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Polícia Militar do Estado de São Paulo

PM-SP
Soldado PM de 2ª Classe

AB129-19
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você
conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br.

OBRA

Polícia Militar do Estado de São Paulo - PM-SP

Soldado PM de 2ª Classe

Edital de Concurso Público Nº DP-2/321/19

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Profº Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil
História Geral - Profº Luiz Daniel Vinha Absalão
História do Brasil - Profº Luiz Daniel Vinha Absalão
Geografia Geral - Profª Leticia Veloso
Geografia do Brasil - Profª Leticia Veloso
Atualidades - Profª Leticia Veloso
Noções Básicas de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto
Noções de Administração Pública - Profª Bruna Pinotti

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Karina Fávaro

DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis
Danna Silva

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)......................................................................... 01
Sinônimos e antônimos.................................................................................................................................................................................... 04
Sentido próprio e figurado das palavras................................................................................................................................................... 04
Pontuação.............................................................................................................................................................................................................. 06
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem.............................................................................................................................. 09
Concordância verbal e nominal..................................................................................................................................................................... 51
Regência verbal e nominal.............................................................................................................................................................................. 58
Colocação pronominal..................................................................................................................................................................................... 56
Crase........................................................................................................................................................................................................................ 63

MATEMÁTICA
Números inteiros: operações e propriedades......................................................................................................................................... 01
Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e propriedades........................................................... 01
Mínimo múltiplo comum................................................................................................................................................................................ 01
Razão e proporção............................................................................................................................................................................................ 22
Porcentagem........................................................................................................................................................................................................ 27
Regra de três simples....................................................................................................................................................................................... 29
Média aritmética simples................................................................................................................................................................................ 32
Equação do 1º grau.......................................................................................................................................................................................... 44
Sistema de equações do 1º grau................................................................................................................................................................... 44
Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade.......................................................................... 51
Relação entre grandezas: tabelas e gráficos........................................................................................................................................... 55
Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras............................................................................ 62
Raciocínio lógico................................................................................................................................................................................................ 80
Resolução de situações-problema.............................................................................................................................................................. 80

HISTÓRIA GERAL
Primeira Guerra Mundial................................................................................................................................................................................... 02
O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial........................................................................................................................................... 03
A Guerra Fria........................................................................................................................................................................................................... 04
Globalização e as políticas neoliberais......................................................................................................................................................... 05
SUMÁRIO
HISTÓRIA DO BRASIL
A Revolução de 1930 e a Era Vargas........................................................................................................................................................... 01
As Constituições Republicanas..................................................................................................................................................................... 01
A estrutura política e os movimentos sociais no período militar..................................................................................................... 08
A abertura política e a redemocratização do Brasil.............................................................................................................................. 11

GEOGRAFIA GERAL
A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização......................................................................................................... 01
Os principais problemas ambientais.............................................................................................................................................................. 01

GEOGRAFIA DO BRASIL
A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação)................................................................................................................ 01
A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos..................................................................................................... 01
As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária................................................. 02
Os impactos ambientais.................................................................................................................................................................................... 03

ATUALIDADES
Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a 01
partir do 1º de outubro de 2018, divulgados na mídia local e/ou nacional..................................................................................

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA


MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência,
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de
aplicativos MS-Office 2010............................................................................................................................................................................ 01
MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas,
legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto......................................................................... 11
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração
de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos,
controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados............................ 19
MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos
e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões
de ação, animação e transição entre slides............................................................................................................................................. 31
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos........................... 39
Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas.......................................... 43
SUMÁRIO
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos e Deveres 01
Individuais e Coletivos; Capítulo IV – Dos Direitos Políticos. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo VII –
Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios. Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: Capítulo III – Da Segurança
Pública.......................................................................................................................................................................................................................
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO: Título II – Da Organização e Poderes: Capítulo III – Do Poder 09
Executivo; Capítulo IV – Do Poder Judiciário: Seção V – Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de Justiça
Militar. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições
Gerais; Capítulo II – Dos Servidores Públicos do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis; Seção II – Dos
Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia
Militar..........................................................................................................................................................................................................................
LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação;..................................................................................................................... 15
DECRETO nº 58.052/12 – Regulamenta a Lei nº 12.527/11, que regula o acesso a informações, e dá providências 17
correlatas...................................................................................................................................................................................................................
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)............................................................................................. 01
Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. ....................................................................................................................04
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................................06
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................................................................................09
Concordância verbal e nominal. .......................................................................................................................................................................................51
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................................58
Colocação pronominal. ........................................................................................................................................................................................................56
Crase.............................................................................................................................................................................................................................................63
Compreender significa
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS O texto diz que...
TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO É sugerido pelo autor que...
LITERÁRIOS). De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...

3. Erros de interpretação
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
 Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela
de produzir interação comunicativa (capacidade de codi- imaginação.
ficar e decodificar).  Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um tex-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
to é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com
para o entendimento do tema desenvolvido.
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para
 Contradição = às vezes o texto apresenta
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in-
ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclu-
terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento
sões equivocadas e, consequentemente, errar a questão.
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada
de seu contexto original e analisada separadamente, po-
Observação:
derá ter um significado diferente daquele inicial. Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova
rências diretas ou indiretas a outros autores através de de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. que o autor diz e nada mais.
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun- relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
damentações), as argumentações (ou explicações), que si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
levam ao esclarecimento das questões apresentadas na um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
prova. pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
que se vai dizer e o que já foi dito.
Normalmente, em uma prova, o candidato deve:
 Identificar os elementos fundamentais de uma São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
argumentação, de um processo, de uma época (neste eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais de- me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
finem o tempo). aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
 Comparar as relações de semelhança ou de di- bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
ferenças entre as situações do texto. semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado tecedente.
com uma realidade. Os pronomes relativos são muito importantes na in-
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
 Parafrasear = reescrever o texto com outras coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
palavras. existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
cia, a saber:
1. Condições básicas para interpretar que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
mas depende das condições da frase.
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- qual (neutro) idem ao anterior.
rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- quem (pessoa)
tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
lidades do texto) e semântico; capacidade de observação o objeto possuído.
e de síntese; capacidade de raciocínio. como (modo)
onde (lugar)
LÍNGUA PORTUGUESA

2. Interpretar/Compreender quando (tempo)


quanto (montante)
Interpretar significa: Exemplo:
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Falou tudo QUANTO queria (correto)
Através do texto, infere-se que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
É possível deduzir que... aparecer o demonstrativo O).
O autor permite concluir que...
Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

1
4. Dicas para melhorar a interpretação de textos
EXERCÍCIOS COMENTADOS
 Leia todo o texto, procurando ter uma visão ge-
ral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos
candidatos na disputa, portanto, quanto mais informação 1. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Cespe
você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver – 2017)
as questões.
 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- Texto CG1A1AAA
rompa a leitura.
 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quan- A valorização do direito à vida digna preserva as duas
tas forem necessárias. faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a
 Procure fazer inferências, deduções (chegar a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro
uma conclusão). em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição
 Volte ao texto quantas vezes precisar. social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se,
 Não permita que prevaleçam suas ideias so- singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins-
bre as do autor. trumento da fraternização racional e rigorosa.
 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me- O direito à vida é a substância em torno da qual todos os
lhor compreensão. direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que
 Verifique, com atenção e cuidado, o enuncia- o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá-
do de cada questão. vel de justiça social.
 O autor defende ideias e você deve percebê-las. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei
 Observe as relações interparágrafos. Um pa- Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re-
rágrafo geralmente mantém com outro uma relação de velação da justiça. Quando os descaminhos não condu-
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na
muito bem essas relações. vida mais digna para que a convivência política seja mais
 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou fecunda e humana.
seja, a ideia mais importante. Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º.
 Nos enunciados, grife palavras como “corre- In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
to” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB,
hora da resposta – o que vale não somente para Interpre- Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1
tação de Texto, mas para todas as demais questões! (com adaptações).
 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia
principal, leia com atenção a introdução e/ou a conclu- Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano
são. tem direito
 Olhe com especial atenção os pronomes relati-
vos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre-
chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vivência das espécies.
vocábulos do texto. b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário
para defender seus interesses.
SITES c) de demandar ao sistema judicial a concretização de
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/por- seus direitos.
tugues/como-interpretar-textos d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me- direitos de outros.
lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas- essência de todos os direitos.
-para-voce-interpretar-melhor-um.html
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- Resposta: Letra E. O ser humano tem direito a uma vida
tao-117-portugues.htm digna, adequada, para que consiga gozar de seus direitos
– saúde, educação, segurança – e exercer seus deveres
plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O
direito à vida é a substância em torno da qual todos os
direitos se conjugam (...).

2. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Cespe


– 2017)
LÍNGUA PORTUGUESA

Texto CG1A1BBB

Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição


da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana
do povo, que o exerce por meio de representantes elei-
tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em

2
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre al-
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de guém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente
sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos
regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição
agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer- e Dissertação.
ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque
toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em 1. As tipologias textuais se caracterizam pelos as-
nome do qual é pronunciada. pectos de ordem linguística
Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-
cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com Os tipos textuais designam uma sequência definida
adaptações). pela natureza linguística de sua composição. São obser-
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela-
ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo,
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
com fundamento no princípio da soberania popular.
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
voto popular, como ocorre com os representantes dos demarcados no tempo do universo narrado, como tam-
demais poderes. bém de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois,
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apare-
exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus ceu. Depois de muita conversa, resolveram...
nacionais. B) Textos descritivos – como o próprio nome indica,
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magis- descrevem características tanto físicas quanto psicológi-
tratura e o sistema democrático. cas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os
tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no
e) os magistrados brasileiros exercem o poder constitu-
pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como
cional que lhes é atribuído em nome do governo federal.
a asa da graúna...”
C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
Resposta: Letra A. A questão deve ser respondida se-
assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
gundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que o
senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia
nos termos desta Constituição.” Em virtude desse coman- 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob
do, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e pena de perder o benefício.
em seu nome é exercido (...). D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma
modalidade na qual as ações são prescritas de forma
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – SUPERIOR sequencial, utilizando-se de verbos expressos no impe-
– CESPE – 2017 – ADAPTADA) No texto CG1A1BBB, o rativo, infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os
vocábulo ‘emana’ foi empregado com o sentido de ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa
homogênea.
a) trata. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se
b) provém. pelo predomínio de operadores argumentativos, revela-
c) manifesta. dos por uma carga ideológica constituída de argumentos
d) pertence. e contra-argumentos que justificam a posição assumida
e) cabe. acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo
contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu es-
Resposta: Letra B. Dentro do contexto, “emana” tem o paço no mercado de trabalho, o que significa que os gêne-
sentido de “provém”. ros estão em complementação, não em disputa.
2. Gêneros Textuais

TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL São os textos materializados que encontramos em


nosso cotidiano; tais textos apresentam características
A todo o momento nos deparamos com vários tex- sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função,
tos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos:
presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema,
daquilo que está sendo transmitido entre os interlocuto- editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum,
res. Estes interlocutores são as peças principais em um blog, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

diálogo ou em um texto escrito. A escolha de um determinado gênero discursivo de-


É de fundamental importância sabermos classificar os pende, em grande parte, da situação de produção, ou
textos com os quais travamos convivência no nosso dia a seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são
dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais os locutores e os interlocutores, o meio disponível para
e gêneros textuais. veicular o texto, etc.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por
opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum exemplo, são comuns gêneros como notícias, reporta-

3
gens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divul- 3. Homônimos e Parônimos
gação científica são comuns gêneros como verbete de
dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico,  Homônimos = palavras que possuem a mesma
seminário, conferência. grafia ou a mesma pronúncia, mas significados di-
ferentes. Podem ser
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e diferen-
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – tes na pronúncia:
São Paulo: Saraiva, 2010. rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.);
Português – Literatura, Produção de Textos & Gra- jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e denuncia
mática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).
Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e dife-
SITE
rentes na escrita:
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex-
acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar)
tual.htm
e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (arreio);
Observação: Não foram encontradas questões censo (recenseamento) e senso ( juízo); paço (palácio) e
abrangendo tal conteúdo. passo (andar).

C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou


perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo
PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS. (adv.); livre (adj.) e livre (verbo).

 Parônimos = palavras com sentidos diferentes,


SIGNIFICADO DAS PALAVRAS porém de formas relativamente próximas. São pa-
lavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta
Semântica é o estudo da significação das palavras e (receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte)
das suas mudanças de significação através do tempo ou e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilus-
em determinada época. A maior importância está em dis- tre) e iminente (que está para ocorrer), osso (subs-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e tantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), compri-
mento (medida) e cumprimento (saudação), autuar
1. Sinônimos (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar pena) e
infringir (violar), deferir (atender a) e diferir (diver-
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfa- gir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender
beto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar (conhecer) e apreender (assimilar; apropriar-se de),
- abolir. tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movi-
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são mento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mer-
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan-
gulhar, afundar).
do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela
outra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar).
4. Hiperonímia e Hiponímia
Observação:
A contribuição greco-latina é responsável pela exis- Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten-
tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo
antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemici- o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o
clo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diá- hiperônimo, mais abrangente.
logo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô-
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se-
2. Antônimos mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi-
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de
São palavras que se opõem através de seu significa- significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.
do: ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - cen- Veículos é um hiperônimo de carros.
surar; mal - bem.
LÍNGUA PORTUGUESA

Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em


quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
Observação: zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita
A antonímia pode se originar de um prefixo de sen- a repetição desnecessária de termos.
tido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático
e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e antico- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
munista; simétrico e assimétrico. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

4
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São #FicaDica
Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Procure associar Denotação com Dicioná-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. rio: trata-se de definição literal, quando o
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua termo é utilizado com o sentido que consta
Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. no dicionário.

SITE
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-antonimos,-homonimos-e-paronimos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
Exemplos de variação no significado das palavras:
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido SITE
literal) http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido cao/
figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
As variações nos significados das palavras ocasionam POLISSEMIA
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
(conotação) das palavras. Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
A) Denotação um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apre- mas que abarca um grande número de significados den-
senta seu significado original, independentemente do
tro de seu próprio campo semântico.
contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhe-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
cido e muitas vezes associado ao primeiro significado que
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal
-se em consideração as situações de aplicabilidade. Há
da palavra.
uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a
A denotação tem como finalidade informar o receptor
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ocorrência da polissemia:
caráter prático. É utilizada em textos informativos, como O rapaz é um tremendo gato.
jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de O gato do vizinho é peralta.
medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
“pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
um pedaço de madeira. Outros exemplos: sobrevivência
O elefante é um mamífero. O passarinho foi atingido no bico.
As estrelas deixam o céu mais bonito!
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
B) Conotação computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co-
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apre- mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de
senta diferentes significados, sujeitos a diferentes inter- “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
pretações, dependendo do contexto em que esteja inse- que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão”
rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões
além do sentido original da palavra, ampliando sua signi- é o formato quadriculado que têm.
ficação mediante a circunstância em que a mesma é utili-
zada, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como 1. Polissemia e homonímia
no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo
ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
(tomei pau no concurso). comum. Quando a mesma palavra apresenta vários sig-
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos nificados, estamos na presença da polissemia. Por outro
lado, quando duas ou mais palavras com origens e sig-
LÍNGUA PORTUGUESA

no receptor da mensagem, através da expressividade


e afetividade que transmite. É utilizada principalmente nificados distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos
numa linguagem poética e na literatura, mas também uma homonímia.
ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela
anúncios publicitários, entre outros. Exemplos: pode significar uma fruta ou uma parte de uma camisa.
Você é o meu sol! Não é polissemia porque os diferentes significados para
Minha vida é um mar de tristezas. a palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma
Você tem um coração de pedra! palavra polissêmica: pode significar o elemento básico

5
do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de um
determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes signifi-
cados estão interligados porque remetem para o mesmo EXERCÍCIO COMENTADO
conceito, o da escrita.
1. (SUSAM-AM – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
2. Polissemia e ambiguidade FGV – 2014) “o país teve de recorrer a um programa de
racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto de reescrever esse segmento, que altera o seu sentido
na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado original.
pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma in-
terpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à a) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de
colocação específica de uma palavra (por exemplo, um racionamento.
advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: b) O país teve como recurso recorrer a um programa
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada fre- de racionamento.
quentemente são felizes. c) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de racio-
Neste caso podem existir duas interpretações dife- namento.
rentes: d) O país obrigou‐se a recorrer a um programa de racio-
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são namento.
felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equi- e) O Brasil optou por um programa de racionamento.
librada.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, Resposta: Letra E.
ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma “o país teve de recorrer a um programa de racionamen-
interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito to”. Assinale a opção que apresenta a forma de rees-
importante saber qual o contexto em que a frase é pro- crever esse segmento, QUE ALTERA O SEU SENTIDO
ferida. ORIGINAL.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um progra-
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, ma de racionamento = mesmo sentido.
comicidade. Repare na figura abaixo: Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro-
grama de racionamento = mesmo sentido.
Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa
de racionamento = mesmo sentido.
Em “d”: O país obrigou‐se a recorrer a um programa
de racionamento = mesmo sentido.
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona-
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado,
o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na al-
ternativa, provavelmente havia outras opções, e o país
escolheu a de “recorrer”).

PONTUAÇÃO
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-
-cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
servem para compor a coesão e a coerência textual, além
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
mas duas seriam: Um texto escrito adquire diferentes significados quando
Corte e coloração capilar pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
ou depende, em certos momentos, da intenção do autor do
Faço corte e pintura capilar discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamen-
te relacionados ao contexto e ao interlocutor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- 1. Principais funções dos sinais de pontuação
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. A) Ponto (.)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
LÍNGUA PORTUGUESA

 Indica o término do discurso ou de parte dele, en-


Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. cerrando o período.
 Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com-
SITE panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia. de período, este não receberá outro ponto; neste
htm caso, o ponto de abreviatura marca, também, o fim
de período. Exemplo: Estudei português, matemári-
ca, constitucional, etc. (e não “etc..”)

6
 Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do G) Vírgula (,)
ponto, assim como após o nome do autor de uma Não se usa vírgula
citação: Separando termos que, do ponto de vista sintático,
Haverá eleições em outubro ligam-se diretamente entre si:
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napo- 1. Entre sujeito e predicado:
leão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) Todos os alunos da sala foram advertidos.
 Os números que identificam o ano não utili- Sujeito predicado
zam ponto nem devem ter espaço a separá-los,
bem como os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 2. Entre o verbo e seus objetos:
17600-250. O trabalho custou sacrifício aos
realizadores.
B) Ponto e Vírgula (;) V.T.D.I. O.D. O.I.
 Separa várias partes do discurso, que têm a mes-
ma importância: “Os pobres dão pelo pão o traba- Usa-se a vírgula:
lho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espí- 1. Para marcar intercalação:
rito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
 Separa partes de frases que já estão separadas por abundância, vem caindo de preço.
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; ou- B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
tros, montanhas, frio e cobertor. produzindo, todavia, altas quantidades de alimen-
 Separa itens de uma enumeração, exposição de tos.
motivos, decreto de lei, etc. C) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
Ir ao supermercado; trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto
Pegar as crianças na escola; é, não querem abrir mão dos lucros altos.
Caminhada na praia;
Reunião com amigos. 2. Para marcar inversão:
A) do adjunto adverbial (colocado no início da ora-
ção): Depois das sete horas, todo o comércio está de
C) Dois pontos (:)
portas fechadas.
 Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio
B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Coutinho trata este assunto:
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
 Antes de um aposto = Três coisas não me agra-
C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
dam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
maio de 1982.
 Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá es-
tava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo 3. Para separar entre si elementos coordenados
a rotina de sempre. (dispostos em enumeração):
 Em frases de estilo direto Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
Maria perguntou: A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
- Por que você não toma uma decisão? mais.
D) Ponto de Exclamação (!) 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós que-
 Usa-se para indicar entonação de surpresa, cóle- remos comer pizza; e vocês, churrasco.
ra, susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me
casar com você! 5. Para isolar:
 Depois de interjeições ou vocativos A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole bra-
Ai! Que susto! sileira, possui um trânsito caótico.
João! Há quanto tempo! B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

E) Ponto de Interrogação (?) Observações:


 Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- são latina et coetera, que significa “e outras coisas”, seria
vedo) dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre-
F) Reticências (...) guemos etc. predecido de vírgula: Falamos de política,
 Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lá- futebol, lazer, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

pis, canetas, cadernos...


 Indica interrupção violenta da frase: “- Não... quero As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
dizer... é verdad... Ah!” binados o ponto de interrogação e o de exclamação:
 Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este Você falou isso para ela?!
mal... pega doutor?
 Indica que o sentido vai além do que foi dito: Dei- Temos, ainda, sinais distintivos:
xa, depois, o coração falar...  a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), se-
paração de siglas (IOF/UPC);

7
 os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas O trecho “juízes, promotores e advogados” explica o sen-
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira tido de “nós”.
opção aos parênteses, principalmente na matemá-
tica; ( ) CERTO ( ) ERRADO
 o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para subs- Resposta: Certo.
tituir um nome que não se quer mencionar. Ao trecho: (...) Aquelas mulheres chegavam à Justiça
buscando uma força externa como se somente nós, ju-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ízes, promotores e advogados, pudéssemos não apenas
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- cessar aquele ciclo de violência (...). Os termos entre
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São vírgulas servem para exemplificar quem são os “nós”
Paulo: Saraiva, 2010. citados pela autora (juízes, promotores, advogados).
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 2. (SERES-PE – Agente de Segurança Penitenciária –
Cespe – 2017 – adaptada)
SITE
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ Texto 1A1AAA
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-vir-
gula.htm Após o processo de redemocratização, com o fim da di-
tadura militar, em meados da década de 80 do século
passado, era de se esperar que a democratização das
instituições tivesse como resultado direto a consolidação
EXERCÍCIOS COMENTADOS da cidadania — compreendida de modo amplo, abran-
gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e
sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram
1. (STJ – Conhecimentos Básicos para o Cargo 1 – Ces- mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên-
pe – 2018 – adaptada) cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o
desemprego — que ameaça os direitos sociais.
Texto CB1A1CCC No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir
de 1980, impacto do processo de modernização pelo
As audiências de segunda a sexta-feira muitas vezes re- qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo
velaram o lado mais sórdido da natureza humana. Eram colocou em circulação bens de alto valor e, consequente-
relatos de sofrimento, dor, angústia que se transporta- mente, aumentou as oportunidades para o crime, inclusi-
vam da cadeira das vítimas, testemunhas e réus para mi- ve porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço
nha cadeira de juíza. A toga não me blindou daqueles re- social mais anônimo, menos supervisionado.
latos sofridos, aflitos. As angústias dos que se sentavam Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais
à minha frente, por diversas vezes, me escoltaram até dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade.
minha casa e passaram a ser companheiras de noites de O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem me-
insônia. Não havia outra solução a não ser escrever. Era nos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais impor-
preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas tância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla
pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a senten- necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do
ça prolatada, não me deixavam esquecê-las. risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém
Foram horas, dias, meses, anos de oitivas de mães, filhas, não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de
esposas, namoradas, companheiras, todas tendo em co- manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário
mum a violência no corpo e na alma sofrida dentro de dividir as tarefas de controle com organizações locais e
casa. O lar, que deveria ser o lugar mais seguro para es- com a comunidade.
sas mulheres, havia se transformado no pior dos mundos. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú-
Quando finalmente chegavam ao Judiciário e se sen- blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da
tavam à minha frente, os relatos se transformavam em polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
desabafos de uma vida inteira. Era preciso explicar, justi- ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. –
ficar e muitas vezes se culpar por terem sido agredidas. mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
A culpa por ter sido vítima, a culpa por ter permitido, a
culpa por não ter sido boa o suficiente, a culpa por não No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pontos
ter conseguido manter a família. Sempre a culpa. introduzem
Aquelas mulheres chegavam à Justiça buscando uma for-
LÍNGUA PORTUGUESA

ça externa como se somente nós, juízes, promotores e a) uma enumeração das “categorias de direitos”.
advogados, pudéssemos não apenas cessar aquele ciclo b) resultados da “consolidação da cidadania”.
de violência, mas também lhes dar voz para reagir àquela c) um contra-argumento para a ideia de cidadania como
violência invisível. algo “amplo”.
Rejane Jungbluth Suxberger. Invisíveis Marias: histórias d) uma generalização do termo “direitos”.
além das quatro paredes. Brasília: Trampolim, 2018 (com e) objetivos do “processo de redemocratização”.
adaptações).

8
Resposta: Letra A.
Recorramos ao texto (faça isso SEMPRE durante seu CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
concurso. O texto é a base para encontrar as respostas ADJETIVO, NUMERAL, ARTIGO, PRONOME,
para as questões!): (...) abrangendo as três categorias VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CON-
de direitos: civis, políticos e sociais. Os dois-pontos in- JUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRI-
troduzem a enumeração dos direitos; apresenta-os. MEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM.

3. (Aneel – Técnico Administrativo – cespe – 2010) Vão


surgindo novos sinais do crescente otimismo da indús- ADJETIVO
tria com relação ao futuro próximo. Um deles refere-se
às exportações. “O comércio mundial já está voltando a É a palavra que expressa uma qualidade ou caracte-
se abrir para as empresas”, diz o gerente executivo de rística do ser e se relaciona com o substantivo, concor-
pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), dando com este em gênero e número.
Renato da Fonseca, para explicar a melhora das expec- As praias brasileiras estão poluídas.
tativas dos industriais com relação ao mercado externo. Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
Quanto ao mercado interno, as expectativas da indústria (plural e feminino, pois concordam com “praias”).
não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois
elas já eram francamente otimistas. Há algum tempo, a 1. Locução adjetiva
pesquisa da CNI, realizada mensalmente a partir de 2010,
registra grande otimismo da indústria com relação à de- Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
manda interna. Trata-se de um sentimento generalizado. cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mes-
Em todos os setores industriais, a expressiva maioria dos ma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição +
entrevistados acredita no aumento das vendas internas. substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu-
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta- ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
ções). exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio
(paixão desenfreada).
O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas
por tratar-se de um vocativo. Observe outros exemplos:

( ) CERTO ( ) ERRADO de águia aquilino


Resposta: Errado. de aluno discente
Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coi- de anjo angelical
sa no dia do seu concurso!): (...) diz o gerente executivo
de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria de ano anual
(CNI), Renato da Fonseca, para explicar a melhora das de aranha aracnídeo
expectativas. O termo em destaque não está exercen- de boi bovino
do a função de vocativo, já que não é utilizado para
evocar, chamar o interlocutor do diálogo. Sua função de cabelo capilar
é de aposto – explicar quem é o gerente executivo da de cabra caprino
CNI.
de campo campestre ou rural
4. (Caixa Econômica Federal – Médico do Trabalho – de chuva pluvial
cespe – 2014 – adaptada) A correção gramatical do tre- de criança pueril
cho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as
mais comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso de dedo digital
se inserisse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”. de estômago estomacal ou gástrico

( ) CERTO ( ) ERRADO de falcão falconídeo


de farinha farináceo
Resposta: Certo. de fera ferino
Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado,
a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo do de ferro férreo
sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separa- de fogo ígneo
LÍNGUA PORTUGUESA

do entre pontuações. Exemplo: O Rio de Janeiro, cida-


de maravilhosa (1), está em festa! Os meninos, ansiosos de garganta gutural
(2), chegaram! de gelo glacial
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular

9
de inverno hibernal ou invernal
de lago lacustre
de leão leonino
de lebre l eporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
de mestre magistral
de ouro áureo
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de porco suíno ou porcino
dos quadris ciático
de rio fluvial
de sonho onírico
de velho senil
de vento eólico
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico

Observação:
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª série.
/ O muro de tijolos caiu.

2 Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

3 Adjetivo Pátrio (ou gentílico)

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
LÍNGUA PORTUGUESA

4 Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

10
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

5 Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

6. Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano,
a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

7 Número dos Adjetivos

A) Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a pa-
lavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

B) Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último
elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele-
mentos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável.
Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjeti-
vado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
LÍNGUA PORTUGUESA

Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.

Observação:
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre invariáveis:
roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa.

11
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elemen- Observe alguns superlativos sintéticos:
tos flexionados: crianças surdas-mudas.
benéfico - beneficentíssimo
8 Grau do Adjetivo
bom - boníssimo ou ótimo
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten- comum - comuníssimo
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo. cruel - crudelíssimo
difícil - dificílimo
A) Comparativo
doce - dulcíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte- fácil - facílimo
rísticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser fiel - fidelíssimo
de igualdade, de superioridade ou de inferioridade.
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
No comparativo de igualdade, o segundo termo da um ser é intensificada em relação a um conjunto de se-
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto res. Essa relação pode ser:
ou quão.  De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil
de todas.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-  De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil
perioridade de todas.
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In-
ferioridade O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de antepostos ao adjetivo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe- duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra
rior, grande/maior, baixo/inferior. popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons-
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos
Observe que: -íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo;
 As formas menor e pior são comparativos de su- a popular é constituída do radical do adjetivo português
perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
mau, respectivamente. Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
 Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi-
(melhor, pior, maior e menor), porém, em compa- nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
rações feitas entre duas qualidades de um mesmo – cheíssimo.
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais
bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
exemplo: Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois Paulo: Saraiva, 2010.
elementos. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
duas qualidades de um mesmo elemento. Português: novas palavras: literatura, gramática, re-
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- dação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
ferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante. SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
B) Superlativo morf32.php
O superlativo expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou
relativo e apresenta as seguintes modalidades: ADVÉRBIO
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
dade de um ser é intensificada, sem relação com Compare estes exemplos:
outros seres. Apresenta-se nas formas:
LÍNGUA PORTUGUESA

O ônibus chegou.
 Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de O ônibus chegou ontem.
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
 Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e
do próprio advérbio.

12
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei mente, entrementes, imediatamente, primeiramente,
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à
(bem) noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad- quando em quando, a qualquer momento, de tempos
jetivo (claros) em tempos, em breve, hoje em dia.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acres- C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depres-
centar ideia de: sa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às
Tempo: Ela chegou tarde. cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, des-
Lugar: Ele mora aqui. se jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a
Modo: Eles agiram mal. frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte
Negação: Ela não saiu de casa. dos que terminam em “-mente”: calmamente, triste-
Dúvida: Talvez ele volte. mente, propositadamente, pacientemente, amorosa-
mente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
1. Flexão do Advérbio generosamente.
D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efe-
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- tivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavel-
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, mente.
porém, admitem a variação em grau. Observe: E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
A) Grau Comparativo F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem
que o comparativo do adjetivo: sabe.
 de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em exces-
nato fala tão alto quanto João. so, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
 de inferioridade: menos + advérbio + que (do tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo,
que): Renato fala menos alto do que João. quase, de todo, de muito, por completo, extremamen-
 de superioridade: te, intensamente, grandemente, bem (quando aplica-
A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato do a propriedades graduáveis).
fala mais alto do que João. H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:
melhor que João. Brando, o vento apenas move a copa das árvores.
I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
B) Grau Superlativo bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece
O superlativo pode ser analítico ou sintético: durante a adolescência.
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
fala muito alto. exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de aos meus amigos por comparecerem à festa.
modo
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala altís- Saiba que:
simo. Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
Observação: o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são co- tarde possível.
muns na língua popular. Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu
A criança levantou cedinho. (muito cedo) calma e respeitosamente.

2. Classificação dos Advérbios 3. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
pode ser de: cer como advérbio e como pronome indefinido.
A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e
LÍNGUA PORTUGUESA

nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
embaixo, externamente, à distância, à distância de,
de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao
lado, em volta.
B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente,
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora,
sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constante-

13
Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
#FicaDica adverbial desempenham na oração a função de adjunto
adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
Como saber se a palavra bastante é advérbio cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advér-
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefi- bio. Exemplo:
nido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto
substituir o “bastante” por “muito”, estamos adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
diante de um advérbio; se der para substituir Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de inten-
por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: sidade e de tempo, respectivamente.
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
(estudei muitos capítulos) = pronome indefini- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
do Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, re-
dação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
4. Advérbios Interrogativos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referen- SITE
tes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
Veja: morf75.php

Interrogação Direta Interrogação Indireta ARTIGO


Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Onde mora? Indaguei onde morava. -se como o termo variável que serve para individualizar
Por que choras? Não sei por que choras. ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gê-
nero (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Aonde vai? Perguntei aonde ia. Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
Donde vens? Pergunto donde vens. riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
Quando voltas? Pergunto quando voltas. “uma”[s] e “uns]).

A) Artigos definidos – São usados para indicar seres de-


5. Locução Adverbial
terminados, expressos de forma individual: O concurseiro
estuda muito. Os concurseiros estudam muito.
Quando há duas ou mais palavras que exercem fun- B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres de
ção de advérbio, temos a locução adverbial, que pode modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprovada!
expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam or- Umas candidatas foram aprovadas!
dinariamente por uma preposição. Veja:
A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, 1. Circunstâncias em que os artigos se manifestam:
para dentro, por aqui, etc.
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc. Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal con-
em geral, frente a frente, etc. teúdo.
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos)
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de
hoje em dia, nunca mais, etc. Janeiro, Veneza, A Bahia...
Quando indicado no singular, o artigo definido pode
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo, indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
o adjetivo e outro advérbio:
Chegou muito cedo. (advérbio) No caso de nomes próprios personativos, denotando
Joana é muito bela. (adjetivo) a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
De repente correram para a rua. (verbo) do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O
Pedro é o xodó da família.
LÍNGUA PORTUGUESA

Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais No caso de os nomes próprios personativos estarem
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. os Incas, Os Astecas...
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
bio: Cheguei primeiro. para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”.

14
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) 2. Classificação da Conjunção
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
dos. (qualquer classe) De acordo com o tipo de relação que estabelecem,
as conjunções podem ser classificadas em coordenati-
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- vas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos
cultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro.
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da uni-
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve dade de sentido que cada um dos elementos possui. Já
ter é uns vinte anos. no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela
O artigo também é usado para substantivar palavras conjunção depende da existência do outro. Veja:
pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o por-
quê de tudo isso. / O bem vence o mal. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
2. Há casos em que o artigo definido não pode ser
usado:
Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas
quentemente, orações coordenadas) coordenativa –
conhecidas: O professor visitará Roma. “mas”. Já em:
Espero que eu seja aprovada no concurso!
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
bela Roma. principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período te-
mos uma oração subordinada substantiva objetiva direta
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração
sairá agora? principal).
Exceção: O senhor vai à festa?
3. Conjunções Coordenativas
Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse
é o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o can- São aquelas que ligam orações de sentido completo
didato cuja nota foi a mais alta. e independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São não), não só... mas também, não só... como também,
Paulo: Saraiva, 2010. bem como, não só... mas ainda.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- A sua pesquisa é clara e objetiva.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SAC- Não só dança, mas também canta.
CONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi.
30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras,
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- expressando ideia de contraste ou compensação.
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
no entanto, não obstante.
Paulo: Saraiva, 2010.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
SITE
C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expres-
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm sando ideia de alternância ou escolha, indicando
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou,
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, tal-
CONJUNÇÃO vez... talvez.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
Além da preposição, há outra palavra também inva-
riável que, na frase, é usada como elemento de ligação: D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas que expressa ideia de conclusão ou consequência.
palavras de mesma função em uma oração: São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e conseguinte, por isso, assim.
São Paulo.
LÍNGUA PORTUGUESA

A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. Marta estava bem preparada para o teste, portanto
não ficou nervosa.
1. Morfossintaxe da Conjunção Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.

As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
cem propriamente uma função sintática: são conectivos. que a explica, que justifica a ideia nela contida. São
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

15
Não demore, que o filme já vai começar.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! #FicaDica
4. Conjunções Subordinativas Você deve ter percebido que a conjunção con-
dicional “se” também é conjunção integrante.
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas A diferença é clara ao ler as orações que são
dependente da outra. A oração dependente, introduzida introduzidas por ela. Acima, ela nos dá a ideia
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora- da condição para que recebamos um telefo-
ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começa- nema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não
do quando ela chegou. sei se farei o concurso. Não há ideia de
O baile já tinha começado: oração principal condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da
quando: conjunção subordinativa (adverbial tempo- oração principal (sei) pede complemento (ob-
ral) jeto direto, já que “quem não sabe, não sabe
ela chegou: oração subordinada algo”). Portanto, a oração em destaque exerce
a função de objeto direto da oração principal,
As conjunções subordinativas subdividem-se em in- sendo classificada como oração subordinada
tegrantes e adverbiais: substantiva objetiva direta.

Integrantes - Indicam que a oração subordinada por


elas introduzida completa ou integra o sentido da prin- D) Conformativas: introduzem uma oração que ex-
cipal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, prime a conformidade de um fato com outro. São
ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas: elas: conforme, como (= conforme), segundo, con-
que, se. soante, etc.
Quero que você volte. (Quero sua volta) O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exer- E) Finais: introduzem uma oração que expressa a fi-
ce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo nalidade ou o objetivo com que se realiza a oração
com a circunstância que expressam, classificam-se em: principal. São elas: para que, a fim de que, que, por-
que (= para que), que, etc.
A) Causais: introduzem uma oração que é causa da Toque o sinal para que todos entrem no salão.
ocorrência da oração principal. São elas: porque,
que, como (= porque, no início da frase), pois que, F) Proporcionais: introduzem uma oração que ex-
visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde pressa um fato relacionado proporcionalmente
que, etc. à ocorrência do expresso na principal. São elas:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. à medida que, à proporção que, ao passo que e
as combinações quanto mais... (mais), quanto me-
nos... (menos), quanto menos... (mais), quanto me-
B) Concessivas: introduzem uma oração que expres- nos... (menos), etc.
sa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, O preço fica mais caro à medida que os produtos es-
impedir sua realização. São elas: embora, ainda casseiam.
que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por
mais que, posto que, conquanto, etc. Observação:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
São incorretas as locuções proporcionais à medida em
que, na medida que e na medida em que.
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica
a hipótese ou a condição para ocorrência da prin-
G) Temporais: introduzem uma oração que acrescen-
cipal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a
ta uma circunstância de tempo ao fato expresso na
não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde
que, sempre que, assim que, agora que, mal (= as-
sim que), etc.
A briga começou assim que saímos da festa.

H) Comparativas: introduzem uma oração que ex-


LÍNGUA PORTUGUESA

pressa ideia de comparação com referência à ora-


ção principal. São elas: como, assim como, tal como,
como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (com-
binado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

16
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expres- Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
sa a consequência da principal. São elas: de sorte puxa: interjeição; tom da fala: decepção
que, de modo que, sem que (= que não), de forma
que, de jeito que, que (tendo como antecedente na As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale-
tanto, tamanho), etc. gria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito interes-
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora sante!
do exame. B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da
minha frente.

FIQUE ATENTO! As interjeições podem ser formadas por:


Muitas conjunções não têm classificação única,  simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
imutável, devendo, portanto, ser classificadas  palavras: Oba! Olá! Claro!
de acordo com o sentido que apresentam no  grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
contexto (destaque da Zê!). Deus! Ora bolas!

1. Classificação das Interjeições


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Comumente, as interjeições expressam sentido de:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Atenção! Olha! Alerta!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
Paulo: Saraiva, 2010.
D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
Ânimo! Adiante!
SITE F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84. G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
php H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamen-
te! Essa não! Chega! Basta!
I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Quei-
INTERJEIÇÃO ra Deus!
J) Desculpa: Perdão!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin- L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios!
decorrente de uma situação particular, um momento ou Puxa! Pô! Ora!
um contexto específico. Exemplos: O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Deus!
hum: expressão de um pensamento súbito = inter- Q) Silêncio: Psiu! Silêncio!
jeição R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!

Saiba que:
O significado das interjeições está vinculado à ma-
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não
neira como elas são proferidas. O tom da fala é que dita
sofrem variação em gênero, número e grau como os no-
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e
em que for utilizada. Exemplos:
voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
Psiu!
contexto: alguém pronunciando esta expressão na gumas interjeições sofrem variação em grau. Não se tra-
rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te cha- ta de um processo natural desta classe de palavra, mas
tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
LÍNGUA PORTUGUESA

mando! Ei, espere!”


Psiu! Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silên- 2. Locução Interjetiva
cio!”
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
puxa: interjeição; tom da fala: euforia Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!

17
Toda frase mais ou menos breve dita em tom excla- B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
mativo torna-se uma locução interjetiva, dispensando ou alguma coisa ocupa numa determinada sequ-
análise dos termos que a compõem: Macacos me mor- ência: primeiro, segundo, centésimo, etc.
dam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!
1. As interjeições são como frases resumidas, sinté- #FicaDica
ticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava por
essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe) As palavras anterior, posterior, último, antepe-
2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é núltimo, final e penúltimo também indicam
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras posição dos seres, mas são classificadas como
classes gramaticais podem aparecer como inter- adjetivos, não ordinais.
jeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) / Fora!
Francamente! (Advérbios)
3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou seja,
-frase” porque sozinha pode constituir uma men-
uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
sagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silên-
D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
cio! Fique quieto! seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por
exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapim- 2. Flexão dos numerais
ba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
5. Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
com a sua homônima “oh!”, que exprime admira- uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
ção, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois zentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/quatro-
do “oh!” exclamativo e não a fazemos depois do centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
“ó” vocativo. Por exemplo: “Ó natureza! ó mãe pie- em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
dosa e pura!” (Olavo Bilac) são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- primeiro segundo milésimo
coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática primeira segunda milésima
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa primeiros segundos milésimos
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
primeiras segundas milésimas
SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
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atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do es-
forço e conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses
NUMERAL triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
Numeral é a palavra variável que indica quantidade nu- número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
mérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pessoas duas terças partes.
ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada
sequência. Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
Os numerais traduzem, em palavras, o que os números dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se trata de nume- nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização
rais, mas sim de algarismos. de sentido. É o que ocorre em frases como:
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a “Me empresta duzentinho...”
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala- É artigo de primeiríssima qualidade!
vras consideradas numerais porque denotam quantidade, O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dú- segunda divisão de futebol)
zia, par, ambos(as), novena.
LÍNGUA PORTUGUESA

3. Emprego e Leitura dos Numerais


1. Classificação dos Numerais
Os numerais são escritos em conjunto de três algaris-
A) Cardinais: indicam quantidade exata ou determi- mos, contados da direita para a esquerda, em forma de
nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns car- centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma
dinais têm sentido coletivo, como por exemplo: separação através de ponto ou espaço correspondente a
século, par, dúzia, década, bimestre. um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.

18
Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhe-
cida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em mil novecentos
e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma
e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua uti-
lização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é
dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
LÍNGUA PORTUGUESA

nove nono nônuplo nono


dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos

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quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta
avos
setenta septuagésimo - setenta
avos
oitenta octogésimo - oitenta
avos
noventa nonagésimo - noventa
avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadrin-
gentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongenté-
simo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionési-
mo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php
LÍNGUA PORTUGUESA

PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, nor-
malmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na
estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreen-
são do texto.

20
1. Tipos de Preposição

A) Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
(preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em
frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição é invariável e, no entanto, pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gêne-
ro ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + a = pela.
Essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos de:
 Combinação: união da preposição “a” com o artigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vo-
cábulos não sofrem alteração.
 Contração: união de uma preposição com outra palavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de +
o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = daquele, em + isso = nisso.
 Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do
pronome “aquilo”).

#FicaDica
O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o
“a” seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo para determiná-lo como um substantivo
singular e feminino: A matéria que estudei é fácil!

Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Irei à festa sozinha.
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.
Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a apos-
tila. = Nós a trouxemos.

2. Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas por meio das preposições:

Destino = Irei a Salvador.


Modo = Saiu aos prantos.
Lugar = Sempre a seu lado.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tempo = Chegarei em instantes.
Causa = Chorei de saudade.
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Vi as roupas da mamãe.
Autoria = livro de Machado de Assis
Companhia = Estarei com ele amanhã.
Matéria = copo de cristal.
Meio = passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste.
Conteúdo = frascos de perfume.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
LÍNGUA PORTUGUESA

Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução prepositiva
por trás de.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

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Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Brasília.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
SITE ma.
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa se-
res que dependem de outros para se manifestarem
SUBSTANTIVO ou existirem. Por exemplo: a beleza não existe por
si só, não pode ser observada. Só podemos obser-
Substantivo é a classe gramatical de palavras variá- var a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela.
veis, as quais denominam todos os seres que existem, A beleza depende de outro ser para se manifestar.
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e Portanto, a palavra beleza é um substantivo abs-
fenômenos, os substantivos também nomeiam: trato.
 lugares: Alemanha, Portugal Os substantivos abstratos designam estados, quali-
 sentimentos: amor, saudade dades, ações e sentimentos dos seres, dos quais
 estados: alegria, tristeza podem ser abstraídos, e sem os quais não podem
 qualidades: honestidade, sinceridade existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem
 ações: corrida, pescaria (ação), saudade (sentimento).

1. Morfossintaxe do substantivo  Substantivos Coletivos


Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun- outra abelha, mais outra abelha.
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di- Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda,
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do obje- cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
to ou como núcleo do vocativo. Também encontramos mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs-
adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem- tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto
penhadas por grupos de palavras. de seres da mesma espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
2. Classificação dos Substantivos Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
mesmo estando no singular, designa um conjunto de se-
A) Substantivos Comuns e Próprios res da mesma espécie.
Observe a definição:
Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas Substantivo coletivo Conjunto de:
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no
Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O cen- assembleia pessoas reunidas
tro de uma cidade (em oposição aos bairros). alcateia lobos
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas ca-
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será acervo livros
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade antologia trechos literários selecionados
é um substantivo comum. arquipélago ilhas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres
de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, banda músicos
menino, homem, mulher, país, cachorro. bando desordeiros ou malfeitores
Estamos voando para Barcelona.
banca examinadores
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da batalhão soldados
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio cardume peixes
– aquele que designa os seres de uma mesma es-
pécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, caravana viajantes peregrinos
Tietê, Brasil. cacho frutas
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B) Substantivos Concretos e Abstratos cancioneiro canções, poesias líricas


B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o colmeia abelhas
ser que existe, independentemente de outros seres. concílio bispos
Observação: congresso parlamentares, cientistas
Os substantivos concretos designam seres do mundo elenco atores de uma peça ou filme
real e do mundo imaginário.

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esquadra navios de guerra A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, pas-
enxoval roupas satempo.
falange soldados, anjos
B) Substantivos Primitivos e Derivados
fauna animais de uma região B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva
feixe lenha, capim de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa.
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina
flora vegetais de uma região
de outra palavra. O substantivo limoeiro, por exemplo, é
frota navios mercantes, ônibus derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
girândola fogos de artifício
4. Flexão dos substantivos
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, exa- O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
minadores vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
júri jurados Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
legião soldados, anjos, demônios meninão / Diminutivo: menininho
A) Flexão de Gênero
leva presos, recrutas
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
malta malfeitores ou desordeiros vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
manada búfalos, bois, elefantes, a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas
matilha cães de raça “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
molho chaves, verduras Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substanti-
multidão pessoas em geral vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.
nuvem insetos (gafanhotos, mosqui- Veja estes títulos de filmes:
tos, etc.) O velho e o mar
Um Natal inesquecível
penca bananas, chaves Os reis da praia
pinacoteca pinturas, quadros
quadrilha ladrões, bandidos Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
ramalhete flores A história sem fim
rebanho ovelhas Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas 5. Substantivos Biformes e Substantivos Unifor-
mes
romanceiro poesias narrativas
revoada pássaros 1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresen-
sínodo párocos tam uma forma para cada gênero: gato – gata, ho-
mem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
talha lenha 2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única
tropa muares, soldados forma, que serve tanto para o masculino quanto
para o feminino. Classificam-se em:
turma estudantes, trabalhadores A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
vara porcos se faz mediante a utilização das palavras “macho”
e “fêmea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré
3. Formação dos Substantivos macho e o jacaré fêmea.
B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes
A) Substantivos Simples e Compostos a pessoas de ambos os sexos: a criança, a teste-
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a munha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o in-
terra. divíduo.
LÍNGUA PORTUGUESA

O substantivo chuva é formado por um único ele- C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:
mento ou radical. É um substantivo simples. indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o
colega e a colega, o doente e a doente, o artista e
A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um a artista.
único elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja Substantivos de origem grega terminados em ema
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. sintoma, o teorema.

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 Existem certos substantivos que, variando de gê- 8. Sobrecomuns:
nero, variam em seu significado:
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça Entregue as crianças à natureza.
(líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (di-
nheiro) e a capital (cidade); o coma (sono mórbido) A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo
e a coma (cabeleira, juba); o lente (professor) e a masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso,
lente (vidro de aumento); o moral (estado de espí- nem o artigo nem um possível adjetivo permitem iden-
rito) e a moral (ética; conclusão); o praça (soldado tificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
raso) e a praça (área pública); o rádio (aparelho re- A criança chorona chamava-se João.
ceptor) e a rádio (estação emissora). A criança chorona chamava-se Maria.

6. Formação do Feminino dos Substantivos Bifor- Outros substantivos sobrecomuns:


mes a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma
boa criatura.
Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
- aluna. Marcela faleceu
 Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa 9. Comuns de Dois Gêneros:
 Substantivos terminados em -ão: fazem o femini-
no de três formas: Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão - A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
sultana se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
 Substantivos terminados em -or: um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora repórter francês - repórter francesa.
troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros. Entre os escritores modernos nota-se
 Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: acentuada preferência pelo masculino: O menino desco-
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - briu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha.
poetisa / duque - duquesa / conde - condessa / pro- Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino:
feta - profetisa O problema está nas mulheres de mais idade, que não
 Substantivos que formam o feminino trocando o aceitam a personagem.
-e final por -a: elefante - elefanta Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
 Substantivos que têm radicais diferentes no mas- fotográfico Ana Belmonte.
culino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
 Substantivos que formam o feminino de maneira Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras )pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
anteriores: czar – czarina, réu - ré maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
proclama, o pernoite, o púbis.
7. Formação do Feminino dos Substantivos Uni- Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata,
formes a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a
libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. São geralmente masculinos os substantivos de ori-
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema,
forma para indicar o masculino e o feminino. o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra-
Alguns nomes de animais apresentam uma só for- coma, o hematoma.
ma para designar os dois sexos. Esses substantivos são Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando


houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exce-
palavras macho e fêmea. ções, nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro
A cobra macho picou o marinheiro. Preto. / A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Ale-
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. gre. / Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

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10. Gênero e Significação

Muitos substantivos, como já mencionado anteriormente, têm uma significação no masculino e outra no feminino.
Observe: o baliza (soldado que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição
de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar,
desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma
(perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma
(óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura
(pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que
guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa
(funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o moral
(ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fu-
maça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior
do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga (remador), a voga (moda).

B) Flexão de Número do Substantivo

Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final.

11. Plural dos Substantivos Simples

Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs;
hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.

Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”: homem - homens.


Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.

Atenção:
O plural de caráter é caracteres.

Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol
– caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas maneiras:
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Observação:
A palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).

Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas maneiras:


1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.

Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural de três maneiras.


1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos

Observação:
Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam dois – e até três – plurais:
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião – anciões/anciães/anciãos
charlatão – charlatões/charlatães corrimão – corrimãos/corrimões
guardião – guardiões/guardiães vilão – vilãos/vilões/vilães
LÍNGUA PORTUGUESA

Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o látex - os látex.

12. Plural dos Substantivos Compostos

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que
formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como
os substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmequeres.

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O plural dos substantivos compostos cujos elementos 15. Plural dos Diminutivos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.

A) Flexionam-se os dois elementos, quando forma- pãe(s) + zinhos = pãezinhos


dos de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores animai(s) + zinhos = animaizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- botõe(s) + zinhos = botõezinhos
feitos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens farói(s) + zinhos = faroizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras tren(s) + zinhos = trenzinhos

B) Flexiona-se somente o segundo elemento, colhere(s) + zinhas = colherezinhas


quando formados de: flore(s) + zinhas = florezinhas
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas mão(s) + zinhas = mãozinhas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto-falantes papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
-recos
funi(s) + zinhos = funizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento, túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
quando formados de: pai(s) + zinhos = paizinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água-
-de-colônia e águas-de-colônia pé(s) + zinhos = pezinhos
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca- pé(s) + zitos = pezitos
valo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como deter- 16. Plural dos Nomes Próprios Personativos
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, sempre que a terminação preste-se à flexão.
peixe-espada - peixes-espada. Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
D) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 17. Plural dos Substantivos Estrangeiros
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os
saca-rolhas Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (ex-
13. Casos Especiais ceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts,
os jazz.
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
o louva-a-deus e os louva-a-deus acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho-
o bem-te-vi e os bem-te-vis pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
os réquiens.
o bem-me-quer e os bem-me-queres
Observe o exemplo:
o joão-ninguém e os joões-ninguém. Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
14. Plural das Palavras Substantivadas
18. Plural com Mudança de Timbre
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
classes gramaticais usadas como substantivo apresen- Certos substantivos formam o plural com mudança
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos. de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um
Pese bem os prós e os contras. fato fonético chamado metafonia (plural metafônico).
O aluno errou na prova dos noves.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. Singular Plural


Observação: corpo (ô) corpos (ó)
Numerais substantivados terminados em “s” ou “z” esforço esforços
não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos
fogo fogos
seis e alguns dez.
forno fornos

26
fosso fossos Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
imposto impostos São Paulo: Saraiva, 2002.
olho olhos
SITE
osso (ô) ossos (ó) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
ovo ovos morf12.php
poço poços
porto portos PRONOME
posto postos
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
tijolo tijolos panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
forma.
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- O homem julga que é superior à natureza, por isso o
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, homem destrói a natureza...
etc. Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é
superior à natureza, por isso ele a destrói...
Observação: Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter-
Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de mos (homem e natureza).
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Grande parte dos pronomes não possuem significa-
Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a
referência exata daquilo que está sendo colocado por
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, meio dos pronomes no ato da comunicação. Com ex-
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. ceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os de-
Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do mais pronomes têm por função principal apontar para as
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida- pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-
de, bom nome) e honras (homenagem, títulos). -lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas dessa característica, os pronomes apresentam uma for-
com sentido de plural: ma específica para cada pessoa do discurso.
Aqui morreu muito negro. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
improvisadas. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se
C) Flexão de Grau do Substantivo fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: se fala]
1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside-
rado normal. Por exemplo: casa
2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tama- Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
nho do ser. Classifica-se em: variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em nú-
Analítico = o substantivo é acompanhado de um ad- mero (singular ou plural). Assim, espera-se que a refe-
jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. rência através do pronome seja coerente em termos de
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- gênero e número (fenômeno da concordância) com o
dicador de aumento. Por exemplo: casarão. seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tama- enunciado.
nho do ser. Pode ser: Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
Analítico = substantivo acompanhado de um adjeti- nossa escola neste ano.
vo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordân-
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- cia adequada]
dicador de diminuição. Por exemplo: casinha. [neste: pronome que determina “ano” = concordân-
LÍNGUA PORTUGUESA

cia adequada]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = con-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa cordância inadequada]
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Paulo: Saraiva, 2010.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,

27
1. Pronomes Pessoais Lista dos pronomes oblíquos átonos
1.ª pessoa do singular (eu): me
São aqueles que substituem os substantivos, indican- 2.ª pessoa do singular (tu): te
do diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os 1.ª pessoa do plural (nós): nos
pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a 2.ª pessoa do plural (vós): vos
quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto FIQUE ATENTO!
ou do caso oblíquo.
Os pronomes o, os, a, as assumem formas es-
peciais depois de certas terminações verbais:
A) Pronome Reto
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao
tença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos
flores. mesmo tempo que a terminação verbal é su-
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê- primida. Por exemplo:
nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a fiz + o = fi-lo
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. fazeis + o = fazei-lo
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con- dizer + a = dizê-la
figurado:
2. Quando o verbo termina em som nasal, o
1.ª pessoa do singular: eu pronome assume as formas no, nos, na, nas.
2.ª pessoa do singular: tu Por exemplo:
3.ª pessoa do singular: ele, ela viram + o: viram-no
1.ª pessoa do plural: nós repõe + os = repõe-nos
2.ª pessoa do plural: vós retém + a: retém-na
3.ª pessoa do plural: eles, elas tem + as = tem-nas

Esses pronomes não costumam ser usados como


B.2 Pronome Oblíquo Tônico
complementos verbais na língua-padrão. Frases como
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi-
“Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu
até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem ser dos por preposições, em geral as preposições a, para, de
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon- função de objeto indireto da oração. Possuem acentua-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- ção tônica forte.
-me até aqui”. Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
Frequentemente observamos a omissão do pronome 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
formas verbais marcam, através de suas desinências, as 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
boa viagem. (Nós) 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas
B) Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na Observe que as únicas formas próprias do pronome
sentença, exerce a função de complemento verbal tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti).
(objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (ob- As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso
jeto indireto) reto.
As preposições essenciais introduzem sempre prono-
Observação: mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
O pronome oblíquo é uma forma variante do prono- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
me pessoal do caso reto. Essa variação indica a função língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto forma:
marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o Não há mais nada entre mim e ti.
complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
variação de acordo com a acentuação tônica que pos- Não há nenhuma acusação contra mim.
LÍNGUA PORTUGUESA

suem, podendo ser átonos ou tônicos. Não vá sem mim.

2. Pronome Oblíquo Átono Há construções em que a preposição, apesar de surgir


anteposta a um pronome, serve para introduzir uma ora-
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não ção cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tô- pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um prono-
nica fraca: Ele me deu um presente. me, deverá ser do caso reto.

28
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar. #FicaDica

A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” O pronome é reflexivo quando se refere à
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”. mesma pessoa do pronome subjetivo (sujei-
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para to): Eu me arrumei e saí.
mim! É pronome recíproco quando indica re-
A combinação da preposição “com” e alguns prono- ciprocidade de ação: Nós nos amamos. /
mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi- Olhamo-nos calados.
go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos O “se” pode ser usado como palavra exple-
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial tiva ou partícula de realce, sem ser rigoro-
de companhia: Ele carregava o documento consigo. samente necessária e sem função sintática:
A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: Os exploradores riam-se de suas tentativas. /
Ela veio até mim, mas nada falou. Será que eles se foram?
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na C) Pronomes de Tratamento
prova, até eu! (= inclusive eu) São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
As formas “conosco” e “convosco” são substituídas monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (por-
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais tanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira
são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró- pessoa. Alguns exemplos:
prios, todos, ambos ou algum numeral. Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
Você terá de viajar com nós todos. Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Estávamos com vós outros quando chegaram as más Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e reli-
notícias. giosos em geral
Ele disse que iria com nós três. Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente supe-
rior à de coronel, senadores, deputados, embaixadores,
3. Pronome Reflexivo professores de curso superior, ministros de Estado e de
Tribunais, governadores, secretários de Estado, presidente
São pronomes pessoais oblíquos que, embora fun- da República (sempre por extenso)
cionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe dades
a ação expressa pelo verbo. Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
Lista dos pronomes reflexivos: Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, ofi-
1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me lem- ciais até a patente de coronel, chefes de seção e funcio-
bro disso. nários de igual categoria
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes
2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo. de direito
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Gui- cerimonioso
lherme já se preparou. Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
Ela deu a si um presente. Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
Antônio conversou consigo mesmo. nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são em-
pregados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”,
1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio. no tratamento familiar. Você e vocês são largamente em-
2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes pregados no português do Brasil; em algumas regiões, a
com esta conquista. forma tu é de uso frequente; em outras, pouco emprega-
3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se da. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica,
conheceram. / Elas deram a si um dia de folga. ultraformal ou literária.

Observações:
1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa(s)” são emprega-
dos em relação à pessoa com quem falamos: Es-
pero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
LÍNGUA PORTUGUESA

encontro.
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram
que Sua Excelência, o Senhor Presidente da Repúbli-
ca, agiu com propriedade.
3. Os pronomes de tratamento representam uma for-
ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlo-
cutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Ex-

29
celência, por exemplo, estamos nos endereçando à A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
excelência que esse deputado supostamente tem B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
para poder ocupar o cargo que ocupa. anos.
4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem
2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes 3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
possessivos e os pronomes oblíquos empregados o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Ex-
em relação a eles devem ficar na 3.ª pessoa. celência trouxe sua mensagem?
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro- 4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhe- vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus
cidos. livros e anotações.
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos 5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou
ao longo do texto, a pessoa do tratamento esco- seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)
lhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começa- 6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró-
mos a chamar alguém de “você”, não poderemos prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo,
usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, ver- para que não ocorra redundância: Coloque tudo
bo na terceira pessoa. nos respectivos lugares.

Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos 5. Pronomes Demonstrativos


teus cabelos. (errado)
São utilizados para explicitar a posição de certa pa-
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos lavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação
seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao dis-
curso.
ou
A) Em relação ao espaço:
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular pessoa que fala:
Este material é meu.
4. Pronomes Possessivos
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical pessoa com quem se fala:
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo Esse material em sua carteira é seu?
(coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está
singular) distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
quem se fala:
NÚMERO PESSOA PRONOME Aquele material não é nosso.
Vejam aquele prédio!
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s) B) Em relação ao tempo:
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
singular terceira seu(s), sua(s) relação à pessoa que fala:
plural primeira nosso(s), nossa(s) Esta manhã farei a prova do concurso!
plural segunda vosso(s), vossa(s)
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-
plural terceira seu(s), sua(s) rém relativamente próximo à época em que se situa a
pessoa que fala:
Note que: Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta-
a que se refere; o gênero e o número concordam com o mento no tempo, referido de modo vago ou como tem-
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição po remoto:
naquele momento difícil. Naquele tempo, os professores eram valorizados.
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se


1. A forma “seu” não é um possessivo quando resul- falará ou escreverá):
tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito
obrigado, seu José. Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fa-
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam zer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
posse. Podem ter outros empregos, como: Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
tografia, concordância.

30
Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pes-
soa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja- forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar
mos! um ser humano que seguramente existe, mas cuja iden-
tidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classifi-
Este e aquele são empregados quando se quer fazer
cam-se em:
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao
termo referido em primeiro lugar e este para o referido
por último: A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
lugar do ser ou da quantidade aproximada de se-
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- res na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano,
lo; este está mais bem colocado que aquele. (= este [São beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
Paulo], aquele [Palmeiras]) Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
ou
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Pau- ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de
lo; aquele está mais bem colocado que este. (= este [São quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s),
Paulo], aquele [Palmeiras]) certa(s).
Cada povo tem seus costumes.
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe: Certas pessoas exercem várias profissões.
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s). Note que:
Invariáveis: isto, isso, aquilo. Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro-
Também aparecem como pronomes demonstrativos: nomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
 o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne-
“que” e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
aquilo. qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te vários, várias.
indiquei.) Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
 mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
variam em gênero quando têm caráter reforçativo:
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
Eu mesma refiz os exercícios. riáveis e invariáveis. Observe:
Elas mesmas fizeram isso.  Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco,
Eles próprios cozinharam. vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, mui-
Os próprios alunos resolveram o problema. ta, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*,
 semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, ou-
 tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria. tros, quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas,
várias, tantas, outras, quantas.
 Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo,
nada, algo, cada.
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides *Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-
rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em plural é feito em seu interior).
primeiro lugar. Todo e toda no singular e junto de artigo significa in-
2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô- teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, des- Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
ta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. Trabalho todo dia. (= todos os dias)
(no = naquilo)
LÍNGUA PORTUGUESA

São locuções pronominais indefinidas: cada qual,


6. Pronomes Indefinidos cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
(que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur-
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma
so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
ou outra, etc.
quantidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
Cada um escolheu o vinho desejado.
-plantadas.

31
7. Pronomes Relativos

São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).

O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.

Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.

Note que:
O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substi-
tuído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou
encantado: o sítio ou minha tia?).
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-se
o qual / a qual)

O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural.
O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equivale
a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente)

Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a)

“Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)

O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.


É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
LÍNGUA PORTUGUESA

“Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.

Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.

32
Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa- Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
lavras: reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
 como (= pelo qual) – desde que precedida das Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
palavras modo, maneira ou forma: ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Não me parece correto o modo como você agiu sema- CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
na passada. Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
 quando (= em que) – desde que tenha como an- São Paulo: Saraiva, 2002.
tecedente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video- SITE
game. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.
php
Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase. 9. Colocação Pronominal
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste
esporte. Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. pronomes oblíquos átonos na frase.

Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode


ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de #FicaDica
gente que conversava, (que) ria, observava.
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun-
ção de complemento verbal (objeto). Por isso,
8. Pronomes Interrogativos memorize:
OBlíquo = OBjeto!
São usados na formulação de perguntas, sejam elas
diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini-
dos, referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo im-
Embora na linguagem falada a colocação dos prono-
preciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas
variações), quanto (e variações).
devem ser observadas na linguagem escrita.
Com quem andas?
Qual seu nome?
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
Diz-me com quem andas, que te direi quem és. A próclise é usada:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem fun-
ção de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso  Quando o verbo estiver precedido de palavras
oblíquo quando desempenha função de complemento. que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, ja-
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe mais, etc.: Não se desespere!
ajudar. B) Advérbios: Agora se negam a depor.
C) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” tudo!
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es-
caso reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce forçou.
função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportunida-
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur- de.
so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).  Orações iniciadas por palavras interrogativas:
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou Quem lhe disse isso?
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,  Orações iniciadas por palavras exclamativas:
diferentemente dos segundos, que são sempre precedi- Quanto se ofendem!
dos de preposição.  Orações que exprimem desejo (orações optati-
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
LÍNGUA PORTUGUESA

vas): Que Deus o ajude.


eu estava fazendo.  A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro-
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o mate-
o que eu estava fazendo. rial amanhã. / Tu sabes cantar?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa verbo. A mesóclise é usada:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

33
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-  Em verbos terminados em ditongos nasais (am,
turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se
precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos: para no, na, nos, nas.
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em Chamem-no agora.
prol da paz no mundo. Põe-na sobre a mesa.
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
lizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma #FicaDica
palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevalece-
Dica da Zê!
ria. Veja: Não se realizará... Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia significa “antes”! Pronome antes do verbo!
nessa viagem. Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end,
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome
(com presença de palavra que justifique o uso de pró- depois do verbo!
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa- Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do
nharia nessa viagem). verbo

Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.


A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
forem possíveis: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
 Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Quando eu avisar, silenciem-se todos. Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
 Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Paulo: Saraiva, 2010.
Não era minha intenção machucá-la.
 Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não SITE
se inicia período com pronome oblíquo). http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-
Vou-me embora agora mesmo. -pronominal-.html
Levanto-me às 6h.
 Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo Observação: Não foram encontradas questões
no concurso, mudo-me hoje mesmo! abrangendo tal conteúdo.
 Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
proposta fazendo-se de desentendida.
VERBO

10. Colocação pronominal nas locuções verbais Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
 Após verbo no particípio = pronome depois do
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
verbo auxiliar (e não depois do particípio): outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenôme-
Tenho me deliciado com a leitura! no (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
Eu tenho me deliciado com a leitura!
Eu me tenho deliciado com a leitura! 1. Estrutura das Formas Verbais
 Não convém usar hífen nos tempos compostos e
nas locuções verbais: Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
Vamos nos unir! os seguintes elementos:
Iremos nos manifestar. A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signi-
 Quando há um fator para próclise nos tempos ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-
compostos ou locuções verbais: opção pelo uso -ava; fal-am. (radical fal-)
do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que
indica a conjugação a que pertence o verbo. Por
vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos preo-
exemplo: fala-r. São três as conjugações:
cupar”).
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática -
E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
11. Emprego de o, a, os, as C) Desinência modo-temporal: é o elemento que
designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
 Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral,
LÍNGUA PORTUGUESA

falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicati-


os pronomes: o, a, os, as não se alteram. vo) / falasse ( indica o pretérito imperfeito do
Chame-o agora. subjuntivo)
Deixei-a mais tranquila. D) Desinência número-pessoal: é o elemento que
 Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan- designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o
tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: número (singular ou plural):
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. (indica a 3.ª pessoa do plural.)

34
FIQUE ATENTO!
O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação, pois a forma
arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas
formas do verbo: põe, pões, põem, etc.

2. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebe-
mos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
opinei, aprenderão, amaríamos.

3. Classificação dos Verbos

Classificam-se em:
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radical inalterado durante a conjugação e desinências idênticas às de
todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conjugados
no presente do Modo Indicativo:

canto falo
cantas falas
canta falas
cantamos falamos
cantais falais
cantam falam

#FicaDica
Observe que, retirando os radicais, as desinências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se idên-
ticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira
conjugação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo. Substitua o radical “cant” e coloque o “and”
(radical do verbo andar). Viu? Fácil!

B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse.

Observação:
Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/corrijo,
fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque o fonema permanece
inalterado.

C) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Os principais são adequar, precaver, computar,
reaver, abolir, falir.
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os prin-
cipais verbos impessoais são:

1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
LÍNGUA PORTUGUESA

Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)


Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)

2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)


Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci.
Estava frio naquele dia.

35
3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá
conjugação completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.

6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotéti-
co, tornando-se, tais verbos, pessoais.
7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar,
cricrilar, miar, latir, piar).

Os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
Principais verbos unipessoais:

 Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

 Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
LÍNGUA PORTUGUESA

Eleger Elegido Eleito


Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo

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Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/
dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui)
e ir (fui, ia, vades).
H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa
das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar todos!
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

4. Conjugação dos Verbos Auxiliares

4.1. SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

4.2. SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
LÍNGUA PORTUGUESA

que tu sejas se tu fosses quando tu fores


que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

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4.3. SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

4.4. SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
4.5. ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

4.6. ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

4.7. ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
LÍNGUA PORTUGUESA

estares
estar
estarmos
estardes
estarem

38
4.8. HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

4.9. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

4.10. HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
Haverem

4.11. TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

4.12. TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
LÍNGUA PORTUGUESA

tenhas tivesses tiveres tem tenhas


tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
Tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

39
I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam 6. Formas Nominais
com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se,
na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
(pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais es- adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
senciais). Veja: nominais. Observe:
 Essenciais: são aqueles que sempre se con- A) Infinitivo
jugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de
se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais es- substantivo. Por exemplo:
senciais a reflexibilidade já está implícita no radical do Viver é lutar. (= vida é luta)
verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por
(eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai so- exemplo:
bre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma É preciso ler este livro.
vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma Era preciso ter lido este livro.
partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é
conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às
serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular,
do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal es- não apresenta desinências, assumindo a mesma forma
sencial (verbo e respectivos pronomes): do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte ma-
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, neira:
Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arre- 2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
pendem. 1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
 Acidentais: são aqueles verbos transitivos di- 3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
retos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
objeto representado por pronome oblíquo da mesma
pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adje-
sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos tivo ou advérbio. Por exemplo:
ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
com os pronomes mencionados, formando o que se cha- advérbio)
ma voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava. Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva
pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação
penteou-me. em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem
função sintática. Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundis-
Há verbos que também são acompanhados de pro- mo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmen- 1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando
te pronominais - são os verbos reflexivos. Nos verbos futebol.
reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na 2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequa-
Por exemplo: da, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me momento da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que
(objeto direto) – 1.ª pessoa do singular. a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um
futuro em andamento, exigindo, no caso, a construção
5. Modos Verbais “verificarei” ou “vou verificar”.

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas C) Particípio: quando não é empregado na formação
pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadei- dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente,
ro. Existem três modos: o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em
LÍNGUA PORTUGUESA

A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exa-
estudo para o concurso. mes, os candidatos saíram.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilida- Quando o particípio exprime somente estado, sem
de: Talvez eu estude amanhã. nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estu- função de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida
de, colega! pela turma.

40
(Ziraldo)
8. Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.

A) Tempos do Modo Indicativo


Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele pu-
desse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à
loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

TABELAS DAS CONJUGAÇÕES VERBAIS

1. Modo Indicativo

1.1. Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaS vendeS parteS S


canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

41
1.2. Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

1.3. Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

1.4. Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

1.5. Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
LÍNGUA PORTUGUESA

cantar eis vender eis partir eis


cantar ão vender ão partir ão

42
1.6. Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

1.7. Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

1.8. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
LÍNGUA PORTUGUESA

43
1.9. Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

C) Modo Imperativo

1. Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

2. Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
LÍNGUA PORTUGUESA

 No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
 O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

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3. Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

 O verbo parecer admite duas construções:


Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

 O verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

VOZES DO VERBO

Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as
vozes verbais:

A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)
B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.

#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

45
Observações:
 O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
 Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
 A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes:

Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)


O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa)

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo)

Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

 Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, seguido
do pronome apassivador “se”. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.

Observação:
O agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

1.1 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto

A apostila foi comprada pelo concurseiro. (Voz Passiva)


Sujeito da Passiva Agente da Passiva
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.

Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: Preju-
dicaram-me. / Fui prejudicado.
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva, por-
que o sujeito não pode ser visto como agente, paciente ou agente paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
LÍNGUA PORTUGUESA

http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

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3. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especializa-
EXERCÍCIOS COMENTADOS do – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC – 2012)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus
1. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – despertariam a ira de qualquer fanático, a forma verbal
FCC – 2012) As vitórias no jogo interior talvez não acres- obtida será:
centem novos troféus, mas elas trazem recompensas
valiosas, [...] que contribuem de forma significativa para a) seria despertada.
nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela. b) teria sido despertada.
Mantêm-se adequados o emprego de tempos e modos c) despertar-se-á.
verbais e a correlação entre eles, ao se substituírem os d) fora despertada.
elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada, e) teriam despertado.
por:
Resposta: Letra A.
a) tivessem acrescentado − trariam − contribuírem Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático
b) acrescentassem − têm trazido − contribuírem Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A
c) tinham acrescentado − trarão − contribuiriam ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus.
d) acrescentariam − trariam− contribuíram
e) tenham acrescentado − trouxeram − Contribuíram
4. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Es-
Resposta: Letra E. pecialidade Segurança Judiciária – FCC – 2012)
Questão que envolve correlação verbal. Realizando as ...ela nunca alcançava a musa.
alterações solicitadas, segue como ficariam (em des-
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
taque):
verbal resultante será:
Em “a”: tivessem acrescentado – trariam − contribui-
riam
a) alcança-se.
Em “b”: acrescentassem – trariam − contribuiriam
b) foi alcançada.
Em “c”: tinham acrescentado – trouxeram − contri-
c) fora alcançada.
buíram
d) seria alcançada.
Em “d”: acrescentassem – trariam − contribuíram
Em “e”: tenham acrescentado – trouxeram − Contribu- e) era alcançada.
íram = correta
Resposta: Letra E.
2. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especializa- Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois
do – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC – 2012) na passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no
Está inadequado o emprego do elemento sublinhado na mesmo tempo verbal, forma particípio): A musa nun-
seguinte frase: ca era alcançada por ela. O verbo “alcançava” está no
pretérito imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar
a) Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao também (é = presente, foi = pretérito perfeito, era =
que dispenso aos homens religiosos. imperfeito, fora = mais que perfeito, será = futuro do
b) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de presente, seria = futuro do pretérito).
que deveriam desviar-se todos os homens verdadeira-
mente virtuosos. 5. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especiali-
c) A tolerância é uma virtude na qual não podem prescin- zado – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC –
dir os que se dizem homens de fé. 2012) Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação
d) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de nada de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós
fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. mesmos.
e) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al-
fazer o mesmo com aqueles que não a têm. teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser
substituído por:
Resposta: Letra C.
Corrigindo o inadequado: a) ademais.
Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento si- b) conquanto.
milar ao que dispenso aos homens religiosos. c) porquanto.
Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon- d) entretanto.
ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens
LÍNGUA PORTUGUESA

e) apesar.
verdadeiramente virtuosos.
Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que) Resposta: Letra D.
não podem prescindir os que se dizem homens de fé. Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo-
Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito sição). A substituição deve utilizar outra de mesma
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. classificação, para que se mantenha a ideia do perío-
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que dei- do. A correta é entretanto.
xem de fazer o mesmo com aqueles que não a têm.

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6. (TST – Analista Judiciário – Área Administrativa – 8. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – Analista Judiciário – Área
FCC – 2012) O verbo indicado entre parênteses deverá Administrativa – FCC – 2016 ) Aí conheci o escritor e
flexionar-se no singular para preencher adequadamente historiador de sua gente, meu saudoso amigo Alcino Al-
a lacuna da frase: ves Costa. E foi dele que ouvi oralmente a história de Zé
de Julião. Considerando-se a norma-padrão da língua,
a) A nenhuma de nossas escolhas...... (poder) deixar de ao reescrever-se o trecho acima em um único período, o
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. segmento destacado deverá ser antecedido de vírgula e
b) Não se...... (poupar) os que governam de refletir sobre substituído por
o peso de suas mais graves decisões.
c) Aos governantes mais responsáveis não...... (ocorrer) a) perante ao qual
tomar decisões sem medir suas consequências. b) de cujo
d) A toda decisão tomada precipitadamente...... (cos- c) o qual
tumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. d) frente à quem
e) Diante de uma escolha,...... (ganhar) prioridade, reco- e) de quem
menda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
humana. Resposta: Letra E.
Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves
Resposta: Letra C. Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alter-
Flexões em destaque e sublinhei os termos que esta- nativa que substitui corretamente o trecho destacado é
belecem concordância: “de quem ouvi oralmente”.
Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. 9. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário –
Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir FCC – 2016) “Isto pode despertar a atenção de outras pes-
sobre o peso de suas mais graves decisões. soas que tenham documentos em casa e se disponham
Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocor- a trazer para a Academia, que é a guardiã desse tipo de
re tomar decisões sem medir suas consequências. = acervo, que é muito difícil de ser guardado em casa, pois o
Isso não ocorre aos governantes – uma oração exerce tempo destrói e aqui temos a melhor técnica de conserva-
a função de sujeito (subjetiva) ção de documentos”, disse Cavalcanti.
Em “d”: A toda decisão tomada precipitadamente cos- O termo sublinhado faz referência a
tumam sobrevir consequências imprevistas e injustas.
Em “e”: Diante de uma escolha, ganham prioridade, a) pessoas.
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta b) acervo.
a dor humana. c) Academia.
d) tempo.
7. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Analista Judiciário – Área e) casa.
Administrativa – FCC – 2016 ) ... para quem Manoel de
Barros era comparável a São Francisco de Assis... Resposta: Letra B.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual)
frase acima está em: é muito difícil de ser guardado...

a) Dizia-se um “vedor de cinema”... 10. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário –


b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no es- FCC – 2016) O marechal organizou o acervo...
paço... A forma verbal está corretamente transposta para a voz
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e passiva em:
Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar- a) estava organizando
ros na literatura... b) tinha organizado
e) ... para depois casá-las... c) organizando-se
d) foi organizado
Resposta: Letra A. e) está organizado
“Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati-
vo. Procuremos nos itens: Resposta: Letra D.
Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou)
Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In- e objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao
dicativo passarmos para a passiva teremos dois (o auxiliar no
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei- mesmo tempo que o verbo da ativa + o particípio do
to do Indicativo verbo da voz ativa = organizado). O objeto exercerá
Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi- a função de sujeito paciente, e o sujeito da ativa será
cativo o agente da passiva (ufa!). A frase ficará: O acervo foi
Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar organizado pelo marechal.
elas)

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11. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo-
FCC – 2016) Precisamos de um treinador que nos ajude ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os
a comer... protegeram.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos
sublinhado acima está também sublinhado em: poderam (puderam) contar com a proteção de uma
assinatura digital.
a) [...] assim que conseguissem se virar sem as mães ou Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um docu-
as amas... mento criptografado deve saber que comprometerá
b) Não é por acaso que proliferaram os coaches. sua integridade.
c) [...] país que transformou a infância numa bilionária in- Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convie-
dústria de consumo... rem sem comprometer a integridade dos documentos
d) E, mesmo que se esforcem muito [...] = correta
e) Hoje há algo novo nesse cenário.
14. (TRT 21.ª REGIÃO-RN – Técnico Judiciário – FCC
– 2017) Sessenta anos de história marcam, assim, a traje-
Resposta: Letra D.
tória da utopia no país.
que nos ajude = presente do Subjuntivo Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo verbal resultante será:
Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e tam-
bém mais-que-perfeito) do Indicativo a) foram marcados.
Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indi- b) foi marcado.
cativo c) são marcados.
Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo d) foi marcada.
Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do In- e) é marcada.
dicativo
Resposta: Letra E.
12. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então
– 2016) O modelo ainda dominante nas discussões ecoló- teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente]
gicas privilegia, em escala, o Estado e o mundo... + particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da uto-
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma pia do país é marcada pelos sessenta anos de história.
verbal resultante será:
15. (Polícia Militar do Estado de São Paulo – Soldado
a) é privilegiado. PM 2.ª Classe – Vunesp – 2017) Considere as seguintes
b) sendo privilegiadas. frases:
c) são privilegiados. Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.
d) foi privilegiado. Segundo, não memorize apenas por repetição.
e) são privilegiadas. Terceiro, rabisque!
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos
Resposta: Letra C. empregados nessas frases está em destaque em:
Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva
a) [...] o acesso rápido e a quantidade de textos fazem
(auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e
com que o cérebro humano não considere útil gravar es-
o mundo são privilegiados pelo modelo ainda domi-
ses dados [...]
nante.
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-
-número de informações.
13. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC – c) [...] após discar e fazer a ligação, não precisamos mais
2016 ) Empregam-se todas as formas verbais de acordo dele...
com a norma culta na seguinte frase: d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em
que morou quando era criança?
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento e) É o que mostra também uma pesquisa recente con-
não poderia receber qualquer tipo de retificação. duzida pela empresa de segurança digital Kaspersky [...]
b) Os documentos com assinatura digital disporam de
algoritmos de criptografia que os protegeram. Resposta: Letra D.
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperati-
contar com a proteção de uma assinatura digital. vo (expressam ordem). Vamos aos itens:
d) Quem se propor a alterar um documento criptografa- Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos
fazem = presente do Indicativo
LÍNGUA PORTUGUESA

do deve saber que comprometerá sua integridade.


e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do
comprometer a integridade dos documentos. Indicativo
Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos
Resposta: Letra E. = presente do Indicativo
Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua auten- Em “d”: Pense rápido: = Imperativo
ticidade, o documento não poderia receber qualquer Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre-
tipo de retificação. sente do Indicativo

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16. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu- 18. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Em
nesp – 2014) Assinale a alternativa em que a palavra em – O destino me prestava esse pequeno favor: completa-
destaque na frase pertence à classe dos adjetivos (pala- va minha identificação com o resto da humanidade, que
vra que qualifica um substantivo). tem sempre para contar uma história de objeto achado;
– o pronome em destaque retoma a seguinte palavra/
a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eu- expressão:
tanásia...
b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte... a) o resto da humanidade.
c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar b) esse pequeno favor.
a morte. c) minha identificação.
d) Ela é proibida por lei no Brasil,... d) O destino.
e) E como seria a verdadeira boa morte? e) completava.

Resposta: Letra E. Resposta: Letra A.


Em “a”: Existe grande confusão = substantivo Completava minha identificação com o resto da huma-
Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a mor- nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma his-
te = pronome tória de objeto achado = pronome relativo que retoma
Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando o resto da humanidade.
distanciar a morte = substantivo
Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo 19. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Con-
Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = ad- sidere o trecho a seguir.
jetivo É comum que objetos ____________ esquecidos em locais
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados
17. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2014) As se as pessoas __________ a atenção voltada para seus per-
formas verbais conjugadas no modo imperativo, expres-
tences, conservando-os junto ao corpo.
sando ordem, instrução ou comando, estão destacadas
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
em
mente, as lacunas do texto.
a) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem ní-
a) sejam ... mantesse
tidas na memória: são aqueles donos de qualidades
b) sejam ... mantém
incomuns.
c) sejam ... mantivessem
b) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e
d) seja ... mantivessem
quase não acreditei no que ouvi.
c) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá e) seja ... mantêm
pro estúdio e ponha a rádio no ar.
d) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário, Resposta: Letra C.
precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o Completemos as lacunas e depois busquemos o item
locutor não chegava para os textos de abertura, pu- correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do
blicidade, chamadas. verbo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver):
e) ... estremecíamos quando ele nos chamava para qual- É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú-
quer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se
suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala- as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus
vras. pertences, conservando-os junto ao corpo.

Resposta: Letra C. 20. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu-


Aos itens: nesp – 2013) Nas frases – Não vou mais à escola!… – e
Em “a”: há = presente / acabam = presente / são = – Hoje estão na moda os métodos audiovisuais. – as pala-
presente vras em destaque expressam, correta e respectivamente,
Em “b”: Voltei = pretérito perfeito / acreditei = preté- circunstâncias de
rito perfeito
Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo a) dúvida e modo.
imperativo afirmativo (ordens) b) dúvida e tempo.
Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = preté- c) modo e afirmação.
rito imperfeito / chegava = pretérito imperfeito d) negação e lugar.
Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio e) negação e tempo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Resposta: Letra E.
“não” – advérbio de negação / “hoje” – advérbio de
tempo.

50
21. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2013)
Assinale a alternativa que completa respectivamente as CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
lacunas, em conformidade com a norma-padrão de con-
jugação verbal.
Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional
quando __________ um diploma de mestrado, mas há Os concurseiros estão apreensivos.
aqueles que _________ de opinião e procuram investir em Concurseiros apreensivos.
cursos profissionalizantes.
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na
a) obtiver … divirgem terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito,
b) obter … divergem os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen-
c) obtesse … devirgem sivos” está concordando em gênero (masculino) e núme-
d) obter … divirgem ro (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros.
e) obtiver … divergem Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e
gênero se correspondem. A correspondência de flexão
Resposta: Letra E. entre dois termos é a concordância, que pode ser verbal
Há quem acredite que alcançará o sucesso profissio- ou nominal.
nal quando obtiver um diploma de mestrado, mas há
aqueles que divergem de opinião e procuram investir 1. Concordância Verbal
em cursos profissionalizantes.
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
22. (PC-SP – Auxiliar de Necropsia – Vunesp – 2014) seu sujeito.
Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
o substantivo, com ele concordando em gênero e núme- 1.1. Sujeito Simples - Regra Geral
ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é um O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
adjetivo. em número e pessoa. Veja os exemplos:
A prova para ambos os cargos será aplicada
a) ... um câncer de boca horroroso, ... às 13h.
b) Ele tem dezesseis anos... 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
c) Eu queria que ele morresse logo, ...
d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa- Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
mílias. 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
e) E o inferno não atinge só os terminais.
1.1.1. Casos Particulares
Resposta: Letra A.
Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo A) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida
Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança às de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode
famílias = substantivo ficar no singular ou no plural.
Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais = subs- A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
tantivo Metade dos candidatos não apresentou / apresenta-
ram proposta.
23. (Polícia Civil-SP – Perito Criminal – Vunesp – 2013)
Observe os enunciados: Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. dos coletivos, quando especificados: Um bando de vân-
• A probabilidade de um veterano branco ser preso por um dalos destruiu / destruíram o monumento.
crime violento é significativamente mais alta do que...
Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, Observação:
circunstâncias de Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a
unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque
a) lugar e modo. aos elementos que formam esse conjunto.
b) tempo e intensidade.
c) modo e intensidade. B) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
LÍNGUA PORTUGUESA

d) tempo e causa. dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos
e) tempo e modo. de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo
concorda com o substantivo.
Resposta: Letra E. Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
“Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados
em “-mente” são de modo (= com significância). Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
mas Olimpíadas.

51
Observação: És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Quando a expressão “mais de um” se associar a ver- Sou eu quem faz a prova.
bos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Não serão eles quem será aprovado.
Mais de um colega se ofenderam na discussão. (ofende-
ram um ao outro) G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as-
sumir a forma plural.
C) Quando se trata de nomes que só existem no plu- Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan-
ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta taram os poetas.
a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo Este candidato é um dos que mais estudaram!
deve ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve
ficar o plural.  Se a expressão for de sentido contrário – ne-
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. nhum dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no
Estados Unidos possui grandes universidades. singular:
Alagoas impressiona pela beleza das praias. Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
As Minas Gerais são inesquecíveis. Nem uma das que me escreveram mora aqui.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou in-  Quando “um dos que” vem entremeada de
definido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, substantivo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o ver- 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atra-
bo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira vessa o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que
pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. faça o mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- condição).
vadoras.
H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação:
verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Veja que a opção por uma ou outra forma indica a
Vossa Excelência está cansado?
inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz
Vossas Excelências renunciarão?
ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize-
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso
I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. de acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti- Deu uma hora no relógio da sala.
ver no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.

E) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação:


indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino,
deve concordar com o substantivo. torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
85% dos entrevistados não aprovam a administração Soa quinze horas o relógio da matriz.
do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança. J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% dos alunos faltaram à prova. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer in-
 Quando a expressão que indica porcentagem dicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da na-
não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar tureza. Exemplos:
com o número. Havia muitas garotas na festa.
25% querem a mudança. Faz dois meses que não vejo meu pai.
1% conhece o assunto. Chovia ontem à tarde.

 Se o número percentual estiver determinado 1.2. Sujeito Composto


por artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á
com eles: A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver-
LÍNGUA PORTUGUESA

Os 30% da produção de soja serão exportados. bo, a concordância se faz no plural:


Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
F) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.

52
B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas  Com as expressões “um ou outro” e “nem um
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguin- nem outro”, a concordância costuma ser feita no singular.
te maneira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece Um ou outro compareceu à festa.
sobre a segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece Nem um nem outro saiu do colégio.
sobre a terceira (eles). Veja:
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.  Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural
Primeira Pessoa do Plural (Nós) ou no singular: Um e outro farão/fará a prova.
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)  Quando os núcleos do sujeito são unidos por
“com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos rece-
Pais e filhos precisam respeitar-se. bem um mesmo grau de importância e a palavra “com” tem
Terceira Pessoa do Plural (Eles) sentido muito próximo ao de “e”.
O pai com o filho montaram o brinquedo.
Observação: O governador com o secretariado traçaram os planos para
Quando o sujeito é composto, formado por um ele- o próximo semestre.
mento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é O professor com o aluno questionaram as regras.
possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural
(eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
de “tomaríeis”. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
C) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, O pai com o filho montou o brinquedo.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: O governador com o secretariado traçou os planos para o
em vez de concordar no plural com a totalidade do sujei- próximo semestre.
to, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo O professor com o aluno questionou as regras.
do sujeito mais próximo.
Faltaram coragem e competência. Com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito
Faltou coragem e competência. composto. O sujeito é simples, uma vez que as expres-
Compareceram todos os candidatos e o banca. sões “com o filho” e “com o secretariado” são adjuntos
Compareceu o banca e todos os candidatos. adverbiais de companhia. Na verdade, é como se hou-
vesse uma inversão da ordem. Veja:
D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor- “O pai montou o brinquedo com o filho.”
dância é feita no plural. Observe: “O governador traçou os planos para o próximo semestre
Abraçaram-se vencedor e vencido. com o secretariado.”
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. “O professor questionou as regras com o aluno.”

1.2.1. Casos Particulares Casos em que se usa o verbo no singular:


Café com leite é uma delícia!
 Quando o sujeito composto é formado por nú- O frango com quiabo foi receita da vovó.
cleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no sin-
gular. Quando os núcleos do sujeito são unidos por expres-
Descaso e desprezo marca seu comportamento. sões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não somente”...,
A coragem e o destemor fez dele um herói. “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”, o verbo ficará
no plural.
 Quando o sujeito composto é formado por nú- Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nor-
cleos dispostos em gradação, verbo no singular: deste.
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se-
gundo me satisfaz. Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
 Quando os núcleos do sujeito composto são tícia.
unidos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural,
de acordo com o valor semântico das conjunções: Quando os elementos de um sujeito composto são resu-
Drummond ou Bandeira representam a essência da midos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita
poesia brasileira. com esse termo resumidor.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de vida das pessoas.
LÍNGUA PORTUGUESA

“adição”. Já em:
Juca ou Pedro será contratado. 1.2.2 Outros Casos
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada. O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam de particular interesse para a concordância verbal:
no singular. A) quando é índice de indeterminação do sujeito;
B) quando é partícula apassivadora.

53
Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se” acom- Quando o verbo SER indicar
panha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação,
que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do  horas e distâncias, concordará com a expressão
singular: numérica:
Precisa-se de funcionários. É uma hora.
Confia-se em teses absurdas. São quatro horas.
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme-
verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e in- tros.
diretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nes-
se caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.  datas, concordará com a palavra dia(s), que
Exemplos: pode estar expressa ou subentendida:
Construiu-se um posto de saúde. Hoje é dia 26 de agosto.
Construíram-se novos postos de saúde. Hoje são 26 de agosto.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas.  Quando o sujeito indicar peso, medida, quanti-
dade e for seguido de palavras ou expressões como pou-
co, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no
#FicaDica singular:
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Para saber se o “se” é partícula apassivadora
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente
Duas semanas de férias é muito para mim.
transformar a frase para a voz passiva. Se a fra-
se construída for “compreensível”, estaremos
 Quando um dos elementos (sujeito ou predi-
diante de uma partícula apassivadora; se não,
cativo) for pronome pessoal do caso reto, com este con-
o “se” será índice de indeterminação. Veja:
cordará o verbo.
Precisa-se de funcionários qualificados.
No meu setor, eu sou a única mulher.
Tentemos a voz passiva:
Aqui os adultos somos nós.
Funcionários qualificados são precisados (ou
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se” des-
Observação:
tacado é índice de indeterminação do sujeito.
Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) repre-
Agora:
sentados por pronomes pessoais, o verbo concorda com
Vendem-se casas.
o pronome sujeito.
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção
Eu não sou ela.
correta! Então, aqui, o “se” é partícula apassi-
Ela não é eu.
vadora. (Dá para eu passar para a voz passiva.
Repare em meu destaque. Percebeu semelhan-
 Quando o sujeito for uma expressão de sentido
ça? Agora é só memorizar!)
partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o
verbo SER concordará com o predicativo.
A grande maioria no protesto eram jovens.
O Verbo “Ser” O resto foram atitudes imaturas.

A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o O Verbo “Parecer”


sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordân-
do sujeito. cias:
Quando o sujeito ou o predicativo for:
 Ocorre variação do verbo PARECER e não se
A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo flexiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do de-
SER concorda com a pessoa gramatical: senho.
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas.  A variação do verbo parecer não ocorre e o in-
A esperança dos pais são eles, os filhos. finitivo sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho
no plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, aas crianças)
LÍNGUA PORTUGUESA

com o que estiver no plural:


Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros!

54
C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
FIQUE ATENTO! O adjetivo fica no masculino singular, se o substanti-
Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER vo não for acompanhado de nenhum modificador: Água
fica no singular. Por exemplo: As paredes pa- é bom para saúde.
rece que têm ouvidos. (Parece que as paredes O adjetivo concorda com o substantivo, se este for
têm ouvidos = oração subordinada substantiva modificado por um artigo ou qualquer outro determina-
subjetiva). tivo: Esta água é boa para saúde.

D) O adjetivo concorda em gênero e número com os


pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as
CONCORDÂNCIA NOMINAL muito felizes.
E) Nas expressões formadas por pronome indefinido
A concordância nominal se baseia na relação entre neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE +
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes gular: Os jovens tinham algo de misterioso.
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
normalmente, o substantivo funciona como núcleo de F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem
um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adno- função adjetiva e concorda normalmente com o nome a
minal. que se refere:
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as Cristina saiu só.
seguintes regras gerais: Cristina e Débora saíram sós.
A) O adjetivo concorda em gênero e número quando
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas de- Observação:
nunciavam o que sentia. Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “ape-
B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, nas”, tem função adverbial, ficando, portanto, invariável:
a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa Eles só desejam ganhar presentes.
flexão nos seguintes casos:

 Adjetivo anteposto aos substantivos: #FicaDica


O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo mais próximo. Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se
Encontramos caída a roupa e os prendedores. de advérbio, portanto, invariável; se houver
Encontramos caído o prendedor e a roupa. coerência com o segundo, função de adjetivo,
então varia:
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Ele está só descansando. (apenas descansando)
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. - advérbio
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula de-
 Adjetivo posposto aos substantivos: pois de “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo Ele está só, descansando. (ele está sozinho e des-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural cansando)
se houver substantivo feminino e masculino).
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. G) Quando um único substantivo é modificado por
A indústria oferece localização e atendimento perfei- dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
tos. construções:
A indústria oferece atendimento e localização perfei-  O substantivo permanece no singular e colo-
tos. ca-se o artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura
espanhola e a portuguesa.
Observação:  O substantivo vai para o plural e omite-se o ar-
Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, tigo antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e
pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos portuguesa.
LÍNGUA PORTUGUESA

dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado


no plural masculino, que é o gênero predominante quan-
do há substantivos de gêneros diferentes.
Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural.
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).

55
COLOCAÇÃO PRONOMINAL #FicaDica
Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
1. Casos Particulares saberei que se trata de um advérbio, não de
adjetivo: “A candidata está um pouco nervosa”.
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
Alerta - Menos
 Estas expressões, formadas por um verbo mais
um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
referem possuir sentido genérico (não vier precedido de sempre invariáveis.
artigo). Os concurseiros estão sempre alerta.
É proibido entrada de crianças. Não queira menos matéria!
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
É preciso cidadania. Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
Não é permitido saída pelas portas laterais. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
 Quando o sujeito destas expressões estiver de- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
terminado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
verbo como o adjetivo concordam com ele. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
É proibida a entrada de crianças. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária. SITE
São precisas várias medidas na educação. http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.
php
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
te

Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú- EXERCÍCIOS COMENTADOS


mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
Seguem anexas as documentações requeridas. 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Cespe
A menina agradeceu: - Muito obrigada. – 2013) Formas de tratamento como Vossa Excelência e
Muito obrigadas, disseram as senhoras. Vossa Senhoria, ainda que sejam empregadas sempre na
Seguem inclusos os papéis solicitados. segunda pessoa do plural e no feminino, exigem flexão
Estamos quites com nossos credores. verbal de terceira pessoa; além disso, o pronome posses-
sivo que faz referência ao pronome de tratamento tam-
Bastante - Caro - Barato - Longe bém deve ser o de terceira pessoa, e o adjetivo que reme-
te ao pronome de tratamento deve concordar em gênero
Estas palavras são invariáveis quando funcionam e número com a pessoa — e não com o pronome — a
como advérbios. Concordam com o nome a que se refe- que se refere.
rem quando funcionam como adjetivos, pronomes adje-
tivos, ou numerais. ( ) CERTO ( ) ERRADO
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. Resposta: Certo.
(pronome adjetivo) Afirmações corretas. As concordâncias verbal e nomi-
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) nal ao se utilizar pronome de tratamento devem ser
As casas estão caras. (adjetivo) na terceira pessoa e concordar em gênero (masculino
Achei barato este casaco. (advérbio) ou feminino) com a pessoa a quem se dirige: “Vossa
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) Excelência está cansada(o)?” – concordará com quem
está se falando: uma mulher ou um homem / “Vossa
Santidade trouxe seus pertences?” / “Vossas Senhorias
Meio - Meia gostariam de um café?”.
LÍNGUA PORTUGUESA

A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,


concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
meia porção de polentas.
Quando empregada como advérbio permanece inva-
riável: A candidata está meio nervosa.

56
2. (Prefeitura de São Luís-MA – Conhecimentos Bási- 3. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-
cos Cargos de Técnico Municipal – Nível Médio – Ces- cio Exterior – Analista Técnico Administrativo – cespe
pe – 2017) – 2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente
Texto CB3A2BBB empregado se dirigido a ministro de Estado do sexo mas-
culino, pois o termo “satisfeita” deve concordar com a lo-
O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos cução pronominal de tratamento “Vossa Excelência”.
estão na base das Constituições democráticas modernas.
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re- ( ) CERTO ( ) ERRADO
conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos
em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo Resposta: Errado.
tempo, o processo de democratização do sistema inter- Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino
nacional, que é o caminho obrigatório para a busca do (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gra- masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satis-
dativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos feito. O pronome de tratamento é apenas a maneira
direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos huma- como tratar a autoridade, não regendo as demais con-
nos, democracia e paz são três elementos fundamentais cordâncias.
do mesmo movimento histórico: sem direitos humanos
reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem de- 4. (Abin – Agente Técnico de Inteligência – cespe –
mocracia, não existem as condições mínimas para a so- 2010 – adaptada) (...) Da combinação entre velocida-
lução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, a demo- de, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge
cracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam a noção contemporânea de agilidade, transformada em
cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns direitos principal característica de nosso tempo.
fundamentais; haverá paz estável, uma paz que não tenha A forma verbal “surge” poderia, sem prejuízo gramatical
a guerra como alternativa, somente quando existirem ci- para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com
dadãos não mais apenas deste ou daquele Estado, mas “velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilida-
do mundo. de”
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson
Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adap- ( ) CERTO ( ) ERRADO
tações).
Preservando-se a correção gramatical do texto CB3A- Resposta: Errado.
2BBB, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser O verbo está concordando com o termo “combina-
substituídos, respectivamente, por ção”, por isso deve ficar no singular.

a) não existe e não têm. 5. (Tribunal de Contas do Distrito Federal-df – Conhe-


b) não existe e inexiste. cimentos BÁSICOS – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO
c) inexiste e não há. PÚBLICA – ARQUIVOLOGIA – cespe – 2014 – adaptada)
d) inexiste e não acontece. (...) Há décadas, países como China e Índia têm enviado es-
e) não tem e não têm. tudantes para países centrais, com resultados muito positi-
vos.(...)
Resposta: Letra C. A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
Busquemos o contexto: por Fazem.
- sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não
há democracia = poderíamos substituir por “não exis- ( ) CERTO ( ) ERRADO
te”, inexiste (verbo “haver” empregado com o sentido
de “existir”) Resposta: Errado.
- sem democracia, não existem as condições mínimas O verbo “fazer”, quando empregado no sentido de
para a solução pacífica dos conflitos = sentido de “exis- tempo passado, não sofre flexão. Portanto, sua forma
tir”. Poderíamos substituir por inexiste, mas no plural, correta seria: “faz décadas”.
já que devemos concordar com “as condições míni-
mas”. A única “troca” adequada seria o verbo “haver” –
que pode ser utilizado com o sentido de “existir”. Terí-
amos: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos,
inexiste democracia; sem democracia, não há as con-
LÍNGUA PORTUGUESA

dições mínimas para a solução pacífica dos conflitos.

57
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.

Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome (re-
gência nominal) e seus complementos.

1. Regência Verbal = Termo Regente: VERBO

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos
diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, o que
corresponde à diversidade de significados que estes verbos podem adquirir dependendo do contexto em que forem
empregados.
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agrado ou prazer”, satisfazer.
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”.

O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal
(e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido daquilo que está sendo dito.
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado.

A voluntária distribuía leite às crianças.


A voluntária distribuía leite com as crianças.
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (objeto
indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial).
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um fato
absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.
A) Verbos Intransitivos

Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.

Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.

Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar

Ricardo foi para a Espanha.


Adjunto Adverbial de Lugar

Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.

B) Verbos Transitivos Diretos

Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes
são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
LÍNGUA PORTUGUESA

São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admi-
rar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger,
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.

58
Observação:
Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adno-
minais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)

C) Verbos Transitivos Indiretos

Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem
uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pes-
soa que podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes
o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas,
usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.

Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:


Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
iguais para todos.
Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.

Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.

Observação:
O verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
analítica:
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”.


Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.

D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos

Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque,
nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto
indireto relacionado a pessoas.

Agradeço aos ouvintes a audiência.


Objeto Indireto Objeto Direto

Paguei o débito ao cobrador.


Objeto Direto Objeto Indireto

O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
LÍNGUA PORTUGUESA

Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.


Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

Informar
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Informe os novos preços aos clientes.

59
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no- Agradar
vos preços) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
Na utilização de pronomes como complementos, veja nhos, acariciar, fazer as vontades de.
as construções: Sempre agrada o filho quando.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre- Aquele comerciante agrada os clientes.
ços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
sobre eles) agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
introduzido pela preposição “a”.
Observação: O cantor não agradou aos presentes.
A mesma regência do verbo informar é usada para os O cantor não lhes agradou.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Comparar O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto:
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite O cantor desagradou à plateia.
as preposições “a” ou “com” para introduzir o comple-
mento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com Aspirar
o) de uma criança. Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
na forma de oração subordinada substantiva) e indireto como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi-
de pessoa. rávamos a ele)
Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
Pedi-lhe favores. as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são utiliza-
Objeto Indireto Objeto Direto
das, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. Veja o
exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
a ela)
Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
tantiva Objetiva Direta
Assistir
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
assistência a, auxiliar.
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na lín-
gua culta. No entanto, é considerada correta quando a As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
palavra licença estiver subentendida. As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-
casa. ciar, estar presente, caber, pertencer.
Assistimos ao documentário.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” intro- Não assisti às últimas sessões.
duz uma oração subordinada adverbial final reduzida de Essa lei assiste ao inquilino.
infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
Preferir transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa
indireto introduzido pela preposição “a”: conturbada cidade.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus. Chamar
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so-
Observação: licitar a atenção ou a presença de.
Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, má-la.
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
existente no próprio verbo (pre).
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre-
cado dicativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
LÍNGUA PORTUGUESA

Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- A torcida chamou ao jogador mercenário.
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- A torcida chamou o jogador de mercenário.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- A torcida chamou ao jogador de mercenário.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais,
estão:

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Custar Querer
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver- vontade de, cobiçar.
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito. Querem melhor atendimento.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransiti- Queremos um país melhor.
vo ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração
reduzida de infinitivo. Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Muito custa viver tão longe da família.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada Visar
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Custou-me (a mim) crer nisso. O homem visou o alvo.
Objeto Indireto Oração Subordinada Subs- O gerente não quis visar o cheque.
tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
A Gramática Normativa condena as construções que objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por O ensino deve sempre visar ao progresso social.
pessoa: Custei para entender o problema. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-es-
= Forma correta: Custou-me entender o problema. tar público.
Implicar Esquecer – Lembrar
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: Lembrar algo – esquecer algo
A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
implicavam um firme propósito.
nal)
B) ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o li-
Como transitivo direto e indireto, significa compro-
vro.
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
econômicas.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc)
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti-
e exigem complemento com a preposição “de”. São, por-
vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
quem não trabalhasse arduamente. tanto, transitivos indiretos:
Ele se esqueceu do caderno.
Namorar Eu me esqueci da chave.
Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois Eles se esqueceram da prova.
anos. Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Obedecer - Desobedecer Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-


Sempre transitivo indireto: brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Todos obedeceram às regras. alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
Ninguém desobedece às leis. gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado
Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Proceder Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa momentos é sujeito)
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
adverbial de modo. Simpatizar - Antipatizar
As afirmações da testemunha procediam, não havia São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
como refutá-las. Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Você procede muito mal.

Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- A norma culta exige que os verbos e expressões que
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introdu- dão ideia de movimento sejam usados com a preposição
zido pela preposição “a”) é transitivo indireto. “a”:
O avião procede de Maceió. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Procedeu-se aos exames. Cláudia desceu ao segundo andar.
O delegado procederá ao inquérito. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

61
2 Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
LÍNGUA PORTUGUESA

Longe de Perto de

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; pa-
ralelamente a; relativa a; relativamente a.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- CRASE.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a”
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e
com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as
SITE quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demar-
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61. cada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à
php qual, às quais.
O uso do acento indicativo de crase está condiciona-
do aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal
e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo
EXERCÍCIO COMENTADO regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome -
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – Cespe termo regido é aquele que completa o sentido do termo
– 2014 – adaptada) regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, sé- Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela
ria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade contratada recentemente.
das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e Após a junção da preposição com o artigo (destaca-
culturais de todos os Estados e sociedades. Suas con- dos entre parênteses), temos:
sequências infligem considerável prejuízo às nações do Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contrata-
mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam da recentemente.
por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços
geográficos, afetando homens e mulheres de diferen- O verbo referir, de acordo com sua transitividade,
tes grupos étnicos, independentemente de classe social classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos re-
e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevân- ferimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição
cia na discussão dos efeitos adversos do uso indevido a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e pronome demonstrativo aquela (àquela).
dos crimes conexos — geralmente de caráter transna-
cional — com a criminalidade e a violência. Esses fato- Observações importantes:
res ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura Alguns recursos servem de ajuda para que possamos
social e econômica interna, devendo o governo adotar confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
uma postura firme de combate ao tráfico de drogas, ar-  Substitui-se a palavra feminina por uma mas-
ticulando-se internamente e com a sociedade, de forma culina equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a
a aperfeiçoar e otimizar seus mecanismos de prevenção crase está confirmada.
e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos Os dados foram solicitados à diretora.
cidadãos. Os dados foram solicitados ao diretor.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.  No caso de nomes próprios geográficos, substi-
tui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na
Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.
“com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência Faremos uma visita à Bahia.
do vocábulo “conexos”. Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirma-
da)
( ) CERTO ( ) ERRADO
Não me esqueço da viagem a Roma.
Resposta: Errado. Ao texto: (...) Questão de relevância Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de mais vividos.
drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos
crimes conexos — geralmente de caráter transnacional Nas situações em que o nome geográfico se apresen-
— com a criminalidade e a violência. tar modificado por um adjunto adnominal, a crase está
O termo está se referindo à associação – associação confirmada.
LÍNGUA PORTUGUESA

do tráfico de drogas e crimes conexos (1) com a crimi- Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
nalidade (2) (associação daquilo [1] com isso [2]) praias.

63
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos
#FicaDica uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedes-
tre foi arremessado à distância de cem metros.
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a  De modo a evitar o duplo sentido – a ambigui-
Campinas. = Volto de Campinas. (crase pra dade -, faz-se necessário o emprego da crase.
quê?) Ensino à distância.
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) Ensino a distância.
 Em locuções adverbiais formadas por palavras
repetidas, não há ocorrência da crase.
Quando o nome de lugar estiver especificado, ocor- Ela ficou frente a frente com o agressor.
rerá crase. Veja: Eu o seguirei passo a passo.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Casos em que não se admite o emprego da crase:
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Antes de vocábulos masculinos.
A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo Esta caneta pertence a Pedro.
regente exigir complemento regido da preposição “a”.
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) Antes de verbos no infinitivo.
Ele estava a cantar.
Iremos àquela reunião. Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
Antes de numeral.
O número de aprovados chegou a cem.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
Faremos uma visita a dez países.
criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
Observações:
(preposição + pronome demonstrativo)
 Nos casos em que o numeral indicar horas
– funcionando como uma locução adverbial feminina –
A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
ocorrerá crase: Os passageiros partirão às dezenove horas.
verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento
 Diante de numerais ordinais femininos a crase
grave: está confirmada, visto que estes não podem ser empre-
 locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às gados sem o artigo: As saudações foram direcionadas à
pressas, à vontade... primeira aluna da classe.
 locuções prepositivas: à frente, à espera de, à  Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quan-
procura de... do essa não se apresentar determinada: Chegamos todos
 locuções conjuntivas: à proporção que, à medida exaustos a casa.
que. Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto
adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
Cuidado: quando as expressões acima não exercerem exaustos à casa de Marcela.
a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
Eu adoro a noite!  Não há crase antes da palavra “terra”, quando
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer essa indicar chão firme: Quando os navegantes regressa-
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não ram a terra, já era noite.
preposição. Contudo, se o termo estiver precedido por um de-
terminante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase.
Casos passíveis de nota: Paulo viajou rumo à sua terra natal.
O astronauta voltou à Terra.
 A crase é facultativa diante de nomes próprios  Não ocorre crase antes de pronomes que reque-
femininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza. rem o uso do artigo.
 Também é facultativa diante de pronomes pos- Os livros foram entregues a mim.
sessivos femininos: O diretor fez referência a (à) sua em- Dei a ela a merecida recompensa.
presa.
 Facultativa em locução prepositiva “até a”: A  Pelo fato de os pronomes de tratamento relati-
loja ficará aberta até as (às) dezoito horas. vos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o
LÍNGUA PORTUGUESA

 Constata-se o uso da crase se as locuções pre- uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no
positivas à moda de, à maneira de apresentarem-se im- caso de o termo regente exigir a preposição.
plícitas, mesmo diante de nomes masculinos: Tenho com- Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.
pulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)  Não ocorre crase antes de nome feminino utili-
 Não se efetiva o uso da crase diante da locução zado em sentido genérico ou indeterminado:
adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observa- Estamos sujeitos a críticas.
mos a queima de fogos a distância. Refiro-me a conversas paralelas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do setor
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São público de adaptar suas despesas às receitas em queda por
Paulo: Saraiva, 2010. causa da crise.

SITE Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta-


http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra- ções).
se-.html O emprego do acento grave em “às receitas” decorre da
regência do verbo “adaptar” e da presença do artigo de-
finido feminino determinando o substantivo “receitas”.
EXERCÍCIOS COMENTADOS ( ) CERTO ( ) ERRADO

1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – Cespe Resposta: Certo.


– 2014 – adaptada) O acento indicativo de crase em “à Texto: O verdadeiro problema é a dificuldade do setor
humanidade e à estabilidade” é de uso facultativo, razão público de adaptar suas despesas às receitas em que-
por que sua supressão não prejudicaria a correção gra- da por causa da crise = quem adapta, adapta algo/
matical do texto. alguém A algo/alguém.

( ) CERTO ( ) ERRADO 3. (Fnde – Técnico em Financiamento e Execução de


Programas e Projetos Educacionais – cespe – 2012) O
Resposta: Errado. emprego do sinal indicativo de crase em “adequando os
Retomemos o contexto: (...) O uso indevido de drogas objetivos às necessidades” justifica-se pela regência do
constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à verbo adequar, que exige complemento regido pela pre-
humanidade e à estabilidade das estruturas e valores posição “a”, e pela presença de artigo definido feminino
políticos (...). antes de “necessidades”.
O uso do acento indicativo de crase é obrigatório, já
que os termos “humanidade” e “estabilidade” comple- ( ) CERTO ( ) ERRADO
mentam o nome “ameaça” – “ameaça a quê? a quem?”
= a regência nominal pede preposição. Resposta: Certo.
Adequar o quê? – os objetivos (objeto direto) – ade-
2. (TCE-PA – Conhecimentos Básicos – AUDITOR DE quar o quê a quê? – a + as (=às) necessidades – objeto
CONTROLE EXTERNO – EDUCACIONAL – Cespe – indireto. A explicação do enunciado está correta.
2016)
4. (Tribunal de Justiça-se – Técnico Judiciário – cespe
Texto CB1A1BBB – 2014 – adaptada) No trecho “deu início à sua cami-
nhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo
Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com de crase é obrigatório.
o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que
estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela ( ) CERTO ( ) ERRADO
Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria Resposta: Errado.
legislação destinada a assegurar, como alegam, maior ri- “deu início à sua caminhada cósmica” – o uso do acen-
gor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de to indicativo de crase, neste caso, é facultativo (antes
responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, for- de pronome possessivo).
talecer a estrutura legal que protege o dinheiro público
do mau uso por gestores irresponsáveis.
Examinando-se a situação financeira dos estados que pre-
param sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica di-
fícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando
entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, es-
tão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro pú-
LÍNGUA PORTUGUESA

blico, para a criação de despesas e, em particular, para os


gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas
dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda
mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis
pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum-
priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigo-
rosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis

65
HORA DE PRATICAR!

1. (MAPA – Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário – Superior – ESAF – 2017) Assinale a opção
que apresenta desvio de grafia da palavra.
A acupuntura é uma terapia da medicina tradicional chinesa que favorece a regularização dos processos fisiológicos do
corpo, no sentido de promover ou recuperar o estado natural de saúde e equilíbrio. Pode ser usada preventivamente (1)
para evitar o desenvolvimento de doenças, como terapia curativa no caso de a doença estar instalada ou como método
paliativo (2) em casos de doenças crônicas de difícil tratamento. Tem também uma ação importante na medicina rejenera-
tiva (3) e na reabilitação. O tratamento de acupuntura consiste na introdução de agulhas filiformes no corpo dos animais.
Em geral são deixadas cerca de 15 a 20 minutos. A colocação das agulhas não é dolorosa para os animais e é possível
observar durante os tratamentos diferentes reações fisiológicas (4), indicadoras de que o tratamento está atingindo o
efeito terapêutico (5) desejado.
Disponível: <http://www.veterinariaholistica.net/acupuntura-fitoterapia-e-homeopatia.html/>. Acesso em 28/11/2017.
(Com adaptações)

a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)

2. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Médio – FCC – 2017) Respeitando-se as
normas de redação do Manual da Presidência da República, a frase correta é:

a) Solicito a Vossa Senhoria que verifique a possibilidade de implementação de projeto de treinamento de pessoal para
operar os novos equipamentos gráficos a serem instalados em seu setor.
b) Venho perguntar-lhe, por meio desta, sobre a data em que Vossa Excelência pretende nomear vosso representante
na Comissão Organizadora.
c) Digníssimo Senhor: eu venho por esse comunicado, informar, que será organizado seminário, sobre o uso eficiente
de recursos hídricos, em data ainda a ser definida.
d) Haja visto que o projeto anexo contribue para o desenvolvimento do setor em questão, informamos, por meio deste
Ofício, que será amplamente analisado por especialistas.
e) Neste momento, conforme solicitação enviada à Vossa Senhoria anexo, não se deve adotar medidas que possam
com- prometer vossa realização do projeto mencionado.

3. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) Analise as assertivas abaixo:

I. O ladrão era de menor.


II. Não há regra sem exceção.
III. É mais saudável usar menas roupa no calor.
IV. O policial foi à delegacia em compania do meliante.
V. Entre eu e você não existe mais nada.

A opção que apresenta vícios de linguagem é:

a) I e III.
b) I, II e IV.
c) II e IV.
d) I, III, IV e V.
e) III, IV e V.

4. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas
as palavras estão corretas:
LÍNGUA PORTUGUESA

a) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.


b) supracitado – semi-novo – telesserviço.
c) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
d) contrarregra – autopista – semi-aberto.
e) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

66
5. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) O uso correto do porquê está na opção:

a) Por quê o homem destrói a natureza?


b) Ela chorou por que a humilharam.
c) Você continua implicando comigo porque sou pobre?
d) Ninguém sabe o por quê daquele gesto.
e) Ela me fez isso, porquê?

6. (TJ-PA – Médico Psiquiatra – Superior – VUNESP – 2014)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, considerando que o termo que preenche a terceira lacuna é empregado para indicar que um evento está
prestes a acontecer

a) anúncio ... A ... Iminente.


b) anuncio ... À ... Iminente.
c) anúncio ... À ... Iminente.
d) anúncio ... A ... Eminente.
e) anuncio ... À ... Eminente.

7. (CEFET-RJ – REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO – 2014) Observe a grafia das palavras do trecho a seguir.
A macro-história da humanidade mostra que todos encaram os relatos pessoais como uma forma de se manterem vivos.
Desde a idade do domínio do fogo até a era das multicomunicações, os homens tem demonstrado que querem pôr sua
marca no mundo porque se sentem superiores.
A palavra que NÃO está grafada corretamente é

a) macro-história.
b) multicomunicações.
c) tem.
d) pôr.
e) porque.

8. (Liquigás – Profissional Júnior – Ciências Contábeis – cegranrio – 2014) O grupo em que todas as palavras estão
grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa é

a) gorjeta, ogeriza, lojista, ferrujem


b) pedágio, ultrage, pagem, angina
c) refújio, agiota, rigidez, rabujento
d) vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste
e) sargeta, jengiva, jiló, lambujem
LÍNGUA PORTUGUESA

9. (SIMAE – Agente Administrativo – ASSCON-PP – 2014) Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras escri-
tas de forma incorreta.

a) Cremoso, coragem, cafajeste, realizar;


b) Caixote, encher, análise, poetisa;
c) Traje, tanger, portuguesa, sacerdotisa;
d) Pagem, mujir, vaidozo, enchergar;

67
10. (Receita Federal – Auditor Fiscal – ESAF – 2014) As- 12. (TRT-2ª REGIÃO-SP – Técnico Judiciário - Área Ad-
sinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de ministrativa – Médio – FCC – 2014) Está redigida com
grafia de palavra inserido na transcrição do texto. clareza e em consonância com as regras da gramática
normativa a seguinte frase:
A Receita Federal nem sempre teve esse (1) nome. Secretaria
da Receita Federal é apenas a mais recente denominação a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a pa-
da Administração Tributária Brasileira nestes cinco sécu- lavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de
los de existência. Sua criação tornou-se (2) necessária para passagem, tem feito muitos exitarem em se pronun-
modernizar a máquina arrecadadora e fiscalizadora, bem ciar.
como para promover uma maior integração entre o Fisco b) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar
e os Contribuintes, facilitando o cumprimento expontâneo atraz na suspensão do jogador, mas ele foi categórico
(3) das obrigações tributárias e a solução dos eventuais quanto a impossibilidade de rever sua posição.
problemas, bem como o acesso às (4) informações pessoais c) Vossa Excelência leu o documento que será apresen-
privativas de interesse de cada cidadão. O surgimento da tado em rede nacional daqui a pouco, pela voz de Sua
Secretaria da Receita Federal representou um significativo Excelência, o Senhor Ministro da Educação?
avanço na facilitação do cumprimento das obrigações tribu- d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada
tárias, contribuindo para o aumento da arrecadação a partir positiva para o público jovem que estava presente, de
(5) do final dos anos 60. que se desculparam os idealizadores do programa.
(Adaptado de <http://www.receita.fazenda.gov.br/srf/ e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer
historico.htm>. Acesso em: 17 mar. 2014.) aos jovens ingressantes no curso o compartilhamento
de projetos, com que serão também autores.
a) (1).
b) (2). 13. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
c) (3). A acentuação correta está na alternativa:
d) (4).
e) (5). a) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
b) platéia – tuiuiu – instrui-los.
11. (Estrada de Ferro Campos do Jordão-SP – Analista c) ponei – geléia – heroico.
Ferroviário – Oficinas – Elétrica – IDERH – 2014) Leia d) eles têm – ele intervém – ele constrói.
as orações a seguir: e) lingüiça – feiúra – idéia.
Minha mãe sempre me aconselha a evitar as _____ compa-
nhias. (mas/más) 14. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – AOCP –
A cauda do vestido da noiva tinha um _________ enorme. 2014) A palavra que está acentuada corretamente é:
(cumprimento/comprimento)
Precisamos fazer as compras do mês, pois a _________ está a) Históriar.
vazia. (despensa/dispensa). b) Memórial.
c) Métodico.
Completam, correta e respectivamente, as lacunas acima d) Própriedade.
os expostos na alternativa: e) Artifício.

a) mas – cumprimento – despensa. 15. (prodam-am – assistente – funcab – 2014 – adap-


b) más – comprimento – despensa. tada) Assinale a opção em que o par de palavras foi
c) más – cumprimento – dispensa. acentuado segundo a mesma regra.
d) mas – comprimento – dispensa.
e) más – comprimento – dispensa. a) saúde-países
b) Etíope-juízes
c) olímpicas-automóvel
d) vocês-público
e) espetáculo-mensurável

16. (Advocacia Geral da União – Técnico em Contabi-


lidade – idecan – 2014) Os vocábulos “cinquentenário”
e “império” são acentuados devido à mesma justificativa.
O mesmo ocorre com o par de palavras apresentado em
LÍNGUA PORTUGUESA

a) prêmio e órbita.
b) rápida e tráfego
c) satélite e ministério.
d) pública e experiência.
e) sexagenário e próximo.

68
17. (Rioprevidência – Especialista em Previdência So- 23. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab –
cial – ceperj – 2014) A palavra “conteúdo” recebe acen- 2014) Assinale a alternativa em que todas as palavras fo-
tuação pela mesma razão de: ram acentuadas segundo a mesma regra.

a) juízo a) indivíduos - atraí(-las) - período


b) espírito b) saíram – veículo - construído
c) jornalístico c) análise – saudável - diálogo
d) mínimo d) hotéis – critérios - através
e) disponíveis e) econômica – após – propósitos

18. (Ministério do Meio Ambiente – icmbio – cespe – 24. (Corpo de Bombeiros Militar-pi – Curso de For-
2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos mação de Soldados – uespi – 2014) “O evento promove
vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”. a saúde de modo integral.” A regra que justifica o acen-
to gráfico no termo destacado é a mesma que justifica o
( ) CERTO ( ) ERRADO acento em:

19. (Prefeitura de Balneário Camboriú-sc – Guarda a) “remédio”.


Municipal – fepese – 2014 – adaptada) Assinale a alter- b) “cajú”.
nativa em que todas as palavras são oxítonas. c) “rúbrica”.
d) “fráude”.
a) pé, lá, pasta e) “baú”.
b) mesa, tábua, régua
c) livro, prova, caderno 25. (TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa –
d) parabéns, até, televisão Médio – FGV – 2015)
e) óculos, parâmetros, título Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo
de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz respeito à sua
20. (Advocacia Geral da União – Técnico em Comuni- vida profissional e projetos de carreira. Os próximos dias
cação Social – idecan – 2014) Assinale a alternativa em serão ótimos para dar andamento a projetos que começa-
que a acentuação de todas as palavras está de acordo ram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
com a mesma regra da palavra destacada: “Procuradorias rapidamente”.
comprovam necessidade de rendimento satisfatório para
renovação do FIES”. O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a”
com acento grave indicativo da crase – “diz respeito à sua
a) após / pó / paletó vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do
b) moído / juízes / caído acento grave da crase é corretamente empregado é:
c) história / cárie / tênue
d) álibi / ínterim / político a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
e) êxito / protótipo / ávido b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
21. (Prefeitura de Brusque-sc – Educador Social – fe- d) o leitor estava à procura de seu destino;
pese – 2014) Assinale a alternativa em que só palavras e) o astrólogo previa o futuro passo à passo
paroxítonas estão apresentadas.
26. (Prefeitura de Sertãozinho-SP – Farmacêutico –
a) facilitada, minha, canta, palmeiras Superior – VUNESP – 2017) O sinal indicativo de crase
b) maná, papá, sinhá, canção está empregado corretamente nas duas ocorrências na
c) cá, pé, a, exílio alternativa:
d) terra, pontapé, murmúrio, aves
e) saúde, primogênito, computador, devêssemos a) Muitos indivíduos são propensos à associar, inadverti-
damente, tristeza à depressão.
22. (Ministério do Desenvolvimento Agrário – Técni- b) As pessoas não querem estar à mercê do sofrimento,
co em Agrimensura – funcab – 2014) A alternativa que por isso almejam à pílula da felicidade.
apresenta palavra acentuada por regra diferente das de- c) À proporção que a tristeza se intensifica e se prolonga,
mais é: pode-se, à primeira vista, pensar em depressão.
d) À rigor, os especialistas não devem receitar remédios
LÍNGUA PORTUGUESA

a) dúvidas. às pessoas antes da realização de exames acurados.


b) muitíssimos. e) Em relação à informação da OMS, conclui-se que exis-
c) fábrica. tem 121 milhões de pessoas à serem tratadas de de-
d) mínimo. pressão.
e) impossível.

69
27. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área 31. (CONAB – Contabilidade – Superior – IADES –
Administrativa – Médio – FCC – 2017) É difícil planejar 2014 – adaptada) Considerando o trecho “atualizou os
uma cidade e resistir à tentação de formular um projeto dados relativos à produção de grãos no Brasil.” e confor-
de sociedade. me a norma-padrão, assinale a alternativa correta.
O sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso o ver-
bo sublinhado acima seja substituído por: a) a crase foi empregada indevidamente no trecho.
b) o autor poderia não ter empregado o sinal indicativo
a) não acatar. de crase.
b) driblar. c) se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do
c) controlar. sinal indicativo de crase continuaria obrigatório.
d) superar. d) se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referen-
e) não sucumbir. tes, o uso do sinal indicativo de crase passaria a ser
facultativo.
28. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área e) caso o vocábulo minha fosse empregado imediata-
Administrativa – Médio – FCC – 2017) A frase em que mente antes de “produção”, o uso do sinal indicativo
há uso adequado do sinal indicativo de crase encontra-se de crase seria facultativo.
em:
32. (Sabesp-SP – atendente a clientes – Médio – fcc
a) A tendência de recorrer à adaptações aparece com – 2014 – adaptada) No trecho Refiro-me aos livros que
maior força na Hollywood do século 21. foram escritos e publicados, mas estão – talvez para sem-
b) É curioso constatar a rapidez com que o cinema agre- pre – à espera de serem lidos, o uso do acento de crase
gou à máxima. obedece à mesma regra seguida em:
c) A busca pela segurança leva os estúdios à apostarem
em histórias já testadas e aprovadas. a) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia como
d) Tal máxima aplica-se perfeitamente à criação de peças evitá-la.
de teatro. b) Informou à paciente que os remédios haviam surtido
e) Há uma massa de escritores presos à contratos fixos efeito.
em alguns estúdios. c) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir à no-
vela.
29. (Prefeitura de Marília-SP – Auxiliar de Escrita – d) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a velha
Médio – VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que fórmula.
o sinal indicativo de crase está empregado corretamente. e) Comunique às minhas alunas que as provas estão cor-
rigidas.
a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o
amor de infância. 33. (TRT-AL – Analista Judiciário – Superior – FCC–
b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta 2014) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chi-
uma nova remessa de cartas. nesas...
c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psico- O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com-
lógico. plemento que o da frase acima está em:
d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo
à diversas cartas. a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da
novas amizades. Idade Média.
c) ... viajavam por cordilheiras...
30. (prefeitura de são Paulo-sp – técnico em saúde – d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
laboratório – médio – vunesp – 2014) Reescrevendo-se e) O maquinista empurra a manopla do acelerador.
o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a enfrentar o
desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento 34. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE –
indicativo da crase, tem-se: UFAL – 2014) Na afirmação abaixo, de Padre Vieira,
“O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o pica-
a) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do descon- ram a ele... Cuidais que o sermão vos picou a vós” o subs-
forto, ... tantivo “espinhos” tem, respectivamente, função sintática
b) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do descon- de,
forto, ...
c) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do descon- a) objeto direto/objeto direto.
LÍNGUA PORTUGUESA

forto, ... b) sujeito/objeto direto.


d) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto, c) objeto direto/sujeito.
... d) objeto direto/objeto indireto.
e) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, e) sujeito/objeto indireto.
..

70
35. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE – 39. (trt-13ª região-pb – Técnico Judiciário – Tecnolo-
UFAL – 2014) No texto, “Arranca o estatuário uma pedra gia da Informação – Médio – fcc – 2014) Ao mesmo
dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e, depois tempo, as elites renunciaram às ambições passadas...
que desbastou o mais grosso, toma o maço e cinzel na O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com-
mão para começar a formar um homem, primeiro mem- plemento que o grifado acima está empregado em:
bro a membro e depois feição por feição.”
VIEIRA, P. A. In Sermão do Espírito Santo. Acervo da Aca- a) Faltam-nos precedentes históricos para...
demia Brasileira de Letras b) Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro...
A oração sublinhada exerce uma função de c) Esse novo espectro comprova a novidade de nossa si-
tuação...
a) causalidade. d) As redes sociais eram atividades de difícil implemen-
b) conclusão. tação...
c) oposição. e) ... como se imitássemos o padrão de conforto...
d) concessão.
e) finalidade. 40. (Cia de Serviços de Urbanização de Guarapuava-
-pr – Agente de Trânsito – consulplam – 2014) Quanto
à função que desempenha na sintaxe da oração, o trecho
36. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – Superior em destaque “Tenho uma dor que passa daqui pra lá e de
– AOCP – 2014) Em “Se a ‘cura’ fosse cara, apenas uma lá pra cá” corresponde a:
pequena fração da sociedade teria acesso a ela.”, a expres-
são em destaque funciona como: a) Oração subordinada adjetiva restritiva.
b) Oração subordinada adjetiva explicativa.
a) objeto direto. c) Adjunto adnominal.
b) adjunto adnominal. d) Oração subordinada adverbial espacial.
c) complemento nominal.
d) sujeito paciente. 41. (Advocacia-Geral da União – Técnico em Comu-
e) objeto indireto. nicação Social – idecan – 2014) Acerca das relações
sintáticas que ocorrem no interior do período a seguir
37. (EBSERH – HUSM-UFSM-RS – Analista Adminis- “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, per-
trativo – Jornalismo – Superior – AOCP – 2014) seguem bêbados na estrada e terminam o dia na delega-
“Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu fi- cia fazendo seu relatório.”, é correto afirmar que
lho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde -...”
No período acima, a oração destacada: a) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”.
b) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é com-
a) estabelece uma relação temporal com a oração que posto.
lhe é subsequente. c) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de
b) estabelece uma relação temporal com a oração que a sujeito.
antecede. d) “facas” possui a mesma função sintática que “bêba-
c) estabelece uma relação condicional com a oração que dos” e “relatório”.
lhe é subsequente. e) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são ter-
d) estabelece uma relação condicional com a oração que mos que indicam circunstâncias que caracterizam a
a antecede. ação verbal.
e) estabelece uma relação de finalidade com a oração
que lhe é subsequente. 42. (TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – Médio –
VUNESP – 2015) Leia o texto, para responder às ques-
38. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab – tões.
2014) O termo destacado em: “As pessoas estão sempre O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para
muito ATAREFADAS.” exerce a seguinte função sintática: consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito
às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o
a) objeto direto. mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A
b) objeto indireto. vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das
c) adjunto adverbial. classes sociais, dos indivíduos.
d) predicativo. Todos os direitos da humanidade foram conquistados
e) adjunto adnominal. pela luta; seus princípios mais importantes tiveram de
LÍNGUA PORTUGUESA

enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham;


todo e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja
o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição
ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa
das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na
outra segura a espada por meio da qual o defende.

71
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a 44. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área
espada, a impotência do direito. Uma completa a outra, Administrativa – Médio – FCC – 2017) Está plenamente
e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando adequada a pontuação do seguinte período:
a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade
com que manipula a balança. a) A produção cinematográfica como é sabido, sempre
O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder bebeu na fonte da literatura, mas o cinema declarou-
Público, mas de toda a população. A vida do direito nos -se, independente das outras artes há mais de meio
oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de século.
um esforço e de uma luta incessante, como o despendi- b) Sabe-se que, a produção cinematográfica sempre con-
do na produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa siderou a literatura como fonte de inspiração, mas o
que se veja na contingência de ter de sustentar seu direi- cinema declarou-se independente das outras artes, há
to participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui mais de meio século.
para a realização da ideia do direito. É verdade que nem
c) Há mais de meio século, o cinema declarou-se inde-
todos enfrentam o mesmo desafio.
pendente das outras artes, embora a produção cine-
A vida de milhares de indivíduos desenvolve-se tranqui-
matográfica tenha sempre considerado a literatura
lamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo
direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não como fonte de inspiração.
nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de d) O cinema declarou-se independente, das outras ar-
paz e de ordem. tes, há mais de meio século; porém, sabe-se, que a
(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito) produção cinematográfica sempre bebeu na fonte da
literatura.
Assinale a alternativa em que uma das vírgulas foi em- e) A literatura, sempre serviu de fonte inspiradora do ci-
pregada para sinalizar a omissão de um verbo, tal como nema, mas este, declarou-se independente das outras
ocorre na passagem – A espada sem a balança é a força artes há mais de meio século − como é sabido.
bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito.
45. (Correios – Técnico em Segurança do Trabalho Jú-
a) O direito, no sentido objetivo, compreende os princí- nior – Médio – IADES – 2017 – adaptada) Quanto às
pios jurídicos manipulados pelo Estado. regras de ortografia e de pontuação vigentes, considere
b) Todavia, não pretendo entrar em minúcias, pois nunca o período “Enquanto lia a carta, as lágrimas rolavam em
chegaria ao fim. seu rosto numa mistura de amor e saudade.” e assinale a
c) Do autor exige-se que prove, até o último centavo, o alternativa correta.
interesse pecuniário.
d) É que, conforme já ressaltei várias vezes, a essência do a) O uso da vírgula entre as orações é opcional.
direito está na ação. b) A redação “Enquanto lia a carta, as lágrimas rolavam
e) A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das em seu rosto por que sentia um misto de amor e sauda-
faces, aos demais, a outra. de.” poderia substituir a original.
c) O uso do hífen seria obrigatório, caso o prefixo re fosse
43. TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa – acrescentado ao vocábulo “lia”.
Médio – FGV – 2015 d) Caso a ordem das orações fosse invertida, o uso da
vírgula entre elas poderia ser dispensado.
Texto 2 - “A primeira missão tripulada ao espaço profundo
e) Assim como o vocábulo “lágrimas”, devem ser acentu-
desde o programa Apollo, da década 1970, com o objetivo
ados graficamente rúbrica, filântropo e lúcida.
de enviar astronautas a Marte até 2030 está sendo prepa-
rada pela Nasa (agência espacial norte-americana). O pri-
meiro passo para a concretização desse desafio será dado 46. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
nesta sexta-feira (5), com o lançamento da cápsula Orion, Verifique a pontuação nas frases abaixo e marque a as-
da base da agência em Cabo Canaveral, na Flórida, nos sertiva correta:
Estados Unidos. O lançamento estava previsto original-
mente para esta quinta-feira (4), mas devido a problemas a) Céus: Que injustiça.
técnicos foi reagendado para as 7h05 (10h05 no horário b) O resultado do placar, não o abateu.
de Brasília).” c) O comércio estava fechado; porém, a farmácia estava
(Ciência, Internet Explorer). em pleno atendimento.
“com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência d) Comam bastantes frutas crianças!
em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.” e) Comprei abacate, e mamão maduro.
Os termos sublinhados se encarregam da localização do
lançamento da cápsula referida; o critério para essa loca-
lização também foi seguido no seguinte caso: Os protes-
LÍNGUA PORTUGUESA

tos contra as cotas raciais ocorreram:

a) em Brasília, Distrito Federal, na região Centro-Oeste;


b) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, região Sul;
c) em Pedrinhas, São Luís, Maranhão;
d) em São Paulo, São Paulo, Brasil;
e) em Goiânia, região Centro-Oeste, Brasil.

