paulo: FTD, 2000. observação, etc.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira O hífen é suprimido quando para formar outros
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
LÍNGUA PORTUGUESA

Saraiva, 2002.

SITE
Disponível em: <http://www.pciconcursos.com.br/
aulas/portugues/ortografia>

8
#FicaDica
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Ao separar palavras na translineação
(mudança de linha), caso a última palavra a 1. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
ser escrita seja formada por hífen, repita-o Assinale a alternativa em que as palavras estão grafadas
na próxima linha. Exemplo: escreverei anti- corretamente.
inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”.
Na próxima linha escreverei: “-inflamatório” a) Extrovertido – extroverção.
(hífen em ambas as linhas). Devido à b) Disponível – disponibilisar.
diagramação, pode ser que a repetição do c) Determinado – determinassão.
hífen na translineação não ocorra em meus d) Existir – existência.
conteúdos, mas saiba que a regra é esta! e) Característica – caracterizasão.

Resposta: Letra D
B) Não se emprega o hífen: Em “a”: Extrovertido / extroverção = extroversão
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo Em “b”: Disponível / disponibilisar = disponibilizar
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em Em “c”: Determinado / determinassão = determinação
“r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas Em “d”: Existir / existência = corretas
consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, Em “e”: Característica / caracterizasão = caracterização
microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo 2. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
termina em vogal e o segundo termo inicia-se com I – CESGRANRIO-2018) O termo destacado está grafado
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, de acordo com as exigências da norma-padrão da língua
autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, portuguesa em:
plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos a) O estagiário foi mal treinado, por isso não
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” desempenhava satisfatoriamente as tarefas solicitadas
inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc. pelos seus superiores.
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando b) O time não jogou mau no último campeonato,
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, apesar de enfrentar alguns problemas com jogadores
coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, descontrolados.
coedição, coexistir, etc. c) O menino não era mal aluno, somente tinha dificuldade
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram em assimilar conceitos mais complexos sobre os temas
noção de composição: pontapé, girassol, expostos.
paraquedas, paraquedista, etc. d) Os funcionários perceberam que o chefe estava de
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: mal humor porque tinha sofrido um acidente de carro
benfeito, benquerer, benquerido, etc. na véspera.
e) Os participantes compreendiam mau o que estava
Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas sendo discutido, por isso não conseguiam formular
correspondentes átonas, aglutinam-se com o elemento perguntas.
seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar,
predeterminado, pressuposto, propor. Resposta: Letra A
Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, Mal = advérbio (antônimo de “bem”) / mau = adjetivo
auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre- (antônimo de “bom”). Para saber quando utilizar um
humano, super-realista, alto-mar. ou outro, a dica é substituir por seu antônimo. Se a
Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, frase ficar coerente, saberemos qual dos dois deve ser
antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, utilizado. Por exemplo: Cigarro faz mal/mau à saúde
ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, = Cigarro faz bem à saúde. A frase ficou coerente –
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi. embora errada em termos de saúde! Então, a maneira
correta é “Cigarro faz mal à saúde”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Vamos aos itens:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Em “a”: O estagiário foi mal (bem) treinado = correta
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Em “b”: O time não jogou mau (bem)no último
LÍNGUA PORTUGUESA

campeonato = mal
SITE Em “c”: O menino não era mal (bom) aluno = mau
Disponível em: <http://www.pciconcursos.com.br/ Em “d”: Os funcionários perceberam que o chefe
aulas/portugues/ortografia> estava de mal (bom) humor = mau
Em “e”: Os participantes compreendiam mau (bem) o
que estava sendo discutido = mal

9
3. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – 5. (TJ-MG – OFICIAL JUDICIÁRIO – COMISSÁRIO DA
CESGRANRIO-2018) Obedecem às regras ortográficas INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – CONSULPLAN-2017)
da língua portuguesa as palavras Estabeleça a associação correta entre a 1.ª coluna e a 2.ª
considerando o emprego do por que / porque.
a) admissão, paralisação, impasse
b) bambusal, autorização, inspiração (1) “Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas
c) consessão, extresse, enxaqueca mulheres [...].”
d) banalisação, reexame, desenlace (2) “Misoginia é o ódio contra as mulheres apenas porque
e) desorganisação, abstração, cassação são mulheres.”

Resposta: Letra A ( ) Faltei _____________ você estava doente.


Em “a”: admissão / paralisação / impasse = corretas ( ) Todos sabem _____________ não poderei estar presente.
Em “b”: bambusal = bambuzal / autorização / ( ) Não se sabe ____________realizou tal procedimento.
inspiração ( ) Este ponto de vista é _________não há manifestação de
Em “c”: consessão = concessão / extresse = estresse / outro pensamento.
enxaqueca
Em “d”: banalisação = banalização / reexame / A sequência está correta em:
desenlace a) 1, 1, 1, 2
Em “e”: desorganisação = desorganização / abstração
/ cassação b) 1, 2, 1, 2
c) 2, 1, 1, 2
4. (MPU – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – d) 2, 2, 2, 1
ESAF-2004-ADAPTADA) Na questão abaixo, baseada
em Manuel Bandeira, escolha o segmento do texto que Resposta: Letra C
não está isento de erros gramaticais e de ortografia, Faltei porque você estava doente. = conjunção causal
considerando-se a ortodoxia gramatical. Todos sabem por que não poderei estar presente. = dá
para substituir por “a causa pela qual”
a) Descoberta a conspiração, enquanto os outros não Não se sabe por que realizou tal procedimento. =
procuravam outra coisa se não salvar-se, ele revelou substituir por “a causa”
a mais heróica força de ânimo, chamando a si toda a Este ponto de vista é porque não há manifestação de
culpa. outro pensamento. = conjunção causal
b) Antes de alistar-se na tropa paga, vivera da profissão Teremos: 2, 1, 1, 2
que lhe valera o apelido.
c) Não obstante, foi ele talvez o único a demonstrar fé, 6. (TJ-SC – TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR – FGV-
entusiasmo e coragem na aventura de 89. 2018) “Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele
d) A verdade é que Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, só usava meias vermelhas”. Nesse segmento do texto 1
Alvarenga eram homens requintados, letrados, a há um erro gramatical, que é:
quem a vida corria fácil, ao passo que o alferes sempre
lutara pela subsistência. a) empregar-se “o cercaram” em lugar de “lhe cercaram”;
e) Com coragem, serenidade e lucidez, até o fim, b) haver vírgula após a expressão “Um dia”;
enfrentou a pena última. c) usar-se “lhe perguntaram” em lugar de “o perguntaram”;
d) grafar-se “porque” em vez de “por que”;
Resposta: Letra A e) escrever-se “só usava” em lugar de “usava só”.
Em “a”: Descoberta a conspiração, enquanto os outros
não procuravam outra coisa se não salvar-se (senão se Resposta: Letra D
salvar) , ele revelou a mais heróica (heroica) força de “Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só
ânimo, chamando a si toda a culpa. usava meias vermelhas”
Em “b”: Antes de alistar-se na tropa paga, vivera da Em “a”: empregar-se “o cercaram” em lugar de “lhe
profissão que lhe valera o apelido = correta cercaram”; = está correto, pois o “o” funciona como
Em “c”: Não obstante, foi ele talvez o único a objeto direto (sem preposição)
demonstrar fé, entusiasmo e coragem na aventura de Em “b”: haver vírgula após a expressão “Um dia”; = está
89 = correta correto, pois separa o advérbio no início do período
Em “d”: A verdade é que Gonzaga, Cláudio Manuel da Em “c”: usar-se “lhe perguntaram” em lugar de “o
Costa, Alvarenga eram homens requintados, letrados, perguntaram”; = está correto (o “lhe” é objeto indireto
a quem a vida corria fácil, ao passo que o alferes – perguntaram o que a quem)
LÍNGUA PORTUGUESA

sempre lutara pela subsistência = correta Em “d”: grafar-se “porque” em vez de “por que”;
Em “e”: Com coragem, serenidade e lucidez, até o fim, Em “e”: escrever-se “só usava” em lugar de “usava só”.
enfrentou a pena última = correta = correto, pois se invertermos haverá mudança de
sentido (ele usava só meias, nenhuma outra peça de
roupa).
A incorreção está no uso de “porque” no lugar de “por
que”, já que se trata de uma pergunta indireta.

10
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a
MORFOLOGIA: PROCESSOS DE FORMAÇÃO desinência de plural assume a forma -es: mar/
DE PALAVRAS; mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

C.2 Desinências verbais: em nossa língua, as


ESTRUTURA DAS PALAVRAS desinências verbais pertencem a dois tipos
distintos. Há desinências que indicam o modo e
As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista o tempo (desinências modo-temporais) e outras
de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos que indicam o número e a pessoa dos verbos
em seus menores elementos (partes) possuidores de (desinência número-pessoais):
sentido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída
por três elementos significativos: cant-á-va-mos:
In = elemento indicador de negação cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência
Explic – elemento que contém o significado básico da modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do
palavra indicativo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza
Ável = elemento indicador de possibilidade a primeira pessoa do plural)

Estes elementos formadores da palavra recebem o cant-á-sse-is:


nome de morfemas. Através da união das informações cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência
contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do
entender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que subjuntivo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza
não tem possibilidade de ser explicado, que não é possível a segunda pessoa do plural)
tornar claro”.
Morfemas = são as menores unidades significativas D) Vogal temática
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido. Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga
Classificação dos morfemas o radical às desinências, é chamado de vogal
temática. Sua função é ligar-se ao radical,
A) Radical, lexema ou semantema – é o elemento constituindo o chamado tema. É ao tema (radical +
portador de significado. É através do radical que vogal temática) que se acrescentam as desinências.
podemos formar outras palavras comuns a um Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais
grupo de palavras da mesma família. Exemplo: temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática
indica as conjugações: -a (da 1.ª conjugação =
pequeno, pequenininho, pequenez. O conjunto de
cantar), -e (da 2.ª conjugação = escrever) e –i (3.ª
palavras que se agrupam em torno de um mesmo
conjugação = partir).
radical denomina-se família de palavras.
D.1 Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o,
B) Afixos – elementos que se juntam ao radical antes
quando átonas finais, como em mesa, artista,
(os prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo:
perda, escola, base, combate. Nestes casos, não
beleza (sufixo), prever (prefixo), infiel (prefixo).
poderíamos pensar que essas terminações são
desinências indicadoras de gênero, pois mesa e
C) Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão.
obtêm-se formas como amava, amavas, amava, É a estas vogais temáticas que se liga a desinência
amávamos, amáveis, amavam. Estas modificações indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os
ocorrem à medida que o verbo vai sendo nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café,
flexionado em número (singular e plural) e pessoa cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal
(primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem temática.
se modificarmos o tempo e o modo do verbo
(amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, D.2 Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que
podemos concluir que existem morfemas que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o
indicam as flexões das palavras. Estes morfemas nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal
sempre surgem no fim das palavras variáveis e temática é -a pertencem à primeira conjugação;
recebem o nome de desinências. Há desinências aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
nominais e desinências verbais. segunda conjugação e os que têm vogal temática
-i pertencem à terceira conjugação.
C.1 Desinências nominais: indicam o gênero e o
LÍNGUA PORTUGUESA

número dos nomes. Para a indicação de gênero, E) Interfixos


o português costuma opor as desinências -o/-a: São os elementos (vogais ou consoantes) que se
garoto/garota; menino/menina. Para a indicação intercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou
de número, costuma-se utilizar o morfema –s, mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra.
que indica o plural em oposição à ausência de Por exemplo:
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro.
garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas. Consoantes: cafezal, sonolento, friorento.

11
Formação das Palavras • Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é
obtida pela mudança de categoria gramatical da
Há em Português palavras primitivas, palavras palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na
derivadas, palavras simples, palavras compostas. forma, mas somente na classe gramatical.
A) Palavras primitivas: aquelas que, na língua Não entendi o porquê da briga. (o substantivo
portuguesa, não provêm de outra palavra: pedra, “porquê” deriva da conjunção porque)
flor. Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva
B) Palavras derivadas: aquelas que, na língua do verbo olhar).
portuguesa, provêm de outra palavra: pedreiro,
floricultura.
C) Palavras simples: aquelas que possuem um só #FicaDica
radical: azeite, cavalo.
D) Palavras compostas: aquelas que possuem mais A derivação regressiva “mexe” na estrutura
de um radical: couve-flor, planalto. da palavra, geralmente transforma verbos
em substantivos: caça = deriva de caçar,
As palavras compostas podem ou não ter seus saque = deriva de sacar
elementos ligados por hífen.

Processos de Formação de Palavras A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,


Na Língua Portuguesa há muitos processos de apenas faz com que ela pertença a uma classe
formação de palavras. Entre eles, os mais comuns são a gramatical “imprópria” da qual ela realmente, ou melhor,
derivação, a composição, a onomatopeia, a abreviação e costumeiramente faz parte. A alteração acontece devido
o hibridismo. à presença de outros termos, como artigos, por exemplo:
O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a
Derivação por Acréscimo de Afixos funcionar como substantivo devido à presença do artigo
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas “o”)
(derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A
derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. Composição
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
A) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de
por acréscimo de prefixo. composição: justaposição e aglutinação.
In feliz / des leal A) Justaposição: ocorre quando os elementos que
Prefixo radical prefixo radical formam o composto são postos lado a lado, ou
seja, justapostos: para-raios, corre-corre, guarda-
B) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida roupa, segunda-feira, girassol.
por acréscimo de sufixo. B) Composição por aglutinação: ocorre quando os
Feliz mente / leal dade elementos que formam o composto aglutinam-
Radical sufixo radical sufixo se e pelo menos um deles perde sua integridade
sonora: aguardente (água + ardente), planalto
C) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por (vinho + acre).
parassíntese formam-se principalmente verbos.
Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir
En trist ecer certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom.
Prefixo radical sufixo Abreviação – é a redução de palavras até o limite
permitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu
En tard ecer (pneumático), metrô (metropolitano), foto (fotografia).
prefixo radical sufixo Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras
Há dois casos em que a palavra derivada é formada iniciais: p. ou pág. (para página), Sr. (para senhor).
sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual
regressiva e a derivação imprópria. se reduzem locuções substantivas próprias às suas
letras iniciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais
Derivação (siglas impuras), que se grafam de duas formas: IBGE,
MEC (siglas puras); DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou
LÍNGUA PORTUGUESA

• Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por Petrobras (siglas impuras).


redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, Hibridismo: é a palavra formada com elementos
na formação de substantivos derivados de verbos. oriundos de línguas diferentes: automóvel (auto: grego;
janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca móvel: latim); sociologia (socio: latim; logia: grego);
(substantivo) – deriva de pescar (verbo) sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego).

12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS de boi bovino
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de cabelo capilar
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza de cabra caprino
Cochar. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform.
de campo campestre ou rural
– São Paulo: Saraiva, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.] Português: novas palavras: de chuva pluvial
literatura, gramática, redação. – São Paulo: FTD, 2000. de criança pueril
de dedo digital
SITE
Disponível em: http://www.brasilescola.com/ de estômago estomacal ou gástrico
gramatica/estrutura-e-formacao-de-palavras-i.htm de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de fera ferino
CLASSES DE PALAVRAS:
de ferro férreo
SUBSTANTIVO (CLASSIFICAÇÃO E
FLEXÃO); ADJETIVO (CLASSIFICAÇÃO, de fogo ígneo
FLEXÃO E LOCUÇÃO ADJETIVA); ADVÉRBIO de garganta gutural
(CLASSIFICAÇÃO E LOCUÇÃO ADVERBIAL); de gelo glacial
CONJUNÇÕES (COORDENATIVAS E
de guerra bélico
SUBORDINATIVAS); VERBO: FLEXÃO
VERBAL (NÚMERO, PESSOA, MODO, de homem viril ou humano
TEMPO, VOZ), CLASSIFICAÇÃO de ilha insular
(REGULARES, IRREGULARES, DEFECTIVOS, de inverno hibernal ou invernal
ABUNDANTES, AUXILIARES E PRINCIPAIS)
de lago lacustre
E CONJUGAÇÃO DOS TEMPOS SIMPLES;
PRONOME (CLASSIFICAÇÃO de leão leonino
E EMPREGO). de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
CLASSES DE PALAVRAS
de madeira lígneo
1. ADJETIVO de mestre magistral
de ouro áureo
É a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, de paixão passional
concordando com este em gênero e número. de pâncreas pancreático
As praias brasileiras estão poluídas. de porco suíno ou porcino
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
(plural e feminino, pois concordam com “praias”). dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução adjetiva de sonho onírico
Locução = reunião de palavras. Sempre que são de velho senil
necessárias duas ou mais palavras para falar sobre a de vento eólico
mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição
de vidro vítreo ou hialino
+ substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). de virilha inguinal
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem de visão óptico ou ótico
freio (paixão desenfreada).
Observação:
Observe outros exemplos: Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas
LÍNGUA PORTUGUESA

de águia aquilino da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.


de aluno discente
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de anjo angelical
de ano anual O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos,
de aranha aracnídeo atuando como adjunto adnominal ou como predicativo
(do sujeito ou do objeto).

13
Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
feminino somente o último elemento: o moço norte-
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. americano, a moça norte-americana.
Observe alguns deles: Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Estados e cidades brasileiras: B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o


masculino como para o feminino: homem feliz e
mulher feliz.
Alagoas alagoano
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável
Amapá amapaense no feminino: conflito político-social e desavença político-
Aracaju aracajuano ou aracajuense social.
Amazonas amazonense ou baré Número dos Adjetivos
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense A) Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo
Cabo Frio cabo-friense com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Campinas campineiro ou campinense substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e
ruins, boa e boas.
Adjetivo Pátrio Composto Caso o adjetivo seja uma palavra que também
exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja,
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro se a palavra que estiver qualificando um elemento for,
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma
erudita. Observe alguns exemplos: primitiva. Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um
substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento,
funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo:
África afro- / Cultura afro-americana camisas cinza, ternos cinza.
germano- ou teuto-/Competições Motos vinho (mas: motos verdes)
Alemanha Paredes musgo (mas: paredes brancas).
teuto-inglesas
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
américo- / Companhia américo-
América
africana
B) Adjetivo Composto
belgo- / Acampamentos belgo- É aquele formado por dois ou mais elementos.
Bélgica
franceses Normalmente, esses elementos são ligados por hífen.
China sino- / Acordos sino-japoneses Apenas o último elemento concorda com o substantivo
a que se refere; os demais ficam na forma masculina,
Espanha hispano- / Mercado hispano-português singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo
Europa euro- / Negociações euro-americanas composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo
composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra “rosa”
franco- ou galo- / Reuniões franco-
França é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver
italianas
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Grécia greco- / Filmes greco-romanos Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o
adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Camisas rosa-claro.
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras Ternos rosa-claro.
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Flexão dos adjetivos
Observação:
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre
Gênero dos Adjetivos
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste,
vestidos cor-de-rosa.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois
LÍNGUA PORTUGUESA

referem (masculino e feminino). De forma semelhante elementos flexionados: crianças surdas-mudas.


aos substantivos, classificam-se em:
Grau do Adjetivo
A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o
masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a
e má. intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do
adjetivo: o comparativo e o superlativo.

14
A) Comparativo cruel crudelíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais difícil dificílimo
características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo doce dulcíssimo
pode ser de igualdade, de superioridade ou de fácil facílimo
inferioridade.
fiel fidelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto de um ser é intensificada em relação a um conjunto de
ou quão. seres. Essa relação pode ser:
• De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de todas.
Superioridade • De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
todas.
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de
Inferioridade O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de antepostos ao adjetivo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas
São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/ formas: uma erudita - de origem latina – e outra popular
superior, grande/maior, baixo/inferior. - de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
Observe que: ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo; a popular é
• As formas menor e pior são comparativos de constituída do radical do adjetivo português + o sufixo
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
mais mau, respectivamente. Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
• Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os
(melhor, pior, maior e menor), porém, em terminados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo,
comparações feitas entre duas qualidades de um cheio – cheíssimo.
mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas
mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Por exemplo: CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
elementos. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
duas qualidades de um mesmo elemento. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Português: novas palavras: literatura, gramática,
Inferioridade redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
SITE
B) Superlativo Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
O superlativo expressa qualidades num grau muito secoes/morf/morf32.php>
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou
relativo e apresenta as seguintes modalidades: 2. ADVÉRBIO

B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a Compare estes exemplos:


qualidade de um ser é intensificada, sem relação com O ônibus chegou.
outros seres. Apresenta-se nas formas: O ônibus chegou ontem.
• Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de
• Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. do próprio advérbio.
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei
LÍNGUA PORTUGUESA

Observe alguns superlativos sintéticos: Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio
(bem)
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um
benéfico beneficentíssimo
adjetivo (claros)
bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo Quando modifica um verbo, o advérbio pode
acrescentar ideia de:

15
Tempo: Ela chegou tarde. C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior,
Lugar: Ele mora aqui. depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às
Modo: Eles agiram mal. claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
Negação: Ela não saiu de casa. poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em
Dúvida: Talvez ele volte. geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em
vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”:
Flexão do Advérbio calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente,
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não escandalosamente, bondosamente, generosamente.
apresentam variação em gênero e número. Alguns D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto,
advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: efetivamente, certo, decididamente, deveras,
indubitavelmente.
A) Grau Comparativo E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
modo que o comparativo do adjetivo: F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente,
• de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por
Renato fala tão alto quanto João. certo, quem sabe.
• de inferioridade: menos + advérbio + que (do G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em
que): Renato fala menos alto do que João. excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
• de superioridade: quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo,
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo,
A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato extremamente, intensamente, grandemente, bem
fala mais alto do que João. (quando aplicado a propriedades graduáveis).
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão,
fala melhor que João. somente, simplesmente, só, unicamente. Por
exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das
B) Grau Superlativo árvores.
O superlativo pode ser analítico ou sintético: I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente,
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: também. Por exemplo: O indivíduo também
Renato fala muito alto. amadurece durante a adolescência.
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
de modo exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala aos meus amigos por comparecerem à festa.
altíssimo.
Saiba que:
Observação: Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
comuns na língua popular. o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) tarde possível.
A criança levantou cedinho. (muito cedo) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu
Classificação dos Advérbios calma e respeitosamente.

De acordo com a circunstância que exprime, o Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido
advérbio pode ser de:
A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Há palavras como muito, bastante, que podem
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aparecer como advérbio e como pronome indefinido.
aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
embaixo, externamente, a distância, à distância de, Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
ao lado, em volta.
B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente,
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais,
LÍNGUA PORTUGUESA

agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve,


constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente,
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de
vez em quando, de quando em quando, a qualquer
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
dia.

16
Quanto a sua função sintática: o advérbio e a
#FicaDica locução adverbial desempenham na oração a função
de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as
Como saber se a palavra bastante é circunstâncias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou
advérbio (não varia, não se flexiona) ou ao advérbio. Exemplo:
pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto
der, na frase, para substituir o “bastante” por adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
“muito”, estamos diante de um advérbio; se Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de
der para substituir por “muitos” (ou muitas), intensidade e de tempo, respectivamente.
é um pronome. Veja:
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
(estudei muitos capítulos) = pronome – São Paulo: Saraiva, 2010.
indefinido AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
Advérbios Interrogativos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes SITE
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
secoes/morf/morf75.php>
Interrogação Direta Interrogação Indireta
3. ARTIGO
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu
Onde mora? Indaguei onde morava O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
se como o termo variável que serve para individualizar ou
Por que choras? Não sei por que choras
generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Aonde vai? Perguntei aonde ia (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Donde vens? Pergunto donde vens Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as
variações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
Quando voltas? Pergunto quando voltas
“uma”[s] e “uns]).
Locução Adverbial
A) Artigos definidos – São usados para indicar seres
determinados, expressos de forma individual: O
Quando há duas ou mais palavras que exercem
concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam
função de advérbio, temos a locução adverbial, que
muito.
pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam
B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres
ordinariamente por uma preposição. Veja:
de modo vago, impreciso: Uma candidata foi
A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto,
aprovada! Umas candidatas foram aprovadas!
para dentro, por aqui, etc.
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
Circunstâncias em que os artigos se manifestam:
C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão,
em geral, frente a frente, etc.
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
do numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal
hoje em dia, nunca mais, etc.
conteúdo.
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos)
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo,
admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de
o adjetivo e outro advérbio:
Janeiro, Veneza, A Bahia...
Chegou muito cedo. (advérbio)
Quando indicado no singular, o artigo definido pode
Joana é muito bela. (adjetivo)
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
De repente correram para a rua. (verbo)
No caso de nomes próprios personativos, denotando
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
LÍNGUA PORTUGUESA

Pedro é o xodó da família.


Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
No caso de os nomes próprios personativos estarem
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é
os Incas, Os Astecas...
advérbio: Cheguei primeiro.
Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”.

17
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Classificação da Conjunção
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
(qualquer classe) De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
facultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve de sentido que cada um dos elementos possui. Já no
ter é uns vinte anos. segundo caso, cada um dos elementos ligados pela
O artigo também é usado para substantivar palavras conjunção depende da existência do outro. Veja:
pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
porquê de tudo isso. / O bem vence o mal. Podemos separá-las por ponto:
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
Há casos em que o artigo definido não pode ser
usado: Temos acima um exemplo de conjunção (e,
consequentemente, orações coordenadas) coordenativa
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas – “mas”. Já em:
conhecidas: O professor visitará Roma. Espero que eu seja aprovada no concurso!
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a
presença do artigo será obrigatória: O professor visitará Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
a bela Roma. a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria temos uma oração subordinada substantiva objetiva
sairá agora? direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da
Exceção: O senhor vai à festa? oração principal).

Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Conjunções Coordenativas


Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o
candidato cuja nota foi a mais alta. São aquelas que ligam orações de sentido completo
e independente ou termos da oração que têm a mesma
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS função gramatical. Subdividem-se em:
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
– São Paulo: Saraiva, 2010. ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: não), não só... mas também, não só... como também,
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. bem como, não só... mas ainda.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa A sua pesquisa é clara e objetiva.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Não só dança, mas também canta.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 1– 7.ª ed. Reform. B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras,
– São Paulo: Saraiva, 2010. expressando ideia de contraste ou compensação.
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
SITE no entanto, não obstante.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/ Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
gramatica/artigo.htm>
C) Alternativas: ligam orações ou palavras,
4. CONJUNÇÃO expressando ideia de alternância ou escolha,
indicando fatos que se realizam separadamente.
Além da preposição, há outra palavra também São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer,
invariável que, na frase, é usada como elemento de seja... seja, talvez... talvez.
ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
duas palavras de mesma função em uma oração:
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
São Paulo. que expressa ideia de conclusão ou consequência.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
LÍNGUA PORTUGUESA

conseguinte, por isso, assim.


Morfossintaxe da Conjunção Marta estava bem preparada para o teste, portanto
não ficou nervosa.
As conjunções, a exemplo das preposições, não Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.
exercem propriamente uma função sintática: são
conectivos.

18
E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São #FicaDica
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Você deve ter percebido que a conjunção
Não demore, que o filme já vai começar.
condicional “se” também é conjunção
Falei muito, pois não gosto do silêncio!
integrante. A diferença é clara ao ler as
orações que são introduzidas por ela. Acima,
Conjunções Subordinativas
ela nos dá a ideia da condição para que
recebamos um telefonema (se for preciso
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma
ajuda). Já na oração: Não sei se farei o
delas dependente da outra. A oração dependente,
concurso. = Não há ideia de condição
introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o
alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração
nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já
principal (sei) pede complemento (objeto
tinha começado quando ela chegou.
direto, já que “quem não sabe, não sabe
O baile já tinha começado: oração principal
algo”). Portanto, a oração em destaque
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)
exerce a função de objeto direto da oração
ela chegou: oração subordinada
principal, sendo classificada como oração
subordinada substantiva objetiva direta.
As conjunções subordinativas subdividem-se em
integrantes e adverbiais:
D) Conformativas: introduzem uma oração que
Integrantes - Indicam que a oração subordinada exprime a conformidade de um fato com outro.
por elas introduzida completa ou integra o sentido São elas: conforme, como (= conforme), segundo,
da principal. Introduzem orações que equivalem consoante, etc.
a substantivos, ou seja, as orações subordinadas O passeio ocorreu como havíamos planejado.
substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta) E) Finais: introduzem uma oração que expressa
a finalidade ou o objetivo com que se realiza a
Adverbiais - Indicam que a oração subordinada oração principal. São elas: para que, a fim de que,
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De que, porque (= para que), que, etc.
acordo com a circunstância que expressam, classificam- Toque o sinal para que todos entrem no salão.
se em:
F) Proporcionais: introduzem uma oração que
A) Causais: introduzem uma oração que é causa da expressa um fato relacionado proporcionalmente
ocorrência da oração principal. São elas: porque, à ocorrência do expresso na principal. São elas: à
que, como (= porque, no início da frase), pois que, medida que, à proporção que, ao passo que e as
visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde combinações quanto mais... (mais), quanto menos...
que, etc. (menos), quanto menos... (mais), quanto menos...
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. (menos), etc.
O preço fica mais caro à medida que os produtos
B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa escasseiam.
ideia contrária à da principal, sem, no entanto,
impedir sua realização. São elas: embora, ainda Observação:
que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por São incorretas as locuções proporcionais à medida
mais que, posto que, conquanto, etc. em que, na medida que e na medida em que.
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
G) Temporais: introduzem uma oração que
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica acrescenta uma circunstância de tempo ao fato
a hipótese ou a condição para ocorrência da expresso na oração principal. São elas: quando,
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as
a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. que, mal (= assim que), etc.
A briga começou assim que saímos da festa.

H) Comparativas: introduzem uma oração que


LÍNGUA PORTUGUESA

expressa ideia de comparação com referência à


oração principal. São elas: como, assim como, tal
como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto
quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem,
que (combinado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

19
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, puxa: interjeição; tom da fala: decepção
de modo que, sem que (= que não), de forma que, de
jeito que, que (tendo como antecedente na oração As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo
tamanho), etc. alegria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do interessante!
exame. B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da
minha frente.
FIQUE ATENTO! As interjeições podem ser formadas por:
Muitas conjunções não têm classificação • simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
única, imutável, devendo, portanto, ser • palavras: Oba! Olá! Claro!
classificadas de acordo com o sentido que • grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
apresentam no contexto (destaque da Zê!). Deus! Ora bolas!

Classificação das Interjeições


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido!
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Atenção! Olha! Alerta!
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
– São Paulo: Saraiva, 2010. C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
Ânimo! Adiante!
SITE F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
secoes/morf/morf84.php> H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih!
Francamente! Essa não! Chega! Basta!
5. INTERJEIÇÃO I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá!
Queira Deus!
Interjeição é a palavra invariável que exprime J) Desculpa: Perdão!
emoções, sensações, estados de espírito. É um recurso da K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
decorrente de uma situação particular, um momento ou N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios!
um contexto específico. Exemplos: Puxa! Pô! Ora!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me,
hum: expressão de um pensamento súbito = Deus!
interjeição Q) Silêncio: Psiu! Silêncio!
R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
O significado das interjeições está vinculado à maneira
como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o Saiba que:
sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não
em que for utilizada. Exemplos: sofrem variação em gênero, número e grau como os
nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
Psiu! e voz como os verbos. No entanto, em uso específico,
contexto: alguém pronunciando esta expressão algumas interjeições sofrem variação em grau. Não se
na rua ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te trata de um processo natural desta classe de palavra, mas
chamando! Ei, espere!” tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
LÍNGUA PORTUGUESA

Psiu!
contexto: alguém pronunciando em um hospital; Locução Interjetiva
significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça
silêncio!” Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia

20
Toda frase mais ou menos breve dita em tom As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
exclamativo torna-se uma locução interjetiva, final e penúltimo também indicam posição dos seres,
dispensando análise dos termos que a compõem: mas são classificadas como adjetivos, não ordinais.
Macacos me mordam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!
1. As interjeições são como frases resumidas, C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade,
sintéticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava ou seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois
por essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe) quintos, etc.
2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação
é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de dos seres, indicando quantas vezes a quantidade
outras classes gramaticais podem aparecer como foi aumentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
interjeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) /
Fora! Francamente! (Advérbios) Flexão dos numerais
3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
frase” porque sozinha pode constituir uma Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
mensagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/
Silêncio! Fique quieto! duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/
4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão,
imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais
exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! cardinais são invariáveis.
Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
5. Não se deve confundir a interjeição de apelo Os numerais ordinais variam em gênero e número:
«ó» com a sua homônima «oh!», que exprime
admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa
primeiro segundo milésimo
depois do «oh!» exclamativo e não a fazemos
depois do «ó» vocativo. Por exemplo: “Ó natureza! primeira segunda milésima
ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) primeiros segundos milésimos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS primeiras segundas milésimas
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do
- Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática esforço e conseguiram o triplo de produção.
– volume único – 3.ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses
SITE triplas do medicamento.
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
secoes/morf/morf89.php> número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
duas terças partes.
6. NUMERAL Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
Numeral é a palavra variável que indica quantidade É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização
pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa de sentido. É o que ocorre em frases como:
determinada sequência. “Me empresta duzentinho...”
Os numerais traduzem, em palavras, o que os números É artigo de primeiríssima qualidade!
indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se trata de segunda divisão de futebol)
numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem Emprego e Leitura dos Numerais
a ideia expressa pelos números, existem mais algumas
palavras consideradas numerais porque denotam Os numerais são escritos em conjunto de três
quantidade, proporção ou ordenação. São alguns algarismos, contados da direita para a esquerda, em
exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. forma de centenas, dezenas e unidades, tendo cada
conjunto uma separação através de ponto ou espaço
Classificação dos Numerais correspondente a um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.
LÍNGUA PORTUGUESA

Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar


A) Cardinais: indicam quantidade exata ou exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
determinada de seres: um, dois, cem mil, etc. conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
Alguns cardinais têm sentido coletivo, como por No português contemporâneo, não se usa a
exemplo: século, par, dúzia, década, bimestre. conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em
B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém mil novecentos e noventa e dois.
ou alguma coisa ocupa numa determinada Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
sequência: primeiro, segundo, centésimo, etc.

21
Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma
e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua
utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é
dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


Um Primeiro -
Dois Segundo Dobro, Duplo Meio
Três Terceiro Triplo, Tríplice Terço
Quatro Quarto Quádruplo Quarto
Cinco Quinto Quíntuplo Quinto
Seis Sexto Sêxtuplo Sexto
Sete Sétimo Sétuplo Sétimo
Oito Oitavo Óctuplo Oitavo
Nove Nono Nônuplo Nono
Dez Décimo Décuplo Décimo
Onze Décimo Primeiro - Onze Avos
Doze Décimo Segundo - Doze Avos
Treze Décimo Terceiro - Treze Avos
LÍNGUA PORTUGUESA

Catorze Décimo Quarto - Catorze Avos


Quinze Décimo Quinto - Quinze Avos
Dezesseis Décimo Sexto - Dezesseis Avos
Dezessete Décimo Sétimo - Dezessete Avos
Dezoito Décimo Oitavo - Dezoito Avos

22
Dezenove Décimo Nono - Dezenove Avos
Vinte Vigésimo - Vinte Avos
Trinta Trigésimo - Trinta Avos
Quarenta Quadragésimo - Quarenta Avos
Cinqüenta Quinquagésimo - Cinquenta Avos
Sessenta Sexagésimo - Sessenta Avos
Setenta Septuagésimo - Setenta Avos
Oitenta Octogésimo - Oitenta Avos
Noventa Nonagésimo - Noventa Avos
Cem Centésimo Cêntuplo Centésimo
Duzentos Ducentésimo - Ducentésimo
Trezentos Trecentésimo - Trecentésimo
Quatrocentos Quadringentésimo - Quadringentésimo
Quinhentos Quingentésimo - Quingentésimo
Seiscentos Sexcentésimo - Sexcentésimo
Setecentos Septingentésimo Septingentésimo
Oitocentos Octingentésimo Octingentésimo
Nongentésimo ou
Novecentos Nongentésimo
Noningentésimo
Mil Milésimo Milésimo
Milhão Milionésimo Milionésimo
Milhão Bilionésimo Bilionésimo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php>

7. PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece,
normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a
compreensão do texto.

Tipos de Preposição

A) Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
(preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em
LÍNGUA PORTUGUESA

frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gênero
ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + a = pela.
Essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos de:

23
• Combinação: união da preposição “a” com o artigo SITE
“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Disponível em: <http://www.infoescola.com/
Os vocábulos não sofrem alteração. portugues/preposicao/>
• Contração: união de uma preposição com outra pa-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fone- 8. PRONOME
ma: de + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de
+ aquele = daquele, em + isso = nisso. Pronome é a palavra variável que substitui ou
• Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposi- acompanha um substantivo (nome), qualificando-o de
ção + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal alguma forma.
do pronome “aquilo”). O homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza...
O “a” pode funcionar como preposição, pronome Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” superior à natureza, por isso ele a destrói...
seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de
para determiná-lo como um substantivo singular e termos (homem e natureza).
feminino: A matéria que estudei é fácil!
Grande parte dos pronomes não possuem significados
Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar
Irei à festa sozinha. a referência exata daquilo que está sendo colocado
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com
artigo; o segundo, preposição. exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os
demais pronomes têm por função principal apontar para
Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-
lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
apostila. = Nós a trouxemos.
específica para cada pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
por meio das preposições:
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se
Destino = Irei a Salvador.
fala]
Modo = Saiu aos prantos. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Lugar = Sempre a seu lado. [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
Assunto = Falemos sobre futebol. se fala]
Tempo = Chegarei em instantes.
Causa = Chorei de saudade. Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Fim ou finalidade = Vim para ficar. variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em
Instrumento = Escreveu a lápis. número (singular ou plural). Assim, espera-se que a
Posse = Vi as roupas da mamãe. referência através do pronome seja coerente em termos
Autoria = livro de Machado de Assis de gênero e número (fenômeno da concordância) com
Companhia = Estarei com ele amanhã. o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente
Matéria = copo de cristal. no enunciado.
Meio = passeio de barco. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
Origem = Nós somos do Nordeste. nossa escola neste ano.
Conteúdo = frascos de perfume. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. adequada]
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. [neste: pronome que determina “ano” = concordância
adequada]
Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas [ele: pronome que faz referência à “Roberta” =
locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução concordância inadequada]
prepositiva por trás de.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Pronomes Pessoais
LÍNGUA PORTUGUESA

CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza


Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. São aqueles que substituem os substantivos,
– São Paulo: Saraiva, 2010. indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a
quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer
referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.

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Os pronomes pessoais variam de acordo com as
funções que exercem nas orações, podendo ser do caso FIQUE ATENTO!
reto ou do caso oblíquo. Os pronomes o, os, a, as assumem formas
especiais depois de certas terminações
A) Pronome Reto verbais:
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na
sentença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos 1. Quando o verbo termina em -z, -s ou
flores. -r, o pronome assume a forma lo, los, la
Os pronomes retos apresentam flexão de número, ou las, ao mesmo tempo que a terminação
gênero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa verbal é suprimida. Por exemplo:
última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do fiz + o = fi-lo
discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é fazeis + o = fazei-lo
assim configurado: dizer + a = dizê-la
1.ª pessoa do singular: eu
2.ª pessoa do singular: tu 2. Quando o verbo termina em som nasal,
3.ª pessoa do singular: ele, ela o pronome assume as formas no, nos, na,
1.ª pessoa do plural: nós nas. Por exemplo:
2.ª pessoa do plural: vós viram + o: viram-no
3.ª pessoa do plural: eles, elas repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
Esses pronomes não costumam ser usados como tem + as = tem-nas
complementos verbais na língua-padrão. Frases como
“Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu
até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem B.2 Pronome Oblíquo Tônico
ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos precedidos por preposições, em geral as preposições a,
correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos
“Trouxeram-me até aqui”. exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem
acentuação tônica forte.
Frequentemente observamos a omissão do pronome Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
formas verbais marcam, através de suas desinências, as 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
boa viagem. (Nós) 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
B) Pronome Oblíquo 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal Observe que as únicas formas próprias do pronome
(objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
(objeto indireto) demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
As preposições essenciais introduzem sempre
Observação: pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome
O pronome oblíquo é uma forma variante do do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o
pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados
a função diversa que eles desempenham na oração: desta forma:
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome Não há mais nada entre mim e ti.
oblíquo marca o complemento da oração. Os pronomes Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação Não há nenhuma acusação contra mim.
tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos. Não vá sem mim.
B.1 Pronome Oblíquo Átono Há construções em que a preposição, apesar de
São chamados átonos os pronomes oblíquos que surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
não são precedidos de preposição. Possuem acentuação uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
tônica fraca: Ele me deu um presente. o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um
Lista dos pronomes oblíquos átonos
LÍNGUA PORTUGUESA

pronome, deverá ser do caso reto.


1.ª pessoa do singular (eu): me Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
2.ª pessoa do singular (tu): te Não vá sem eu mandar.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
1.ª pessoa do plural (nós): nos A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
2.ª pessoa do plural (vós): vos está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil
para mim!

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A combinação da preposição “com” e alguns pronomes Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial religiosos em geral
de companhia: Ele carregava o documento consigo. Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores,
A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: professores de curso superior, ministros de Estado
Ela veio até mim, mas nada falou. e de Tribunais, governadores, secretários de Estado,
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de presidente da República (sempre por extenso)
inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de
prova, até eu! (= inclusive eu) universidades
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
As formas “conosco” e “convosco” são substituídas Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários
são reforçados por palavras como outros, mesmos, de igual categoria
próprios, todos, ambos ou algum numeral. Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes
Você terá de viajar com nós todos. de direito
Estávamos com vós outros quando chegaram as más Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
notícias. cerimonioso
Ele disse que iria com nós três. Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus

B.3 Pronome Reflexivo Também são pronomes de tratamento o senhor,


São pronomes pessoais oblíquos que, embora a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora”
funcionem como objetos direto ou indireto, referem- são empregados no tratamento cerimonioso; “você”
se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são
recebe a ação expressa pelo verbo. largamente empregados no português do Brasil; em
algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em
Lista dos pronomes reflexivos: outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
lembro disso.
2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo. Observações:
3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo =
Guilherme já se preparou. 1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes
Ela deu a si um presente. de tratamento que possuem “Vossa(s)” são
Antônio conversou consigo mesmo. empregados em relação à pessoa com quem
falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro,
1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio. compareça a este encontro.
2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes
com esta conquista.
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram
conheceram. / Elas deram a si um dia de folga.
que Sua Excelência, o Senhor Presidente da
República, agiu com propriedade.
#FicaDica
3. Os pronomes de tratamento representam uma
O pronome é reflexivo quando se refere forma indireta de nos dirigirmos aos nossos
à mesma pessoa do pronome subjetivo interlocutores. Ao tratarmos um deputado por
(sujeito): Eu me arrumei e saí. Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
É pronome recíproco quando indica endereçando à excelência que esse deputado
reciprocidade de ação: Nós nos amamos. / supostamente tem para poder ocupar o cargo que
Olhamo-nos calados. ocupa.
O “se” pode ser usado como palavra
expletiva ou partícula de realce, sem ser 4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à
rigorosamente necessária e sem função 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
sintática: Os exploradores riam-se de suas com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes
tentativas. / Será que eles se foram? possessivos e os pronomes oblíquos empregados
LÍNGUA PORTUGUESA

em relação a eles devem ficar na 3.ª pessoa.


Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das
C) Pronomes de Tratamento suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem
São pronomes utilizados no tratamento formal, reconhecidos.
cerimonioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor
(portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. Alguns exemplos:

26
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos 4. Referindo-se a mais de um substantivo, o
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-
ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida me seus livros e anotações.
inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos
a chamar alguém de “você”, não poderemos usar 5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
“te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou
terceira pessoa. seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)

Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos 6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu,
teus cabelos. (errado) próprio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-
lo, para que não ocorra redundância: Coloque tudo
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos nos respectivos lugares.
seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
Pronomes Demonstrativos
ou
São utilizados para explicitar a posição de certa
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação
teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.

Pronomes Possessivos A) Em relação ao espaço:


Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical pessoa que fala:
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo Este material é meu.
(coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da
singular) pessoa com quem se fala:
Esse material em sua carteira é seu?
Número Pessoa Pronome
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está
Singular Primeira Meu(s), minha(s) distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
Singular Segunda Teu(s), tua(s) quem se fala:
Aquele material não é nosso.
Singular Terceira Seu(s), sua(s)
Vejam aquele prédio!
Plural Primeira Nosso(s), nossa(s)
Plural Segunda Vosso(s), vossa(s) B) Em relação ao tempo:
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
Plural Terceira Seu(s), sua(s)
relação à pessoa que fala:
Esta manhã farei a prova do concurso!
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado,
a que se refere; o gênero e o número concordam com o porém relativamente próximo à época em que se situa
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição a pessoa que fala:
naquele momento difícil. Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
Observações: Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um
afastamento no tempo, referido de modo vago ou como
1. A forma “seu” não é um possessivo quando resultar tempo remoto:
da alteração fonética da palavra senhor: Muito Naquele tempo, os professores eram valorizados.
obrigado, seu José.
C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se falará
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam ou escreverá):
posse. Podem ter outros empregos, como: Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer
A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 falará:
anos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática,


C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem ortografia, concordância.
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento, fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Sua aprovação no concurso, isso é o que mais
Excelência trouxe sua mensagem? desejamos!

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Este e aquele são empregados quando se quer fazer Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
termo referido em primeiro lugar e este para o referido imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
por último: humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São
Paulo; este está mais bem colocado que aquele. (= este A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
[São Paulo], aquele [Palmeiras]) lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres
ou na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano,
beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Algo o incomoda?
Paulo; aquele está mais bem colocado que este. (= este Quem avisa amigo é.
[São Paulo], aquele [Palmeiras])
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de
invariáveis, observe: quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s),
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), certa(s).
aquela(s). Cada povo tem seus costumes.
Invariáveis: isto, isso, aquilo. Certas pessoas exercem várias profissões.

Também aparecem como pronomes demonstrativos: Note que:


Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
• o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e pronomes indefinidos adjetivos:
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito,
aquilo. muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum,
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
indiquei.) tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),
vários, várias.
• mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): Menos palavras e mais ações.
variam em gênero quando têm caráter reforçativo: Alguns se contentam pouco.
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Eu mesma refiz os exercícios. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em
Elas mesmas fizeram isso. variáveis e invariáveis. Observe:
Eles próprios cozinharam. • Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco,
Os próprios alunos resolveram o problema. vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda,
muita, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer,
• semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos,
vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas,
• tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria. todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
• Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides algo, cada.
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este.
(ou então: este solteiro, aquele casado) - este se *Qualquer é composto de qual + quer (do verbo
refere à pessoa mencionada em último lugar; querer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra
aquele, à mencionada em primeiro lugar. cujo plural é feito em seu interior).
2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? Todo e toda no singular e junto de artigo significa
3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de, inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
em com pronome demonstrativo: àquele, àquela, Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
que estava vendo. (no = naquilo) Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
Trabalho todo dia. (= todos os dias)
Pronomes Indefinidos
São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
LÍNGUA PORTUGUESA

São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal
quantidade indeterminada. qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- ou outra, etc.
plantadas. Cada um escolheu o vinho desejado.

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Pronomes Relativos Existem pessoas cujas ações são nobres.
São aqueles que representam nomes já mencionados (antecedente) (consequente)
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
as orações subordinadas adjetivas. Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui!
um grupo racial sobre outros. (referiu-se a)
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre
outros = oração subordinada adjetiva). “Quanto” é pronome relativo quando tem por
antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações)
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e tudo:
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que. Emprestei tantos quantos foram necessários.
O antecedente do pronome relativo pode ser o (antecedente)
pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer. Ele fez tudo quanto havia falado.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem (antecedente)
expresso.
Quem casa, quer casa. O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
precedido de preposição.
Observe: É um professor a quem muito devemos.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os (preposição)
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas. “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. antecedente e só pode ser utilizado na indicação de
lugar: A casa onde morava foi assaltada.
Note que:
O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser ou em que: Sinto saudades da época em que (quando)
substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando morávamos no exterior.
seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= palavras:
a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os • como (= pelo qual) – desde que precedida das
quais) palavras modo, maneira ou forma:
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= Não me parece correto o modo como você agiu semana
as quais) passada.

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente • quando (= em que) – desde que tenha como
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente antecedente um nome que dê ideia de tempo:
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” Bons eram os tempos quando podíamos jogar
(que podem ter várias classificações) são pronomes videogame.
relativos. Todos eles são usados com referência à
pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
determinadas preposições: Regressando de São Paulo, numa só frase.
visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste
O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade. Veja: esporte.
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
me deixou encantado (quem me deixou encantado: o
sítio ou minha tia?). Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas gente que conversava, (que) ria, observava.
utiliza-se o qual / a qual)
O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, Pronomes Interrogativos
LÍNGUA PORTUGUESA

e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas São usados na formulação de perguntas, sejam
deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes
O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda indefinidos, referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo
com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual
consequente (o ser possuído, com o qual concorda (e variações), quanto (e variações).
em gênero e número); não se usa artigo depois deste Com quem andas?
pronome; “cujo” equivale a do qual, da qual, dos quais, Qual seu nome?
das quais. Diz-me com quem andas, que te direi quem és.

29
O pronome pessoal é do caso reto quando tem • Quando o verbo estiver precedido de palavras que
função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
oblíquo quando desempenha função de complemento. A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. jamais, etc.: Não se desespere!
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia B) Advérbios: Agora se negam a depor.
lhe ajudar. C) Conjunções subordinativas: Espero que me
expliquem tudo!
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao esforçou.
caso reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a
função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. oportunidade.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não • Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe). lhe disse isso?
• Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou se ofendem!
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, • Orações que exprimem desejo (orações optativas):
diferentemente dos segundos, que são sempre Que Deus o ajude.
precedidos de preposição. • A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o
que eu estava fazendo. material amanhã. / Tu sabes cantar?
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo. Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
verbo. A mesóclise é usada:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Quando o verbo estiver no futuro do presente ou
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. futuro do pretérito, contanto que esses verbos não
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. Exemplos: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande
– São Paulo: Saraiva, 2010. evento em prol da paz no mundo.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: Repare que o pronome está “no meio” do verbo
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. “realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira prevaleceria. Veja: Não se realizará...
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
São Paulo: Saraiva, 2002. nessa viagem.
(com presença de palavra que justifique o uso de
SITE próclise: Não fossem os meus compromissos, EU te
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ acompanharia nessa viagem).
secoes/morf/morf42.php>
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
Colocação Pronominal A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
forem possíveis:
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos • Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
pronomes oblíquos átonos na frase. Quando eu avisar, silenciem-se todos.
• Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
era minha intenção machucá-la.
#FicaDica • Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
inicia período com pronome oblíquo).
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a Vou-me embora agora mesmo.
função de complemento verbal (objeto). Por Levanto-me às 6h.
isso, memorize:
OBlíquo = OBjeto! • Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
no concurso, mudo-me hoje mesmo!
LÍNGUA PORTUGUESA

• Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a


Embora na linguagem falada a colocação dos proposta fazendo-se de desentendida.
pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas
normas devem ser observadas na linguagem escrita. Colocação pronominal nas locuções verbais

Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. • Após verbo no particípio = pronome depois do
A próclise é usada: verbo auxiliar (e não depois do particípio):

30
Tenho me deliciado com a leitura! • sentimentos: amor, saudade
Eu tenho me deliciado com a leitura! • estados: alegria, tristeza
Eu me tenho deliciado com a leitura! • qualidades: honestidade, sinceridade
• ações: corrida, pescaria
• Não convém usar hífen nos tempos compostos e
nas locuções verbais: Morfossintaxe do substantivo
Vamos nos unir!
Iremos nos manifestar. Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções
diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
• Quando há um fator para próclise nos tempos do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto
compostos ou locuções verbais: opção pelo uso ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda,
do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
Não vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto
preocupar”). ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais
Emprego de o, a, os, as e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são
desempenhadas por grupos de palavras.
• Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os
pronomes: o, a, os, as não se alteram. Classificação dos Substantivos
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila. A) Substantivos Comuns e Próprios

• Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes Observe a definição:


finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
• Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para cidade (em oposição aos bairros).
no, na, nos, nas.
Chamem-no agora. Qualquer “povoação maior que vila, com muitas
Põe-na sobre a mesa. casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um
substantivo comum.
#FicaDica
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
significa “antes”! Pronome antes do verbo! homem, mulher, país, cachorro.
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ Estamos voando para Barcelona.
(end, em Inglês – que significa “fim, final!).
Pronome depois do verbo! O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio –
verbo aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS B) Substantivos Concretos e Abstratos


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. o ser que existe, independentemente de outros
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza seres.
Cochar - Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010. Observação:
Os substantivos concretos designam seres do mundo
SITE real e do mundo imaginário.
Disponível em: <http://www.portugues.com.br/ Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
gramatica/colocacao-pronominal-.html> Brasília.
LÍNGUA PORTUGUESA

Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água,


9. SUBSTANTIVO fantasma.

Substantivo é a classe gramatical de palavras B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres
variáveis, as quais denominam todos os seres que existem, que dependem de outros para se manifestarem ou
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si
fenômenos, os substantivos também nomeiam: só, não pode ser observada. Só podemos observar
• lugares: Alemanha, Portugal a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A

31
beleza depende de outro ser para se manifestar. frota navios mercantes, ônibus
Portanto, a palavra beleza é um substantivo
abstrato. girândola fogos de artifício
Os substantivos abstratos designam estados, horda bandidos, invasores
qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais
médicos, bois, credores,
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: junta
examinadores
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento). júri jurados
legião soldados, anjos, demônios
• Substantivos Coletivos
leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
outra abelha, mais outra abelha. malfeitores ou
malta
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. desordeiros
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. manada búfalos, bois, elefantes,

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi matilha cães de raça
necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra molho chaves, verduras
abelha, mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram- multidão pessoas em geral
se duas palavras no plural. No terceiro, empregou-se
um substantivo no singular (enxame) para designar um insetos (gafanhotos,
nuvem
conjunto de seres da mesma espécie (abelhas). mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de
seres da mesma espécie. quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas peças teatrais, obras
repertório
alcateia lobos musicais
acervo livros réstia alhos ou cebolas
trechos literários romanceiro poesias narrativas
antologia
selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
desordeiros ou tropa muares, soldados
bando
malfeitores turma estudantes, trabalhadores
banca examinadores vara porcos
batalhão soldados
cardume peixes Formação dos Substantivos
caravana viajantes peregrinos A) Substantivos Simples e Compostos
cacho frutas Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
cancioneiro canções, poesias líricas terra.
O substantivo chuva é formado por um único
colmeia abelhas elemento ou radical. É um substantivo simples.
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um
único elemento.
atores de uma peça ou Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.
elenco
filme Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por
esquadra navios de guerra dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é
LÍNGUA PORTUGUESA

composto.
enxoval roupas
falange soldados, anjos A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por
fauna animais de uma região dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-
flor, passatempo.
feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região

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B) Substantivos Primitivos e Derivados • Existem certos substantivos que, variando de gênero,
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva variam em seu significado:
de nenhuma outra palavra da própria língua o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
portuguesa. O substantivo limoeiro, por exemplo, é (líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro)
derivado, pois se originou a partir da palavra limão. e a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina (cabeleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de
de outra palavra. aumento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética;
conclusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública);
Flexão dos substantivos o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora).

O substantivo é uma classe variável. A palavra é Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino,
por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: - aluna.
meninão / Diminutivo: menininho • Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa
A) Flexão de Gênero • Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de três formas:
devendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz 1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
respeito a todos os substantivos de nossa língua, quer se 2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
refiram a seres animais providos de sexo, quer designem 3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
apenas “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa. Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão - sultana
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos • Substantivos terminados em -or:
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja
troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz
estes títulos de filmes:
O velho e o mar
• Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
Um Natal inesquecível
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta
Os reis da praia
- poetisa / duque - duquesa / conde - condessa /
profeta - profetisa
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
• Substantivos que formam o feminino trocando o -e
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: final por -a: elefante - elefanta
A história sem fim • Substantivos que têm radicais diferentes no
Uma cidade sem passado masculino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
As tartarugas ninjas • Substantivos que formam o feminino de maneira
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes anteriores: czar – czarina, réu - ré
1. Substantivos Biformes (= duas formas): Formação do Feminino dos Substantivos
apresentam uma forma para cada gênero: gato – Uniformes
gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito -
prefeita Epicenos:
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
forma, que serve tanto para o masculino quanto
para o feminino. Classificam-se em: Não é possível saber o sexo do jacaré em questão.
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma
A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo forma para indicar o masculino e o feminino.
se faz mediante a utilização das palavras “macho” Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
e “fêmea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré para designar os dois sexos. Esses substantivos são
macho e o jacaré fêmea. chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando
B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se
a pessoas de ambos os sexos: a criança, a palavras macho e fêmea.
testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, A cobra macho picou o marinheiro.
o indivíduo. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
LÍNGUA PORTUGUESA

C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:


indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o Sobrecomuns:
colega e a colega, o doente e a doente, o artista e Entregue as crianças à natureza.
a artista.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo
Substantivos de origem grega terminados em ema masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse
ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem
sintoma, o teorema. identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:

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A criança chorona chamava-se João. a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
A criança chorona chamava-se Maria. proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do
corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma
Outros substantivos sobrecomuns: (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta),
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro),
boa criatura. a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
Marcela faleceu a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado
na administração da crisma e de outros sacramentos),
Comuns de Dois Gêneros: a crisma (sacramento da confirmação), o cura (pároco),
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a
estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? guia outras), a guia (documento, pena grande das asas
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva),
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor
A distinção de gênero pode ser feita através da de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de
análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons
substantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa; nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
repórter francês - repórter francesa a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o
pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe,
A palavra personagem é usada indistintamente anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora),
nos dois gêneros. Entre os escritores modernos nota- o voga (remador), a voga (moda).
se acentuada preferência pelo masculino: O menino
descobriu nas nuvens os personagens dos contos de B) Flexão de Número do Substantivo
carochinha. Em português, há dois números gramaticais: o
Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino: singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o
O problema está nas mulheres de mais idade, que não plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
aceitam a personagem. característica do plural é o “s” final.
Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo Plural dos Substantivos Simples
fotográfico Ana Belmonte.
Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural).
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
Exceção: cânon - cânones.
proclama, o pernoite, o púbis.
Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata,
em “ns”: homem - homens.
a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a
Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, Atenção:
o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o O plural de caráter é caracteres.
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema,
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
tracoma, o hematoma. se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais;
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males,
cônsul e cônsules.
Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exceções, Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro Preto. / duas maneiras:
A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Alegre. / Uma 1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Londres imensa e triste. 2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Observação:
LÍNGUA PORTUGUESA

Gênero e Significação A palavra réptil pode formar seu plural de duas


maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
Muitos substantivos têm uma significação no
masculino e outra no feminino. Observe: Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os duas maneiras:
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à 1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses

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2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam D) Permanecem invariáveis, quando formados de:
invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os
Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural saca-rolhas
de três maneiras.
1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações Casos Especiais
2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Observação: o bem-te-vi e os bem-te-vis
Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam o bem-me-quer e os bem-me-queres
dois – e até três – plurais:
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião – o joão-ninguém e os joões-ninguém.
anciões/anciães/anciãos
charlatão – charlatões/charlatães corrimão – Plural das Palavras Substantivadas
corrimãos/corrimões
guardião – guardiões/guardiães vilão – vilãos/ As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
vilões/vilães classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Pese bem os prós e os contras.
o látex - os látex. O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Plural dos Substantivos Compostos
Observação:
A formação do plural dos substantivos compostos Numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
depende da forma como são grafados, do tipo de não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos
palavras que formam o composto e da relação que seis e alguns dez.
estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem
hífen comportam-se como os substantivos simples: Plural dos Diminutivos
aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/
pontapés, malmequer/malmequeres. Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s”
O plural dos substantivos compostos cujos elementos final e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas
e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
A) Flexionam-se os dois elementos, quando animai(s) + zinhos = animaizinhos
formados de: botõe(s) + zinhos = botõezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores- chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
perfeitos farói(s) + zinhos = faroizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis- tren(s) + zinhos = trenzinhos
homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
B) Flexiona-se somente o segundo elemento,
mão(s) + zinhas = mãozinhas
quando formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco- funi(s) + zinhos = funizinhos
recos túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento,
quando formados de: pé(s) + zinhos = pezinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pé(s) + zitos = pezitos
LÍNGUA PORTUGUESA

de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = Plural dos Nomes Próprios Personativos
cavalo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou sempre que a terminação preste-se à flexão.
o tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, Os Napoleões também são derrotados.
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, As Raquéis e Esteres.
peixe-espada - peixes-espada.

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Plural dos Substantivos Estrangeiros Classifica-se em:
1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser considerado normal. Por exemplo: casa
escritos como na língua original, acrescentando-se “s” 2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os do ser. Classifica-se em:
shorts, os jazz. Analítico = o substantivo é acompanhado de um
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo
chopes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os indicador de aumento. Por exemplo: casarão.
garçons, os réquiens.
Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que 3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
joga. do ser. Pode ser:
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Plural com Mudança de Timbre Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo
indicador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança
de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
fato fonético chamado metafonia (plural metafônico). SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Singular Plural CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform.
Corpo (ô) Corpos (ó)
– São Paulo: Saraiva, 2010.
Esforço Esforços CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Fogo Fogos Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
Forno Fornos São Paulo: Saraiva, 2002.
Fosso Fossos
Imposto Impostos SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
Olho Olhos secoes/morf/morf12.php>
Osso (ô) Ossos (ó)
Ovo Ovos 10. VERBO
Poço Poços Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
Porto Portos tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
Posto Postos
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
Tijolo Tijolos outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços,
bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, Estrutura das Formas Verbais
etc.
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
Observação: os seguintes elementos:
Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha). A) Radical: é a parte invariável, que expressa o
significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei;
Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o fal-ava; fal-am. (radical fal-)
norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. indica a conjugação a que pertence o verbo. Por
Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do exemplo: fala-r. São três as conjugações:
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
- E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
LÍNGUA PORTUGUESA

Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas


com sentido de plural: Aqui morreu muito negro.
C) Desinência modo-temporal: é o elemento que
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
improvisadas.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
C) Flexão de Grau do Substantivo / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
as variações de tamanho dos seres.

36
D) Desinência número-pessoal: é o elemento que Observação:
designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
número (singular ou plural): para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais
(indica a 3.ª pessoa do plural.) alterações não caracterizam irregularidade, porque o
fonema permanece inalterado.
FIQUE ATENTO!
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam
O verbo pôr, assim como seus derivados conjugação completa. Os principais são adequar,
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª precaver, computar, reaver, abolir, falir.
conjugação, pois a forma arcaica do verbo D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito
pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver e, normalmente, são usados na terceira pessoa do
desaparecido do infinitivo, revela-se em singular. Os principais verbos impessoais são:
algumas formas do verbo: põe, pões,
põem, etc. 1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer,
realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia =
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas o
acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, 2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
amo, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento Faz invernos rigorosos na Europa.
tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal Era primavera quando o conheci.
(fora do radical): opinei, aprenderão, amaríamos. Estava frio naquele dia.

Classificação dos Verbos 3. Todos os verbos que indicam fenômenos da


natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear,
Classificam-se em: trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém,
se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radical “amanhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo
inalterado durante a conjugação e desinências impessoal, empregado em sentido figurado, deixa
idênticas às de todos os verbos regulares da de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá
mesma conjugação. Por exemplo: comparemos os conjugação completa.
verbos “cantar” e “falar”, conjugados no presente Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
do Modo Indicativo: Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
Canto Falo
Cantas Falas 4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando
tempo: Já passa das seis.
Canta Falas
Cantamos Falamos 5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
Cantais Falais “de”, indicando suficiência:
Basta de tolices.
Chega de promessas.
#FicaDica
6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,
Observe que, retirando os radicais, as Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem
desinências modo-temporal e número- referência a sujeito expresso anteriormente (por
pessoal mantiveram-se idênticas. Tente fazer exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso,
com outro verbo e perceberá que se repetirá classificar o sujeito como hipotético, tornando-se,
o fato (desde que o verbo seja da primeira tais verbos, pessoais.
conjugação e regular!). Faça com o verbo
“andar”, por exemplo. Substitua o radical 7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente
LÍNGUA PORTUGUESA

“cant” e coloque o “and” (radical do verbo de “ser possível”. Por exemplo:


andar). Viu? Fácil! Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca


alterações no radical ou nas desinências: faço, fiz,
farei, fizesse.

37
E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
São unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais
(cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar).

Os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

• Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

• Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que,
além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Particípio Particípio
Infinitivo
Regular Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago
LÍNGUA PORTUGUESA

Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito,
escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).

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H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo
principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Pret. mais-que- Fut. do


Presente Pret. Perfeito Pret. Imp. Fut.do Pres.
perf. Pretérito
Sou Fui Era Fora Serei Seria
És Foste Eras Foras Serás Serias
É Foi Era Fora Será Seria
Somos Fomos Éramos Fôramos Seremos Seríamos
Sois Fostes Éreis Fôreis Sereis Seríeis
São Foram Eram Foram Serão Seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


LÍNGUA PORTUGUESA

ser ser eu sendo sido


seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

39
ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres Fut.do Preté
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR Modo Subjuntivo – Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
LÍNGUA PORTUGUESA

hajas houvesses houveres há hajas


haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

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HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:

• Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a
reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula
integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes):
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arrependem

• Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto
representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com
LÍNGUA PORTUGUESA

os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou-
me.

Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.

41
Há verbos que também são acompanhados Quando o gerúndio é vício de linguagem
de pronomes oblíquos átonos, mas que não são (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do
essencialmente pronominais - são os verbos reflexivos. gerúndio:
Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se 1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando
encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem futebol.
funções sintáticas. Por exemplo: 2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me
(objeto direto) – 1.ª pessoa do singular Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada,
pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no
Modos Verbais momento da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que
a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas futuro em andamento, exigindo, no caso, a construção
pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. “verificarei” ou “vou verificar”.
Existem três modos:
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu C) Particípio: quando não é empregado na formação
estudo para o concurso. dos tempos compostos, o particípio indica,
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: geralmente, o resultado de uma ação terminada,
Talvez eu estude amanhã. flexionando-se em gênero, número e grau. Por
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: exemplo: Terminados os exames, os candidatos
Estude, colega! saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Formas Nominais nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda pela turma.
formas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
nominais. Observe:

A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de
modo vago e indefinido, podendo ter valor e
função de substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta) (Ziraldo)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
Tempos Verbais
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por Tomando-se como referência o momento em que
exemplo: se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
É preciso ler este livro. diversos tempos.
Era preciso ter lido este livro.
A) Tempos do Modo Indicativo
A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do colégio.
singular, não apresenta desinências, assumindo a Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona- num momento anterior ao atual, mas que não foi
se da seguinte maneira: completamente terminado: Ele estudava as lições quando
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu) foi interrompido.
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós) Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós) num momento anterior ao atual e que foi totalmente
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles) terminado: Ele estudou as lições ontem à noite.
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato
ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara
B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
adjetivo ou advérbio. Por exemplo: Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
LÍNGUA PORTUGUESA

advérbio) atual: Ele estudará as lições amanhã.


Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo) Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação Se ele pudesse, estudaria um pouco mais.
em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

42
B) Tempos do Modo Subjuntivo
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
No próximo final de semana, faço a prova!
faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Tabelas das Conjugações Verbais

Modo Indicativo

Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

3.ª conjugação
1.ª conjugação 2.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S


cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

43
Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

Desinên. Pessoal Des. tem


1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.poral
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
LÍNGUA PORTUGUESA

cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS


cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

44
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

Des.temporal
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

Des.temporal
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

C) Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Imperativo Presente do


Indicativo Afirmativo Subjuntivo
Eu canto - Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
LÍNGUA PORTUGUESA

Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

45
Imperativo Negativo Vozes do Verbo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
a negação às formas do presente do subjuntivo. ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
as vozes verbais:
Que eu cante -
Que tu cantes Não cantes tu A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
ação expressa pelo verbo:
Que ele cante Não cante você Ele fez o trabalho.
Que nós cantemos Não cantemos nós sujeito agente ação objeto (paciente)
Que vós canteis Não canteis vós
B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo
Que eles cantem Não cantem eles a ação expressa pelo verbo:
O trabalho foi feito por ele.
• No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª sujeito paciente ação agente da passiva
pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois
uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
razão, utiliza-se você/vocês. O menino feriu-se.
• O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente:
sê (tu), sede (vós).
#FicaDica
Infinitivo Pessoal
Não confundir o emprego reflexivo do verbo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
CANTAR VENDER PARTIR
Nós nos amamos. (um ama o outro)
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
Formação da Voz Passiva
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS A voz passiva pode ser formada por dois processos:
cantarDES venderDES partirDES analítico e sintético.
cantarEM venderEM partirEM A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte
maneira:
• O verbo parecer admite duas construções: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução exemplo:
verbal) A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos:
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito os alunos pintarão a escola)
oracional, correspondendo à construção: parece gostarem O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)
de você).
Observações:
• O verbo pegar possui dois particípios (regular e
irregular): • O agente da passiva geralmente é acompanhado
Elvis tinha pegado minhas apostilas. da preposição por, mas pode ocorrer a construção
Minhas apostilas foram pegas. com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cer-
cada de soldados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa • Pode acontecer de o agente da passiva não estar
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 2. – 7.ª ed. Reform. • A variação temporal é indicada pelo verbo auxi-
LÍNGUA PORTUGUESA

– São Paulo: Saraiva, 2010. liar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a
AMARAL, Emília... [et al.] - Português: novas palavras: transformação das frases seguintes:
literatura, gramática, redação. – São Paulo: FTD, 2000.
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
SITE O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito
Disponível em: http://www.soportugues.com.br/ perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da
secoes/morf/morf54.php voz ativa)

46
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
indicativo)
SITE
Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) secoes/morf/morf54.php>

• Nas frases com locuções verbais, o verbo SER as-


sume o mesmo tempo e modo do verbo principal
da voz ativa. Observe a transformação da frase se- EXERCÍCIOS COMENTADOS
guinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 1. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) CESGRANRIO-2018)

B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - O ano da esperança


ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª
pessoa, seguido do pronome apassivador “se”. Por O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos
exemplo: desempregados. E pedidos de empréstimos. Um atrás
Abriram-se as inscrições para o concurso. do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações
Destruiu-se o velho prédio da escola. de amizade. Como afirmou Shakespeare, perde-se o
dinheiro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava,
Observação: com a consciência de que era uma doação. A situação
O agente não costuma vir expresso na voz passiva foi piorando. Os argumentos também. No início era para
sintética. pagar a escola do filho. Depois vieram as mães e avós
doentes. Lamentavelmente, aprendi a não ser generoso.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente.
Mas que sofreu um acidente e não tinha como pagar a
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar fisioterapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas
substancialmente o sentido da frase. internações, remédios. A situação piorando, eu já estava
encomendando missa de sétimo dia. Falei com um amigo
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso
Sujeito da Ativa objeto Direto gratuitamente. Surpresa! O doente não aparecia para
a consulta. Até que o coloquei contra a parede. Ou se
A apostila foi comprada pelo concurseiro. consultava ou eu não ajudava mais.
(Voz Passiva) Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita
Sujeito da Passiva Agente da Passiva de suplementos para ficar com o corpo atlético. Nunca
conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo emprego após o suposto acidente. Foi por isso que me
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo deixei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde
tempo. também a vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As
Os mestres têm constantemente aconselhado os pessoas buscam vagas nos mercados em expansão. Se a
alunos. indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos
pelos mestres. aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão surgir.
Eu o acompanharei. Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça
Ele será acompanhado por mim. de velhos? Todos pedem que a gente tenha uma nova
consciência para votar. Como? Num mundo em que as
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: servem a qualquer mentira. Digo por mim. Já contaram
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. cada história a meu respeito que nem sei o que dizer.
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, Já inventaram casos de amor, tramas nas novelas que
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva, escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por
porque o sujeito não pode ser visto como agente, que isso ou aquilo não aconteceu na novela. Se mudei
LÍNGUA PORTUGUESA

paciente ou agente paciente. a trama. Respondo: — Nunca foi para acontecer. Era
mentira da internet.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Duvidam. Acham que estou mentindo.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Adaptado.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Co-
char - Português linguagens: volume 2. – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.

47
No trecho “perde-se o dinheiro e o amigo”, a colocação c) ganha destaque / ganha-o;
do pronome átono em destaque está de acordo com a d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
norma-padrão da língua portuguesa. O mesmo ocorre em: e) marcaram sua história / marcaram-na.

a) Não se perde nem o dinheiro nem o amigo. Resposta: Letra D


b) Perderia-se o dinheiro e o amigo. Em “a”: impregna a vida cotidiana / impregna-a =
c) O dinheiro e o amigo tinham perdido-se. correta
d) Se perdeu o dinheiro, mas não o amigo. Em “b”: entender os debates / entendê-los = correta
e) Se o amigo que perdeu-se voltasse, ficaria feliz. Em “c”: ganha destaque / ganha-o = correta
Em “d”: supõe um conhecimento / supõe-lo = supõe-
Resposta: Letra A no
Em “a”: Não se perde = correta (advérbio atrai o Em “e”: marcaram sua história / marcaram-na = correta
pronome = próclise)
Em “b”: Perderia-se = verbo no futuro do pretérito: 4. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL –
perder-se-ia (mesóclise) VUNESP-2014) Considerando-se o uso do pronome e
Em “c”: O dinheiro e o amigo tinham perdido-se = a colocação pronominal, a expressão em destaque no
tinham se perdido trecho – ... que cercam o sentido da existência humana...
Em “d”: Se perdeu = não se inicia período com – está corretamente substituída pelo pronome, de
pronome oblíquo/partícula apassivadora (Perdeu-se) acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, na
Em “e”: Se o amigo que perdeu-se = o “que” atrai o alternativa:
pronome (próclise): que se perdeu
a) ... que cercam-lo...
2. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – b) ... que cercam-no...
CESGRANRIO-2018) Segundo as exigências da norma- c)... que o cercam...
padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi d) ... que lhe cercam...
utilizado na posição correta em: e) ... que cercam-lhe...
a) Os jornais noticiaram que alguns países mobilizam-se Resposta: Letra C
para combater a disseminação de notícias falsas nas Correções à frente:
redes sociais. Em “a”: que cercam-lo = o “que” atrai o pronome (que
b) Para criar leis eficientes no combate aos boatos, o cercam)
sempre deve-se ter em mente que o problema de Em “b”: que cercam-no = que o cercam (“no” está
divulgação de notícias falsas é grave e muito atual.
correta – caso não tivéssemos o “que”, pois, devido a
c) Entre os numerosos usuários da internet, constata-se
sua presença, teremos próclise, não ênclise)
um sentimento generalizado de reprovação à prática
Em “c”: que o cercam = correta
de divulgação de inverdades.
Em “d”: que lhe cercam = a posição está correta, mas
d) Uma nova lei contra as fake news promulgada na
o pronome está errado (“lhe” é para objeto indireto =
Alemanha não aplica-se aos sites e redes sociais com
a ele/ela)
menos de 2 milhões de membros.
Em “e”: que cercam-lhe = que o cercam
e) Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo mais
eficaz para que adote-se a conduta correta em relação
à reputação das celebridades. 5. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2014)
Considerando apenas as regras de regência e de colocação
Resposta: Letra C pronominal da norma-padrão da língua portuguesa, a
Em “a”: Os jornais noticiaram que alguns países expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que
mobilizam-se = se mobilizam raramente ou nunca têm informações sobre o impacto
Em “b”: Para criar leis eficientes no combate aos ambiental do produto ou do comportamento da empresa.
boatos, sempre deve-se = sempre se deve – pode ser corretamente substituída por
Em “c”: Entre os numerosos usuários da internet,
constata-se um sentimento = correta a) ... nunca informam-se sob o impacto...
Em “d”: Uma nova lei contra as fake news promulgada b)... nunca se informam o impacto...
na Alemanha não aplica-se = não se aplica c) ... nunca informam-se ao impacto...
Em “e”: Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo d) ... nunca se informam do impacto...
mais eficaz para que adote-se = que se adote e)... nunca informam-se no impacto...

3. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – Resposta: Letra D


LÍNGUA PORTUGUESA

ARQUITETURA – FGV-2017-ADAPTADA) Se Por eliminação: o advérbio “nunca” atrai o pronome,


substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por teremos próclise (nunca se). Ficamos com B e D. Agora
pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma vamos ao verbo: quem se informa, informa-se sobre
INADEQUADA seria: algo = precisa de preposição. A alternativa que tem
preposição presente é a D (do = de+o). Teremos:
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a; nunca se informam do impacto.
b) entender os debates / entendê-los;

48
6. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL Em “b”, Porque não seria = futuro do pretérito do
– VUNESP-2013) Considerando a substituição da Indicativo
expressão em destaque por um pronome e as normas da Em “c”, Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfeito
colocação pronominal, a oração – … que abrem a cabeça do Indicativo
… – equivale, na norma-padrão da língua, a: Em “d”, Quase meio século separa = presente do
Indicativo
a) que abrem-a. Em “e”, para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar
b) que abrem-na. elas)
c) que a abrem.
d) que lhe abrem. 9. (TRT 20.ª REGIÃO-SE - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC-
e) que abrem-lhe. 2016)
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...
Resposta: Letra C O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
Primeiramente: o “que” atrai o pronome oblíquo, sublinhado acima está também sublinhado em:
então teremos que + pronome. Resta-nos identificar
se o pronome é objeto direto (a) ou indireto (lhe). a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as
Voltemos ao verbo: abrir. Quem abre, abre algo... abre amas...
o quê? Sem preposição! Portanto: objeto direto = que b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
a abrem. c) ... país que transformou a infância numa bilionária
indústria de consumo...
7. (TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA APOIO d) E, mesmo que se esforcem muito...
ESPECIALIZADO - ESPECIALIDADE MEDICINA DO e) Hoje há algo novo nesse cenário.
TRABALHO – FCC/2012) Aos poucos, contudo, fui
chegando à constatação de que todo perfil de rede Resposta: Letra D
social é um retrato ideal de nós mesmos. que nos ajude = presente do Subjuntivo
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra Em “a”, que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
alteração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser Em “b”, que proliferaram = pretérito perfeito (e
substituído por: também mais-que-perfeito) do Indicativo
Em “c”, que transformou = pretérito perfeito do
a) ademais. Indicativo
b) conquanto. Em “d”, que se esforcem = presente do Subjuntivo
c) porquanto. Em “e”, há algo novo nesse cenário = presente do
d) entretanto. Indicativo
e) apesar.
10. (TRT 23.ª REGIÃO-MT - Técnico Judiciário – FCC-
Resposta: Letra D 2016) Empregam-se todas as formas verbais de acordo
Contudo é uma conjunção adversativa (expressa com a norma culta na seguinte frase:
oposição). A substituição deve utilizar outra de mesma
classificação, para que se mantenha a ideia do período. a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento
A correta é entretanto. não poderia receber qualquer tipo de retificação.
b) Os documentos com assinatura digital disporam de
8. (TRT 23.ª REGIÃO-MT - ANALISTA JUDICIÁRIO - algoritmos de criptografia que os protegeram.
ÁREA ADMINISTRATIVA- FCC-2016) c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam
... para quem Manoel de Barros era comparável a São contar com a proteção de uma assinatura digital.
Francisco de Assis... d) Quem se propor a alterar um documento criptogra-
fado deve saber que comprometerá sua integridade.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem
frase acima está em: comprometer a integridade dos documentos.

a) Dizia-se um “vedor de cinema”... Resposta: Letra E


b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no Em “a”, Para que se mantesse (mantivesse) sua
espaço... autenticidade, o documento não poderia receber
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e qualquer tipo de retificação.
Charles Baudelaire. Em “b”, Os documentos com assinatura digital
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de disporam (dispuseram) de algoritmos de criptografia
Barros na literatura... que os protegeram.
e) ... para depois casá-las... Em “c”, Arquivados eletronicamente, os documentos
poderam (puderam) contar com a proteção de uma
Resposta: Letra A assinatura digital.
“Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Em “d”, Quem se propor (propuser) a alterar
Indicativo. Procuremos nos itens: um documento criptografado deve saber que
Em “a”, Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo comprometerá sua integridade.

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Em “e”, Não é possível fazer as alterações que 13. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
convierem sem comprometer a integridade dos DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
documentos = correta – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010)

11. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO -


SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP/2017) Considere
as seguintes frases:
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.
Segundo, não memorize apenas por repetição.
Terceiro, rabisque!

Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos


empregados nessas frases está em destaque em:

a) ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem


com que o cérebro humano não considere útil gravar
esses dados...
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-
número de informações.
c) ... após discar e fazer a ligação, não precisamos mais
dele... Disponível em: http://www.acharge.com.br/index.htm (acesso:
d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em 03/03/2010)
que morou quando era criança?
e) É o que mostra também uma pesquisa recente A palavra “oposição”, da charge, é classificada
conduzida pela empresa de segurança digital morfologicamente como:
Kaspersky...
a) Substantivo concreto.
Resposta: Letra D b) Substantivo abstrato.
Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperativo c) Substantivo coletivo.
(expressam ordem). Vamos aos itens: d) Substantivo próprio.
Em “a”, ... o acesso rápido e a quantidade de textos e) Adjetivo.
fazem = presente do Indicativo
Em “b”, Na internet, basta um clique = presente do Resposta: Letra B
Indicativo O termo “oposição” é classificado – morfologicamente
Em “c”, ... após discar e fazer a ligação, não precisamos – como substantivo abstrato, pois não existe por si só
= presente do Indicativo – depende de outro ser para “se concretizar”.
Em “d”, Pense rápido: = Imperativo
Em “e”, É o que mostra também uma pesquisa =
presente do Indicativo
PONTUAÇÃO
12. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL –
VUNESP-2014) Assinale a alternativa em que a palavra
em destaque na frase pertence à classe dos adjetivos PONTUAÇÃO
(palavra que qualifica um substantivo).
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de servem para compor a coesão e a coerência textual, além
eutanásia... de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte... Um texto escrito adquire diferentes significados quando
c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
a morte. depende, em certos momentos, da intenção do autor do
d) Ela é proibida por lei no Brasil,... discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
e) E como seria a verdadeira boa morte? relacionados ao contexto e ao interlocutor.

Resposta: Letra E Principais funções dos sinais de pontuação


Em “a”, Existe grande confusão = substantivo
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “b”, o médico ou alguém causa ativamente a A) Ponto (.)


morte = pronome
Em “c”, prolonga o processo de morrer procurando • Indica o término do discurso ou de parte dele,
distanciar a morte = substantivo encerrando o período.
Em “d”, Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
Em “e”, E como seria a verdadeira boa morte? =
adjetivo

50
• Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. E) Ponto de Interrogação (?)
(Companhia). Se a palavra abreviada aparecer em
final de período, este não receberá outro ponto; • Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
neste caso, o ponto de abreviatura marca, também, “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur
o fim de período. Exemplo: Estudei português, Azevedo)
matemárica, constitucional, etc. (e não “etc..”)
F) Reticências (...)
• Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do
ponto, assim como após o nome do autor de uma • Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
citação: canetas, cadernos...
Haverá eleições em outubro • Indica interrupção violenta da frase: “- Não... quero
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão dizer... é verdad... Ah!”
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) • Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
mal... pega doutor?
• Os números que identificam o ano não utilizam pon- • Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
to nem devem ter espaço a separá-los, bem como depois, o coração falar...
os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.
G) Vírgula (,)
B) Ponto e Vírgula (;)
Não se usa vírgula
• Separa várias partes do discurso, que têm a mesma Separando termos que, do ponto de vista sintático,
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; ligam-se diretamente entre si:
os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum 1. Entre sujeito e predicado:
espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
• Separa partes de frases que já estão separadas
por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; 2. Entre o verbo e seus objetos:
outros, montanhas, frio e cobertor. O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
• Separa itens de uma enumeração, exposição de
motivos, decreto de lei, etc. Usa-se a vírgula:
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; 1. Para marcar intercalação:
Caminhada na praia; A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
Reunião com amigos. abundância, vem caindo de preço.
B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos.
C) Dois pontos (:) Estão produzindo, todavia, altas quantidades de
alimentos.
• Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio C) das expressões explicativas ou corretivas: As
Coutinho trata este assunto: indústrias não querem abrir mão de suas vantagens,
• Antes de um aposto = Três coisas não me agradam: isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
• Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá 2. Para marcar inversão:
estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, A) do adjunto adverbial (colocado no início da
vivendo a rotina de sempre. oração): Depois das sete horas, todo o comércio está
de portas fechadas.
• Em frases de estilo direto B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Maria perguntou: pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
- Por que você não toma uma decisão? C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
maio de 1982.
D) Ponto de Exclamação (!)
3. Para separar entre si elementos coordenados
• Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, (dispostos em enumeração):
LÍNGUA PORTUGUESA

susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
casar com você! A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e
animais.
• Depois de interjeições ou vocativos
Ai! Que susto! 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós
João! Há quanto tempo! queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

51
5. Para isolar: Resposta: Letra E
A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole O enunciado pede a alternativa em desacordo:
brasileira, possui um trânsito caótico. Em “a”, Como esse metal é limitado, isso garantia
B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. que a produção de dinheiro fosse também limitada
= correta
Observações: Em “b”, Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o
Considerando-se que “etc.” é abreviatura da padrão-ouro = correta
expressão latina et coetera, que significa “e outras coisas”, Em “c”, Praticamente todo o dinheiro que existe no
seria dispensável o emprego da vírgula antes dele. mundo é criado assim, inventado em canetaços a
Porém, o acordo ortográfico em vigor no Brasil exige partir da concessão de empréstimos = correta
que empreguemos etc. predecido de vírgula: Falamos de Em “d”, Assim, o sistema monetário atual funciona
política, futebol, lazer, etc. com uma moeda que é ao mesmo tempo escassa e
As perguntas que denotam surpresa podem ter abundante = correta
combinados o ponto de interrogação e o de exclamação: Em “e”, Escassa porque só banqueiros podem criá-
Você falou isso para ela?! la, (X) e abundante porque é gerada pela simples
manipulação de bancos de dados = incorreta - a
Temos, ainda, sinais distintivos: vírgula pode ser utilizada antes da conjunção “e”,
• a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), desde que haja mudança de sujeito, por exemplo (o
separação de siglas (IOF/UPC); que não acontece na questão)
• os colchetes ([ ]) = usados em transcrições
feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como 2. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO
primeira opção aos parênteses, principalmente na GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018)
matemática;
• o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a uma Texto 1
nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir
um nome que não se quer mencionar. Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018,
com o nome Erros do passado, o articulista Paulo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Guedes escreve o seguinte: “Os regimes trabalhista e
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos,
Cochar - Português linguagens: volume 3. – 7.ª ed. Reform. economicamente desastrosos e socialmente perversos.
– São Paulo: Saraiva, 2010. Arquitetados de início em sistemas políticos fechados
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de Mussolini), e desde então cultivados por obsoletos
programas socialdemocratas, são hoje armas de
SITE destruição em massa de empregos locais em meio à
Disponível em: <http://www.infoescola.com/ competição global. Reduzem a competitividade das
portugues/pontuacao/> empresas, fabricam desigualdades sociais, dissipam em
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/ consumo corrente a poupança compulsória dos encargos
gramatica/uso-da-virgula.htm> recolhidos, derrubam o crescimento da economia e
solapam o valor futuro das aposentadorias”. (adaptado)

No texto 1, os termos inseridos nos parênteses – na


EXERCÍCIOS COMENTADOS Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de
Mussolini – têm a finalidade textual de:
1. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018)
O enunciado em que a vírgula foi empregada em a) enumerar os sistemas políticos fechados do passado;
desacordo com as regras de pontuação é b) destacar os sistemas onde se originaram os regimes
trabalhista e previdenciário;
a) Como esse metal é limitado, isso garantia que a c) criticar o atraso político de alguns sistemas da História;
produção de dinheiro fosse também limitada. d) condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário
b) Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- por serem muito antigos;
ouro. e) exemplificar alguns dos nossos erros do passado.
c) Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo
é criado assim, inventado em canetaços a partir da Resposta: Letra B
concessão de empréstimos. Arquitetados de início em sistemas políticos fechados
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Assim, o sistema monetário atual funciona com uma (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália
moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. fascista de Mussolini) = os termos entre parênteses
e) Escassa porque só banqueiros podem criá-la, e servem para se referir aos sistemas políticos fechados,
abundante porque é gerada pela simples manipulação exemplificando-os.
de bancos de dados. Em “a”, enumerar os sistemas políticos fechados do
passado = incorreta

52
Em “b”, destacar os sistemas onde se originaram os e) Alguns críticos da responsabilidade social defendem
regimes trabalhista e previdenciário = correta a ideia de que: o objetivo das empresas é o lucro e
Em “c”, criticar o atraso político de alguns sistemas da a geração de empregos não a preocupação com a
História = incorreta sociedade como um todo.
Em “d”, condenar nossos regimes trabalhista e
previdenciário por serem muito antigos = incorreta Resposta: Letra A
Em “e”, exemplificar alguns dos nossos erros do Assinalei com (X) as inadequações e destaquei as
passado = incorreta inclusões:
Em “a”: O conjunto de preocupações e ações efetivas,
3. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE quando atendem, de forma voluntária, aos funcionários
DADOS – FGV-2010) Assinale a alternativa em que a e à comunidade em geral, pode ser definido como
vírgula está corretamente empregada. responsabilidade social = correta
Em “b”: As empresas que optam por encampar a
a) O jeitinho, essa instituição tipicamente brasileira pode prática da responsabilidade social, (X) beneficiam-se
ser considerado, sem dúvida, um desvio de caráter. de conseguir uma melhor imagem no mercado.
b) Apareciam novos problemas, e o funcionário embora Em “c”: A noção de responsabilidade social foi muito
competente, nem sempre conseguia resolvê-los. utilizada em campanhas publicitárias: (X) ; por isso, as
c) Ainda que os níveis de educação estivessem avançando, empresas precisam relacionar-se melhor, (X) com a
o sentimento geral, às vezes, era de frustração. sociedade.
d) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, Em “d”: A responsabilidade social explora um leque
muitos sofreriam sanções diariamente. abrangente de beneficiários, envolvendo , assim: (X) ,
e) O tempo não para as transformações sociais são a qualidade de vida , o bem-estar dos trabalhadores,
urgentes mas há quem não perceba esse fato, que é (X) e a redução de impactos negativos, (X) no meio
evidente. ambiente.
Em “e”: Alguns críticos da responsabilidade social
Resposta: Letra C defendem a ideia de que: (X) o objetivo das empresas é
Indiquei com (X) os lugares inadequados e acrescentei o lucro e a geração de empregos , não a preocupação
a pontuação que faltou: com a sociedade como um todo.
Em “a”, O jeitinho, essa instituição tipicamente
brasileira , pode ser considerado, sem dúvida, um 5. (PC-SP - Investigador de Polícia – Vunesp-2014)
desvio de caráter.
Em “b”, Apareciam novos problemas , (X) e o funcionário
, embora competente, nem sempre conseguia resolvê-
los.
Em “c”, Ainda que os níveis de educação estivessem
avançando, o sentimento geral, às vezes, era de
frustração.= correta
Em “d”, É claro , (X) que se fôssemos levar a lei ao pé da (Folha de S.Paulo, 03.01.2014. Adaptado)
letra, muitos sofreriam sanções diariamente.
Em “e”, O tempo não para , as transformações sociais De acordo com a norma-padrão, no primeiro quadrinho,
são urgentes , mas há quem não perceba esse fato, na fala de Hagar, deve ser utilizada uma vírgula,
que é evidente. obrigatoriamente,

4. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – a) antes da palavra “olho”.


CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão b) antes da palavra “e”.
da língua portuguesa, a pontuação está corretamente c) depois da palavra “evitar”.
empregada em: d) antes da palavra “evitar”.
e) depois da palavra “e”.
a) O conjunto de preocupações e ações efetivas, quando
atendem, de forma voluntária, aos funcionários e Resposta: Letra C
à comunidade em geral, pode ser definido como “Não posso evitar doutor” = no diálogo, Hagar fala com
responsabilidade social. o doutor (vocativo); portanto, presença obrigatória de
b) As empresas que optam por encampar a prática da vírgula após o verbo “evitar”.
responsabilidade social, beneficiam-se de conseguir
LÍNGUA PORTUGUESA

uma melhor imagem no mercado.


c) A noção de responsabilidade social foi muito utilizada
em campanhas publicitárias: por isso, as empresas
precisam relacionar-se melhor, com a sociedade.
d) A responsabilidade social explora um leque abrangente
de beneficiários, envolvendo assim: a qualidade de
vida o bem-estar dos trabalhadores, a redução de
impactos negativos, no meio ambiente.

53
6. (TJ-RS – JUIZ DE DIREITO – SUBSTITUTO – Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo
VUNESP-2018) No trecho do primeiro parágrafo (oração) são estruturadas por dois elementos essenciais:
do texto – Nas escolas da Catalunha, a separação da sujeito e predicado.
Espanha tem apoio maciço. É uma situação que contrasta O sujeito é o termo da frase que concorda com o
com outros lugares de Barcelona, uma cidade que vive verbo em número e pessoa. É o “ser de quem se declara
hoje em duas dimensões. De um lado, há a Barcelona algo”, “o tema do que se vai comunicar”; o predicado é
dos turistas, que se cotovelam nos pontos turísticos da a parte da frase que contém “a informação nova para
cidade, … –, empregam-se as vírgulas para separar as o ouvinte”, é o que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao
expressões destacadas porque elas tema, constituindo a declaração do que se atribui ao
sujeito.
a) acrescem às informações precedentes comentários Quando o núcleo da declaração está no verbo (que
que lhes ampliam o sentido. indique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo
b) sintetizam as ideias centrais das informações significativo), temos o predicado verbal. Mas, se o
precedentes. núcleo estiver em um nome (geralmente um adjetivo),
c) apresentam informações que se opõem às informações teremos um predicado nominal (os verbos deste tipo de
precedentes. predicado são os que indicam estado, conhecidos como
d) retificam as informações precedentes, dando-lhes o verbos de ligação):
correto matiz semântico. O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação
e) estabelecem certas restrições de sentido às informações (predicado verbal)
precedentes. A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o
núcleo é “fácil” (predicado nominal)
Resposta: Letra A
É uma situação que contrasta com outros lugares Quanto ao período, ele denomina a frase constituída
de Barcelona, uma cidade que vive hoje em duas por uma ou mais orações, formando um todo, com
dimensões. De um lado, há a Barcelona dos turistas, sentido completo. O período pode ser simples ou
que se cotovelam nos pontos turísticos da cidade composto.
Os períodos destacados acrescentam informações aos
termos citados anteriormente. Período simples é aquele constituído por apenas
uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Chove.
SINTAXE: PERÍODOS SIMPLES (TERMOS A existência é frágil.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS
DA ORAÇÃO) E PERÍODOS COMPOSTOS Período composto é aquele constituído por duas ou
(COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO); mais orações:
TIPOS DE DISCURSO Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO Termos da Oração


SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
TERMOS DA ORAÇÃO Termos essenciais
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
O sujeito e o predicado são considerados termos
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
estabelecer comunicação. Normalmente é composta para a formação das orações. No entanto, existem
por dois termos – o sujeito e o predicado – mas não orações formadas exclusivamente pelo predicado. O
obrigatoriamente, pois há orações ou frases sem sujeito: que define a oração é a presença do verbo. O sujeito é o
Trovejou muito ontem à noite. termo que estabelece concordância com o verbo.
O candidato está preparado.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação Os candidatos estão preparados.
em verbais (possuem verbos, ou seja, são orações) e
nominais (sem a presença de verbos), feita a partir de seus Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”.
elementos constituintes, elas podem ser classificadas a “Candidato” é a principal palavra do sujeito, sendo, por
partir de seu sentido global: isso, denominada núcleo do sujeito. Este se relaciona
A) frases interrogativas = o emissor da mensagem com o verbo, estabelecendo a concordância (núcleo no
LÍNGUA PORTUGUESA

formula uma pergunta: Que dia é hoje? singular, verbo no singular: candidato = está).
B) frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou A função do sujeito é basicamente desempenhada
faz um pedido: Dê-me uma luz! por substantivos, o que a torna uma função substantiva
C) frases exclamativas = o emissor exterioriza um da oração. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer
estado afetivo: Que dia abençoado! outras palavras substantivadas (derivação imprópria)
D) frases declarativas = o emissor constata um fato: A também podem exercer a função de sujeito.
prova será amanhã.

54
Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, Na língua portuguesa, o sujeito pode ser
substantivo) indeterminado de duas maneiras:
Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no
exemplo: substantivo) A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: Bateram à porta;
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do Andam espalhando boatos a respeito da queda do
sujeito. ministro.

Um sujeito é determinado quando é facilmente Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
identificado pela concordância verbal. O sujeito ou composto:
determinado pode ser simples ou composto. Os meninos bateram à porta. (simples)
A indeterminação do sujeito ocorre quando não Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
é possível identificar claramente a que se refere a
concordância verbal. Isso ocorre quando não se pode B) com o verbo na terceira pessoa do singular,
ou não interessa indicar precisamente o sujeito de uma acrescido do pronome “se”. Esta é uma
oração. construção típica dos verbos que não apresentam
Estão gritando seu nome lá fora. complemento direto:
Trabalha-se demais neste lugar. Precisa-se de mentes criativas.
Vivia-se bem naqueles tempos.
O sujeito simples é o sujeito determinado que Trata-se de casos delicados.
apresenta um único núcleo, que pode estar no singular Sempre se está sujeito a erros.
ou no plural; pode também ser um pronome indefinido.
Abaixo, sublinhei os núcleos dos sujeitos: O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice
Nós estudaremso juntos. de indeterminação do sujeito.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma predicado, articulam-se a partir de um verbo impessoal.
derivação imprópria, tranformando-o em substantivo) A mensagem está centrada no processo verbal. Os
As crianças precisam de alimentos saudáveis. principais casos de orações sem sujeito com:

O sujeito composto é o sujeito determinado que • os verbos que indicam fenômenos da natureza:
apresenta mais de um núcleo. Amanheceu.
Alimentos e roupas custam caro. Está trovejando.
Ela e eu sabemos o conteúdo.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda. • os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a tempo em geral:
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o Está tarde.
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo Já são dez horas.
do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido Faz frio nesta época do ano.
pela desinência verbal ou pelo contexto. Há muitos concursos com inscrições abertas.
Abolimos todas as regras. = (nós)
Falaste o recado à sala? = (tu) Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
primeira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado
segunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com
pronomes não estejam explícitos. exceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito o que difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
na desinência verbal “-mos” Chove muito nesta época do ano.
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na Houve problemas na reunião.
desinência verbal “-ais”
Em ambas as orações não há sujeito, apenas
LÍNGUA PORTUGUESA

Mas: predicado. Na segunda oração, “problemas” funciona


Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós como objeto direto.
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós
As questões estavam fáceis!
O sujeito indeterminado surge quando não se quer - Sujeito simples = as questões
ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Predicado = estavam fáceis
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.

55
Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento. O dia amanheceu ensolarado;
Sujeito = uma ideia estranha As mulheres julgam os homens inconstantes.
Predicado = passou-me pelo pensamento
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
Para o estudo do predicado, é necessário verificar duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de
se seu núcleo é um nome (então teremos um predicado ligação. Este predicado poderia ser desdobrado em dois:
nominal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se um verbal e outro nominal.
considerar também se as palavras que formam o O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao
sujeito da oração. No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o
complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
de opinião. Termos integrantes da oração
Predicado
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
O predicado acima apresenta apenas uma palavra complemento nominal são chamados termos integrantes
que se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras se da oração.
ligam direta ou indiretamente ao verbo. Os complementos verbais integram o sentido
A cidade está deserta. dos verbos transitivos, com eles formando unidades
significativas. Estes verbos podem se relacionar com
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere- seus complementos diretamente, sem a presença
se ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como de preposição, ou indiretamente, por intermédio de
elemento de ligação (por isso verbo de ligação) entre o preposição.
sujeito e a palavra a ele relacionada (no caso: deserta =
predicativo do sujeito). O objeto direto é o complemento que se liga
diretamente ao verbo.
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo Houve muita confusão na partida final.
significativo um verbo: Queremos sua ajuda.
Chove muito nesta época do ano.
Estudei muito hoje! O objeto direto preposicionado ocorre
Compraste a apostila? principalmente:

Os verbos acima são significativos, isto é, não servem A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam referentes a pessoas:
processos. Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
(o objeto é direto, mas como há preposição,
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo denomina-se: objeto direto preposicionado)
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou
estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero
nome da oração por meio de um verbo (o verbo de cansar a Vossa Senhoria.
ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, C) para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao (sem preposição, o sentido seria outro: O povo
predicativo, indicando circunstâncias referentes ao prejudica a crise)
estado do sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, O objeto indireto é o complemento que se liga
andar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como indiretamente ao verbo, ou seja, através de uma
elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele preposição.
relacionadas. Gosto de música popular brasileira.
Necessito de ajuda.
A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. Objeto Pleonástico

O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos.
LÍNGUA PORTUGUESA

dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No Normalmente, as frases em que ocorrem objetos
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir pleonásticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o
ao sujeito ou ao complemento verbal (objeto). objeto, antecipado para o início da oração; em seguida,
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre ele é repetido através de um pronome oblíquo. É à
significativo, indicando processos. É também sempre por repetição que se dá o nome de objeto pleonástico.
intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com
o termo a que se refere.

56
“Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçalves Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de
Dias) tempo “ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente
ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:
objeto pleonástico Segunda-feira passei o dia mal-humorado.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu
valor na oração, em:
Ao traidor, nada lhe devemos. A) explicativo: A linguística, ciência das línguas
humanas, permite-nos interpretar melhor nossa
O termo que integra o sentido de um nome chama- relação com o mundo.
se complemento nominal, que se liga ao nome que B) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
completa por intermédio de preposição: coisas: amor, arte, ação.
A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a C) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e
palavra “necessária” sonho, tudo forma o carnaval.
Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo” D) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes,
fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
Termos acessórios da oração e vocativo
O vocativo é um termo que serve para chamar,
Os termos acessórios recebem este nome por serem invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético,
explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o não mantendo relação sintática com outro termo da
adjunto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o oração. A função de vocativo é substantiva, cabendo
vocativo – este, sem relação sintática com outros temos a substantivos, pronomes substantivos, numerais e
da oração. palavras substantivadas esse papel na linguagem.
João, venha comigo!
O adjunto adverbial é o termo da oração que indica Traga-me doces, minha menina!
uma circunstância do processo verbal ou intensifica o
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função Períodos Compostos
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei Período Composto por Coordenação
a pé àquela velha praça.
O período composto se caracteriza por possuir mais
O adjunto adnominal é o termo acessório que de uma oração em sua composição. Sendo assim:
determina, especifica ou explica um substantivo. É uma Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções oração)
adjetivas que exercem o papel de adjunto adnominal na Estou comprando um protetor solar, depois irei à
oração. Também atuam como adjuntos adnominais os praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas
artigos, os numerais e os pronomes adjetivos. orações)
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar
amigo de infância. um protetor solar. (Período Composto = três verbos, três
orações).
O adjunto adnominal se liga diretamente ao
substantivo a que se refere, sem participação do verbo. Há dois tipos de relações que podem se estabelecer
Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de entre as orações de um período composto: uma relação
um verbo. de coordenação ou uma relação de subordinação.
O poeta português deixou uma obra originalíssima. Duas orações são coordenadas quando estão juntas
O poeta deixou-a. em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: de informações, marcado pela pontuação final), mas têm,
adjunto adnominal) ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
O poeta português deixou uma obra inacabada. (Período Composto)
O poeta deixou-a inacabada. Podemos dizer:
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo 1. Estou comprando um protetor solar.
do objeto) 2. Irei à praia.

Enquanto o complemento nominal se relaciona a um Separando as duas, vemos que elas são independentes.
LÍNGUA PORTUGUESA

substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto nominal se Tal período é classificado como Período Composto por
relaciona apenas ao substantivo. Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas,
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um Sindéticas.
termo que exerça qualquer função sintática: Ontem,
segunda-feira, passei o dia mal-humorado.