72
47. (SAAE-SP – Fiscal Leiturista – VUNESP – 2014) 49. (Prefeitura de Paulista-PE – Recepcionista – UPE-
NET – 2014 – adaptada)
“Já vi gente cansada de amor, de trabalho, de política, de
ideais. Jamais conheci alguém sinceramente cansado de
dinheiro.”
(Millôr Fernandes)

Sobre as vírgulas existentes no texto, é CORRETO afirmar


que:

a) são facultativas.
b) isolam apostos.
c) separam elementos de mesma função sintática.
d) a terceira é facultativa.
e) separam orações coordenadas assindéticas.

50. (Polícia Militar-SP – Oficial Administrativo – Mé-


dio – vunesp – 2014) A reescrita da frase – Como sem-
pre, a resposta depende de como definimos os termos da
pergunta. – está correta, quanto à pontuação, em:

a) A resposta como sempre, depende de, como defini-


Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pon- mos os termos da pergunta.
tuação está correta em: b) A resposta, como sempre, depende de como defini-
mos os termos da pergunta.
a) Hagar disse, que não iria. c) A resposta como, sempre, depende de como defini-
b) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes mos os termos da pergunta.
e lagostas, aos vizinhos. d) A resposta, como, sempre depende de como defini-
c) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para mos os termos da pergunta.
Hagar e Helga e) A resposta como sempre, depende de como, defini-
d) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar mos os termos da pergunta.
à Helga.
e) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos 51. (Emplasa-Sp – Analista Jurídico – Direito – vunesp
Stevensens, para jantar bifes e lagostas. – 2014) Segundo a norma-padrão da língua portuguesa,
a pontuação está correta em:
48. (Prefeitura de Paulista-PE – Recepcionista – UPE-
NET – 2014) Sobre os SINAIS DE PONTUAÇÃO, observe a) Como há suspeita, por parte da família de que João
os itens abaixo: Goulart tenha sido assassinado; a Comissão da Ver-
dade decidiu reabrir a investigação de sua morte, em
I. “Calma, gente”. maio deste ano, a pedido da viúva e dos filhos.
II. “Que mundo é este que chorar não é “normal”? b) Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o
III. “Sustentabilidade, paradigma de vida” pedido da família do ex-presidente João Goulart e re-
IV. “Será que precisa de mais licitações? Haja licita- abriu a investigação da morte deste, visto que, para a
ções!” viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado.
V. “E, de repente, aquela rua se tornou um grande c) A investigação da morte de João Goulart, foi reaberta,
lago...” em maio deste ano pela Comissão da Verdade, para
apuração da causa da morte do ex-presidente uma
Sobre eles, assinale a alternativa CORRETA. vez que, para a família, Jango pode ter sido assassi-
nado.
a) No item I, a vírgula isola um aposto. d) A Comissão da Verdade, a pedido da família de João
b) No item II, a interrogação indica uma mensagem in- Goulart, reabriu em maio deste ano a investigação de
terrompida. sua morte, porque, a hipótese de assassinato não é
c) No item III, a vírgula isola termos que explicam o seu descartada, pela viúva e filhos.
antecedente. e) Como a viúva e os filhos do ex-presidente João Gou-
LÍNGUA PORTUGUESA

d) No item IV, os dois sinais de pontuação, a interrogação lart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado
e a exclamação, indicam surpresa. pediram a reabertura da investigação de sua morte,
e) No item V, as vírgulas poderiam ser substituídas, ape- à Comissão da Verdade, esta, atendeu o pedido em
nas, por um ponto e vírgula após o termo “repente”. maio deste ano.

73
52. (Caixa Econômica Federal – Médico do Trabalho – espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade
cespe – 2014 – adaptada) A correção gramatical do tre- é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo
cho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco
mais comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso por até 20 minutos.
se inserisse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”. Retemos mais informações quando nos sentamos em um
local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e
( ) CERTO ( ) ERRADO design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos po-
53. (Prefeitura de Arcoverde-PE – Administrador de dem ser ruins para funcionários.” Disponível em:<w-
Recursos Humanos – CONPASS – 2014) Leia o texto a ww1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adapta-
seguir: do)
“Pagar por esse software não é um luxo, mas uma necessi-
dade”. O uso da vírgula justifica-se porque: Iniciando-se a frase – Retemos mais informações quando
nos sentamos em um local fixo... (último parágrafo) – com
a) estabelece a relação entre uma coordenada assindéti- o termo Talvez, indicando condição, a sequência que
ca e uma conclusiva. apresenta correlação dos verbos destacados de acordo
b) separar a oração coordenada “não é um luxo” da ad- com a norma-padrão será:
versativa “mas uma necessidade”, em que o verbo está
subentendido. a) reteríamos ... sentarmos
c) liga a oração principal “Pagar” à coordenada “não é um b) retínhamos ... sentássemos
luxo, mas uma necessidade”. c) reteremos ... sentávamos
d) indica que dois termos da mesma função estão ligados d) retivemos ... sentaríamos
por uma conjunção aditiva. e) retivéssemos ... sentássemos
e) isola o aposto na segunda oração.
55. (TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – Médio –
54. (TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – Médio – VUNESP – 2017) Leia o texto para responder às ques-
VUNESP – 2017) tões.
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executi- O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você
vos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu anda, anda, anda e nunca chega a Ipanema”. Se tomar-
sua equipe para um chamado escritório aberto, sem pa- mos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômi-
redes e divisórias. ca. Tomando “Ipanema” como um símbolo, no entanto,
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele como um exemplo de alívio, promessa de alegria em
queria que todos estivessem juntos, para se conectarem meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de um tris-
e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo fi- te realismo: o problema de São Paulo é que você anda,
cou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros
empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes bati-
chefe. das e os Corcovados de concreto armado.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere
o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois
espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio es- metros quadrados de chão. É o que vemos nas aveni-
paço, com portas e tudo. das abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta li-
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório berarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de
aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Uni- patinadores, maracatus, big bands, corredores evangé-
dos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram licos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas. de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até artesanal.
15% da produtividade, desenvolver problemas graves Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cida-
de concentração e até ter o dobro de chances de ficar de porque, depois de cinco anos vivendo na Granja Viana,
doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da tarde,
estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de eu corria em volta de um lago, desviando de patos e as-
organização. sustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela Paulista
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele ou Minhocão e, durante a semana, venho testando dife-
já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir rentes percursos.
falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita
LÍNGUA PORTUGUESA

Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério da


gente concorda – simplesmente não aguentam o escri- Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas en-
tório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é costas do Sumaré, até que, na última terça, sem querer,
preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. descobri um insuspeito parque noturno com bastante
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de ati-
desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo vidades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.
de Nagele e voltando aos espaços privados. (Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toa-
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um lha. Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível

74
em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>. Acesso em: 23 E
13.04.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa que dá nova redação à passagem 24 E
– O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere 25 C
estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois
metros quadrados de chão. – atendendo à norma-padrão 26 C
de concordância. 27 E
28 D
a) Cem por cento dos paulistanos não joga a toalha –
acha preferível estendê-la para que se deite sobre elas, 29 B
caso seja dado a eles dois metros quadrados de chão. 30 A
b) Os paulistanos não jogam a toalha – acham preferíveis
estendê-la e se deitar em cima, caso lhes deem dois 31 E
metros quadrados de chão. 32 D
c) Mais de um paulistano não são de jogar a toalha – 33 E
acham preferíveis estendê-la e se deitarem em cima,
caso se dê a eles dois metros de chão. 34 C
d) Para os paulistanos, não se joga a toalha – é preferível 35 E
que seja estendida, para que possam deitar-se sobre
ela, caso lhes sejam dados dois metros quadrados de 36 C
chão. 37 A
e) A maior parte dos paulistanos, contudo, não são de jo-
38 D
garem a toalha – acha preferível elas serem estendidas
e deitar-se em cima, caso lhe seja dado dois metros de 39 A
chão. 40 A
41 D
42 E
GABARITO
43 A
44 C
1 C
45 D
2 A
46 C
3 D
47 E
4 A
48 C
5 C
49 C
6 A
50 B
7 C
51 B
8 D
52 CERTO
9 D
53 C
10 C
54 E
11 B
55 D
12 C
13 D
14 E
15 A
16 B
17 A
LÍNGUA PORTUGUESA

18 CERTO
19 D
20 C
21 A
22 E

75
ANOTAÇÕES

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LÍNGUA PORTUGUESA

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76
ÍNDICE

MATEMÁTICA
Números inteiros: operações e propriedades..............................................................................................................................................................01
Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e propriedades.................................................................................01
Mínimo múltiplo comum......................................................................................................................................................................................................01
Razão e proporção..................................................................................................................................................................................................................22
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................................27
Regra de três simples.............................................................................................................................................................................................................29
Média aritmética simples......................................................................................................................................................................................................32
Equação do 1º grau................................................................................................................................................................................................................44
Sistema de equações do 1º grau.......................................................................................................................................................................................44
Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade................................................................................................51
Relação entre grandezas: tabelas e gráficos.................................................................................................................................................................55
Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras..............................................................................................61
Raciocínio lógico......................................................................................................................................................................................................................80
Resolução de situações-problema....................................................................................................................................................................................80
quer, temos que seu antecessor será sempre de-
NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E
finido como m-1. Para ficar claro, seguem alguns
PROPRIEDADES. NÚMEROS RACIONAIS, exemplos:
REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA E Ex: O antecessor de 2 é 1.
DECIMAL: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. Ex: O antecessor de 56 é 55.
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. Ex: O antecessor de 10 é 9.

NÚMEROS NATURAIS E SUAS OPERAÇÕES FUN- FIQUE ATENTO!


DAMENTAIS
O único número natural que não possui an-
tecessor é o 0 (zero) !
1. Definição de Números Naturais

Os números naturais como o próprio nome diz, são


1.1. Operações com Números Naturais
os números que naturalmente aprendemos, quando es-
tamos iniciando nossa alfabetização. Nesta fase da vida,
Agora que conhecemos os números naturais e temos
não estamos preocupados com o sinal de um número,
um sistema numérico, vamos iniciar o aprendizado das
mas sim em encontrar um sistema de contagem para
operações matemáticas que podemos fazer com eles.
quantificarmos as coisas. Assim, os números naturais são
Muito provavelmente, vocês devem ter ouvido falar das
sempre positivos e começando por zero e acrescentando
quatro operações fundamentais da matemática: Adição,
sempre uma unidade, obtemos os seguintes elementos:
Subtração, Multiplicação e Divisão. Vamos iniciar nossos
ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … . estudos com elas:

Adição: A primeira operação fundamental da Aritmé-


Sabendo como se constrói os números naturais, po- tica tem por finalidade reunir em um só número, todas
demos agora definir algumas relações importantes entre as unidades de dois ou mais números. Antes de surgir
eles: os algarismos indo-arábicos, as adições podiam ser rea-
lizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxílio de
a) Todo número natural dado tem um sucessor (nú- pedras ou por meio de ábacos. Esse método é o mais
mero que está imediatamente à frente do número simples para se aprender o conceito de adição, veja a
dado na seqüência numérica). Seja m um núme- figura a seguir:
ro natural qualquer, temos que seu sucessor será
sempre definido como m+1. Para ficar claro, se-
guem alguns exemplos:

Ex: O sucessor de 0 é 1.
Ex: O sucessor de 1 é 2.
Ex: O sucessor de 19 é 20.

b) Se um número natural é sucessor de outro, então


os dois números que estão imediatamente ao lado Observando a historinha, veja que as unidades (pe-
do outro são considerados como consecutivos. Ve- dras) foram reunidas após o passeio no quintal. Essa reu-
jam os exemplos: nião das pedras é definida como adição. Simbolicamen-
te, a adição é representada pelo símbolo “+” e assim a
Ex: 1 e 2 são números consecutivos. historinha fica da seguinte forma:
Ex: 5 e 6 são números consecutivos.
3 2 5
Ex: 50 e 51 são números consecutivos. + =
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑃𝑒𝑔𝑢𝑒𝑖 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜
c) Vários números formam uma coleção de números
naturais consecutivos se o segundo for sucessor do pri- Como toda operação matemática, a adição possui al-
meiro, o terceiro for sucessor do segundo, o quarto for gumas propriedades, que serão apresentadas a seguir:
sucessor do terceiro e assim sucessivamente. Observe os
exemplos a seguir: a) Fechamento: A adição no conjunto dos números
naturais é fechada, pois a soma de dois números
Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. naturais será sempre um número natural.
Ex: 5, 6 e 7 são consecutivos.
Ex: 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
MATEMÁTICA

d) Analogamente a definição de sucessor, podemos


definir o número que vem imediatamente antes
ao número analisado. Este número será definido
como antecessor. Seja m um número natural qual-

1
b) Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois na adição de três ou mais parcelas
de números naturais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos um re-
sultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro. Apresentando isso sob a forma de
números, sejam A,B e C, três números naturais, temos que:
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)

c) Elemento neutro: Esta propriedade caracteriza-se pela existência de número que ao participar da operação de
adição, não altera o resultado final. Este número será o 0 (zero). Seja A, um número natural qualquer, temos que:

𝐴+0 = 𝐴

d) Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a
soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se somando
a segunda parcela com a primeira parcela. Sejam dois números naturais A e B, temos que:

𝐴+𝐵 =𝐵 +𝐴
Subtração: É a operação contrária da adição. Ao invés de reunirmos as unidades de dois números naturais, vamos
retirar uma quantidade de um número. Voltando novamente ao exemplo das pedras:

Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) que eu tinha foram separadas. Essa separação das pedras
é definida como subtração. Simbolicamente, a subtração é representada pelo símbolo “-” e assim a historinha fica da
seguinte forma:
5 3 2
− =
𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜
A subtração de números naturais também possui suas propriedades, definidas a seguir:

a) Não fechada: A subtração de números naturais não é fechada, pois há um caso onde a subtração de dois núme-
ros naturais não resulta em um número natural. Sejam dois números naturais A,B onde A < B, temos que:
A−B< 0
Como os números naturais são positivos, A-B não é um número natural, portanto a subtração não é fechada.

b) Não Associativa: A subtração de números naturais também não é associativa, uma vez que a ordem de reso-
lução é importante, devemos sempre subtrair o maior do menor. Quando isto não ocorrer, o resultado não será
um número natural.

c) Elemento neutro: No caso do elemento neutro, a propriedade irá funcionar se o zero for o termo a ser subtraído
do número. Se a operação for inversa, o elemento neutro não vale para os números naturais:

d) Não comutativa: Vale a mesma explicação para a subtração de números naturais não ser associativa. Como a
ordem de resolução importa, não podemos trocar os números de posição

Multiplicação: É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou
MATEMÁTICA

parcela, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador. Veja o exemplo:

Ex: Se eu economizar toda semana R$ 6,00, ao final de 5 semanas, quanto eu terei guardado?

Pensando primeiramente em soma, basta eu somar todas as economias semanais:

2
6 + 6 + 6 + 6 + 6 = 30

Quando um mesmo número é somado por ele mesmo repetidas vezes, definimos essa operação como multiplica-
ção. O símbolo que indica a multiplicação é o “x” e assim a operação fica da seguinte forma:
6+6+6+6+6 6𝑥5
= = 30
𝑆𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠

A multiplicação também possui propriedades, que são apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto dos números naturais, pois realizando o produto de dois ou
mais números naturais, o resultado será um número natural.

b) Associativa: Na multiplicação, podemos associar três ou mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicar-
mos o primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo
resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo. Sejam os números naturais m,n e
p, temos que:
𝑚 𝑥 𝑛 𝑥 𝑝 = 𝑚 𝑥 (𝑛 𝑥 𝑝)

c) Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais também existe um elemento neutro para a multiplicação
mas ele não será o zero, pois se não repetirmos a multiplicação nenhuma vez, o resultado será 0. Assim, o ele-
mento neutro da multiplicação será o número 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:
𝑛𝑥1=𝑛

d) Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que multiplican-
do o segundo elemento pelo primeiro elemento. Sejam os números naturais m e n, temos que:
𝑚𝑥𝑛 = 𝑛𝑥𝑚

e) Prioridade sobre a adição e subtração: Quando se depararem com expressões onde temos diferentes opera-
ções matemática, temos que observar a ordem de resolução das mesmas. Observe o exemplo a seguir:

Ex: 2 + 4 𝑥 3

Se resolvermos a soma primeiro e depois a multiplicação, chegamos em 18.


Se resolvermos a multiplicação primeiro e depois a soma, chegamos em 14. Qual a resposta certa?

A multiplicação tem prioridade sobre a adição, portanto deve ser resolvida primeiro e assim a resposta correta é 14.

FIQUE ATENTO!
Caso haja parênteses na soma, ela tem prioridade sobre a multiplicação. Utilizando o exemplo, temos
que: .
(2 + 4)𝐱3 = 6 𝐱 3 = 18 Nesse caso, realiza-se a soma primeiro, pois ela está dentro dos parênteses

f) Propriedade Distributiva: Uma outra forma de resolver o exemplo anterior quando se a soma está entre parên-
teses é com a propriedade distributiva. Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais,
é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos. Veja o
exemplo:
2 + 4 x 3 = 2x3 + 4x3 = 6 + 12 = 18
MATEMÁTICA

Veja que a multiplicação foi distribuída para os dois números do parênteses e o resultado foi o mesmo que do item
anterior.

3
Divisão: Dados dois números naturais, às vezes ne-
cessitamos saber quantas vezes o segundo está contido
no primeiro. O primeiro número é denominado dividen- EXERCÍCIO COMENTADO
do e o outro número é o divisor. O resultado da divisão
é chamado de quociente. Nem sempre teremos a quan- 1. (Pref. De Bom Retiro – SC) A Loja Berlanda está com
tidade exata de vezes que o divisor caberá no dividendo, promoção de televisores. Então resolvi comprar um tele-
podendo sobrar algum valor. A esse valor, iremos dar o visor por R$ 1.700,00. Dei R$ 500,00 de entrada e o res-
nome de resto. Vamos novamente ao exemplo das pe- tante vou pagar em 12 prestações de:
dras:
a) R$ 170,00
b) R$ 1.200,00
c) R$ 200,00
d) R$ 100,00

Resposta: Letra D Dado o preço inicial de R$ 1700,00,


basta subtrair a entrada de R$ 500,00, assim: R$
1700,00-500,00 = R$ 1200,00. Dividindo esse resulta-
do em 12 prestações, chega-se a R$ 1200,00 : 12 = R$
100,00
No caso em particular, conseguimos dividir as 8
pedras para 4 amigos, ficando cada um deles como 2
unidades e não restando pedras. Quando a divisão não NÚMEROS INTEIROS E SUAS OPERAÇÕES FUN-
possui resto, ela é definida como divisão exata. Caso con- DAMENTAIS
trário, se ocorrer resto na divisão, como por exemplo, se
ao invés de 4 fossem 3 amigos: 1.1 Definição de Números Inteiros

Definimos o conjunto dos números inteiros como a


união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3,
4,..., n,...}, com o conjunto dos opostos dos números na-
turais, que são definidos como números negativos. Este
conjunto é denotado pela letra Z e é escrito da seguinte
forma:
ℤ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, … }
Sabendo da definição dos números inteiros, agora é
Nessa divisão, cada amigo seguiu com suas duas pe- possível indiciar alguns subconjuntos notáveis:
dras, porém restaram duas que não puderam ser distri-
buídas, pois teríamos amigos com quantidades diferen- a) O conjunto dos números inteiros não nulos: São
tes de pedras. Nesse caso, tivermos a divisão de 8 pedras todos os números inteiros, exceto o zero:
por 3 amigos, resultando em um quociente de 2 e um
ℤ∗ = {… , −4, −3, −2, −1, 1, 2, 3, 4, … }
resto também 2. Assim, definimos que essa divisão não
é exata.
Devido a esse fato, a divisão de números naturais não b) O conjunto dos números inteiros não negativos:
é fechada, uma vez que nem todas as divisões são exa- São todos os inteiros que não são negativos, ou
tas. Também não será associativa e nem comutativa, já seja, os números naturais:
que a ordem de resolução importa. As únicas proprieda- ℤ+ = 0, 1, 2, 3, 4, … = ℕ
des válidas na divisão são o elemento neutro (que segue
sendo 1, desde que ele seja o divisor) e a propriedade c) O conjunto dos números inteiros positivos: São to-
distributiva. dos os inteiros não negativos, e neste caso, o zero
não pertence ao subconjunto:
ℤ∗+ = 1, 2, 3, 4, …
FIQUE ATENTO!
d) O conjunto dos números inteiros não positivos:
A divisão tem a mesma ordem de priorida- São todos os inteiros não positivos:
de de resolução que a multiplicação, assim ℤ_ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, }
ambas podem ser resolvidas na ordem que
aparecem. e) O conjunto dos números inteiros negativos: São
todos os inteiros não positivos, e neste caso, o zero
MATEMÁTICA

não pertence ao subconjunto:


ℤ∗ _ = {… , −4, −3, −2, −1}

4
1.2 Definições Importantes dos Números inteiros Neste caso, temos um ganho de 8 e uma perda de 5,
que naturalmente sabemos que resultará em um ganho
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a de 3:
distância ou afastamento desse número até o zero, na
reta numérica inteira. Representa-se o módulo pelo sím- +8 = Ganhar 8
bolo | |. Vejam os exemplos: -5 = Perder 5

Ex: O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 Logo: (Ganhar 8) + (Perder 5) = (Ganhar 3)


Ex: O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
Ex: O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Se observarem essa operação, vocês irão perceber
que ela tem o mesmo resultado que 8 − 5 = 3. Basica-
a) O módulo de qualquer número inteiro, diferente de mente ambas são as mesmas operações, sem a presença
zero, é sempre positivo. dos parênteses e a explicação de como se chegar a essa
simplificação será apresentado nos itens seguintes deste
Números Opostos: Voltando a definição do inicio do capítulo.
capítulo, dois números inteiros são ditos opostos um do Agora, e se a perda for maior que o ganho? Veja o
outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos exemplo:
que os representam distam igualmente da origem. Vejam
os exemplos: Ex: −8 + +5 = ?
Ex: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2,
pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 Usando a regra, temos que:
Ex: No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de
a é – a, e vice-versa. -8 = Perder 8
Ex: O oposto de zero é o próprio zero. +5 = Ganhar 5

1.3 Operações com Números Inteiros Logo: (Perder 8) + (Ganhar 5) = (Perder 3)

Adição: Diferentemente da adição de números natu- Após a definição de adição de números inteiros, va-
rais, a adição de números inteiros pode gerar um pouco mos apresentar algumas de suas propriedades:
de confusão ao leito. Para melhor entendimento desta
operação, associaremos aos números inteiros positivos o a) Fechamento: O conjunto Z é fechado para a adi-
conceito de “ganhar” e aos números inteiros negativos o ção, isto é, a soma de dois números inteiros ainda
conceito de “perder”. Vejam os exemplos: é um número inteiro.

Ex: (+3) + (+5) = ? b) Associativa: Para todos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℤ :

Obviamente, quem conhece a adição convencional, 𝑎 + (𝑏 + 𝑐) = (𝑎 + 𝑏) + 𝑐


sabe que este resultado será 8. Vamos ver agora pelo
conceito de “ganhar” e “perder”: Ex: 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7
+3 = Ganhar 3 Comutativa: Para todos a,b em Z:
+5 = Ganhar 5 a+b=b+a
3+7=7+3
Logo: (Ganhar 3) + (Ganhar 5) = (Ganhar 8)
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
Ex: (−3) + (−5) = ?
cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
Agora é o caso em que temos dois números negati- z+0=z
vos, usando o conceito de “ganhar” ou “perder”: 7+0=7

-3 = Perder 3 Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em


-5 = Perder 5 Z, tal que
z + (–z) = 0
Logo: (Perder 3) + (Perder 5) = (Perder 8) 9 + (–9) = 0
Neste caso, estamos somando duas perdas ou dois
prejuízos, assim o resultado deverá ser uma perda maior. Subtração de Números Inteiros
MATEMÁTICA

E se tivermos um número positivo e um negativo? Va- A subtração é empregada quando:


mos ver os exemplos: - Precisamos tirar uma quantidade de outra quanti-
Ex: (+8) + (−5) = ? dade;

5
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto 1.4. Multiplicação de Números Inteiros
uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto A multiplicação funciona como uma forma simplifica-
falta a uma delas para atingir a outra. da de uma adição quando os números são repetidos. Po-
deríamos analisar tal situação como o fato de estarmos
A subtração é a operação inversa da adição. ganhando repetidamente alguma quantidade, como por
exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, sig-
Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9 nifica ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser indi-
cada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
diferença Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos:
subtraendo 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
minuendo (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular
Considere as seguintes situações: da adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da sinal entre as letras.
temperatura? Para realizar a multiplicação de números inteiros, de-
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) vemos obedecer à seguinte regra de sinais:
– (+3) = +3 (+1) x (+1) = (+1)
(+1) x (-1) = (-1)
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, du- (-1) x (+1) = (-1)
rante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura bai- (-1) x (-1) = (+1)
xou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite
de terça-feira? Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
(–3) = +3 Sinais dos Resultado do
números produto
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
(+6) – (+3) é o mesmo que (+5) + (–3). Iguais Positivo
Diferentes Negativo
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 Propriedades da multiplicação de números intei-
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3 ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 é, a multiplicação de dois números inteiros ainda é um
número inteiro.
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do Associativa: Para todos a,b,c em Z:
segundo. a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7

Comutativa: Para todos a,b em Z:


EXERCÍCIOS COMENTADOS axb=bxa
3x7=7x3
1. Calcule:
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
a) (+12) + (–40) ; todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
b) (+12) – (–40) zx1=z
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20) 7x1=7
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15)
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de
Resposta: Aplicando as regras de soma e subtração zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
de inteiros, tem-se que: z x z–1 = z x (1/z) = 1
a) (+12) + (–40) = 12 – 40 = -28 9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
b) (+12) – (–40) = 12 + 40 = 52
c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20) = +5 -16 – 9 + 20 = 25 Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
MATEMÁTICA

– 25 = 0 a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15) = -3 + 6 – 4 – 2 – 15 3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)
= 6 – 24 = -18

6
1.5. Divisão de Números Inteiros - Toda potência de base negativa e expoente par é
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ím-


par é um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

Sabemos que na divisão exata dos números naturais:


Propriedades da Potenciação:
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36 Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
-se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di- = (–7)9
visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser-
(–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4) va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6
Logo: (–20) : (+5) = +4 = (+13)8 – 6 = (+13)2

Considerando os exemplos dados, concluímos que, Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli-
para efetuar a divisão exata de um número inteiro por cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o mó-
dulo do dividendo pelo módulo do divisor. Daí: Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1
= +9 (–13)1 = –13
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal,
o quociente é um número inteiro positivo. Potência de expoente zero e base diferente de
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferen- zero: É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
tes, o quociente é um número inteiro negativo.
- A divisão nem sempre pode ser realizada no con- Radiciação de Números Inteiros
junto Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são
divisões que não podem ser realizadas em Z, pois A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a
o resultado não é um número inteiro. é a operação que resulta em outro número inteiro não
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é negativo b que elevado à potência n fornece o número a.
associativa e não tem a propriedade da existência O número n é o índice da raiz enquanto que o número a
do elemento neutro. é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro
1- Não existe divisão por zero. a é a operação que resulta em outro número inteiro não
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não exis- negativo que elevado ao quadrado coincide com o nú-
te um número inteiro cujo produto por zero seja igual a mero a.
–15.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, dife- Observação: Não existe a raiz quadrada de um nú-
rente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número mero inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
inteiro por zero é igual a zero.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 /b) 0 : (+6) = 0 /c) 0 : (–1) = 0 Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas apare-
1.6. Potenciação de Números Inteiros cimento de:

A potência an do número inteiro a, é definida como 9 = ±3


um produto de n fatores iguais. O número a é denomina-
do a base e o número n é o expoente. mas isto está errado. O certo é:
an = a x a x a x a x ... x a
a é multiplicado por a n vezes 9 = +3

Exemplos: Observamos que não existe um número inteiro não


33 = (3) x (3) x (3) = 27 negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 número negativo.
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
MATEMÁTICA

(+9)² = (+9) x (+9) = 81 A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a


é a operação que resulta em outro número inteiro que
- Toda potência de base positiva é um número in- elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não res-
teiro positivo. tringimos os nossos cálculos somente aos números não
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 negativos.

7
Exemplos O conjunto formado pelos resultados encontrados
forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14,
(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8. 21, 28,...}.

(b)
3
−8 = –2, pois (–2)³ = -8. Observações:

(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27. - Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. - Todo número natural é múltiplo de 1.
(d) - Todo número natural, diferente de zero, tem infini-
tos múltiplos.
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o - O zero é múltiplo de qualquer número natural.
produto de números inteiros, concluímos que: - Os múltiplos do número 2 são chamados de nú-
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de núme- meros pares, e a fórmula geral desses números
ro inteiro negativo. é . Os demais são chamados de núme-
ros ímpares, e a fórmula geral desses números é
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a .
raiz de qualquer número inteiro.
1.1. Critérios de divisibilidade:
MULTIPLICIDADE E DIVISIBILIDADE
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a
Um múltiplo de um número é o produto desse núme-
ro por um número natural qualquer. Já um divisor de um divisão.
número é um número cujo resto da divisão do número
pelo divisor é zero. Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2
quando ele é par, ou seja, quando ele termina em 0, 2,
Ex: Sabe-se que 30 ∶ 6 = 5, porque 5× 6 = 30. 4, 6 ou 8.

Pode-se dizer então que: Exs:


a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6.
“30 é divisível por 6 porque existe um numero natural b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1.
(5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3
Um numero natural a é divisível por um numero na- quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
tural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal que é divisível por 3.
c.b=a.
Exs:
Voltando ao exemplo 30 ∶ 6 = 5 , conclui-se que: 30 é a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27,
múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30. e 27 é divisível por 3.

Analisando outros exemplos: b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 =


17, e 17 não é divisível por 3.
a) 20 : 5 = 4 → 20 é múltiplo de 5 (4×5=20), e 5 é
divisor de 20 Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4
quando termina em 00 ou quando o número formado
b) 12 : 2 = 6 → 12 é múltiplo de 2 (6×2=12), e 2 é
pelos dois últimos algarismos for divisível por 4.
divisor de 12
Exs:
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
1. Conjunto dos múltiplos de um número natural:
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24
é divisível por 4.
É obtido multiplicando-se o número natural em ques-
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e
tão pela sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5,
15 não é divisível por 4.
6,...

Ex: Conjunto dos múltiplos de 7. Para encontrar esse Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5
conjunto basta multiplicar por 7 cada um dos números quando termina em 0 ou 5.
da sucessão dos naturais: Exs:
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
7x0=0 b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
MATEMÁTICA

7x1=7 c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.


7 x 2 = 14
7 x 3 = 21
7 x 4 = 28
7 x 5 = 35

8
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos alga-
rismos formam o número 24, que é divisível por 8.
EXERCÍCIO COMENTADO c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos
algarismos formam o número 125, que não é divi-
1. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de sível por 8.
5 positivos menores que 30.

Resposta: Seguindo a tabuada do 5, temos que:


{5,10,15,20,25}. EXERCÍCIO COMENTADO

2. Escreva os elementos dos conjuntos dos múltiplos de


Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 8 compreendidos entre 30 e 50.
quando é divisível por 2 e por 3.
Resposta: Seguindo a tabuada do 8, a partir do 30:
Exs: {32,40,48}.
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 (ter-
mina em 4) e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9
3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16). quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por formam um número divisível por 9.
2 (termina em 1).
Exs:
Divisibilidade por 7: Para verificar a divisibilidade a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 +
por 7, deve-se fazer o seguinte procedimento. 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0
- Multiplicar o último algarismo por 2 + 3 = 14 não é divisível por
- Subtrair o resultado do número inicial sem o últi-
mo algarismo Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
- Se o resultado for um múltiplo de 7, então o núme- quando termina em zero.
ro inicial é divisível por 7.
Exs:
É importante ressaltar que, em caso de números com a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
vários algarismos, será necessário fazer o procedimento b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em
mais de uma vez. zero.

Ex: Divisibilidade por 11: Um número é divisível por


Analisando o número 1764 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos de
Procedimento: posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par
resulta em um número divisível por 11.
- Último algarismo: 4. Multiplica-se por 2: 4×2=8
- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o úl- Exs:
timo algarismo: 176-8=168 a) 43813 é divisível por 11. Vejamos o porquê
- O resultado é múltiplo de 7? Para isso precisa veri-
ficar se 168 é divisível por 7. Os algarismos de posição ímpar são os algarismos
Aplica-se o procedimento novamente, agora para o nas posições 1, 3 e 5. Ou seja, 4,8 e 3. A soma desses
número 168. algarismos é 4 + 8 + 3 = 15

- Último algarismo: 8. Multiplica-se por 2: 8×2=16 Os algarismos de posição par são os algarismos nas
- Subtrai-se o resultado do número inicial sem o úl- posições 2 e 4. Ou seja, 3 e 1. A soma desses algarismos
timo algarismo: 16-16=0 é 3+1 = 4
- O resultado é múltiplo de 7? Sim, pois zero (0) é
múltiplo de qualquer número natural.
15 – 4 = 11→ A diferença divisível por 11. Logo 43813
Portanto, conclui-se que 168 é múltiplo de 7. Se 168 é é divisível por 11.
múltiplo de 7, então 1764 é divisível por 7.
b) 83415721 não é divisível por 11. Vejamos o porquê
Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8
quando termina em 000 ou quando o número formado
MATEMÁTICA

Os algarismos de posição ímpar são os algarismos


pelos três últimos algarismos for divisível por 8. nas posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses
algarismos é
Exs:
a) 57000 é divisível por 8, pois termina em 000.

9
Os algarismos de posição ímpar são os algarismos Exemplos:
nas posições 1, 3, 5 e 7. Ou seja, 8, 4, 5 e 2. A soma desses a) 13 = 1×1×1 = 1
algarismos é 8+4+5+2 = 19 b) 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1

Os algarismos de posição par são os algarismos nas Propriedade 2: potenciação com expoente nulo
posições 2, 4 e 6. Ou seja, 3, 1 e 7. A soma desses algaris- Se n é um número natural não nulo, então temos que
mos é 3+1+7 = 11 nº=1.

19 – 11 = 8→ A diferença não é divisível por 11. Logo Exemplos:


83415721 não é divisível por 11. a) 5º = 1
b) 9º = 1
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
quando é divisível por 3 e por 4. Propriedade 3: potenciação com expoente 1
Qualquer que seja a potência em que a base é o nú-
Exs: mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + , é igual ao próprio n. Em resumo, n1=n
8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
Exemplos:
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível a) 5¹ = 5
por 4 (termina em 11). b) 64¹ = 64

c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível Propriedade 4: potenciação de base 10
por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22). Toda potência 10n é o número formado pelo algaris-
mo 1 seguido de n zeros.
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
Exemplos:
quando é divisível por 3 e por 5.
a) 103 = 1000
b) 108 = 100.000.000
Exs:
c) 104 = 1000
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 +
5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0). Propriedade 5: multiplicação de potências de mes-
ma base
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível Em uma multiplicação de duas potências de mesma
por 5 (termina em 2). base, o resultado é obtido conservando-se a base e so-
mando-se os expoentes.
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível
por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25). Em resumo: xa × xb = x a+b
Exemplos:
a) 23×24 = 23+4 = 27
POTENCIAÇÃO b) 34×36 = 34+6=310
c) 152×154 = 152+4=156
Define-se potenciação como o resultado da multi-
plicação de fatores iguais, denominada base, sendo o Propriedade 6: divisão de potências de mesma
número de fatores igual a outro número, denominado base
expoente. Diz-se “b elevado a c”, cuja notação é: Em uma divisão de duas potências de mesma base, o
𝑏𝑐 = 𝑏 × 𝑏 × ⋯ × 𝑏 resultado é obtido conservando-se a base e subtraindo-
𝑐 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
-se os expoentes.
Em resumo: xa : xb = xa-b
Por exemplo: 4 =4×4×4=64, sendo a base igual a 4 e
3

o expoente igual a 3. Exemplos:


Esta operação não passa de uma multiplicação com a) 25 : 23 = 25-3=22
fatores iguais, como por exemplo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → b) 39 : 36 = 39-6=33
53 = 5 × 5 × 5 = 125 c) 1512 : 154 = 1512-4 = 158

1. Propriedades da Potenciação
FIQUE ATENTO!
Propriedade 1: potenciação com base 1 Dada uma potência xa , onde o número real
Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na- a é negativo, o resultado dessa potência é
MATEMÁTICA

tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1. Em re- igual ao inverso de x elevado a a, isto é,
sumo, 1n=1 1
𝑥𝑎 = se a<0.
𝑥𝑎 1 1
Por exemplo, 2−3 = , 5−1 = 1 .
23 5

10
Propriedade 7: potência de potência NÚMEROS PRIMOS, MDC E MMC
Quando uma potência está elevado a outro expoen-
te, o expoente resultante é obtido multiplicando-se os O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo co-
expoentes mum são ferramentas extremamente importantes na
Em resumo: (xa )b=xa×b matemática. Através deles, podemos resolver alguns
problemas simples, além de utilizar seus conceitos em
Exemplos: outros temas, como frações, simplicação de fatoriais, etc.
a) (25 )3 = 25×3=215 Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é
b) (39 )2 = 39×2=318 importante conhecermos primeiramente uma classe de
c) (612 )4= 612×4=648 números muito importante: Os números primos.

Propriedade 8: potência de produto 1. Números primos


Quando um produto está elevado a uma potência, o
resultado é um produto com cada um dos fatores eleva- Um número natural é definido como primo se ele
do ao expoente tem exatamente dois divisores: o número um e ele mes-
Em resumo: (x×y)a=xa×ya mo. Já nos inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exata-
mente quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .
Exemplos:
a) (2×3)3 = 23×33
b) (3×4)2 = 32×42 FIQUE ATENTO!
c) (6×5)4= 64×54
Por definição,  0,  1  e  − 1  não são números
primos.
#FicaDica
Em alguns casos podemos ter uma multipli- Existem infinitos números primos, como demonstra-
cação ou divisão potência que não está na do por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de
mesma base (como nas propriedades 5 e ser um primo é chamada “primalidade”, e a palavra “pri-
6), mas pode ser simplificada. Por exemplo, mo” também são utilizadas como substantivo ou adje-
43×25 =(22 )3×25= 26×25= 26+5=211 e 33:9 = 33 tivo. Como “dois” é o único número primo par, o termo
: 32 = 31. “primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
O conceito de número primo é muito importante
na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos
números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que
afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode
EXERCÍCIOS COMENTADOS ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem)
como um produto de números primos (chamados fato-
1. (MPE-RS – 2017) A metade de 440 é igual a: res primos): este processo se chama decomposição em
fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito
a) 220 que utilizaremos no MDC e MMC. Para caráter de me-
b) 239 morização, seguem os 100 primeiros números primos
c) 240 positivos. Recomenda-se que memorizem ao menos os
d) 279 10 primeiros para MDC e MMC:
e) 280
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 
Resposta: Letra D. Para encontrar a metade de 440, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 
440 127, 131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181,
basta dividirmos esse número por 2, isto é, . Uma
forma fácil de resolver essa fração é escrever
2 o nu- 191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251,
merador e denominador dessa fração na mesma base 257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317,
como mostrado a seguir: 331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397,
401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463,
440 22 40 280
= = = 280−1 = 279 467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541
2 2 2 .
2. Múltiplos e Divisores
Note que para resolver esse exercício utilizamos as
propriedades 6 e 7. Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro
natural b, se existe um número natural k tal que:
𝑎 = 𝑘. 𝑏
MATEMÁTICA

Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5

11
Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam- Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5. um deles elevado ao seu menor expoente.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe-
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.
fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
Fatorando os dois números:
Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os nú-
meros naturais possíveis.

FIQUE ATENTO!
Um número b é sempre múltiplo dele mes-
mo. a = 1 x b ↔ a = b.

A definição de divisor está relacionada com a de múl-


tiplo. Temos que:

Um número natural b é divisor do número natural a, 300 = 22.3 .52


se a é múltiplo de b. 504 = 23.32 .7

Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e O MDC será os fatores comuns com seus menores
também é múltiplo de 5. expoentes:

mdc (300,504)= 22.3 = 4 .3=12


#FicaDica
MMC
Um número natural tem uma quantidade fi-
nita de divisores. Por exemplo, o número 6
O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números
poderá ter no máximo 6 divisores, pois tra-
é o menor número positivo que é múltiplo comum de
balhando no conjunto dos números natu-
todos os números dados. Consideremos:
rais não podemos dividir 6 por um número
maior do que ele. Os divisores naturais de 6
Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6
são os números 1, 2, 3, 6, o que significa que
o número 6 tem 4 divisores.
Múltiplos positivos de 6: M(6) =
{6,12,18,24,30,36,42,48,54,...}
MDC
Múltiplos positivos de 8: M(8) =
Agora que sabemos o que são números primos, múl- {8,16,24,32,40,48,56,64,...}
tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co-
mum de dois ou mais números é o maior número que é Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos co-
divisor comum de todos os números dados. muns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar
Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24. o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:

Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.


Outra técnica para o cálculo do MMC:
Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}.
Decomposição isolada em fatores primos: Para ob-
Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e ter o MMC de dois ou mais números por esse processo,
24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}. procedemos da seguinte maneira:

Observando os divisores comuns, podemos identifi- - Decompomos cada número dado em fatores pri-
car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: mos.
MDC (18,24) = 6. - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-
-comuns, cada um deles elevado ao seu maior ex-
MATEMÁTICA

Outra técnica para o cálculo do MDC: poente.

Decomposição em fatores primos: Para obter o Ex. Achar o MMC entre 18 e 120.
MDC de dois ou mais números por esse processo, proce-
de-se da seguinte maneira: Fatorando os números:

12
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos.

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto


que representa esse número ao ponto de abscissa zero.
33 3 3
Exemplo: Módulo de - 2 é 2 . Indica-se − =
2 2
Módulo de+ 3 é 3 . Indica-se 3 = 3
18 = 2 .32 2 2 2 2
3 3
120 = 23.3 .5 Números Opostos: Dizemos que− 2 e 2 são núme-
ros racionais opostos ou simétricos e cada um deles é
o oposto do outro. As distâncias dos pontos− 3 e 3 ao
mmc (18, 120) = 23 � 32 � 5 = 8 � 9 � 5 = 360
ponto zero da reta são iguais. 2 2

1.1. Soma (Adição) de Números Racionais

EXERCÍCIOS COMENTADOS Como todo número racional é uma fração ou pode


ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
a c
1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquan- entre os números racionais e , , da mesma forma que
to Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria folgam b d
a soma de frações, através de:
no mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, passarão
para que eles folguem no mesmo dia novamente?
a c a�d+b�c
a) 8
+ =
b d b�d
b) 10
c) 12 1.1.1. Propriedades da Adição de Números Racio-
d) 15 nais
e) 24
O conjunto é fechado para a operação de adição,
Resposta: Letra C O período em que João trabalha e isto é, a soma de dois números racionais resulta em um
folga corresponde a 6 dias enquanto o mesmo perío- número racional.
do, para Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o proble- - Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b
ma consiste em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo, )+c
eles folgarão no mesmo dia novamente após 12 dias - Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
pois mmc(6,4)=12. - Elemento neutro: Existe em , que adicionado a
todo em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em
NÚMEROS RACIONAIS: FRAÇÕES, NÚMEROS Q, tal que q + (–q) = 0
DECIMAIS E SUAS OPERAÇÕES
1.2. Subtração de Números Racionais
1. Números Racionais
A subtração de dois números racionais e é a própria
Um operação de adição do número com o oposto de q, isto
m número racional é o que pode ser escrito na for-
ma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n é: p – q = p + (–q)
deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m
para significar a divisão de m por n . n 1.3. Multiplicação (Produto) de Números Racionais
Como podemos observar, números racionais podem
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, Como todo número racional é uma fração ou pode
razão pela qual, o conjunto de todos os números racio- ser escrito na forma de umaa fração, definimos o produto
de dois números racionais b e d , da mesma forma que o
c
nais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na
literatura a notação: produto de frações, através de:
a c a�c
� =
b d b� d
O produto dos números racionais a e b também pode
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjun- ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal
entre as letras.
MATEMÁTICA

tos:

• 𝑄 = conjunto dos racionais não nulos; Para realizar a multiplicação de números racionais,
• 𝑄+ = conjunto dos racionais não negativos; devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
• 𝑄+∗
= conjunto dos racionais positivos; toda a Matemática:
• − = conjunto dos racionais não positivos;
𝑄 (+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo

13
(+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo 1.5.1. Propriedades da Potenciação aplicadas a nú-
(-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo meros racionais
(-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
Toda potência com expoente 0 é igual a 1.
0
#FicaDica  2
+  = 1
O produto de dois números com o mes-  5
mo sinal é positivo, mas o produto de dois
números com sinais diferentes é negativo. - Toda potência com expoente 1 é igual à própria
base.

1.3.1. Propriedades da Multiplicação de Números 9


1
 9
Racionais −  =−
 4 4
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
o produto de dois números racionais resultaem um nú- - Toda potência com expoente negativo de um nú-
mero racional. mero racional diferente de zero é igual a outra
- Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a potência que tem a base igual ao inverso da base
∙b)∙c anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
- Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a anterior.
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado
por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: −2
25 2
 3  5
q∙1=q −  = −  =
a b  5  3 9
- Elemento inverso: Para todo q = b em Q, a di-
q−1 =

ferente de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja, - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
a b
×a =1 sinal da base.
b
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c ) = ( a 3
8
2 2 2 2
∙ b ) + ( a∙ c )   =  ..  =
3 3 3 3 27
1.4. Divisão de Números Racionais
- Toda potência com expoente par é um número po-
A divisão de dois números racionais p e q é a própria sitivo.
operação de multiplicação do número p pelo inverso de
q, isto é: p ÷ q = p × q-1 2
 1  1  1 1
De maneira prática costuma-se dizer que em uma di- −  = −  .−  =
visão de duas frações, conserva-se a primeira fração e  5   5   5  25
multiplica-se pelo inverso da segunda:
Observação: É possível encontrar divisão de frações
a - Produto de potências de mesma base. Para reduzir
da seguinte forma: b .
. O procedimento de cálculo é o um produto de potências de mesma base a uma
c
mesmo. só potência, conservamos a base e somamos os
d
expoentes.
1.5. Potenciação de Números Racionais
3 2+3 5
 2  .  2  =  2 . 2 . 2 . 2 . 2  =  2  2
𝐧 2
A potência q do número racional é um produto = 
de fatores iguais. O número é denominado a base e o  
número é o expoente.
 5  5 5 55 5 5 5 5
n
q = q � q � q � q � . . .� q, (q aparece n vezes) - Quociente de potências de mesma base. Para re-
duzir um quociente de potências de mesma base
Exs: a uma só potência, conservamos a base e subtraí-
mos os expoentes.
a)  2  =  2  .  2  .  2  =
3
8

5 3 5 5 5


125
3 3 3 3 3
. . . .
MATEMÁTICA

b)  − 1  =  − 1  .  − 1  .  − 1  = 1
5 2 5− 2 3
  − 3 3 2 2 2 2 2 3 3
 2  2  2  2 8 :
    = =   =  
c) (– 5)² = (– 5) � ( – 5) = 25 2 2 3 3 2 2
.
2 2
d) (+5)² = (+5) � (+5) = 25

14
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente, conservamos a
base e multiplicamos os expoentes.

3
 1  2  2 2
1 1 1
2
1
2+ 2+ 2
1
3+ 2
1
6

   =   .  .  =   =  = 
 2   2 2 2 2 2 2

1.6. Radiciação de Números Racionais

Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
Vejamos alguns exemplos:

Ex:
4 Representa o produto 2. 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz quadrada de 4. Indica-se 4 = 2.
Ex:
2
1 1 1 1 1 1 1 1
Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .Indica-se =
9 3 3 3 3 9 9 3
Ex:
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216 = 0,6 .
3

Assim, podemos construir o diagrama:

FIQUE ATENTO!
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.

100
O número − não tem raiz quadrada em Q, pois tanto − 10 como + 10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
9 3 3 9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
perfeito.
O número 2 não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 3
Frações
x
Frações são representações de partes iguais de um todo. São expressas como um quociente de dois números ,
sendo x o numerador e y o denominador da fração, com y ≠ 0 . y

1. Frações Equivalentes
MATEMÁTICA

São frações que, embora diferentes, representam a mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente a outra
quando pode ser obtida multiplicando o numerador e o denominador da primeira fração pelo mesmo número.

Ex: 3 e 6 .
5 10

15
A segunda fração pode ser obtida multiplicando o numerador e denominador de 3 por 2:
5
3�2 6
=
5 � 2 10

6
Assim, diz-se que é uma fração equivalente a 3
10 5

2. Operações com Frações

2.1. Adição e Subtração

2.1.1. Frações com denominadores iguais:

Ex:
Jorge comeu 3 de um tablete de chocolate e Miguel 5
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate
que Jorge e Miguel
8 comeram juntos? 8

A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela também estão representadas as frações do tablete que
Jorge e Miguel comeram:

3 2 5
Observe que = =
8 8 8

Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos 5


do tablete de chocolate.
8

Na adição e subtração de duas ou mais frações que têm denominadores iguais, conservamos o denominador co-
mum e somamos ou subtraímos os numeradores.

Outro Exemplo:
3 5 7 3+5−7 1
+ − = =
2 2 2 2 2

2.1.2. Frações com denominadores diferentes:


3 5
Calcular o valor de + Inicialmente, devemos reduzir as frações ao mesmo denominador comum. Para isso,
8 6 comum (MMC) entre os dois (ou mais, se houver) denominadores e, em seguida, en-
encontramos o mínimo múltiplo
contramos as frações equivalentes com o novo denominador:

3 5 9 20
mmc (8,6) = 24 = = =
8 6 24 24

24 ∶ 8 � 3 = 9
24 ∶ 6 � 5 = 20

Devemos proceder, agora, como no primeiro caso, simplificando o resultado, quando possível:

9 20 29
+ =
24 24 24
MATEMÁTICA

3 5 9 20 29
Portanto: + = + =
8 6 24 24 24

16
2.3. Divisão
#FicaDica
Duas frações são inversas ou recíprocas quando o nu-
Na adição e subtração de duas ou mais frações
merador de uma é o denominador da outra e vice-versa.
que têm os denominadores diferentes, reduzi-
mos inicialmente as frações ao menor denomi-
Exemplo
nador comum, após o que procedemos como
no primeiro caso. 2 é a fração inversa de 3
3 2
5 ou 5 é a fração inversa de 1

2.2. Multiplicação 1 5

Considere a seguinte situação:


Ex:
De uma caixa de frutas, 4 são bananas. Do total de Lúcia recebeu de seu pai os 4 dos chocolates con-
2 5 tidos em uma caixa. Do total de5chocolates recebidos,
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas
3 Lúcia deu a terça parte para o seu namorado. Que fração
da caixa que estão estragadas? dos chocolates contidos na caixa recebeu o namorado
de Lúcia?

A solução do problema consiste em dividir o total de


chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja,
4
Representa 4/5 do conteúdo da caixa 5
:3

Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1


desse algo. 3

Portanto: : 3 = de 4
4 1
5 3 5

Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa. 1 4 1 4 4 1


Repare que o problema proposto consiste em calcular Como de =
5 3
� =
5 5

3
, resulta que
3
2 4 4 3 4 1
o valor de de 4 que, de acordo com a figura, equivale :3 = : = �
3 5 5 5 1 5 3
a 8
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2
15 3 3
2 4 1
de 4 equivale a � . Assim sendo: Observando que as frações e são frações inver-
1 3
5 3 5 sas, podemos afirmar que:
2 4 8
� =
3 5 15 Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a pri-
Ou seja: meira pelo inverso da segunda.
2 de 4 2 4 2�4 8
= � = =
3 5 3 5 3�5 15
4 4 3 4 1 4
O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo Portanto 5 : 3 = 5 ∶ 1 = 5 � 3 = 15
numerador é o produto dos numeradores e cujo deno-
minador é o produto dos denominadores das frações Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu 4
do total de
chocolates contidos na caixa.
15
dadas.
4 8 41 5 5
Outro exemplo:
2 4 7 2�4�7
� � = =
56
Outro exemplo: : = . =
3 5 9 3 � 5 � 9 135 3 5 3 82 6

Observação:

#FicaDica Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão


3 1
Sempre que possível, antes de efetuar :
2 5
a multiplicação, podemos simplificar as
frações entre si, dividindo os numeradores
e os denominadores por um fator comum. Portanto
Esse processo de simplificação recebe o
MATEMÁTICA

nome de cancelamento.

17
NÚMEROS DECIMAIS

De maneira direta, números decimais são números que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587; 0,004;
etc.

1. Operações com Números Decimais

1.1. Adição e Subtração

Vamos calcular o valor da seguinte soma:


5,32 + 12,5 + 0, 034

Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:

352 125 34 5320 12500 34 17854


5,32 + 12,5 + 0,034 = + + = + + = = 17,854
100 10 1000 1000 1000 1000 1000

Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854

Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:

- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.


- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.

Exemplo

2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5

Disposição prática:

2,3500
14,3000
+ 0,0075
5,0000
21,6575

1.2. Multiplicação

Vamos calcular o valor do seguinte produto: 2,58 � 3,4 .


Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:

258 34 8772
2,58 � 3,4 = � = = 8,772
100 100 1000

Portanto 2,58 � 3,4 = 8,772

#FicaDica
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
MATEMÁTICA

- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.


- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às do
segundo fator.

18
Exemplo:
Disposição prática:
652,2  1 casa decimal

X 2,03  2 casas decimais


19 566

1 304 4

1 323,966  1 + 2 = 3 casas decimais

1.3. Divisão

Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão: 24 ∶ 0,5

Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor da divisão dada por 10.

24 ∶ 0,5 = (24 � 10) ∶ (0,5 � 10) = 240 ∶ 5

A vantagem de tal procedimento foi a de transformarmos em número natural o número decimal que aparecia na
divisão. Com isso, a divisão entre números decimais se transforma numa equivalente com números naturais.

Portanto: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48

#FicaDica
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os números fossem naturais.

Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48

Disposição prática:

Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quociente é
exato.

Ex: 9,775 ∶ 4,25


MATEMÁTICA

Disposição prática:

19
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero.
1
Assim sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada = 0,333 …
e o quociente é aproximado. 3

Se quisermos continuar uma divisão aproximada, de- 1


vemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir dividin- = 0,04545 …
22
do cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo tempo
em que colocamos o primeiro zero no primeiro resto,
167
colocamos uma vírgula no quociente. = 2,53030 …
66

FIQUE ATENTO!
Se após as vírgulas os algarismos não são
periódicos, então esse número decimal não
está contido no conjunto dos números ra-
cionais.

Ex: 0,14 ∶ 28
3.Representação Fracionária dos Números Deci-
mais

Trata-se do problema inverso: estando o número ra-


cional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo
Ex: 2 ∶ 16 na forma de fração. Temos dois casos:

1º) Transformamos o número em uma fração cujo


numerador é o número decimal sem a vírgula e o deno-
minador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos
zeros quantas forem as casas decimais do número deci-
mal dado:

9
2. Representação Decimal das Frações 0,9 =
10
p
Tomemos um número racional q tal que não seja
múltiplo de . Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe-
tuar a divisão do numerador pelo denominador. 57
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
5,7 =
10
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
um número finito de algarismos. Decimais Exatos: 76
0,76 =
2 100
= 0,4
5
1
= 0,25 348
4 3,48 =
35 100
= 8,75
4
153
= 3,06 5 1
50 0,005 = =
1000 200
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se pe- 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada;
riodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas: para tanto, vamos apresentar o procedimento através de
alguns exemplos:
MATEMÁTICA

Ex:
Seja a dízima 0,333...

20
Façamos e multipliquemos ambos os membros por 10:
10x = 0,333

Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da segunda:


3
10x – x = 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x =
9
3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
Ex:
Seja a dízima 5,1717...

Façamos x = 5,1717. . . e 100x = 517,1717. . .


Subtraindo membro a membro, temos:
99x = 512 x = 512⁄99
512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99
Ex:

Seja a dízima 1,23434...

Façamos x = 1,23434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …

Subtraindo membro a membro, temos:


1222
990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222 x =
990
611
Simplificando, obtemos x = , a fração geratriz da dízima 1,23434...
495

Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia consiste em deixar após a vírgula somente a parte periódica (que
se repete) de cada igualdade para, após a subtração membro a membro, ambas se cancelarem.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das páginas de um livro numa semana. Na segunda semana, leu mais
2/3 de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta) páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:

a) 300
b) 360
c) 400
d) 450
e) 480

Resposta: Letra D.
1 2 3+10 13
Mara leu + = = do livro. Logo, ainda
5 3 15 15
13 15−13 2
falta 1 − = = para ser lido. Essa fração
15 15 15
que falta ser lida equivale a 60 páginas
2 1
MATEMÁTICA

Assim:  60 páginas. Portanto,  30 páginas.


15 15
Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas

21
Ex. Um automóvel necessita percorrer uma estrada de
RAZÃO E PROPORÇÃO. 360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a
distância percorrida em relação ao total?
Como os dois números são da mesma espécie (dis-
tância) e estão na mesma unidade (km), basta fazer a ra-
RAZÕES E PROPORÇÕES zão:
240 𝑘𝑚 2
1. Razão 𝑟= =
360 𝑘𝑚 3

Quando se utiliza a matemática na resolução de pro- No caso de mesma espécie, porém em unidades di-
blemas, os números precisam ser relacionados para se ferentes, deve-se escolher uma das unidades e converter
obter uma resposta. Uma das maneiras de se relacionar a outra.
os números é através da razão. Sejam dois números reais
a e b, com b ≠ 0,define-se razão entre a e b (nessa or- Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km de
𝑎
dem) o quociente a ÷ b, ou . extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual a
𝑏
razão entre o que falta para percorrer em relação à ex-
A razão basicamente é uma fração, e como sabem, tensão da prova?
frações são números racionais. Entretanto, a leitura des- Veja que agora estamos tentando relacionar metros
te número é diferente, justamente para diferenciarmos com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das
quando estamos falando de fração
3
ou de razão. unidades, vamos utilizar “km”:
a) Quando temos o número 5 e estamos tratando de
fração, lê-se: “três quintos”. 36000 m=36 km
3
b) Quando temos o número 5
e estamos tratando Como é pedida a razão entre o que falta em relação
de razão, lê-se: “3 para 5”. ao total, temos que:
42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚 6 𝑘𝑚 1
Além disso, a nomenclatura dos termos também é 𝑟=
42 𝑘𝑚
= =
42 𝑘𝑚 7
diferente:
Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse compri-
O número 3 é numerador mento é representado num desenho por 20 cm. Qual é a
razão entre o comprimento representado no desenho e
o comprimento real?
3
a) Na fração 5
Convertendo o comprimento real para cm, temos
que:

O número 5 é denominador 20 𝑐𝑚 1
O número 3 é antecedente 𝑒= =
800 𝑐𝑚 40

b) Na razão
3 #FicaDica
5
A razão entre um comprimento no desenho
e o correspondente comprimento real, cha-
O número 5 é consequente
ma-se escala
Ex. A razão entre 20 e 50 é = já a razão entre 50
20 2
50 5 50 5
e 20 é = . Ou seja, deve-se sempre indicar o antece- Razão entre grandezas de espécies diferentes: É
20 2
dente e o consequente para sabermos qual a ordem de possível também relacionar espécies diferentes e isto
montarmos a razão. está normalmente relacionado a unidades utilizadas na
física:
Ex.Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 mo-
ças. A razão entre o número de rapazes e o número de Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo qui-
moças é5 15 , se simplificarmos, temos que a fração equi- lômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilô-
valente 7 , o que significa que para “cada 5 rapazes há 7 metro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e o
21

moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapa- tempo gasto no translado?
zes e o total de alunos é dada por 15 = 5 , o que equivale Para montarmos a razão, precisamos obter as infor-
a dizer que “de cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”. mações:
36 12
MATEMÁTICA

Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
dos números que expressam as medidas dessas grande-
zas numa mesma unidade. Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
tempo gasto para isso:

22
140 𝑘𝑚 70 #FicaDica
𝑣= = = 70 𝑘 𝑚 ⁄ℎ
2ℎ 1
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), tere-
Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas mos que os produtos entre o numeradores
será uma espécie totalmente diferente das outras duas. e os denominadores da outra razão serão
iguais.

#FicaDica 2 6
Ex. Na igualdade = , temos 2 x 9=3 x 6=18, logo,
A razão entre uma distância e uma medida temos uma proporção.3 9
de tempo é chamada de velocidade.
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da
Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem
Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de correta?
927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes, Como temos que seguir a receita, temos que atender
aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo a proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o gotas a serem ministradas:
ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes
e a área total?
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
=
Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte- 3 𝑘𝑔 15 𝑘𝑔
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos
encontrar qual o número que atenderá a proporção.
66288000 ℎ𝑎𝑏 ℎ𝑎𝑏
𝑑= = 71,5 Multiplicando em cruz, temos que:
927286 𝑘𝑚² 𝑘𝑚2
3x=105
105
#FicaDica 𝑥= 3
A razão entre o número de habitantes e a x=35 gotas
área deste local é denominada densidade
demográfica. Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar
35 gotas do remédio, atendendo a proporção.
Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L
de gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros per- Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma
corridos pelo número de litros de combustível consumi- proporção é verdadeira quando realizamos a multiplica-
dos, teremos o número de quilômetros que esse carro ção em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois pro-
percorre com um litro de gasolina: dutos. Outra maneira de verificar a proporção é verificar
se a duas razões que estão sendo igualadas são frações
83,76 𝑘𝑚 𝑘𝑚 equivalentes. Lembra deste conceito?
𝑐= = 10,47
8𝑙 𝑙

FIQUE ATENTO!
#FicaDica Uma fração é equivalente a outra quando
podemos multiplicar (ou dividir) o nume-
A razão entre a distância percorrida em re- rador e o denominador da fração por um
lação a uma quantidade de combustível é mesmo número, chegando ao numerador e
definida como “consumo médio” denominador da outra fração.

2. Proporção
4 12
Ex. e são frações equivalentes, pois:
A definição de proporção é muito simples, pois se tra- 3 9
ta apenas da igualdade de razões. 4x=12 →x=3
3 6 3x=9 →x=3
Na proporção = (lê-se: “3 está para 5 assim
MATEMÁTICA

5 10 4
como 6 está para 10”). Ou seja, o numerador e o denominador de quan-
3
Observemos que o produto 3 x 10=30 é igual ao pro- do multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao nu-
duto 5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade funda- merador e denominador da outra fração, logo, elas são
mental das proporções equivalentes e consequentemente, proporcionais.

23
Agora vamos apresentar algumas propriedades da
proporção:
a) Soma dos termos: Quando duas razões são pro-
EXERCÍCIOS COMENTADOS
porcionais, podemos criar outra proporção soman-
do os numeradores com os denominadores e divi- 1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de
dindo pelos numeradores (ou denominadores) das 278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins
razões originais: tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha-
bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
= → = → = Tocantins?
2 4 5 10 5 10
ou Resposta : A densidade demográfica é definida como
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14 a razão entre o número de habitantes e a área ocupada:
= → = → =
2 4 2 4 2 4 1 156 000 hab.
d= = 4,15 ha b⁄k m²
278 500 km²
b) Diferença dos termos: Analogamente a soma, te-
mos também que se realizarmos a diferença entre
os termos, também chegaremos em outras pro- 2. Se a área de um retângulo (A1 ) mede 300 cm² e a
porções: área de um outro retângulo (A2 ) mede 100 cm², qual é o
4 8 4−3 8−6 1 2 valor da razão entre as áreas (A1 ) e (A2 ) ?
= → = → =
3 6 4 8 4 8 Resposta : Ao fazermos a razão das áreas, temos:
ou
A1 300
4 8 4−3 8−6 1 2 = =3
A2 100
= → = → =
3 6 3 6 3 6
Então, isso significa que a área do retângulo 1 é 3 ve-
c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma zes maior que a área do retângulo 2.
dos antecedentes está para a soma dos conse-
quentes assim como cada antecedente está para o 3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016)
seu consequente: Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto
12 3 12 + 3 15 12 3 por um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o ou-
= → = = = tro R$  16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um
8 2 8+2 10 8 2 lucro de R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira
proporcional ao investimento inicial de cada um. Portan-
d) Diferença dos antecedentes e consequentes: A to o amigo que investiu a menor quantia obtém com o
soma dos antecedentes está para a soma dos con- investimento um lucro:
sequentes assim como cada antecedente está para
o seu consequente: a) Maior que R$ 810,00
12 3 12 − 3 9 12 3 b) Maior que R$ 805,00 e menor que R$ 810,00
= → = = = c) Maior que R$ 800,00 e menor que R$ 805,00
8 2 8−2 6 8 2 d) Maior que R$ 795,00 e menor que R$ 800,00
e) Menor que R$ 795,00

FIQUE ATENTO! Resposta : Letra D. Ambos aplicaram R$ 9000,00+R$


16000,00=R$ 25000,00 e o lucro de R$ 2222,00 foi so-
Usamos razão para fazer comparação entre
bre este valor. Assim, constrói-se uma proporção en-
duas grandezas. Assim, quando dividimos
tre o valor aplicado (neste caso, R$ 9000,00 , pois o
uma grandeza pela outra estamos compa-
exercício quer o lucro de quem aplicou menos) e seu
rando a primeira com a segunda. Enquanto
respectivo lucro:
proporção é a igualdade entre duas razões.