57
A) Coordenadas Assindéticas Podemos modificar o período acima. Veja:
São orações coordenadas entre si e que não são
ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas Quero ser aprovado.
justapostas. Oração Principal Oração Subordinada
Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
A análise das orações continua sendo a mesma:
B) Coordenadas Sindéticas “Quero” é a oração principal, cujo objeto direto é a
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas oração subordinada “ser aprovado”. Observe que a
entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo
coordenativa, que dará à oração uma classificação. As (ser). Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia
orações coordenadas sindéticas são classificadas em as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas
cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo,
e explicativas. gerúndio ou particípio) são chamadas de orações
reduzidas ou implícitas (como no exemplo acima).
Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
Observação:
• Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas As orações reduzidas não são introduzidas por
principais conjunções são: e, nem, não só... mas conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
também, não só... como, assim... como. eventualmente, introduzidas por preposição.
Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
Comprei o protetor solar e fui à praia. A) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de
• Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção
suas principais conjunções são: mas, contudo, integrante (que, se).
todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda,
assim, senão. Não sei se sairemos hoje.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. Oração Subordinada Substantiva
Li tudo, porém não entendi!
Temos medo de que não sejamos aprovados.
• Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: Oração Subordinada Substantiva
suas principais conjunções são: ou... ou; ora...ora;
quer...quer; seja...seja. Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
• Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: como).
suas principais conjunções são: logo, portanto,
por fim, por conseguinte, consequentemente, pois O garoto perguntou qual seu nome.
(posposto ao verbo). Oração Subordinada Substantiva
Passei no concurso, portanto comemorarei!
A situação é delicada; devemos, pois, agir. Não sabemos quando ele virá.
Oração Subordinada Substantiva
• Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas:
suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a Classificação das Orações Subordinadas
saber, na verdade, pois (anteposto ao verbo). Substantivas
Não fui à praia, pois queria descansar durante o
Domingo. Conforme a função que exerce no período, a oração
Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos. subordinada substantiva pode ser:

Período Composto Por Subordinação 1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do


verbo da oração principal:
Quero que você seja aprovado!
Oração principal oração subordinada É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Sujeito
Observe que na oração subordinada temos o verbo
“seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular É fundamental que você compareça à reunião.
LÍNGUA PORTUGUESA

do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por Oração Principal Oração Subordinada
conjunção. As orações subordinadas que apresentam Substantiva Subjetiva
verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo
do indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas
por conjunção, chamam-se orações desenvolvidas ou
explícitas.

58
Meu pai insiste em meu estudo.
FIQUE ATENTO! Objeto Indireto
Observe que a oração subordinada
substantiva pode ser substituída pelo Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste
pronome “isso”. Assim, temos um período nisso)
simples: Oração Subordinada Substantiva
É fundamental isso ou Isso é Objetiva Indireta
fundamental.
Observação:
Desta forma, a oração correspondente a Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na
“isso” exercerá a função de sujeito. oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na Substantiva Objetiva Indireta
oração principal:
4. Completiva Nominal = completa um nome
• Verbos de ligação + predicativo, em construções que pertence à oração principal e também vem
do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece marcada por preposição.
certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
É bom que você compareça à minha festa. Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal
• Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-
se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi Sentimos orgulho de que você se comportou. (=
anunciado, Ficou provado. Sentimos orgulho disso.)
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Oração Subordinada
Substantiva Completiva Nominal
• Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
importar - ocorrer - acontecer As orações subordinadas substantivas objetivas
Convém que não se atrase na entrevista. indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
que orações subordinadas substantivas completivas
Observação: nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, uma da outra, é necessário levar em conta o termo
o verbo da oração principal está sempre na 3.ª pessoa do complementado. Esta é a diferença entre o objeto indireto
singular. e o complemento nominal: o primeiro complementa um
verbo; o segundo, um nome.
2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto
do verbo da oração principal:
5. Predicativa = exerce papel de predicativo do
Todos querem sua aprovação no concurso. sujeito do verbo da oração principal e vem sempre
Objeto Direto depois do verbo ser.
Nosso desejo era sua desistência.
Todos querem que você seja aprovado. (Todos Predicativo do Sujeito
querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso
Substantiva Objetiva Direta desejo era isso)
Oração Subordinada
As orações subordinadas substantivas objetivas Substantiva Predicativa
diretas (desenvolvidas) são iniciadas por:
• Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e 6. Apositiva = exerce função de aposto de algum
“se”: A professora verificou se os alunos estavam termo da oração principal.
presentes. Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
• Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às Aposto
vezes regidos de preposição), nas interrogações
indiretas: O pessoal queria saber quem era o dono Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
LÍNGUA PORTUGUESA

do carro importado. Oração subordinada


• Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às substantiva apositiva reduzida de infinitivo
vezes regidos de preposição), nas interrogações
indiretas: Eu não sei por que ela fez isso. (Fernanda tinha um grande sonho: isso)

3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )
do verbo da oração principal. Vem precedida de
preposição.

59
B) Orações Subordinadas Adjetivas se referem, individualizando-o. Nestas orações não
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam
As orações vêm introduzidas por pronome relativo e um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente,
exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. que já se encontra suficientemente definido. Estas orações
denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) Exemplo 1:

O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que
“bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra passava naquele momento.
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Esta foi uma redação que fez sucesso. No período acima, observe que a oração em destaque
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”:
trata-se de um homem específico, único. A oração limita
Perceba que a conexão entre a oração subordinada o universo de homens, isto é, não se refere a todos os
adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é homens, mas sim àquele que estava passando naquele
feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou momento.
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
uma função sintática na oração subordinada: ocupa o Exemplo 2:
papel que seria exercido pelo termo que o antecede (no
caso, “redação” é sujeito, então o “que” também funciona O homem, que se considera racional, muitas vezes
como sujeito). age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
FIQUE ATENTO! Agora, a oração em destaque não tem sentido
Vale lembrar um recurso didático para restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade,
reconhecer o pronome relativo “que”: ele apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida
sempre pode ser substituído por: o qual - no conceito de “homem”.
a qual - os quais - as quais
Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta Saiba que:
oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno A oração subordinada adjetiva explicativa é separada
o qual estuda. da oração principal por uma pausa que, na escrita,
é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a
pontuação seja indicada como forma de diferenciar as
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas
vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Quando são introduzidas por um pronome
relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou C) Orações Subordinadas Adverbiais
subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são Uma oração subordinada adverbial é aquela que
chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração
orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não principal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo,
são introduzidas por pronome relativo (podem ser modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). subordinativas (com exclusão das integrantes, que
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. introduzem orações subordinadas substantivas).
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução
conjuntiva que a introduz (assim como acontece com as
No primeiro período, há uma oração subordinada coordenadas sindéticas).
adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração Oração Subordinada Adverbial
subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há
pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. A oração em destaque agrega uma circunstância de
LÍNGUA PORTUGUESA

tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada


Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos
acessórios que indicam uma circunstância referente, via
Na relação que estabelecem com o termo que de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem depende da exata compreensão da circunstância que
atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que exprime.
restringem ou especificam o sentido do termo a que

60
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de Principal conjunção subordinativa consecutiva: que
minha vida. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
minha vida. concretizando-os.
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração
No primeiro período, “naquele momento” é um Reduzida de Infinitivo)
adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal
“senti”. No segundo período, este papel é exercido C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe
pela oração “Quando vi o mar”, que é, portanto, uma como necessário para a realização ou não de
oração subordinada adverbial temporal. Esta oração é um fato. As orações subordinadas adverbiais
desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer
subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do para que se realize - ou deixe de se realizar - o fato
modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). expresso na oração principal.
Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Principal conjunção subordinativa condicional: se.
Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de Outras conjunções condicionais: caso, contanto que,
minha vida. desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que,
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
A oração em destaque é reduzida, apresentando uma Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não certamente o melhor time será campeão.
é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por Caso você saia, convide-me.
uma preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
D) Concessiva = indica concessão às ações do
Observação: verbo da oração principal, isto é, admitem uma
A classificação das orações subordinadas adverbiais contradição ou um fato inesperado. A ideia de
é feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos concessão está diretamente ligada ao contraste,
adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela à quebra de expectativa. Principal conjunção
oração. subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se
também a conjunção: conquanto e as locuções
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que,
posto que, apesar de que.
A) Causal = A ideia de causa está diretamente Só irei se ele for.
ligada àquilo que provoca um determinado fato, A oração acima expressa uma condição: o fato de
ao motivo do que se declara na oração principal. “eu” ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Principal conjunção subordinativa causal: porque. Compare agora com:
Outras conjunções e locuções causais: como Irei mesmo que ele não vá.
(sempre introduzido na oração anteposta à oração
principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
que. irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial
forte. concessiva.
Já que você não vai, eu também não vou. Observe outros exemplos:
Embora fizesse calor, levei agasalho.
A diferença entre a subordinada adverbial causal e Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse /
a sindética explicativa é que esta “explica” o fato que embora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
aconteceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela
apresenta a “causa” do acontecimento expresso na E) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais
oração à qual ela se subordina. Repare: comparativas estabelecem uma comparação com
1. Faltei à aula porque estava doente. a ação indicada pelo verbo da oração principal.
2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. Principal conjunção subordinativa comparativa:
como.
Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa) Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)
que o fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de Você age como criança. (age como uma criança age)
estar doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a
oração sublinhada relata um fato que aconteceu depois, • geralmente há omissão do verbo.
LÍNGUA PORTUGUESA

já que primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram


vermelhos. F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado
B) Consecutiva = exprime um fato que é consequência, para a execução do que se declara na oração
é efeito do que se declara na oração principal. São principal. Principal conjunção subordinativa
introduzidas pelas conjunções e locuções: que, conformativa: conforme. Outras conjunções
de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas conformativas: como, consoante e segundo (todas
estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que. com o mesmo valor de conforme).

61
Fiz o bolo conforme ensina a receita. Nós – continuava o relator – já abordamos este
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm assunto.
direitos iguais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
se declara na oração principal. Principal conjunção Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
subordinativa final: a fim de. Outras conjunções CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
finais: que, porque (= para que) e a locução Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
conjuntiva para que. Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas. São Paulo: Saraiva, 2002.
Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
SITE
H) Proporcional = exprime ideia de proporção, Disponível em: <http://www.pciconcursos.com.br/
ou seja, um fato simultâneo ao expresso na aulas/portugues/frase-periodo-e-oracao>
oração principal. Principal locução conjuntiva
subordinativa proporcional: à proporção que.
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à Análise e Tipo de Discurso
medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), A Análise do Discurso é uma prática da linguística no
quanto menor...(maior), quanto menor...(menor), campo da Comunicação, e consiste em analisar a estru-
quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto tura de um texto e, a partir disto, compreender as cons-
menos...(mais), quanto menos...(menos). truções ideológicas presentes no mesmo.
À proporção que estudávamos mais questões O discurso em si é uma construção linguística atrelada
acertávamos. ao contexto social no qual o texto é desenvolvido. Ou seja,
À medida que lia mais culto ficava. as ideologias presentes em um discurso são diretamente de-
terminadas pelo contexto político-social em que vive o seu
I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato autor. Mais que uma análise textual, a análise do Discurso é
expresso na oração principal, podendo exprimir uma análise contextual da estrutura discursiva em questão.
noções de simultaneidade, anterioridade ou Michel Foucault descreveu a Ordem do Discurso
posterioridade. Principal conjunção subordinativa como uma construção de características sociais. A so-
temporal: quando. Outras conjunções ciedade que promove o contexto do discurso analisado
subordinativas temporais: enquanto, mal e é a base de toda a estrutura do texto, atrelando, deste
locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as modo, todo e qualquer elemento que possa fazer parte
vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde do sentido do discurso. O texto só pode assim ser cha-
que, etc. mado se o seu receptor for capaz de compreender o seu
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou. sentido, e isto cabe ao autor do texto e à atenção que o
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando mesmo der ao contexto da construção de seu discurso. É
terminou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) a relação básica para a existência da comunicação verbal:
emissão – recepção – compreensão.
Orações Reduzidas As práticas discursivas geram também outros âmbitos
de análise do discurso, como o Universo de Concorrên-
As orações subordinadas podem vir expressas como cias, que consiste na competição entre vários emissores
reduzidas, ou seja, com o verbo em uma de suas formas para atingir um mesmo público-alvo. A partir disto, os
nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem emissores precisam inteirar-se do contexto da vida do
conectivo subordinativo que as introduza. seu receptor, para que deste modo possam interpelá-lo
É preciso estudar! = reduzida de infinitivo segundo sua própria ideologia, fazendo com que sua
É preciso que se estude = oração desenvolvida mensagem seja recebida e assimilada pelo receptor sem
(presença do conectivo) que o mesmo perceba que está sendo alvo de uma ten-
tativa de convencimento, por assim dizer.
Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam Dentro da análise do Discurso há também o discurso
“desenvolvidas” – como no exemplo acima. estético, feito por meio de imagens, e que interpelam o
É preciso estudar = oração subordinada substantiva indivíduo através de sua sensibilidade, que está ligada ao
subjetiva reduzida de infinitivo seu contexto também. A sensibilidade de um indivíduo
É preciso que se estude = oração subordinada se define a partir do que, ao longo de sua vida, torna-se
substantiva subjetiva importante e desperta-lhe sentimentos. Com isto, pode-
LÍNGUA PORTUGUESA

mos analisar as artes produzidas em diferentes épocas


Orações Intercaladas da história em todo o mundo e perceber as diferentes
formas de interpelação e contextualidade presentes nas
São orações independentes encaixadas na sequência mesmas. O discurso estético tem a mesma capacidade
do período, utilizadas para um esclarecimento, um ideológica que o discurso verbal, com a vantagem de
aparte, uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou atingir o indivíduo esteticamente, o que pode render
travessões. muito mais rapidamente o sucesso do discurso aplicado.

62
A partir na análise de todos os aspectos do discurso Em uma oração desenvolvida há a presença de
chega-se ao mais importante: o sentido. O sentido do conjunção. Ambos os itens têm, mas temos que fazer
discurso não é fixo, por vários motivos: pelo contexto, a correlação verbal com o período da oração reduzida
pela estética, pela ordem do discurso, pela sua forma de (o verbo nos dá uma hipótese – talvez seja bom
construção. O sentido do discurso encontra-se sempre relembrar). Portanto, a forma correta é: Talvez um dia
em aberto para a possibilidade de interpretação do seu seja bom que relembremos este dia.
receptor. O efeito do discurso é, claramente, transmitir
uma mensagem e alcançar um objetivo premeditado 2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE
através da interpretação e interpelação do indivíduo alvo. LEGISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) “Ou seja,
foi usada para criar uma desigualdade social...”; se
1. Tipos de Discurso: direto, indireto e indireto livre modificarmos a oração reduzida de infinitivo por uma
oração desenvolvida, a forma adequada seria:
1.1. Vozes do Discurso
a) para a criação de uma desigualdade social;
Ao lermos um texto, observamos que há um narrador b) para que se criasse uma desigualdade social;
- que é quem conta o fato. Esse locutor ou narrador pode c) para que se crie uma desigualdade social;
introduzir outras vozes no texto para auxiliar a narrativa. d) para a criatividade de uma desigualdade social;
Para fazer a introdução dessas outras vozes no texto, a voz e) para criarem uma desigualdade social.
principal ou privilegiada - o narrador - usa o que chama-
mos de discurso. O que vem a ser discurso dentro do tex- Resposta: Letra B
to? É a forma como as falas são inseridas na narrativa. Ele Em “b”: para que se criasse uma desigualdade social;
pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre. Em “c”: para que se crie uma desigualdade social;
Desenvolvida = tem conjunção. Ambas têm. A
A) Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo diferença é o tempo verbal. A ação aconteceu (foi
dito por alguém. Um bom exemplo de discurso di- usada para criar): Ou seja, foi usada para que se criasse
reto são as citações ou transcrições exatas da decla- uma desigualdade social.
ração de alguém.
 Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem fala, 3. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO
usando aspas ou travessões para demarcar que – FGV-2017) Uma manchete do Estado de São Paulo,
está reproduzindo a fala de outra pessoa: “Não 10/04/2017, dizia o seguinte: “Atentados contra cristãos
gosto disso” – disse a menina em tom zangado. matam 44 no Egito e país decreta emergência”. As duas
orações desse período mantêm entre si a seguinte
B) Discurso indireto: o narrador, usando suas pró- relação lógica:
prias palavras, conta o que foi dito por outra pes-
soa. Temos então uma mistura de vozes, pois as a) causa e consequência;
falas dos personagens passam pela elaboração da b) informação e comprovação;
fala do narrador. c) fato e exemplificação;
 Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa d) afirmação e explicação;
sua própria voz, o que foi dito pela personagem e) tese e argumentação.
passa pela elaboração do narrador. Não há uma
pontuação específica que marque o discurso in- Resposta: Letra A
direto: A menina disse em tom zangado, que não Atentados contra cristãos matam 44 no Egito e país
gostava daquilo. decreta emergência = devido aos atentados (causa),
o país decretou emergência (consequência).

4. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO


EXERCÍCIOS COMENTADOS – FGV-2017) “Com as novas medidas para evitar a
abstenção, o governo espera uma economia vultosa no
1. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) Enem”. A oração reduzida “para evitar a abstenção” pode
“Talvez um dia seja bom relembrar este dia”. (Virgílio) A ser adequadamente substituída pela seguinte oração
forma de oração desenvolvida adequada correspondente desenvolvida:
à oração sublinhada acima é:
a) para que se evitasse a abstenção;
a) relembrarmos este dia; b) a fim de que a abstenção fosse evitada;
LÍNGUA PORTUGUESA

b) a relembrança deste dia; c) para que se evite a abstenção;


c) que relembremos este dia; d) a fim de evitar-se a abstenção;
d) que relembrássemos este dia; e) evitando-se a abstenção.
e) uma nova lembrança deste dia.
Resposta: Letra C
Resposta: Letra C Em “a”: para que se evitasse a abstenção;
Em “c”: que relembremos este dia; Em “b”: a fim de que a abstenção fosse evitada;
Em “d”: que relembrássemos este dia; Em “c”: para que se evite a abstenção;

63
Desenvolvida tem conjunção. O período traz “para Resposta: Letra B
evitar a abstenção” = hipótese. A forma correta é: “com A expressão destacada exerce a função de aposto
as novas medidas para que se evite a abstenção”. – uma informação a mais sobre o termo citado
anteriormente (no caso, Minas Gerais). É um termo
5. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – acessório, podendo ser retirado do período sem
ÁREA JURÍDICA – FGV-2018) Assinale a opção em que prejudicar a coerência.
o termo sublinhado funciona como sujeito.
8. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
a) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de INFORMÁTICA – FCC-2014)
excessos”. Em 1980, um gigabyte de dados armazenados ocupava
b) “Sempre há, também, o oportunismo político- uma sala...
ideológico para se aproveitar da crise”. O verbo que exige complemento tal como o sublinhado
c) “Não faltam, também, os arautos do quanto pior, acima está em:
melhor, ...”.
d) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as a) A capacidade de computação duplicou a cada 18 me-
vias de suprimento que mantêm o sistema produtivo ses nos últimos 20 anos ...
funcionando”. b) ... que deriva da informação.
e) “Numa democracia, é livre a expressão”. c) ... que reduz as barreiras ao acesso.
d) ... do que era nos anos 70.
Resposta: Letra C e) ... atualmente, 200 gigabytes cabem no bolso de uma
Em “a”: há sempre o risco de excessos = objeto direto camisa.
Em “b”: “Sempre há, também, o oportunismo político-
ideológico = objeto direto Resposta: Letra C
Em “c”: “Não faltam, também, os arautos do quanto “Ocupava uma sala” = transitivo direto
pior, melhor = sujeito Em “a”: A capacidade de computação duplicou =
Em “d”: que mantêm o sistema produtivo funcionando verbo intransitivo
= objeto direto Em “b”: que deriva da informação = transitivo indireto
Em “e”: é livre a expressão = predicativo do sujeito Em “c”: que reduz as barreiras = transitivo direto
Em “d”: do que era nos anos 70 = verbo de ligação
6. (TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FUNÇÃO Em “e”: atualmente, 200 gigabytes cabem = verbo
JUDICIÁRIA – IBFC-2017 - ADAPTADA) “A resposta que intransitivo
lhe daria seria: ‘Essa estória não aconteceu nunca para
que aconteça sempre... ’” O pronome destacado cumpre 9. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018) “Tenho
papel coesivo, mas também sintático na oração. Assim, comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da
sintaticamente, ele deve ser classificado como: internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação
específica que coíba não somente os usos mas os abusos
a) adjunto adnominal. deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre
b) objeto direto. as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do
c) complemento nominal. texto, é correto afirmar que:
d) objeto indireto.
e) predicativo.
a) são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
b) exemplificam classes gramaticais diferentes;
Resposta: Letra D
c) mostram diferentes funções sintáticas;
O verbo “dar” é bitransitivo (transitivo direto e indireto):
d) são da mesma classe gramatical e da mesma função
Quem dá, dá algo (direto) a alguém (indireto). No
sintática;
caso: resposta (objeto direto) / lhe (objeto indireto =
e) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.
a ele[a])

7. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA Resposta: Letra D


ADMINISTRATIVA – AOCP-2015) Em “Ele diz que vota “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas,
desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas os usos da internet, que (= a qual) se ressente ainda da
Gerais, sua terra natal...”, a expressão em destaque falta de uma legislação específica que (= a qual) coíba
não somente os usos mas os abusos deste importante
a) exerce função de vocativo e não pode ser excluída da e eficaz veículo de comunicação” = ambos podem
oração por tratar-se de um termo essencial. ser substituídos por “a qual”, portanto são pronomes
b) exerce função de aposto e pode ser excluída da oração relativos (pertencem à mesma classe gramatical); o 1.º
LÍNGUA PORTUGUESA

por tratar-se de um termo acessório. inicia uma oração subordinada adjetiva explicativa; o
c) exerce função de aposto e não pode ser excluída da 2.º, adjetiva restritiva.
oração por tratar-se de um termo essencial.
d) exerce função de adjunto adnominal, portanto é um
termo acessório.
e) exerce função de adjunto adverbial, portanto é um
termo acessório.

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10. (TRE-RJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA Concordância Verbal
ADMINISTRATIVA – CONSULPLAN-2017) Analise as
afirmações apresentadas a seguir. É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
seu sujeito.
I. Em “Existe alguma hora que não seja de relógio?”, a
oração sublinhada é uma oração subordinada adjetiva Sujeito Simples - Regra Geral
explicativa.
II. Em “[...] tem surgido, cada vez mais frequente, o O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
diminutivo do gerúndio.”, a expressão destacada atua em número e pessoa. Veja os exemplos:
como sujeito da locução verbal “ter surgido”.
III. “Não pense que para por aí [...]”, a oração sublinhada A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
é uma oração subordinada substantiva objetiva direta. 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
IV. Em “[...] se te chamarem de ‘queridinho’, querem é
que você exploda.”, a oração destacada é uma oração Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
subordinada adverbial causal. 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural

Estão corretas apenas as afirmativas Casos Particulares

a) I e II. A) Quando o sujeito é formado por uma expressão


b) II e III. partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de,
c) III e IV. metade de, a maioria de, a maior parte de, grande
d) I, II e IV. parte de...) seguida de um substantivo ou pronome
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no
Resposta: Letra B plural.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Em “I” - “Existe alguma hora que não seja de relógio?”,
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
a oração sublinhada é uma oração subordinada
proposta.
adjetiva explicativa = substituindo “que” por “a qual”,
continua com sentido, então é pronome relativo –
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
presente nas adjetivas, mas no período em questão
dos coletivos, quando especificados: Um bando de
temos uma restritiva = incorreta
vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Em “II” - tem surgido, cada vez mais frequente, o
diminutivo do gerúndio.”, a expressão destacada Observação:
atua como sujeito da locução verbal “ter surgido” = Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a
correta unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque
Em “III” - “Não pense que para por aí [...]”, a oração aos elementos que formam esse conjunto.
sublinhada é uma oração subordinada substantiva
objetiva direta = correta B) Quando o sujeito é formado por expressão que
Em “IV” - se te chamarem de ‘queridinho’, a oração indica quantidade aproximada (cerca de, mais
destacada é uma oração subordinada adverbial causal de, menos de, perto de...) seguida de numeral e
= adverbial condicional (“se”) = incorreta substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
Perto de quinhentos alunos compareceram à
CONCORDÂNCIAS VERBAL E NOMINAL solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas
últimas Olimpíadas.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Observação:


Quando a expressão “mais de um” se associar a verbos
Os concurseiros estão apreensivos. que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Mais
Concurseiros apreensivos. de um colega se ofenderam na discussão. (ofenderam um
ao outro)
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra
na terceira pessoa do plural, concordando com o seu C) Quando se trata de nomes que só existem no
sujeito, os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo plural, a concordância deve ser feita levando-se
LÍNGUA PORTUGUESA

“apreensivos” está concordando em gênero (masculino) em conta a ausência ou presença de artigo. Sem
e número (plural) com o substantivo a que se refere: artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo
concurseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, no plural, o verbo deve ficar o plural.
número e gênero se correspondem. A correspondência Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
de flexão entre dois termos é a concordância, que pode Estados Unidos possui grandes universidades.
ser verbal ou nominal. Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

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D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, Nem uma das que me escreveram mora aqui.
muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou
“de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro • Quando “um dos que” vem entremeada de
pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o substantivo, o verbo pode:
pronome pessoal. 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
Quais de nós são / somos capazes? o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? faça o mesmo).
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
inovadoras. poluídos (noção de que existem outros rios na
mesma condição).
Observação:
Veja que a opção por uma ou outra forma indica a H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada Vossa Excelência está cansado?
fizemos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso Vossas Excelências renunciarão?
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido de acordo com o numeral.
estiver no singular, o verbo ficará no singular. Deu uma hora no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Deram cinco horas no relógio da sala.
Algum de vós fez isso. Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco.
E) Quando o sujeito é formado por uma expressão
Observação:
que indica porcentagem seguida de substantivo, o
Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino,
verbo deve concordar com o substantivo.
torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
25% do orçamento do país será destinado à Educação.
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
85% dos entrevistados não aprovam a administração
Soa quinze horas o relógio da matriz.
do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% dos alunos faltaram à prova.
sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do
singular. São verbos impessoais: Haver no sentido
• Quando a expressão que indica porcentagem não de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que
é seguida de substantivo, o verbo deve concordar indicam fenômenos da natureza. Exemplos:
com o número. Havia muitas garotas na festa.
25% querem a mudança. Faz dois meses que não vejo meu pai.
1% conhece o assunto. Chovia ontem à tarde.
• Se o número percentual estiver determinado por Sujeito Composto
artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-
se-á com eles: A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao
Os 30% da produção de soja serão exportados. verbo, a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados.
Pai e filho conversavam longamente.
F) O pronome “que” não interfere na concordância; Sujeito
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa
do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
Sou eu quem faz a prova. gramaticais diferentes, a concordância ocorre da
Não serão eles quem será aprovado. seguinte maneira: a primeira pessoa do plural (nós)
prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, por
G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja:
assumir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais Primeira Pessoa do Plural (Nós)
encantaram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
• Se a expressão for de sentido contrário – nenhum
dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no Pais e filhos precisam respeitar-se.
singular: Terceira Pessoa do Plural (Eles)

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Observação: • Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
Quando o sujeito é composto, formado por um o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos
elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), recebem um mesmo grau de importância e a
é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural palavra “com” tem sentido muito próximo ao de
(eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar “e”.
de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
C) No caso do sujeito composto posposto ao para o próximo semestre.
verbo, passa a existir uma nova possibilidade de O professor com o aluno questionaram as regras.
concordância: em vez de concordar no plural com
a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se
concordância com o núcleo do sujeito mais a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
próximo. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltaram coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos
Faltou coragem e competência. para o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca. O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Com o verbo no singular, não se pode falar em
D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as
concordância é feita no plural. Observe: expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. se houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo
semestre com o secretariado.”
• Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no
singular. Casos em que se usa o verbo no singular:
Descaso e desprezo marca seu comportamento.
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
• Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um expressões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não
segundo me satisfaz. somente”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”,
o verbo ficará no plural.
• Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, Nordeste.
de acordo com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
Drummond ou Bandeira representam a essência da notícia.
poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de é feita com esse termo resumidor.
“adição”. Já em: Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da
Juca ou Pedro será contratado. apatia.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Olimpíada. na vida das pessoas.

Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam Outros Casos


no singular.
O Verbo e a Palavra “SE”
• Com as expressões “um ou outro” e “nem um
nem outro”, a concordância costuma ser feita no Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há
singular.
LÍNGUA PORTUGUESA

duas de particular interesse para a concordância verbal:


Um ou outro compareceu à festa. A) quando é índice de indeterminação do sujeito;
Nem um nem outro saiu do colégio. B) quando é partícula apassivadora.

• Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
no singular: Um e outro farão/fará a prova. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos
e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na
terceira pessoa do singular:

67
Precisa-se de funcionários. É uma hora.
Confia-se em teses absurdas. São quatro horas.
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha quilômetros.
verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e
indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. • datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da estar expressa ou subentendida:
oração. Exemplos: Hoje é dia 26 de agosto.
Construiu-se um posto de saúde. Hoje são 26 de agosto.
Construíram-se novos postos de saúde.
Aqui não se cometem equívocos • Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade
Alugam-se casas. e for seguido de palavras ou expressões como
pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER
fica no singular:
#FicaDica Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Para saber se o “se” é partícula apassivadora Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
ou índice de indeterminação do sujeito, ten- Duas semanas de férias é muito para mim.
te transformar a frase para a voz passiva. Se
a frase construída for “compreensível”, esta- • Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
remos diante de uma partícula apassivadora; for pronome pessoal do caso reto, com este
se não, o “se” será índice de indeterminação. concordará o verbo.
Veja: No meu setor, eu sou a única mulher.
Precisa-se de funcionários qualificados. Aqui os adultos somos nós.
Tentemos a voz passiva:
Funcionários qualificados são precisados (ou Observação:
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se” Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo)
destacado é índice de indeterminação do representados por pronomes pessoais, o verbo concorda
sujeito. com o pronome sujeito.
Agora: Eu não sou ela.
Vendem-se casas. Ela não é eu.
Voz passiva: Casas são vendidas. Constru-
ção correta! Então, aqui, o “se” é partícula • Quando o sujeito for uma expressão de sentido
apassivadora. (Dá para eu passar para a voz partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no
passiva. Repare em meu destaque. Percebeu plural, o verbo SER concordará com o predicativo.
semelhança? Agora é só memorizar!). A grande maioria no protesto eram jovens.
O resto foram atitudes imaturas.

O Verbo “Ser” O Verbo “Parecer”


O verbo parecer, quando é auxiliar em uma
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo locução verbal (é seguido de infinitivo), admite duas
e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordâncias:
concordância pode ocorrer também entre o verbo e o
predicativo do sujeito. • Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
Quando o sujeito ou o predicativo for:
• A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo sofre flexão:
SER concorda com a pessoa gramatical: As crianças parece gostarem do desenho.
Ele é forte, mas não é dois. (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho
Fernando Pessoa era vários poetas. aas crianças)
A esperança dos pais são eles, os filhos.
Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER fica no
B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro no
singular. Por exemplo: As paredes parece que têm ouvidos.
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente,
(Parece que as paredes têm ouvidos = oração subordinada
LÍNGUA PORTUGUESA

com o que estiver no plural:


Os livros são minha paixão! substantiva subjetiva).
Minha paixão são os livros!
Concordância Nominal
Quando o verbo SER indicar
A concordância nominal se baseia na relação entre
• horas e distâncias, concordará com a expressão nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
numérica: ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes

68
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se: F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem
normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um função adjetiva e concorda normalmente com o
termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. nome a que se refere:
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as Cristina saiu só.
seguintes regras gerais: Cristina e Débora saíram sós.
A) O adjetivo concorda em gênero e número quando
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas Observação:
denunciavam o que sentia. Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou
B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto,
a concordância pode variar. Podemos sistematizar invariável: Eles só desejam ganhar presentes.
essa flexão nos seguintes casos:

• Adjetivo anteposto aos substantivos: #FicaDica


O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo mais próximo. Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”.
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. Se a frase ficar coerente com o primeiro,
Encontramos caída a roupa e os prendedores. trata-se de advérbio, portanto, invariável; se
Encontramos caído o prendedor e a roupa. houver coerência com o segundo, função de
adjetivo, então varia:
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Ele está só descansando. (apenas
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. descansando) - advérbio
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.

• Adjetivo posposto aos substantivos: Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural Ele está só, descansando. (ele está sozinho e
se houver substantivo feminino e masculino). descansando)
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. G) Quando um único substantivo é modificado por
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. dois ou mais adjetivos no singular, podem ser
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. usadas as construções:
• O substantivo permanece no singular e coloca-se o
Observação: artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura
Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, espanhola e a portuguesa.
pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos • O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e
no plural masculino, que é o gênero predominante portuguesa.
quando há substantivos de gêneros diferentes.
Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o Casos Particulares
adjetivo fica no singular ou plural.
A beleza e a inteligência feminina(s). É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É
O carro e o iate novo(s). permitido

C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: • Estas expressões, formadas por um verbo mais
O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a
não for acompanhado de nenhum modificador: Água é que se referem possuir sentido genérico (não vier
bom para saúde. precedido de artigo).
O adjetivo concorda com o substantivo, se este É proibido entrada de crianças.
for modificado por um artigo ou qualquer outro Em certos momentos, é necessário atenção.
determinativo: Esta água é boa para saúde. No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
D) O adjetivo concorda em gênero e número com Não é permitido saída pelas portas laterais.
os pronomes pessoais a que se refere: Juliana
LÍNGUA PORTUGUESA

encontrou-as muito felizes. • Quando o sujeito destas expressões estiver


determinado por artigos, pronomes ou adjetivos,
E) Nas expressões formadas por pronome indefinido tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição É proibida a entrada de crianças.
DE + adjetivo, este último geralmente é usado Esta salada é ótima.
no masculino singular: Os jovens tinham algo de A educação é necessária.
misterioso. São precisas várias medidas na educação.

69
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -
Quite
Estas palavras adjetivas concordam em gênero e EXERCÍCIOS COMENTADOS
número com o substantivo ou pronome a que se referem.
Seguem anexas as documentações requeridas. 1. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
A menina agradeceu: - Muito obrigada. CESGRANRIO-2018) A forma verbal em destaque está
Muito obrigadas, disseram as senhoras. empregada de acordo com a norma-padrão em:
Seguem inclusos os papéis solicitados.
Estamos quites com nossos credores. a) Atualmente, comercializa-se diferentes criptomoedas
mas a bitcoin é a mais conhecida de todas as moedas
Bastante - Caro - Barato - Longe virtuais.
Estas palavras são invariáveis quando funcionam b) A especulação e o comércio ilegal, de acordo com
como advérbios. Concordam com o nome a que se alguns analistas, pode tornar as bitcoins inviáveis.
referem quando funcionam como adjetivos, pronomes c) As notícias informam que até hoje, em nenhuma parte
adjetivos, ou numerais. do mundo, se substituíram totalmente as moedas
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) reais pelas virtuais.
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. d) De acordo com as regras do mercado financeiro,
(pronome adjetivo) criou-se apenas 21 milhões de bitcoins nos últimos
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) anos.
As casas estão caras. (adjetivo) e) O valor dos produtos comercializados seriam
Achei barato este casaco. (advérbio) determinados por uma moeda virtual se a real fosse
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) abolida.

Meio - Meia Resposta: Letra C


A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, Em “a”: Atualmente, comercializam-se diferentes
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi criptomoedas mas a bitcoin é a mais conhecida de
meia porção de polentas. todas as moedas virtuais.
Quando empregada como advérbio permanece Em “b”: A especulação e o comércio ilegal, de
invariável: A candidata está meio nervosa. acordo com alguns analistas, podem tornar as bitcoins
inviáveis.
Em “c”: As notícias informam que até hoje, em nenhuma
#FicaDica parte do mundo, se substituíram totalmente as
moedas reais pelas virtuais. = correta
Dá para eu substituir por “um pouco”, assim Em “d”: De acordo com as regras do mercado
saberei que se trata de um advérbio, não financeiro, criaram-se apenas 21 milhões de bitcoins
de adjetivo: “A candidata está um pouco nos últimos anos.
nervosa”. Em “e”: O valor dos produtos comercializados seria
determinado por uma moeda virtual se a real fosse
abolida.
Alerta - Menos
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem 2. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
sempre invariáveis. I – CESGRANRIO-2018) A concordância da palavra
Os concurseiros estão sempre alerta. destacada atende às exigências da norma-padrão da
Não queira menos matéria! língua portuguesa em:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS a) Alimentos saudáveis e prática constante de exercícios


CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza são necessárias para uma vida longa e mais
Cochar. Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform. equilibrada.
– São Paulo: Saraiva, 2010. b) Inexistência de esgoto em muitas regiões e falta de
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa tratamento adequado da água são causadores de
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. doenças.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: c) Notícias falsas e boatos perigosos não deveriam
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. ser reproduzidas nas redes sociais da forma como
acontece hoje.
SITE d) Plantas da caatinga e frutos pouco conhecidos
LÍNGUA PORTUGUESA

Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ da Região Nordeste foram elogiados por suas


secoes/sint/sint49.php> propriedades alimentares.
e) Profissionais dedicados e pesquisas constantes
precisam ser estimuladas para que se avance na cura
de algumas doenças.

70
Resposta: Letra D 4. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO –
Em “a”: Alimentos saudáveis e prática constante de FGV-2017) Observe os seguintes casos de concordância
exercícios são necessárias (necessários) para uma vida nominal retirados do texto 1:
longa e mais equilibrada.
Em “b”: Inexistência de esgoto em muitas regiões e 1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e
falta de tratamento adequado da água são causadores independente.
(causadoras) de doenças. 2. A agenda pública é determinada pela imprensa
Em “c”: Notícias falsas e boatos perigosos não tradicional.
deveriam ser reproduzidas (reproduzidos) nas redes 3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de
sociais da forma como acontece hoje. conteúdo independentes.
Em “d”: Plantas da caatinga e frutos pouco conhecidos
da Região Nordeste foram elogiados por suas A afirmação correta sobre essas concordâncias é:
propriedades alimentares = correta
Em “e”: Profissionais dedicados e pesquisas constantes a) os dois adjetivos da frase (1) referem-se,
precisam ser estimuladas (estimulados) para que se respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’;
avance na cura de algumas doenças. b) os adjetivos da frase (1) deveriam estar no plural por
referirem-se a dois substantivos;
3. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR c) na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’ se
– CESGRANRIO-2018) A concordância do verbo refere a ‘imprensa’;
destacado foi realizada de acordo com as exigências da d) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está
norma-padrão da língua portuguesa em: corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’;
e) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ deveria estar
a) Com a corrida desenfreada pelas versões mais atuais no singular por referir-se ao substantivo ‘conteúdo’.
dos smartphones, evidenciou-se atitudes agressivas e
violentas por parte dos usuários. Resposta: Letra D
b) Devido à utilização de estratégias de marketing, 1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e
desenvolveu-se, entre os jovens, a ideia de que a independente.
posse de novos aparelhos eletrônicos é garantia de 2. A agenda pública é determinada pela imprensa
sucesso. tradicional.
c) É necessário que se envie a todas as escolas do país 3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de
vídeos educacionais que permitam esclarecer os conteúdo independentes.
jovens sobre o vício da tecnologia. Em “a”: os dois adjetivos da frase (1) referem-se,
d) É preciso educar as novas gerações para que se reduza respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’;
os comportamentos compulsivos relacionados ao uso A democracia reclama um jornalismo vigoroso e
das novas tecnologias. independente = apenas a “jornalismo”
e) Nos países mais industrializados, comprovou-se Em “b”: os adjetivos da frase (1) deveriam estar no
os danos psicológicos e o consumismo exagerado plural por referirem-se a dois substantivos;
causados pelo vício da tecnologia. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e
independente = a um substantivo (jornalismo)
Resposta: Letra B Em “c”: na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’
Em “a”: Com a corrida desenfreada pelas versões mais se refere a ‘imprensa’;
atuais dos smartphones, evidenciou-se (evidenciaram- A agenda pública é determinada pela imprensa
se) atitudes agressivas e violentas por parte dos tradicional = refere-se ao termo “agenda pública”
usuários. Em “d”: na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está
Em “b”: Devido à utilização de estratégias de corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’;
marketing, desenvolveu-se, entre os jovens, a ideia de Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de
que a posse de novos aparelhos eletrônicos é garantia conteúdo independentes = correta
de sucesso = correta Em “e”: na frase (3), o adjetivo ‘independentes’
Em “c”: É necessário que se envie (enviem) a todas as deveria estar no singular por referir-se ao substantivo
escolas do país vídeos educacionais que permitam ‘conteúdo’ = incorreta (refere-se a “empresas”)
esclarecer os jovens sobre o vício da tecnologia.
Em “d”: É preciso educar as novas gerações para que 5. (MPU – ANALISTA DO MPU – CESPE-2015)
se reduza (reduzam) os comportamentos compulsivos
relacionados ao uso das novas tecnologias. Texto I
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “e”: Nos países mais industrializados, comprovou-


se (comprovaram-se) os danos psicológicos e o Na organização do poder político no Estado moderno,
consumismo exagerado causados pelo vício da à luz da tradição iluminista, o direito tem por função a
tecnologia. preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a
desordem do estado de natureza, que, em virtude do risco
da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige
a existência de um poder institucional. Mas a conquista
da liberdade humana também reclama a distribuição do

71
poder em ramos diversos, com a disposição de meios c) V – F – F.
que assegurem o controle recíproco entre eles para o d) F – F – V.
advento de um cenário de equilíbrio e harmonia nas e) F – F – F.
sociedades estatais. A concentração do poder em um só
órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do exercício Resposta: Letra C
da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo Esses alunos que são usuários constantes de redes sociais
homem que tem poder tende a abusar dele; ele vai até têm um risco 27% maior de desenvolver depressão
onde encontra limites. Para que não se possa abusar do Em: ( ) Caso os termos ‘Esses alunos’ fosse passado
poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder para o singular, outras quatro palavras deveriam sofrer
limite o poder”. ajustes para fins de concordância.
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza Esse aluno que é usuário constante de redes sociais
as esferas de abrangência dos poderes políticos: “só se tem um risco 27% maior de desenvolver depressão
concebia sua união nas mãos de um só ou, então, sua = (verdadeira = haveria quatro alterações)
separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma Em: ( ) Mais da metade dos alunos que usam redes
de sistema coerente, as consequências de conceitos sociais podem ficar deprimidos.
diversos”. Pensador francês do século XVIII, Montesquieu = falsa (o período em análise não nos transmite tal
situa-se entre o racionalismo cartesiano e o empirismo informação, apenas afirma que usuários constantes
de origem baconiana, não abandonando o rigor das têm um risco 27% maior que os demais)
certezas matemáticas em suas certezas morais. Porém, Em: ( ) O risco de alunos usuários de redes sociais
refugindo às especulações metafísicas que, no plano da desenvolverem depressão constante extrapola o
idealidade, serviram aos filósofos do pacto social para a índice dos 27%.
explicação dos fundamentos do Estado ou da sociedade = Falsa (“depressão constante” altera o sentido do
civil, ele procurou ingressar no terreno dos fatos. período)
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do
Ministério Público em função da proteção dos direitos
humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p. REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL
18-9. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).

A flexão plural em “eram identificadas” decorre da


concordância com o sujeito dessa forma verbal: “as REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
esferas de abrangência dos poderes políticos”.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
( ) CERTO ( ) ERRADO que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
(regência nominal) e seus complementos.
Resposta: Certo
(...) Até Montesquieu, não eram identificadas com Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
clareza as esferas de abrangência dos poderes
políticos = passando o período para a ordem direta A regência verbal estuda a relação que se estabelece
(sujeito + verbo), temos: Até Montesquieu, as esferas entre os verbos e os termos que os complementam
de abrangência dos poderes políticos não eram (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam
identificadas com clareza. (adjuntos adverbiais). Há verbos que admitem mais
de uma regência, o que corresponde à diversidade
6. (PC-RS – ESCRIVÃO e Inspetor de Polícia – de significados que estes verbos podem adquirir
Fundatec-2018 - adaptada) Sobre a frase “Esses alunos dependendo do contexto em que forem empregados.
que são usuários constantes de redes sociais têm um risco
27% maior de desenvolver depressão”, avalie as assertivas A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar,
que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. contentar.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar
( ) Caso os termos ‘Esses alunos’ fosse passado para o agrado ou prazer”, satisfazer.
singular, outras quatro palavras deveriam sofrer ajustes
para fins de concordância. Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
( ) Mais da metade dos alunos que usam redes sociais “agradar a alguém”.
podem ficar deprimidos.
( ) O risco de alunos usuários de redes sociais O conhecimento do uso adequado das preposições
desenvolverem depressão constante extrapola o índice é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência
LÍNGUA PORTUGUESA

dos 27%. verbal (e também nominal). As preposições são capazes


de modificar completamente o sentido daquilo que está
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de sendo dito.
cima para baixo, é:
Cheguei ao metrô.
a) V – V – V. Cheguei no metrô.
b) F – V – F.

72
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no Observação:
segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
A voluntária distribuía leite às crianças. adnominais):
A voluntária distribuía leite com as crianças. Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado carreira)
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau
(objeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo humor)
direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto
adverbial). C) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os Os verbos transitivos indiretos são complementados
verbos de acordo com sua transitividade. Esta, porém, por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos
não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de exigem uma preposição para o estabelecimento da
diferentes formas em frases distintas. relação de regência. Os pronomes pessoais do caso
oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como
A) Verbos Intransitivos objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos complementos de verbos transitivos indiretos. Com os
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se
pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela)
Chegar, Ir em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos
adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
usadas para indicar destino ou direção são: a, para. Consistir - Tem complemento introduzido pela
preposição “em”: A modernidade verdadeira consiste em
Fui ao teatro. direitos iguais para todos.
Adjunto Adverbial de Lugar
Obedecer e Desobedecer - Possuem seus
Ricardo foi para a Espanha. complementos introduzidos pela preposição “a”:
Adjunto Adverbial de Lugar Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido Responder - Tem complemento introduzido pela
por em ou a. preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o indicar “a quem” ou “ao que” se responde.
último jogo. Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
B) Verbos Transitivos Diretos Respondeu-lhe à altura.
Os verbos transitivos diretos são complementados por
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição Observação:
para o estabelecimento da relação de regência. Ao O verbo responder, apesar de transitivo indireto
empregar esses verbos, lembre-se de que os pronomes quando exprime aquilo a que se responde, admite voz
oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses passiva analítica:
pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após O questionário foi respondido corretamente.
formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, Todas as perguntas foram respondidas
nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), satisfatoriamente.
enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais,
objetos indiretos. Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus
São verbos transitivos diretos, dentre outros: complementos introduzidos pela preposição “com”.
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, Antipatizo com aquela apresentadora.
acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, Simpatizo com os que condenam os políticos que
auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, governam para uma minoria privilegiada.
defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir,
LÍNGUA PORTUGUESA

prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente Os verbos transitivos diretos e indiretos são
como o verbo amar: acompanhados de um objeto direto e um indireto.
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Merecem destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar
Amo aquela moça. / Amo-a. e pagar. São verbos que apresentam objeto direto
Amam aquele rapaz. / Amam-no. relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. pessoas.

73
Agradeço aos ouvintes a audiência. Preferir
Objeto Indireto Objeto Direto Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
indireto introduzido pela preposição “a”:
Paguei o débito ao cobrador. Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Objeto Direto Objeto Indireto Prefiro trem a ônibus.

O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito Observação:


com particular cuidado: Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
Agradeci o presente. / Agradeci-o. sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. prefixo existente no próprio verbo (pre).
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as. Mudança de Transitividade - Mudança de
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Significado
Há verbos que, de acordo com a mudança de
Informar transitividade, apresentam mudança de significado. O
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto conhecimento das diferentes regências desses verbos é
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. um recurso linguístico muito importante, pois além de
Informe os novos preços aos clientes. permitir a correta interpretação de passagens escritas,
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os oferece possibilidades expressivas a quem fala ou
novos preços) escreve. Dentre os principais, estão:

Na utilização de pronomes como complementos, veja Agradar


as construções: Agradar é transitivo direto no sentido de fazer
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos carinhos, acariciar, fazer as vontades de.
preços. Sempre agrada o filho quando.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou Aquele comerciante agrada os clientes.
sobre eles)
Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
Observação: agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
A mesma regência do verbo informar é usada para os introduzido pela preposição “a”.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou.
Comparar
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto:
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento O cantor desagradou à plateia.
indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
uma criança. Aspirar
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
Pedir (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente
na forma de oração subordinada substantiva) e indireto Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar,
de pessoa. ter como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor.
(Aspirávamos a ele)
Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”.
Objeto Indireto Oração Subordinada Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Substantiva Objetiva Direta Aspiravam a ela)

A construção “pedir para”, muito comum na Assistir


linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
na língua culta. No entanto, é considerada correta assistência a, auxiliar.
quando a palavra licença estiver subentendida. As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em As empresas de saúde negam-se a assisti-los.


casa.
Assistir é transitivo indireto no sentido de ver,
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz presenciar, estar presente, caber, pertencer.
uma oração subordinada adverbial final reduzida de Assistimos ao documentário.
infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.

74
No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é Obedecer - Desobedecer
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial Sempre transitivo indireto:
de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos Todos obedeceram às regras.
numa conturbada cidade. Ninguém desobedece às leis.

Chamar Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem


Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá Proceder
chamá-la. Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode adverbial de modo.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere As afirmações da testemunha procediam, não havia
predicativo preposicionado ou não. como refutá-las.
A torcida chamou o jogador mercenário. Você procede muito mal.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário. Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a
A torcida chamou ao jogador de mercenário. preposição “de”) e fazer, executar (rege complemento
introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto.
Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: O avião procede de Maceió.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide. Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.
Custar
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Querer
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
Frutas e verduras não deveriam custar muito. vontade de, cobiçar.
Querem melhor atendimento.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo Queremos um país melhor.
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração
reduzida de infinitivo.
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Muito custa viver tão longe da família.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada
Visar
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de
mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Custou-me (a mim) crer nisso.
O homem visou o alvo.
Objeto Indireto Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo O gerente não quis visar o cheque.

A Gramática Normativa condena as construções que No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
pessoa: Custei para entender o problema. O ensino deve sempre visar ao progresso social.
= Forma correta: Custou-me entender o problema. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-
estar público.
Implicar
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: Esquecer – Lembrar
A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes Lembrar algo – esquecer algo
implicavam um firme propósito. Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo
B) ter como consequência, trazer como consequência, (pronominal)
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
Como transitivo direto e indireto, significa exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o
comprometer, envolver: Implicaram aquele jornalista em livro.
questões econômicas. No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me,
etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São,
LÍNGUA PORTUGUESA

No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo portanto, transitivos indiretos:


indireto e rege com preposição “com”: Implicava com Ele se esqueceu do caderno.
quem não trabalhasse arduamente. Eu me esqueci da chave.
Eles se esqueceram da prova.
Namorar Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
anos.

75
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)

Simpatizar - Antipatizar
São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.

Importante:
A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a preposição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
completiva nominal (subordinada substantiva).

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
LÍNGUA PORTUGUESA

Ávido de Generoso com Propício a


Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a

76
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar - Português linguagens: volume 3. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php>

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO-2018)

O ano da esperança

O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos desempregados. E pedidos de empréstimos. Um atrás do outro.
Nunca fui de botar dinheiro nas relações de amizade. Como afirmou Shakespeare, perde-se o dinheiro e o amigo. Nos
primeiros pedidos, eu ajudava, com a consciência de que era uma doação. A situação foi piorando. Os argumentos
também. No início era para pagar a escola do filho. Depois vieram as mães e avós doentes. Lamentavelmente, apren-
di a não ser generoso. Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente. Mas que sofreu um acidente e não tinha
como pagar a fisioterapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas internações, remédios. A situação piorando, eu
já estava encomendando missa de sétimo dia. Falei com um amigo médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso
gratuitamente. Surpresa! O doente não aparecia para a consulta. Até que o coloquei contra a parede. Ou se consultava
ou eu não ajudava mais.
Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita de suplementos para ficar com o corpo atlético. Nunca conhe-
ci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o emprego após o
suposto acidente. Foi por isso que me deixei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde também a vergonha.
Pior ainda. A violência aumenta. As pessoas buscam vagas nos mercados em expansão. Se a indústria automobilística
vai bem, é lá que vão trabalhar.
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão surgir. Serão
novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça de velhos? Todos pedem que a gente tenha uma nova consciência para
votar. Como? Num mundo em que as notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites servem a qualquer
mentira. Digo por mim. Já contaram cada história a meu respeito que nem sei o que dizer. Já inventaram casos de
amor, tramas nas novelas que escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por que isso ou aquilo não aconteceu na
novela. Se mudei a trama. Respondo: — Nunca foi para acontecer. Era mentira da internet.
Duvidam. Acham que estou mentindo.
CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97. Adaptado.

Considere o trecho “Podemos esperar por um futuro melhor”. Respeitando-se as regras da norma-padrão e conservan-
LÍNGUA PORTUGUESA

do-se o conteúdo informacional, o trecho acima está corretamente reescrito em:

a) Podemos esperar para um futuro melhor


b) Podemos esperar com um futuro melhor
c) Podemos esperar um futuro melhor
d) Podemos esperar porquanto um futuro melhor
e) Podemos esperar todavia um futuro melhor

77
Resposta: Letra C 3. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010)
Em “a”: Podemos esperar para um futuro melhor = po- A pobreza é um dos fatores mais comumente respon-
demos esperar o quê? sáveis pelo baixo nível de desenvolvimento humano
Em “b”: Podemos esperar com um futuro melhor = po- e pela origem de uma série de mazelas, algumas das
demos esperar o quê? quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso
Em “c”: Podemos esperar um futuro melhor = correta do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas
Em “d”: Podemos esperar porquanto um futuro me- sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde
lhor = sentido de “porque” o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga
Em “e”: Podemos esperar todavia um futuro melhor = crianças e adolescentes a participarem do processo de
conjunção adversativa (ideia contrária à apresentada produção. Foi assim na Revolução Industrial de ontem
anteriormente) e nas economias ditas avançadas. E ainda é, nos dias de
A única frase correta – e coerente - é podemos esperar hoje, nas manufaturas da Ásia ou em diversas regiões do
um futuro melhor. Brasil. Enquanto, entre as nações ricas, o trabalho infantil
foi minimizado, já que nunca se pode dizer erradicado,
2. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES- ele continua sendo grave problema nos países mais po-
GRANRIO-2018) Considere a seguinte frase: “Os lança- bres.
mentos tecnológicos a que o autor se refere podem re- Jornal do Brasil, Editorial, 1.º/7/2010 (com adaptações).
sultar em comportamentos impulsivos nos consumidores
desses produtos”. A utilização da preposição destacada O emprego de preposição em “a participarem” é exigido
a é obrigatória para atender às exigências da regência pela regência da forma verbal “obriga”.
do verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa. É também obrigatório o uso de uma ( ) CERTO ( ) ERRADO
preposição antecedendo o pronome que destacado em:
Resposta: Certo
a) Os consumidores, ao adquirirem um produto que qua- (...) o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem,
se ninguém possui, recém-lançado no mercado, pas- obriga crianças e adolescentes a participarem =
sam a ter uma sensação de superioridade. quem obriga, obriga alguém (crianças e adolescentes –
b) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre objeto direto) a algo (a participarem – objeto indireto:
trazem novidades que justifiquem seu preço elevado com preposição – no caso, uma oração com a função
em relação ao modelo anterior. de objeto indireto).
c) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador
realizou foi importante para mostrar que o vício em 4. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2013)
novidades tecnológicas cresce cada vez mais. Considerando as regras de regência verbal, assinale a al-
d) O hormônio chamado dopamina é responsável por ternativa correta.
causar sensações de prazer que levam as pessoas a se
sentirem recompensadas. a) Ao ver a quantidade excessiva de prateleiras, o amigo
e) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais comentou de que o livro estava acabando.
do que o seu orçamento permite em aparelhos que b) Enquanto seu amigo continua encomendando livros
elas não necessitam. de papel, o autor aderiu o livro digital.
c) Álvaro convenceu-se de que o melhor a fazer seria sair
Resposta: Letra E para jantar.
Em “a”: Os consumidores, ao adquirirem um produto d) As estantes que o autor aludiu foram projetadas para
que (= o qual) quase ninguém possui, recém-lançado armazenar livros e CDs.
no mercado, passam a ter uma sensação de superio- e) O único detalhe do apartamento que o amigo se ateve
ridade. foi o número de estantes.
Em “b”: Muitos aparelhos difundidos no mercado nem
sempre trazem novidades que (= as quais) justifiquem Resposta: Letra C
seu preço elevado em relação ao modelo anterior. Em “a”: Ao ver a quantidade excessiva de prateleiras, o
Em “c”: O estudo de mapeamento cerebral que (= o amigo comentou de (X) que = comentou que
qual) o pesquisador realizou foi importante para mos- Em “b”: Enquanto seu amigo continua encomendando
trar que o vício em novidades tecnológicas cresce livros de papel, o autor aderiu o = aderiu ao
cada vez mais. Em “c”: Álvaro convenceu-se de que o melhor a fazer
Em “d”: O hormônio chamado dopamina é responsá- seria sair para jantar = correta
vel por causar sensações de prazer que (= as quais) Em “d”: As estantes que o autor aludiu = às quais/a
levam as pessoas a se sentirem recompensadas. que
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “e”: As pessoas, na maioria das vezes, gastam mui- Em “e”: O único detalhe do apartamento que o amigo
to mais do que o seu orçamento permite em apare- se ateve = ao qual/ a que
lhos de que (= das quais) elas não necessitam.

78
5. (TJ-SP – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) • No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
Na passagem – ... e ausência de candidatos para preen- o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na
chê-las. –, substituindo-se o verbo preencher por concor- expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.
rer e atendendo-se à norma-padrão, obtém-se: Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)
a) … e ausência de candidatos para concorrer a elas.
b) … e ausência de candidatos para concorrer à elas. Não me esqueço da viagem a Roma.
c) … e ausência de candidatos para concorrer-lhes. Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos
d) … e ausência de candidatos para concorrê-las. jamais vividos.
e) … e ausência de candidatos para lhes concorrer.

Resposta: Letra A FIQUE ATENTO!


Vamos por exclusão: “à elas” está errada, já que não Nas situações em que o nome geográfico
temos acento indicativo de crase antes de pronome se apresentar modificado por um adjunto
pessoal; quando temos um verbo no infinitivo, po- adnominal, a crase está confirmada.
demos usar a construção: verbo + preposição + pro- Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades
nome pessoal. Por exemplo: Dar a eles (ao invés de de suas praias.
“dar-lhes”). Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ;
vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo:
Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
CRASE E COLOCAÇÃO PRONOMINAL. (crase pra quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)

CRASE Quando o nome de lugar estiver especificado,


ocorrerá crase. Veja:
A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente
Irei à Salvador de Jorge Amado.
aos pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s),
aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a
A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
qual (as quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo
demarcada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele,
regente exigir complemento regido da preposição “a”.
àquilo, à qual, às quais.
Entregamos a encomenda àquela menina.
O uso do acento indicativo de crase está condicionado
(preposição + pronome demonstrativo)
aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e
nominal, mais precisamente ao termo regente e termo
regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - Iremos àquela reunião.
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o (preposição + pronome demonstrativo)
termo regido é aquele que completa o sentido do termo
regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
contratada recentemente. (preposição + pronome demonstrativo)
Após a junção da preposição com o artigo (destacados
entre parênteses), temos: A letra “a” que acompanha locuções femininas
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela (adverbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento
contratada recentemente. grave:
• locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, pressas, à vontade...
classifica-se como transitivo indireto, pois sempre • locuções prepositivas: à frente, à espera de, à
nos referimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da procura de...
preposição a + o artigo feminino (à) e com o artigo • locuções conjuntivas: à proporção que, à medida
feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela). que.

Observações importantes: Cuidado: quando as expressões acima não exercerem


a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns recursos servem de ajuda para que possamos


confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns: Eu adoro a noite!
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
• Substitui-se a palavra feminina por uma masculina objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a preposição.
crase está confirmada.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor.

79
Casos passíveis de nota: • Não há crase antes da palavra “terra”, quando
essa indicar chão firme: Quando os navegantes
• A crase é facultativa diante de nomes próprios regressaram a terra, já era noite.
femininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza. Contudo, se o termo estiver precedido por um
• Também é facultativa diante de pronomes determinante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá
possessivos femininos: O diretor fez referência a crase.
(à) sua empresa. Paulo viajou rumo à sua terra natal.
• Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja O astronauta voltou à Terra.
ficará aberta até as (às) dezoito horas.
• Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas • Não ocorre crase antes de pronomes que requerem
à moda de, à maneira de apresentarem-se o uso do artigo.
implícitas, mesmo diante de nomes masculinos: Os livros foram entregues a mim.
Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à Dei a ela a merecida recompensa.
moda de Luís XV)
• Não se efetiva o uso da crase diante da locução • Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos
adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana, à senhora, senhorita e madame admitirem artigo,
observamos a queima de fogos a distância. o uso da crase está confirmado no “a” que os
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos antecede, no caso de o termo regente exigir a
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O preposição.
pedestre foi arremessado à distância de cem metros. Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.

• De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade • Não ocorre crase antes de nome feminino utilizado
-, faz-se necessário o emprego da crase. em sentido genérico ou indeterminado:
Ensino à distância. Estamos sujeitos a críticas.
Refiro-me a conversas paralelas.
Ensino a distância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Em locuções adverbiais formadas por palavras
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
repetidas, não há ocorrência da crase.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Eu o seguirei passo a passo.
Cochar. Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.
Casos em que não se admite o emprego da crase:
SITE
Antes de vocábulos masculinos. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/
As produções escritas a lápis não serão corrigidas. gramatica/o-uso-crase-.html>
Esta caneta pertence a Pedro.

Antes de verbos no infinitivo.


Ele estava a cantar. EXERCÍCIOS COMENTADOS
Começou a chover.
1. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO -
Antes de numeral. SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP/2017) O acento
O número de aprovados chegou a cem. indicativo de crase está empregado corretamente em:
Faremos uma visita a dez países.
a) O personagem evita considerar à internet responsável
Observações: por suas atitudes.
• Nos casos em que o numeral indicar horas – b) O personagem reconheceu que já tinha uma propensão
funcionando como uma locução adverbial à jogar o tempo fora.
feminina – ocorrerá crase: Os passageiros partirão c) O personagem tinha um comportamento indiferente à
às dezenove horas. qualquer influência da internet.
• Diante de numerais ordinais femininos a crase d) O personagem refere-se à uma maneira de se portar
está confirmada, visto que estes não podem ser com relação ao tempo.
empregados sem o artigo: As saudações foram e) O personagem revelou à pessoa com quem conversava
direcionadas à primeira aluna da classe. que jogava o tempo fora.
• Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando
LÍNGUA PORTUGUESA

essa não se apresentar determinada: Chegamos Resposta: Letra E


todos exaustos a casa. Aos itens:
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto Em “a”, evita considerar à internet = a internet (objeto
adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos direto)
exaustos à casa de Marcela. Em “b”, tinha uma propensão à jogar = a jogar (sem
acento grave indicativo de crase antes de verbo no
infinitivo)

80
Em “c”, tinha um comportamento indiferente à e) Ao nos atermos à uma experiência ruim,
qualquer influência = a qualquer (antes de pronome desconsideramos o que ela traz de bom.
indefinido)
Em “d”, refere-se à uma maneira = a uma (antes de Resposta: Letra D
artigo indefinido) Aos itens:
Em “e”, O personagem revelou à pessoa com quem Em “a”, chegam à sofrer = a sofrer (antes de verbo no
conversava que jogava o tempo fora = revelou o quê? infinitivo não se usa acento grave)
que jogava o tempo fora; revelou a quem? à pessoa Em “b”, que nos fazem voltar à episódios = a episódios
(objeto indireto, com preposição) = correta. (palavra masculina e no plural)
Em “c”, pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas
2. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017) = a determinadas (palavra no plural e presença só da
Assinale a alternativa que preenche, correta e preposição)
respectivamente, as lacunas do texto a seguir. Em “d”, Ela referiu-se à vontade = correta (quem se
Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de refere, refere-se a algo ou a alguém)
atendimento _____ presos da Casa de Detenção, em São Em “e”, Ao nos atermos à uma experiência = a uma
Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao (antes de artigo indefinido)
fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de
“Estação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas 4. (IPSM-SP - ASSISTENTE DE GESTÃO MUNICIPAL -
daquela que foi ________maior prisão da América Latina, VUNESP-2018) De acordo com a norma- -padrão, o
e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que acento indicativo da crase está corretamente empregado
trabalham no sistema prisional, Varella agora faz um em:
retrato das detentas da Penitenciária Feminina da Capital,
também na capital paulista, onde cumprem pena mais de a) O leitor aludiu à escrita como se ela fosse questão de
duas mil mulheres. talento: quem não tem, não vai nunca aprender.
(https://oglobo.globo.com. Adaptado) b) A escrita deve levar o texto à uma riqueza, marcada
pela clareza e precisão, afastando o leitor da confusão
a) à … às … a ou tédio.
b) a … as … a c) De parte à parte, o texto precisa organizar-se como um
c) a … às … a tecido coeso e claro, instigando, assim, o leitor.
d) à … às … à d) Existem aquelas pessoas que chegam à conclusões
e) a … as … à semelhantes, no entanto elas seguem pelo lado
oposto.
Resposta: Letra B e) Também não estamos falando só de correção
Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de gramatical e ortográfica. Estamos nos referindo à
atendimento a (preposição – regência nominal de pensamento.
“atendimento”, mas sem acento grave por estar diante
de palavra masculina) presos da Casa de Detenção, Resposta: Letra A
em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella Em “a”, O leitor aludiu à escrita = correta (regência do
chega ao fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. verbo “aludir” pede preposição)
Depois de “Estação Carandiru” (1999), que mostra as Em “b”, A escrita deve levar o texto à uma riqueza = a
(objeto direto do verbo “mostrar”) entranhas daquela uma (antes de artigo indefinido)
que foi a (artigo definido) maior prisão da América Em “c”, De parte à parte = parte a parte (entre palavras
Latina, e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários repetidas)
que trabalham no sistema prisional, Varella agora faz Em “d”, Existem aquelas pessoas que chegam à
um retrato das detentas da Penitenciária Feminina da conclusões = a conclusões (antes de palavra no plural
Capital, também na capital paulista, onde cumprem e o “a” está “sozinho” = somente preposição)
pena mais de duas mil mulheres. Em “e”, Estamos nos referindo à pensamento = a
Teremos: a / as / a. pensamento (palavra masculina)

3. (CÂMARA MUNICIPAL DE DOIS CÓRREGOS-SP 5. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES-


- OFICIAL DE ATENDIMENTO E ADMINISTRAÇÃO – SP - AUXILIAR DE APOIO ADMINISTRATIVO -
VUNESP-2018) Assinale a alternativa em que o acento VUNESP-2018)
indicativo de crase está empregado corretamente. No começo do século 20, a rápida industrialização nos
Estados Unidos deu origem _______ algumas das maiores
a) Algumas pessoas com supermemória chegam à sofrer
LÍNGUA PORTUGUESA

fortunas que o mundo já viu. Famílias como os Vanderbilt


com dores de cabeça. e os Rockefeller investiram em ferrovias, petróleo e
b) Há lembranças tão vivas que nos fazem voltar à aço, obtendo um grande retorno, e passaram _________
episódios de nosso passado. ostentar sua riqueza. O período ficou conhecido como
c) Lembrar-se do passado pode ser uma tarefa muito Era Dourada. A desigualdade nunca foi tão grande – até
difícil à determinadas pessoas. agora. É o que mostra um relatório da UBS, companhia de
d) Ela referiu-se à vontade de esquecer completamente serviços financeiros, feito em parceria com a consultora
os momentos dolorosos. PwC.

81
Para os autores do documento, a primeira Era Dourada Observação: quanto à regência verbal de “favorecer”
aconteceu entre 1870 e 1910. Segundo eles, a atual = pede complemento verbal direto (favorece o quê?
começou em 1980 e deve se estender pelos próximos 10 favorece quem?); já a regência nominal de “favorável”
a 20 anos, prolongada pelo desempenho econômico da pede preposição (favorável a quem? a quê?).
Ásia e de negócios ligados ________ tecnologia.
(IstoÉ, 15.11.2017. Adaptado)
Prezado candidato, confira o material referente
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do aos pronomes em Classes de Palavras.
texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) a … a … a ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM


b) à … à … à (METÁFORA, METONÍMIA, HIPÉRBOLE,
c) a … à … à
d) à … à … a
PROSOPOPÉIA, EUFEMISMO E ANTÍTESE).
e) a … a … à

Resposta: Letra E FIGURA DE LINGUAGEM, PENSAMENTO E


Vamos aos trechos: CONSTRUÇÃO
a rápida industrialização nos Estados Unidos deu
origem a algumas das maiores fortunas = antes de
pronome indefinido
e passaram a ostentar sua riqueza = antes de verbo
no infinitivo
e de negócios ligados à tecnologia = regência nominal
de “ligados” pede preposição

6. (CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA-SP – CONTADOR -


VUNESP-2017) Assinale a alternativa correta quanto ao
emprego do acento indicativo da crase. Disponível em: <http://www.terapiadapalavra.com.br/figuras-
de-linguagem-na-escrita-literaria/> Acesso abr, 2018.
a) A circulação instantânea das notícias falsas, as quais
chegam à um grande público devido à rapidez
A figura de palavra consiste na substituição de uma
da internet, é favorável à formação de ondas de
palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico,
credulidade.
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja
b) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais
por uma associação, uma comparação, uma similaridade.
chegam à muitas pessoas devido a rapidez da internet,
São construções que transformam o significado das
favorece que se formem ondas de credulidade.
c) A circulação instantânea das notícias falsas, as quais palavras para tirar delas maior efeito ou para construir
chegam a muitas pessoas devido à rapidez da internet, uma mensagem nova.
é favorável à formação de ondas de credulidade.
d) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais Tipos de Figuras de Linguagem
chegam a um grande número de pessoas devido à
rapidez da internet, é favorável as ondas de credulidade Figuras de Som
que se formam.
e) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais Aliteração - Consiste na repetição de consoantes
chegam a muitas pessoas devido a rapidez da internet, como recurso para intensificação do ritmo ou como
favorece à formação de ondas de credulidade. efeito sonoro significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Resposta: Letra C Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Acertos entre parênteses: Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Em “a”, as quais chegam à um (a um) grande público
devido à rapidez (ok) da internet, é favorável à Assonância - Consiste na repetição ordenada de
formação (ok) sons vocálicos idênticos: “Sou um mulato nato no sentido
Em “b”, às quais (as quais) chegam à muitas (a muitas) lato mulato democrático do litoral.”
pessoas devido a rapidez (à rapidez) da internet
Em “c”, as quais chegam a muitas pessoas devido à Onomatopeia - Ocorre quando se tentam reproduzir
LÍNGUA PORTUGUESA

rapidez da internet, é favorável à formação = correta na forma de palavras os sons da realidade: Os sinos
Em “d”, às quais (as quais) chegam a um (ok) grande faziam blem, blem, blem.
número de pessoas devido à rapidez (ok) da internet,
é favorável as ondas (às ondas) Paranomásia – é o uso de sons semelhantes em
Em “e”, às quais (as quais) chegam a muitas (ok) palavras próximas: “A fossa, a bossa, a nossa grande
pessoas devido a rapidez (à rapidez) da internet, dor...” (Carlos Lyra)
favorece à formação (a formação)

82
Figuras de Palavras ou de Pensamento Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (=
Bebeu todo o líquido que estava no cálice).
Metáfora Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas dos jogadores).
em virtude da circunstância de que o nosso espírito as Parte pelo todo: Várias pernas passavam
associa e percebe entre elas certas semelhanças. É o apressadamente. (= Várias pessoas passavam
emprego da palavra fora de seu sentido normal. apressadamente).
Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem
Observação: nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse
Toda metáfora é uma espécie de comparação mundo).
implícita, em que o elemento comparativo não aparece. Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir
Seus olhos são como luzes brilhantes. às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, chamadas, não apenas uma mulher).
através do emprego da palavra como. Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (=
Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone).
Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes. Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns
Neste exemplo não há mais uma comparação (note a astronautas foram à Lua).
ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja, Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá
qualidade do que é semelhante. para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado).
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Catacrese
Esta é a verdadeira metáfora. Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo,
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
Outros exemplos: falta de um termo específico para designar um conceito,
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a
Pessoa) empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que Exemplos: “asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio rosto”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando
a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.). Perífrase ou Antonomásia
Trata-se de uma expressão que designa um ser
Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar através de alguma de suas características ou atributos,
algum. ou de um fato que o celebrizou. É a substituição de um
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, nome por outro ou por uma expressão que facilmente o
na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa identifique:
expressão que indica uma alma rústica e abandonada A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua
(e angustiadamente inútil), há uma comparação atraindo visitantes do mundo todo.
subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada A Cidade-Luz (=Paris)
(e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar O rei das selvas (=o leão)
algum.
Observação:
A Amazônia é o pulmão do mundo. Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o
Em sua mente povoa só inveja. nome de antonomásia. Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida
Metonímia (ou sinédoque) praticando o bem.
É a substituição de um nome por outro, em virtude de O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito
existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição jovem.
pode acontecer dos seguintes modos: O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (=
Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis). Sinestesia
Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as
As lâmpadas iluminam o mundo). sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da É o cruzamento de sensações distintas.
LÍNGUA PORTUGUESA

cruz. (= Não te afastes da religião). Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito =
Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso auditivo; áspero = tátil)
Havana. (= Fumei um saboroso charuto). No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os
Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates acontecimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual)
tomou veneno). Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)
Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu
trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que
produzo).

83
Antítese se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele
Consiste no emprego de palavras que se opõem imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe
quanto ao sentido. O contraste que se estabelece serve, a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim
essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr
envolvidos que não se conseguiria com a exposição em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do
isolada dos mesmos. Observe os exemplos: vocativo. Exemplos:
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa) Moça, que fazes aí parada?
O corpo é grande e a alma é pequena. “Pai Nosso, que estais no céu”
“Quando um muro separa, uma ponte une.” Deus, ó Deus! Onde estás?
Não há gosto sem desgosto.
Gradação (ou clímax)
Paradoxo ou oximoro Apresentação de ideias por meio de palavras,
É a associação de ideias, além de contrastantes, sinônimas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou
contraditórias. Seria a antítese ao extremo. descendente (anticlímax). Observe este exemplo:
Era dor, sim, mas uma dor deliciosa. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana
Ouvimos as vozes do silêncio. com seus olhos claros e brincalhões...

Eufemismo O objetivo do narrador é mostrar a expressividade


É o emprego de uma expressão mais suave, mais dos olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se
nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e
áspera, desagradável ou chocante. seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
Senhor. (= morreu) “Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou) amor”. (Olavo Bilac)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu) “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu,
Faltar à verdade. (= mentir) colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)

Ironia Elipse
É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário Consiste na omissão de um ou mais termos numa
do que as palavras ou frases expressam, geralmente oração e que podem ser facilmente identificados, tanto
apresentando intenção sarcástica. A ironia deve ser muito por elementos gramaticais presentes na própria oração,
bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal quanto pelo contexto.
construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à A catedral da Sé. (a igreja catedral)
desejada pelo emissor. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao
Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota estádio)
mínima.
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos Zeugma
que estão por perto. Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
O governador foi sutil como um elefante. a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
Hipérbole português)
É a expressão intencionalmente exagerada com o Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só
intuito de realçar uma ideia. modernos. (só havia móveis)
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar! Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo
Prosopopeia ou Personificação que não está expresso no texto, mas, sim, subentendido.
É a atribuição de ações ou qualidades de seres É uma concordância anormal, psicológica, porque se faz
animados a seres inanimados, ou características humanas com um termo oculto, facilmente identificado. Há três
a seres não humanos. Observe os exemplos: tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino
cego que guia. e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. concordância se faz com a ideia que o termo comporta.
Chora, violão. Exemplos:
LÍNGUA PORTUGUESA

Figuras de Construção ou de Sintaxe A) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o
calor intenso.
Apóstrofe Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo
que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza- (a cidade de Porto Velho).

84
B) Vossa Excelência está preocupado. O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
O adjetivo preocupado concorda com o sexo da
pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Nesta oração, os termos “o problema da violência”
Vossa Excelência. e “lo” exercem a mesma função sintática: objeto direto.
Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o
Silepse de Número - Os números são singular e pronome “lo” classificado como objeto direto pleonástico.
plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da Outro exemplo:
oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos: Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade
de Salvador. Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto,
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto. e o pronome “lhes” exerce a função de objeto indireto
pleonástico.
Note que nos exemplos acima, os verbos andaram
e gritavam não concordam gramaticalmente com os Observação:
sujeitos das orações (que se encontram no singular, O pleonasmo só tem razão de ser quando confere
procissão e povo, respectivamente), mas com a ideia que mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo
neles está contida. Procissão e povo dão a ideia de muita vicioso:
gente, por isso que os verbos estão no plural. Vi aquela cena com meus próprios olhos.
Vamos subir para cima.
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Ele desceu pra baixo.
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles
(as três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há Anáfora
um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não É a repetição de uma ou mais palavras no início
concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa
de várias frases, criando, assim, um efeito de reforço
que está inscrita no sujeito. Exemplos:
e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão
O que não compreendo é como os brasileiros
em causa é posta em destaque, permitindo ao escritor
persistamos em aceitar essa situação.
valorizar determinado elemento textual. Os termos
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
anafóricos podem muitas vezes ser substituídos por
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins
pronomes.
públicos.” (Machado de Assis)
Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te
conhecia.
Observe que os verbos persistamos, temos e somos
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo
não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos
acaba.” (Padre Vieira)
(brasileiros, agricultores e cariocas, que estão na terceira
pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os
Anacoluto
brasileiros, os agricultores e os cariocas).
Consiste na mudança da construção sintática no meio
da frase, ficando alguns termos desligados do resto do
Polissíndeto / Assíndeto
período. É a quebra da estrutura normal da frase para a
Para estudarmos as duas figuras de construção é
introdução de uma palavra ou expressão sem nenhuma
necessário recordar um conceito estudado em sintaxe
ligação sintática com as demais.
sobre período composto. No período composto por
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
coordenação, podemos ter orações sindéticas ou
Morrer, todo haveremos de morrer.
assindéticas. A oração coordenada ligada por uma
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
conjunção (conectivo) é sindética; a oração que não
apresenta conectivo é assindética. Recordado esse
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
conceito, podemos definir as duas figuras de construção:
deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há
A) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela
uma interrupção da frase e esta expressão fica à
repetição enfática dos conectivos. Observe o
parte, não exercendo nenhuma função sintática. O
exemplo: O menino resmunga, e chora, e grita, e
anacoluto também é chamado de “frase quebrada”, pois
ninguém faz nada.
corresponde a uma interrupção na sequência lógica do
B) Assíndeto - É uma figura caracterizada
pensamento.
pela ausência, pela omissão das conjunções
coordenativas, resultando no uso de orações
Observação:
coordenadas assindéticas. Exemplos:
LÍNGUA PORTUGUESA

O anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva


Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
em casos muito especiais. Em geral, evite-o.
“Vim, vi, venci.” (Júlio César)
Hipérbato / Inversão
Pleonasmo
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
ordem direta dos termos da oração, fazendo com que o
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é
sujeito venha depois do predicado:
realçar a ideia, torná-la mais expressiva.

85
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O 2. (PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – FUNRIO
amor venceu ao ódio) – 2009) O hino do América F.C., composto por Lamartine
Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Babo, diz: “Hei de torcer, torcer, torcer... Hei de torcer
Eu cuido dos meus problemas) até morrer, morrer, morrer... Pois a torcida americana é
toda assim, a começar por mim.” O recurso linguístico
que enfatiza o compromisso entoado pelo hino é
#FicaDica
a) o uso das reticências.
O nosso Hino Nacional é um exemplo de b) a repetição da estrutura sintática.
hipérbato, já que, na ordem direta, teríamos: c) o emprego do verbo auxiliar “haver”.
“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o d) a presença da palavra “torcida”.
brado retumbante de um povo heroico”. e) a autorreferência do pronome “mim”.

Resposta: Letra C
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Em “a”, o uso das reticências = incorreta
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Em “b”, a repetição da estrutura sintática = incorreta
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Em “c”, o emprego do verbo auxiliar “haver”.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Em “d”, a presença da palavra “torcida” = incorreta
Cochar. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. Em “e”, a autorreferência do pronome “mim” =
– São Paulo: Saraiva, 2010. incorreta
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, O uso do verbo “haver” (hei de ... hei de ...) reforça o
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira compromisso do torcedor com o time.
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
São Paulo: Saraiva, 2002.

SITES
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
secoes/estil/estil8.php>
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
secoes/estil/estil5.php>
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
secoes/estil/estil2.php>

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – FUNRIO


– 2009) Observe o trecho de “O Cortiço”, de Aluísio
de Azevedo: “Eram cinco horas da manhã e o cortiço
acordava, [...]. Um acordar alegre e farto de quem dormiu
de uma assentada sete horas de chumbo.” Seu autor
utiliza o seguinte recurso estilístico:

a) eufemismo.
b) gradação.
c) comparação.
d) antítese.
e) personificação.

Resposta: Letra E
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...].
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma
assentada sete horas de chumbo = dar características
LÍNGUA PORTUGUESA

humanas a seres inanimados é a figura de


pensamento da Personificação – também conhecida
por Prosopopeia.

86
4. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ARQUI-
TETURA – FGV-2017-ADAPTADA) Entre as palavras
HORA DE PRATICAR! abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela que só existe
com acento gráfico é:
1. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS DA
AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) “Os astrônomos a) história;
eram formidáveis. Eu, pobre de mim, não desvendaria os b) evidência;
segredos do céu. Preso à terra, sensibilizar-me-ia com his- c) até;
tórias tristes [...]”. Nas alternativas a seguir, os vocábulos d) país;
acentuados do trecho anterior foram colocados em pares e) humanitárias.
com palavras também acentuadas graficamente. Dentre
os pares formados, indique o que apresenta igual justifi- 5. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS
cativa para tal evento. DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) De acordo
com seu significado, o conjunto de características for-
a) céu / avô mais e sua posição estrutural no interior da oração, as
b) astrônomos / álibi palavras podem pertencer à mesma classe de palavras
c) histórias / balaústre ou não. Estabeleça a relação correta entre as colunas a
d) formidáveis / ínterim seguir considerando tais aspectos (considere as palavras
em destaque).
2. (MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERO-
NÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁU- (1) advérbio
TICA EXAME DE ADMISSÃO AO CFS-B 1-2/2014) Rela- (2) pronome
cione as colunas quanto às regras de acentuação gráfica, (3) conjunção
sabendo que haverá repetição de números. Em seguida, (4) substantivo
assinale a alternativa com a sequência correta.
(  ) “Não há prisão pior [...]”
(1) Põe-se acento agudo no i e no u tônicos que formam (  ) “O lugar de estudo era isso.”
hiato com a vogal anterior. (  ) “E o olho sem se mexer [...]”
(2) Acentua-se paroxítona terminada em i ou u seguidos (  ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]”
ou não de s. (  ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espantou.”
(3) Todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.
(4) Oxítona terminada em e ou o, seguidos ou não de s, A sequência está correta em
é acentuada.
a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2
(  ) íris b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4
(  ) saída c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2
(  ) compraríamos d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3
(  ) vendê-lo
(  ) bônus 6. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
(  ) viúvo Assinale a alternativa em que o termo destacado é um
(  ) bisavôs pronome indefinido.

a) 2 – 1 – 3 – 4 – 2 – 1 – 4 a) “Ele não exige fatos...”.


b) 1 – 2 – 3 – 4 – 1 – 1 – 4 b) “Era um ídolo para mim.”.
c) 4 – 1 – 1 – 2 – 2 – 3 – 2 c) “Discordo dele.”.
d) 2 – 2 – 3 – 4 – 2 – 1 – 3 d) “... espécie de carinho consigo mesmo.”.
e) “O bom humor está disponível a todos...”.
3. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
CESGRANRIO-2018) Em conformidade com o Acordo 7. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
Ortográfico da Língua Portuguesa vigente, atendem às Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.”,
regras de acentuação todas as palavras em: os termos destacados são, respectivamente,

a) andróide, odisseia, residência a) artigo e pronome.


b) arguição, refém, mausoléu b) artigo e preposição.
c) desbloqueio, pêlo, escarcéu
LÍNGUA PORTUGUESA

c) preposição e artigo.
d) feiúra, enjoo, maniqueísmo d) pronome e artigo.
e) sutil, assembléia, arremesso e) preposição e pronome.

87
8. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria
– FGV-2017) trajetória.
e) Não sabia o que me atrapalhava o sono.
Texto 1 - “A democracia reclama um jornalismo vigo-
roso e independente. A agenda pública é determinada 12. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR
pela imprensa tradicional. Não há um único assunto rele- – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014-ADAP-
vante que não tenha nascido numa pauta do jornalismo TADA)
de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as
redes sociais para reverberar, multiplicar e cumprem as- A busca de uma convenção para medir riquezas e trocar
sim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé inicial é mercadorias é quase tão antiga quanto a vida em so-
sempre das empresas de conteúdo independentes”. ciedade. Ao longo da história, os mais diversos artigos
(O Estado de São Paulo, 10/04/2017) foram usados com essa finalidade, como o chocolate,
entre os astecas, e o bacalhau seco, entre os noruegue-
O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto ses, tendo cabido aos gregos do século VII a.C. a criação
de adjetivos sublinhados que poderiam ser substituídos de uma moeda metálica com um valor padronizado pelo
por locuções; a substituição abaixo que está adequada é: Estado. “Foi uma invenção revolucionária. Ela facilitou o
acesso das camadas mais pobres às riquezas, o acúmulo
a) independente = com dependência; de dinheiro e a coleta de impostos – coisas muito difíceis
b) pública = de publicidade; de fazer quando os valores eram contados em bois ou
c) relevante = de relevância; imóveis”, afirma a arqueóloga Maria Beatriz Florenzano,
d) sociais = de associados; da Universidade de São Paulo. A segunda grande revo-
e) mobilizador = de motivação. lução na história do dinheiro, o papel-moeda, teve uma
origem mais confusa. Existiam cédulas na China do ano
9. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP-2014) 960, mas elas não se espalharam para outros lugares e
Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica caíram em desuso no fim do século XIV.
o substantivo, com ele concordando em gênero e núme- As notas só apareceram na Europa – e daí para o mundo
ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é – em 1661, na Suécia. Há quem acredite que cartões de
um adjetivo. crédito e caixas eletrônicos em rede já representam uma
terceira revolução monetária. “Com a informática, o di-
a) ... um câncer de boca horroroso, ... nheiro se transformou em impulsos eletrônicos invisíveis,
b) Ele tem dezesseis anos... livres do espaço, do tempo e do controle de governos e
c) Eu queria que ele morresse logo, ... corporações”, afirma o antropólogo Jack Weatherford, da
d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às famílias. Faculdade Macalester, nos Estados Unidos da América.
e) E o inferno não atinge só os terminais. Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações).

10. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI- A expressão “essa finalidade” refere-se ao trecho “para
NISTRATIVA – AOCP-2015) Assinale a alternativa cujo medir riquezas e trocar mercadorias”.
“que” em destaque funciona como pronome relativo.
(  ) CERTO (  ) ERRADO
a) «É uma maneira de expressar a vontade que a gente
tem. Acho que um voto pode fazer a diferença”. 13. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE-
b) “Ele diz que vota desde os 18...”. GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) “Por outro lado,
c) “Acho que um voto pode fazer a diferença”. nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma
d) “... e acreditam que um voto consciente agora pode ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumen-
influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos”. to da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada
e) “O idoso afirma que sempre incentivou sua família a para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam
votar”. alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se
complexificaria”. A utilização do termo “ou seja” introduz:
11. (TRF-1.ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – INFOR-
MÁTICA – FCC- 2014-ADAPTADA) No período O livro a) uma informação sobre o significado de um termo an-
explica os espíritos chamados ‘xapiris’, que os ianomâmis teriormente empregado;
creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e b) a explicação de uma expressão de difícil entendimento;
das coisas, a palavra grifada tem a função de pronome c) uma outra maneira de dizer-se rigorosamente a mes-
relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo ma coisa;
como ocorre em: d) acréscimo de um esclarecimento sobre o que foi dito
LÍNGUA PORTUGUESA

antes;
a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos e) a ênfase de algo que parece importante para o texto.
espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura.
b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem
que índio não sabe nada.
c) O branco está preocupado que não chove mais em
alguns lugares.

88
14. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRAN- de guetos, denota uma tendência para a sua concentra-
RIO-2018) De acordo com as exigências da norma-pa- ção em determinados bairros, escolhidos, muitas das ve-
drão da língua portuguesa, o verbo destacado está cor- zes, pela proximidade da zona de trabalho. No Centro da
retamente empregado em: cidade, próximo ao grande comércio, temos um grupo
significativo de patrícios e algumas associações de por-
a) No mundo moderno, conferem-se às grandes metró- te, como o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu
poles importante papel no desenvolvimento da eco- Literário Português. Nos bairros da Cidade Nova, Estácio
nomia e da geopolítica mundiais, por estarem no topo de Sá, Catumbi e Tijuca, outro ponto de concentração
da hierarquia urbana. da colônia, se localizam outras associações portuguesas,
b) Conforme o grau de influência e importância interna- como a Casa de Portugal e um grande número de casas
cional, classificou-se as 50 maiores cidades em três regionais. Há, ainda, pequenas concentrações nos bairros
diferentes classes, a maior parte delas na Europa. periféricos da cidade, como Jacarepaguá, originalmente
c) Há quase duzentos anos, atribuem-se às cidades a formado por quintas de pequenos lavradores; nos subúr-
responsabilidade de motor propulsor do desenvolvi- bios, como Méier e Engenho Novo; e nas zonas mais pri-
mento e a condição de lugar privilegiado para os ne- vilegiadas, como Botafogo e restante da zona sul carioca,
gócios e a cultura. área nobre da cidade a partir da década de cinquenta,
d) Em centros com grandes aglomerações populacionais, preferida pelos mais abastados.
realiza-se negócios nacionais e internacionais, além PAULO, Heloísa. Portugueses no Rio de Janeiro: salaza-
de um atendimento bastante diversificado, como jor- ristas e opositores em manifestação na cidade. In: ALVES,
nais, teatros, cinemas, entre outros. Ida et alii. 450 Anos de Portugueses no Rio de Janeiro. Rio
e) Em todos os estudos geopolíticos, considera-se as cida- de Janeiro: Ofi cina Raquel, 2017, pp. 260-1. Adaptado.
des globais como verdadeiros polos de influência inter-
nacional, devido à presença de sedes de grandes empre- O texto emprega duas vezes o verbo “haver”. Ambos es-
sas transnacionais e importantes centros de pesquisas. tão na 3.ª pessoa do singular, pois são impessoais. Esse
papel gramatical está repetido corretamente em:
15. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
I – CESGRANRIO-2018) A palavra destacada atende às a) Ninguém disse que os portugueses havia de saírem
exigências de concordância da norma-padrão da língua da cidade.
portuguesa em: b) Se houvessem mais oportunidades, os imigrantes fi-
cariam ricos.
a) Atualmente, causa impacto nas eleições de vários paí- c) Haveriam de haver imigrantes de outras procedências
ses as notícias falsas. na cidade.
b) A recomendação de testar a veracidade das notícias d) Os imigrantes vieram de Lisboa porque lá não haviam
precisam ser seguidas, para não prejudicar as pessoas. empregos.
c) O propósito de conferir grandes volumes de dados re- e) Os portugueses gostariam de que houvesse mais ofer-
sultaram na criação de serviços especializados. tas de trabalho.
d) Os boatos causam efeito mais forte do que as notícias
reais porque vem acompanhados de títulos chamativos. 17. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR
e) Os resultados de pesquisas recentes mostram que – CESGRANRIO-2018) A concordância da forma verbal
67% das pessoas consultam os jornais diariamente. destacada foi realizada de acordo com as exigências da
norma-padrão da língua portuguesa em:
16. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM-
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) a) Com o crescimento da espionagem virtual, é necessá-
rio que se promova novos estudos sobre mecanismos
Texto I de proteção mais eficazes.
b) O rastreamento permanente das invasões cibernéticas
Portugueses no Rio de Janeiro de grande porte permite que se suspeitem dos hac-
kers responsáveis.
O Rio de Janeiro é o grande centro da imigração portu- c) Para atender às demandas dos usuários de celulares, é
guesa até meados dos anos cinquenta do século passa- preciso que se destinem à pesquisa tecnológica mui-
do, quando chega a ser a “terceira cidade portuguesa do tos milhões de dólares.
mundo”, possuindo 196 mil portugueses — um décimo d) Para detectar as consequências mais prejudiciais da
de sua população urbana. Ali, os portugueses dedicam-se guerra virtual pela informação, necessitam-se de es-
ao comércio, sobretudo na área dos comestíveis, como tudos mais aprofundados.
LÍNGUA PORTUGUESA

os cafés, as panificações, as leitarias, os talhos, além de e) Se o crescimento das redes sociais assumir uma pro-
outros ramos, como os das papelarias e lojas de vestuá- porção incontrolável, é aconselhável que se estabele-
rios. Fora do comércio, podem exercer as mais variadas ça novas restrições de utilização pelos jovens.
profissões, como atividades domésticas ou as de barbei-
ros e alfaiates. Há, de igual forma, entre os mais afortuna-
dos, aqueles ligados à indústria, voltados para construção
civil, o mobiliário, a ourivesaria e o fabrico de bebidas.
A sua distribuição pela cidade, apesar da não formação

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18. (PC-AP – DELEGADO DE POLÍCIA – FCC-2017) As 21. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE
normas de concordância e a adequada articulação entre DADOS – FGV-2010) Na frase “é ingênuo creditar a pos-
tempos e modos verbais estão plenamente observadas tura brasileira apenas à ausência de educação adequa-
na frase: da” foi corretamente empregado o acento indicativo de
crase.
a) É comum que se assinale numa crônica os aspectos do
cotidiano que o escritor resolvesse analisar e interpre- Assinale a alternativa em que o acento indicativo de cra-
tar, apesar das dificuldades que encerram tal desafio. se está corretamente empregado.
b) Se às crônicas de Rubem Braga viessem a faltar sua
marca autoral inconfundível, elas terão deixado de a) O memorando refere-se à documentos enviados na
constituir textos clássicos desse gênero. semana passada.
c) Caso um dia venham a surgir, simultaneamente, ta- b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiên-
lentos à altura de um Rubem Braga, esse gênero terá cia urgente.
alcançado uma relevância jamais vista. c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com
d) Não seria fácil, de fato, que venha a se equilibrar, na pessoas já desestimuladas.
cabeça de um jovem cronista de hoje, os valores de d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome
sua experiência pessoal com os de sua comunidade. consta na lista.
e) Tanto uma padaria como um banheiro poderiam ofe- e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário
recer matéria para uma boa crônica, desde que não flexível e são responsáveis.
falte ao cronista recursos de grande imaginação.
22. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010)
19. (PC-BA – DELEGADO DE POLÍCIA – VUNESP-2018) De acordo com as regras gramaticais, no trecho “a exor-
A concordância está em conformidade com a norma-pa- bitante carga tributária a que estão submetidas as empre-
drão na seguinte frase: sas”, não se deve empregar acento indicativo de crase,
devendo ocorrer o mesmo na frase:
a) São comuns que a adaptação de livros para o cinema
suscitem reações negativas nos fãs do texto escrito. a) Entregue o currículo as assistentes do diretor.
b) Cabem aos leitores completar, com a imaginação, as b) Recorra a esta empresa sempre que precisar.
lacunas que fazem parte da estrutura significativa do c) Avise aquela colega que chegou sua correspondência.
texto literário. d)Refira-sepositivamenteapropostafilosóficadacompanhia.
c) Aos esforços envolvidos na leitura soma-se a imagina- e)Transmitaconfiançaaquelesqueobservamseudesempenho.
ção, a que a linguagem literária apela constantemente.
d) Algumas pessoas mantém o hábito de só assistirem à 23. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO –
adaptação de uma obra depois de as terem lido, para CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão da
não ser influenciadas. língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
e) Há livros que dispõe de uma infinidade de adaptações ser empregado na palavra destacada em:
para o cinema, as quais tende a compor seu repertório
de leituras. a) A intenção da entrevista com o diretor estava relacio-
nada a programação que a empresa pretende desen-
20. (FUNDASUS-MG – ANALISTA EM SERVIÇO PÚBLI- volver.
CO DE SAÚDE - ANALISTA DE SISTEMA – AOCP-2015) b) As ações destinadas a atrair um número maior de
Observe o excerto: “Entre os fatores ligados à relação do clientes são importantes para garantir a saúde finan-
aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à ceira das instituições.
escola (...)” e assinale a alternativa correta com relação c) As instituições financeiras deveriam oferecer condi-
ao emprego do acento utilizado nos termos destacados. ções mais favoráveis de empréstimo a quem está fora
do mercado formal de trabalho.
a) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a su- d) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas fi-
pressão do advérbio “a” com o pronome feminino “a” nanceiras consideram que vale a pena investir na nova
que acompanha os substantivos “relação” e “escola”. moeda virtual.
b) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a e) Os participantes do seminário sobre mercado financei-
nasalidade da vogal “a” que acompanha os substanti- ro foram convidados a comparar as importações e as
vos “relação” e “escola”. exportações em 2017.
c) Trata-se do acento circunflexo, empregado para assi-
nalar a vogal aberta “a” que acompanha os substanti- 24. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
vos “relação” e “escola”. CESGRANRIO-2018) O emprego do acento indicativo
LÍNGUA PORTUGUESA

d) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a de crase está de acordo com a norma-padrão em:
supressão da preposição “a” com o artigo feminino “a”
que acompanha os substantivos “relação” e “escola”. a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens à esmo.
e) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia.
junção da preposição “a” com o artigo feminino “a” c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou à prazo.
que acompanha os substantivos “relação” e “escola”. d) Devido à interferências do público, pode haver mu-
danças na trama.

90
e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse 61.619 pessoas que perderam a vida devido à violência.
à emissora. Outro dado relevante é o crescimento da violência em
alguns estados do Sul e do Sudeste.
25. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES- Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca
GRANRIO-2018) De acordo com a norma- -padrão os inaceitáveis números da violência no país. Todos se
da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase assustam, o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato.
deve ser empregado na palavra destacada em: Tem sido assim com o governo federal e boa parte das
demais unidades da Federação. Agora, com a crise, o ar-
a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam, gumento é a incapacidade de investimento, mas, mesmo
em geral, pequena variação de funções quando com- em períodos de economia mais forte, pouco se viu da im-
parados a versões anteriores. plementação de programas estruturantes com o objetivo
b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa de enfrentar o crime. Contratação de policiais, aquisição
junto a crianças do ensino fundamental para ver como de equipamentos, viaturas e novas tecnologias são medi-
elas se comportam no ambiente virtual. das essenciais, mas é preciso ir muito além. Definir metas
c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enor- e alcançá-las, utilizando um bom método de trabalho,
mes prejuízos ao seu desempenho escolar, conforme deve ser parte de um programa bem articulado, que per-
o depoimento de professores. mita o acompanhamento das ações e que incentive o
d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar ho- trabalho integrado entre as forças policiais do estado, da
ras na fila para serem os primeiros que comprarão os União e das guardas municipais.
novos lançamentos.
e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão de cré- O segmento do texto 1 em que a conjunção E tem valor
dito para não serem surpreendidas com valores muito altos. adversativo (oposição) e NÃO aditivo (adição) é:

26. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU- a) “...crescimento da violência em alguns estados do Sul
NESP-2014) e do Sudeste”;
A cada ano, ocorrem cerca de 40 mil mortes; segundo b) “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação de-
especialistas, quase metade delas está associada _____ corre de fato”;
bebidas alcoólicas. Isso revela a necessidade de um com- c) “Tem sido assim com o governo federal e boa parte
bate efetivo _____ embriaguez ao volante. das demais unidades da Federação”;
As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e d) “...viaturas e novas tecnologias”;
respectivamente, com: e) “Definir metas e alcançá-las...”.

a) às … a 29. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – AR-


b) as … à QUITETURA – FGV-2017) “... implica poder decifrar as
c) à … à referências cristãs...”; a forma reduzida sublinhada fica
d) às … à convenientemente substituída por uma oração em forma
e) à … a desenvolvida na seguinte opção:

27. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) De a) a possibilidade de decifrar as referências cristãs;


acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acen- b) a possibilidade de decifração das referências cristãs;
to indicativo de crase está corretamente empregado em: c) que se pudessem decifrar as referências cristãs;
d) que possamos decifrar as referências cristãs;
a) A população, de um modo geral, está à espera de que, e) a possibilidade de que decifrássemos as referências cristãs.
com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
b) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensa- 30. (COMPESA-PE – ANALISTA DE GESTÃO – ADMI-
rem a sua postura. NISTRADOR – FGV-2018) “... mas já conhecem a brutal
c) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à puni- realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras
ções muito mais severas. para sobreviver.” A forma reduzida de “para sobreviver”
d) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida pode ser nominalizada de forma conveniente na seguin-
dos demais motoristas e de pedestres. te alternativa:
e) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da
nova lei para que ela possa funcionar. a) para que sobrevivam.
b) a fim de que sobrevivessem.
28. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE- c) para sua sobrevida.
LÍNGUA PORTUGUESA

GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) d) no intuito de sobreviverem.


e) para sua sobrevivência.
Texto 1 – Guerra civil
Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017

O 11.º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pú-


blica, mostrando o crescimento das mortes violentas no
Brasil em 2016, mais uma vez assustou a todos. Foram

91
31. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR- É improvável que o conceito de escritório aberto caia
GO 33 – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - NÍVEL em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exem-
MÉDIO – CESPE-2013) plo de Nagele e voltando aos espaços privados.
O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es- Há uma boa razão que explica por que todos ado-
tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada ram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco.
por processos que culminaram na sua formalização insti- A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas
tucional e na ampliação de sua área de atuação. ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito nosso foco por até 20 minutos.
lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição. Retemos mais informações quando nos sentamos em
Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena- um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental
ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores e design de interiores.
de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e (Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos
de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de podem ser ruins para funcionários.” Disponível em:<w-
procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de ww1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
procurador da Fazenda (defensor do fisco).
A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Mi- 32. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
nistério Público no capítulo Das Funções Essenciais à DIO - VUNESP – 2017) Segundo o texto, são aspectos des-
Justiça. Define as funções institucionais, as garantias e as favoráveis ao trabalho em espaços abertos compartilhados
vedações de seus membros. Isso deu evidência à institui-
ção, tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade a) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restri-
brasileira. ção à criatividade.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações). b) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a
transferência de atividades para o lar.
No período “A sua história é marcada por processos que c) a dispersão e a menor capacidade de conservar con-
culminaram”, o termo “que” introduz oração de natureza teúdos.
restritiva. d) a distração e a possibilidade de haver colaboração de
colegas e chefes.
(  ) CERTO (  ) ERRADO e) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância
constante dos chefes.
(TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO
- VUNESP – 2017 - ADAPTADA) Leia o texto, para res- 33. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
ponder às questões a seguir: DIO - VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que a
nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro pará-
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos execu- grafo apresenta concordância de acordo com a norma-
tivos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transfe- -padrão: Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos
riu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
paredes e divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o
ele queria que todos estivessem juntos, para se conec- chamado escritório aberto, como feito por Chris Nagele.
tarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equi-
tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande pes para escritórios abertos, o que só aconteceu com
erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas
próprio chefe. equipes para escritórios abertos, também foi feito por
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele trans-
para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu pró- feriu sua equipe para escritórios abertos, tais como foi
prio espaço, com portas e tudo. transferido por muitos executivos.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que
aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Unidos já tinham sido feitos por outros executivos do setor.
são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao
modelo de espaços tradicionais com salas e portas. 34. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão
15% da produtividade, desenvolver problemas graves de – até então –, em destaque no início do segundo pará-
concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes grafo, expressa um limite, com referência
em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contri-
LÍNGUA PORTUGUESA

buindo para uma reação contra esse tipo de organização. a) temporal ao momento em que se deu a transferência
Desde que se mudou para o formato tradicional, Na- da equipe de Nagele para o escritório aberto.
gele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem b) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a equi-
sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. pe de Nagele antes da mudança para locais abertos.
“Muita gente concorda – simplesmente não aguentam o c) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exem-
escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e plo de outros executivos, e espacial ao tipo de escri-
é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. tório que adotou.