9000 25000
= → 25x = 19998 → x = R$ 799,92
x 2222

DIVISÃO PROPORCIONAL
MATEMÁTICA

Para decompor um número M em duas partes A e B


diretamente proporcionais a p e q, montamos um siste-
ma com duas equações e duas incógnitas, de modo que
a soma das partes seja A+B=M, mas:

24
A B Ex. Para decompor o número 120 em três partes A, B
= e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se mon-
p q
tar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que
A+B+C= 120 E 2+4+6=P . Assim:
A solução segue das propriedades das proporções:
Logo: A = 20, B = 40 e C = 60
A B A+B M
= = = =K Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor-
p q p+q p+q
cionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A+3B-4C=120.
A solução segue das propriedades das proporções:
A B C 2A + 3B − 4C 120
#FicaDica = = = = = −15
2 4 6 2�2+3�4−4�6 −8
O valor de K é que proporciona a solução,
pois: Logo A = −30 , B = −60 e C = −90.
𝐀 = 𝐊 �𝐩 e 𝐁 = 𝐊 �𝐪
1.1. Divisão em duas partes inversamente propor-
Exemplo: Para decompor o número 100 em cionais
duas partes A e B diretamente proporcionais
a 2 e 3, montaremos o sistema de modo que Para decompor um número M em duas partes A e B in-
A+B=100, cuja solução segue de: versamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
número M em duas partes A e B diretamente proporcio-
A B A + B 100 nais a e , que são, respectivamente, os inversos de p e q.
= = = = 20
2 3 5 5 Assim basta montar o sistema com duas equações e
duas incógnitas tal que A + B = M . Desse modo:
Segue que A = 40 e B = 60
Ex. Determinar números A e B diretamente propor- A
=
B
=
A+B
=
M
=
M�p�q
=K
cionais a 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 1⁄p 1⁄q 1⁄p + 1⁄q 1⁄p + 1⁄q p+q
60. Para resolver este problema basta tomar A-B=60 e
escrever:
A B A − B 60 O valor de K proporciona a solução, pois,
= = = = 12
8 3 5 5
A = K/p e B = K/q.
Segue que A = 96 e B = 36 Exemplo: Para decompor o número 120 em duas par-
tes A e B inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se
1. Divisão em várias partes diretamente propor- montar o sistema tal que , de modo que:
cionais
A B A+B 120 120 � 2 � 3
Para decompor um número M em partes = = = = = 144
X1 , X 2, . . . , X 𝐧 diretamente proporcionais a , deve-se 1⁄2 1⁄3 1⁄2 + 1⁄3 5⁄6 5
montar um sistema com n equações e n incógnitas, sen-
do as somas Assim A = 72 e B = 48 ,
X1 + X 2+. . . +X 𝐧 = M Exemplo: Determinar números A e B inversamente
e proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre
eles é 10. Para resolver este problema, tomamos . Assim:
p1 + p2 +. . . +p𝐧 = P
A B A−B 10
x1 x2 xn = = =
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24
= 240
= =⋯=
p1 p2 pn
Assim A = 40 e B = 30
A solução segue das propriedades das proporções:
1.2. Divisão em várias partes inversamente pro-
x1 x2 xn x1 + x2 + ⋯ + xn M porcionais
MATEMÁTICA

= =⋯= = = =K
p1 p2 pn p1 + p2 + ⋯ pn P
Para decompor um número M em n partes X1, X 𝟐 , . . . , X 𝐧
inversamente proporcionais a p1 , p2, . . . , p𝐧 , , basta de-
compor este número M em n partes X1, X , . . . , X direta-
mente proporcionais a 1/p1 , 1/p , . . . , 1/p .
𝟐 𝐧

𝟐 𝐧

25
A montagem do sistema com n equações e n incógni- A B A+B 58
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e, além disso: = = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35
x1 x2 xn
= =⋯=
1⁄p1 1⁄p2 1⁄pn Assim A = (2/5) � 70 = 28 e B = (3/7) � 70 = 30

Cuja solução segue das propriedades das proporções: Exemplo: Para obter números A e B diretamente pro-
porcionais a 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8,
x1 x2 xn x1 + x2 + ⋯ + xn M sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para resol-
ver este problema basta escrever que A-B=21 resolver as
= =⋯= = =
1⁄p1 1⁄p2 1⁄pn 1⁄p1 + 1⁄p2 + ⋯ 1⁄pn 1⁄p1 + 1⁄p2 + ⋯ + 1⁄pn
proporções:

Ex. Para decompor o número 220 em três partes A, B e A B A−B 21


= = = = 72
C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar 4⁄6 3⁄8 4⁄6 − 3⁄8 7⁄24
um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que
A+B+C=220. Desse modo: A s s i m
A = (4/6) � 72 = 48 e B = (3/8) � 72 = 27
A B C A+B+C 220
= = = = = 240
1⁄2 1⁄4 1⁄6 1⁄2 + 1⁄4 + 1⁄6 11⁄12
1.4. Divisão em n partes direta e inversamente
proporcionais
A solução é A = 120 , B = 60 e C = 40 .
Para decompor um número M em n partes X1, X 𝟐 , . . . , X 𝐧
Ex. Para obter números A, B e C inversamente pro- diretamente proporcionais a p1 , p2, . . . , p𝐧 , e inversa-
porcionais a 2, 4 e 6, de modo que , devemos montar as
mente proporcionais a q 𝟏 , q 𝟐 , . . . , q 𝐧, , basta decompor
proporções:
este número M em n partes diretamente proporcionais a
p𝟏 /q 𝟏 , p𝟐 /q 𝟐 , . . . , p𝐧 /q 𝐧. .
A B C 2A + 3B − 4C 10 120
= = = = =
1⁄2 1⁄4 1⁄6 2⁄2 + 3⁄4 − 4⁄6 13⁄12 13 A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas exige que X1 + X 2+. . . +X 𝐧 = M e além disso:
Logo , A = 60 ⁄13 , B = 30 ⁄13 e C = 20 ⁄13 .
x1 x2 xn
= =⋯=
p1 ⁄q1 p2⁄q 2 pn⁄q n
FIQUE ATENTO!
Pode haver coeficientes A,B e C como nú- A solução segue das propriedades das proporções:
meros fracionários e/ou negativos.
x1 x2 xn xn + x2 + ⋯ + xn
= =⋯= =
p1 ⁄q1 p2⁄q 2 pn⁄q n p1 ⁄q1 + p2⁄q 2 + ⋯ + pn⁄q n
1.3. Divisão em duas partes direta e inversamente
proporcionais
Ex. Para decompor o número 115 em três partes A, B
Para decompor um número M em duas partes A e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
e B diretamente proporcionais a c e d e inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com
proporcionais a p e q, deve-se decompor este núme- 3 equações e 3 incógnitas de forma de A+B+C=115 e
ro M em duas partes A e B diretamente proporcionais tal que:
a a c/q e d/q , basta montar um sistema com duas
equações e duas incógnitas de forma que A+B=M e, A B C A+B+C 115
= = = = = 100
além disso: 1⁄4 2⁄5 3⁄6 1⁄4 + 2⁄5 + 3⁄6 23⁄20
A B A+B M M� p�q Logo
= = = = =K
c⁄p d⁄q c⁄p + d⁄q c⁄p + d⁄q c � q + p � d
A = (1/4)100 = 25, B = (2/5)100 = 40 e C = (3/6)100 = 50.

O valor de K proporciona a solução, pois:


Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor-
A = Kc/p e B = Kd/q. cionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 e
5, de modo que 2A+3B-4C=10.
MATEMÁTICA

Exemplo: Para decompor o número 58 em duas partes A montagem do problema fica na forma:
A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:

26
A B C 2A + 3B − 4C 10 100 𝑝
= = = = = P% de V =A= 100 .V
1⁄2 10⁄4 2⁄5 2⁄2 + 30⁄4 − 8⁄5 69⁄10 69
Ex. 23% de 240 = 23 .240 = 55,2
A solução é , A = 50/69, B = 250/69 e C = 40/69. 100
Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que
67% de uma amostra assistem a certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
EXERCÍCIO COMENTADO assistem ao tal programa?
Aqui, queremos saber a “parte” da população que as-
1. Os três jogadores mais disciplinados de um campe- siste ao programa de TV, como temos a porcentagem e
onato de futebol amador irão receber o prêmio de R$: o total, basta realizarmos a multiplicação:
3.340,00 rateados em partes inversamente proporcionais
ao número de faltas cometidas em todo campeonato. Os 67
67% de 56000=A= 56000=37520
Jogadores cometeram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação 100
a cada um deles respectivamente? Resp. 37 520 pessoas.

Resposta: Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero


p1 = K . 1/5 achar p): Utilizaremos a mesma relação para achar o va-
p2 = K . 1/7 lor de p e apenas precisamos rearranjar a mesma:
p3 = K . 1/11
p1 + p2 + p3 = 3340 𝑝 𝐴
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100
Para encontrarmos o valor da constante K devemos 100 𝑉
substituir o valor de p1, p2 e p3 na última expressão: Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos.
Qual foi sua porcentagem de vitórias?
Portanto: Neste caso, o exercício quer saber qual a porcenta-
p1 = 7700 . 1/5 = 1540 gem de vitórias que esse time obteve, assim:
p2 = 7700 . 1/7 = 1100
p3 = 7700 . 1/11 = 700 𝐴 10
A premiação será respectivamente R$ 1.540,00, 𝑝= . 100 = . 100 = 62,5%
𝑉 16
R$ 1.100,00 e R$ 700,00.
Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos.

PORCENTAGEM. Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou


48 de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário
acertar 55% das questões, o candidato foi ou não foi
aprovado?
Definição Para sabermos se o candidato passou, é necessário
calcular sua porcentagem de acertos:
A definição de porcentagem passa pelo seu próprio
nome, pois é uma fração de denominador centesimal, ou 𝐴 48
𝑝= . 100 = . 100 = 60% > 55%
seja, é uma fração de denominador 100. Representamos 𝑉 80
porcentagem pelo% e lê-se: “por cento”.
Logo, o candidato foi aprovado.
50
Deste modo, a fração 100 ou qualquer uma equiva-
lente a ela é uma porcentagem que podemos represen- Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V):
tar por 50%. No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso
100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente:
A porcentagem nada mais é do que uma razão, que 𝑝 𝐴 𝐴
representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos 𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 → 𝑉 = . 100
como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que: 100 𝑉 𝑝
𝑝
𝐴= .𝑉 Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus
100
tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros,
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o quantos tiros ele deu no total?
todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcenta- Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale
gem se resumem a três tipos: o “todo”, assim:
MATEMÁTICA

Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A): 𝐴 15


Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, bas- 𝑝 𝑉= . 100 = . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠
ta multiplicarmos a fração correspondente, ou seja, 100 𝑝 75
por V. Assim:

27
Forma Decimal: Outra forma de representação de 3500 =1,4.V
porcentagens é através de números decimais, pois to- 3500
dos eles pertencem à mesma classe de números, que são V= =2500
1,4
os números racionais. Assim, para cada porcentagem, há
um numero decimal equivalente. Por exemplo, 35% na Resp. R$ 2 500,00
forma decimal seriam representados por 0,35. A conver-
são é muito simples: basta fazer a divisão por 100 que Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar
está representada na forma de fração: em 20% o valor de seus produtos. Se o preço de um de-
75 les é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação?
75% = = 0,75 Aqui, basta calcular o valor de VD :
100
p
Aumento e desconto percentual VD = (1 – ) .V
100
20
Outra classe de problemas bem comuns sobre por- VD = (1 – ) .250,00
centagem está relacionada ao aumento e a redução per- 100
centual de um determinado valor. Usaremos as defini- VD = (1 –0,2) .250,00
ções apresentadas anteriormente para mostrar a teoria
envolvida VD = (0,8) .250,00

Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial VD = 200,00


V que deve sofrer um aumento de de seu valor. Chame- Resp. R$ 200,00
mos de VA o valor após o aumento. Assim:
p
VA = V + .V FIQUE ATENTO!
100
Em alguns problemas de porcentagem são
Fatorando: necessários cálculos sucessivos de aumen-
p tos ou descontos percentuais. Nesses casos
VA = ( 1 + ) .V é necessário ter atenção ao problema, pois
100
p erros costumeiros ocorrem quando se cal-
Em que (1 + ) será definido como fator de au- cula a porcentagens do valor inicial para ob-
100
mento, que pode estar representado tanto na forma de ter todos os valores finais com descontos ou
fração ou decimal. aumentos. Na verdade, esse cálculo só pode
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial ser feito quando o problema diz que TODOS
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha- os descontos ou aumentos são dados a uma
memos de VD o valor após o desconto. porcentagem do valor inicial. Mas em geral,
os cálculos são feitos como mostrado no
p texto a seguir.
VD = V – .V
100
Fatorando:
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
VD = (1 –
p
) .V um
100 valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
Em que (1 –
p
) será definido como fator de des- dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
100 após o primeiro aumento, temos:
conto, que pode estar representado tanto na forma de 𝑝1
fração ou decimal. V1 = V .(1 + )
100
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja,
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de au- após já ter aumentado uma vez, temos que:
mento. Se a empresa deseja que o salário desse funcio- 𝑝2
nário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário V2 = V1 .(1 + )
deve admiti-lo? 100
Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de Como temos também uma expressão para V1, basta
saber o valor de V, assim: substituir:
p
VA = ( 1 + 100 ).V 𝑝1 𝑝2
V2 = V .(1 + ) .(1 + )
100
MATEMÁTICA

100
3500 = ( 1 +
40
).V Assim, para cada aumento, temos um fator corres-
100 pondente e basta ir multiplicando os fatores para chegar
3500 =(1+0,4).V ao resultado final.

28
No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois 100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assi-
descontos sucessivos de p1% e p2%. nalar a opção ERRADO

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:

V1 = V.(1 –
𝑝1
) EXERCÍCIO COMENTADO
100
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja, 1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição,
após já ter descontado uma vez, temos que: uma cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponha-
𝑝2 mos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar
V2 = V1 .(1 – ) um índice de abstenções de 6% entre os homens e de 9%
100 entre as mulheres, o número de votantes do sexo mas-
Como temos também uma expressão para , basta culino será exatamente igual ao número de votantes do
substituir: sexo feminino. Determine o número de eleitores de cada
𝑝1 𝑝2 sexo.
V2 = V .(1 – ) .(1 – )
100 100 Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo
Além disso, essa formulação também funciona para femininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo
aumentos e descontos em sequência, bastando apenas enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o
a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V índice de abstenções entre os homens foi de 6% e
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um de 9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%. e 91% das mulheres compareceram a votação, onde
Sendo V1 o valor após o aumento, temos: 94%M = 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para deter-
𝑝1 minar o número de eleitores de cada sexo temos os
V1 = V .(1+ ) seguinte sistema para resolver:
100
F + M = 18500
Sendo V2 o valor após o desconto, temos que: �
0,94M = 0,91F
𝑝2
V2 = V1 .(1 – )
100 0,91
Da segunda equação, temos que M = 0,94 F . Agora,
Como temos uma expressão para , basta substituir: substituindo M na primeira equação do sistema en-
𝑝1 𝑝2 contra-se F =  9400 e por fim determina-se M = 9100.
V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100

Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois REGRA DE TRÊS SIMPLES.


sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará
ao seu valor original.
REGRA DE TRÊS SIMPLES
( ) CERTO ( ) ERRADO
Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
Este problema clássico tem como finalidade concei- mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
tuar esta parte de aumento e redução percentual e evitar vidos através de um processo prático, chamado regra de
o erro do leitor ao achar que aumentando p% e dimi- três simples.
nuindo p%, volta-se ao valor original. Se usarmos o que
aprendemos, temos que: Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos
litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
𝑝1 𝑝2
V2 = V . 1+ . 1– Solução:
100 100
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
O problema envolve duas grandezas: distância e litros
20
de álcool.
20
V2 = V .(1+ ) .(1 – ) Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
100 100
consumido.
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 ) Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
MATEMÁTICA

V2 = V .(1,2) .(0,8) se correspondem em uma mesma linha:


96
V2 = 0,96.V= V=96% de V Distância (km) Litros de álcool
100 180 15
210 x

29
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de ál- Velocidade (km/h) Tempo (h)
cool”), vamos colocar uma flecha: 60 4
80 x

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo


fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas
velocidade e tempo são inversamente proporcionais.
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na
de álcool também duplica. Então, as grandezas distância coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No da flecha da coluna “tempo”:
esquema que estamos montando, indicamos esse fato
colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo
sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:

Na montagem da proporção devemos seguir o senti-


do das flechas. Assim, temos:

Armando a proporção pela orientação das flechas,


temos:

Resposta: Farei esse percurso em 3 h.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-
MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
#FicaDica portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojis-
Procure manter essa linha de raciocínio nos ta deixou de ganhar com a venda do tecido foi:
diversos problemas que envolvem regra de
três simples ! Identifique as variáveis, verifi- a) R$ 0,69
que qual é a relação de proporcionalidade b) R$ 0,96
e siga este exemplo ! c) R$ 1,08
d) R$ 1,20

Ex: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, Resposta: Letra B. As grandezas (comprimento e pre-
eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando ço) são diretamente proporcionais. Assim, a regra de
a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse três é direta:
percurso?
Solução: Indicando por x o número de horas e colo- Metros Preço
cando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se cor- 1 12
respondem em uma mesma linha, temos: 0,02 x

Velocidade (km/h) Tempo (h) 1 � x = 0,02 � 12 → x = R$ 0,24


60 4 Note que foi necessário passar 2 cm para metros, para
80 x que as unidades de comprimento fiquei iguais. Assim,
MATEMÁTICA

cada 2 cm custaram R$ 0,24 para o vendedor. Como


Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va- ele vendeu 4 m de tecido, esses 2 cm não foram con-
mos colocar uma flecha: siderados quatro vezes. Assim, ele deixou de ganhar

30
2. Para se construir um muro de 17m² são necessários 3 Agora vamos montar a proporção, igualando a razão
trabalhadores. Quantos trabalhadores serão necessários que contém o x, que é 4 , com o produto das outras ra-
x
para construir um muro de 51m²? zões, obtidas segundo a orientação das flechas 6 � 160 :
8 300
Resposta: 9 trabalhadores.
As grandezas (área e trabalhadores) são diretamente
proporcionais. Assim, a regra de três é direta:

Área N Trabalha-
dores
17 3
51 x
Resposta: Em 10 dias.
17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores
FIQUE ATENTO!
REGRA DE TRÊS COMPOSTA Repare que a regra de três composta, em-
bora tenha formulação próxima à regra de
O processo usado para resolver problemas que envol- três simples, é conceitualmente distinta de-
vem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente vido à presença de mais de duas grandezas
proporcionais, é chamado regra de três composta. proporcionais.

Ex: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em


quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produzi-
riam 300 dessas peças?
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Co- EXERCÍCIOS COMENTADOS
loquemos as grandezas de mesma espécie em uma só
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se 1. (SEDUC-SP - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN-
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que FORMAÇÃO – VUNESP/2014) Quarenta digitadores
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha: preenchem 2 400 formulários de 12 linhas, em 2,5 horas.
Para preencher 5 616 formulários de 18 linhas, em 3 horas,
e admitindo-se que o ritmo de trabalho dos digitadores
seja o mesmo, o número de digitadores necessários será

a) 105
Comparemos cada grandeza com aquela em que está b) 117
o x. c) 123
d) 131
As grandezas peças e dias são diretamente propor- e) 149
cionais. No nosso esquema isso será indicado colocan-
do-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido Resposta: Letra B.
da flecha da coluna “dias”: A tabela com os dados do enunciado fica:

Digitadores Formulários Linhas Horas


40 2400 12 2,5
x 5616 18 3

As grandezas máquinas e dias são inversamente pro- Comparando-se as grandezas duas a duas, nota-se que:
porcionais (duplicando o número de máquinas, o número Digitadores e formulários são diretamente propor-
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso cionais, pois se o número de digitadores aumenta, a
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma quantidade de formulários que pode ser digitada tam-
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: bém aumenta.
Digitadores e linhas são diretamente proporcionais,
pois se a quantidade de digitadores aumenta, o núme-
ro de linhas que pode ser digitado também aumenta.
MATEMÁTICA

Digitadores e horas são inversamente proporcionais,


pois se o número de horas trabalhadas aumenta, en-
tão são necessários menos digitadores para o serviço
e, portanto, a quantidade de digitadores diminui.

31
A regra de três fica:

40 2400 12 3
= � �
x 5616 18 2,5
40 86400
→ =
x 252720
→ 86500x = 10108800
→ x = 117 digitadores

2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados por
4 homens em 16 dias?

Resposta:

Homens Carrinhos Dias


8 20 5
4 x 16

Observe que, aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é diretamen-


te proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também é diretamente pro-
porcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das
outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

20 8 5
= �
π 4 16
Logo, serão montados 32 carrinhos.

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES.

ESTATÍSTICA

1.Definições Básicas

Estatística: ciência que tem como objetivo auxiliar na tomada de decisões por meio da obtenção, análise, organi-
zação e interpretação de dados.
População: conjunto de entidades (pessoas, objetos, cidades, países, classes de trabalhadores, etc.) que apresen-
tem no mínimo uma característica em comum. Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços de um produto,
médicos de um hospital, estudantes que prestam determinado concurso, etc.
Amostra: É uma parte da população que será objeto do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar a
população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entre-
vistadas e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.
Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa (assume características ou propriedades).

2. Medidas de tendência central

São medidas que auxiliam na análise e interpretação de dados para a tomada de decisões. As três medidas de ten-
dência central são:
MATEMÁTICA

Média aritmética simples: razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da
amostra. Expressa por . Calculada por:
∑xi
x� =
n

32
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um peso
diferente que é levado em conta no cálculo da média.
∑xi pi
x� =
∑pi

Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre
os elementos intermediários
Moda: valor que aparece mais vezes dentro de uma amostra.

Ex: Dada a amostra {1,3,1,2,5,7,8,7,6,5,4,1,3,2} calcule a média, a mediana e a moda.

Solução
Média:
1 + 3 + 1 + 2 + 5 + 7 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 1 + 3 + 2 55
x� = = = 3,92
14 14

Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente:
{1,1,1,2,2,3,3,4,5,5,6,7,7,8}

Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exem-
3+4 7
plo, são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: = = 3,5 2 2
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.

Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.


Solução:

Média:
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10 133
x� = = = 8,867
15 14

Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual
a 9.

Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.

Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.

Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
∑xi pi 3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6 74
x� = = = = 6,167
∑pi 3+4+5 12
MATEMÁTICA

33
3. Tabelas e Gráficos

3.1.Tabelas

Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-
-las e para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o
que se trata a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está
indicado qual o tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.

Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso

Curso Número de Estudantes


Administração 2000
Arquitetura 1450
Direito 2500
Economia 1800
Enfermagem 800
Engenharia 3500
Letras 750
Medicina 1500
Psicologia 1000
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universi-
dade com o respectivo número de alunos de cada curso.

Tabela 2 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso e gênero

Curso Gênero Número de Estudantes


Homem 1200
Administração
Mulher 800
Homem 850
Arquitetura
Mulher 600
Homem 1600
Direito
Mulher 900
Homem 800
Economia
Mulher 1000
Homem 350
Enfermagem
Mulher 450
Homem 2500
Engenharia
Mulher 1000
Homem 200
Letras
Mulher 550
Homem 700
Medicina
Mulher 800
Homem 400
Psicologia
Mulher 600
MATEMÁTICA

TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.

34
#FicaDica
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua par-
ticularidade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário
identificar linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.

3.2. Gráficos

Para falar de gráficos em estatística é importante apresentar o conceito de frequência.

Frequência: Quantifica a repetição de valores de uma variável estatística.

Tipos de frequência
Absoluta: mede a quantidade de repetições.
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:
fi = 4
Relativa: Relaciona a quantidade de repetições com o total (expresso em porcentagem)
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência relativa:
6
fr = ∙ 100 = 20%
30
4. Tipos de Gráficos

Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal são
apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apresen-
tados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
Estudantes da Universidade ALFA
700

600

500

400

300

200

100

0
América do América do América Europa Ásia África Oceania
Norte Sul Central

Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos de colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos) enquanto na vertical são apresentados os grupos
(dados qualitativos)

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
MATEMÁTICA

35
Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado pelos
Estudantes da Universidade ALFA alunos de um curso da Universidade ALFA.

Oceania Frequências absolutas:


África

Ásia

Europa

América Central

América do Sul

América do Norte

0 100 200 300 400 500 600 700

Gráficos de linhas: gráficos nos quais são exibidas


séries históricas de dados e mostram a evolução dessas
séries ao longo do tempo.

Ex: A Universidade ALFA tem 10 anos de existências


e seu reitor apresentou um gráfico mostrando o número Frequências relativas:
de alunos da Universidade ao longo desses 10 anos.
Estudantes da Universidade ALFA ao longo de 10 anos

2500

2000

1500

1000

500

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Gráficos em pizzas: gráficos nos quais são expressas


relações entre grandezas em relação a um todo. Nesse
gráfico é possível visualizar a relação de proporcionalida-
de entre as grandezas. Recebe esse nome pois lembram
uma pizza pelo formato redondo com seus pedaços (fre-
quências relativas).
EXERCÍCIO COMENTADO
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
todo. A seguir há um gráfico que mostra a distribuição de 1. (SEGEP-MA - Técnico da Receita Estadual –
estudantes de acordo com seus continentes de origem FCC/2016) Três funcionários do Serviço de Atendimento
ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que
atribuíram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento
Estudantes da Universidade ALFA recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses
30 funcionários em um determinado dia.
150

260 630

440
MATEMÁTICA

150
520 Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia,
é correto afirmar que a média das notas dista da moda
dessas mesmas notas um valor absoluto, aproximada-
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania mente, igual a:

36
a) 0,33
25 ∙ Me = 210 – 30
b) 0,83
c) 0,65 25 ∙ Me = 180
d) 0,16
e) 0,21 Me = 7,2

Resposta: Letra C. Trata-se de um caso de média arit- Portanto, a média aritmética das notas das meninas
mética ponderada. Considerando as 95 avaliações, o é 7,2. A alternativa correta é a letra b.
peso de cada uma das notas é igual ao total de pesso-
as que atribuiu a nota. Analisando a tabela
8 pessoas atribuíram nota 1
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:
8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5 318 Então, logo:
x� = = = 3,34
8 + 18 + 21 + 29 + 19 95 P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ ∪ An = P A1 + P A2 + ⋯ + P(An )

P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ An = P S = 1
2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é Portanto:
igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos
é igual a 6, a média aritmética das notas das meninas é P(A1 ) + P(A2 ) + P(A3 ) + . . . + P(An ) = 1
igual a:

a) 6,5 8. Probabilidade Condicionada


b) 7,2
c) 7,4 Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
d) 7,8 S, finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a
e) 8,0 A é dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo
que já ocorreu A. É representada por P(B/A).
Resposta: Letra B. Primeiramente, será identificada a
soma das notas dos meninos por x e a da nota das n(A ∩ B)
meninas por y. Se a turma tem 5 meninos e a média Veja: P(B/A) =
aritmética de suas notas é igual a 6, então a soma das n(A)
notas dos meninos (x) dividida pela quantidade de
meninos (5) deve ser igual a 6, isto é:
x
= 6
5
x = 6 ∙ 5
x = 30
Do mesmo modo, se a turma tem 25 meninas
(Me é a média aritmética de suas notas), o quociente
da soma das notas das meninas (y) e a quantidade de
meninas (25) deve ser igual a Me, isto é:
(x + y)/(25+5) = 7
y = 25∙Me 9. Eventos Independentes
Para calcular a média da turma, devemos somar as no-
tas dos meninos (30) às notas das meninas (y) e dividir Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
pela quantidade de alunos (25 + 5 = 30). O resultado S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente
deverá ser 7. Sendo assim, temos: quando: P(A/B) = P(A)
x + y P(B/A) = P(B)
= 7
25 + 5
10. Intersecção de Eventos
30 + 25 ∙ Me
MATEMÁTICA

= 7
30 Considerando A e B como dois eventos de um espaço
30 + 25 ∙ Me = 7 • 30 amostral S, finito e não vazio, logo:

30 + 25 ∙ Me = 210

37
Resposta: Letra E. Para sabermos o tamanho do es-
P(B/A) =
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B)
= = paço amostral, basta calcularmos a combinação dos
n(A) n A + n(S) P(A) 5 elementos tomados 2 a 2 (a ordem não impor-
ta, pois a ordem dos fatores não altera o produto):
P(A/B) =
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B)
= = 5! 5 ∙ 4 .
n(B) n B + n(S) P(B) C5,2 = = = 10
2! 3! 2

Para o produto ser par, os dois números escolhidos


Assim sendo: deverão ser par ou um deles é par. O único caso onde
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B/A) o produto não dá par é quando os dois números são
ímpares. Assim, apenas o produto 3 5 não pode ser
P A ∩ B = P B ∙ P(A/B)
escolhido. Logo, se 1/10 = 10% não terá produto par,
os outros 90% terão.
Considerando A e B como eventos independentes,
logo P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B)
= P(A)∙ P(B). Para saber se os eventos A e B são indepen- ESTATÍSTICA DESCRITIVA
dentes, podemos utilizar a definição ou calcular a proba-
bilidade de A ∩ B. Veja a representação: 1. Teste de Hipóteses
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B) para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
FIQUE ATENTO!
Para testar um parâmetro populacional, você deve
Um exercício de probabilidade pode envol-
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
ver aspectos relativos à análise combinató-
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
ria. É importante ter em mente a diferença
do uma é falsa, a outra é verdadeira.
conceitual que existe entre ambos.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e con-
EXERCÍCIOS COMENTADOS tém afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.

1.Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 bolas Vamos ver como montar essas hipóteses
verdes e 7 bolas amarelas. Qual a probabilidade desta Um caso bem simples.
bola ser verde?

Resposta: 5/12. Neste exercício o espaço amostral


possui 12 elementos, que é o número total de bolas,
portanto a probabilidade de ser retirada uma bola ver- Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
de está na razão de 5 para 12. Há uma regrinha para formular essas hipóteses
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de
uma bola verde, matematicamente podemos repre- Formulação verbal Formulação Formulação
sentar a resolução assim: H0 Matemática verbal Ha

n E
P E = A média é A média é
n S
5 ...maior ou igual ...menor que k
P E = a k.
12
Logo, a probabilidade desta bola ser verde é 5/12. ... abaixo de k
....pelo menos k.
2. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Entre os cin-
co números 2, 3, 4, 5 e 6, dois deles são escolhidos ao ...menos que k.
acaso e o produto deles dois é calculado. A probabilida- ...não menos que k.
de desse produto ser um número par é:
MATEMÁTICA

a) 60%
b) 75%
c) 80%
d) 85%
e) 90%

38
...menor ou igual ..maior que k 1.2. Distribuição de frequência sem intervalos de
a k. classe:

... acima de k É a simples condensação dos dados conforme as re-


....no máximo k. petições de seu valores. Para um ROL  de tamanho ra-
zoável esta distribuição de frequência é inconveniente, já
...mais do que que exige muito espaço. Veja exemplo abaixo:
...não mais que k. k.
... igual a k. ... não igual Dados Frequência
a k.
41 3
.... k.
42 2
.... diferente
de k. 43 1
...exatamente k.
44 1
...não k. 45 1
46 2
Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o
índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira 50 2
é menor que 2,5 galões por minuto. 51 1
52 1
54 1
57 1
Referências
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: 58 2
Pearson Prentice Hall, 2010. 60 2
Total 20
FREQUÊNCIAS
1.3. Distribuição de frequência com intervalos de
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em classe:
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Quando o tamanho da amostra é elevado é mais ra-
população. cional efetuar o agrupamento dos valores em vários in-
tervalos de classe.
1. Frequência Absoluta
Classes Frequências
É o número de vezes que a variável estatística assume
41 |------- 45 7
um valor.
45 |------- 49 3
1.1. Frequência Relativa 49 |------- 53 4
É o quociente entre a frequência absoluta e o número 53 |------- 57 1
de elementos da amostra. 57 |------- 61 5
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
Total 20

2. Média aritmética

Média aritmética de um conjunto de números é o va-


lor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo
número de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável en-
volvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido cal-
cular a média aritmética para variáveis quantitativas.
MATEMÁTICA

Na realização de uma mesma pesquisa estatística


entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses
grupos e perceber tendências.

39
Considerando uma equipe de basquete, a soma das
alturas dos jogadores é: Logo:

Resposta: Md=15

Se dividirmos esse valor pelo número total de joga- 3. Moda (Mo)


dores, obteremos a média aritmética das alturas:
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.

Observação:
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. A moda pode não existir e, se existir, pode não ser
única.
2.1. Média Ponderada
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
A média dos elementos do conjunto numérico A re-
igual a 8, isto é, Mo=8.
lativa à adição e na qual cada elemento tem um “deter-
minado peso” é chamada média aritmética ponderada. Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

4. Medidas de dispersão

2.2. Mediana (Md) Duas distribuições de frequência com medidas de


tendência central semelhantes podem apresentar ca-
Sejam os valores escritos em rol: racterísticas diversas. Necessita-se de outros índices
numéricas que informem sobre o grau de dispersão ou
variação dos dados em torno da média ou de qualquer
outro valor de concentração. Esses índices são chamados
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que medidas de dispersão.
o número de termos da sequência que precedem é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é 5. Variância
termo médio da sequência ( ) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela Há um índice que mede a “dispersão” dos elemen-
média aritmética entre os termos e , tais que o nú- tos de um conjunto de números em relação à sua média
mero de termos que precedem é igual ao número de aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média assim definido:
aritmética entre os termos centrais da sequência ( ) em Seja o conjunto de números , tal que
rol. é sua média aritmética. Chama-se variância desse con-
junto, e indica-se por , o número:
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Isto é:
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio des- E para amostra
se rol. Logo: Md=12

Resposta: Md=12.

Exemplo 2: Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol,
MATEMÁTICA

tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
mética entre os dois termos centrais do rol.

40
Exemplo:
Jogo Número de pontos
As estaturas dos jogadores de uma equipe de bas-
1 22 quetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m.
2 18 Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
3 13 b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
4 24
Solução:
5 26
6 20 Sendo a estatura média, temos:
7 19
8 18
Sendo o desvio padrão, tem-se:
a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?

Solução:
a) A média de pontos por jogo é:

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CRBIO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – VU-


b) A variância é: NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no to-
tal: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso
superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa
é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos fun-
cionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00.
Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos
funcionários dessa empresa que não possuem curso su-
Desvio médio perior é de
1. Definição a) R$ 4.000,00.
b) R$ 3.900,00.
Medida da dispersão dos dados em relação à média c) R$ 3.800,00.
de uma sequência. Esta medida representa a média das d) R$ 3.700,00.
distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor e) R$ 3.600,00.
médio.
Resposta: Letra E. S=cursam superior
M=não tem curso superior

2. Desvio padrão
S+M=600000
2.1. Definição

Seja o conjunto de números , tal que


é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse S=420000
conjunto, e indica-se por , o número: M=600000-420000=180000

Isto é:
MATEMÁTICA

41
2. (TJM/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 4. (SEGEP/MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL
VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para respon- – FCC/2016) Para responder à questão, considere as in-
der a questão. formações abaixo.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 can- Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente
didatos que realizaram a prova da segunda fase de um de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuí-
concurso, que continha 5 questões de múltipla escolha ram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido.
A tabela mostra as notas recebidas por esses funcioná-
rios em um determinado dia.
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66 Considerando a avaliação média individual de cada fun-
0 24 cionário nesse dia, a diferença entre as médias mais pró-
ximas é igual a
A média de acertos por prova foi de
a) 0,32.
a) 3,57. b) 0,21.
c) 0,35.
b) 3,43
d) 0,18.
c) 3,32.
e) 0,24.
d) 3,25.
e) 3,19. Resposta: Letra B.

Resposta: Letra B.

3. (PREF. GUARULHOS/SP – ASSISTENTE DE GES-


TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Certa escola tem 15
classes no período matutino e 10 classes no período ves-
pertino. O número médio de alunos por classe no perío-
do matutino é 20, e, no período vespertino, é 25. Consi- 3,36-3,15=0,21
derando os dois períodos citados, a média aritmética do
número de alunos por classe é
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –
UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que
a) 24,5. x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a
b) 23. x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética
c) 22,5. de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta
d) 22. por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A
e) 21. tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos
na prova com o número de alunos que obtiveram esse
Resposta: Letra D. número de acertos.

Número de acertos Número de alunos


M=300 0 4
1 5
2 4
V=250 3 3
4 5
5 3
MATEMÁTICA

A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica


que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na
prova. A mediana dos números de acertos é igual a

42
a) 1,5 7. (COSANPA - QUÍMICO – FADESP/2017) Algumas
b) 2 Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1)
c) 2,5 foram executadas (em triplicata) paralelamente por qua-
d) 3 tro laboratórios e os resultados são mostrados na tabela
e) 3,5 abaixo.

Resposta: Letra B. Como 24 é um número par, deve- Replicatas Laboratório


mos fazer a segunda regra: 1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5
2 30,4 30,8 30,7 30,4
3 30,0 30,6 30,4 30,7
6. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPE-
VE/2016) A tabela apresenta o número de empréstimos Média 30,20 30,77 30,47 30,53
de livros de uma biblioteca setorial de um Instituto Fede- Desvio Padrão 0,20 0,15 0,21 0,15
ral, no primeiro semestre de 2016.
Utilize essa tabela para responder à questão.
Mës Empréstimos O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o de
número
Janeiro 15
Fevereiro 25 a) 1.
Março 22 b) 2.
c) 3.
Abril 30 d) 4.
Maio 28
Resposta: Letra C. Como o desvio padrão é maior no
Junho 15
3, o erro padrão é proporcional, portanto também é
maior em 3.
Dadas as afirmativas,
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.
8. (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO-
II. A mediana da série de valores é igual a 26.
ESAF/2016) Os valores a seguir representam uma amos-
III. A moda da série de valores é igual a 15.
tra
Verifica-se que está(ão) correta(s)
331546248
a) II, apenas.
Então, a variância dessa amostra é igual a
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
a) 4,0
d) I e III, apenas.
b) 2,5.
e) I, II e III.
c) 4,5.
d) 5,5
Resposta: Letra D.
e) 3,0

Resposta: Letra C.

Mediana
Vamos colocar os números em ordem crescente

15,15,22,25,28,30

Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.


MATEMÁTICA

43
9. (MPE/SP – OFICIAL DE PROMOTORIA I – VU-
NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de EQUAÇÃO DO 1º GRAU.
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU.
foram contratados, um com o salário 10% maior que o
do outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a
ser R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos EQUAÇÃO DO 1º GRAU
funcionários, é igual a
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais
a) R$ 2.002,00. variáveis, conhecidas por incógnitas, são desconhecidas.
b) R$ 2.006,00. Resolver uma equação significa encontrar o valor das in-
c) R$ 2.010,00. cógnitas. Equações do primeiro grau são equações onde
d) R$ 2.004,00. há somente uma incógnita a ser encontrada e seu ex-
e) R$ 2.008,00. poente é igual a 1. A forma geral de uma equação do
primeiro grau é:
Resposta: Letra C. Vamos chamar de x a soma dos
ax + b = 0
salários dos 13 funcionários
x/13=1998
X=13.1998 Onde a e b são números reais.
X=25974 O “lado esquerdo” da equação é denominado 1º
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me- membro enquanto o “lado direito” é denominado 2º
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, membro.
pois ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013 #FicaDica
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974 Para resolver uma equação do primeiro
2,1y=4221 grau, costuma-se concentrar todos os ter-
Y=2010 mos que contenham incógnitas no 1º mem-
bro e todos os termos que contenham so-
10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – mente números no 2º membro.
FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da
prefeitura foram submetidos a um teste de avaliação de
conhecimentos de computação e a pontuação deles, em
uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo. FIQUE ATENTO!
Há diversas formas de equações do primeiro
50 55 55 55 55 60 grau e a seguir serão apresentados alguns
62 63 65 90 90 100 deles. Antes, há uma lista de “regras” para a
solução de equações do primeiro grau:
O número de funcionários com pontuação acima da mé-
dia é:
Regra 1 – Eliminar os parênteses
a) 3; Regra 2 – Igualar os denominadores de todos os
b) 4; termos caso haja frações
c) 5; Regra 3 – Transferir todos os termos que conte-
d) 6; nham incógnitas para o 1º membro
e) 7. Regra 4 – Transferir todos os termos que conte-
nham somente números para o 2º membro
Resposta: Letra A. Regra 5 – Simplificar as expressões em ambos os
membros
Regra 5 – Isolar a incógnita no 1º membro

Exemplo: Resolva a equação 5x − 4 = 2x + 8


M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média. As regras 1 e 2 não se aplicam pois não há parênteses,
nem frações. Aplicando a regra 3, transfere-se o termo
“2x” para o 1º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo
no 1º membro com o sinal trocado:
MATEMÁTICA

5x − 4 − 2x = 8
Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-4” para o
2º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º mem-
bro com o sinal trocado:

44
5x − 2x = 8 + 4
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Aplicando a regra 5, simplifica-se as expressões em
ambos os membros. Simplificar significa “juntar” todos 1. Calcule:
os termos com incógnitas em um único termo no 1º
membro e fazer o mesmo com todos os temos que con- a) −3x – 5 = 25
tenham somente números no 2º membro:
1
b) 2x − =3
3x = 12 2

Aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º mem- Resposta:


bro. Para isso, divide-se ambos os lados da equação por
3, fazendo com que no 1º membro reste apenas : a) −3x – 5 = 25
⟹ −3x − 5 + 5 = 25 + 5
3x 12 12
= →x= → x = 4 → S = {4� ⟹ −3x = 30
3 3 3
−3x 30
2x ⟹ = ⟹ x = −10
Exemplo: Resolva a equação +2 x−4 = x+1
−3 −3
3
Aplicando a regra 1, eliminam-se os parênteses. Para b) 1
isso, aplica-se a distributiva no termo com parênteses: 2x –
2
=3

2x 1 1 1
+ 2x − 8 = x + 1 ⟹ 2x − + = 3 +
2 2 2
3
7 2x 7
Aplicando a regra 2, igualam-se os denominadores ⟹ 2x =
2

2
=
4
de todos os termos. Nessa equação, o denominador co- 7
mum é “3”: ⟹x=
4
2x 6x 24 3x 3
+ − = + 2. Encontre o valor de x que satisfaz a equação
3 3 3 3 3
3x + 24 = −5x
Como há o mesmo denominador em todos os ter-
mos, eles podem ser “cortados”:
Resposta:
2x + 6x − 24 = 3x + 3
3x + 24 = −5x
Aplicando a regra 3, transfere-se o termo “3x” para o ⟹ 3x + 5x + 24 = 0 − 5x + 5x
1º membro: ⟹ 8x = −24
2x + 6x − 3x − 24 = 3 ⟹ x = −3

Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-24” para


o 2º membro: EQUAÇÃO DO 2º GRAU

2x + 6x − 3x = 24 + 3 Equações do segundo grau são equações nas quais


o maior expoente de é igual a 2. Sua forma geral é ex-
Aplicando a regra 5, simplificam-se as expressões em pressa por:
ambos os membros: ax 2 + bx + c = 0
5x = 27
Onde e são números reais e . Os números a, b e c são
Por fim, aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no chamados coeficientes da equação:
1º membro: - a é sempre o coeficiente do termo em x².
- b é sempre o coeficiente do termo em x.
27 27 - c é sempre o coeficiente ou termo independente.
x= →S=
MATEMÁTICA

5 5
Equação completa e incompleta

- Quando b ≠ e c ≠ , a equação do 2º grau se diz


completa.

45
Exs:
2
5x – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).
2
y + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c = 20).

Quando b=0 ou c=0 ou b=c=0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exs:
2
x – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).
2
10t + 2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
2
5y = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma


ax 2 + bx + c = 0 , que é denominada forma normal ou forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma
incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax 2 + bx + c = 0 ; por meio de
transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo para reduzi-las a essa forma.

Ex:
Dada a equação: 2x 2 – 7x + 4 = 1 – x 2 , vamos escrevê-la na forma normal ou reduzida.

2x 2 – 7x + 4 – 1 + x 2 = 0
2x 2 + x 2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x 2 – 7x + 3 = 0

Resolução de Equações do 2º Grau: Fórmula de Bháskara

Para encontras as soluções de equações do segundo grau, é necessário conhecer seu discriminante, representado
pela letra grega Δ (delta).

FIQUE ATENTO!
O discriminante fornece importantes informações de uma equação do 2ª grau:
Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e distintas
Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e idênticas
Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais
Δ = b2 − 4 � a � c

A solução é dada pela Fórmula de Bháskara: −b ± Δ , válida para os casos onde Δ > 0 ou .
x= Δ=0
2a

#FicaDica
Para utilizar a Fórmula de Bháskara a equação deve estar obrigatoriamente no formato
ax 2 + bx + c = 0 . Caso não esteja, é necessário colocar a equação nesse formato para, em seguida,
aplicar a fórmula!

Quando b=0 diz-se que as raízes das equações são simétricas.

As regras para solução de uma equação do 2º grau são as seguintes:


MATEMÁTICA

Regra 1 – Identificar os números e


Regra 2 – Calcular o discriminante
Regra 3 – Caso o discriminante não seja negativo, utilizar a Fórmula de Bháskara

46
Exemplo: Resolva a equação INEQUAÇÕES DO 1º GRAU - DEFINIÇÃO
Aplicando a regra 1, identifica-se: , e
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante: Inequação é toda sentença aberta expressa por uma
desigualdade. Ao invés do sinal de igualdade ( = ) re-
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re- lacionando duas expressões matemáticas, teremos os
gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara: sinais de maior ( > ), menor ( < ), maior ou igual ( ) ou
menor ou igual ( ). Abaixo seguem alguns exemplos:
Assim,
x+1 > 0
Exemplo: Resolva a equação x − x − 6 = 0
2
2x − 3 ≤ 5
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-1 e c=-6
−3x + 7 < 2x + 3
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
x − 2 ≤ 4x − 1
Δ = b2 − 4 � a � c = −1 2
− 4 � 1 � −6 = 1 + 24 = 25
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re- As inequações acima são do primeiro grau pois o ex-
gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara: poente da variável é igual a 1.

#FicaDica
O método de resolução das inequações de
primeiro grau é o mesmo do método de
Assim, S= {2} equações.
Note que, como o discriminante é nulo, a equação
possui duas raízes reais e idênticas iguais a 2. 1. Propriedades da desigualdade

Exemplo: Resolva a equação x 2 − 4x + 4 = 0 1.1. Propriedade Aditiva:


Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=2 e c=3
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
Δ = b2 − 4 � a � c = 2 2 − 4 � 1 � 3 = 4 − 12 = −8

Como o discriminante é negativo, a equação não pos-


sui raízes reais.
Assim, S= ∅ (solução vazia). 1.2. Propriedade Multiplicativa:

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Determine os valores de x que satisfazem: 


2
x − 2x − 5 = 0

Resposta:

x ′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6.
2
x − 2x − 5 = 0
Δ = −2 2 − 4 � −5 � 1 = 4 + 20 = 24 FIQUE ATENTO!
x=
− −2 ± 24
=
2±2 6
=1± 6 Uma desigualdade não muda de sentido
2�1 2 quando adicionamos ou subtraímos um
Assim, as raízes x′ e x′′ são: mesmo número aos seus dois membros,
x′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6 nem quando multiplicamos ou dividimos
seus dois membros por um mesmo número
positivo ou negativo.
MATEMÁTICA

2. Determine os valores de x que satisfazem: 

x 2 − 2x + 5 = 0

Resposta: Não existe solução em R.

47
1.3. Conjunto Universo
2x − 3 ≤ 5
Toda inequação (assim como toda equação) deve ser
resolvida em um conjunto universo dado. O conjunto 2x ≤ 5 + 3
universo () corresponde ao conjunto de todos os valores
possíveis para a varíavel (ou outra incógnita). 2x ≤ 8
8
Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequa- x≤
2
ções do 1º grau. x≤4
a) x < 5, sendo Colocando na solução tradicional:
Os números naturais que tornam a desigualdade ver-
dadeira são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}.

b) x < 5, sendo
Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigual- Já a solução em colchetes fica:
dade. Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}.
S = −∞, 4
c) x < 5, sendo
Todo número racional menor que 5 é solução da ine- Ou seja, neste caso, o colchete é fechado no lado do
quação dada. Como não é possível representar os infi- número 4 pois ele é o limite superior (todos os valores
nitos números racionais menores que 5 nomeando seus da solução devem ser maiores ou iguais a ele) e neste
elementos, nós o faremos por meio da propriedade que caso, ele também é solução (devido a ser maior ou igual
caracteriza seus elementos. Assim: e não somente maior), já o limite inferior vai para menos
infinito e permanece com colchete aberto.

1.4. Resolução de inequações do 1º grau EXERCÍCIO COMENTADO

Como mencionado, a resolução de inequações ocorre 1. Quais os valores de que tornam a inequação -2x +4
de forma similar à de equações. A diferença está na re- > 0 verdadeira?
presentação do conjunto solução. Para mostrarmos essa
diferença, vamos resolver os dois primeiros exemplos Resposta: -2x > -4
apresentados sem -2x > -4 ×(-1)
2x < 4
x+1>0 x< 2

Passando o +1 para o lado direito: O número 2 não é a solução da inequação dada, mais sim
qualquer valor menor que 2
x>-1
2. Quais os valores de que tornam a inequação -10x +15
Ou seja, o conjunto solução desta inequação serão > 0 verdadeira?
todos os valores de x pertencente ao domínio (neste
caso, vamos utilizar todo o conjunto dos números reais) Resposta:
maiores que -1, assim a solução fica:

Uma outra maneira é a representação entre colchetes,


que fica da seguinte forma:

INEQUAÇÕES DO 2˚ GRAU
Vamos explicar essa representação. A representação
dos colchetes para fora indica que o número de dentro As inequações de segundo grau seguem exatamente
não pertence a solução e também representa quando há o que foi visto nos diversos tipos de posição que a pa-
MATEMÁTICA

a presença do infinito (seja “mais” ou “menos” infinito). rábola pode ter no plano cartesiano. Basicamente uma
Assim, -1 não está na solução mas é o limite inferior da inequação de segundo grau possui a seguinte forma:
mesma.
Resolvendo agora o segundo exemplo, temos que:

48
ou

A diferença das duas representações está se a ine-


quação será apenas maior ou menor (“bolinha vazia” nas
raízes, ou seja, elas não entrarão no conjunto solução) ou
maior ou igual ou menor ou igual (“bolinha cheia” nas
Vamos analisar novamente os seis casos possíveis de raízes, elas entrarão no conjunto solução)
combinações de valores de “a” e e verificar o que ocorre 2
com o sinal de “y”: Ex: −x + 5x − 4 ≤ 0
Resolva a seguinte inequação:
a) a > 0 e Δ > 0 : Observe neste tipo de gráfico Resolução: Se você resolver a função do segundo
que os valores de y menores que e maiores que pos- grau, encontrará como raízes, os números 1 e 4, ou seja
suem y positivo e entre e , y é negativo. Assim, uma , Δ>0., . Como a<0 , temos a seguinte representação na
representação na reta real indicará o seguinte: reta real:

ou Como desejamos valores menores ou iguais a zero,


temos como solução, todos os valores abaixo de 1 e to-
dos os valores acima de 4. Assim, na representação por
colchetes:
S = −∞, 1 ∪ 4, +∞

Ou por outra representação:


#FicaDica
S = x ∈ ℝ x ≤ 1ou x ≥ 4}
A diferença das duas representações está se
a inequação será apenas maior ou menor c) a>0 e Δ=0 : Nos casos onde Δ=0, , há apenas
(“bolinha vazia” nas raízes, ou seja, elas não um toque da parábola no eixo x. Assim, o sinal de “a”
entrarão no conjunto solução) ou maior ou determina se os valores da parábola serão positivos ou
igual ou menor ou igual (“bolinha cheia” nas negativos. No caso de “a” positivo, temos toda a pará-
raízes, elas entrarão no conjunto solução) bola positiva:

Ex:
Resolva a seguinte inequação:
Resolução: As raízes dessa função de segundo grau
são 1 e 2 (Verifique!). Com isso, temos que e pela ex- ou
pressão, temos que . Colocando na reta real, temos que:

A única diferença é se a raiz entrará ou não no con-


Como desejamos valores menores que zero, as raízes junto solução.
não entram no conjunto solução (“Bolinha vazia”). As-
sim, os valores possíveis que atendem a inequação são d) a<0 e Δ=0 : Nos casos onde Δ=0, há apenas um
os valores entre 1 e 2. Pela representação dos colchetes, toque da parábola no eixo x. Assim, o sinal de “a” deter-
temos que: mina se os valores da parábola serão positivos ou nega-
tivos. No caso de “a” negativo, temos toda a parábola
negativa:
Ou por outra representação:
MATEMÁTICA

b) a<0 e Δ>0 : Observe neste tipo de gráfico que


os valores de y menores que x2 e maiores que pos-
suem y negativo e entre x1 e x2 , y é positivo. As- ou
sim, uma representação na reta real indicará o seguinte:

49
A única diferença é se a raiz entrará ou não no conjunto solução.

e) a>0 e Δ<0 : Os dois últimos tipos serão os mais simples. Como a parábola não toca no eixo x, apenas o sinal
de “a” determina todo o sinal da parábola, assim, para “a” positivo temos a parábola toda positiva:

f) a<0 e Δ<0 : Como a parábola não toca no eixo x, apenas o sinal de “a” determina todo o sinal da parábola,
assim, para “a” negativo temos a parábola toda negativa:

#FicaDica
Em resumo, para resolver uma inequação, inicialmente calculamos os zeros da equação de segundo grau,
ou seja, os pontos em que o gráfico toca o eixo x. Em seguida, sabendo qual a concavidade da parábola e
os zeros da equação, o gráfico pode ser esboçado e a análise do sinal pode ser feita.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. Resolver a inequação .
3x² + 10x + 7 < 0.

Resposta:
7
S = x ∈ ℝ − 3 < x < −1
Inicialmente calcula-se os pontos em que a função toca o eixo x, ou seja, quando . Para encontrar esses valores usa-
mos a Fórmula de Bháskara:
∆ = b2 − 4 � a � c = 102 − 4 � 3 � 7 = 100 − 84 = 16
−10 ± 16 −10 ± 4
x= =
2�3 6
−10 + 4 6
x′ = = − = −1
6 6
−10 − 4 7
x′ ′ = =−
6 3
Note que o coeficiente da equação de segundo grau é positiva, então a concavidade da parábola é para cima. Além disso,
verificamos que 3x² + 10x + 7 = 0 quando x′=-1 e x′ = − 7. . Portanto, a função que 3x² + 10x + 7
3
tem o gráfico que como exposto a seguir.
MATEMÁTICA

50
7
Observando o gráfico, concluímos que 3x² + 10x + 7<0 quando Dessa forma que − < x < −1.
3
, a solução da inequa-
ção dada neste exercício é descrita por S = x ∈ ℝ − 7 < x < −1
3
2. Resolver a inequação .
3x² + 10x + 7 ≥ 0.

Resposta: De acordo com a solução apresentada no Exercício Comentado 1, conclui-se que a inequação tem solu-
ção descrita por: por S = x ∈ ℝ − 7 ≥ x e x ≥ −1
3

SISTEMA MÉTRICO: MEDIDAS DE TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E CAPACIDADE.

O sistema de medidas e unidades existe para quantificar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser gigan-
tesca, existem conversões entre unidades para melhor leitura.

MEDIDAS DE COMPRIMENTO

A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:

km hm dam m dm cm mm
(ki- (hectô- (decâ- (me- (decí- (cen- (milí-
lômetro) metro) metro) tro) metro) tímetro) metro)

A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou divi-
dir), utiliza-se a regra do , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você andou
para a direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir exempli-
ficam as conversões:
Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros


MATEMÁTICA

51
Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:

1. Medidas de Área (Superfície)

As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro qua- (decímetro (centímetro (milímetro quadrado)
quadrado) quadrado) quadrado) drado) quadrado) quadrado)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 2 km² para m²


MATEMÁTICA

52
Ex: Conversão de 20 mm² para cm²

Medidas de Volume(Capacidade)

As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico)
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a regra
de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou divide segue a
mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³

MATEMÁTICA

53
Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³


kL hL dam³ m³ dm³ cm³ mm³
(quilolitro) (hectolitro) (decalitro) (litro) (decilitro) (centilitro) (mililitro)

Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).

Medidas de Massa

As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:

kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)

Os passos para conversão de unidades segue o mesmo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do , multi-
plicando se caminha para a direita e divide quando caminha para a esquerda.

FIQUE ATENTO!
Outras unidades importantes:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia de região para
região e normalmente a conversão desejada é dada na prova).

Medidas de Tempo

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
2h = 2 ∙ 60min = 120 min = 120 ∙ 60s = 7 200s
Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h
= 18min.
Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
MATEMÁTICA

1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

54
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante 4. Passe 5.200 gramas para quilogramas.
do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. Resposta: 5,2 kg. Para passarmos  5.200 gra-
mas  para  quilogramas, devemos dividir (por-
que na tabela  grama  está à direita de quilogra-
#FicaDica ma)  5.200  por  10  três vezes, pois para passarmos
de  gramas  para  quilogramas  saltamos três níveis à
Por motivos óbvios, cálculos no sistema esquerda.
hora – minuto – segundo são similares a Primeiro passamos de grama para decagrama, depois
cálculos no sistema grau – minuto – se- de decagrama para hectograma e finalmente de hec-
gundo, embora esses sistemas correspon- tograma para quilograma:
dam a grandezas distintas. 5200g:10:10:10 ⟹ 5,2Kg
Isto equivale a passar a vírgula três casas para a es-
querda.
Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.
EXERCÍCIOS COMENTADOS 5. Converta 2,5 metros em centímetros.

1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o Resposta: 250 cm. Para convertermos  2,5 me-
curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e che- tros  em  centímetros, devemos multiplicar (por-
gou na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. que na tabela  metro  está à esquerda de centíme-
A que horas terminará a aula de inglês? tro)  2,5  por  10  duas vezes, pois para passarmos
de  metros  para  centímetros  saltamos dois níveis à
a) 14h direita.
b) 14h 30min Primeiro passamos de metros para decímetros e de-
c) 15h 15min pois de decímetros para centímetros:
d) 15h 30min 2,5m∙10∙10 ⟹ 250cm
e) 15h 45min Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a di-
reita.
Resposta: Letra D. Basta somarmos todos os valores Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.
mencionados no enunciado do teste, ou seja:
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min
Logo, a questão correta é a letra D.
RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS
2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros? E GRÁFICOS.
Resposta: “0, 00348 dl”. Como 1 cm3 equivale a 1 ml,
é melhor dividirmos 348 mm3  por mil, para obtermos GRÁFICOS E TABELAS
o seu equivalente em centímetros cúbicos: 0,348 cm3.
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
equivalem. dois dados relacionados entre si.
Neste ponto já convertemos de uma unidade de me- A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
dida de volume, para uma unidade de medida de ca- vão depender do contexto, mas de uma maneira geral
pacidade. um bom gráfico deve:
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quan- -Mostrar a informação de modo tão acurado quanto
do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividire- possível.
mos então por 10 duas vezes: -Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar cla-
0,348ml:10:100,00348dl ro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl. -Complementar ou melhorar a visualização sobre
aspectos descritos ou mostrados numericamente
3. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados. através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
Resposta: 0, 00005 hm². Para passarmos de decíme- -Mostrar claramente as tendências existentes nos da-
tros quadrados para hectômetros quadrados, passare- dos.
mos três níveis à esquerda.
Dividiremos então por 100 três vezes:
50dm2:100:100:100 ⟹ 0,00005hm2
MATEMÁTICA

Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a es-


querda.
Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².

55
1. Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

Fonte: tecnologia.umcomo.com.br

Barra horizontal

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e


queremos demonstrar cada parte, separando cada peda-
ço como numa pizza.

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Histogramas
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
São gráfico de barra que mostram a frequência de
uma variável específica e um detalhe importante que são Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-
faixas de valores em x. mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis
MATEMÁTICA

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar


mais fácil a compreensão de todos sobre um tema.

56
c) 50%.
d) 75%.
e) 90%.

Resposta: Letra E. 13,7/7,2=1,90


Houve um aumento de 90%.

2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-


NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a
distribuição, percentual e quantitativa, da frota de uma
empresa de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de
uso destes.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-
lização de dados e muitas vezes é através dela que va-
mos fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:

Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua


casa?

aparelho quantidade O número total de ônibus dessa empresa é

televisão 3 a) 270.
celular 4 b) 250.
c) 220
Geladeira 1 d) 180.
e) 120.
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
lógico Resposta: Letra D
81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5)
EXERCÍCIOS COMENTADOS 108-----60
x--------100
x=10800/60=180
1. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017)
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con- 3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
tínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros ven-
Estatística (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de didos por uma concessionária nos cinco dias subsequen-
desocupação da população em idade para trabalhar. Es- tes à veiculação de um anúncio promocional.
ses dados, em porcentagem, encontram-se indicados na
apresentação gráfica abaixo, ao longo de trimestres de
2014 a 2017.

O número médio de carros vendidos por dia nesse perí-


Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresen- odo foi igual a
ta a melhor aproximação para o aumento percentual da
taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em
relação à taxa de desocupação do primeiro trimestre de a) 10.
MATEMÁTICA

2014. b) 9.
c) 8.
a) 15%. d) 7.
b) 25%. e) 6.

57
Resposta: Letra C. a) No ano considerado, o segundo trimestre caracteri-
zou-se por uma queda contínua na arrecadação de
receitas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
b) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um período
de queda simultânea dos gastos com despesas e da
4. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) arrecadação de receitas e dois períodos de aumento
Uma professora elaborou um gráfico de setores para simultâneo de gastos e de arrecadação.
representar a distribuição, em porcentagem, dos cinco c) No último bimestre do ano de 2015, foram registrados
conceitos nos quais foram agrupadas as notas obtidas tanto o maior gasto com despesas quanto a maior ar-
pelos alunos de uma determinada classe em uma prova recadação de receitas.
de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta- d) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os úni-
gens referentes a cada conceito foram substituídas por x cos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
ou por múltiplos e submúltiplos de x. passada por gastos com despesas.
e) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor
gasto mensal com despesas foram verificados, respec-
tivamente, no primeiro e no segundo semestre do ano
de 2015.

Resposta: Letra B. Analisando o primeiro quadrimes-


tre, observamos que os dois primeiros meses de recei-
ta diminuem e os dois meses seguintes aumentam, o
mesmo acontece com a despesa.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do


ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a

a) 144º.
b) 135º.
c) 126º
d) 117º
e) 108º.

Resposta: Letra A. X+0,5x+4x+3x+1,5x=360


10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

5. (TCE/PR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CES-


PE/2016)
MATEMÁTICA

Tendo como referência o gráfico precedente, que mostra


os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação de
receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta.

58
6. (BRDE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FUN- 7. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-
DATEC/2015) Assinale a alternativa que representa a NESP/2015) A distribuição de salários de uma empresa
nomenclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. com 30 funcionários é dada na tabela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que

a) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.


b) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 sa-
lários.
c) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
d) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
total.
e) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
total.

Resposta: Letra D. a) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x


2+15,0x1=104 salários
b) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
c)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
d) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
e) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20

8. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2015) Considere a tabela de distribuição de fre-
quência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a
a) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de frequência absoluta dos dados.
Linha.
c) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Ten- xi fi
dência.
c) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Li- 30-35 4
nha. 35-40 12
d) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Bar- 40-45 10
ras.
e) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico 45-50 8
de Linha. 50-55 6
TOTAL 40
Resposta: Letra C. Como foi visto na teoria, gráfico de
barras, de setores ou pizza e de linha
Assinale a alternativa em que o histograma é o que me-
lhor representa a distribuição de frequência da tabela.
MATEMÁTICA

59
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos
no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013.
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define
pela razão entre o déficit de vagas no sistema peniten-
ciário e a quantidade de detentos no sistema penitenci-
a) ário — registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%,
e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil
habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada,
julgue o item a seguir.
b) Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil
se encontrava na região Sudeste.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTA.
555----100%
c) x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

10. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL –


CESPE/2015)

d)

e)

Resposta: Letra A. Colocando em ordem crescente:


30-35, 50-55, 45-50, 40-45, 35-40,

9. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL – A partir das informações e do gráfico apresentados, jul-
CESPE/2015) gue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras verti-
cais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Na-


cional — Sistema Integrado de Informações Penitenciá-
MATEMÁTICA

rias – InfoPen, Relatório Estatístico Sintético do Sistema


Prisional Brasileiro, dez./2013 Internet:<www.justica.gov.
br> (com adaptações)
( ) CERTO ( ) ERRADO

60
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br

NOÇÕES DE GEOMETRIA: FORMA, PERÍ-


METRO, ÁREA, VOLUME, TEOREMA DE
PITÁGORAS.
- Três pontos determinam um único plano.

Introdução a Geometria Plana

1. Ponto, Reta e Plano


A definição dos entes primitivos ponto, reta e pla-
no é quase impossível, o que se sabe muito bem e aqui
será o mais importante é sua representação geométrica
e espacial.

1.1. Representação, (notação)


- Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta
→ Pontos serão representados por letras latinas reta está contida neste plano.
maiúsculas; ex: A, B, C,…
→ Retas serão representados por letras latinas minús-
culas; ex: a, b, c,…
→ Planos serão representados por letras gregas mi-
núsculas; ex: β,∞,α,...

1.2. Representação gráfica

- Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um


ponto em comum.

Postulados primitivos da geometria, qualquer postu-


lado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova,
contanto que não exista a contraprova.
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos Observe que . Sendo que H está contido na reta r e
distintos. na reta s.
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so-
mente uma reta). Um plano é um subconjunto do espaço de tal modo
que quaisquer dois pontos desse conjunto podem ser li-
gados por um segmento de reta inteiramente contida no
conjunto.
Um plano no espaço pode ser determinado por qual-
quer uma das situações:

- Três pontos não colineares (não pertencentes à


mesma reta);
- Pontos colineares pertencem à mesma reta. - Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Um ponto e um segmento de reta que não contem
o ponto;
- Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
MATEMÁTICA

- Dois segmentos de reta paralelos que não se so-


brepõe;
- Duas retas concorrentes;
- Dois segmentos de reta concorrentes.

61
Duas retas (segmentos de reta) no espaço podem Razão entre Segmentos de Reta
ser: paralelas, concorrentes ou reversas.
Duas retas são ditas reversas quando uma não tem Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos
interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se de uma reta que estão limitados por dois pontos que são
pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e as extremidades do segmento, sendo um deles o ponto
uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa. inicial e o outro o ponto final. Denotamos um segmento
por duas letras como, por exemplo, AB, sendo A o início
e B o final do segmento.
Ex: AB é um segmento de reta que denotamos por AB.

Uma reta é perpendicular a um plano no espaço , se Segmentos Proporcionais


ela intersecta o plano em um ponto P e todo segmento
de reta contido no plano que tem P como uma de suas Proporção é a igualdade entre duas razões equiva-
extremidades é perpendicular à reta. lentes. De forma semelhante aos que já estudamos com
números racionais, é possível estabelecer a proporcio-
nalidade entre segmentos de reta, através das medidas
desse segmentos.
Vamos considerar primeiramente um caso particular
com quatro segmentos de reta com suas medidas apre-
sentadas na tabela a seguir:

Uma reta r é paralela a um plano no espaço , se existe m(AB) = 2cm m(PQ) =4 cm


uma reta s inteiramente contida no plano que é paralela m(CD) = 3cm m(RS) = 6cm
à reta dada.
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A dis- A razão entre os segmentos e e a razão entre os
tância do ponto ao plano é a medida do segmento de segmentos e , são dadas por frações equivalentes, isto
reta perpendicular ao plano em que uma extremidade é é: ; PQ/RS = 4/6 e como , segue a existência de uma pro-
o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a inter- porção entre esses quatro segmentos de reta. Isto nos
seção entre o plano e o segmento. conduz à definição de segmentos proporcionais.
Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula. Diremos que quatro segmentos de reta, , , e , nesta
ordem, são proporcionais se: .
Os segmentos e são os segmentos extremos e os
segmentos e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos:

Planos concorrentes no espaço são planos cuja inter- Feixe de Retas Paralelas
seção é uma reta.
Planos paralelos no espaço são planos que não tem Um conjunto de três ou mais retas paralelas num pla-
interseção. no é chamado feixe de retas paralelas. A reta que inter-
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que cepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As
tais planos formam um diedro e o ângulo formado en- retas a, b, c e d que aparecem no desenho anexado, for-
tre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para mam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas s
obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo forma- e t são retas transversais.
do por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos
concorrentes.

Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um


MATEMÁTICA

ângulo reto (90°).

62
Teorema de Tales: Um feixe de retas paralelas de-
termina sobre duas transversais quaisquer, segmentos
proporcionais. A figura abaixo representa uma situação
onde aparece um feixe de três retas paralelas cortadas
por duas retas transversais.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

Identificamos na sequência algumas proporções:

Ex: Consideremos a figura ao lado com um feixe de


retas paralelas, sendo as medidas dos segmentos indica- Ângulo Central
das em centímetros.
a) Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o cen-
tro da circunferência;
b) Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro
do polígono regular e cujos lados passam por vértices
consecutivos do polígono.

Assim:
B C⁄A B = E F⁄D E
A B⁄D E = B C⁄E F
Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não
D E⁄A B = E F⁄B C pertence à circunferência e os lados são tangentes à ela.

#FicaDica
Uma proporção entre segmentos pode ser
formulada de várias maneiras. Se um dos
segmentos do feixe de paralelas for desco-
nhecido, a sua dimensão pode ser determi-
nada com o uso de razões proporcionais.
Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a
uma circunferência e seus lados são secantes a ela.

Ângulos

Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem
MATEMÁTICA

não colineares.

63
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são
que 90º. opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º; Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su-
plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos
é 180º.

- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi- Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência
culares. em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde
a 1/360 da circunferência denominamos de grau.

Ângulos formados por duas retas paralelas com


uma transversal

Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no


mesmo plano e não possuem ponto em comum.

Ângulos Complementares: Dois ângulos são com- Vamos observar a figura abaixo:
plementares se a soma das suas medidas é 900.

Todos esses ângulos possuem relações entre si, e elas


Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a estão descritas a seguir:
mesma medida.
Ângulos colaterais internos: O termo colateral sig-
nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma
destes ângulos será sempre 180°
MATEMÁTICA

64
Assim a soma dos ângulos 4 e 5 é 180° e a soma dos
ângulos 3 e 6 também será 180° Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é
igual ao ângulo 5
Ângulos colaterais externos: O termo colateral sig-
nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma Ângulos alternos externos: O termo alterno signifi-
destes ângulos será sempre 180° ca lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre
serão congruentes

Assim a soma dos ângulos 2 e 7 é 180° e a soma dos


ângulos 1 e 8 também será 180°

Ângulos alternos internos: O termo alterno significa


lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre se- Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 2 é
rão congruentes igual ao ângulo 8

Ângulos correspondentes: São ângulos que ocupam


uma mesma posição na reta transversal, um na região in-
terna e o outro na região externa.
MATEMÁTICA

65
Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 5, o ângulo 2 é igual ao ângulo 6, o ângulo 3 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 4
é igual ao ângulo 8.

FIQUE ATENTO!
Há cinco classificações distintas para os ângulos formados por duas retas paralelas que intersectam uma
transversal. Então, procure visualizar bem as imagens para associá-las a cada classificação existente.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo representa um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condições, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:

a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°

Resposta: Letra B. Considerando que cada hora equivale a um ângulo de 30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o
ponteiro da hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ângulo de aproximadamente 126°.
MATEMÁTICA

66
2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cortadas por uma reta transversal. Determine o valor dos
ângulos x e y.

Resposta: x = 50° e y = 130°


Facilmente observamos que os ângulos x e 50° são opostos pelo vértice, logo, x = 50°. Podemos constatar também
que y e 50° são suplementares, ou seja:

50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém
do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).

Linhas poligonais e polígonos

Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:

Linha poligonal fechada simples:

Linha poligonal fechada não-simples:

Linha poligonal aberta simples:

Linha poligonal aberta não-simples:


MATEMÁTICA

67
FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide o plano em que se encontra em duas regiões
(a interior e a exterior), sem pontos comuns.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.

Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecutivos: A, B, C, D, E


Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE
Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados consecutivos: a� , b� , c� , d
� , e� .

Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: a�1 , b1 , c1, d1 , e1

Classificação dos polígonos quanto ao número de lados

Nome Número de lados Nome Número de lados


triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
heptágono 7 octógono 8
eneágono 9 decágono 10
hendecágono 11 dodecágono 12
tridecágono 13 tetradecágono 14
pentadecágono 15 hexadecágono 16
heptadecágono 17 octodecágono 18
eneadecágono 19 icoságono 20

A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela seguinte árvore:


MATEMÁTICA

68
Um polígono é denominado simples se ele for des- A medida do ângulo central de um polígono regular
crito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí de n lados () é dada por:
divide o plano em uma região interna e externa), caso o
contrário é denominado complexo. ac =
360°
Um polígono simples é denominado convexo se não n
tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que
180°, caso o contrário é denominado côncavo. Polígonos regulares
Um polígono convexo é denominado circunscrito a
uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os Os polígonos regulares são aqueles que possuem to-
vértices pertencerem a uma mesma circunferência. dos os lados congruentes e todos os ângulos congruen-
Um polígono inscritível é denominado regular se to- tes. Todas as propriedades anteriores são válidas para os
dos os seus lados e todos os seus ângulos forem con- polígonos regulares, a diferença é que todos os valores
gruentes. são distribuídos uniformemente, ou seja, todos os ân-
gulos terão o mesmo valor e todas as medidas terão o
Alguns polígonos regulares: mesmo valor.

a) triângulo equilátero
b) quadrado #FicaDica
c) pentágono regular
d) hexágono regular Polígonos regulares são formas de polígonos
mais estudadas e cobradas em questões de
Propriedades dos polígonos concursos.

De cada vértice de um polígono de n lados, saem


dv = n – 3
O número de diagonais de um polígono é dado por:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
n n−3
d=
2 1. (PREF. DE POÁ-SP – ENGENHEIRO DE SEGURAN-
Onde n é o número de lados do polígono. ÇA DE TRABALHO – VUNESP/2015) A figura ilustra
um octógono regular de lado cm.
A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
lígono de n lados (Si) é dada por:
Si = n − 2 � 180°

A soma das medidas dos ângulos externos de um po-


lígono de n lados (Se) é igual a:

360°
Se =
n

Em um polígono convexo de n lados, o número de


triângulos formados por diagonais que saem de cada Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do
vértice é dado por n - 2. triângulo retângulo ADE vale, em cm²

A medida do ângulo interno de um polígono regular a) 5


de n lados (ai ) é dada por: b) 4
c) 5
ai =
n − 2 � 180° d) 2 + 1
n e) 2

A medida do ângulo externo de um polígono regular


de n lados (ae ) é dada por:
360°
ae =
MATEMÁTICA

A soma das medidas dos ângulos centrais de um po-


lígono regular de n lados (Sc ) é igual a 360º.

69
Resposta: Letra D. A fórmula para calcular a soma dos ângulos internos
de um polígono é: S = (n – 2) · 180

*n é o número de lados do polígono. No caso desse


exercício:

S = (5 – 2) · 180
S = 3 · 180
S = 540
COMENTÁRIO:
Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois
Como a altura do trapézio mede 1 cm, temos um trian- um pentágono possui cinco ângulos internos, encontra-
gulo isósceles de hipotenusa AB, assim, o segmento remos 108° como medida de cada ângulo interno.
AD = 2 + 2 . Assim, a área de ADE é: Observe na imagem anterior que a soma de três ân-
gulos internos do pentágono com o ângulo θ tem como
2+2 2 2 2 2
A= = + =1+ 2 resultado 360°.
2 2 2
108 + 108 + 108 + θ = 360
2. (UNIFESP - 2003) Pentágonos regulares congruentes 324 + θ = 360
podem ser conectados lado a lado, formando uma es-
trela de cinco pontas, conforme destacado na figura a θ = 360 – 324
seguir θ = 36°

Quadriláteros, Circunferência e Círculo

Quadriláteros

São figuras que possuem quatro lados dentre os


quais temos os seguintes subgrupos:

Paralelogramo

Nessas condições, o ângulo θ mede:

a) 108°.
b) 72°.
c) 54°.
d) 36°.
e) 18°.

Resposta: Letra D. Na ponta da estrela onde está des- Características:


tacado o ângulo θ, temos o encontro de três ângu- Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
los internos de pentágonos regulares. Para descobrir AB // DC e AD // BC .
a medida de cada um desses ângulos, basta calcular Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
a soma dos ângulos internos do pentágono e dividir ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
por 5. A altura é medida em relação a distância entre os seg-
mentos paralelos, ou seja: BG: altura = h
A base é justamente a medida dos lados que se me-
diu a altura: AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela al-
tura: Área= b∙h
O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
MATEMÁTICA

70
Retângulo Quadrado

Características:

Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: Características:


AB // DC e AD // BC Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes- AB // DC e AD // BC
ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC Possuem os quatro lados com medidas iguais:
Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos AB = DC = AD = BC
do retângulo medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90° Diferentemente do losango, todos os ângulos do
No retângulo, um par de lados paralelos quadrado medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
será a base e o outro será a altura, no desenho: Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da base
AB: altura = h e AD: base = b e da altura iguais neste caso: BC: lado = L e AB: lado =
A área é calculada como o produto da base pela al- A área é calculada de maneira simples: Área = L2
tura: Área= b∙h O perímetro é calculado como a soma
das medidas de todos os quatro lados:
O perímetro é calculado como a soma das medidas Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L
de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h Trapézio

Losango

Características:
Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão
Características: chamados de bases maior e menor:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b
AB // DC e AD // BC A altura será definida como a distância entre as bases:
Possuem os quatro lados com medidas iguais: BG: altura = h
AB = DC = AD = BC A área é calculada em função das bases e da altura:
No losango, definem-se diagonais como a distância B+b
Área = �h
entre vértices opostos, assim: 2
BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d O perímetro é calculado como a soma das medidas
A área é Dcalculada
�d
a partir das diagonais e não dos de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
lados: Área = 2
O perímetro é calculado como a soma das medidas Circunferência e Círculo
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
MATEMÁTICA

Uma circunferência é definida como o conjunto de


pontos cuja distância de um ponto, denominado de cen-
tro, O é igual a R, definido como raio.

71
Já um círculo é definido como um conjunto de pontos Características:
cuja distância de O é menor ou igual a R. O ângulo α é definido como ângulo central απR2
Área do Setor Circular (para α em graus): A =
360
Área
αR2
do Setor Circular (para α em radianos):
A=
2

Segmento Circular

Um Segmento Circular é uma região de um círculo


compreendida entre um segmento que liga os pontos de
cruzamento dos segmentos de reta com a circunferência,
ao qual definimos como corda AB e a circunferência.

Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que
é a distância de qualquer ponto da circunferência em re-
lação ao centro C.
A área é calculada em função do raio: Área = πR2
O perímetro, também chamado de comprimento da
circunferência, é calculado em função do raio também:
Perímetro = 2πR

Setor Circular
Características:
Um Setor Circular é uma região de um círculo com- A Área do Setor Circular (para α em radianos):
preendida entre dois segmentos de reta que se iniciam R2
no centro e vão até a circunferência. A= α − sen α
2
3. Posições Relativas entre Retas e Circunferências
#FicaDica
Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja
Em termos práticos, um setor circular é um distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as se-
“pedaço” de um círculo. guintes posições relativas:

Reta Tangente: Reta e circunferência possuem ape-


nas um ponto em comum (dOP = R)
MATEMÁTICA

72
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(SEEDUC-RJ – Professor – CEPERJ/2015) O quadrado


MNPQ abaixo tem lado igual a 12cm. Considere que as
curvas MQ e QP representem semicircunferências de diâ-
metros respectivamente iguais aos segmentos MQ e QP.

Reta Exterior: Reta e circunferência não possuem


pontos em comum (dOP > R)

A área sombreada, em cm2, corresponde a:

a) 30
b) 36
c) 3 46π − 2
d) 6(36π − 1)
e) 2(6π − 1)

Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do segmen-


to circular, encontra-se a área de intersecção dos dois
círculos. Subtraindo esse valor da área do semicírculo,
chega-se ao resultado.

2. A figura abaixo é um losango. Determine o valor


Reta Secante: Reta e circunferência possuem dois de x e y, a medida da diagonal   AC , da diagonal   BD e
pontos em comum (dOP < R) o perímetro do triângulo BMC.

Resposta: Aplicando as relações geométricas referen-


tes ao losango, tem-se:

x = 15
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60
MATEMÁTICA

73
TRIÂNGULOS E TEOREMA DE PITÁGORAS

Definição

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono


que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
gono mais importante que existe. Todo triângulo possui
alguns elementos e os principais são: vértices, lados, ân-
gulos, alturas, medianas e bissetrizes.
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes
sobre os mesmos. Classificação dos triângulos quanto ao número de
lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


iguais. .
m(AB) = m(BC) = m(CA)

a) Vértices: A,B,C.
b) Lados: AB,BC e AC.
c) Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de


um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice Triângulo Isósceles: Dois lados têm medidas iguais.
formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo. m(AB) = m(AC).

Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas


Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto diferentes.
médio do lado oposto. BM é uma mediana.

2.1. Classificação dos triângulos quanto às medi-


das dos ângulos
Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em
duas partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos
neste caso Ê = Ô. são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores
do que 90º.

Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângu- Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtu-
lo. Todo triângulo possui três ângulos internos. so, isto é, possui um ângulo com medida maior do que
MATEMÁTICA

90º.
Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-
gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).

74
Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma
dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim: A = b + c, B = a + c, C = a + b

Ex: No triângulo desenhado, podemos achar


a medida do ângulo externo x, escrevendo:
x = 50º + 80º = 130°.
Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto
(90 graus). Atenção a esse tipo de triângulo pois ele é
muito cobrado!

Congruência de Triângulos

Duas figuras planas são congruentes quando têm a


Medidas dos Ângulos de um Triângulo mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o mesmo
tamanho. Para escrever que dois triângulos ABC e DEF
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po- são congruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruên-
ângulos internos desse triângulo. cia entre os lados, tal que: AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e
entre os ângulos:

#FicaDica
Em alguns locais escrevemos as letras
maiúsculas, acompanhadas de acento ()
para representar os ângulos.

Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST,


escrevemos: A�~R � , B� ~ S� , C� ~ �T

FIQUE ATENTO!
Seguindo a regra dos polígonos, a soma dos ângu- Dois triângulos são congruentes, se os seus
los internos de qualquer triângulo é sempre igual a 180 elementos correspondentes são ordenada-
graus, isto é: a + b + c = 180° mente congruentes, isto é, os três lados e
os três ângulos de cada triângulo têm res-
Ex: Considerando
o triângulo abai- pectivamente as mesmas medidas. Deste
xo, podemos achar o
valor de x, escrevendo: modo, para verificar se um triângulo é con-
70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos gruente a outro, não é necessário saber a
x = 180º − 70º − 60º = 50º medida de todos os seis elementos, basta
conhecerem três elementos, entre os quais
esteja presente pelo menos um lado. Para
facilitar o estudo, indicaremos os lados cor-
respondentes congruentes marcados com
símbolos gráficos iguais.

Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. Casos de Congruência de Triângulos


Como observamos no desenho, as letras minúsculas
representam os ângulos internos e as respectivas letras LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conheci-
maiúsculas os ângulos externos. dos. Dois triângulos são congruentes quando têm, res-
pectivamente, os três lados congruentes. Observe que os
MATEMÁTICA

elementos congruentes têm a mesma marca.

75
Os três ângulos são respectivamente congruentes,
isto é: A~R, B~S, C~T

Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem


dois ângulos correspondentes congruentes, então os
triângulos são semelhantes.
LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um
ângulo. Dois triângulos são congruentes quando têm
dois lados congruentes e os ângulos formados por eles
também são congruentes.

Se A~D e C~F então: ABC =


� DEF
ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e
um lado. Dois triângulos são congruentes quando têm Dois lados proporcionais: Se dois triângulos tem
um lado e dois ângulos adjacentes a esse lado, respecti- dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos
vamente, congruentes. formados por esses lados também são congruentes, en-
tão os triângulos são semelhantes.

LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido


um lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. Dois Como m(AB) ⁄ m(EF) = m(BC) ⁄ m(FG) = 2 ,
triângulos são congruentes quando têm um lado, um ân-
gulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse então ABC =
� EFG
lado respectivamente congruente.
Ex: Na figura abaixo, observamos que um triângulo
pode ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângu-
los semelhantes e o valor de x será igual a 8.

Semelhança de Triângulos

Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma


forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho. Se Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm
duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: . os três lados correspondentes proporcionais, então os
triângulos são semelhantes.
Ex: As ampliações e as reduções fotográficas são figu-
ras semelhantes. Para os triângulos:
MATEMÁTICA

76
Teorema de Pitágoras

Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na cidade de Samos no século VI a. C., teve a intuição
do seu famoso teorema observando um mosaico como o da ilustração a seguir.

Observando o quadro, podemos estabelecer a seguinte tabela:

Triângulo Triângulo Triângulo


ABC A`B`C` A``B``C``
Área do quadrado construído sobre a hipotenusa 4 8 16
Área do quadrado construído sobre um cateto 2 4 8
Área do quadrado construído sobre o outro cateto 2 4 9

Como 4 = 2 + 2 � 8 = 4 + 4 � 16 = 8 + 8 , Pitágoras observou que a área do quadrado construído sobre


a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.

A descoberta feita por Pitágoras estava restrita a um triângulo particular: o triângulo retângulo isósceles. Estudos
realizados posteriormente permitiram provar que a relação métrica descoberta por Pitágoras era válida para todos os
triângulos retângulos. Os lados do triângulo retângulo são identificados a partir a figura a seguir:

Onde os catetos são os segmentos que formam o ângulo de 90° e a hipotenusa é o lado oposto a esse ângulo. Cha-
mando de “a” e “b” as medidas dos catetos e “c” a medida da hipotenusa, define-se um dos teoremas mais conhecidos
da matemática, o Teorema de Pitágoras:
c 2 = a2 + b2

Onde a soma das medidas dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Teorema de Pitágoras no quadrado

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a
medida l do lado de um quadrado.
MATEMÁTICA

77
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão
indicadas em metros, mostra as regiões   R e R , e ,
ambas com formato de triângulos retângulos, situadas
1 2

em uma praça e destinadas a atividades de recreação in-


fantil para faixas etárias distintas.

d= medida da diagonal
l= medida do lado

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retân-


gulo ABC, temos:

d² = l² + l²
d = √2l²
d=l 2

Se a área de R eé R
54 ,m², então o perímetro
R1de
e R 2 , é, em
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero metros, igual a:
1 2

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe-


a) 54
lecer uma relação importante entre a medida h da altura
b) 48
e a medida l do lado de um triângulo equilátero.
c) 36
d) 40
e) 42

Resposta: Letra B. Esse problema se resolve tanto por


semelhança de triângulos, quanto pela área de . Em
ambos os casos, encontraremos x = 12 m. Após isso,
pelo teorema de Pitágoras, achamos a hipotenusa do
triângulo
R1 e R 2 , , que será 20 m. Assim, o perímetro será
12+16+20 = 48 m.

2. (PM SP 2014 – VUNESP).  Duas estacas de madei-


ra, perpendiculares ao solo e de alturas diferentes, estão
distantes uma da outra, 1,5 m. Será colocada entre elas
l= medida do lado uma outra estaca de 1,7 m de comprimento, que ficará
h= medida da altura apoiada nos pontos A e B, conforme mostra a figura.

No triângulo equilátero, a altura e a mediana coin-


cidem. Logo, é ponto médio do lado BC. No triângulo
retângulo AHC, é ângulo reto. De acordo com o teorema
de Pitágoras, podemos escrever:

3l2
MATEMÁTICA

h² =
4
A diferença entre a altura da maior estaca e a altura da
menor estaca, nessa ordem, em cm, é:
l 3
h=
2

78
a) 95.
b) 75.
c) 85.
d) 80.
e) 90.

Resposta: Letra D. Note que x é exatamente a dife-


rença que queremos, e podemos calculá-lo através do
Teorema de Pitágoras:

1,72 = 1,52 + x 2
2,89 = 2,25 + x 2
x 2 = 2,89 – 2,25 �
a2 = b2 + c 2 − 2 � b � c � cos A
x² = 0,64x = 0,8 m ou 80 cm 2 2 2
b = a + c − 2 � a � c � cos B �
c = a + b − 2 � a � b � cos C�
2 2 2

LEI DOS SENOS E LEI DOS COSSENOS

Lei dos Senos FIQUE ATENTO!


Há três formas distintas de utilizar a Lei dos
A Lei dos senos relaciona os senos dos ângulos de Cossenos. Quando for utilizá-la, tenha cui-
um triângulo qualquer (não precisa necessariamente ser dado ao expressar os termos conhecidos e
retângulo) com os seus respectivos lados opostos. Além a incógnita em uma das três equações pro-
disso, há uma relação direta com o raio da circunferência postas. Note que o termo à esquerda do si-
circunscrita neste triângulo: nal de igual é o lado oposto ao ângulo que
deve aparecer na equação.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. Calcule a medida de x:

a b c
= = = 2R
� sen B
sen A � sen C�
Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que
temos que aplicar ao ângulo oposto ao lado que ire-
Lei dos Cossenos mos usar. Assim, o lado de medida 100 possui o ângu-
lo A
� como oposto, e ele mede 30°, dado as medidas
A lei dos cossenos é considerada uma generalização dos outros ângulos, assim:
do teorema de Pitágoras, onde para qualquer triângulo,
conseguimos relacionar seus lados com a subtração de x 100
=
um termo que possui o ângulo oposto do lado de refe- sen 45° sen 30°
rência.
x 100
=
2/2 1/2

x = 100 2
MATEMÁTICA

79
2.Calcule a medida de x: Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não pode-
mos de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso,
porque é uma sentença exclamativa.
Vamos ver alguns princípios da lógica:
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre
um desses casos e nunca um terceiro caso.

1. Valor Lógico das Proposições

Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição
ela se relaciona com a circunferência circunscrita ao a verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade,
triângulo: se a proposição é falsa (F).

x Exemplo
= 2R p: Thiago é nutricionista.
sen 60°
V(p)=V essa é a simbologia para indicar que o valor
lógico de p é verdadeira, ou
x
=2 3 V(p)=F
3/2 Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou
falso, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem
valor lógico falso.
x=3
2. Classificação

RACIOCÍNIO LÓGICO. RESOLUÇÃO DE SI- Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
TUAÇÕES-PROBLEMA. posição como parte integrante de si mesma. São geral-
mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
E depois da letra colocamos “:”
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
que exprimem um pensamento de sentido completo. Exemplo:
Nossa professora, bela definição! p: Marcelo é engenheiro.
Não entendi nada! q: Ricardo é estudante.
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem
que fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, Proposição composta: combinação de duas ou mais
mas também no sentido lógico. proposições. Geralmente designadas pelas letras maiús-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser culas P, Q, R, S,...
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é ver-
dadeira ou falsa. Exemplo:
P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Exemplos: Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
(A) A Terra é azul. Se quisermos indicar quais proposições simples fa-
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é zem parte da proposição composta:
uma proposição. P(p,q)
(B) >2 Se pensarmos em gramática, teremos uma proposi-
ção composta quando tiver mais de um verbo e proposi-
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico ção simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que
falso. para ser proposição, temos que conseguir definir o valor
Todas elas exprimem um fato. lógico.
Agora, vamos pensar em uma outra frase:
O dobro de 1 é 2? 3. Conectivos
Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição? Agora que vamos entrar no assunto mais interessante
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos e o que liga as proposições.
declarar se é falso ou verdadeiro. Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
MATEMÁTICA

Bruno, vá estudar. nectivos vem a parte prática.


É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto,
não é proposição.
Passei!

80
3.1. Definição Símbolo: →

Palavras que se usam para formar novas proposições, Exemplos


a partir de outras. p→q: Se chove, então faz frio.
Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
coisa? p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
Sim, vão conectar as proposições, mas cada conectivo p→q: É necessário que faça frio para que chova.
terá um nome, vamos ver? p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.

-Negação -Bicondicional
Extenso: se, e somente se, ...
Símbolo: ↔
p: Lucas vai ao cinema.
q: Danilo vai ao cinema.
Exemplo p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai
p: Lívia é estudante. ao cinema.
~p: Lívia não é estudante.
q: Pedro é loiro. Referências
¬q: É falso que Pedro é loiro. ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
r: Érica lê muitos livros. mática – São Paulo: Nobel – 2002.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.
s: Cecilia é dentista.
¬s: É mentira que Cecilia é dentista. Tabela-verdade

-Conjunção Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor


lógico de proposições compostas facilmente, analisando
cada coluna.
Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V
ou V(p)=F.
p
Nossa, são muitas formas de se escrever com a con-
junção. V
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: F
“e”, “mas”, “porém”.
Exemplos Quando temos duas proposições, não basta colocar
p: Vinícius é professor. só VF, será mais que duas linhas.
q: Camila é médica.
p q
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. V V
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. V F

- Disjunção F V
F F

Observe, a primeira proposição ficou VVFF


p: Vitor gosta de estudar. E a segunda intercalou VFVF
q: Vitor gosta de trabalhar. Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 pos-
p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra- sibilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver
balhar. um padrão para se tornar mais fácil!
As possibilidades serão 2n,
- Disjunção Exclusiva
Extensa: Ou...ou...
Símbolo: ∨
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
MATEMÁTICA

balhar.

-Condicional
Extenso: Se..., então..., É necessário que, Condição ne-
cessária

81
Onde: p q p ∨q
n=número de proposições
V V V
p q r V F V
V V V F V V
V F V F F F

V V F -Disjunção Exclusiva
V F F Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala.
F V V
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mes-
F F V mo tempo.
F V F
F F F p q p ∨q
V V F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me- V F V
tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF. F V V
E a terceira VVFFVVFF. F F F
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos? -Condicional
Se chove, então faz frio.
-Negação Se choveu e fez frio.
p ~p Estamos dentro da possibilidade.(V)
Choveu e não fez frio.
V F Não está dentro do que disse. (F)
F V Não choveu e fez frio.
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover,
Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico certo?(V)
oposto, faz sentido, não? Não choveu, e não fez frio.
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V)
- Conjunção
Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se p q p →q
eu tiver as duas coisas, certo?
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só V V V
chocolate. V F F
E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois. F V V
F F V
p q p ∧q
V V V -Bicondicional
V F F Ficarei em casa, se e somente se, chover.
Estou em casa e está chovendo.
F V F A ideia era exatamente essa. (V)
F F F Estou em casa, mas não está chovendo.
Você não fez certo, era só pra ficar em casa se cho-
-Disjunção vesse. (F)
Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o Eu sai e está chovendo.
conectivo “ou”. Aiaiai não era pra sair se está chovendo (F)
Eu comprei bala ou chocolate. Não estou em casa e não está chovendo.
Eu comprei bala e também comprei a chocolate, está Sem chuva, você pode sair, ta?(V)
certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma p q p ↔q
forma se eu comprei apenas chocolate.
Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará V V V
certo.
MATEMÁTICA

V F F
F V F
F F V

82
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(EBSERH – ÁREA MÉDICA – CESPE – 2018) A respei-


to de lógica proposicional, julgue o item que se segue.
Se P, Q e R forem proposições simples e se ~R indicar
a negação da proposição R, então, independentemente
dos valores lógicos V = verdadeiro ou F = falso de P, Q e
R, a proposição P→Q∨(~R) será sempre V.

( )CERTO ( )ERRADO

Resposta: Errado
Se P for verdadeiro, Q falso e R falso, a proposição é Completando a tabela, se necessário, assinale a opção
falsa. que mostra, na ordem em que aparecem, os valores ló-
gicos na coluna correspondente à proposição S, de cima
2. (TRT 7ª REGIÃO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – para baixo.
CESPE – 2017)
a) V / V / F / F / F / F / F / F.
Texto CB1A5AAA – Proposição P b) V / V / F / V / V / F / F / V.
c) V / V / F / V / F / F / F / V.
A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciá- d) V / V / V / V / V / V / V / V.
rias, mas não apresentou os comprovantes de pagamen- e) V / V / V / F / V / V / V / F.
to; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado. Resposta: Letra D
A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela- A proposição S é composta por: (p∧q)→(r∨p)
-verdade para representar todas as combinações possí- P Q R p∧q r∨p S(p∧q)→(r∨p)
veis para os valores lógicos das proposições simples que
compõem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a V V V V V V
a) 32. V V F V V V
b) 4.
V F V F V V
c) 8.
d) 16. V F F F V V
F V V F V V
Resposta: Letra C. P: A empresa alegou ter pago suas
obrigações previdenciárias. F V F F F V
Q: apresentou os comprovantes de pagamento. F F V F V V
R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo F F F F F V
ex-empregado.
Número de linhas: 2³=8
TAUTOLOGIA
3.(SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
CIÁRIA – CESPE – 2017) A partir das proposições sim- Definição: Chama-se tautologia, toda proposição
ples P: “Sandra foi passear no centro comercial Bom Pre- composta que terá a coluna inteira de valor lógico V.
ço”, Q: “As lojas do centro comercial Bom Preço estavam Podemos ter proposições SIMPLES que são falsas e se
realizando liquidação” e R: “Sandra comprou roupas a coluna da proposição composta for verdadeira é tau-
nas lojas do Bom Preço” é possível formar a proposição tologia.
composta S: “Se Sandra foi passear no centro comercial Vamos ver alguns exemplos.
Bom Preço e se as lojas desse centro estavam realizan-
do liquidação, então Sandra comprou roupas nas lojas A proposição ~(p∧p) é tautologia, pelo Princípio da
do Bom Preço ou Sandra foi passear no centro comercial não contradição. Está lembrado?
Bom Preço”. Considerando todas as possibilidades de as Princípio da não Contradição: uma proposição não
proposições P, Q e R serem verdadeiras (V) ou falsas (F), é pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
possível construir a tabela-verdade da proposição S, que
está iniciada na tabela mostrada a seguir.
P ~p p∧~p ~(p∧~p)
MATEMÁTICA

V F F V
F V F V

83
A proposição p∨ ~p é tautológica, pelo princípio do P Q ~p p∨~p p∨~p→q
Terceiro Excluído.
Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou” V V F V V
é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um V F F V F
desses casos e nunca um terceiro caso.
F V V V V
F F V V F
P ~p p∨~p
V F V Deu pelo menos uma falsa e agora?
F V V Não é tautologia.

Esses são os exemplos mais simples, mas normalmen- Referências


te conseguiremos resolver as questões com base na ta- ALENCAR FILHO, Edgar de. Iniciação a lógica mate-
bela verdade, por isso insisto que a tabela verdade dos mática. São Paulo: Nobel – 2002.
operadores, têm que estar na “ponta da língua”, quase
como a tabuada da matemática.
Veremos outros exemplos. EXERCÍCIO COMENTADO
Exemplo 1
Vamos pensar nas proposições: 1.(INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE –
P: João é estudante. 2016) Com relação a lógica proposicional, julgue o item
Q: Mateus é professor. subsequente.
Se João é estudante, então João é estudante ou Ma- Considerando-se as proposições simples “Cláudio pratica
teus é professor. esportes” e “Cláudio tem uma alimentação balanceada”,
é correto afirmar que a proposição “Cláudio pratica es-
Em simbologia: p→p∨q portes ou ele não pratica esportes e não tem uma ali-
mentação balanceada” é uma tautologia.
P Q p∨q p→p∨q ( ) CERTO ( ) ERRADO
V V V V
V F V V Resposta: Errado
p: Cláudio pratica esportes.
F V V V q: Cláudio tem uma alimentação balanceada.
F F F V (p∨~p)∧~q

A coluna inteira da proposição composta deu verda- P ~P Q ~q p∨~P (p∨~p)∧~q


deiro, então é uma tautologia.
V F V F V F
Exemplo 2 V F F V V V
Com as mesmas proposições anteriores: F V V F V F
João é estudante ou não é verdade que João é estu-
dante e Mateus é professor. F V F V V V

p∨~(p∧q)
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
P Q p∧q ~(p∧q) p∨~(p∧q)
V V V F V Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente
V F F V V equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se
as tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊN-
F V F V V TICAS.
F F F V V Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguin-
te notação:
Novamente, coluna deu inteira com valor lógico ver- P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..)
dadeiro, é tautologia.
Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha,
Exemplo 3 mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas.
Se João é estudante ou não é estudante, então Ma-
MATEMÁTICA

teus é professor.

84
Regra da Dupla negação p q ~p ~q ~p→~q p∨~q
~~p⇔p V V F F V V
p ~p ~~p V F F V V V
V F V F V V F F F
F V F F F V V V V

São iguais, então ~~p⇔p Equivalências fundamentais (Propriedades Fun-


damentais): a equivalência lógica entre as proposições
Regra de Clavius goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

~p→p⇔p 1 – Simetria (equivalência por simetria)

a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
p ~p ~p→p
p q p∧q q∧p
V F V
V V V V
F V F
V F F F
Regra de Absorção F V F F
F F F F
p→p∧q⇔p→q
b) p ∨ q ⇔ q ∨ p
p q p∧q p→p∧q p→q
p q p∨q q∨p
V V V V V
V V V V
V F F F F
V F V V
F V F V V
F V V V
F F F V V
F F F F
Condicional
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são
as mais pedidas nos concursos. p q p∨q q ∨ p
V V F F
A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
-verdades idênticas V F V V
p ~p q p∧q p→q ~p∨q F V V V
V F V V V V F F F F
V F F F F F d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
F V V F V V
p q p↔q q↔p
F V F F V V
V V V V
Exemplo V F F F
p: Coelho gosta de cenoura
q: Coelho é herbívoro. F V F F
F F V V
p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é
herbívoro.
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her-
bívoro

A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção


p∨~q
MATEMÁTICA

85
Equivalências notáveis: b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)

1 - Distribuição (equivalência pela distributiva) p q r q p


p ∨ (q p∨ (p ∨ q) ∨
∨r ∨ r) q ∨r (p ∨ r)
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
V V V V V V V V
p q r q p ∧ (q p∧ p (p ∧ q) ∨ (p V V F V V V V V
∨r ∨ r) q ∧r ∧ r) V F V V V V V V
V V V V V V V V V F F F V V V V
V V F V V V F V F V V V V V V V
V F V V V F V V F V F V V V F V
V F F F F F F F F F V V V F V V
F V V V F F F F F F F F F F F F
F V F V F F F F
3 – Idempotência
F F V V F F F F
F F F F F F F F a) p ⇔ (p ∧ p)

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer


duas colunas com p
p q r q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧
∧r ∧ r) q ∨r (p ∨ r) p p p∧p
V V V V V V V V V V V
V V F F V V V V F F F
V F V F V V V V
b) p ⇔ (p ∨ p)
V F F F V V V V
p p p∨p
F V V V V V V V
V V V
F V F F F V F F
F F F
F F V F F F V F
F F F F F F F F 4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se
outra condicional equivalente à primeira, apenas inver-
2 - Associação (equivalência pela associativa) tendo-se e negando-se as proposições simples que as
compõem.
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r) Da mesma forma que vimos na condicional mais aci-
ma, temos outros modos de definir a equivalência da
condicional que são de igual importância.
p q r q p ∧ (q ∧ r) p∧q p (p ∧ q) ∧
∧r ∧r (p ∧ r) 1º caso: (p → q) ⇔ (~q → ~p)
V V V V V V V V
V V F F F V F F p q ~p ~q p→q ~q → ~p
V F V F F F V F V V F F V V
V F F F F F F F V F F V F F
F V V V F F F F F V V F V V
F V F F F F F F F F V V V V
F F V F F F F F
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
F F F F F F F F
p q ~p ~p → q ~q ~q → p
V V F V F V
MATEMÁTICA

V F F V V V
F V V V F V
F F V F V F

86
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p) Proposições Associadas a uma Condicional (se, en-
tão)
p q ~q p → ~q ~p q → ~p
Chama-se proposições associadas a p → q as três
V V F F F F proposições condicionadas que contêm p e q:
V F V V F V
– Proposições recíprocas: p → q: q → p
F V F V V V
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
F F V V V V – Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

5 - Pela bicondicional Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição


p q ~p ~q p→ q→ ~p → ~q →
q p ~q ~p
p q p↔q p→q q→p (p → q) ∧ (q → p) V V F F V V V V
V V V V V V V F F V F V V F
V F F F V F F V V F V F F V
F V F V F F F F V V V V V V
F F V V V V
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q) recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO
EQUIVALENTES.
p q p↔ ~q ~p ~q → ~p → (~q → ~p) ∧
q ~p ~q (~p → ~q)
V V V F F V V V EXERCÍCIOS COMENTADOS
V F F V F F V F
1. (TRF 1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE –
F V F F V V F F
2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora
F F V V V V V V menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
próximo item.
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q) Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”.
p q p p∧ ~p ~q ~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p
↔ ( ) CERTO ( ) ERRADO
q ~q ∧ ~q)
q
Resposta: Certo Uma dica é que normalmente quan-
V V V V F F F V do tem vírgula é condicional, não é regra, mas aconte-
V F F F F V F F ce quando você não acha o conectivo.
F V F F V F F F
2. (PC-PE – PERITO PAPILOSCOPISTA – CESPE –
F F V F V V V V 2016)

6 - Pela exportação-importação Texto CG1A06AAA

[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)] A Polícia Civil de determinado município prendeu, na


sexta-feira, um jovem de 22 anos de idade suspeito de
p q r p∧q (p ∧ q) → r q→r p → (q → r) ter cometido assassinatos em série. Ele é suspeito de cor-
tar, em três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar
V V V V V V V as partes em um matagal, na região interiorana do mu-
V V F V F F F nicípio. Ele é suspeito também de ter cometido outros
dois esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos
V F V F V V V
em que ele supostamente aparece executando os crimes
V F F F V V V Assinale a opção que é logicamente equivalente à pro-
F V V F V V V posição “Ele é suspeito também de ter cometido outros
MATEMÁTICA

dois esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos


F V F F V F V em que ele supostamente aparece executando os cri-
F F V F V V V mes”, presente no texto CG1A06AAA.
F F F F V V V

87
a) Se foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele é suspei-
to também de ter cometido esses crimes.
b) Ele não é suspeito de outros dois esquartejamentos, já que não foram encontrados vídeos em que ele supostamente
aparece executando os crimes.
c) Se não foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele não
é suspeito desses crimes.
d) Como ele é suspeito de ter cometido também dois esquartejamentos, foram encontrados vídeos em que ele supos-
tamente aparece executando os crimes.
e) Foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, pois ele é tam-
bém suspeito de ter cometido esses crimes.

Resposta: A A expressão já que=pois


Que se for escrita com a condicional, devemos mudar as proposições de lugar.
Se foram encontrados vídeos em que ele supostamente aparece executando os dois esquartejamentos, ele é suspei-
to também de ter cometido esses crimes.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.

Negação de uma proposição composta

Definição: Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.
Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que saber qual a equivalência da negação para compor uma frase,
por exemplo.

Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)

Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.

~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)


p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)

Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.

~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)


p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.
MATEMÁTICA

88
Negação de uma disjunção exclusiva

~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)
p q p∨q ~( p∨q) p↔q
V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional

Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.

~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)
p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

Negação de uma bicondicional

~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

P Q p↔q p→q q→p p → q) ∧ (q → p)] ~[(p → q) ∧ (q → p ∧ ~q q ∧ ~p [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧


p)] ~p)]
V V V V V V F F F F
V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)

a) De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)


P ~P ~ (~p)
V F V
F V F

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte
da condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2ª parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1ª vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2ª vez:
~(p ∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equiva-
lente à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ ~p ∨ q

EXERCÍCIOS COMENTADOS
MATEMÁTICA

1. (TRF 1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora
menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o próximo item.
A negação da proposição P pode ser expressa por “Quem não pode mais, não chora menos”

( ) CERTO ( ) ERRADO

89
Resposta: Errado. Negação de uma condicional: Argumentos inválidos
mantém a primeira e nega a segunda
Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo
2. (PC-PE – PERITO CRIMINAL – CESPE – 2016) Con- ou mal construído), quando as verdades das premissas
sidere as seguintes proposições para responder a ques- são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
tão. Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometen- conclusão uma contradição (F).
do delito, então há punição de criminosos.
2. Métodos para testar a validade dos argumentos
P2: Se há punição de criminosos, os níveis de violência
não tendem a aumentar. (IF-BA – ADMINISTRADOR – FUNRIO – 2016) Ou
João é culpado ou Antônio é culpado. Se Antônio é ino-
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a cente então Carlos é inocente. João é culpado se e so-
população não faz justiça com as próprias mãos. mente se Pedro é inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo,
Assinale a opção que apresenta uma negação correta da a) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são cul-
proposição P1. pados.
b) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
a) Se não há punição de criminosos, então não há investi- culpados.
gação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito. c) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são cul-
b) Há punição de criminosos, mas não há investigação pados.
nem o suspeito é flagrado cometendo delito. d) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são
c) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo culpados.
delito, mas não há punição de criminosos.
e) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul-
d) Se não há investigação ou o suspeito não é flagrado
pado.
cometendo delito, então não há punição de crimino-
sos.
Resposta: Letra E.
e) Se não há investigação e o suspeito não é flagrado co-
Vamos começar de baixo pra cima.
metendo delito, então não há punição de criminosos.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
Resposta: Letra C Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda. Se Antônio é inocente então Carlos é inocente.
Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo João é culpado se e somente se Pedro é inocente.
delito e não há punição de criminosos. Ora, Pedro é inocente.
No caso, a questão ao invés de “e”utilizou mas (V)

Sabendo que Pedro é inocente,


ARGUMENTOS João é culpado se e somente se Pedro é inocente.
João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira
Um argumento é um conjunto finito de premissas se ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
(proposições), sendo uma delas a consequência das de-
mais. Tal premissa (proposição), que é o resultado de- João é culpado se e somente se Pedro é inocente
dutivo ou consequência lógica das demais, é chamada (V) (V)
conclusão. Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... Ora, Pedro é inocente
∧ Pn → Q (V)
OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧
... ∧ Pn → Q, também poderá ser representada pela se- Sabendo que João é culpado, vamos analisar a pri-
guinte forma: meira premissa.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva
só é verdadeira se apenas uma das proposições for.

Se Antônio é inocente então Carlos é inocente.


Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a
condicional só será verdadeira se a segunda proposição
1. Argumentos válidos também for.
MATEMÁTICA

Um argumento é válido quando a conclusão é verda- Então, temos:


deira (V), sempre que as premissas forem todas verda- Pedro é inocente, João é culpado, António é inocente
deiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido e Carlos é inocente.
quando a conclusão é uma consequência obrigatória das
verdades de suas premissas.

90
É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
afirmação ser verdadeira.
EXERCÍCIO COMENTADO O quantificador existencial
O quantificador existencial é indicado pelo símbolo
1. (DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – “∃” que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe
2016) Considere que as seguintes proposições sejam um”.
verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Exemplos:
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. (∃x)(x + 5 = 9)
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (ver-
• Quando Fernando está estudando, não chove. dadeira).
• Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, jul- Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem... claro
gue o item subsecutivo. que existe algum número que essa afirmação será ver-
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudan- dadeira.
do.
Ok? Sem maiores problemas, certo?
( ) CERTO ( ) ERRADO
Representação de uma proposição quantificada
Resposta: Errado
• Durante a noite, faz frio. (∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15)
V Quantificador: ∀
Condição de existência da variável: x ∈ N.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Predicado: x + 3 > 15.
F F
(∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)]
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Quantificador: ∃
V V Condição de existência da variável: não há.
Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
F F Negações de proposições quantificadas ou funcionais
Seja uma sentença (∀x)(A(x)).
• Quando Fernando está estudando, não chove. Negação: (∃x)(~A(x))
V/F V
Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es- Exemplo
tava estudando. (∀x)(2x-1=3)
Não tem como ser julgado. Negação: (∃x)(2x-1≠3)
Seja uma sentença (∃x)(Q(x)).
Negação: (∀x)(~Q(x)).
DIAGRAMAS LÓGICOS (∃x)(2x-1=3)
Negação: (∀x)(2x-1≠3)
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro-
posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solu- 1. Definição das proposições
ção requer que desenhemos figuras, os chamados dia-
gramas. Todo A é B.

Quantificadores são elementos que, quando asso- O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo
ciados às sentenças abertas, permitem que as mesmas elemento de A também é elemento de B.
sejam avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, pas-
sam a ser qualificadas como sentenças fechadas. Podemos representar de duas maneiras:

O quantificador universal
O quantificador universal, usado para transformar
sentenças (proposições) abertas em proposições fecha-
das, é indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer
que seja”, “para todo”, “para cada”.
MATEMÁTICA

Exemplo:
(∀x)(x + 2 = 6)
Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6”
(falsa).

91
Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como
ficam os valores lógicos das outras?

Pensemos nessa frase: Toda criança é linda.

Nenhum A é B é necessariamente falsa.


Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
que TODA criança é linda? Por isso é falsa.

Algum A é B é necessariamente verdadeira.


Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
lindas. b) Todos os elementos de A estão em B.

Algum A não é B necessariamente é falsa, pois A está


contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos im-
possível, pois todas são.

Nenhum A é B.

A e B não terão elementos em comum.

c) Todos os elementos de B estão em A

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver


como ficam os valores lógicos das outras?
Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-
trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)

Todo A é B é necessariamente falsa.


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?
Algum A é B é necessariamente falsa. d) O conjunto A é igual ao conjunto B.
Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

Algum A não é B necessariamente verdadeira.


Algum cachorro não é gato. Ah, sim! Espero que to-
dos não sejam, mas se já está dizendo “algum” vou con-
cordar.

Algum A é B.

Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em


comum com o conjunto B

Temos 4 representações possíveis


Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como
a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- ficam os valores lógicos das outras?
tos em comum. Frase: Algum copo é de vidro.
MATEMÁTICA

Nenhum A é B é necessariamente falsa.


Nenhum copo é de vidro.
Com frase fica mais fácil né? Porque assim, consegui-
mos ver que é falsa, pois acabei de falar que algum copo
é de vidro, ou seja, tenho pelo menos 1 copo de vidro.

92
Todo A é B. Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
Não conseguimos determinar, podendo ser verda- como ficam os valores lógicos das outras?
deira ou falsa (podemos analisar também os diagramas Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior.
mostrados nas figuras a e c). Frase: Algum copo não é de vidro.
Todo copo é de vidro.
Pode ser que sim, ou não. Nenhum A é B é indeterminada (contradição com as
figuras a e b).
Algum A não é B. Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
Não conseguimos determinar, podendo ser verdadei- todos não são de vidro.
ra ou falsa (contradiz com as figuras b e d)
Algum copo não é de vidro. Todo A é B é necessariamente falsa.
Como não sabemos se todos os copos são de vidros, Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo
pode ser verdadeira. não era.
Algum A é B é indeterminada.
Algum A não é B.
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não Algum copo é de vidro, não consigo determinar se
pertence ao conjunto B. tem algum de vidro ou não.

Aqui teremos 3 modos de representar:

a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- EXERCÍCIOS COMENTADOS


tos em comum.

1. (PC-RS – ESCRIVÃO – FUNDATEC – 2018) Supondo


a verdade da sentença aberta: Alguns investigados são
advogados mas nem todos os investigados têm domicí-
lio conhecido. Podemos deduzir a verdade da alternativa:

a) Todos investigados são advogados e têm domicílio co-


nhecido.
b) Todos investigados são advogados e não têm domicí-
lio conhecido.
c) Alguns investigados são advogados e têm domicílio
conhecido.
b) Todos os elementos de B estão em A. d) Alguns investigados são advogados e alguns investi-
gados têm domicílio conhecido.
e) Alguns investigados são advogados e alguns investi-
gados não têm domicílio conhecido.

Resposta: Letra E Nem todos os investigados têm do-


micilio = Existem investigados que não têm domicilio.

2. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –


UFES – 2017) Em um determinado grupo de pessoas,

• todas as pessoas que praticam futebol também prati-


cam natação,
• algumas pessoas que praticam tênis também praticam
futebol,
c) Não há elementos em comum entre os dois con- • algumas pessoas que praticam tênis não praticam na-
juntos. tação.

É CORRETO afirmar que no grupo

a) todas as pessoas que praticam natação também pra-


ticam tênis.
b) todas as pessoas que praticam futebol também pra-
ticam tênis.
MATEMÁTICA

c) algumas pessoas que praticam natação não praticam


futebol.
d) algumas pessoas que praticam natação não praticam
tênis.

93
e) algumas pessoas que praticam tênis não praticam fu- Ao representarmos uma sequência numérica, deve-
tebol. mos colocar seus elementos entre parênteses. Veja al-
guns exemplos de sequências numéricas:
Resposta: Letra E.
Ex: (2,4,6,8,10,12,…) - números pares positivos.
Ex: (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11...) - números naturais.
Ex: (10,20,30,40,50...) - números múltiplos de 10.
Ex: (10,15,20,30) - múltiplos de 5, maiores que 5 e me-
nores que 35.
Pelos exemplos, observou-se dois tipos básicos de
sequências:
Sequência finita: Sequência numérica onde a quanti-
dade dos elementos é finita.
Sequência infinita: Sequência que seus elementos
seguem ao infinito.

2. Representação
3. (SEPOG-RO – TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – FGV – 2017) Consi- Em uma sequencia numérica qualquer, o primeiro
dere a afirmação: termo será representado por uma letra minúscula segui-
“Toda pessoa que faz exercícios não tem pressão alta”. do de sua posição na sequência. Assim, o primeiro termo
De acordo com essa afirmação é correto concluir que é representado por , o segundo termo é , o terceiro e
assim por diante.
a) se uma pessoa tem pressão alta então não faz exer-
cícios.
b) se uma pessoa não faz exercícios então tem pressão #FicaDica
alta.
c) se uma pessoa não tem pressão alta então faz exer- Na matemática, achar uma expressão que
cícios. possa descrever a sequência numérica em
d) existem pessoas que fazem exercícios e que têm pres- função da posição do termo na mesma
são alta. torna-se conveniente e necessário para
e) não existe pessoa que não tenha pressão alta e não se usar essa teoria. Os exemplos a seguir
faça exercícios. exemplificam esse conceito:

Resposta: Letra A Se toda pessoa que faz exercício Ex: (1,2,3,4,…)→Essa sequência pode ser descrita
não tem pressão alta, ora, se a pessoa tem pressão como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é
alta, então não faz exercício. exatamente o valor de sua posição.
Ex: (5,8,11,14,…)→Essa sequência pode ser descrita
como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é o
Referências triplo da sua posição somado 2.
CARVALHO, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série
Provas e Concursos, 2010. Ex: (0,3,8,15,…)→ Essa sequência pode ser descrita
como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é o
quadrado da sua posição subtraído 1.
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS Essa expressão de an é definida como expressão do
termo geral da sequência.
1. Definição

O diário do professor é composto pelos nomes de


seus alunos e esses nomes obedecem a uma ordem (são EXERCÍCIO COMENTADO
escritos em ordem alfabética). Essa lista de nomes (diá-
rio) pode ser considerada uma sequência. Os dias do mês 1. (FCC-2016 – MODIFICADO) Determine o termo ge-
são dispostos no calendário obedecendo a certa ordem ral
que também é um tipo de sequência. Assim, sequências 1 3 5 7
estão presentes no nosso dia a dia com mais frequência an da sequência numérica , , , , … , an
que você pode imaginar. 2 4 6 8
MATEMÁTICA

A definição formal de sequência é todo conjun- Resposta: Mediante análise dos termos da sequência,
to ou grupo no qual os seus elementos estão escritos nota-se que termo geral é
em uma determinada ordem ou padrão. No estudo da 2n − 1
matemática estudamos obviamente, as sequências nu- an =
méricas. 2n

94
2. (FCC-2016) A sequência numérica 1/2, 3/4, 5/6, 7/8;...é an = ap + n − p � r
ilimitada e criada seguindo o mesmo padrão lógico. A a5 = a1 + 5 − 1 � r
diferença entre o 500º e o 50º termos dessa sequência a5 = 7 + 4 � 3
é igual a:
a5 = 19
a) 0,9
b) 9
c) 0,009 Ou seja, o quinto termo desta PA é 19.
d) 0,09
e) 0,0009 b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter
a razão da PA.
Resposta: Letra C. Utilizando o termo geral dessa
2n−1 Ex: O terceiro termo da PA é 2 e o sexto é -1, qual será
sequência an = , facilmente a500 e a50 são a razão da PA?
2n
identificados. Substituindo para n=500 e n=50, chega- Temos então a3 = 2 e a6 = −1 e queremos achar r.
-se ao resultado. Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p =
3 e n = 6. Assim:

PROGRESSÃO ARITMÉTICA an = ap + n − p � r
a6 = a3 + 6 − 3 � r
1. Definição
−1 = 2 + 3 � r
As progressões aritméticas, conhecidas com “PA”, são 3r = −3
sequências de números, que seguem um determinado r = −1
padrão. Este padrão caracteriza-se pelo termo seguinte
da sequência ser o termo anterior adicionado de um va-
lor fixo, que chamaremos de constante da PA, represen- Ou seja, a razão desta PA é -1.
tado pela letra “r”.
Os exemplos a seguir ilustrarão a definição acima: 3. Soma dos termos
a) S={1,2,3,4,5…} : Esta seqüência é caracterizada por
sempre somar o valor 1 no termo seguinte, ou seja, tra-
Outro ponto importante de uma progressão arit-
ta-se de uma PA com razão . Se , classificaremos com PA
mética é a soma dos termos. Considerando uma PA
crescente.
que queremos saber a soma dos 5 primeiros termos:
b) S={13,11,9,7,5…} : Também podemos ter sequên-
S={2,4,6,8,10…}. Como são poucos termos e sabemos to-
cias onde ao invés de somar, estaremos subtraindo um
dos eles, podemos simplesmente somá-los: 2+4+6+8+10
valor fixo. Neste exemplo, o termo seguinte é o termo
= 30. Agora, considere que você saiba apenas o primei-
anterior subtraído 2, assim, trata-se de uma PA com ra-
ro e o quinto termo, ou seja: a1 = 2 e a5 = 10 e .
zão . Se , classificaremos com PA decrescente.
Como você calcularia a soma dos 5 termos?
c) S={4,4,4,4,4…} : Além disso, podemos ter uma se-
O jeito que você aprendeu até agora seria obter os
quência de valores constantes, nesse caso, é como se
outros termos e a razão a partir da expressão do termo
estivéssemos somando 0 ao termos. Assim, se , classifica-
geral, porém você teria que fazer muitas contas para che-
remos com PA constante.
gar ao resultado, gastando tempo. Como a PA segue um
padrão, foi possível deduzir uma expressão que dependa
2. mTermo Geral
apenas do primeiro termo e do último:
Dado esta lógica de formação das progressões arit- a1 + an � n
méticas, pode-se definir o que chamamos de “expressão Sn =
2
do termo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática
que relaciona dois termos de uma PA com a razão r:
Assim, com , a1 = 2, a5 = 10 e n = 5 , podemos
an = ap + n − p � r , com n ∈ ℕ∗ calcular a soma:

Onde an e ap são termos quaisquer da PA. Essa ex- 2 + 10 � 5 12 � 5 60


pressão geral pode ser utilizada de 2 formas:
Sn = = = = 30
2 2 2
a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon-
Ou seja, não precisamos saber nem a razão da PA
trar outro termo.
para acharmos a soma.
Ex: O primeiro termo da PA igual a 7 e a razão é 3,
qual é o quinto termo?
4. Propriedades
Temos então a1 = 7 e r = 3 e queremos achar a5.
MATEMÁTICA

Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p =


As progressões aritméticas possuem algumas pro-
1 e n = 5. Assim:
priedades interessantes que podem ser exploradas em
provas de concursos:

95
P1: Para três termos consecutivos de uma PA, o termo médio é a média aritmética dos outros dois termos.
Essa propriedade é fácil de verificar com o exemplo: Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA sendo
an−1, an e an+1 .Podemos afirmar a partir da fórmula do termo geral que:
an = an−1 + r
an = an+1 – r

Somando as duas expressões:

2an = an−1 + r + an +1 − r
2an = an−1 + an + 1

O que leva a:
an−1 + an + 1
an =
2

P2: Termos equidistantes dos Extremos. Numa sequência finita, dizemos que dois termos são equidistantes dos ex-
tremos se a quantidade de termos que precederem o primeiro deles for igual à quantidade de termos que sucederem
ao outro termo. Assim, na sucessão:
(a1 , a2 , a3, a4 , . . . , ap , . . . , ak , . . . , an 3 , an 2 , an 1 , an ),
− − −

Temos:
a2 e an 1 são termos equidistantes dos extremos;

a3 e an 2 são termos equidistantes dos extremos;

a4 e an 3 são termos equidistantes dos extremos.

Nota-se que sempre que dois termos são equidistantes dos extremos, a soma dos seus índices é igual ao valor de n
+ 1. Assim sendo, podemos generalizar que, se os termos e são equidistantes dos extremos, então:
p + k = n+1

FIQUE ATENTO!
Com as considerações anteriores, temos que numa PA com termos, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é constante e igual a soma do primeiro termo com o último termo.

Ex: Sejam, numa PA de termos, ap e ak termos equidistantes dos extremos, teremos, então:

ap = a1 + (p – 1) � r ⇒ ap = a1 + p � r – r
ak = a1 + (k – 1) � r ⇒ ak = a1 + k � r – r
Somando as expressões:

ap + ak = a1 + p � r – r + a1 + k � r – r
ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) � r
Considerando que p + k = n + 1 , ficamos com:

ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1) � r
ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) � r
MATEMÁTICA

ap + ak = a1 + an

96
Os exemplos a seguir ilustrarão melhor essas defini-
ções:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
a) S={2,4,8,16,32…}: Esta sequência é caracterizada
1. Em relação à progressão aritmética (10, 17, 24, …), de- por sempre multiplicar o termo anterior por uma
termine: razão constante, q = 2. Como os termos subse-
qüentes são maiores, temos uma PG crescente (ca-
a) o termo geral dessa PA; racterizada por q > 0 )
b) o seu 15° termo;
1 1 1
b) S = {9,3,1, , , … }: Esta sequência
Resposta: a) Para encontrar o termo geral da progres- 3 9 sempre
é caracterizada por 27 multiplicar o ter-
1
são aritmética, devemos, primeiramente, determinar a mo anterior por uma razão constante q =
razão r: 3
, ou seja, estar sendo dividida sempre por 3. As-
r = a2 – a1 sim, como os termos subseqüentes são menores,
r = 17 – 10 temos uma PG decrescente (caracterizada por
r=7 a1 > 0 e 0 < q < 1 ).
A razão é 7, e o primeiro termo da progressão (a1) é 10.
Através da fórmula do termo geral da PA, temos: c) S={-1,-2,-4,-8 ,-16,…}: Esta sequência é caracteri-
zada por sempre multiplicar o termo anterior por
an = a1 + (n – 1). r uma constante q=-2. Assim, como os termos sub-
an = 10 + (n – 1). 7 seqüentes são menores, temos outro caso de PG
Portanto, o termo geral da progressão é dado por an = decrescente (caracterizada por a1 < 0 e q > 1 ).
10 + (n – 1). 7.
d) S={1,-4,16,-64,256…}: Esta sequência mostra alter-
b)  Como já encontramos a fórmula do termo geral, nância de sinal entre os termos. A razão neste caso
vamos utilizá-la para encontrar o 15° termo. Tendo em é q=-4 e quando isto ocorre, definimos como PG
vista que n = 15, temos então: alternada. (caracterizada por q < 0 ).

an = 10 + (n – 1). 7 e) S={5,5,5,5,5,5,…}: Esta sequência possui termos


a15 = 10 + (15 – 1). 7 constantes e é caracterizada por ter uma razão
a15 = 10 + 14 . 7 q=1. Neste caso, é definido o que chamamos de
a15 = 10 + 98 PG constante.
a15 = 108

O 15° termo da progressão é 108. FIQUE ATENTO!


Atenção as definições de PG decrescente e
2. (CONED-2016) Em uma PA com 12 termos, a soma PG alternada, muitos alunos se confundem
dos três primeiros é 12 e a soma dos dois últimos é 65. A e dizem que PG decrescente ocorre quando
razão dessa PA é um número: , em uma analogia a PA.
a) Múltiplo de 5
b) Primo 2. Termo Geral
c) Com 3 divisores positivos
d) Igual a média geométrica entre 9 e 4 Dado esta lógica de formação das progressões geo-
e) Igual a 4! métricas, podemos também definir a “expressão do ter-
mo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática que rela-
Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do termo ge- ciona dois termos de uma PG com a razão q:
ral nas duas considerações do enunciado, chega-se a an = ap � qn−p , n ∈ ℕ∗ , q ∈ ℝ
razão igual a 3, que é um número primo
Onde an e ap são termos quaisquer da PG. Essa ex-
pressão geral pode ser utilizada de 2 formas:
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon-
trar outro termo. Exemplo: O primeiro termo da PG igual
1. Definição a 5 e a razão é 2, qual é o quarto termo?

As progressões geométricas, conhecidas com “PG”, Resolução: Temos então a1 = 5 e q = 2 e quere-


são sequências de números, como as PA, mas seu padrão mos achar a4 . Substituindo na fórmula do termo geral,
MATEMÁTICA

está relacionado com a operação de multiplicação e di- temos que p = 1 e n = 4. Assim:


visão. Ou seja, o termo seguinte de uma PG é composto
pelo termo anterior multiplicado por uma razão cons-
tante, que será chamada de “q”.

97
Com o primeiro termo obtido, podemos encontrar a
an = ap � qn−p somatória (com n=4):
a4 = a1 � q4−1
a4 = 5 � 23 a1 qn − 1
Sn =
a4 = 5 � 8 = 40 q−1

Ou seja, o quarto termo desta PG é 40. a1 q4 − 1


S4 =
b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter
q−1
a razão da PG. Exemplo: O segundo termo da PG é 3 e
o quarto é 1/3, qual será a razão da PG, sabendo que 4 34 − 1
q<0 ? S4 =
3−1
1
Resolução: Temos então a2 = 3 e a4 = e que-
3
remos achar q. Substituindo na fórmula do termo geral, 4 � 343 − 1
temos que p = 2 e n = 4. Assim: S4 = = 2 � 342 = 684
2
an = ap � qn−p Assim, a soma dos primeiros quatro termos desta PG
é igual a 684.
a4 = a2 � q4−2
1 4. Soma da PG infinita
= 3 � q2
3 Além da soma dos “n” primeiros termos, as progres-
1 sões geométricas possuem uma particularidade. Para PG
q2 = com , ou seja, para PG decrescentes ou alternadas, pode-
9
mos definir a “soma da PG infinita”. Em outras palavras,
se tivermos uma PG com infinitos termos com q < 1
, podemos obter a somar todos eles e obter um valor
finito. A fórmula da PG infinita é apresentada a seguir:
a1
S∞ =
1−q
Como q < 0 , temos que a razão dessa PG é -1/3.

3. Soma finita dos termos


#FicaDica
Seguindo o mesmo princípio da PA, temos na PG a
somatória dos “n” primeiros termos também. Uma fór- A fórmula é bem simples e como na fór-
mula foi deduzida e está apresentada a seguir: mula da soma dos “n” primeiros termos,
temos dependência apenas do primeiro
a1 � qn − 1 termo e da razão.
Sn =
q−1
Exemplo: Calcule a soma infinita da seguinte PG:
O ponto interessante desta fórmula é que ela depen-
de apenas da razão e do primeiro termo, sem a necessi- 1 1 1 1 1
dade de obter o termo . Caso você tenha qualquer outro S = {1, , , , , ,…�
2 4 8 16 32
termo e a razão q, você obtém primeiramente o primeiro
termo com a fórmula do termo geral e depois obtém a
soma. O exemplo a seguir ilustra isso: Resolução: Como se trata de uma PG decrescen-
Exemplo: Calcule a soma dos quatro primeiros temos te com a1 = 1 e q = , ela atende aos requisitos da
1

de uma PG, com q = 3 e a2 = 12 soma infinita: Substituindo na fórmula:


2

Resolução: Para aplicar a fórmula da soma, é necessá-


rio obter o primeiro termo da PG. Usando o termo geral
(com n=2 e p=1):
an = ap � qn−p
MATEMÁTICA

a2 = a1 � q2−1
12 = a1 � 31
a1 = 4

98
a1
S∞ =
1−q HORA DE PRATICAR!