92
d) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do d) socioeconômicos.
setor de tecnologia que aboliram paredes e divisórias. e) socioseconômicos.
e) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e tem-
poral às mudanças favoráveis à integração. 40. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
I – CESGRANRIO-2018) O sinal de dois-pontos (:) está
35. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ- empregado de acordo com a norma-padrão da língua
DIO - VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão portuguesa em:
– contudo –, destacada no quinto parágrafo, estabelece
uma relação de sentido com o parágrafo a) A diferença entre notícias falsas e verdadeiras é maior
no campo da política: é menor nas publicações rela-
a) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das em- cionadas às catástrofes naturais.
presas que adotaram o modelo de escritórios abertos. b) A explicação para a difusão de notícias falsas é que
b) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção os usuários compartilham informações com as quais
do modelo de escritórios abertos. concordam: pois não verificam as fontes antes.
c) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com c) As informações enganosas são mais difundidas do que
base em resultados de pesquisas. as verdadeiras: de acordo com estudo recente feito
d) anterior, introduzindo informações que se contra- por um instituto de pesquisa.
põem à visão positiva acerca dos escritórios abertos. d) As notícias falsas podem ser desmascaradas com o
e) posterior, contestando com dados estatísticos o for- uso do bom senso: mas esperar isso de todo mundo é
mato tradicional de escritório fechado. quase impossível.
e) As revistas especializadas dão alguns conselhos: não
36. (EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESTA- entre em sites desconhecidos e não compartilhe notí-
TÍSTICA – AOCP-2015) Assinale a alternativa correta em cias sem fonte confiável.
relação à ortografia dos pares.
41. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
a) Atenção – atenciozo. I – CESGRANRIO-2018) A vírgula está empregada cor-
b) Aprender – aprendizajem. retamente em:
c) Simples – simplissidade.
d) Fúria – furiozo. a) A divulgação de histórias falsas pode ter consequên-
e) Sensação – sensacional. cias reais desastrosas: prejuízos, financeiros e cons-
trangimentos às empresas.
37. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010) b) As novas tecnologias, criaram um abismo ao separar
As palavras jeitinho, pesquisa e intrínseco apresentam quem está conectado de quem não faz parte do mun-
diferentes graus de dificuldade ortográfica e estão corre- do digital.
tamente grafadas. Assinale a alternativa em que a grafia c) As pessoas tendem a aceitar apenas as declarações que
da palavra sublinhada está igualmente correta. confirmam aquilo que corresponde, às suas crenças.
d) Os jornalistas devem verificar as fontes citadas, cruzar
a) Talvez ele seje um caso de sucesso empresarial. dados e checar se as informações refletem a realidade.
b) A paralização da equipe técnica demorou bastante. e) Os consumidores de notícias não agem como cientis-
c) O funcionário reinvindicou suas horas extras. tas porque não estão preocupados em conferir, pon-
d) Deve-se expor com clareza a pretenção salarial. tos de vista alternativos.
e) O assessor de imprensa recebeu o jornalista.
42. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
38. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL GRANRIO-2018) A vírgula foi plenamente empregada
I – CESGRANRIO-2018) O grupo em que todas as pala- de acordo com as exigências da norma-padrão da língua
vras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da portuguesa em:
língua portuguesa é:
a) A conexão é feita por meio de uma plataforma especí-
a) admissão, infração, renovação fica, e os conteúdos, podem ser acessados pelos dis-
b) diversão, excessão, sucessão positivos móveis dos passageiros.
c) extenção, eleição, informação b) O mercado brasileiro de automóveis, ainda é muito
d) introdução, repreção, intenção grande, porém não é capaz de absorver uma presença
e) transmissão, conceção, omissão maior de produtos vindos do exterior.
c) Depois de chegarem às telas dos computadores e celula-
39. (MPE-AL - TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO –
LÍNGUA PORTUGUESA

res, as notícias estarão disponíveis em voos internacionais.


FGV-2018) “A crise não trouxe apenas danos sociais e d) Os últimos dados mostram que, muitas economias
econômicos”; se juntarmos os adjetivos sublinhados em apresentam crescimento e inflação baixa, fazendo
um só vocábulo, a forma adequada será com que os juros cresçam pouco.
e) Pode ser que haja uma grande procura de carros im-
a) sociais-econômicos. portados, mas as montadoras vão fazer os cálculos e
b) social-econômicos. ver, se a importação vale a pena.
c) sociais-econômico.

93
43. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010) 46. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS –
Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta:
traficantes que possam ser encontrados em uma rua es-
cura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os a) Ela queria namorar com ele.
danos que tais criminosos causam são minúsculos quan- b) Já assisti a esse filme.
do comparados com os de criminosos respeitáveis, que c) O caminhoneiro dormiu no volante.
vestem colarinho branco e trabalham para as organiza- d) Quando eles chegam em Campo Grande?
ções mais poderosas. Estima-se que as perdas provoca- e) A moça que ele gosta é aquela ali.
das por violações das leis antitrust — apenas um item de
uma longa lista dos principais crimes do colarinho bran- 47. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS –
co — sejam maiores que todas as perdas causadas pelos 2014) A regência nominal está correta em:
crimes notificados à polícia em mais de uma década, e
as relativas a danos e mortes provocadas por esse crime a) É preferível um inimigo declarado do que um amigo falso.
apresentam índices ainda maiores. A ocultação, pela in- b) As meninas têm aversão de verduras.
dústria do asbesto (amianto), dos perigos representados c) Aquele cachorro é hostil para com desconhecidos.
por seus produtos provavelmente custou tantas vidas d) O sentimento de liberdade é inerente do ser humano.
quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos e) Construiremos portos acessíveis de qualquer navio.
nos Estados Unidos da América durante uma década in-
teira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, tam- 48. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL
bém provocam, a cada ano, mais mortes do que essas. I – CESGRANRIO-2018)
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São
Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). Na internet, mentiras têm pernas longas
Não haveria prejuízo para o sentido original do texto Diz o velho ditado que “a mentira tem pernas curtas”,
nem para a correção gramatical caso a expressão “a cada
mas nestes tempos de internet parece que a situação se
ano” fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para
inverteu, pelo menos no mundo digital. Pesquisadores
imediatamente depois de “e”.
mostram que rumores falsos “viajam” mais rápido e mais
“longe”, com mais compartilhamentos e alcançando um
(  ) CERTO (  ) ERRADO
maior número de pessoas, nas redes sociais, do que in-
formações verdadeiras.
44. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
Foram reunidos todos os rumores nas redes sociais
DIO - VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que
a substituição dos trechos destacados na passagem – O - falsos, verdadeiros ou “mistos”. Esses rumores foram
paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere es- acompanhados, chegando a um total de mais de 4,5 mi-
tendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois lhões de postagens feitas por cerca de 3 milhões de pes-
metros quadrados de chão. – está de acordo com a nor- soas, formando “cascatas” de compartilhamento.
ma-padrão de crase, regência e conjugação verbal. Ao compararem os padrões de compartilhamento
dessas milhares de “cascatas”, os pesquisadores obser-
a) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à disposição. varam que os rumores “falsos” se espalharam com mais
b) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição. rapidez, aumentando o número de “degraus” da casca-
c) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição. ta - e com maior abrangência do que os considerados
d) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposição. verdadeiros.
e) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição. A tendência também se manteve, independentemen-
te do tema geral que os rumores abordassem, mas foi
45. (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO - SP – FARMA- mais forte quando versavam sobre política do que os de-
CÊUTICO - SUPERIOR - VUNESP – 2017 - adaptada) mais, na ordem de frequência: lendas urbanas; negócios;
Leia as frases. terrorismo e guerras; ciência e tecnologia; entretenimen-
As previsões alusivas ............. aumento da depressão são to; e desastres naturais.
alarmantes. Uma surpresa provocada pelo estudo revelou o perfil
Os sentimentos de tédio ou de tristeza são inadequada- de quem mais compartilha rumores falsos: usuários com
mente convertidos .......... estados depressivos. poucos seguidores e novatos nas redes.
Qualquer situação que possa ser um obstáculo ............ feli- — Vivemos inundados por notícias e muitas vezes
cidade é considerada doença. as pessoas não têm tempo nem condições para verificar
se elas são verdadeiras — afirma um dos pesquisado-
Para que haja coerência com a regência nominal estabe- res. Isso não quer dizer que as pessoas são estúpidas. As
lecida pela norma-padrão, as lacunas das frases devem redes sociais colocam todas as informações no mesmo
LÍNGUA PORTUGUESA

ser preenchidas, respectivamente, por: nível, o que torna difícil diferenciar o verdadeiro do falso,
uma fonte confiável de uma não confiável.
a) ao … com … na BAIMA, Cesar. Na internet, mentiras têm pernas lon-
b) ao … em … à gas. O Globo. Sociedade. 09 mar. 2018. Adaptado.
c) do … com … na
d) com o … em … para
e) com o … para … à

94
No trecho “independentemente do tema geral que os ru-
mores abordassem”, a palavra que pode substituir rumo-
res, por ter sentido equivalente, é: GABARITO

a) assuntos 1 B
b) boatos 2 A
c) debates
3 B
d) diálogos
e) temas 4 E
5 A
49. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) O 6 E
período abaixo em que os dois termos sublinhados NÃO 7 A
podem trocar de posição é: 8 C
9 A
a) A arte é a mais bela das mentiras;
10 A
b) O importante na obra de arte é o espanto;
c) A forma segue a emoção; 11 D
d) A obra de arte: uma interrupção do tempo; 12 CERTO
e) Na arte não existe passado nem futuro. 13 D
14 C
50. (MPU – TÉCNICO – SEGURANÇA INSTITUCIONAL 15 E
E TRANSPORTE – CESPE-2015) 16 E
17 C
TEXTO II
18 C
A partir de uma ação do Ministério Público Federal 19 C
(MPF), o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2) 20 E
determinou que a Google Brasil retirasse, em até 72 ho- 21 D
ras, 15 vídeos do YouTube que disseminam o preconcei- 22 B
to, a intolerância e a discriminação a religiões de matriz 23 A
africana, e fixou multa diária de R$ 50.000,00 em caso de
24 E
descumprimento da ordem judicial. Na ação civil pública,
a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC/ 25 E
RJ) alegou que a Constituição garante aos cidadãos não 26 D
apenas a obrigação do Estado em respeitar as liberdades, 27 A
mas também a obrigação de zelar para que elas sejam 28 B
respeitadas pelas pessoas em suas relações recíprocas. 29 D
Para a PRDC/RJ, somente a imediata exclusão dos ví- 30 E
deos da Internet restauraria a dignidade de tratamento,
31 CERTO
que, nesse caso, foi negada às religiões de matrizes afri-
canas. Corroborando a visão do MPF, o TRF2 entendeu 32 C
que a veiculação de vídeos potencialmente ofensivos e 33 C
fomentadores do ódio, da discriminação e da intolerância 34 A
contra religiões de matrizes africanas não corresponde 35 D
ao legítimo exercício do direito à liberdade de expressão. 36 E
O tribunal considerou que a liberdade de expressão não 37 E
se pode traduzir em desrespeito às diferentes manifesta-
38 A
ções dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no
próprio exercício de outros direitos fundamentais. 39 D
Internet: <http://ibde.org.br> (com adaptações). 40 E
41 D
No trecho “adulterar ou destruir dados”, a palavra “adul- 42 C
terar” está sendo empregada com o sentido de alterar 43 CERTO
prejudicando. 44 E
LÍNGUA PORTUGUESA

(  ) CERTO (  ) ERRADO 45 B
46 B
47 C
48 B
49 C
50 CERTO

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ANOTAÇÕES

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LÍNGUA PORTUGUESA

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ÍNDICE

LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Artigos: definido e indefinido; Determinantes (Determiners: all, most, no, none, either, neither, both, etc.) ................. 01
Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva.............................................. 02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação............................................................. 04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos,
demonstrativos (pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos), reflexivos
e relativos.................................................................................................................................................................................................................. 07
Pronomes e advérbios interrogativos............................................................................................................................................................ 12
Quantificadores (Quantifiers: a lot, a few, a little, etc.)............................................................................................................................ 13
Advérbios: formação, tipos e uso.................................................................................................................................................................... 16
Numerais: cardinal e ordinal.............................................................................................................................................................................. 17
Preposições.............................................................................................................................................................................................................. 18
Conjunções............................................................................................................................................................................................................... 19
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares.................................................................................................................................................... 19
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future, Perfect tenses e
present perfect........................................................................................................................................................................................................ 24
Modal verbs............................................................................................................................................................................................................. 30
Infinitivo e gerúndio............................................................................................................................................................................................. 31
Modos imperativo e subjuntivo....................................................................................................................................................................... 31
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva; Phrasal verbs........................................................................................................................ 32
Forma verbal enfática........................................................................................................................................................................................... 33
Question tags e tag answers............................................................................................................................................................................. 34
Discurso direto e indireto................................................................................................................................................................................... 34
Estrutura da oração: período composto, operações condicionais (condicionais, relativas, apositivas, etc.)..................... 35
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.)............ 38
Compreensão de Textos: Textos de assuntos técnicos e gerais........................................................................................................... 40
A desk.
ARTIGOS: DEFINIDO E INDEFINIDO DETER- Uma carteira.
MINANTES (DETERMINERS: ALL, MOST, NO,
NONE, EITHER, NEITHER, BOTH, ETC.). An elephant.
Um elefante.

Artigos An envelope.
Um envelope.
E geral, emprega-se o artigo definido the antes de
substantivos com a finalidade de especificá-los. I have an english dictionary.
Eu tenho um dicionário de Inglês.
Exemplo:
A função do an é acelerar a pronuncia uma vez que o
The boy is late. an já se junta na pronuncia da próxima palavra.
O menino está atrasado.
Exemplo:
Às vezes, pode ocorrer a presença de um ou mais ad-
jetivos entre o artigo the e o substantivo. This is an American car.
Este é um carro americano.
Exemplos:
A pronuncia da frase acima não é:
The little boy is late. This is an (pausa) American car.
O pequeno menino está atrasado.
A pronúncia correta é:
The little good boy is late. This is anAmerican car.
O pequeno bom menino está atrasado.
Determinantes, também conhecidos como quanti-
Na língua inglesa, os artigos indefinidos são: a e an. ficadores, são usados antes de substantivos para fazer
Ambos são traduzidos como: um ou uma. O artigo inde- referência a algo específico ou a um grupo em geral. São
finido no inglês não tem plural. Só podemos usar a/an palavras ou expressões usadas para indicar e fornecer in-
antes de substantivos que estejam no singular. formações a respeito da quantidade de algo.

Exemplos: Os determinantes específicos são:

A car. O artigo definido: the


Um carro. Os pronomes demonstrativos: this, that, these, those
Os pronomes adjetivos possessivos:  my, your, his,
A house. her, its, our, their
Uma casa.
Exemplos:
Assim como no artigo definido the pode existir
um ou mais adjetivos entre o artigo e o substantivo, o The dog barked at the boy.
mesmo pode acontecer com os artigos indefinidos a/an. O cachorro latiu para o garoto

Exemplos: These apples are not good to eat.


LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Estas maçãs não estão boas para comer.


A beautiful day.
Um lindo dia. Their train was early.
O trem deles estava adiantado.
A hot summer. Você usa quantificadores mais gerais para falar sobre
Um verão quente. pessoas ou coisas sem dizer exatamente quem ou o quê
eles são.
A diferença entre o artigo a para o artigo an é a pala- Os determinantes/quantificadores gerais são:
vra que vem após estes. Se a próxima palavra (substanti- a, an, a few, little, all, another, any, both, each, either,
vo ou adjetivo) tiver o som de consoante em sua pronun- enough, every, few, fewer, less, little, many, more, most,
cia, utilizamos a. Se o som for de vogal em sua pronuncia, much, neither, no, other, several, some. 
utilizamos an,
Exemplos: Exemplos:

A cow. A woman sat under an umbrella.


Uma vaca. Uma mulher sentou-se embaixo de um guarda-chuva.

1
Have you got any literature books?
Você tem algum livro de literatura? SUBSTANTIVOS: GÊNERO, SINGULAR
E PLURAL, COMPOSTO, CONTÁVEL E
There is not enough food for everyone.
INCONTÁVEL E FORMA POSSESSIVA
Não há comida suficiente para todos.

I have no idea to give.


Eu não tenho nenhuma ideia para dar. Substantivos

She has little money in her purse. Substantivos, que no inglês são conhecidos como
Ela tem pouco dinheiro em sua bolsa. nouns, são palavras que dão nome a pessoas, lugares,
coisas, conceitos, ações, sentimentos, etc. Também cha-
There are fewer students in class today. mados de nomes, eles funcionam de muitas maneiras nas
Há menos alunos na classe hoje. sentenças. Na maioria das vezes, posicionam-se como o
sujeito de um verbo, funcionando como o ator ou agente
Os pronomes demonstrativos servem para apontar, dele. Os nomes também podem receber uma ação quan-
demonstrar, indicar algum animal, objeto ou pessoa. São do funcionam como objeto do verbo. Quando atuam
quatro: this, these, that e those. No inglês não exis- como sujeitos ou objetos, os substantivos podem ser
tem pronomes demonstrativos masculinos ou femininos apenas uma palavra, frases, ou cláusulas.
como temos no Português.
Exemplos:

Singular Plural The plane crashed. (substantivo como sujeito da frase)


Perto This That He kicked the  dog. (substantivo como objeto direto
do verbo)
Longe These Those
A maioria dos substantivos forma o plural com o
Usa-se this para referir-se a algo no singular e que acréscimo de -s. Por exemplo:
está perto de quem fala.
Usa-se that para referir-se a algo no singular e que Singular Plural 
car cars 
está longe de quem fala.
cap caps 
Usa-se these para referir-se a algo no plural e que
Quando o nome termina em -y e é precedido por
está perto de quem fala. consoante, faz-se o plural com -ies
Usa-se those para referir-se a algo no plural e que
está longe de quem fala. a city cities 
a party parties
Exemplos: a lady ladies 
a baby babies
This car is modern.
Este carro é moderno. Se o substantivo termina em -s, -ss, -z, -sh, -ch, -x
(exceção: ox => oxen), acrescentamos -es para formar o
These clothes are very cheap. plural:
Estas roupas estão muito baratas.
A bus two buses
That is my best friend. A fox two foxes
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Aquele é meu melhor amigo. A watch two watches


Those are the new doctors. A class two classes
Aqueles são os novos médicos. A whiz two whizzes (dobra a última consoante)
Resumindo: A flash two flashes

This (singular, perto) - Este, esta, isto. Acrescenta-se -es somente em alguns substantivos
That (singular, longe) - Aquele, aquela, aquilo. terminados em -o. Outros ganham apenas -s:

These (plural, perto) - Estes, estas. Potato potatoes


Those (plural, longe) - Aqueles, aquelas. Tomato tomatoes
Hero heroes
Photo photos
Radio radios
Video videos
Shampoo shampoos
Zoo zoos
Kangaroo kangaroos

2
Existem algumas formas irregulares de plural. Alguns My glasses are old.
exemplos comuns são: Meus óculos são velhos.

woman women  Her pajamas have holes.


man men  Os pijamas dela tem buracos.
child children 
tooth teeth  Há vários substantivos que são somente usados no
foot f eet singular. Eles concordam com verbo e pronomes no sin-
goose geese gular, mesmo se transmitirem ideia de plural. Estes não
mouse mice podem ser precedidos pelos artigos indefinidos a/an, por
louse lice isso, muitas vezes, utilizamos alguma expressão quantifi-
person people cadora antes deles.

Exemplos:
Para alguns terminados em -f ou -fe, trocamos estas
letras por -ves. Para outros, apenas usamos -s:
I have a piece of information for you.
Eu tenho uma informação para você.
Leaf leaves
Knife knives Can you give a word of advice?
Wife wives Você pode me dar algum conselho?
Life lives
Roof roofs He bought beautiful pieces of furniture for the be-
Belief beliefs droom.
Safe safes Ele comprou lindos móveis para o quarto.
Chief chiefs
I bring some news for your day.
Outros terminados em -f admitem plural de duas Eu trago algumas notícias para o seu dia.
maneiras:
Generos dos substantivos
Dwarf dwarfs/dwarves
Scarf scarfs/scarves Em inglês, existem três tipos de gêneros para os subs-
Hoof hoofs/hooves tantivos: feminino, masculino e neutro. Os substantivos
femininos, quando estiverem no singular, podem ser
Alguns nomes têm a mesma forma tanto no singular trocados pelo pronome “she”. Os substantivos masculi-
quanto no plural: nos, quando no singular, podem ser trocados por “he”.
Os substantivos neutros são usados para fazer referência
A species two species a coisas ou animais, ou, ainda, para expressar uma ideia
A sheep two sheep que sirva para ambos os sexos. Nesse último caso, pode-
A fish two fish mos trocar o substantivo no singular pelo pronome pes-
A deer two deer soal “it”. No caso do plural, para todos os substantivos
utilizamos o pronome pessoal “they”.
A means two means
A series two series
Exemplos:
Alguns nomes têm plural, mas usam verbo no singular: My mother sent me a kiss. / She sent me a kiss.
Minha mãe mandou-me um beijo / Ela mandou-me
Exemplos: um beijo.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

My brother loves soccer. / He loves soccer.


The news is positive for the country. Meu irmão ama futebol. / Ele ama futebol.
A notícia é positiva para o país. Is it a boy or a girl?
É menino ou menina?
Linguistics is the study of language.
Linguística é o estudo da língua. O gênero pode ser reconhecido em palavras de duas
Outros nomes têm forma plural e usam verbo no plu- formas distintas:
ral também:
Por anteposição ou posposição de palavras ou afixos:
Exemplos: vários substantivos femininos são terminados pelo sufixo
-ess, por exemplo.
These pants are too big for me.
Estas calças são muito grandes para mim. Exemplos:

His jeans are dark brown. Actor (ator) – Actress (atriz)


Os jeans dele são marrom escuro. Prince (príncipe) – Princess (princesa)
Waiter (garçom) – Waitress (garçonete)

3
Por palavras diferentes: o masculino é determinado Não existe uma regra para determinar-nos quando
por uma palavra e o feminino, por outra: um adjetivo é curto ou longo, por exemplo se baseando
no número de letras ou algo do tipo. O estudante deve
Exemplos: se familiarizar com os adjetivos já os classificando entre
longos e curtos.
Husband (marido) – wife (esposa)
Brother (irmão) – sister (irmã) Grau Comparativo de Igualdade (as + adjetivo + as) =
Boy (garoto) – girl (garota) (tão/tanto... quanto)
Nephew (sobrinho) – niece (sobrinha)
Father (pai) – mother (mãe) Exemplos:

Dereck is as short as Fred.


Dereck é tão baixo quanto Fred.
ADJETIVOS: POSIÇÃO, FORMAÇÃO PELO That motorcycle is as fast as this one.
GERÚNDIO E PELO PARTICÍPIO E GRAU DE Aquela moto é tão rápida quanto esta.
COMPARAÇÃO
Julie is as beautiful as Sharon.
Julie é tão bela quanto Sharon.
Adjetivos e comparativos Grau Comparativo de Superioridade (adjetivo cur-
to + er + than) = (mais... do que..)
Adjetivos são palavras ou grupo de palavras que indi-
cam características dos substantivos, definindo-os, deli- Exemplos:
mitando-os ou modificando-os.
Adjetivo: Strong (forte)
Ao contrário do que ocorre na língua portuguesa, os Tim is stronger than Peter.
adjetivos em inglês não possuem forma singular, plural, Tim é mais forte do que Peter.
masculina nem feminina. Existe apenas a forma singular
para ambos os sexos. Adjetivo: Tall (alto)
An elephant is taller than a lion.
She is beautiful. Um elefante é mais alto que um leão.
Ela é linda.
Adjetivo: Thin (magro)
They are beautiful. Nancy is thinner than Sue.
Elas (ou eles) são lindos. Nancy é mais magra do que Sue.
Grau Comparativo de Superioridade (more + adje-
His car is red tivo longo + than) = (mais... do que..)
O carro dele é vermelho.
Exemplos:
Their cars are red.
O carro deles é vermelho. Adjetivo: Intelligent (Inteligente)
Anna is intelligent. Jack is intelligent. Dave is more intelligent than his brother.
Dave é mais inteligente que seu irmão.
Anna é inteligente. Jack é inteligente.
Adjetivo: Careful (cuidadoso)
Quando o(s) adjetivo(s) aparece(m) junto a um subs-
He is more careful than his father when driving.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

tantivo, tal abjetivo(s) deve(m) vir antes do substantivo: Ele é mais cuidadoso que seu pai quando está dirigindo.
Exemplos: Adjetivo: Comfortable (confortável)
This house is more comfortable than the other.
This is a big city. Esta casa é mais confortável que a outra.
Esta é uma grande cidade.
Grau Comparativo de Inferioridade (less + adjetivo
They live in a huge white house. + than) = (menos... do que...)
Eles moram em uma enorme casa branca.
Exemplos:
Marcos is a soccer player.
Marcos é um jogador de futebol. Adjetivo: Famous (famoso)
Christopher is less famous than Brad.
Os adjetivos em inglês também possuem graus diver- Christopher é menos famoso do que Brad.
sos, assim como ocorre em português.

4
Adjetivo: Hot (quente) Existem algumas variações quando acrescentamos er
Your city is less hot than mine. e –est na formação dos comparativos e superlativos.
Sua cidade é menos quente do que a minha.
Adjetivos que terminam em –e, acrescentamos ape-
Adjetivo: Difficult (difícil) nas -r (no comparativo) ou -st (no superlativo):
This language is less difficult than the others.
Esta língua é menos difícil do que as outras. Exemplos:

Os graus de comparativo devem ser utilizados ape- Adjetivo Comparativo Superlativo


nas quando estamos comparando duas pessoas ou duas wide (largo) wider the widest
coisas. Por outro lado os graus de superlativo (como ve- late (tarde) later the latest
remos abaixo) são utilizados quando estamos comparan-
do três ou mais pessoas ou coisas. Geralmente as frases Adjetivos curtos que terminam em –y, substituímos
se referem a uma totalidade (da classe, da cidade, etc.). o -y por -i e depois colocamos -er ou -est:

Passemos então a estudar, agora, o grau superlativo: Exemplos:


Adjetivo Comparativo Superlativo
Grau Superlativo de Superioridade (the + adjetivo pretty (bonita) prettier the prettiest
curto + est) = (o mais...) dirty (sujo) dirtier the dirtiest

Exemplos: Adjetivos curtos que terminam em CVC


(consoante+vogal+consoante), dobra-se a última
Adjetivo: Cheap (barato) consoante antes de acrescentar -er ou -est:
This is the cheapest restaurant in town.
Este é o restaurante mais barato da cidade. Exemplos:
Adjetivo Comparativo Superlativo
thin (magro/fino) thinner the thinnest
Adjetivo: Tall (alto)
fat (gordo) fatter the fattest
Jennifer is the tallest girl in the group.
Adjetivos irregulares. Aqueles que sua forma no
Jennifer é a garota mais alta do grupo.
comparativo e superlativo mudam totalmente sem seguir
qualquer regra pré-definida.
Adjetivo: Dry (seco)
Exemplos:
This is the driest region of the state.
Esta é a região mais seca do estado. Adjetivo Comparativo Superlativo
Grau Superlativo de Superioridade (the most + ad-
jetivo longo) = (o mais...) Bad (mau)    worse the worst
Good (bom)    better the best
Exemplos: Far (longe) f    arther the farthest
Far (mais/complementar)  further the furthest
Adjetivo: Modern (moderno) Little (pouco)    less the least
This is the most modern TV set nowadays. Many (muitos/as)    more the most
Este é o aparelho de TV mais moderno do momento. Much (muito/a)    more the most
Adjetivo: Handsome (bonito)
He is the most handsome actor in the movies. Adjetivos indefinidos
Ele é o ator mais bonito do cinema.
Os indefinite adjectives são: some, any e no. De-
Adjetivo: Famous (famoso) pendendo da frase, eles podem ser traduzidos como
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Messy is the most famous soccer player now. algum(a), nenhum(a). Pelo fato de serem adjetivos, per-
Messy é o jogador de futebol mais famoso agora. ceba que sempre devem preceder um substantivo, qua-
lificando-os.
Grau Superlativo de Inferioridade (the least + adje-
tivo) = (o menos...) Exemplos:

Adjetivo: Important (importante) Afirmativa:


This is the least important detail. I have some money.
Este é o detalhe menos importante. Eu tenho algum dinheiro.

Adjetivo: Nervous (nervoso) Negativa:


I’m always the least nervous during the tests. I don’t need any help.
Sempre sou o menos nervoso durante as provas. Eu não preciso de qualquer ajuda.

Adjetivo: Safe (seguro) Negativa:


That region is the least safe of the city. Do you need any money?
Aquela região é a menos segura da cidade. Você precisa de algum dinheiro?

5
Em casos mais específicos, podemos usar some tam- Meu amigo é entediante.
bém em perguntas quando se deseja se oferece algo de
forma bem educada. Esta é a forma mais utilizada por Basketball is an addicting sport.
exemplo pelos garçons de restaurante e outros serviços. Basketball é um esporte viciante.

Exemplo: I’m addicted in basketball.


Eu sou viciado em basketball.
Would you like some coffee?
Você gostaria de um pouco de café? De forma geral dizemos que algo ou alguém é “-ing”
e isso nos faz sentir “-ed”
O artigo indefinido no pode ser utilizado quando o
verbo estiver na forma afirmativa para passar o sentido Exemplos:
de nenhum ou nenhuma. Outra forma seria fazer a nega-
ção da frase através de seu auxiliar e ai usando o artigo Michael Jordan is an interesting player.
indefinido any. Porém o candidato não pode confundir Michael Jordan é um jogador interessante.
e usar os dois na mesma frase pois assim a frase fica in-
correta. I’m interested in basketball.
Eu estou interessado em basketball.
Exemplos:
Aqui temos uma lista dos adjetivos mais comuns, em
I have no idea to give you. sua forma –ed e –ing.
Eu tenho ideia nenhuma para dar para você.

Ou

I don’t have any idea to give you.


Eu não tenho qualquer ideia para dar para você.

I have no tasks to do today.


Eu tenho nenhum tarefas para fazer hoje.

Ou
I don’t have any tasks to do today.
Eu não tenho qualquer tarefas para fazer hoje.

I have no places to go on my vacation.


Eu tenho nenhum lugares para ir durante as minhas
férias.

Ou

I don’t have any places to go on my vacation.


Eu não tenho qualquer lugar par air durante as mi-
nhas férias.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Adjetivos terminados em –ed e –ing

Muitos adjetivos na língua inglesa possuem termina-


ção –ed ou –ing.

Adjetivos com terminação –ing se referem a uma ca-


racterística de uma coisa ou de uma pessoa.

Adjetivos com terminação –ed se referem ao que a


pessoa está sentindo.

Exemplos:

My friend is bored.
Meu amigo está entediado.

My friend is boring.

6
Adjetivo -ed Tradução Adjetivo -ing Tradução
Alarmed Alarmado Alarming Alarmante
Aggravated Agravado Aggravating Agravante
Annoyed Irritado Annoying Irritante
Bored Entediado Boring Entediante
Challenged Desafiado Challenging Desafiante
Charmed Encantado Charming Encantador
Comforted Conformado Conforting Confortante
Confused Confuso Confusing Confuso
Convinced Convencido Convincing Convincente
Depressed Depressivo Depressing Depressante
Disappointed Decepcionado Disappointing Decepcionante
Disturbed Perturbado Disturbing Perturbante
Encouraged Encorajado Encouraging Encorajante
Fascinated Fascinado Fascinating Fascinante
Frightened Assustado Frightening Assustador
Frustrated Frustrado Frustrating Frustante
Inspired Inspirado Inspiring Inspirador
Interested Interessado Interesting Interessante
Relaxed Relaxado Relaxing Relaxante
Relieved Aliviado Relieving Aliviante
Shocked Chocado Shocking Chocante
Surprised Surpreso Surprising Surpriendente
Tired Cansado Tiring Cansativo
Worried Preocupado Worrying Preocupante

PRONOMES: PESSOAL DO CASO RETO E DO OBLÍQUO, INDEFINIDOS (PRONOMES


SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS), RELATIVOS, DEMONSTRATIVOS (PRONOMES
SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS), POSSESSIVOS (PRONOMES SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS),
REFLEXIVOS E RELATIVOS

Pronomes pessoais
Há dois tipos de pronomes pessoais: sujeitos e objetos.

Pronome Pessoal Sujeito Tradução Pronome Pessoal Objeto


I eu Me
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

You você You


He ele Him
She ela Her
It ele/ela (para coisas ou animais) It
We nós Us
You vocês You
They eles/elas Them

Os pronomes pessoais sujeitos vêm antes do verbo, como sujeito da frase.


Os pronomes pessoais objetos vêm depois de verbo ou de preposição. Além de virem depois, o verbo principal da
frase está fazendo uma ação relacionada ao pronome pessoal objeto em questão.
A tabela criada acima já trás os sujeitos do lado esquerdo e os objetos do lado direto justamente para fazer a re-
presentação descrita acima, facilitando assim o entendimento por parte do candidato.

7
Exemplos:

She loves him a lot.


Ela ama ele muito.

I saw her at the party yesterday.


Eu vi ela na festa ontem.

We are going to meet them in front of the stadium.


Nós vamos encontrar eles na frente do estádio.
They waited for us for two hours.
Eles esperaram por nós por duas horas.

Can you send this e-mail for me, please?


Você pode enviar este e-mail para mim, por favor?

Pronomes possessivos

Na tirinha:

Ok, Ok I’ll put mine down if you put yours down first.
Ok, Ok, eu irei abaixar o meu se você abaixar o seu primeiro.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Há dois tipos de pronomes possessivos: adjetivos e substantivos.

Pron. Possessivo Adjetivo Tradução Pron. Possessivo Substantivo


My meu(s)/minha(s) Mine
Your seu/sua Yours
His dele His
Her dela Hers
Its dele/dela (coisas ou animais) Its
Our nosso(s)/ nossa(s) Our
Your seus/suas Yours
Their deles/delas Theirs

8
Os pronomes possessivos adjetivos vem antes do O Pronome reflexivo também é empregado certas
substantivo. vezes para dar ênfase à pessoa que pratica a ação di-
zendo que ele mesmo por si só praticou tal ação. Para
Os pronomes possessivos substantivos podem vir tanto, podemos posicioná-lo logo após o sujeito ou no
após o substantivo ou podem substituir o substantivo a fim da frase. Este tipo de estrutura também é conhecida
qual se referem assim reduzindo a frase. como Emphatic pronouns.

Para facilitar o entendimento do candidato, nos Exemplos:


exemplos abaixo os substantivos ficarão sublinhados.
Carlos himself did the homework.
Exemplos: O próprio Carlos fez a tarefa.
Marilyn herself wrote that message.
His kid is playing with hers. A própria Marilyn escreveu aquela mensagem.
O filho dele está brincando com o dela.
No exemplo acima: Os Pronomes reflexivos podem ser precedidos pela
His – pronome possessivo adjetivo, antes do subs- preposição by. Nesse caso, dão o sentido de que alguém
tantivo “kid”. fez algo sozinho, sem ajuda ou companhia de ninguém.
Hers – pronome possessivo substantivo, substituindo
o substantivo “kid”, para evitar a repetição da mesma pa- Exemplos:
lavra várias vezes na mesma frase.
Did you go to the party by yourself?
Exemplos: Você foi à festa sozinho?

My friends went to the club with yours. That old man wants to live by himself.
Meus amigos foram ao clube com os seus. Aquele senhor quer viver sozinho.

Our mother likes pizza. Pronomes indefinidos


Nossa mãe gosta de pizza.
Os pronomes indefinidos, também conhecidos
Did you prefer his presentation or hers? como Indefinite Pronouns são utilizados para falar de
Você preferiu a apresentação dele ou a dela? lugares, coisas e pessoas indefinidas, de modo vago ou
impreciso.
Pronome reflexivo
SOME
Os Pronomes reflexivos são usados quando a ação Algum, alguma, alguns, algumas
do verbo recai sobre o próprio sujeito. O pronome refle- É utilizado nas frases afirmativas e antes do substantivo.
xivo vem logo após o verbo e concorda com o sujeito.
Eles se caracterizam pelas terminações -self (nas pessoas Exemplos:
do singular) e -selves (nas pessoas do plural).
There are some trees in the park.
Tem algumas árvores no parquet.
Pronome Reflexivo Tradução
Paul and Linda have some money.
Paul e Linda tem algum dinheiro.
Myself A mim mesmo LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Yourself A ti, a você mesmo(a) SOME – Formas compostas


Himself A si, a ele mesmo
Exemplos:
Herself A si, a ela mesma
Itself A si mesmo(a) Somebody / someone - alguém.
Ourselves A nós mesmos Somewhere - algum lugar.
Something - alguma coisa.
Yourselves A vós, a vocês mesmos Sometime - alguma vez / alguma hora.
Themselves A si, a eles mesmos
Exemplos:
There is somebody at the door.
Exemplos: Tem alguém na porta.
Liz lives somewhere in Atlanta.
She is looking at herself in the mirror. Liz vive em algum lugar em Atlanta.
Ela está olhando para si mesma no espelho.
He hurt himself with a knife. I need something from the drugstore.
Ele machucou a si mesmo com a faca. Eu preciso de alguma coisa da farmácia.

9
Let’s have dinner together sometime tonight. EVERY – Formas compostas
Vamos jantar juntos alguma hora hoje a noite.
Exemplos:
ANY
Algum, nenhum, qualquer. Everybody / everyone - todos, todas, todo mundo.
Utilizamos any nas perguntas e respostas negativas, Everywhere - todos os lugares.
antes do substantivo. Everything - tudo.
Nas perguntas any se refere a qualquer quantidade, Exemplos:
por exemplo quando perguntamos se você tem alguma
quantidade de dinheiro. Everybody at the party is happy.
Todo mundo na festa está feliz
Exemplo:
OBS: Apesar do pronome everybody e everyone passar
Do you have any money? a idéia de coletividade, de pluracidade, na verdade eles são
Você tem qualquer (quantidade de) dinheiro? concordados com o verbo no singular, neste exemplo is.

Nas negativas, any tem a função de nada, zero, vazio, Nowadays violence is everywhere.
etc. Porém não podemos fazer negativas em Inglês ne- Hoje em dia a violencia está em todos os lugares.
gando no auxiliar e em seguida com no quando quere-
mos empregar esta função: In this store everything is very expensive.
Nesta loja tudo é muito caro.
Exemplos:
NO – Formas compostas
There aren’t no fruits in the kitchen.
Não tem nenhuma fruta na cozinha. Exemplos:

There aren’t any fruits in the kitchen. Nobody / no one - ninguém.


Não tem qualquer fruta na cozinha. No way - de modo algum.
Nowhere - em lugar algum.
There are no fruits in the kitchen. Nothing - nada.
Tem nenhuma fruta na cozinha.
Auxiliar na afirmativa seguido de no também está Exemplos:
correto.
Nobody helped me.
Lembre-se que não existe o que chamamos de dupla Ninguém me ajudou.
negativa. Ou se nega no auxiliar ou se nega no pronome
indefinido, não em ambos ao mesmo tempo. No way you are going to that party.
De modo algum você irá para aquela festa.
I have no wine Correto
It is raining nowhere.
I don’t have any wine Correto Está chovendo em lugar algum.
I don’t have no wine Errado
Nothing makes him happy.
ANY – Formas compostas Nada o faz feliz.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Exemplos: NONE

Anybody / anyone - Alguém, ninguém, qualquer um. nenhum, nenhuma, ninguém ou nada
Anywhere - Algum lugar, nenhum lugar, qualquer lugar.
Anything - Alguma coisa, nenhuma coisa, qualquer coisa. Utilizado no começo ou no fim da frase quando o ver-
bo está na forma afirmativa, mas a ideia é negativa. None
Exemplos: é usado no lugar de um pronome ou substantivo.
Exemplos:
Is anybody out there?
Tem alguém aí? Do you have any money?
You can buy bread anywhere. None.
Você consegue comprar pão em qualquer lugar.
Você tem algum dinheiro?
Do you have anything interesting? Nada.
Você tem alguma coisa interessante?
None of them is my brother.
Nenhum deles é meu irmão.

10
Pronomes relativos Whose – cujo / cuja / de quem - usado para indicar
posse.
Os Relative Pronouns são usados quando queremos Exemplo:
identificar ou adicionar alguém ou alguma coisa em uma
oração ou quando queremos informações que comple- This is the boy. The boy’s father is my boss.
mentem a oração anterior. Podemos também dizer que Este é o menino. O pai do menino é meu chefe.
os pronomes relativos unem duas orações, estabelecen-
do uma “relação” entre elas. Por isso, são chamados “re- This is the boy whose father is my boss.
lativos”. Este é o garoto cujo pai é meu patrão.

Who – quem / que - usado para pessoas. That – que - Refere-se a coisas e pessoas. Ou seja, tem a
mesma função que who e which.
Exemplo:
Exemplo:
That is the girl. She gave me a kiss.
Aquela é a garota. Ela me deu um beijo. My city has a nice club. This club is promoting a big
party.
That is the girl who gave me a kiss. Minha cidade tem um belo clube. Este clube está pro-
Aquela é a garota que me deu um beijo. movendo uma grande festa.

Whom – que / quem / o qual / a qual - usado para My city has a nice club that is promoting a big party.
pessoas, normalmente após preposição. É utilizado em Minha cidade tem um belo clube que está promovendo
frases mais formais. uma grande festa.

Exemplo:

We need to listen to my brother. My brother has a lot


of experience with this.

Nós precisamos escutar o meu irmão. Meu irmão tem


muita experiencia com isto.

My brother is the one to whom we need to listen to


because he has a lot of experience with this.

Meu irmão é quem devemos ouvir porque ele tem


muita experiência com isto.

Which – que - usado para coisas e animais.

Exemplo:

I watched a movie. The movie was fantastic.


Eu assisti um filme. O filme foi fantástico. LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

I watched a movie which was fantastic.


Eu assisti um filme que foi fantástico.

Where – onde / em que / no qual / na qual - refere-se


a lugares.
Exemplo:

I stayed in a hotel last night. In the hotel I saw Michael


Jordan.
Eu fiquei em um hotel ontem a noite. No hotel eu vi
Michael Jordan.

I stayed in a hotel last night where I saw Michael Jor-


dan.
Eu fiquei em um hotel ontem a noite onde eu vi Mi-
chael Jordan.

11
Why are you late for class?
PRONOMES E ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS Por que você está atrasado para a aula?

Whom – Quem – mais formal que who e geralmente


vem após uma preposição.
Pronomes interrogativos
Exemplos:
Os Pronomes Interrogativos também chamados de With whom did you go to the park?
Question Words, são utilizados para obtermos informa- Com quem você foi ao parque?
ções mais específicas a respeito de algo ou alguém. As
perguntas formuladas com eles são conhecidas também To whom were you speaking last night?
como wh-questions porque todos estes pronomes in- Com quem você estava falando ontem à noite?
terrogativos possuem as letras  wh. Na grande maioria
das vezes, os pronomes interrogativos são posicionados Whose – De quem
antes de verbos auxiliares ou modais, no início de frases.
Exemplos:
What – O que, que, qual - usado para questões com
opções mais amplas de resposta. Whose pen is this?
De quem é esta caneta?
Exemplos:
Whose mansion is that?
What time is it now? De quem é aquela mansão?
Que horas são agora?
What are you doing here? Which – Qual, quais - usado para questões com op-
O que você está fazendo aqui? ções limitadas de resposta.
Where – Onde
Exemplos:
Exemplos:
Which of those girls is your sister?
Where do you work? Qual daquelas meninas é a sua irmã?
Onde você trabalha?
Which color do you prefer: yellow or blue?
Where do your kids study? Qual cor você prefere: amarelo ou azul?
Onde seus filhos estudam? Existem diversas formas compostas dos pronomes in-
terrogativos. Podemos juntar outras palavras a estes antes
When – Quando dos verbos auxiliares, para especificar alguma informação.
Exemplos:
Exemplos:
When did they move?
Quando eles se mudaram? What kind of movies do you like?
Que tipo de filmes você gosta?
When did you travel to Europe?
Quando você viajou para a Europa? What sports do you practice?
Que esportes você pratica?
Who – Quem
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

What soccer team are you a fan of?


Exemplos: Para que time de futebol você torce?

Who is that girl? How often do you go to the gym?


Quem é aquela garota? Com que frequência você vai à academia?

How long is the Amazon river?


Who arrived first in the race?
Qual o comprimento do rio Amazonas?
Quem chegou primeiro na corrida?
How much does this newspaper cost?
Why – Por que
Quanto custa este jornal?
Exemplos:
How many brothers do you have?
Quantos irmãos você tem?
Why did you cry?
Por que você chorou? How good are you at tennis?
O quanto você é bom em tênis?

12
How old are you?
Quantos anos você tem? QUANTIFICADORES (QUANTIFIERS: A LOT,
A FEW, A LITTLE, ETC.)
How far is São Paulo from Rio?
Qual a distância entre São Paulo e Rio?

How deep is this river? Substantivos contáveis e não contáveis


Quão profundo é este rio?

Quando uma pergunta questiona sobre o sujeito da


oração, não se usa verbo auxiliar. Assim, o pronome in-
terrogativo

inicia a pergunta seguido das outras palavras na or-


dem afirmativa. Observe:

Exemplos:
Who likes to eat vegetables?
Quem gosta de comer vegetais?

What broke the window?


O que quebrou a janela?

Who speaks English in this room?


Quem fala inglês nesta sala?

How many people survived the accident?


Quantas pessoas sobreviveram ao acidente?
Em muitos casos, as perguntas são finalizadas por
preposições que complementam seu sentido:

Exemplos:
Where are you from?
De onde você é?
What is your city like?
Como é a sua cidade? Fonte: http://goo.gl/oiXKLN
Who did you play against?
Contra quem você jogou? Na tabela acima nós temos os exemplos de alguns
Where did you send the letter to? alimentos divididos nas duas categorias que iremos
Para onde você enviou a carta? explicar abaixo, contáveis e incontáveis. Aqui iremos
What is this for? também traduzir todos os alimentos da lista, assim o
Para que é isto? estudante não precisa ficar procurando em um dicio-
nário um por um.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Uncountables – Incon-
Countables – Contáveis
táveis
Bun – Bolinho Bread – Pão
Sandwich – Sanduiche Fruit – Fruta
Apple – Maça Juice – Suco
Orange – Laranja Meat – Carne
Burguer – Hamburguer Rice – Arroz
Fries – Batata frita Cereal – Cereal
Eggs – Ovos Jam – Geléia
Salad – Salada Milk – Leite
Vegetables – Vegetais Coffee – Café
Cookies – Biscoitos Sugar – Açucar

13
Potatoes – Batatas Flour – Farinha I have little time to exercise today.
Eu tenho pouco tempo para me exercitar hoje.
Tomato – Tomates Oil – Óleo
Carrot – Cenoura Salt – Sal She has little patience with her students.
Ela tem pouca paciência com seus alunos.
Hot Dog – Cachorro quente Soup – Sopa
Candies – Doces Tea – Chá He demonstrates less aptitude.
Olives – Azeitonas Cottage Cheese – Coalhada Ele demonstra menos aptidão.
Peanuts – Amedoins Pasta – Massa Judy and her husband have much money.
Pancakes – Panquecas Honey – Mel Judy e seu marido têm bastante dinheiro.
Onion – Cebola Water – Água
E há alguns específicos para uso com substantivos
Watermelon – Melancia Cheese – Quejo contáveis: a few, few, fewer, many. 
Pea – Ervilha Butter – Queijo
Exemplos:
Grapes – Uvas Seafood – Frutos do mar
Cherries – Cerejas Mustard – Mostarda There are a few coins in my wallet.
Há algumas moedas na minha carteira.
Contáveis  são aqueles substantivos que podemos
enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanto Few people went to the show.
forma singular quanto plural. Eles são chamados de cou- Poucas pessoas foram ao show.
ntable nouns ou de count nouns, em inglês.
We can see fewer cars on the streets today.
Nós podemos ver menos carros nas ruas hoje.
Por exemplo, podemos contar pencil. Podemos dizer
one pencil, two pencils, three pencils, etc.
He has many friends.
Ele tem muitos amigos.
Incontáveis são os substantivos que não possuem forma
no plural. Eles são chamados de Existe ainda o determinante a lot of que pode ser
utilizado tanto para substantivos contáveis como incon-
uncountable nouns, de non-countable nouns, ou até táveis. Ele é apelidade de “coringa” porque serve para
de non-count nouns, em inglês. Podem ser precedidos ambas as categorias. Mas lembre-se de focar os estudos
por alguma unidade de medida ou quantificador. Em ge- nos demais principalmente no much e many. Os concur-
ral, eles indicam substâncias, líquidos, pós, conceitos, etc., sos sempre focam mais no much e many na tentativa de
que não podemos dividir em elementos separados. Por confundir o candidato.
exemplo, não podemos contar “water” em por exemplo
one water ou two waters. Podemos, sim, contar “bottles Exemplo:
of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar
“water” em sua forma líquida. I have a lot of money.
Eu tenho um monte de dinheiro.
Outros exemplos de substantivos incontáveis são:
music, art, love, happiness, advice, information, news, I have much money.
furniture, luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, Eu tenho muito dinheiro.
electricity, gas, power, money, etc. There are a lot of cars in the street tonight.
Em geral, estudantes de língua inglesa têm dificulda- Tem um monte de carros na rua esta noite.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

de de saber quando um substantivo é contável e quando


é não-contável. As dicas são sempre conferir a informa- There are many cars in the street tonight.
ção num bom dicionário e também tentar memorizar al- Tem muitos carros na rua esta noite.
guns dos mais comuns para agilizar o seu estudo. Nos
dicionários, normalmente você encontra o símbolo [U] Modificadores de substantivos
para identificar os uncountable nouns e [C] para os cou-
ntable nouns. Modifiers são palavras, locuções, frases, ou cláusulas
que qualificam o significado de outras palavras. O ter-
Em várias situações necessitamos de fazer o uso de mo é bem genérico: qualquer parte da fala que funciona
determinantes/quantificadores em conjunto com subs- como um adjetivo ou advérbio é um modificador.
tantivos contáveis e incontáveis.
Nos exemplos abaixo, o modifier está em negrito e
Há determinantes específicos para os incontáveis: a a palavra que ele modifica está sublinhada; a função do
little, little, less, much. modificador está descrita abaixo.

Exemplos: Adjetivos — descrevem ou modificam nomes. Uma


locução adjetiva ou cláusula adjetiva funciona da mesma
maneira que uma simples palavra funcionaria.

14
Exemplos: João’s doctor.
O médico de João.
The yellow balloon flew away over the crying child.
O balão amarelo voou sobre a criança chorona. Para evitar esse tipo de confusão quando for-
O adjetivo yellow  modifica o substantivo bal- mos utilizar o to be diretamente com um nome nós não
loon; crying modifica child. abreviamos este to be “is” com ‘s. Deixamos o ‘s com
nomes sempre para os possessivos.
Artigos —  são palavras que acompanham os subs-
tantivos e tem função de classifica-los. Exemplos:

Exemplos: He’s a good friend.


Ele é um bom amigo.
The killer selected a knife from an antique collection.
O assassino escolheu uma faca de uma antiga coleção. Jack is a good friend.
Jack é um bom amigo.
The, a, e an são artigos que especificam ou delimitam
seus respectivos substantivos. Tom is Jack’s good friend.
Tom é um bom amigo de Jack.
Advérbios —  descrevem verbos, adjetivos, ou ou-
tros advérbios, completando a ideia de como, quanto Outros detalhes quanto ao ‘s.
ou quando. Uma locução adverbial ou cláusula adverbial Caso existam múltiplos “donos” o ‘s vai apenas no úl-
funciona da mesma forma que um único advérbio fun- timo.
cionaria.
Exemplo:
Exemplos:
Kate and Cindy’s parents.
The woman carefully selected her best dress for the Os pais de Kate e Cindy.
party.
A mulher cuidadosamente escolheu seu melhor ves-
tido para a festa. Caso o “dono” seja terminado em S por conta de sua
pluralidade, fazemos apenas o acréscimo do ‘ já no S
Carefully  é um advérbio que modifica o verbo se- existente ficando s’.
lected.
Casos possessivos com ‘s Exemplos:
My brother’s house.
Quando falamos de posse, geralmente em inglês se A casa do meu irmão.
usa os pronomes adjetivos ou possessivos. Porém em al- (Apenas um irmão)
gumas situações nós queremos relacionar o objeto em
questão diretamente ao nome de seu proprietário. My brothers’ house.
Exemplos: A casa dos meus irmãos.
(Mais de um irmão – plural)
The car of Maria.
O carro de Maria. O ‘s é muito usado para informação de grau de pa-
rentesco o que pode confundir um pouco o estudante,
The pen of João. portanto faça a leitura com calma deste tipo de estrutura.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

A caneta de João.
Exemplos:
Em Inglês, existe um “atalho” para este tipo de situa- Jack is my father’s brother.
ção usando o ‘s. Jack é o irmão de meu pai.

Exemplos: Peter is her brother’s best friend.


Peter é o melhor amigo do irmão dela.
Maria’s car.
João’s pen. William is David’s last name.
William é o sobre nome do David.
ATENÇÃO: Não podemos confundir este ‹s possessi-
vo com o ‹s (abreviação to verbo TO BE “is”).

Exemplos:

João’s a doctor.
João é um médico.

15
Advérbios Interrogativos: how, como; when, quando;
ADVÉRBIOS: FORMAÇÃO, TIPOS E USO where, onde; why, por que; etc.

Alguns exemplos:

ADVÉRBIOS She moved slowly and spoke quietly. (Ela se moveu


lentamente e falou sussurrando)
Advérbios são palavras que modificam: She still lives there now. (Ela ainda mora lá agora)
It’s starting to get dark now. (Está começando a ficar
- Um verbo (He ate slowly. = Ele comeu lentamente) escuro agora)
- Como ele comeu? She finished her tea first. (Primeiramente ela terminou
- Um adjetivo (He drove a very slow car. = Ele pilotou seu chá)
um carro muito lento) - Como era a rapidez do carro? She left early. (Ela saiu cedo)
- Outro advérbio (She walked quite slowly down the Oscar is a very bright man. (Oscar é um homem muito
aisle. = Ela andou bem lentamente pelo corredor) - Com
brilhante)
que lentidão ela andou?
The children behaved very badly. (As crianças se com-
portaram muito mal)
Advérbios frequentemente nos dizem quando, onde,
por que, ou em quais condições alguma coisa acontece ou This apartment is too small for us. (Esse apartamento
aconteceu. Os advérbios são geralmente classificados em: é pequeno demais para nós)
The coffee is too sweet. (O café está doce demais)
Advérbios de Afirmação: certainly, certamente; in- Jack is much taller than Peter. (Jack é muito mais alto
deed, sem dúvida; obviously, obviamente; yes, sim; su- do que Peter)
rely, certamente; etc. São Paulo is far bigger than Recife. (São Paulo é muito
maior que Recife)
Advérbios de Dúvida: maybe, possivelmente; perhaps, The test was pretty easy. (A prova estava um tanto
talvez; possibly, possivelmente; etc. fácil)

Advérbios de Frequência: daily, diariamente; monthly, Duas ou mais palavras podem ser usadas em conjun-
mensalmente; occasionally, ocasionalmente; often/fre- to, formando, assim, as Locuções Adverbiais, como:
quently, frequentemente; yearly, anualmente; seldom/ra- Locução Adverbial de Afirmação: by all means, certa-
rely, raramente; weekly, semanalmente; always, sempre; mente; in fact, de fato, na verdade; no doubt, sem dúvida;
never, nunca; sometimes, às vezes; hardly ever, quase of course, com certeza, certamente, naturalmente; etc.
nunca, raramente; usually/generally, geralmente; etc.
Advérbios de Intensidade: completely, completamen- Locução Adverbial de Dúvida: very likely, provavelmente.
te; enough, suficientemente, bastante; entirely, inteira-
mente; much, muito; nearly, quase, aproximadamente; Locução Adverbial de Frequência: again and again,
pretty, bastante; quite, completamente; slightly, ligeira- repetidamente; day by day, dia a dia; every other day, dia
mente; equally, igualmente; exactly, exatamente; greatly, sim, dia não; hardly ever, raramente; every now and then,
grandemente; very, muito; sufficiently, suficientemente; once in a while, de quando em quando; etc.
too, muito, demasiadamente; largely, grandemente; little,
pouco; merely, meramente; etc. Locução Adverbial de Intensidade: at most, no má-
ximo; little by little, pouco a pouco; more or less, mais
Advérbios de Lugar: anywhere, em qualquer lugar;
ou menos; next to nothing, quase nada; on the whole,
around, ao redor; below, abaixo; everywhere, em todo
ao todo; to a certain extent, até certo ponto; to a great
lugar; far, longe; here, aqui; near, perto; nowhere, em ne-
nhum lugar; there, lá; where, onde; etc. extent, em grande parte; etc.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Advérbios de Modo: actively, ativamente; wrongly, Locução Adverbial de Lugar: at home, em casa; at
erroneamente; badly, mal; faithfully, fielmente; fast, ra- the seaside, à beira-mar; far and near, por toda parte; on
pidamente; gladly, alegremente; quickly, rapidamente; board, a bordo; on shore, em terra firme; to and from,
simply, simplesmente; steadily, firmemente; truly, verda- para lá e para cá; etc.
deiramente; well, bem; etc.
Locução Adverbial de Modo: arm in arm, de braços
Advérbios de Negação: no, not, não. dados; at random, ao acaso; fairly well, razoavelmente;
hand in hand, de mãos dadas; head over heels, de cabeça
Advérbios de Ordem: firstly, primeiramente; secondly, para baixo; just so, assim mesmo; neck and neck, empa-
em segundo lugar; thirdly, em terceiro lugar; etc. relhados; on credit, a crédito.

Advérbios de Tempo: already, já; always, sempre; early, Locução Adverbial de Negação: by no means, de ma-
cedo; immediately, imediatamente; late, tarde; lately, ulti- neira alguma; in no case, em hipótese alguma; none of
mamente; never, nunca; now, agora; soon, em breve, bre- that, nada disso; not at all, absolutamente; etc.
vemente; still, ainda; then, então; today, hoje; tomorrow,
amanhã; when, quando; yesterday, ontem; etc.

16
Locução Adverbial de Tempo: all of a sudden, subi-
tamente; at first, a princípio; at present, atualmente; at NUMERAIS: CARDINAL E ORDINAL
once, imediatamente; from now on, doravante, daqui em
diante; in after years, em anos vindouros; sooner or late,
mais cedo ou mais tarde; up to now, até agora; in a jiffy,
in a trice, in a twinkling of an eye, in two shakes of a dog’s Numeral
tail, in two ticks, em um momento, num abrir e fechar de
olhos; etc.

Mais exemplos: CARDINAL ORDINAL


1   one 1st   first
She has lived on the island all her life. (Ela viveu na 2   two 2nd   second
ilha a vida toda) 3   three 3rd   third
4   four 4th   fourh
She takes the boat every day. (Ela pega o barco todos 5   five 5th   fifth
os dias) 6   six 6th   sixth
7   seven 7th   seventh
He ate too much and felt sick. (Ele comeu em excesso 8   eight 8th   eighth
e ficou enjoado) 9   nine 9th   ninth
10   ten 10th   tenth
I like studying English very much. (Gosto muito de es- 11   eleven 11th   eleventh
tudar Inglês) 12   twelve 12th   twelfth
13   thirteen 13th   thirteenth
14   fourteen 14th   fourteenth
15   fifteen 15th   fifteenth
16   sixteen 16th   sixteenth
17   seventeen 17th   seventeenth
18   eighteen 18th   eighteenth
19   nineteen 19th   nineteenth
20   twenty 20th   twentieth
21   twenty-one 21st   twenty-first
22   twenty-two 22nd   twenty-second
23   twenty-three 23rd   twenty-third
30   thirty 30th   thirtieth
40   forty 40th   fortieth
50   fifty 50th   fiftieth
60   sixty 60th   sixtieth
70   seventy 70th   seventieth
80   eighty 80th   eightieth
90   ninety 90th   ninetieth
100   one hundred 100th   one hundredth
200   two hundred 200th   two hundredth
1 000   one thousand 1 000th   one thousandth
10 000   ten thousand 10 000th   ten thousandth
100 000   one hundred 100 000th   one hundred
thousand thousandth
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

1 000 000   one million 1 000 000th   one millionth

Exemplos:
January is the first month of the year.
Janeiro é o primeiro mês do ano.
Michael is the third winner.
Michael é o terceiro ganhador.
John is the ninth student in the line.
John é o nono aluno na fila.

Os números ordinais também são usados em inglês


para datas.

Repare que a forma “contraída” no número ordinal


tem sempre duas letras no final que representam as duas
letras do final do número quando escrito por extenso.

17
Exemplos: Na dúvida, algumas das seguintes sugestões podem
ajudar, mas lembre-se: o uso das preposições nem sem-
January, twenty-eighth pre segue a regra geral. Confira sempre num dicionário
January, 28th as possibilidades de uso.
Vigésimo oitavo dia do mês de janeiro.
Use in para indicar “dentro de alguma coisa”:
March, first.
March, 1st In the box
Primeiro dia de Março. In the refrigerator
In a shop
Os números ordinais, como seu próprio nome indica, In a garden
são utilizados também para colocar ordem nas coisas, In France
assim como para determinar os andares de um prédio.
Use on para indicar contato:
Exemplos:
On a bookshelf
Mike lives on the third floor. On a plate
Mike mora no terceiro andar. On the grass

The company is hosting a party on the 11th floor. Use at para indicar um lugar definido. Nesse caso, seu
A companhia está dando uma festa no décimo pri- sentido é o de “junto a”, “na”:
meiro andar.
At the bus stop
At the top
At the bottom
PREPOSIÇÕES
Outras preposições, seus significados e exemplos
com frases:

PREPOSIÇÕES About: sobre, a respeito de: Tell me about your expe-


riences.
Preposições são palavras que usamos junto aos no- Above: acima de: John’s apartment is above mine.
mes e pronomes para mostrar sua relação com outros Across: através de, do outro lado: The dog ran across
elementos da frase. Apresentamos as principais preposi- the forest.
ções e seu uso: After: depois de: She always wakes up after 9:00.
Against: contra: The car crashed against the wall.
In: usamos com nomes de meses, anos, estações, par- Among: entre (vários ítens): The little boy was among
tes do dia, cidades, estados, países, continentes. many criminals.
Around: em volta de: They traveled all around the
I was Born in January. country.
Before: antes de: She always arrives before 7 o’clock.
He lived here in 2012.
Behind: atrás de: Tim sits behind Peter.
The classes start in the summer.
Below: abaixo de: Answer the questions below.
He works in the morning/in the afternoon, in the evening.
Beside/Next to: ao lado de: The microphone is besi-
I have a house in Belo Horizonte. de/next to the monitor.
She lives in Paraná but works in Argentina. Besides: além de: Besides English, she can also speak
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Steven has worked in Europe since 2011. Spanish.


Between: entre (dois ítens): He was sitting between
On: usado para dias da semana, datas (mês+dia), da- two beatuful girls.
tas comemorativas, ruas, praças e avenidas. Beyond: além de, após, atrás de: The lake is beyond
the mountains.
I go to the church on Saturdays and on Sundays. But: exceto: Everybody went to the party, but Chris.
Their baby was born on April 10TH. By: por, junto, ao lado de: Let’s sleep by the fireplace.
I always have fun on New Year’s Day. Down: abaixo, para baixo: Their house is down the hill.
The supermarket is on Brazil street. Up: acima, para cima: Their house is halfway up the
The shopping mall is on Portugal square. hill.
During: durante: He was in the army during the war.
At: usado com horas, com palavra night, com endere- For: a favor de: Who’s not for us is against us.
ços (rua+número), lugares numa cidade. For: por, para, há (tempo): Do it for me! Fish is good
I got up at 7:00. for health. They’ve lived here for many years.
The store is at 456 Lincoln street. From: de (origem): Where is he from?
He arrived late at night. In front of: na frente de: Peter sits in front of the tea-
My father is at the airport now. cher in the classroom.

18
Inside/outside: dentro de/fora de: Let the dog sleep -Negação: neither... nor.
inside/outside the house.
Instead of: em vez de: You should study more instead -Condição: if, as long as, provided that, unless, whether.
of playing video-games.
Into: para dentro, em: The plane disappeared into the -Causa ou razão: as, because, since, for.
cloud.
Near: perto de: The post office is near here. -Consequência ou resultado: so, therefore, then,
Off: para fora (de uma superfície): Mark fell off his accordingly, thus, for this reason, as a result of, conse-
motorcycle. quently, hence.
Out of: para fora de: Put these books out of the box.
Over: sobre, acima de, por cima de, mais que: There -Finalidade ou propósito: so that, so.
were over 1.000 people in the show.
Through: através de: The guys walked through the -Modo: as, as if, as though.
forest.
Till/until: até (tempo): The message will arrive until -Contraste: although, instead of, rather than, though,
tomorrow. but, yet, even though, however, in spite of that, neverthe-
To: para: Teresa will go to Italy next week. less, whereas, while, on the other hand.
Towards: para, em direção a: The boy threw the rock
towards the window. -Comparação: like, alike, likewise, correspondingly, si-
Under: em baixo de: The cat sleeps under the bed. milarly, in the same way, in this manner.
With/without: com/sem: Come with me. I can’t live
without you. Exemplos:
Within: dentro de: I will go there within a week.
Jack and Jill went to the mountains.The water was warm,
but I didn’t enter.
I went swimming although it was cold.
CONJUNÇÕES Russia is a beautiful country. It’s very cold, though.
I don’t care what you did as long as you love me.
He is so strong that broke the brick with his fist.

CONJUNÇÕES
VERBOS: REGULARES, IRREGULARES E
Uma conjunção é uma palavra ou grupo de palavras (lo-
cuções conjuntivas ou locuções adverbiais) que juntam duas
AUXILIARES;
partes de uma sentença ou que unem uma cláusula depen-
dente subordinada a uma cláusula principal. As conjunções
auxiliam na coesão textual, garantindo a interligação de ideias. VERBOS

Inicialmente, podemos considerar as conjunções sob


três aspectos básicos:

-Conjunções podem ser apenas uma palavra:

And, but, because, although, or, nor, for, yet, so, since,
unless, however, though.

-Conjunções podem ser compostas de mais de uma


LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

palavra:

Provided that, as long as, in order to, in spite of.


-Conjunções podem ser correlativas, cercando um
advérbio ou adjetivo:
So... that, neither… nor.

Além disso, as conjunções podem expressar diversos


tipos de ideias:

-Tempo: after, as, while, when, before, until, till, next,


meanwhile, finally.
-Acréscimo de ideias: and, also, furthermore, as well
as, in other words, in addition to, besides, moreover, Quanto à forma, podemos classificar os verbos ingle-
both...and, not only... but also. ses em Regulares, Irregulares e Modais.
-Alternativa: or, either... or.

19
São chamados de regulares os verbos que geralmente seguem a mesma regra.

No caso do presente, verbos regulares são aqueles que recebem -s:

Exemplo:

Play – plays, sing – sings

No caso do passado, verbos regulares são aqueles que recebem -ed:

Exemplo:

Play – played, cook – cooked

Verbos irregulares são aqueles que não seguem uma mesma regra.
Tanto no caso do presente ou do passado, os verbos sofrem modificações individuais.
Exemplos:

Presente:
have – has, do – does

Passado:
Sing – sang, eat – ate
Os verbos irregulares não têm uniformidade quanto à escrita do passado simples e do particípio. Confira os três
últimos exemplos na tabela abaixo.

Infinitivo Simple Past tense Past Participle Tradução

to accept accepted accepted aceitar


to add added added adicionar, somar
to arrive arrived arrived chegar
to be was, were been ser, estar
to begin began begun começar, iniciar
to buy bought bought comprar

Abaixo segue uma tabela dos verbos mais utilizados na língua inglesa. Assim como as palavras mais comuns (aquela
lista não possui verbos) os verbos também são parte fundamental das frases. Quanto mais verbos o estudante souber
– mais facilmente ele entenderá todas as frases de um texto.

# Infinitive Simple Past Tradução


1 accept Accepted aceitar
2 agree Agreed concordar
3 answer Answered responder
4 appear Appeared aparecer
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

5 arrive Arrived chegar


6 ask Asked perguntar
7 attack Attacked atacar
8 bake Baked assar
9 be was, were ser, estar
10 become Became tornar-se
11 begin Began começar
12 believe Believed acreditar, crer
13 bet Bet apostar
14 bite Bit morder, picar
15 bleed Bled sangrar
16 borrow Borrowed pedir emprestado

20
17 break Broke quebrar, interromper
18 bring Brought trazer
19 build Built construir
20 burn burned, burnt queimar
21 buy Bought comprar
22 call Called ligar, chamar
23 cancel Canceled cancelar
24 carry Carried carregar
25 celebrate Celebrated celebrar, comemorar
26 change Changed trocar, mudar
27 chat Chatted bater papo
28 clap clapped, clapt bater palma
29 clean Cleaned limpar
30 climb Climbed subir, escalar
31 close Closed fechar
32 come Came vir, chegar
33 cook Cooked cozinhar
34 cost Cost custar
35 broadcast Broadcast transmitir
36 create Created criar
37 cry Cried chorar
38 cut Cut cortar
39 damage Damaged danificar, estragar
40 dance Danced dançar
41 date Dated sair para um encontro, namorar
42 decide Decided decidir
43 deliver Delivered entregar
44 depend Depended depender
45 dive dived, dove mergulhar
46 do Did fazer, executar
47 draw Drew desenhar
48 dream dreamt, dreamed sonhar
49 drink Drank beber
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

50 drive Drove dririgir (4 rodas)


51 eat Ate comer
52 end Ended terminar
53 enjoy Enjoyed apreciar, desfrutar, gostar
54 exercise Exercised exercitar-se, fazer exercícios
55 fall Fell cair
56 feed Fed alimentar(se), alguém
57 fight Fought lutar
58 find Found encontrar
59 finish Finished terminar
60 fish Fished pescar
61 fix Fixed consertar, arrumar

21
62 fly Flew voar
63 follow Followed seguir
64 forget Forgot esquecer(se)
65 fry Fried fritar
66 get Got conseguir, ganhar
67 get up got up levantar-se
68 give Gave dar, conceder
69 go Went ir
70 grow Grew crescer, cultivar
71 guess Guessed adivinhar, supor
72 happen Happened acontecer
73 hate Hated odiar
74 have Had ter, possuir
75 hear Heard ouvir
76 help Helped ajudar
77 hide Hid esconder, ocultar(se)
78 hit Hit bater
79 hunt Hunted caçar
80 hurt Hurt machucar
81 improve Improved melhorar, aperfeiçoar
82 interview Interviewed entrevistar
83 jog Jog caminhar (exercício físico)
84 jump Jumped pular, saltar
85 keep Kept guardar, manter, permanecer
86 kiss Kissed beijar
87 know Knew saber, conhecer
88 listen Listened escutar
89 live Lived viver, ao vivo
90 look Looked olhar, parecer
91 lose Lost perder
92 love Loved amar
93 make Made fazer, produzir, fabricar
94 marry Married casar
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

95 meet Met encontrar-se com


96 miss Missed sentir saudades, perder a hora
97 move Moved mexer, mudar-se
98 need Needed precisar, necessitar
99 offer Offered oferecer
100 open Opened abrir
101 paint Painted pintar
102 park Parked estacionar
103 pay Paid pagar
104 plant Planted plantar
105 play Played tocar instrumento, brincar
106 practice Practiced praticar, treinar

22
107 prefer Prefered preferir
108 pull Pulled puxar
109 push Pushed empurrar
110 quit Quit desistir, sair, abandonar
111 rain Rained chover
112 read Read ler
113 relax Relaxed relaxar, descansar
114 remember Remembered lembrar, recordar
115 repair Repaired reparar, consertar
116 repeat Repeated repetir
117 rescue Rescued resgatar, socorrer
118 respond Responded responder
119 rest Rested relaxar, descansar
120 review Reviewd revisar
121 ride Rode cavalgar (2 rodas)
122 run Run correr, administrar
123 save Saved salvar, economizar (dinheiro)
124 say Said dizer
125 see Saw ver
126 sell Sold vender
127 send Sent enviar
128 sing Sang cantar
129 sink Sank afundar, naufragar
130 sit Sat sentar
131 skate Skated patinar, andar de skate
132 ski Skied esquiar
133 sleep Slept dormir
134 smell Smelt cheirar
135 snow Snowed nevar
136 speak Spoke falar
137 spell Spelled soletrar
138 spend Spent gastar tempo ou dinheiro
139 spill spilled, spilt derramar liquido
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

140 start Started iniciar, começar


141 steal Stole roubar
142 stop Stopped parar, deter
143 study Studied estudar
144 suggest Suggested sugerir
145 swear Swore jurar, falar palavrão
146 sweat sweat, sweated suar
147 sweep Swept varrer
148 swim Swam nadar
149 take Took tomar, pegar
150 talk Talked falar
151 teach Taught ensinar

23
152 tell Told contar, dizer
153 thank Thanked agradecer
154 think Thought pensar, achar (opnião)
155 touch Touched tocar
156 travel Traveled viajar
157 try Tried tentar
158 turn Turn girar, rodar, virar
159 understand Understood entender, compreender
160 upset Upset ficar nervoso, com raiva
161 use Used usar
162 visit Visited visitar
163 wait Waited esperar
164 wake up waked up, woke up acordar
165 walk Walked caminhar, andar
166 want Wanted querer
167 wash Washed lavar
168 watch Watched assistir, vigiar
169 water Watered regar
170 wear Wore vestir
171 welcome Welcomed dar boas vindas
172 win Won ganhar, vencer
173 wish Wished desejar
174 work Worked trabalhar, funcionar
175 worry Worried preocupar-se
176 write Wrote escrever

TEMPOS VERBAIS: SIMPLE PRESENT, PRESENT PROGRESSIVE, SIMPLE PAST, PAST PRO-
GRESSIVE, FUTURE, PRESENT TENSE E PRESENT PERFECT;

TEMPOS VERBAIS
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

24
PRESENTE CONTÍNUO: indica algo que acontece They aren’t traveling.
no exato momento da fala. As frases neste tempo verbal Eles não estão viajando.
mostram o que alguém está fazendo (gerúndio). Neces-
sita do verbo to be (am, is, are) e mais algum outro verbo Agora, para transformarmos as frases em interroga-
com terminação -ing (-ando, endo, -indo, -ondo): ções, devemos mudar a posição do to be. Precisamos po-
sicioná-lo (am, is, are) antes dos sujeitos das frases. As
Exemplos: outras palavras permanecem em suas posições originais.
Claro que não podemos esquecer do ponto de interro-
I am writing a book. gação. Veja:
Eu estou escrevendo um livro.
Exemplos:
You are reading.
Você está lendo. Am I writing a book?
Eu estou escrevendo um livro?
He is listening to music.
Ele está escutando música. Are you reading?
Você está lendo?
She is making lunch.
Ela está fazendo o almoço. Is he listening to music?
It is playing with a ball. Ele está ouvindo música?
Ele/Ela está brincando com uma bola.
Is she making lunch?
We are learning together. Ela está fazendo o almoço?
Nós estamos aprendendo juntos.
Is It playing with a ball?
You are studying English. Ele/ela (animal) está brincando com a bola?
Vocês estão estudando Inglês.
Are we learning together?
They are traveling. Nós estamos aprendendo juntos?
Eles estão viajando.
Are you studying English?
*O pronome it é usado para coisas e animais. Pode Você está estudando Inglês?
referir-se a pessoas quando não se sabe o sexo.
Are they traveling?
Tudo o que foi descrito nestas frases está acontecen- Eles estão viajando?
do agora, neste exato momento. Por isso usamos o pre-
sente contínuo. Para tornar todas estas frases negativas, PASSADO CONTÍNUO: se você quiser colocar todas
basta posicionar a palavra not após o to be, ou fazer uma as frases que acabamos de estudar no passado, para rela-
contração ente eles (am not, isn’t, aren’t). tar o que alguém estava fazendo, é muito simples. Basta
trocar verbo to be que estava no presente pelo to be no
Exemplos: passado (was, were). Apenas tenha atenção na hora de
saber qual pessoa usará was e qual usará were. Exemplos:
I am not writing a book. (O to be am negativo não
possui forma contraida) Exemplos: LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

You aren’t reading. I was writing a book.


Você não está lendo. Eu estava escrevendo um livro.

He isn’t listening to music. You were reading.


Ele não está escutando música. Você estava lendo.

She isn’t making lunch. He was listening to music.


Ela não está fazendo o almoço. Ele estava ouvindo musica.

It isn’t playing with a ball. She was making lunch.


Ele/Ela não está brincando com uma bola. Ela estava fazendo o almoço.
It was playing with a ball.
We aren’t learning together. Ele/ela (animal) estava brincando com a bola.
Nós não estamos aprendendo juntos.
You aren’t studying English. We were learning together.
Vocês não estão estudando Inglês. Nós estamos aprendendo juntos.

25
You were studying English. I work in the evening.
Você estava estudando Inglês. Eu trabalho a noite (no período da noite).

They were traveling. You like to dance.


Eles estavam viajando. Você gosta de dançar.

Perceba que usamos was com I/He/She/It, e que usa- He sleeps a lot.
mos were com You/We/They. Agora, para formar a ne- Ele dorme muito.
gativa (wasn’t, weren’t) e a interrogativa (Was I...?, Were
you...?), basta proceder da mesma forma que vimos no She cooks well.
caso do Presente Contínuo. Ela cozinha bem.

FUTURO CONTÍNUO: para relatar aquilo que alguém It barks too much.
estará fazendo em um determinado momento no futu- Ele/ela* late muito. (Lembrando que o pronome it é
ro, é só utilizar will be e mais qualquer outro verbo ter- utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou ob-
minado em -ing. jetos, neste caso um cachorro ou cadela).

I will be writing a book tomorrow night. We speak English fluently.


Eu estarei escrevendo um livro amanhã a noite. Nós falamos Inglês fluentemente.

You will be reading when she arrives. You drive fast.


Você estará lendo quando ela chegar. Você dirige rapidamente.

He will be listening to music this Saturday. They drink beer.


Ele estará ouvindo música este sábado. Eles bebem cerveja.

She will be making lunch tomorrow at noon. Perceba que basta seguir a ordem “sujeito + verbo no
Ela estará fazendo o almoço. infinitivo sem to (+complemento)” para formar algumas
sentenças. É a ordem natural das palavras em Português
It will be playing with a ball Monday. também. Assim, se você souber uma boa gama de ver-
Ele/ela (animal) estará brincando com a bola segun- bos, poderá montar muitas frases para praticar.
da-feira.
Neste caso de sentenças afirmativas somente neces-
We will be learning together during the trip to Spain. sitamos tomar cuidado com os detalhes em negrito e em
Nós estaremos aprendendo juntos durante a viagem sublinhado. Todas as vezes em que o sujeito da frase for
para a Espanha. a terceira pessoa do singular (he/she/it), devemos acres-
centar um -s no final do verbo. Em algumas situações
You will be studying English next semester. será um -es, e no caso do verbo ter (to have) a forma será
Você estará estudando Inglês durante o próximo semestre. has. Repito: só nas afirmativas com 3ª pessoa singular.

They will be traveling to Germany next summer. As negativas precisam fazer o uso dos verbos auxilia-
Eles estarão viajando para a Alemanha no próximo res do e does, acrescidos de not (do+not=don’t / does+-
verão (férias). not=doesn’t). Doesn’t será usado somente com 3ª pessoa
singular. Exemplos:
Nas negativas, simplesmente posicionamos not logo
I don’t work in the evening.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

após o auxiliar will, ou fazemos uma contração com eles


(will+not= won’t). Eu não trabalho a noite (no período da noite).
You don’t like to dance.
Você não gosta de dançar.
Para interrogar, faz-se a colocação do auxiliar will an-
tes do sujeito das frases (Will I...?, Will you...?).
He doesn’t sleep a lot.
PRESENTE SIMPLES: este tempo verbal nos fala de
Ele não dorme muito.
situações que acontecem rotineiramente. Estas situações
não acontecem no exato momento da fala, mas usual-
She doesn’t cook well.
mente durante o dia a dia. Por exemplo, você pode dizer
Ela não cozinha bem.
em português “eu trabalho”. Essas suas palavras indicam
algo rotineiro para você, não querem dizer que você es- It doesn’t bark too much.
teja trabalhando agora, neste exato momento. É essa no- Ele/ela* não late muito. (Lembrando que o pronome
ção de que algo acontece no presente mas como uma it é utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou
rotina é o que o presente simples indica. Vamos ver a objetos, neste caso um cachorro ou cadela).
conjugação de alguns verbos no presente simples com
frases afirmativas primeiro: We don’t speak English fluently.
Nós não falamos Inglês fluentemente.

26
You don’t drive fast. They are happy.
Você não dirige rapidamente. Eles/Elas estão/são felizes.

They don’t drink beer. Note que am é usado na primeira pessoa do singular,
Eles não bebem cerveja. is na terceira do singular e are nas outras.
Para fazermos perguntas, posicionaremos do e does Para negarmos, usamos not logo após o to be ou
antes do sujeito da frase e acrescentaremos o ponto de fazemos contração entre eles.
interrogação.
Do I work in the evening? I am not a teacher.
Você trabalha a noite (no período da noite)? Eu não sou um(a) professor(a).
You aren’t a student.
Do you like to dance? Você não é um(a) aluno(a).
Você gosta de dançar?
He isn’t late.
Ele não está atrasado.
Does he sleep a lot?
Ele dorme muito?
She isn’t early.
Ela não está adiantada.
Does she cook well?
Ela cozinha bem? It isn’t tall.
Ele/ela não é alto(a).
Does it bark too much?
Ele/ela* late muito? (Lembrando que o pronome it We aren’t Brazilians.
é utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou Nós não somos Brasileiros(as)
objetos, neste caso um cachorro ou cadela).
You aren’t busy.
Do we speak English fluently? Você não é(são)/não está(estão) ocupado(a)(s).
Nós falamos Inglês fluentemente?
They aren’t happy.
Do you drive fast? Eles não estão/são feliz(es).
Você dirige rapidamente?
Finalizando, para transformarmos estas frases em in-
Do they drink beer? terrogações, temos que por o to be antes dos sujeitos.
Eles bebem cerveja? Lembrete: ponto de interrogação! Assim:

Ótimo. Agora, para finalizarmos o presente simples, Am I a teacher?


passemos ao principal verbo inglês: o to be. A conjuga- Are you a student?
ção do presente do to be possui três formas: am, is e Is he late?
are. Este verbo significa duas coisas ao mesmo tempo: Is she early?
ser e estar. Mas como identificar se numa frase ele quer Is it tall?
se referir ao verbo ser ou se ao verbo estar? Resposta: Are we Brazilians?
depende da frase, depende do contexto. Veja: Are you busy?
Are they happy?
I am a teacher.
Eu sou um(a) professor(a).
PASSADO SIMPLES: indica alguma ação completa
no passado, ou seja, algo já finalizado. O passado simples
You are a student. caracteriza-se pela adição da terminação -ed ao verbos
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Você é um(a) aluno(a). REGULARES nas afirmativas. Nas interrogativas, usamos


Did antes dos sujeitos das frases e, nas negativas, did not
He is late. ou didn’t. Vejamos:
Ele está atrasado.
I worked yesterday. (Eu trabalhei ontem)
She is early. You answered my e-mail. (Você respondeu ao meu
Ela está adiantada. e-mail)
He traveled a lot. (Ele viajou muito)
It is tall. She watched the movie. (Ela assistiu o filme)
Ele/Ela é alto(a). It barked all night. (Ele/Ela latiu a noite toda)
We stayed here. (Nós ficamos aqui)
We are Brazilians. You played very well. (Vocês jogaram muito bem)
Nós somos brasileiros. They parked far. (Eles estacionaram longe)

You are busy. I didn’t work yesterday. (Eu não trabalhei ontem)
Você(s) está(ão) ocupado(s). You didn’t answer my e-mail. (Você não respondeu ao
meu e-mail)

27
He didn’t travel a lot. (Ele não viajou muito) We will make a barbecue. (Nós iremos fazer um
She didn’t watch the movie. (Ela não assistiu o filme) churrasco.)
It didn’t bark all night. (Ele/Ela não latiu a noite toda) You will help me later. (Você irá me ajudar depois.)
We didn’t stay here. (Nós não ficamos aqui) They will be partners. (Eles serão parceiros.)
You didn’t play very well. (Vocês não jogaram muito bem) FUTURO IMEDIATO: Utilizamos o futuro imediato
They didn’t park far. (Eles não estacionaram longe) para expressar algo que já foi planejado e por isso existe
a certeza de que irá acontecer. Por ser algo que temos
Did I work yesterday? (Eu trabalhei ontem?) certeza que iremos fazer o futuro imediato acaba sendo
Did you answer my e-mail? (Você respondeu ao meu usado frequentemente para expressar ações que acon-
e-mail?) tecerão num futuro bem próximo, por isso chamado de
Did he travel a lot? (Ele viajou muito?) imediato. A estrutura do futuro imediato é o sujeito + o
Did she watch the movie? (Ela assistiu o filme?) verbo to be no presente (am, is, are) + going to + verbo
Did it bark all night? (Ele/Ela latiu a noite toda?) principal + complemento.
Did we stay here? (Nós ficamos aqui?)
Did you play very well? (Vocês jogaram muito bem?) I’m going to visit my mother tonight (Eu irei visitar
Did they park far? (Eles estacionaram longe?) minha mãe hoje a noite.)
Jack is going to swim tomorrow. (Jack irá nadar ama-
Quanto aos verbos irregulares, procederemos da
nhã.)
mesma forma. A única diferença é nas afirmações, pois
It is going to rain in a few minutes. (Irá chover em
eles não recebem terminação -ed. É essencial memorizar
alguns minutos.)
as formas irregulares. Vejamos:

I went to the beach. (to go: ir) Como o futuro imediato é composto do to be, para
You left early. (to leave: sair, deixar) fazermos frases interrogativas e negativas, basta utilizar
He drank too much. (to drink: beber) as mesmas regras acrescentando not após o to be, ou co-
She had a sister. (to have: ter) locando o mesmo antes do sujeito para a interrogativa.
It slept under the bed. (to sleep: dormir) Steve is not going to dance samba. (Steve não irá
We stood in line. (to stand: ficar de pé) dançar samba.)
You won together. (to win: vencer, ganhar) They aren’t going to play soccer. (Eles não irão jogar
They cut the meat. (to cut: cortar) futebol.)
Faz-se necessário, também revisar o passado do ver-
bo to be. Ele será da seguinte forma: Is he going to buy a new car? (Ele vai comprar um
carro novo?)
I was tired. Are you going to call Ann? (Você irá ligar pra Ann?)
You were sad.
He was late. Apenas em conversas e diálogos informais o going to
She was early. pode ser substituído pela expressão/abreviação gonna:
It was beautiful.
We were in São Paulo. I’m gonna study tonight. (Eu irei estudar hoje a noite.)
You were elegant. Are you gonna help me? (Você irá me ajudar?)
They were at the bank.
PRESENTE PERFEITO: formado pela utilização do
Nas negativas: wasn’t e weren’t. E nas interrogativas: auxiliar have ou has (has para he, she, it) mais a forma
Was I...?, Were you...?, Was he…?, etc. do particípio de outro verbo (conhecida como “a terceira
forma do verbo”). Indica dois tipos de situações.
FUTURO SIMPLES: Usamos o futuro simples para
dizer que algo vai acontecer ou deverá acontecer, para
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Quando a ação é contínua, que têm acontecido por


expressar ações que iremos fazer mas que não tínhamos
planejado anteriormente, para fazer previsões sobre o um certo período e que ainda não acabaram, que conti-
futuro, uma vez que não temos certeza se essa previsão nuam acontecendo.
irá mesmo se concretizar ou não. Usamos também o fu-
turo simples para promessas, ofertas e propostas. A es- I have worked here for five years. (Tenho trabalhado
trutura é formado pela utilização do auxiliar will após o aqui há cinco anos)
sujeito seguido de algum verbo. A negativa é obtida com She has gone to the club a lot lately. (Ela tem ido
will not ou com a contração won’t. Para perguntar no fu- muito ao clube ultimamente)
turo simples, é só colocar will antes do sujeito. Exemplos: Dave and Mike have studied together since 2010.
(Dave e Mike têm estudado juntos desde 2010)
I will buy a car. (Eu vou comprar um carro.)
You will have a baby. (Você vai ter um bebê.) Quando descrevemos situações que já ocorreram,
He will study abroad. (Ele irá estudar no exterior.) mas que não sabemos quando. O tempo é indefinido,
She will go to the park. (Ela irá para o parque.) não interessa, ou simplesmente não importa, pois o que
importa é o fato acontecido.
It will stay at the veterinarian. (Ele/ela* irá permane- Mike has seen the ocean for the first time. (Mike viu o
cer no veterinário.) oceano pela primeira vez)

28
Sheila and Susan have already been to New York. Have Donald and Mike been training for the race?
(Sheila e Susan já estiveram em Nova Iorque) (Donald e Mike estão treinando para aquela corrida?).
I have already made my bed. (Eu já arrumei minha Have you been playing video games all day? (Você
cama) está jogando video games o dia inteiro?)
As formas negativas podem serão: PASSADO PERFEITO: usado para dizer que alguma
coisa ocorreu antes de outra no passado. Formado por
I haven’t made my bed. (Eu não arrumei minha cama) had mais o particípio de algum verbo. Veja no próximo
Mike hasn’t seen the ocean. (Mike não viu o oceano) exemplo que há duas situações acontecendo, mas, aque-
Sheila and Susan haven’t been to New York. (Sheila e la que aconteceu primeiro está usando o past perfect. E
Susan não foram a Nova Iorque) aquela que aconteceu em seguida está no passado sim-
ples. Ambas as orações estão unidas por when.
Se quisermos, podemos acrescentar no final da fra-
se a palavra yet, que significa “ainda”, para modificar um I had already left when my father called home. (Eu já
pouco o sentido da conversa: tinha saído quando meu pai ligou para casa)
(apenas nas negativas)
Não é extremamente necessário que haja duas ora-
I haven’t made my bed yet. (Eu ainda não arrumei ções. Pode have apenas uma. Veja;
minha cama) David had bought meat for the barbecue this mor-
Mike hasn’t seen the ocean yet. (Mike ainda não viu ning. (David tinha comprado carne para o churrasco hoje
o oceano) de manhã)
Sheila and Susan haven’t been to New York yet.
(Sheila e Susan ainda não foram a Nova Iorque) A negativa é formada com had not ou hadn’t. Para
Para fazermos perguntas no present perfect, basta perguntar, devemos posicionar o had antes do sujeito.
colocar have ou has antes do sujeito da frase. Às vezes,
fazemos uso da palavra ever, que significa “alguma vez”, He hadn’t gone to the bar. (Ele não tinha ido ao bar)
em perguntas: Had you brought me those documents? (Você tinha
(o uso da palavra ever é opcional) me trazido aqueles documentos?)
Have you bought Milk for the baby? (Você comprou VERBOS AUXILIARES
leite para o bebê?) Em perguntas você pode mudar o tempo verbal de
Has he talked to the police officer? (Ele falou com o
uma frase simplesmente alterando o verbo auxiliar. Por
policial?)
exemplo:
Has Tina ever traveled to Salvador? (A Tina viajou a
Do you work? = Você trabalha?
Salvador alguma vez?)
Does He work? = Ele trabalha?
Have you ever seen a famous person? (Você alguma
Did you work? = Você trabalhou?
vez viu uma pessoa famosa?)
Will you work? = Você vai trabalhar?
PRESENTE PERFEITO CONTÍNUO: formado pela uti-
lização do auxiliar have ou has (has para he, she, it) mais Os verbos auxiliares não possuem tradução nas frases:
o presente perfeito do verbo be e o gerúndio do verbo Do you play volleyball? = Você joga vôlei?
principal. Esta forma verbal enfatiza uma ação que co- A presença de um verbo auxiliar numa frase nos indi-
meçou no passado e que contina se repetindo até hoje. ca em que tempo verbal ela está (no presente, no passa-
do ou no futuro), dependendo do auxiliar que foi usado.
I have been playing tennis for one hour. (Eu estou Do e does indicam tempo presente, did indica tempo pas-
jogando tennis há uma hora) sado, e will indica tempo futuro.
Daniel has been waiting for two hours. (Daniel está
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

esperando a duas horas) Suas formas negativas são don’t (do not), didn’t (did
Anna has been teaching in the university since April. not) e won’t (will not).
(Anna tem lecionado na universidade desde Abril.)
Para montarmos interrogações, basta posicionar o
As formas negativas serão: auxiliary desejado antes do sujeito da frase.

She has not been working at that company for three O auxiliar também pode facilitar as coisas nas respos-
years (Ela não trabalha naquela companhia a três anos). tas. Ele pode substituir o verbo e todos
I haven’t been watching much television lately. (Eu os seus complementos. Assim, se alguém faz um per-
não tenho assistido muita televisão ultimamente). gunta muito longa, você pode responder rapidamente:
Roberto hasn’t been feeling well in the past few
days. (Roberto não tem se sentido bem nos últimos dias). Do you always go to work by car on weekdays? (Você
Para fazermos perguntas no present perfect conti- sempre vai para o trabalho de carro nos dias da semana?).
nuos, basta colocar have ou has antes do sujeito da frase.
Sua resposta pode ser, simplesmente, “Yes, I do”.
Has David been doing his homework everyday? (Da- Estas respostas curtas são conhecidas como short
vid está fazendo sua tarefa todos os dias?). answers.

29
Os verbos auxiliares seguidos de um verbo principal são -May e might podem ser usados para exprimir um
usados praticamente só em perguntas ou frases negativas: propósito, uma aspiração ou uma esperança:
May he rest in peace. (Que ele repouse em paz)
Do you like pizza? (Você gosta de pizza?) I hope that he might like this cake. (Espero que ele
I don’t like pizza (Eu não gosto de pizza) possa gostar deste bolo)
May all your dreams come true. (Que todos os seus
Numa frase afirmativa diríamos: sonhos se realizem)
-Para dizermos algo no passado e no futuro, ao invés
I like pizza. (Eu gosto de pizza) de may e might, normalmente usamos os verbos “to be
allowed to” ou “to be permitted to”, que significam “ser
As formas does e doesn’t são usadas quando o sujeito permitido”:
He will be allowed to leave prison. (Ser-lhe-á permiti-
da frase no presente for terceira pessoa do singular (he,
do sair da prisão)
she, it).
I wasn’t allowed to enter without a uniform. (Não me
I don’t eat pizza. (Eu não como pizza)
deixaram entrar sem um uniforme)
You don’t eat pizza. (Você não come pizza) -May e might não são usados na interrogativa expri-
She doesn’t eat pizza. (Ela não come pizza) mindo probabilidade ou possibilidade. Usamos to think,
He doesn’t eat pizza. (Ele não come pizza) to be likely e can:
It doesn’t eat pizza. (Ela/Ele não come pizza) Do you think he is listening for us? (Você acha que ele
We don’t eat pizza. (Nós não comemos pizza) está nos ouvindo?)
You don’t eat pizza. (Vocês não comem pizza) Is it likely to happen? (É possível/provável que isso
They don’t eat pizza. (Eles não comem pizza) aconteça?)
Do I eat pizza? (Eu como pizza?) Can this plan come true? (Poderá este plano se tornar
Do you eat pizza? (Você come pizza?) realidade?)
Does she eat pizza? (Ela come pizza?) -May e Might podem ser empregados na negativa,
Does he eat pizza? (Ele come pizza?) mas sem contração:
Does it eat pizza? (Ela/Ele come pizza?) He may or may not agree with you. (Ele pode concor-
Do we eat pizza? (Nós comemos pizza?) dar ou não com você)
Do you eat pizza? (Vocês comem pizza?)
Do they eat pizza? (Eles comem pizza?) Must (precisar, dever, ter que):

-Must é usado no presente e no futuro. Must pode


exprimir ordem, necessidade, obrigação, dever. É equiva-
lente a have to (ter que):
MODAL VERBS
I must go now. (Preciso ir agora)
You must obey your parents. (Você deve obedecer a
seus pais)
VERBOS MODAIS You must follow your doctor’s advice. (Você tem que
seguir os conselhos do seu médico)
Os verbos modais são distintos dos regulares e irre- He has worked a lot; he must be tired. (Ele trabalhou
gulares pois possuem características próprias: muito; deve estar cansado)

Não precisam de auxiliares na formação de negativas -A forma negativa mustn’t (must not) exprime uma
e interrogativas; proibição ou faz uma advertência:
Sempre após os modais, usamos um verbo regular ou Visitors must not feed the animals. (Visitantes estão
irregular no infinitivo, mas sem o “to”; proibidos de alimentar os animais)
Não sofrem alteração na terceira pessoa do singular You mustn’t miss the 9:00 train. (Você não pode per-
do presente. Logo, nunca recebem “s”, “es” ou “ies” para der o trem das 9:00)
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

he/she/it.
Can (poder):
São verbos modais: can, could, may, might, should,
must, ought to. -Pode ser usado para expressar talentos e habilidades
no presente:
May, Might (poder): They can sing really well. (Eles podem cantar realmen-
-May pode ser usado para pedir permissão: te muito bem)
May I open the window? (Posso abrir a janela?) I can speak English. (Eu sei falar Inglês)
May I use your bathroom? (Posso usar seu banheiro?)
-May e Might podem indicar possibilidade mais certa -Pode ser usado para pedir permissão:
ou probabilidade mais remota: Can I drink water, teacher? (Posso ir beber água, professor?)
It may rain. (Pode chover) => may indica algo com Can I see your homework? (Posso ver sua tarefa?)
mais certeza do que might.
It might rain. (Pode chover) => a probabilidade de -Há duas formas negativas, can’t e cannot:
chover é pequena. He can’t dance at all. (Ele não sabe dançar nada)
He might come to the party, but I don’t think he will. Tim cannot control his feelings. (Tim não consegue
(Ele pode vir à festa, mas não creio que virá) controlar seus sentimentos)

30
Could (conseguia, podia, poderia): I’m looking forward to meeting your parents.
(Eu estou ansioso para conhecer os seus pais.)
-Usamos could para expressar ideias como sendo o
passado de Can: Para transformar um verbo em substantivo:
When I was a teenager I could swim better. (Quando Exemplos:
eu era adolescente eu podia nadar melhor) Dancing is his favorite activity.
I could run, now I can’t anymore. (Eu podia correr, (Dançar é sua atividade favorita.)
mas agora não consigo mais)
Swimming is good for you.
-Para pedir permissão, could é mais educado e formal (Nadar faz bem pra você.)
que Can:
Could you help me? (Você poderia me ajudar?) Atividades seguidas do verbo go:
Could I borrow your cell phone? (Eu poderia pegar Exemplos:
emprestado seu celular?) Let’s go bowling this weekend.
(Vamos jogar boliche este fim de semana.)
Should e Ought to (deveria):
They went jogging yesterday morning.
-Usamos para expressar nossa opinião, para dar su- (Eles foram caminhar ontem de manhã.)
gestão ou conselho:
He should travel more. (Ele deveria viajar mais)
I ought to go right now. (Eu deveria ir imediatamente)
MODOS IMPERATIVO E SUBJUNTIVO
-As formas negativas são Shouldn’t e Ought not to.
You shouldn’t talk like that. (Você não deveria falar
daquele jeito)
I ought not to see her. (Eu não deveria vê-la) Modo Imperativo

O modo imperativo afirmativo aproveita a forma dos


verbos no infinitivo, mas sem o to. É usado para dar co-
INFINITIVO E GERÚNDIO
mandos, ordens, conselhos, instruções, sugestões e fazer
pedidos. Por exemplo, o infinitivo do verbo “fechar” é to
close. Se um professor precisa que um dos alunos feche a
O USO DO GERUNDIO porta da sala de aula, ele dirá assim:
O gerúndio no inglês é usado em algumas situações
especiais. Abaixo nós iremos listar as mais comuns. Close the door.
Close the door, please.
Após Preposições:
Exemplos: A frase imperativa afirmativa geralmente inicia-se
She is not interested in living with us. - Ela não está com o verbo, mas não necessariamente. Podemos ante-
interessada em morar conosco. por algo:

Read more about this  by  clicking here. - Leia mais Please close the door.
sobre isto clicando aqui. Diego, please, close the door.
For heaven’s sake, close the door. (Pelo amor de Deus,
Após alguns verbos “especiais” (existem mais ver- feche a porta) LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO
bos, estes são os mais comuns): admit, avoid, consider, If you can, close the door. (Se você puder, feche a porta)
continue, deny, dislike, enjoy, escape, finish, forgive, ima-
gine, include, keep, mention, miss, practice, reccommend, Já o modo imperativo negativo utiliza do not (mais
resist, risk, suggest, try, understand, quit. formal) ou don’t (mais informal) antes do verbo no infi-
Exemplos: nitivo. Veja:
I enjoy studying English. Don’t close the door.
(Eu aprecio estudar Inglês.) Don’t close the door, please.
I don’t mind helping her. Please don’t close the door.
(Eu não me importo de ajudar ela.) Além destas, há uma outra maneira de exercer o im-
perativo só que de uma forma mais sugestionada e leve,
Após algumas expressões (novamente estas são passando a impressão de incluir na sugestão quem está
apenas as mais comuns): can’t stand, it’s worth, be used falando. Podemos usar let’s junto a um verbo no infiniti-
to, can’t help, feel like, it’s no good, look forward to, what vo, mas sem o to.
about, how about, it’s no use, in spite of.
Exemplos: Let’s correct our exercises. (Vamos corrigir nossos
I can’t stand watching this game. exercícios)
(Eu não suporto assistir este jogo.) Let’s study more. (Vamos estudar mais)

31
ORAÇÕES CONDICIONAIS
VOZES DO VERBO: ATIVA, PASSIVA,
Modo Condicional
REFLEXIVA E PHRASAL VERBS
Passemos a falar, então, de sentenças Condicionais
com a palavra if (tradução: se). Eles são normalmente
usados para falar sobre possíveis eventos e seus efeitos. VOZ ATIVA E PASSIVA
Existem quatro tipos principais:
Há duas vozes verbais: ativa e passiva
-Zero Conditional: não é um condicional verdadei-
ro, pois ambos os eventos descritos vêm a ocorrer (If/ A voz ativa é a voz “normal” do verbo, pois é com
When+present tense; present tense). Exemplos: ela que normalmente nos comunicamos. Nela o foco
é o sujeito fazendo uma ação sobre o objeto. Observe
If I stay up late, I feel awful the next day. (Se eu fico os exemplos sob a ótica da ordem normal das palavras
acordado até tarde, sinto-me mau no outro dia) numa frase (Sujeito+verbo+objeto):
When the moon passes between the earth and the
sun, there is an eclipse. (Quando a lua passa entre a terra Cats eat fish. (Gatos comem peixes)
e o sol, há um eclipse)
A voz passiva é menos comum de ser usada. Ela é
-First Conditional: usado para falar sobre prová- mais formal. Nela o foco é sobre o objeto que está rece-
veis eventos no futuro se alguma coisa vier a acontecer bendo a ação. Neste caso o sujeito recebe muita pouca
(If+present tense; future tense will). Exemplos: atenção ou as vezes nem aparece na frase. Se comparar-
mos com a voz ativa, veremos uma inversão no posicio-
If I pass the exam, I will have a big party! (Se eu passar namento do sujeito e do objeto.
no exame, eu farei uma grande festa!)
If you don’t stop talking, I will send you to the prin- Fish are eaten by cats. (Peixes são comidos por gatos)
cipal. (Se você não parar de falar, eu vou te enviar ao
diretor) A voz passiva é comumente utilizada pelos meio de
comunicação para a divulgação de crimes, uma vez que
-Second Conditional: usado para falar sobre situações não se sabe a quantidade ou o sexo dos bandidos.
improváveis ou impossíveis (If+past tense; would, could,
might). Exemplos:’’ The bank was robbed last night (O banco foi roubado
If I won the lottery, I would give all the money to an noite passada.)
orphanage. (Se eu ganhasse na loteria, eu daria todo di-
nheiro a um orfanato) É incorreto dizer “alguém” roubou o banco. Alguém?
People might behave differently if they had the chan- Apenas uma pessoa?
ce to repeat their lives. (As pessoas poderiam se compor-
tar diferentemente se elas tivessem a chance de repetir A estrutura da voz passiva é bem simples: sujeito + be
suas vidas) + verbo principal no particípio.
O be deve ser conjugado conforme o tempo verbal
-Third Conditional: usado para especular sobre o pas- da frase. Exemplo: am, is, are para o presente. Was, were
sado (If+past perfect; would have, could have, might ha- para o passado, will be para o futuro, etc. Assim como
ve+past participle). Exemplos: o verbo principal também deve sofrer as modificações
necessárias. Por fim, a voz passiva existe em todos os
If we had saved more money, we would have gone to tempos verbais.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Canada last year. (Se nós tivéssemos economizado mais


dinheiro, nós teríamos ido ao Canadá ano passado) Exemplos:
If you had told me the truth, I wouldn’t have asked the
teacher. (Se você tivesse me dito a verdade, eu não teria Simple present: It is made in Brazil. (É feito no Brasil)
perguntado ao professor) Present continuous: It  is being  made in Brazil. (Está
sendo feito no Brasil)
Present perfect: It has been made in Brazil. (Tem sido
feito no Brasil)
Simple past: Parks are destroyed by our bad habits.
(Parques são destruídos por nossos maus hábitos)
Simple past: Many people were called by this com-
pany. (Muitas pessoas foram chamadas por esta empresa)

A voz passiva também é utilizada para dar foto ao obje-


to mas por fim informando quem foi o autor da obra ou do
acontecimento. Para isso nós utilizamos a preposição by.