1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,


1 cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
S∞ =
1 gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
1− 20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
2
organizador da festa deveria comprar para alimentar as
1 20 pessoas? 
S∞ = =2
1 a) 12
2 b) 13
Ou seja, a soma dos termos desta PG infinita vale 2. c) 15
d) 25

2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa


EXERCÍCIO COMENTADO CORRETA:
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
1. (FUNAI – CONHECIMENTOS GERAIS – II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
ESAF/2016) O limite da série infinita S de razão 1/3, III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3
1 1 é:
S = 9 + 3 + 1 + + + ⋯) a) I somente
3 9
b) I e II somente
a) 13,444... c) I e III somente
b) 13,5 d) I, II e III
c) 13,666...
d) 13,6 3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2
e) 14 é equivalente à:

Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula da PG infinita a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2


a1 b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2
S∞ = , chega-se na resposta. c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2
1−q
d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2
e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
2. Determine o valor do sexto termo da seguinte pro-
gressão geométrica (1, 2, 4, 8, ...). 4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da
expressão: 34 + 14.4⁄2 − 4 ?
Resposta: a6 = 32
Nota-se que a razão da progressão geométrica é igual a) 58
a 2. Então, tem-se que: b) -31
an = ap � qn−p c) 92
d) -96
a6 = a1 � q6−1
a6 = 1 � 25 = 32 5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de
700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci-
mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
o número mínimo de viagens que serão necessárias para
realizar o transporte de toda a carga é de:

a) 4
b) 5
c) 2
d) 6
e) 3
MATEMÁTICA

99
6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia 12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à
de expediente em um escritório. Para conseguir um dia primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o
extra de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que que ocorrerá com o total?
trabalharia 20 minutos a mais por dia de expediente pelo
número de dias necessários para compensar as horas de a) -2
um dia do seu trabalho. O número de dias de expediente b) -1
que Roberto teve que trabalhar a mais para conseguir c) +1
seu dia de folga foi igual a Parte superior do formulário d) +2
e) +3
a) 16
b) 15 13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsito
c) 18 – IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de
d) 13 18.414 é:
e) 12
a) 27
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão: b) 31
1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é c) 37
d) 22
a) 0
b) 11 14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4.
c) 12
d) 29 a) 23418
e) 32 b) 65000
c) 38036
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no d) 24004
Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, se- e) 58617
gundo as informações? Tempo no Brasil: Instável a enso-
larado no Sul. Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul. 15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI-
Máxima prevista 37° no Piauí. ZACIONAIS – COPEVE/2014)

a) 34 Critério de divisibilidade por 11


b) 36
c) 38 Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por
d) 40 9. Um número é divisível por 11 quando a soma alter-
e) 42 nada dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma
alternada queremos dizer que somamos e subtraímos
9. Qual é o produto de três números inteiros consecuti- algarismos alternadamente (539  5 - 3 + 9 = 11).
vos em que o maior deles é –10? Disponível em:<http://educacao.globo.com>  . Acesso
em: 07 maio 2014.  
a) -1320
b) -1440 Se A e B são algarismos do sistema decimal de numera-
c) +1320 ção e o número 109AB é múltiplo de 11, então
d) +1440
e) nda a) B = A
b) A+B=1
10. Três números inteiros são consecutivos e o menor c) B-A=1
deles é +99. Determine o produto desses três números. d) A-B=10
e) A+B=-10
a) 999.000
b) 999.111
c) 999.900 16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR-
d) 999.999 MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
e) 1.000.000 irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x
é divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020,
11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplican- João completará a seguinte idade:
do a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?
a) 32
MATEMÁTICA

a) 726 b) 30
b) 738 c) 28
c) 744 d) 26
d) 752
e) 770

100
17. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS- 22. (PREF. SANTA TERIZINHA DO PROGRESSO-SC
TRATIVO – IDHTEC/2016) O número 102 + 101 + 100 é – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CURSIVA/2018)
a representação de que número? Acerca dos números primos, analise.
I- O número 11 é um número primo;
a) 100 II- O número 71 não é um número primo;
b) 101 III- Os números 20 e 21 são primos entre si.
c) 010
d) 111 Dos itens acima:
e) 110
a) Apenas o item I está correto.
18. (TRF-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) O b) Apenas os itens I e II estão corretos.
resultado da expressão numérica 53 : 51 × 54 : 5 × 55 : 5 : c) Apenas os itens I e III estão corretos.
56 - 5 é igual a : d) Todos os itens estão corretos.

a) 120. 23. (SAMAE DE CAXIAS DO SUL –RS – OPERADOR


DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO
b)
1 – OBJETIVA/2017) Marcar C para as afirmativas Certas,
5 E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apre-
c) 55. senta a sequência CORRETA:
d) 25. (---) Pertencem ao conjunto dos números naturais ímpa-
e) 620. res os números ímpares negativos e os positivos.
(---) O número 72 é divisível por 2, 3, 4, 6, 8 e 9
19. (FEI-SP) O valor da expressão B = 5 . 108 . 4 . 10-3 é: (---) A decomposição do número 256 em fatores primos
é 27
(---) Considerando-se os números 84 e 96, é correto afir-
a) 206
mar que o máximo divisor comum é igual a 12.
b) 2 . 106
c) 2 . 109
a) E - E - C - C.
d) 20 . 10-4
b) E - C - C - E.
c) C - E - E - E.
20. (PREF. GUARULHOS-SP –ASSISTENTE DE GES-
d) E - C - E - C.
TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita
e) C - E - C - C.
monitorada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos
do 9º ano de certa escola foram divididos em grupos, 24. (PREF. GUARULHOS-SP – AGENTE ESCOLAR
todos com o mesmo número de alunos, sendo esse nú- – VUNESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco
mero o maior possível, de modo que cada grupo tivesse estudantes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam
somente alunos de um único ano e que não restasse ne- cursando o ensino superior, segundo dados do Instituto
nhum aluno fora de um grupo. Nessas condições, é cor- Brasileiro de Geografia e Estatística. Supondo-se que na-
reto afirmar que o número total de grupos formados foi quele ano 2,4 milhões de estudantes, naquela faixa etária,
não estivesse cursando aquele nível de ensino, o número
a) 8 dos que cursariam o ensino superior, em milhões, seria:
b) 12
c) 13 a) 3,0
d) 15 b) 3,2
e) 18 c) 3,4
d) 3,6
21. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS- e) 4,0
TRATIVO – IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer
um percurso em 12 min, enquanto outro faz o mesmo
percurso 15 min. Considerando que o percurso é circular
e que os ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo
local, após quanto tempo eles se encontrarão?

a) 15 min
b) 30 min
c) 1 hora
d) 1,5 horas
e) 2 horas
MATEMÁTICA

101
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 B ________________________________________________
2 C _________________________________________________
3 D _________________________________________________
4 A
_________________________________________________
5 E
6 C _________________________________________________
7 B _________________________________________________
8 D
_________________________________________________
9 A
_________________________________________________
10 C
11 B _________________________________________________
12 E _________________________________________________
13 C
_________________________________________________
14 B
15 C _________________________________________________
16 B _________________________________________________
17 D _________________________________________________
18 A
_________________________________________________
19 B
20 D _________________________________________________
21 C _________________________________________________
22 C
_________________________________________________
23 D
_________________________________________________
24 D
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MATEMÁTICA

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102
ÍNDICE

HISTÓRIA GERAL
História Geral.............................................................................................................................................................................................................................01
Primeira Guerra Mundial.......................................................................................................................................................................................................02
O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial..............................................................................................................................................................03
A Guerra Fria..............................................................................................................................................................................................................................04
Globalização e as políticas neoliberais............................................................................................................................................................................05
que a Europa passa por um movimento de unificação
HISTÓRIA GERAL em torno de Estados-Nação, ou seja, ao invés da des-
centralização em vários feudos, agora se criam grandes
nações monárquicas - Portugal, França, Inglaterra. Para
o florescimento deste novo período foi fundamental a
Contexto anterior
união entre os burgueses em ascensão e a nobreza em
decadência.
Para compreendermos os complexos acontecimentos
Iniciava-se a Idade Moderna (1453 - 1789), época de
do Século XX é necessária uma retrospectiva histórica
transição entre uma estrutura feudal hegemonizada pela
dos séculos anteriores. É como se quiséssemos buscar
Igreja e pela nobreza e, a que viria a ser a principal no
uma resposta sintética à pergunta: como foi possível às
próximo período, a estrutura industrial-capitalista con-
diversas sociedades humanas, detidamente as ociden-
trolada pela burguesia.
tais, chegarem a estes padrões de vida e de relações so-
A Idade Contemporânea (1789 - atual), que marca a
ciais típicos do Século XX?
radicalização da modernidade, se inicia com duas gran-
Primeiramente, cabe destacar que a Idade Antiga, pe-
des revoluções - uma de caráter mais econômico-tecno-
ríodo que vai do surgimento da escrita entre os sumérios
lógico, a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra; ou-
(aproximadamente, em 4000 a.c.) até a queda do Império
tra de caráter mais político, a Revolução Francesa.
Romano do Ocidente em 476 d.c., foi marcada por intensas
A Revolução Industrial ocorreu ao longo do Século
trocas entre os povos da região do norte da África (como
XVIII na Inglaterra. Com os avanços científicos acumula-
os egípcios e os cartaginenses), da Ásia Menor (assírios,
dos, criou-se a máquina a vapor, responsável por acelerar
persas, macedônios), das cidades-estado gregas, do Orien-
de maneira exponencial a produção de mercadorias. Ao
te Médio (hebreus, palestinos). Trocas comerciais e cultu-
mesmo tempo, a riqueza da exploração colonial execu-
rais. O ápice desse período se dá com a consolidação da
tada pelos europeus serviu como base financeira para a
civilização romana que hegemonizou e controlou toda a
construção de grandes fábricas. A base econômica e so-
região. O declínio do Império Romano se deu com a crise
cial da ordem social capitalista estava lançada - a enorme
do escravismo que sustentava sua estrutura econômica e a
e sempre crescente produção de mercadorias e a divisão
miséria de milhares de cidadãos sem terra. Diversos povos,
entre os proprietários dos meios de produção (donos das
nomeados pelos romanos como bárbaros, invadiram o Im-
fábricas e indústrias), os burgueses, e os proprietários
pério e impuseram seu fim.
apenas de sua própria força de trabalho, os operários.
O importante deste período para nosso estudo é
Ao mesmo tempo, na França, a burguesia se inco-
compreender que o fim do Império Romano representou
modava com as condições objetivas para seu progresso.
o fim de uma estrutura centralizada e de ordem social. O
Aqui, a nobreza e o alto clero representavam duas clas-
período após a queda do Império foi de grande instabi-
ses sociais de privilegiados - viviam dos altos impostos
lidade na região. Surgem novos atores sociais - como o
pagos pelo povo, e investiam o dinheiro arrecadado em
islamismo e sua rápida expansão pela arábia, pelo norte
guerras e projetos considerados contrários aos interes-
da África e pela península ibérica. Em decorrência disto,
ses burgueses. A situação de crise econômica chegou a
dentro da Europa, a unidade fomentada pelo Império Ro-
tal ponto que não era mais possível controlar a rebelião
mano é substituída pela fragmentação em diversos rei-
social - camponeses famintos, habitantes das cidades
nos. O perigo de se morar nas cidades com os constantes
paupérrimos e a burguesia francesa vendo seu progresso
saques e invasões e o fim do emprego da mão-de-obra
ser impedido pela falta de apoio estatal, se insuflaram
escrava no campo, impulsiona uma ruralização na Euro-
contra o governo. Após tentativas de negociação com o
pa medieval. Fortificações e castelos passam a isolar os
rei Luís XVI,  este se mostrou irredutível. No dia 14 de
diferentes grupos, o que foi um golpe letal no comércio
julho de 1789, a população francesa se levantou contra
europeu, assim como o domínio muçulmano do mar me-
o governo, tomou a Bastilha, antiga prisão política, e for-
diterrâneo. O único fio que busca perpassar os diferentes
mou uma Assembleia Constituinte. A Assembleia aboliu
reinos europeus é o do cristianismo, que cresceu dema-
leis e privilégios feudais que sustentavam a nobreza e o
siadamente nos últimos anos do Império Romano.
clero; estabeleceu-se a liberdade e igualdade de todos
Portanto, de um período de intensas trocas comerciais
perante a lei. Em 1793, o rei Luís XVI foi guilhotinado em
e culturais, vistas na Idade Antiga, segue-se um período
praça pública. Era o fim definitivo das estruturas feudais.
de considerável isolamento entre os povos da Europa. É
A Revolução Industrial, que começou na Inglaterra, se
o período da Idade Média (476 - 1453), marcado pelo
espalhou por toda a Europa e também para os Estados
feudalismo - uma estrutura estamental e agrária, voltada
Unidos, antiga colônia inglesa que se emancipara em
à autoproteção e subsistência. Após longos séculos sem
1783. A cada dia se produzia mais. Os grandes capita-
agitação social, a crise de produção dentro dos feudos
listas concentraram uma enorme quantia de capital. Po-
- passou-se a ter mais gente do que alimento -, o empe-
rém, os grandes capitalistas eram poucos - e os que não
nho da Igreja Católica nas cruzadas - e para isso o apoio
faziam parte desse grupo tinham grandes dificuldades
decisivo da nobreza feudal -, levaram a um reavivamento
HISTÓRIA GERAL

para competir. Iniciou-se a fase do capitalismo financeiro


do comércio e das trocas.
(porque muito ligado aos bancos), industrial e monopo-
Surge uma nova camada social - os burgueses. Estes
lista (a competição de mercado era muito pequena).
eram antigos servos que saíram dos feudos e foram viver
Vamos imaginar o seguinte caso: você é dono de uma
em burgos ao redor das construções muradas. São es-
fábrica de tapetes. Antes da máquina a vapor, a fábrica
sencialmente comerciantes. Os burgueses com os anos
produzia cinco tapetes por semana - o necessário para a
passam a ter grande importância, ao mesmo tempo em

1
demanda de sua cidade. Com a máquina a vapor, a pro- de uma formação hispano-prussiana, a França declarou
dução salta para cinquenta tapetes semanais. Você pre- guerra, caso o príncipe não renunciasse à candidatura.
cisará ampliar mercado. Com as melhoras tecnológicas Não renunciou e a guerra estava formada. Todos os rei-
ao longo do século XIX, a produção vai para cem tapetes nos da região se aliaram e, liderados por Bismarck, derro-
semanais. Será necessário ampliar mais e mais o mercado taram os franceses. O caminho da unificação alemã esta-
consumidor. va sedimentado. Além disso, anexaram parte do território
O exemplo acima foi mais ou menos o que se passou francês, Alsácia e Lorena, e impuseram uma pesada inde-
com os burgueses europeus. A demanda interna da Eu- nização - com ocupação militar da França pelo exército
ropa era insuficiente. Novos mercados eram necessários, alemão até a quitação da dívida.
ainda mais após a Segunda Revolução Industrial, que A guerra e as humilhantes condições impostas pe-
aconteceu na segunda metade do século XIX. Ferro, alu- los alemães, deixaram os franceses com um sentimento
mínio, energia elétrica, óleo diesel - novas descobertas de revanche. Também a disputa por novos territórios na
do período. Inicia-se a fase do Imperialismo (ou Neoco- corrida imperialista era um fator de tensão. A Inglaterra,
lonialismo) europeu - ocupação política e militar de ter- maior potência econômica do período, também se preo-
ritórios na África, Ásia e Oceania. Seus objetivos eram 1) cupava e formou uma aliança militar com os franceses e
garantir reserva de mercado para a produção industrial; russos. Os russos estavam preocupados sobretudo com
2) garantir também fornecimento de matérias-primas os processos de independência e formação de nações no
como carvão, ferro, petróleo e metais não-ferrosos; 3) leste europeu - região que vive este tipo de disputa até
controle dos mercados externos para investimento de hoje. Ao mesmo tempo, os alemães se uniam ao Impé-
capitais excedentes. rio Austro-Húngaro, que tinha interesses na mesma re-
Inglaterra e França são os dois principais países na gião que os russos, e aos italianos. De um lado, a Tríplice
expansão imperialista. Contudo, dois importantes e ri- Aliança - Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. De outro,
cos países surgiam na Europa após processos internos a Tríplice Entente - França, Inglaterra e Rússia. A Europa
de unificação - a Alemanha e a Itália. E eles também era um barril de pólvora prestes a explodir. A centelha foi
queriam os benefícios de ter novos territórios. Em 1884, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, her-
foi realizada a Conferência de Berlim, na qual 14 nações deiro do trono austro-húngaro, pela organização secre-
europeias dividiram o continente africano. A justificativa ta sérvia Mão Negra. Áustria-Hungria declarou guerra à
principal utilizada para ocupar o continente foi levar os Sérvia. Os russos se posicionaram a favor dos sérvios. O
progressos civilizatórios aos africanos. Ao contrário, leva- sistema de alianças militares foi ativado e se iniciou a 1ª
ram uma ocupação violenta que durou quase cem anos. Guerra Mundial.

FIQUE ATENTO! PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.


A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra
e a Revolução Francesa abriram o século XIX.
1ª Guerra Mundial (1914 - 1918)
1789, ano de início da Revolução Francesa, é o
ano em que se inicia a Idade Contemporânea.
A 1ª Guerra Mundial (1914 - 1918)  tem esse nome
A partir de então, a estrutura capitalista
por envolver as principais potências ocidentais do pe-
estava solidificada, tanto em termos técnico-
ríodo. Ela basicamente teve dois períodos: o primeiro
econômicos, quanto em termos políticos. A
caracterizado como a guerra de movimento, por conta
burguesia se torna a grande classe dominante
da tentativa de ataques rápidos dos alemães; a segunda,
da sociedade.
guerra de trincheiras - cada país defendendo cada peda-
ço de seu território.  A Alemanha conquistou importantes
vitórias até 1917 - ano em que dois acontecimentos mu-
O Século XX daram o rumo da Guerra: a Revolução Russa e a entrada
dos Estados Unidos na batalha. A Revolução Russa foi
O século XX começou com um desenho distinto do a primeira revolução socialista da história. Com o lema
que foi o início do século anterior. Com os avanços tec- de Paz (saída da Guerra, que já havia vitimado milhares
nológicos, a população mundial aumentou muito, assim de russos), Pão (a fome era generalizada) e Terra (país
como a urbanização também era crescente. agrário em que os campesinos não tinham terra própria),
Em 1870, ocorreu uma guerra entre a França e a Prús- os revolucionários derrubaram o governo czarista (mo-
sia, nação que seria a base para a formação da Alemanha. delo próximo a uma monarquia) e implantaram o socia-
Alarmados pelo crescimento econômico dos germânicos lismo. A entrada dos norte-americanos na Guerra se deu
e inseguros quanto às consequências da união dos rei- porque os alemães intensificaram o bloqueio marítimo à
nos daquela região, os franceses tentavam desarticular Inglaterra - chegando a atacar navios comerciais dos Es-
a união alemã. Contudo, Otto Von Bismarck, primeiro-
HISTÓRIA GERAL

tados Unidos. Ao entrarem na Guerra, trouxeram consigo


-ministro prussiano, articulou de maneira estratégica a enorme contingente de armamentos e de soldados.
unificação: criando um inimigo em comum. Por conta da Em 1918, a Tríplice Aliança é finalmente derrotada.
sucessão do trono espanhol, que se tornara vago, o prín- Assim como os alemães fizeram na Guerra Franco-Prus-
cipe de um dos reinos próximos à Prússia se declarou siana, os franceses e ingleses impuseram um humilhante
candidato ao trono. Descontentes com a possibilidade tratado. Os alemães pagariam uma pesada multa, e en-

2
quanto não quitassem a dívida os franceses ocupariam Mussolini e a Alemanha com Hitler serão os grande mo-
seu território, o exército alemão foi limitado a cem mil delos deste projeto. A Alemanha teve uma caracterização
homens e foi proibido de construir navios e ter repartição específica enquanto nazismo, pelo forte aspecto anti se-
aérea, além de verem a região da Alsácia Lorena passar mita - ódio aos judeus. Junto a esse exacerbamento das
novamente ao domínio francês. tensões europeias veio a crise econômica que assolou os
Estados Unidos.
Após a Primeira Guerra, os EEUU se alçaram ao pos-
to de maior potência econômica mundial - tinham ⅓ da
EXERCÍCIO COMENTADO produção industrial do mundo e foram os grandes cre-
dores para a reconstrução europeia. A cada dia se produ-
(Prefeitura SP - 2012) Um dos fatores responsáveis pela zia mais mercadorias. Contudo, o crescimento de produ-
Primeira Guerra Mundial que também contribuiu para ção não foi acompanhado de consumo, porque a Europa
acelerar o processo de “roedura” da África foi: não tinha dinheiro para comprar mais e, no mercado
interno norte-americano, o consumo chegou ao limite.
a) a Itália e a Alemanha, ao conseguirem sua unidade po- A especulação na Bolsa de Valores era enorme e mais
lítica e darem início ao processo de industrialização, e mais pessoas compravam ações. Quando perceberam
passaram a disputar os mercados e reivindicar territó- a crise de superprodução, todos tentaram vender suas
rios no continente africano. ações ao mesmo tempo. Era tarde - veio a Crise de 1929.
b) o Tratado de Versalhes alterou substancialmente a Mais de 80 mil empresas fecharam nos EEUU e mais de
configuração geopolítica do continente africano ao 12 milhões de pessoas ficaram desempregadas. A crise
obrigar a Alemanha e a Itália a entregar suas colônias se expandiu internacionalmente - só não afetou a URSS,
da região aos países do bloco aliado. pois esta estava com uma política internalista.
c) o equilíbrio da ordem internacional entre as nações
europeias foi rompido com o início da política de
compensações territoriais na África, praticada pelos
países imperialistas em sua expansão mundial. EXERCÍCIO COMENTADO
d) as potências europeias passaram a disputar regiões do
continente africano que lhes fornecessem matérias- (Vunesp - PM, 2013) O fascismo se afirmou onde esta-
-primas e minerais para suas fábricas de armas e de va em curso uma crise econômica (inflação, desemprego,
munições para alimentar seus exércitos. carestia etc.), ou onde ela não tinha sido completamente
e) a Alemanha e a Rússia passaram a defender a ideia superada, assim como estava em curso uma crise do sis-
de que seus países precisavam conquistar seu “espaço tema parlamentar, o que reforçava a ideia de uma falta de
vital, isto é, novos mercados consumidores e fornece- alternativas válidas de governo.
dores de matéria-prima na África. (Renzo De Felice. O fascismo como problema interpreta-
tivo,In. A Itália de Mussolini e a origem do fascismo. São
RESPOSTA: alternativa A. É justamente a disputa en- Paulo:Ícone Editora, 1988, p 78-79. Adaptado)
tre as principais nações europeias, em vistas de merca-
dos e territórios, que resultará na eclosão da 1ª Guerra Interpretando-se o texto, pode-se afirmar que os regi-
Mundial. mes fascistas, característicos de alguns países europeus
no período entre as duas guerras mundiais, foram esta-
belecidos em um quadro histórico de:
O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL a) abolição das economias nacionais devido à fusão de
indústrias e de empresas capitalistas em escala global.
b) criação de blocos econômicos internacionais com a
Período Entre Guerras e o advento do fascismo e participação dos países de economia socialista.
do nazismo c) dificuldades econômicas conjugadas com a descrença
na capacidade de sua solução pelos meios democráticos.
O que se seguiu na Europa durante a década de 1920 d) independência das colônias africanas devido ao dese-
foi um período de grande abalo econômico. Destroçados quilíbrio provocado pelas revoluções nacionalistas.
pela guerra mais violenta da história até então, as nações e) enfraquecimento do Estado na maioria das nações de-
tentavam se reerguer. Os governos liberais, amparados vido ao controle da economia pelos trabalhadores.
nos paradigmas de não-intervenção estatal na economia
e livre mercado, se abalavam. De um lado, o espectro do RESPOSTA: alternativa C. O fascismo foi um movi-
comunismo vindo da União das Repúblicas Socialistas mento que eclodiu no início do século XX e questio-
Soviéticas (URSS - centrada na antiga Rússia). De outro, nava tanto os preceitos democrático liberais, quanto
HISTÓRIA GERAL

um novo campo político - o fascismo. O fascismo foi os preceitos comunistas. As dificuldades econômicas
um projeto que negava o modelo democrático vigente vividas pelas nações no pós-guerra fizeram prosperar
- era contra os liberais, e também rejeitava radicalmente este movimento totalitário.
o socialismo. Carregava um gérmen totalitário - grande
mobilização popular em torno de um líder, um naciona-
lismo exacerbado e um desejo expansionista. A Itália com

3
A Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
A GUERRA FRIA
O resultado foi que dez anos após o surgimento da
crise econômica rompeu a Segunda Guerra Mundial. A
Alemanha não respeitou o acordo de limitação de seu A Guerra Fria (1946 - 1991)
exército e passou a anexar territórios próximos. França
e Inglaterra novamente se uniram pela preocupação em Eixo derrotado, era hora de reorganizar a política
torno de tais atos. Em 1939, os alemães invadem a Polô- internacional. Em 1946, cria-se a Organização das Na-
nia - a gota d’água para desencadear o conflito. ções Unidas - com a participação da quase totalidade
Em 1940, Alemanha e Itália, na Europa, se aliaram aos dos países do mundo. Dentro da Organização, fez-se o
japoneses, que seguiam a mesma política expansionis- Conselho de Segurança formado por Estados Unidos,
ta na Ásia. Estruturava-se o Eixo - Alemanha, Itália e Ja- França, Inglaterra, URSS e China - países vencedores
pão. No ano anterior, os alemães assinaram um pacto de da Guerra. Cada um dos membros do Conselho tem o
não-agressão com a URSS. A partir de então colocaram direito de vetar unilateralmente qualquer decisão da
todas as suas forças para anexar a maior quantidade de ONU. O mundo entrava numa nova fase.
territórios possíveis sob influência inglesa e francesa.
Em 1941, os alemães rompem o pacto com os sovié-
ticos e invadem a URSS. No mesmo ano, os japoneses FIQUE ATENTO!
iniciam ataques às bases navais norte-americanas no Pa- Estados Unidos e URSS, após se aliarem na
cífico. A partir de então, o jogo virou. Formou-se o gran- Guerra, passam a disputar a hegemonia do
de bloco dos Aliados - Inglaterra, França, Estados Unidos, poder global. É a disputa entre duas ordens
URSS e China. Estes dois últimos, após um primeiro pe- sociais: a capitalista, representada pelos EEUU;
ríodo de derrotas, invertem a situação e partem para a a socialista, representada pelos soviéticos. Com
ofensiva. Em maio de 1943, a Itália é derrotada. Em 1945, o advento das armas atômicas, um conflito
os soviéticos ocupam Berlim. Três meses depois, sob o militar entre ambos seria apocalíptico. Por
argumento de duas bombas atômicas, os norte-america- essa impossibilidade, inicia-se a Guerra Fria –
nos obtêm a rendição dos japoneses. período de enorme tensão pela possibilidade
da guerra direta entre ambos. Recebe o nome
de “fria”, pois ela se dará de outras maneiras,
que não o confronto direto.
EXERCÍCIO COMENTADO

(Vunesp - PM, 2012) Logo após a Segunda Guerra Mun- Em 1949, os EEUU lideram a criação da Organiza-
dial, formou-se a Organização das Nações Unidas (ONU). ção do Tratado do Atlântico Norte - bloco político mi-
Um dos mais importantes órgãos da ONU é o seu Conse- litar com outras potências capitalistas, como Inglaterra
lho de Segurança, que conta com cinco membros perma- e França. Em resposta, no ano de 1955, os soviéticos
nentes com poder de veto: os EUA, a França, a Inglaterra, formalizam o Pacto de Varsóvia - aliança político militar
a China e a Rússia. com os países de orientação socialista.
A ausência de Japão e Alemanha como membros perma- A disputa entre os capitalistas e socialistas se deu
nentes do Conselho de Segurança pode ser explicada, em vários aspectos. Um deles foi a chamada “guerra nas
entre outros motivos, pelo fato de periferias do mundo”. Cada espaço do globo era dis-
putado. Desta maneira, norte-americanos e soviéticos
a) se oporem às políticas de pacificação empreendidas apoiaram direta ou indiretamente diferentes golpes e
pela ONU. governos, ao sabor do alinhamento a suas perspectivas.
b) terem sido países derrotados na Segunda Guerra Assim aconteceu nas guerras do Vietnã, do Afeganis-
Mundial. tão, nos golpes militares que aconteceram na década de
c) responsabilizarem a ONU pela crise econômica atual. 1960 e 1970 na América Latina.
d) terem sido os maiores protagonistas da Guerra Fria. Cabe destacar que em meio à polarização da Guerra
e) se declararem favoráveis à Liga das Nações, anteces- Fria, povos asiáticos e africanos que ainda se viam sob
sora da ONU. o jugo imperialista iniciado pelos europeus no século
XIX se levantam e põem em prática lutas pela indepen-
RESPOSTA: alternativa B. Japão, Alemanha e Itália dência. Várias nações se formam da década de 1960 em
foram os três principais países derrotados na 2ª Guer- diante.
ra Mundial. Na nova organização mundial pós-guerra, Outro ponto da disputa foi a corrida espacial. A ciên-
eles ficarão de fora do Conselho de Segurança justa- cia cumpriu um papel de destaque. O exemplo máximo
mente por essa razão. disso foram os progressos espaciais - os russos lançam
HISTÓRIA GERAL

o primeiro homem ao espaço e, depois, os norte-ameri-


canos lançam o primeiro homem à lua. Ideologicamen-
te, também se disputava o mundo - o modelo cultural
norte-americano conseguiu muito mais sucesso também
nesse ponto.

4
Economicamente, a URSS privilegiou a indústria pe- (Vunesp - Concurso PM, 2017) O fim dos velhos im-
sada, enquanto nos pólos capitalista, destacadamente da périos coloniais era previsível e, na verdade, em 1945,
década de 1970 em diante, a indústria do consumo de considerado iminente na Ásia, mas a futura orientação
bens ganha destaque - o modelo capitalista consumista dos novos Estados pós-coloniais não estava nada clara.
brilhava aos olhos dos cidadãos sob o regime soviético. A Foi nessa área que as duas superpotências continuaram
URSS se desintegraria em 1991, marcando o fim da Guer- a competir, por apoio e influência, durante toda a Guerra
ra Fria. Os soviéticos saíram derrotados por não conse- Fria, e por isso a maior zona de atrito entre elas, aquela
guir 1) externamente, competir economicamente com os onde o conflito armado era mais provável, e onde de fato
capitalistas e 2) internamente, não conseguirem sufocar irrompeu.
amplos movimentos no interior dos países soviéticos que (Eric Hobsbawm, Era dos Extremos: o breve século XX
exigiam maior autonomia política e abertura de contatos (1914-1991).São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
com países capitalistas. Adaptado)

Quanto aos exemplos de conflito entre as duas superpo-


tências, é correto identificar
EXERCÍCIOS COMENTADOS
a) a Ucrânia, em que os países da OTAN e do Pacto de
(Vunesp - Concurso PM, 2013) Os dois lados viram-se Varsóvia disputaram o acesso ao Mar Negro, principal
comprometidos com uma insana corrida armamentista via de ligação marítima entre a Ásia Continental e o
para a mútua destruição. Os dois também se viram com- Mar Mediterrâneo.
prometidos com o que o presidente em fim de mandato, b) o Japão, em que Estados Unidos e União Soviética
Eisenhower, chamou de “complexo industrial-militar”, ou tentaram controlar os rumos políticos do país após a
seja, o crescimento cada vez maior de homens e recur- explosão das bombas atômicas, o que prolongou os
sos que viviam da preparação da guerra. Mais do que conflitos do pós-guerra.
nunca, esse era um interesse estabelecido em tempos de c) a Índia, em que comunistas e liberais indianos lutaram
paz estável entre as potências. Como era de se esperar, juntos contra o domínio britânico, mas depois se divi-
os dois complexos industrial-militares eram estimulados diram em choques internos que levaram à guerra civil
por seus governos a usar sua capacidade excedente para
no país.
atrair e armar aliados e clientes, e conquistar lucrativos
d) o Paquistão, em que os movimentos de libertação na-
mercados de exportação, enquanto reservavam apenas
cional se voltaram para o anti-imperialismo e se apro-
para si os armamentos mais atualizados e, claro, suas ar-
ximaram das lutas revolucionárias anticapitalistas.
mas nucleares.
e) a Coreia, em que os coreanos do norte tiveram o apoio
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos O breve século XX
do bloco socialista contra os coreanos do sul, apoia-
1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 233.
dos pelos EUA em um violento confronto que durou
Adaptado)
cerca de três anos.
O historiador refere-se à situação da política internacio-
nal que resultou, em grande medida, da Segunda Guerra RESPOSTA: alternativa E. O modelo de guerras nas
Mundial, e que pode ser definida como a periferias do mundo se explicitou durante a Guerra
das Coreias (1950 – 1953). De cada lado da fronteira,
a) democratização do uso de armas nucleares, o que tor- um dos blocos estava representado.
nou possível o seu emprego por pequenos grupos de
guerrilheiros.
b) existência de equilíbrio nuclear entre as maiores po- GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS
tências, somada à grande corrida armamentista. NEOLIBERAIS
c) expansão da ideologia da paz armada, que estimulou
as potências a equiparem os países pobres com armas
nucleares.
d) predominância de uma potência nuclear em escala O contato entre os diversos povos é característica
global, que interfere militarmente nos países subde- fundante das sociedades humanas. Na Idade Antiga,
senvolvidos. apontamos esses contatos. Entre os povos indígenas
e) formação de uma associação internacional de potên- habitantes da América há milhares de anos também
cias nucleares, que garantiu uma paz duradoura entre eles ocorriam. Podemos pensar a chamada globalização
os países. como a radicalização desses contatos. A relação espaço-
-tempo diminuiu consideravelmente, graças aos avanços
RESPOSTA: alternativa B. O perigo de uma situação tecnológicos - podemos em uma semana receber em
HISTÓRIA GERAL

apocalíptica caso os dois blocos – capitalista e comu- casa uma mercadoria fabricada na China; instantanea-
nista – entrassem em guerra direta era por conta, so- mente podemos trocar mensagens ou mesmo fazer uma
bretudo, do alto arsenal atômico de ambos os lados. reunião online com pessoas que estejam na Ucrânia, em
Moçambique, na Tailândia - em qualquer lugar do mun-
do. O encurtamento da relação espaço-tempo é uma das
características da globalização, mas não a única.

5
Após a Segunda Guerra Mundial, em meio às disputas desenvolvidos e subdesenvolvidos e uma tentativa de
da Guerra Fria, muitos países europeus tentaram equili- homogeneização cultural, com o modelo cultural norte-
brar políticas públicas que fossem ao encontro tanto de -americano sendo espalhado pelo mundo. É importante
ideais capitalistas, quanto dos socialistas. Foi o período destacar que as resistências a este modelo são diversas -
conhecido como da propagação do Estado de Bem Estar tanto em termos políticos e econômicos com a proteção
Social. Sinteticamente, este apregoava que se mantives- e promoção das economias nacionais, quanto no campo
se a estrutura capitalista da sociedade, com respeito à cultural com a ênfase e o resgate das culturas regionais.
propriedade privada e aos lucros e liberdades individuais,
ao mesmo tempo que o Estado se responsabilizasse pela
execução de direitos sociais: a promoção de sistemas
educacionais, habitacionais, de saúde e assistência social, EXERCÍCIO COMENTADO
entre outros, todos públicos e gratuitos. Este modelo
prosperou até o início da década de 1970 - as economias (Vunesp - PM, 2010) A integração mundial decorrente
cresciam e o modelo se mostrava possível. Contudo, com do processo de globalização ocorreu devido a vários fa-
a crise do petróleo de 1973, houve uma quebra no mo- tores, dentre os quais
delo.
Foi no Reino Unido, com o alçamento da conserva- a) a redução das diferenças de desenvolvimento entre as
dora Margaret Thatcher ao cargo de primeira-ministra nações.
em 1979 que um novo modelo de ordenação capitalista b) a ampliação das ações humanitárias de organismos
seria promovido - era o início da política neoliberal. Po- como a ONU.
lítica que logo seria seguida pelos Estados Unidos com c) os movimentos populares reivindicatórios de demo-
a chegada do republicano Ronald Reagan ao poder em cracia.
1981. Thatcher fica no poder até 1990; Reagan, até 1989. d) as inovações tecnológicas principalmente no setor de
Durante a década de 1980, em conjunto implementam e telecomunicações.
estruturam a política neoliberal. e) a multipolaridade que permitiu a ascensão de muitas
A política neoliberal pode ser compreendida como novas potências.
uma reação ao intervencionismo estatal característico do
estado de bem estar social. Agora, as palavras de ordem RESPOSTA: Letra D.
eram Estado Mínimo e flexibilização. A primeira apontava As inovações tecnológicas do setor de telecomuni-
que ao Estado cabe apenas a regulação e fiscalização das cações foram fundamentais para o encurtamento da
ordenações econômicas - portanto é preciso privatizar relação espaço-tempo.
empresas públicas e deixar a oferta de direitos sociais
como saúde e educação também à iniciativa privada; a
segunda se refere às taxas alfandegárias, que deveriam
ser eliminadas em nome do livre mercado, e a flexibiliza-
ção de direitos e regras trabalhistas.
Concomitantemente a estas políticas, as empresas
transnacionais se solidificavam. Estas empresas têm suas
ações distribuídas entre diversos países desenvolvidos e
muitas de suas fábricas colocadas em países subdesen-
volvidos, pelo baixo custo da mão de obra, dos gastos
energéticos e maior proximidade com matérias primas.
Elas também vendem seus produtos de alto valor agre-
gado produzidos nos países desenvolvidos aos merca-
dos subdesenvolvidos. Portanto, para elas é muito inte-
ressante que os governos não coloquem impostos sobre
produtos importados, nem subsidiem indústrias locais e
nacionais, assim como também é interessante a flexibili-
zação de direitos trabalhistas.
Os críticos a este modelo apontam que aquilo que
é chamado de flexibilização, na verdade é precarização
do trabalho - maior jornada, menor salário e menos
garantias. Também ao aspecto das taxas alfandegárias,
apontam que é um afronta à soberania nacional, que não
protege sua indústria e fica ao sabor dos interesses dos
grandes empresários estrangeiros.
HISTÓRIA GERAL

Com o fim da Guerra Fria e a dissolução da URSS em


1991, inicia-se a Nova Ordem Mundial com hegemonia
norte-americana e seu modelo neoliberal. A globaliza-
ção é parte deste processo: aliado ao encurtamento es-
paço-tempo, há uma predominância das transnacionais,
uma radicalização das relações desiguais entre países

6
3. (CEPERJ/2013 - SEDUC-RJ) O Absolutismo tem origens
remotas que remontam, pelo menos, à Idade Média. Mas,
HORA DE PRATICAR! nos séculos XVI e XVII, multiplicaram-se os principais au-
tores de doutrinas justificando o poder absoluto dos mo-
1. (FUNCAB/2015 – Faceli) “A postura que adotamos narcas. Entre as justificativas filosóficas do Absolutismo,
com respeito ao passado, quais as relações entre pas- podemos destacar aquelas ligadas à obra conhecida como
sado, presente e futuro não são apenas questões de in- O Príncipe, de Maquiavel. A alternativa que expressa possí-
teresse vital para todos: são indispensáveis. É inevitável veis justificativas do poder absoluto dos reis presentes em
fazer comparações entre o presente e o passado: essa O Príncipe é:
é a finalidade dos álbuns de fotos de famílias ou filmes
domésticos. Não podemos deixar de aprender com isso, a) No texto de O Príncipe, Maquiavel expõe a doutrina da
pois é o que a experiência significa. Podemos aprender origem divina da autoridade do Rei, afirmando que o
coisas erradas – e, positivamente, é o que fazemos com monarca tem o poder supremo sobre cidadãos e súdi-
frequência -, mas se não aprendermos, ou não temos ne- tos, sem restrições determinadas pela lei
nhuma oportunidade de aprender, ou nos recusamos a b) Em O Príncipe, Maquiaveldemonstra que não há po-
aprender de algum passado algo que é relevante ao nos- der público sem a vontade de Deus; todo governo,
so propósito, somos, no limite, mentalmente anormais seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacífico ou
[...]”. violento, é legítimo; todo depositário da autoridade,
HOBSBAWN, Eric.Sobre História , 2011.  é sagrado; revoltar-se contra o governo, é sacrilégio.
c) Maquiavel afirma, em O Príncipe, que os homens vi-
Para o historiador Eric Hobsbawn:  viam inicialmente em estado natural, obedecendo
apenas a interesses individuais, sendo vítimas de da-
a) o passado constitui a história. nos e invasões de uns contra os outros. Assim, me-
b)a história dissocia-se do passado. diante a adoção de um contrato social, abriram mão
c) o passado é a única forma de se estudar a história. de todos os direitos em favor da autoridade ilimitada
d) a história estabelece as características do passado. de um soberano
e) ao estudar o passado, o futuro será estabelecido. d) Em O Príncipe, Maquiavel expressava seu desprezo
pelo conceito medieval de uma lei moral limitando a
2. (UFRJ) Durante o Baixo Império, o império romano autoridade do governante e argumentava que a su-
viveu grande decadência, determinada principalmente prema obrigação do governante é manter o poder e
pela (o) : a segurança do país que governa, adotando todos os
meios que o capacitem a realizar essa obrigação
a) Retração das guerras, responsável pela diminuição do e) O Príncipe é a obra na qual Maquiavel expressa o de-
afluxo de riquezas, crise do escravismo e da própria ver de todo soberano de combater o obscurantismo
produção medieval representado pela Igreja; o rei absoluto deve
b) Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a enfrentar, com mão de ferro, o poder temporal do cle-
ocupação realizada pelos povos bárbaros ro católico, assumindo o seu lugar no comando dos
c) Adesão imperador Constantino ao cristianismo, dimi- corpos e das almas dos homens .
nuindo a força do paganismo
d) Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determi- 4. (CESPE/2016 - Instituto Rio Branco) Tendo o trecho
nando a decadência da produção agrícola de texto de Tocqueville como referência inicial, julgue (C
e) Édito do máximo, responsável pela ilimitação da pro- ou E) o item que se segue, acerca de revoluções que mar-
dução agrícola e importação de escravos. caram a história europeia no final do século XVIII e no
século XIX.
O caráter europeu das revoluções de 1848 deve-se ao
fato de o movimento ter promovido alterações políticas
em várias regiões, como a Península Ibérica, a Grã-Breta-
nha, a Irlanda e a Escandinávia

( ) CERTO ( ) ERRADO
HISTÓRIA GERAL

7
5. (VUNESP/2016 - MPE-SP) A modernidade, do ponto
de vista econômico, instalou o modelo liberal, a defesa ANOTAÇÕES
do livre mercado, o incentivo à especialização, a discus-
são sobre os ideais de liberdade e igualdade que apon-
tavam para uma sociedade em que se romperia com as ________________________________________________
hierarquias de sangue e a soberania sacralizada, com as
tradições e os particularismos, em nome do universal, _________________________________________________
da razão e da revolução. Na modernidade, confirmou-
_________________________________________________
-se uma lógica, uma retórica e uma ideologia. Lógica no
campo sociológico, no filosófico e no político, que se _________________________________________________
chamam, respectivamente:
_________________________________________________
a) socialismo, pragmatismo e imperialismo americano.
b) comunismo, idealismo e imperialismo. _________________________________________________
c) capitalismo, positivismo e democracia formal para de- _________________________________________________
fender a liberdade.
d) socialismo, idealismo e monarquia parlamentarista. _________________________________________________
e) capitalismo, iluminismo e monarquia.
_________________________________________________
6. (CESPE/2016 - Instituto Rio Branco) Acerca das re-
percussões da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais _________________________________________________
em diferentes aspectos nas sociedades latino-america- _________________________________________________
nas, julgue (C ou E) o item seguinte.
A Primeira Guerra Mundial teve efeitos econômicos po- _________________________________________________
sitivos em vários países latino-americanos: o aumento da
demanda por matérias-primas e a produção de manufa- _________________________________________________
turados antes importados.
_________________________________________________
( ) CERTO ( ) ERRADO _________________________________________________
7. (INSTITUTO CIDADES/2016 - CONFERE) No ano de _________________________________________________
1939, em meio à atmosfera de tensão política que de-
sencadeou a sucessão de conflitos da Segunda Guerra _________________________________________________
Mundial, um acordo de não agressão foi firmado entre a
Alemanha e a União Soviética, o Pacto Germano-Soviéti- _________________________________________________
co. Esse pacto estabelecia que, se acaso a Alemanha en-
trasse em conflito com a Inglaterra ou a França em razão _________________________________________________
de uma eventual investida da Alemanha contra a Polônia,
_________________________________________________
a URSS, por sua vez, ficaria afastada, sem se manifestar
militarmente. Tal pacto também pode ser chamado de:  _________________________________________________

a) Tratado de Moscou  _________________________________________________


b) Tratado de Versalhes 
c) Pacto de Varsóvia  _________________________________________________
d) Pacto Ribbentrop-Molotov 
_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________
GABARITO _________________________________________________

_________________________________________________
1 A
_________________________________________________
2 A
3 D _________________________________________________
HISTÓRIA GERAL

4 ERRADO _________________________________________________
5 C _________________________________________________
6 CERTO
_________________________________________________
7 D
_________________________________________________

8
ÍNDICE

HISTÓRIA DO BRASIL
História do Brasil......................................................................................................................................................................................................................01
A Revolução de 1930 e a Era Vargas................................................................................................................................................................................01
As Constituições Republicanas...........................................................................................................................................................................................01
A estrutura política e os movimentos sociais no período militar.........................................................................................................................08
A abertura política e a redemocratização do Brasil...................................................................................................................................................11
HISTÓRIA DO BRASIL A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS.
AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS.

1. Contexto Anterior
1ª República
Para compreender a história do Brasil, é necessário ter
clareza sobre dois pontos: 1) O Brasil não foi descoberto
Após derrubar a Monarquia, cabia aos dois principais
em 1500 - antes da chegada dos portugueses, havia aqui
setores que impulsionaram a República, oligarcas do café
centenas de povos indígenas; 2) a vinda dos portugueses
paulista e exército, definir como se organizaria institu-
se deu em meio ao projeto das Grandes Navegações -
cionalmente o novo período. No primeiro momento, re-
movimento de ampliação e busca por novas rotas comer-
ceosos de sublevações que pusessem em jogo o novo
ciais desenvolvido por espanhóis e portugueses.
regime, como a volta dos monarcas ao poder, os paulis-
O Brasil se estruturou como colônia portuguesa do
tas acharam de bom tom que os militares assumissem a
século XVI ao início do século XIX. Colocou-se em prá-
transição em vistas da manutenção da ordem. De 1889 a
tica o modelo de plantation: grandes propriedades em
1894 estabeleceu-se o que ficou conhecido como a Re-
nome de uma só pessoa (latifúndios), com a produção de
pública da Espada.
apenas um ítem agrícola (monocultura) e mão-de-obra
O governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca
escrava. O tráfico de escravos se tornará no período uma
foi estabelecido. Ele revogou a Constituição de 1824 - e suas
das práticas comerciais mais lucrativas, se não a mais.
instituições,  promoveu a separação da Igreja com o Estado,
Capturar pessoas e vendê-las enquanto mercadorias que
e convocou eleições para uma assembleia constituinte. A
seriam mão-de-obra nas colônias rendeu muito dinheiro.
nova constituição brasileira foi promulgada em 1891, ins-
Importante destacar que a estrutura agrícola brasileira
pirada na constituição norte-americana. Dentre suas prin-
atual é muito semelhante à do Brasil colonial - marcada
cipais características, podemos citar: a) a transformação do
pelo latifúndio, monocultura e destinação para o merca-
país em uma República federativa com um governo central
do externo.
e vinte estados (antigas províncias) - fato que fomentou a
Em 1808, a família real portuguesa vem para o Bra-
descentralização do poder; b) equilíbrio em três poderes  -
sil fugindo do exército francês de Napoleão. Em 1822,
executivo, legislativo e judiciário - nos âmbitos federal, es-
o membro da família real portuguesa, D. Pedro I, decla-
tadual e municipal; c) voto universal masculino, não-secreto,
ra a independência do Brasil. A independência do Brasil
proibido a analfabetos, padres e soldados. A maior parcela
foi articulada por um português, não alterou a estrutura
da sociedade estava excluída da política.
agrária e econômica do país e manteve a escravidão. Em
A assembleia constituinte elegeu o novo presidente
1850, após a aprovação da Lei Eusébio de Queirós, que
- o próprio Deodoro da Fonseca, que governou apenas
proibia o tráfico transatlântico de escravos, foi também
um ano. A política econômica proposta em seu gover-
aprovada a Lei de Terras - primeira regulamentação da
no provisório e continuada agora, aumentou de maneira
propriedade privada no Brasil. Em síntese, ela firmou em
exorbitante a inflação, prejudicando as exportações e,
termos legais a estrutura agrária do país. Em 1888, a elite
consequentemente, os cafeicultores. A oposição a seu
agrária sofre o seu mais forte baque: a abolição da escra-
governo estava escancarada. Para tentar debelar os opo-
vidão. A monarquia, portanto, já não era mais interessan-
sicionistas, decretou estado de sítio, fechou o congresso
te aos interesses das oligarquias do campo.
e prendeu opositores. A reação foi imediata: estados pe-
A elite agrária se soma ao projeto capitaneado pelos
garam em armas, a oposição dentro do próprio exército
militares - o da implementação da República. Os milita-
aumentou, e até mesmo a marinha posicionou seus na-
res ganharam destaque no século XIX, e se tornaram um
vios na Baía da Guanabara para atacar o governo. Não
importante grupo político, tanto por debelarem revoltas
suportando a pressão, Deodoro renunciou. Quem assu-
populares, quanto pela atuação na Guerra do Paraguai
miu em seu lugar foi o vice-presidente Marechal Floriano
(1864 - 1870).
Peixoto, eleito na chapa de oposição a Deodoro (presi-
Importantes setores das Forças Armadas entraram
dente e vice-presidente eram votações separadas).
em contato com as teses positivistas que prosperavam
O governo de Floriano foi muito hábil no equilíbrio
na Europa. Estas diziam ser necessário ao progresso da
de interesses - agradou setores do exército, os cafeicul-
sociedade, que ela se ordenasse por meio da razão e do
tores paulistas e mesmo setores populares. Apesar da tê-
conhecimento científico. Os homens das ideias, intelec-
nue costura promovida pelo governo, a situação voltou
tuais, é que deveriam governar a sociedade. Seu lema
a se conturbar. Disputas regionais no Rio Grande do Sul
era ordem e progresso. Ao aspecto ideológico dos milita-
desembocaram em um conflito civil entre republicanos
res juntou-se o aspecto puramente pragmático da elite
(apoiadores de Floriano) e federalistas (opositores). A
HISTÓRIA DO BRASIL

agrária desejosa de assumir o poder político da nação.


marinha, sentindo-se desprestigiada e fomentada por
Em 1889, membros do exército desempossam D. Pedro II
setores monarquias, repetiu o que fez com Deodoro
e proclamam a República.
apontando seus canhões para a cidade. Floriano não se
abalou e enfrentou os revoltosos. A situação de guerra
civil perdurou por seis meses, de setembro de 1893 a
março de 1894, até que as forças governistas debelaram
os revoltosos e normalizaram a situação.

1
O fim da República da Espada se dá com a eleição do governo federal deixava o governo estadual dos apoia-
civil paulista Prudente de Morais. O governo de Morais dores à vontade com sua autonomia e o governo esta-
(1894 - 1898) tinha como um de seus objetivos pacificar dual privilegiaria os interesses dos coronéis locais que
de vez a nação. Não foi o que aconteceu. Seu governo o apoiassem. A estrutura política e social do país ficava
ficou marcado pela guerra de Canudos (1896 - 1897). Ca- assim fixada.
nudos é uma região do sertão baiano. À época, os ser- Coincidentemente, no período em que a ordem oli-
tanejos viviam na mais completa miséria, enquanto ao gárquica se fixa, a economia cafeeira começa a entrar em
seu redor viviam enormes latifúndios improdutivos. Um crise. O preço do café cai no mercado internacional e im-
líder religioso de nome Antônio Conselheiro peregrina- possibilita o pagamento da dívida externa, que só cresce.
va pelo sertão e seu discurso conseguia atrair multidões. Uma das saídas buscadas para a crise foi o funding-loan,
Por onde passava, ele buscava ajudar em obras públicas, acordo firmado entre o governo brasileiro e os bancos
reformando igrejas, construindo cemitérios. Seguidores credores. Na prática, ele implicava um novo empréstimo,
começaram a acompanhá-lo. Fixaram-se em uma fazen- agora só para pagar os juros e um corte profundo nos
da abandonada, a fazenda de Canudos, e ali ergueram gastos do governo com aumento dos impostos. De um
a aldeia de Belo Monte - uma aldeia livre, que chegou lado, a inflação foi controlada, a moeda valorizada e o
a contar com aproximadamente 30 mil moradores, que pagamento dos juros realizado de maneira sagrada. De
sobrevivia por meio de uma agricultura de subsistência. outro, o país entrou em recessão, o desemprego aumen-
Alegando que o líder religioso era monarquista, o go- tou e a população, sobretudo a mais humilde, ficou ainda
verno mandou uma expedição do exército para acabar mais desassistida.
com a aldeia. A primeira expedição de 100 homens foi Uma outra política implementada para a salvação do
derrotada. A segunda com 500 teve o mesmo destino. café foi tocada por governos estaduais. Os governos de
A terceira com 1300 homens, também. Canudos só foi Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (os três princi-
derrotada, ou melhor, massacrada, quando o exército le- pais produtores de café) se reuniram e firmaram o Con-
vou 15000 homens, liderados pelo próprio ministro da vênio de Taubaté. Este garantia que os governos com-
Guerra. O exército, força que desejava voltar ao governo, prariam a um preço fixo toda a produção cafeeira, que
saiu desmoralizado da campanha. Com o fim do governo ficaria estocada. Quando o preço subisse no mercado
de Prudente de Morais, iniciava-se o período de apogeu internacional, o governo venderia. Quando não, manteria
da ordem oligárquica (1898 - 1914), definitivamente es- estocado ocasionando a falta do café internacionalmente
tabelecida. e provocando o aumento de seu preço. Na prática, esta
Dois foram os principais mecanismos políticos do política só salvou o lucro dos barões do café. Com a falta
poder oligárquico. O primeiro, a política do café-com- no mercado externo, outros países passaram a produzir
-leite. O título desta se deve à aliança costurada entre o café, e os governos precisaram realizar vultuosos em-
paulistas e mineiros pela hegemonia na presidência do préstimos, enquanto deliberadamente os oligarcas super
país. Os paulistas detinham o poder econômico derivado produziam, cientes de que não perderiam um centavo.
do café. Os mineiros, além de certo poder econômico, Este período de apogeu também ficou conhecido
eram responsáveis pelo maior colégio eleitoral do país, pelas revoltas - que não cessaram ao longo de toda a
ou seja, tinham grande poder político. 1ª República. As mais importantes foram 1) a Revolta da
O segundo mecanismo foi a política dos governado- Vacina, ocorrida em 1904, no Rio de Janeiro - revolta po-
res. Lembre-se que vivíamos uma república presidencia- pular contra os desmandos e autoritarismo do governo;
lista e, nesta, o poder executivo precisa negociar com o 2) a Revolta da Chibata, em 1910, também no Rio de Ja-
legislativo. Somente com o apoio das bancadas paulistas neiro - marinheiros se levantaram contra as condições
e mineiras, governar se tornaria impraticável. É para con- desumanas a que eram submetidos no exercício de seus
tornar este problema que Campos Sales (1898 - 1902) ofícios; 3) a Revolta do Contestado, em 1914, na região
implementa a política dos governadores. Sua ideia era interiorana entre Santa Catarina e Paraná - semelhante
simples: o presidente deixaria os estados à vontade, com ao massacre acontecido em Canudos, o governo se ele-
a maior autonomia possível, desde que os governadores vou contra a organização do povo em torno do líder José
destes estados elegessem bancadas favoráveis ao go- Maria.
verno federal. O projeto era interessante tanto para os A 1ª República tem o seu declínio no período entre
governadores, quanto para o presidente. Para que o go- 1914 a 1930. O controle do poder político significa con-
vernador pudesse obter o êxito eleitoral, ele precisaria do trole dos investimentos - significa dinheiro. Oligarquias
apoio das lideranças locais de seu estado, as lideranças secundárias nos estados e outras oligarquias que não as
dos municípios. Estas eram formadas pelos chamados mineiras e paulistas se sentiam desprestigiadas no plano
coronéis, homens que detinham o poder econômico da federal. Essas oligarquias começavam a formar um grupo
localidade. O processo se desenvolvia da seguinte ma- de oligarquias dissidentes.
neira: o coronel valia-se da prática do clientelismo, ou Outras mudanças também impactaram o tecido de
HISTÓRIA DO BRASIL

seja, trocava favores com a população local - isso era controle oligárquico. O Brasil começava a se urbanizar e
possível pela completa ausência de serviços públicos. O industrializar. As cidades se tornaram importantes pontos
voto não era secreto: quem não votasse nos candidatos no contexto político - ainda não tinham o peso da áreas
do coronel, perdia os favores. E mais: se os favores não rurais, mas crescente. Em 1914, explode a 1ª Guerra Mun-
bastassem, os contrários eram ameaçados violentamen- dial na Europa, o que implicou no desabastecimento de
te. No plano local, os coronéis garantiam a eleição da gêneros manufaturados em nosso país. Foi a oportunida-
oligarquia estadual e da oligarquia federal. Em troca, o de para a indústria começar a crescer. São Paulo concen-

2
tra este processo. Com a urbanização e industrialização,
ao menos três setores surgem com peso político: a bur-
guesia industrial, o operariado (a primeira grande greve EXERCÍCIOS COMENTADOS
brasileira foi realizada em 1917) e as camadas médias ur-
banas. Do interior do exército, surge um movimento de (Vunesp - PM, 2013) A partir de 1890, quando a capoei-
oficiais de baixa patente - o tenentismo, que questionava ra foi criminalizada, através do artigo 402 do Código Pe-
a imoralidade na administração pública. nal, como atividade proibida (com pena que poderia le-
A década de 1920 bota à prova a estrutura da 1ª Re- var de dois a seis meses de reclusão), a repressão policial
pública. A sucessão mineira-paulista no governo federal abateu-se duramente sobre seus praticantes. Os capoei-
começa a ser combatida pelas oligarquias dissidentes, ristas eram considerados por muitos como “mendigos
pelo tenentismo, pelas classes médias urbanas. Inclusi- ou vagabundos”. Outras práticas afro-brasileiras, como o
ve, com levantes internos - como a Revolta do Forte de samba e os candomblés, foram igualmente perseguidas.
Copacabana em 1922, a Revolução Gaúcha de 1923, a (Revista de História da Biblioteca Nacional, 21 jul.08)
Revolução Paulista de 1924 e a Coluna Prestes por toda A criminalização descrita no trecho pode ser associada
a década pelo interior do Brasil. Durante quase todo o
governo de Artur Bernardes (1922 - 1926), o Brasil viveu a) à política de valorização da diversidade promovida
sob estado de sítio. pela República, desde que não fossem práticas imo-
O próximo e último presidente da 1ª República foi rais.
Washington Luís (1926 - 1930). Seu governo foi mais b) à dificuldade das autoridades da época de combate-
conciliador que o anterior - finalizou o estado de sítio rem a malandragem e a prostituição sem o apoio da
e desfez prisões políticas. Contudo, seu principal objeti- lei.
vo era fortalecer a moeda nacional, a partir da formação c) à intenção da elite da República Velha de civilizar o
de um enorme depósito de ouro. A quebra da bolsa de país, reprimindo aspectos de uma cultura selvagem e
Nova York, em 1929, pôs fim a qualquer possibilidade de primitiva.
recuperação econômica. Com o preço do café empurra- d) à iniciativa do poder público de proteger a população
do a um abismo, os cafeicultores, principais fiadores do de práticas historicamente ligadas à vadiagem e à cri-
presidente, buscaram seu auxílio para novamente seus minalidade.
lucros serem salvos. Washington não aceitou. e) às marcas do racismo e da discriminação da cultura
Em 1930, novas eleições aconteceram. O candidato afro-brasileira, mesmo após a abolição da escravidão.
escolhido por Washington Luís foi o paulista Júlio Pres-
tes. Do outro lado, a crescente frente de oposição se RESPOSTA: alternativa E. O período da 1ª República
formou em torno do gaúcho Getúlio Vargas, candida- se destaca como um período altamente autoritário e
to a presidente, e João Pessoa como candidato a vice- elitista.
-presidente, da Paraíba. Júlio Prestes, em novas eleições
marcadas pelas fraudes, ganhou o pleito. Dias antes da Era Vargas (1930 - 1945)
posse de Prestes, João Pessoa foi assassinado a tiros. A
agitação social se tornou insustentável. Oligarquias dissi- O período identificado como Era Vargas se estende
dentes com apoio popular e aliadas ao exército depuse- do momento em que Getúlio Vargas toma posse em 3
ram Washington Luís e nomearam Getúlio Vargas como de novembro de 1930, após a deposição de Washing-
o novo presidente do Brasil. ton Luís, até o dia em que o próprio Getúlio é deposto
por uma junta militar em 29 de outubro de 1945. Divide-
-se o período em três partes: Governo Provisório (1930
FIQUE ATENTO! - 1934), Governo Constitucional (1934 - 1937) e Estado
O advento da 1ª República atualizou em Novo (1937 - 1945).
novas linguagens as formas de subordinação Um dos primeiros atos do Governo Provisório de Var-
e inferiorização da massa trabalhadora de gas foi a suspensão da Constituição de 1891. Desta for-
origem mestiça e escrava. Dentre suas armas ma, Vargas acaba concentrando poderes discricionários.
ideológicas para moldar uma política de A suspensão interessava aos revolucionários de 1930,
reconstrução nacional, podemos citar: a) pois havia o receio de que, convocada novas eleições
reurbanização; b) sanitarismo; c) federalismo aos moldes da primeira república, as oligarquias do ca-
político; d) imigração de camponeses europeus. fé-com-leite assumissem novamente o comando do país.
Sobretudo, queria-se dar fim à continuada Obviamente, estas oligarquias se desgostaram da atitude
mobilização social das massas urbanas, que e buscavam maneiras de se opor ao processo.
se iniciou nos anos 1880 com a campanha Em seu período provisório, a disputa política de Var-
abolicionista. Em 1930, o regime centrado no gas esteve ao redor da formação de uma assembleia
HISTÓRIA DO BRASIL

autoritarismo e marcado pelo domínio das constituinte para a elaboração de uma nova constituição.
oligarquias cafeeiras chegava ao fim. O então presidente retardava ao máximo a convocação
de eleições para representantes de tal assembleia, por-
que seu interesse não era de rever uma ordem demo-
crática. Vargas e os tenentistas que o acompanhavam
acreditavam ser necessário um governo forte e centra-
lizado em oposição à descentralização que foi marca da

3
1ª República. Buscando centralizar ainda mais o poder, o Para entendermos o significado de se aproximar dos
governo provisório decretou a dissolução do Congres- fascistas ou dos comunistas, vamos fazer uma digressão.
so Nacional e das Assembleias estaduais e municipais, e Com o advento da ordem social capitalista, marcada so-
substituiu governadores estaduais eleitos por intervento- bretudo pela Revolução Industrial (em seus aspectos téc-
res nomeados pelo próprio Presidente. nicos e econômicos) e pela Revolução Francesa (em seu
Das medidas concretas, o governo provisório começou aspecto político), três concepções sobre a nova socie-
a organizar uma legislação trabalhista para ganhar apoio dade se estruturam no século XIX: o liberalismo, o con-
das crescentes massas urbanas e iniciou um processo de servadorismo e o comunismo. Os liberais vão elogiar a
fomento estatal à indústria para substituir importações. nova sociedade - apontavam o rompimento das amarras
Em relação ao café, principal mercadoria de exportação do Antigo Regime e, a partir daí, os indivíduos poderão
nacional, Vargas retirou o poder decisório de São Paulo disputar as posições sociais através do próprio mérito, e
ao criar o Conselho Nacional do Café, em 1931, e assim não do sangue. Os conservadores rejeitavam a nova so-
enfraquecer o Instituto do Café do Estado de São Paulo. ciedade - para eles, era a época da desagregação social
Cabia, a partir desse momento, ao governo federal elabo- e rompimento com os costumes construídos há séculos;
rar as políticas em torno deste produto, que passava por defendiam a volta à ordem anterior, queriam conservar
grave crise após a quebra da Bolsa de Valores de Nova as características do Antigo Regime. Os comunistas en-
York, em 1929. O governo provisório não rompe com o caravam a nova ordem de maneira contraditória: ao mes-
modelo anterior de subsídio e compra das sacas exceden- mo tempo em que era um avanço em relação à ordem
tes de café. Ao contrário, mantém a compra de parte da anterior do Antigo Regime, a desigualdade econômica
safra de café paulista, queima toneladas de café para evitar colocada pelo capitalismo era algo nunca visto na histó-
a queda nos preços internacionais e estabelece acordos de ria e inaceitável. A polarização principal entre liberais e
venda com diversos países. Este foi um aceno para acalmar comunistas residia, e até hoje reside, na maneira como
os cafeicultores paulistas. Aceno contraditório, pois ao encarar a propriedade privada. Para os liberais, o direito
mesmo tempo em que mantinha os lucros destes, retirava à propriedade privada é característica essencial da socie-
das mãos dos mesmos o poder decisório sobre a política dade - sendo mesmo sagrado. Para os socialistas, a pro-
cafeeira e passa a fomentar outras atividades econômicas, priedade privada deve ser abolida.
como a indústria já citada, mas também a produção de No século XX, com o advento das eleições que en-
volviam contingentes enormes da população, surge na
açúcar, cacau, borracha e algodão.
Europa, especificamente na Itália, o movimento fascista.
A agitação entre os paulistas em torno da convoca-
Este negava tanto os liberais, quanto os comunistas. Ne-
ção da assembleia constituinte não diminuía. Em 1932,
gavam os primeiros, pois creditavam a eles a defesa de
o governo provisório elaborou um novo Código Eleito-
uma classe burguesa parasitária, que em nada conhecia
ral. Neste, houve a criação da Justiça Eleitoral, adoção do
a realidade dos trabalhadores. Negava os segundos, pois
voto secreto e obrigatório para todos os maiores de 21
carregavam um ideal de igualdade entre os seres huma-
anos e voto universal para homens, mulheres, alfabeti-
nos que os fascistas discordavam. Os fascistas surgem
zados e não-alfabetizados. Tal atitude não foi suficiente como um movimento de características de massas, mili-
para acalmar os ânimos paulistas, também porque Var- tarista, nacionalista e de viés antidemocrático.
gas nomeou um interventor militar e não-paulista no No Brasil, até mesmo embates físicos entre membros
estado, o que só agravou a situação. Em fins de 1932, da AIB e ANL estavam ocorrendo. Ambos desejavam con-
inicia-se uma guerra civil que durou apenas três meses duzir as massas e tomar o poder. Em novembro de 1935,
- era o Movimento Constitucionalista de 1932. O levante os partidários da ANL, muitos deles jovens tenentes, jun-
foi derrotado pelas forças federais, contudo seu objetivo to ao Partido Comunista Brasileiro iniciaram um levante
político surtiu efeito: Vargas indicou um novo interventor para a deposição de Vargas e a tomada do poder - a
para o estado - paulista e civil, e convocou as eleições Revolta Comunista de 1935. Quartéis no Rio Grande do
para a assembleia constituinte em 1933. Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro se sublevaram junto
No ano seguinte, a Assembleia Constituinte promul- a greves de trabalhadores. A força do movimento foi, con-
gou a Constituição de 1934, de características modernas tudo, bem abaixo da necessária aos objetivos desejados.
como o sufrágio universal, fortalecimento do Judiciário Rapidamente o governo federal derrotou os revoltosos e
com a independência da Corte Suprema, garantia de li- ganhou o argumento do “Perigo Comunista” para refor-
berdades básicas e direitos trabalhistas, como o salário çar características autoritárias, sempre almejadas, como
mínimo, limite de 8 horas de trabalho diário, folgas se- a censura e as prisões políticas. A AIB cooperava com o
manais, férias anuais remuneradas e proibição do traba- governo Vargas neste sentido. Em setembro de 1937, o
lho de menores de 14 anos. Após a promulgação, Vargas capitão Olympio Mourão Filho, membro da AIB, criou um
foi reeleito presidente em eleição indireta realizada pela documento chamado Plano Cohen. Sinteticamente, este
própria Assembleia Constituinte. Iniciava-se o período do documento dizia das intenções comunistas de tomar o
Governo Constitucional (1934 - 1937). poder à força e assassinar diversos políticos. Cohen é o
HISTÓRIA DO BRASIL

O Governo Constitucional foi marcado pela instabi- fictício comunista que assina o documento. Logo, o go-
lidade política e manutenção da política econômica do verno, valendo-se de seu controle sobre os meios de co-
governo provisório. Dois grupos antagônicos, além das municação, divulgou amplamente os objetivos do plano.
forças políticas tradicionais, disputavam e polarizavam a No dia 2 de outubro de 1937, Vargas decreta estado de
sociedade - a Ação Integralista Brasileira (AIB) e a Alian- guerra devido à ameaça comunista e em 10 de novembro
ça Nacional Libertadora (ANL). A primeira é ligada aos do mesmo ano, com o apoio do alto escalão das Forças
ideais fascistas, enquanto a segunda aos comunistas. Armadas, instaura o Estado Novo.

4
A característica dúbia do varguismo também pode ser
FIQUE ATENTO! notada em relação à Segunda Guerra Mundial. A Cons-
O Estado Novo (1937 – 1945) foi o período tituição de 1937 é de inspiração fascista, assim como
ditatorial de Getúlio Vargas. Desde sua chegada muitas das medidas de Vargas. Porém, até 1941, ele não
ao poder em 1930, desejava governar com havia declarado apoio do Brasil nem ao Eixo, nem aos
máximos poderes em uma estrutura política Aliados. Sua declaração só surgiu depois da entrada dos
nacional centralizada no governo federal. Estados Unidos na Guerra e à leitura política de que seria
Exemplo máximo da ideia de “um povo, uma muito difícil uma vitória do Eixo.
nação, um Estado” foi a cerimônia da queima Em 1945, com a Segunda Guerra quase decidida, o
das bandeiras estaduais em 27 de novembro Estado Novo já não conseguia mais manter sua elevada
de 1937 – agora, como em toda ditadura, as centralização e autoritarismo. Cedendo à pressão interna,
disposições só poderiam se voltar um único Vargas decreta o fim da censura à imprensa, a libertação
tipo de orgulho, de desejo – neste momento, de presos políticos, a volta dos partidos políticos e elei-
ao Brasil e a seu líder, Getúlio Vargas. ções em dezembro do mesmo ano. Quatro importantes
partidos são criados: 1) a União Democrática Nacional
(UDN), fortemente liberal; 2) o Partido Trabalhista Brasi-
Como marca do novo período, construiu-se a Cons- leiro (PTB), liderado por Vargas; 3) O Partido Social De-
tituição de 1937. Esta constituição ficou conhecida como mocrático (PSD), formado por tradicionais políticos bra-
Constituição Polaca, pois inspirada na Constituição de 1935 sileiros, desejosos de voltar ou se manter no poder, no
da Polônia, de caráter antiliberal, próxima ao fascismo. Os caso dos interventores; 4) o Partido Comunista Brasileiro
partidos políticos estavam proibidos, o parlamento perdia (PCB), com nome autoexplicativo.
sua função e o judiciário se torna um simples referendador PTB e PSD se unem em torno da candidatura do gene-
do executivo. Criou-se, em 1939, o Departamento de Im- ral Eurico Gaspar Dutra. A UDN lança o brigadeiro Eduar-
prensa e Propaganda (DIP). Sua função era criar e fomentar do Gomes e o PCB lança Yedo Fiúza. Contudo, setores
uma identidade nacional - a valorização do Brasil alegre e populares rejeitam as eleições e iniciam uma campanha
pela continuidade do governo Vargas. Este movimento
miscigenado, e reivindicar a figura de Getúlio Vargas como
ficou conhecido como “queremismo”, pois inscreviam nas
o grande líder da nação, o “pai dos pobres”. O DIP agia nas
paredes das cidades a palavra de ordem “queremos Var-
cartilhas escolares, propagandas públicas em rádio e rua,
gas”. Receosos de alguma manobra varguista, a cúpula
construção de datas comemorativas - todo lugar era lugar
do exército dá um golpe de estado em 29 de outubro
para reivindicar a figura varguista.
de 1945 para garantir as eleições, que ocorrem em 2 de
Politicamente, o período se caracterizou pela perse-
dezembro do mesmo ano. Dutra, apoiado por Vargas, é
guição a opositores - com direito a prisões e torturas. Até
eleito presidente com 55% dos votos. Estava extinto o
mesmo a AIB foi proibida de atuar, o que revela o caráter Estado Novo.
do governo varguista - de posições e alianças sempre ao
sabor do jogo político. Em 1938, membros da AIB ligados
às Forças Armadas tentaram um golpe para retirar Vargas
do poder - no qual foram mal sucedidos. EXERCÍCIOS COMENTADOS
Vargas equilibrou também outro grupo conflitante: o
dos operários e industriais. Ao mesmo tempo em que 1. (IFBC - PM-BA, 2017) Assinale a alternativa correta.
permitia àqueles a representação por meio de sindica- A História do Brasil mostra que a ascensão do Presidente
tos e interlocução com o governo, só era permitido um Getúlio Vargas ao poder rompeu com quatro décadas de
sindicato por categoria - e o sindicato só poderia atuar revezamento entre paulistas e mineiros na presidência,
depois de regulamentado pelo mesmo governo. Ou seja, conhecida como política do “café-com-leite”. Para im-
só existiam os sindicatos que seguissem as ordens gover- pedir que os paulistas continuassem como mandatários
namentais. Os industriais, por sua vez, viam seu capital do país foi criada a Aliança Libertadora que articulou um
crescer com o estímulo à indústria. golpe que impediu a candidatura de Júlio Prestes.
Vargas é considerado o grande mentor nacional do
populismo - política na qual o governante equilibra os a) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no po-
conflitos sociais, ora cedendo a um, ora a outro, sem der (1930 – 1945 – “Estado Novo”) e ficou conhecida
nunca alterar radicalmente a organização econômica. Se como Revolução de 1930.
os trabalhadores urbanos ganharam direitos, os indus- b) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no
triais ganhavam mais dinheiro com o estímulo estatal. poder (1934 – 1937 – “Governo Provisório“) e ficou co-
No campo econômico, Vargas inicia o projeto na- nhecida como Revolução de 1934.
cional desenvolvimentista - fomento à criação de uma c) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no
verdadeira indústria de base nacional. Ao mesmo tempo, poder (1929 – 1934 – “Governo Provisório“) ficando
HISTÓRIA DO BRASIL

em 1939, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial, o que conhecida como Revolução de 1929.
deixava mais fácil o caminho para essa política. Recursos d) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no
naturais, fontes de energia e riquezas foram nacionaliza- poder (1930 – 1934 – “Governo Constituinte“)e ficou
das. Criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional (1941), conhecida como Revolução de 1930.
a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacio- e) Essa articulação política colocou Getúlio Vargas no po-
nal de Motores (1942), a Companhia Hidrelétrica do São der (1930 – 1934 – “Governo Provisório“) e, historica-
Francisco (1945) - todas estatais. mente, é conhecida como Revolução de 1930.