32
Kennedy was killed by Lee Harvey Oswald. (Kennedy We  decided on  the rose wallpaper. (Nós  seleciona-
foi morto por Lee Harvey Oswald) mos o papel de parede rosa)
The scientists  wrote up  their research. (Os cientistas
PHRASAL VERBS (VERBOS DE DUAS PALAVRAS) escreveram algo sobre sua pesquisa)
The traffic cop wrote up the offender. (O guarda de
O Inglês tem uma grande variedade de two-word trânsito deu uma multa ao infrator)
verbs (verbos de duas palavras). Talvez o Fred  flipped off  the policeman. (Fred fez um gesto
melhor termo para identificá-los seja  phrasal verbs ofensivo para o policial)
(verbos frasais), assim chamados pelo fato de serem
compostos, possuindo mais de uma palavra, parecendo- Quanto a posição do phrasal verb.
-se com um tipo de frase. Um phrasal verb é composto Quando falamos de substantivos a grande maioria dos
por um verbo regular ou irregular junto com alguma par- phrasal verbs aceitam ser colocados de duas maneiras:
tícula, que pode ser uma preposição ou um advérbio, ou
ambos. Os phrasal verbs têm significados novos, diferen- I’ll hang up my coat. / I’ll hang my coat up. (Eu vou
tes das palavras que os compõem lidas separadamente. pendurar o meu casaco)
Eles precisam ser entendidos como um grupo e não com
suas palavras de forma isolada. O substantivo pode vir após o phrasal verb ou no
meio dele.
Para ver a diferença, considere o significado do verbo Entretanto, quando falamos de pronomes, eles obri-
to turn segundo o Dicionário Cambridge e, em seguida, as gatoriamente devem vir no meio do phrasal verb:
sentenças com phrasal verbs derivados do mesmo verbo:
I’ll hang it up (Eu vou pendurar [o meu casaco.])
“TURN verb [I/T] (GO AROUND) to move or cause so- Let’s help him out. (Vamos ajudar ele.)
mething to move in a circle around a central point or line.”
= Mover ou fazer com que algo se movimente em círcu-
los ao redor de um ponto ou de uma linha central.
FORMA VERBAL ENFÁTICA
Fred turned on the light. (Fred acendeu a luz)
Mary turned down the gas. (Mary diminuiu o gas)
Ralph turned up the stereo. (Ralph aumentou o volu-
me do aparelho de som) A forma verbal enfática nada mais é que dar mais
Susan turned over the pancake. (Susan virou a panqueca) ênfase, intonação, destaque a frase. Uma técnica muito
The committee turned down the request. (O comitê comum para se atingir este efeito é o uso de inversion
(inversão em inglês). O use da forma enfática deixa a fra-
recusou o pedido)
se mais formal, com um recurso estilístico mais refinado.
Exemplo:
Para entender como um two-word verb funciona, você
tem que refletir sobre o significado básico de “turned”. Jack didn’t know how much money was left. (Jack
Geralmente, se for possível substituir o verbo e sua pre- não sabia quanto dinheiro restava).
posição por outra palavra, uma palavra que signifique Esta é a forma normal/comum de se comunicar uma
exatamente a mesma coisa, então, o verbo é realmente ideia. Ela utiliza a forma padrão de sujeito + verbo + objeto.
um two-word verb. Poderíamos reescrever as frases da
seguinte maneira: Little did Jack know how much money was left.
Fred put the light in the «on» position. (Fred pôs a luz (Mal sabia ele quanto dinheiro restava).
na posição “ligada”) O primeiro detalhe vai para o acréscimo da palavra
Mary lowered the gas. (Mary reduziu o gás) little no início da sentença e a adição também do auxiliar
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Ralph raised the volume on the stereo. (Ralph aumen- did que reforça o tempo verbal que a frase se encontra.
tou o volume do som) Neste segundo exemplo estamos comunicando a ideia
Susan flipped the pancake. (Susan girou a panqueca) de uma forma mais forte.
The committee  refused  the request. (O comitê recu- Outra técnica para a enfática é a colocação do auxiliar
sou o pedido) do tempo verbal na afirmativa da frase junto com o verbo.

Muitos phrasal verbs não têm objeto: Exemplo 2:


I go to church everyday. (Eu vou para a igreja todos
After their fight, Susan and Paul made up. (Após a bri- os dias)
ga, Susan e Paul fizeram as pazes) Novamente a forma mais comum de se comunicar
During the wedding, the groom passed out. (Durante uma frase. Estrutura básica de sujeito + verbo + objeto.
o casamento, o noivo passou mal) I do go to church everyday. (Eu realmente vou a
igreja todos os dias).
Contudo, outros phrasal verbs pedem objeto: A adição do auxiliar do que representa o tempo verbal
o qual a frase se encontra torna a frase mais forte, onde
They put up with the inconvenience. (Eles toleraram a o sujeito diz que realmente ele vai a igreja todos os dias,
inconveniência) para que nenhuma dúvida permaneça.

33
Podemos relatar o que alguém disse de duas maneiras:
QUESTION TAGS E TAG ANSWERS
a) Pelo discurso direto (direct speech): quando repeti-
mos o que foi dito por alguém usando as mesmas pala-
vras desta pessoa. Exemplo:
Question tags  são perguntas curtas que aparecem -He said: “I feel well”.
no final das frases com o intuito de questionar ou confir- -Ele disse: “Eu me sinto bem”.
mar a informação dita previamente. b) Pelo discurso indireto (indirect speech): quando
contamos usando nossas próprias palavras o que foi dito
Exemplo: por alguém.
Mike is your father, isn’t he? (Mike é seu pai, não é?) Exemplo:
-He said that he felt well.
Regras para question tags: -Ele disse que se sentia bem.
- A question tag sempre vem na forma oposta a frase.
Ao reproduzir o que alguém disse de forma indireta
(Frase afirmativa, question tag na negativa. Frase na ne-
precisamos efetuar algumas modificações na estrutura
gativa, question tag na afirmativa);
da frase. Veja algumas das mudanças mais frequentes:
- A question tag sempre vem após virgula;
- A question tag sempre vem no mesmo verbal que Direct Speech:
a frase principal (e é importante que o leitor saiba qual Indirect Speech:(Simple Present) He said: She works
tempo verbal a frase se encontra e qual o seu respectivo with me.
verbo auxiliar mesmo quando este não está evidente); (Simple Past) He said (that) she worked with him.
(Present Continuous) She is working with me.
Exemplos: (Past Continuous) She was working with him.(Past
The company opened yesterday, didn’t it? (A empresa Continuous) She was working with me.
abriu onde, não abriu?) (Past Perfect Continuous) She had been working with him.
Marcus will travel to Spain, won’t he? (Marcus irá via- (Simple Future) She will work with me.
jar para Espanha, não irá?) (Simple Conditional) She would work with him.
You should study more, shouldn’t you? (Você deveria Outras trocas de palavras e expressões que devem ser
estudar mais, não deveria?) feitas do discurso direto para o indireto são as seguintes:
Peter and Sue didn’t buy a new house, did they? (Pe-
ter e Sue não compraram uma casa nova, compraram?) Direct Speech: Indirect Speech:
Roberto speaks Chinese, doesn’t he? (Roberto fala Today That day
Chinês, não fala?) Yesterday The day before
Last night The night before
Now Then
Here There
DISCURSO DIRETO E INDIRETO Tomorrow The next day
This That
These Those

-Quando se relata uma ordem ou comando de al-


guém, usa-se o infinitivo no discurso indireto.

He said: “Close the door”. (Ele me disse: “Feche a porta”)


He told me to close the door. (Ele me disse para fe-
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

char a porta) He said: “Don’t close the door”. (Ele me dis-


se: “Não feche a porta”)
He told me not to close the door. (Ele me disse para
não fechar a porta)

-Quando se relata uma pergunta, coloca-se a frase na


forma afirmativa fazendo as devidas transformações: She
said: Where is Bill?

She asked where Bill was. (Ela perguntou onde Bill estava)
He said: “Is Mary here?”

He asked if Mary was there. (Ele perguntou se Mary


estava lá)
-Should, Could, Must, Might e Would não alteram sua
forma:

34
She said: “I could go”.
She said that she could go. (Ela disse que ela poderia ESTRUTURA DA ORAÇÃO: PERÍODO
ir)
COMPOSTO, OPERAÇÕES CONDICIONAIS
-Say é usado com ou sem objeto indireto precedido
(CONDICIONAIS, RELATIVAS, APOSITIVAS,
de to. No discurso indireto, tell é usado com objeto indi-
reto precedido de to. ETC.)

Bill said: “I love Ann”. (Bill disse: “Eu amo Ana”)


Bill said that he loved Ann. (Bill disse que amava Ana)
Bill said to Ann: “I love you”. (Bill disse para Ana: “Eu Ordem Das Palavras Na Oração
te amo”)
Bill told Ann that he loved her. (Bill disse para Ana que Para começar, vejamos a ordem das palavras em sen-
a amava) tenças afirmativas:

-Em frases que apresentam sugestões o verbo intro- sujeito verbo objeto
dutório do discurso indireto é to suggest. E a forma let’s é I study English.
alterada para we should. I play tennis.
Se você já é um estudante um pouco mais avançado,
He said: “Let’s take a taxi”. lembre-se da seguinte regra:
He suggested (that) we should take a taxi.
Sujeito verbo objeto indireto objeto direto

lugar tempo

I will tell you

the story at school tomorrow.

A ordem das palavras em sentenças negativas é a mes-


ma que nas afirmativas. Note, entretanto, que nas nega-
tivas nós normalmente precisamos de um verbo auxiliar:

Sujeito verbo objeto indireto

objeto direto lugar tempo

I will not tell you the story


at school tomorrow.

Em cláusulas subordinadas, a ordem das palavras é a


Na tirinha: mesma que nas sentenças afirmativas. Conjunções são
frequentemente usadas entre duas cláusulas:
Hey, how much does it cost to have a cool website?
Ei, quanto custa para ter um site legal? Conjunção sujeito verbo objeto
Well, I’ll need more info about your idea, which kind indireto objeto direto lugar tempo
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

of features do you have in mind...?


Bem, eu irei precisar de mais informações sobre a sua I will tell you the story at school
idéia, que tipo de recursos você tem em mente? tomorrow

Sorry, I’ll only send you more info once we have because I don’t have time now.
agreed a fair price!
Me desculpe, eu irei enviar mais informações assim -Posição de Expressões de Tempo (recently, now,
que nós combinarmos um preço justo! then, yesterday, etc.)

O candidato ao fazer a interpretação da tirinha, con- Advérbios de tempo são normalmente postos no final
segue classificar a sentimento do programador que não da sentença.
fala nada no último quadrinho, apenas demonstra a sua
frustração facialmente. Sujeito verbo objeto indireto objeto direto
tempo

I will tell you the story tomorrow.

35
Se você não quiser dar ênfase ao tempo, você pode também posicionar o advérbio de tempo no início da sentença.

Tempo sujeito verbo objeto indireto objeto direto

Tomorrow I will tell you the story

Note que algumas expressões de tempo são advérbios de frequência (always, never, usually, seldom, sometimes,
etc.). Estas são normalmente postas antes do verbo principal da frase, exceto quando o “to be” é o verbo principal.

Sujeito auxiliar/to be advérbio verbo principal objeto, lugar ou tempo

I often go swimming in the evenings.


He doesn’t always play tennis.
We are usually here in the summer.
I have never been abroad.

-Posição de Advérbio de modo (slowly, carefully, awfully, etc.)

Estes são postos atrás do objeto direto, ou atrás do verbo se não houver objeto direto.

Sujeito verbo objeto direto advérbio

He drove the car carefully.


He drove carefully.
- Advérbios de lugar (here, there, behind, above, etc.)

Assim como os advérbios de modo, estes são colocados atrás do objeto direto ou do verbo.

Sujeito verbo objeto direto advérbio

I didn’t see him there.


He stayed behind.

- Advérbios de tempo (recently, now, then, yesterday, etc.)

Advérbios de tempo são normalmente colocados no final da sentença.

Sujeito verbo objeto indireto objeto direto tempo

I will tell you the story tomorrow.

Se você não quiser impor ênfase no tempo da ação, você pode por o advérbio de tempo no início da sentença.

Tempo sujeito verbo objeto indireto objeto direto


LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Tomorrow I will tell you the story.

-Advérbios de Frequência (always, never, seldom, usually, etc.)

São posicionados diretamente antes do verbo principal. Se o “to be” for o verbo principal e não houver nenhum
verbo auxiliar, os advérbios de frequência devem ser postos atrás do “to be”. Se houver um verbo auxiliar, entretanto,
advérbios de frequência são posicionados antes do “to be”.

Sujeito auxiliar/to be advérbio verbo principal objeto, lugar ou tempo

I often go swimming in the evenings.


He doesn’t always play tennis.
We are usually here in the summer.
I have never been abroad.

-Ordem de palavras em sentenças interrogativas:

36
Em perguntas, a ordem sujeito-verbo-objeto é a mesma que nas sentenças afirmativas. A única coisa que pode se
alterar é que você normalmente tem que interpor o verbo auxiliar antes do sujeito. Pronomes Interrogativos são colo-
cados no início das sentenças:

Interrog. verbo aux. Suj. outro verbo obj. indireto obj. direto lugar tempo
What would you like to tell me?
Did you have a party at home yesterday?
When were you there?

Não podemos usar um verbo auxiliar quando procuramos ou perguntamos pelo sujeito da oração. Neste caso, o
pronome interrogativo simplesmente toma o lugar do sujeito.

Interrogativo verbo(s) objeto

Who invited you?

The Infinitive And The “-Ing” Form.

FORMA INFINITIVA – Conhecida como a forma “padrão” ou “normal” dos verbos.


Usamos o verbo na forma infinitiva com a maioria dos verbos, por exemplo:

Forget, help, learn, teach, train, choose, expect, hope, need, offer, want, would like, agree, encourage, pretend, pro-
mise, allow, decide, etc...

Exemplos:
I go to the gym everyday. (Eu vou pra a academia todos os dias).
You work for the goverment. (Você trabalha para o governo).
I eat luch in my house with my family. (Eu como o almoço na minha casa com minha família).

Também usamos o infinitivo sempre após os adjetivos.


Exemplos:

I was happy to help you. (Eu fiquei feliz em lhe ajudar).


She will be delighted to see you. (Ela ficará muito feliz em lhe ver).
The water was too cold to swim. (A água está muito fria para nadar).

FORMA COM -ING – A forma –ing é usada quando a palavra em questão é o sujeito da frase.

Exemplos:
Swimming is good exercise. (Nadar é um bom exercício).
Doctors say that smoking is bad for you. (Os medicos dizem que fumar faz mal para você).

A forma –ing também é usada após preposições. LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

Exemplos:
I look forward to meeting you. (Eu estou ancioso para te conhecer).

They left without saying «Goodbye.» (Eeles se foram sem dizer “tchau”).

A forma –ing também é usada após certos verbos especiais. (ao invés de se colocar to entre os verbos).

Alguns verbos:
Avoid, dislike, enjoy, finish, give up, mind/not mind, practise.

Exemplos:

Would you mind opening the window? (Você se importa em abrir a janela?).

I avoid talking about my uncle. (Eu evito falar sobre o meu tio).

Alguns verbos aceitam ambas as formas infinitivas ou –ing.

37
Alguns verbos: begin, continue, hate, intend, like,
love, prefer, propose, start. PREFIXOS E SUFIXOS; E MARCADORES DO
DISCURSO (BY THE WAY, ON THE OTHER
Exemplos:
It started to rain. It started raining. (Começou a cho-
HAND, IN ADDITION, IN MY OPINION, ETC.)
ver).
I like to play tennis. I like playing tennis. (Eu gosto de
jogar tennis).
Prefixos e sufixos
Operações condicionais: Modo Condicional
Através do estudo da morfologia de uma língua, po-
Passemos a falar, então, de sentenças Condicionais de-se perceber a flexibilidade da mesma. Através dos
com a palavra if (tradução: se). Eles são normalmente afixos, podemos criar novas palavras e mudar o sentido
usados para falar sobre possíveis eventos e seus efeitos. destas. A vantagem de se estudar a morfologia, é que
Existem quatro tipos principais: mesmo sem saber o significado da palavra, pode-se
identificar a classe gramatical da mesma, o que facilita
-Zero Conditional: não é um condicional verdadei-
bastante a compreensão textual.
ro, pois ambos os eventos descritos vêm a ocorrer (If/
 
When+present tense; present tense). Exemplos:
AFFIXATION: É a adição de prefixos e sufixos.
If I stay up late, I feel awful the next day. (Se eu fico Ex: pleasure - unpleasure, war – anti-war
acordado até tarde, sinto-me mau no outro dia)
When the moon passes between the earth and the Os Sufixos têm a função de modificar a categoria gra-
sun, there is an eclipse. (Quando a lua passa entre a terra matical das palavras a que se aplicam. Isto é, um deter-
e o sol, há um eclipse) minado sufixo será sempre aplicado a uma determinada
categoria de palavra e resultará sempre numa outra de-
-First Conditional: usado para falar sobre prová- terminada categoria. Prefixos, por sua vez, normalmente
veis eventos no futuro se alguma coisa vier a acontecer não alteram a categoria gramatical da palavra base a que
(If+present tense; future tense will). Exemplos: se aplicam. Os prefixos dão aos adjetos e verbos ideias
negativas ou opostas. Sua função é predominantemente
If I pass the exam, I will have a big party! (Se eu passar semântico, isto é, eles alteram o significado da base.
no exame, eu farei uma grande festa!)  
If you don’t stop talking, I will send you to the prin- PREFIXOS
cipal. (Se você não parar de falar, eu vou te enviar ao
diretor) In transforma-se em im antes de palavras que come-
çam com ‘m’ ou ‘p’.
-Second Conditional: usado para falar sobre situações Ex: immature, impatient, impossible, impolite.
improváveis ou impossíveis (If+past tense; would, could,
might). Exemplos:’’ Desta mesma forma in transforma-se em ir antes de
If I won the lottery, I would give all the money to an
palavras que começam com ‘r’.
orphanage. (Se eu ganhasse na loteria, eu daria todo di-
Ex.: irregular; irresponsible.
nheiro a um orfanato)
People might behave differently if they had the chan-
ce to repeat their lives. (As pessoas poderiam se compor- Seguindo ainda a mesma ideia, in será transformado
tar diferentemente se elas tivessem a chance de repetir em il com palavras que começam com ‘l’.
suas vidas) Ex.: Illegal, illiterate, illegible.
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

-Third Conditional: usado para especular sobre o pas- OBS- O prefixo in e suas variações, nem sempre dão
sado (If+past perfect; would have, could have, might ha- um sentido negativo às palavras. Geralmente dão ideia
ve+past participle). Exemplos: de “interno”, “dentro”.
Ex.: internal, import, insert.
If we had saved more money, we would have gone to
Canada last year. (Se nós tivéssemos economizado mais Os prefixos un e dis também dão ideia de oposição
dinheiro, nós teríamos ido ao Canadá ano passado) aos verbos. Estes prefixos são geralmente usados para
If you had told me the truth, I wouldn’t have asked the reverter a ação dos verbos.
teacher. (Se você tivesse me dito a verdade, eu não teria Ex.: conver/uncover, lock/unlock, agree/disagree, like/
perguntado ao professor) dislike.

O prefixo non também dá ideia de negação.


Ex.: non-smoker, non-conformist.
O prefixo anti dá ideia de oposição “against” e pode
ser aplicado para verbos e substantivos.
Ex.: anti-war; antisocial; antibiotic; antibody.

38
O prefixo auto é reflexivo e dá ideia de autossuficiente. Ex.: employer/ employee, sender/addressee/payee.
Ex.: autograph, auto-pilot, automobile.
Tion, sion, ion são usados para formar substantivos
O prefixo bi dá ideia de duplicação (dois ‘twice’). a partir de verbos.
Ex.: bycicle, bilateral, bilingual. Ex.: compete/competition, promote/promotion, act/
action.
O prefixo ex é igual a ‘antigo’, ‘anterior’, ‘passado’.
Ex.: ex-wife, ex-smoker, ex-boss. Ist (pessoa) e ism (uma atividade ou ideologia).
Ex.: typist, terrorista, jornalismo, physicist.
Ex também pode ser usado como ‘retirado de’.
Ex.: extract. Able/ible é o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do
português. Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que
Micro é igual a ‘pequeno’, ‘mínimo’, ‘minúsculo’. significa ‘capaz de’, ‘merecedor de’. Transforma verbos
Ex.: microwave, microbiotic, microchip. em adjetivos.
Ex.: drinable, washable, arorable, available, flexible.
Mis dá ideia de ‘erroneamente’.  Observe os exemplos
abaixo: Ise/ize  (mais comuns no inglês americano) formam
Ex.: misunderstand, mistranslate, mislead. verbos a partir de adjetivos.
Ex.: modernise, commercialise, industrialize, compute-
O prefixo mono dá ideia de único (single). rise.
Ex.: monolingual, monologue, monosyllabic.
As terminações  ment,  ance  e  ence  também são
Multi dá ideia de múltiplos (many). acrescentadas a verbos para formar substantivos que
Ex.: multinational, multimídia. significam “a ação de” ou o “resultado da ação de”.
Ex.: Excitement, enjoyment, replacement.
Over dá ideia de excesso (a lot).  
Ex.: overwork, overtired, oversleep. Ity significa o estado, a qualidade de; equivalente ao su-
fixo ...idade do português.  
Post dá ideia de postergação. Ex.: producitivity, sacarcity, possibility.
Ex.: postgraduate, post-war, postpone.
Hood  significa o estado de ser. Há cerca de mil anos
O prefixo pre é o mesmo que ‘antes’. atrás, no período conhecido como Old English, hood era
Ex.: pre-war, pre-judge, pre-school. uma palavra independente, com um significado amplo,
relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível so-
Pro é o mesmo que ‘em favor de’. cial, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros
Ex.: pro-government, pro-student, pro-revolutionary. substantivos para posteriormente, com o passar dos sé-
culos, se transformar num sufixo.
Ex.: childhood, motherhood, neighborhood.
Pseudo, como no português é o mesmo que ‘falso’.
Ex.: peseudo-scientific, pseudo-intellectual. Ship  significa o estado de ser.   Refere-se especial-
mente a status.
O prefixo re dá ideia de ‘novamente (again)’. Ex.: friendship, partnership, membership.
Ex: rewrite, replay, restart, renew.
Ive (…ative) o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível
Semi é o mesmo que metade (half), ‘não por completo.’ do português.
Ex.: semi circular, semi final, semi finalista. Ex.: active, affirmative attractive.
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Sub, assim como no português dá ideia de ‘embaixo’. Os sufixos al e age são igualmente usados para for-
Ex.: subway, submarine, subdivide. mar substantivos derivados de verbos com o significado
de “o ato de” ou “o resultado do ato de”. Forma-se adje-
O prefixo under dá ideia de ‘não suficiente’. tivos com estes.
Ex.: Underestimate, undercooked. Ex.: brutal, legal, drainage, approval, removal.
O sufixo ous é acrescentado a substantivos abstratos
SUFIXOS para formar adjetivos.
Ex. delicious, outrageous, dangerous, ambitious.
Er e Or  são usados para a pessoa que pratica uma O sufixo ful forma substantivos com o significado de
ação (agente da ação”. “a quantidade contida em”.
Ex.: writer, driver, singer, worker, actor, donor. Ex.: hopeful, useful, forgetful.

Er e ee  podem contrastar com outros significados. O sufixo less é frequentemente usado com o sentido
Por exemplo, er é usado para a pessoa que pratica a ação de “falta de”, “ausência de”, e pode vir ligado a substan-
(quem faz), enquanto que ee é a pessoa quem recebe ou tivos para formar adjetivos.
vivencia tal ação. Ex.: useless, harmless.

39
Ify, que se acrescenta a substantivos e adjetivos para Ex. for, in case, in order to, lest, so (that), that, to
formar verbos.
Ex.: beautify, purify, terrify. p) time (tempo)
Ex. after, as, as soon as, before, no sooner than, once,
Fonte: http://www.centraldoingles.com/canais/ still, till, until, when, whenever, while
gramatica/prefixos-e-sufixos.aspx
Fonte: http://pt.slideshare.net/elaineelaine54772/
Marcadores de discurso marcadores-de-discurso-i-ingls

O que são marcadores de discurso?


- São todas as palavras, locuções ou expressões, es-
pecialmente conjunções, advérbios e preposições, que COMPREENSÃO DE TEXTOS: TEXTOS DE
imprimem uma marca significativa no texto, direcionan- ASSUNTOS TÉCNICOS E GERAIS
do o rumo do período ou do próprio texto.
- Elas abrigam noções diversas, interligando ideias e
estabelecendo coesão entre elas.
TÉCNICA DE LEITURA DE TEXTO DE LÍNGUA INGLESA
As mais incidentes nos vestibulares têm sido as que
exprimem: No Brasil, de um modo geral, o inglês instrumental
a) addition (adição) é uma das abordagens do ensino do Inglês que centra-
Ex. and, as well as, besides, both... and., futhermore, in liza a língua técnica e científica focalizando o emprego
addition, moreover, not only... But also de estratégias específicas, em geral, voltadas à leitura.
b) alternation, alternative (alternância, alternativa) Seu foco é desenvolver a capacidade de compreensão
Ex. either ...or, neither ...nor, or, wether ...or de textos de diversas áreas do conhecimento. O estudo
da gramática restringe-se a um mínimo necessário nor-
c) cause, reason (causa, razão) malmente associado a um texto atual ou similar que foi
Ex. as, because, due to, for, in case, since veiculado em periódicos. O conhecimento de uma boa
quantidade de palavras também faz parte das técnicas
que serão relacionadas abaixo.
d) comparison (comparação)
Ex. as, as if, likewise, like than
Dependendo do objetivo de sua leitura, você terá que sa-
ber utilizar algum dos três níveis diferentes de compreensão:
e) condition (condição)
Ex. if, on he condition (that), provided that, suppo- Compreensão Geral: obtida através de uma leitura
sing, unless, wether rápida, “uma passada de olho rápida no texto”, para cap-
f) conclusion, consequence, result (consequência, re- tarmos as informações gerais acerca dele, ou seja, aquilo
sultado, conclusão) que é de maior importância, seu tema geral, seu assunto
Ex. hence, so thereby, therefore, thus principal.

g) contrast (contraste) Compreensão de Pontos Principais: exige que te-


Ex. albeit, althought (though), but, despite, even, even nhamos maior atenção na busca das informações prin-
if, even though, however, in spite of, instead of, neverthe- cipais espalhadas pelo texto, observando cada parágrafo
less, or else, otherwise, rather than, still, whereas, while, yet distintamente para identificar dados específicos que o
autor quis destacar.
h) emphasis (ênfase)
Ex. actually, do (does did), indeed, in fact, really
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Compreensão Detalhada: requer um nível de leitu-


i) enumeration (enumeração) ra mais aprofundado que nos níveis anteriores. Exige a
Ex. finally, first, next, then compreensão de detalhes do texto, minúcias, palavra por
palavra, e demanda, assim, mais tempo e atenção do lei-
j) exception (exceção) tor. Para tanto, em alguns casos, será preciso reler várias
Ex. but, except (for), save vezes o texto.

l) exemplification ( exemplificação) Para obter um bom nível de acerto durante os níveis


Ex. e.g., for example, for instance, i.e., such as, that is de compreensão, temos que por em prática algumas téc-
nicas de auxílio à leitura que passaremos a ver agora.
m) manner (modo)
Ex. as, as if, as though, how, like Background knowledge (conhecimento prévio):
para que um leitor consiga identificar e entender certas
n) negative (negação) informações em qualquer tipo de texto, torna-se extre-
Ex. neither, nor mamente importante que ele possua algum conheci-
mento prévio sobre seu assunto. Podemos comparar
o) purpose (propósito, finalidade) esta situação com a de um estudante tentando fazer uma

40
prova de redação. Se ele nunca tiver lido, discutido, es- desenvolvimento sequenciado do pensamento. Isso
tudado ou ouvido falar do tema daquela redação, como só é possível porque quem escreve, o faz de manei-
poderá dissertar? Suas ideias podem até ir para o papel, ra organizada, porque as pessoas pensam de maneira
mas correrá um grande risco de não ter o vocabulário semelhante e porque alguns tipos de textos possuem
necessário, consistência, profundidade, argumentos, co- estruturas previsíveis levando nós leitores a atingir
nhecimento de causa, exemplos a citar, etc. sua redação certas formas de compreensão. Quanto mais expe-
será pobre. Da mesma maneira, se o leitor de um tex- riente for o leitor, maior será sua capacidade de pre-
to técnico em língua inglesa não tiver conhecimento de ver. Nesta etapa, passamos a associar o assunto do texto
mundo, vivência, experiências variadas de vida, conheci- com as dicas tipográficas usadas pelo autor para trans-
mento prévio sobre o assunto, seu nível de compreensão mitir significados.
será mais superficial. Por isso, o ponto de partida para Grifo de palavras cognatas, das palavras já conhe-
uma leitura eficiente está sempre em você. Mas também cidas pelo leitor e das repetidas: Muito comuns entre as
não adianta buscar apenas informação de coisas que te línguas inglesa e portuguesa, os cognatos são termos
atraem, coisas que você gosta de saber. É preciso ampliar bastante parecidos tanto na escrita como no significado
sua visão de mundo. Se você for mulher, busque saber em ambas as línguas. Grifar todas estas palavras em um
algo sobre futebol também, sobre carros, sobre coisas do texto é um recurso psicológico e técnico que visa mostrar
mundo masculino. Se você for homem, busque também e provar visualmente para o leitor que ele tem conheci-
conhecer assuntos do mundo feminino como cosméticos mento de muitas das palavras daquele texto e de que,
e vestuário. Busquem ambos interessar-se por assuntos assim, ele é capaz de fazer uso dessas informações para
relacionados a crianças, idosos, povos diferentes do seu, responder às questões propostas. Trata-se de um recur-
países variados, regiões do mundo sobre as quais que so que usamos para dar mais relevância e importância
você normalmente não sabe nada. Leia jornais, revistas, às palavras que já sabemos em um texto, pois é nelas
sites da internet, pesquise coisas curiosas, assista a pro- que nos apoiaremos para resolver exercícios e para en-
gramas de TV jornalísticos, de variedades, de humor, de tender os textos. É muito mais inteligente voltar nosso
esportes, de ciência, de religião, de saúde, de entreteni- foco para as palavras que têm algum significado para nós
mento, converse com pessoas de opiniões, idades e clas- do que destacar aquelas que não conhecemos. Além dis-
ses sociais diferentes da sua, dê valor a todos os assuntos so, ao grifar, você acaba relendo as informações de uma
porque você nunca sabe qual tema será abordado num maneira mais lenta, o que faz com que perceba certos
texto de uma prova. Esteja preparado para todos eles. detalhes que não havia percebido antes. É uma forma
Desta forma podemos agilizar sua compreensão acerca de quantificar em porcentagem aproximada o quanto se
de um texto. Desta forma você terá mais prazer ao ler, sabe daquele texto. É preciso lembrar que há um número
pois compreenderá os mais variados textos. Desta for- muito grande de palavras repetidas nos textos e isso faci-
ma você verá que é capaz de adquirir conhecimento em lita para o estudante, pois ele poderá grifar mais de uma
uma língua estrangeira. Desta forma poderemos minimi- vez a mesma palavra.
zar seus problemas e aumentar suas chances de obter o
sucesso. Scanning: esta técnica de leitura visa dar agilidade na
busca por informações específicas. Muitas vezes, após ler
Skimming (ler ou examinar superficialmente; desna- um texto, nós queremos reencontrar alguma frase ou al-
tar; retirar aquilo de maior peso ou importância): é uma guma palavra já lida anteriormente. Para efetuar esta bus-
técnica que permite rapidez e eficiência na busca de al- ca não precisamos ler o texto inteiro de novo, podemos
gum direcionamento inicial acerca do texto. Realizar o simplesmente ir direto ao ponto aonde podemos encon-
skimming significa ler rapidamente o texto para saber o trar tal informação. Isso é o scanning, significa encontrar
assunto principal trabalhado pelo autor. Esta atividade respostas de uma forma rápida e direta sem perder tem-
de leitura nos proporciona um nível de compreensão ge- po relendo o texto todo. Esta técnica em geral deve ser
ral, visando nos dar uma visão global, aberta e ampla do aplicada após uma ou mais leituras completas do texto
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

texto. Ao realizarmos o skimming, não podemos nos de- em questão. Assim o leitor diminuirá o risco de confundir
ter em detalhes como palavras novas nem palavras das informações, perder tempo ou de dar respostas erradas.
quais nos esquecemos. Estamos em busca do assunto Se desejar, o estudante pode ler o que os exercícios pedi-
principal e do sentido geral do texto. rão antes de fazer o scanning, pois assim ele irá selecionar
mais facilmente o que for mais importante para responder
Prediction: Com esta estratégia o leitor lança mão àquelas questões direcionando-se melhor.
do seu próprio conhecimento, através das experiências
de vida que possui, e da informação linguística e contex- Lexical Inference (inferência lexical):  Inferir sig-
tual. Após realizar o skimming, o leitor precisa concen- nifica deduzir. Às vezes será preciso deduzir o sentido
trar-se para tentar ativar as informações que já possui de um termo, decifrando o que ele quer dizer. Mas isso
sobre o tema e prever que tipos de palavras, frases ou não pode ser feito de qualquer maneira. Para inferirmos
argumentos podem estar presentes naquele texto. É um bem, é necessário entender o significado daquela pala-
momento de reflexão. É a hora de buscar na memória vra desconhecida através do contexto no qual ela está
tudo o que foi lido, estudado, discutido, e visto na mí- inserida, observando as palavras vizinhas, as frases ante-
dia a respeito daquele tema. Além do mais, esta é uma riores e posteriores, o parágrafo onde ela está, as noções
estratégia de leitura que também permite ao leitor gerais que temos do texto, etc. Precisamos observar o
prever o que vem a seguir em um texto. Trata-se do meio no qual a palavra está posta. Neste caso teremos

41
de nos fazer valer de nossos conhecimentos de classes 039 between entre (2 coisas)
gramaticais (substantivos, adjetivos, preposições, verbo, 040 beyond além
etc.), de afixos, de singular e plural, conhecimento sobre 041 big grande
a estrutura de textos, etc. Tudo isso em conjunto pode 042 black preto(a)
ajudar numa aproximação do sentido real daquele termo 043 blood sangue
que não sabemos. 044 body corpo
É preciso lembrar que estas estratégias serão mais ou 045 both ambos(as)
menos eficazes dependendo do tamanho do vocabulário 046 boy menino, garoto
que você possui e também do seu nível de conhecimento 047 brother irmão
gramatical. 048 but mas, porém, exceto
Há estudos que relacionaram as palavras que mais 049 by próximo a, perto de, por
aparecem em textos e livros técnicos em língua inglesa. 050 captain capitão
Desses estudos foram feitas diferentes listas com as 500 051 care cuidado
palavras mais comuns, ou as 700 palavras mais comuns. 052 case caso
Para facilitar seu estudo, incluímos aqui as 318 mais co- 053 certain certo
muns para serem estudadas. Ao memorizar estas pala- 054 chapter capítulo
vras você obterá um magnífico subsídio preparando-se 055 character caráter, personalidade
para enfrentar qualquer texto. Você verá que várias des- 056 child criança
tas palavras já são conhecidas por você, assim, na verda- 057 children crianças
de, terá que memorizar bem menos destas. Um número 058 church igreja
bem significativo delas está presente em qualquer tipo 059 city cidade
de texto. Quanto mais palavras você souber, mais poderá 060 common comum
grifar! Apoie-se nelas e bom estudo! 061 country país, zona rural
062 course curso
001 although embora 063 day dia
002 able capaz 064 dead morto
003 about sobre, aproximadamente 065 death morte
004 above acima 066 different diferente
005 according to de acordo com 067 door porta
006 after depois, após 068 down para baixo
007 again novamente, de novo 069 during durante
008 against contra 070 each cada
009 age idade 071 earth terra (planeta)
010 air ar 072 either... or ou... ou
011 all tudo 073 emperor imperador
012 almost quase 074 empire império
013 alone só, sozinho 075 end fim
014 along ao longo de 076 enemy inimigo
015 already já 077 England Inglaterra
016 also também 078 enough suficiente
017 always sempre 079 even mesmo
018 among entre (3 ou mais coisas) 080 ever em qualquer momento, já
019 an um, uma 081 every cada, todo
020 ancient antigo 082 eye olho
021 and e 083 fact fato
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

022 another um outro 084 family família


023 any algum(a), qualquer 085 far distante, longe
024 anything qualquer coisa 086 father pai
025 arm braço 087 fear medo
026 army exército 088 few poucos(as)
027 around em torno de, perto de 089 fire fogo
028 art arte 090 first primeiro
029 as como, assim como 091 five cinco
030 at em, às 092 foot/feet pé/pés
031 authority autoridade 093 footnote notas de rodapé
032 away distante, longe 094 for para, por
033 back de volta, atrás 095 force força, forçar
034 because porque 096 four quatro
035 before antes 097 France França
036 behind atrás 098 free livre, grátis
037 best melhor (superlativo) 099 French francês
038 better melhor (comparativo) 100 friend amigo(a)

42
101 from de (origem) 163 mind mente
102 full completo, cheio 164 mine meu(s), minha(s)
103 general geral 165 moment momento
104 girl menina, garota 166 money dinheiro
105 God Deus 167 more mais
106 gold ouro 168 morning manhã
107 good bom(ns), boa(s) 169 most mais
108 government governo 170 mother mãe
109 great grande, maravilhoso 171 Mr. senhor
110 ground chão 172 Mrs. senhora
111 half metade 173 much muito(a)
112 hand mão/entregar 174 my meu(s), minha(s)
113 he ele (pessoa) 175 myself eu mesmo
114 head cabeça, líder 176 name nome
115 heart coração 177 nation nação
116 her dela (pessoa) 178 natural natural
117 here aqui 179 nature natureza
118 high alto 180 near próximo, perto
119 him ele, o (pessoa) 181 neither...nor nem...nem
120 himself ele mesmo (pessoa) 182 never nunca
121 his dele (pessoa) 183 new novo(a)(s)
122 history história 184 next próximo, a seguir
123 home casa, lar 185 night noite
124 horse cavalo 186 no não
125 hour hora 187 non não
126 house casa 188 not não
127 how como 189 nothing nada
128 however entretanto 190 now agora
129 human humano 191 number número
130 hundred cem, centena 192 of de
131 idea idéia 193 off afastado, desligado
132 if se 194 often frequentemente
133 ill doente 195 old velho(s), velha(s)
134 in em, dentro (de) 196 on sobre, em cima
135 indeed de fato, realmente 197 once uma vez
136 into para dentro de 198 one um, uma
137 it ele(a) (coisa, animal) 199 only apenas, único, somente
138 its seu, sua, (coisa, animal) 200 or ou
139 itself a si mesmo (coisa, animal) 201 other outro(a)
140 just apenas, justo 202 our nosso(a), nossos(as)
141 kind tipo, gentil 203 out fora
142 king rei 204 over acima, encerrado
143 knowledge conhecimento 205 part parte
144 land terra 206 peace paz
145 large largo, amplo, grande 207 people pessoas
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

146 law lei 208 perhaps talvez


147 (at) least (pelo) menos 209 period período
148 left esquerdo(a) 210 person pessoa
149 less menos 211 place lugar
150 life vida 212 point ponto
151 light luz, leve 213 poor pobre
152 little pouco(a) 214 power poder, força
153 long longo 215 present presente
154 longer mais longo 216 prince príncipe
155 love amor 217 public público
156 man/men homem/homens 218 quite completamente, muito
157 manner maneira 219 rather preferencialmente
158 many muitos (as) 220 reason razão
159 master mestre 221 reign reino
160 matter matéria 222 religion religião
161 me me, mim 223 room cômodo, quarto
162 miles milhas 224 round redondo

43
225 same mesmo(a) 287 us nos, a nós
226 sea mar 288 very muito
227 second segundo 289 voice voz
228 set conjunto 290 war guerra
229 seven sete 291 water água
230 several vários(as) 292 way caminho, maneira, jeito
231 she ela (pessoa) 293 we nós
232 short pequeno(a), curto(a)(s) 294 well bem
233 side lado 295 what o que, qual, quais
234 sight vista, visão 296 when quando
235 since desde 297 where onde
236 sir senhor 298 whether se
237 six seis 299 which (o,a) qual, (os, as) quais
238 small pequeno(s), pequena(s) 300 while enquanto
239 so então 301 white branco
240 some algum(a), alguns(mas) 302 who/whom quem, a quem
241 something algo, alguma coisa 303 whole complete, inteiro
242 sometimes algumas vezes 304 whose de quem, cujo(a)(s)
243 son filho 305 why por que?
244 soon logo, em breve 306 wife esposa
245 spirit espírito 307 with com
246 state estado, situação 308 within dentro de
247 still ainda 309 without sem
248 street rua 310 woman/women mulher/mulheres
249 strength força 311 word palavra
250 strong forte 312 world mundo
251 subject assunto, sujeito 313 year ano
252 such tão 314 yes sim
253 sure certo (certeza) 315 yet ainda, já
254 ten dez 316 you você(s)
255 than do que 317 young jovem
256 that aquele(a), esse(a) 318 yours seu(s), sua(s)
257 the o, a, os, as
258 their deles, delas Dicas tipográficas
259 them eles, os
260 themselves eles mesmos Qualquer porção de linguagem, seja ela falada, es-
261 then então, em seguida crita, gesticulada, desenhada etc., pode ser considerada
262 there lá texto. Assim, um texto pode constituir-se de uma frase,
263 therefore por esta razão uma palavra, um sinal, uma imagem, ou alguma porção
264 these estes(as) maior e mais longa como um romance ou uma nove-
265 they eles, elas la. Por isso, a comunicação não envolve somente a lin-
266 thing coisa guagem verbal, como na escrita e na fala, mas também
267 thirty trinta envolve a linguagem não-verbal. Este tipo de linguagem
268 this este(a), isto se desenvolve de maneira complexa na sociedade con-
269 those aquele(as), esses(as) temporânea e relaciona-se com outras linguagens como
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

270 thousand mil, milhar a moda, os gestos, a arte, os sinais, etc.


271 three três Observe o exemplo abaixo.
272 through através
273 time tempo, momento, vez
274 to para, em direção a
275 together junto(a)(s)
276 too também
277 towards na direção de
278 town cidade
279 true verdade
280 truth verdade
281 twenty vinte
282 two dois
283 under sob
284 until/till até (que)
285 up para cima
286 upon sobre

44
must be cut out and sent to a laboratory for examina-
tion under a microscope. But a team of researchers led
by Rainer Leitgeb, a physicist at the Medical University of
Vienna, hope to change that. As they describe in Biome-
dical Optics Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are
exploring a technique called optical coherence tomogra-
phy (OCT), which they think will allow skin cancer to be
diagnosed in situ.

OCT works by sending infra-red light into tissues and


analyzing what bounces back. The behavior of the reflec-
ted rays provides information on the structures that they
collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to
generate a map of features just beneath the surface of
the skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an expe-
riment that let them test the system on a range of skin
conditions, including a healthy human palm, allergy-in-
duced eczema on the forearm, inflammation of the fo-
rehead, and two previously diagnosed cases of basal-cell
carcinoma. They expected to see normal blood vessels in
the healthy palm, increased perfusion caused by dilated
and altered vessels in the eczema and the inflammation,
and a chaotic jumble of vessels feeding the cancers.

fonte: http://goo.gl/SKB5Zq And that is exactly what they saw. Moreover, the images
of the vessels supplying blood to the tumors were good
Além das técnicas mencionadas anteriormente, o enough to allow them to calculate blood-flow rates. That
leitor deve sempre se apoiar em informações universais could also help treatment by allowing doctors to identi-
fy the times during their development when tumors are
como imagens, números e símbolos. Neste exemplo a
most vulnerable to starvation by having their blood su-
imagem podemos identificar que se trata de uma pro-
pply cut off.
paganda de fraldas. O estudante consegue identificar o
preço de trinta e três centavos nos outros supermercados.
The word “literally” is used in line three because the pro-
O desconto de 45% oferecido fazendo com que o preço
cess of cutting out a piece of skin is painful and bloody.
fique em dezoito centavos no local da promoção “ALDI”.
CERTO (  )    ERRADO (  )
? ! , ; 4 / A a % = @ + “. Símbolos, cores, formatos,
fotos, desenhos, tamanhos de letras utilizados, estilos de
Resposta: CERTO
letras escolhidos, elementos de pontuação, algarismos,
A questão pede que o candidato determine – a pala-
etc., ajudam-nos a desvendar muitas minúcias do con-
vra “literally” é usada na linha três porque o processo
teúdo de um texto.
de cortar um pedaço da pele é doloroso e sangrento.
A palavra “literally” quer dizer literalmente, ou seja o
Esses elementos são conhecidos como marcas, evi-
processo realmente é doloroso e sangrento.
dências ou dicas tipográficas que os mais variados textos
utilizam para comunicar. São elementos que transmitem
2. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIA-
informações além das palavras, complementando-as. Sa-
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
ber reconhecê-las e também extrair delas algum sentido
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

complementar para o texto fornece um grande auxílio à


Skin deep
leitura e à interpretação das ideias transmitidas.
Dermatologists are good at spotting unusual bits of skin
that might or might not be cancers. Testing whether they
actually are, though, is quite literally a blood pain. For a
EXERCÍCIOS COMENTADOS piece of skin to be identified as malignant or benign, it
must be cut out and sent to a laboratory for examina-
1. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIA- tion under a microscope. But a team of researchers led
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)   by Rainer Leitgeb, a physicist at the Medical University of
Vienna, hope to change that. As they describe in Biome-
Skin deep dical Optics Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are
exploring a technique called optical coherence tomogra-
Dermatologists are good at spotting unusual bits of skin phy (OCT), which they think will allow skin cancer to be
that might or might not be cancers. Testing whether they diagnosed in situ.
actually are, though, is quite literally a blood pain. For a
piece of skin to be identified as malignant or benign, it OCT works by sending infra-red light into tissues and

45
analyzing what bounces back. The behavior of the reflec- conditions, including a healthy human palm, allergy-in-
ted rays provides information on the structures that they duced eczema on the forearm, inflammation of the fo-
collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to rehead, and two previously diagnosed cases of basal-cell
generate a map of features just beneath the surface of carcinoma. They expected to see normal blood vessels in
the skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an expe- the healthy palm, increased perfusion caused by dilated
riment that let them test the system on a range of skin and altered vessels in the eczema and the inflammation,
conditions, including a healthy human palm, allergy-in- and a chaotic jumble of vessels feeding the cancers.
duced eczema on the forearm, inflammation of the fo- And that is exactly what they saw. Moreover, the images
rehead, and two previously diagnosed cases of basal-cell of the vessels supplying blood to the tumors were good
carcinoma. They expected to see normal blood vessels in enough to allow them to calculate blood-flow rates. That
the healthy palm, increased perfusion caused by dilated could also help treatment by allowing doctors to identi-
and altered vessels in the eczema and the inflammation, fy the times during their development when tumors are
and a chaotic jumble of vessels feeding the cancers. most vulnerable to starvation by having their blood su-
And that is exactly what they saw. Moreover, the images pply cut off.
of the vessels supplying blood to the tumors were good
enough to allow them to calculate blood-flow rates. That The team of researchers first tested the new procedure
could also help treatment by allowing doctors to identi- on lab animals.
fy the times during their development when tumors are
most vulnerable to starvation by having their blood su- CERTO (  )    ERRADO (  )
pply cut off.
Resposta: ERRADO
The experiment with samples of different skin conditions A questão pede que o candidato determine – o time
turned out to be unsuccessful. de pesquisadores primeiro testou o novo procedi-
mento em animais de laboratório. O texto não men-
ciona animais de laboratório.
CERTO (  )    ERRADO (  )
4. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO
Resposta: CERTO
CIVIL – CESPE/2012)  
A questão pede que o candidato determine – o expe-
rimento com as amostras de diferentes condições de
Injury and Insult
peles acabou sendo mal sucedida. Pelo contrário. O
grande foco do texto é que o experimento deu certo
Is it possible for cancer to develop as a result of an
como expresso no final do penúltimo parágrafo onde
injury?
o texto afirma o que os cientistas esperavam ver com
“It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
o experimento e no começo do último parágrafo onde
American Cancer Society informed on its Website. Un-
os cientistas afirmam ter visto exatamente o que es-
til the 1920s, some doctors believed trauma did cause
peravam.
cancer, “despite the failure of injury to cause cancer in
experimental animals.”
3. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIA-
But most medical authorities, including the Cancer So-
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
The more likely explanation, the society suggests, is
Skin deep
that a visit to the doctor for an injury could lead to fin-
ding an existing cancer.
Dermatologists are good at spotting unusual bits of skin
Other possibilities are that scar tissue from an old
that might or might not be cancers. Testing whether they
trauma could look like a cancerous lesion and that an
actually are, though, is quite literally a blood pain. For a
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

injured breast or limb would be more closely watched for


piece of skin to be identified as malignant or benign, it
cancer to develop.
must be cut out and sent to a laboratory for examina-
A single interview-based study of breast cancer in En-
tion under a microscope. But a team of researchers led
gland found that 67 women with breast carcinoma were
by Rainer Leitgeb, a physicist at the Medical University of
more likely to report physical trauma to the breast in the
Vienna, hope to change that. As they describe in Biome-
preceding five years than 134 women in a matched con-
dical Optics Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are
trol group without cancer. The study was criticized be-
exploring a technique called optical coherence tomogra-
cause of its size and methodology.
phy (OCT), which they think will allow skin cancer to be
Published in 2002 in The European Journal of Cancer
diagnosed in situ.
Prevention, the study has not been duplicated. Its authors
OCT works by sending infra-red light into tissues and
suggested that it was plausible that models of epithelial
analyzing what bounces back. The behavior of the reflec-
cell generation could be a mechanism. But the case is far
ted rays provides information on the structures that they
from proved, even for a single type of cancer.
collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to
generate a map of features just beneath the surface of
Internet. www.nytimes.com (adapted)
the skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an expe-
riment that let them test the system on a range of skin

46
The study which was subject to criticism has not been 6. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO
replicated. CIVIL – CESPE/2012)  

CERTO (  )    ERRADO (  ) Injury and Insult


Is it possible for cancer to develop as a result of an injury?
Resposta: CERTO “It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
A questão pede que o candidato determine. O estudo, American Cancer Society informed on its Website. Un-
o qual foi sujeito a críticas, não foi reproduzido. Esta til the 1920s, some doctors believed trauma did cause
é a afirmação feita no último parágrafo. Publicado em cancer, “despite the failure of injury to cause cancer in
2002 no jornal europeu de prevenção ao câncer, não experimental animals.”
foi duplicado. But most medical authorities, including the Cancer So-
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
5. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO The more likely explanation, the society suggests, is that
CIVIL – CESPE/2012)   a visit to the doctor for an injury could lead to finding an
existing cancer.
Injury and Insult Other possibilities are that scar tissue from an old trau-
ma could look like a cancerous lesion and that an injured
Is it possible for cancer to develop as a result of an injury? breast or limb would be more closely watched for cancer
“It’s common myth that injuries can cause cancer,” the to develop.
American Cancer Society informed on its Website. Un- A single interview-based study of breast cancer in En-
til the 1920s, some doctors believed trauma did cause gland found that 67 women with breast carcinoma were
cancer, “despite the failure of injury to cause cancer in more likely to report physical trauma to the breast in the
experimental animals.” preceding five years than 134 women in a matched con-
But most medical authorities, including the Cancer So- trol group without cancer. The study was criticized be-
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link. cause of its size and methodology.
The more likely explanation, the society suggests, is that Published in 2002 in The European Journal of Cancer Pre-
a visit to the doctor for an injury could lead to finding an vention, the study has not been duplicated. Its authors
existing cancer. suggested that it was plausible that models of epithelial
Other possibilities are that scar tissue from an old trau- cell generation could be a mechanism. But the case is far
ma could look like a cancerous lesion and that an injured from proved, even for a single type of cancer.
breast or limb would be more closely watched for cancer
to develop. Internet. www.nytimes.com (adapted)
A single interview-based study of breast cancer in En-
gland found that 67 women with breast carcinoma were
Not all doctors believe there is no link between trauma
more likely to report physical trauma to the breast in the
and cancer.
preceding five years than 134 women in a matched con-
trol group without cancer. The study was criticized be-
CERTO (  )    ERRADO (  )
cause of its size and methodology.
Published in 2002 in The European Journal of Cancer Pre-
Resposta: CERTO
vention, the study has not been duplicated. Its authors
A questão pede que o candidato determine. Não são
suggested that it was plausible that models of epithelial
todos os médicos que acreditam que não existe liga-
cell generation could be a mechanism. But the case is far
ção entre machucados e câncer. No primeiro parágra-
from proved, even for a single type of cancer.
fo o texto afirma que alguns médicos acreditavam que
machucados causavam câncer.
Internet. www.nytimes.com (adapted)
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

7. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


In the past some doctors believed that injuries caused
CIVIL – CESPE/2012)  
cancer because this is what animal experiments indicated.
Injury and Insult
CERTO (  )    ERRADO (  )
Is it possible for cancer to develop as a result of an injury?
Resposta: ERRADO
“It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
A questão pede que o candidato determine. No pas-
American Cancer Society informed on its Website. Un-
sado alguns médicos acreditavam que machucados
til the 1920s, some doctors believed trauma did cause
causavam câncer porque os experimentos em animais
cancer, “despite the failure of injury to cause cancer in
indicavam isso. O texto afirma no primeiro parágrafo
experimental animals.”
que os médicos realmente acreditavam que machu-
But most medical authorities, including the Cancer So-
cados mesmo quando o experimentos com animais
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
provavam o contrário.
The more likely explanation, the society suggests, is that
a visit to the doctor for an injury could lead to finding an
existing cancer.

47
Other possibilities are that scar tissue from an old trauma The inquiry was motivated by the sudden change in the
could look like a cancerous lesion and that an injured breast way shoppers shop.
or limb would be more closely watched for cancer to develop.
A single interview-based study of breast cancer in En- CERTO (  )    ERRADO (  )
gland found that 67 women with breast carcinoma were
more likely to report physical trauma to the breast in the Resposta: ERRADO
preceding five years than 134 women in a matched con- A questão pede que o candidato determine. O inqué-
trol group without cancer. The study was criticized be- rito foi motivado por uma súbita mudança no modo
cause of its size and methodology. como os consumidores compram. No terceiro pará-
Published in 2002 in The European Journal of Cancer Pre- grafo o texto afirma que em um curto espaço de tem-
vention, the study has not been duplicated. Its authors po os telefones e tablets mudaram o modo como os
suggested that it was plausible that models of epithelial consumidores fazem seus negócios.
cell generation could be a mechanism. But the case is far
from proved, even for a single type of cancer. 9. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO
Internet. www.nytimes.com (adapted) CIVIL – CESPE/2012)  

Smartphone app inquiry launched in Australia


According to the text, it has been proved that medical
investigation may find cancer even if the patient has no Australia’s Assistant Treasurer David Bradbury said he
symptoms of the disease. would be inviting smartphone owners to “name and sha-
me” apps they were unhappy with.
CERTO (  )    ERRADO (  )
The inquiry will ask whether users are given enough in-
Resposta: ERRADO formation about the costs associated with apps before
A questão pede que o candidato determine. De acor- and after they are downloaded.
do com o texto, foi provado que a investigação mé-
dica pode encontrar câncer mesmo que o paciente “In a very short period of time, new mobile devices like
não apresente sintomas da doença. O texto não faz smartphones and tablets have changed the way consu-
nenhuma afirmação nesse sentido. A única pesquisa mers engage in commerce,” said Mr. Bradbury in a state-
que o texto menciona fala sobre as mulheres relatan- ment. “At the same time though, some consumers have
do dores físicas antes do câncer aparecer em compa- raised concerns about aspects of mobile commerce, par-
ração com mulheres que posteriormente não desen- ticularly when purchases can be made without much di-
volveram câncer. fficulty using stored credit card data.”

8. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO Mr. Bradbury said he was particularly concerned about
CIVIL – CESPE/2012)   apps aimed at children, and that encourage the purchase
of virtual goods and subscriptions.
Smartphone app inquiry launched in Australia
“We have strong consumer laws in Australia that protect
Australia’s Assistant Treasurer David Bradbury said he the rights of consumers and place clear obligations on
would be inviting smart phone owners to “name and sha- businesses,” he said. “This inquiry is an opportunity to
me” apps they were unhappy with. look at the adequacy of existing measures to address any
The inquiry will ask whether users are given enough in- consumer concern.”
formation about the costs associated with apps before
and after they are downloaded. The inquiry, which will start soon, will be carried out by
“In a very short period of time, new mobile devices like the government’s Consumer Affairs Advisory Council.
smart phones and tablets have changed the way con- Internet. www.bbc.com (adapted)
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

sumers engage in commerce,” said Mr. Bradbury in a


statement. “At the same time though, some consumers
have raised concerns about aspects of mobile commerce, The ease with which purchases can be made on mobile
particularly when purchases can be made without much devices is mentioned as a specific concern.
difficulty using stored credit card data.”
Mr. Bradbury said he was particularly concerned about CERTO (  )    ERRADO (  )
apps aimed at children, and that encourage the purchase
of virtual goods and subscriptions. Resposta: CERTO
“We have strong consumer laws in Australia that protect A questão pede que o candidato determine. A facilida-
the rights of consumers and place clear obligations on de com a qual compras podem ser feitas nos aparelhos
businesses,” he said. “This inquiry is an opportunity to móveis é mencionada como uma preocupação espe-
look at the adequacy of existing measures to address any cífica. No terceiro parágrafo esta é a afirmação que
consumer concern.” o texto faz. Ao mesmo tempo, alguns consumidores
The inquiry, which will start soon, will be carried out by mostraram suas preocupações sobre os aspectos do
the government’s Consumer Affairs Advisory Council. comércio móvel, particularmente onde compras po-
dem ser feitas sem grandes dificuldades quando as in-
Internet. www.bbc.com (adapted) formações do cartão de crédito já estão armazenadas.

48
One remarkable story of a successful Google grouplet
involved getting engineers to write their own testing
HORA DE PRATICAR! code to reduce the incidence of bugs in software code.
Thinking creatively, the grouplet came up with a cam-
1. (BNDES – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2013)   paign based on posting episodes discussing new and in-
teresting testing techniques on the bathroom stalls. “Tes-
Coworking: Sharing How We Work ting on the Toilet” spread fast and garnered both rants
In the past, when trying to find places to work, indepen- and raves. Soon, people were hungry for more, and the
dent workers, small businesses, and organizations often campaign ultimately developed enough inertia to beco-
had to choose between several scenarios, all with their me a de facto part of the coding culture. They moved out
attendant advantages and disadvantages: working from of the restrooms and into the mainstream.
home; working from a coffee shop, library, or other pu- Keith Sawyer, a professor of psychology and education
blic venue; or leasing an executive suite or other com- at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
mercial space. dely on collaboration and innovation. In his study of jazz
Is there a better way to work? Yes. Enter coworking. performances, Keith Sawyer made this observation, “The
Coworking takes freelancers, indie workers, and entre- group has the ideas, not the individual musicians.” Some
preneurs who feel that they have been dormant or isola- of the most famous products were born out of this mosh
ted working alone at home or who have been migrating pit of interaction – in contrast to the romantic idea of
from a coffee shop to a friend’s garage or languishing a lone working genius driving change. According to Sa-
in a sterile business center – to a space where they can wyer, more often than not, true innovation emerges from
truly roost. an improvised process and draws from trial-by-error and
“We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and be many inputs.
in a space that’s comfortable, friendly, and has an aesthe- Unexpected insights emerge from the group dynamic. If
tic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter increasing interaction among different peer groups wi-
office environment.” thin a single company could lead to promising results
For many, it might be puzzling to pay for a well-equipped imagine the possibilities for solopreneurs, small busines-
space teeming with other people, even with the chan- ses, and indie workers – if only they could reach similar
ce of free coffee and inspiration. You might ask yourself, levels of peer access as those experienced by their bigger
“Well, why pay for a place to work when I’m perfectly counterparts. It is this potential that coworking tries to
comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the capture for its members.
whole point of telecommuting or starting my own busi-
ness a chance to avoid ‘going to the office’?” Available: http://workawesome.com (adapted)
Coworking may sound like an unnecessary expense, but
let’s consider what you get from being a part of the space. The expression indie workers, found in lines 10 and 90,
At its most basic level, coworking is the phenomenon of refers to
workers coming together in a shared or collaborative works- (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
pace or one or more of these reasons: to reduce costs by por conta da diagramação do material.)
having shared facilities and equipment, to access a commu-
nity of fellow entrepreneurs, and to seek out collaboration a) Retired civil servants.
within and across fields. Coworking spaces offer an exciting b) Lazy businessmen aiming for profit.
alternative for people longing to escape the confines of their c) Self-employed independent professionals.
cubicle walls, the isolation of working solo at home, or the d) Expert employees at international organizations.
inconveniences of public venues. e) Workaholic employers in large companies.
The benefits and cost-savings in productivity and ove-
rall happiness and well-being reaped from coworking are 2. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

also potentially huge. Enthusiasm and creativity become TRO/2013)  


contagious and multiply when you diversity your work
environment with people from different fields or back- Alzheimer’s disease
grounds. At coworking spaces, members pass each other
during the day, conversations get going, and miraculou- Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, which is
sly idea-fusion happens with everyone benefitting from a brain disorder. It damages nerve cells in the brain. This
the shared thinking and brainstorming. affects your ability to remember things, think clearly, and
Differences matter. Coworking hinges on the belief that care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get
innovation and inspiration come from the cross-polli- worse with time. Eventually, a person with AD might need
nation of different people in different fields or specia- help in many areas, including eating and getting dressed.
lizations. Random opportunities and discoveries that For some people in the early or middle stages of the di-
arise from interactions with others play a large role In sease, medicine might help symptoms, such as memory
coworking. loss, from getting worse for a limited time. Other drugs
To see this in action on a large scale, think about Google. may help people feel less worried or depressed. Dealing
Google made the culture of sharing and collaboration in with Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but
the workplace legend. It deployed “grouplets” for initiati- planning ahead and getting support can lighten the lead.
ves that cover broader changes through the organization. AD usually begins after age 60, and risk goes up with age.

49
The risk is also higher if a family member has had AD. In line 5, “at point-blank range” means
Scientists are working to better understand AD. Ongoing
studies are looking at whether some things can help pre- a) In a cold-blooded manner.
vent or delay the disease. Areas that are being explored b) Summarily.
include exercise, eating omega-3 fatty acids, and keeping c) Without intention.
your brain active. d) Fatally.
e) Within a short distance.
Available: www.womenshealth.gov
4. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
Read the sentence below and choose the alternative that PE/2012)  
presents a synonym to the underlined word.
“Ongoing studies are looking at whether some things can Godzilla’s grandchildren
help prevent or delay the disease.”
In Japan there is no kudos in going to jail for your art.
a) Cut down. Bending the rules, let alone breaking them, is largely ta-
b) Suspended. boo. That was one reason Toshinori Mizuno was terrified
c) Ended. as he worked undercover at the Fukushima
d) Continuous. Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that
shows him in front of the mangled third reactor holding
3. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES- up a referee’s red card. He was also terrified of the ra-
PE/2012) diation, which registered its highest reading where he
took the photograph. The only reason he did not arouse
Darkness and light suspicion, he says, is because he was in regulation radia-
tion kit. And in Japan people rarely challenge a man in
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His uniform.
pictures present spotlight moments of extreme and of- Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective of
ten agonized human experience. A man is decapitated largely unschooled artists who have spent a lot of time
in his bedchamber, blood spurting from a deep gash in getting into tight spots since the disaster, and are enga-
his neck. A woman is shot in the stomach with a bow and gingly thoughtful about the results.
arrow at point-blank range. It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity stunt.
Caravaggio’s images freeze time but also seem to ho- But the artists’ actions speak at least as loudly as their
ver on the brink of their own disappearance. Faces are images. There is a logic to their seven years of guerrilla
brightly illuminated. Details emerge from darkness with art that has become clearer since the nuclear disaster of
such uncanny clarity that they might be hallucinations. March 11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art
Yet always the shadows encroach, the pools of blackness critic, says they may be hinting at a new direction in Ja-
that threaten to obliterate all. Looking at this picture is panese contemporary art.
like looking at the world of flashes of lightning. Radiation and nuclear annihilation have suffused Japan’s
Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning flashes subculture since the film Gojira (the Japanese Godzilla) in
in the darkness of nights. He is a man who can never be 1954. The two themes crop up repeatedly in manga and
known in full because almost all that he did, said and anime cartoons.
thought is lost in the irrecoverable past. He was one of Other young artists are ploughing similar ground. Kota
the most electrifying original artists ever to have lived, Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima
yet we have only one solitary sentence from him on the Dai-ichi and is recorded pointing an angry finger at the
subject of painting – the sincerity of which is, in any case, camera that streams live images of the site. Later he used
questionable, since it was elicited from him when he was public news conferences to pressure Tepco, operator of
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

under interrogation for the capital crime of libel. the plant, about the conditions of its workers inside. His
When Caravaggio emerges from the obscurity of the past work, like ChimPom’s blurs the distinction between art
he does so, like the characters in his own paintings, as a and activism.
man in extremis. He lived much of his life as a fugitive, Japanese political art is unusual and the new subversive-
and that is how he is preserved in history – a man on the ness could be a breath of fresh air; if only anyone noticed.
run, heading for the hills, keeping to the shadows. But he The ChimPom artists have received scant coverage in the
is caught, now and again, but the sweeping beam of a stuffy arts pages of the national newspapers. The group
searchlight. Each glimpse is different. He appears in many held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs
guises and moods. Caravaggio throws stones at the hou- in Japan. He says: “The timing has not been right. The
se of his landlady and sings ribald songs outside her win- media will just want to make the work look like a crime.”
dow. He has a fight with a waiter about the dressing on
a plate of artichokes. His life is a series of intriguing and Internet: www.economist.com (adapted)
vivid tableaux – scenes that abruptly switch from low far-
ce to high drama.

New York - London. W. W. Norton & Company, 2010


(adapted)

50
The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean The expression “the world over” (L.1) is synonymous with
respectively “in some parts of the world”.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.) por conta da diagramação do material.)

a) “Ruined” and “permeated”.


CERTO (  )    ERRADO (  )
b) “Mutilated” and “obscured”.
c) “Subdued” and “covered”.
7. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  
d) “Humongous” and “imbued”.
e) “Torn” and “Zeroed in on”.
The difficulty for health policy makers the world over is
this: it is simply not possible to promote healthier lifes-
5. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADU-
tyles through presidential decree or through being over-
AL – CESPE/2013)  
protective towards people and the way they choose to
live. Recent history has proved that one-size-fits-all so-
It is well accepted and acknowledged that service quality
lutions are no good when public health challenges vary
is essential for firm success. The problem with the mea-
from one area of the country to the next. But we can-
surement of service quality is that it is not easily identi-
not sit back while, in spite of all this, so many people are
fiable and measurable. Unlike the quality of goods, which
suffering such severe lifestyle-driven ill health and such
can be measured objectively, service quality is an abstract
acute health inequalities.
and elusive construct because of three features unique to
services: intangibility, heterogeneity, and inseparability
Internet: www.gov.uk (adapted)
of production and consumption. Despite the complexity
of the issue, a consensus has emerged in the literature to
The adjective “one-size-fits-all” (L.5) means “long-term
measure service quality using clients’ perceptions of the
and drastic”
service delivered.
Only few studies in auditing have adopted the service
CERTO (  )    ERRADO (  )
quality approach, where clients are asked to assess their
current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or
8. (STF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA
audit team). However, the latter approach has several ad-
– CESPE/2013)  
vantages because it allows overall client satisfaction to be
determined and also identification of the attributes that
The head of the National Security Agency defended his
drive client satisfaction.
beleaguered organization, saying it acts within the law
to stop militant attacks and calling reports that the NSA
Internet: http://onlinelibrarywhiley.com (adapted)
collected data on millions of phone calls in Europe false.
The intelligence chiefs appeared against a backdrop of
The word “unlike” (L.4) is the same as
angry accusations by European allies that the United
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
States spies on their leaders and citizens, accusations
por conta da diagramação do material.)
prompted by highly classified documents that Snowden
leaked to media organizations.
a) Aside from.
Army General Keith Alexander, testifying with other U.S.
b) Similar to.
spy chiefs before the House of Representatives Intelli-
c) Contrasted with.
gence committee, sought to defuse a growing controver-
d) Resembling.
sy over reports of NSA snooping on citizens and leaders
e) Despite.
of major U.S. allies.
The hearing took place as Congress in weighing new legis-
LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

6. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  


lative proporsals that could limit some of the NSA’s more
expansive electronic intelligence collection programs.
The difficulty for health policy makers the world over is
More than any previous disclosures from the Snowden
this: it is simply not possible to promote healthier lifes-
documents, the reports of spying on close U.S. allies have
tyles through presidential decree or through being over-
forced the White House to promise reforms and even
protective towards people and the way they choose to
acknowledge that America’s electronic surveillance may
live. Recent history has proved that one-size-fits-all so-
have gone too far.
lutions are no good when public health challenges vary
from one area of the country to the next. But we can-
Internet: www.reuters.com (adapted)
not sit back while, in spite of all this, so many people are
suffering such severe lifestyle-driven ill health and such
The word “beleaguered” (L.2) is synonymous with “besieged”
acute health inequalities.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
Internet: www.gov.uk (adapted)
por conta da diagramação do material.)

CERTO (  )    ERRADO (  )

51
9. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – CES- -Raised the minimum amount of time off between work
PE/2012)   shifts to 9 hours from 8 hours.
-Prohibited air traffic controllers from swapping shifts wi-
Welcome to Oxford thout having a minimum of 9 hours off in between shifts.
-Increased supervisor coverage in air traffic control to-
Many periods of English history are impressively docu- wers during late night an early morning shifts.
mented in Oxford’s streets, houses, colleges and chapels. -Prohibited air traffic controllers from picking up and
Within one square mile alone, the city has more than overnight shift after a day off.
900 buildings of architectural or historical interest. For These adjustments are a step in the right direction, but
the visitor this presents a challenge – there is no single they don’t go far enough. Managing schedules for shift
building that dominates Oxford, no famous fortress or workers in these high-pressure jobs where public safety
huge cathedral that will give you a short-cut view of the is at stake is too important to settle for improvements
city. Even Oxford’s famous University is spread amidst a that don’t actually solve the problem.
tangle of 35 different colleges and halls in various parts Shift workers of all types face challenges to getting enou-
of the city centre, flaunt its treasures; behind department gh sleep while managing long hours, overnight shifts,
stores lurk grand Palladian doorways or half-hidden cran- and changing schedules that fluctuate between day and
nies or medieval architecture. The entrance to a college night. Research shows that:
may me tucked down a narrow alleyway, and even then it -People who engage in shift work get less sleep overall
is unlikely to be signposted. than those of us who work more regular hours.
-Shift workers are at higher risk for illness and chronic
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted) disease.
The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by “line” -The sleep deprivation associated with shift work increa-
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar se the risk of accidents, injuries and mistakes in high-pro-
por conta da diagramação do material.) file, public-safety related industries like medicine and law
enforcement, as well as air traffic control.
CERTO (  )    ERRADO (  ) In addition to making people more prone to accidents
and injury, sleep deprivation causes a number of nega-
tive effects – both physical and psychological – that can
10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO impair the on-the-job performance of air traffic control-
CÓDIGO – CESGRANRIO/2012)   lers and other shift workers. Sleep deprivation:
-Slows reaction time.
Air traffic controllers asleep on the job...still -Interferes with memory.
Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz -Causes fatigue.
-Compromises judgment.
Here’s some news of workers sleeping on the job that’s -Impairs the ability to retain new information.
downright scary. A news investigation produced a story I think we can all agree that we don’t want the people
and footage of air traffic controllers at Westchester responsible for guiding our planes to be sluggish, slow-
County Airport sleeping during their shifts. The video, -reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg-
provided to the news outlet by an employee in the air ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
traffic control tower at Westchester Airport, also shows make them!
controllers reading and using laptops and cell phones It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
while on duty. The Federal Aviation Administration (FAA) tions that enable air traffic controllers to get the rest they
bans its controllers from use of cell phones, personal rea- need. This can include not just mandating reasonable
ding material and electric devices while on duty. Sleeping time off between shifts, but also giving controllers breaks
is prohibited anywhere in air traffic control towers. during shifts and allowing them to nap on their breaks.
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All of these violations are alarming and dangerous, and There are also some basic things that controllers them-
pose a serious public safety problem. It is important, I selves – or any shift workers – can do to help avoid sleep
believe, to separate the issue of air traffic controllers sle- deprivation:
eping on the job from their choice to play with laptops -Make sure to get adequate rest before a shift beings.
and cell phones when they are supposed to be working. Take a nap before work, if needed be.
The video images showing air traffic controllers slumped -Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as an
over and sleeping at their stations is truly frightening. But occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not
the issue of sleep deprivation among air traffic control- substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere
lers is a very real one, and means that some instances of with your sleep when you actually want and need to be
falling asleep – however dangerous and wrong – is not sleepy.
entirely the controllers’ fault, or even within their control. -Keep a strong and consistent sleep routine both during
Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen se- your workdays and your days off. It’s not always easy, but
veral instances of air traffic controllers falling asleep on shift workers in particular need to build their off – duty
duty in recent months. schedules around making sure they get the sleep they
In response to these cases, the FAA in 2011 revised its need.
regulations for air traffic controllers to include additional Similarly to the recent changes in health care, the FAA is
time for rest between shifts. The FAA: moving in the right direction to help its employees get

52
the sleep they need to do their jobs safely. As this latest
incident at Westchester Airport confirms, there is a great
deal of work still to be done. GABARITO

And it’s in everyone’s best – and safest – interest that 1 C


progress continues to be made.
Sweet Dreams, 2 D
Michael J. Breus, PhD 3 E
The Sleep Doctor TM 4 A
www.thesleepdoctor.com
Available at http://www.theinsomniablog.com 5 C
6 ERRADO
In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
7 ERRADO
some news of workers sleeping on the job that’s “down-
right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change 8 CERTO
in meaning by 9 ERRADO

a) Faintly alarming. 10 E
b) Really encouraging.
c) Not at all terrifying.
d) A little intimidating.
e) Absolutely frightening.

LÍNGUA INGLESA - NÍVEL BÁSICO-INTERMEDIÁRIO

53
ANOTAÇÕES

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54
ÍNDICE

MATEMÁTICA

ÁLGEBRA I: Funções: definição de função; funções definidas por fórmulas; domínio, imagem e contradomínio;
gráficos; funções injetora, sobrejetora, bijetora, crescente, decrescente, inversa, polinomial do 1.º grau, quadrática,
modular, exponencial e logarítmica. Resolução de equações, inequações e sistemas. Sequências; progressões
aritmética e geométrica....................................................................................................................................................................................... 1
GEOMETRIA PLANA: Ângulos. Polígonos: definição; elementos; nomenclatura; propriedades; polígonos regulares;
perímetros e áreas. Triângulos: condições de existência; elementos; classificação; propriedades; congruência;
mediana, bissetriz, altura e pontos notáveis; semelhança; relações métricas e áreas. Quadriláteros notáveis: definições;
propriedades; base média e áreas. Circunferência: definições; elementos; posições relativas de reta e circunferência;
segmentos tangentes; potência de ponto; ângulos na circunferência e comprimento da circunferência. Círculo e
suas partes: conceitos e áreas............................................................................................................................................................................ 18
TRIGONOMETRIA: Razões trigonométricas no triângulo retângulo; arcos e ângulos em graus e radianos; relações
de conversão; ciclo trigonométrico; arcos côngruos e simétricos; funções trigonométricas; relações e identidades
trigonométricas; fórmulas de adição, subtração, duplicação e bissecção de arcos; equações e inequações
trigonométricas; leis dos senos e dos cossenos......................................................................................................................................... 32
ÁLGEBRA II: Matrizes: conceitos, igualdade e operações. Determinantes. Sistemas lineares. Análise combinatória:
princípio fundamental da contagem; arranjos, combinações e permutações simples; probabilidades............................... 39
ESTATÍSTICA: Conceitos; população; amostra; variável; tabelas; gráficos; distribuição de frequência; tipos de
frequências; histograma; polígono de frequência; medidas de tendência central: moda, média e mediana.................... 47
GEOMETRIA ESPACIAL: Poliedro: conceitos e propriedades. Prisma: conceitos, propriedades, diagonais, áreas e
volumes. Pirâmide, cilindro, cone e esfera: conceitos, áreas e volumes........................................................................................... 54
GEOMETRIA ANALÍTICA: Estudo Analítico: do Ponto (ponto médio, cálculo do baricentro, distância entre dois
pontos, área do triângulo, condição de alinhamento de três pontos); da Reta (equação geral, equação reduzida,
equação segmentária, posição entre duas retas, paralelismo e perpendicularismo de retas, ângulo entre duas retas,
distância de um ponto a uma reta); e da Circunferência (equações, posições relativas entre ponto e circunferência,
entre reta e circunferência, e entre duas circunferências)...................................................................................................................... 62
ÁLGEBRA III: Números Complexos: conceitos; conjugado; igualdade; operações; potências de i; representação no
plano de Argand-Gauss; módulo; argumento; forma trigonométrica e operações na forma trigonométrica. Polinômios:
conceito; grau; valor numérico; polinômio nulo; identidade e operações. Equações Polinomiais: conceitos; teorema
fundamental da Álgebra; teorema da decomposição; multiplicidade de uma raiz; raízes complexas e relações de
Girard........................................................................................................................................................................................................................... 72
ÁLGEBRA I: FUNÇÕES: DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO; FUNÇÕES DEFINIDAS POR FÓRMULAS;
DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍNIO; GRÁFICOS; FUNÇÕES INJETORA, SOBREJETORA,
BIJETORA, CRESCENTE, DECRESCENTE, INVERSA, POLINOMIAL DO 1.º GRAU, QUADRÁTICA,
MODULAR, EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA. RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES, INEQUAÇÕES E
SISTEMAS. SEQUÊNCIAS; PROGRESSÕES ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Muitas vezes nos deparamos com situações que envolvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser pago
na conta de luz depende do consumo medido no período; o tempo de uma viagem de automóvel depende da veloci-
dade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas, o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e podemos
definir com mais rigor o que é uma função matemática utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.
Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f uma relação de A em B.
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem

O domínio é constituído por todos os valores que podem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem da
função é formada por todos os valores correspondentes da variável dependente.
O conjunto A é denominado domínio da função, indicada por D. O domínio serve para definir em que conjunto
estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a variável x.
O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
Cada elemento x do domínio tem um correspondente y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}criamos a função f: A —> B.definida por f(x) = x + 5 que também
pode ser representada por y = x + 5. A representação, utilizando conjuntos, desta função, é:

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contradomínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im =
{6, 9, 12}

Representação gráfica
MATEMÁTICA

1
Injetora: Quando para ela elementos distintos do
domínio apresentam imagens também distintas no con-
tradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora


quando, uma reta horizontal, qualquer que seja intercep-
tar o gráfico da função, uma única vez.

f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora


(não interceptou o gráfico)

Bijetora: Quando apresentar as características de


função injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou
seja, elementos distintos têm sempre imagens distintas
e todos os elementos do contradomínio são imagens de
pelo menos um elemento do domínio.

f(x) é injetora g(x) não é injetora


(interceptou o gráfico mais de uma vez)
Sobrejetora: Quando todos os elementos do con- Função Crescente a > 0
tradomínio forem imagens de pelo menos um elemento
do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobreje-


tora quando, qualquer que seja a reta horizontal que in-
terceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, Função Decrescente a < 0
pelo menos uma vez o gráfico da função.
MATEMÁTICA

2
Portanto, para que o estudo das funções do 1° grau
seja realizado com sucesso, compreenda bem a constru-
ção de um gráfico e a manipulação algébrica das incóg-
nitas e dos coeficientes.

Estudo dos Sinais

Definimos função como relação entre duas grande-


zas representadas por x e y. No caso de uma função do
1º grau, sua lei de formação possui a seguinte caracte-
rística: y = ax + b ou f(x) = ax + b, onde os coeficien-
tes a e b pertencem aos reais e diferem de zero.

Esse modelo de função possui como representação


gráfica a figura de uma reta, portanto, as relações entre
os valores do domínio e da imagem crescem ou decres-
cem de acordo com o valor do coeficiente a. Se o coefi-
ciente possui sinal positivo, a função é crescente, e caso
ele tenha sinal negativo, a função é decrescente.

Função Crescente – a > 0

Função Inversa
Se representa por f-1, em que os objetos são as ima-
gens dadas por f.
Seja f a função definida por y = 3x - 5, a expressão
que define f-1 determina-se resolvendo a equação y = 3x
- 5 em ordem a x:
y = 3x - 5 <=> 3x = y + 5 <=> x = (y + 5)/3

!+5 Função Decrescente – a < 0


logo vem: ! !! ! = !
3

Conceito função do 1º grau

A função do 1° grau relacionará os valores numéricos


obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti-
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b.
Note que para definir a função do 1° grau, basta ha-
ver uma expressão algébrica do 1° grau. Como dito an-
teriormente, o objetivo da função é relacionar para cada
valor de x um valor para o f(x). Vejamos um exemplo para
a função f(x)= x – 2.

x = 1, temos que f(1) = 1 – 2 = –1 Raiz da função


x = 4, temos que f(4) = 4 – 2 = 2
Calcular o valor da raiz da função é determinar o va-
Note que os valores numéricos mudam conforme lor em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos
MATEMÁTICA

o valor de x é alterado, sendo assim obtemos diversos o valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
pares ordenados, constituídos da seguinte maneira: (x, intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
f(x)). Veja que para cada coordenada x, iremos obter uma a seguir:
coordenada f(x). Isso auxilia na construção de gráficos
das funções.

3
Raízes

−! ± !! − !"#
!=
!"

−! + !! − !"#
!! =
!"

Podemos estabelecer uma formação geral para o cál- −! − !! − !"#


!! =
culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma !"
generalização com base na própria lei de formação da !
função, considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz
da função). Veja: Se, a parábola y=ax²+bx+c não intercepta o eixo.
y = ax + b
y=0 Vértices e Estudo do Sinal
ax + b = 0 Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada
ax = –b para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a pa-
x = –b/a rábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto
de máximo V.
Portanto, para calcularmos a raiz de uma função do
1º grau, basta utilizar a expressão x = –b/a. Em qualquer caso, as coordenadas de V são 
. Veja os gráficos:
Função Quadrática
Em geral, uma função quadrática ou polinomial do
segundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua-
drática e deve ser o maior termo.

Considerações
Concavidade

A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para


baixo se a<0

Relação do ∆= ! ! − 4!" !na função

Quando ∆> 0!, a parábola y=ax²+bx+c intercepta o


eixo x em dois pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2
são raízes da equação ax²+bx+c=0
Quando ∆= 0!, a parábola y=ax²+bx+c é tangente
ao eixo x, no ponto – ! , 0 .!
2!
Repare que, quando tivermos o discriminante , as Imagem
!
MATEMÁTICA

duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais a − !. O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c,  a 
2!
0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há
duas possibilidades:
1ª - quando a > 0,

4
a>0

Função Modular
Uma função f:R→R dada por f(x)=|x| denomina-se
2ª quando a < 0, função modular.
As principais características dessa função modular
são:
-domínio:R
-imagem:R+

a<0

Exemplo
Faça o gráfico da função f(x)=|x²-5x+4|
Solução
Primeiramente, fazemos o gráfico da função sem o
módulo:f(x)=x²-5x+4

Exemplo
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calcu-
lamos o valor correspondente de y e, em seguida, liga-
mos os pontos assim obtidos.

x Y
-3 6
-2 2
-1 0
-1/2 -1/4
MATEMÁTICA

0 0
1 2
2 6

5
O gráfico da função f(x)=|x²-5x+4| será

A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
Função exponencial função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
A expressão matemática que define a função expo- Este número é denotado por e em homenagem ao
nencial é uma potência. Nesta potência, a base é um nú- matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos
mero real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma primeiros a estudar as propriedades desse número.
variável.
O valor deste número expresso com 10 dígitos de-
Função crescente cimais, é:
e = 2,7182818284
Se   temos uma função exponencial crescen-
te, qualquer que seja o valor real de x. Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
pode ser escrita como a potência de base e com expo-
No gráfico da função ao lado podemos observar que ente x, isto é:
à medida que  x  aumenta, também aumenta  f(x)  ou  y. ex = exp(x)
Graficamente vemos que a curva da função é crescente.
Propriedades da função exponencial
Gráfico
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positi-
vos, com a ≠1, existe um número c tal que:
!! = !
Função decrescente !
A esse expoente c damos o nome de logaritmo de
Se 0 < a < 1 temos uma função exponencial decres- N na base a
cente em todo o domínio da função.

Neste outro gráfico podemos observar que à medida


log ! ! = ! ↔ !! = !
!
que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que
a curva da função é decrescente. Ainda com base na definição podemos estabelecer
MATEMÁTICA

condições de existência:

log ! ! = ! , ! > 0, ! > 0!!!!! ≠ 1


!

6
Exemplo

log ! 8 = !
2! = 8
2! = 2!
!=3
!
Consequências da Definição

1.!! log ! ! = 1
2.!! log ! 1 = 0
3. log ! !! = ! Equação Modular
1 Toda equação em que a variável aparece em módulo.
4. log ! = −1 Sua solução é obtida aplicando-se a definição de mó-
!
5.!!!!"#! ! = ! dulo.
! Exemplo
Propriedades
!"#$%&'!!"!!: 2! − 4 = ! + 2 !
log ! MN = log ! ! + log ! !
!
log ! = log ! ! − log ! ! Solução
!
log ! !! = ! ∙ log ! ! 2! − 4 = ! + 2 !
! ! 2! − 4 = −! − 2
log ! !! = log ! ! ! ≠ 0
!
! 2x-4=x+2
X=6
Mudança de Base 2x-4=-x-2
3x=2
log ! ! X=2/3
log ! ! = , (! > 0!!!! ≠ 1)! S={2/3, 6}
log ! !
!
Inequação Modular
Exemplo
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: Para resolver uma inequação modular, empregamos
inicialmente a propriedade seguinte, obtendo as inequa-
a)log 6 ções equivalentes de resoluções conhecidas.
b) log1,5
c) log 16 𝑥 − 𝑎 ≤ 𝑏 ↔ −𝑏 ≤ 𝑥 − 𝑎 ≤ 𝑏 ↔ 𝑎 − 𝑏 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 + 𝑏
Solução
𝑥 ≥ 𝑏 ↔ 𝑥 ≤ −𝑏 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 𝑏
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781
Exemplo
!
a)
b) log 1,5 = log ! = log 3 − !"#2 = 0,1761
Resolva as inequações:
!
a)c) log 16 = log 2! = 4 log 2 = 1,2040 a) 𝑥 ≥ 2
! b) 2𝑥 + 5 < 3
Função Logarítmica
Uma função dada por , em que a constante a é po- Solução
sitiva e diferente de 1, denomina-se função logarítmica. a) x≤-2 ou x≥2
S={x∈R| x≤-2 ou x≥2}
! ! = log ! ! ! > 0!!!! ≠ 1
b) -3<2x+5<3
MATEMÁTICA

! = !!∗ !!!!" = !
! -3-5<2x<3-5
-8<2x<-2
-4<x<-1
S={x∈R|-4<x<-1}

7
Equação 1º grau Resposta: Esse número é 8.
Inequação
Equação é toda sentença matemática aberta repre-
sentada por uma igualdade, em que exista uma ou mais Uma inequação é uma sentença matemática expres-
letras que representam números desconhecidos. sa por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equa-
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação ção que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de
redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números desigualdade. Veja os sinais de desigualdade:
reais, chamados coeficientes, com a≠0. >: maior 
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu- <: menor
mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação, ≥: maior ou igual 
torna-se igual ao 2º membro. ≤: menor ou igual 
Exemplo:    
X+3=8 O princípio resolutivo de uma inequação é o mes-
X=5  mo da equação, onde temos que organizar os termos
semelhantes em cada membro, realizando as operações
Resolução de equação. indicadas. No caso das inequações, ao realizarmos uma
-Seguimos uma ordem determinada para facilitar a multiplicação de seus elementos por –1 com o intuito de
tarefa e não cometer erros. deixar a parte da incógnita positiva, invertemos o sinal
-Parênteses são eliminados aplicando-se a proprie- representativo da desigualdade.
dade distributiva.
-Denominadores são eliminados aplicando-se o Exemplo 1
m.m.c. 4x + 12 > 2x – 2
-Os termos x são agrupados em um membro e os 4x – 2x > – 2 – 12
termos independentes no outro. 2x > – 14
x > –14/2
Exemplos x>–7

1) Aplicando o procedimento: Inequação-Produto

! !! Quando se trata de inequações-produto, teremos


5 −! = +5 uma desigualdade que envolve o produto de duas ou
! !
! mais funções. Portanto, surge a necessidade de realizar
o estudo da desigualdade em cada função e obter a res-
Eliminando o parênteses: posta final realizando a intersecção do conjunto resposta
das funções.
!" !!
− 5! = +5
! ! Exemplo
! a)(-x+2)(2x-3)<0
Suprimimos os denominadores:

45 − 60! = −20! + 60
−40! = −15
!" !
! = − !" = − !
!
2) O triplo de um número é igual a sua metade
mais 20. Qual é esse número?
Solução: Resposta: Esse número é 8. Inequação-Quociente

3!!! = !!/2! + !20! Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade


6!/2! = ! (! + 40)/2! de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na
qual uma está dividindo a outra. Diante disso, devere-
6!! = !!! + !40! mos nos atentar ao domínio da função que se encontra
6!! − !!! = 40! no denominador, pois não existe divisão por zero. Com
isso, a função que estiver no denominador da inequação
MATEMÁTICA

5!! = !40!
deverá ser diferente de zero. O método de resolução se
!! = !40/5! assemelha muito à resolução de uma inequação-produ-
!! = !8! to, de modo que devemos analisar o sinal das funções e
! realizar a intersecção do sinal dessas funções.

8
Exemplo Resolva a inequação a seguir: Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)
Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações
de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja zero.
Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos
algumas vezes as duas equações ou apenas uma equa-
x-2≠0 ção por números inteiros para que a soma de uma das
x≠2 incógnitas seja zero.

Dado o sistema:

Para adicionarmos as duas equações e a soma de


uma das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a
primeira equação por – 3.

Sistemas de equações primeiro grau


Duas equações do 1º grau, com duas incógnitas for-
mam um “sistema de equações”.
Para encontramos o par ordenado solução de um sis-
tema pode-se utilizar dois métodos para a sua solução.
Agora, o sistema fica assim:
Esses dois métodos são: Substituição e Adição.

Método da substituição
Esse método consiste em escolher uma das duas
equações, isolar uma das incógnitas e substituir na outra
equação, veja como:
Dado o sistema , enumeramos as equa-
ções. Adicionando as duas equações:
- 3x – 3y = - 60
+ 3x + 4y = 72
y = 12

Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma


das duas equações e substituir o valor de y encontrado:
Escolhemos a equação 1 e isolamos o x: x + y = 20
x + y = 20 x + 12 = 20
x = 20 – y x = 20 – 12
x=8
Agora na equação 2 substituímos o valor de x = 20
– y. Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).
3x + 4 y = 72
3 (20 – y) + 4y = 72 Se resolver um sistema utilizando qualquer um dois
60-3y + 4y = 72 métodos o valor da solução será sempre o mesmo.
-3y + 4y = 72 – 60
y = 12 Equação 2º grau
Onde a, b e c são números reais,
Descobrimos o valor de y, para descobrir o valor de x
MATEMÁTICA

basta substituir 12 na equação Discussão das Raízes


x = 20 – y.
x = 20 – y
x = 20 – 12 1.
x=8

9
Relações entre Coeficientes e Raízes
Dada as duas raízes:

Se for negativo, não há solução no conjunto


dos números reais.

Se for positivo, a equação tem duas soluções:


Soma das Raízes

Exemplo

Produto das Raízes

, portanto não há solução real.


Composição de uma equação do 2ºgrau, conhe-
2. cidas as raízes
Podemos escrever a equação da seguinte maneira:

x²-Sx+P=0

Exemplo
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º
grau.

Solução
S=x1+x2=-2+7=5
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0

3. Inequação 2º grau

Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que


pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada real ax²+bx+c≠0
de um número negativo.
Se , há duas soluções iguais: Exemplo

Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações

Se, há soluções reais diferentes: Resolver uma inequação significa determinar os va-
lores reais de x que satisfazem a inequação dada.
MATEMÁTICA

Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais


de x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

10
O método de resolução se assemelha muito à resolu-
ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do
sinal dessas funções.
Exemplo

Resolva a inequação
𝑥2 −5𝑥+6
−𝑥2 +25
≥ 0

CE: x≠-5 e x≠5

2
𝑓 𝑥 = 𝑥 − 5𝑥 + 6
Raízes: 2 e 3

𝑔 𝑥 = −𝑥2 + 25
Raízes: 5 e -5

S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}

Inequação Produto
Quando se trata de inequações-produto, teremos
uma desigualdade que envolve o produto de duas ou
mais funções. Portanto, surge a necessidade de realizar
o estudo da desigualdade em cada função e obter a res-
posta final realizando a intersecção do conjunto resposta
das funções.

Exemplo:
S={x∈R|-5<x≤2 ou 3≤x<5}

Resolva a inequação Sistemas Simples do 2º Grau


(𝑥2 − 4𝑥 − 5)(−𝑥2 + 8𝑥 − 15) ≥ 0
𝑓 𝑥 = 𝑥2 − 4𝑥 − 5 1)
Raízes: -1 e 5
𝑔 𝑥 = −𝑥2 + 8𝑥 − 15
Raízes: 3 e 5
y-2x=0
y=2x

Substituindo na primeira equação:


2x-x²-2=0
x²-2x+2=0

S={x∈R|-1≤x≤3} Nesse caso, a equação não possui raízes reais

Inequação-Quociente 2) Resolva o sistema:


Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na
qual uma está dividindo a outra.
MATEMÁTICA

Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da


função que se encontra no denominador, pois não existe y=-1+3x
divisão por zero. Com isso, a função que estiver no deno- Substituindo na segunda equação:
minador da inequação deverá ser diferente de zero.

11
x²-2x(-1+3x)=-3 2 3𝑥−1 3 𝑥+2
x²+2x-6x²=-3 5 > 5
-5x²+2x+3=0 (-1)
6𝑥−2 3𝑥+6
5 >5
5x²-2x-3=0 6x-2>3x+6
3x>8

8
𝑥>
3
Equações Logarítmicas
Utilizando as propriedades operatórias, podemos re-
solver equações que envolvem logaritmos. A resolução
Obtendo y para cada x: de equações logarítmicas se dá em três etapas básicas:
1. Estabelece-se a condição de existência
y=3x-1 2. Resolve-se a equação utilizando as propriedades
operatórias
3. Faz-se a interseção entre a solução encontrada e as
condições de existência

Exemplo
Resolva a equação:

Equação Exponencial
log2 𝑥 + 7 − log2 2𝑥 − 1 = 2 𝑒𝑚 𝑅
É toda equação cuja incógnita se apresenta no ex-
poente de uma ou mais potências de bases positivas e Condição de Existência
diferentes de 1.
𝑥 + 7 > 0 → 𝑥 > −7 1
Exemplo 1 � 𝐷𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑥 >
Resolva a equação no universo dos números reais. 2𝑥 − 1 > 0 → 𝑥 >
2
2
log2 𝑥 + 7 − log2 2𝑥 − 1 = 2
𝑥+1 1
125 = 3
625 𝑥+7
log2 =2
2𝑥 − 1
Solução
Da definição, temos:
3 𝑥+1 1
5 = 3 4
5 𝑥+7
3𝑥+3
4 22 =
5 = 5−3 2𝑥 − 1
4 𝑥 + 7 = 8𝑥 − 4
3𝑥 + 3 = − 11
3 𝑥=
13 7
𝑥=−
9 Como x satisfaz a condição de existência:

Inequação Exponencial 11
É toda inequação cuja incógnita se apresenta no ex- 𝑆=
poente de uma ou mais potências de bases positivas e
7
diferentes de 1.
Inequação Logarítmica
Chama-se inequação logarítmica aquela que apre-
Exemplo
senta a incógnita no logaritmando ou na base do loga-
ritmo.
MATEMÁTICA

3𝑥−1 𝑥+2
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑅 𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 25 > 125 Para a resolução de uma inequação:
-estabelecem condições de existência dos logaritmos
-convertem-se os logaritmos para uma mesma base

12
-a>1, forma uma nova inequação com os logarit- Termo Geral da PA
mandos, mantendo o sentido da desigualdade original()
-0<a<1, forma-se uma nova inequação com os loga- Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ...,
ritmando, invertendo o sentido da desigualdade original. an,...) da seguinte forma:
-resolve-se a nova inequação e faz-se a intersecção
com as condições de existência.

Exemplo

log2 3𝑥 − 1 > 3
Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
CE primeiro número de razões r igual à posição do termo
3x-1>0 menos uma unidade.
x>1/3
3x-1>8 !! + !! = !! + !!!! = !! + !!!!
3x>9 !
x>3
Pela Condição de Existência é possível, então Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
S={x∈R|x>3}
Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
Progressão Aritmética 6 e 34 são extremos, cuja soma é 40

Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequên-


cia em que cada termo, a partir do segundo, é obtido
adicionando-se uma constante r ao termo anterior. Essa
constante r chama-se razão da PA.
Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
!! = !!!! + !! ! ≥ 2 dos extremos é igual à soma dos extremos.
! Soma dos Termos
Exemplo
Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que
permite calcular a soma dos n primeiros termos de uma
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
progressão aritmética.

Classificação

As progressões aritméticas podem ser classificadas


de acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente Exemplo
r=0 PA constante Uma progressão aritmética finita possui 39 termos.
O último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o
Propriedades das Progressões Aritméticas primeiro termo?
Solução
-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que
média aritmética entre o anterior e o posterior. o termo central é o a20, que possui 19 termos à sua es-
querda e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes
dados para solucionar a questão:
MATEMÁTICA

-A soma de dois termos equidistantes dos extremos


é igual à soma dos extremos.

!! + !! = !! + !!!! = !! + !!!!

13
Sabemos também que a soma de dois termos equi- Termo Geral da PG
distantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma
dos seus extremos. Como esta P.A. tem um número ím- Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
par de termos, então o termo central tem exatamente o termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
valor de metade da soma dos extremos. tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão
é igual à posição do termo menos uma unidade.
Em notação matemática temos:

Portanto, o termo geral é:

!! = !! ∙ ! !!!
!
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica
Finita

Assim sendo: Seja a PG finita de razão q e de soma dos termos Sn:


O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
Progressão Geométrica

Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequên-


cia em que se obtém cada termo, a partir do segundo,
multiplicando o anterior por uma constante q, chamada
razão da PG.
Exemplo Exemplo

Dada a sequência: (4, 8, 16) Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
a) A soma dos 6 primeiros termos
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
mos seja 29524

Solução

Classificação

As classificações geométricas são classificadas assim:


- Crescente: Quando cada termo é maior que o an-
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 <
0 e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o
anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando
a1 < 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal
contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma
PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de
PG estacionaria. Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto Infinita
ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
1º Caso:-1<q<1
MATEMÁTICA

!!
!! = !"#$!!"#!"#
1−!
!

14
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que Resposta: Letra B.
a série é convergente. F(x)=ax+b

Corta o eixo x:- b/a=1/2


X=0
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a 1=b(V)
série é divergente -1=-a+1
a=-2(V)

Também não possui soma finita, portanto divergente 2. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Sabe-se
que, sob um certo ângulo de tiro, a altura h atingida por
Produto dos termos de uma PG finita uma bala, em metros, em função do tempo t, em segun-
dos, é dada por h(t)=-3t²+15t.
Portanto, é correto afirmar que, depois de 3s, a bala atin-
girá
a) 18 metros.
b) 20 metros.
EXERCÍCIOS COMENTADOS c) 27 metros.
d) 32 metros.
1. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assinale a
Resposta: Letra A.
alternativa que apresenta o gráfico da função polinomial
de 1º grau f(x)= −2x +1.
ℎ 3 = −3 ∙ 3! + 15 ∙ 3 = 18!

3. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –


CESGRANRIO/2012) Considere as funções , ambas de
domínio R*+.
a)
Se h(5)=1/2, então g(b+9) é um número real compreen-
dido entre

a) 5 e 6
b) 3 e 5
c) 3 e 4
d) 2 e 3
e) 1 e 2

b) Resposta: Letra A.

ℎ 5 = log ! 5
1
= log ! 5
2
!
!! = 5
!=5
! = 25
c)
! 25 + 9 = log ! 25 + 9
! 34 = !
2! = 34
2! = 32!!!2! = 64
!
Portanto g(b+9) é um número entre 5 e 6
MATEMÁTICA

d)

15
4. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Na figura, tem- 5. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR
-se o gráfico de uma parábola. – CESGRANRIO/2012) Sejam f(x)=-2x²+4x+16 e
g(x)=ax²+bx+c funções quadráticas de domínio real,
cujos gráficos estão representados acima. A função
f(x) intercepta o eixo das abscissas nos pontos P(xP,0) e
M(xM,0) e g(x), nos pontos (1,0) e Q(xQ,0).

Os vértices do triângulo AVB estão sobre a parábola, sen-


do que os vértices A e B estão sobre o eixo das abscissas
e o vértice V é o ponto máximo da parábola. A área do
triângulo AVB, cujas medidas dos lados estão em centí-
metros, é, em centímetros quadrados, igual a Se g(x) assume valor máximo quando x=xM, conclui-se
que xQ é igual a
a) 8.
b) 9. a) 3
c) 12. b) 7
d) 14. c) 9
e) 16. d) 11
e) 13
Resposta: Letra A.
As raízes são -1 e 3 Resposta: Letra B.
Sendo função do 2º grau: -(x²-Sx+P)=0(concavidade
pra baixo a<0)
-x²+Sx-P=0
∆= 16 + 128 = 144
S=-1+3=2
P=-1⋅3=-3 −4 ± 12
!=
−4
-! ! + 2! + 3 = 0
!! = −2
∆ !! = 4
ℎ!"#â!"#$% = !! = −
4!
!
∆= ! ! − 4!" = 4 + 12 = 16 − =4
2!
ℎ!"#â!"#$% = 4 −! = 8!
! !
Base: -1até 0 e 0 até 3 A soma das raízes é –b/a

Base: 1+3=4 !
− = 8!
ℎ 4 !
!!"#Â!"#$% = ! ∙ = 4 ∙ = 8!"²!
2 2
Se já sabemos que uma raiz é 1:
MATEMÁTICA

1 + !! = 8
!! = 7
!

16
6. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Em um Resposta: Letra D.
laboratório de pesquisa descobriu-se que o crescimen-
to da população de um determiado tipo de bactéria é !! = !! − ! − 1 !
descrito pela função , onde é o número de bactérias no !! = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
instante t (t em horas) e a e b são constantes reais. No !! = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
ínicio da observação havia 1500 bactérias e após duas
horas de observação havia 4500. Com essas informações,
! = !! + !! = 0,09 − 0,12 = −0,03
concluímos que os valores de a e b, respectivamente são:
9. ! (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
a) 3000 e 1. SPDM/2012) A soma dos termos de uma P.G. de primei-
b) 4500 e 0,5. ro termo igual a 3 e cuja razão é igual à da P.A. 2, 5/2,...,
c) 1500 e 0,5. é igual a:
d) 1500 e 1.
e) 3000 e 0,5. a) 9    b) 12    c) 6    d) 3/2

Resposta: Letra C. Resposta: Letra C.


N(t)=a.3bt
Início: t=0 5 1
1500=a.30 != −2=
a=1500 2 2
!
N(2)=1500.32b
4500=1500. 32b Soma PG infinita
3=32b
2b=1 !!
b=1/2 !=
1−!
7. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) O valor de x na 3
equação é 5 ∙ 3
𝑥+1
+ 3𝑥−2 = 408 é
!= =6
1
1−2
a) 1. !
b) 2.
c) 3. 10. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
d) 4. CESGRANRIO/2012) Qual é o produto das raízes da
equação [log(x)]²- log(x²) - 3 = 0 ?
Resposta: Letra C.
a) - 3.000
b) - 3
3!!! 5+ 3!! = 408
!
c) 0,001
3!!! 5+
!"
= 408 d) 100
!"# e) 1.000
3!!! !"
= 408
3!!! = 408 ∙ !"#
!" Resposta: Letra D.
!!!
[log(x)]²- 2logx - 3 = 0
3 = 81 Fazendo logx=y
3! . 3 = 81 y²-2y-3=0
3! = 27 ∆=4+12=16
3! = 3!
!=3 2±4
! !=
2
8. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS-
TRATIVO – FCC/2014) Uma sequência inicia-se com o
número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção !! = 3
dos novos termos é o termo anterior menos 0,07. Dessa !! = −1
maneira o número que corresponde à soma do 4º e do !
7º termos dessa sequência é
Substituindo:
a) -6,7. Log x=3
MATEMÁTICA

b) 0,23. X=10³=1000
c) -3,1. Log x=-1
d) -0,03. X=10-1=0,1
e) -0,23. Produto das raízes: 1000⋅0,1=100

17
GEOMETRIA PLANA: ÂNGULOS. POLÍGONOS: DEFINIÇÃO; ELEMENTOS; NOMENCLATURA;
PROPRIEDADES; POLÍGONOS REGULARES; PERÍMETROS E ÁREAS. TRIÂNGULOS:
CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA; ELEMENTOS; CLASSIFICAÇÃO; PROPRIEDADES;
CONGRUÊNCIA; MEDIANA, BISSETRIZ, ALTURA E PONTOS NOTÁVEIS; SEMELHANÇA;
RELAÇÕES MÉTRICAS E ÁREAS. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS: DEFINIÇÕES;
PROPRIEDADES; BASE MÉDIA E ÁREAS. CIRCUNFERÊNCIA: DEFINIÇÕES; ELEMENTOS;
POSIÇÕES RELATIVAS DE RETA E CIRCUNFERÊNCIA; SEGMENTOS TANGENTES; POTÊNCIA
DE PONTO; ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA E COMPRIMENTO DA CIRCUNFERÊNCIA.
CÍRCULO E SUAS PARTES: CONCEITOS E ÁREAS

Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem o
nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
MATEMÁTICA

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

18
Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois la-
dos opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um
trapézio (parecido com aquele de um circo).

Quadriláteros e a sua classificação


Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os
principais quadriláteros são: quadrado, retângulo, losan-
go, trapézio e trapezóide. - AB é paralelo a CD
- BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os


triângulos que têm características semelhantes. Um tra-
pézio pode ser:
- Retângulo: dois ângulos retos
- Isósceles: lados não paralelos congruentes
- Escaleno: lados não paralelos diferentes
No quadrilátero acima, observamos alguns elemen-
tos geométricos:
- Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
- Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA.

Observação: Ao unir os vértices opostos de um qua-


drilátero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e Paralelogramo
como a soma das medidas dos ângulos internos de um
triângulo é 180 graus, concluímos que a soma dos ângu-
los internos de um quadrilátero é igual a 360 graus.

Propriedades
• Os ângulos opostos são congruentes
Classificação dos Quadriláteros (! ≡ !!!!! ≡ !)!
• Os ângulos adjacentes são suplementares
Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados • Os lados opostos são congruentes
opostos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos (!" ! ≡ !"!!!!" ≡ !")!
opostos são congruentes. Os paralelogramos mais im- • As diagonais se interceptam nos pontos médios
portantes recebem nomes especiais:
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
MATEMÁTICA

19
Retângulo

Definição
O Retângulo é o quadrilátero convexo equiângulo.

Propriedades
• Os ângulos internos medem 90º.
• O retângulo é um paralelogramo.
• As diagonais são congruentes (!" ! ≡ !")! .

Losango

Definição
O Losango é o quadrilátero convexo equilátero.

Propriedades
• O losango é um paralelogramo.
• As diagonais são perpendiculares (!" ! ⊥ ! !")!
Quadrado
MATEMÁTICA

20
Definição

O Quadrado é o quadrilátero regular, ou seja, ele é convexo, equilátero e equiângulo.

Propriedades

• O quadrado é um retângulo e um losango.


Base média do trapézio

Definição
A Base média de um trapézio é o segmento que liga os pontos médios dos lados não paralelos.
(!" ≡ !"!!!!"! ≡ !")!

Teorema

!"! ∥ !"!

!" + !"
!"! = !
2

Perímetro e Áreas
O perímetro de uma figura plana fechada é o comprimento da linha que limita a figura.

MATEMÁTICA

Área de uma figura plana fechada é a extensão que essa figura ocupa.

21
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados lados do polígono, enquanto os pontos são chama-
dos vértices do polígono.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades são vértices não-consecutivos desse polígono.

Número de Diagonais
MATEMÁTICA

22
Ângulos Internos Apótema do Triângulo equilátero
A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
lígono convexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenien-
temente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma
das medidas dos ângulos internos do polígono é igual
à soma das medidas dos ângulos internos dos n-2 triân-
gulos.

!
!=
2

!=! 3
Ângulos Externos
3! ! 3
!=
4
!

Apótema do hexágono

A soma dos ângulos externos=360°

Polígonos Inscritos

! 3
!=
2

3!! 3
!=
2
!
Polígonos Circunscritos

O apótema , sendo mediana do triângulo isósceles


COD, relativa à hipotenusa , é igual à metade da hipote-
nusa, isto é, OL=CD/2
Sendo R=OD
Então:

𝑅 2
𝑎=
MATEMÁTICA

2
𝑙=𝑅 2
A=2R l=2r
A=4r²

23
A Importância da Circunferência
A circunferência possui características não comu-
mente encontradas em outras figuras planas, como o
fato de ser a única figura plana que pode ser rodada em
torno de um ponto sem modificar sua posição aparente.
É também a única figura que é simétrica em relação a um
número infinito de eixos de simetria. A circunferência é
importante em praticamente todas as áreas do conheci-
mento como nas Engenharias, Matemática, Física, Quími-
ca, Biologia, Arquitetura, Astronomia, Artes e também é
muito utilizado na indústria e bastante utilizada nas resi-
dências das pessoas.
Circunferência: A circunferência é o lugar geométri-
! = 2 (!! − !²) co de todos os pontos de um plano que estão localizados
a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado
! o centro da circunferência. Esta talvez seja a curva mais
Condições de tangência entre reta e circunferência importante no contexto das aplicações.

Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do


plano, temos:

a) se P pertence à circunferência, então existe uma


única reta tangente à circunferência por P

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos


de um plano cuja distância a um ponto fixo O é menor
ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é
nula, o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reunião
da circunferência com o conjunto de pontos localizados
dentro da mesma. No gráfico acima, a circunferência é
a linha de cor verde-escuro que envolve a região verde,
b) se P é exterior à circunferência, então existem duas enquanto o círculo é toda a região pintada de verde reu-
retas tangentes a ela por P
nida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um


círculo
Pontos interiores: Os pontos interiores de um cír-
culo são os pontos do círculo que não estão na circun-
ferência.

c) se P é interior à circunferência, então não existe


reta tangente à circunferência passando pelo pon-
to P

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círcu-


lo são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro


Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo)
MATEMÁTICA

é um segmento de reta com uma extremidade no centro


da circunferência e a outra extremidade num ponto qual-
quer da circunferência. Na figura, os segmentos de reta
OA, OB e OC são raios.

24
Corda: Corda de uma circunferência é um segmento Propriedades das secantes e tangentes
de reta cujas extremidades pertencem à circunferência. Se uma reta s, secante a uma circunferência de cen-
Na figura, os segmentos de reta AC e DE são cordas. tro O, intercepta a circunferência em dois pontos distin-
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de tos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o
um círculo) é uma corda que passa pelo centro da circun- segmento de reta OM é perpendicular à reta secante s.
ferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da
circunferência. Na figura, o segmento de reta AC é um
diâmetro.

Se uma reta s, secante a uma circunferência de cen-


tro O, intercepta a circunferência em dois pontos distin-
tos A e B, a perpendicular à reta s que passa pelo centro
Posições relativas de uma reta e uma circunferência O da circunferência, passa também pelo ponto médio da
Reta secante: Uma reta é secante a uma circunfe- corda AB.
rência se essa reta intercepta a circunferência em dois
pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta
que contém uma corda.
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circun-
ferência é uma reta que intercepta a circunferência em
um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto
de tangência ou ponto de contato. Na figura ao lado, o
ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos
pontos E e F é uma reta tangente à circunferência.
Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o
centro e P um ponto da circunferência. Toda reta perpen-
dicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto
de tangência P.

Observações: Raios e diâmetros são nomes de seg-


mentos de retas, mas às vezes são também usados como
os comprimentos desses segmentos. Por exemplo, pode-
mos dizer que ON é o raio da circunferência, mas é usual
dizer que o raio ON da circunferência mede 10 cm ou Toda reta tangente a uma circunferência é perpendi-
que o raio ON tem 10 cm. cular ao raio no ponto de tangência.
Ângulos na circunferência 

Ângulo central 
Ângulo central é todo o ângulo que possui o vértice
no centro da circunferência. 

Na figura abaixo, AB é o arco que corresponde ao


ângulo central AÔB. 
- Tangentes e secantes são nomes de retas, mas
também são usados para denotar segmentos de Se considerarmos a unidade de arco unitário, o arco
retas ou semi-retas. Por exemplo, “A tangente PQ” será definido por um ângulo central unitário, dessa for-
pode significar a reta tangente à circunferência que ma teremos a medida do ângulo AÔB igual à medida do
passa pelos pontos P e Q mas também pode ser o arco AB. 
MATEMÁTICA

segmento de reta tangente à circunferência que


liga os pontos P e Q. Do mesmo modo, a “secante
AC” pode significar a reta que contém a corda BC
e também pode ser o segmento de reta ligando o
ponto A ao ponto C.

25
Vejamos: !" + !"
!=
2
!
Triângulo

Elementos

Mediana

Mediana de um triângulo é um segmento de reta


que liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, !" ! é uma mediana do ∆ABC.
Um triângulo tem três medianas.

α=AB

Ângulo inscrito 
Ângulo inscrito em uma circunferência é todo o ân-
gulo que tem o vértice na circunferência, onde seus lados
são secantes à ela. A medida do ângulo inscrito é sempre
a metade da medida do arco que ele estabelece na cir-
cunferência. 
A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo
intercepta o lado oposto
Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da
bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.

Na figura, !"! é uma bissetriz interna do ∆ABC.


Um triângulo tem três bissetrizes internas.

α=AB/2

Ângulo excêntrico interior 


Ângulo excêntrico interior é aquele ângulo que pos-
sui como vértice um ponto longe do centro da região Altura de um triângulo é o segmento que liga um
interior da circunferência.  vértice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é
perpendicular a esse lado.

Na figura, !" ! é uma altura do ∆ABC.


Um triângulo tem três alturas.
MATEMÁTICA

26
Mediatriz de um segmento de reta é a reta per- Triângulo equilátero: três lados iguais.
pendicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de !" ! .

!! 3
!!"#$ =
4
!
Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos


Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do
triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triân-
gulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado !" ! do
∆ABC.
Um triângulo tem três mediatrizes.

! < 90°, ! < 90°, ! < 90°!

Triângulo retângulo: tem um ângulo reto

Classificação
Quanto aos lados
Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

! > 90°!
MATEMÁTICA

27
Ângulos externos e internos 3. O quadrado da altura é igual ao produto das
projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
Um ângulo externo de um polígono convexo é for-
mado pelo prolongamento de um dos lados do polígo-
no; o ângulo formado entre o lado estendido e o lado
oposto é o ângulo externo. 4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
Na figura a seguir, o ângulo indicado pela sua medi- quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).
da d é um ângulo externo do triângulo ABC.

Relações Métricas em triângulos quaisquer

Triângulo Acutângulo

Os ângulos a, b, e c somam 180º


E o ângulo d=a+c

O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos


são:

c²=a²+b²-2an

Triângulo Obtusângulo

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hi-
potenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Chamamos relações métricas as relações existentes C²=a²+b²+2an


entre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:
1. O quadrado de um cateto é igual ao produto Semelhança de Triângulos
da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipo- Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
tenusa. seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mes-
mas medidas, e os lados correspondentes forem propor-
cionais.

Casos de Semelhança
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi- 1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
potenusa pela altura relativa à hipotenusa. Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes
de vértices correspondentes, então esses triângulos são
MATEMÁTICA

congruentes.

28
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-


NISTRATIVO – FCC/2014) Para se obter a área de um
círculo, multiplica-se o quadrado de medida do raio pelo
número π, que vale aproximadamente 3,14. Para se obter
a área de um quadrado, basta elevar a medida do lado
ao quadrado. Na figura, temos um círculo inscrito em um
quadrado de área igual a 100cm².
! = !! !!!!!! = !′
!
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles
congruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

A área aproximada da região do quadrado não coberta


pelo círculo, em centímetro quadrados, é

a) 78,5.
b) 84,3.
c) 21,5.
d) 157.
!" !" e) 62,7.
= !!!!!! = !′
!! ! ! !! ! ! Resposta: Letra C.
!
!!"#$%#$& = ! !
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
100 = ! !
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
! 10
! = 10 ∴ ! = = =5
2 2

!!"#! = !! ! = 3,14 ∙ 5² = 78,5

!!"#$ã! = !!"#$%#$& − !!"#! = 100 − 78,5 = 21,5!"²


!

2. (CREA/CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO –


FUNDATEC/2013) Acrescendo 3cm ao lado de um qua-
drado, a área aumentará em 39cm². Nesse sentido, a me-
!" !" !" dida da diagonal do quadrado inicial é
= =
!! ! ! !! ! ! ! ! ! ! a) 5cm
! b) 5 2𝑐𝑚
c) 6cm
d) 10 2𝑐𝑚
e) 8cm
MATEMÁTICA

29
Resposta Letra B. x----70,4
lado: x x= R$ 633,60
x²=A
(x+3)²=A+39 Segunda empresa: R$ 12,00
x²+6x+9=A+39 12----1m²
Substituindo: x------70,4
A+6x+9=A+39 x=R$ 844,80
6x=30
x=5 Diferença: R$844,80 – R$633,60=R$ 211,20
diagonal do quadrado: ! 2 = 5 2!
5. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE AD-
3. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVI- MINISTRATIVO - FCC/2012) Em um triângulo isósceles,
ÁRIA I - FCC/2013) O raio de uma roda de trem mede, o perímetro mede 105 cm. Sabe-se que a base tem a
aproximadamente, 0,4 m. Sabendo que o comprimento metade da medida de cada um dos outros dois lados.
de uma circunferência é dado pela fórmula C = 2. π.R Nessas condições, as medidas dos lados desse triângulo
(C: comprimento; considere π igual a 3,1 nessa questão; correspondem a
R : raio da roda). O número mínimo de voltas completas
(desconsidere qualquer arrasto ou patinar da roda) para a) Base: 21 cm e outros lados medem 42 cm cada.
que uma dessas rodas percorra 1 km, é b) Base: 26,25 cm e outros lados medem 52,5 cm cada.
c) Base: 17,5 cm e outros lados medem 35 cm cada.
a) 248. d) Base: 35 cm e outros lados medem 70 cm cada.
b) 620.
c) 800. Resposta: Letra A.
d) 404. Lembrando que triângulo isósceles tem dois lados
e) 992. iguais.

Resposta: Letra D.
C=2πr=2.3,1.0,4=2,48m
1km=1000m
1000:2,48=404

4. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma


empresa cobra 9 reais para efetuar serviço de acabamen-
to e pintura de parede, a cada metro quadrado. Outra
empresa cobra, pelo mesmo serviço, 12 reais. P=2x+2x+x
A seguinte superfície (composta por duas paredes) de- 105=5x
verá ser pintada X=21
Base: 21
Lados: 21.2=42

6. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2013) A figura mostra um terreno retangular cujas
dimensões indicadas estão em metros.

Considerando essa superfície, a diferença cobrada pelo


serviço das duas empresas será de

a) R$ 211,20.
b) R$ 311,20.
c) R$ 411,20.
d) R$ 511,20.
e) R$ 611,20. O proprietário cedeu a um vizinho a região quadrada in-
dicada por Q na figura, com área de 225m². O perímetro
Resposta: Letra A. (soma das medidas dos lados), em metros, do terreno
10⋅3,2=32m² remanescente, após a cessão, é igual a
12⋅3,2=38,4 m²
MATEMÁTICA

a) 240.
Total parede: 32+38,4=70,4m² b) 210.
c) 200.
Primeira empresa: R$9,00 d) 230.
9---1m² e) 260.

30
Resposta: Letra D. 9. (COREN/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2013) Dr. Lucas quer trocar o piso da sala de exames
de seu consultório. Sabe-se que a sala tem formato retan-
gular, que a medida da largura tem dois metros a menos
que a medida do comprimento, e que a terça parte da me-
dida do comprimento é igual à metade da medida da largu-
ra. Nessas condições, a quantidade mínima de piso que ele
deverá comprar é, em metros quadrados, igual a

a) 36.
! ! = 225 b) 32.
! = 15 c) 24.
!P=5x+40+5x-x+x+x+40-x d) 20.
e) 16.
P=10x+80
P=150+80=230m Resposta: Letra C.
Comprimento: C
7. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ- Largura: L
RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Um arquiteto, em
um de seus projetos, fez algumas medições e dentre elas
mediu dois ângulos complementares. Um desses ângu-
! =!+2
los mediu 65° e o outro,
1 1
!= !
3 2
a) 115° !
b) 90° Substituindo C na segunda equação:
c) 180°
d) 25° 1 1
e) 60° !+2 = !
3 2
Resposta: Letra A. 1 2 1
Ângulos complementares somam 180°. !+ = !
Se um mede 65 o outro mede: 180-65=115°
3 3 2

1 1 2
8. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Em um tri- !− !=−
ângulo isósceles, o ângulo suplementar a um dos ângulos 3 2 3
congruentes mede 100°. A soma da medida do maior ân- !
Mmc(2,3)=6
gulo interno com o menor ângulo interno deste triângulo é:

a) 100° 2! − 3! 2
b) 80° =−
c) 160° 6 3
d) 120°
e) 90° 1 2
− !=−
Resposta: Letra A. 6 3
2
12
!=3= =4
1 3
6
!
C=6
A=6⋅4=24m²
Z=100°
Z=x+y
MATEMÁTICA

Portanto, a soma dos ângulos internos é 100°

31
TRIGONOMETRIA: RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO; ARCOS E
ÂNGULOS EM GRAUS E RADIANOS; RELAÇÕES DE CONVERSÃO; CICLO TRIGONOMÉTRICO;
ARCOS CÔNGRUOS E SIMÉTRICOS; FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS; RELAÇÕES E IDENTIDADES
TRIGONOMÉTRICAS; FÓRMULAS DE ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, DUPLICAÇÃO E BISSECÇÃO DE
ARCOS; EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS; LEIS DOS SENOS E DOS COSSENOS

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

!": ℎ!"#$%&'() = !
!": !"#$#%!!"!#$!!!!!!!!!"#!$%&'%!!!! = !
!": !"#$#%!!"#!$%&'%!!!!!!!!"!#$!!!!! = !
!

Temos:

cateto!oposto!a!! !
sen!α = =
hipotenusa !

cateto!adjacente!a!! !
cos ! = =
hipotenusa !

cateto!oposto!a!! !
tg!α = =
!"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!

1 !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!"#$!! = = =
!"!! !"#$#%!!"!#$!!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
sec ! = = =
cos ! !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
!"#$!!! = = = !
!"#$ !"#$#%!!"!#$!!!!! !
!

Considere um arco , contido numa circunferência de raio r, tal que o comprimento do arco seja igual a r.
MATEMÁTICA

32
Dizemos que a medida do arco é 1 radiano(1rad)

Transformação de arcos e ângulos

Determinar em radianos a medida de 120°

!"#$ = 180°!
π----180
x-----120

120! 2!
!= = !"#
180 3
!
Funções Trigonométricas

Função seno

A função seno é uma função !: ! → !! que a todo arco !"! de medida x∈R associa a ordenada y’ do ponto M.

! ! = !"#!! !

D=R e Im=[-1,1]

Exemplo
Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem da função f(x)=2sen x.
Solução
-1≤sen x≤1
-2≤2sen x≤2
-2≤f(x)≤2

Im=[-2,2]

Função Cosseno

A função cosseno é uma função !: ! → !! que a todo arco de medida x∈R associa a abscissa x do ponto M.
MATEMÁTICA

D=R
Im=[-1,1]

33
Exemplo
Determine o conjunto imagem da função f(x)=2+cos x.

Solução
-1≤cos x≤1
-1+2≤2+cos x≤1+2
1≤f(x)≤3
Logo, Im=[1,3]

Função Tangente
A todo arco !" ! de medida x associa a ordenada yT do pontoT. O ponto T é a interseção da reta !"! com o eixo
das tangentes.

! ! = !"!! !

!
!= !∈!!≠ + !", ! ∈ ! !
2

Fórmulas Trigonométricas

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²

Dividindo os membros por c²

! ! !! ! !
= +
!! !! !!
!! ! !
1= !+ !
! !
Como
! !
!"# Â = !!!!!"# ! = , !"#$%
! !
MATEMÁTICA

!"!! ! + !"! ! ! = 1
!

34
Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e
b, as operações da soma e da diferença entre esses arcos
será dada pelas seguintes identidades: 

𝜋
𝑥 = ± + 2𝑘𝜋
3
𝜋
𝑆 = 𝑥 ∈ 𝑅 𝑥 = ± + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍
3
Duplicação de arcos
Inequações Trigonométricas
!"#2! = 2!"#$! ∙ !"#$
!"#2! = !"! ! ! − !"!! ! Resolva a equação cos x<1/2 para 0<x<2π.

2!"#
!"2! =
1 − !!! !
!
Bissecção

! 1 − !"#$
!"# =±
2 2

! 1 + !"#$
cos =
2 2 Cos x< ½ em todo o resto da circunferência que não
está marcado de vermelho.

! 1 − !"#$ 𝜋 5𝜋
!" =± 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| <𝑥< }
2 1 + !"#$ 3 3
!
Lei dos Cossenos
Equações Trigonométricas
A lei dos cossenos é uma importante ferramenta ma-
Chamam-se equações trigonométricas igualdades temática para o cálculo de medidas dos lados e dos ân-
que podem ser escritas como, por exemplo, as indicadas gulos de triângulos quaisquer.
abaixo:

Exemplo

Resolva a equação cos x=1/2 para x∈R.


MATEMÁTICA

35
2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) No
clube, há um campo de futebol cujas traves retangulares
têm 6 m de largura e 2 m de altura. Logo, a medida da
diagonal da trave é

a) menor que 6 metros.


Lei dos Senos b) maior que 6 metros e menor que 7 metros.
c) maior que 7 metros e menor que 8 metros.
d) maior que 8 metros e menor que 9 metros.
e) maior que 9 metros.

Resposta: Letra B.

x²=6²+2²
x²=36+4
x²=40

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-


RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Roberto irá cercar
uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele ! = 2 10 ≈ 6,32
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o !
canto murado de seu terreno (em ângulo reto) e fechar Portanto, é maior que 6 e menor que 7.
essa área triangular esticando todo o alambrado, sem so-
bra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro 3. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Em um deter-
ele irá utilizar, em metros, minando momento, duas viaturas da PM encontram-se
estacionadas nos pontos A e B separados por uma dis-
a) 7.    b) 5.    c) 8.    d) 6.    e) 9. tância de 12km em linha reta. Acionadas via rádio, ambas
partem simultaneamente e se deslocam na direção do
Resposta: Letra C. ponto C, seguindo o trajeto mostrado na figura.
!"!#:! 2 = 1,41!

10! = 6! + ! !
MATEMÁTICA

! ! = 100 − 36
! ! = 64
! = 8!
!

36
Admita que, nesses trajetos, as velocidades médias de- Resposta: Letra B.
senvolvidas pelas viaturas que estavam nos pontos A e
B tenham sido de 60 km/h e 50km/h, respectivamente. 3
Nesse caso, pode-se afirmar que o intervalo de tempo, !"#30° =
em minutos, decorrido entre os momentos de chegada !"
de ambas no ponto C foi, aproximadamente,
3
a) 9,6. 0,5 =
!"
b) 7,2.
c) 5,4.
d) 4,5.
!" = 6!
e) 2,6. !
5. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
Resposta: Letra E. NESP/2012) Observe o desenho

!"
!"45 =
12
!"
1=
12

!" = 12!"

!! = 12 2 = 12 ∙ 1,41 = 16,92km
!

60km----60 minutos
16,92---x

X=16,92 minutos

50km---60 minutos Todos os pontos do desenho representam as portarias de


12------x vários prédios de um complexo hospitalar. Os segmentos
representados, cujas medidas estão em cm, são as ruas
X=14,4 minutos internas desse complexo e representam as distâncias en-
tre uma portaria e outra, podendo-se circular entre duas
Diferença: 16,92-14,4=2,52≅2,6 portarias quaisquer a pé. Cada 1 cm do desenho corres-
ponde a uma distância real de 50 metros. Para ir de B a
4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assinale a D, a menor distância que uma pessoa pode percorrer é
alternativa que apresenta a medida do lado AC da figura
abaixo. a) 650 m.  b) 600m.  c) 500m.  d) 400m.  e) 350m.

Resposta: Letra A.

!"#$#%!!"!#$!
(Dados: sen 30°=0,5 e senx= ).!
ℎ!"#$%&'()
a) 5 metros.
MATEMÁTICA

b) 6 metros.
c) 9 metros.
d) 10 metros.

37
A menor distância de B a D é: Portanto:
X²=12²+5² α + 105º + 45º = 180º
X²=144+25 α + 150º = 180º
X²=169 α = 180º – 150º
X=13 α = 30º
1cm---50m
13 cm---y Aplicando a lei dos senos
Y=650m
! 90
6. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Durante =
a aula, uma professora pede que os alunos façam recortes !"#45 !"#30
de papel em formatos triangulares. Os triângulos devem
ser triângulos retângulos pitangóricos, a hipotenusa deve
! 90
medir 13 cm, e um dos catetos deve medir 12 cm. Dessa 2= 1
forma, qual será a área desses recortes triangulares? 2 2
a) 30 mm2
b) 30 cm2
c) 30 m2
2!
= 180
d) 17 cm2 2!
e) 25 cm2

Resposta: Letra B. 180 2


!= = 90 2
2
!
8. Dois lados de um triângulo medem 6m e 10m e for-
mam entre si um ângulo de 120º. Determinar a medida
do terceiro lado.
Representando geometricamente a situação, temos:

13²=12²+x²
169=144+x²
25=x²
X=5

5 Resposta:
! = 12 ∙ = 30!!"²!
2 Pela lei dos cossenos:

! ! = 10² + 6! − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ !"#120
7. No triângulo a seguir temos dois ângulos, um medindo 1
45º, outro medindo 105º, e um dos lados medindo 90 me- ! ! = 100 + 36 − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ −
tros. Com base nesses valores determine a medida de x. 2
! ! = 136 + 60 = 196
! = 13
!

Resposta:
MATEMÁTICA

Para determinarmos a medida de x no triângulo deve-


mos utilizar a lei dos senos, mas para isso precisamos
descobrir o valor do terceiro ângulo do triângulo. Para
tal cálculo utilizamos a seguinte definição: a soma dos
ângulos internos de um triângulo é igual a 180º.

38
ÁLGEBRA II: MATRIZES: CONCEITOS, IGUALDADE E OPERAÇÕES. DETERMINANTES. SISTEMAS
LINEARES. ANÁLISE COMBINATÓRIA: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM; ARRANJOS,
COMBINAÇÕES E PERMUTAÇÕES SIMPLES; PROBABILIDADES

Matriz

Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈ N* e n ∈ N*, a toda tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por
exemplo, a matriz A de ordem 2x3.

!= 1 2!!!!5
7 5!!!!8
!
Representação da matriz

Forma explicita (ou forma de tabela)


A matriz A é representada indicando-se cada um de seus elementos por uma letra minúscula acompanhada de dois
índices: o primeiro indica a linha a que pertence o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o elemento, isto
é, o elemento da linha i e da coluna j é indicado por ij.

Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:

! !!"!! !!!!!!"
! = !!! !!! !!!!!!!"
!"
!
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

!!! !!"
!!" !!!
!
!!! = 2.1 + 1 = 3
!!" = 2.2 + 1 = 5
!!" = 2.1 + 2 = 4
!!! = 2.2 + 2 = 6

3 4
Portanto, ! =
5 6
!
Tipos de Matriz

Matriz linha
Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma única linha.
Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.

Matriz coluna
Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma única coluna.
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.

Matriz quadrada
MATEMÁTICA

Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem n e indica-se por An. Exemplo:

39
Adição de Matrizes
5 7 8
!= 7 4 6 Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo
9 1 2 tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se
por A+B.
Diagonais
a) Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou Dada as matrizes:
seja, (a11, a22, a33,..)
3!! − 1 2!!!!!!3
b) Diagonal secundária é a sequência dos elementos != 1!!!!!!!!2 ! = 0!!!!!!!1
tais que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...) 4!!!!!!!!!0! 1!!!!!!!!2
3 + 2!!!! − 1 + 3 5!!!!!2
! + ! = ! = 1 + 0!!!!!!!!!!!2 + 1 , portanto ! = 1!!!!!!3
4 + 1!!!!!!!!!0 + 2 5!!!!!!!2
!

Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Matriz diagonal Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada
de matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos Subtração de matrizes
que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo
1 0 0 tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente
se, C=A+(-B).
!= 0 3 0 !
0 0 5
!= 2 0 != 4 −1
Matriz identidade 3 −1 2 0
2 0 −4 1
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada ! − ! = ! + −! = +
3 −1 −2 0
de matriz identidade se, e somente se, os elementos da −2 1
diagonal principal são iguais a um e os demais são iguais !−! =
1 −1
a zero. !

1 0 0 Multiplicação de um número por uma matriz


!! = 1 0 !! = 0 1 0
0 1 Considere:
0 0 1
! ! !
!=
Matriz nula ! !
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os 2! = 2! 2!
elementos são iguais a zero. 2! 2!
!
Multiplicação de matrizes
!= 0 0
0 0 O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)
!
mxp
por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-
Matriz Transposta
-se ordenadamente os elementos da linha i de A pelos
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz
elementos da coluna j de B, e somando-se os produtos
transposta de A a matriz do tipo n x m.
assim obtidos.
Dada as matrizes:
!= 2 1!!!!!3!
MATEMÁTICA

0 4!!!!!5
2!!!0
!! = 1!!!!4
3!!!!!5
!

40
O determinante é dado por:
A = ! 1 !!B = 4
3!!! 0 2
!= !
!"
!!! = 0.4 + 1.2 = 2!
!!" = 3.4 + 0.2 = 12 Determinante de ordem 3
C= 2
12 Regra 1:
!
Repete a primeira e a segunda coluna
Matriz Inversa

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz


B é chamada inversa de A se, e somente se,

! ∙ ! = ! ∙ ! = !!
!"#$%!! = !!!
!
Exemplo:
Regra 2
Determine a matriz inversa de A.

1 −2
!=
−1 3
!
Solução

! !
Seja ! =
! !
! !
! ∙ ! = !! ∴ ! 1 −2 ∙ 1 0
−1 3 ! ! = 0 1
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
! − 2! ! − 2! a21 a33 - a32 a23 a11
1 0
=
−! + 3! −! + 3! 0 1 Sistema de equações lineares
! Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas.
Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

!!! = ! = 3 2 !
Logo,
1 1

Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante
o número real a ela associado.

Cálculo do determinante

Determinante de ordem 1
Em que:

!! , !! , … !! !!ã!!!"#ó!"#$%&
!!! , !!" , !!" , … , !!" !!ã!!!"#$%!%#&'#(!!"#é!"#$%
!! , !! , … , !! !ã!!!"#$%&!!"#$%$"#$"&$'
MATEMÁTICA

Determinante de ordem 2 !

Dada a matriz

41
Sistema Linear 2 x 2 Classificação

Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de 1. Sistema Possível e Determinado


equações lineares a duas incógnitas, consideradas simul-
taneamente. x+y=3
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo: x−y=1
!
#a1 x + b1 y = c1
" O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois
!a2 + b2 y = c2
! 2+1=3
2−1=1
Sistema Linear 3x3 !
Como não existe outro par que satisfaça simultanea-
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é
SPD(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma
única solução.
Sistemas Lineares equivalentes
2. Sistema Possível e Indeterminado
Dois sistemas lineares que admitem o mesmo con-
junto solução são ditos equivalentes. Por exemplo: !+! =4
0! − 0! = 0
! − 2! = −3! 3! − 4! = −5 !
!!!!!!!!!!!
2! + ! = 4 ! + 2! = 5 Esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os
! valores de x e y assumem inúmeros valores. Observe o
sistema a seguir, x e y podem assumir mais de um valor,
São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjun-
(0,4), (1,3), (2,2), (3,1) e etc. 
to solução S={(1,2)}
Denominamos solução do sistema linear toda se-
3. Sistema Impossível
quência ordenada de números reais que verifica, simul-
taneamente, todas as equações do sistema.
!+! =7
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar
todas as sequências ordenadas de números reais que sa- !+! =1
tisfaçam as equações do sistema. !

Matriz Associada a um Sistema Linear Não existe um par real que satisfaça simultaneamen-
te as duas equações. Logo o sistema não tem solução,
Dado o seguinte sistema: portanto é impossível.

2! + 9! = −20 Sistema Escalonado


7! − 5! = 6
Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
!
incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
Matriz incompleta mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
anterior.
!= 2 9
7 −5 Exemplo
2 9 ! ∙ ! ! = −20 Sistema 2x2 escalonado.
7 −5 ! 6
! ! + 3! = 4
!=1
MATEMÁTICA

42
Sistema 3x3 - Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, impossível.
a segunda tem dois e a terceira, apenas um.
Para identificarmos se o sistema é possível, indeter-
! + 2! − ! = 2 minado ou impossível, devemos conseguir um sistema
5! + ! = 1 escalonado equivalente pelo método de eliminação de
Gauss.
!=7
!
Exemplos
Sistema 2x3 - Discutir, em função de a, o sistema:
!+!+! =4
!−! =3
!

Resolução de um Sistema Linear por Escalona- Resolução


mento

Podemos transformar qualquer sistema linear em um 1 3


outro equivalente pelas seguintes transformações ele- D= = a−6
mentares, realizadas com suas equações: 2 a
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
diferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
cionar o resultado a outra equação.
Para a ≠ 6, temos:
Exemplo

 x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois


é conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira Que é um sistema impossível.
equação. Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

EXERCÍCIOS COMENTADOS
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
Multiplicando a equação por -2: 1. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Considere
Somando as duas equações: a seguinte sentença envolvendo matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
+ =
7 2 8 5 15 7

Sistemas com Número de Equações Igual ao Nú- Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o
mero de Incógnitas valor de y que torna a sentença verdadeira.

Quando o sistema linear apresenta nº de equações a) 4.


MATEMÁTICA

igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, b) 6.


inicialmente calculamos o determinante D da matriz dos c) 8.
coeficientes (incompleta), e: d) 10.

43
Resposta: Letra D. 4. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO BRA-
SILEIRO/2013) O elemento da segunda linha e terceira
6+1=7 !−3=7 coluna da matriz inversa da matriz é:
!
7 + 8 = 15 2+5=7
1 0 1
2 1 0 !
y=10
0 1 1
2. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) É correto 2
afirmar que o determinante 1 𝑥 é igual a zero a) !
para x igual a −2 4 3
3
a) 1. b) !
b) 2. 2
c) -2. c) 0
d) -1.
d) -2
Resposta: Letra C.
D=4-(-2x) 1
e) − !
0=4+2x
X=-2 3

3. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Assinale Resposta: Letra A.


a alternativa que apresente o resultado da multiplicação A.B=I
das matrizes A e B abaixo:
1 0!!!1 ! !!!!!! 1 0!!!0
2 1!!!!0 ∙ ! !!!!!!!! = 0 1!!!!0
!= 2 1 !∙ ! = 0 4!!!! − 2 0!!!!!1!!!!!1!!!! !!!!!!ℎ!!!!!!!!!!! !!!!0!!!!!0!!!!!1!!!!
3 −1 1 −3!!!!!!!!5
!+! ! + ℎ!!!!! + ! 1 0!!!0
2! + 2! 2! + !!!!!!!2! + ! = 0 1!!!!0
A) −1 −5!!!!!!!!1 ! + !!!!!!!!!!!!!!! + ℎ!!!!!!!!!!!!! + !!!!!! !!!!0!!!!!0!!!!!1!!!!
1 15!!!!!!!!!11 !

1 5!!!!!!!!!!!!1 Como queremos saber o elemento da segunda linha e


B)
−1 15!!!! − 11 terceira coluna(f):

!+! =0
1 !!!5!!!!!!!! − 1 2! + ! = 0!
C)
1 −15!!!!!!!!11 !+! =1
1 5!!!!!!!!!!!!1 Da primeira equação temos:
D)
1 15!!!!11 c=-i
substituindo na terceira:
E)
−1 5!!!!!!!!! − !!1 f-c=1
1 15!!!! − 11
! 2! + ! = 0 ! − 1
Resposta: Letra B. !−! =1
−2! − ! = 0
2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3!)!!!!!2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5 !−! =1
!∙! =
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + −1 ∙ −3 !!!!!3 ∙ −2 + (−1) ∙ 5 !
Somando as equações:
!∙! = 1 5!!!!!1 ! -3c=1
−1 15!!! − 11
! C=-1/3
f=2/3
MATEMÁTICA

44
5. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Os Somando as duas equações:
cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha Na-
cional de Desarmamento recebem valores de indeniza- 0,5! = 12,5
ção entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e
calibre do armamento. Em uma determinada semana, a
campanha arrecadou 30 armas e pagou indenizações so-
! = 25!! ∴ ! = 30
mente de R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00. !
Determine o total de indenizações pagas no valor de Ela vendeu 30 doces
R$150,00.
7. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – FCC/2013)
a) 20 Dos 56 funcionários de uma agência bancária, alguns
b) 25 decidiram contribuir com uma lista beneficente. Contri-
c) 22 buíram 2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4 homens, totali-
d) 24 zando 24 pessoas.
e) 18 A razão do número de funcionárias mulheres para o nú-
mero de funcionários homens dessa agência é de
Resposta: Letra A.
a) 3 para 4.
Armas de R$150,00: x b) 2 para 3.
c) 1 para 2.
Armas de R$450,00: y d) 3 para 2.
e) 4 para 5.
150! + 450! = 7500
! Resposta: Letra A.
! + ! = 30
Mulheres: x
x=30-y
Homens: y
Substituindo na 1ªequação:
2
! + ! = 56!!! ! −
150 30 − ! + 450! = 7500 3
4500 − 150! + 450! = 7500 2 1
! + ! = 24
300! = 3000 3 4
! = 10
2 2 112
! = 30 − 10 = 20 − !− !=−
! 3 3 3
O total de indenizações foi de 20.
2 1
! + ! = 24
3 4
6. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E !
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Maria ven-
de salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada Somando as duas equações:
doce, R$1,50. Ontem ela faturou R$95,00 vendendo do-
ces e salgados, em um total de 55 unidades. 2 1 112
− !+ !=− + 24
Quantos doces Maria vendeu? 3 4 3
!
a) 20    b) 25    c) 30    d) 35    e) 40
Mmc(3,4)=12
Resposta: Letra C.
−8! + 3! = −448 + 288!
Doces: x -5y=-160
Salgados:y y=32
x=24
! + ! = 55!!!!!!!(! − 1,5)
1,5! + 2! = 95 razão de mulheres pra homens:
MATEMÁTICA

−1,5! − 1,5! = −82,5 24 3


= !
1,5! + 2! = 95 32 4
!

45
8. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- Resposta: Letra A.
NESP/2013) Uma empresa comprou um determinado
número de folhas de papel sulfite, embaladas em paco- Melão: x
tes de mesma quantidade para facilitar a sua distribuição Abacaxi: y
entre os diversos setores. Laranja: z
Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor
acondicionado em caixas, sem que haja sobras. Se o for- 3x+5y=50z
necedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a 6x=15y
mais do que se colocar 30 pacotes por caixa. O número
total de pacotes comprados, nessa encomenda, foi 3! + 5! = 50!!! ! − 2
6! − 15! = 0
a) 2200.
b) 2000.
c) 1800. −6! − 10! = −100!
d) 2400. 6! − 15! = 0
e) 2500. !
Resposta: Letra D. Somando as duas equações
-25y=-100z
Total de pacotes: x Y=4z
Caixas y X=15y/6
X=10z
! X+y=10z+4z=14z
= ! + 16
25
10. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2012) Usando, inicialmente, somente gasolina e,
25! + 400 = ! depois, somente álcool, um carro com motor flex rodou
um total de 2 600 km na pista de testes de uma monta-
! dora, consumindo, nesse percurso, 248 litros de combus-
=! tível. Sabe­se que nesse teste ele percorreu, em média,
30
11,5 quilômetros com um litro de gasolina e 8,5 quilô-
metros com um litro de álcool. Desse modo, é correto
! = 30! afirmar que a diferença entre a quantidade utilizada de
cada combustível nesse teste foi, em litros, igual a
25! − ! = −400
! = 30! a) 84.
b) 60.
c) 90.
Substituindo: d) 80.
! e) 68.
25! − 30! = −400
Resposta: Letra D.
−5! = −400
! = 80 Litro de gasolina: x
! = 30 ∙ 80 = 2400 Litro de álcool: y
!
! + ! = 248 ! − 8,5
9. (TJ/PE – OFICIAL DE JUSTIÇA – JUDICIÁRIO E AD-
MINISTRATIVO – FCC/2012) Uma pessoa vai à feira e 11,5! + 8,5! = 2600
verifica que com a mesma quantia de dinheiro que com-
praria 50 laranjas, ela poderia comprar 3 melões mais 5 −8,5! − 8,5! = −2108
abacaxis. Também verifica que com a mesma quantia de 11,5! + 8,5! = 2600
dinheiro que compraria 6 melões, ela poderia comprar 15
!
abacaxis. Então, com a mesma quantia de dinheiro que
compraria 1 melão mais 1 abacaxi, o número de laranjas Somando as equações:
que ela poderia comprar é 3x=492
MATEMÁTICA

X=164
a) 14. b) 15. Y=248-164=84
c) 16. d) 18.
e) 20. Diferença: 164-84=80

46
ESTATÍSTICA: CONCEITOS; POPULAÇÃO; AMOSTRA; VARIÁVEL; TABELAS; GRÁFICOS;
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA; TIPOS DE FREQUÊNCIAS; HISTOGRAMA; POLÍGONO DE
FREQUÊNCIA; MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: MODA, MÉDIA E MEDIANA

Estatísticas

A Estatística Descritiva lida com as formas de obter informações úteis a partir de um conjunto de dados, de forma
a facilitar a resolução de problemas.
Ela o faz a partir de medidas resumo, gráficos e tabelas.
Possui uma grande quantidade de instrumentos de resumo que podem ser aplicados às diversas situações.

População

É a totalidade de observações individuais dentro de uma área de amostragem delimitada no espaço e no tempo,
sobre as quais serão feitas inferências.
Podemos, então, pensar que uma população consiste em um conjunto de indivíduos que compartilham de, pelo
menos, uma característica comum, seja ela a espécie, etnia, cidadania, filiação a uma associação, matrícula em uma
universidade ...
A população pode ser:

-Infinita: quando o número de observações for infinito.


Exemplo: a população constituída de todos os resultados (cara e coroa) em sucessivos lances de uma moeda.

- Finita: quando apresenta um número limitado de indivíduos.


Exemplo: a população constituída por todos os copos de papel produzidos em uma indústria em um dia.

Amostra

É muito difícil poder trabalhar com todos os elementos da população, pois é comum termos pouco tempo e re-
cursos.
Assim, geralmente, o pesquisador só estuda um pequeno grupo de indivíduos retirados da população, grupo esse
que é chamado de amostra.
Uma amostra estatística consiste em um subconjunto representativo, ou seja, em um conjunto de indivíduos re-
tirados de uma população, a fim de que seu estudo estatístico possa fornecer informações importantes sobre aquela
população.
Assim, analisando-se uma boa amostra chega-se a resultados que podem ser imputados a população inteira.
É importante lembrar que:
A amostra é sempre finita.
Quanto maior for a amostra mais significativo é o estudo.

Deve-se notar que os elementos amostrais podem ser:


Simples (indivíduos) ou
Coletivos (famílias, irmandades, colônias).

Tipos de Variáveis

Qualitativas
Medem uma qualidade, podendo ser:
• ordinais (possuem uma ordem natural),como, por exemplo, o índice de aprovação de um político: péssimo, ruim,
regular, bom ou ótimo)
• nominais (não há uma ordem natural),como, por exemplo, o sexo de uma pessoa.

Quantitativas
Medem uma quantidade, podendo ser:
MATEMÁTICA

• discretas (os possíveis valores são contáveis), como o número de alunos em uma sala ou o número de partículas
no universo.
• contínuas (podem ser observados quaisquer valores dentro de um intervalo),como a altura de uma pessoa.

Existem dois tipos de métodos que podem ser utilizados, frequentemente de forma complementar:

47
• Métodos Gráficos ou Tabulares: Tabelas de Frequências, Gráficos de Setores, Gráficos de barras, etc.
• Métodos Numéricos: médias, variâncias, desvio-padrão, etc.

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si. Podemos dar, como exem-
plos, o peso de uma criança que depende da idade, o faturamento de uma firma que depende do mês, o índice de
analfabetismo que depende da região, o índice de chuva que depende da época do ano etc.
Podemos utilizar as tabelas para os mais diversos fins. Empresas de grande porte utilizam-nas para apresentar seus
balanços mensais; já um balconista pode usar uma tabela para agilizar seu dia-a-dia, para uso na estatística.

Para cada informação que se quer comunicar há uma linguagem mais adequada. Os textos, gráficos e tabelas, por
exemplo, são usados para facilitar a leitura do conteúdo, já que apresentam as informações de maneira visual.
Existem vários tipos de gráficos, como os de barras, de setor e de linhas, por exemplo.

Barras- Usado para comparar quantitativos e formado por barras de mesma largura e comprimento variável, pois
dependem do montante que representam. A barra mais longa indica a maior quantidade e, com base nela, é possível
analisar como certo dado está em relação aos demais.

Setor- Útil para agrupar ou organizar quantitativamente dados considerados de um total. A circunferência repre-
senta o todo e é dividida de acordo com os números relacionados ao tema abordado. Também conhecido como gráfico
MATEMÁTICA

pizza.

48
44 1
45 1
46 2
50 2
51 1
52 1
54 1
57 1
58 2
60 2
Total 20

Linhas- Apresenta a evolução de um dado. Eixos na Distribuição de frequência com intervalos de


vertical e na horizontal indicam as informações a que se classe: Quando o tamanho da amostra é elevado é mais
refere e a linha traçada entre eles, ascendente, descen- racional efetuar o agrupamento dos valores em vários in-
dente, constante ou com vários altos e baixos mostra o tervalos de classe.
percurso de um fenômeno específico.
Classes Frequências
41 |------- 45 7
45 |------- 49 3
49 |------- 53 4
53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Total 20

Tipos de Frequência
Segmento - O gráfico de segmento é utilizado prin-
cipalmente para mostrar crescimento, decréscimo ou es- Frequência Absoluta
tabilidade. É o número de vezes que a variável estatística assu-
me um valor.

Frequência Relativa
É o quociente entre a frequência absoluta e o núme-
ro de elementos da amostra.
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:

Distribuição de frequência sem intervalos de


classe: É a simples condensação dos dados conforme as
repetições de seu valores. Para um ROL de tamanho ra-
zoável esta distribuição de frequência é inconveniente, já
que exige muito espaço. Veja exemplo abaixo: Histograma - Dados quantitativos, agrupados em clas-
ses de frequência que permite distinguir a forma, o ponto
Dados Frequência central e a variação da distribuição, além de outros dados
como amplitude e simetria na distribuição dos dados
MATEMÁTICA

41 3
42 2
43 1

49
Solução:

Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol,


tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
mética entre os dois termos centrais do rol.

12 + 18
Logo: !" = = 15!
2
Resposta: Md=15

Moda (Mo)
Polígono de frequência
Num conjunto de números: , chama-se moda aquele
valor que ocorre com maior frequência.

Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser
única.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2:
Mediana (Md) O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

!! , !! , !! , … , !! ! Exemplo 3:
O conjunto de dados 1, 5, 5, 5, 6, 7, 8, 8, 8 possui duas
Sejam os valores escritos em rol: modas, 5 e 8, e é chamada bimodal.

1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que Média aritmética


o número de termos da sequência que precedem
!! ! é igual ao número de termos que o sucedem, Média aritmética de um conjunto de números é o
isto é, !! ! é termo médio da sequência ( !! !) em rol. valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela número de elementos do conjunto.
média aritmética entre os termos !! ! e , !!!! ! tais
que o número de termos que precedem !! ! é igual Representemos a média aritmética por ! !.
ao número de termos que sucedem , isto é, a me- A média pode ser calculada apenas se a variável en-
diana é a média aritmética entre os termos centrais volvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido cal-
da sequência ( !! !) em rol. cular a média aritmética para variáveis quantitativas.

Exemplo 1: Na realização de uma mesma pesquisa estatística


Determinar a mediana do conjunto de dados: entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23} ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses
grupos e perceber tendências.
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem- Considerando uma equipe de basquete, a soma das
-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio alturas dos jogadores é: 1,85+1,85+1,95+1,98+1,98+1,9
desse rol. Logo: Md=12 8+2,01+2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18=3
0,0
Resposta: Md=12.
Se dividirmos esse valor pelo número total de joga-
Exemplo 2: dores, obteremos a média aritmética das alturas:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
MATEMÁTICA

{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. 30,3


𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 2,02
15

50
A média aritmética das alturas dos jogadores é
2,02m.

Média Ponderada

A média dos elementos do conjunto numérico A re-


lativa à adição e na qual cada elemento tem um “deter-
minado peso” é chamada média aritmética ponderada.

𝑃1 . 𝑥 1 ; 𝑃 𝑥 2 ; 𝑥 ;
𝑃3 3
… ; 𝑃 𝑥𝑛
𝑥= 2 𝑛
𝑃1 + 𝑃 + 𝑃3
+ …+ 𝑃
2 𝑛
Considere que, em 1990, a população brasileira era de
145 milhões de habitantes e, em 2010, de 190 milhões.
EXERCÍCIOS COMENTADOS Com base nos percentuais apresentados na reportagem,
o número de habitantes, no Brasil, que contam com sa-
neamento básico aumentou, de 1990 para 2010, em,
1. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Com
aproximadamente,
a intenção de atender melhor seus clientes, os planos de
saúde aumentaram a cota de consultas a algumas espe-
cialidades, destacadas na tabela seguinte: a) 65 milhões
b) 50 milhões
c) 45 milhões
d) 25 milhões
e) 10 milhões

Resposta: Letra B.

1990

Em comparação à antiga lei, o número de consultas ao 145 ∙ 0,69 = 100,05


_______ teve um crescimento maior que 200%. !
A frase anterior estará correta se esse espaço for preen- A população que tinha saneamento básico era de
chido com 100,05 milhões

a) Psicólogo. 2010
b) Fonoaudiólogo.
c) Nutricionista.
190 ∙ 0,79 = 150,1!
d) Psicólogo ou Fonoaudiólogo.
e) Fonoaudiólogo ou Nutricionista.
A população que tinha saneamento básico era de
Resposta: Letra D. 150,1 milhões

200 Portanto, aumentou: 150,1-100,05=50,05.


!"#$ó!"#": 12 + 12 ∙
100
= 36 Aproximadamente 50 milhões.

200 3. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – FCC/2013)


!"#"$%&'ó!"#"!!!!"#$%&%'(%)#*: 6 + 6 ∙ = 18 O supervisor de uma agência bancária obteve dois grá-
100
! ficos que mostravam o número de atendimentos reali-
zados por funcionários. O gráfico I mostra o número de
Psicólogo e Fonoaudiólogo tiveram crescimento atendimentos realizados pelos funcionários A e B, duran-
maior que 200%. te 2 horas e meia, e o Gráfico II mostra o número de aten-
dimentos realizados pelos funcionários C, D e E, durante
2. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRAN- 3 horas e meia.
RIO/2013) As novas tecnologias e o empenho dos orga-
nismos públicos, associados aos interesses e boas práti-
MATEMÁTICA

cas da iniciativa privada, ampliaram a rede de esgotos.

51
4. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2012) Considere a figura.

Se 132 pessoas responderam à pergunta dizendo que


Observando os dois gráficos, o supervisor desses fun- têm um pouco de medo, pode-se concluir que o total
cionários calculou o número de atendimentos, por hora, de pessoas entrevistadas que responderam que não têm
que cada um deles executou. O número de atendimen- nenhum medo foi
tos, por hora, que o funcionário B realizou a mais que o
funcionário C é  a) 844.
b) 384.
a) 3. c) 364.
b) 10. d) 320.
c) 5. e) 256.
d) 6.
e) 4. Resposta: Letra B.

Resposta: Letra E. 132----22%


Funcionário B: X------64%
X=384 pessoas não têm nenhum medo
25
= 10!!"#$%&'#$"()/ℎ!"#! 5. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
2,5
SPDM/2012) O gráfico abaixo indica o total de alunos
em cada uma das 4 salas de aula de certa escola.
Funcionário C:

21
!! = 6!!"#$%&'#$"()/ℎ!"#!
3,5

Portanto, o funcionário B realizou 4 atendimentos a


mais.
MATEMÁTICA

De acordo com o gráfico, a probabilidade de escolher-


mos um aluno, dentre as quatro salas de aula, de modo
que ele não seja das salas 3 e 4 é de:

a) 13/21   b) 8/21   c) 1/105   d) 1/3

52
Resposta: Letra A.

Total de alunos: 30+35+25+15=105

30 35 65 13
+ = =
105 105 105 21
!
6. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRAN- Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é de
RIO/2012) R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
dos dois gerentes é de

a) R$ 2.900,00.
b) R$ 4.200,00.
c) R$ 2.100,00.
d) R$ 1.900,00.
e) R$ 3.400,00.

Resposta: Letra C.

2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
!é!"# =
20
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20
!
2! + 13600 + 12000 = 29800
2! = 4200
Os gráficos acima apresentam dados sobre a produção ! = 2100
e a reciclagem de lixo em algumas regiões do planeta.
!
Baseando-se nos dados apresentados, qual é, em mi-
lhões de toneladas, a diferença entre as quantidades de Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00
lixo recicladas na China e nos EUA em um ano?
8. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR TÉCNI-
a) 9,08 CO LEGISLATIVO – FCC/2013) A média aritmética sim-
b) 10,92 ples entre dois números é igual à metade da soma desses
c) 12,60 números. Utilizando essa definição, a média aritmética
d) 21,68 simples entre é igual a
e) 24,80
a) ½
Resposta: Letra A. c) 2/9
c) 8/9
EUA
!
d) 2 !
238⋅0,34=80,92 3
1
China e) (2)²!
300⋅0,3=90

Diferença: 90-80,92=9,08 Resposta: Letra D.

7. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ- Pela definição:


RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de
uma empresa com 20 funcionários, a distribuição dos 1 5 3+5 8
MATEMÁTICA

salários mensais, segundo os cargos que ocupam, é a +9 8 4 2


seguinte: 3 = 9 =9= = = ( )²
2 2 2 18 9 3
!

53
9. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
GEOMETRIA ESPACIAL: POLIEDRO:
NESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a
soma dos dois menores salários é R$4.000,00, e a soma CONCEITOS E PROPRIEDADES. PRISMA:
dos três maiores salários é R$12.000,00. Excluindo-se o CONCEITOS, PROPRIEDADES, DIAGONAIS,
menor e o maior desses cinco salários, a média dos 3 ÁREAS E VOLUMES. PIRÂMIDE, CILINDRO,
restantes é R$3.000,00, podendo-se concluir que a mé- CONE E ESFERA: CONCEITOS, ÁREAS E
dia aritmética entre o menor e o maior desses salários é VOLUMES
igual a
Poliedros Regulares
a) R$3.500,00.
b) R$3.400,00. Um poliedro convexo é denominado poliedro regu-
c) R$3.050,00. lar quando todas as faces são polígonos regulares iguais
d) R$2.800,00. e em todos os vértices concorre o mesmo número de
e) R$2.500,00. arestas.

Resposta: Letra A.
X1+x2+x3+x4+x5
X1+x2=4000
X3+x4+x5=12000
x2+x3+x4=9000

!!!!!! + !! + !! + !! + !! = 4000 + 12000 = 16000!

Sendo x1 e x5 o menor e o maior salário respectiva-


mente:
Tetraedro Regular
!! + 9000 + !! = 16000
!!! + !! = 16000 − 9000 = 7000
!
Então, a média aritmética:

! ! !! ! !"""
= = 3500
! !
!
10. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Em um
grupo de pessoas, há 5 pessoas com 1,80m de altura, 6 1
com 1,70m e 4 com 1,90m. Logo, é correto afirmar que ! = !! ∙ ℎ
a média aritmética das alturas desse grupo é, aproxima- 3
damente, de
!! 3
a) 1,82m. !! =
b) 1,73m. 4
c) 1,87m.
d) 1,79m. !! = !² 3
Resposta: Letra D.
! 6
5 ∙ 1,80 + 6 ∙ 1,70 + 4 ∙ 1,90 ℎ=
≈ 1,79! 3
15 !
Fórmula de Euler
Estabelece que, para todo poliedro convexo com A
arestas, V vértices e F faces, vale a relação:
V-A+F=2
MATEMÁTICA

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

54
Classificação pelo polígono da base

-Triangular

Chamamos prisma o sólido determinado pela reu-


nião de todos os segmentos paralelos a r, com extremi- -Quadrangular
dades no polígono R e no plano β.

E assim por diante...

Paralelepípedos

Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi-


nam-se paralelepípedos.
Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-
gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogra-
mos obtidos ligando-se os vértices correspondentes das
duas faces paralelas.

Classificação

Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares


às bases

Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis fa-
base. ces quadradas.
MATEMÁTICA

Prisma Regular

Se o prisma for reto e as bases forem polígonos re-


gulares, o prisma é dito regular.

55
As faces laterais são retângulos congruentes e as Classificação
bases são congruentes (triângulo equilátero, hexágono
regular,...) Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
Área as geratrizes são perpendiculares às bases.
Área cubo: Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro
Área paralelepípedo: é equilátero.
A área de um prisma: Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

Onde: St=área total


Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces la-
terais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c

Cubo:V=a³
Demais:
Diagonal
Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao
número de lados da base.

Di²=h²+d²

Área
Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados

Volume

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
Cones
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em
com os dois.
α, um ponto V que não pertence ao plano.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reu-
A figura geométrica formada pela reunião de todos
nião de todos os segmentos paralelos a s, com extremi-
os segmentos de reta que tem uma extremidade no pon-
dades no círculo e no outro plano.
to V e a outra num ponto do círculo denomina-se cone
circular.
MATEMÁTICA

56
Classificação
-Reto:eixo VO perpendicular à base;
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retân-
gulo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone
reto é também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Calotas esféricas
É a parte da esfera cortada por um plano.

!! = ℎ! + !²
!-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Volume Áreas

!! = 4!"²
!!"#$%" = !ℎ(4! − ℎ)
Esferas
Superfície esférica de centro O é o conjunto de pon- !
Volumes
tos do espaço cuja distância a O é igual a R.

4
!!"#!$% = !!!
3

!ℎ! 3! − ℎ
!!"#$%" =
3
!
Esfera é o conjunto de pontos do espaço cuja distân-
cia a O é igual ou menor que o raio R.
MATEMÁTICA

57
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC/2013) Uma chapa metálica retangular
é formada por três retângulos idênticos e seis quadrados idênticos. Um dos lados dessa chapa mede x metros, con-
forme indica a Figura 1. Dos “cantos” da chapa foram retirados quatro dos seis quadrados, conforme indica a Figura 2.
Em seguida, a chapa foi dobrada nas indicações tracejadas formando uma caixa com a forma de paralelepípedo reto
retangular com uma aresta medindo 4 m, conforme indica a Figura 3.

Sabendo que o volume da caixa obtida é 25 m³, então, x é igual a

a) 8.
b) 9,5.
c) 8,5.
d) 10,5.
e) 9.

Resposta: Letra E.
(x-4)/2 é o comprimento do quadrado sem o retângulo.

Como o volume vai usar o comprimento do retângulo e o comprimento de dois quadrados:

!!! !!!
! = 4 ∙ ! ∙ ! = 25
! ! − 8! + 16 = 25
! ! − 8! − 9 = 0
∆= 64 + 36 = 100
!±!"
!= !
!! = 9
!!! = −1 !ã!!!"#$é!

! Então valor de x=9.

2. (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC/2013) Para responder a questão, observe a figura a seguir:
MATEMÁTICA

A figura acima apresenta um porta-lápis que é formado por um cubo, com aresta de 12cm, do qual foi retirado uma
parte cônica. Nesse sentido, o volume do porta-lápis é

a) 1728π cm³   b) 1588π cm³   c) (1728-432π) cm³   d) 1548π cm³   e) (1728-144π) cm³

58
Resposta: Letra E.

! = !! = 12! = 1728!"³
1 12
!!"#$ = !! ! ∙ ℎ = !6! ∙ = 144!"!!
3 3
!!"#$% = 1728 − 144! !"³
!
3. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Um reservatório em
forma de paralelepípedo, com 16dm de altura, 30dm de comprimento e 20dm de largura, estava apoiado sobre uma
base horizontal e continha água até a metade de sua capacidade. Parte da água foi consumida e, assim, o nível da água
baixou 6dm, como mostra a figura a seguir.

Quantos litros de água foram consumidos?

a) 1800    b) 2400    c) 3600    d) 5400    e) 7200

Resposta: Letra C.
Altura:8 dm(metade)

!!!"#"!$%&ó!"# = 8 ∙ 30 ∙ 20 = 4800!!! !
Depois de consumida:

!!"#$%& = 2 ∙ 30 ∙ 20 = 1200!"³!

Foi consumido: 4800-1200=3600 dm³=3600 litros

4. (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP/2013) Um vaso de base quadrada, me-
dindo 15 cm de lado, tem água até uma altura de 12 cm, conforme mostra a figura.

Sabendo que o volume máximo de água nesse vaso é de 4,5 litros, então o número máximo de litro(s) de água que
MATEMÁTICA

ainda cabe(m) nele é

a) 1,4.   b) 2,0.   c) 1,2.   d) 1,8.   e) 1,6.

59
Resposta: Letra D.

! = 15 ∙ 15 ∙ 12 = 2700!!! = 2700!!" = 2,7!! !

Portanto, podem ser colocados 4,5-2,7=1,8 l

5. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –


CESGRANRIO/2012) Uma fita retangular de 2 cm de
largura foi colocada em torno de uma pequena lata ci-
líndrica de 12 cm de altura e 192 π cm3 de volume, dan-
do uma volta completa em torno da lata, como ilustra o
modelo abaixo.

O volume da água, quando seu nível atinge 6 cm de altu-


ra, é igual a 96π cm³. Quando totalmente cheio, o volume
da água é igual a 178π cm³. Desse modo, é correto afir-
mar que R e r medem, em centímetros, respectivamente,

a) 4,0 e 2,0.
b) 4,0 e 2,5.
c) 5,0 e 3,0.
d) 6,25 e 4,0.
e) 6,25 e 4,5.
A área da região da superfície da lata ocupada pela fita
é, em cm², igual a
Resposta: Letra B.
a) 8 π
b) 12 π !! !"#"$%&' = !!! ℎ
c) 16 π
d) 24 π 96! = !!! 6
e) 32 π
!! = 16
Resposta: Letra C.
! = 4!!"
! = !"² ∙ ℎ !! !"#$% = !!! ℎ
192! = !"² ∙ 12
! ! = 16 !! = ! ∙ 16 ∙ 8 = 128!!!!!
! = 4!"
!!"#"$%&' !"#$% = 178! − 128! = 50!"!!
!
50! = !! ! ∙ 8

! ! = 6,25

! = 2,5
!

7. (SANEAGO – AGENTE ADMINISTRATIVO –


IBEG/2013) Uma caixa com formato de um cubo, sem
tampa, cujas faces são quadrados com 25cm de lado,
! = 2!" = 2! ∙ 4 = 8! será pintada por dentro e por fora.
á!"#!!"#$ = 2 ∙ 8! = 16!!!!!
!
MATEMÁTICA

6. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Uma garrafa de


vidro tem a forma de dois cilindros sobrepostos, ambos
com 8 cm de altura e bases com raios R e r, conforme
mostra a figura.

60
A área total que será pintada é em metros quadrados a) 128π
igual a: b) 64π
c) 48π
a) 6.250m² d) 32π
b) 5.000m² e) 16π
c) 0,500m²
d) 62,5m² Resposta: Letra A.
e) 0,625m² V=Ab.h= πr²h
At=2 πr(h+r)
Resposta: Letra E. Sendo h=r
A=5a² V= πr³
A área do cubo normal é 6a², mas no caso em questão At=2 πr(2r)=4 πr²
não tem tampa, por isso é 5
A=5.25²=3125 cm² ! !"³
Como vai ser pintado por dentro e por fora: =
3125.2=6250 cm²=0,625 m² !! 4!"²

8. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR !


– VUNESP/2012) Uma embalagem de suco tem a for- 2=
ma de paralelepípedo reto-retângulo com capacidade de
4
294 mL e arestas da base medindo 5 e 6 centímetros,
como mostra a figura !=8
!
Al=2 πrh=2 π8.8=128 π

10. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO


– SPDM/2012) O perímetro de uma piscina de forma
retangular é de 17 metros, sendo que o maior lado do
retângulo mede 3,5 metros a mais que o menor lado.
O volume dessa piscina, cuja altura é igual em toda sua
extensão e mede 2 metros, é de:

a) 30 m3
b) 24 m3
c) 15 m3
d) 36 m3

Resposta: Letra A.
Desprezando-se a espessura das paredes e considerando
que 1 mL equivale a 1 cm³, a altura da embalagem, em X+x+x+3,5+x+3,5=17
centímetros, é igual a 4x=17-7
4x=10
a) 9,4. X=2,5
b) 9,5. Lado menor: 2,5 m
c) 9,6. Lado maior: 2,5+3,5=6m
d) 9,8. Vpiscina=2,5⋅6⋅2=30m³
e) 10,2.

Resposta: Letra D.
h-altura da caixa
294ml=294 cm³
Vcaixa=5.6.h
294=30h
h=9,8 cm

9. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CES-


MATEMÁTICA

GRANRIO/2012) Um cilindro circular reto possui altura


igual ao raio de sua base. Se a razão entre o volume do
cilindro, dado em metros cúbicos, e a sua área total, dada
em metros quadrados, é igual a 2 metros, então a área
lateral do cilindro, em m², é igual a

61
GEOMETRIA ANALÍTICA: ESTUDO ANALÍTICO: DO PONTO (PONTO MÉDIO, CÁLCULO
DO BARICENTRO, DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS, ÁREA DO TRIÂNGULO, CONDIÇÃO
DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS); DA RETA (EQUAÇÃO GERAL, EQUAÇÃO
REDUZIDA, EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA, POSIÇÃO ENTRE DUAS RETAS, PARALELISMO E
PERPENDICULARISMO DE RETAS, ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS, DISTÂNCIA DE UM PONTO
A UMA RETA); E DA CIRCUNFERÊNCIA (EQUAÇÕES, POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PONTO E
CIRCUNFERÊNCIA, ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA, E ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS)

Estudo do Ponto

Podemos localizar um ponto P em um plano α utilizando um sistema de eixos cartesianos.


- A é a abscissa do ponto P
-B é a ordenada do ponto P
-P ∈1ºQuad

Distância entre Dois Pontos

Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yq), a distância dAB entre eles é uma função das coordenadas de P e Q:
MATEMÁTICA

62
Ponto Médio

(14 + 25 + 33) – (35 + 22 + 15) 


Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yp), as coordenadas
do ponto M(xM, yM) médio entre A e B, serão dadas pelas 72 – 72 = 0 
semissomas das coordenadas de P e Q.
Os pontos somente estarão alinhados se o determi-
O ponto M terá as seguintes coordenadas: nante da matriz quadrada calculado pela regra de Sarrus
for igual a 0. 

Estudo da Reta

Cálculo do coeficiente angular


Alinhamento de três pontos Consideremos a reta que passa pelos pontos
!(!! , !! )! e !(!! , !! ),! com !! ≠ !! ! , e que forma
Três pontos estão alinhados se, e somente se, per-
com o eixo um ângulo de medida ! !.
tencerem à mesma reta.

1º caso: 0! < ! < 90! !

Para verificarmos se os pontos estão alinhados, po-


demos utilizar a construção gráfica determinando os
pontos de acordo com suas coordenadas posicionais.
Outra forma de determinar o alinhamento dos pontos é
através do cálculo do determinante pela regra de Sarrus
envolvendo a matriz das coordenadas.

Sendo o triângulo ABC retângulo ( é reto), temos:

2º caso: 90! < ! < 180! !

Exemplo

Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos


determinar se estão alinhados.
MATEMÁTICA

63
Do triângulo retângulo ABC, vem:

Portanto, para os dois casos, temos:

Coeficiente angular

Coeficiente angular de uma reta não perpendicular


ao eixo é o valor da tangente do ângulo de inclinação
dessa reta.

O valor do coeficiente angular varia em função de .


MATEMÁTICA

64
A equação fundamental de é dada por: Considere duas retas distintas do plano cartesiano:
Podemos classifica-las como paralelas ou concorrentes.

! !! ! + !! ! + !! = 0
!
! !! ! + !! ! + !! = 0
Equação Geral da Reta

Ax+by+c=0 Retas paralelas

Equação Segmentária As retas e têm o mesmo coeficiente angular.

!! = !! ↔ !! = !! !

! !
+ = 1!
! !

Equação reduzida da reta Assim, para , temos:

!! !! !! !! ! !!
Vamos determinar a equação da reta que passa por ! ! = !! ↔ − =− ↔ = ↔ ! = 0!
e tem coeficiente angular ! = tan ! ! : !! !! !! !! ! ! !!

!−! =! !−0 Retas concorrentes


! − ! = !"
! = !" + ! As retas e têm coeficientes angulares diferentes.

!! ≠ !! ↔ !! ≠ !! !

Assim, para e concorrentes, temos: MATEMÁTICA

Toda equação na forma é chamada equação reduzi-


da da reta, em que é o coeficiente.

Posições relativas de duas retas

65
!! !! !! !!
! ! ≠ !! ↔ − ≠− ↔ ≠
!! !! !! !!

Retas perpendiculares

Duas retas, r e , não-verticais são perpendiculares se,


e somente se, os seus coeficientes angulares são tais que
1 .
!! = − !!
!!

! Ângulo entre duas retas


De fato: ! ⊥ ! ↔ !! = !! + !
2 Conhecendo os coeficientes angulares e de duas re-
tas, e , não paralelas aos eixos e , podemos determinar o
sen !! = cos !! ângulo agudo formado entre elas:
cos !! = −sen !! → tan !! = − cotg !! !

Como
1
cotg !! = :
tan !!

1 1 Se uma das retas for vertical, teremos:


tan !! = → !! =
tan !! !!
Então:
1
!! ⊥ ! → !! = −
!!

E, reciprocamente, se
1
!! = − → !! ⊥ !
!!
Logo,
1
!! ⊥ ! ↔ !! = −
!!
!

Distância de ponto a reta

Considere uma reta , de equação , e um ponto não


pertencente a . Pode-se demonstrar que a distância en-
tre e é dada por:

!!! + !!! + !
!!" = !
!! + ! !
MATEMÁTICA

66
Aplicação
Exemplos: A área de um triângulo é 25/2 e seus vérti-
ces são (0,1), (2,4) e (-7,k). Nesse caso qual será o possível
valor de k? 
Sabemos que a área A = |D|, portanto é preciso que
encontremos o valor de D.2 

D = 

D = -7 + 2k + 28 -2 
D = 2k + 19 
Área de um triângulo Substituindo a fórmula teremos: 
Na geometria plana encontramos a área de um triân-
gulo fazendo uma relação com o valor de suas dimen- 25= 2k + 19 
sões, e na trigonometria, com o valor do seno de um 2           2 
ângulo interno relacionado com os lados do triângulo é 25 = 2k + 19
possível também encontrar a sua área.  25 – 19 = 2k 
A geometria analítica também possui seus artifícios 6 = 2k 
para o cálculo da área de um triângulo, nesse caso é ne- 6:3 = k 
cessário que saibamos as coordenadas de seus três vérti- k=3
ces para que o triângulo possa ser representado em um
plano cartesiano.  Circunferência. Equações da circunferência
Considere o triângulo de vértices A(xA, yA), B(xB, yB)
e C(xC, yC), veja a sua representação em um plano carte- Equação reduzida
siano: Circunferência é o conjunto de todos os pontos de
um plano equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo
plano, denominado centro da circunferência:

Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto


qualquer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o
raio dessa circunferência. Então:
!
!= !
2

A partir dessa representação podemos dizer que o


cálculo da área (A) de um triângulo através dos conheci-
mentos da geometria analítica é dado pelo determinante
dos vértices dividido por dois. 
MATEMÁTICA

Onde D =  . 

67
Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da circunferência e permite determinar os elementos essenciais
para a construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 +
y = r2.
2

Equação Geral
Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral da circunferência:

Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.

A equação reduzida da circunferência é:

( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfeito
para transformá-la na equação reduzida e, assim, determinamos o centro e o raio da circunferência.

Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições:


- Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais a 1;
- Não deve existir o termo xy.

Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condições.


Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isolamos o termo independente


x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

2º passo: determinamos os termos que completam os quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos
os membros as parcelas correspondentes
MATEMÁTICA

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos


( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16

68
4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro e o raio

Posição de um ponto em relação a uma circunferência

Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b )2 = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintes posições:

a) P é exterior à circunferência

b) P pertence à circunferência

c) P é interior à circunferência

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n) em relação a uma circunferência, basta substituir as coor-
denadas de P na expressão (x - a)2 + (y - b)2 - r2:
MATEMÁTICA

- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à circunferência;


- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 =    0, então P pertence à circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 < 0, então P é interior à circunferência.

69
Posição de uma reta em relação a uma circun-
ferência EXERCÍCIOS COMENTADOS
Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferên- 1. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO
cia de equação ( x - a)2 + ( y - b)2 = r2, vamos examinar BRASILEIRO/2013) Sejam dados a circunferência e o
as posições relativas entre s e : ponto P, que é simétrico de (-1, 1) em relação ao eixo das
abscissas. Determine a equação da circunferência con-
cêntrica à λ e que passa pelo ponto P.

A) !: ! ! ! + ! ! ! ! + !4!! + !10!! + !16! = !0


B) !: ! ! ! + ! ! ! ! + !4!! + !10!! + !12! = !0
C) !: ! ! ! − ! ! ! ! + !4!! − !5!! + !16! = !0
D) !: ! ! ! + ! ! ! − !4!! − !5!! + !12! = !0
E) !: ! ! ! − ! ! ! − !4!! − !10!! − !17! = !0
!
Resposta: Letra B.
(x+2)²-4+(y+5)²-25+25=0
(x+2)²+(y+5)²=25
C(-2,-5).
Se o ponto P é simétrico em relação ao eixo x: (-1,1).
Distância PC:

!
Também podemos determinar a posição de uma reta !!" = −2 − −1 + (−5 − −1 )² = 17!
em relação a uma circunferência calculando a distância
da reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s:
Ax + By + C = 0 e a circunferência : Circunferência concêntrica:
(x - a)2 + ( y - b )2 = r2, temos: (x+2)²+(y+5)²=17
X²+4x+4+y²+10y+25=17
X²+y²+4x+10y+12=0

2. As retas 2x - y = 3 e 2x + ay = 5 são perpendiculares.


Então:
Assim:
a) a = -1
b) a = 1
c) a = -4
d) a = 4
e) n.d.a.

Resposta: Letra D.
–y=3-2x (-1)
Y=-3+2x
y=2x-3 m1=2
m1=-1/m2
2=-1/m2
M2=-1/2

Segunda reta
ay=5-2x
y=-2x/a+5/a

-2/a=-1/2
a=4
MATEMÁTICA

70
3. Escreva a equação 2x +3y- 5 =0 na forma reduzida e segmentária.

Resposta:
3y=-2x+5

2! 5 2
!=− + !!!!! = −
3 3 3

2! + 3! = 5(: 5)

! !
+ =1
5 5
2 3
!
4. O valor de k para que a equação kx-y-3k+6=0 represente a reta que passa pelo ponto (5,0) é?

Resposta:
k.5-0-3k+6=0
5k-3k+6=0
2k+6=0
k=3

5. (UFRGS) A distância entre os pontos A( -2,y) e B(6,7) é 10. O valor de y é

a) -1
b) 0
c) 1 ou 13
d) -1 ou 10
e) 2 ou 12

Resposta: Letra C.

! !
!!" = −2 − 6 + !−7 = 10
!
−2 − 6 ! + ! − 7 ! = 10!
−8 ! + ! − 7 ! = 100
64 + ! ! − 14! + 49 = 100
! ! − 14! + 13 = 0
∆= −14 ! − 4.13 = 144
14 ± 12
!=
2
!! = 13!!!!! = 1
!

6. (UFF) Determine o(s) valor(es) que r deve assumir para que o ponto (r,2) diste cinco unidades do ponto (0,-2). 

Resposta:

!
!
5= !−0 + 2 − −2
5 = ! ! + 16
MATEMÁTICA

5! = ! ! + 16
!! = 9
! = ±3
!

71
ÁLGEBRA III: NÚMEROS COMPLEXOS: CONCEITOS; CONJUGADO; IGUALDADE; OPERAÇÕES;
POTÊNCIAS DE I; REPRESENTAÇÃO NO PLANO DE ARGAND-GAUSS; MÓDULO; ARGUMENTO;
FORMA TRIGONOMÉTRICA E OPERAÇÕES NA FORMA TRIGONOMÉTRICA. POLINÔMIOS:
CONCEITO; GRAU; VALOR NUMÉRICO; POLINÔMIO NULO; IDENTIDADE E OPERAÇÕES.
EQUAÇÕES POLINOMIAIS: CONCEITOS; TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA; TEOREMA
DA DECOMPOSIÇÃO; MULTIPLICIDADE DE UMA RAIZ; RAÍZES COMPLEXAS E RELAÇÕES DE
GIRARD

Números complexos
Algumas equações não tem solução no conjunto dos números reais.
Exemplo

x! + 1 = 0
x ! = −1
S=∅
!
Mas, se tivermos um conjunto para o qual admita a existência de, a equação passará a ter solução não-vazia.
Esse conjunto é o dos números complexos e convenciona-se que .

Solucionando então, o exemplo acima:

x ! = −1
x = ± −1
x = ±i
S = −i, i
!
O número √-1 , foi denominado unidade imaginária, devido à desconfiança que os matemáticos tinham dessa
nova criação.
Para simplificar a notação:

i! = −1
!
Assim, no conjunto dos números complexos, as equações do 2º grau com ∆<0 possuem solução não-vazia.

Conjunto dos números complexos


O conjunto C dos números complexos é aquele formado pelos números que podem ser expressos na forma:

z = a + bi, em!que!a ∈ R, b ∈ R!e!i = −1


C = z = a + bi a ∈ R, b ∈ R, i = −1
!
A forma z=a+ bi é denominada forma algébrica de um número complexo em que a é a parte real e b a parte
imaginária.

Se a parte imaginária do número complexo é nula, então o número é real.

z = a + 0i → z = a z!é!real
!
Se a parte real do número complexo é nula e a parte imaginária é diferente de zero, então o número é imaginário
puro.
MATEMÁTICA

z=0+bi→z=bi (z é imaginário puro,com b≠0)

72
Igualdade de números complexos z2 ∙ z�2 = c + di c − di = c2 − cdi + cdi − d2i2
= c2 + d2 número real
Dois números complexos são iguais se, e somente
se, suas partes reais e imaginárias forem respectiva-
mente iguais. 5. Potenciação
Efetuando algumas potências de in, com n∈N, po-
a=c demos obter um critério para determinar uma potência
a + bi = c + di se, e somente se, � genérica de i:
b=d
i0 = 1
Conjugado de um número complexo i1 = i
i2 = -1
Sendo z=a+ bi, chama-se conjugado de z o número i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1=1
complexo z� que se obtém trocando o sinal da parte
i5 = i4. 1=1.i= i
imaginária de z.
i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
z� = a − bi
Assim, para obter a potência in, basta calcular ir em
Exemplo que r é o resto da divisão de n por 4.

Exemplo
z = 4 + 5i → z� = 4 − 5i i 23⇒23/4=5 e resto 3 então:i23=i3=-i
Módulo e Argumento de um Número Complexo
Operações com números complexos

1. Adição
Para somarmos dois números complexos basta so-
marmos, separadamente, as partes reais e imaginárias
desses números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1+z2=(a+c) + (b+d)i

2. Subtração
Para subtrairmos dois números complexos basta
subtrairmos, separadamente, as partes reais e imaginá-
rias desses números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos Do triângulo retângulo, temos:
que:
z1-z2=(a-c) + (b-d)i

3. Multiplicação
Para multiplicarmos dois números complexos bas-
A distância de ρ de P até a origem O é denominada
ta efetuarmos a multiplicação de dois binômios, obser-
módulo de z, e indicamos:
vando os valores das potência de i. Assim, se z1=a+bi e
z2=c+di, temos que:
z1.z2 = a.c + adi + bci + bdi2
z1.z2= a.c + bdi2 = adi + bci
z1.z2= (ac - bd) + (ad + bc)i
Denomina-se argumento do complexo z não-nulo,
Observar que : i2= -1
a medida do ângulo formado por com o semi-eixo
real Ox.
4. Divisão
Para dividirmos dois números complexos basta mul-
O argumento que pertence ao intervalo [0,2π[ é de-
tiplicarmos o numerador e o denominador pelo conju-
nominado argumento principal e é representado por :
gado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di,
temos que:

z1 z1 ∙ z�2 Observe que:


= com z2 ≠ 0
MATEMÁTICA

z2 z2 ∙ z�2

O produto z2 ∙ z�2 é um número real:

73
Os números ρ e θ são as coordenadas polares do ponto P(a,b).

Forma Trigonométrica
Todo número complexo z=a+bi, não0nulo, pode sr expresso em função do módulo, do seno e do cosseno do ar-
gumento z:

Substituindo, temos:

z=a+bi

Operações com Complexos na Forma Trigonométrica


Dados os complexos:

Multiplicação

Divisão

Potenciação

Sendo:z=ρ(cos θ+i∙sen θ) e n um número inteiro maior que 1, temos:


z^n=ρ^n (cos nθ+i∙sen nθ)

Radiciação
Denomina-se raiz enésima do número complexo z=ρ(cosθ+i∙senθ) a todo número complexo w, tal que wn=z, para
n=1, 2, 3,...

Para k=0,1, 2, 3,...temos:

! !
θ + 2kπ θ + 2kπ
w! = z= p(cos + i ∙ sen! )
n n
!
MATEMÁTICA

74
Polinômios
Denomina-se polinômio a função:

Grau de um polinômio Multiplicação de Polinômios


Se an ≠0, o expoente máximo n é dito grau do polinô-
mio. Indicamos: gr(P)=n Para obter o produto de dois polinômios, multipli-
Exemplo camos cada termo de um deles por todos os termos do
P(x)=7 gr(P)=0 outro, somando os coeficientes.
P(x)=7x+1 gr(P)=1
Exemplo
Valor Numérico
O valor numérico de um polinômio P(x), para x=a, é
o número que se obtém substituindo x por a e efetuando
todas as operações.
Exemplo
P(x)=x³+x²+1 , o valor numérico para P(x), para x=2 é:
P(2)=2³+2²+1=13
O número a é denominado raiz de P(x).

Igualdade de polinômios
Os polinômios p e q em P(x), definidos por: Divisão de Polinômios
P(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn Considere P(x) e D(x), não nulos, tais que o grau de
Q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn P(x) seja maior ou igual ao grau de D(x). Nessas condi-
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: ções, podemos efetuar a divisão de P(x) por D(x), encon-
ak = bk trando o polinômio Q(x) e R(x):
P(x)=D(x)⋅Q(x)+R(x)
Redução de Termos Semelhantes P(x)=dividendo
Assim como fizemos no caso dos monômios, tam- Q(x)=quociente
bém podemos fazer a redução de polinômios através da D(x)=divisor
adição algébrica dos seus termos semelhantes. R(x)=resto
No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica
do primeiro com o terceiro termo, e do segundo com o Método da Chave
quarto termo, reduzindo um polinômio de quatro termos
a um outro de apenas dois. Passos
3xy+2a²-xy+3a²=2xy+5a² 1. Ordenamos os polinômios segundo as potên-
Polinômios reduzidos de dois termos também são cias decrescentes de x.
denominados binômios. Polinômios reduzidos de três 2. Dividimos o primeiro termo de P(x) pelo primei-
termos, também são denominados trinômios. ro de D(x), obtendo o primeiro termo de Q(x).
3. Multiplicamos o termo obtido pelo divisor D(x)
Ordenação de um polinômio e subtraímos de P(x).
A ordem de um polinômio deve ser do maior para o 4. Continuamos até obter um resto de grau menor
menor expoente. que o de D(x), ou resto nulo.
4x4+2x³-x²+5x-1
Este polinômio não está ordenado: Exemplo
3x³+4x5-x² Divida os polinômios P(x)=6x³-13x²+x+3 por
Operações D(x)=2x³-3x-1
Adição e Subtração de Polinômios
Para somar dois polinômios, adicionamos os termos
com expoentes de mesmo grau. Da mesma forma, para
obter a diferença de dois polinômios, subtraímos os ter-
mos com expoentes de mesmo grau.
MATEMÁTICA

Exemplo

75
Método de Descartes
Consiste basicamente na determinação dos coeficientes do quociente e do resto a partir da identidade:

Exemplo
Divida P(x)=x³-4x²+7x-3 por D(x)=x²-3x+2

Solução
Devemos encontrar Q(x) e R(x) tais que:

Vamos analisar os graus:

Como Gr( R) < Gr(D), devemos impor Gr(R )=Gr(D)-1=2-1=1

Para que haja igualdade:

Algoritmo de Briot-Ruffini

Consiste em um dispositivo prático para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio D(x)=x-a

Exemplo
Divida P(x)=3x³-5x+x-2 por D(x)=x-2

Solução
Passos
-Dispõem-se todos os coeficientes de P(x) na chave
-Colocar a esquerda a raiz de D(x)=x-a=0.
-Abaixar o primeiro coeficiente. Em seguida multiplica-se pela raiz a e soma-se o resultado ao segundo coeficiente
de P(x), obtendo o segundo coeficiente. E assim sucessivamente.
MATEMÁTICA

76
Portanto, Q(x)=3x²+x+3 e R(x)=4 Substituindo todas as equações obtidas na decom-
posição de P(x), teremos:
Equação Polinomial P(x) = an.(x-r1).(x-r2). ... (x-rn)
Denomina-se equação polinomial de grau n, na va- Exemplo:
riável x∈C, toda equação que pode ser reduzida à forma: Compor o polinômio, sabendo que suas raízes são
1, 2 e 4
Exemplos Como existem 3 raízes, n=3, então o polinômio é da
3x-4=0 forma:
X³+x²-x+1=0 P(x) = an.(x-r1).(x-r2).(x-r3)
Fazendo an = 1, temos que:
!! ! ! + !!!! ! !!! + !!!! ! !!! + ⋯ + !! ! + !! = 0! P(x) = 1. (x-1).(x-2).(x-4)
P(x) = x3 - 7x2 + 14x – 8

Teorema Fundamental da Álgebra Relação de Girard

Toda equação polinomial de grau n, com n≥1, tem Dada uma equação polinomial de grau n, podemos
pelo menos uma raiz complexa. estabelecer n relações entre seus coeficientes e as raízes,
denominadas relações de Girard.
Raízes complexas e reais
Equação de grau n
“Toda equação polinomial, de grau n, com n ≥ 1 pos- ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn=0, com an≠0 de raízes
sui pelo menos 1 raiz complexa (real ou imaginário)”. valem as n relações:
Obs.: Lembrar que os números complexos englobam
!!!!
os números reais, ou seja, um número real é também um !! + !! + ⋯ + !! =
número complexo. !!
!!!!
“Toda equação polinomial que possua uma raiz ima- !! !! + !! !! + ⋯ + !! !! + !! !! + ⋯ + !!!! !! =
ginária possuirá também o conjugado dessa raiz como !!
raiz”. −1 ! !!
!! ∙ !! ∙ !! … !! =
Ou seja, se  z=a+bi  é raiz de uma equação polino- !!
mial z=a−bi também será raiz. Sendo a,b∈? e i2=−1 . !
Exemplo: Sabendo-se que a equação polino-
mial x3−2x2+x−2=0 possui uma raiz imaginária igual a i,
com i2=−1 encontrar as outras raízes. EXERCÍCIOS COMENTADOS
Se  i  é uma raiz então  -i, seu conjugado, é outra e
consegue-se encontrar a terceira raiz que é 2. 1. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a alternativa
que apresenta o módulo do número complexo abaixo.
Raízes racionais
“Se um número racional  p/q  , com  p  e  q  primos 1 + 2i !
entre si, é raiz de uma equação polinomial de coe- z= !
ficientes inteiros do tipo  P(x)=anxn+an−1xn−1+…
i
+a2x2+a1x+a0então  p  é divisor de  a0  e  q  é divisor a) 36.    c) 25.    d) 5.    e) 6.
de an “.
Resposta: Letra C.
Teorema da Decomposição
1 + 4! − 4 −3 + 4! !
Todo o polinômio de grau n tem exatamente n raízes !=
!
=
!
∙ = 3! + 4
!
reais e com plexas.
Demonstração ! = 3! + 4² = 5
Pelo teorema fundamental, P(x) tem pelo menos uma !
raiz. Seja ela r1. Logo:
P(x) = (x - r1) . Q(x) 2. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Consi-
Q(x) é um novo polinômio de grau n-1, que possui, dere a igualdade x + (4 + y) . i = (6 − x) + 2yi , em que x e
também, pelo menos uma raiz. Seja ela r2. Logo: y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo
Q(x) = (x - r2) . Q1(x) do número complexo z = x + yi, é um número
Fazendo o mesmo procedimento com q1(x) e conti-
MATEMÁTICA

nuando até a n-ésima expressão temos a) maior que 10.


Qn-1(x) = (x - rn) . Qn(x) b) quadrado perfeito.
c) irracional.
Em Qn o grau do polinômio será zero e Qn será igual d) racional não inteiro.
a uma constante que chamamos de an e) primo.

77
Resposta: Letra E.
x=6-x ! !" + ! !"# = −1 − !
x=3
4+y=2y
!
y=4 −1 + (−1)² = 2
!
! = 3! + 4² = 5!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Assinale
a alternativa correspondente à forma trigonométrica do PAIVA, Manuel. Matemática. São Paulo: Moderna,
número complexo z=1+i: 1995 (Ensino Médio, vol. 1)
YOUSSEF, Nicolau, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fer-
! !
A) z = 2(cos + i ∙ sen ) nandez. Editora Scipione, 2005(Ensino Médio, Volume
! !
único)
! ! GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto, Jr.
B) z = 2(cos + i ∙ sen ) Giovanni, José Ruy.  Matemática Fundamental - uma
! !
nova abordagem. São Paulo: FTD, 2009.  (Ensino Médio
! ! ! -Vol. único).
C) z = !
(cos ! + i ∙ sen ! ) http://www.ime.unicamp.br/
http://www.oocities.org/
! ! !
D) z = (cos + i ∙ sen )
! ! !

! ! !
E) z = !
(cos + i ∙ sen )
! !
!
Resposta Letra A.

!= 1! + 1² = 2

1 2
!"#$ = = = !"#$
2 2

!
!=
4
! !
! = 2(cos + ! ∙ !"# )
4 4
!
4. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) O valor
do módulo do número complexo (i62+i123) é:

a) Um número natural.
b) Um número irracional maior que 5.
c) Um número racional menor que 2.
d) Um número irracional maior que 3.
e) Um número irracional menor que 2.

Resposta: Letra E.
62/4=15 e resto 2 então i62=i2=-1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i
MATEMÁTICA

78
6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia
HORA DE PRATICAR de expediente em um escritório. Para conseguir um dia
extra de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que
trabalharia 20 minutos a mais por dia de expediente pelo
1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,
número de dias necessários para compensar as horas de
cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
um dia do seu trabalho. O número de dias de expediente
gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
que Roberto teve que trabalhar a mais para conseguir
20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
seu dia de folga foi igual a Parte superior do formulário
organizador da festa deveria comprar para alimentar as
20 pessoas? 
a) 16
b) 15
a) 12
c) 18
b) 13
d) 13
c) 15
e) 12
d) 25
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão:
2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa
CORRETA: 1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é

a) 0
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
b) 11
II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
c) 12
III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3
d) 29
e) 32
a) I somente
b) I e II somente
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no
c) I e III somente
Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, se-
d) I, II e III
gundo as informações? Tempo no Brasil: Instável a enso-
larado no Sul. Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul.
3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2
Máxima prevista 37° no Piauí.
é equivalente à:
a) 34
a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2 b) 36
b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2 c) 38
c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2 d) 40
d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2 e) 42
e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
9. Qual é o produto de três números inteiros consecuti-
4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da vos em que o maior deles é –10?
expressão: 34 + 14.4⁄2 − 4 ?
a) -1320
a) 58 b) -1440
b) -31 c) +1320
c) 92 d) +1440
d) -96 e) nda
5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de 10. Três números inteiros são consecutivos e o menor
700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci- deles é +99. Determine o produto desses três números.
mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
o número mínimo de viagens que serão necessárias para a) 999.000
realizar o transporte de toda a carga é de: b) 999.111
c) 999.900
a) 4 d) 999.999
b) 5 e) 1.000.000
c) 2
d) 6 11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplican-
e) 3
MATEMÁTICA

do a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?

a) 726 b) 738
c) 744 d) 752
e) 770

79
12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à 17. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS-
primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o TRATIVO – IDHTEC/2016) O número 102 + 101 + 100 é
que ocorrerá com o total? a representação de que número?

a) -2 a) 100
b) -1 b) 101
c) +1 c) 010
d) +2 d) 111
e) +3 e) 110

13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsito 18. (TRF-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) O
– IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de resultado da expressão numérica 53 : 51 × 54 : 5 × 55 : 5 :
18.414 é: 56 - 5 é igual a :

a) 27 a) 120.
b) 31
c) 37 1
b)
d) 22 5
c) 55.
14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4.
d) 25.
e) 620.
a) 23418
b) 65000
19. (FEI-SP) O valor da expressão B = 5 . 108 . 4 . 10-3 é:
c) 38036
d) 24004
a) 206
e) 58617
b) 2 . 106
c) 2 . 109
15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI-
d) 20 . 10-4
ZACIONAIS – COPEVE/2014)
20. (PREF. GUARULHOS-SP –ASSISTENTE DE GES-
Critério de divisibilidade por 11
TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita
monitorada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos
Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por
do 9º ano de certa escola foram divididos em grupos,
9. Um número é divisível por 11 quando a soma alter-
todos com o mesmo número de alunos, sendo esse nú-
nada dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma
mero o maior possível, de modo que cada grupo tivesse
alternada queremos dizer que somamos e subtraímos
somente alunos de um único ano e que não restasse ne-
algarismos alternadamente (539  5 - 3 + 9 = 11).
nhum aluno fora de um grupo. Nessas condições, é cor-
Disponível em:<http://educacao.globo.com>  . Acesso
reto afirmar que o número total de grupos formados foi
em: 07 maio 2014.  
a) 8
Se A e B são algarismos do sistema decimal de numera-
b) 12
ção e o número 109AB é múltiplo de 11, então
c) 13
d) 15
a) B = A
e) 18
b) A+B=1
c) B-A=1
21. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS-
d) A-B=10
TRATIVO – IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer
e) A+B=-10
um percurso em 12 min, enquanto outro faz o mesmo
percurso 15 min. Considerando que o percurso é circular
e que os ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo
16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR-
local, após quanto tempo eles se encontrarão?
MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x
a) 15 min
é divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020,
b) 30 min
João completará a seguinte idade:
c) 1 hora
MATEMÁTICA

d) 1,5 horas
a) 32
e) 2 horas
b) 30
c) 28
d) 26

80
22. (PREF. SANTA TERIZINHA DO PROGRESSO-SC Está(ão) CORRETO(S):
– PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CURSIVA/2018)
Acerca dos números primos, analise. a) II
b) I e II
I- O número 11 é um número primo; c) I e III
II- O número 71 não é um número primo; d) II e III
III- Os números 20 e 21 são primos entre si. e) Todos os itens

Dos itens acima: 26. (TRT- 15ª REGIÃO SP– ANALISTA JUDICIÁRIO –
FCC/2018) André, Bruno, Carla e Daniela eram sócios em
a) Apenas o item I está correto. um negócio, sendo a participação de cada um, respecti-
b) Apenas os itens I e II estão corretos. vamente, 10%, 20%, 20% e 50%. Bruno faleceu e, por não
c) Apenas os itens I e III estão corretos.
ter herdeiros naturais, estipulara, em testamento, que sua
d) Todos os itens estão corretos.
parte no negócio deveria ser distribuída entre seus só-
cios, de modo que as razões entre as participações dos
23. (SAMAE DE CAXIAS DO SUL –RS – OPERADOR
três permanecessem inalteradas. Assim, após a partilha, a
DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO
– OBJETIVA/2017) Marcar C para as afirmativas Certas, nova participação de André no negócio deve ser igual a:
E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apre-
senta a sequência CORRETA: a) 20%.
b) 8%
(  ) Pertencem ao conjunto dos números naturais ímpa- c) 12,5%
res os números ímpares negativos e os positivos. d) 15%
(  ) O número 72 é divisível por 2, 3, 4, 6, 8 e 9 e) 10,5%
(  ) A decomposição do número 256 em fatores primos
é 27 27. (PREF. GUARULHOS-SP – AUXILIAR ADMINIS-
(  ) Considerando-se os números 84 e 96, é correto afir- TRATIVO – VUNESP/2018) Um terreno retangular tem
mar que o máximo divisor comum é igual a 12. 35 m de largura e 1750 m2 de área. A razão entre a largu-
ra e o comprimento desse terreno é 
a) E - E - C - C.
b) E - C - C - E. a) 0,8.
c) C - E - E - E. b) 0,7.
d) E - C - E - C. c) 0,6.
e) C - E - C - C. d) 0,5.
e) 0,4.
24. (PREF. GUARULHOS-SP – AGENTE ESCOLAR
– VUNESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco Leia o texto, para responder a Questão a seguir:
estudantes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam
cursando o ensino superior, segundo dados do Instituto Uma loja vende peças de MDF (mistura de fibras de ma-
Brasileiro de Geografia e Estatística. Supondo-se que na- deira prensada) retangulares para artesãos. A unidade
quele ano 2,4 milhões de estudantes, naquela faixa etária, padrão mede 22 cm de comprimento por 15 cm de lar-
não estivesse cursando aquele nível de ensino, o número
gura e custa R$ 24,00.
dos que cursariam o ensino superior, em milhões, seria:

a) 3,0
b) 3,2
c) 3,4
d) 3,6
e) 4,0 Fonte: http://voltarelliprudente.com.br/ o-que-e-md-
f-cru/
25. (PREF. TERRA DE AREIA-RS – AGENTE ADMI-
NISTRATIVO – OBJETIVA/2016) Três funcionários
O catálogo desta loja disponibiliza peças com outras me-
(Fernando, Gabriel e Henrique) de determinada empresa
didas cortadas a partir da unidade padrão. Observe que
deverão dividir o valor de R$ 950,00 entre eles, de forma
diretamente proporcional aos dias trabalhos em certo ele está com informações incompletas em relação a área
mês. Sabendo-se que Fernando trabalhou 10 dias, Ga- e preço das peças.
briel, 12, e Henrique, 16, analisar os itens abaixo: 
MATEMÁTICA

I - Fernando deverá receber R$ 260,00.


II - Gabriel deverá receber R$ 300,00.
III - Henrique deverá receber R$ 410,00.

81
30. Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de
cimento, dois de areis e quatro de pedra. Qual será (em
m³) a quantidade de areia a ser empregada, se o volume
a ser concretado é 378 m³?

a) 108m3
b) 100m3
c) 80m3
e) 60m3

31. A herança de R$ 30.000,00 deve ser repartida entre


Antonio, Bento e Carlos. Cada um deve receber em partes
diretamente proporcionais a 3, 5 e 6, respectivamente, e
inversamente proporcionais às idades de cada um. Sa-
bendo-se que Antonio tem 12 anos, Bento tem 15 anos
e Carlos 24 anos, qual será a parte recebida por Bento?

a) R$ 12.000,00.
b) R$ 14.000,00.
b) R$ 8.000,00.
c) R$ 24.000,00.