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RESPOSTA: ALTERNATIVA E. Esse movimento, co- damente produtos norte-americanos. O resultado dessa
nhecido como Revolução de 1930, impulsionou o pri- política econômica foi a desvalorização da moeda nacio-
meiro momento da Era Vargas – o governo provisório. nal, aumento da dívida externa e diminuição da produção
industrial nacional. Ciente da necessidade de proteção
2. (Vunesp - Concurso PM, 2010) 1) Leia as afirmações da economia nacional, Dutra propõe, em 1947, o Plano
sobre a Revolução de 1930 e a Era Vargas. Salte - investimentos do governo nas áreas de saúde, ali-
I. A emergência da classe média, do tenentismo e do mo- mentação, transporte e energia. A valorização do café no
vimento operário contribuiu para a vitória da Revolução mercado externo também ajudou as finanças públicas ao
de 1930. fim do mandato.
II. Estados da Federação, insatisfeitos especialmente com Dutra se alinhou aos norte-americanos não apenas
a hegemonia de São Paulo, associados a setores econô- nas relações comerciais. Politicamente, agiu fortemente
micos, como charqueadores, produtores de açúcar, de ca- para enfraquecer os comunistas, que ganhavam força.
cau e segmentos industriais, contribuíram para derrubar o Interveio em sindicatos e conseguiu a cassação do PCB -
Estado oligárquico. uma das justificativas para a ação era a de que constava
III. Em 1937, Vargas fechou o Congresso Nacional, ins- no programa político do partido a revolução comunista,
talou o Estado Novo e passou a governar com poderes fato que não coadunava, na argumentação de Dutra e dos
ditatoriais. O governo passou a ser centralizado e o De- conservadores, com um sistema democrático.
partamento de Imprensa e Propaganda atuou na linha de Em 1950, as candidaturas se organizavam para novas
frente da censura. eleições. PSD, partido de Dutra, lançou Cristiano Machado
IV. Entre as realizações da Era Vargas pode-se destacar: a a presidente, a UDN foi novamente com Eduardo Gomes
criação da Justiça do Trabalho, do salário-mínimo, da Con- e o PTB com Getúlio Vargas. Nenhuma força política con-
solidação das Leis do Trabalho, além de obras na área de seguia rivalizar com o carisma construído em 15 anos de
infraestrutura como a Companhia Siderúrgica Nacional. política centralizada na figura de Vargas. Com 48% dos
votos, ele foi eleito novamente presidente da República.
Estão corretas as afirmações O segundo governo de Getúlio Vargas (1951 - 1954)
foi de grande instabilidade. O primeiro ponto de disten-
a) I, II, III e IV. são política foi em torno do debate entre liberalismo e
b) I, II e III, apenas. nacionalismo. De um lado, setores da sociedade acredi-
c) I e IV, apenas. tavam que a melhor maneira de desenvolver o país era
d) II e IV, apenas. através da política liberal, que apregoava portas abertas
e) II e III, apenas. ao capital internacional. A burguesia nacional e o Estado
brasileiro não teriam dinheiro, nem tecnologia suficiente
RESPOSTA: alternativa A. Todas as afirmações estão para dinamizar a economia. Com a abertura, empréstimos
corretas. Estes diversos elementos compõem a trajetó- internacionais aos industriais brasileiros seriam facilitados,
ria da ascensão e estruturação da Era Vargas. assim como o investimento direto das grandes indústrias
norte-americanas e europeias.
Período Democrático (1946 - 1964) Por outro lado, os nacionalistas argumentavam que
a abertura ao capital internacional enfraqueceria nossa
Após a deposição de Vargas e a realização de eleições, economia e nos tornaria dependentes das políticas eco-
o Estado Novo estava definitivamente acabado. Dutra, o nômicas dos países centrais. Os grandes investidores es-
presidente eleito, comandou as Forças Expedicionárias trangeiros só aportariam seus recursos aqui na medida
Brasileiras na 2ª Guerra, era ligado ao Estado Novo e tinha em que conseguissem explorar tanto os recursos natu-
o apoio de Vargas - sua eleição era certa, neste contexto. rais, quanto a mão-de-obra. Não ficaria nenhum legado
Junto a ele, foram eleitos os parlamentares constituintes. ao país, a não ser a dependência econômica.
Cabe destacar que Getúlio foi eleito para senador e o PCB Vargas, de bases nacionalistas, na composição de seu
elegeu 15 deputados e um senador - com um total de 500 governo se aliou ao PSD para ter a base legislativa ne-
mil votos, número muito expressivo. O novo período terá cessária para governar, o que acabou enfraquecendo sua
também forte influência da Guerra Fria. política nacionalista. A grande disputa entre liberais e na-
Em 1946, promulgava-se mais uma constituição do cionalistas se deu em torno da criação da Petrobrás. Os
Brasil. O voto manteve-se secreto e universal, porém res- primeiros queriam formar uma empresa de capital priva-
trito aos alfabetizados, o que excluía considerável parce- do, sem interferência do Estado. Os segundos desejavam
la da sociedade, sobretudo a mais pobre. A organização uma empresa estatal com monopólio da extração e uso
sindical ainda mantinha parte do atrelamento imposto no dos derivados do petróleo - argumentavam em torno da
período anterior e os três poderes (executivo, legislativo e soberania nacional. Em 1953, a Petrobras foi criada aos
HISTÓRIA DO BRASIL

judiciário) voltaram a se equilibrar. moldes nacionalistas.


O governo Dutra (1946 - 1951) foi social e politica- A instabilidade do governo se deu porque a economia
mente calmo. Não houve levantes populares, nem mo- ia mal. Desde que Vargas assumiu a presidência, a infla-
bilizações políticas para derrubá-lo. Economicamente, ção mais que dobrou, impactando em perda do poder
sobretudo em seus primeiros anos de governo, aplicou de compra dos trabalhadores. Greves aconteceram e na
a cartilha liberal de não-intervenção estatal na economia tentativa de acalmar a situação, o governo nomeou João
e abertura do mercado aos produtos importados, marca- Goulart como ministro do trabalho. Ao contrário, a situa-

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ção se agravou: Goulart propôs um aumento de 100% Em 1960, ocorreu a última eleição presidencial do
no salário mínimo para repor as perdas inflacionárias, o período democrático (1946 - 1964). PSD e PTB mantive-
que revoltou os patrões e parte das Forças Armadas, que ram a aliança vitoriosa no pleito anterior e lançaram o
viam nessa medida uma “tendência comunista” que o general Lott como candidato a presidente e novamente
governo tomava. João Goulart como vice-presidente. O PSP foi mais uma
A UDN era o partido que mais combatia o governo. vez com a candidatura do paulista Ademar de Barros e a
Carlos Lacerda, o líder udenista, fazia discursos inflama- UDN apoiou o candidato independente, e então gover-
dos contra Vargas e acusava duramente o governo de nador de São Paulo, Jânio Quadros. Com 48% dos votos,
corrupção. Para elevar ainda mais a tensão, no dia 5 de o candidato a presidente apoiado pela UDN foi eleito. O
agosto de 1954, Lacerda sofreu uma emboscada e ten- eleito para a vice-presidência foi João Goulart.
tativa de assassinato. Seu guarda-costas foi morto. As Jânio Quadros agia de maneira distinta dos políticos
investigações levaram à pessoa de Gregório Fortunato tradicionais, e talvez seja esse o seu grande feito. Politica-
como o mentor do atentado. Gregório era chefe da guar- mente, não se atrelava a nenhum grupo ou ideologia. Sua
da pessoal de Vargas. Pressionado pelo Parlamento e pe- bandeira era a da moralidade - limpar a sujeirada da po-
las Forças Armadas, que exigiam sua renúncia, Getúlio lítica. Construía seu próprio personagem com discursos
resistiu por 19 dias. Na manhã de 24 de agosto, o país rebuscados, ternos desalinhados, caspa nos ombros e, na
acordou com o informe de que o presidente, o “pai dos
frente dos populares, comia um belo sanduíche de mor-
pobres”, havia se suicidado com um tiro no coração. A
tadela. Em sua carreira política no estado de São Paulo,
comoção popular foi enorme e violenta - todos os sím-
fazia visitas surpresas a repartições públicas como se fos-
bolos antivarguistas foram atacados. Se havia uma movi-
mentação golpista para retirar Vargas do poder à força, se um grande fiscal. A população, cansada dos mesmos
ela precisou ser abortada. quadros políticos de sempre, gostava de seu jeito. Assim
Café Filho, o vice-presidente, assumiu a cadeira prin- ele foi eleito e assim governou - amparado em polêmicas
cipal. Seu governo ficou marcado não tanto pelas suas e sem um direcionamento claro na economia, nem na
políticas, mas mais pela sucessão presidencial. Em 1955, política. Dentre seus “grandes” feitos estão a proibição
as eleições ocorreram em meio a enorme tensão. O PTB, do uso de lança-perfume e das brigas de galo.
desgastado pelo último período, não lançou candidatu- Jânio não se importava com as negociações congres-
ra a presidente. Firmou-se uma chapa entre PSD-PTB. O suais, bem ao estilo autoritário. Sua política econômica
candidato a presidente era Juscelino Kubitschek (PSD), o aliada à herança de JK em poucos meses levou o país à
candidato a vice era João Goulart (PTB). A UDN lançou recessão. Ao mesmo tempo em que era conservador nos
Juarez Tavora e do PSP (Partido Social Progressista) veio costumes e aplicava a cartilha liberal do FMI na econo-
Ademar de Barros. mia, na política externa se alinhava a setores da esquerda.
Juscelino venceu o pleito com 36%, somente 6 pon- Chegou mesmo a convidar Ernesto Che Guevara, líder da
tos percentuais a mais que o segundo colocado, Juarez revolução cubana, e condecorá-lo com a mais importan-
Tavora (UDN). Os udenistas não aceitaram o resultado, te medalha nacional. Governava como um Frankenstein.
alegando fraude, e convocaram as Forças Armadas a se Sem maiores explicações, apenas oito meses trans-
sublevar contra os “corruptos comunistas” que queriam corridos de seu mandato, enviou o vice-presidente em
chegar ao poder. Foi através da ação do então ministro missão oficial à China comunista, e no dia 25 de agosto
da Guerra, Teixeira Lott, militar legalista, que o resultado de 1961 renunciou para se defender contra “forças terrí-
foi cumprido e Juscelino empossado. veis” que se organizavam contra ele. Até hoje não se sabe
O governo Juscelino esteve longe de ser comunista. quais eram essas “forças terríveis”. Supõe-se que a renún-
Ao contrário, implementou uma política desenvolvimen- cia foi uma manobra política de Jânio: sem apoio político
tista que aliava tanto investimentos estatais, quanto pri- no Congresso, nem nas Forças Armadas, com a popula-
vados. Houve mesmo uma política estatal direcionada ção descontente com a recessão, renunciou crendo que
para atrair o capital estrangeiro - nunca antes este tinha
todos o procurariam para rever a decisão com medo de
sido tão presente. A industrialização do país crescia a
que o trabalhista João Goulart assumisse a presidência
passos largos com a presença pungente das multinacio-
com seus ideais de esquerda.
nais. A indústria automobilística é fortemente fomenta-
da, assim como a criação e ampliação de estradas. Uma O Congresso aceitou sem grandes problemas a re-
das facetas mais visíveis de seu desenvolvimentismo, do núncia. Os militares se mobilizaram para impedir que
desejo por grandes obras, é explicitado na construção de Goulart assumisse. O Congresso, contudo, rejeitou a
Brasília como nova capital federal. ideia. As Forças Armadas estavam divididas entre os que
O PIB nacional crescia a 7% ao ano. Contudo, esse defendiam a legalidade da posse e os que exigiam um
forte crescimento escondia a grave crise econômica que golpe. Para contornar a crise, os congressistas aprova-
se desenhava. O crescimento nacional se deu graças a ram que Goulart assumiria, contudo em um regime
investimentos e empréstimos internacionais - na hora de parlamentarista, não presidencialista. O regime parla-
HISTÓRIA DO BRASIL

pagá-los, a conta não fechava, pois as nossas exporta- mentarista diminui o poder do presidente, pois cabe ao
ções não conseguiam crescer na mesma velocidade que primeiro-ministro, eleito indiretamente pelo congresso, a
a dívida avançava. Para pagar a dívida, novos emprésti- prerrogativa de muitas ações.
mos. Assim a dívida externa foi galgando cifras enormes. O regime parlamentarista não vingou: entre setembro
Apesar dos problemas deixados para o próximo governo, de 1961 e janeiro de 1963, foram três os primeiros-mi-
social e politicamente o governo JK transcorreu e termi- nistros. A instabilidade política e na administração dos
nou tranquilamente. órgãos públicos implicou negativamente na economia,

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que já não ia bem. No início de 1963, a população foi O discurso apresenta uma característica essencial do go-
consultada em plebiscito se desejava a manutenção do verno de Getúlio Vargas, que não se limita à fase do go-
parlamentarismo ou a volta do presidencialismo. A volta verno democrático dos anos cinquenta, que foi a
do presidencialismo ganhou com mais de 90% dos votos.
Na prática, Goulart governou por pouco mais de um a) procura de formação de blocos econômicos regionais,
ano com poderes de presidente, do plebiscito no início com a finalidade de resistir ao domínio imperialista.
de 1963 até o golpe militar que o destituiu do poder, em b) privatização das empresas estatais, com a venda de
31 de março de 1964. ações das grandes indústrias nas bolsas de investi-
Goulart tinha um ousado projeto socioeconômico. A mento.
primeira parte deste se concentrava no Plano Trienal - a c) liberalização econômica, com a abertura dos mercados
partir do investimento estatal no mercado interno, gra- nacionais aos capitais financeiros.
dualmente substituiria-se a importação de mercadorias. d) política de socialização da economia brasileira, com o
As consequências que se esperava obter como o controle controle da produção pelos trabalhadores.
da inflação que rondava a casa dos 70% ao ano, a volta e) presença estatal em setores estratégicos da economia,
do crescimento do PIB e distribuição de renda, não foram com a limitação de investimentos particulares.
alcançadas. O ano de 1964 começou com uma inflação
ainda maior - acima de 90%. RESPOSTA: alternativa E. O populismo varguista se
O insucesso do Plano Trienal se aliou às polêmicas caracteriza justamente pelo equilíbrio e apazigua-
em torno das Reformas de Base. Desejava-se alterar pro- mento de contraditórios, ainda que ao fim a postura
fundamente quatro pontos da organização social - as autoritária prevaleça. Em específico sobre os setores
estruturas agrária, financeira, administrativa e tributária. estratégicos da economia, sua política sempre foi na-
O Brasil estava à flor da pele. Os congressistas não con- cionalista.
seguiam encaminhar mínimos consensos. As ruas passa-
ram a ser tomadas por mobilizações. Em 13 de março de
1964, Goulart fez um inflamado e radical discurso para A ESTRUTURA POLÍTICA E OS
uma plateia de mais de 150 mil pessoas na Central do MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO
Brasil, no Rio de Janeiro. Defendeu uma profunda refor- MILITAR.
ma agrária e urbana.
Em 19 de março do mesmo ano, em São Paulo se de-
senrolou a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Ditadura militar
500 mil pessoas estavam presentes e pediam a deposição
de Goulart. Doze dias depois, as Forças Armadas com o Com a deposição de Goulart em 31 de março de
apoio de importantes políticos depõe o então presiden- 1964, os militares tomaram o poder e decretaram o Ato
te. Era o fim do curto período democrático. Institucional número 1. Ele autorizava o poder executivo
a cassar mandatos de representantes eleitos, suspender
direitos políticos e decretar estado de sítio sem neces-
sidade do aval do congresso nacional. O AI-1 também
EXERCÍCIO COMENTADO decretava eleição indireta para presidente e nova eleição
direta após um ano. O congresso, com os oposicionistas
(Vunesp - Concurso PM, 2013) 3. No final de 1951, o suspensos e perseguidos, por meio de eleição indireta
presidente Getúlio Vargas enviou ao Congresso Nacional elegeu o general do exército Humberto Castelo Branco
o projeto de criação da companhia Petróleo Brasileiro S. para assumir a presidência da República. Seu governo
A. (Petrobras). Em um discurso pronunciado, poucos me- era apoiado pela UDN e por setores conservadores das
ses depois, no estado da Bahia, assim se referiu Getúlio classes médias.
Vargas a Petrobras: Ao analisar os anos em que os militares estiveram no
A Petrobras será o próprio Governo agindo no campo da poder é possível realizar sempre dois recortes: em rela-
indústria petrolífera, tal como já o faz na indústria do aço, ção à política econômica e em relação à política de segu-
através da Companhia Siderúrgica Nacional. E isto sem o rança nacional.
prejuízo do concurso do capital privado. Mas nem remo- No campo econômico, o governo Castelo Branco
tamente existe o perigo de que, através da participação do (1964 - 1967) se caracterizou pelo alinhamento com os
capital privado, venham a agir os grupos financeiros estran- norte-americanos, aliás, fiadores do golpe militar execu-
geiros, ou mesmo nacionais. Afastou-se tal perigo, reduzin- tado no Brasil. O primeiro ponto atacado foi o do déficit
do o montante de sua participação na sociedade, ficando a público. Para alterar a situação que se agravava ano a
União Federal com nunca menos de 51% do total. ano, o governo elevou impostos e reduziu gastos em em-
(Getúlio Vargas. O governo trabalhista do Brasil. Vol. presas públicas, o que acabou elevando o custo de vida.
HISTÓRIA DO BRASIL

III. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, p. Logo após, buscou controlar a crescente inflação através
157. Adaptado) da indexação da economia - processo no qual o gover-
no regula os reajustes dos preços através de índices ofi-
ciais. Inflação controlada significa oferta de crédito pelos
bancos. No mesmo sentido das outras medidas, salários
foram arrochados e funcionários públicos perderam a es-
tabilidade do cargo.

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A política de segurança nacional ia ao encontro da também editá-las. O artigo décimo do Ato permitiu pri-
política econômica. Os opositores tinham seus direitos sões arbitrárias e torturas como prática de Estado - o
políticos cassados. As medidas impopulares do governo direito ao habeas corpus estava suspenso. O AI-5 é man-
puderam ser postas em prática também pelo autorita- tido por onze anos. Poucos meses depois, Costa e Silva
rismo do presidente - a oposição estava desmantelada. sofre um derrame cerebral e morre. Seu vice, civil, Pedro
Em relação à implementação do arrocho salarial, nada Aleixo é impedido de assumir. Inicia-se, então, o gover-
os sindicalistas puderam fazer - a maioria dos dirigentes no do general Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1974).
estava presa. Mesmo os apoiadores de primeira hora, O governo Médici é marcado como o período de
como os udenistas, começaram a demonstrar insatisfa- maior violência de todo o regime militar. Com a inten-
ção. O mandato de Castelo Branco, que deveria ir até sificação do autoritarismo e da repressão, surgem mo-
31 de janeiro de 1966, foi estendido por mais um ano vimentos de luta armada contra o governo. É sobre o
através de emenda à constituição. argumento do perigo que estes movimentos represen-
Em 27 de outubro de 1965, após avanços da oposi- tam que Médici executa suas ações. As ações de guer-
ção nas eleições estaduais e municipais, o governo de- rilha nos interiores rurais são reprimidas pelo governo
creta o Ato Institucional número 2. Muito mais radical rapidamente. O movimento de guerrilha urbana criado
que o anterior, ele aponta a “revolução” como o poder por Carlos Marighella, no entanto, se mostra mais difícil
constituinte, que se legitima a si mesmo. Na prática, o de ser exterminado. Fortalecem-se para este objetivo os
AI-2 concentra ainda mais poder nas mãos do executi- serviços de inteligência do governo. O estado de vigília e
vo - facultando ao presidente encerrar os trabalhos dos suspeição é constante. A censura toma conta da impren-
legislativos federal, estaduais e municipais. As eleições sa e das expressões artísticas e culturais.
que seriam diretas em fins de 1965, passam a ser in- No plano econômico, o Brasil se caracterizou no pe-
diretas. Os partidos políticos são extintos. No entanto, ríodo pelo Milagre Econômico. Este foi possível graças à
criam-se dois: a Arena (partido de apoio ao regime) e continuidade de ações já iniciadas no governo Castelo
MDB (partido de oposição consentida). Branco. Incentivou-se as exportações nacionais e a en-
A ditadura dia após dia se radicalizava. Em feverei- trada de capital estrangeiro no país. A balança de pa-
ro de 1966, novo decreto: o Ato Institucional número 3, gamentos (diferença entre o dinheiro que entra e o que
que estendia eleições indiretas também nas esferas es- sai), deficitária no início dos governos militares, passava
taduais e municipais. Com direitos políticos reservados agora a ser superavitária. Os juros baixos no mercado
apenas aos apoiadores ou opositores “que não se opu- internacional, na casa dos 2,2% ao ano, favoreciam os
nham”, as eleições perdem seu sentido representativo. empréstimos e a consequente expansão de investimen-
Em dezembro de 1966, o Ato Institucional número 4 é tos internos. Os baixos salários também se mantinham
editado para a formulação de uma nova constituição. - qualquer movimentação contrária dos operárias era
O general Castelo Branco é substituído, após eleição duramente reprimida. Os maiores beneficiários do cres-
indireta, pelo também militar marechal Artur da Costa cimento econômico, além da elite econômica do país,
e Silva, no início de 1967. A oposição parlamentar era são os membros da classe média. O incentivo ao consu-
definitivamente uma farsa. Nomes como Juscelino Ku- mo era feito sobretudo para os trabalhadores mais es-
bitschek, Carlos Lacerda e João Goulart - antigos rivais pecializados. Apesar do autoritarismo, o governo Médici
políticos, se unem em torno de uma organização suprai- gozava de apoio de setores importantes da população.
deológica denominada Frente Ampla, em vistas à defe- O milagre econômico deixa de ser milagroso a partir
sa da democracia. A Frente é desmontada pelo governo da crise internacional do petróleo em 1973. A crise foi
com seus principais líderes sendo exilados. uma retaliação dos países árabes produtores de petróleo
O último gueto de resistência ao regime autoritário aos países que apoiaram direta ou indiretamente o Esta-
foi a rua. Capitaneados por jovens lideranças estudantis, do de Israel na Guerra do Yom Kippur. A retaliação foi um
o ano de 1968 foi marcado por atos de rua e tensão. aumento de mais de 400% no preço do barril de petró-
No campo da cultura também se resistia - o teatro se leo. O Brasil, que importava 80% do petróleo utilizado,
reinventava, assim como o cinema e a música. A morte tomou um duro golpe em seu crescimento econômico.
do estudante Edson Luís em março de 1968, na cida- Os juros internacionais voltaram a subir, consequente-
de do Rio de Janeiro, após brutal repressão contra um mente a dívida externa também. A inflação, controlada
ato que pedia diminuição nos preços de um restaurante até então, mostrava sinais de descontrole.
estudantil comoveu a sociedade. Setores urbanos e da No ano de 1974, finda-se o governo Médici. Inicia-
Igreja se sensibilizaram com o movimento em ascensão. -se, então, o governo do general Ernesto Geisel (1974
Em junho do mesmo ano, ocorreu a Passeata dos Cem - 1979).
Mil, grande ato de oposição à ditadura, com diversos O governo Geisel é marcado por um abrandamento
setores sociais. do autoritarismo e uma abertura à redemocratização de
HISTÓRIA DO BRASIL

Cada vez mais incomodados com a oposição ao re- maneira “lenta, gradual e segura”. O perigo de levan-
gime, o governo militar de Costa e Silva (1967 - 1969) tes armados tinha sido definitivamente derrotado no
decreta o mais pesado dos atos institucionais no dia 13 governo anterior. A desaceleração da economia aliada
de dezembro de 1968: o AI-5. Este ato decretava a sus- à falta de possibilidade de mudança política voltava a
pensão do Congresso Nacional, Assembleias estaduais incomodar parcelas da sociedade. A abertura tornava-
e câmaras municipais - pelo tempo que o presidente -se algo vislumbrável a longo prazo. Os empecilhos para
desejasse. Cabia ao presidente além de executar as leis, tal processo vinham de dentro do próprio governo: a

9
dificuldade da linha mais dura das Forças Armadas em
aceitar novos rumos políticos e também possíveis apu-
rações de crimes cometidos pelos agentes nos processos EXERCÍCIOS COMENTADOS
repressivos. Geisel desempenhou importante função na
desmontagem do aparelho repressivo, inclusive revo- (Vunesp - Concurso PM, 2013) 2) O processo de rede-
gando o AI-5. O governo continuava manobrando as mocratização do Brasil avançou em 1979, com a extinção
regras eleitorais para manter a maioria no congresso e do Ato Institucional número 5 (AI-5) e a anistia política.
assembleias estaduais e municipais. Contudo, cada vez Ele foi, de certa forma, consolidado, em 1982, com
era mais difícil evitar o caminho para o fim da ditadura.
Em março de 1979, assumiu o general João Batista Fi- a) a adoção de medidas econômicas liberais.
gueiredo. Seu governo seguiria no processo de abertura b) a criação da Lei de Segurança Nacional.
política. Figueiredo promove a lei da anistia aos exilados c) as eleições diretas para os governos estaduais.
políticos, com exceção dos que fossem acusados de ter- d) a extensão do direito de voto aos analfabetos.
rorismo. Cada vez mais se organizava frentes de resis- e) a vitória da oposição no Colégio Eleitoral.
tência. As greves do ABC, em fins da década de 1970,
com a mobilização de mais de 300 mil metalúrgicos, sob RESPOSTA: alternativa C. As eleições diretas para os
a liderança do jovem líder sindical Luís Inácio da Silva, o governos estaduais foram o grande ponto de ruptura
Lula, são um exemplo disso. Em seu governo também há rumo ao fim do período militar.
a volta do pluripartidarismo: a criação do PMDB, lide-
rado por Ulysses Guimarães; do PDT, de Leonel Brizola; (Vunesp - PM, 2017) O processo de descompressão do
do PT, dos novos sindicalistas destacadamente Lula; e o sistema político começara a ser orquestrado em 1975,
PDS, novo nome da antiga Arena. No campo econômico, pelos generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva,
o governo Figueiredo vê a estagnação econômica e o ambos convencidos de que a ditadura deveria fazer suas
crescimento desenfreado da inflação, na casa dos 200%, escolhas e definir o momento mais conveniente para re-
corroer a já cambaleante popularidade do governo. vogar os poderes de exceção.
Em 1982, após anos de intervencionismo federal, (Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, Brasil: uma biografia.
acontecem eleições diretas para os cargos de governa- São Paulo: Companhia das Letras, 2015. P. 467. Adaptado)
dores - e a oposição conquista importantes resultados. Tal processo se deu com o objetivo de
O governo militar havia determinado também eleições
indiretas para presidente em 1985 e diretas em 1989. (A) manter a oposição longe do Executivo, de modo a
Pelos bons resultados nas eleições de 1982 e pelo des- garantir que a transição se realizasse de maneira tu-
contentamento cada vez maior da população, no ano de telada, restrita aos círculos civis aliados e sem riscos
1983 tem início o movimento das Diretas Já!, que levam institucionais.
milhares de pessoas às ruas de todo o Brasil. O movi- (B) realizar uma abertura política plena, reestabelecen-
mento queria que já em 1985 fossem realizadas eleições do os direitos políticos e as liberdades civis no tempo
diretas. O Congresso, ainda controlado pelas forças liga- mais curto possível, superando a situação autoritária
das ao regime, rejeitou o projeto. na qual o país se encontrava.
Em 1985, aproveitando-se de um racha político no (C) sustentar o bipartidarismo do MDB e da Arena na
interior do PSL, que originaria um novo partido chama- cena política nacional, impedindo, com isso, a legali-
do PFL, Tancredo Neves (PMDB) vence Paulo Maluf (PSL) zação de partidos e grupos políticos mais à esquerda,
nas eleições indiretas. Tancredo teve como vice de sua tais como o Partido Comunista.
chapa José Sarney(ex-PDS, atual PMDB). A aliança com (D) efetivar um projeto de institucionalização da ditadura,
setores dissidentes do PSL foi fundamental para conse- de tal forma que os poderes de exceção fossem revo-
guir derrotar a candidatura de Maluf. Após 21 anos, o gados, mas os militares ficassem no poder por tempo
Brasil tinha um novo presidente civil. Era o fim da di- indeterminado.
tadura militar (1964 - 1985) e o início do processo de (E) garantir uma abertura política em que os exilados
redemocratização. não teriam o direito de voltar ao Brasil, assim como
Dias antes de assumir a presidência, Tancredo foi os presos políticos permaneceriam detidos até que se
acometido por uma grave infecção generalizada e aca- completasse a redemocratização.
bou vindo a óbito. Em meio à tensão instaurada por
possível uma retomada do poder pelos militares, o vice RESPOSTA: alternativa A. Os militares foram hábeis
Sarney assume e governa até 1990. Duas são as carac- politicamente – orquestraram uma abertura política
terísticas principais de seu governo: a criação de uma “lenta, gradual e segura” sob seu controle.
Assembleia Constituinte para a formulação de uma nova
constituição para o Brasil, e a luta contra a inflação. Em
HISTÓRIA DO BRASIL

relação a esta última, Sarney lança alguns planos ao lon-


go de seu mandato - todos ineficientes. De 367% ao ano
em 1986, a inflação chegou a 1764% ao ano no fim do
mandato.

10
Graças ao sucesso do Plano Real, em 1994, FHC lan-
A ABERTURA POLÍTICA E A ça-se candidato a Presidente pelo PSDB. Ele vence o plei-
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL to em primeiro turno com 54% dos votos. Lula fica em
segundo com 27%. Em seu primeiro mandato consegue
a aprovação de uma Emenda à Constituição que permi-
tiria a reeleição presidencial. Em 1998, é reeleito presi-
Constituição Cidadã dente com 53% dos votos válidos, novamente a frente de
Lula, que ficou com 31%. Seus dois mandatos mantém a
FIQUE ATENTO! política neoliberal na economia.
Em 2003, Lula, após três derrotas eleitorais, é eleito
A Constituinte promulgou a Constituição de presidente do Brasil com 61% dos votos válidos, derro-
1988, conhecida como Constituição Cidadã. tando no segundo turno José Serra (PSDB). Seus gover-
Ela é um longo texto, formulado com ampla nos mantém a estrutura econômica herdada do governo
participação popular, com artigos sobre anterior de subordinação do orçamento ao pagamento
diversos temas e de caráter progressista na de juros e da dívida pública, porém busca uma maior in-
garantia de direitos e liberdades individuais, tervenção estatal e mecanismos mais fortes de distribui-
bem como o respeito a direitos sociais, como ção de renda. Lula é reeleito em 2006 com 60% dos votos
educação, saúde e moradia dignos a todos. válidos, também em segundo turno, com vitória sobre
Geraldo Alckmin (PSDB).
Em 2010, sustentado por massivo apoio popular, Lula
Em 1989 ocorre eleição direta para Presidente da consegue eleger sua sucessora Dilma Rousseff, que ha-
República, após 29 anos. 22 candidatos concorriam ao via sido ministra de Minas e Energia e depois ministra
pleito - o que mostra o quadro de renovação política da Casa Civil em seus governos, derrotando em segundo
e disputa por projetos hegemônicos. Dois candidatos turno, José Serra (PSDB). Dilma é reeleita em 2014 com
passam ao segundo turno: Fernando Collor, um outsider apertada vitória em segundo turno sobre o tucano Aécio
político, que se portava como o oposto à velha política Neves. Em 2016 com seu governo em meio a uma cri-
e com capacidade de moralizar o país; e Luís Inácio Lula se econômica e política sofre um processo de impeach-
da Silva, candidato do PT. Em uma eleição marcada por ment. Em seu lugar, assume Michel Temer (2016 - 2018).
polêmicas, sobretudo pela cobertura da imprensa, Collor Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro (PSL) dá fim a mais
é eleito presidente. de 20 anos de polarização PT-PSDB e é eleito presidente
O governo Collor (1990 - 1992) iniciou de maneira do Brasil para o período 2018 - 2022.
mais destacada a nova política econômica apregoada
pelos Estados Unidos - o neoliberalismo. Flexibilizava-se
taxas alfandegárias e incentivava-se a entrada do capital
privado no país, com respectiva diminuição do Estado e EXERCÍCIOS COMENTADOS
dos gastos públicos. O país entrou em recessão e den-
tre suas medidas mais polêmicas esteve o congelamen- 1. (Vunesp - PM, 2013) Um dos pontos altos da Cons-
to dos saques das poupanças. Seu governo teve um fim tituição é o artigo 5.º, que garante amplas liberdades [...]
prematuro por conta de denúncias de corrupção que, Foram asseguradas as liberdades de manifestação, opi-
após intensas manifestações populares (o movimento nião e organização. O crime de racismo foi considerado
dos caras pintadas), levou à aprovação de seu impeach- inafiançável e imprescritível…
ment. Pouco antes de confirmado o impeachment, Col- (Marco Antônio Villa. A história das Constituições brasi-
lor renuncia em fins de 1992. leiras.São Paulo: Leya, 2011, p. 119)
Em janeiro de 1993, o então vice-presidente Itamar
Franco assume o governo. Dois eram os grandes desa- O texto refere-se a atual Constituição brasileira, promul-
fios do governo Franco (1993 - 1994) - não deixar que a gada em 1988. Os princípios assegurados pela Consti-
crise política incendiasse e resolver a longa crise econô- tuição.
mica, que não fora resolvida desde o fim da década de
1970. Com costuras políticas entre diversos partidos, so- a) comprovam a ausência de preconceitos raciais na so-
bretudo PMDB e PSDB, o primeiro desafio foi resolvido. ciedade brasileira.
Em relação aos problemas econômicos, ficou a cargo do b) garantem à sociedade direitos democráticos, assim
ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC), como a salvaguarda das diferenças cultural e étnica.
a implementação do Plano Real. Este seguia a tendên- c) caracterizam o Brasil, desde a independência, como
cia neoliberal. Houve forte redução dos gastos públicos, país democrático.
privatização de empresas públicas e maior fiscalização d) legitimam a liberdade de crença no Brasil, com a união
HISTÓRIA DO BRASIL

em relação às evasões de divisas, aumento das taxas de entre Estado e religião.


juros e a criação de uma nova moeda, o Real - que se- e) reconhecem a impossibilidade de implantação da de-
ria pareado com o dólar. A inflação foi controlada, ainda mocracia plena no Brasil.
que para isso a economia nacional precisasse ficar em
situação de dependência com o capital internacional. RESPOSTA: alternativa B. A Constituição Cidadã tem
como uma de suas premissas fundamentais assegurar
os direitos democráticos da sociedade.

11
2. (Vunesp - PM, 2016) Em concorrida cerimônia no ple-
nário da Câmara dos Deputados, transmitida ao vivo pela
televisão para todo o país, em 5 de outubro de 1988, o HORA DE PRATICAR!
deputado Ulysses Guimarães, presidente da Constituinte,
declarou promulgada a nova Constituição brasileira. 1. (UFMT/2015 - IF-MT) Durante o período imperial
(Américo Freire, Marly Motta e Dora Rocha, História em brasileiro, o liberalismo foi uma das correntes políticas
curso: o Brasil e suas relações com o mundo ocidental) influentes na composição do nascente Estado indepen-
dente, tendo, em diferentes momentos, pautado seus
Um dos princípios que orientaram a atual Constituição rumos. Há que se observar, no entanto, que, diferente-
brasileira foi mente do modelo europeu, o liberalismo encontrado no
Brasil tinha suas idiossincrasias. A partir do exposto, mar-
a) o unitarismo político-administrativo, que inviabiliza a que V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
formação de partidos. ( ) Os limites do liberalismo brasileiro estiveram marca-
dos pela manutenção da escravidão e da estrutura arcai-
b) a restrição dos direitos políticos, que assegura a im-
ca de produção.
parcialidade nas eleições. ( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes mé-
c) o estabelecimento do Estado de direito, que garante as dias urbanas, agentes públicos e manumitidos ou libertos.
liberdades individuais. ( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante
d) a criação do Ministério da Defesa, que protege a socie- a elaboração da Constituição de 1824.
dade dos abusos do poder público. ( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no
e) o predomínio do Legislativo sobre os demais poderes, Brasil ajudou a estruturar o pensamento liberal no pri-
que permite a harmonia entre eles. meiro reinado.

RESPOSTA: alternativa C. Os direitos civis, políticos e Assinale a sequência correta. 


sociais são assegurados pela Constituição Cidadã.
a) F, V, F, V
b) V, V, F, F
c) V, F, V, F
d) F, F, V, V

2. (FGV/2016 – SME/SP) “Comecemos pela expressão


‘República Oligárquica’. Oligarquia é uma palavra grega
que significa governo de poucas pessoas, pertencentes
a uma classe ou família. De fato, embora a aparência de
organização do país fosse liberal, na prática o poder foi
controlado por um reduzido grupo de políticos em cada
Estado.”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p.
61.
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos
mecanismos próprios da ordem oligárquica brasileira na
Primeira República.

a) Com a política dos governadores, o governo estadu-


al passou a sustentar os grupos dominantes em cada
estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo
federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro,
detentores das maiores bancadas no Congresso no
período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o
controle do Executivo e do Legislativo federais. 
c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no
campo, incorporado ao processo político pelo fim
do critério censitário, e garantiu-se a hegemonia das
oligarquias rurais regionais, interferindo no processo
eleitoral.
d) Com a criação de um novo ator político - os gover-
nadores, eleitos a partir das máquinas estaduais -, os
HISTÓRIA DO BRASIL

estados aprofundaram o federalismo e combateram o


coronelismo, visto como sobrevivência arcaica da or-
dem imperial. 
e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades
existentes entre Executivo e Legislativo, criando a dis-
puta entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência
da República.

12
3 (MPE-GO/2016 - MPE-GO) Em 1945 chega ao fim o 6. (IFB/2017 – IFB) “A principal característica política
Estado Novo implantado pelo presidente Getúlio Vargas. da independência brasileira foi a negociação entre a elite
Entre as causas tivemos a(s) nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como
figura mediadora o príncipe D. Pedro”
a) Revolução de 1945 realizada pelos sindicatos e apoia- (CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo
do pelo Partido Trabalhista Brasileiro daquela época. caminho. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
b) Atuação do movimento estudantil, liderado pela UNE, p. 26).
que assumiu o poder apoiando o partido da União Leia as afirmativas com relação ao processo de emanci-
Democrática Nacional. pação política do Brasil.
c) Pressões norte-americanas obrigando Getúlio Vargas I) As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o
a extinguir o Estado Novo e tornar o país uma demo- Brasil uniram os luso-americanos em torno da ideia de
cracia. perpetuar os laços políticos que uniam, entre si, os lados
d) Adesão de Getúlio ao Fascismo, propiciando que ele europeu e americano do Império Português.
implante no Brasil um regime semelhante após 1945. II) A escolha da monarquia em vez da república, como
e) Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado alternativa política para o Brasil independente, derivou
das democracias, criando uma situação interna con- da convicção da elite brasileira de que só um monarca
traditória, pois o país vivia, até aquele ano, uma dita- poderia manter a ordem social e a união territorial.
dura. III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em
1821, a elite brasileira percebeu a necessidade de uma
4. (MPE-GO/2016 - MPE-GO) Com relação à ditadura solução política que implicasse a separação entre Brasil
militar brasileira, que teve início em 1964, e a redemocra- e Portugal.
tização no Brasil pós - ditadura, identifique as afirmativas IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para
a seguir como verdadeiras(V) ou falsas (F): a transição do Brasil de colônia para emancipado politi-
( ) A publicação dos atos institucionais foi um forma de camente.
legitimar rapidamente as medidas do governo. Entre os V) A independência do Brasil trouxe grandes limitações
atos publicados no período, o AI-5 concedia ao presiden- dos direitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
te da República plenos poderes, como o direito de cassar
mandados. Assinale a alternativa que apresenta somente as afirma-
( ) O período foi marcado por significativo desenvolvi- tivas CORRETAS.
mento econômico, que ficou conhecido como “milagre
brasileiro”. a) I, V 
( ) Em meio a manifestações de artistas e estudantes con- b) II, IV 
trários ao regime, os operários conseguiram manter um c) II, V 
diálogo contínuo com o governo, devido à importância d) I, IV 
dessa classe trabalhadora para a economia do país. e) III, IV
( ) Uma das ações que marcou o processo de redemo-
cratização foi a campanha pelas eleições diretas para a 7. (CESPE/2017 - Instituto Rio Branco) Durante o Pri-
presidência da República, que ficou conhecida como “Di- meiro Reinado consolidou-se a independência nacional,
retas já”. construiu-se o arcabouço institucional do Império do
( ) O bipartidarismo foi uma das marcas do período pós- Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com di-
-ditadura, motivo pelo qual a ARENA e o MDB foram os versos países. Acerca desse período da história do Brasil,
únicos partidos políticos autorizados a funcionar no pe- julgue (C ou E) o item subsequente.
ríodo Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo
das relações simétricas entre os Estados envolvidos, a
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, Guerra da Cisplatina encerrou-se com a interferência de
de cima para baixo uma potência externa ao conflito.
a) V  - F - V - V - F 
b) V - V - F - V - F  ( ) CERTO ( ) ERRADO
c)  F - F - V - F - V
d)  F - V - F - F - V
e) V - V - F - V - V 

5. (Prefeitura de Betim/MG – 2015 - Prefeitura de Be-


tim/MG) Sobre a economia do Brasil colonial, assinale a
alternativa CORRETA.
HISTÓRIA DO BRASIL

a) Com a descoberta do ouro, foi introduzida a mão de


obra escrava negra.
b) O ciclo do açúcar foi irrelevante e pouco rentável.
c) A colônia podia desenvolver-se livremente sem ne-
nhuma interferência da metrópole.
d) A economia da colônia foi controlada e limitada pelas
práticas mercantilistas.

13
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 C _________________________________________________
2 C _________________________________________________
3 E _________________________________________________
4 B
_________________________________________________
5 D
6 C _________________________________________________

7 CERTO _________________________________________________

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HISTÓRIA DO BRASIL

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14
ÍNDICE

GEOGRAFIA GERAL
A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. .........................................................................................................................01
Os principais problemas ambientais. ..............................................................................................................................................................................01
A NOVA ORDEM MUNDIAL, O ESPAÇO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS
GEOPOLÍTICO E A GLOBALIZAÇÃO

Umas das questões mais desafiantes da geopolí-


tica mundial se referem às problemáticas envolven-
A Nova Ordem Mundial é caracterizada pela hegemonia do os impactos ambientais. As pesquisas científicas
norte-americana, após o fim da Guerra Fria, que ocorreu, já comprovam que dentro de alguns anos, a vida no
oficialmente, no início da década de 90. Em 1989, houve planeta será cada vez mais complicada, com aumento
a queda do Muro de Berlim, um dos símbolos do mundo da temperatura na Terra e nos Oceanos, comprome-
dividido entre o bloco capitalista, com os Estados Unidos tendo os biomas e os seres vivos.
à frente, e o bloco socialista, comandado pela ex-União Dados de levantamento das Universidades de
Soviética, que teve seu fim em 1991. Brest (França) e Southampton (Inglaterra) apontam
Com esses acontecimentos, o planeta passou por aumento da temperatura no planeta entre 2018 e
uma nova configuração nos aspectos geopolíticos, dando 2022. Não à toa, o Verão nos últimos dois anos no
espaço para a ascensão de outras nações potencialmente Brasil e no mundo tem sido marcado por altas tem-
fortes economicamente, como Japão e, sobretudo, a União peraturas.
Europeia, por exemplo. Porém, nesse cenário, os Estados Em relatório de 2018, a ONU (Organização das Na-
Unidos predominam como a única grande potência militar ções Unidas) apontou seis questões ambientais que
e econômica do mundo. careciam de cuidados urgentes naquele ano, porém,
Todavia, para os próximos anos, a tendência é de que vale ressaltar a importância desses temas, que mere-
a China, hoje a segunda maior potência, possa ultrapassar cem atenção ainda hoje. As problemáticas e desafios
os Estados Unidos e chegar à primeira posição. Dados já a serem adotados foram os seguintes:
apontam que o país asiático superará os estadunidenses até • As ameaças aos recifes de corais em todo o pla-
a próxima década, por volta de 2030, segundo reportagem neta;
de “O Globo”, publicada em setembro de 2018. • Reduzir a quantidade de plásticos que poluem o
É preciso ainda considerar um período marcante na ambiente;
Nova Ordem Mundial, com impacto significativo na política • Fomentar ações sustentáveis em competições de
internacional, o 11 de Setembro, ocorrido em 2001. Após mobilização internacional, como Copa do Mundo
o ataque terrorista em Nova York, os Estados Unidos ou Jogos Olímpicos, entre outras opções;
decretaram guerra à Al- Qaeda, responsabilizada pelo • Focar em ações para contornar os efeitos de de-
atentado, e seu principal nome, Osama Bin Laden – que foi gradação ambiental e mudanças no clima, entre os
capturado mais de 10 anos depois, em 2011. A guerra ao quais têm aumentado o fluxo migratório e número
terror trouxe confrontos no Iraque, com a queda Saddan de refugiados em todo o planeta;
Hussein, em 2003. • Políticas e ações para reduzir a poluição atmosfé-
Além dessas questões, ainda é relevante se atentar rica nas cidades;
a outro produto da Nova Ordem Mundial e novo espaço • Medidas para garantir a proteção de felinos amea-
geopolítico, a globalização, conceito amplamente utilizado e çados em extinção. No século 20, cerca de 95% de
estudado nas últimas décadas. O fenômeno é também uma populações de tigres foi extinta do planeta;
consequência do capitalismo, em que as multinacionais de
países dominantes conseguem propagar seus produtos e
serviços em todo o planeta, se beneficiando dessas relações.
Em linhas gerais, a globalização é a aproximação das FIQUE ATENTO!
nações e suas culturas por meio das novas tecnologias: o Questões climáticas abordadas em concursos
próprio e-mail e redes sociais mostram o quanto as pessoas podem apontar as consequências dos impactos
de todo o mundo estão conectadas. Mas vale ressaltar que ambientais. E nesse sentido, um dos temas mais
o processo é desigual, os países que detêm a tecnologia, por atuais é o fluxo migratório influenciado por
meio de suas multinacionais, mantêm domínio tecnológico, mudanças climáticas e degradação ambiental.
se beneficiam da mão de obra barata e incentivos fiscais
dos países menos desenvolvidos.

#FicaDica
Os Estados Unidos, embora estejam perdendo
a posição como potência mundial para a China,
ainda têm força cultural. Os estadunidenses
GEOGRAFIA GERAL

influenciam todo o mundo por meio da


indústria do cinema, música e a exportação do
“jeito de ser americano”. Dificilmente, a China
dominará nesse quesito.

1
EXERCÍCIO COMENTADO

1.(PM-SP-ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR- VUNESP/2015) Observe a charge a seguir.

Ela representa a política externa dos EUA na época

a) da Guerra Fria, no contexto da luta contra o comunismo, marcado pelo bloqueio econômico à Cuba socialista e pelo
apoio às ditaduras militares na América Latina.
b) da Segunda Guerra Mundial, no contexto da disputa pela hegemonia militar e pelo controle geopolítico da América
Central e do Oceano Atlântico entre os EUA e a Alemanha nazista.
c) do imperialismo, no contexto das atuações marcadas pela “política do grande porrete”, das quais são exemplos as
participações nas independências de Cuba e do Panamá.
d) da grande depressão econômica dos anos 1930, no momento em que os EUA saíam para o mar em busca de maté-
ria-prima e mercado consumidor para reaquecer a sua economia.
e) das independências da América Espanhola no início do século XIX, em um momento em que os EUA pretendiam
garantir a hegemonia sobre a América por meio da “Doutrina Monroe”.

Resposta: Letra C.
Implica na política do Big Stick, que traduzido para o português quer dizer “grande porrete”. Em linhas gerais, se
refere a uma das características do governo de Theodore Roosevelt (1901-1909), presidente dos Estados Unidos que
impôs ações para evitar as investidas europeias nos países, sobretudo, da América Latina, com intuito de monopo-
lizar as Américas.
GEOGRAFIA GERAL

2
HORA DE PRATICAR!

1. (CESPE/2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA/PE) No que se refere ao objeto de estudo da hidrologia, assinale a opção
correta.

a) A vazão dos canais e o nível dos reservatórios são avaliados pelo escoamento do lençol freático.
b) Nos estudos de interceptação natural, avalia-se o escoamento que ocorre de forma espontânea sobre a superfície
de uma bacia hidrográfica.
c) A geomorfologia é a área da hidrologia que está relacionada à análise das características da qualidade da água.
d) A hidrometeorologia corresponde ao estudo das características da água na atmosfera.
e) Os estudos de escoamento superficial são relativos à observação qualitativa da vazão dos cursos de água.

2. (IDECAN/2016 – SEARH/RN) Por sua dimensão continental, todas as massas de ar responsáveis pelas condições climá-
ticas na América do Sul atuam no Brasil direta ou indiretamente. A relação correta entre a massa de ar e as suas respectivas
características pode ser encontrada em:

a) Tropical Atlântica (mTa) – fria e seca.


b) Polar Atlântica (mPa) – quente e seca.
c) Equatorial Continental (mEc) – fria e seca.
d) Equatorial Atlântica (mEa) – quente e úmida.

3. (CESPE/2015 – CESPE) Os processos erosivos que ocorrem na superfície da Terra envolvem transporte e sedimen-
tação de materiais. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir.
Estratificações cruzadas são encontradas tipicamente em depósitos sedimentares eólicos ou fluviais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4. (CESPE/2015 – MEC) Acerca da energia eólica, que é a denominação da energia cinética contida nas massas de ar
em movimento, julgue o item subsequente.
O aproveitamento da energia eólica ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética
de rotação, com o emprego de turbinas eólicas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5. (CESGRANRIO/2016 – IBGE)

Disponível em:<http://blog.arletemeneguette.zip.net/images/pictoricos.JPG>. Acesso em: 30 maio 2016.

Na representação cartográfica, símbolos como os apresentados acima são adequados para a composição da

a) escala numérica
b) legenda
GEOGRAFIA GERAL

c) escala gráfica
d) projeção
e) orientação

3
6. (IBF/2017 – IFB) Há diversas formações vegetais em
nosso planeta, as quais apresentam características, des-
de formações florestais muito densas, como outras de GABARITO
menor densidade e diversidade de espécies. Este tipo é
bastante usado como pastagem, apresentando um solo 1 E
muito fértil. Este tipo de formação vegetal é:
2 D
a) Estepes 3 CERTO
b) Savana
4 CERTO
c) Mediterrânea
d) Floresta boreal 5 B
e) Pradarias 6 E
7 D
7. (IFB/2017 – IFB) Nas últimas décadas, as questões
ambientais vêm ganhando peso nas preocupações mun- 8 CERTO
diais. As relações entre o modelo de desenvolvimento
econômico e o meio ambiente vêm sendo profunda-
mente questionadas. Julgue abaixo os questionamentos
a este respeito, assinalando (V) para os VERDADEIROS e
(F) para os FALSOS.

( ) As ideias associadas ao modelo de desenvolvimento


econômico hegemônico são a da modernização e pro-
gresso, que creem e professam um caminho evolutivo a
seguir, tendo como referencial de sociedade “desenvol-
vida” aquela que está no centro do sistema capitalista.
( ) Os diferentes espaços urbano e rural direcionam-se
para a formação das sociedades modernas, mercadolo-
gizadas tanto em escala regional, quanto em escalas na-
cional e global, impulsionados por um modelo desenvol-
vimentista, com características inerentes de preservação
ambiental.
( ) O modelo de desenvolvimento econômico hegemô-
nico prima pelos interesses privados (econômicos) frente
aos bens coletivos (meio ambiente).
( ) A ideia de desenvolvimento econômico hegemôni-
co consubstancia-se em uma visão antropocêntrica de
mundo, gerador de fortes impactos socioambientais.
( ) A crítica mais comum à sociedade de consumo, repre-
sentante e representada pelo modelo de desenvolvimen-
to hegemônico, é que essa sociedade está imersa em um
processo de massificação cultural.

A sequência dos questionamentos é:

a) F, F, V, V, F
b) V, F, F, V, F
c) V, V, F, F, V
d) V, F, V, V, V
e) F, V, F, V, V

8. (CESPE/2015 – MPOG) A afirmação “o aquecimento


global deverá elevar a temperatura média da superfície
da Terra em até cinco graus Celsius nos próximos anos”
está relacionada ao conceito de clima.
GEOGRAFIA GERAL

( ) CERTO ( ) ERRADO

4
ÍNDICE

GEOGRAFIA DO BRASIL
A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação)...............................................................................................................................01
A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos.......................................................................................................................01
As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária...............................................................02
Os impactos ambientais........................................................................................................................................................................................................03
A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO, A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUI-
HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO) ÇÃO, ESTRUTURA E MOVIMENTOS

Segundo dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro


O Brasil é o país com a maior biodiversidade do de Geografia e Estatística), o Brasil tem mais de 209
planeta, com biomas importantes, desde a Amazônia, o milhões de habitantes, sendo o quinto mais populoso do
pulmão do mundo, além de exemplos como o Cerrado, mundo. Em primeiro lugar lidera a China, com quase 1,4
o Pantanal, entre outros. E é justamente em território trilhão, seguida pela Índia, com quase 1, 3 trilhão.
nacional que se concentra a maior reserva de água doce Na sequência, em terceiro lugar estão os Estados
do mundo, por conta do rio Amazonas, o mais extenso e Unidos, com mais de 329 milhões de habitantes e na
volumoso do planeta. quarta posição aparece a Indonésia, com quase 263
O país ainda possui outros rios importantes como milhões de pessoas. Os dados dessas quatro nações
o São Francisco, que nasce em Minas Gerais, segue até citadas são de 2017, segundo reportagem de “Época
Estados do Nordeste e deságua no mar, entre Sergipe e Negócio”.
Alagoas. No país, está cerca de 12% de toda a água doce Com base em informações do IBGE de 2018, os
do mundo. As principais bacias hidrográficas brasileiras Estados mais populosos estão na região Sudeste. São
são as seguintes: a bacia Amazônica, do Tocantins, do Paulo lidera com mais de 45 milhões, em segundo lugar
São Francisco, a bacia do Paraná e do Uruguai. está Minas Gerais com mais de 21 milhões de pessoas e,
A vegetação brasileira compreende: a Floresta em seguida, aparece o Rio de Janeiro, com mais de 17
Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga milhões de habitantes. Os três Estados menos populosos
(tipo de vegetação apenas encontrada no Brasil), a Mata são: Roraima (mais de 600 mil), na sequência Acre e
de Araucária, o Pantanal, os Campos e as Vegetações Amapá, ambos com mais de 900 mil habitantes cada.
Litorâneas. As diferenças de vegetação no território O crescimento populacional brasileiro se acentuou
ocorrem devido a aspectos como clima e tipo de relevo. após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em meio
A Caatinga, por exemplo, é um tipo de vegetação ao surgimento de saneamento básico e água encanada,
predominante no clima Semiárido, caracterizado pela mas não em todo o país. Nesse período, o acesso a esses
escassez de chuvas e altas temperaturas. No caso, além serviços se concentrou em Estados mais ricos, sobretudo
do Semiárido, o Brasil contempla os climas: Tropical no Sudeste.
(vigora na maior parte do país. O clima é úmido e seco), Com os processos de industrialização, a partir dos
Litorâneo Úmido (quente e com chuvas bem distribuídas), anos 30, além dos fluxos migratórios internos, as áreas
Subtropical (temperaturas amenas) e Equatorial (quente mais industrializadas do país receberam um grande
e úmido). contingente de operários estrangeiros, sobretudo
Quanto ao relevo brasileiro, é possível identificar: europeus, fugindo do caos econômico e social
depressões (surgidas por meio de erosões), planícies promovidos pela Guerra.
(áreas planas encontradas, sobretudo na Amazônia
e Pantanal), além do planalto (encontrado na Serra da
Mantiqueira ou Serra do Mar, entre outros).

#FicaDica
#FicaDica Saiba que o termo aspectos demográficos
Pode haver questões sobre o poderio brasileiro se refere a temas que compreendem a
quanto aos recursos hídricos no mundo. população, ou seja, dados numéricos
Esse tema tende a ser citado em abordagens populacionais, taxa de natalidade, fluxos
sobre impactos ambientais, pois há muitos migratórios, entre outros.
questionamentos relativos à responsabilidade
do Brasil em administrar bem seus recursos
naturais em prol do planeta. É importante
perceber essas relações.
GEOGRAFIA DO BRASIL

1
AS ATIVIDADES ECONÔMICAS: INDUS-
TRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO, FONTES EXERCÍCIO COMENTADO
DE ENERGIA E AGROPECUÁRIA 1 . (PM-SP-SOLDADO - VUNESP/2010) A integração
mundial decorrente do processo de globalização ocor-
reu devido a vários fatores, dentre os quais

O processo de industrialização no Brasil, embora a) a redução das diferenças de desenvolvimento entre


tardio, teve início bastante intenso nos anos 30, no as nações.
governo de Getúlio Vargas, com a crise no setor do b) a ampliação das ações humanitárias de organismos
café. Além desse período, o desenvolvimento industrial como a ONU.
brasileiro foi impulsionado na gestão de Juscelino c) os movimentos populares reivindicatórios de demo-
Kubitschek, com destaque para a indústria de automóvel, cracia.
que passou a fabricar carros, nos anos 50. d) as inovações tecnológicas principalmente no setor de
Por meio da industrialização, naturalmente, o país telecomunicações.
vivenciou o nascimento de sua urbanização, concentrada e) a multipolaridade que permitiu a ascensão de muitas
nas regiões mais industriais e populosas, como no novas potências.
Estado de São Paulo. No espaço urbano, existe mais
concentração demográfica, mudança da paisagem com Resposta: Letra D.
surgimento de prédios, além de empreendimentos Com as inovações tecnológicas foi possível melhorar
modernos, estabelecimentos comerciais e todos os a comunicação em tempo real entre pessoas de todas
sintomas de uma cidade grande. as partes do mundo.
Nesse cenário, em busca de oportunidades de renda,
o campo observa a queda populacional, devido ao êxodo
rural. Esse movimento é caracterizado pelos processos Referências
migratórios que envolvem uma grande quantidade https://brasilescola.uol.com.br/geografia/nova-
populacional com destino aos espaços urbanos. ordem-mundial.htm - Acesso: 11/02/2019 - 19: 48.
Além da industrialização que é referência na América https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-
Latina, o Brasil tem grande destaque no setor agrícola, que-globalizacao.htm - Acesso: 11/02/2019 - 19: 55.
sendo um grande exportador de commodities (produtos https://oglobo.globo.com/economia/china-deve-
negociados na Bolsa), como laranja, açúcar e soja. se-tornar-maior-economia-do-mundo-ate-2030-preve-
Outra questão que chama a atenção é a presença de hsbc-23103657 - Acesso: 11/02/2019 - 19: 59.
empresas com aparato agroindustrial forte e que geram https://www.ecodebate.com.br/2018/0 8 /1 6 /
emprego. Um dos exemplos desse tipo de negócio são aquecimento-global-pesquisa-projeta-o-periodo-de-
as usinas do setor sucroenergético (produção de energia 2018-2022-como-anormalmente-quente/ - Acesso:
por meio da biomassa da cana-de-açúcar). 11/02/2019 – 20: 29.
O Brasil é também um dos maiores produtores https://nacoesunidas.org/onu-meio-ambiente-lista-
mundiais de biocombustíveis, como etanol, álcool seis-questoes-ambientais-para-ficar-de-olho-em-2018/
gerado por meio da cana. Trata-se de uma alternativa - Acesso: 11/02/2019 – 20: 35.
sustentável e renovável ao uso da gasolina. https://oportaln10.com.br/conheca-os-10-paises-
O setor de hidroelétrica também se sobressai e com-as-maiores-reservas-de-agua-doce-18150/ -
responde por mais de 90% da energia elétrica consumida Acesso: 11/02/2019 –22: 01.
no país. De forma geral, outras fontes utilizadas no Brasil https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
são: energia eólica, petróleo, gás natural, carvão e energia noticias/2015/03/21/com-12-da-agua-doce-mundial-
nuclear. o-brasil-cuida-bem-dela-veja-respostas.htm - Acesso:
11/02/2019 –22: 04.
FIQUE ATENTO! https://www.infoescola.com/geografia/geografia-
do-brasil-relevo-clima-hidrografia-e-vegetacao/ -
Em caso de haver alguma questão sobre Acesso: 11/02/2019 –22: 05.
matrizes energéticas, para facilitar o enten- https://maceioatlantic.com/foz-do-rio-sao-francisco/
dimento, compreenda que se trata de toda a - Acesso: 11/02/2019 –22: 28.
energia que uma nação dispõe. É o total de https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
recuros energéticos ofertados por um país. index.html - Acesso: 11/02/2019 –22: 38.
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-
GEOGRAFIA DO BRASIL

de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/22374-
ibge-divulga-as-estimativas-de-populacao-dos-
municipios-para-2018 - Acesso: 11/02/2019 –22: 47.
https://epocanegocios.globo.com/Mundo/
noticia/2017/12/estes-serao-os-paises-mais-populosos-
de-2018.html - Acesso: 11/02/2019 –22: 48.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
noticias/2018/08/29/brasil-tem-mais-de-2085-milhoes-

2
de-habitantes-diz-ibge.htm - Acesso: 11/02/2019 –22:53. o devido tratamento é imensa. Esse fenômeno reduz a
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/ qualidade das águas, gerando a mortandade de espécies
populacao-brasileira-crescimento-fecundidade-e- aquáticas e a redução do uso dessa água para o consu-
outros-dados-demograficos.htm - Acesso: 11/02/2019 mo humano.
–22:57. Nos grandes centros industrializados, os problemas
http://www.universiaenem.com.br/sistema/ ambientais são mais alarmantes. Nesses locais, a emissão
faces/pagina/publica/conteudo/texto-html. de gases dos automóveis e das fábricas polui a atmos-
xhtml?redirect=26333238229033337785913866100 - fera e retém calor, intensificando o efeito estufa. Com
Acesso: 11/02/2019 –23: 00. isso, vários transtornos são gerados à população: doen-
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/relacao- ças respiratórias, chuvas ácidas, inversão térmica, ilhas de
entre-industrializacao-urbanizacao.htm - Acesso: calor, etc.
11/02/2019 –23: 41. A poluição sonora e a visual também geram trans-
http://educacao.globo.com/geografia/assunto/ tornos para a população. Os ruídos ensurdecedores e o
industrializacao/industrializacao-brasileira-de-vargas- excesso de elementos destinados à comunicação visual
ao-periodo-neoliberal.html - Acesso: 11/02/2019 –23: 43. espalhados pelas cidades (cartazes, banners, placas, out-
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/a-pre- doors, fios elétricos, pichações, etc.) afetam a saúde dos
historia-da-industria-automobilistica-no-brasil/ - Acesso: habitantes.
11/02/2019 –23: 50. Portanto, diante desse cenário de diferentes proble-
https://www.embrapa.br/grandes-contribuicoes- mas ambientais urbanos, é urgente a necessidade de
para-a-agricultura-brasileira/agroindustria - Acesso: elaboração e aplicação de políticas ambientais eficazes,
12/02/2019 –00: 06 além da conscientização da população. Entre as medidas
a serem tomadas estão a redução da produção do lixo,
a reciclagem, o tratamento adequado do lixo (incinera-
ção ou compostagem), o saneamento ambiental, o pla-
nejamento urbano, a educação ambiental, a redução da
OS IMPACTOS AMBIENTAIS emissão de gases poluentes, entre outras.

OS CINCO MAIORES PROBLEMAS AMBIENTAIS


DO MUNDO E SUAS SOLUÇÕES
A urbanização se intensificou com a expansão das ati-
vidades industriais, fato que atraiu (e ainda atrai) milhões Poluição do ar, desmatamento, extinção de espé-
de pessoas para as cidades. Esse fenômeno provocou cies, degradação do solo e superpopulação representam
mudanças drásticas na natureza, desencadeando diver- grandes ameaças, que devem ser resolvidas para que o
sos problemas ambientais, como poluições, desmata- planeta continue sendo um lar para todas as espécies.
mento, redução da biodiversidade, mudanças climáticas,
produção de lixo e de esgoto, entre outros. 1. Poluição do ar e mudanças climáticas
A expansão da rede urbana sem o devido planeja- O problema: a atmosfera e os oceanos estão sobre-
mento ocasiona a ocupação de áreas inadequadas para a carregados de carbono. O CO2 atmosférico absorve e
moradia. Encostas de morros, áreas de preservação per- reemite radiação infravermelha, o que faz com que o ar,
manente, planícies de inundação e áreas próximas a rios os solos e as águas superficiais dos oceanos fiquem mais
são loteadas e ocupadas. Os resultados são catastróficos, quentes -em princípio, isso é bom: o planeta estaria con-
como o deslizamento de encostas, ocasionado a destrui- gelado se isso não acontecesse.
ção de casas e um grande número de vítimas fatais. Mas há muito carbono no ar. A queima de combus-
A compactação do solo e o asfaltamento, muito co- tíveis fósseis, o desmatamento para a agricultura e as
muns nas cidades, dificultam a infiltração da água, visto atividades industriais aumentaram as concentrações at-
que o solo está impermeabilizado. Sendo assim, o abas- mosféricas de CO2 de 280 partes por milhão (ppm), há
tecimento do lençol freático fica prejudicado, reduzindo 200 anos, para cerca de 400 ppm. Isso é um aumento
a quantidade de água subterrânea. Outro fator agravante sem precedentes, tanto em escala quanto em velocidade.
dessa medida é o aumento do escoamento superficial, O resultado: perturbações climáticas.
podendo gerar grandes alagamentos nas áreas mais bai-
xas. O excesso de carbono é apenas uma forma de polui-
Outro problema ambiental urbano preocupante é o ção do ar causada pela queima de carvão, petróleo, gás e
lixo. O aumento populacional causa uma maior produ- lenha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou
ção de lixo, especialmente no atual modelo de produção recentemente que uma em cada nove mortes em 2012
e consumo. A coleta, destino e tratamento do lixo são está relacionada com doenças causadas por agentes can-
GEOGRAFIA DO BRASIL

questões a serem solucionadas por várias cidades. Em cerígenos e outros venenos presentes no ar.
muitos locais, o lixo é despejado nos chamados lixões, Soluções: substituir os combustíveis fósseis por ener-
locais sem estrutura para o tratamento dos resíduos. As gia renovável; reflorestamento; reduzir as emissões origi-
consequências são: odor, proliferação de doenças, con- nadas pela agricultura; alterar processos industriais.
taminação do solo e do lençol freático pelo chorume, etc. A boa notícia é que a energia limpa é abundante - ela
O déficit nos serviços de saneamento básico contribui só precisa ser estimulada. Muitos afirmam que um futuro
para o cenário de degradação ambiental. A quantidade com 100% de energia renovável é possível com a tecno-
de esgoto doméstico e industrial lançado nos rios sem logia já existente.

3
Mas há uma má notícia: embora a infraestrutura de 4. Degradação do solo
energia renovável - painéis solares, turbinas eólicas e Problema: a exploração excessiva das pastagens, as
sistemas de armazenamento e distribuição de energia - monoculturas, a erosão, a compactação do solo, a expo-
esteja se tornando cada vez mais comum, barata e mais sição excessiva a poluentes, a conversão de terras - a lista
eficiente, especialistas dizem que essas tecnologias não de maneiras como os solos estão sendo danificados é
estão sendo utilizadas no ritmo necessário para evitar longa. Cerca de 12 milhões de hectares de terras agríco-
uma ruptura climática catastrófica. Dificuldades políticas las são degradados seriamente todos os anos, de acordo
e financeiras ainda precisam ser superadas. com estimativas da ONU.
Soluções: há uma vasta gama de técnicas de conser-
2. Desmatamento vação e restauração do solo, como plantio direto, rotação
O problema: florestas ricas em espécies estão sendo de culturas e a construção de “terraços” para controle da
destruídas, especialmente nos trópicos, para muitas ve- erosão pluvial. Considerando que a segurança alimentar
zes abrir espaço para a criação de gado, plantações de depende da manutenção dos solos em boas condições,
soja ou de óleo de palma, ou para outras monoculturas é provável que este desafio seja solucionado no longo
agrícolas. prazo. Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso
Cerca de 30% da área terrestre do planeta é cober- vai beneficiar igualmente todas as pessoas ao redor do
ta por florestas - isso é cerca de metade do que existia globo.
antes de o início da agricultura, 11 mil anos atrás. Cerca
de 7,3 milhões de hectares de floresta são destruídos a 5. Superpopulação
cada ano, principalmente nos trópicos. Florestas tropi- O problema: a população humana continua a crescer
cais costumavam cobrir cerca de 15% da área terrestre rapidamente em todo o mundo. A humanidade começou
do planeta. Atualmente elas cobrem de 6% a 7%. Grande o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas. Hoje são cerca de
parte do que sobrou foi degradado pela derrubada de 7,5 bilhões. Estimativas indicam que a população mundial
árvores ou queimadas. crescerá para quase 10 bilhões até 2050. A combinação
As florestas naturais não atuam apenas como reser- de crescimento populacional com ascensão social está
vas da biodiversidade, eles também são reservatórios, pressionando cada vez mais os recursos naturais essen-
que mantêm o carbono fora da atmosfera e dos oceanos. ciais, como a água. Grande parte desse crescimento está
Soluções: conservar o que resta das florestas natu- ocorrendo no continente africano e no sul e leste da Ásia.
rais e recuperar as áreas degradadas com o replantio de Soluções: a experiência tem mostrado que quando as
espécies arbóreas nativas. Isso exige um governo forte mulheres têm o poder de controlar a sua própria repro-
- só que muitos países tropicais ainda estão em desen- dução e ganhar acesso à educação e a serviços sociais
volvimento, têm populações crescentes, carecem de um básicos, o número médio de nascimentos por mulher cai
Estado de Direito e sofrem com nepotismo generalizado significativamente.
e corrupção quando se trata do uso da terra. Se forem feitos corretamente, sistemas de assistência
podem tirar mulheres da pobreza extrema, mesmo em
3. Extinção de espécies países onde a atuação do Estado permanece deficiente.1
O problema: em terra, animais selvagens estão sendo
caçados até a extinção para a obtenção de carne, marfim
ou para a produção de produtos “medicinais”. No mar,
grandes barcos de pesca industrial, equipados com re-
des de arrastão ou de cerco, estão dizimando popula-
ções inteiras de peixes. A perda e a destruição de habitat
também é um fator importante para a onda de extinção
- algo sem precedentes se for considerado que ela está
sendo causada por uma única espécie: os humanos. A
Lista Vermelha da União Internacional para a Conserva-
ção da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas continua
a crescer.