32. (SAAE Aimorés- MG – Ajudante – MÁXIMA/2016)


Misturam-se 30 litros de álcool com 20 litros de gasolina.
A porcentagem de gasolina na mistura é igual a: 

a) 40%
b) 20%
c) 30%
d) 10%

33. (PREF. PIRAÚBA-MG – OFICIAL DE SERVIÇO PÚ-


BLICO – MS CONCURSOS/2017) Certo estabelecimen-
to de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos
de várias idades. A quantidade de alunos matriculados
28. (UTPR 2018) O preço de cada peça é definido pro- neste estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste to-
porcionalmente à área de cada uma em relação à unida- tal 20% são alunos maiores de idade, podemos concluir
de padrão. Por exemplo, a área da peça B é metade da que a quantidade de alunos menores de idade que estão
área da unidade padrão, desse modo o preço da peça B matriculados é:
é metade do preço da unidade padrão, ou seja, R$ 12,00.
Assim, as peças A, C e D custam respectivamente:  a) 160
b) 1040
a) R$ 12,00; R$ 12,00; R$ 4,00 c) 1100
b) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 6,00 d) 1300
c) R$ 6,00; R$ 4,00; R$ 4,00
d) R$ 12,00; R$ 4,00; R$ 6,00 34. (PREF. JACUNDÁ-PA – AUXILIAR ADMINISTRA-
e) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 4,00 TIVO – INAZ/2016) Das 300 dúzias de bananas que seu
José foi vender na feira, no 1° dia, ele vendeu 50% ao
preço de R$ 3,00 cada dúzia; no 2° dia ele vendeu 30%
29. Dividindo-se 660 em partes inversamente proporcio- da quantidade que sobrou ao preço de R$ 2,00; e no 3°
nais aos números 1/2, 1/3 e 1/6 obtém-se que números? dia ele vendeu 20% do que restou da venda dos dias
anteriores ao preço de R$ 1,00. Quanto seu José apurou
a) 30, 10, 5. com as vendas das bananas nos três dias?
b) 30, 20, 10.
c) 40, 30, 20. a) R$ 700,00
d) 20, 10, 5
MATEMÁTICA

b) R$ 540,00
c) R$ 111,00
d) R$ 450,00
e) R$ 561,00

82
35. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2016) Com 40. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Joana gas-
a criação de leis trabalhistas, houve muitos avanços em tou 60% de 50% de 80% do valor que possuía. Portanto,
relação aos direitos dos trabalhadores. Entretanto, ainda a porcentagem que representa o que restou para Joana
há muitas barreiras. Atualmente, a renda das mulheres do valor que possuía é:
corresponde, aproximadamente, a três quartos da renda
dos homens. Considerando os dados apresentados, qual a) 76%
a diferença aproximada, em termos percentuais, entre a b) 24%
renda do homem e a da mulher? c) 32%
d) 68%
a) 75% e) 82%
b) 60%
c) 34% 41. (TRT 11ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
d) 25% FCC/2015) Em 2015 as vendas de uma empresa foram
60% superiores as de 2014. Em 2016 as vendas foram
36. (EBSERH – TÉCNICO EM ENFERMAGEM – 40% inferiores as de 2015. A expectativa para 2017 é de
IBFC/2017) Paulo gastou 40% de 3/5 de seu salário e que as vendas sejam 10% inferiores as de 2014. Se for
ainda lhe restou R$ 570,00. Nessas condições o salário confirmada essa expectativa, de 2016 para 2017 as ven-
de Paulo é igual a: das da empresa vão.

a) R$ 2375,00 a) diminuir em 6,25%


b) R$ 750,00 b) aumentar em 4%
c) R$ 1240,00 c) diminuir em 4%
d) R$ 1050,00 d) diminuir em 4,75%
e) R$ 875,00 e) diminuir em 5,5%

37. (PREF. TANGUÁ-RJ – TÉCNICO E ENFERMAGEM 42. (SAMAE CAXIAS DO SUL –RS –AJUSTADOR DE
– MS CONCURSOS/2017) Raoni comprou um fogão HIDRÔMETROS – OBJETIVA/2017) Em certa turma de
com 25% de desconto, pagando por ele R$ 330,00. Qual matemática do Ensino Fundamental, o professor dividiu
era o preço do fogão sem o desconto? igualmente os 34 alunos em dois grupos (A e B) para
que participassem de certa competição de matemática
a) R$ 355,00 envolvendo frações. Para cada resposta correta dada
b) R$ 412,50 pelo grupo, este ganhava 10 pontos e, para cada respos-
c) R$ 440,00 ta incorreta, o grupo transferia 5 dos seus pontos para a
d) R$ 460,00 equipe adversária. Considerando-se que os grupos A e B
iniciaram a competição com 20 pontos cada, e as ques-
38. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Ao comprar tões foram as seguintes, assinalar a alternativa CORRETA:
um produto, José obteve um desconto de 12% (doze
por cento) por ter pagado à vista e pagou o valor de R$
105,60 (cento e cinco reais e sessenta centavos). Nessas
condições, o valor do produto, sem desconto, é igual a:

a) R$ 118,27
b) R$ 125,00
c) R$ 120,00
d) R$ 130,00
e) R$ 115,00

39. (PREF. ITAPEMA-SC – AGENTE MUNICIPAL DE


TRÂNSITO – MS CONCURSOS/2016) Segundo da-
dos do IBGE, a população de Itapema (SC) em 2010 era
de, aproximadamente, 45.800 habitantes. Já atualmente,
essa população é de, aproximadamente, 59.000 habitan-
tes. O aumento percentual dessa população no período
de 2010 a 2016 foi de:
MATEMÁTICA

a) 22,4%
b) 28,8%
c) 71,2%
d) 77,6%

83
a)  grupo B ficou com 25 pontos a mais do que o grupo A. 47. (EMAP – CARGOS DE NÍVEL MËDIO – CES-
b) grupo A ficou com 10 pontos a mais do que o grupo B. PE/2018) Os operadores dos guindastes do Porto de
c) grupo B ganhou ao todo 30 pontos e perdeu 5. Itaqui são todos igualmente eficientes. Em um único dia,
d) grupo A ganhou ao todo 20 pontos e perdeu 10. seis desses operadores, cada um deles trabalhando du-
e) Os dois grupos terminaram a competição com a mes- rante 8 horas, carregam 12 navios.
ma pontuação, 30 pontos cada. Com referência a esses operadores, julgue o item seguin-
te.
43. (UFGO) Uma fração equivalente a 3/4 cujo denomi- Para carregar 18 navios em um único dia, seis desses
nador é um múltiplo dos números 3 e 4 é: operadores deverão trabalhar durante mais de 13 horas.

a) 6/8 (  ) CERTO   (  ) ERRADO


b) 9/12
c) 15/24 48. (PREF. SUZANO-SP – GUARDA CIVIL MUNICI-
d) 12/16 PAL – VUNESP/2018) Para imprimir um lote de panfle-
tos, uma gráfica utiliza apenas uma máquina, trabalhan-
44. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2018) O nú- do 5 horas por dia durante 3 dias. O número de horas
mero decimal que representa a quantidade de crianças e diárias que essa máquina teria que trabalhar para impri-
jovens envolvidos em atividades não agrícolas no Brasil, mir esse mesmo lote em 2 dias seria 
segundo o PNAD 2015, é: 
a) 8,0.
a) 68/10 b) 7,5.
b) 0,68 c) 7,0.
c) 6,8 d) 6,5.
d) 68/100 e) 6,0.

45. Em seu testamento, uma mulher decide dividir seu 49. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CAR-
patrimônio entre seus quatro filhos. Tal divisão foi feita LOS – AGENTE DE COPA – 2013) Com uma lata de leite
da seguinte forma: condensado, é possível se fazer 30 brigadeiros. Sabendo
que o preço de cada lata é de 4 reais, e para uma come-
• João receberá 1/5; moração serão necessários 450 brigadeiros, o total gasto,
• Camila receberá 15%; em reais, para fazer esses brigadeiros, será de
• Ana receberá R$ 16.000,00;
• Carlos receberá 25%. a) 45
b) 53
A fração que representa a parte do patrimônio recebida c) 60
por Ana é: d) 70.

a) 2/4. 50. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CAR-


b) 3/5. LOS – RECEPCIONISTA – 2013) Num posto de gaso-
c) 2/5. lina, foi pedido ao frentista que enchesse o tanque de
d) 1/4. combustível. Foram colocados 20,6 litros de gasolina, pe-
e) 3/4. los quais custou R$ 44,29. Se fossem colocados 38 litros
de gasolina, o valor a ser pago seria de
46. Bela é uma leitora voraz. Ela comprou uma cópia
do best seller «A Beleza da Matemática». No primeiro dia, a) R$ 37,41.
Bela leu 1/5 das páginas mais 12 páginas, e no segundo b) R$ 79,80.
dia, ela leu 1/4 das páginas restantes mais 15 páginas. c) R$ 81,70.
No terceiro dia, ela leu 1/3 das páginas restantes mais 18 d) R$ 85,30.
páginas. Então, Bela percebeu que restavam apenas 62 e) R$ 88,50.
páginas para ler, o que ela fez no dia seguinte. Então, o
livro lido por Bela possuía o seguinte número de páginas: 51. (VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CAR-
LOS – RECEPCIONISTA – 2013) Lendo 30 páginas por
a) 120. dia de um livro, gastarei 6 dias para ler esse livro. Se eu
b) 180. ler 20 páginas por dia desse mesmo livro, gastarei
c) 240.
MATEMÁTICA

d) 300. a) 9 dias.
b) 8 dias.
c) 6 dias.
d) 5 dias.
e) 4 dias.

84
52. (VUNESP – PROCON – AUXILIAR DE MANUTEN- 57. (CISMARPA – AUXILIAR ADMINISTRATIVO –
ÇÃO – 2013) Um supermercado fez a seguinte oferta IPEFAE/2015)  Em um restaurante, 4 cozinheiros fazem
“3/4 de quilograma de carne moída por apenas R$ 4,50 120 pratos em 5 dias. Para atender uma demanda maior
‘’. Uma pessoa aproveitou a oferta e comprou 3 quilogra- de pessoas, o gerente desse estabelecimento contratou
mas de carne moída. Essa pessoa pagou pelos 3 quilo- mais 2 cozinheiros. Quantos pratos serão feitos em 8 dias
gramas de carne: de funcionamento do restaurante? 

a) R$ 18,00. b) R$ 18,50. a) 288


c) R$ 19,00. d) R$ 19,50. b) 294
e) R$ 20,00. c) 296
d) 302
53. (VUNESP – TJM – SP – AGENTE DE SEGURAN-
58. (CRO-SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
ÇA JUDICIÁRIA – 2013) Se certa máquina trabalhar
VUNESP/2015) Cinco máquinas, todas de igual eficiên-
seis horas por dia, de forma constante e sem parar, ela
cia, funcionando 8 horas por dia, produzem 600 peças
produzira n peças em seis dias. Para produzir quantidade
por dia. O número de peças que serão produzidas por 12
igual das mesmas peças em quatro dias, essa máquina
dessas máquinas, funcionando 10 horas por dia, durante
deverá trabalhar diariamente, nas mesmas condições, um 5 dias, será igual a
número de horas igual a
a) 1800.
a) 12.   b) 10.   c) 9.    d) 8. b) 3600.
c) 5400.
54. (VUNESP – AUXILIAR AGROPECUÁRIO – 2014) d) 7200.
O refeitório de uma fábrica prepara suco para servir no e) 9000.
almoço. Com 5 litros de suco é possível encher comple-
tamente 20 copos de 250 ml. Em um certo dia, foram 59. (PREF. PORTO ALEGRE-RS – FMP CONCUR-
servidas 90 refeições e acompanhando cada uma delas, SOS/2012) A construção de uma casa é realizada em 10
1 copo com 250 ml de suco. O número, mínimo, de litros dias por 30 operários trabalhando 8 horas por dia. O nú-
de suco necessário para o almoço, desse dia, foi mero de operários necessários para construir uma casa
em 8 dias trabalhando 6 horas por dia é
a) 21,5.    b) 22.   c) 22,5.    d) 23.   e) 23,5.
a) 18.
55. (PREF. TERESINA-PI – PROFESSOR – NUCE- b) 24.
PE/2016) Sabendo que o comprimento do muro Parque c) 32.
Zoobotânico é de aproximadamente 1,7 km e sua altura d) 38.
é de 1,7 m, um artista plástico pintou uma área corres- e) 50.
pondente a 34 m² do muro em 8 horas trabalhadas em
um único dia. Trabalhando no mesmo ritmo e nas mes- 60. (VUNESP – PMESP – CURSO DE FORMAÇÃO DE
mas condições, para pintar este muro, o pintor levará OFICIAIS – 2014) A tabela, com dados relativos à cidade
de São Paulo, compara o número de veículos de frota, o
a) 83 dias. número de radares e o valor total, em reais, arrecadado
com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:
b) 84 dias.
c) 85 dias.
d) 86 dias. Ano Frota Radares Arrecadação
e) 87 dias. 2004 5,8 milhões 260 328 milhões

56. (SES-PR – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – 2013 7,5 milhões 601 850 milhões
UFPR/2009) Uma indústria metalúrgica consegue pro-
duzir 24.000 peças de determinado tipo em 4 dias, tra- Se o número de radares e o valor da arrecadação ti-
balhando com seis máquinas idênticas, que funcionam 8 vessem crescido de forma diretamente proporcional ao
horas por dia em ritmo idêntico de produção. Quantos crescimento da frota de veículos no período considera-
dias serão necessários  para que essa indústria consiga do, então em 2013 a quantidade de radares e o valor
produzir 18.000 peças, trabalhando apenas com 4 dessas aproximado da arrecadação, em milhões de reais (des-
máquinas, no mesmo ritmo de produção, todas elas fun- considerando-se correções monetárias), seriam, respec-
cionando 12 horas por dia? tivamente,

a) 336 e 424.
MATEMÁTICA

a) 3.
b) 4. b) 336 e 426.
c) 5. c) 334 e 428.
d) 6. d) 334 e 430.
e) 8. e) 330 e 432.

85
61.(VUNESP – UNIFESP – ASSISTENTE EM ADMI- A = {casais com pelo menos um filho com mais de 20
NISTRAÇÃO – 2014) Para produzir uma certa encomen- anos de idade};
da, uma empresa com 7 funcionários trabalhando 6 ho- B = {casais com pelo menos um filho com menos de 10
ras por dia durante 15 dias, mas para agilizar as entregas anos de idade};
de final de ano, foram contratados mais 3 funcionários. C = {casais com pelo menos 4 filhos}.
Considerando-se todos os funcionários com a mesma Considerando que n(P) indique a quantidade de elemen-
capacidade de trabalho, pode-se concluir que o número tos de um conjunto P, suponha que n(A) = 18; n(B) =
de dias necessários para produzir a mesma encomenda, 20; n(C) = 25; n(A∩B) = 13; n(A∩C) = 11; n(B∩C) = 12 e
trabalhando por 9 horas por dia, será n(A∩B∩C) = 8. O diagrama a seguir mostra essas quanti-
dades de elementos.
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11.

62. (IESES – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – 2017) Se


16 costureiras conseguem fazer 960 camisas em 12 dias
de trabalho, determine em quantos dias 12 costureiras
poderão fazer 600 camisas do mesmo tipo que as pri-
meiras? 

a) 10 dias
b) 9 dias
65. Com base nas informações e no diagrama preceden-
c) 14 dias
tes, julgue o item a seguir.
d) 8 dias
Pelo menos 30 casais dessa comunidade têm 2 ou mais
filhos.
63. (FCC – ASSISTENTE SOCIAL – 2016) O   plane-
jamento de uma excursão mostra que há mantimento
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
suficiente para que 21 excursionistas façam 3 refeições
diárias durante 48 dias. Após um último encontro de pla-
66. Com base nas informações e no diagrama preceden-
nejamento, decidiram que o regime de alimentação dos
tes, julgue o item a seguir.
excursionistas seria de apenas 2 refeições diárias. Com
Se um casal dessa comunidade for escolhido ao acaso,
essa alteração no número de refeições diárias foram ad-
então a probabilidade de ele ter menos de 4 filhos será
mitidos mais 7 excursionistas para a viagem. Dessa ma-
superior a 0,3.
neira, a duração máxima da excursão, sem faltar manti-
mento, poderá ser
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
a) Aumentada em 12 dias
67. Com base nas informações e no diagrama preceden-
b) Reduzida em 8 dias
tes, julgue o item a seguir.
c) Reduzida em 9 dias
A referida comunidade é formada por menos de 180 pessoas.
d) Aumentada em 6 dias
e) A mesma.
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
64. (FUNDATEC – ESCRITURÁRIO – 2015) Quinze má-
68. (EBSERH – TÉCNICO EM RADIOLOGIA – CESPE –
quinas trabalhando oito horas por dia durante vinte dias
2018) Considere as seguintes proposições: P: O paciente
produzem uma determinada quantidade de peças. Se
receberá alta; Q: O paciente receberá medicação; R: O
dez máquinas trabalhassem dez horas por dia, em quan-
paciente receberá visitas.
tos dias a mesma quantidade de peças seria produzida?
Tendo como referência essas proposições, julgue o item
a) 19 dias
a seguir, considerando que a notação ~S significa a ne-
b) 22 dias
gação da proposição S.
c) 24 dias
Se, em uma unidade hospitalar, houver os seguintes con-
d) 26 dias
juntos de pacientes: A = {pacientes que receberão alta}; B
e) 28 dias
= {pacientes que receberão medicação} e C = {pacientes
que receberão visitas}; se, para os pacientes dessa unida-
MATEMÁTICA

65.(EBSERH – ÁREAS MÉDICAS – CESPE – 2018) Uma


de hospitalar, a proposição ~P→[Q∨R] for verdadeira; e
pesquisa revelou características da população de uma
se Ac foro conjunto complementar de A, então Ac⊂B∪C.
pequena comunidade composta apenas por casais e
seus filhos. Todos os casais dessa comunidade são ele-
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
mentos do conjunto A∪B∪C, em que

86
69. (TRF 1ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – CES- 27 B
PE – 2017) Em uma reunião de colegiado, após a apro-
vação de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos 28 E
a favor e 5 contra, um dos 11 presentes fez a seguinte 29 A
afirmação: “Basta um de nós mudar de ideia e a decisão 30 B
será totalmente modificada.”
Considerando a situação apresentada e a proposição 31 A
correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item. 32 A
Se A for o conjunto dos presentes que votaram a favor 33 B
e B for o conjunto dos presentes que votaram contra,
34 E
então o conjunto diferença A\B terá exatamente um ele-
mento. 35 D
36 B
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
37 C
70. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 38 C
2016) Se A, B e C forem conjuntos quaisquer tais que A, 39 B
B ⊂ C, então (C \ A) ∩ (A ∪ B) = C ∩ B. 40 A
(  ) CERTO   (  ) ERRADO 41 A
42 C
43 B
GABARITO
44 C
45 B
1 B 46 C
2 C 47 ERRADO
3 D 48 B
4 A 49 C
5 E 50 C
6 C 51 A
7 B 52 A
8 D 53 C
9 A 54 C
10 C 55 C
11 B 56 A
12 E 57 A
13 C 58 E
14 B 59 E
15 C 60 A
16 B 61 A
17 D 62 A
18 A 63 D
19 B 64 C
20 D 65 CERTO
21 C 66 ERRADO
22 C 67 ERRADO
23 D 68 ERRADO
MATEMÁTICA

24 D 69 ERRADO
25 A 70 ERRADO
26 C

87
ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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88
ÍNDICE

FÍSICA

CONCEITOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS: Noções de ordem de grandeza. Notação científica. Observações e


mensurações: representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis, sistemas de unidades. Gráficos
e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores; composição e
decomposição de vetores. .................................................................................................................................................................................. 1
O MOVIMENTO, O EQUILÍBRIO E A DESCOBERTA DAS LEIS FÍSICAS: Grandezas fundamentais da mecânica: tempo,
espaço, velocidade e aceleração. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e
sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regularidades observáveis; Movimento
Retilíneo Uniforme (M.R.U.): conceito, equação horária e gráficos; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
(M.R.U.V.): conceito, equações horárias e de Torricelli e gráficos; aceleração da gravidade, queda livre e lançamento
de projéteis; Movimento Circular Uniforme (M.C.U.): conceito de inércia, sistemas de referência inerciais e não
inerciais. Massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis
de Newton. Lei de Hooke. Centro de massa, centro de gravidade e a idéia de ponto material. Conceito de forças
externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear), teorema do impulso e
colisões. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos extensos.
Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Forças que atuam nos movimentos
circulares. Pressão e densidade. Pressão atmosférica e experiência de Torricelli. Princípios de Pascal, Arquimedes e
Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. Empuxo......................................... 9
ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA: Trabalho, energia, potência e rendimento. Energia potencial e energia cinética.
Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Forças conservativas e dissipativas........................................... 30
MECÂNICA E O FUNCIONAMENTO DO UNIVERSO: Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação universal.
Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. ........................................................................................................................................ 32
FENÔMENOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS: Carga elétrica e corrente elétrica. Conceito e processos de eletrização
e princípios da eletrostática. Lei de Coulomb. Campo, trabalho e potencial elétricos. Linhas de campo. Superfícies
equipotenciais e Lei de Gauss. Poder das pontas. Blindagem. Capacidade elétrica. Capacitores e associações. Diferença
de potencial e trabalho num campo elétrico. Correntes contínua e alternada: conceito, efeitos e tipos, condutores e
isolantes. Efeito Joule. Leis de Ohm, resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Resistência elétrica e resistividade.
Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia. Circuitos elétricos. Geradores e receptores,
associação de geradores. Medidores elétricos. Representação gráfica de circuitos: símbolos convencionais. Potência
e consumo de energia em dispositivos elétricos. Imãs permanentes. Linhas de campo magnético. Força magnética.
Campo magnético terrestre e bússola. Classificação das substâncias magnéticas. Campo magnético: conceito e
aplicações. Campo magnético gerado por corrente elétrica em condutores retilíneos e espiras. Lei de Biot-Savart.
Lei de Ampère. Eletroímã. Força magnética sobre cargas elétricas e condutores percorridos por corrente elétrica.
Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz. Transformadores......................................................................................... 34
OSCILAÇÕES, ONDAS, ÓPTICA: Pulsos e ondas. Período, frequência e ciclo. Ondas periódicas: conceito, natureza
e tipos. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios
de propagação. Feixes e frentes de ondas. Fenômenos ondulatórios: reflexão, refração, difração e interferência,
princípio da superposição, princípio de Huygens....................................................................................................................................... 46
Movimento harmônico simples (M.H.S.). ...................................................................................................................................................... 49
Ondas sonoras, propriedades, propagação e qualidades do som. Tubos sonoros. .................................................................... 49
Princípios da óptica geométrica, tipos de fontes e meios de propagação. Sombra e penumbra. Reflexão: conceito, leis
e espelhos planos e esféricos. Refração: conceito, leis, lâminas, prismas e lentes. Formação de imagens. Instrumentos
ópticos simples. Olho humano (principais defeitos da visão)................................................................................................................ 51
CALOR E FENÔMENOS TÉRMICOS: Calor e temperatura. Escalas termométricas. Transferência de calor e equilíbrio
térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e
calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais (equação de Clapeyron). Máquinas térmicas. Ciclo
de Carnot. Leis da Termodinâmica.................................................................................................................................................................... 65
MATÉRIA E RADIAÇÃO: Modelos atômicos e as propriedades dos materiais (térmicas, elétricas e magnéticas).
Espectro eletromagnético (das ondas de rádio aos raios gama) e suas tecnologias. Radiações e meios materiais
(fotocélulas, emissão e transmissão de luz, telas de monitores e radiografias). Potência de ondas eletromagnéticas.
Natureza corpuscular das ondas eletromagnéticas. Transformações nucleares e radioatividade........................................... 72
CONCEITOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS: NOÇÕES DE ORDEM DE GRANDEZA. NOTAÇÃO
CIENTÍFICA. OBSERVAÇÕES E MENSURAÇÕES: REPRESENTAÇÃO DE GRANDEZAS FÍSICAS
COMO GRANDEZAS MENSURÁVEIS, SISTEMAS DE UNIDADES. GRÁFICOS E VETORES.
CONCEITUAÇÃO DE GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES. OPERAÇÕES BÁSICAS COM
VETORES; COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE VETORES.

GRANDEZAS FÍSICAS
No estudo da Física, as grandezas são as maneiras de quantificar os fenômenos observados na natureza. Basica-
mente, existem dois tipos:
• Grandezas Escalares: Necessitam apenas de sua magnitude para serem caracterizadas. Exemplos: Massa, Tempe-
ratura, Energia.
• Grandezas Vetoriais: Necessitam de três informações para serem caracterizadas: magnitude (módulo), direção e
sentido. Exemplos: Velocidade, Força, Campo Elétrico, Campo Magnético.

#FicaDica
Quando estiver estudando os diversos tópicos de Física e as grandezas forem apresentadas, procure se questio-
nar se as mesmas são escalares ou vetoriais, isso facilitará o entendimento da matéria.

Sistemas de Unidades
As grandezas, além quantificar os fenômenos observados, também são adjetivadas com “unidades”, ou seja, um
nome que irá caracterizar aquela grandeza. Diversos sistemas de unidades foram elaborados ao longo da história e
para padronização, criou uma convenção internacional, chamada de “Sistema Internacional de Unidades”, ou SI. A ta-
bela a seguir apresenta as principais grandezas com as suas respectivas unidades:

Grandeza Unidade SI (nome por extenso)


Comprimento m (metro)
Massa kg (kilograma)
Tempo s (segundo)
Força N (Newton)
Temperatura K (Kelvin)
Pressão Pa (Pascal)
Energia J (Joule)
Potência W (Watt)
Corrente Elétrica A (Ampere)
Potencial Elétrico V (Volt)
Campo Magnético T (Tesla)
Frequência Hz (Hertz)

Existem outros dois sistemas de unidades que são bastante utilizados, que são o CGS e o MKS. Algumas unidades
são diferentes e são apresentadas a seguir:

Grandeza Unidade CGS (nome por extenso) Unidade MKS (nome por extenso)
Comprimento cm (centímetro) m (metro)
Massa g (grama) utm (unidade de massa)
Tempo s (segundo) s (segundo)
Força dyn (Dynar) kgf (kilograma-força)

Pressão dyn/cm² (Dynar por centímetro quadrado) kgf/m² (kilograma-força por metro qua-
drado)
Energia erg (“erg”) kgfm (kilograma-força-metro)
FÍSICA

Potência erg/s (erg por segundo) kgfm/s (kilograma-força-metro por se-


gundo)

1
As relações entre as unidades da tabela acima, com as unidades do SI são as seguintes:
1 N = 105 dyn
1 kgf = 9,8 N
1 utm = 9,8 kg

#FicaDica
Para o estudo de sistema de medidas, não há segredo, a memorização é o melhor caminho. Essas unidades fica-
rão naturalmente na sua memória conforme o aprendizado dos conteúdos de Física.

EXERCÍCIO COMENTADO

1) (SABESP – Técnico em Sistemas de Saneamento - FCC/2014) No sistema Internacional (SI), a grandeza de massa
específica é expressa em:

a) kg/m³
b) utm/m³
c) g/cm³
d) kgf/m³
e) dyn/cm³

Resposta: Letra A - Para resolver esse exercício, é necessário saber que massa específica é a relação entre a massa de um
corpo e o volume ocupado por ele. No SI, a unidade de massa é kg e o volume é expresso em m³ (metros cúbicos), já que
a unidade de comprimento é o metro. Assim, dividindo um pelo outro, chega-se a kg/m³.

Outras unidades de medida


Conforme dito anteriormente, o sistema internacional buscou padronizar as unidades, de maneira que cientistas do
mundo todo pudessem trabalhar sob as mesmas medidas, facilitando a troca de informações. Entretanto, ainda existem
outras unidades que são utilizadas. A tabela abaixo apresenta seus nomes, bem como suas conversões em relação as
unidades mais conhecidas:

Unidade Símbolo Conversão com unidade conhecida


Polegada in 1 in = 25,4 mm
Pé ft 1 ft = 0,3048 m
Milha mi 1 mi = 1,609 km
Litro L 1 L = 1 dm³
Libra lb 1 lb = 0,4536 kg
Onça oz 1 oz = 28,35 g
Eletrovolt eV 1 eV = 1,6.10-19 J
Atmosfera atm 1 atm = 101.325 Pa
Milímetro de Mercúrio mmHg 1 mmHg = 1/760 atm

ANÁLISE DIMENSIONAL
NOTAÇÃO CIENTÍFICA

Como a Física estuda todos os fenômenos da natureza, desde a expansão do universo, até os movimentos dos
átomos, é de se esperar que a magnitude das unidades tenha uma variação grande. Como o sistema internacional
determina uma unidade para cada grandeza, podemos ter no caso de estudo de distâncias entre planetas, valores na
casa de 1.000.000.000 metros e se estivermos estudando tamanhos de moléculas ou até mesmo átomos, o valor fica
na casa de 0,0000000001 m.
Buscando novamente a padronização, foi estipulada uma notação, chamada de notação científica. A ideia central é
buscar escrever todos os números sob um mesmo formato. Utilizou-se a notação decimal (base 10), para montar essa
convenção, e ela é da seguinte forma:
FÍSICA

α.10β

2
Onde α é um número entre 0 e 10 e β é o expoente mega (M) 10+6
que indicará a potência de 10 daquele número. Usan-
do a magnitude das distâncias estelares, temos que giga (G) 10+9
1.000.000.000 corresponde a 109. Assim, podemos escre- tera (T) 10+12
ver esse número a seguinte maneira:
Observando a tabela, podemos ver a presença do kilo
1.000.000.000 m=1.109 m (k), e essa nomenclatura já é de conhecimento da maioria
das pessoas, quando trata-se a unidade de massa como
Da mesma forma, podemos fazer com o tamanho das sendo o kilograma (kg). Como sabemos que 1 kg = 1000
moléculas, mas nesse caso, temos que 0,0000000001 m g, tem-se que:
corresponde a 10-10, assim:
1000g = 1.103 g = 1 kg
0,0000000001 m=1.10-10 m
Outro exemplo, temos da unidade de comprimento
Veja que os dois números foram escritos no mesmo milímetros (mm), que 1 mm = 0,001 m, logo:
formato e o expoente do número 10 que diferenciou os
mesmos. 0,001 m = 1.10-3 m = 1 mm

Quando sintonizamos estações de rádio, em alguns


#FicaDica casos, vemos a frequência em MHz (Mega Hertz) ou seja,
Na notação científica, números grandes terão .
exponentes de 10 positivos e números pequenos
terão expoentes de 10 negativos. FIQUE ATENTO!
Muitos erros em exercícios de Física estão
relacionados ao desconhecimento dessas no-
Vamos analisar um outro número agora, por exem-
menclaturas ou as vezes por falta de atenção na
plo, a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, que é leitura do enunciado.
de aproximadamente 435 km. Como vamos escrever esse
número no sistema internacional e sob notação científi-
ca? Primeiramente, temos que converter a unidade para
o sistema SI, que no caso de comprimento, sabemos que EXERCÍCIO COMENTADO
é o metro. Provavelmente você sabe que 1km = 1000 m,
assim, a distância entre as cidades será de 435.000 m. 1. (UEG – ASSISTENTE DE GESTÃO ADMINISTRATI-
Como utilizamos a base 10, temos agora que observar VA – FUNIVERSA/2015) Todas as grandezas físicas po-
entre quais potência de 10, esse número de encontra. dem ser expressas por meio de um pequeno número de
Se observamos, podemos ver que 435.000 é maior que unidades fundamentais.
100.000 (105) e menor que 1.000.000 (106). Sabendo dis- A escolha das unidades-padrão dessas grandezas
so, vamos usar sempre a menor base, ou seja, 100.000. Se fundamentais determina o sistema de unidades. No caso,
dividirmos 435.000 por 100.000, chegamos a 4,35. Logo: o sistema mundialmente utilizado na comunidade cientí-
435.000 m=4,35 x 100.000 m=4,35.105 m fica é o chamado Sistema Internacional (SI). Nele a unida-
de fundamental para o comprimento é o metro (m), para
o tempo é o segundo (s) e para a massa é o quilograma
#FicaDica
(kg). 
Mesmo que o exercício não peça, para pra- Tipler e Mosca. 5.ª ed. v. 1 (com adaptações). 
ticar, procure colocar os números em notação
Acerca do Sistema Internacional (SI), assinale a alter-
científica, em muitos casos, os cálculos ficam até
mais fáceis, pois você simplifica as potências de nativa correta.
10 usando as regras de expoente da matemática.
a) Os múltiplos e submúltiplos das unidades do SI podem
ser obtidos por meio do uso de prefixos das potências
NOMENCLATURA DAS POTÊNCIAS DE 10 - de 10. Desse modo, o prefixo “mega” representa .
PREFIXOS b) O sistema decimal com base no metro é chamado de
Algumas potências de 10 possuem nomenclaturas es- sistema decimétrico
pecíficas, com a função de contrair ainda mais a notação c) 1.000.000 watts corresponde a 1 megawatt (MW)
científica através de prefixos, antes das unidades. A tabe- d) A unidade da grandeza física força, no SI, é expressa
la a seguir apresentam as principais por kg.m/s
Nome (prefixo correspon- Potência de 10 cor- e) No SI, a unidade fundamental para a temperatura é
dente) respondente grau Celsius.
pico (p) 10-9
Resposta: Letra C.
micro (µ) 10-6
Pela regra dos prefixos das potências de 10, temos
FÍSICA

mili (m) 10-3 que o mega corresponde a 106, ou seja, 1.000.000.


kilo (k) 10+3 Logo, 1 MW = 1.000.000 W

3
liza. Por exemplo, uma pessoa andando em uma
SISTEMA MLT – MASSA, COMPRIMENTO, TEMPO rua plana, tem direção horizontal, no caso de uma
No sistema internacional, SI, temos diversas unidades rua inclinada, o ângulo de inclinação indicará a di-
que caracterizam as grandezas físicas. Dentre elas, as uni- reção.
dades de Massa (M), comprimento (L) e tempo (T) por • Sentido: É a informação complementar da direção,
exemplo são chamadas de unidades primitivas, pois não uma vez que para cada direção, temos dois senti-
derivam de outras unidades para serem determinadas. dos possíveis. Por exemplo, em um plano horizon-
Há também as unidades derivadas, que podem ser rees- tal, podemos estar indo para esquerda ou direita;
critas em função das unidades primitivas. na direção vertical, para cima ou para baixo, etc.
Como primeiro exemplo, vamos considerar a mas- Com as três informações caracterizadas, define-se
sa específica de um corpo. Pelo sistema internacional, a agora a geometria de um vetor, que está apresentada na
unidade será kg/m³, ou seja, é uma relação entre duas figura a seguir:
unidades primitivas, massa (kg) e comprimento (m). A
tabela a seguir irá apresentar as principais relações entre
as unidades derivadas e suas correspondentes primitivas.
Grandeza Unidade SI Sistema MLT
Velocidade m/s m/s
Aceleração m/s² m/s²
Força N kg.m/s²
Geometricamente, o vetor é uma seta, onde seu ta-
Energia J kg.m²/s²
manho indicará o módulo e há as indicações de dire-
Potência W kg.m²/s³ ção e sentido. Nesse caso, temos um vetor de direção
Pressão Pa kg/m.s² horizontal, e sentido para a direita. Vejam agora outros
exemplos.

#FicaDica • Vetores de mesmo módulo, direção e sentido:


Como se trata do inicio da apostila de Fí-
sica, essas conversões no sistema MLT devem
ser estudadas mas o sentido do resultado fica-
rá mais claro quando estudarem os conteúdos
específicos, por exemplo, quando estudarem a
segunda lei de Newton, entenderão com clare-
za a relação N = kg.m/s² Neste exemplo, os vetores a⃗ e b⃗ são idênticos, pois
possuem as três informações iguais.
VETORES • Vetores de módulos diferentes, mas mesma dire-
Quando se estuda grandezas físicas, sabe-se que há ção e sentido:
dois tipos: Escalares e vetoriais. A primeira, basta apenas
uma única informação (valor) para ela ser determinada.
Já as grandezas vetoriais, necessitam de três informa-
ções, valor, direção e sentindo.
Vamos tomar como exemplo a velocidade de um
carro. Normalmente, fala-se apenas do seu valor, por
exemplo, 100 km/h, considerando uma rodovia. Mas,
essa informação é suficiente? Se considerarmos que só
Conforme dito anteriormente, o tamanho do vetor é
queremos saber o quanto o carro está rápido, este valor
ligado ao seu módulo. Nesse caso, pode-se afirmar que
é suficiente, mas se quisermos saber para onde o carro
o módulo do vetor b⃗ é menor que o módulo do vetor a⃗
está indo? Um carro andando a 100 km/h para o norte é
a mesma coisa que andar a 100 km/h para o sul?
• Vetores com módulo e direção iguais, mas senti-
Fisicamente, não é a mesma coisa, e dizemos que nos
dos diferentes:
dois carros, temos sentidos opostos, ou seja, cada carro

está indo no movimento diametralmente oposto ao ou-
tro. Assim, grandezas vetoriais precisarão de mais infor-
mações para ser totalmente determinadas.
Para colocar todas as informações organizadas, te-
mos a seguir a caracterização das três informações que
compõe um vetor:
• Módulo (ou magnitude): É o valor da grandeza em
si e irá determinar o tamanho de um vetor, ou seja,
FÍSICA

vetores maiores terão módulos maiores.


• Direção: Descreve o plano onde o vetor se loca-

4
Aqui temos dois vetores que possuem uma única di- O vetor (𝑎 + 𝑏) foi formado a partir da junção dos dois
ferença: Estão apontados para sentidos opostos. Caso
esses vetores fossem forças, uma anularia a outra, resul- vetores. Agora, e se quisermos subtrair os vetores, como
tando em uma resultante nula. fica a operação (𝑎 − 𝑏) ? Se pensarmos novamente em for-

• Vetores com módulo iguais, mas direção e sentido ça, temos uma força a⃗ de 10 N apontado para a direita e
diferentes: uma força b⃗ de 5N apontada para a esquerda, resultan-
• do uma força de 10 - 5 = 5N para a direita. Vetorialmente:

Nesse caso, temos dois vetores com o mesmo tama-


nho, mas apontado para direções diferentes, o que por
consequência gera direções diferentes.

#FicaDica O vetor (𝑎 + 𝑏) também foi formado a partir da junção


Vetores são utilizados principalmente em dos dois vetores. Observe que nas duas operações, o iní-
Dinâmica, quando se trata de equilíbrio de cio do vetor b⃗ foi colocado no final do vetor a⃗. Esse é
forças. As operações vetores descritas a seguir um dos métodos para se calcular a soma ou subtração
serão fundamentais para o entendimento des- de dois ou mais vetores e ele pode ser extrapolado para
ta parte da Física. vetores de direções diferentes. Veja o exemplo a seguir:

OPERAÇÕES COM VETORES

Agora que são conhecidas as características dos veto-


res, serão descritas as operações que são possíveis com
essas grandezas.

2.1 Soma e subtração de vetores


Em concursos e vestibulares, as operações mais co-
bradas são soma e subtração de vetores. Para iniciar, va-
mos apresenta-la de uma maneira simples, dois vetores
São dois vetores com módulo, direção e sentido di-
com módulos diferentes, mas com direções e sentidos
ferentes, como soma-los? A estratégia é simples: Como
iguais:
estamos fazendo (𝑎 + 𝑏) , vamos copiar o primeiro vetor,
ou seja, :

Se pensarmos esses vetores como forças, é fácil per-


ceber que se tivermos uma força a⃗ valendo 10N e uma
força b⃗ valendo 5N, a soma será de 10+5 = 15N. Ve-
torialmente, como o tamanho é diretamente ligado ao Após isso, coloca-se o início do vetor b⃗, no final do
módulo do vetor, assim: vetor a⃗, conforme visto a seguir:

O vetor soma (𝑎 + 𝑏) será justamente o vetor formado


FÍSICA

pelo início do vetor a⃗ e o final do vetor b⃗,:

5
#FicaDica
Existe um outro método de soma e subtra-
ção de vetores chamado método da poligonal.
Como ele é específico para soma de apenas
dois vetores, optou-se por apresentar apenas
o caso geral, que funciona em qualquer exer-
Esse método também vale para a soma de três ou cício.
mais vetores:

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (UFVGM-MG - TÉCNICO DE LABORATÓRIO –


FUNDEP/2017) Durante um estudo de deslocamento,
um estudante encontra três vetores, como os represen-
Seguindo a mesma metodologia, os três vetores uni- tados na figura.
dos ficam:

A mesma regra vale para subtração. Para seguir a


mesma metodologia, temos que fazer a seguinte consi-
deração matemática:

Suponha que cada quadrado da figura represente


𝑎 − 𝑏 = 𝑎⃗ − 𝑏 = 𝑎⃗ + (−𝑏� uma distância de 1,0 cm de aresta.
Nesse caso, o vetor deslocamento resultante terá mó-
Ou seja, a subtração de vetores será uma soma do dulo, direção e sentido indicados em:
primeiro vetor com o oposto do segundo, veja na figura
a seguir: a) 10 cm, diagonal, nordeste
b) 100 cm, diagonal, sudeste
c) 5,0 cm, diagonal, nordeste
d) 12,0 cm, diagonal, nordeste

Resposta: Letra C.
O exercício não passou a direção do norte, mas o bom
Novamente temos dois vetores a⃗ e b⃗. Para aplicar o senso deve prevalecer e adotaremos o norte para cima.
método, primeiro temos que montar o vetor -b⃗, que é o Chamando os vetores de a,b e c conforme a figura e
mesmo vetor b⃗, mas de sentido contrário: aplicando o método da soma, chega-se a direção dia-
gonal para o nordeste. O módulo fica fácil de calcular
usando teorema de Pitágoras, chegando a 5cm.

Agora basta aplicar o método, colocando o início do


vetor -b⃗ no final do vetor a⃗:
FÍSICA

6
2.2 Decomposição de vetores
A decomposição de vetores é uma ferramenta impor-
tante aplicada na Física, pois permite que se separe um
vetor específico em diferentes componentes, que pode
facilitar o entendimento de alguns fenômenos ou para
estudar casos específicos. A idéia consiste em dividir o
vetor em dois (em problemas no plano) ou três (em pro-
blemas tridimensionais) componentes paralelas aos ei-
xos de coordenadas. Veja o exemplo a seguir:

#FicaDica
Você pode verificar que a = ax + ay
usando o método de soma de vetores
apresentado anteriormente.

As magnitudes das componentes, serão em função


do ângulo 0. Como esse ângulo é formado entre o vetor
A figura apresenta um vetor a⃗ localizado no plano xy, principal e o eixo x, então o vetor ax⃗ terá a magnitude
formando um ângulo com o eixo x. Em certos problemas proporcional ao cosseno do ângulo:
da Física, principalmente os relacionados com equilíbrio 𝑎𝑥 = 𝑎. 𝑐𝑜𝑠𝜃
de forças, é conveniente decompor esse vetor em uma
soma: Já a componente y, será proporcional ao seno do ân-
gulo:

𝑎⃗ = 𝑎𝑥 + 𝑎𝑦 𝑎𝑦 = 𝑎. 𝑠𝑒𝑛𝜃

Onde ax⃗ é um vetor paralelo ao eixo x e ay⃗ é um


#FicaDica
vetor paralelo ao eixo y. Para fazer essa decomposição,
basta traçarmos linhas pontilhadas paralelas aos eixos x Observe sempre qual eixo está forman-
e y, partindo do final do vetor, conforme visto na figura: do o ângulo θ. Se ele estivesse formado
pelo vetor 𝑎⃗ e o eixo y, as proporciona-
lidades de seno e cosseno se inverteriam.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (NOVA CONCURSOS/2018) Considere a distribuição


de pontos materiais de massa igual a m no plano carte-
siano, conforme a figura a seguir:

Os pontos de cruzamento das linhas pontilhadas com


os eixos marcam os finais das componentes ax⃗ e ay⃗. Para
construir os vetores, inicia-se do mesmo ponto onde o
vetor a⃗ está desenhado:
FÍSICA

7
As coordenadas do centro de massa CM(xcm,ycm), em cm, serão:

a) (3,4;3,6)
b) (3,4;3,4)
c) (3,6;3,6)
d) (3,6;3,4)
e) (3,5;3,5)

Resposta: Letra D.
Aplicando a média ponderada nas coordenadas x e y, tem-se que: .
x1 . m + x2. m + x3 . m + x4 . m + x5. m 2. m + 2. m + 3. m + 5. m + 6. m 18𝑚
xcm = xcm = = = 3,6 𝑐𝑚
m + m+ m +m + m 5m 5𝑚
y . m + y2 . m + 𝑦3. m + 𝑦4 . m + 𝑦5. m →
2. m + 6. m + 5. m + 3. m + 1. m 17𝑚
ycm = 1 ycm = = = 3,4 𝑐𝑚
m + m+ m +m + m 5m 5𝑚

2. (NOVA CONCURSOS/2018) Determine o centro de massa da placa abaixo, que possui espessura constante e
distribuição de massa homogênea.

a) (0,87a;0,55a)
b) (0,87a;0,82a)
c) (0,87a;0,92a)
d) (1,17a;0,82a)
e) (1,17a;0,92a)

Resposta: Letra E.
Dividindo a figura em duas partes (quadrado de lado 2a e retângulo de lados a e 0,5a), temos que os centros de
massa dessas partes tinham as seguintes coordenadas: (a;a) e (2,5a;0,25a). As áreas de cada figura são respectiva-
mente 4a² e 0,5a². Assim: .

x1 . A1 + x2 . A2 a. 4a2 + 2,5a. 0,5a2 5,25𝑎3


xcm = xcm = = = 1,17𝑎 𝑐𝑚
A1 + 𝐴2 4a2 + 0,5𝑎2 4,5𝑎2

y1 . A1 + y2 . A2 a. 4a2 + 0,25a. 0,5a2 4,125𝑎3
ycm = ycm = = = 0,92𝑎 𝑐𝑚
A1 + 𝐴2 4a2 + 0,5𝑎2 4,5𝑎2
FÍSICA

8
O MOVIMENTO, O EQUILÍBRIO E A DESCOBERTA DAS LEIS FÍSICAS:
GRANDEZAS FUNDAMENTAIS DA MECÂNICA: TEMPO, ESPAÇO, VELOCIDADE
E ACELERAÇÃO. DESCRIÇÕES DO MOVIMENTO E SUA INTERPRETAÇÃO:
QUANTIFICAÇÃO DO MOVIMENTO E SUA DESCRIÇÃO MATEMÁTICA E
GRÁFICA. CASOS ESPECIAIS DE MOVIMENTOS E SUAS REGULARIDADES
OBSERVÁVEIS; MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (M.R.U.): CONCEITO,
EQUAÇÃO HORÁRIA E GRÁFICOS; MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE
VARIADO (M.R.U.V.): CONCEITO, EQUAÇÕES HORÁRIAS E DE TORRICELLI E
GRÁFICOS; ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE, QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO
DE PROJÉTEIS; MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (M.C.U.): CONCEITO DE
INÉRCIA, SISTEMAS DE REFERÊNCIA INERCIAIS E NÃO INERCIAIS. MASSA E
QUANTIDADE DE MOVIMENTO (MOMENTO LINEAR). FORÇA E VARIAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO. LEIS DE NEWTON. LEI DE HOOKE. CENTRO DE
MASSA, CENTRO DE GRAVIDADE E A IDÉIA DE PONTO MATERIAL. CONCEITO
DE FORÇAS EXTERNAS E INTERNAS. LEI DA CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE
DE MOVIMENTO (MOMENTO LINEAR), TEOREMA DO IMPULSO E COLISÕES.
MOMENTO DE UMA FORÇA (TORQUE). CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
ESTÁTICO DE PONTO MATERIAL E DE CORPOS EXTENSOS. FORÇA DE ATRITO,
FORÇA PESO, FORÇA NORMAL DE CONTATO E TRAÇÃO. DIAGRAMAS DE
FORÇAS. FORÇAS QUE ATUAM NOS MOVIMENTOS CIRCULARES. PRESSÃO
E DENSIDADE. PRESSÃO ATMOSFÉRICA E EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI.
PRINCÍPIOS DE PASCAL, ARQUIMEDES E STEVIN: CONDIÇÕES DE FLUTUAÇÃO,
RELAÇÃO ENTRE DIFERENÇA DE NÍVEL E PRESSÃO HIDROSTÁTICA. EMPUXO

CINEMÁTICA ESCALAR
Denomina-se cinemática escalar o ramo da Física que estuda o movimento dos corpos. Para tal, é importante co-
nhecer algumas grandezas que caracterizam os movimentos e ajudam a estudá-los. São elas

1.1 Deslocamento Escalar


O deslocamento escalar é a diferença entre os pontos finais e iniciais de um espaço (trajetória). É denotado por
ΔS. Para calculá-lo basta fazer a diferença entre a posição final (Sf ) de um corpo e a posição inicial (S0) do mesmo. Por
exemplo: um carro parte de uma cidade A em direção à cidade B. Olhando no mapa rodoviário a cidade A encontra-
-se no quilômetro 20 de uma rodovia e a cidade B encontra-se no quilômetro 140 da mesma rodovia. Se um carro se
desloca de A para B, ele parte da posição S0=20 km e chega em . Logo o seu deslocamento foi de ΔS=140-20=120 km.
Conclui-se que o deslocamento é calculado por:

∆𝑆 = 𝑆𝑓 − 𝑆0

1.2 Velocidade Escalar Média


A velocidade escalar média (Vm) é a razão entre o deslocamento escalar (ΔS) e o tempo transcorrido (Δt) para realizar
esse deslocamento. Ou seja:
∆𝑆
𝑣𝑚 =
∆𝑡

A unidade de velocidade média no Sistema Internacional é m/s. Porém, é possível expressá-la em outras unidades.
A mais comum delas é o km/h. Voltando ao exemplo anterior do carro que se desloca entre as cidades A e B, sabe-se
que ele realizou esse deslocamento em 2h. Logo, a velocidade média do carro nesse trajeto foi de:
∆𝑆 120
𝑣𝑚 = = = 60 𝑘 𝑚⁄ℎ
∆𝑡 2
Note que o deslocamento foi calculado em km e o tempo transcorrido em h e, portanto, a velocidade foi calculada
em km/h.

#FicaDica
É possível converter uma velocidade em km/h para m/s e vice-versa. Para converter uma velocidade de km/h
FÍSICA

para m/s basta DIVIDIR por 3,6. Já para converter uma velocidade de m/s para km/h basta MULTIPLICAR por 3,6.

9
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME
Movimento retilíneo uniforme (MRU) é o movimento
no qual o corpo (móvel) percorre uma trajetória reta com
velocidade constante. Ou seja, em um mesmo intervalo
de tempo ele percorre distâncias iguais.
2.1 Classificação do Movimento Retilíneo Unifor-
me
O MRU pode ser classificado em dois movimentos
distintos, a saber:
a) Movimento Progressivo: denomina-se movimen-
to progressivo o movimento no qual o corpo se
movimenta no sentido positivo da trajetória. Por
sentido positivo, entende-se o sentido no qual a
posição da trajetória aumenta. Por exemplo, recu-
perando o exemplo do carro que vai da cidade A
para a cidade B, como a cidade A está na posição
20 km e a cidade B está na posição 140 km, nota-se
que de A para a B a posição aumentou. Portanto, o
sentido da trajetória é positivo de A para B. Em um
movimento progressivo diz-se que a velocidade é
positiva, ou seja v>0.
b) Movimento Retrógrado: denomina-se movimento
progressivo o movimento no qual o corpo se mo-
vimenta no sentido negativo da trajetória. Por sen-
tido negativo, entende-se o sentido no qual a po-
sição da trajetória diminui. Novamente utilizando
o exemplo das cidades A e B. Nota-se que A está No movimento progressivo, a gráfico Sxt é crescente,
na posição 20 km e a cidade B está na posição 140 ou seja, conforme aumenta o tempo, o valor de S aumen-
km, nota-se que de B para a A a posição diminuiu. ta. Por outro lado, no movimento retrógrado, o gráfico
Portanto, o sentido da trajetória é negativo de B Sxt é decrescente, ou seja, aumentando o tempo, o valor
para A. Em um movimento retrógrado diz-se que a de S diminui.
velocidade é negativa, ou seja v<0.
Gráfico v×t

FIQUE ATENTO!
Velocidade positiva significa que o corpo está
se deslocando no sentido positivo da trajetória e
velocidade negativa significa que o corpo está se
deslocando no sentido negativo da trajetória. Ve-
locidade negativa não significa que o corpo está
“freando”!

2.2 Função Horária do Espaço (posição)


É a função que permite obter a posição do corpo em
movimento uniforme em função do tempo transcorrido.
É dada por:
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣. ∆𝑡
Onde:
S= Posição do móvel em função do tempo
S0= Posição inicial do móvel
v= Velocidade do móvel
Δt= Intervalo de tempo transcorrido

2.3 Gráficos do Movimento Retilíneo Uniforme


As grandezas do movimento retilíneo uniforme são
expressas na forma de gráficos. São eles:
Gráfico S×t

Em ambos os movimentos, a velocidade é constante


FÍSICA

e forma uma linha horizontal. A diferença é que no movi-


mento progressivo, o valor da velocidade é positivo e no
movimento retrógrado, é negativo.

10
Onde:
#FicaDica vf= velocidade final do corpo no trecho considerado
Para MRU o gráfico S×t é sempre uma reta v0= velocidade inicial do corpo no trecho considerado
(crescente ou decrescente) e o gráfico v×t é sem- Δt= intervalo de tempo transcorrido no trecho con-
pre uma reta horizontal (acima ou abaixo do eixo siderado
Quando a aceleração é positiva (a>0) significa que a
velocidade do corpo aumenta com o tempo. Já quando a
aceleração é negativa (a<0) significa que a velocidade do
EXERCÍCIO COMENTADO corpo diminui com o tempo.
O MRUV pode ser classificado de acordo com duas
1.(SEDUC-PI - PROFESSOR – NUCEPE/2015) João, grandezas (velocidade e aceleração) e dentro de cada
que é um atleta de tiro ao alvo, dispara um projétil hori- uma delas de duas maneiras diferentes:
zontalmente com uma velocidade de 200 m/s em direção a) Movimento acelerado ou retardado: diz respeito
a um alvo. João escuta o impacto do projétil no alvo, 2,7 s ao sinal da aceleração do corpo. Quando a ace-
depois do disparo. Sabendo que a velocidade do som no leração é positiva o movimento é dito acelerado
ar é 340 m/s, a distância de João ao alvo é de e quando a aceleração é negativa o movimento é
dito retardado.
a) 74 m b) Movimento progressivo ou retrógrado: segue a
b) 125 m mesma classificação do MRU. O movimento é dito
c) 200 m progressivo quando o corpo se desloca no sentido
d) 340 m positivo da trajetória e retrógrado quando o corpo
e) 540 m se desloca no sentido negativo da trajetória.
c)
Resposta: Letra D. FIQUE ATENTO!
Note que há dois momentos que devem ser con-
Há 4 classificações possíveis para o MUV:
siderados, o trecho do projétil assim que é disparado
progressivo e acelerado, progressivo e retró-
até o alvo e a propagação do som do alvo até o ou-
grado, retardado e progressivo ou retardado
vido de João. Chamando de Δt1 o intervalo de tem-
e retrógrado.
po transcorrido entre o disparo e o projétil atingir o
alvo, de ΔS, a distância de João até o alvo, vale: v=ΔS/
Δt→200=ΔS/(Δt1 ). Logo, tem-se que: ΔS=200Δt1 (I). 1.1 Função Horária do Espaço (posição)
Considerando agora a propagação do som do alvo É a função que permite obter a posição do corpo em
até o ouvido de João, vale: 340=ΔS/(Δt2 ), onde Δt2 é movimento uniforme em função do tempo transcorrido.
o tempo que o som demora para percorrer a mesma É dada por:
distância ΔS. Assim, vem: ΔS=340Δt2 (II). O tempo to- 1
tal entre o disparo e João ouvir o impacto do projétil 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣 0. 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
é de 2,7s que é exatamente igual à somatória dos in-
Onde:
tervalos Δt1 e Δt2, ou seja: Δt1+Δt2=2,7→Δt1=2,7-Δt2.
S= posição do móvel em função do tempo
Como a distância percorrida pelo projétil até o S0= posição inicial do corpo
alvo é a mesma distância percorrida pelo som do alvo v0= velocidade inicial do corpo
até o ouvido de João, pode-se fazer (I)=(II)→340Δ- t= tempo transcorrido
t2=200Δt1. Substituindo Δt1=2,7-Δt2 na primeira equa-
a= aceleração do corpo
ção, vem que: Δt1=1,7s e Δt2=1s. Assim, ΔS=340Δ-
t2→ΔS=340×1→ΔS=340 m.
1.2 Função Horária da Velocidade
É a função que permite obter a velocidade do corpo
em movimento uniforme em função do tempo transcor-
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE
rido. É dada por:
VARIADO 𝑣 = 𝑣 0 + 𝑎. 𝑡
Onde:
Movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV
v= velocidade do corpo
ou MUV) é o movimento no qual o corpo (móvel) per-
v0= velocidade inicial do corpo
corre uma trajetória reta com velocidade não constante.
t= tempo transcorrido
Mais do que a velocidade não ser constante (o que carac-
a= aceleração do corpo
teriza apenas um movimento variado), a velocidade varia
de maneira uniforme, ou seja, a velocidade aumenta à
1.3 Equação de Torricelli
uma taxa constante. À taxa de variação da velocidade dá-
Equação que relaciona distância percorrida com velo-
-se o nome de aceleração (a), calculada por:
cidades inicial e final e aceleração, sem relacionar expli-
citamente com o tempo. Costuma ser utilizada quando o
∆𝑣 𝑣𝑓 − 𝑣 0 tempo no qual o corpo realiza o movimento é desconhe-
FÍSICA

𝑎= =
∆𝑡 ∆𝑡 cido. É a seguinte equação:

11
𝑣 2 = 𝑣 20 + 2. 𝑎. ∆𝑆
Onde:
v= velocidade do corpo
v0= velocidade inicial do corpo
ΔS= deslocamento
a= aceleração do corpo

1.4 Gráficos do Movimento Retilíneo Uniforme-


mente variado
As grandezas do movimento retilíneo uniformemente
variado são expressas na forma de gráficos. São eles:

Gráfico S×t Os gráficos vxt são retas, onde o movimento acele-


rado é caracterizado por uma reta crescente. Já o movi-
mento retardado é caracterizado por uma reta decres-
cente.

Gráfico a×t

Os gráficos Sxt são parábolas, onde o movimento


acelerado (boca para cima) tem parábola crescente e o
movimento retardado tem a parábola decrescente (boca
para baixo)

Gráfico v×t
#FicaDica
para MRUV o gráfico S×t é sempre uma
parábola (concavidade para cima ou para bai-
xo), o gráfico v×t é sempre uma reta (crescente
ou decrescente) e o gráfico a×t é sempre uma
reta horizontal (acima ou abaixo do eixo x)

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – AUXILIAR DE PERÍCIA


FÍSICA

– IBFC/2017) Um carro trafega a uma velocidade de 36


km/h. Quando freado, para somente após percorrer 25

12
metros. Nessas condições, a aceleração introduzida pelos apenas o movimento horizontal, desprezando a resistên-
freios será de: cia do ar, a velocidade na direção horizontal da bola de
tênis se mantém constante, portanto na horizontal a bola
a) 5 m/s² de tênis realiza um movimento retilíneo e uniforme. Já na
b) -5 m/s² vertical, quando a bola começa a cair ela está sob ação da
c) 2 m/s² gravidade e, portanto, realiza um movimento acelerado.
d) -2 m/s² Assim conclui-se que, na vertical o movimento realizado
e) -4 m/s² é uniformemente variado.

Resposta: Letra D. Equações do movimento


Como o tempo não é conhecido, será utilizada a equa- Na horizontal, como apresentado, o movimento é
ção de Torricelli. A velocidade final é nula pois no ins- uniforme com velocidade . Assim, a equação horária do
tante final o carro estará parado. A velocidade inicial espaço será dada por:
foi dada mas deve ser convertida para 𝑚/𝑠: 3,6 = 10 𝑚/𝑠 .
36
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣 0𝑥𝑡

Assim, vem: que é a mesma equação apresentada para o movi-


mento retilíneo uniforme. O subscrito “x” significa que é
a velocidade horizontal (direção x). É possível simplificar
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎∆𝑆 → 02 = 102 + 2. 𝑎. 25 → 𝑎 = −2 𝑚/𝑠² .
essa equação. Considerando que o lançamento se inicia
a partir do momento que o corpo inicia o movimento
composto (no exemplo é o momento em que a bola dei-
LANÇAMENTOS OBLIQUO E HORIZONTAL
xa a mesa), o espaço inicial S0, é igual à zero. O espaço
percorrido S, recebe o nome de alcance do lançamento,
LANÇAMENTOS – COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS
denotado por A:
Para estudar lançamentos, que são movimentos mais
complexos, é importante conhecer e utilizar o princípio 𝐴 = 𝑣 0𝑥 . 𝑡
da composição de movimentos. Segundo Galileu, todo
Na vertical, valem as equações do movimento unifor-
movimento complexo pode ser decomposto em diversos
memente variado:
movimentos mais simples de serem estudados. Pensan-
do em lançamentos, há dois tipos: lançamento horizontal
e oblíquo. Como lançamentos são movimentos comple- 1
𝑆𝑦 = 𝑆0𝑦 + 𝑣 0𝑦. 𝑡 + 𝑎𝑡 2
xos, para estuda-los cada um desses lançamentos será 2
decomposto em dois movimentos conhecidos.
𝑣𝑦 = 𝑣 0𝑦 + 𝑎. 𝑡
1.1 Lançamento Horizontal
Nesse movimento, um corpo é lançado de uma deter- 𝑣𝑦2 = 𝑣 20𝑦 + 2. 𝑎. ∆𝑆𝑦
minada altura com velocidade horizontal (Vo) constante.
Por exemplo, uma bola de tênis rolando sobre uma mesa
com velocidade constante. Até a borda da mesa, a bola O subscrito “y” significa que as grandezas são verti-
realiza um movimento retilíneo e uniforme. Porém, ao cais (velocidade vertical, deslocamento vertical – direção
abandonar a mesa, o movimento realizado é um lança- y). Para simplificar as equações, vale o que foi adotado
mento horizontal. Veja a figura a seguir para o movimento horizontal (S0=0) e também que a ve-
locidade inicial do corpo na vertical é nula. Por fim, sabe-
-se que, na vertical, a aceleração é igual à aceleração da
gravidade g. Ao espaço percorrido na vertical, chama-se
de altura do lançamento H. Com essas simplificações as
equações ficam dadas por:

1 2
𝐻= 𝑔𝑡
2
𝑣𝑦 = 𝑔. 𝑡

𝑣𝑦2 = 2. 𝑔. H

O lançamento horizontal é a composição de dois mo-


FÍSICA

vimentos, um movimento na vertical e outro na horizon-


tal. Consideremos o exemplo da bola de tênis. Analisando

13
FIQUE ATENTO! #FicaDica
o tempo é a única grandeza que é comum O lançamento oblíquo tem duas etapas:
aos dois movimentos. Ou seja, o tempo que o subida e descida. Na subida o corpo se move
corpo leva para realizar o movimento horizon- no sentido contrário à gravidade e, portanto,
tal é o mesmo gasto para realizar o movimento nas equações para o trecho de subida deve-se
uniforme. utilizar g=-10 m/s². Já para a descida, g=10 m/

1.2 Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo também é a composição de
um movimento uniforme (na horizontal) e uniformemen-
EXERCÍCIO COMENTADO
te variado (na vertical). O que o caracteriza como oblíquo
é o fato da velocidade inicial do movimento ser diferente 1. (IFB – PROFESSOR/2017) Um objeto é lançado obli-
de zero na vertical e na horizontal e o vetor velocidade quamente de uma altura de 10m do solo. A velocidade
formar uma ângulo θ com a horizontal, conforme figura de lançamento é de 10m/s e o ângulo de lançamento é
abaixo: de 30°. Podemos afirmar que o tempo de voo do objeto
até chegar no solo é de:

a) 1s
b) 2s
c) 3s
d) 4s
e) 5s

Resposta: Letra B.
Trata-se de um lançamento oblíquo, com posição ini-
cial igual a 10m. A aceleração é negativa e vale -10m/
s², pois o corpo irá subir e depois descer. A velocidade
inicial do movimento vertical (MUV) vale V0 =V0 sen
y
30°=10.0,5=5m/s. Assim, função horária do espaço é:
10𝑡 2 . Ao chegar ao solo, a posição do ob-
𝐻 = 10 + 5𝑡 − 2

jeto será H=0→0=10+5t-5t2→t = 2 s.


Conhecendo o ângulo e o módulo de velocidade ini- MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
cial v0, é possível obter o valor das velocidades iniciais
dos movimentos horizontal e vertical: Movimento circular é definido como todo movimento
no qual a trajetória descrita pelo móvel é circular. Um
𝑣 0𝑥 = 𝑣 0. cos 𝜃 satélite em órbita em torno da Terra, o movimento de
rotação de uma roda de bicicleta, são exemplos de mo-
𝑣 0𝑦 = 𝑣 0. sen 𝜃 vimentos circulares.

1.1 Graus e radianos


Para os movimentos vertical e horizontal, valem as No Sistema Internacional de Medidas (SI), a unidade
equações apresentadas anteriormente para o movimen- de medida para ângulos é o radiano. A definição de ra-
to horizontal sem a simplificação de que a velocidade ini- diano é a seguinte: medida do ângulo que determina um
cial na vertical (v0 ) é nula, pois no lançamento oblíquo arco de comprimento igual ao raio. É importante que seja
y
ela não é. As equações são: conhecida a correspondência entre ângulos e radianos,
para conversão de valores. A equivalência é a seguinte:
𝐴 = 𝑣 0𝑥 . 𝑡
π rad=180°
1
𝐻 = 𝐻0 + 𝑣 0𝑦𝑡 + 𝑔𝑡 2
2 Assim, é possível obter outros ângulos notáveis em
radianos, tais como:
𝑣𝑦 = 𝑣 0𝑦 + 𝑔. 𝑡
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
90° = ; 60° = ; 45° = ; 30° =
𝑣𝑦2 = 𝑣 20𝑦 + 2. 𝑔. H 2 3 4 6
FÍSICA

Para outros ângulos, basta utilizar a equivalência


apresentada e encontrar o outro ângulo utilizando regra
de três.

14
1.2 Deslocamento Linear (Espaço) • onde Δφ é o ângulo descrito pelo móvel e Δt é
Um móvel percorrendo uma trajetória circular com o intervalo de tempo transcorrido. Considerando
raio R, descreve um ângulo φ e percorre um espaço ΔS, uma volta completa, na qual o móvel percorre 360°
que é calculado por: (ou 2π radianos) e o tempo transcorrido é igual ao
período T, a velocidade angular pode ser expressa
por:
2𝜋
𝜔=
𝑇

1.5 Velocidade Linear


A velocidade linear de um movimento circular unifor-
me, denotada por v, é calculada por:

∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
ΔS=φR
sendo φ em radianos. Onde ΔS é o deslocamento linear e Δt é o tempo
transcorrido. Considerando uma volta completa onde o
1.3 Período e Frequência móvel percorre uma volta completa, o deslocamento é
Em movimento circular uniforme, o tempo gasto para igual ao comprimento da trajetória circular que é calcu-
o móvel completar uma volta é constante. Ou seja, a cada lado por ΔS=2πR. Novamente, em uma volta completa,
intervalo de tempo fixo, o móvel completa uma volta. A o tempo transcorrido é igual ao período e, consequente-
esse intervalo de tempo fixo, dá-se o nome de período, mente velocidade linear pode ser expressa por:
denotado pela letra T. Se um satélite leva 50h para dar
a volta na Terra, diz-se que o período desse satélite é 2𝜋𝑅
T=50h. Um movimento com período constante, é cha- 𝑣=
𝑇
mado de periódico.
Em um movimento periódico, dá-se o nome de fre-
quência à grandeza que mede a quantidade de eventos FIQUE ATENTO!
(voltas) ocorridas em um intervalo de tempo. É denotada Há uma relação entre as velocidades linear e
pela letra f. Por exemplo, o motor de um carro produz angular. Analisando as duas fórmulas nota-se que
2400 rotações por minuto. Note que foram 2400 eventos a relação entre elas é dada por v=ωR
(voltas, rotações) em um intervalo de tempo (minuto).
Assim, diz-se que a frequência do motor é f=2400 rpm.
No SI, a unidade de frequência é o s-1 ou Hz que corres- 1.6 Aceleração Centrípeta
ponde a rotações por segundo. Embora o movimento seja uniforme, ele possui uma
aceleração na direção do centro da trajetória, que ocorre
em virtude da variação da direção do vetor velocidade
#FicaDica durante a trajetória. A essa aceleração dá-se o nome de
Para converter um frequência em rotações aceleração centrípeta que é calculada da seguinte forme:
por minuto (rpm) para rotações por segundo 𝑣2
(Hz), basta dividir a quantidade de rotações 𝑎𝐶𝑃 =
𝑅
por minuto por 60. No exemplo do motor, a
frequência em Hz é igual a 𝑓 = 2400 = 40 𝐻𝑧 .
60
1,7 Transmissão do Movimento Circular – Correias
e Engrenagens
Período e frequência estão relacionados, da seguinte É possível realizar a transmissão de movimento circu-
forma: fT=1, ou: lar entre dois discos, rodas, engrenagens, polias, etc. Um
1 1 exemplo prático é a transmissão entre as duas catracas
𝑓= ou 𝑇=𝑓
𝑇 da bicicleta, que é feita por uma corrente metálica.
Pelas expressões acima, nota-se que o período é o
inverso da frequência e vice-versa.

1.4 Velocidade Angular


A velocidade angular de um movimento circular uni-
forme, denotada por ω, é calculada por:
FÍSICA

∆𝜑
𝜔=
∆𝑡

15
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
A quantidade de movimento Q de um corpo é defini-
da da seguinte forma:
𝑄 = 𝑚. 𝑣⃗
onde m é a massa do corpo e 𝑣⃗ é a velocidade do
corpo. Também é uma grandeza vetorial, com intensida-
de igual a Q=m.v e direção e sentido iguais aos da veloci-
𝑚
dade. A unidade da quantidade de movimento é o kg.
𝑠
TEOREMA DO IMPULSO
O Teorema do Impulso relaciona o impulso da força
resultante que atua sobre um corpo com a variação da
quantidade de movimento desse corpo. Em resumo, o
impulso da força resultante faz com que a quantidade de
movimento desse corpo varie. Assim:

⃗𝐼𝑅 = ∆𝑄 = 𝑄𝑓 − 𝑄𝑖

Considerando dois pontos A e B, cada um em uma CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO


engrenagem ou disco, vale a seguinte relação: Para enunciar o princípio de conservação da quanti-
𝑣𝐴 = 𝑣 𝐵 dade de movimento, é necessário definir o conceito de
sistema isolado. Um sistema isolado é todo sistema com-
Assim:
𝜔𝐴 𝑅𝐴 = 𝜔𝐵𝑅𝐵 ↔ 𝑓𝐴𝑅𝐴 = 𝑓𝐵𝑅𝐵 posto por mais de um corpo no qual não há atuação de
forças externas. Por isso o nome “isolado”, pois o sistema
é isolado de forças externas. Em um sistema isolado, há
somente forças internas ou, quando há forças externas
EXERCÍCIO COMENTADO elas são tão pequenas que podem ser desprezadas.

1. (PETROBRAS – ENGENHEIRO - CESGRANRIO/2018)


FIQUE ATENTO!
Um veículo de passeio movimenta-se em linha reta a
uma velocidade de 36 km/h. Considerando-se que não Em um sistema isolado, a força resultante
haja deslizamento entre o pneu e a pista, e que o diâme- FR é nula e, consequentemente, seu impulso IR
tro do pneu seja de 50 cm, a rotação da roda, expressa também é.
em rad/s, é de
a) 10 O princípio de conservação da quantidade de movi-
b) 20 mento estabelece que em um sistema isolado a quanti-
c) 40 dade de movimento se conserva, ou seja, a variação da
d) 50 quantidade de movimento é nula:
e) 80 ∆𝑄 = 0 → 𝑄𝑓 = 𝑄𝑖

Resposta: Letra C.
A roda descreve um movimento circular uniforme com CHOQUES
Choques (ou colisões) são interações entre corpos
velocidade linear igual a 3,6 = 10 𝑚/𝑠 . O raio da trajetória é
36

onde cada um exerce uma força sobre o outro. Aqui ire-


igual a 25 cm, ou 0,25 m. A
mos considerar colisões como sistemas isolados e, por
IMPULSO_QUANTIDADE DE MOVIMENTO E CHO- consequência disso, em todos os choques a quantidade
QUES de movimento irá se conservar, ainda que a energia me-
IMPULSO DE UMA FORÇA cânica não se conserve necessariamente.
É possível classificar os choques em três categorias. A
O impulso de uma força é definido como o produto seguir serão apresentadas todas elas. Para tal, considera-
remos dois corpos A e B, de massas mA e mB, com velo-
dessa força 𝐹⃗ pelo tempo Δt em que ela é aplicada. De-
nota-se da seguinte forma: cidades vA e vB antes do choque e velocidades 𝑣𝐴′ › e 𝑣 ′𝐵
› após o choque. Os tipos de choques são os seguintes:
⃗𝐼 = 𝐹⃗ . ∆𝑡

O impulso é uma grandeza vetorial, possui direção,


FÍSICA

sentido e intensidade. A intensidade é calculada pelo


produto I =FΔt, a direção e o sentido são os
mesmos da força. A unidade do impulso, no SI, é N.s

16
a) 23 m/s
b) 25 m/s
c) 27 m/s
d) 30 m/s
e) 32 m/s
i)
Resposta: Letra B.
Aplicando a conservação da quantidade de movimen-
to, tem-se que: mava + mbvb = mav´a + mb v´b. Como a
bala se funde ao alvo, temos que: mava + mbvb = (ma +
mb)v´. Como vb = 0, tem-se que: 5.350 = (5+65)v´→v´
ii) = 25 m/s:

TIPOS DE FORÇAS_DIAGRAMA DE CORPO LIVRE E


PLANO INCLINADO

TIPOS DE FORÇAS
iii) No estudo da mecânica clássica, existem diversos ti-
pos de forças de diferentes naturezas. É importante saber
Perfeitamente elásticos: choques nos quais ocorre as características de cada uma elas, para saber se a mes-
conservação da energia cinética ma está aplicada ou não em um corpo. A seguir, seguem
Parcialmente elásticos: choques nos quais há dissipa- os diversos tipos de forças existentes:
ção parcial de energia cinética
Perfeitamente inelásticos (anelásticos): choques nos 1.1 Força Peso
quais há máxima dissipação de energia mecânica. Após A Força Peso, geralmente representada pela letra P, é
os choque os corpos permanecem unidos e possuem a de natureza gravitacional, ou seja, existe devido a atração
de dois corpos com massa. Um deles normalmente é o
mesma velocidade final, ou seja: 𝑣𝐴 = 𝑣 𝐵
′ ′
planeta Terra, onde vivemos, mas isso pode ser diferen-
te se os problemas forem no espaço. Neste caso, existe
#FicaDica um conteúdo da Física específico, chamado gravitação
Se em algum exercício aparecer no enun- universal.
ciado algo como “após os choques os corpos Nos problemas de mecânica, a força peso será sim-
têm a mesma velocidade” ou “saem unidos plesmente um vetor, posicionado na direção vertical e
após o choque”, trate o choque como inelásti- para baixo. Seu módulo é calculado a partir do produto
co. Vale atenção a termos parecidos com esses da massa do corpo pela aceleração da gravidade g, as-
nos enunciados em exercícios sobre choques. sim:

Para caracterizar choques há uma grandeza deno- P=mg


minada coeficiente de restituição () que corresponde à
razão da velocidade relativa de afastamento (depois do
choque) e da velocidade relativa de aproximação (antes
do choque). É calculada por:
𝑣 ′𝐵 − 𝑣𝐴′
𝑒=
𝑣𝐴 − 𝑣 𝐵

Cada corpo terá sua própria força peso, assim, quan-


do o problema tiver mais de um corpo, quando o diagra-
EXERCÍCIO COMENTADO
ma de corpo livre de cada um for montado, deve-se con-
siderar as forças peso individualmente em cada um deles.
1. (IGP-RS – TÉCNICO EM PERÍCIAS – IGP-
-RS/2017) Um projétil, de 5g, é disparado por uma pis- 1.2 Força Normal ou de Contato
tola a uma velocidade de 350 m/s contra um alvo metá- A Força Normal só perde para a Força Peso em ter-
lico disposto sobre uma base móvel de massa total de mos de popularidade, mas apresenta uma característi-
65g. Sabendo que a bala fica alojada no alvo, desprezan- ca interessante em relação a sua direção de aplicação.
do a resistência do ar e supondo a distância de disparo Primeiramente, vamos explicar a sua natureza: As Forças
suficientemente curta a ponto de ignorarmos efeitos gra- Normais aparecem quando há contato entre dois corpos
vitacionais sobre a bala, qual a velocidade aproximada ou entre um corpo e uma superfície. Vejam os exemplos
do recuo do alvo? 
FÍSICA

a seguir:

17
i)
iv)

ii)
v)

Observando os 5 casos, é possível verificar que a na-


tureza da força normal será sempre perpendicular ao pla-
no de contato entre os corpos ou superfícies.
No primeiro exemplo, temos o contato entre o corpo e
iii) a superfície no plano horizontal, assim, a força normal será
aplicada na perpendicular (vertical) e na direção de afasta-
mento das superfícies, ou seja, como a superfície está abaixo
do bloco, então a normal deve ser para cima, para afastá-los.
iv) Para o caso do plano inclinado, a questão principal per-
manece, será perpendicular ao plano de contato, assim, a
força normal também se inclina junto com o plano, diferen-
temente da força peso que será sempre vertical e para baixo.
No terceiro caso, temos mais de uma força normal.
A primeira, para o bloco A é idêntica ao primeiro caso,
com contato na superfície horizontal, já a segunda, vem
do contato dos blocos A e B. Como o plano de contato
v)
também é horizontal, as duas forças são verticais. A dife-
rença está no sentido pois a convenção é sempre aplicar
Tem-se 5 casos: Corpo apoiado em superfície hori-
no sentido dos corpos se afastarem.
zontal, corpo apoiado em plano inclinado, dois corpos
um sobre o outro, apoiados em superfície horizontal,
dois corpos apoiados na superfície e encostados e por #FicaDica
último, um corpo apoiado em uma superfície vertical. Neste segundo caso, observa-se claramen-
Agora, vejam como fica a aplicação apenas das forças te a terceira lei de Newton, já que as forças de
de contato nos diagramas de corpo livre dos exemplos: contato entre os blocos A e B são de mesma
natureza e são devidas ao contato entre eles.

No quarto caso, temos os dois blocos apoiados no


plano horizontal, assim cada um terá sua força normal
correspondente com a superfície. Além disso, como há
o contato entre eles, também aparecerá uma normal nos
i) blocos, na direção horizontal, já que o contato desta vez
é no plano vertical.
Por fim, o quinto caso, que mantém a verdade da força
normal ser aplicada perpendicularmente a direção de con-
tato. Como desta vez o contato é no plano vertical, a normal
deverá ser aplicada no plano horizontal e com a direção de
separação do contato, ou seja, para a direita, nesse caso.
ii)
#FicaDica
É por causa dessa força normal e do atrito
na parede que conseguimos segurar um cor-
po apoiado na parede, exercendo uma força
horizontal.
FÍSICA

iii)

18
1.3 Força Tração
A Força de Tração tem a natureza de existência devi-
do a presença de um fio ou um cabo. Geralmente esse
cabo é inextensível, ou seja, não se deforma, e possui ii)
massa desprezível. Logo, a tração é apenas uma força
transmitida pelo cabo e terá sempre a direção do mes-
mo. A diferença estará no sentido, que deve ser sempre
na idéia de “puxar” o corpo. Veja os exemplos:

iii)

iv)
i)

ii)

v)

Observando os diagramas de corpo livre, percebe-se


a característica fundamental da Força de Tração, que é
a força estar aplicada exatamente na direção do fio. O
sentido, por convenção será com a intenção de puxar o
iii)
corpo. No primeiro caso, como o fio está na vertical e
suspende o corpo, a tração será aplicado ao corpo no
sentido para cima. No segundo, como está prendendo
o corpo na horizontal, ela irá impedir que o mesmo vá
para a direita, assim, a força será para a esquerda. No
terceiro caso, temos diferentes situações para os corpos
A e B. Como o corpo A está pendurado, sua força será
iv)
vertical para cima e o corpo B por estar sendo puxado
pelo fio preso a A, terá sua tração apontada para a di-
reita. No quarto caso, temos um plano inclinado, onde
a força segue a direção do fio e por fim, o quinto, onde
cada fio tem sua força de tração particular apontada para
a direção dos mesmos, apresentará duas forças inclina-
das que deverão ser decompostas nas direções vertical e
v)
horizontal para serem solucionadas.
No primeiro caso, temos um corpo suspenso por um
1.4 Força Elástica
fio na vertical. Já o segundo, é um corpo preso a um fio
A força elástica é caracterizada pela presença de uma
na horizontal; o terceiro caso é um corpo preso a outro,
mola. A mola é um dispositivo armazenador de energia,
através de um fio; o quarto caso é um corpo preso a um
devido a seu poder de contração e extensão. Quando a
fio no plano inclinado e no quinto, um corpo preso a dois
mola é estimulada a um desses movimentos, ela armaze-
fios. Vejam como ficam as forças de tração aplicada aos
nará a energia, para depois devolvê-la no sentido con-
corpos:
trário, ou seja, se a mola se estender, ela terá a tendência
de se contrair para restaurar o comprimento inicial; já o
contrário, se a mola se contrair, ela terá a tendência de se
estender, até restaurar o comprimento inicial. Vejam os
exemplos a seguir:

i)
FÍSICA

19
1.5 Força de Resistência – Atrito
As forças de resistência tem por característica funda-
mental, como o próprio nome diz, resistir ao movimento
do corpo. O atrito é um exemplo dessas forças e será
sempre contrário a tendência do movimento. Além dis-
so, o atrito possui duas naturezas, estático e dinâmico,
vamos a elas:
Atrito estático. Neste tipo de atrito, a força tem a ten-
dência de manter o corpo em repouso, ou seja, parado.
O atrito estático, equilibra com a força que está sendo
aplicada ao corpo, deixando a resultante nula. Veja o
exemplo:

Temos três casos, sendo de cima para baixo, a mola


em sua posição original, no meio, a mola estendida e
embaixo, a mola contraída. No primeiro, a Força Elástica
será nula, uma vez que a mola não sofreu contração ou
extensão, já no segundo e terceiro casos, vejam o diagra-
ma de corpo livre:

Na figura, temos um bloco em uma superfície com


atrito, com uma força F aplicada ao mesmo. Observa-se
que o corpo permanece em repouso. O que ocorre?
Neste caso, para o corpo permanecer em repouso, a
primeira lei de Newton deve valer, ou seja, a resultante
das forças deve ser nula. Para isso, existe uma força de
mesma magnitude de F, mas em sentido oposto. Essa
força é o atrito estático:

No caso da mola estendida para a direita, a força de


restauração será para a esquerda. Já no terceiro caso,
com a contração sendo para a esquerda, a força elástica
será para a direita, restaurando o comprimento original
Porém, o atrito estático tem um limite, que é calcula-
do primeiro caso.
do da seguinte maneira:
Para se calcular a força elástica, considera-se sempre
por hipótese, que a mola tem comportamento linear, ou
seja, o quanto se estende ou se contrai da mesma é pro- 𝑓𝑎𝑡𝑒 = 𝜇𝑒 . 𝑁
porcional a força elástica. Essas duas variáveis são ligadas
através da constante da mola, que é um parâmetro em
função da geometria e do material que é feito o dispo- Onde μe é o coeficiente de atrito estático, dado em
sitivo. Com isso, define-se a Lei Hooke para o cálculo de função da superfície e N é a força normal do corpo com
uma força devida ao estímulo de uma mola: a superfície de contato.
Se F ultrapassar o limite do atrito estático, o corpo
𝐹𝑒𝑙 = 𝑘𝑥 irá se movimentar. Porém, o atrito não deixará de existir,
Onde Fel é a força elástica, k é a constante da mola e apenas mudará de natureza, passando de atrito estático
x é o quanto a mola se estendeu/contraiu em relação ao para atrito dinâmico.
comprimento original. O atrito dinâmico é calculado pela mesma fórmula do
atrito estático, com a diferença que seu coeficiente é di-
ferente, assim:
FIQUE ATENTO!
O erro mais comum quando se estuda for- 𝑓𝑎𝑡𝑒 = 𝜇 𝑒. 𝑁
ça elástica é achar que x é o comprimento total
da mola, mas não é. Supondo uma mola de
10 cm de comprimento e foi contraída para 7 Onde μd é o coeficiente de atrito dinâmico, que sem-
cm. Nesse caso, x=10-7=3cm, ou seja, a mola pre é menor que o atrito estático μe. Devido a esse fato
FÍSICA

contraiu 3 cm. que quando estamos arrastando um móvel, é mais difícil


retirá-lo do lugar do que continuar empurrando o mesmo.

20
FIQUE ATENTO!
O atrito estático pode variar de valor, até
chegar ao limite que é calculado por fate=μe.N.
Após esse limite, o corpo irá se movimentar e
o atrito será o dinâmico, que será constante e
igual a fatd=μd.N.

DIAGRAMA DE CORPO LIVRE


No estudo de forças aplicadas a um corpo, pode ha-
Se observarmos os dois diagramas, certamente não
ver casos onde a quantidade de vetores é alta e isso pode
haverá dúvidas sobre as aplicações das forças normais e
gerar alguma confusão. Para evitar esse tipo de proble-
peso. O que pode gerar alguma confusão é a presença
ma, criou-se uma estratégia, chamada Diagrama de cor-
das forças FAB e FBA e o fato da força F não estar aplicar
po livre. A idéia baseia-se em isolar o corpo de superfí-
no corpo B.
cies e corpos e nele colocar apenas as forças que estão
A explicação é simples. Primeiramente, uma força
sendo aplicadas ao mesmo. Veja o exemplo a seguir:
aplicada ao corpo é única e exclusivamente aplicada a
ele, ou seja, qualquer corpo em contato não irá receber
necessariamente a força F como consequência do movi-
mento. Assim, o corpo A irá aplicar uma força diferente
em B, que é a força 𝐹𝐴𝐵 . Mas e a força 𝐹𝐵𝐴 ?
Se você recordar o enunciado da terceira lei de Ne-
wton, quando um corpo aplica uma força em outro, ele
recebe de volta a mesma com direção oposta. Logo, Se A
Na figura, temos um corpo apoiado em uma superfí- aplica uma força em B, receberá como reação, a mesma
cie plana horizontal, sem atrito. Uma força F está sendo força em sentido contrário, assim: 𝐹𝐴𝐵 = −𝐹𝐵𝐴 .
aplicada nele na direção horizontal. Neste caso, o dia- Dados esses exemplos, o diagrama de corpo livre se
grama de corpo livre será apenas do corpo, sem a super- mostra importante justamente para avaliar se a pessoa
fície horizontal, e serão indicadas as forças atuantes nele: consegue identificar corretamente as forças e aplica-las
nos corpos corretos. Se esse procedimento é bem domi-
nado, a aplicação da segunda lei de Newton para calcular
a aceleração dos corpos se torna trivial.

#FicaDica
Procure praticar nos estudos a construção
do diagrama de corpo livre. Quando há apenas
1 corpo no exercício, a aplicação pode parecer
inútil, mas é de suma importância como forma

Como praticamente todos os problemas estudados


na mecânica clássica estão localizados no planeta Terra, EXERCÍCIO COMENTADO
a força peso (gravitacional) sempre aparecerá. Adicional-
mente, devido ao contato entre o corpo e a superfície, 1. (PETROBRAS - TÉCNICO DE PERFURAÇÃO – CES-
aparece uma força Normal. Além disso, deve-se indicar a GRANRIO/2014) Considere três blocos que se movem
força F aplicada na horizontal. sobre uma superfície horizontal em virtude da ação de
Este foi um exemplo simples, agora vamos considerar
um mesmo problema, mas com 2 blocos, A e B: uma força horizontal   de módulo 360 N, como mostra
a Figura abaixo.

As massas dos blocos P, Q e R valem, respectivamen-


Neste caso, temos a força F aplicada ao corpo A que
te, 12,0 kg, 18,0 kg e 30,0 kg, e o valor do coeficiente de
por sua vez irá empurrar o corpo B. Considerando nova-
atrito cinético entre os blocos e a superfície é 0,200. O
FÍSICA

mente a superfície horizontal sem atrito, veja como fica


módulo da força de interação entre os blocos P e Q, em
os diagramas de corpo livre dos elementos A e B:
N, é (g=10m/s²)

21
a) 120 É comum decompor a força Peso em duas compo-
b) 180 nentes: uma componente paralela ao plano inclinado e
c) 240 uma perpendicular a ele. São elas, respectivamente, Pt
d) 288 (peso tangencial) e Pn (peso relativo à normal). As com-
e) 324 ponentes estão exibidas abaixo:

Resposta: Letra D.
Essa questão remete exatamente o que foi discutido
no conceito do diagrama de corpo livre. Montando o
diagrama de corpo livre dos três blocos, temos:

Cada uma delas pode ser calculada da seguinte for-


ma:
𝑃𝑡 = 𝑃. sen 𝜃

𝑃𝑛 = 𝑃. cos 𝜃
Para um corpo apoiado sobre um plano inclinado
tem-se que N=Pn

FIQUE ATENTO!
Quando um corpo está apoiado sobre um
plano inclinado, a força normal não é igual à
forma peso, mas sim à componente normal da
força peso, Pn
.

Com as massas dos corpos, pode-se calcular suas for- EXERCÍCIO COMENTADO
ças peso e igualá-las as forças normais, uma vez que na
vertical, temos equilíbrio, assim: NP=PP=120N, NQ=P-
1. (POLÍCIA CIENTÍFICA – PR – PERITO CRIMI-
=180N e NR=PR=300N. A partir das forças normais e
Q
NAL - IBFC/2017) Um corpo de massa 10 Kg desce um
com os coeficientes de atrito, pode-se calcular as respec-
plano inclinado que faz um ângulo α (alfa) com o plano
tivas forças: fatp=μ.Np=24 N, fatQ=μ.NQ=36N e fatR=μ.
horizontal. O coeficiente de atrito entre as superfícies é
NR=60N. Como não temos os valores das forças de con-
de 0,4. Dados g = 10 m/s² , sen α = 0,8 e cos α = 0,6. A
tato entre os corpos, não é possível achar a aceleração
aceleração do corpo é igual a:
do conjunto isoladamente. Será necessário um sistema
de 3 equações e 3 incógnitas, lembrando que FQP= FPQ e
a) 1,4 m/s²
b) 2,8 m/s²
FQR = FRQ: . Resolven- c) 5,6 m/s²
d) 7,2 m/s²
do, tem-se que , a = 4m/s2, FQP=288 N e FRQ=180N . e) 8,3 m/s²

PLANO INCLINADO Resposta: Letra C.


Em um corpo apoiado sobre um plano inclinado, sem A resultante de forças que atua sobre o corpo é
atrito, atuam as seguintes forças, conforme figura abaixo: igual a: FR = Pt-Fat = P.senθ - μN. Como a força normal
é igual à componentes normal da força peso, vem: FR =
P.senθ - μPn = P.senθ - μP.cosθ. Substituindo valores,
a força resultante é FR =10.10.0,8 - 0,4.10.10.0,6 = 80-
24 = 56 N. Aplicando a segunda lei de Newton: FR =
m.a→56 =10.a→a = 5,6 m/s²

LEIS DE NEWTON
Em primeiro lugar, para entender as famosas leis de
FÍSICA

Newton, é necessário ter o conhecimento do conceito de


força. De início, é mais simples buscar entender observando

22
alguns exemplos que podem definir tal conceito, como a força exercida por uma locomotiva para arrastar os vagões, a força
exercida pelos jatos d’água para que se acionem as turbinas ou a força de atração da terra sobre os corpos situados próximo
à sua superfície. Vale lembrar também, que força, será uma grandeza vetorial, com módulo, direção e sentido.
Assim, podemos definir força como sendo o fenômeno que gera alteração no movimento dos corpos. Se um corpo
receber a ação de uma força, ele terá seu estado alterado, passando a se movimentar em função da mesma.
De posse desse conceito elementar, o Físico Isaac Newton (1643-1727) elaborou leis fundamentais, que modelam
nossa Física até hoje. Ele também tem contribuições em outras áreas da ciência, como a gravitação universal e o cálculo
diferencial, mas sua fama veio de 3 conceitos importantes, chamamos de leis de Newton.

1ª LEI – LEI DA INÉRCIA


Conforme visto acima, o conceito de força vem da natureza de se alterar o movimento do corpo. A primeira lei
formula exatamente esse conceito:
“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja
forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.”
Em outras palavras, a Lei da Inércia nos diz que se não houver nenhuma força sobre o corpo, ele permanecerá no
estado em que encontra, seja parado, ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).
Para a grande maioria das pessoas, é fácil entender que se um corpo está parado e a soma das forças atuando so-
bre ele é nula, ele permanecerá parado. Mas como explicar que um corpo em MRU permanecerá assim se não houver
forças sobre ele? O exemplo clássico para verificar esta parte da primeira lei é o uso do cinto de segurança.
Considere uma pessoa sem cinto de segurança, andando com seu carro e repentinamente ocorre uma batida fron-
tal. O que ocorre com essa pessoa? Certamente, muitos dos leitores irão falar que a pessoa será “arremessada” até o
para-brisa do carro. Porém, este conceito está errado, pois ser “arremessado”, remete que ela sofreu ação de uma força
e isso não ocorre. O fenômeno é explicado corretamente usando a primeira lei de Newton. Observe este esquema bem
simples:

FIQUE ATENTO!
A principal pegadinha da 1ª lei é justamente não se lembrar que um corpo em MRU permanecerá assim
caso não haja forças aplicadas sobre ele, nunca esqueça dessa parte da teoria!

2ª LEI – LEI DA RESULTANTE


A 1ª Lei de Newton formula a questão de ausência de forças ou se as forças aplicadas no corpo se anulam. Agora,
a 2ª lei irá formular o que acontece quando há uma força resultante sobre o corpo e ela irá alterar o movimento do
mesmo. Veja os exemplos:

Neste primeiro exemplo, observa-se o caso mais simples, com um corpo parado recebendo uma força 𝐹⃗ e ace-
lerando na mesma direção da força.
FÍSICA

23
No segundo exemplo, o corpo está inicialmente em movimento e é desacelerado por uma força 𝐹⃗ . Mesmo nesse
caso, a aceleração do corpo (frenagem) está na direção da força, como no primeiro exemplo.
A conclusão que se obtém desses dois casos é que a força resultante no corpo e a aceleração estarão sempre na
mesma direção e sentido. Isso também foi visto por Isaac Newton e adicionalmente, ele quantificou a relação de pro-
porcionalidade entre essas grandezas, que é justamente a massa do corpo, assim:

𝑅 = 𝑚. 𝑎⃗

Logo, a segunda lei de Newton, quantifica o valor da força resultante do corpo como sendo o produto de sua massa
pela aceleração que ele desenvolve.

3ª LEI – LEI DA AÇÃO E REAÇÃO


A terceira lei de Newton formula um importante conceito, dentro deste modelo da Física: “Ao se aplicar uma força,
surge outra de mesma natureza e intensidade, mas de sentido oposto”. Pode parecer estranho em um primeiro mo-
mento, pois você deve pensar que quando aplica uma força em um objeto, você não recebe essa força de volta, porém
é exatamente isso que acontece. Veja o esquema a seguir:

Usando como exemplo o bloco em repouso no plano horizontal, vamos fazer o diagrama de corpo livre no mesmo:

No bloco, temos a forças Peso e Normal se equilibrando. O enunciado da terceira lei, diz que as forças de reação
são de mesma natureza, o que não é o caso, já que a força peso é de natureza gravitacional e a força normal é devido
ao contato. Então, onde está a outra força peso? E a outra força Normal?
O principal equívoco quando se estuda a terceira lei de Newton é achar que as forças de reação são aplicadas
no mesmo corpo e isso não é verdade. Como o diagrama de corpo livre mostra apenas as forças aplicadas no corpo
correspondente, as forças de reação não aparecem. Para achar essas forças, deve-se pensar nos corpos que estão apli-
cando as forças no bloco.
Começando pela força peso, qual é o corpo que está aplicando a força peso no bloco? É o planeta Terra, que gera a
gravidade. Portanto a força peso de reação está aplicada no planeta. Obviamente essa força não tem relevância sobre o
planeta pois ele é muito grande, mas por menor que ela seja, ela existe. Já a força normal, por ser uma força de contato,
certamente terá as forças aplicadas nas superfícies dos corpos que estão em contato. Assim, a reação da força normal
aplicada no bloco está aplicada no plano horizontal onde ele está apoiado, que pode ser uma mesa ou o próprio chão.
FÍSICA

24
1.1 Momento de uma força
#FicaDica Observe a figura a seguir onde temos uma barra pre-
Importante saber os nomes e as aplicações sa a um apoio e ela está submetida a uma força aplicada
das Leis de Newton, pois já ocorreram ques- a uma distância b desse apoio:
tões teóricas em concursos perguntando esses

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (PETROBRAS - TÉCNICO DE INSPEÇÃO – CES-


GRANRIO/2017) Uma carga é colocada em um eleva-
dor, que está parado no primeiro andar de um prédio.
Esse elevador sobe do primeiro ao quinto andar com ve-
locidade constante, sendo acelerado ao iniciar seu mo- O momento de uma força F⃗ em relação ao apoio é
vimento no primeiro andar e desacelerado ao chegar ao definido como sendo o produto da própria força pela
quinto andar até parar. distância do ponto de apoio:
Se a carga conduzida pesa P newtons, a força que ela MF = F.b
exerce no piso do elevador é Esta distância b é chamada de braço e é definida
como a distância entre o ponto de aplicação da força e o
a) Maior que P no instante em que o elevador começa a ponto de apoio.
subir, no primeiro andar.
b) Maior que P no instante em que o elevador chega ao
quinto andar. FIQUE ATENTO!
c) Menor que P, enquanto o elevador sobe do primeiro Prestem sempre atenção se a massa da
ao quinto andar. barra é desprezível para o problema, pois se
d) Igual a P durante todo o trajeto. não for, a força peso pode gerar um momento
e) Igual apenas no instante em que o elevador chega ao no apoio.
quinto andar.
1.2 Convenção de sinais
Resposta: Letra A. Um momento é dito positivo quando a força aplica-
Ótima questão teórica, que nos faz lembrar a primeira da tem a tendência de girar o corpo no sentido anti-ho-
e segunda lei de Newton. Para o elevador sair do re- rário e negativo no sentido horário. Para você verificar
pouso até sua velocidade de subida constante, é ne- essa tendência de giro, basta imaginar o ponto de apoio
cessária uma aceleração, da mesma forma que para como um “pivot” e verificar como a barra giraria com a
parar no quinto andar, será necessária uma desace- aplicação da força. No exemplo acima, você pode veri-
leração. Assim, nessas situações, pela segunda lei de ficar que a força tem a tendência de girar a barra no
Newton, deverá existir uma força resultante maior que sentido horário, ou seja, irá gerar um momento com sinal
P no primeiro andar (para o elevador acelerar para negativo.
cima) e menor que P no quinto andar (para ele parar).
Durante o período de velocidade constante, pela pri- 1.3 Equilíbrio de um corpo rígido
meira lei, a resultante é nula e assim a força do eleva-
Agora que a definição de momento está fixada, va-
dor será igual a P.
mos para o ponto mais importante do capítulo que é o
estudo do equilíbrio do corpo. O nome “estática” tem
o significado de parado, imóvel e quando um corpo é
ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS
submetido a um conjunto de forças, para ele se manter
parado, terá que atender algumas condições
Até agora, os tópicos de física consideravam um cor-
A primeira condição você já sabe, que é a força resul-
po como um ponto material, onde todas as forças eram
tante ser nula, o que segue a primeira e segunda leis de
aplicadas neste ponto, independentemente do tamanho
Newton:
que o mesmo tinha. Obviamente que essa suposição é
válida para alguns casos, mas que no mundo real, essa
prática nem sempre irá funcionar, sobretudo quando ti-
� 𝐹𝑖 = 0
vermos corpos muito compridos, como barras e vigas.
Neste caso, adota-se o conceito de corpos rígidos, 𝑖

onde sua dimensão será relevante para o resultado final.


A base da estática dos corpos rígidos é o momento que A segunda, que virá justamente da estática, diz que
uma força aplica no corpo e sua definição será apresen- para um corpo estar em equilíbrio, deverá também ter
FÍSICA

tada a seguir. uma somatória de momentos nula, assim:

25
� 𝑀𝐹𝑖 = 0 EXERCÍCIO COMENTADO
𝑖

1. (UFF – TÉCNICO – COSEAC/2015) Dado o esquema


abaixo:
FIQUE ATENTO!
O equilíbrio de momentos deverá ser cal-
culado SEMPRE no mesmo ponto de apoio, ou
seja, escolhe-se um ponto de apoio e calcula-
-se o momento das forças aplicadas ao corpo
em relação a esse apoio.

Para exemplificar, vamos começar do exemplo mais


simples, duas forças aplicadas sobre uma barra apoiada:

O valor da reação RA, em t (toneladas), é: 

a) 4,8
b) 5,4
c) 5,0
O equilíbrio de momentos nesse caso pode ser calcu- d) 4,0
lado no ponto de apoio, assim: e) 6,0

Resposta: Letra A:
� 𝑀𝐹𝑖 = 0 → −𝐹1 .𝑏1 + 𝐹2 . 𝑏2 = 0 Aplicando o equilíbrio de momentos em relação
ao apoio B:
𝑖

−𝑅𝐴. 5 + 2.4 + 4.3 + 4.1 = 0 → 5𝑅𝐴 = 24 → 𝑅𝐴 = 4,8 𝑡


O momento relativo a força F1⃗ tem sinal negativo
pois tem a tendência de girar a barra no sentido horário,
o que gera um momento negativo. Já a força a força F2⃗ HIDROSTÁTICA
gera um momento positivo pois gira a barra no sentido 1.1 Parâmetros e Definições
anti-horário. Logo: Esta é uma área da Física que estuda fluidos (no caso
F1 . b1 = F2 . b2 de hidrostática, trata especificamente de líquidos) que
estão em repouso. Para tal, é importante apresentar al-
No caso geral, se tivermos n forças aplicadas a barra: gumas definições
Pressão: estabelece a relação entre a força exercida e
a área na qual ela é exercida. A definição matemática é
a seguinte:
𝐹
𝑝=
𝐴
onde F é a força aplicada em N, A é a área em m² e
p, a pressão em N/m². A unidade N/m² é conhecida por
Pascal (Pa). Para entender esse conceito basta pensar no
seguinte caso: o que “dói” mais, pressionar a parte de
trás do lápis contra a nossa pele ou a ponta dele (apli-
Aplicando o equilíbrio: cando a mesma força). Evidentemente que sentiremos
mais quando pressionarmos a ponta do lápis pois a área
de contato é menor e, portanto, a pressão exercida será
maior. (Não façam esse teste em casa!)
� 𝑀𝐹𝑖 = 0 → � 𝐹𝑖 . 𝑏𝑖 = 0
𝑖 𝑖
FÍSICA

26
FIQUE ATENTO!
A unidade de pressão, no SI, é o Pascal.
Mas existem outras unidades. São elas: atm,
mmHg,bar entre outras. Como converter es-
sas unidades para Pascal? 1 atm = 105 Pa, 760
mmHg = 105 Pa e 1 bar=105 Pa.

Densidade (ou massa específica): definida como a ra-


zão entre a massa de uma substância (em qualquer esta- O Princípio de Pascal estabelece que:
do) e o volume ocupado por ela. Matematicamente vem:
p1 = p2
𝑚
𝑑= Logo:
𝑉
𝐹1 𝐹2
=
onde m é a massa em kg e V, o volume em m³. Assim, 𝐴1 𝐴2
a unidade da densidade no SI é kg/m³.
onde A1, A2 são as áreas das seções da prensa hidráu-
1.2 Lei de Stevin lica.
A Lei de Stevin relaciona a pressão entre dois pontos
distintos de um líquido, relacionando essas pressões com 1.4 Princípio de Arquimedes
a diferença de altura entre esses dois pontos: Este é o princípio estabelece que todo corpo imerso
(total ou parcialmente) em um fluido sofre a ação de uma
força vertical para cima, exercida pelo fluido. A essa força,
dá-se o nome de empuxo.

O empuxo é calculado da seguinte forma: E = d . g . V


A Lei de Stevin estabelece que: PB = PA + d . g . H • onde d é a densidade do fluido, g é a aceleração da
Ou seja, a pressão devida à coluna de líquido entre os gravidade e V é o volume submerso do corpo (ou
pontos A e B depende da densidade do líquido, da ace- volume de líquido deslocado).
leração da gravidade e da diferença de altura entre eles.
Um exemplo de aplicação da Lei de Stevin são os vasos
#FicaDica
comunicantes. Pelo princípio dos vasos comunicantes, a
pressão em uma mesma linha horizontal de vasos comu- Sempre considerar somente o volume sub-
merso do corpo no cálculo do empuxo. Muitos
nicantes é constante. Veja o exemplo a seguir, de vasos erros são cometidos no cálculo do empuxo
comunicantes com diferentes fluidos: pois consideram o volume total do corpo. Só
será utilizado o volume total do corpo se o
mesmo estiver totalmente submerso.

EXERCÍCIO COMENTADO
1.3 Princípio de Pascal
O Princípio de Pascal estabelece que uma alteração de 1. (PETROBRAS – ENGENHEIRO DE EQUIPAMEN-
pressão ocorrida em um fluido é transmitida a todo o flui- TOS – CESGRANRIO/2018) Os princípios da hidrostáti-
FÍSICA

do. Esse é o princípio por trás das prensas hidráulicas, mui- ca ou estática dos fluidos envolvem o estudo dos fluidos
to utilizadas em oficinas mecânicas e postos de gasolina: em repouso e das forças sobre objetos submersos.

27
Nesse estudo, NÃO se constata que a(o)

a) Diferença de pressões entre dois pontos de uma mas-


sa líquida em equilíbrio estático é igual a diferença de
profundidade multiplicada pelo peso específico do
fluído
b) Altura de um líquido incompressível em equilíbrio es-
tático preenchendo diversos vasos que se comunicam
independente da forma dos mesmos, obedecido o
princípio dos vasos comunicantes
c) Pressão manométrica é medida a partir da pressão
absoluta e seu valor tanto pode ser negativo quanto
positivo.
d) Altura metacêntrica é a medida de estabilidade da
embarcação
e) Empuxo será tanto maior quanto mais denso for o fluí-
do

Resposta: Letra C.
Como o concurso era específico para a parte marítima,
o candidato poderia ter dúvidas em relação ao item D,
mas se observar o item C, verá um erro conceitual im-
portante, pois pressão absoluta nunca pode ter valor 𝛥𝑉
negativo e isso deixa a alternativa errada. 𝑍=
𝛥𝑡

HIDRODINÂMICA A unidade de vazão no S.I. é m³/s


1.1 Definição Considerando um conduto com seção transversal
Enquanto a hidrostática estuda líquidos em repouso, constante, é possível calcular a vazão através de uma ou-
a hidrodinâmica estuda líquidos em movimento. Ao mo- tra expressão:
vimento de fluidos dá-se o nome de escoamento.

1.2 Classificação do escoamento


Um escoamento pode ser classificado de diferentes
formas, algumas delas fogem do escopo deste material.
Porém, para os conceitos aqui apresentados, é importan-
te apresentar a classificação entre escoamento compres- 𝑍 = 𝐴. 𝑣
sível ou incompressível.
De maneira simplificada:
Escoamento incompressível: a densidade do fluido é Onde A é a área da seção transversal do conduto e v
constante e não varia ao longo do escoamento. é a velocidade do fluido no conduto
Escoamento compressível: a densidade do fluido va-
ria a medida que outras propriedades do fluido variam
FIQUE ATENTO!
(por exemplo, temperatura, pressão, etc.)
Há outras unidades em que vazões podem
ser apresentadas. As mais comuns são L/s e
1.3 Vazão m3/h. Para converter m3/h para m3/s, basta di-
Vazão de um fluido (Z) é a razão entre o volume que vidir por 3600. Já para passar de L/s para m3/s,
atravessa uma determinada seção transversal de um con- basta multiplicar por 10-3 (ou dividir por 1000).
duto e o tempo gasto para isso. É a taxa de variação do
volume do fluido em relação ao tempo.
1.4 Equação da Continuidade
Seja um conduto de seção transversal não constante.
FÍSICA

28
#FicaDica
Em exercícios que envolvem equação de
Bernoulli, quando não é conhecida a altura do
ponto 1 (h1), adota-se a mesma igual a zero.
Assim a altura h2 será simplesmente a diferen-
ça de altura entre os pontos 1 e 2.

1.6 Equação de Torricelli


Seja A1 e A2 as áreas de duas seções transversais Seja um fluido de densidade d contido em um reci-
distintas e v1 e v2 as velocidades do fluido nessas duas piente. A uma distância vertical h, abre-se uma abertura
seções respectivamente. Dadas essas condições, vale a no recipiente e o fluido passa a escoar por ela, como no
seguinte relação: arranjo abaixo:

𝑍1 = 𝑍2

Ou seja,
𝜌 1. 𝐴1 . 𝑣1 = 𝜌 2 . 𝐴2 . 𝑣2

que é conhecida como Equação da Continuidade ou


conservação de massa. No caso de fluído incompressível
(ρ1 = ρ2), a equação é simplificada para:
𝐴1 . 𝑣1 = 𝐴2 . 𝑣2

1.5 Equação de Bernoulli


Seja um fluido incompressível de densidade d. Con-
siderando que ele escoa por uma tubulação de seção
A velocidade do fluido nessa abertura pode ser calcu-
transversal não constante e que apresenta uma variação
lada utilizando a Equação de Bernoulli, admitindo como
de altura de h1 para h2, como no arranjo abaixo:
1, a superfície do fluido e como 2, a seção de descarga
do fluido. Como p1 = p2 = patmosferica e v1=0, a Equação de
Bernoulli permite calcular diretamente a velocidade na
seção de descarga:
𝑣= 2𝑔ℎ

1.7 Tubo de Venturi e Tubo de Pitot


Seja p1 e p2 as pressões nos pontos 1 e 2 e v1 e v2 as Ambos são instrumentos de medição. O Tubo de
velocidades nesses pontos, respectivamente, a Equação Venturi é comumente utilizado para medição de vazão
de Bernoulli estabelece: enquanto o Tubo de Pitot é utilizado pra medição da ve-
locidade de um fluido ao longe.
𝑑𝑣12 𝑑𝑣22
𝑝 1 + 𝑑𝑔ℎ1 + = 𝑝 2 + 𝑑𝑔ℎ2 +
2 2 Tubo de Venturi
Consiste de um tubo com seção transversal variável
𝑑𝑣 2 e com dois medidores de pressão estática. No arranjo
Diz-se também que a soma 𝑝 + 𝑑𝑔ℎ + é cons-
2 abaixo essa diferença de pressão estática do fluido é me-
dida pelo desnível Δh entre as colunas de água:
tante em qualquer ponto do fluido.
Os primeiros dois termos da soma representam a
chamada pressão estática do fluido ao passo que o ter-
ceiro termo forma a pressão dinâmica do fluido. Ou seja:

𝑝 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 + 𝑝 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

Utilizando a Equação da Continuidade juntamente


FÍSICA

com a equação de Bernoulli é possível encontrar tanto o


valor de v1 quanto de v2 e, consequentemente, encontrar
a vazão. Isolando v1, por exemplo:

29
ENERGIA, TRABALHO E POTÊNCIA:
2𝐴22 𝑔ℎ TRABALHO, ENERGIA, POTÊNCIA E
𝑣1 = RENDIMENTO. ENERGIA POTENCIAL E
𝐴21 − 𝐴22
ENERGIA CINÉTICA. CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA MECÂNICA E DISSIPAÇÃO DE
Tubo de Pitot ENERGIA. FORÇAS CONSERVATIVAS E
Para calcular a velocidade ao longe do fluido v1, parte DISSIPATIVAS.
do fluido é forçado a entrar no tubo em 2. Nesse ponto
no qual o fluido é “freado” para entrar no tubo, a veloci- TRABALHO E ENERGIA
dade do fluido é nula, logo v2 = 0. TRABALHO DE UMA FORÇA
O trabalho de uma força é definido como a quantida-
de de energia necessária para que essa força provoque
um deslocamento em um móvel. O trabalho, denotado
pela letra grega “tau” τ, é função do deslocamento d e da
força F aplicada sobre o corpo. Seja uma força F aplicada
a um corpo e deslocando-o de uma distância d, confor-
me figura abaixo:

Sendo d a densidade do fluido e dM a densidade do


mercúrio, a velocidade do escoamento ao longe é calcu-
lada por meio da Equação de Bernoulli:
O trabalho é calculado por: τ=F.d.cos θ. A unidade de
trabalho, no SI, é o Joule (J).
2 𝑑 𝑀 − 𝑑 𝑔ℎ O ângulo θ é o ângulo formado entre a direção do
𝑣1 = deslocamento e a linha de ação da força. Ele pode variar
𝑑
de 0 a 180°. O que muda nesses casos?
Quando 0 ≤ θ < 90, a força é favorável ao movimento,
ou seja, tem alguma de suas componentes na direção
EXERCÍCIO COMENTADO do deslocamento. Assim, diz-se que o trabalho de uma
força nessas condições é positivo τ > 0. Recebe o nome
1. (PETROBRAS – ENGENHEIRO – CESGRAN- de trabalho motor.
RIO/2018) Um gás escoa em regime permanente por Quando 90 < θ ≤ 180, a força é desfavorável ao mo-
uma tubulação de diâmetro D quando passa por uma vimento, ou seja, tem alguma de suas componentes na
redução cônica e passa a escoar por uma tubulação de direção contrária ao deslocamento. Assim, diz-se que o
diâmetro D/2. A densidade do gás na tubulação maior é trabalho de uma força nessas condições é negativo τ<0.
de 2 kg/m3 , enquanto sua velocidade é de 20 m/s. Por Recebe o nome de trabalho resistente.
outro lado, a velocidade do gás após a redução passa a Figura com as duas condições de ângulos
ser de 16 m/s. Para as condições de escoamento estabe- E quando θ = 90°?
lecidas, estima-se que a densidade do gás, em kg/m3 , na
seção menor, vale
FIQUE ATENTO!
a) 2 Quando θ = 90°, o trabalho é nulo! Ou seja,
b) 4 quando a força é perpendicular à direção do
c) 8 deslocamento ela não realiza trabalho. Um
d) 10 exemplo disso é um corpo se deslocando so-
e) 16 bre um plano sob ação de uma força F. Nessas
condições a sua força peso é perpendicular à
Resposta: Letra D. direção do deslocamento e não realiza traba-
Como o gás é compressível, aplica-se a equação lho
completa da continuidade:
1.1 Trabalho da Força Peso
FÍSICA

𝜋𝐷 2
𝜋𝐷 2
𝑘𝑔 Quando um corpo de massa m está em queda livre,
𝜌 1𝑉1 𝐴1 = 𝜌 2 𝑉2 𝐴2 → 2.20.
4
= 𝜌2 . 16.
16
→ 𝜌 2 = 10 3
𝑚 ou desloca-se sobre um plano inclinado, ou em trajetó-
rias nas quais ele realize algum deslocamento vertical

30
(começo e final do movimento em alturas diferentes) há 2.2 Energia Potencial Gravitacional
realização de trabalho pela força peso. A força peso é É a forma de energia associada ao trabalho da força
uma força conservativa, ou seja, o trabalho dela indepen- peso. Um corpo de massa m que está a uma altura h de
de da trajetória do corpo e depende somente dos pontos um plano horizontal de referência possui energia poten-
final e inicial da trajetória. Nesse caso, importa apenas, cial gravitacional Ep igual a:
para o cálculo do trabalho da força peso, a altura inicial
e a altura final. Ep = m.g.h
2.3 Energia Potencial Elástica
É a forma de energia associada ao trabalho da força
elástica. Uma mola de constante elástica k comprimida/
estendida em Δx, possui energia potencial elástica Epel
igual a:
𝑘∆𝑥 2
𝐸𝑝𝑒𝑙 =
2
2.4 Energia Mecânica
É a energia de um corpo que corresponde à soma da
energia cinética e de todas as formas de energia poten-
ciais. A energia mecânica Em de um corpo é igual a:
O trabalho da força peso é calculado como: 𝐸𝑚 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 + 𝐸𝑝𝑒𝑙

τ = m.g.(Hinicial - Hfinal ) Evidentemente, a parcela Epel só irá existir em sistemas


onde haja mola(s).

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA


#FicaDica Um sistema é dito conservativo quando agem sobre
A fórmula acima pode parecer estranha, ele forças conservativas. Em linhas gerais, um sistema é
mas é isso mesmo: diferença entre altura ini- conservativo quando não há forças dissipativas (resistên-
cial e final, nessa ordem. É uma característica cia do ar, atrito, perdas) nem forças que acrescem energia
do trabalho de forças conservativas ao sistema. Quando o sistema é conservativo, a energia
mecânica é constante. Considerando, por exemplo, um
Assim, quando o corpo está “subindo” (Hinicial < Hfinal ) carrinho em uma montanha russa desprezando-se todas
o trabalho da força peso é negativo. Já quando o corpo as formas de perdas. O carrinho da montanha russa vai
está “descendo” (Hinicial > Hfinal ), o trabalho da força peso de um ponto A para um ponto B. Como não há perdas,
é positivo. diz-se que o sistema é conservativo e, portanto, a energia
mecânica se conserva.
1.2 Trabalho da Força Elástica
O trabalho realizado pela força elástica, , depende da
constante elástica da mola e do elongamento da mola .
O trabalho é calculado da seguinte forma:
𝑘∆𝑥 2
𝜏 𝐹𝑒𝑙 =
2

ENERGIA Assim, vale:


𝐴 𝐵
Energia é um conceito comum a todos nós pois lida- 𝐸𝑚 = 𝐸𝑚
mos com energia diariamente. Energia elétrica, energia
solar, energia dos alimentos, enfim, diferentes formas de Ou seja:
energia. Aqui serão apresentadas formas de energia rela-
tivas ao ramo da Mecânica. 𝐸𝑝𝐴 + 𝐸𝑐𝐴 = 𝐸𝑝𝐵 + 𝐸𝑐𝐵

2.1 Energia Cinética TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA


É a forma de energia associada ao movimento. Um Esse teorema relaciona o trabalho da força resultan-
corpo de massa m em movimento com velocidade v pos- te (ou trabalho resultante) com a variação da energia
sui energia cinética Ec igual a: cinética de um corpo. Define-se trabalho da força re-
sultante como o produto da força resultante pelo des-
𝑚𝑣 2 locamento do corpo: 𝜏𝐹𝑅 = 𝐹𝑅. 𝑑 ou como a somatória do
FÍSICA

𝐸𝑐 = trabalho de cada uma das forças que atua sobre o corpo:


2
𝜏𝐹𝑅 = 𝜏𝐹1 + 𝜏𝐹2 + ⋯

31
#FicaDica
EXERCÍCIO COMENTADO
as duas formas de calcular o trabalho da
força resultante são equivalentes. A primeira é 1. (POLÍCIA CIENTÍFICA – AUXILIAR - IBFC/2017)
mais apropriada quando a força resultante é Uma força realiza trabalho de 40 J, atuando sobre um
conhecida ou fácil de ser calculada. Já a segun- corpo na mesma direção e no mesmo sentido do seu
da, é mais apropriada quando os trabalhos de deslocamento. Sabendo que o deslocamento é de 10 m,
cada uma das forças que atua sobre o corpo a intensidade da força aplicada é igual a:
são conhecidos.
a) 4 N
O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que: b) 8 N
c) 12 N
d) 16 N
𝜏 𝐹𝑅 = ∆𝐸𝑐
e) 20 N
𝜏 𝐹𝑅 = 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑐 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Resposta: Letra A.
𝑚𝑣𝑓2 Aplicação direta da definição de trabalho:
𝑚𝑣 2𝑖
𝜏 𝐹𝑅 = −
2 2 40
𝜏 = 𝐹. 𝑑 → 40 = 𝐹. 10 → 𝐹 = =4𝑁
10
• onde vf e vi são, respectivamente, as velocidades final
e inicial do corpo.
MECÂNICA E O FUNCIONAMENTO DO
UNIVERSO: FORÇA PESO. ACELERAÇÃO
POTÊNCIA
GRAVITACIONAL. LEI DA GRAVITAÇÃO
Para entender o conceito de potência e sua relação
UNIVERSAL. LEIS DE KEPLER.
com trabalho, vamos dar um exemplo prático. Duas pes- MOVIMENTOS DE CORPOS CELESTES.
soas vão arrastar, cada uma, um bloco. A força necessária
para arrastar esse bloco é de 1000 N. Uma das pessoas
consegue arrastar esse bloco por 2 m enquanto outra GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
pessoa consegue arrastá-lo por 5 m. Qual das duas pes- 1.1 Força Gravitacional
soas “gastou” mais energia? A Lei da Gravitação Universal, proposta por Newton,
Olhando para as duas, ambas realizaram a mesma diz que dois corpos se atraem mutuamente por uma
força (1000 N) pois ambas conseguiram arrastar o bloco. força que é diretamente proporcional às suas massas e
Porém cada uma delas arrastou o bloco por uma distân- inversamente proporcional à distância entre eles. Essa
cia diferente e realizaram, portanto, trabalhos diferentes. força é calculada da seguinte forma:
A energia “gasta” por cada pessoa é igual ao trabalho da
força. 𝐺. 𝑀1 . 𝑀2
Assim, a pessoa que arrastou o bloco por 5 metros 𝐹𝑔 =
realizou um trabalho maior. Mas consideremos o mesmo 𝑟2
caso novamente. Porém, agora, as duas pessoas arrastam
o bloco por 5 metros. A diferença é que uma pessoa le- onde G é a constante de gravitação universal e vale G
vou 2 segundos para arrastar o bloco e a outra levou 5 = 6,67.10-11Nm2/kg², M1 e M2 são as massas dos corpos e
segundos. Quem realizou o maior trabalho? r é a distância entre os centros de gravidade dos corpos,
Nenhuma! Pois ambas arrastaram o bloco (mesma conforme exemplificado na figura abaixo:
força) pela mesma distância e, portanto, realizaram o
mesmo trabalho. Qual a diferença? Cada uma realizou
esse trabalho com uma potência diferente! Então, com
isso define-se potência como a taxa de realização de tra-
balho ou simplesmente a razão entre trabalho e o tempo
gasto na realização de trabalho:

𝜏
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡

como a unidade de τ é J e a unidade de Δt é s, a uni-


dade de potência é o Watt (W).
FÍSICA

32
FIQUE ATENTO! #FicaDica
Respeitando a Lei de Ação e Reação, a força Para gravar esses nomes, basta gravar as
que o corpo de massa M1 exerce no corpo de primeiras letras das palavras: PERiélio lembra
massa M2 tem a mesma intensidade, direção e PERto e AFélio lembra AFastado.
sentido oposto à força que M2 exerce em M1.

2º Lei ou Lei das Áreas: o segmento que une o astro


1.2 Campo Gravitacional ao Sol varre áreas iguais no mesmo intervalo de tem-
A partir da expressão para o cálculo da força gravi- po. Em resumo, a velocidade com que a área é varrida é
tacional, é possível obter uma expressão para o campo constante.
gravitacional de um determinado corpo (um planeta, por
exemplo). Entende-se por campo gravitacional uma re-
gião no espaço, em torno de um corpo de massa M1, na
qual um outro corpo, de massa M2, será submetido à for-
ça Fg. A expressão para o campo gravitacional do corpo
de massa M1 é dada por:

𝐺. 𝑀1
𝑔=
𝑟2

onde r é a distância do centro de gravidade de M1


até o ponto no qual deseja-se calcular o valor do campo
gravitacional. Com isso, conclui-se que o astro tem uma velocidade
maior no periélio em relação á velocidade no afélio.
Leis de Kepler 3ª Lei ou Lei dos Períodos: o quadrado dos períodos
O astrônomo Johanes Kepler dedicou-se a estudar o dos astros que orbitam em torno do mesmo corpo (sol)
movimento planetário. Como conclusão dos seus estu- é diretamente proporcional ao cubo dos raios médios de
dos, enunciou três leis. Essas leis são aplicadas para pla- suas órbitas. Matematicamente, vêm:
netas se movimentando ao redor do Sol e para satélites
em órbita em torno de planeta. As Leis de Kepler são as
𝑇12 𝑇22
seguintes: = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
3
1ª Lei ou Lei das Órbitas: a órbita de planetas ao redor 𝑅1 𝑅 32
do Sol possui formato elíptico, onde o sol ocupa um dos
focos.
• onde T1 e R1 são, respectivamente, o período e o
raio da órbita do primeiro astro enquanto T2 e R2
FIQUE ATENTO! são, respectivamente, o período e o raio da órbita
Isso não significa que não existam órbitas do segundo astro.
circulares, pois uma circunferência nada mais é
do que um caso particular da elipse onde am-
bos os focos estão na mesma posição. EXERCÍCIO COMENTADO

1. (PETROBRAS – GEOFÍSICO – CESGRAN-


RIO/2018) Considerando que o raio da Terra é, aproxi-
madamente, 4 vezes maior do que o raio da Lua, assim
como as respectivas massas possuem uma razão de cer-
ca de 100 vezes, a aceleração da gravidade na Lua, em
relação à da Terra, é 

a) cerca de 3 vezes maior


b) cerca de 6 vezes maior
c) aproximadamente 6 vezes menor
d) aproximadamente 3 vezes menor
e) praticamente igual
O ponto no qual o planeta se encontra mais próximo
do sol é denominado periélio (P) enquanto que o ponto Resposta: Letra C:
mais afastado do sol é denominado afélio (A).
FÍSICA

𝐺𝑀𝑇
A gravidade na Terra vale 𝑔𝑇 = 𝑅 2 . A gravidade da
𝑇

33
𝐺𝑀𝐿
. Do enunciado, 𝑀𝐿 = 100 e 𝑅 𝐿 =
𝑀 𝑅𝑇
lua vale 𝑔𝐿 = e . Substituindo ML e RL na equação do campo gravitacional
𝑇

𝑅 2𝐿 4

𝐺𝑀𝑇
na lia: 𝐿
𝑔 = 100 = 16𝐺𝑀𝑇 = 16 . 𝑔 ≈ 𝑔𝑇 .
𝑇
𝑅 𝑇 2 100𝑅 2𝑇 100 6
4

FENÔMENOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS: CARGA ELÉTRICA E


CORRENTE ELÉTRICA. CONCEITO E PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
E PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA. LEI DE COULOMB. CAMPO,
TRABALHO E POTENCIAL ELÉTRICOS. LINHAS DE CAMPO.
SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS E LEI DE GAUSS. PODER DAS
PONTAS. BLINDAGEM. CAPACIDADE ELÉTRICA. CAPACITORES E
ASSOCIAÇÕES. DIFERENÇA DE POTENCIAL E TRABALHO NUM
CAMPO ELÉTRICO. CORRENTES CONTÍNUA E ALTERNADA:
CONCEITO, EFEITOS E TIPOS, CONDUTORES E ISOLANTES. EFEITO
JOULE. LEIS DE OHM, RESISTORES E ASSOCIAÇÕES E PONTE
DE WHEATSTONE. RESISTÊNCIA ELÉTRICA E RESISTIVIDADE.
RELAÇÕES ENTRE GRANDEZAS ELÉTRICAS: TENSÃO, CORRENTE,
POTÊNCIA E ENERGIA. CIRCUITOS ELÉTRICOS. GERADORES
E RECEPTORES, ASSOCIAÇÃO DE GERADORES. MEDIDORES
ELÉTRICOS. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE CIRCUITOS: SÍMBOLOS
CONVENCIONAIS. POTÊNCIA E CONSUMO DE ENERGIA EM
DISPOSITIVOS ELÉTRICOS. IMÃS PERMANENTES. LINHAS DE
CAMPO MAGNÉTICO. FORÇA MAGNÉTICA. CAMPO MAGNÉTICO
TERRESTRE E BÚSSOLA. CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS
MAGNÉTICAS. CAMPO MAGNÉTICO: CONCEITO E APLICAÇÕES.
CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR CORRENTE ELÉTRICA EM
CONDUTORES RETILÍNEOS E ESPIRAS. LEI DE BIOT-SAVART. LEI
DE AMPÈRE. ELETROÍMÃ. FORÇA MAGNÉTICA SOBRE CARGAS
ELÉTRICAS E CONDUTORES PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELÉTRICA. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA. LEI DE FARADAY. LEI DE
LENZ. TRANSFORMADORES.

ELETROSTÁTICA

A eletrostática é a área de eletricidade que estuda cargas elétricas em repouso.

1.1 Princípios fundamentais


A eletrostática conta com dois princípios fundamentais
• Cargas que possuam sinais opostos se atraem enquanto cargas com sinais iguais se repelem.
• Em um sistema isolado eletricamente, a carga total é constante

1.2 Eletrização
Eletrização é o processo no qual elétrons são adicionados ou retirados de um corpo neutro. Há três formas (pro-
cessos) de eletrização:
• Eletrização por atrito: eletrização que decorre do atrito em corpos de materiais distintos. Ao final do processo
ambos ficam com cargas iguais em módulo, mas de sinais opostos. O sinal da carga depende do material, e obe-
dece uma ordem conhecida como série triboelétrica. Uma parte da série é apresentada a seguir:
..., Vidro, lã, seda, madeira, cobre, vinil, ...
Como funciona a série? Por exemplo: se a madeira for atritada com vidro, ela irá se eletrizar negativamente. Já se for
atritada com vinil, irá se eletrizar positivamente. A figura a seguir apresenta o caso de lã com vidro
FÍSICA

34
EXERCÍCIO COMENTADO

1. (SEDUC-PI– PROFESSOR DE FÍSICA – NUCE-


PE/2015) Duas partículas eletrizadas estão fixadas a
3.10-3m uma da outra. Suas cargas elétricas são idênticas
e iguais a 2,0 nC, positivas. Sabendo que o meio é o vá-
cuo e que a constante eletrostática é Ko = 9,0 x 109 em
• Eletrização por contato: transferência de elétrons unidades no SI. A força de interação eletrostática entre
devido ao contato de corpos de modo a atingir elas é:
uma carga de equilíbrio. Para condutores de di- (Lembre-se: 1 nC= 10-9C).
mensões iguais, a carga final de cada um será igual
à média aritmética das cargas antes do contato. a) de repulsão e tem módulo igual a 1,2 N
• Eletrização por indução: nesse processo um corpo b) de atração e tem módulo 3,0 N
externo (indutor) eletrizado se aproxima (mas sem c) de repulsão e tem módulo igual a 4,0 N
encostar) de um outro condutor neutro de modo a d) de atração e tem módulo de 3,0.10-3 N
polarizar as cargas. Em seguida o condutor é ater- e) de repulsão e tem módulo de 4,0.10-3 N
rado de modo que atraia/libere elétrons para a ter-
ra. O aterramento é removido e o condutor estará Resposta: Letra E.
eletrizado com carga oposta à do indutor. Como as cargas são idênticas, a força será de re-
pulsão. Aplicando a lei de Coulomb:

𝐾. 𝑄1 . 𝑄2 9.109 . 2.10−9 . 2.10−9


𝐹𝑒𝑙 = =
𝑑2 3.10−3 2
36.10−9
= = 4.10−3 𝑁
9.10−6

1.4 Campo elétrico


Campo elétrico é a região do espaço em volta de
uma carga puntiforme Q, na qual uma outra carga q será
1.3 Força elétrica – Lei de Coulomb atraída ou repelida ao adentrar essa região. A intensida-
A Lei de Coulomb estabelece que entre duas cargas de do campo elétrico depende da carga Q que o gera e
elétricas de cargas Q1 e Q2, separadas por uma distância da distância da carga Q. É denotado por E e é calculado
d, há uma força de atração ou repulsão que é chamada da seguinte forma:
de força elétrica.
𝐾. 𝑄
𝐸=
𝑑2

A unidade do campo elétrico é o N/C. O sentido do


campo elétrico de uma carga puntiforme depende do si-
nal da carga Q:

A intensidade força elétrica é calculada por:

𝐾. 𝑄1 . 𝑄2
𝐹𝑒𝑙 =
𝑑2

onde K é a constante eletrostática e vale K = 9.102


Nm2/C2. Quando as cargas possuem sinais iguais, a for- Nota-se que para cargas positivas o sentido do cam-
FÍSICA

ça será de repulsão e quando as cargas possuem sinais po elétrico é de afastamento, enquanto para cargas ne-
opostos, a força será de atração. gativas, o sentido é de aproximação. Se uma carga q for

35
colocada numa região de campo elétrico E, a força elétri- 1.8 Campo elétrico uniforme
ca a que ela estará submetida vale: Uma região de campo elétrico uniforme está com-
preendida entre duas placas paralelas e carregadas com
cargas de mesma intensidade e sinais opostos, separadas
𝐹𝑒𝑙 = 𝑞. 𝐸 de uma distância d:

O sentido da força dependerá do sinal de q. Se q >


0, a força terá o mesmo sentido do campo elétrico. Já se
q < 0, a força terá sentido oposto ao do campo elétrico.

1.5 Potencial elétrico


Grandeza escalar que caracteriza o campo elétrico
gerado por uma carga Q. O potencial elétrico VP em um
ponto P localizado a uma distância d da carga Q é calcu-
lado da seguinte forma:

𝐾. 𝑄
𝑉𝑃 =
𝑑
A unidade de potencial elétrico é o Volt (V).
Nota-se que as linhas de força (campo elétrico) são
igualmente espaçadas e paralelas. A diferença de poten-
FIQUE ATENTO! cial U se relaciona com o campo elétrico E e a distância
Por ser uma grandeza escalar, o sinal po- d, da seguinte forma:
tencial elétrico será o mesmo sinal da carga
que o gera. 𝑈 = 𝐸𝑑

Dessa equação, nota-se que há outra unidade possí-


Se houver mais de uma carga em torno do ponto P, o vel para o campo elétrico, V/m
potencial resultante será o somatório dos potenciais de
cada uma dar cargas.
#FicaDica
1.6 Energia potencial elétrica As unidades N/C e V/m são equivalentes.
Também é uma grandeza escalar e representa a ener-
gia adquirida por uma carga q ao ser colocada em uma
região de potencial VP:
EXERCÍCIO COMENTADO
𝐸𝑝𝑒𝑙 = 𝑞. 𝑉𝑃 1. (SEARH-RN – PROFESSOR DE FÍSICA – IDE-
CAN/2016) Uma carga elétrica Q puntiforme situada
Ou: no plano indicado a seguir cria no ponto M um campo
elétrico cujo módulo é 5 N/C. A intensidade do campo
𝐾. 𝑄. 𝑞 elétrico criado por essa carga no ponto P é:
𝐸𝑝𝑒𝑙 =
𝑑

1.7 Trabalho da força elétrica


Representa o trabalho necessário para deslocar uma
carga elétrica q entre dois pontos P1 e P2 com potenciais
elétricos, respectivamente, iguais a V1 e V2:

𝜏𝐹𝑒𝑙 = 𝑞 𝑉1 − 𝑉2

#FicaDica
A diferença V1 - V2 é chamada de diferença
de potencial, ou ddp. É denotada pela letra U.
FÍSICA

a) 3,0 N/C
b) 3,2 N/C

36
c) 3,6 N/C ca. Um resistor é dito ôhmico quando sua resistência é
d) 4,0 N/C constante e ele, consequentemente, satisfaz a 1ª Lei de
Ohm. Essa lei relaciona a resistência de um resistor com
Resposta: Letra B. a corrente elétrica que passa por ele em virtude de uma
Observando a figura, a distância entre Q e M é de 8 diferença de potencial entre os terminais do resistor:
quadrados, e a distância entre Q e P são 10 quadra-
dos. Como a intensidade do campo é inversamente
proporcional a distância ao quadrado, basta dividir o
campo em M pela razão das distâncias ao quadrado,
assim:

𝐸𝑀 5
𝐸𝑃 = 2 = = 3,2 𝑁 ⁄𝐶
10 1,252
8
A 1ª Lei de Ohm estabelece que:
𝑈 = 𝑅. 𝑖

ELETRODINÂMICA A unidade de resistência é o ohm (Ω). A 2ª Lei de Ohm


é utilizada para calcular a resistência de um condutor de
A eletrodinâmica é a área de eletricidade que estuda comprimento L, área da seção transversal A e constituído
cargas elétricas em movimento. de um material de resistividade ρ. A resistência R desse
condutor é calculada por:
1.1 Corrente elétrica
Corrente elétrica (i) é o movimento ordenado de elé- 𝐿
trons. Sua unidade é o Ampère (A) e é calculada da se- 𝑅 = 𝜌.
𝐴
guinte forma:

∆𝑄 Para que a resistência seja calculada em Ω, a resistivi-


𝑖= dade deve estar em Ω.m, o comprimento em m e a área,
∆𝑡
em m².
onde ΔQ é a quantidade de cargas que atravessa a
seção transversal de um condutor e Δt é o tempo gasto 1.3 Associação de resistores
para que essas cargas atravessem essa seção. Em circuitos elétricos, é comum haver mais de um
resistor ou componentes que apresentem resistência.
O princípio básico de solução de um circuito elétrico é
FIQUE ATENTO! utilizar a Lei de Ohm para encontrar a corrente que per-
Para a corrente ser calculada em Ampère, a corre o circuito elétrico e suas diferentes ramificações.
carga deve estar em Coulombs (C) e o tempo Como existem infinitos circuitos elétricos, não é possível
em segundos (s). estabelecer um caminho de solução para todos. Porém,
quando há mais de um resistor a primeira etapa deve ser
a mesma: encontrar a resistência equivalente. Entende-se
A quantidade de cargas que atravessa a seção de um por resistência equivalente, uma resistência fictícia que
condutor pode ser calculada da seguinte forma: substituiria todos os resistores mantendo a mesma resis-
tência. Há duas maneiras de associar resistores:

∆𝑄 = 𝑛. 𝑒 • Associação em série: resistores ligados sequencial-


mente, um após o outro. Assim, a corrente elétrica
que passa por cada resistor é a mesma, ao passo
onde n é o número de cargas e e é a carga elementar, que a diferença de potencial em cada resistor é di-
que vale e = 1,6.10-19C ferente.

1.2 Resistores e Leis de Ohm


Resistores são elementos de circuitos elétricos que
têm como função converter energia elétrica térmica. O
exemplo mais comum de um resistor é aquele que fica
dentro de chuveiros elétricos para aquecer a água utiliza-
da para banho. É popularmente chamado de “resistência
do chuveiro”, mas é na verdade um resistor. Um resistor
FÍSICA

A resistência equivalente de uma associação em série


possui uma resistência R, que caracteriza a dificuldade corresponde à soma de todas as resistências:
que esse resistor oferece à passagem de corrente elétri-

37
interna (r) e uma força eletromotriz (ϵ) que representa a
𝑅 𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅 2 capacidade que esse gerador tem de produzir corrente.
Corresponde à diferença de potencial máxima que esse
gerador é capaz de fornecer. Quando na caixa de uma
• Associação em paralelo: resistores ligados entre os
pilha vem escrito que ela é de “9V”, significa que a força
mesmos terminais de forma paralela. Assim, a ddp
eletromotriz dela é 9V. Um gerador ligado a um circuito
entre os terminais de cada resistor é a mesma, ao
de resistência equivalente Req está representado a seguir:
passo que a corrente elétrica em cada resistor é
diferente.

A resistência equivalente de uma associação em para-


lelo é calculada da seguinte forma: A corrente que percorre o circuito é calculada pela Lei
de Pouillet:
𝜖
1 1 1 𝑖=
= + 𝑅 𝑒𝑞 + 𝑟
𝑅 𝑒𝑞 𝑅1 𝑅 2
E a diferença de potencial nos terminais do gerador
é calculada por:
1.4 Potência elétrica e Efeito Joule
A potência elétrica é a potência associada à corrente 𝑈 = 𝜖 − 𝑟. 𝑖
elétrica. Pode ser calculada de três formas distintas, po- A potência total fornecida pelo gerador é dada por:
rém equivalentes.
𝑃𝑜𝑡𝑇 = 𝜖. 𝑖
• 𝑃𝑒𝑙 = 𝑈. 𝑖 Já a potência útil é calculada por:
𝑃𝑜𝑡𝑈 = 𝑈. 𝑖
O rendimento do gerador é calculado por:
𝑈2
• 𝑃𝑒𝑙 = 𝑃𝑜𝑡𝑈 𝑈
𝑅 𝜂= =
𝑃𝑜𝑡𝑇 𝜖
• 𝑃𝑒𝑙 = 𝑅. 𝑖 2 Por fim, a corrente de curto circuito, que corresponde
à máxima corrente elétrica que pode atravessar um gera-
A última forma corresponde à potência dissipada em dor é calculada por:
um resistor. O Efeito Joule é o princípio de funcionamen- 𝜖
to de um resistor, ou seja, converte energia elétrica em 𝑖 𝐶𝐶 =
energia térmica. A energia térmica transformada em um 𝑟
resistor de resistência R, percorrido por uma corrente
elétrica i em um intervalo de tempo Δt é calculada por:
#FicaDica
A corrente de curto circuito ocorre quando
U=0.
𝐸 = 𝑃𝑒𝑙 . ∆𝑡 = 𝑅𝑖 2 ∆𝑡

1.5 Geradores
Geradores são aparelhos que convertem algum tipo EXERCÍCIO COMENTADO
de energia (mecânica, química, etc) em energia elétrica.
A bateria de um carro é um gerador, pois converte ener- 1. (IF-PE – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – IF-
gia química em energia elétrica. O mesmo princípio vale -PE/2017) Dado o circuito abaixo CC, marque a alterna-
FÍSICA

para pilhas, baterias de Lítio entre outras. Um gerador tiva CORRETA que representa o valor da corrente.
possui dois polos (positivo e negativo), uma resistência

38
a) 1A
b) 800 mA
c) 0,5 A
d) 5A
e) 10 A

Resposta: Letra C.
Como se trata de uma associação em série, basta so-
mar as resistências para se obter a resistência equiva-
lente, o que dá 20 Ω. Usando a primeira lei de ohm: U
= R.i → 10 = 20.i → i = 0,5 A.
𝜇0 𝑖∆𝐿. sen𝛼
ELETROMAGNETISMO ∆𝐵 = .
4𝜋 𝑟2
Essa área estuda os efeitos da corrente elétrica, so-
bretudo a geração de campos magnéticos em decorrên-
cia do movimento de cargas. onde μ0 é a permeabilidade magnética do vácuo,
que vale μ0 = 4π.10-7Tm/A. A seguir serão apresentadas
1.1 Imãs formas específicas de condutores e a expressão de seus
Quando descobertos, imãs eram pedras que atraiam campos magnéticos. Essas expressões são obtidas utili-
o ferro ou outros metais. Após estudo, sabe-se que essas zando a Lei de Biot-Savart.
pedras contêm magnetita, que é um imã natural. Com a
tecnologia, passou-se a produzir imãs artificiais através Direção e sentido do campo magnético
do processo de imantação. Um imã possui dois polos, A direção e o sentido do vetor indução magnética
um polo Norte e um polo Sul. Polos de mesma natureza (campo magnético) é determinado pela regra da mão di-
se repelem e polos de naturezas opostas se atraem. As reita nº 1 ou “regra do empurrão”.
linhas de indução (campo magnético) de um imã saem
do polo Norte em direção ao Sul.

FIQUE ATENTO!
Os polos de um imã são inseparáveis. Se
um imã for partido ao meio, dará origem a
dois imãs cada um com seu polo norte e sul,
sendo impossível isolar os polos de um imã. Nessa regra, o polegar aponta no sentido da corrente
e os dedos são direcionados para o ponto no qual de-
seja-se saber o sentido do campo. O campo magnético
1.2 Campo magnético será perpendicular à palma da mão, na direção e sentido
Define-se como campo magnético uma região do es- de um “empurrão” feito pela mão.
paço em torno de um condutor que seja percorrido por
uma corrente elétrica ou a região em torno de um imã. Representação
A unidade de campo magnético é o Tesla (T). O campo Há símbolos para representarem campos magnéticos
magnético (B) gerado por um fio condutor percorrido por perpendiculares ao plano do papel. São eles:
FÍSICA

uma corrente elétrica i é calculado de maneira genérica,


pela Lei de Biot-Savart que será apresentada a seguir:

39
O campo magnético no centro de uma espira circular
de raio r, percorrida por uma corrente elétrica i, é calcu-
lado por:

𝜇0 𝑖
𝐵=
2𝑟

#FicaDica
o sentido do campo pode ser determinado
pela regra do “empurrão”.

1.5 Força magnética


A força magnética é a força a qual uma carga q estará
À esquerda, o símbolo representa um campo entran-
submetida ao se movimentar com velocidade v em uma
do no plano do papel ao passo que à direita o símbolo
região de campo magnético B. É calculada por:
representa um campo saindo do plano do papel.

1.3 Campo magnético de um fio condutor retilíneo 𝐹 = 𝑞 . 𝑣. 𝐵. sen 𝜃

onde θ é o ângulo entre a velocidade e o vetor campo


magnético. O sentido da força é determinado pela regra
da mão esquerda:

O campo magnético em um ponto que dista r de um


fio condutor retilíneo, percorrido por uma corrente elé-
trica i, é calculado por:
Aqui, o polegar aponta na direção da força, o indi-
cador na direção do campo e o dedo médio indicará a
𝜇0 𝑖 direção da velocidade. Se a carga for positiva, o sentido
𝐵= da força será o sentido que aponta o dedo médio. Se a
2𝜋𝑟
carga for negativa, o sentido será oposto.
É possível calcular a força magnética a qual um fio
1.4 Campo magnético de uma espira circular condutor, percorrido por uma corrente i, será submetido
ao estar em uma região de campo magnético B:

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (PROJETO MEDICINA/2018) Considerando as pro-


priedades dos ímãs, assinale a alternativa correta.

a) Quando temos dois ímãs, podemos afirmar que seus


FÍSICA

pólos magnéticos de mesmo nome (norte e norte, ou


sul e sul) se atraem.

40
b) Os pólos magnéticos norte e sul de um ímã são re- os leva a um galvanômetro. O galvanômetro serve como
giões eletricamente carregadas, apresentando alta um indicador de corrente elétrica, dessa forma, altera-se
concentração de cargas elétricas negativas e positivas, a resistência do resistor variável até que o galvanôme-
respectivamente. tro não acuse a passagem de corrente. Quando nenhu-
c) Os pólos magnéticos norte e sul de um ímã são re- ma corrente passa pelo galvanômetro, não há diferença
giões eletricamente carregadas, apresentando alta de potencial entre os ramos do circuito. Nessa situa-
concentração de cargas elétricas positivas e negativas, ção, dizemos que a ponte de Wheatstone encontra-se
respectivamente. em equilíbrio.
d) Quando quebramos um ímã em dois pedaços, os pe- A figura a seguir mostra o esquema de uma ponte
daços quebrados são também ímãs, cada um deles de Wheatstone formado pelos resistores R1, R2, R3 e RX,
tendo dois pólos magnéticos (norte e sul). observe:
e) Quando quebramos um ímã em dois pedaços exa-
tamente iguais, os pedaços quebrados não mais são
ímãs, pois um deles conterá apenas o pólo norte, en-
quanto o outro, apenas o pólo sul.

Resposta: Letra D.
Quando um material magnético é quebrado, ele conti-
nuará magnético e terá os dois pólos, norte e sul.

PONTE DE WHEATSTONE
A ponte de Wheatstone encontra-se em equilíbrio
Ponte de Wheatstone  é  um circuito elétrico  muito desde que ig = 0.
útil para a realização de medidas precisas de resistência ig — corrente no galvanômetro
elétrica. Esse circuito é formado por quatro resistores e
RX — resistência desconhecida
um galvanômetro, sendo dois desses resistores conhe-
R1, R2, R3 — resistências conhecidas
cidos ou predeterminados, um deles de resistência variá-
Na situação de equilíbrio, o circuito mostrado na fi-
vel e, por último, um de resistência desconhecida.
gura anterior pode ser usado para determinar com gran-
A ponte de Wheatstone foi inventada por  Sa-
de precisão a resistência elétrica do elemento resistivo
muel Hunter Christie, entretanto seu nome permaneceu
RX. Para tanto, é necessário que a corrente a atravessar
como uma forma de homenagem a Sir Charles Wheats-
o galvanômetro seja igual a 0. No caso afirmativo, dize-
tone, responsável por difundir o uso dessa configuração
de resistores. mos que há uma igualdade entre os produtos das re-
sistências cruzadas que pode ser escrita pela seguinte
Aplicações fórmula:
Além de sua utilização mais comum (a de medir uma
resistência elétrica desconhecida), a ponte de Wheats-
tone está presente em diversos tipos de circuitos que Demonstração
necessitam de sensores bastante precisos, como balan- A identidade mostrada na figura anterior, apesar de
ças, termostatos, sensores de pressão etc. muito simples, é determinada pela lei da conservação
da energia, por meio da lei de Kirchoff que se refere às
malhas. Essa lei, conhecida como a  2ª lei de Kirchoff,
determina que a soma dos potenciais elétricos em cada
malha do circuito é sempre nula.
Por isso, somaremos todos os potenciais elétricos nas
malhas  ADC e DBC  e igualaremos essas somas a zero.
Observe a imagem a seguir:

A figura acima mostra uma antiga ponte de Wheats-


tone.
Cálculo das resistências
Na ponte de Wheatstone, ligam-se quatro resistores,
FÍSICA

Aplicando a lei das malhas, conseguimos encontrar


em dois diferentes ramos de um circuito, a uma bateria.
o resultado que diz respeito ao produto cruzado das re-
Em seguida, esses ramos são conectados por um fio, que
sistências.

41
Para chegarmos no resultado anterior, fizemos uso
da 1ª lei de Ohm, que diz que a queda de potencial elétri-
co nos elementos resistivos de um circuito é dada por U
= R.i, juntamente à  lei das malhas, que afirma que o
potencial elétrico deve ser  negativo, caso percorramos
a malha no mesmo sentido da corrente elétrica em cada
ramo (lembre-se de que o sentido da corrente elétrica
pode ser arbitrado como quisermos).

#FicaDica
A alternativa que traz a resistência do resistor R é:
• A ponte de Wheatstone é um circuito
a) 10 Ω
formado por quatro resistores ligados
b) 60 Ω
em série e paralelo, conectados por um
c) 20 Ω
galvanômetro; d) 40 Ω
• A ponte de Wheatstone pode ser usada e) 30 Ω
para determinar uma resistência elétrica
desconhecida; Como a ponte de Wheatstone está em equilíbrio, po-
• Para determinar a resistência desco- demos dizer que o produto cruzado das suas resis-
nhecida, é necessário que a ponte de tências é equivalente. Dessa forma, devemos fazer o
Wheatstone esteja em equilíbrio, isto seguinte cálculo:
é, a corrente no galvanômetro deve ser
nula;
• Se a ponte de Wheatstone estiver em
equilíbrio, então podemos igualar o pro-
duto cruzado das resistências.

EXERCÍCIO COMENTADO Resposta Letra: B

1. Podemos dizer que uma ponte de Wheatstone encon- 3. Uma ponte de Wheatstone em equilíbrio contém as
tra-se em equilíbrio quando: seguintes resistências: R, 2R, 40 Ω e 20 Ω. Determine o
módulo da resistência R.
a) os produtos cruzados de suas resistências são iguais.
b) as resistências dos três resistores conhecidos são
iguais.
c) a corrente que flui no galvanômetro é da ordem de
mA.
d) não há diferença de potencial entre os ramos que con-
têm os resistores.
e) há diferença de potencial entre os terminais dos re-
sistores.

Resposta Letra: D
A identidade entre os produtos cruzados das resis-
tências de um galvanômetro é uma consequência do Resolução:
seu equilíbrio. A causa desse equilíbrio, entretanto, diz Como o circuito está em equilíbrio, é possível fazer-
respeito à diferença de potencial entre os ramos que mos o cálculo da resistência usando o produto das
contêm os resistores: quando o potencial elétrico em resistências cruzadas. Observe:
cada ramo é igual, não haverá corrente elétrica pas-
sando através do galvanômetro e, então, a ponte de
Wheatstone estará em equilíbrio.

2. Por meio do uso de uma ponte de Wheatstone, dese-


jamos saber qual é a resistência elétrica de um resistor R.
Sabe-se que as resistências utilizadas nesse circuito são
iguais a 10 Ω, 20 Ω e 30 Ω, respectivamente. Determine a
FÍSICA

resistência elétrica do resistor R. Para isso, considere que


a ponte de Wheatstone encontra-se em equilíbrio.

42
Como a ponte de Wheatstone do exercício foi dita em Uma carga fora da superfície gaussiana, não importa
equilíbrio, foi possível determinar facilmente a resistência o seu tamanho ou sua proximidade, não é incluída no ter-
desconhecida por meio do produto cruzado das resistências. mo q da lei de Gauss. Também não importa a forma ou a
localização exata das cargas dentro da superfície gaussia-
na, importa apenas o sinal da carga resultante envolvida.
O campo elétrico, em razão de uma carga fora da su-
perfície gaussiana, não contribui com nenhum flu-
xo resultante através da superfície, pois a quanti-
dade de linhas de campo, em virtude dessa carga
que entra na superfície, é a mesma que sai dela.
Podemos dizer que a lei de Gauss é equivalente à Lei de
Coulomb, pois podemos deduzir a lei de Coulomb atra-
vés da lei de Gauss.
Para funcionar corretamente, o galvanômetro no cen-
tro da ponte de Wheatstone deve indicar uma corrente
elétrica nula.
Retirado de: <Portal Mundo Educação>.

LEI DE GAUSS

A lei de Gauss relaciona o fluxo elétrico resultante Φ


de um campo elétrico, através de uma superfície fechada,
com a carga resultante que é envolvida por essa superfí-
cie. Em outras palavras, a lei de Gauss relaciona os campos Essa equação é exatamente a equação do campo elé-
elétricos em pontos sobre uma superfície gaussiana (fe- trico, deduzida através da equação de Gauss.
chada) com a carga resultante envolta por essa superfície.
Matematicamente, a lei de Gauss é representada pela Retirado de <Portal Mundo Educação>.
equação: 
LEI DE AMPÈRE

Uma das revoluções mais marcantes na física foi a


descoberta feita por Hans Cristian Oersted, onde atra-
vés de seus experimentos comprovou a existência de um
campo magnético ao redor de um fio quando esse era
percorrido por uma corrente elétrica.
Embora Oersted tenha descoberto que um fio per-
corrido por uma corrente elétrica gera um campo mag-
Onde nético a sua volta, foi André Marie Ampère quem, mate-
ε0 = constante de permissividade elétrica no vácuo maticamente, deduziu esse campo. Podemos dizer que o
Φ = fluxo elétrico resultante grande feito de Ampère foi ter desenvolvido uma famosa
q = carga elétrica envolvida lei chamada de Lei de Ampère.
A lei de Ampère, como ficou conhecida, estabelece o
Na equação, “q” é a soma algébrica de todas as car-
campo magnético ( ) gerado por um condutor retilíneo
gas envolvidas, sendo elas positivas ou negativas. É im-
percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, a
portante salientar que o sinal diz algo a respeito do fluxo
uma distância (R) do condutor.
resultante. Se q for maior do que zero, o fluxo resultante
é para fora; se q for menor do que zero, o fluxo resultante Matematicamente, o vetor campo magnético ( ) é
é para dentro. (fig. 1) determinado pela seguinte equação:

Onde o termo  μ  é uma constante conhecida


como permeabilidade magnética do vácuo. Por comodi-
dade matemática, essa constante foi definida como:

μ = 4π .10-7T.m/A

Sendo esse um valor convencional, que pode ter seu


número infinito de algarismos significativos por causa do
FÍSICA

valor de π, pode-se adotar para permeabilidade magné-


Fig. 1 - Fluxo de campo elétrico resultante
tica do vácuo ou do ar o valor abaixo (quando expresso
com dois algarismos significativos):

43
μ = μar = 1,3 .10-6T.m/A Fluxo magnético

A direção e o sentido do vetor campo magnético são O fluxo magnético (Φ) é uma  grandeza  escalar  que
dados pela regra da mão direita, lembrando que o vetor  mede a quantidade de linhas de campo magnético (B)
 é sempre tangente às circunferências imaginárias des- que atravessam uma área fechada (A). Além disso, o fluxo
critas em torno do condutor, em planos perpendiculares. magnético depende do ângulo que é formado entre o
campo magnético e a reta normal (N) na área A. Confira
a fórmula utilizada para calcular esse fluxo:

Φ - fluxo magnético (Wb - weber ou T/m²)


B - campo magnético (T - tesla)
A - área (m²)    
       
A figura a seguir ilustra o fluxo magnético através de
uma superfície de área A, observe:

Ampère formulou a Lei de Ampère que determina o


campo magnético ao redor de um fio percorrido por uma
corrente elétrica

Retirado de <Portal Mundo Educação>.

LEI DE FARADAY

Lei de Faraday, também conhecida como lei da in- O fluxo de campo magnético depende da área A, do
dução eletromagnética, afirma que a variação no fluxo campo magnético B e do ângulo θ.
de  campo magnético  através de materiais conduto-
res induz o surgimento de uma corrente elétrica. Lei de Faraday-Neumann-Lenz
O  fenômeno da  indução  eletromagnética foi
descoberto pelo físico e químico britânico  Michael Fa- Formalmente, a lei da indução eletromagnética é
raday  em 1831. Essa descoberta foi uma das mais im- conhecida como  lei de Faraday-Neumann-Lenz, no
portantes de toda a história, uma vez que, graças a esse entanto, é frequentemente referida apenas como lei de
fenômeno, somos capazes de gerar energia em usi- Faraday. Isso acontece porque o fenômeno da indução
nas hidrelétricas, produzir movimento usando  moto- foi descoberto por Michael Faraday, mas sua formulação
res elétricos, gerar calor por meio de fornos de indu- matemática foi feita por Franz Ernst Neumann. Além dis-
ção, fazer leituras e gravações magnéticas e outros. so, Heinrich Lenz propôs a necessidade de usar o sinal
Para compreendermos como funciona a lei de Fara- negativo da fórmula, que diz respeito ao sentido da cor-
day, é fundamental que conheçamos o conceito de fluxo rente elétrica induzida.
magnético. A lei de Faraday foi de suma importância para o de-
senvolvimento do eletromagnetismo, uma vez que ela
revela a existência de uma relação direta entre fenôme-
nos elétricos e magnéticos, esses que foram tratados
como fenômenos de natureza distinta durante muitos
anos.

Força eletromotriz induzida

De acordo com a lei de Faraday, o  surgimen-


to de correntes elétricas depende da mudança no flu-
xo magnético, por isso, escrevemos que a variação de
tempo do fluxo magnético equivale a um potencial elé-
As turbinas das hidrelétricas são como grandes bobi- trico medido em volts (V), que, por razões históricas, é
nas que giram, produzindo corrente elétrica. chamado de força eletromotriz induzida (ε).
FÍSICA

44
● Transformadores

Os  transformadores  são dispositivos utilizados


para  abaixar ou elevar tensões e correntes elétricas.
São constituídos de duas bobinas: primária e secundária.
ε - força eletromotriz induzida (V - volts) Essas são enroladas em volta de uma barra de ferro fe-
ΔΦ = ΦF - Φi - variação do fluxo magnético (Wb) chada, ou disposta em formato de U.
Δt - intervalo de tempo (s) Quando uma corrente elétrica alternada passa através
do enrolamento primário, um  campo magnético osci-
Além disso, devido ao princípio da conservação de lante é produzido e guiado através do interior da barra
energia, é necessário que adicionemos um sinal nega- de ferro, dessa maneira, uma corrente elétrica é induzida
tivo na lei de Faraday. Esse sinal foi introduzido pela Lei no enrolamento secundário.
de Lenz, que nos permite conhecer qual é o sentido da A relação entre o número de espiras nos enrolamen-
corrente elétrica induzida: tos primário e secundário é o que determina o aumento
A corrente elétrica induzida sempre será formada em ou a diminuição das tensões elétricas de entrada e saída.
um sentido tal que o fluxo magnético por ela  produzido
oponha-se ao fluxo magnético que a induziu.
A união dessas informações dá origem à lei de Fara-
day-Lenz, confira:

Por meio da aplicação da 1ª lei de Ohm, é possível


calcularmos a resistência elétrica ou a corrente elétri-
ca que se forma em condutores ôhmicos, graças ao fenô-
meno da indução eletromagnética:
Transformadores fazem uso da indução eletromagné-
tica para transformar tensões elétricas.

Lei de Faraday-Maxwell
R - resistência elétrica (Ω)
i - corrente elétrica (A) Em 1864, James Clerk Maxwell unificou os fenôme-
nos elétricos e magnéticos por meio de quatro equações
do  eletromagnetismo, são elas:  lei de Gauss, lei de
Gauss para o magnetismo, lei de Ampère e lei de Fara-
day. De acordo com as contribuições de Maxwell à lei de
Faraday, campos magnéticos variáveis produzem cam-
pos elétricos rotacionais e tangentes às linhas de campos
magnéticos.

EXERCÍCIO COMENTADO
   
1. Em relação ao fenômeno de indução eletromagnética,
Segundo a lei de Faraday, o movimento relativo entre assinale a alternativa incorreta.
o imã e a espira gera corrente elétrica.
a) Quando aproximamos ou afastamos um imã de uma
● Motor elétrico bobina condutora, induzimos o surgimento de uma
corrente elétrica.
Além de ter possibilitado o  surgimento dos gera- b) A força eletromotriz induzida é o nome dado ao po-
dores de energia,  como aqueles que são empregados tencial elétrico que é produzido pela indução eletro-
em basicamente todos os tipos de  usinas elétricas, o magnética.
fenômeno da indução eletromagnética, descrito pela lei c) O fluxo de campo magnético através de uma espira
de Faraday, permitiu que criássemos o primeiro motor induz o surgimento de uma corrente elétrica.
d) A variação do fluxo de campo magnético induz a for-
elétrico.
mação de correntes elétricas.
FÍSICA

e) A corrente elétrica induzida é proporcional à variação


do fluxo magnético.

45
Resposta Letra C
A afirmativa feita na letra C está errada. Na realidade, o OSCILAÇÕES, ONDAS, ÓPTICA: PULSOS
surgimento de uma corrente elétrica induzida depende E ONDAS. PERÍODO, FREQUÊNCIA E
da variação do fluxo magnético. Caso o fluxo magné- CICLO. ONDAS PERIÓDICAS: CONCEITO,
tico seja constante, não haverá produção de corrente NATUREZA E TIPOS. PROPAGAÇÃO:
elétrica por meio da indução eletromagnética. RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE,
FREQUÊNCIA E COMPRIMENTO DE
2.  O fluxo magnético através de uma espira condutora ONDA. ONDAS EM DIFERENTES MEIOS
era de 20,0 Wb/s. Após um intervalo de tempo de 2,0 s, DE PROPAGAÇÃO. FEIXES E FRENTES DE
esse fluxo torna-se nulo, devido à rotação do plano da ONDAS. FENÔMENOS ONDULATÓRIOS:
espira. O módulo da força eletromotriz induzida durante REFLEXÃO, REFRAÇÃO, DIFRAÇÃO
essa rotação foi de E INTERFERÊNCIA, PRINCÍPIO DA
SUPERPOSIÇÃO, PRINCÍPIO DE HUYGENS.
a) 10,0 V
b) 15,0 V
c) 20,0 V ONDULATÓRIA
d) 40,0 V 1.1 Definições
e) 35,0 V Uma onda é uma perturbação que se propaga em um
meio. Ao jogar uma pedra em um lago, a perturbação
Faremos o cálculo da força eletromotriz induzida uti- causada pela pedra se propaga na água e pode-se ver
lizando a lei de Faraday-Lenz, observe: essa perturbação como ondas na água. Há diversos tipos
de ondas que serão apresentados gradativamente, mas
pode-se destacar a luz (que se propaga como onda) e
o som.
Ondas podem ser classificadas de algumas formas.
Uma delas é a seguinte:
• Ondas mecânicas: ondas que necessitam de um
meio material para se propagar. Por exemplo, o
som.
• Ondas eletromagnéticas: ondas que podem se
propagar no vácuo. Por exemplo, a luz.
Resposta Letra A Ondas também podem ser classificadas em relação à
Usando os dados fornecidos no enunciado do exercí- direção de propagação:
cio, encontramos uma tensão induzida de 10,0 V, por- • Ondas longitudinais: ondas nas quais as vibrações
tanto, a alternativa correta é a letra A. ocorrem na direção de propagação. Um exemplo
é o som:
3. Assinale a alternativa que apresenta apenas dispositi-
vos que funcionam por meio do fenômeno da indução
eletromagnética.

a) Transformadores, fornos de indução, panela elétrica.


b) Geradores, ferro de passar, chuveiro elétrico.
c) Televisão, rádio, lâmpada incandescente.
d) Transformadores, detectores de metal, motores elé-
tricos.
e) Secador de cabelo, aspirador de pó, sanduicheira.

Resposta Letra D • Ondas transversais: ondas nas quais as vibrações
Os dispositivos que funcionam por meio da indução ocorrem na direção perpendicular à direção de
eletromagnética são aqueles que apresentam moto- propagação. Um exemplo é a luz:
res elétricos ou aqueles que fazem uso de campos
magnéticos oscilantes para induzirem o surgimento
de tensões elétricas. Esses dispositivos são: transfor-
madores, fornos de indução, geradores, detectores de
metal, secadores de cabelo e aspiradores de pó, por
exemplo. Dessa forma, a alternativa correta é a letra D.
Retirado de: <Portal Mundo Educação>.
FÍSICA

46
1.2 Ondas periódicas
São ondas que ocorrem quando uma fonte de ondas
emite pulsos de mesma intensidade no mesmo intervalo
de tempo. Têm o seguinte formato e pontos:

• Interferência destrutiva: ocorre quando as ondas


estão em oposição de fase e geram uma onda re-
sultante com amplitude intermediária entre as am-
plitudes das ondas originais
• onde C1 e C2 são as cristas enquanto V1 e V2 são
os vales. A distância entre duas cristas ou dois va-
les é o comprimento de onda, denotado por λ. O
tempo transcorrido entre duas cristas ou dois vales
é denominado período da onda, denotado por T.
A velocidade de propagação de uma onda nessas
condições é calculada pela equação fundamental
da ondulatória:

𝜆
𝑣= 𝑜𝑢 𝑣 = 𝜆𝑓
𝑇

1
pois 𝑓 = é a frequência da onda, em Hz.
𝑇

FIQUE ATENTO!
a unidade de comprimento de onda (λ) é
metro (m) e a unidade do período (T) é o se-
gundo (s). Assim a velocidade será calculada 1.4 Interferência em duas dimensões
em m/s. Sejam duas ondas em concordância de fase, emiti-
das por duas fontes F1 e F2, ambas com comprimento de
1.3 Interferência de ondas onda igual a λ. Os pontos P, nos quais ocorre interferên-
Uma onda pode interferir na outra. O resultado dessa cia construtiva, são calculados por:
interferência é obtido pelo princípio da superposição, no
qual o resultado da interferência (perturbação resultante)
𝑝𝜆
é calculado como a soma de cada onda (perturbações 𝑃𝐹2 − 𝑃𝐹1 = , (𝑝 = 0,2,4,6,8,… �
individuais). A interferência pode ser construtiva ou des- 2
trutiva.
• Interferência construtiva: ocorre quando as ondas
estão em concordância de fase e geram uma onda Já os pontos Q, nos quais ocorre interferência destru-
resultante com amplitude maior do que as ondas tiva, são calculados por:
originais

𝑖𝜆
𝑄𝐹2 − 𝑄𝐹1 = , (𝑖 = 1,3,5,7, … �
FÍSICA

47
Caso as ondas estejam em oposição de fase, os pon-
tos P, nos quais ocorre interferência construtiva, são cal- sen 𝚤̂ 𝑣1
culados por: =
sen 𝑟̂ 𝑣2
onde v1 e v2 são as velocidades da onda no meio 1 e
𝑖𝜆 no meio 2. Se o ângulo de incidência for maior que zero,
𝑃𝐹2 − 𝑃𝐹1 = , (𝑖 = 1,3,5,7,… �
2 haverá mudança de direção na onda refratada. Depen-
dendo do índice de refração dos meios de propagação, a
Já os pontos Q, nos quais ocorre interferência destru- onda irá se aproximar ou se afastar da reta normal. Con-
tiva, são calculados por: siderando uma onda que se propaga do meio 1 para o
meio 2, a onda irá se aproximar da reta normal se n2 > n1
𝑝𝜆 e se afastará da normal se n2 < n1.
𝑄𝐹2 − 𝑄𝐹1 = , (𝑝 = 0,2,4,6,8, … �
2

1.5 Princípio de Huygens


Esse princípio passa pela definição de frente de onda.
Entende-se por frente de onda o conjunto de todos os
pontos que, em um dado instante de tempo, é atingido
pela onda propagada. O Princípio de Huygens estabele-
ce que cada ponto de uma frente de onda se comporta
como uma nova fonte de ondas elementares. Essas on-
das elementares, ao se propagarem originam uma nova
frente de onda e assim sucessivamente. Isso está exibido
na figura abaixo:

1.6 Reflexão e refração de ondas


Ondas sofrem os fenômenos de reflexão e refração.
Na reflexão, a frente de onda forma, com a superfície re-
fletora, um ângulo de incidência î, enquanto a frente de
onda refletida forma, com a mesma superfície, um ângu-
lo de reflexão 𝑟̂ . Na reflexão, î = 𝑟̂ . Os mesmos ângulos î

e 𝑟̂ são os ângulos formados, respectivamente, pelas di-


Note que há alteração do comprimento de onda da
reções de propagação da onda incidente e refletida, com onda refratada em relação ao comprimento de onda da
a reta normal. onda incidente.

#FicaDica
A frequência da onda não se altera na re-
fração pois a frequência depende da fonte
emissora e não do meio de propagação. As-
sim, f1 = f2

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (UFVJM – TÉCNICO – FUNDEP/2017)  Em um tan-


que, de profundidade constante e preenchido com água,
um estudante bate uma régua, em uma de suas extre-
midades, uma vez a cada 2,0 segundos. Ao atingir a ex-
É importante ressaltar que os comprimentos de onda tremidade oposta do tanque de 60,0 cm, nota-se que o
das ondas incidente e refletida são iguais, bem como tanque possui 7 cristas, cuja distância total entre elas é o
comprimento do tanque.
FÍSICA

suas frequências. Já na refração, ocorre mudança de ve-


locidade da onda ao mudar o meio de propagação. A
refração é regida pela Lei de Snell:

48
Nessas condições, é possível concluir que o comprimen- Isolando T, temos a fórmula final para o cálculo do Movi-
to de onda e a velocidade da onda nesse meio são de, mento Harmônico Simples (M.H.S.):
respectivamente:
T = 2π.√m/K
a) 8,6 cm e 4,3 cm/s
b) 10,0 cm e 5,0 cm/s Retirado de: <Portal Mundo educação>.
c) 17,2 cm e 8,6 cm/s
d) 20,0 cm e 10,0 cm/s
ONDAS SONORAS, PROPRIEDADES,
PROPAGAÇÃO E QUALIDADES DO SOM.
Resposta: Letra B. TUBOS SONOROS.
Se o tanque possui 7 cristas que medem o compri-
mento total do tanque, conclui-se que o tanque pos-
sui 6 comprimentos de onda. Assim, 6λ = 60 → λ = 10 ACÚSTICA
cm. Como a régua bate a cada 2s na água, o período é Aqui são estudadas as ondas sonoras, ondas mecâni-
igual a 2s. Logo, a velocidade é igual a cas que se propagam no ar com a velocidade de 340 m/s.
𝜆 10
𝑣= = = 5,0 𝑐 𝑚⁄𝑠 . 1.1 Características da onda sonora
𝑇 2
Uma onda sonora pode ser caracterizada pela sua al-
tura, frequência, intensidade e timbre. A altura de uma
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES onda permite distinguir sons graves de agudos. A altu-
(M.H.S.). ra está diretamente ligada à frequência da onda, quanto
maior a frequência da onda menor a sua altura (e mais
agudo o som) e quanto menor a frequência do som,
Os movimentos harmônicos simples estão presen- maior sua altura (e mais grave o som). A intensidade de
tes em vários aspectos de nossas vidas, como nos mo- uma onda sonora distingue sons fortes de sons fracos. O
vimentos do pêndulo de um relógio, de uma corda de som de uma britadeira é mais forte do que o som de um
violão ou de uma mola. Esses movimentos realizam um estalar de dedos, o som da turbina de um avião é mais
mecanismo de “vai e vem” em torno de uma posição de forte que o som de um carro de passeio e assim por dian-
equilíbrio, sendo caracterizados por um período e por te. Por fim, o timbre distingue fontes emissoras de sons
uma frequência. que emitem som de mesma intensidade e frequência. O
Um movimento harmônico simples é variado, porém melhor exemplo para explicar timbre é comparar a mes-
não pode ser considerado uniformemente variado, já ma nota musical emitida por instrumentos musicais dife-
que a aceleração não é constante. Se analisarmos uma rentes, pois cada instrumento possui seu próprio timbre
mola, por exemplo, veremos que sua velocidade é anula- o que permite identificar, por exemplo, a nota emitida
da nas posições extremas em que é submetida e é máxi- por um piano e por um violino.
ma nos pontos centrais desse movimento. A intensidade sonora é bastante importante pois há
Tendo conhecimento dos outros conceitos e fórmulas normas que regulamentam intensidades sonoras máxi-
dentro da ondulatória, para calcular o Movimento Har- mas permitidas para diversas atividades, baseando-se no
mônico Simples (M.H.S.) deve-se levar em conta duas limite suportado pelo ouvido humano. Assim, quando
fórmulas provenientes da mecânica: a da 2º Lei de Ne- uma pessoa é submetida a intensidades superiores às
wton (F = m.a) e a do pulso ou frequência angular (ω recomendáveis, deve utilizar equipamentos de proteção
= 2π/T). auditiva. Um controlador de tráfego aéreo que trabalha
em um aeroporto deve utilizar protetores auriculares
Se a aceleração em um sistema massa-mola é igual a pois ficam muito próximos de aviões com turbinas acio-
α = ω2.x, substituímos: nadas. A intensidade sonora pode ser calculada:
F = m.ω2.x 𝑃
𝐼=
Como m e ω são grandezas constantes dentro do 𝐴
M.H.S, podemos expressar:
Onde P é a potência da onda e A é a área da superfí-
cie atravessada pela onda. Sua unidade é W/m².
K = m.ω2
A intensidade auditiva β (ou nível sonoro) é calculada
por:
Se isolarmos ω, temos:
𝐼
ω = √K/m 𝛽 = 10 log
𝐼0
Sabendo que a frequência angular (ω) = 2π/T
Onde I0 é uma constante e representa a menor in-
FÍSICA

√K/m = 2π/T tensidade física de som audível. A intensidade auditiva é


medida em decibel (dB).

49
1.2 Tubos sonoros
São tubos que contém ar nos quais o som irá se propagar dentro. Exemplos de tubos sonoros são instrumentos
musicais como instrumentos de sopro: flauta, oboé, clarinete, etc. ou tubos de órgão. Os tubos sonoros podem ser
abertos ou fechados. Aqui serão apresentados os dois casos, com tubos de comprimento L, e os modos de propagação
que se diferenciam pela frequência sonora
Tubos abertos

De cima para baixo foram apresentados, o primeiro, segundo e quarto modo de propagação. A frequência a onda
para tubos abertos é dado por:

𝑛𝑣
𝑓= , 𝑛 = 1,2,3 …
2𝐿

onde n é o modo de propagação e v é a velocidade do som.

Tubos fechados
FÍSICA

50
De cima para baixo foram apresentados, o primeiro, carro, com fonte sonora, que se desloca em um trilho,
terceiro e quinto modo de propagação. A frequência a à velocidade constante e igual a 25% da velocidade do
onda para tubos abertos é dado por: som, como mostra a Figura abaixo.

𝑘𝑣
𝑓= , 𝑛 = 1,3,5 …
4𝐿

onde n é o modo de propagação e v é a velocidade


do som.

1.3 Efeito Doppler


Considere uma fonte emissora de uma onda sonora
e um receptor de forma que haja um movimento relativo
entre fonte e emissor. Há três casos possíveis: fonte em
repouso e receptor em movimento; fonte movimento e Qual é a razão entre a frequência da onda percebida
receptor em repouso e ambos em movimento. Quando pelo sensor e a frequência da onda emitida pela fonte?
isso ocorre, a frequência percebida pelo receptor, deno-
minada frequência aparente f’ é diferente da frequência a) 0,75
real da fonte sonora f. A esse efeito dá-se o nome de b) 0,80
Efeito Doppler. A frequência aparente é calculada por: c) 1,00
d) 1,25
e) 1,33
𝑓 ′ 𝑣 + 𝑣0
= Resposta: Letra B.
𝑓 𝑣 − 𝑣𝑓 É um exercício sobre Efeito Doppler, onde o obser-
vador (sensor) está parado e a fonte, se movendo. A
razão entre a frequência percebida pelo sensor (apa-
onde v é a velocidade da onda sonora, v0 é a veloci- rente) e a frequência da onda emitida pela fonte (real)
dade do receptor e vf é a velocidade da fonte. A figura a é calculada da seguinte forma:.
seguir apresenta as convenções de sinais:
𝑓′ 𝑣 𝑣 𝑣 1
= = = = = 0,80
𝑓 𝑣 + 𝑣𝐹 𝑣 + 0,25𝑣 1,25𝑣 1,25

PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA,


TIPOS DE FONTES E MEIOS DE
PROPAGAÇÃO. SOMBRA E PENUMBRA.
REFLEXÃO: CONCEITO, LEIS E ESPELHOS
PLANOS E ESFÉRICOS. REFRAÇÃO:
CONCEITO, LEIS, LÂMINAS, PRISMAS
E LENTES. FORMAÇÃO DE IMAGENS.
INSTRUMENTOS ÓPTICOS SIMPLES. OLHO
HUMANO (PRINCIPAIS DEFEITOS DA
VISÃO).

FIQUE ATENTO! ÓPTICA - DEFINIÇÕES


os sinais de ± dependem do movimento Óptica Geométrica
relativo entre fonte e receptor em relação a Esta área da Física dedica-se a estudar fenômenos
um eixo orientado que vai do receptor para a
fonte. nos quais não é necessário conhecer a natureza da luz.
É necessário apenas ter a noção de um raio de luz, co-
nhecimentos de geometria e conhecer os princípios de
EXERCÍCIO COMENTADO propagação da luz. Um raio de luz é representado como
retas orientadas, cuja orientação representa a direção de
propagação da luz.
1. (PETROBRAS – TÉCNICO DE INSPEÇÃO – CES-
FÍSICA

GRANRIO/2017)  Um experimento para medir frequên- 1.1 Princípios da propagação da luz
cias consiste em um sensor preso a uma bancada e um

51
1º Princípio da propagação retilínea: em meios trans-
parentes e homogêneos, a luz se propaga em linha #FicaDica
reta Uma fonte é chamada de puntiforme
2º Princípio da independência dos raios de luz: os quando a sua dimensão é muito pequena em
raios de luz podem se cruzar sem interferir na tra- relação ao objeto a ser iluminado. Um exem-
plo disso seria uma vela iluminando um objeto
jetória um do outro bem afastado dela, ou um pequeno led. Já uma
3º Princípio da reversibilidade dos raios de luz: se o fonte extensa é uma fonte na qual a dimensão
sentido de propagação de um raio de luz for inver- é relevante. Um exemplo disso é uma lâmpada
tubular (comumente utilizada em cozinhas)
tido, ele percorre exatamente a mesma trajetória,
porém em sentido contrário.
1.3 Câmara escura de orifício
1.2 Sombra e penumbra Consiste em uma caixa com um pequeno orifício em
As ocorrências de sombra e penumbra podem ser uma das faces. Por esse orifício passam os raios de luz
explicadas com o princípio de propagação retilínea da que partem de um objeto fora da caixa. Após passar pelo
luz. Em ambos os casos a luz se propaga e encontra um orifício, os raios atingem uma das faces da câmara, for-
corpo. Após o corpo haverá a formação de sombra e/ou mando a imagem desse objeto. Esse é o princípio de di-
penumbra, dependendo do tipo de fonte luminosa. versos aparelhos ópticos, como por exemplo a máquina
Quando a fonte luminosa é puntiforme, ocorre a for- fotográfica. É possível estabelecer uma relação matemá-
mação apenas de sombra. tica entre as distância de objeto e imagem ao orifício e
entre as dimensões do objeto (o) e imagem (i)

A relação é:

𝑖 𝑑𝑖
=
𝑜 𝑑𝑜
Já quando a fonte luminosa é extensa, ocorre a for-
mação de sombra e penumbra.
FIQUE ATENTO!
Utilize sempre a mesma unidade de com-
primento para todas as medidas quando utili-
zar a relação acima.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (FEI – VESTIBULAR – FEI/2015) Uma câmara es-


cura de orifício fornece a imagem de um prédio, o qual se
apresenta com altura de 5 cm. Aumentando-se em 100m
a distância do prédio à câmara, a imagem se reduz para
4cm de altura. Qual é a distância entre o prédio e a câma-
ra na primeira posição?

a) 100 m
b) 200 m
c) 300 m
FÍSICA

d) 400 m
e) 500 m

52
Resposta: Letra D.
Como a câmera é a mesma e o objeto é o mesmo, te-
mos que para os dois casos, temos as variáveis o e di
iguais, assim: i1 . do1 = i2 . d02. Calculando: 5 . do1 = 4.(100
+ d01) → do1 = 400 m.

REFLEXÃO DA LUZ – ESPELHOS PLANOS

Dá-se o nome de reflexão ao fenômeno no qual a luz


incide sobre uma superfície (superfície refletora) e retor-
na ao meio de propagação. De maneira mais direta: a luz
se propaga no ar em direção a um espelho. Após refletir Para o espelho plano, o tamanho do objeto é igual
no espelho, volta a propagar-se no ar (meio de propa- ao tamanho da imagem, ou seja, y = y’. E, como já men-
gação). A reflexão ocorre seguindo duas leis principais: cionado, a distância entre objeto e espelho (p) é igual à
1ª lei – Os raios de luz incidente e refletido e a reta distância da imagem ao espelho (p’). Ou seja, p = p’.
normal, são coplanares. Para o espelho plano, a 2ª lei da reflexão é assim re-
2ª lei – Os ângulos de incidência e reflexão têm a presentada:
mesma medida
Entende-se por reta normal a reta que passa pelo
ponto de incidência (local onde o raio de luz incide) e
forma um ângulo reto com a superfície refletora.

FIQUE ATENTO!
As leis acima são válidas para qualquer su-
perfície refletora, seja um espelho plano ou
não.

1.1 Espelhos planos


Um espelho plano consiste em uma superfície refleto-
ra plana. A principal característica dos espelhos planos é
o fato da distância do objeto até o espelho é igual à dis-
tância da imagem ao espelho. Em outras palavras, objeto 1.2 Campo Visual
(P) e imagem (P’) são simétricos em relação ao espelho. Define-se por campo visual do espelho, a região do
A seguir são apresentados objeto e imagem, sendo o ob- espaço que um certo observador consegue visualizar por
jeto puntiforme. reflexão no espelho. Fazendo uma analogia com o dia-a-
-dia. No carro há alguns espelhos, por exemplo, os retro-
visores laterais. Um motorista, quando olha nesses espe-
lhos, consegue enxergar uma região na lateral e traseira
do carro. Essa região que o motorista consegue enxergar
é o campo visual do espelho. Porém há os chamados
“pontos cegos”, que são pontos fora do campo visual.
Esses pontos não são visíveis pelo motorista. A seguir,
a representação do campo visual de um espelho plano

Considerando um objeto extenso, o mesmo e sua


imagem são representados da seguinte forma:
FÍSICA

53
#FicaDica EXERCÍCIO COMENTADO
Para traçar o campo visual de um espe-
lho, basta marcar o ponto , que corresponde
à imagem do observador, depois do espelho 1. (IFN-MG – TÉCNICO EM LABORATÓRIO –
e traçar duas semirretas do ponto O’ que pas- FUNDEP/2016) Considere um observador (O) diante de
sem pelas extremidades do espelho. A região, um espelho plano (E) e alguns objetos situados nos pon-
antes do espelho, compreendida entre essas
linhas é o campo visual. tos 1, 2, 3 e 4, conforme representado na figura a seguir.

1.3 Espelhos planos oblíquos


Um fenômeno interessante na física ocorre quando se
posiciona dois espelhos planos com um certo ângulo θ e
inserimos um objeto conforme a figura a seguir:

Nessa situação, o observador não conseguirá enxer-


gar, através do espelho plano, o objeto situado no ponto:

Devido a presença dos espelhos, múltiplas imagens a) 1


são formadas e quantidade delas, pode ser calculada b) 2
com a seguinte fórmula: c) 3
d) 4

360° Resposta: Letra D.


𝑁= −1 Desenhando a imagem do espelho plano e ligando os
𝜃
pontos, temos que:

Onde θ deverá ser colocado em graus. Por exemplo,


se os dois espelhos estão perpendiculares, o número de
imagens será:

360°
𝑁= − 1 = 4 − 1 = 3 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
90°

A figura a seguir ilustra o resultado:

Ou seja, a ligação entre a imagem e o observador 4


não passa pelo espelho, assim ele não irá visualizá-la.

REFLEXÃO DA LUZ – ESPELHOS ESFÉRICOS

Imagine uma esfera espelhada por dentro e por fora.


Ao cortar uma calota esférica (parte da esfera obtida ao
cortar a esfera por um plano), haverá duas superfícies es-
pelhadas. A superfície interna é uma superfície côncava,
já a parte externa é convexa. Essas são as duas formas de
FÍSICA

espelhos esféricos: côncavos e convexos. Veja a figura a


seguir para exemplificar:

54
Raios principais
1) Raios incidentes pelo centro (raios que passam
pelo ponto C), são refletidos na mesma direção

Se pela definição não ficou claro, basta pensar em


uma colher, como exemplo ilustrativo (pois a colher não
tem formato de calota esférica). A superfície da colher
em que utilizamos para colocar alimentos, é a superfície
côncava. A superfície “de baixo” da colher é a convexa.

2) Raios incidentes paralelamente ao eixo do espelho


refletem na direção do foco

Os espelhos esféricos possuem alguns elementos que


são importantes para o estudo dos mesmos:
Centro (C) – centro da esfera da qual pertence a ca-
lota esférica
Raio de curvatura (R) – raio da esfera da qual pertence
a calota esférica
Vértice (V) – ponto mais extremo do espelho (calota
esférica)
Foco (F) – ponto localizado na metade do segmento 3) Raios em direção ao foco são refletidos paralela-
de reta que une o centro e o vértice mente ao eixo do espelho

FIQUE ATENTO!
As leis acima são válidas para qualquer su- 4) Raios incidentes no vértice, são simétricos em rela-
perfície refletora, seja um espelho plano ou
não. ção ao eixo do espelho

1.1 Espelhos côncavos


A seguir será apresentada a formação de imagens em
FÍSICA

um espelho côncavo. Em seguida, será mostrada a análi-


se analítica de espelhos côncavos.

55
A imagem formada é REAL, INVERTIDA, DO MESMO
TAMANHO que o objeto e está posicionada no centro
também.

Construção de imagens
Conhecendo os raios principais, é possível fazer a
construção geométrica das imagens. Partindo de um
ponto do objeto, a imagem desse ponto ocorrerá na in-
tersecção de pelo menos dois raios principais. Antes de
analisar os diferentes casos, é importante conhecer as • Objeto entre o centro e o foco
naturezas de imagens existentes A imagem formada é REAL, INVERTIDA, MAIOR que o
Imagem Real x Imagem Virtual: em linhas gerais, uma objeto e está localizada após o centro
imagem é dita real quando se forma na frente do espelho
e virtual quando se forma atrás do espelho.
Imagem Direita x Imagem Invertida: uma imagem é
direita, quando imagem e objeto estão no mesmo se-
miplano em relação ao eixo do espelho. Ou seja, ambos
estão “em cima” ou ambos “em baixo”. Por outro lado,
uma imagem é invertida quando objeto e imagem estão
em semiplanos opostos.
Imagem Maior x Imagem Menor: este caso é mais in-
tuitivo, pois uma imagem é maior quando sua dimensão
é maior que a do objeto, e menor quando sua dimensão
é menor do que a do objeto.
Essas descrições ficarão mais claras a seguir. Há di-
ferentes possibilidades para o espelho côncavo, que se
diferenciam pela posição do objeto.
• Objeto sobre o foco
• Objeto antes do centro A imagem é IMPRÓPRIA (não forma imagem).
A imagem formada é REAL, INVERTIDA, MENOR que
o objeto e está posicionada entre o centro e o foco

• Objeto entre o foco e o vértice


FÍSICA

• Objeto sobre o centro A imagem é VIRTUAL, DIREITA e MAIOR que o objeto

56
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′

É possível também calcular o aumento linear trans-


versal (A), que representa o quanto a imagem aumentou/
diminuiu em relação ao objeto.

𝑝′ 𝑓
𝐴=− 𝑜𝑢 𝐴 =
𝑝 𝑓−𝑝

O aumento é, também, calculado por:

Estudo analítico do espelho côncavo


O estudo analítico consiste em utilizar relações mate- 𝑖
máticas para encontrar medidas de interesse (dependen- 𝐴=
𝑜
do de cada problema). Medidas de interesse são: distân-
cia do objeto ao vértice, distância da imagem ao vértice,
tamanho do objeto, tamanho da imagem, distância focal Usualmente, calcula-se o aumento pela primeira
do espelho (distância entre o centro e o foco. Corres- equação de A e, em seguida, utiliza-se a segunda equa-
ponde à metade do raio do espelho). Essas medidas de ção de A para encontrar o tamanho da imagem ou do
interessa são denotadas por: objeto.

#FicaDica
O sinal de “-“ no aumento não significa que
a imagem diminuiu. O sinal de “-“ indica que a
imagem é invertida. Por exemplo, um aumento
A = - 2, significa que a imagem é invertida e 2
vezes maior que o objeto. Imagens menores
que o objeto tem valores de aumento entre 0
e1→0<A<1

1.2 Espelhos convexos


A seguir será apresentada a formação de imagens em
um espelho convexo. A idéia geral é parecida com aque-
la apresentada em espelhos côncavos, Em seguida, será
mostrada a análise analítica de espelhos côncavos.

Raios principais
1) Raios incidentes pelo centro, são refletidos na
f: distância focal mesma direção
p: distância do objeto ao vértice
p’: distância da imagem ao vértice
o: tamanho do objeto
i: tamanho da imagem
A convenção de sinais adotada é simples: As distân-
cias medidas a esquerda do espelho são positivas, ou
seja, os valores de p, p’ e f na figura são positivas. Em re-
sumo, a distância focal de um espelho côncavo é positiva
(f > 0), e quando p’ > 0 a imagem é real e quando p’ < 0,
a imagem é virtual
A equação que relaciona essas grandezas é conheci-
FÍSICA

da por Lei de Gauss ou Equação dos Pontos Conjugados:

57
2) Raios incidentes paralelamente ao eixo do espelho,
são refletidos na direção do foco

A imagem é VIRTUAL, DIREITA e MENOR que o ob-


jeto.

Estudo analítico do espelho convexo


3) Raios incidentes passando pelo foco, são refletidos
O estudo analítico é idêntico ao apresentado para o
paralelamente ao eixo
espelho côncavo. A única diferença ocorre no valor da
distância focal, pois, para o espelho convexo esse valor é
negativo (f < 0). As demais considerações, bem como as
equações, são as mesmas já apresentadas.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (IFB – PROFESSOR FÍSICA – IFB/2017) Um obje-


to real se encontra em frente a um espelho esférico côn-
cavo voltado para a superfície refletora do mesmo, de
modo que a distância do objeto até o espelho é p = 3.f,
onde f é a distância focal do espelho. Para esta situação,
podemos afirmar que:

a) A imagem terá o triplo do tamanho do objeto


4) Raios incidentes no vértice, são simétricos em rela-
b) A imagem terá o dobro do tamanho do objeto
ção ao eixo do espelho
c) A imagem terá o mesmo tamanho que o objeto
d) A imagem terá metade do tamanho do objeto
e) A imagem terá um terço do tamanho do objeto

Resposta: Letra D.
Aplicando a fórmula do aumento da imagem:
𝐴=
𝑓
=
𝑓
=−
𝑓
= −0,5 . Ou seja, a relação
𝑓−𝑝 𝑓−3𝑓 2𝑓

do tamanho da imagem com o tamanho do objeto é


0,5 ou metade.

REFRAÇÃO DA LUZ
A refração da luz é um fenômeno no qual a luz muda
de velocidade ao passar de um meio para o outro. Ocorre
refração, por exemplo, quando a luz está se propagando
no ar e passa a se propagar na água. Essa mudança de
Construção de imagens velocidade pode ser acompanhada também de uma mu-
O espelho convexo, em comparação com o espelho dança de direção. Alguns meios no qual a luz se propaga
côncavo, é mais simples pois forma apenas um tipo de podem oferecer mais ou menos resistência à propaga-
FÍSICA

imagem, independentemente da posição do objeto. ção. Essa resistência é caracterizada pelo índice de refra-
ção (n) que será apresentado a seguir.

58
1.1 Índice de refração (n1 < n2), ele se APROXIMA da reta normal. O caso
O índice de refração de um meio é definido como a é o mesmo da figura anterior.
razão entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocida-
de da luz nesse meio (v). A expressão é dada por:
𝑐
𝑛=
𝑣

A velocidade da luz no vácuo vale c = 3.108 m/s. Ge-


ralmente, adota-se a velocidade de propagação da luz no
ar como muito próxima da velocidade da luz no vácuo
(v≈c). Com isso, o índice de refração do ar
𝑛 𝑎𝑟 vale 𝑛 𝑎𝑟 = = 1
𝑐
𝑐

#FicaDica
Em exercícios, é comum não mencionarem
que o nar = 1 e isso ser necessário para resolver
o problema. Então ao encontrar um exercício
de refração e um dos meios for o ar, lembre-se
que nar = 1. • Quando um raio de luz se propaga de um meio
mais refringente para um meio menos refringente
(n1 > n2), ele se AFASTA da reta normal.
1.2 Lei de Snell-Descartes •
Aqui será apresentada a relação matemática que ca-
racteriza o fenômeno da refração. Considere um raio de
luz que se propaga no ar e passa se propagar na água:

Note que, quando o ângulo de incidência é igual a


zero, o ângulo de refração também será e, portanto, a luz
Os ângulos indicados acima são os ângulos de inci- não sofre mudança de direção.
dência (î) e o ângulo de refração (r ̂ ).O primeiro corres-
ponde ao ângulo que o raio de luz incidente forma com a
reta normal enquanto o segundo corresponde ao ângulo
entre o raio de luz refratado e a reta normal. Vale ressal-
tar que a reta normal é uma reta que passa pelo ponto
de incidência e forma um ângulo reto com a interface
entre os meios (nesse caso ar e água). A lei que relaciona
os ângulos citados bem como os índices de refração dos
meios é a Lei de Snell-Descartes:
𝑛 1 . sen𝚤̂ = 𝑛 2 . sen 𝑟̂

Analisando essa expressão pode-se chegar a algumas


conclusões importantes. Nos dois casos considere a luz
se propagando de um meio 1 para um meio 2:
FÍSICA

• Quando um raio de luz se propaga de um meio


menos refringente para um meio mais refringente

59
𝜂𝑎𝑟 = 1,0
FIQUE ATENTO!
No caso de o ângulo de incidência ser nulo, 𝑐 = 3,0𝑥108 𝑚/𝑠
embora não ocorra mudança de direção, ocor- √3 = 1,7
re refração da luz pois ela muda de velocidade.
2 = 1,4

1.3 Reflexão total – ângulo limite a) 5,7.107


Nesse caso, considera-se um raio de luz que se pro- b) 8,9.107
paga de um meio mais refringente para um menos refrin- c) 1,7.108
gente, por exemplo, se propagando da água para o ar. d) 3,0.108
Existe um valor para o ângulo de incidência para o qual, e) 5,1.108
qualquer ângulo de incidência maior que esse valor, a luz
não sofrerá refração, mas sim reflexão. A esse fenômeno Resposta: Letra C.
dá-se o nome de reflexão total e ao ângulo citado, ân- Aplicando a Lei de Snell, tem-se que:
gulo limite ( 𝐿�). O seno do ângulo limite é calculado da 𝑛 1 . sen𝚤̂ = 𝑛 2 . sen 𝑟̂ . Substituindo os valores:
seguinte forma:
𝑛 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
sen 𝐿� = 3 1
𝑛 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 1. = 𝑛 2 . → 𝑛 2 = 1,7 . A razão entre os índices de
2 2
onde nmenor é o menor índice de refração entre os dois
meios e nmaior, o maior índice. refração é inversamente proporcional a relação das
velocidades da luz nos dois meios, assim:
3.108
→ 𝑣2 = 1,7.108 𝑚/𝑠 .
𝑛2 𝑣1 1,7
= → =
𝑛1 𝑣2 1,0 𝑣2

LENTES

Lentes são sistemas ou dispositivos ópticos que fun-


cionam com o princípio da refração da luz. São muito
úteis no nosso dia-a-dia, sendo utilizadas em óculos, má-
quinas fotográficas e outros aparelhos. Aqui será apre-
sentada a classificação das lentes, a construção geomé-
trica de imagens e o estudo analítico das mesmas.

1.1 Classificação
As lentes podem ser divididas em dois grandes gru-
pos: convergentes e divergentes. O primeiro grupo con-
siste em lentes também chamadas de delgadas pois tem
suas bordas mais finas do que seu centro:
EXERCÍCIO COMENTADO

1. (PETROBRAS – GEOFÍSICO JÚNIOR – CES-


GRANRIO/2018) Um raio luminoso propagando-se
no ar incide sobre uma superfície plana feita de óxido
de zircônio cujo índice de refração é desconhecido. Os
ângulos de incidência e de refração, medidos para uma
onda cujo comprimento de onda é 500nm, são de 60° e
30°, respectivamente.
Qual é a velocidade de propagação da onda, em m/s,
no óxido de zircônio? 
Dados
Nesse tipo de lentes, considerando que o índice de
refração da lente é maior do que o índice do meio no
qual ela está inserida, quando raios de luz incidem pa-
FÍSICA

ralelamente sobre elas, eles convergem em um único


ponto

60
Dentre as lentes convergentes há os seguintes tipos:
biconvexa, plano-convexa e côncavo-convexa
Dentre as lentes divergentes há os seguintes tipos:
bicôncava, plano-côncava e convexa-côncava.

Já o segundo grupo, das lentes divergentes, consiste


em lentes também chamadas de espessas pois tem suas
bordas mais grossas do que seu centro:
Em exercícios, as lentes são representadas das formas
a seguir, independentemente do tipo de cada uma delas
apenas importando se são convergentes ou divergentes.
As lentes possuem alguns elementos que são impor-
tantes para o estudo das mesmas:
Centros de curvatura das faces da lente (O1 e O2)
Raios de curvatura das faces da lente (R1 e R2)
Eixo principal – reta que contém os pontos O1 e O2
Vértices – intersecção das faces da lente com o eixo
principal
Focos objeto e imagem – focos das lentes, um de
cada lado da lente

1.2 Lentes Convergentes


A seguir será apresentada a formação de imagens
em uma lente convergente. Em seguida, será mostrada a
análise analítica desse tipo de lentes.
Nesse tipo de lentes, considerando que o índice de
refração da lente é maior do que o índice do meio no Raios principais
qual ela está inserida, quando raios de luz incidem para- 1) Raios incidentes pelo centro, são refratados sem
lelamente sobre elas, eles divergem. sofrer desvio
FÍSICA

61
• Objeto sobre o centro

A imagem formada é REAL, INVERTIDA e DO MESMO


TAMANHO que o objeto
2) Raios incidentes paralelamente ao eixo da lente, • Objeto entre o centro e o foco
são refratados na direção do foco e vice-versa

A imagem formada é REAL, INVERTIDA e MAIOR que


Construção de imagens o objeto
Conhecendo os raios principais, é possível fazer a
construção geométrica das imagens. Partindo de um • Objeto sobre o foco
ponto do objeto, a imagem desse ponto ocorrerá na in-
tersecção de pelo menos dois raios principais. A natureza
das imagens (real, virtual, direita, invertida, maior, me-
nor) é a mesma apresentada para espelhos esféricos. A
diferença é que agora, imagens formadas após a lente
são reais e as imagens formadas antes, são virtuais.

• Objeto antes do centro


A imagem formada é REAL, INVERTIDA e MENOR que
o objeto

A imagem é IMPRÓPRIA (não forma imagem).

• Objeto entre o foco e o vértice


FÍSICA

62
𝑝′ 𝑓
𝐴=− 𝑜𝑢 𝐴 =
𝑝 𝑓−𝑝

O aumento é, também, calculado por:

𝑖
𝐴=
𝑜

Usualmente, calcula-se o aumento pela primeira


equação de A e, em seguida, utiliza-se a segunda equa-
ção de A para encontrar o tamanho da imagem ou do
objeto.

A imagem é VIRTUAL, DIREITA e MAIOR que o objeto


#FicaDica
Estudo analítico da lente convergente O sinal de “-“ no aumento não significa que
A equação utilizada é, novamente, a Lei de Gauss com a imagem diminuiu. O sinal de “-“ indica que a
os mesmos elementos que foram apresentados para es- imagem é invertida. Por exemplo, um aumento
A = -2, significa que a imagem é invertida e 2
pelhos: f, p e p’. vezes maior que o objeto. Imagens menores
f: distância focal que o objeto tem valores de aumento entre 0
p: distância do objeto ao vértice e 1 → 0 < A < 1.
p’: distância da imagem ao vértice
o: tamanho do objeto
i: tamanho da imagem
1.3 Lentes Divergentes
A seguir será apresentada a formação de imagens em
A convenção de sinais adotada é:
uma lente divergente. Em seguida, será mostrada a aná-
lise analítica desse tipo de lentes.

Raios principais
1) Raios incidentes pelo centro, são refratados sem
sofrer desvio

Em resumo, a distância focal de uma lente conver-


gente é positiva (f > 0), e quando p’ > 0 a imagem é real
e quando p’ < 0, a imagem é virtual.
A equação que relaciona essas grandezas é conheci-
da por Lei de Gauss ou Equação dos Pontos Conjugados:

1 1 1
= + 2) Raios incidentes paralelamente ao eixo da lente,
𝑓 𝑝 𝑝′
são refratados na direção do foco e vice-versa

É possível também calcular o aumento linear trans-


versal (A), que representa o quanto a imagem aumentou/
FÍSICA

diminuiu em relação ao objeto.

63
EXERCÍCIO COMENTADO

1. (UFF – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CO-


SEAC/2017/ADAPT) Situa-se um objeto a uma distân-
cia p = 1 cm diante de uma lente convergente de dis-
tância focal f, de modo a obter uma imagem real a uma
distância p’ da lente. Considerando-se a condição de mí-
nima distância entre imagem e objeto (p’=2f), o valor de
p’, em centímetros, é:

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Construção de imagens
A lente divergente, em comparação com a conver- Resposta: Letra A:
gente, é mais simples pois forma apenas um tipo de ima- Aplicando a lei de Gauss para a condição estabe-
gem, independentemente da posição do objeto. lecida:
1 1 1 2 1 1 1 1
= + ′ → ′ = + ′ → ′ = → 𝑝 ′ = 𝑝 = 1𝑐𝑚
𝑓 𝑝 𝑝 𝑝 𝑝 𝑝 𝑝 𝑝

VISÃO

O olho humano é um sistema óptico que funciona


com os princípios apresentados na teoria da óptica geo-
métrica. O olho humano é composto por diversas partes.
Aqui o olho humano será apresentado de forma simplifi-
cada, apenas com os elementos que interessam para os
estudos que aqui serão apresentados.
A imagem é VIRTUAL, DIREITA e MENOR que o ob- 1.1 Elementos do olho humano
jeto. Em linhas gerais, o olho humano possui uma estru-
tura denominada cristalino que funciona como uma len-
Estudo analítico da lente convergente te convergente. Quando um objeto é observado pelo
O estudo analítico é idêntico ao apresentado para a olho, é formada uma imagem real desse objeto em outro
lente convergente. A única diferença ocorre no valor da componente do olho humano, a retina. As células que
distância focal, pois, para a lente divergente esse valor é compõem a retina transmitem à imagem ao cérebro pelo
negativo (f < 0). As demais considerações, bem como as nervo óptico. Um esquema simplificado do olho humano
equações, são as mesmas já apresentadas. é exibido a seguir:

FIQUE ATENTO!
Alguns exercícios costumam fornecer a dis-
tância focal da lente divergente como um valor
positivo, porém quando for resolver o exercí-
cio você substituir, na Lei de Gauss, como um
valor negativo.
Como sabemos, considerando um olho normal (sem
problemas de visão) é possível enxergar objetos próxi-
1.4 Vergência de uma lente mos do olho humano e ao longe. Isso é possível pelo fato
A vergência (D) de uma lente é definida como o inver- do cristalino ser uma lente de distância focal variável que,
so da distância focal: dependendo da posição do objeto, assume diferentes
valores de distância focal se acomodando a cada situa-
ção. A isso dá-se o nome de acomodação visual. Assim,
1
𝐷= para um olho considerado normal pode-se definir dois
𝑓 pontos: ponto remoto e ponto próximo
FÍSICA

A unidade da vergência é a dioptria (di). 1.2 Ponto remoto (pR)

64
Ponto no qual o olho humano não realiza esforço de são nítida de um objeto distante). A hipermetropia ca-
acomodação para ver um objeto ali colocado. Um obje- racteriza-se por um achatamento do olho na direção do
to colocado muito distante do olho (no infinito) está no eixo anteroposterior ou por uma convergência diminuída
ponto remoto. Para um olho normal: pR = ∞ em relação ao olho normal. No caso da hipermetropia, a
imagem é formada depois da retina e isso provoca falta
1.3 Ponto próximo (pP) de nitidez na formação de imagens próximas. Para
Ponto no qual o olho humano realiza o maior esfor- que uma pessoa hipermétrope consiga enxergar com
ço de acomodação para ver um objeto ali colocado. Um nitidez os objetos que estão próximos a ela, é necessá-
objeto colocado a 25 cm do olho humano está no ponto rio aumentar a convergência de seu olho. (http://mun-
próximo. doeducacao.bol.uol.com.br/fisica/hipermetropia.htm
em 18/07/2016)
Uma pessoa que possui hipermetropia pode utilizar
lentes para corrigir esse defeito visual. Nesse caso, po-
de-se utilizar

a) lentes biconvexas;
b) lentes planas e paralelas;
1.4 Miopia c) espelhos convexos;
A miopia é um defeito da visão no qual a pessoa que d) lentes bicôncavas;
a possui não enxerga bem de longe. Fisicamente significa e) lentes plano-côncavas.
que o ponto remoto de um olho míope não está localiza-
do no infinito e sim a uma distância finita. A correção da Resposta: Letra A.
miopia se dá com lentes divergentes Para corrigir hipermetropia, necessita-se de lentes
Quando diz-se no popular que uma pessoa tem “três convergentes, a única alternativa que é uma lente con-
graus de miopia”, significa que ele usa uma lente diver- vergente é a lente biconvexa.
gente com vergência igual a -3 di. O sinal negativo ocor-
re porque a lente é divergente. A distância focal da lente
divergente varia do grau de miopia que cada pessoa pos- CALOR E FENÔMENOS TÉRMICOS:
sui. Ela é calculada por: f = -pR onde pR é o ponto remoto CALOR E TEMPERATURA. ESCALAS
do olho ou a maior distância que ele pode enxergar niti-
TERMOMÉTRICAS. TRANSFERÊNCIA
DE CALOR E EQUILÍBRIO TÉRMICO.
damente. Por exemplo, uma pessoa míope enxerga niti-
CAPACIDADE CALORÍFICA E CALOR
damente objetos colocados a 0,5 m do seu olho. Acima
ESPECÍFICO. CONDUÇÃO DO CALOR.
de 0,5 m ela não enxerga nitidamente. Então diz-se que,
DILATAÇÃO TÉRMICA. MUDANÇAS DE
para essa pessoa pR = 0,5 m. ESTADO FÍSICO E CALOR LATENTE DE
TRANSFORMAÇÃO. COMPORTAMENTO DE
1.5 Hipermetropia GASES IDEAIS (EQUAÇÃO DE CLAPEYRON).
A hipermetropia é um defeito da visão no qual a pes- MÁQUINAS TÉRMICAS. CICLO DE CARNOT.
soa que a possui não enxerga bem de perto. Fisicamente LEIS DA TERMODINÂMICA.
significa que o ponto próximo de um olho míope não
está localizado a 25 cm do olho e sim a uma distância
superior. A correção da miopia se dá com lentes conver- CALORIMETRIA
gentes. 1.1 Calor sensível
Em um olho hipermetrope, pP > 25 cm. A distância Calor é definido como energia em trânsito entre dois
focal da lente a ser utilizada para cada pessoal é encon- corpos que possuem temperaturas diferentes. A quan-
trada pela Lei de Gauss: tidade de calor trocada por um corpo Q é calculada da
seguinte forma:
1 1 1
= − 𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝜃
𝑓 0,25 𝑝𝑃
onde m é a massa do corpo, c é o calor específico
onde pP é o ponto próximo da pessoa com hiperme- e Δθ é a variação de temperatura. A unidade do calor
tropia. Esse ponto próximo é a menor distância do olho específico determinará em quais unidades deverão estar
na qual ela consegue enxergar nitidamente um objeto. as outras grandezas. Algumas unidades possíveis para o
calor específico: J/g°C, kJ/kg°C, cal/g°C, etc... Então, por
exemplo, se o calor específico for dado em J/g°C, a mas-
EXERCÍCIO COMENTADO sa deve estar em gramas (g), a temperatura em graus
Celsius (°C) e o calor transferido será calculado em Joules
1. (UFRR – VESTIBULAR – UFRR/2013) “Podemos (J). Vale o mesmo raciocínio para as demais unidades. A
FÍSICA

definir o defeito visual hipermetropia como sendo um unidade cal é chamada de caloria e vale, aproximada-
defeito oposto ao defeito visual miopia (não permite vi- mente, 4,18 J

65
1.3 Trocas de calor
Convenção de sinais Aqui consideraremos substâncias colocadas dentro
O calor calculado Q pode ser positivo ou negativo. O de um calorímetro, um recipiente fechado e que não tro-
significado do sinal representa o sentido da transferência ca calor com o meio exterior. Assim, todas as substâncias
de calor: dentro do calorímetro trocarão calor apenas entre si até
• Q > 0 → Calor é recebido pelo corpo atingirem o equilíbrio térmico, ou seja, atingirem a mes-
• Q < 0 → Calor é cedido pelo corpo ma temperatura final. Assim, conclui-se que a soma de
todas as trocas de calor dentro do calorímetro é igual a
zero pois a quantidade de calor que uma substância per-
#FicaDica
de é absorvida por outra e assim por diante. Em resumo:
O produto m.c é também chamado de ca-
pacidade térmica, denotado pela letra C. As-
sim, C = m . c. É comum utilizar capacidade Σ𝑄 = 0
térmica para reservatórios, recipientes, etc.
Ou seja:

1.2 Calor latente


𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 + ⋯ = 0
Calor latente é a quantidade de calor necessária para
que uma substância mude de fase. As fases da matéria Onde Q1, Q2,… são os calores trocados pelas substân-
são: sólido, líquido e gasoso. Considerando uma subs- cias dentro do calorímetro.
tância pura, durante a mudança de fase a temperatura
não se altera até que a mudança de fase se complete. Por
exemplo, sabe-se que a água evapora, ao nível do mar, EXERCÍCIO COMENTADO
a 100°C. Quando a água atinge 100°C ela começa a eva-
porar. Enquanto toda a água não tiver se transformado 1. (UFF – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CO-
em vapor, a temperatura do sistema permanece igual a SEAC/2017) Massas iguais de cinco líquidos distintos,
100°C. Após toda a água ter se transformado em vapor, cujos calores específicos estão dados na tabela adiante,
seguindo o aquecimento o vapor começa a aumentar a encontram-se armazenadas, separadamente e à mesma
sua temperatura. Esse processo pode ser visualizado em temperatura, dentro de cinco recipientes com boa isola-
uma curva de aquecimento. A seguir é exibida a curva de ção e capacidade térmica desprezível. 
aquecimento de uma substância pura:

Se cada líquido receber a mesma quantidade de ca-


lor, suficiente apenas para aquecê-lo, mas sem alcançar
O calor latente é calculado da seguinte forma: seu ponto de ebulição, aquele que apresentará tempera-
tura menor, após o aquecimento, será:
𝑄 = 𝑚. 𝐿
a) a água
onde m é a massa da substância e L é a constante de b) o petróleo
calor latente que depende da mudança de fase (fusão/ c) a glicerina
solidificação ou evaporação/condensação) e da substân- d) o leite
cia. O calor Q acima é interpretado como o calor absorvi- e) o mercúrio
do/emitido pela substância para mudar de fase.
Resposta: Letra A.
O calor específico é a propriedade que determina o
FIQUE ATENTO! quanto de energia é necessária para alterar a tempe-
O cálculo do calor latente não leva em conta ratura de uma unidade de massa de uma substância.
variação de temperatura pois durante a mudan-
FÍSICA

Nesse caso, a substância que tiver o calor específico


ça de fase não ocorre variação de temperatura.
maior, irá variar menos em temperatura. Na tabela,
quem tem o maior calor específico é a água.

66
ESCALAS TERMOMÉTRICAS
EXERCÍCIO COMENTADO
Uma grandeza importante para o estudo na área tér-
mica é a temperatura, que mede o grau de agitação das
1. (SEDF – PROFESSOR DE FÍSICA – QUADRIX/2017)
moléculas de determinada substância. Assim, é necessá-
Um professor encontrou um termômetro com uma no-
rio medir a temperatura e para tal é necessário que haja
menclatura X. No manual de instruções, o professor ve-
escalas de medidas. Há diversas escalas de temperatura,
rificou que a escala termométrica do termômetro possui
mas três são as principais: Celsius (°C), Fahrenheit (°F) e
as seguintes convenções: ponto de gelo 30°X e ponto de
Kelvin (K). A seguir será apresentada a relação entre as
vapor, 80°X. Com base nessa situação hipotética, julgue
escalas. A relação entre as escalas é obtida quando são
o item a seguir.
conhecidas as temperaturas de uma mesma substância
A equação de conversão para a temperatura medida
em diferentes escalas. A substância mais fácil de ser uti-
na escala X (tx) e na escala Celsius (tc) é expressa por tx=
lizadas é a água e as temperaturas de fusão e ebulição
2tc + 30.. 
da mesma. Assim sabe-se que essas temperaturas são,
respectivamente, 0 e 100 em Celsius, 32 e 212 em Fahre- (  ) CERTO   (  ) ERRADO
nheit, 273 e 373 em Kelvin. Correlacionando-as:
Resposta: Letra B.
Aplicando a relação de proporcionalidade entre quais-
quer escalas de temperatura, tem-se que:

DILATAÇÃO TÉRMICA

Dilatação é o fenômeno no qual os corpos aumentam


de tamanho (ou diminuem no fenômeno de contração)
quando são aquecidos. O fenômeno ocorre devido ao
aumento da agitação das moléculas do material o que
aumenta o espaço entre as moléculas e consequente-
mente as dimensões do material (corpo). Pode ocorrer de
Como encontrar a relação? A relação que deseja-se três formas: linearmente (comprimento), superficialmen-
encontrar é uma temperatura em função da outra, por te (comprimento e largura) e volumetricamente (compri-
exemplo θC = f (θF ), ou seja, uma função que relaciona a mento, largura e altura).
temperatura em Celsius, θC, com a temperatura, θF. Supo-
nha uma temperatura nas três escalas que esteja entre os
valores apresentados. Fazendo a relação entre as escalas #FicaDica
vem: Na prática quando ocorre dilatação, ela
sempre ocorre nas três dimensões. Porém
𝜃𝐶 − 0 𝜃𝐹 − 32 𝜃𝐾 − 273 para alguns materiais a dilatação ocorre mais
= = em uma direção então considera-se que as
100 − 0 212 − 32 373 − 273 demais dimensões não dilatam e por isso a
distinção entre dilatação linear, superficial e
volumétrica.
Simplificando as expressões, é possível estabelecer a
relação entre as temperaturas. Serão apresentadas as re-
lações entre Celsius e Fahrenheit e Celsius e Kelvin. 1.1 Dilatação linear
Nessa forma, ocorre dilatação apenas do compri-
mento do corpo. Considere uma barra de comprimento
5 L0 que, após aquecimento, passa a ter um comprimento L
𝜃𝐶 = 𝜃 − 32
9 𝐹 após aumentar seu comprimento em ΔL
𝜃𝐶 = 𝜃𝐾 − 273

#FicaDica
A conversão entre Kelvin e Celsius se dá
simplesmente pela adição/subtração de 273.

A escala Kelvin é chamada de escala absoluta de tem-


FÍSICA

peratura e a temperatura 0 K é chamado de zero abso- A variação do comprimento é calculada da seguinte


luto, uma temperatura que é impossível de ser atingida. forma:

67
A variação da área é calculada da seguinte forma:
∆𝐿 = 𝐿0 𝛼∆𝜃

onde α é o coeficiente de dilatação linear do material ∆𝐴 = 𝐴0 𝛽∆𝜃


e Δθ é a variação de temperatura a qual o corpo foi sub-
metida. O comprimento final da barra será: onde β é o coeficiente de dilatação superficial do ma-
terial e Δθ é a variação de temperatura a qual o corpo foi
submetida. A área final da placa será:
𝐿 = 𝐿0 + ∆𝐿
𝐴 = 𝐴0 + ∆A
EXERCÍCIO COMENTADO
1.3 Dilatação volumétrica
Nessa forma, ocorre dilatação do comprimento, lar-
1. (PETROBRAS – TÉCNICO DE INSPEÇÃO – CES-
gura e altura do corpo, aumentando seu volume. Con-
GRANRIO/2017) Duas barras de comprimentos iguais,
sidere um bloco de volume V0 que, após aquecimento,
sendo uma de cobre e a outra de alumínio, são coladas a
passa a ter um volume V após aumentar seu volume em
20°C, formando um único conjunto, conforme mostrado
ΔV:
na Figura abaixo. 

O conjunto é então aquecido até 120°C.


Sabendo-se que a 120°C a deformação térmica do
alumínio é maior que a deformação térmica do cobre, a
configuração final do conjunto a 120°C apresentará uma
deformação axial

a) igual ao cobre quando aquecido a 120°C


b) igual ao alumínio quando aquecido a 120°C
c) inferior ao do cobre quando aquecido a 120°C
d) superior á do alumínio quando aquecido a 120°C
e) superior á do cobre quando aquecido a 120°C

Resposta: Letra E. A variação do volume é calculada da seguinte forma:


Como o alumínio deforma mais que o cobre, a ∆𝑉 = 𝑉0 𝛾∆𝜃
parte de baixo da peça irá dilatar mais, envergando
a peça para cima e deixando a mesma maior que a • onde γ é o coeficiente de dilatação volumétrica do
dilatação do cobre a 120°C. material e Δθ é a variação de temperatura a qual o
corpo foi submetida. O volume final do bloco será:
1.2 Dilatação superficial
Nessa forma, ocorre dilatação do comprimento e da
largura do corpo., aumentando a sua área. Considere FIQUE ATENTO!
uma placa de área A_0 que, após aquecimento, passa a Para um mesmo material os valores de α, β
ter uma área A após aumentar sua área em ΔA: e γ são diferentes.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (SEARH-RN – PROFESSOR DE FÌSICA – IDE-


CAN/2016) Uma vasilha de vidro cujo volume é 720 ml
contém uma certa quantidade de mercúrio e se encon-
tra inicialmente a uma temperatura de 20°C. Essa vasi-
FÍSICA

lha é então aquecida até atingir 80°C e então verifica‐se


que o volume da parte vazia permanece constante. A

68
quantidade de mercúrio contido nessa vasilha é: (Da- A última está no Sistema Internacional.
dos: coeficiente de dilatação volumétrica do vidro = 25
. 10–6 °C–1; coeficiente de dilatação volumétrica do mer-
cúrio = 180 .10–6 °C–1). #FicaDica
𝑚
a) 80 ml O número de mols é calculado por 𝑛 =
𝑀
b) 90 ml
c) 100 ml onde m é a massa do gás e M, a massa molar
d) 110 ml do mesmo.

Resposta: Letra C.
Para o volume vazio continuar constante, as duas va- 1.3 Transformações gasosas
riações de volume devem ser iguais, assim: Considerando uma massa fixa de gás, serão apre-
∆𝑉𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = ∆𝑉𝑚𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑖𝑜 → 𝑉𝑣 𝛾𝑣 ∆𝜃 = 𝑉𝑚 𝛾𝑚 ∆𝜃 . sentadas as transformações que os gases podem sofrer.
Quando um gás sofre algum tipo de transformação de
Como a variação de temperatura é 𝑉
a𝑣 𝛾
mesma,
𝑣
pode-se um estado para outro, pelo menos duas variáveis (entre
cancelar esse termo, assim: 𝑉𝑚 = . Substituindo pressão, volume e temperatura) irão se modificar entre
𝛾𝑚
720.25 esses estados. É possível que as três se modifiquem ou
os valores, chega-se a 𝑉𝑚 = = 100 𝑚𝑙 que uma delas permaneça constante na transformação.
180 Transformação isobárica: transformação na qual a
pressão se mantém constante entre os estados, ou seja
P1 = P2. O volume e a temperatura variam obedecendo a
GASES PERFEITOS seguinte relação:

1.1 Definição 𝑉1 𝑉2
=
A teoria dos gases perfeitos é uma modelagem ma- 𝑇1 𝑇2
temática encontrada para uma determinada faixa de
pressão e temperatura do gás que será estudado. Basi-
camente, um gás é dito como perfeito quando suas pro- FIQUE ATENTO!
priedades de pressão, volume ocupado e temperatura na expressão acima e nas demais que serão
respeitam a equação de Clayperon. apresentadas aqui, a temperatura deve estar
em Kelvin (K).
1.2 Equação de Clayperon
Considere uma determinada massa de gás.
Transformação isocórica ou isovolumétrica: transfor-
mação na qual o volume se mantém constante entre os
estados, ou seja V1 = V2. A pressão e a temperatura va-
riam obedecendo a seguinte relação:
𝑃1 𝑃2
=
𝑇1 𝑇2
Transformação isotérmica: transformação na qual a
temperatura se mantém constante entre os estados, ou
seja T1 = T2. A pressão e volume variam obedecendo a
seguinte relação:

A equação de Clayperon relaciona, para um estado 𝑃1 𝑉1 = 𝑃2 𝑉2


do gás, a pressão (P), volume (V), temperatura (T) e nú-
mero de mols (n) desse gás. A equação é a seguinte: Essas três expressões apresentadas são casos particu-
lares da Lei Geral dos Gases Perfeitos, que relaciona dois
𝑃. 𝑉 = 𝑛. 𝑅. 𝑇 estados de uma mesma massa gasosa:

onde R é a constante dos gases ideais. O valor de R 𝑃1 𝑉1 𝑃2 𝑉2


depende das unidades das variáveis do gás. Os valores =
𝑇1 𝑇2
mais comuns são

𝑅 = 0,082 𝑎𝑡𝑚. 𝐿. 𝑚𝑜𝑙 −1𝐾 −1


FÍSICA

𝑅 = 8,31 𝐽. 𝑚𝑜𝑙 −1 𝐾 −1

69
realizando, assim, um trabalho. Um exemplo prático disso
EXERCÍCIO COMENTADO é o cilindro do motor de um carro, que contém um pistão
que se move realizando trabalho que movimenta o carro.
O trabalho realizado por um gás, a pressão constante,
1. (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES-
é calculado da seguinte forma:
PE/2015) No estudo do comportamento dos gases, há
uma conhecida equação de estado de um gás ideal, ex-
𝜏 = 𝑃. 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖
pressa pela relação PV = nRT, em que P é a pressão do
gás, V é o volume ocupado pelo gás, n é o número de
onde Vi e Vf são, respectivamente, os volumes inicial e
mols do gás, T é a temperatura absoluta do gás, medida
final do gás. É possível representar esse processo em um
em Kelvin (K); e R, com valor igual a 0,082 atm.L/(mol.K),
diagrama P×V:
é a constante universal dos gases.
Tendo como referência as informações acima, e sa-
bendo que zero Kelvin corresponde a - 273,15 ºC, julgue
o item a seguir.
Se 2 mols de um gás rarefeito, que se comporta como
um gás ideal, ocupa um espaço de 30 litros e está sob
uma pressão de 2,0 atm, então a sua temperatura é su-
perior a 100 ºC

( ) Certo
( ) Errado
Resposta: Letra B.
Aplicando a equação de Clapeyron, temos que:
2.30 = 2.0.082.T. Isolando:

30 O trabalho é numericamente igual à área sob a curva.


𝑇= = 365,85𝐾 = 92,70°𝐶 . Embora a fórmula apresentada seja válida apenas quan-
0,082 do a pressão é constante, o trabalho sempre será a área
sob a curva , mesmo quando a pressão não for constante:

TERMODINÂMICA
Em linhas gerais, a termodinâmica estuda a relação
entre as quantidades de calor trocadas por determinada
substância e= o meio, e as demais trocas energéticas.

1.1 Trabalho de uma transformação gasosa


Seja uma determinada massa de gás contida em um
cilindro com um êmbolo que pode se mover livremente.
Sobre este êmbolo é colocado um peso de massa , de
modo que a pressão no interior do cilindro seja cons-
tante.

FIQUE ATENTO!
quando a pressão variar linearmente com
o volume (gráfico for uma reta) a figura que
se forma abaixo da curva é um trapézio (se a
pressão inicial não for nula) ou um triângulo
(se a pressão inicial for nula).

Convenção de sinais:
Se esse gás for aquecido, a temperatura irá aumentar Quando o trabalho é positivo: τ > 0, diz-se que o gás
realiza trabalho
FÍSICA

e, dado que a pressão é constante, o volume também. Ao


expandir, o gás elevará o peso o P de uma distância d, Quanto o trabalho é negativo: τ < 0, diz-se que o tra-
balho é realizado sobre o gás

70
1.2 Primeira lei da Termodinâmica De acordo com a segunda lei da termodinâmica, é
A primeira lei da termodinâmica relaciona a quanti- impossível construir uma máquina que converta todo o
dade de calor trocada (Q) por determinada substância calor fornecido em trabalho, ou seja, não existem máqui-
com o meio, o trabalho (τ) realizado por (ou sobre) essa nas térmicas com rendimentos de 100%. O maior rendi-
substância e a variação da energia interna (ΔU) dessa mento de uma máquina térmica que opera entre duas
substância: temperaturas TH e TL é chamado de rendimento de Car-
not e é calculado por (temperaturas em Kelvin):

𝑇𝐿
𝜂𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = 1 −
𝑇𝐻

Carnot é o nome de um engenheiro (Nicolas Sadi Car-


not) que estudos máquinas térmicas e estabeleceu o ci-
clo térmico que proporciona o máximo rendimento para
uma máquina que opere entre duas fontes com tempe-
raturas constantes.
0
Convenção de sinais:
Quando Q > 0, diz-se que calor é absorvido pela #FicaDica
substância uma máquina térmica que opera entre duas
Quando Q < 0, diz-se que calor é cedido pela subs- fontes com temperaturas constantes, terá seu
tância rendimento menor ou igual ao rendimento de
Carnot calculado com essas temperaturas. Ou
seja, ηreal < ηCarnot
1.3 Segunda lei da Termodinâmica
Para enunciar a segunda lei, define-se o conceito de
máquina térmica. Entende-se por máquina térmica um
dispositivo que realiza trabalho ao receber calor () de
uma fonte quente à temperatura e rejeitar calor () para EXERCÍCIO COMENTADO
uma fonte fria à temperatura .
1. (PETROBRAS – ENGENHEIRO DE EQUIPA-
MENTOS – CESGRANRIO/2018) Um motor térmico
operando segundo um ciclo de Carnot possui rendimen-
to de 45%. Se a temperatura da fonte quente é de 60°C,
qual é o valor da temperatura da fonte fria desse sistema,
em °C? 

a) -89,92
b) -33,00
c) -95,27
d) 15,75
e) 33,00

Resposta: Letra A.
Aplicando a relação do rendimento de Carnot:

𝑇𝐿 𝑇𝐿 𝑇𝐿
𝜂 = 1− → 0,45 = 1 − → = 0,55 →
𝑇𝐻 333,15 333,15
O rendimento de uma máquina térmica é calculado 𝑇𝐿 = 183,23𝐾 → 𝑇𝐿 = −89,91°𝐶.
como a razão do trabalho produzido e o calor fornecido
para a realização de trabalho:
𝜏
𝜂=
𝑄𝐻

Fazendo um balanço energético nota-se que τ = QH-


QL. Assim:

𝑄𝐻 − 𝑄𝐿 𝑄𝐿
FÍSICA

𝜂= =1−
𝑄𝐻 𝑄𝐻

71
MATÉRIA E RADIAÇÃO: MODELOS ATÔMICOS E AS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
(TÉRMICAS, ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS).ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO (DAS
ONDAS DE RÁDIO AOS RAIOS GAMA) E SUAS TECNOLOGIAS. RADIAÇÕES E MEIOS
MATERIAIS (FOTOCÉLULAS, EMISSÃO E TRANSMISSÃO DE LUZ, TELAS DE MONITORES
E RADIOGRAFIAS). POTÊNCIA DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS. NATUREZA
CORPUSCULAR DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS. TRANSFORMAÇÕES NUCLEARES E
RADIOATIVIDADE.

EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS

Um grande passo rumo ao desenvolvimento da Química como ciência foi a evolução do entendimento a respeito da
estrutura atômica. Por exemplo, foi possível entender o que constitui a matéria, prever determinados comportamentos
dos materiais, entender e manipular a radioatividade, produzir produtos de nossos interesses e assim por diante.
Mas, para que chegássemos até a ideia atual da estrutura atômica, foi preciso o pensamento de filósofos, que le-
vantaram hipóteses, isto é, suposições que na época não podiam ser comprovadas, sobre a constituição da matéria.
Entre eles estavam os dois filósofos gregos Demócrito e Leucipo que, em meados de 450 a.C, levantaram a hipótese
de que tudo seria formado por pequenas partículas indivisíveis, que eles denominaram de átomos. Essa palavra
vem do grego a, que significa “não”, e tomo, “parte”, ou seja, “sem partes” ou “indivisível”.Isso significa que se
fôssemos dividindo sucessivamente um corpo, chegaríamos num momento em que isso não seria mais possível, por-
que chegaríamos à menor parte que compõe a matéria.
No entanto, suas ideias não foram bem aceitas pelos filósofos da época e elas foram substituídas por outras, como
as ideias de Aristóteles que perduraram por séculos à frente.
Foi somente no século XIX que a ideia dos átomos foi retomada, pois agora os cientistas podiam testar as suas
hipóteses por meio de experimentos para comprová-los ou para refutar ideias de outros cientistas. Logo mais abaixo,
temos alguns dos principais cientistas que contribuíram para o estudo da constituição do átomo, que são vistos no
Ensino Médio.
Embora algumas ideias não estivessem totalmente corretas, todas as contribuições dadas foram importantes, pois
foi a partir da ideia de um cientista que o outro pode desenvolver o próximo modelo.
Todos eles elaboram um modelo atômico, ou seja, uma representação que não corresponde exatamente à rea-
lidade, mas que serve para explicar corretamente o comportamento do átomo. Por exemplo, imagine que você
faça um desenho idêntico a uma caneta. Por meio deste desenho, todos conseguem identificar que se trata de uma ca-
neta, porém o desenho não é a caneta. De modo similar, o modelo atômico serve para entendermos o funcionamento
do átomo, suas propriedades e características. Mas, o modelo não é exatamente igual ao átomo.
Vejamos então os principais modelos atômicos:

1. Modelo de Dalton:

O químico inglês John Dalton (1766-1844) retomou as ideias de Leucipo e Demócrito e, baseando-se em leis já
comprovadas experimentalmente, como as  Leis Ponderais, ele propôs resumidamente que o átomo seria parecido
com uma bola de bilhar, isto é, esférico, maciço e indivisível.

2. Modelo de Thomson:

A natureza elétrica da matéria já era bem conhecida, por exemplo, há 2500 anos, na Grécia antiga, o filósofo Tales de
Mileto já havia mostrado que quando atritamos âmbar com um pedaço de lã, ele passa a atrair objetos leves. Porém, o
FÍSICA

modelo atômico de Dalton não explicava esse fato: como a matéria neutra podia ficar elétrica.

72
Assim, em 1897, o físico inglês Joseph John Thomson
(1856-1940) passou a trabalhar com a ampola de Croo-
kes, ou seja, um tubo onde gases eram submetidos a vol-
tagens elevadíssimas, produzindo raios catódicos. Quan-
do se colocava um campo elétrico externo, esses raios se
desviavam em direção à placa positiva, o que significava
que o átomo teria partículas negativas, que ficaram de-
nominadas como elétrons.
No entanto, como a natureza da matéria é neutra,
uma explicação razoável seria de que haveria uma par-
te positiva que neutralizaria os elétrons. Com base nesse
raciocínio, em 1903, Thomson modificou o modelo de
Em 1904, Rutherford descobriu que na verdade o nú-
Dalton, pois o átomo não seria maciço nem indivisível, e
cleo era composto por partículas positivas denominadas
estabeleceu o seu, que propôs o seguinte:
prótons e, em 1932, Chadwick descobriu que havia tam-
O átomo é uma esfera de carga elétrica positiva,
bém partículas neutras no núcleo que ajudavam a dimi-
não maciça, incrustada de elétrons (partículas negati-
nuir a repulsão entre os prótons.
vas), de modo que sua carga total seja nula.
Esse modelo foi comparado a um “pudim de passas”.
4. Modelo de Rutherford-Bohr:
Veja no texto O átomo de Thomson.
O estudo dos espectros eletromagnéticos dos ele-
mentos pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962)
permitiu adicionar algumas observações ao modelo de
Rutherford, por isso, o seu modelo passou a ser conheci-
do como modelo atômico de Rutherford-Bohr:
Só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos
nos quais ele se apresenta com valores de energia múlti-
plos inteiros de um fóton.

3. Modelo de Rutherford:

Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford


(1871-1937) realizou um experimento que pode ser visto
no texto  Átomo de Rutherford, em que ele bombar-
deou uma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa
vindas do polônio radioativo. Ele observou que a maioria
das partículas atravessava a folha, o que significava que o
átomo deveria ter imensos espaços vazios. Algumas par- Dúvidas sobre esse modelo podem ser solucionadas
tículas eram rebatidas, o que seria explicado se o átomo lendo o texto O átomo de Bohr
tivesse um núcleo pequeno e denso e, por fim, algumas É importante ressaltar que as ideias sobre o que com-
partículas alfa sofriam um desvio em sua trajetória, o que põe o átomo continuam progredindo e existem outros
significava que o núcleo seria positivo, pois as partículas modelos atômicos mais modernos. Entretanto, o modelo
alfa eram positivas e foram repelidas ao passar perto do de Rutherford-Bohr explica a grande maioria dos com-
núcleo. portamentos do átomo estudados no Ensino Médio.
Com isso, o modelo atômico de Rutherford defendeu
o seguinte:
O átomo seria composto por um núcleo muito
pequeno e de carga elétrica positiva, que seria equi-
librado por elétrons (partículas negativas), que fica-
vam girando ao redor do núcleo, numa região perifé-
rica denominada eletrosfera.
O átomo seria semelhante ao sistema solar, em que
o núcleo representaria o Sol e os elétrons girando ao re-
dor do núcleo seriam os planetas.
FÍSICA

73
A evolução do modelo atômico contou com a contribuição de quatro cientistas principais: Dalton, Thomson, Rutherford
e Bohr

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Ondas eletromagnéticas transportam energia através do espaço sem transportar matéria. Esse tipo de onda é for-
mado por campos elétricos e magnéticos perpendiculares entre si, além disso, não precisa de um meio material para
propagar-se. No vácuo, as ondas eletromagnéticas propagam-se na velocidade da luz, cerca de 3,0.108 m/s.

O que são ondas eletromagnéticas?

Uma onda eletromagnética é formada por campos elétricos e magnéticos oscilantes e perpendiculares entre si.
A direção de propagação da onda eletromagnética, por sua vez, é perpendicular (ângulo de 90º) aos vetores de campo
elétrico e magnético.
Devido ao ângulo formado entre a perturbação e a direção de propagação, as ondas eletromagnéticas são carac-
terizadas como transversais. Como todas as ondas, podem transferir energia entre diferentes pontos do espaço, mas
fazem-no sem que haja qualquer transporte de matéria, uma vez que não são capazes disso.

Ondas eletromagnéticas são campos elétricos e magnéticos oscilantes e perpendiculares entre si.

As ondas eletromagnéticas apresentam como características:  comprimento de onda, velocidade de propa-


gação,  amplitude  e  frequência,  e são passíveis de sofrer qualquer tipo de fenômeno ondulatório conhecido, tais
como reflexão, refração, polarização, difração, espalhamento, absorção e interferência.
As ondas eletromagnéticas, antes conhecidas como ondas “hertzianas”, foram descobertas pelo físico alemão Hein-
rich Rudolf Hertz, que, em 1883, soube como produzi-las. A primeira explicação completa e satisfatória para a na-
tureza dessas ondas veio pouco depois, após os trabalhos de James Clerk Maxwell, que unificaram os fenômenos
elétricos e magnéticos em equações de onda atualmente conhecidas como equações de Maxwell.

Características das ondas eletromagnéticas


Entenda quais são as características das ondas eletromagnéticas:

● Amplitude: diz respeito à sua intensidade, ou seja, à quantidade de energia que essas ondas são capazes de
transferir.
● Velocidade: depende exclusivamente do meio em que elas se encontram. Por exemplo, na água, a velocidade de
propagação das ondas eletromagnéticas é menor do que no ar, devido ao fenômeno conhecido como refração.
● Frequência: é a medida de oscilações completas que essas ondas realizam a cada segundo. No SI, a unidade de
medida de frequência é o hertz (Hz). Além disso, sabe-se que a frequência é determinada pelo inverso do seu período,
a saber: o tempo necessário para que uma onda eletromagnética complete uma oscilação.
● Comprimento de onda: é o espaço pelo qual a onda propaga-se até que se forme uma oscilação completa, é
também a distância entre duas posições de máxima amplitude (cristas) e de mínima amplitude (vales).

Tipos de ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são classificadas quanto à sua frequência ou com base em seu comprimento de onda.
Apesar de não haver uma distinção clara entre um e outro tipo de onda eletromagnética, existe um contínuo de fre-
quências conhecido como espectro eletromagnético.
FÍSICA

74
Confira alguns tipos de ondas eletromagnéticas e seus comprimentos de onda.

O espectro eletromagnético diz respeito a toda gama de possíveis frequências que uma onda eletromagnética
pode apresentar, a distinção entre elas, entretanto, é fenomenológica, por exemplo: apesar de tratarem-se de ondas
eletromagnéticas, o raio x e a luz visível são bastante distintos no modo em que interagem com a matéria. Confira
quais são os tipos de ondas eletromagnéticas e descubra como elas estão presentes em nosso cotidiano:

Ondas de rádio: apresentam a menor frequência entre as ondas eletromagnéticas e, consequentemente, o maior


comprimento de onda. São comumente usadas para transmissão de sinal de televisão, rádio e celular.
Micro-ondas: têm frequência um pouco maior que as ondas de rádio, são bastante usadas nas telecomunicações
(no wi-fi, por exemplo) e também em radares que captam a velocidade de veículos em movimento.
Infravermelho: apresenta frequência pouco inferior à da luz visível, esse tipo de onda, também conhecido como
onda de calor, é capaz de aumentar a agitação térmica de átomos e moléculas. Quando nos aproximamos de uma fo-
gueira e sentimos o seu calor, parte da energia transmitida para nós vem em forma de radiação térmica, transportada
pelas ondas de infravermelho.
Luz visível: é aquela que pode sensibilizar os olhos dos seres humanos, uma vez que existem animais capazes de
enxergar diferentes tipos de ondas eletromagnéticas, como o infravermelho e o ultravioleta, por exemplo. A luz vi-
sível compreende uma estreita faixa de comprimentos de onda no espectro eletromagnético, entre 700 nm e 400 nm
(nanômetros = 10-9 m).
Ultravioleta: é considerada uma radiação ionizante, isto é, durante a sua interação com a matéria, ela é capaz de
arrancar elétrons dos átomos, causando danos a moléculas importantes, como aquelas presentes no DNA das células
epiteliais. Devido à sua capacidade ionizante, a radiação ultravioleta é usada na esterilização de utensílios médicos,
por exemplo
Raios x: são ondas eletromagnéticas ionizantes com grande poder de penetração. Esse tipo de onda é capaz de
atravessar diversos tipos de tecidos, graças ao seu pequeno comprimento de onda. São largamente utilizadas em exa-
mes de imagens, como radiografia e tomografia.
Raios gama: são as ondas eletromagnéticas de maior frequência em todo o espectro eletromagnético, podem ser
obtidas em reações nucleares e durante a aniquilação de pares (quando há contato entre matéria e antimatéria). No
entanto a maior parcela de raios gama que incidem sobre a Terra tem origem em estrelas, como o nosso Sol. Esse tipo
de radiação é extremamente penetrante e possui grande capacidade de ionização.

Fórmulas das ondas eletromagnéticas

Quando nos referimos às ondas eletromagnéticas, existem algumas fórmulas pertinentes ao seu estudo, confira
quais são.

Velocidade da onda, frequência e comprimento de onda

Essa fórmula relaciona a velocidade de propagação da onda eletromagnética com sua frequência e comprimento
de onda:
FÍSICA

v – velocidade de propagação (m/s)

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λ – comprimento de onda (m)
f – frequência (Hz)

Uma vez que as frequências comuns das ondas eletromagnéticas são, geralmente, números muito grandes, é co-
mum utilizarmos prefixos para referimo-nos a essas ordens de grandeza. Confira quais são os prefixos de unida-
des mais utilizados para representar a frequência dessas ondas:

Ordem de grandeza da fre- Nome da frequência prefixada


quência e símbolo
103 Hz – 1 kHz 1 Quilohertz
106 Hz – 1 MHz 1 Megahertz
109 Hz – 1 GHz 1 Gigahertz
1012 Hz – 1 THz 1 Terahertz
Prefixos usados para frequências de ondas eletromagnéticas

Ordem de grandeza do com- Nome da frequência prefixada


primento de onda e símbolo
10-3 m – 1 mm 1 milimetro

10-6 m – 1 μm 1 micrômetro

10-9 m – 1 nm 1 nanômetro

10-12 m – 1 pm 1 picômetro

Prefixos usados para frequências de ondas eletromagnéticas

Uma vez que o comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência da onda eletromagnética, é


comum utilizamos alguns prefixos para denotar comprimentos de onda cujas ordens de grandeza são muito pequenas.
Confira alguns dos mais utilizados:

Equação de onda harmônica

No caso em que uma onda eletromagnética possa refletir em uma cavidade e produzir uma interferência cons-
trutiva sobre ela mesma, uma onda harmônica, ou estacionária, estará sendo produzida. A equação usada para des-
crever a oscilação desse tipo de onda é mostrada a seguir, confira:

y(t) – posição vertical da onda em função do tempo (m)


A – amplitude máxima da onda (m)
t – instante de tempo (s)
T – período da onda (s)
x – posição horizontal da onda (m)
λ – comprimento de onda (m)
φ0 – fase inicial da onda (rad)

EXERCÍCIO COMENTADO

1.  Certa onda eletromagnética, de comprimento de onda igual a 3,0 cm, propaga-se no vácuo com velocidade de
3,0.108 m/s. A frequência dessa onda eletromagnética é igual a:

a) 100 GHz
b) 30 MHz
c) 200 THz
d) 50 GHz
FÍSICA

e) 600 GHz

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Para calcularmos a frequência dessa onda eletromag- A intensidade da onda a uma distância d da fonte é a
nética, devemos utilizar a fórmula que relaciona veloci- potência da fonte dividida pela área de uma superfície
dade, comprimento de onda e frequência, confira: esférica de raio d, como mostra a figura abaixo.

Resposta Letra A
De acordo com os cálculos feitos, a frequência des-
sa onda é de 1010 Hz, que também pode ser escrito
como 100.109 Hz ou 100 Ghz. Observando essa relação, podemos ver que a intensi-
dade é proporcional a d2. Quanto mais distante da fonte
2. Uma onda eletromagnética propaga-se através de um estiver o observador, menor será a intensidade que ele
meio material com comprimento de onda e frequência vai perceber. Por essa razão, vemos o Sol com uma in-
igual a 5 mm (0,005 m) e 10 GHz, respectivamente. De- tensidade muito maior do que a das outras estrelas, que
termine qual é a velocidade de propagação dessa onda. estão muito mais distantes de nós.
Não devemos confundir a intensidade luminosa que
a) 1,5.10.108  m/s passa por uma determinada área com a intensidade de
b) 5,0.109 m/s
uma fonte luminosa pontual. A intensidade da onda emi-
c) 3,0.108 m/s
tida por uma fonte pontual é medida em candelas, que é
d) 5,0.107 m/s
uma unidade fundamental do SI.
e) 6,0.104 m/s
Obs.: Não podemos nos esquecer de que uma cande-
la (cd) é a intensidade luminosa emitida em uma direção
Utilizando a fórmula da velocidade da onda, é possí-
por uma fonte monocromática que emite luz com fre-
vel obter o seguinte resultado, confira:
quência de 540 x 1012 hertz e que irradia nessa direção
com uma intensidade de 1/683 watt por esferorradiano.

Resposta Letra D

INTENSIDADE DA ONDA ELETROMAGNÉTICA


Quantidade de energia emitida pela luz que passa pela
A intensidade  de uma onda eletromagnética que área sombreada (área da esfera)
passa por uma determinada área é definida como a po-
tência pela unidade de área. Ela mede a quantidade de Retirado de: <Portal Mundo Educação>.
energia que passa por unidade de tempo e por unidade
de área em um determinado ponto do espaço. Usando
métodos matemáticos avançados, podemos mostrar que
a intensidade I é dada por:

No  SI  (Sistema Internacional de Unidades), a inten-


sidade, passando por uma determinada área, é medida
em W/m2.
A conservação da energia de uma onda determina
que a sua intensidade deve diminuir com o quadrado
FÍSICA

da distância até à fonte. Suponha que a onda esteja


sendo emitida com a potência P, por uma fonte pontual.

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6. (ED.MODERNA/2018) Determine as coordenadas
HORA DE PRATICAR do centro de massa da placa homogênea e de espessura
constante, cujas dimensões estão indicadas na figura.
1. (POLÍCIA CIENTÍFICA – PE – PAPILOSCOPISTA –
CESPE/2016) Assinale a opção que apresenta associa-
ção correta entre a grandeza física e sua unidade de base
correspondente, de acordo com o sistema internacional
de pesos e medidas.

a) Corrente Elétrica: Candela


b) Temperatura Termodinâmica: Kelvin
c) Quantidade de Substância: %/kg
d) Intensidade Luminosa: Ampere
e) Massa: mol

2. (IF-RS - PROFESSOR – IF-RS/2015) O Brasil, a partir


de 1962, passou a adotar para expressão de medidas de
grandeza o sistema internacional de unidades (SI). Assi-
nale a alternativa que apresenta corretamente as unida- a) (0;20)
des que correspondem às grandezas de base, adotadas b) (20;20)
pelo SI: c) (0;25)
d) (15;35)
a) m, kg, s, A, K, mol, cd e) (20;35)
b) m, g, s, C, K, mol, lm
c) cm, kg, s, A, K, mol, lm
d) cm, g, s, A, °C, eq, cd 7. (NOVA CONCURSOS/2018) Calcule o centro de mas-
e) m, kg, C, A, °C, eq, J sa do conjunto de partículas dispostas na figura abaixo:

3. (SEE-AC – PROFESSOR – FUNCAB/2014) Das gran-


dezas apresentadas abaixo, aquela que se encontra no
Sistema Internacional de Unidades (SI) é:

a) Tempo, horas
b) Força, Newtons
c) Comprimento, Milhas
d) Temperatura, Fahrenheit
e) Área, polegada quadrada
a) (0;4/3)
4. (PETROBRAS – TÉCNICO DE INSPEÇÃO – CES- b) (19/15;4/3)
GRANRIO/2017) O Sistema Internacional de Unidades
c) (16/15;4/3)
estabelece as unidades derivadas para algumas grande-
zas físicas. Uma dessas unidades é o watt (W) para desig- d) (16/15;5/3)
nar a potência de uma máquina ou motor. e) (19/15;5/3)
Em termos das unidades básicas, o watt é expresso
por 8. (NOVA CONCURSOS/2018) Observe a figura e de-
termine quais vetores possuem a mesma direção:
a) m.kg.s-2
b) m.kg.s²
c) m².kg.s-3
d) m².kg.s-2
e) m².kg².s-2

5. (POLITEC-MT – PERITO CRIMINAL – FUN-


CAB/2013) No sistema internacional de unidades, co-
nhecido como SI, a unidade para a grandeza Força é o
newton (N). O nome foi escolhido para homenagear o
célebre físico britânico Isaac Newton. A definição correta
da unidade newton é:

a) 1 kg² x 1 km/h²
b) 1 kg x 1 m²/s² a) A e B/ C e D / E e F;
c) 1 g x 1 cm²/s² b) A, E e F / C e D / B e G;
FÍSICA

d) 1 kg x 1m/h² c) C e D / E e F;
e) 1 kg x 1 m/s² d) A e F / C e D;

78
9. (UFC-CE/2014) Analisando a disposição dos vetores a) 50 km/h
BA,EA,CB, CD e DE, conforme figura a seguir, analise a b) 71,4 km/h
alternativa que contém a relação vetorial correta c) 74,9 km/h
d) 80,5 km/h
e) 100 km/h

13. (PETROBRAS – TÉCNICO DE PERFURAÇÃO –


CESGRANRIO/2014) Um motorista não sabe o cami-
nho para uma cidade. Ele resolve ficar parado na estrada
esperando passar um ônibus para aquele destino. Quan-
do finalmente isso acontece, o ônibus passa e mantém
velocidade constante de 72,0 km/h. O motorista entra no
carro e, 75,0 s depois de o ônibus passar, parte atrás dele
com aceleração constante de 2 .
a) CB + CD + DE = BA + EA Qual é, aproximadamente, em metros, a distância percor-
b) BA + EA + CB = DE + CD rida pelo carro até alcançar o ônibus?
c) EA – DE + CB = BA + CD
d) EA – CB + DE = BA - CD a) 4,00×102
e) BA – DE – CB = EA + CD b) 1,00×103
c) 1,50×103
d) 2,50×103
10. (PETROBRAS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO – CES-
e) 3,00×103
GRANRIO/2014) Um ônibus e um carro partem simul-
taneamente do início de uma estrada de 120 km. Ambos
14. (AEB – TECNOLOGISTA JUNIOR – CETRO/2014)
trafegam com velocidade constante. O carro e o ônibus
Um modelo de foguete é lançado a 50 m/s2 por 2s an-
demoram, respectivamente, 1,50 h e 2,00 h para chegar
tes da queima total do propelente. O foguete continua
ao fim da estrada. Quando o carro tiver percorrido os
subindo. Assumindo a resistência do ar como nula, as-
primeiros 100 km na estrada, qual a distância, em km,
sinale a alternativa que apresenta a altura máxima que
que o separa do ônibus?
ele alcança.
Obs.: considere .
a) 25
b) 33
a) 100 m
c) 60 b) 500 m
d) 75 c) 600 m
e) 80 d) 1000 m
e) 1200 m
11. (SEDU-ES – PROFESSOR B – CESPE/2010) Supo-
nha que, simultaneamente, um carro parta de São Paulo 15. (PETROBRAS – TÉCNICO DE INSPEÇÃO DE EQUI-
para o Rio de Janeiro com velocidade constante de , e PAMENTOS – CESGRANRIO/2012) Um avião em vôo
outro,do Rio de Janeiro para São Paulo com a velocida- retilíneo vai do ponto X para o ponto Y em 10 segundos,
de constante de , ambos seguindo pela mesma estrada. com aceleração constante de .
Com base nessas informações e sabendo que a distância Se no ponto X sua velocidade é 360 km/h, a distância, em
entre São Paulo e Rio de Janeiro é de 400 km, julgue o metros, entre os pontos X e Y é
próximo item:
Se o carro que partiu de São Paulo percorrer 100 km a) 1150
com uma velocidade de e 200 km com velocidade de , b) 1250
então, para conseguir fazer o trajeto em 5 horas e 30mi- c) 1350
nutos, o motorista deverá, no último trecho, desenvolve d) 1450
ruma velocidade superior a . e) 1550

( ) Certo 16. (PETROBRAS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO–


( ) Errado CESGRANRIO/2010) Considere as informações a seguir
para responder à questão.
12. (SEDUC-PI - PROFESSOR – NUCEPE/2015) Uma Uma partícula é lançada verticalmente para cima reali-
família viajou de carro de Teresina-PI com destino a cida- zando um movimento retilíneo até atingir o solo. A fun-
de de Pedro II - PI, distantes 200 km. O percurso demo- ção horária de posição da partícula é dada por
rou 4 horas, pois, decorrida uma hora de viagem, o pneu s(t) = 3,4 + 16t - 5t2
dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando O tempo (t) está medido em segundos e a posição (s),
FÍSICA

1 hora e 20 minutos do tempo total gasto. A velocidade em metros.


média que o carro desenvolveu durante a viagem foi de :

79
Com base nas informações apresentadas acima, analise
as afirmativas a seguir.

I – A partícula é inicialmente lançada para cima com ve-


locidade igual a 16 m/s.
II – A partícula atinge sua altura máxima 1,5 segundo
após o lançamento para cima.
III – A partícula se move em MRU (Movimento Retilíneo
e Uniforme).

É correto APENAS o que se afirma em Supondo a resistência do ar desprezível e considerando


, pode-se afirmar que o projétil (1) foi lançado do solo
a) I com uma velocidade de módulo igual a:
b) II
c) I e II a) 2,8
d) I e III b) 4,0
e) II e III c) 5,4
d) 11,2
17. (POLÍCIA CIENTÍFICA – PERITO CRIMINAL – e) 22,4
CESPE/2016) Considere que um projétil tenha sido dis-
parado de uma pistola com velocidade inicial de módulo 20. (PC-PI – PERITO CRIMINAL - NUCEPE/2012) Um
igual a e em ângulo (ascendente) em relação à hori- morteiro, um artefato lançador de granadas, está afasta-
zontal. Desprezando a resistência do ar, assinale a opção do uma distância horizontal X de uma linha vertical posi-
correta acerca do movimento realizado por esse projétil. cionada sobre uma encosta (ver figura abaixo). O ângulo
θ de lançamento do morteiro vale 30⁰. Uma granada é
a) No ponto de altura máxima, a velocidade resultante lançada com velocidade inicial cujo módulo vale v₀ = 100
do projétil será nula. m/s. O ponto P de impacto da granada na encosta está a
b) A aceleração do projétil será nula no ponto de altura uma altura h = 120m em relação ao ponto de lançamen-
máxima. to. Considere: sen(30⁰) = 0,50; cos(30⁰) = 0,87 e uma ace-
c) A única força atuante no projétil durante todo o movi- leração da gravidade g = 10m/s². Desprezando o atrito,
mento é o seu peso. o alcance horizontal X para que a granada atinja o ponto
d) O alcance horizontal que o projétil pode atingir de- P da encosta ,depois de ultrapassar o ponto mais alto da
pende de sua massa sua trajetória, será igual a:
e) A componente horizontal da velocidade do projétil
varia de ponto a ponto na trajetória, porém sua com-
ponente vertical é invariável.

18. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2012)


Um objeto é lançado a partir da origem de um sistema de
coordenadas, com velocidade inicial de 8,0 m/s, fazendo
um ângulo de 60 graus em relação à horizontal.
O alcance do objeto lançado, em metros, é de
Dados: g = 10,0 m/s2
31/2=1,7
21/2=1,4 a) 261 m
b) 348 m
a) 2,8 c) 435 m
b) 4,0 d) 522 m
c) 5,4 e) 609 m
d) 11,2
e) 22,4

19. (SEDUC-RJ – PROFESSOR - CEPERJ/2011) Dois


projéteis são lançados do solo a uma distância de 30m
um do outro: o projétil (1) obliquamente, e o projétil (2)
verticalmente para cima. Verifica-se que eles se chocam
no instante em que ambos atingem os pontos mais altos
de suas trajetórias, a 20m do solo, como mostra a figura
abaixo.
FÍSICA

80
21. (PETROBRAS – ENGENHEIRO - CESGRAN-
RIO/2018) A transmissão do movimento de rotação en-
tre os eixos E1 e E2 de uma máquina é realizada pelas en-
grenagens 1, 2 e 3, conforme ilustrado na Figura abaixo.

Sabendo que a primeira polia (1) possui frequência de


80 rpm, a frequência da polia (2) e a velocidade linear da
correia serão, respectivamente, iguais a

a) 45 rpm e 31,42 m/min


Os diâmetros das engrenagens são D1 = 10 cm, D2 b) 40 rpm e 31,42 m/min
= 20 cm e D3 = 15 cm, e a relação de transmissão é tal c) 40 rpm e 62,83 m/min
que n2=0,5 n1 d) 60 rpm e 62,83 m/min
Se a engrenagem 3 for substituída por outra com 20 e) 45 rpm e 62,83 m/min
cm de diâmetro, a relação de transmissão será
a) mantida. 25. (POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – AUXILIAR DE NE-
b) n2=n1. CROPSIA – IBFC/2017) A aceleração adquirida por um
c) n2=2n1. corpo de massa de 4 kg, sabendo que sobre ele atua uma
d) n2=4n1 força resultante de intensidade de 16 N, é igual a: 
e) n2=8n1.
a) 4 m/s²
22. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRAN- b) 8 m/s²
RIO/2017) A rotação de um motor é expressa em RPM c) 12 m/s²
(rotações por minuto). Um motor desbalanceado gera d) 16 m/s²
uma vibração cuja frequência é igual à sua rotação ex- e) 20 m/s²
pressa em hertz (Hz), uma unidade derivada do Sistema
Internacional de Unidades. Se um motor possui uma ro- 26. (IF-CE – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – IF-
tação de 1.200 RPM, a vibração produzida terá uma fre- -CE/2017) Sobre as três leis de Newton, é correto afir-
quência, expressa em Hz, de mar-se que

a) 10 a) se a Terra atrai um pacote de feijão com força


de 50N, o pacote de feijão é atraído pela Terra com uma
b) 20
força 9,8 vezes menor por causa da gravidade.
c) 120
b) a resultante das forças que atuam sobre uma
d) 200
partícula em movimento circular uniforme é nula.
e) 400
c) se a força resultante sobre um corpo for nula, o
seu vetor velocidade permanecerá constante.
23. (POLÍCIA CIENTÍFICA PR – AUXILIAR DE PE- d) a lei de ação e reação explica por que sentimos
RÍCIA - IBFC/2017) Um corpo em movimento circular que somos jogados para fora, quando um carro faz uma
uniforme (MCU) efetua 240 voltas numa circunferência curva.
de raio 0.5 m em 1 minuto. Assinale a alternativa que e) a velocidade de um corpo tem sempre a mesma
indica, respectivamente, a frequência e o período. direção e o mesmo sentido que a força resultante que
nele atua.
a) 4 Hz e 1s
b) 4 Hz e 0,25s 27. (POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – AUXILIAR DE NE-
c) 16 Hz e 1s CROPSIA – IBFC/2017) A constante elástica de uma
d) 16 Hz e 0,25s mola é de 60 N/cm. Nessas circunstâncias, a deformação
e) 8 Hz e 1s sofrida pela mola ao ser solicitada por uma força de in-
tensidade 240 N é: 
24. (ELETROBRAS – TÉCNICO DE MANUTENÇÃO
- FCC/2016) As duas polias do esquema abaixo estão a) 1 cm
ligadas por correias de Diâmetros e (assumir escorrega- b) 2 cm
FÍSICA

mento desprezível) c) 3 cm
d) 4 cm
e) 5 cm

81
28. (IFB – PROFESSOR DE FÍSICA – IFB/2017) Um blo-
𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
co de 2kg desliza numa superfície horizontal puxado por a) 𝐹 = 𝑀 + 𝑚 𝑔
uma força de 20N que faz um ângulo de 45° com o solo. 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfí-
cie vale 0,4. Qual é o valor da aceleração do bloco? 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝜇𝑐𝑜𝑠𝜃
Obs.: considere sen(45°)=0,7 e cos(45°)=0,7 b) 𝐹 = 𝑀 + 𝑚 𝑔
𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
a) 5,2 m/s²
b) 5,4 m/s² 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝜇𝑐𝑜𝑠𝜃
c) 𝐹 = 𝑀 + 𝑚 𝑔
c) 5,6 m/s² 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
d) 5,8 m/s²
e) 6,0 m/s²
𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
d) 𝐹 = 𝑀 + 𝑚 𝑔
29. (IF-PR – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CE- 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝜇𝑠𝑒𝑛𝜃
TRO/2014) Em uma partícula, agem 4 forças coplanares
e perpendiculares entre si. As intensidades das forças va- 32. (IF-CE – TÉCNICO – IF-CE/2017) Um pequeno blo-
lem, respectivamente, 6,0N, 4,0N, 3,0N e 8,0N marcadas co de madeira se encontra sobre um plano inclinado que
em sentido horário. É correto afirmar que a intensidade está fixo no chão, como mostra a figura. A força F, com
da resultante do sistema de forças vale, em N que devemos pressionar o bloco sobre o plano, para que
ele permaneça em equilíbrio, é (Considere o coeficiente
a) zero de atrito estático entre o bloco e a superfície do plano in-
b) 1,0 clinado como , o comprimento do plano inclinado como ,
c) 3,0 a altura do plano inclinado como e o ângulo entre a base
d) 5,0 e o plano como .)
e) 7,0

30. (POLITEC-MT – PERITO CRIMINAL – FUN-


CAB/2013) Um móvel desloca-se sobre um plano hori-
zontal sem atrito com velocidade de 9 km/h. Porém, ao
atingir o ponto A, o móvel penetra numa região rugosa
e atinge o repouso no ponto B. Considerando que o co-
eficiente de atrito na região rugosa é de 0,1, calcule a
distância AB aproximada, percorrida pelo móvel até ele
parar totalmente. Considere g = 10 m/s²

a) 2,7 a) F=P(cosθ-μ senθ)/μ


b) 3,1 b) F=P(senθ-μ cosθ)/μ
c) 1,3 c) F=P(cosθ-senθ)/μ.
d) 0,9 d) F=P(senθ+cosθ)/μ
e) 5,1 e) F=P(senθ-μ cosθ)

31. (CS-UFG – PROFESSOR DE FÍSICA – SEDUCE- 33. (PETROBRAS – ENGENHEIRO – CESGRAN-


-GO/2010) Uma cunha de massa  M  repousa sobre o RIO/2014) Um objeto de massa 1,2 kg desce com ve-
topo horizontal de uma mesa sem atrito. Um bloco de locidade constante um plano inclinado. O coeficiente de
massa m é colocado sobre a cunha, conforme ilustrado atrito cinético entre as superfícies do plano e do objeto
na figura a seguir.  vale 0,25. Os valores aproximados para os módulos das
componentes da força normal e da força de atrito entre
o objeto e a superfície valem, em newtons, respectiva-
mente,
Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s2

a) 3 e 12
b) 3 e 0
c) 12 e 4
Sendo µ o coeficiente de atrito estático entre a cunha d) 12 e 3
e o bloco, qual deve ser o módulo F da força mínima e) 12 e 0
aplicada sobre a cunha, para que o bloco permaneça em
repouso em relação a ela 34. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2015)
FÍSICA

Um carro e uma motocicleta trafegam por uma estrada.


A massa do carro é o dobro da massa da motocicleta.

82
Num determinado instante, o carro e a motocicleta pos- a) 0,25 kJ
suem a mesma energia cinética. Nesse instante, a razão b) 0,30 kJ
imagem-051.jpg entre as velocidades da motocicleta e c) 0,65 kJ
do carro vale. d) 0,22 kJ
e) 0,00 kJ
a) 0,5
b) 1 37. (INNOVA – TÉCNICO DE OPERAÇÃO - CESGRAN-
c) 2 RIO/2012) Um automóvel é movido por um motor a
d) 1/√2 explosão que trabalha com rendimento de 20%. Qual é,
e) √2 aproximadamente, em kW, a potência calorífica cedida
pelo combustível ao motor, quando ele desenvolve uma
35. (PC-SP – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – VU- potência mecânica de 75 kW?
NESP/2014) O contexto apresentado a seguir deve ser
utilizado para responder à próxima questão. a) 15
Um acidente fatal em uma estrada fez com que um veí- b) 27
culo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho co- c) 60
meçava a subir o carro até o nível da pista. d) 300
e) 375

38. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2015)


Dois automóveis de mesma massa deslocavam-se na
mesma direção e no mesmo sentido em uma autoes-
trada, quando colidem. Considere desprezíveis as forças
externas no instante da colisão. Se, após a colisão, a ve-
locidade dos dois é a mesma, é correto afirmar que a
colisão é:

a) Inelástica, pois não conserva o momento linear


O trabalho resistente do peso do carro, sabendo que sua b) Elástica, pois conserva o momento linear
massa era de 800 kg e considerando que a aceleração da c) Elástica, pois conserva a energia mecânica total
gravidade tem valor 10 m/s² , no processo total de iça- d) Inelástica, pois não conserva a energia mecânica total
mento do carro, do local em que se encontrava, na base
da ribanceira, até o nível da pista, foi, em joules, 39. (IFB – PROFESSOR – IFB/2017) Um projétil de
massa m e velocidade inicial V atinge um bloco de massa
a) 32.000 M inicialmente parado. O projétil atravessa o bloco e sai
b) 80.000 com uma velocidade igual a V/3 no mesmo sentido da
c) 24.000 velocidade inicial. Qual é a velocidade final do bloco?
d) 18.000
e) 40.000 𝑚𝑣
a)
3𝑀
36. (POLITEC-MT – PERITO CRIMINAL - FUN-
CAB/2013) Um corpo cuja massa é de 1,0 kg é desloca- 2𝑚𝑣
do do ponto A até o ponto B da figura a seguir por uma b)
3𝑀
força constante e paralela ao plano inclinado. Conside-
rando que o módulo dessa força é igual a 25 N, pode-se
afirmar que o trabalho realizado por ela entre os pontos 2𝑚𝑣
c)
A e B é de: 𝑀

3𝑚𝑣
d)
𝑀

3𝑚𝑣
e)
2𝑀

40. (IF-RS – DOCENTE – FCM/2016) Em um  crash


test  (teste de colisão), um automóvel de 1,5 toneladas
colidiu frontalmente com uma parede. A velocidade do
FÍSICA

automóvel, imediatamente anterior ao impacto, era de


15 m/s. Imediatamente após o impacto, o veículo foi jo-

83
gado no sentido contrário com velocidade de 3 m/s. A 𝑟3
colisão durou 0,15 s. a) o período de revolução do satélite é dado por: 𝑇 = 2𝜋 𝐺𝑀
O módulo da força média, em kgf, exercida sobre o auto-
móvel, durante a colisão, vale b)
𝑟3
o período de revolução do satélite é dado por: 𝑇 = 2𝜋
a) 3.104 𝐺𝑚𝑀

b) 1,8.104
c) 1,5.104
c) a velocidade areolar 𝑉𝑎 é dada por: 𝑉𝑎 =
1
𝐺𝑚𝑀𝑟
d) 1,3.104 2
e) 1,0.104

d) a velocidade orbital 𝑣 é dada por: 𝑣 =


𝐺𝑀
41. (SEARH-RN – PROFESSOR DE FÍSICA - IDE- 2𝑟
CAN/2016) Uma pessoa e uma carga de 50 kg encon-
tram‐se em movimento retilíneo uniforme em um trenó
cuja massa é de  125 kg. Considere que o trenó se des- e) a velocidade orbital 𝑣 é dada por: 𝑣 = 2𝜋
𝐺𝑀

loca num plano horizontal com velocidade de 10 m/s e


2𝑟

que num dado instante a pessoa arremessa a carga para


trás com velocidade de 9 m/s fazendo com que o trenó 45. (AEB – TECNOLOGISTA JÚNIOR - CETRO/2014)
passe a se deslocar com velocidade de 15 m/s. A massa Um satélite A tem a metade da massa do satélite B, mas
dessa pessoa é de:  orbita em torno da Terra a uma distância duas vezes me-
nor que o satélite B. Comparando a força gravitacional
a) 60 kg entre cada satélite e o planeta, usando a lei gravitacional
b) 65 kg de Newton, é correto afirmar que
c) 70 kg
d) 75 kg a) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é
maior que a de A, porque a diferença na distância tem
Texto para as questões 1 e 2: mais influência que a diferença na massa.
Obviamente a Terra exerce uma atração sobre os objetos b) a força gravitacional experimentada pelo satélite B é
que estão sobre sua superfície. Newton se deu conta de maior que a de A, porque a diferença na massa tem
que esta força se estendia até a Lua e produzia a acele- mais influência que a diferença na distância.
ração centrípeta necessária para manter a Lua em órbi- c) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é
ta. O mesmo acontece com o Sol e os planetas. Então maior que a de B, porque a diferença na distância tem
Newton formulou a hipótese da existência de uma força mais influência que a diferença na massa.
de atração universal entre os corpos em qualquer parte d) a força gravitacional experimentada pelo satélite A é
do Universo. maior que a de B, porque a diferença na massa tem
Fonte: <http://astro.if.ufrgs.br> (com adaptações). mais influência que a diferença na distância.
e) ambos os satélites experimentam a mesma força, por-
42. (SEDF – PROF. FÍSICA – QUADRIX/2017) Com que a diferença na distância compensa a diferença de
base nas informações fornecidas no texto e nos conhe- massa.
cimentos relacionados à gravitação, julgue o item sub-
secutivo.  46. (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES-
De acordo com a Lei de Gravitação Universal de Newton, PE/2015/ADAPT) A figura abaixo ilustra, de forma sim-
se a distância entre um par de objetos for dobrada, a for- plificada, uma gangorra construída com uma tábua ho-
ça corresponderá a um quarto do valor original. mogênea de massa de 10 kg e comprimento igual a 3,0
m, apoiada no centro por uma cunha fixa no chão. Tendo
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
como referência as informações apresentadas acima, jul-
gue o item a seguir. Se um corpo de 5,0 kg for colocado
43. (SEDF – PROF. FÍSICA – QUADRIX/2017) Com a uma distância de 140 cm à esquerda da cunha, então
base nas informações fornecidas no texto e nos conhe- o sistema ficará em equilíbrio ao ser colocado um corpo
cimentos relacionados à gravitação, julgue o item sub- de 7,0 kg a uma distância de 100 cm à direita da cunha
secutivo.  Um satélite orbita a Terra, em um movimento
circular, com uma velocidade . Para escapar do planeta, o
satélite precisará atingir velocidade igual a (√2)vs.

(  ) CERTO   (  ) ERRADO

44. (POLÍCIA CIENTÍFICA - PR – PERITO CRIMI- (  ) CERTO   (  ) ERRADO


NAL – CESPE/2016) Considere que um satélite de mas-
FÍSICA

sa m gravita, em órbita circular, em torno de um planeta


de massa M. Assumindo-se G como a constante da gra-
vitação e r como o raio da órbita, é correto afirmar que

84
47. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2014)
O sistema de alavancas mostrado na Figura a seguir é
utilizado para suspender uma carga de 1.000 N.

Qual o módulo da força F que mantém a barra em


equilíbrio mecânico na posição horizontal?

a) 20 N
b) 30 N
c) 60 N
Considerando as dimensões indicadas, a carga será d) 70 N
suspensa se a força F, em N, aplicada na extremidade da e) 90 N
alavanca, for superior a
50. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2017)
a) 200 Considere o texto abaixo para responder a questão. A
b) 400 hidrostática estabelece uma relação entre a pressão p
c) 500 atuante em um corpo submerso e a profundidade h em
d) 600 que se encontra esse corpo (p = ρ.g.h). Essa relação de-
e) 800 pende da massa específica do fluido e da aceleração da
gravidade local.
48. (SEDUC-CE – PROFESSOR – CESPE/2013) ) Uma Considerando-se g = 10 m/s2, a pressão manométrica
barra horizontal homogênea, de massa igual a 2 kg e atuante na válvula de um reservatório de óleo lubrifican-
comprimento igual a 2 m, está ancorada a uma rótula te (ρ = 880 kg/m3), posicionada a 5 m abaixo da superfí-
fixa, em uma parede vertical, e presa a uma corda de cie livre do óleo, expressa em kPa, é
massa desprezível, compondo um ângulo θ com a dire-
ção horizontal, conforme representado na figura acima. a) 44
O centro de massa de uma caixa de 0,50 kg que repousa b) 88
sobre a barra está a 20 cm da parede. Sabendo-se que a c) 400
corda suporta, no máximo, uma tensão de 21 N, o menor d) 440
ângulo θ_min para que a corda não arrebente, conside- e) 880
rando que a aceleração da gravidade seja igual a 10 m/
s2 , corresponde a 51. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2017)
Em uma determinada pesquisa, é necessário levar à su-
perfície uma caixa de 200 kg e  que se encontra no fun-
do do mar. Para facilitar a subida, amarra-se à caixa um
balão inextensível totalmente cheio de ar. Dessa forma, o
conjunto sobe com velocidade constante.
Desprezando-se o peso do balão e do ar no seu interior,
bem como a viscosidade do mar, o valor aproximado do
volume do balão, em m³, é
Dados aceleração da gravidade = 10,0 m/s2
densidade da água do mar = 1,00.103 kg/m3
a) 60°
b) 20° a) 8,0.10-2)
c) 10° b) 12,0.10-2
d) 45° c) 20,0.10-2
e) 30° d) 28,0.10-2
e) 40,0.10-2
49. (IF-SP – PROFESSOR – IF-SP/2011) A barra da fi-
gura é um corpo rígido de peso desprezível, apoiada no 52. (IF-CE – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – IF-
ponto P.  -CE/2017) Os blocos maciços A, B e C possuem o mes-
FÍSICA

mo volume e estão em repouso num líquido de densida-


de desconhecida. Sendo EA, EB e EC as intensidades dos
empuxos em A, B e C, respectivamente, então:

85
1
e) 𝑝 + 𝜌𝑣 2
2

55. (POLICIA CIENTIFICA - PR – PERITO – IBFC/2017)


Conforme figura a seguir um gás escoa em regime per-
manente no trecho de tubulação. Na seção (1), tem-se
𝑘𝑔
área A1 = 40 cm2, Massa específica 𝜌1 = 8 e veloci-
𝑚3
dade v1 = 60 m/s. Na seção (2), área A2 = 20 cm2 e Massa
específica ρ2 = 24 kg/m3. Assinale a alternativa correta
que indica a velocidade na seção (2):
a) EA > EB > EC
b) EA < EB > EC a) v2 = 10 m/s
c) EA = EB > EC b) v2 = 20 m/s
d) EA < EB < EC c) v2 = 30 m/s
e) EA < EB = EC d) v2 = 40 m/s
e) v2 = 50 m/s
53. (FPS-PE – VESTIBULAR – FPS-PE/2016) (FPS-PE –
Vestibular – FPS-PE/2016) A figura abaixo mostra o prin- 56. (IF-CE – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – IF-
cípio de funcionamento de um elevador hidráulico, for- -CE/2017) Um manômetro (tubo de Venturi), cuja subs-
mado por um sistema de vasos comunicantes contendo tância manométrica é o mercúrio [Hg], apresenta seções
um fluído incompressível no seu interior. Considere que de áreas 20 cm² e 10 cm², como mostra a figura. Por esse
a aceleração da gravidade vale 10 m/s2. Sabendo-se que tubo, passa um fluido de densidade ρ = 1,6 g/cm³. Se
as áreas das seções transversais dos pistões 1 e 2 são, a velocidade do fluido, na maior seção, é de 4,0 m/s, a
respectivamente, A1 = 0.2 m2 e A2 = 1 m2, o módulo da velocidade do fluido, na menor seção, e o desnível h, no
força F1 necessária para erguer o peso equivalente de mercúrio, valem, respectivamente, [Dados: Densidade do
uma carga com massa igual a 100 kg será  mercúrio = 13,6 g/cm³]

a) 10 N
b) 50 N
c) 100 N
d) 150 N
e) 200 N

54. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2018) a) 8,0


𝑐𝑚
𝑒 0,32 𝑚
Um fluido incompressível de densidade ρ escoa com 𝑠
velocidade V, sem diferenças de elevação. A partir da
b) 8,0
𝑐𝑚
pressão estática p em um ponto desse escoamento, é 𝑒 3,2 𝑚
𝑠
possível estabelecer a seguinte relação para a pressão de
c) 8,0
𝑐𝑚
estagnação:  𝑠
𝑒 3,2 𝑐𝑚

a) P d) 8,0
𝑚
𝑒 0,32 𝑐𝑚
𝑠
1
b) 𝜌𝑣 2 e) 8,0
𝑚
𝑒 32 𝑐𝑚
2 𝑠

1 57. (IFB – PROFESSOR DE FÍSICA - IFB/2017) A água


c) 𝑝 + 𝜌𝑣 2 flui continuamente de um tanque aberto. A altura de um
4
ponto da superfície livre do líquido, ponto 1 da figura,
FÍSICA

ao nível do solo plano e horizontal é de 12,0m. O ponto


1
d) 𝑝 + 𝜌𝑣 2 2 da figura, localizado na saída do reservatório, encon-
3

86
tra-se a 2,2m do nível do solo. A área da seção reta do a) 36°F e 370K
tubo no ponto 2 é de 200 cm2 . O diâmetro do tanque b) 24°F e 174K
é muito maior que o diâmetro do tubo por onde a água c) -20°F e 273K
está escoando. Considere g = 9,8m/s2 e a densidade da d) -36°F e 370K
água igual a 1,00.103kg/m3. Supondo que a equação de e) -40°F e 372K
Bernoulli seja aplicável nessa situação, determine a vazão
volumétrica no ponto 2. 61. (PETROBRAS – TÉCNICO DE INSPEÇÃO – CES-
GRANRIO/2017) A dilatação térmica dos materiais é
um fenômeno que deve ser considerado em diversos
projetos de equipamentos e estruturas.
Um cabo de aço (αaço = 0,00012/°C) de 30 m é utilizado
em um elevador de carga.
Se, ao longo de um dia de trabalho, esse cabo sofrer uma
variação de temperatura de 20°C, seu comprimento, em
cm, será alterado em

a) 3,6
b) 5,4
c) 7,2
d) 8,5
e) 14,4
a) 0,28 m³/s
b) 0,32 m³/s
62. (IFB – PROFESSOR – IFB/2017) Uma haste de
c) 0,40 m³/s
comprimento inicial Lo e temperatura inicial To é aque-
d) 0,48 m³/s
cida até chegar a uma temperatura igual a 9To. Sabendo
e) 0,98 m³/s
que o comprimento da haste aumentou em 4%, o coefi-
ciente de dilatação linear desta haste vale:
58. (IF-CE – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – IF-CE
/2017) A temperatura de uma substância medida na es- a)
4
. 10−3
cala Fahrenheit vale 32°F. A temperatura dessa substân-
𝑇0

cia, na escala absoluta (Kelvin), vale 


b)
4,5
. 10−3
𝑇0
a) 0
c)
5
b) 17,7 . 10−3
c) 32
𝑇0

d) 273
d)
7
. 10−3
e) 212 𝑇0

e)
9
59. (POLÍCIA CIENTÍFICA - PR – PERITO CRIMINAL 𝑇0
. 10−3
– CESPE/2016) Considerando-se que a temperatura de
100 ºC corresponde a +10 ºE em um termômetro com
escala linear E e que a temperatura de 0 ºC corresponde 63 (SEDUC-PI – PROFESSOR DE FÍSICA - NUCE-
a -50 ºE nessa escala E, é correto afirmar que a tempera- PE/2015) Uma placa retangular de alumínio tem 10 cm
tura de 400 ºC corresponderá, na escala E, a de largura e 40 cm de comprimento, à temperatura de
40°C. Essa placa é aquecida até atingir a temperatura de
a) 190°E 70°C. Sabendo que o coeficiente de dilatação superficial
b) 150°E do alumínio é βal = 46.10-6 °C-1 , a área final desta placa
c) 140°E retangular, nesta temperatura, será
d) 130°E
e) 180°E a) 0,522 cm²
b) 400 cm²
60. (UEG – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FU- c) 400,552 cm²
NIVERSA/2015) Uma câmara refrigerada utilizada em d) 452,222 cm²
necrotérios possui, nas especificações técnicas a respei- e) 522,400 cm²
to do controle de temperaturas, um termômetro digital,
graduado de –40 ºC a +99 ºC, com posicionamento ex- 64. (IFB – PROFESSOR FÍSICA – IFB/2017) Um calorí-
terno e bulbo sensor remoto. As temperaturas indicadas metro de capacidade térmica 80 cal/ºC, contendo 400g
de –40 ºC e 99 ºC correspondem, respectivamente e de água a 10ºC, é utilizado para determinação do ca-
FÍSICA

aproximadamente, nas escalas Fahrenheit e Kelvin, a lor específico de uma barra de liga metálica de 300g. A
barra é inicialmente aquecida a 100ºC e imediatamente
colocada dentro do calorímetro. Suponha que a água, a

87
barra de liga metálica e o calorímetro formam um siste- 68. (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES-
ma isolado. PE/2015) A pressão de um gás ideal, confinado em um
Sabendo que a temperatura de equilíbrio térmico atingi- recipiente fechado, dobrará se a temperatura passar de
da no calorímetro foi de 20ºC, determine o calor especí- 100 ºC para 200 ºC.
fico do material da barra.
Considere o calor específico da água 1,0 cal/(g°C) (  ) CERTO   (  ) ERRADO

69 (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES-


a) 0,17 cal/g°C
PE/2015) Em uma expansão isotérmica em que não há
b) 0,20 cal/g°C
perda de gás, a pressão aumenta.
c) 0,25 cal/g°C
d) 0,30 cal/g°C (  ) CERTO   (  ) ERRADO
e) 0,45 cal/g°C
70. (COSEAC – TÉCNICO EM LABORATÓRIO –
65. (FUB – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – CES- UFF/2017) Para determinada aplicação, é necessária
PE/2016) Em um laboratório, 300 g de gelo que se en- a utilização de um motor térmico com potência útil de
contra a -10 ºC deverá ser transformado em água a +50 5kW. Para isso, duas alternativas de motor foram pro-
ºC. Considerando o calor latente de fusão do gelo igual postas, com o motor I, que consome 10.000J/s de taxa
a 80 cal/g, o calor específico do gelo igual a 0,5 cal/g ºC de calor e trabalha com T1 = 300K  e T2 = 1.200K , ou
e o calor específico da água igual a 1 cal /g ºC, julgue o com o motor II, que consome 8.000J/s de taxa de calor e
item subsequente. trabalha com T1 = 300K e T2 = 900K. Denotando por T1,
A quantidade total de calor necessária para que todo o T2 , W e Q, respectivamente, a temperatura da fonte fria,
gelo a -10 ºC se transforme em água a +50 ºC é maior a temperatura da fonte quente, a potência desenvolvida
e a taxa de calor fornecida, e considerando que a má-
que 40.000 cal.
xima eficiência teórica que uma máquina térmica pode
desenvolver corresponde à do ciclo de Carnot, é correto
( ) Certo afirmar que:
( ) Errado
a) apenas o motor II é teoricamente viável, pois seu ren-
66. (COLÉGIO PEDRO II – DOCENTE – COLÉGIO PE- dimento é menor do que sua eficiência de Carnot.
DRO II/2016) Em um calorímetro ideal, são colocados b) apenas o motor I é teoricamente viável, pois seu ren-
100g de gelo a 0ºC e 100g de água a 50ºC que entram dimento é menor do que sua eficiência de Carnot.
em equilíbrio térmico. Em seguida, é inserida no calorí- c) nenhum motor é viável, pois ferem a 2ª Lei da Termo-
metro uma massa M de alumínio a uma temperatura de dinâmica
110ºC. A temperatura final de equilíbrio é 10ºC. d) os dois motores são teoricamente viáveis e estão de
Calor específico da água = 1,0 cal/g°C. acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica
Calor específico do alumínio = 0,20 cal/g°C. e) a melhor escolha é o motor I, pois das duas opções é
Calor latente de fusão do gelo = 80 cal / g. o que apresenta melhor rendimento.
O valor de M é
71. (COSEAC – TÉCNICO EM LABORATÓRIO –
UFF/2017) Um gás, com um volume inicial V, uma ener-
a) 1,2.102 g
gia interna U e uma pressão P, expande-se isobarica-
b) 1,7.102 g mente até um volume final 2V, alcançando uma energia
c) 2,0.102 interna 2U. A expansão está representada abaixo.
d) 2,5.102

Texto para as questões 67 e 68


No estudo do comportamento dos gases, há uma co-
nhecida equação de estado de um gás ideal, expressa
pela relação PV = nRT, em que P é a pressão do gás, V é o
volume ocupado pelo gás, n é o número de mols do gás,
T é a temperatura absoluta do gás, medida em Kelvin (K);
e R, com valor igual a 0,082 atm.L/(mol.K), é a constante
universal dos gases. Tendo como referência as informa-
ções acima, e sabendo que zero Kelvin corresponde a -
273,15 ºC, julgue os exercícios a seguir.
Após a análise do gráfico, o calor absorvido pelo gás,
67. (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES- nesta expansão, é: 
PE/2015) Em uma transformação isocórica sem perda,
se a pressão e a temperatura iniciais de um gás forem, a) 2U + 2PV
respectivamente, de 2,0 atm e 300 K, então a pressão e a b) U – PV
temperatura finais podem ser de 3,0 atm e 450 K. c) U + 2PV
FÍSICA

d) U - 2PV
(  ) CERTO   (  ) ERRADO e) U + PV

88
72. (POLICIA CIENTÍFICA - PR – PERITO CRIMINAL 75. (SEE-AL – PROFESSOR – FUNCAB/2014) O ângu-
– IBFC/2017) Analise as afirmativas que seguem tendo lo de incidência de um raio de luz em um espelho plano
como base o tema “termodinâmica” é 30 .O ângulo entre o raio refletido e a superfície do
espelho será, portanto, de:
I. É impossível construir uma máquina térmica que, ope-
rando em ciclo, extraia calor de uma fonte e o transforme a) 30°
integralmente em trabalho. b) 50°
II. Em um sistema fechado, não há troca de massa com a c) 60°
vizinhança, mas é permitida passagem de calor e traba- d) 80°
lho por sua fronteira. e) 10°
III. Sistema isolado é um sistema que não troca energia
nem massa com a sua vizinhança. 76. (POLITEC-MT – PERITO– FUNCAB/2013) Afigura
a seguir mostra um raio de luz incidindo sobre um espe-
Está correto o que se afirma em: lho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

a) I e II, apenas
b) II e III, apenas
c) I e III, apenas
d) I,II e III
e) III, apenas

73. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA – IBFC/2016)


A luz, por ser uma energia radiante composta por on- a) 60°
das eletromagnéticas e se comportar como uma onda b) 25°
no espaço e, como uma partícula quando incide em uma c) 37°
superfície, possui algumas proposições básicas. Essas d) 45°
proposições são chamadas de princípios da óptica geo- e) 53°
métrica. Assinale a alternativa que apresenta esses prin-
cípios. 77. (CEFET-PR – VESTIBULAR – CEFET-PR/2015)
Dois espelhos planos fornecem 11 imagens de um obje-
a) Propagação retilínea da luz, princípio da dependência to. Qual o ângulo formado entre os dois espelhos?
da luz e princípio da irreversibilidade da luz.
b) Propagação retilínea da luz, princípio da independên- a) 15°
cia da luz e princípio da irreversibilidade da luz. b) 20°
c) Propagação oblíqua da luz, princípio da independên- c) 30°
cia da luz e princípio da irreversibilidade da luz. d) 45°
d) Propagação oblíqua da luz, princípio da dependência e) 60°
da luz e princípio da irreversibilidade da luz.
78. (UFMT – TECNÓLOGO – UFMT/2016) Sobre
e) Propagação retilínea da luz, princípio da independên-
espelhos esféricos, julgue as afirmativas a seguir:
cia da luz e princípio da reversibilidade da luz.
1. Independentemente da posição que um objeto es-
74. (IFB – PROFESSOR – IFB/2017) A imagem forma- teja de um espelho convexo, sua imagem será sempre
da em uma câmara escura de um objeto com altura H, ampliada e virtual.
posicionado a uma distância D, é h. Se o objeto for repo- 2. Um feixe de luz que passa pelo centro de curvatura
sicionado e colocado em uma nova distância (D’), a ima- tem sua trajetória inalterada após ser refletido por um
gem formada na câmara será h’. Sendo assim, determine espelho esférico.
a razão entre h e h’. 3. Os espelhos côncavos não apresentam imagens in-
vertidas (de cabeça para baixo), pois essa é uma caracte-
a) D.D´ rística dos espelhos convexos.
b) D+D´ 4. A imagem produzida por um espelho côncavo
c) D-D´ pode ser ampliada ou reduzida em função da distância
𝐷 que o objeto esteja do espelho.
d)
𝐷´ Marque a alternativa que julga corretamente em Ver-
dadeiro (V) ou Falso (F) os itens acima: 
e)
𝐷´
𝐷 a) 1-V, 2-V, 3-F, 4-F
b) 1-F, 2-V, 3-V, 4-V
FÍSICA

c) 1-V, 2-V, 3-F, 4-V


d) 1-F, 2-F, 3-F, 4-V

89
79. (SEE-PE – PROFESSOR – FGV/2016) Uma fonte lu-
minosa pontual encontra-se sobre o eixo principal de um
espelho convexo a 40 cm do foco. A imagem conjugada
pelo espelho forma-se a 10 cm do foco.
A distância focal do espelho é

a) 5 cm
b) 10 cm
c) 15 cm
d) 20 cm
e) 25 cm

80. (SEARH-RN – PROFESSOR FISICA – IDE-


CAN/2016) Uma vela foi colocada diante de um espelho
côncavo de acordo com a figura a seguir. a) O meio 1 é mais refringente que o meio 2.
b) A velocidade da luz no meio 2 é menor que a veloci-
dade da luz no meio 1.
c) O índice de refração do meio 1 é maior que o índice de
refração do meio 2.
d) O meio 1 pode ser considerado um líquido como água
enquanto o meio 2 pode ser considerado o ar

83. (IF-CE – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – IF-


-CE/2017) Um raio de luz monocromática incide sob
ângulo (i) de 60° numa lâmina de vidro de índice de re-
fração n2  = 1,5 e de espessura e = 8,7 mm, sofrendo
refração sob ângulo (r) de 30°. O desvio lateral sofrido
pelo raio de luz, ao ser refratado pela lâmina, vale [Dado:
Índice de refração do ar = 1,0]

Se o raio do espelho tem 16 cm e o aumento linear é


igual a –0,5, então x é igual a:

a) 5 cm
b) 10 cm
c) 15 cm
d) 20 cm
e) 25 cm

81. (UFRN – FÍSICO - COMPERVE/2011) Um espelho


côncavo tem raio de curvatura de 10 cm. Se um objeto
for colocado 6 cm à frente do espelho, pode-se afirmar,
sobre sua imagem, que a) 4,0 mm
b) 5,0 mm
a) estará invertida à frente do espelho c) 5,5 mm
b) estará não-invertida atrás do espelho d) 6,0 mm
c) estará invertida atrás do espelho e) 6,5 mm
d) estará não-invertida à frente do espelho
84. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA– IBFC/2016) O
82. (UNIRV-GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – índice de refração é a relação entre a velocidade da luz
UNIRV-GO /2017) A figura a seguir representa um raio de um meio com relação a outro. Se a luz no vácuo tem
de luz (r1) se propagando do meio 1 para o meio 2. Sa- a velocidade de 3x10⁸ metros por segundo,ao atravessar
bendo que α > β, marque a opção correta. outro meio transparente, ela diminui para 1,88x10⁸ me-
tros por segundo. Assinale a alternativa que apresenta
qual o índice de refração desse meio.
FÍSICA

a) 1,49
b) 1,56
c) 1,59

90
d) 1,67 88. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA – IBFC/2016)
e) 1,53 Sabendo que a graduação das lentes esféricas se dá atra-
vés da diferença entre os valores das curvas externa e in-
85. (PC-DF – PERITO CRIMINAL - IADES/2016) Quan- terna (ou anterior e posterior), sendo a anterior chamada
to ao fenômeno da refração da luz, assinale a alternativa de positiva e a posterior de negativa, assinale a alternati-
correta.  va que apresenta qual a dioptria da seguinte lente e sua
distância focal, respectivamente:
a) Ao passar de maneira oblíqua de um meio menos re- • Curva anterior: 7,75
fringente para um meio mais refringente, a luz sofre, • Curva posterior: 2,50
ao mesmo tempo, uma diminuição e uma deflexão na
respectiva velocidade, aproximando-se da reta normal a) +3,25 e 0,18 metros
à superfície que separa os dois meios. b) -5,25 e 0,19 metros
b) O fenômeno da refração é sempre acompanhado pelo c) +4,75 e 0,21 metros
fenômeno da reflexão, não importando o ângulo de d) +5,25 e 0,19 metros
incidência do raio de luz e) +5,25 e 0,21 metros
c) O ângulo limite para que ocorra a reflexão total, sem
a possibilidade de refração de qualquer parte da luz, 89. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA – IBFC/2016/
independe da diferença de índices de refração dos ADAPT) Uma lente tem foco real em 0,4 metros. Um ob-
meios jeto de 0,003 metros é colocado a 0,2 metros da lente.
d) A lei de Snell determina, que se o ângulo de incidência Determine a dioptria da lente e qual distância estará a
de um feixe de luz sobre a superfície que separa dois imagem com relação à lente.
meios com índices de refração diferentes estiver entre
0° e 90°, toda a luz será refratada. a) 0,25 dioptrias e a imagem está a 0,5 metros da lente
e) A refração da luz difere da refração das demais ondas b) 0,25 dioptrias e a imagem está a 0,4 metros da lente
c) 2,0 dioptrias e a imagem está a 0,5 metros da lente
eletromagnéticas porque ondas com comprimentos
d) 2,5 dioptrias e a imagem está a 0,4 metros da lente
diferentes viajam a velocidades diferentes.
e) 2,5 dioptrias e a imagem está a 0,5 metros da lente
86. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA – IBFC/2016)
90. (BRASIL ESCOLA – EXERCÍCIOS PARA PRATICAR
Uma lente divergente é colocada em frente a um objeto
– BRASIL ESCOLA/2018) Pedro é o filho mais novo de
cujo tamanho é 0,05 metros. Tal lente tem ponto focal
Renata. O garoto reclama a alguns dias de que não con-
em -0,10 metros. Se o objeto está a 0,30 metros da lente,
segue enxergar o que sua professora escreve no quadro-
assinale a alternativa que apresenta qual será o tamanho
-negro, mesmo que ele se sente na primeira carteira. Ao
da imagem:
levar seu filho ao oftalmologista, Renata teve a notícia
de que o garoto tinha dificuldade de enxergar de perto.
a) 0,2 metros Assinale a alternativa que contém o nome do problema
b) 0,0125 metros de visão e o tipo de lente que vai ajudar Pedro.
c) 0,02 metros
d) 0,125 metros a) Hipermetropia, lente esférica
e) 0,05 metros b) Presbiopia, lente convergente
c) Miopia, lente convergente
87. (EBSERH – TÉCNICO EM ÓPTICA – IBFC/2016) d) Hipermetropia, lente convergente
Assinale a alternativa correta. Carl Friedrich Gauss foi um e) Estrabismo, lente cilíndrica
matemático, físico e astrônomo alemão do século XIX que
desenvolveu a base teórica que viria a se tornar a prática 91. (BRASIL ESCOLA – EXERCÍCIOS PARA PRATICAR
para a óptica moderna. Uma das propriedades elencadas – BRASIL ESCOLA/2018) Ao receber a receita de um
por Gauss em sua teoria relata o comportamento ópti- óculos, um paciente leu a seguinte informação:
co da luz ao incidir sobre um dispositivo óptico esférico. OD: - 1,0 di
Segundo essa teoria, dependendo, principalmente, do OE: + 1,5 di
índice de refração do meio óptico, o comportamento do Marque a alternativa correta a respeito das informa-
feixe de luz pode ser caracterizado como: ções dadas na receita.

a) Divertido e Extrovertido a) No olho direito (OD), o paciente tem hipermetropia,


b) Os feixes de luz atravessam o meio óptico sempre em por isso, deve utilizar lentes cilíndricas.
paralelo, independente do índice de refração e da di- b) No olho esquerdo (OE), o paciente tem hipermetropia,
ferença de curvas da lente por isso, deve utilizar uma lente convergente.
c) Insurgente e Convergente c) No olho direito (OD), o paciente tem estrabismo, por
d) Divergente e Ascendente isso, deve utilizar uma lente com vergência negativa.
e) Divergente e Convergente d) O símbolo “di” significa díparos.
FÍSICA

e) No olho esquerdo (OE), o paciente tem presbiopia,


por isso, deve utilizar uma lente esférica.

91
92. (CESGRANRIO/2014) A correção da miopia e a cor- d) 42/21 kHz
reção da hipermetropia são feitas com lentes respecti- e) 21/2 kHz
vamente:
95. (SEDUC-RJ – DOCENTE – CEPERJ/2015) Se hou-
a) afocal/divergente vesse uma explosão no Sol certamente não ouviríamos
b) convergente/divergente aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
c) afocal/convergente
d) divergente/afocal a) o som não se propaga no vácuo
e) divergente/convergente    b) o som é uma onda eletromagnética
c) as ondas eletromagnéticas são transversais
93. (IFN – TÉCNICO – FUNDEP/2016) Em uma corda d) o sol está muito distante da Terra
ideal, uma pessoa cria pulsos que são refletidos, produ- e) o som se propaga mal no ar
zindo assim uma onda estacionária, como indicado na
figura a seguir: 96. (POLÍCIA CIENTÍFICA GO – PERITO CRIMINAL
– FUNIVERSA/2015) Um policial está de plantão na La-
goa Feia em Formosa (GO). Ele observa o movimento de
um barco ancorado e nota que o barco oscila, para cima
e para baixo, 60 vezes em um minuto. Com a ajuda de um
colega de turno, o policial consegue estimar o compri-
mento de onda das ondas que oscilam o barco. O valor
estimado é de aproximadamente 4 m. Com esses resul-
tados, ele consegue calcular a velocidade de propagação
da onda.
Nessas condições, é correto afirmar: Considerando essas informações, assinale a alternati-
va que apresenta o valor, em metros por segundo, dessa
a) O comprimento de onda da onda estacionária repre- velocidade.
sentada na figura é de 2 L.
b) O comprimento de onda do próximo harmônico será a) 15 m.s-1
de 2.L/3. b) 12 m.s-1
c) Se a frequência de oscilação da corda for aumentada, c) 8 m.s-1
a onda poderá atingir o modo fundamental. d) 4 m.s-1
d) Se a frequência de oscilação da corda for diminuída, a e) 1 m.s-1
onda poderá atingir o terceiro harmônico (n = 3).
97. (POLITEC MT – PAPILOSCOPISTA – UFMT/2017)
94. (PC-DF – PAPILOSCOPISTA – FUNIVERSA/2015) Uma técnica de afinação de violão é, tendo-se afinada
A figura abaixo mostra a oscilação ressonante de uma uma corda solta, prende-se essa corda em um determi-
corda de 8,4 m fixa em duas extremidades. O módulo da nado ponto do braço do violão, quinta casa, marcada
velocidade das ondas é igual a 400 m/s. com o segmento de reta C5 na figura, produzindo-se
som com frequência próxima àquela da corda abaixo
(tão próxima quanto seu ouvido é capaz de identificar).

Com base na figura, assinale a alternativa que apre-


senta o valor da frequência (f) das ondas transversais e
das oscilações dos elementos da corda.
Considere que a corda solta ou presa na quinta casa
a) 2/21 kHz produz ondas estacionárias de mesma velocidade. Consi-
FÍSICA

b) 10/21 kHz dere também a relação entre velocidade (v), comprimen-


c) 21/20 kHz to de onda (λ) e frequência de oscilação (f): v = λ .f

92
Os comprimentos L5, para a corda presa na quinta cargas respectivamente iguais a QA, QB e QC são aban-
casa, valem para a afinação da quarta corda a partir da donadas, alinhadas, sobre uma superfície plana e hori-
quinta e da terceira corda a partir da quarta, que terão zontal, com a esfera C mais próxima de A do que de B,
frequências naturais próximas respectivamente a: como ilustra a figura a seguir.

a) 294 Hz e 392 Hz
b) 494 Hz e 278 Hz
c) 312 Hz e 659 Hz
d) 392 Hz e 565 Hz

98. (UFF – TÉCNICO – COSEAC2017) O som é pro-


duzido por corpos quando colocados em vibração. Essa
vibração se transfere no ar de molécula a molécula até
alcançar nossos ouvidos. Tem-se uma característica so-
nora que permite distinguir sons de mesma frequência e Verifica-se que, assim abandonadas, apesar de serem
mesma intensidade, desde que as ondas sonoras corres- desprezíveis os atritos entre elas e a superfície de apoio,
pondentes a esses sons sejam diferentes. Dois aparelhos as três permanecem em repouso.
musicais, violão e violino, por exemplo, podem emitir Nesse caso, se  |Q_B |=4|Q_A |  e a distância entre as
sons com a mesma frequência, porém as ondas sonoras esferas A e B for d, a distância x entre as esferas A e C será
possuem formas diferentes. Esta característica refere-se
ao(à): a) d/2
b) 2d/5
a) intensidade c) d/3
b) timbre d) d/4
c) altura e) d/5
d) eco 102. (POLÍCIA CIENTÍFICA - PR – PERITO CRIMI-
e) ressonância NAL – CESPE/2016) Considere duas esferas condutoras
isoladas A e B com raios R e 2R respectivamente. A esfera
99. (UFF – TÉCNICO – COSEAC2017) Considere A está eletrizada com carga positiva Q e a esfera B está
dois tubos sonoros, um aberto e outro fechado, ambos descarregada. Interligando-se as esferas por meio de um
do mesmo comprimento e situados no mesmo ambiente. fio condutor de capacidade desprezível, é correto afirmar
Se o som de frequência fundamental emitido pelo tubo que, após ser estabelecido o equilíbrio eletrostático entre
aberto tem comprimento de onda igual a 34 cm, o com- elas, as cargas das esferas A e B serão respectivamente
primento de onda, em centímetros, do som de frequên- iguais a
cia fundamental emitido pelo tubo fechado é:

a)
2𝑄 𝑄
a) 34 cm 3
𝑒
3
b) 8,5 cm
c) 17 cm b) 2𝑄 𝑒 𝑄
d) 68 cm
e) 22,7 cm c) 𝑄 𝑒 2𝑄

d) 𝑒
𝑄 2𝑄
100. UFJF – TÉCNICO – COPESE/2017) A corda de 3 3
um violão está afinada no lá fundamental (440 Hz) e tem
o comprimento de 60 cm entre os pontos de apoio. É e)
𝑄 3𝑄
𝑒
possível produzir um harmônico (múltiplo da frequên-
2 2

cia fundamental) ao tocar com o dedo levemente numa


posição onde haveria um nó da frequência desejada no 103. (FUB – TÉCNICO EM LABORATÓRIO – CES-
momento em que se percute a corda. Medida à partir de PE/2016) Após ter sido atritada por uma lã, determi-
uma das extremidades da corda, qual a posição do nó nada esfera de vidro pequena adquiriu uma carga Q =
para que a frequência produzida seja 1320 Hz?   4 C. Essa esfera carregada foi, em seguida, aproximada
de uma das extremidades de uma barra de cobre isolada
a) 10 cm eletricamente. Considerando que a carga elementar do
b) 20 cm elétron seja de 1,6 × 10-19 C, julgue o item seguinte. Com
c) 30 cm o atrito da esfera de vidro com a lã, a quantidade de elé-
d) 35 cm trons que são retirados da esfera é superior a 2 × 1019.
e) 50 cm
(  ) CERTO   (  ) ERRADO
FÍSICA

101. (SEE-PE – PROFESSOR DE FÍSICA – FGV/2016)


Três pequenas esferas idênticas, A, B e C, carregadas com

93
104. (UFJF – TÉCNICO EM LABORATÓRIO - COPE- a) 8A
SE/2017) ) ) Numa certa região do espaço estão fixas b) 4A
duas cargas elétricas pontuais dispostas da seguinte for- c) 2A
ma: d) 1A
Q1, de 3,00 micro Coulomb está localizada na posi-
ção: x = -3,00 cm e y = 0,00 cm; 107. (COPESE-UFJF – TÉCNICO EM LABORATÓRIO–
Q2, de -1,00 micro Coulomb, na posição: x = 0,00 cm, UFJF/2017) Um chuveiro simples, com potência nominal
y = -2,00 cm. de 5 kW, feito para uma tensão de 220 V, é instalado
Considere que a constante eletrostática K vale: 9,00 numa tensão de 110 V. Ignorando variações da resistivi-
109 Nm² /C². dade do chuveiro em função da temperatura, podemos
Nessas circunstâncias, podemos dizer que as compo- dizer que:
nentes x e y do campo elétrico resultante, na posição x=
0,00 e y = 0,00 são, respectivamente: a) A potência dissipada será metade do valor nominal
b) A potência dissipada será o dobro do valor nominal e
a) 3,00.107 N/C e -2,25.107 N/C irá queimar
b) -3,00.107 N/C e 1,5.107 N/C c) A potência dissipada será o quádruplo do valor nomi-
c) 1,5.107 N/C e -2,25.107 N/C nal e irá queimar
d) -3,00.107 N/C e -2,25.107 N/C d) A potência dissipada será um quarto do valor nominal
e) 1,50.107 N/C e -3,00.107 N/C e) A potência dissipada será a mesma, pois é a especifi-
cação do chuveiro
105. (PETROBRAS – TÉCNICO – CESGRANRIO/2017)
Uma máquina utiliza um pequeno aquecedor composto 108. (COPESE-UFJF – TÉCNICO EM LABORATÓRIO–
por um resistor de potência e tensão nominais 15,0 W e UFJF/2017) Uma fonte não ideal de tensão de 1,5 V está
9,00 V. Para alimentar o aquecedor, é utilizada uma fonte sendo colocada em série com um resistor de 40Ω. A cor-
de corrente contínua ideal de 30,0 V em série com um rente elétrica medida nesse circuito é de 30 mA. Pode-
resistor R, como mostra a Figura abaixo. mos dizer que a resistência interna da bateria é:  

a) Nula
b) Infinita
c) 50Ω
d) 120Ω
e) 10Ω

109. (PROJETO MEDICINA/2018) A figura ilustra dois


fios condutores retilíneos, muito longos (fios 1 e 2) que
são paralelos entre si. Os fios estão situados no plano do
papel e são percorridos por correntes elétricas constan-
O valor aproximado da resistência elétrica de R, em tes, de intensidade i e sentidos opostos. Sabe-se que o
Q, para que o aquecedor trabalhe com potência e tensão ponto P é eqüidistante dos fios. Com relação a tal situa-
nominais, é  ção, assinale a alternativa correta.

a) 5,4
b) 12,6
c) 16,2
d) 18,0
e) 21,0

106. (IFB – PROFESSOR – IFB/2017) A corrente


elétrica que atravessa o resistor de 4 Ω no circuito abaixo
equivale a: 

a) O campo magnético total no ponto P é paralelo ao


plano do papel, apontando para o fio 1.
b) O campo magnético total no ponto P é paralelo ao
plano do papel, apresentando a mesma direção e o
FÍSICA

mesmo sentido que a corrente elétrica que passa no


fio 2.

94
c) O campo magnético total no ponto P é perpendicular vos R1 = 2R e R2=R, qual deve ser o sentido da corrente
ao plano do papel, apontando para fora do mesmo. i2 e qual a razão entre as intensidades i1 e i2, para que o
d) O campo magnético total no ponto P é perpendicular campo magnético resultante no centro das espiras seja
ao plano do papel, apontando para dentro do mesmo. nulo?
e) O campo magnético total no ponto P é nulo.

110. (PROJETO MEDICINA/2018) Um fio retilíneo lon-


go é percorrido por uma corrente elétrica i, com o senti-
do indicado na figura mostrada.

a) 1
b) 2
c) 4
d) 8

113. (BRASIL ESCOLA/2018) A tabela abaixo mostra as


frequências para três tipos distintos de ondas eletromag-
néticas que irão atingir uma placa metálica cuja função
trabalho corresponde a 4,5eV. A partir dos valores das
frequências podemos afirmar que:
Os pontos A, B, C e D e o fio encontram-se no plano
do papel, e os pontos B e C são eqüidistantes do fio. Da
Onda Frequência (Hz)
intensidade e sentido do campo magnético gerado pela
corrente elétrica em cada ponto, é correto afirmar que: A 2,5.1017
B 3,0.1018
a) o módulo do campo magnético no ponto C é maior
que no ponto B e o sentido dele no ponto D está sain- C 5,0.1016
do da folha de papel, perpendicularmente à folha. D 4,5.1015
b) o módulo do campo magnético no ponto B é maior
que no ponto A e o sentido dele no ponto D está en- Dados: Considere a constante de Planck como h =
trando na folha de papel, perpendicularmente à folha. 4,0.10–15 eV.s, e a velocidade da luz no vácuo c = 3,0.108
c) o módulo do campo magnético no ponto A é maior m/s
que no ponto B e o sentido dele no ponto B está de B
para A. a) A onda C possui frequência menor que a frequência
d) o módulo do campo magnético nos pontos A e B são de corte.
idênticos e o sentido dele no ponto B está entrando na b) A energia cinética do fotoelétron atingido pela onda D
folha de papel, perpendicularmente à folha. é de 13,5eV.
c) O efeito fotoelétrico não ocorrerá com nenhuma das
111. (PROJETO MEDICINA/2018) Um fio condutor re- ondas.
tilíneo e muito longo é percorrido por uma corrente elé- d) A razão entre a frequência de corte e a frequência da
trica i = 4,0 A. Sabendo que a permeabilidade magnética onda A é 0,085.
do meio é , pode-se afirmar que o módulo do campo e) O comprimento de onda referente à onda B é 2,0.10-10
magnético, a uma distância d = 0,5 m do fio é: m.

a) 1,0 · 10–7 T 114. (BRASIL ESCOLA/2018) A teoria da relatividade


b) 2,0 · 10–7 T restrita prevê que a velocidade da luz é a mesma para
c) 4,0 · 10–7 T todos os observadores, independentemente do estado
d) 8,0 · 10–7 T de movimento relativo entre eles. Com base nessa afir-
e) 16,0 · 10–7 T mação, imagine duas naves que viajam no espaço com
velocidades altíssimas em uma mesma direção, mas com
112. (PROJETO MEDICINA/2018) Duas espiras con-
FÍSICA

sentidos opostos. Se cada nave possui velocidade V e a


cêntricas e situadas num mesmo plano são percorridas velocidade da luz no vácuo é c, a luz percebida pelo pilo-
pelas correntes elétricas i1 e i2. Sendo seus raios respecti- to teria velocidade:

95
a) V + c
b) c – V GABARITO
c) V – c
d) c
e) 2c 1 B
2 A
115. (BRASIL ESCOLA/2018) Sobre a teoria da relativi-
3 B
dade, marque o que for verdadeiro:
4 C
a) O tempo é uma grandeza absoluta, 5 E
b) Para objetos na velocidade da luz, ocorre a contração 6 A
do tempo.
c) Para objetos na velocidade da luz, ocorre a contração 7 C
dos comprimentos. 8 B
d) Para objetos na velocidade da luz, ocorre a dilatação 9 D
dos comprimentos
10 A
11 CERTO
12 A
13 D
14 C
15 A
16 A
17 C
18 C
19 B
20 D
21 A
22 B
23 B
24 C
25 A
26 C
27 D
28 D
29 D
30 B
31 B
32 B
33 D
34 E
35 C
36 A
37 E
38 B
39 B
40 D
41 B
FÍSICA

42 CERTO
43 CERTO

96
44 A 89 D
45 C 90 D
46 A 91 B
47 E 92 E
48 E 93 B
49 C 94 A
50 A 95 A
51 B 96 D
52 D 97 A
53 B 98 B
54 E 99 D
55 D 100 B
56 E 101 C
57 A 102 D
58 D 103 CERTO
59 A 104 A
60 E 105 B
61 C 106 B
62 C 107 A
63 C 108 E
64 B 109 E
65 ERRADO 110 B
66 D 111 A
67 CERTO 112 B
68 ERRADO 113 B
69 ERRADO 114 D
70 D 115 C
71 E
72 A
73 B
74 E
75 A
76 C
77 C
78 C
79 D
80 C
81 A
82 B
83 B
84 C
85 A
86 B
87 E
FÍSICA

88 D

97
ANOTAÇÕES

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FÍSICA

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