Espécies não apenas têm o direito de existir, elas


também fornecem produtos e “serviços” essenciais para
a sobrevivência humana. Um exemplo são as abelhas e
seu trabalho de polinização, necessário para o cultivo de
alimentos.
GEOGRAFIA DO BRASIL

Soluções: esforços conjuntos devem ser feitos para


evitar a diminuição da biodiversidade. Proteger e recu-
perar habitats é apenas um lado da questão - combater
a caça e a pesca ilegais e o comércio de vidas selvagens
é outro. Isso deve ser feito em parceria com populações
locais, para que a conservação da vida selvagem seja do
seu interesse, tanto social como econômico.
1 Fonte: www.terra.com.br/www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/ Por
Wagner de Cerqueira e Francisco

4
ANOTAÇÕES
HORA DE PRATICAR!

1. (GESTAO CONCURSO/2018 – EMATER/MG) A ero- ___________________________________________________


são é um problema cada vez mais presente no mundo
de hoje, em que mudanças climáticas aceleram num rit- ___________________________________________________
mo alarmante a perda e o esgotamento do solo. A saú-
___________________________________________________
de da camada superficial do solo, tão necessária para o
desenvolvimento de plantas naturais ou cultivadas, pode ___________________________________________________
se deteriorar pelo vento, pelo escoamento da água da
chuva, pela irrigação excessiva, entre outros fatores. ___________________________________________________
A esse respeito, analise as asserções e a relação proposta
entre elas. ___________________________________________________

___________________________________________________
I. Evitar o desmatamento e ter atenção com o lixo são
algumas medidas para evitar a erosão, ___________________________________________________
PORQUE
II. a vegetação natural de um ambiente possui carac- ___________________________________________________
terísticas e substâncias que conservam o solo e o
mantêm saudável, enquanto que reduzir, reciclar ___________________________________________________
ou reutilizar o lixo geram menor contaminação do ___________________________________________________
solo.
___________________________________________________
Sobre essas duas asserções é correto afirmar que 
___________________________________________________

a) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. ___________________________________________________


b) as duas são verdadeiras, mas não têm relação entre si. 
c) a segunda é verdadeira, mas não tem relação com a ___________________________________________________
primeira. ___________________________________________________
d) as duas são verdadeiras e a segunda completa corre-
tamente o sentido da primeira. ___________________________________________________

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GABARITO ___________________________________________________

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1 D ___________________________________________________

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GEOGRAFIA DO BRASIL

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5
ANOTAÇÕES

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GEOGRAFIA DO BRASIL

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6
ÍNDICE

ATUALIDADES
Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir do 1º de
outubro de 2018, divulgados na mídia local e/ou nacional ..................................................................................................................................01
Contudo, com os altos índices de ataques e tiroteios
QUESTÕES RELACIONADAS A em escolas e outros locais publicados, na maioria das ve-
FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS, zes crimes causados por civis com porte de armas, tem
SOCIAIS E CULTURAIS, NACIONAIS E suscitado a discussão sobre endurecer o acesso às armas,
INTERNACIONAIS, OCORRIDOS A PARTIR com políticas menos flexíveis.
No governo de Barack Obama (2009-2017), essas
DO 1º DE OUTUBRO DE 2018, DIVULGADOS
discussões foram intensificadas. O então presidente de-
NA MÍDIA LOCAL E/OU NACIONAL.
monstrava ser favorável à implantação de medidas mais
rígidas, mas encontrou grande resistência de seus opo-
nentes no Partido Republicano.
2018 No atual governo de Donald Trump, que assumiu em
2017, essa discussão é tida pela Casa Branca como um
1 - Febre amarela assunto que pode esperar, por não se tratar de priorida-
Desde 2016, algumas regiões do Brasil têm enfren- de para o atual governo. A camada da sociedade norte-
tado um surto de febre amarela, mas foi em 2018 que a -americana inclinada a leis mais rígidas, defende que haja
crise se intensificou, com aumento de casos da doença. A restrição na venda de armas.
febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres, que
ocorre em áreas de florestas e matas. Na área urbana, o
mosquito transmissor é o Aedes aegypti. A única forma #FicaDica
de se prevenir é recorrer à vacinação, disponível nos pos-
tos de saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). É importante ressaltar que a questão das
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre de 1º julho armas é um tema que divide a sociedade dos
de 2017 a 28 de fevereiro, foram 723 casos e 237 óbitos. Estados Unidos. Camadas da sociedade, desde
Em 2017, houve 576 casos e 184 óbitos. Por isso, uma ONGs e pessoas da esfera política, defendem o
das indicações segundo especialistas na área da saúde, é controle das armas como forma de minimizar
evitar áreas rurais, caso a pessoa ainda não esteja vacina- os ataques recentes. Porém quem é contra a
do. A vacina dura cerca de 10 anos. ideia, acredita que o momento é propício para
As áreas mais atingidas pela febre amarela são os Es- armar ainda mais a população.
tados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo.
De acordo com os especialistas, os índices atuais apon-
tam que a atual situação supera o surto dos anos 80. Os FIQUE ATENTO!
principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça,
Não é difícil de imaginar que algumas questões
dores musculares, fadiga, náuseas, vômitos, entre outros.
previstas em concursos relacionem o tema a
Donald Trump, que claramente se mostrou
#FicaDica favorável a ao direito de armar a população.
Além disso, é possível que seja relacionado
Um dos pontos de mais destaque na mídia, ainda a polêmica de envolve a indústria de
quando se trata de febre amarela, é a falta armas, ou seja, para os críticos da flexibilidade
de vacinas nos postos de saúde, devido à alta de armamento, manter as atuais leis interessa
procura pela vacina, em janeiro de 2018. Na esse mercado milionário, que vive um bom
ocasião, as vacinas foram fracionadas para momento em 2018.
conter a alta demanda pelo serviço, por parte
da população.
3 - Guerra comercial - China e EUA
De um lado os gigantes norte-americanos, de ou-
tro a poderosa China. O embate comercial entre as duas
FIQUE ATENTO! potências tem influenciado o mercado de outros países.
As provas em concursos públicos podem tratar Em resumo, ambas as nações implementaram no final do
sobre a alta procura pela vacina, motivada pela primeiro semestre de 2018 políticas mais rígidas e restri-
escassez, em meio à euforia popular em se ções de produtos dos dois países no mercado interno do
vacinar, por conta dos índices de mortes. Vale oponente.
também manter atenção quanto às formas A primeira polêmica começou com imposição de ta-
de transmissão e de que a vacina, de fato, é rifas dos EUA sobre cerca de US$ 34 bilhões em produtos
melhor forma de se prevenir. da China, em julho de 2018. A justificativa da Casa Branca
é que a medida fortalece o mercado interno. A nação ain-
da acusou a China de roubo de propriedade intelectual
de produtos norte-americanos.
ATUALIDADES

2 - Questão das armas nos EUA O governo chinês retaliou e aplicou taxas compatí-
Historicamente, os Estados Unidos têm políticas mais veis em relação a centenas de produtos dos Estados Uni-
flexíveis de porte armas para os cidadãos, uma questão dos, o que representa também cerca de US$ 34 bilhões.
bastante inserida na cultura do país, diferentemente de Esse cenário trouxe a maior guerra comercial de todos
nações como o Brasil. os tempos.

1
As medidas afetam a exportações de diversos pro-
dutos no mundo, desde petróleo, gás e outros produtos FIQUE ATENTO!
refinados. Numa economia globalizada, embates como Pode haver questões de atualidades com
esse causam turbulência no mercado. enunciados que requerem atenção e
interpretação de texto. Uma boa compreensão
#FicaDica do enunciado pode ser fundamental para
chegar à resposta correta.
Antes das medidas, o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, já havia anunciado a
necessidade de rever as políticas comerciais
com a China dando sinais de que seria rígido 5 – Matrizes energéticas
quanto às taxas. Nesse mesmo cenário, os O conceito de matrizes energéticas implica na soma
chineses defenderam políticas mais favoráveis e poderio de fontes de energias produzidas ou contidas
à integração, em um mundo o qual vigora numa nação. No caso do Brasil, o país detém a matriz
economias globalizadas. energética mais renovável do mundo.
Cerca de 45% de suas fontes de energia são sustentá-
veis, como hidrelétrica, biomassa e etanol. A matriz ener-
gética mundial tem a média de 13% de fontes renováveis,
FIQUE ATENTO!
no caso, para países desenvolvidos e industrializados.
É importante manter atenção quanto à No Brasil, em 2018, muitas usinas produtoras de
influência desse tema em relação ao Brasil. açúcar têm intensificado suas atividades na produção de
Há quem defenda que a situação favorece etanol, em busca de destaque no mercado mundial, dis-
a comercialização de commodities para o putado juntamente com os Estados Unidos. Com o anún-
mercado chinês. cio da China, em dezembro, sobre aumentar sua cota de
etanol na gasolina para 10%, esse mercado tende a cres-
cer mais.
4 - Crise na Venezuela
Pelo menos há quatro ou cinco anos, a Venezuela
tem enfrentado instabilidade econômica, principalmente #FicaDica
pelo desabastecimento de produtos básicos para consu- Brasil e EUA são os dois grandes produtores e
mo diário e crescente pobreza populacional. Também consumidores de etanol no mundo.
é preciso considerar que a queda no valor do preço do
petróleo contribuiu para o empobrecimento do país, le-
vando em conta de que se trata da principal economia
da nação. FIQUE ATENTO!
Os conflitos políticos também ganharam espaço, em Existem dois tipos de etanol no mercado:
meio a protestos violentos entre manifestantes contrá- anidro (sem água, vem misturado à gasolina)
rios e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro, o atual e hidratado (com até 7% de água, etanol puro
presidente do país. A rivalidade entre os grupos se in- comprado direto da bomba).
tensificou após a morte de Hugo Chávez e chegada de
Maduro ao poder.
Em 2018, a situação econômica se agravou trazendo 6 – Desmatamento atinge recordes em 2018
mais miséria à população e busca por melhores condi- Pesquisa divulgada em setembro de 2018, pelo Ins-
ções de vida em outros países, especialmente o Brasil. tituto Ibope Inteligência, cita que 27% dos brasileiros
A quantidade diária de venezuelanos que chegaram ao acreditam que o desmatamento é a maior ameaça para
país, a partir de Roraima, tem suscitado conflitos na re- o meio ambiente. As informações são da Agência Brasil.
gião, com crescimento de hostilidade da população em Além desse estudo, um relatório da revista Science
relação aos vizinhos sul-americanos. mostra que o desmatamento não tem reduzido quando
se trata de espaço para produção de commodities. Esses
produtos, em geral, requerem grande espaço para culti-
#FicaDica vo.
Porém em entrevista à BBC, o analista de dados Phi-
A crise venezuelana é complexa e traz muitas lip Curtis, colaborador da organização não governamen-
narrativas, mas é preciso considerar um tema tal The Sustainability Consortium, afirma que os commo-
de muito destaque em 2018: a imigração. A dities não podem ser culpados. Levando em conta que
chegada maciça de venezuelanos ao Brasil a produção desses produtos é necessária para suprir o
enfatiza mais um cenário de xenofobia aumento populacional.
ATUALIDADES

em território nacional, em meio à rejeição Cerca de 27% do desmatamento é causado pela pro-
da população de Roraima à chegada dos dução de commodities. Além disso, 26% dos impactos
imigrantes. ambientais se referem ao manejo comercial florestal, e
24% corresponde à agricultura, com produção de produ-
tos para subsistência.

2
#FicaDica FIQUE ATENTO!
Quando se fala de imigração e xenofobia, é
O estudo cita ainda que incêndios florestais importante ressaltar que mesmo mantendo
correspondem a 23% dos danos. No caso, a historicamente uma cultura que recebe todos,
urbanização chega a menos de 1%. o Brasil tem registrado casos dessa natureza
nos últimos anos, como hostilização e
preconceitos em relação a haitianos, bolivianos
FIQUE ATENTO! e venezuelanos.
Nos países ao Norte e mais desenvolvidos,
o desmatamento é causado principalmente
8 - Gillets jaune
por incêndios florestais. Na porção mais ao
Os gillets jaune (coletes amarelos, em francês) foram
Sul, entre as nações em desenvolvimento, a
destaque no cenário mundial ao realizarem protestos e
produção de commodities e a agricultura têm
atos contra aumento no preço de combustíveis, no início
impacto no desmatamento.
de dezembro, na França. Especialistas ressaltam que des-
de os anos 60 não surgiam protestos tão violentos quanto
7 - EUA e questão imigratória os realizados nesse período.
Historicamente, os Estados Unidos têm mantido po- A alta dos preços, segundo o governo francês, é mo-
líticas rígidas quando se trata de imigração, num comba- tivada para desestimular o uso de combustíveis fósseis,
te à entrada ilegal de estrangeiros no país, em busca de como estratégia de sustentabilidade. A ideia é investir
uma vida melhor. Com a eleição do republicano Donald mais em fontes renováveis. Para conter os atos, o governo
Trump, em 2017, a política imigratória tem sido endureci- cancelou o aumento de preços.
da, o que trouxe críticas por parte da comunidade inter-
nacional em relação às medidas adotadas.
Um dos momentos mais tensos quanto às políticas #FicaDica
de imigração no país ocorreu quando o governo Trump
Marine Le Pen, líder do partido de extrema-di-
decidiu separar crianças pequenas de seus pais, na si-
reita francês, se posicionou favorável aos pro-
tuação em que ocorre detenção de adultos ao atravessar
testos.
a fronteira de forma ilegal. A medida faz parte do pro-
grama “Tolerância Zero”, que busca reduzir o índice de
imigrações ilegais no país.
Essa prática que separa pais e crianças foi duramente FIQUE ATENTO!
criticada por entidades e organizações internacionais. A A avaliação é de que as manifestações não
justificativa do governo quanto à ação era de que não se- estão ligadas a partidos e surgiram essencial-
ria possível abrigar as crianças junto aos pais, nos centros mente por meio de mobilizações populares.
de detenção federal reservados aos adultos. Por isso, os
menores foram encaminhados a abrigos.
Além disso, as instalações foram consideradas pre-
9 - Inteligência artificial cada vez mais presente
cárias para receber as crianças, na opinião de críticos da
na sociedade
medida. Após a repercussão negativa desse caso, a Casa Num mundo cada vez mais conectado e imerso nas
Branca voltou atrás quanto à separação das famílias, mas redes sociais, as inovações tecnológicas estabelecem no-
críticas prevalecem quanto à tolerância zero. vas configurações nas relações sociais e de trabalho. A in-
teligência artificial se constitui num mecanismo que traz
mudanças nas formas como as pessoas se relacionam e
#FicaDica nas funções que exercem.
No campo profissional, por exemplo, a inteligência arti-
A política de imigração nos Estados Unidos ficial – por meio de máquinas ou robôs –, já realiza de forma
demonstra uma tendência por parte de automatizada funções anteriormente exercidas por pessoas.
nações ricas quanto aos imigrantes, em meio à Hoje, por exemplo, softwares e máquinas realizam relatórios
intolerância que pode culminar em xenofobia. e análises que eram feitas por profissionais preparados para
Na Europa, por exemplo, destino de milhões essa função. Outro exemplo é o uso de atendentes virtuais
de imigrantes de várias partes do planeta, em chats de relacionamento com clientes. A GOL Linhas
a aversão ao estrangeiro, sobretudo em Aéreas mantém uma atendente- robô em sua página para
relação a países pobres e marginalizados, tem esclarecer dúvidas mais freqüentes do usuários.
aumentado significativamente. Uma das questões mais complexas quando se fala
nessa tecnologia, é a perda de profissões que passam a
ATUALIDADES

ser exercidas por máquinas. Num futuro nem tão distante


assim a tendência é essa. E de certa forma, as carreiras
profissionais vão se adaptando à tecnologia e passam por
transformações intensas para saber lidar com essas mu-
danças.

3
#FicaDica FIQUE ATENTO!
Governo eleito diz que desmembramento
Em julho de 2018, uma equipe de cientistas viabilizará diálogos entre as pastas.
estrangeiros assinou um acordo em que se
comprometiam a não criar máquinas e robôs
que possam ameaçar a vida e integridade da 12 – Agrotóxicos
raça humana. Como um dos maiores exportadores de produtos
como soja, açúcar e laranja, o Brasil é ainda considerado
um dos países que mais utilizam agrotóxicos no cultivo
FIQUE ATENTO! agrícola. Os setores do agronegócio há algum tempo rei-
Inteligência artificial é um tema bem vindicam a flexibilização na regulamentação. E em con-
contemporâneo e está ligado à realidade das trapartida, movimentos sociais e ONGs nutrem apoio a
pessoas, à medida que interfere nas atividades políticas mais rígidas quanto ao uso desses produtos.
profissionais e formas de se relacionar. Por isso, Em 25 de junho de 2018, foi aprovado um projeto de
é um assunto bem relevante. lei por uma comissão especial da Câmara dos Deputa-
dos que flexibiliza as regras. Um dos pontos discutidos é
centralizar a regulamentação dos agrotóxicos no Minis-
10 - Brexit e UE tério da Agricultura. Atualmente, o Ministério da Saúde e
O Brexit, o processo de saída do Reino Unido da Meio Ambiente também dividem a função de liberar os
União Europeia, foi aprovado em referendo britânico, em produtos.
2016, mas a saída oficial pode ser concluída a partir de Além disso, um dos pontos mais marcantes do pro-
2020. Internamente, há certa pressão para que os britâni- jeto de lei busca eliminar o termo “agrotóxico” por “pes-
cos recuem da decisão e se mantenham no bloco. ticida”. No texto original apresentado, o termo usado era
Ainda existe um debate sobre a possibilidade de rea- “fitossanitário”.
lizar um segundo referendo para consulta popular, em Outras mudanças discutidas é reduzir o prazo de li-
relação à saída ou não do Reino Unido. Se houver a apro- beração de agrotóxicos, que atualmente é de cerca de
vação do Brexit, o bloco europeu perde os seguintes paí- dois anos, mas pode chegar a mais de cinco anos. A ideia,
ses: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. então, seria estabelecer o prazo de 30 dias a 24 meses,
em média. Quem defende a mudança diz que se trata
de reduzir o preconceito e depreciação da prática, além
#FicaDica disso, para a bancada ruralista na Câmara, a mudança do
nome segue a tendência internacional.
A decisão de sair foi motivada pela direita
britânica, com intuito de fechar mais as
fronteiras do Reino Unido também para outros #FicaDica
países da Europa, sobretudo, nações que
exportam imigrantes. Entidades e ONGs de meio ambiente
apelidaram o projeto de lei de “Pacote do
Veneno”. Na opinião dessas organizações,
flexibilizar as regras quanto aos agrotóxicos
FIQUE ATENTO! representa ignorar os efeitos nocivos do uso
A União Europeia é o bloco econômico mais desses produtos para saúde das pessoas e
rico e influente do mundo. meio ambiente.

11 - Ministério do Trabalho no governo Bolsonaro


Em dezembro, o então presidente eleito, Jair Bol- FIQUE ATENTO!
sonaro, anunciou o desmembramento do Ministério do Hoje, é a lei 7.802, de 1989 que regulamenta
Trabalho. As competências da pasta serão direcionadas a o uso desses produtos. Para os órgãos que
três ministérios: Justiça, Economia e Cidadania. defendem a manutenção das atuais práticas,
Justiça cuidará da concessão das cartas sindicais e é preciso realizar pequenos ajustes, mas a lei
Economia assume questões como o FGTS (Fundo de Ga- atual é considerada adequada.
rantia do Tempo de Serviço). E a pasta Cidadania cuidará
de políticas de geração de renda e emprego.
13 – Casos de bullying
#FicaDica Pesquisa recente aponta que um em cada 10 brasi-
ATUALIDADES

leiros é vítima de bullying, especialmente no ambiente


As cartas sindicais concedidas pelo governo escolar. O Brasil é considerado o segundo país com mais
autorizam o exercício e funcionamento de casos dessa natureza no ambiente virtual, segundo da-
entidades para práticas sindicais. dos do Instituto Ipso, como aponta matéria do “O Cor-
reio do Povo”.

4
No levantamento, a Índia lidera essa corrida. No Brasil, O vírus foi encontrado em morcegos e tem força para
cerca de 65% das redes sociais foram cenários usados para atingir seres humanos. A descoberta possibilitará à ciên-
a prática do crime. cia estudar e compreender a dinâmica de vírus desenvol-
A recomendação aos pais quando detectam as agres- vidos em animais e mensurar a capacidade para atingir
sões é entrar em contato com os pais ou responsáveis pelo as pessoas.
agressor. Dependendo da situação, a indicação é recorrer a Com a novidade, os cientistas acreditam que, de fato,
alternativas legais. os morcegos são os hospedeiros do ebola. Para os pes-
quisadores, compreender sobre quais são os hospedeiros
é fundamental para combater a doença.
#FicaDica
Especialistas orientam pais e educadores a #FicaDica
manterem-se em alerta e vigilância quanto a
suspeitas de casos de bullying. O ebola é transmitido por meio de secreção
ou sangue. A doença é de alto risco e de difícil
cura. Um dos principais sintomas é a febre
FIQUE ATENTO! hemorrágica.
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) lançou
cartilha em 2017 que orienta adultos e crianças
a lidarem com a situação. FIQUE ATENTO!
Com a descoberta atual, pela primeira vez, a
doença é identificada em hospedeiro antes
14 - Acordo para reconstrução da Síria que ocorra um surto.
Desde 2011, a Síria enfrenta uma intensa guerra civil
que já deixou milhões de mortos e refugiados. O país hoje
vive um cenário de miséria em meio à devastação. Dados da 16 - Primeira mulher latino-americana como pre-
Organização das Nações Unidas (ONU) citam que o conflito sidente da Assembleia Geral da ONU
custou mais de US$ 380 bilhões de dólares. A equatoriana María Fernanda Espinosa assumiu em
Em 2018, a sociedade mundial tem discutido a implanta- setembro a presidência da Assembleia Geral da ONU, um
ção de um plano para a reconstrução da Síria. Mas a atrair in- fato inédito. Pela primeira vez uma mulher da América La-
vestimentos externos tem sido desafiante para a nação, tendo tina assume o cargo. Um dos grandes desafios da nova
em vista as sanções impostas pelos Estados Unidos, por conta presidente é comandar acordos dentro da entidade, em
de denúncias de violações de direitos humanos sob a gestão questões polêmicas como a crise dos refugiados e guerra
de Bashar al-Assad, o presidente do país. Atualmente, Rússia, comercial liderada pelos Estados Unidos. O órgão presi-
China e Irã investiram na nação nos últimos e são os países dido por ela vai receber nos próximos meses encontros
aliados do governo. Com as sanções, a Síria fica impedida importantes entre líderes globais.
de exportar e até receber investimentos estadunidenses. Na Em entrevista à imprensa internacional, Espinosa ad-
opinião de especialistas em relações internacionais, executar mitiu que a imigração é uma das questões mais desafian-
um plano de reconstrução depende da exclusão das sanções tes em seu mandato. A crise na Venezuela também é uma
e participações de mais nações que possam investir no país. demanda importante a ser discutida nessa gestão.

#FicaDica #FicaDica

Em mais de sete anos de guerra civil, mais de María Fernanda Espinosa também afirmou
5,6 milhões de pessoas foram forçadas a deixar que pretende incentivar debate e buscar
suas casas em busca de uma vida melhor em soluções para a questão ambiental e também
outros países. Além disso, mais de 500 mil a desigualdade de gênero.
pessoas vivem deslocadas dentro país.
FIQUE ATENTO!
A gestão de Espinosa dura apenas um ano
e em seu mandato terá a função de propor
FIQUE ATENTO!
debates e discussões, sem imposições, mas
De acordo com a ONU, a maioria dos refugiados com propostas de diálogo e até votações em
que vive nos países vizinhos se encontra abaixo questões importantes.
da linha da pobreza em situação de miséria.
ATUALIDADES

15 - Nova versão do vírus ebola 17 – Mata Atlântica e maior erosão nos últimos
Em agosto de 2018, cientistas dos Estados Unidos anun- tempos
ciaram a descoberta de uma nova versão do vírus ebola, A biodiversidade brasileira sofreu grande impacto re-
chamada de Bombali. A descoberta foi feita em Serra Leoa, lativo à erosão nos últimos anos, especialmente na mata
por pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA). atlântica. No caso, o bioma conta com apenas menos de

5
30% dos mamíferos existentes, quando em comparação 19 - Feminicídios no Brasil
ao cenário do ano de 1500, época em que o Brasil foi O Brasil é um dos países como mais casos de femi-
descoberto. nicídio do mundo. Segundo informações da “Agência
O estudo foi divulgado pela revista Plos One. Em Brasil”, nos primeiros sete meses de 2018, o serviço 180
resumo, a mata atlântica teria perdido mais de 70% de (Central de Atendimento à Mulher) registrou mais de 740
espécies de mamíferos. Na atualidade, algumas áreas lo- ocorrências do crime ou tentativas de homicídio.
cais têm sofrido com a erosão no bioma, como aponta Desse índice, houve 78 casos de feminicídio e 665
reportagem de “O Globo”. tentativas. Além disso, o serviço de atendimento recebeu
A maioria dos animais extintos da mata atlântica era mais de 80 mil relatos de violência contra as mulheres,
de grande porte. Além disso, mais de 50% dos mamíferos sendo que 80% está relacionado a denúncias de violência
do bioma foram extintos nas últimas décadas. doméstica.
O crime de femicídio é previsto em lei desde 2015 e
seu conceito está ligado a desigualdade ou crime hedion-
#FicaDica do com base no gênero. Em 10 anos, houve aumento de
mais 6,4% nos casos de assassinatos contra as mulheres.
Uma das causas do cenário, segundo
pesquisadores, é o uso excessivo da terra e
extração de madeira. A ação humana tem
#FicaDica
contribuído decisivamente quanto aos índices
citados. A mídia retratou em junho de 2018 um caso
marcante dessa natureza, onde o biólogo Luiz
Felipe Manvaile foi acusado de matar a mulher,
Tatiana Spitzner. A vítima caiu do quarto andar
FIQUE ATENTO! do apartamento do casal, em Guarapuava, no
Animais como onças pintadas e pardas interior do Paraná.
sofreram com 79% de perda, de acordo com
os dados apontados.
FIQUE ATENTO!
18 - Depósitos de gelo na Lua O canal 180 foi criado em 2005 pela então
De acordo com a Agência Espacial dos Estados Uni- Secretaria de Políticas para as Mulheres da
dos (Nasa, na sigla em inglês), os dois polos e algumas Presidência da República (SPM-PR), no governo
partes mais escuras e geladas da Lua contam com depó- Lula, com intuito de orientar as mulheres
sitos gelo. A descoberta ainda não explica com exatidão quanto a direitos e serviços. E em 2014, o canal
a presença das camadas de gelo, mas algumas hipóteses se transformou em um dique-denúncia.
apontam que um choque com meteoritos e cometas no
satélite pode ter influenciado esse cenário. 20 - Museu Nacional do RJ
A novidade é fruto de um estudo da Universidade do Incêndio no Museu Nacional, em setembro, no Rio
Havaí, Brown University e do Centro de Pesquisas da Nasa, de Janeiro, chocou a comunidade internacional – em vir-
que utilizou o equipamento Moon Mineralogy Mapper tude da importância do acervo para a cultura mundial. O
(M3). As análises da Nasa ainda atestam que boa parte das museu mais antigo do país trazia obras de arte raríssimas
camadas de gelo se encontra nas crateras da Lua. e de grande valor artístico.
Em julho deste ano também foram descobertas 12 no- A Biblioteca Nacional, localizada no museu, também
vas Luas ao redor de Júpiter, totalizando mais de 79 Luas. sofreu com a perda de suas obras durante o incêndio.
Um dos destaques entre os satélites descobertos é uma pe- Cerca de 90% do acervo de todo o museu foi destruído.
quena Lua com somente um quilômetro de diâmetro.

#FicaDica #FicaDica

Outras pesquisas já indicaram que a Lua teria O local já recebeu visitantes importantes, como
tido condições de ser habitada há bilhões de o cientista Albert Einstein, nos anos 20.
anos.

FIQUE ATENTO!
FIQUE ATENTO! O museu foi residência oficial da Família Real
Porém pesquisadores admitem que para portuguesa, entre 1819 a 1821.
ATUALIDADES

conhecer a fundo se realmente o satélite


abrigou vidas ou desenvolveu organismos,
será preciso investimento maciço em pesquisas
e exploração por lá.

6
Referências
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de/42655-febre-amarela-ministerio-da-saude-atua- EXERCÍCIOS COMENTADOS
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https://epocanegocios.globo.com/Economia/noti- O vertiginoso processo de urbanização no Brasil deu
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-pode-afetar-o-brasil.html - Acesso: 30/08/2018 - 23:33 porte, que, espalhados pelo país, passaram a ordenar os
https://www.bbc.com/por tuguese/internacio- fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais
nal-39716719 - Acesso: 31/08/2018 - 00:27 no território brasileiro, configurando uma complexa rede
http://infograficos.estadao.com.br/focas/politico- geográfica de cidades. Com relação ao texto apresenta-
-em-construcao/materia/senso-critico-e-arma-para- do e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue os
-combater-fake-news Acesso: 31/08/2018 – 22:06 seguintes itens.
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/ As cidades que apresentam maior grau de complexidade
atualidades/imigracao-nos-eua-a-politica-de-tolerancia- socioeconômica e polarizam todo o território brasileiro
-zero-e-o-drama-das-criancas-na-fronteira.htm - Acesso: e parte da América do Sul são as metrópoles nacionais.
31/08/2018 - 23:00
https://tecnologia.uol.com.br/noticias/reda- ( ) CERTO ( ) ERRADO
cao/2018/03/23/o-que-zuckerberg-nao-explicou-sobre-
-a-crise-envolvendo-facebook-e-eleicoes.htm - Acesso: Resposta: Certo. Metrópoles como São Paulo, Rio de
01/09/2018 - 00: 26 Janeiro e Belo Horizonte apresentam cenários socioe-
https://super.abril.com.br/tudo-sobre/inteligencia- conômicos complexos e disparidades sociais, além de
-artificial/ - Acesso: 01/09/2018 – 01:26 serem regiões bem populosas.
https://super.abril.com.br/tecnologia/pesquisadores-
-de-inteligencia-artificial-prometem-nao-construir-ro- 2. A desconcentração espacial das atividades econômi-
bos-assassinos/ - Acesso: 01/09/2018 – 01:29 cas, a partir de 1990, promoveu o crescimento das cida-
https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas- des médias.
-noticias/redacao/2018/07/12/o-que-muda-com-o-pro-
( ) CERTO ( ) ERRADO
jeto-de-lei-de-agrotoxicos-em-discussao-no-congresso.
htm - Acesso: 02/09/2018 - 20:35
Resposta: Certo. Foi um período marcado pela des-
https://extra.globo.com/noticias/economia/alcance-
centralização populacional, com saída do campo em
-amplo-de-sancoes-dos-eua-afeta-reconstrucao-da-si-
direção às cidades.
ria-23033601.html - Acesso: 03/09/2018 - 22:04
https://nacoesunidas.org/guerra-siria-completa-7-a-
3. PF- Escrivão – CESPE/2013
nos-em-marco-com-rastro-de-tragedia-para-civis-diz-o-
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de
nu/ - Acesso: 03/09/2018 – 22:25 São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
https://g1.globo.com/bemestar/ebola/noti- quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na-
cia/2018/08/27/cientistas-encontram-nova-versao-do- cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi-
-virus-ebola-em-morcegos-em-serra-leoa.ghtml ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/ e Votuporanga.
noticia/2018-08/ligue-180-registra-mais-de-740-casos- O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
-de-feminicidio-este-ano - Acesso: 04/09/2018 - 22:22 as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/08/27/ Seis dias depois, as maiores manifestações se concen-
pgr-denuncia-jefferson-cristiane-brasil-ex-ministro-e- traram nas cidades que receberam jogos da Copa das
-mais-23-por-supostas-fraudes-no-ministerio-do-traba- Confederações, como Belo Horizonte.
lho.ghtml - Acesso: 04/09/2018 - 22:22
https://www.correiodopovo.com.br/Jornalcomtecno- O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações).
logia/2018/07/11/brasil-e-o-2o-pais-com-mais-casos- Considerando o texto acima e a amplitude do tema por
-de-bullying-virtual-contra-criancas/ Acesso: 31/10/2018 ele focalizado, julgue os itens.
– 22:44
https://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilida- Ainda que as opiniões sobre as manifestações de junho
de/mata-atlantica-perdeu-mais-de-70-de-seus-mamife- de 2013, no Brasil,se distingam em vários aspectos,os
ros-23101270 Acesso: 27/09/2018 – 22:50 analistas políticos convergem para o seguinte entendi-
http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambien- mento: essas manifestações populares em nada diferem
te/2010/11/matriz-energetica - Acesso: 04/12/2018 - 22: 44 dos movimentos das Diretas-Já e dos Caras-Pintadas.
https://www.bbc.com/por tuguese/internacio-
ATUALIDADES

nal-46249017 - Acesso: 05/12/2018 - 00:14 ( ) CERTO ( ) ERRADO


https://observador.pt/2018/09/03/museu-nacional-
-de-casa-da-familia-real-a-museu-visitado-por-einstein/ Resposta: Errado. Essas mobilizações ainda são
- Acesso: 05/12/2018 – 00: 17 centro de discussões e, de fato, embora houvesse
comparação com Diretas Já e Caras-pintadas, não se

7
configura em um mesmo movimento. Isso porque os 6. PF- Perito Criminal – CESPE/2009
protestos de junho acabaram abraçando várias cau- Com relação à Usina Hidrelétrica de Itaipu e ao acordo
sas e demandas, enquanto que ambos os movimen- firmado entre Brasil e Paraguai, em julho de 2009, no
tos citados defendiam bandeiras específicas, sem qual são revistas cláusulas do Tratado de Itaipu, julgue os
pulverização. itens que se seguem
Por esse acordo, o Paraguai tornou-se sócio minoritário
4. PF- Escrivão – CESPE/2013 da Usina Hidrelétrica de Itaipu, com 30% de participação
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de nos lucros advindos da distribuição de energia elétrica,
São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As em razão de as águas da represa terem inundado parte
quatro manifestações seguintes atraíram a atenção nacio- do território paraguaio.
nal. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderiram
às manifestações. Também começam atos em Viçosa e ( ) CERTO ( ) ERRADO
Votuporanga.
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois, Resposta: Errado. A usina pertence a ambos países
as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte. de forma igualitária.
Seis dias depois, as maiores manifestações se concentra-
ram nas cidades que receberam jogos da Copa das Con- 7. PF- Perito Criminal /CESPE-2013
federações, como Belo Horizonte. No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de
O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações). São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na-
Considerando o texto acima e a amplitude do tema por cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi-
ele focalizado, julgue os itens. ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa
Embora com alguma variação de cidade para cidade, as e Votuporanga.
manifestações citadas no texto foram organizadas para O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
protestar contra as deficiências dos serviços prestados as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte.
pelo poder público, notadamente nas áreas de transpor- Seis dias depois, as maiores manifestações se concen-
te, saúde, educação e segurança. traram nas cidades que receberam jogos da Copa das
Confederações, como Belo Horizonte.
( ) CERTO ( ) ERRADO
O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações).
Nas duas maiores cidades brasileiras — São Paulo e Rio
Resposta: Certo. Esses temas foram uma das deman-
de Janeiro —, o problema das tarifas do transporte públi-
das pedidas nas ruas naquela ocasião. Por isso, a res-
co permanece insolúvel visto que a fixação desses valores
posta está correta.
depende de lei a ser votada pelas respectivas câmaras
municipais e assembleias legislativas estaduais.
5. PF- Escrivão – CESPE/2013
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de ( ) CERTO ( ) ERRADO
São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
quatro manifestações seguintes atraíram a atenção nacio- Resposta: Errado. Na ocasião, os governos de ambas
nal. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderiram as cidades mantiveram o preço da tarifa estável, con-
às manifestações. Também começam atos em Viçosa e forme reivindicação defendida nas manifestações.
Votuporanga.
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois, 9. PF- Perito Criminal – CESPE/2013
as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte. No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de
Seis dias depois, as maiores manifestações se concentra- São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
ram nas cidades que receberam jogos da Copa das Con- quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na-
federações, como Belo Horizonte. cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi-
O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações). ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa
e Votuporanga.
Considerando o texto acima e a amplitude do tema por O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
ele focalizado, julgue os itens. as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte.
A convocação, pelo Poder Executivo, de uma assembleia Seis dias depois, as maiores manifestações se concen-
constituinte exclusiva para promover uma ampla reforma traram nas cidades que receberam jogos da Copa das
política foi uma evidente resposta do governo brasileiro Confederações, como Belo Horizonte.
às manifestações que tomaram conta de centenas de ci- O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações).
dades brasileiras. A condenação dos gastos feitos pelo Brasil para sediar
duas grandes competições promovidas pela FIFA, a Copa
( ) CERTO ( ) ERRADO das Confederações e a Copa do Mundo, tornou-se ban-
ATUALIDADES

deira presente em muitas das manifestações a que o tex-


Resposta: Errado. A implantação da assembleia cons- to alude, algumas das quais transformadas em atos de
tituinte não aprovada nessa ocasião. Uma das justifi- violência e vandalismo.
cativas do governo federal na época era de que não
havia tempo hábil para essa mudança. ( ) CERTO ( ) ERRADO

8
Resposta: Certo. Uma das bandeiras utilizadas foram Resposta: Errado. A questão na Ossétia do Norte é
os gastos com a Copa. Os manifestantes utilizaram algo bem específica e regional, envolvendo Rússia e
muito mensagens como “Não vai ter Copa” e fizeram Geórgia. Não se compara a dimensões de conflitos de
críticas quanto aos gastos, os quais poderiam ser dire- impacto global.
cionados à educação e saúde, na opinião deles.
2019
10. PF-Delegado- CESPE/2004
Nos últimos 13 anos, a América Latina cumpriu grande 1 – Caso Brumadinho e risco em outras barragens
parte de suas tarefas econômicas. Mesmo assim, a desi- mineiras
gualdade e a pobreza aumentaram na região. O diagnós- O crime ambiental em Brumadinho (MG), em 25/01,
tico é da Comissão Econômica para a América Latina e o com rompimento de barragem controlada pela mineradora
Caribe (CEPAL), que propõe para a região uma nova es- Vale foi destaque em todo mundo. Tudo isso após mais de
tratégia de desenvolvimento produtivo. Para o secretário três anos da ocorrência de outra tragédia, o caso Samarco,
executivo do órgão das Nações Unidas, a maior integra- no rompimento de barragem em Mariana (MG). A Samarco
ção da região foi um ganho dos últimos anos. é uma empresa controlada pela gigante mineradora Vale.
Sua aposta para reduzir a forte desigualdade que ainda Contudo, em março de 2019, foi constatado o risco
existe é a união de crescimento econômico com prote- de rompimento em outras barragens mineiras da Vale:
ção social. Ele propôs a substituição do conceito de mais B3/B4, em Macacos, e as Forquilhas 1 e 3, em Ouro
mercado e menos Estado por uma visão que aponta para Preto. Inclusive, houve alerta máximo da (ANM) Agência
“mercados que funcionem bem e governos de melhor Nacional de Mineração quanto à barragem de Macacos,
qualidade”. América Latina cresceu sem dividir. In: Jornal em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte.
do Brasil, 25/6/2004, p. 19A (com adaptações). Em Brumadinho, as mortes chegam 216 vítimas. Além
Tendo o texto acima como referência inicial e consideran- disso, 88 pessoas estão desaparecidas. As informações
do a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens foram atualizadas em 29/03/2019.
subseqüentes.
Ao relatar que os países latino-americanos cumpriram
“grande parte de suas tarefas econômicas” nos últimos #FicaDica
anos, o texto permite supor a existência de algum tipo de
O caso Brumadinho já é tratado por
receituário que a região deveria seguir para se moderni-
ambientalistas como mais trágico e delicado
zar e se desenvolver.
quando em comparação a catástrofe de
Mariana (MG), em 2015.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. A lógica retratada se refere a mer-


cados que funcionem bem e não contribuam para in- FIQUE ATENTO!
tensificar a desigualdade social e governos com ações
sociais relevantes. Correntes progressistas tratam a situação como
crime ambiental e não acidente. Pois assim
11. PF-Delegado- CESPE/2004 como, no caso da Samarco, em Mariana (MG),
Mais de 340 pessoas — entre elas 155 crianças — morre- a gigante da mineração Vale é responsabilizada
ram no desfecho trágico da tomada de reféns na escola pelo rompimento da barragem, por não ter
de Beslan. Funcionários dos hospitais da região indicam atuado na prevenção de ambas as catástrofes.
que pelo menos 531 pessoas foram hospitalizadas, das
quais 336 eram crianças.
O presidente russo Vladimir Putin culpou o terror inter- 2 - Caso Jean Wyllys
nacional pelo ataque, após visitar o local do massacre e Em seu terceiro mandato como deputado federal
ordenar o fechamento das fronteiras da região da Ossétia pelo PSOL, Jean Wyllys decidiu abandonar o congresso
do Norte, para evitar a fuga de um número indefinido e deixar o Brasil após informar que teria sofrido ameaças
de terroristas que escapou. Para especialistas ocidentais, de morte. O fato repercutiu nos veículos de imprensa
a operação das forças de segurança russas foi um fiasco de todo o mundo. O vie-presidente do Brasil, Hamilton
total. Mortos no massacre passam de 340. In: O Estado de Mourão, afirmou que a ameaça sofrida pelo parlamentar
S. Paulo, 5/9/2004, capa (com adaptações) compromete a democracia.
Tendo o texto acima como referência inicial e consideran- Em entrevista à imprensa, Jean Wyllys contou que
do algumas características marcantes do mundo contem-
havia recebido ameaças direcionadas a sua mãe e
porâneo, julgue os itens que se seguem.
A hipotética presença de terroristas árabes — anunciada seus familiares, por meio de ligações anônimas. Os
pelo governo russo — no episódio focalizado no texto ameaçadores disseram que poderiam executar a família
indica que, pela primeira vez depois do 11 de setembro do deputado e que matá-lo “seria um presente”.
ATUALIDADES

de 2001, esses terroristas resolveram atacar no Ocidente, O parlamentar afirmou que por causa das ameaças
escolhendo um alvo estratégico e de grande visibilidade conta com escolta para ir aos lugares e garantir o mínimo
internacional. de segurança possível. Ao renunciar ao mandato, entra
em seu lugar David Miranda, vereador do Rio de Janeiro,
( ) CERTO ( ) ERRADO também ativista do movimento LGBT, assim como Jean.

9
4 - Crise na Venezuela
#FicaDica Mergulhada em uma crise política e econômica
O caso Jean Wyllys está intimamente ligado há mais de cinco anos, o caos na Venezuela, ganhou
a questões de violação de direitos humanos, mais um capítulo. Em fevereiro, Nicolás Maduro ainda
no que se refere ao comprometimento da fechou a fronteira com o Brasil, intensificando a crise e,
integridade e segurança de cada cidadão. fomentando o clima de tensão com países vizinhos e os
Estados Unidos.
No dia 27 de janeiro, Juan Guaidó, presidente da
FIQUE ATENTO! Assembleia Nacional, se autodeclarou presidente interino
Muitas questões podem também relacionar do país. A tentativa de chegar ao poder, por parte de
órgãos que monitoram e denunciam casos Guaidó, surgiu após protestos contra o governo de
dessa natureza, como o Comitê de Direitos Maduro, em janeiro deste ano, com registros de vítimas.
Humanos da ONU. É importante conhecer Nos últimos anos, confrontos entre chavistas e
essas instituições. antichavistas têm trazido mortos e feridos num cenário
de guerra civil que se alastra pelo país, em meio ao
aumento de pobreza e miséria da população.
3 – China e a tecnologia 5G As nações que reconheceram Guaidó como
A tecnologia 5G desembarcou oficialmente no mundo presidente interino foram: Estados Unidos, Austrália,
em 2018. De lá pra cá, a China tem demonstrado estar Israel, Alemanha, França, Espanha, além do Brasil. Os
na dianteira quanto ao monopólio e desenvolvimento dados informados foram atualizados em 01/03/19.
dessa tecnologia. Para se ter uma ideia, os chineses estão
à frente de um projeto de fibra ótica unindo a Ásia e
Europa. #FicaDica
E em meio a essa dianteira, cresce a pressão dos A crise venezuelana é complexa e traz muitas
Estados Unidos em relação à União Europeia para narrativas, mas é preciso considerar um tema
reduzir o impacto do mercado chinês no velho mundo. de muito destaque em 2018: a imigração. A
Porém o bloco europeu já anunciou que não pretende chegada maciça de venezuelanos ao Brasil
evitar a entrada da Huawei, a gigante chinesa de enfatiza mais um cenário de xenofobia
telecomunicações. em território nacional, em meio à rejeição
Os EUA justificam a pressão em relação à China, de da população de Roraima à chegada dos
acordo com eles, pelo fato de haver “risco de invasão imigrantes.
cibernética” chinesa no Ocidente. Porém a Europa já
deixou claro que pretende manter suas políticas de
segurança da informação, sem ceder a pressões dos FIQUE ATENTO!
estadunidenses, mas em consonância às suas próprias
regras. Pode haver questões de atualidades com
Em linhas gerais, a UE não proibiu a entrada da enunciados que requerem atenção e
Huawei, mas deixa claro que os Estados-membros interpretação de texto. Uma boa compreensão
estarão em alerta quanto à segurança. As nações terão do enunciado pode ser fundamental para
de partilhar dados sobre segurança cibernética em 5G e chegar à resposta correta.
fazer avaliações.

5 - Nasa impede primeira tripulação feminina


#FicaDica A Nasa, agência espacial norte-america, estava preste
Nações que dominam a tecnologia, a anunciar um feito: a primeira tripulação totalmente
consequentemente, exercem poderio em feminina em uma missão no espaço. Porém, por causa de
outros setores no mundo. A China mostra que um macacão, a medida foi adiada.
está apta a tudo isso. Duas astronautas fariam a missão, Christina Koch e
Anne McClain, mas havia somente um traje adequado
ao tamanho das astronautas. Esse problema de logística,
FIQUE ATENTO! então, adiou os planos de haver uma missão apenas com
Nesse embate, verificamos aqui mais uma vez mulheres.
um confronto entre China e EUA pelo domínio Lembrando que a primeira mulher a participar de uma
tecnológico. Lembrando que os estadunidenses missão no espaço foi Sally Ride, em 1983. Outro dado
ainda têm poder nesse campo, já que contam curioso é que o recorde de uma pessoa a permanecer no
com as empresas mais poderosas do mundo: espaço pela Nasa é de uma mulher, Peggy Whitson.
Google, Apple e Facebook.
ATUALIDADES

10
7 – Apple e seu cartão de crédito
#FicaDica A gigante da tecnologia Apple anuncia a chegada
Medida suscitou debates em torno do pouco de seu cartão de crédito no mercado mundial ainda em
espaço cedido às mulheres na ciência espacial, 2019. A novidade é uma parceria com o banco Goldman
ainda profundamente dominado pelos Sachs.
homens. Tudo isso diante das discussões em Os funcionários da Apple serão os primeiros a
todo mundo sobre a discriminação de gênero. testarem o cartão nos próximos meses, até a chegada
do produto ao consumidor, que deve ocorrer até o final
deste ano. O cartão será acessado pela Apple Wallet,
conforme a imprensa especializada adiantou desde o
FIQUE ATENTO! ano passado.
Site da Nasa é um portal bastante completo A empresa também disponibilizará recursos de
com boletins e notícias sobre missões espaciais, gerenciamento de gastos do usuário. No caso, uma das
imagens e estudos. Vale verificar! frentes é alertar sobre o que está custando mais caro
em alguns setores. O cartão será emitido pelo Goldman
Sachs e utilizará a bandeira Mastercard.
6 – Brasil, Davos e as relações internacionais
Na atual fase política brasileira com Jair Bolsonaro
(PSL) na Presidência, o Brasil trilha caminhos diplomáticos
#FicaDica
distintos de anos atrás, desde os governos de Fernando Essa parceria deve aumentar as receitas de ambas
Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. Com projeção as empresas. O projeto prevê investimentos de
mais à extrema direita na política adotada, Bolsonaro mais de 200 milhões de dólares.
formalizou a nova era diplomática para o mundo no
Fórum Econômico de Davos, na Suíça.
Diante da elite econômica mundial, o presidente FIQUE ATENTO!
realizou um discurso citado pela imprensa internacional Questões sobre tecnologia têm sido abordadas
como “superficial”. A participação não respondeu de com frequência nas provas de concursos
forma prática e objetiva, segundo alguns especialistas, públicos. Por isso, vale manter atenção ao
quais seriam as ações adotadas na política econômica tema.
que favoreceriam os investidores e a estabilidade
econômica mundial.
A apresentação do presidente foi tida como “tímida”, 8 – Papa favorável à educação sexual
tendo em vista que Bolsonaro era considerado uma das Em entrevista à imprensa, no dia 28 de janeiro, o papa
grandes estrelas do evento. Francisco defendeu a educação sexual nas escolas, além
Outro fato marcante foi a negativa em conceder de mencionar que o sexo “não é um monstro, mas um
entrevistas coletivas à imprensa, alegando indisposição. dom de Deus”. O papa ainda ressaltou que o ato sexual é
Porém, uma das questões observadas, segundo um “dom de Deus para amar”.
especialistas em diplomacia, é de que não houve Francisco comentou a importância das escolas em
escorregão diplomático. orientar os jovens, especialmente, quando o aluno não
No caso, foi uma participação tímida, sem tem acesso às informações dentro de casa. Para ele, a
expressividade, sem polêmicas e de certo modo correta, falta de diálogo no ambiente familiar, quando se trata
como pontua o ex-embaixador brasileiro Rubens desse tema, tem a ver com complicações familiares e
Ricupero, em entrevista ao UOL. falta de habilidade para conduzir essa temática, por parte
dos adultos.
Ele ainda defende que a educação sexual não pode
#FicaDica ter “cunho ideológico”, porém deve ser objetiva. Outro
Sem Donald Trump, Vladimir Putin e Thereza tema polêmico mencionado por ele se refere ao celibato.
May, Bolsonaro era cotado como o grande O papa não apoia o celibato como algo opcional, mas
destaque do evento. afirma que em locais com escassez de sacerdotes, o caso
pode ser analisado. Todavia, ele enfatiza que se trata de
uma questão reservada para os teólogos estudarem melhor.

FIQUE ATENTO!
Muitas, vezes, questões sobre relações #FicaDica
internacionais trazem enunciados que O papa Francisco tem se mostrado bastante
requerem interpretação de texto e, vale muito, moderado em seu discurso e sofre críticas,
ter atenção. por parte das alas mais conservadoras da
ATUALIDADES

Igreja.

11
Ambos os governantes concordam que o acordo
FIQUE ATENTO! contribui para a construção de uma Europa unida e
É sempre importante estar atento aos fortalecida diante dos desafios do século 21.
pronunciamentos do papa, que comanda a
religião mais influente do mundo ocidental. #FicaDica
Esses temas podem cair nas provas.
O multilateralismo defendido por franceses e
alemães prega o acordo entre dois ou mais
9 - Inteligência artificial cada vez mais presente na países diante de um tema comum, é um
sociedade ponto importante de cooperação nas relações
Num mundo cada vez mais conectado e imerso nas diplomáticas.
redes sociais, as inovações tecnológicas estabelecem
novas configurações nas relações sociais e de trabalho.
A inteligência artificial se constitui num mecanismo que FIQUE ATENTO!
traz mudanças nas formas como as pessoas se relacionam A maior parte das questões que traze esse tema
e nas funções que exercem. pode tratar de multilateralismo e objetivos dos
No campo profissional, por exemplo, a inteligência blocos econômicos. Por isso, é importante
artificial – por meio de máquinas ou robôs –, já realiza manter atenção aos fatos mais impactantes
de forma automatizada funções anteriormente exercidas relativos à União Europeia.
por pessoas. Hoje, por exemplo, softwares e máquinas
realizam relatórios e análises que eram feitas por
profissionais preparados para essa função. 11 – Lemann perde posto de homem mais rico do
Outro exemplo é o uso de atendentes virtuais em Brasil para Safra
chats de relacionamento com clientes. A GOL Linhas O empresário Jorge Paulo Lemann não é mais o
Aéreas mantém uma atendente- robô em sua página brasileiro mais rico, seu posto foi superado pelo banqueiro
Joseph Safra. Atualmente, Lemann tem fortuna avaliada
para esclarecer dúvidas mais freqüentes do usuários.
em US$ 23 bilhões. Já Safra acumula US$ 25,2 bilhões.
Uma das questões mais complexas quando se fala
No ranking mundial, na lista da revista Forbes, Safra
nessa tecnologia, é a perda de profissões que passam a
ocupa a 31º lugar como o homem mais rico do planeta e
ser exercidas por máquinas. Num futuro nem tão distante
lidera como o banqueiro com maior fortuna do planeta.
assim a tendência é essa. E de certa forma, as carreiras
Já Lemmann aparece no 37º lugar. As informações foram
profissionais vão se adaptando à tecnologia e passam
divulgadas no portal “G1”, em 01/03/2019.
por transformações intensas para saber lidar com essas
Lemann perdeu US$ 4 bilhões desde 2018 e ocupava
mudanças. o posto de homem mais rico do Brasil havia seis anos. Em
2018, Safra, ao contrário, teve aumento de US$ 1, 6 bilhão
#FicaDica em sua fortuna. E, nos últimos anos, seu patrimônio
aumentou em cerca de US$ 8 bilhões.
Em julho de 2018, uma equipe de cientistas
estrangeiros assinou um acordo em que se
comprometiam a não criar máquinas e robôs #FicaDica
que possam ameaçar a vida e integridade da O ranking da revista Forbes é um dos
raça humana. instrumentos mais relevantes para o mundo
dos negócios. A revista foi fundada em 1917.

FIQUE ATENTO!
Inteligência artificial é um tema bem FIQUE ATENTO!
contemporâneo e está ligado à realidade das
pessoas, à medida que interfere nas atividades Questões sobre esses rankings podem
profissionais e formas de se relacionar. Por apresentar texto de apoio, em que o domínio
isso, é um assunto bem relevante. da interpretação conta muito para chegar aos
resultados esperados.

10 – Paris e Berlim (pró-Europa)


Emmanuel Macron, presidente da França, e Angela 12 –Sem visto para os EUA
Merkel, premiê alemã, assinaram um tratado de A visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados
cooperação entre os países, pró-Europa, no dia 22 de Unidos, em março, foi um dos momentos mais esperados
janeiro. A ideia é fortalecer as relações entre as nações do Planalto, devido ao encontro do brasileiro com
em direção a uma União Europeia mais forte e dinâmica, Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, e figura
ATUALIDADES

diante da saída do Reino Unido do bloco europeu. admirada pelo clã Bolsonaro.
Uma das questões difundidas é a defesa do A visita do presidente do Brasil também trouxe à
multilateralismo e soberania da Europa. Essa proposta dá tona uma medida polêmica, o governo quer autorizar a
espaço para a diversidade cultural dos Estados-membros entrada de turistas dos Estados Unidos, sem necessidade
para trazer solidez e sucesso ao bloco. de visto. A ação valeria para Japão, Austrália e Canadá.

12
Porém nenhum dos países anunciou que pretendem 14- Entrada no país: EUA exigirão histórico das
aderir à política de reciprocidade e, dessa forma, autorizar redes sociais
esse benefício para os brasileiros. Para o governo, a Os EUA endureceram cada vez mais a entrada de
medida busca fomentar o turismo no país. estrangeiros ao país. Em março, Donald Trump anunciou
que entre as regras previstas para o visto, as autoridades
vão pedir histórico nas redes sociais nos últimos cinco
#FicaDica anos.
Críticas em relação à medida citam que a A medida é criticada por setores da sociedade e
autorizar a entrada sem levar em conta a imprensa dos EUA, por ser entendida como “invasiva”
reciprocidade “coloca o Brasil em posição e “agressiva”. Mais de 15 milhões de pessoas serão
desvantagem e fragiliza sua importância afetadas.
diplomática” além de “inferiorizar seu povo”. A ação deve valer a partir de maio deste ano. Para
o governo, a regra tende a “facilitar a prevenção de
atentados terroristas”.

FIQUE ATENTO!
A política de reciprocidade prevê que os #FicaDica
países adotem ações compatíveis. Se uma Desde o início da gestão Trump, os EUA têm
nação exige visto da outra, é aceitável que deixado claro que não facilitará a concessão
ambas possam aderir às mesmas práticas. de vistos, prejudicando milhões de pessoas
que sonham com a chance de pisarem em solo
estadunidense.
13 - Acordo para reconstrução da Síria
Desde 2011, a Síria enfrenta uma intensa guerra civil
que já deixou milhões de mortos e refugiados. O país FIQUE ATENTO!
hoje vive um cenário de miséria em meio à devastação. A questão migratória é um dos temas mais
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) citam importantes da sociedade global, além de ser
que o conflito custou mais de US$ 380 bilhões de dólares. um desafio para as nações mais ricas. Vale ficar
Em 2018, a sociedade mundial tem discutido a de olho nesse assunto.
implantação de um plano para a reconstrução da Síria.
Mas a atrair investimentos externos tem sido desafiante
para a nação, tendo em vista as sanções impostas pelos 15 - Primeira mulher latino-americana como
Estados Unidos, por conta de denúncias de violações presidente da Assembleia Geral da ONU
de direitos humanos sob a gestão de Bashar al-Assad, A equatoriana María Fernanda Espinosa assumiu em
o presidente do país. Atualmente, Rússia, China e Irã setembro a presidência da Assembleia Geral da ONU, um
investiram na nação nos últimos e são os países aliados fato inédito. Pela primeira vez uma mulher da América
do governo. Latina assume o cargo.
Com as sanções, a Síria fica impedida de exportar e Um dos grandes desafios da nova presidente é
até receber investimentos estadunidenses. Na opinião comandar acordos dentro da entidade, em questões
de especialistas em relações internacionais, executar um polêmicas como a crise dos refugiados e guerra comercial
plano de reconstrução depende da exclusão das sanções e liderada pelos Estados Unidos.
participações de mais nações que possam investir no país. Em entrevista à imprensa internacional, Espinosa
admitiu que a imigração é uma das questões mais
desafiantes em seu mandato. A crise na Venezuela
#FicaDica também é uma demanda importante a ser discutida
Em mais de sete anos de guerra civil, mais de nessa gestão.
5,6 milhões de pessoas foram forçadas a deixar
suas casas em busca de uma vida melhor em #FicaDica
outros países. Além disso, mais de 500 mil
María Fernanda Espinosa também afirmou
pessoas vivem deslocadas dentro país.
que pretende incentivar debate e buscar
soluções para a questão ambiental e também
a desigualdade de gênero.
FIQUE ATENTO!
De acordo com a ONU, a maioria dos
refugiados que vive nos países vizinhos se FIQUE ATENTO!
encontra abaixo da linha da pobreza em A gestão de Espinosa dura apenas um ano
ATUALIDADES

situação de miséria. e em seu mandato terá a função de propor


debates e discussões, sem imposições, mas
com propostas de diálogo e até votações em
questões importantes.

13
16 – Brasil e Israel
A chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto FIQUE ATENTO!
fomentou as relações com países com governos alinhados Porém pesquisadores admitem que para
ao conservadorismo, como Israel. Diferentemente da conhecer a fundo se realmente o satélite
política externa dos governos anteriores. abrigou vidas ou desenvolveu organismos,
Ambos os países pretendem fortalecer acordos será preciso investimento maciço em pesquisas
em segurança cibernética, aviação, segurança pública, e exploração por lá.
entre outros temas. Há discussões sobre a mudança
da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém,
suscitando polêmica entre a comunidade árabe e parte 18 - Feminicídios no Brasil
de setores da sociedade internacional. O Brasil é um dos países como mais casos de
A medida foi tomada pelos EUA e teve impacto feminicídio do mundo. Segundo informações da “Agência
negativo por parte da comunidade mundial, pois aderir à Brasil”, nos primeiros sete meses de 2018, o serviço 180
medida implica em rejeitar a luta palestina por estabelecer (Central de Atendimento à Mulher) registrou mais de 740
um Estado e, de certa forma, gera tensão na região. ocorrências do crime ou tentativas de homicídio.
Desse índice, houve 78 casos de feminicídio e 665
tentativas. Além disso, o serviço de atendimento recebeu
#FicaDica mais de 80 mil relatos de violência contra as mulheres,
A tendência é que o Brasil esteja alinhado a sendo que 80% está relacionado a denúncias de violência
Israel, contra ações que tendem a privilegiar a doméstica.
comunidade palestina. O crime de femicídio é previsto em lei desde 2015
e seu conceito está ligado a desigualdade ou crime
hediondo com base no gênero. Em 10 anos, houve
FIQUE ATENTO! aumento de mais 6,4% nos casos de assassinatos contra
Demais países consideram Tel Aviv como as mulheres.
capital administrativa, justamente, para evitar
intensificação da crise entre palestinos e
#FicaDica
israelenses na disputa por Jerusalém, terra
sagrada para ambos e, também, para a A mídia retratou em junho de 2018 um caso
comunidade cristã em todo o mundo. marcante dessa natureza, onde o biólogo Luiz
Felipe Manvaile foi acusado de matar a mulher,
Tatiana Spitzner. A vítima caiu do quarto andar
17 - Depósitos de gelo na Lua do apartamento do casal, em Guarapuava, no
De acordo com a Agência Espacial dos Estados Unidos interior do Paraná.
(Nasa, na sigla em inglês), os dois polos e algumas partes
mais escuras e geladas da Lua contam com depósitos gelo.
A descoberta ainda não explica com exatidão a presença FIQUE ATENTO!
das camadas de gelo, mas algumas hipóteses apontam
que um choque com meteoritos e cometas no satélite O canal 180 foi criado, em 2005, pela então
pode ter influenciado esse cenário. Secretaria de Políticas para as Mulheres da
A novidade é fruto de um estudo da Universidade do Presidência da República (SPM-PR), no governo
Havaí, Brown University e do Centro de Pesquisas da Nasa, Lula, com intuito de orientar as mulheres
que utilizou o equipamento Moon Mineralogy Mapper quanto a direitos e serviços. E em 2014, o canal
(M3). As análises da Nasa ainda atestam que boa parte se transformou em um dique-denúncia.
das camadas de gelo se encontra nas crateras da Lua.
Em julho deste ano também foram descobertas 12
novas Luas ao redor de Júpiter, totalizando mais de 79 19 – Ministério criado para verificar condições dos
Luas. Um dos destaques entre os satélites descobertos museus
é uma pequena Lua com somente um quilômetro de O Ministério da Cidadania criou em janeiro de 2019
diâmetro. um grupo especial para averiguar a situação dos museus
brasileiros. A ação foi motivada por acontecimentos
como o incêndio no Museu Nacional, em setembro de
#FicaDica 2018, no Rio de Janeiro. O museu mais antigo do país
Outras pesquisas já indicaram que a Lua teria trazia obras de arte raríssimas e de grande valor artístico.
tido condições de ser habitada há bilhões de O grupo vai mapear por seis meses eventuais riscos
anos. ao patrimônio. Além desse relatório, será ainda sugerido
um plano de ação para contornar situações mais críticas,
ATUALIDADES

de acordo com o orçamento disponível na pasta.


Outro local que será avaliado pelo grupo é o Parque
Olímpico da Barra da Tijuca. Parte da infraestrutura
atualmente está sem utilização.

14
https://noticias.uol.com.br/internacional/
#FicaDica ultimas-noticias/2019/01/25/omissoes-e-discurso-
O Museu Nacional possuía um dos acervos politicamente-correto-a-estreia-de-bolsonaro-em-
culturais mais importantes do mundo. davos.htm - Acesso: 28/01/2019 - 10: 37.
https://www.bbc.com/portuguese/geral-47033210 -
Acesso: 28/01/2019 - 17: 40.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/
FIQUE ATENTO!
noticia/2019/01/25/pf-investiga-ameacas-de-morte-
O Museu Nacional enfrentava anos de crise contra-jean-wyllys-do-psol.ghtml - Acesso: 28/01/2019
financeira e funcionava com orçamento - 18: 48.
bastante limitado. https://ultimosegundo.ig.com.br/
mundo/2019-01-28/papa-francisco-educacao-sexual.
html - Acesso: 28/01/2019 - 19: 08
Referências h t t p s : / / b r a s i l . e l pa i s . c o m / b r a s i l / 2 0 1 9 / 0 1 / 2 1 /
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e-japao-de-visto-de-visita-ao-brasil.ghtml - Acesso: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/28/
29/03/2019 – 12: 38. ministerio-cria-grupo-para-verificar-condicoes-de-
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/ museus-bibliotecas-e-imoveis-tombados.ghtml - Acesso:
noticia/2019-03/presidente-avalia-abrir-escritorio-de- 28/01/2019 - 20: 29
negocios-em-jerusalem - Acesso: 29/03/2019 – 12: 27.
h t t p s : / / b r a s i l . e l pa i s . c o m / b r a s i l / 2 0 1 9 / 0 3 / 2 6 /
ciencia/1553590322_699400.html Acesso: 29/03/2019 –
12: 13. EXERCÍCIOS COMENTADOS
https://br.reuter s.com/ar ticle/internetNews/
idBRKCN1R72GB-OBRIN– Acesso: 29/03/2019 – 11: 57.
https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/ Polícia Militar/MA - 1° Tenente PM - Psicólogo -CES-
noticia/2019/03/27/barragem-da-vale-em-macacos- PE /2017.
entra-em-alerta-maximo-para-risco-de-rompimento-e- O vertiginoso processo de urbanização no Brasil deu
sirenes-serao-acionadas.ghtml – Acesso: 29/03/2019 – origem, em poucas décadas, a centros urbanos de todo
10: 27. porte, que, espalhados pelo país, passaram a ordenar os
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/estamos- fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais
um-pouco-abandonados-em-brumadinho-diz-prefeito no território brasileiro, configurando uma complexa rede
,4d6a7f312e1a33ec637b9bbf18da1e64v7pcxxe0.html – geográfica de cidades. Com relação ao texto apresenta-
Acesso: 01/03/2019 – 10: 27. do e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue os
https://noticias.uol.com.br/tecnologia/noticias/ seguintes itens.
e f e / 2 0 1 8 / 1 1 / 1 5 / c h i n a - c o m e c a - a - e x p l o r a r- As cidades que apresentam maior grau de complexidade
desenvolvimento-da-tecnologia-movel-6g.htm - – socioeconômica e polarizam todo o território brasileiro
Acesso: 01/03/2019 – 10: 28. e parte da América do Sul são as metrópoles nacionais.
https://jornal.usp.br/atualidades/venezuela-fecha-
fronteira-com-paises-vizinhos-e-clima-de-hostilidade- ( ) Certo ( ) Errado
aumenta/ - Acesso: 01/03/2019 – 10:44.
https://macmagazine.uol.com.br/2019/02/21/apple- Resposta: Certo. Metrópoles como São Paulo, Rio de
e-goldman-sachs-deverao-lancar-cartao-de-credito- Janeiro e Belo Horizonte apresentam cenários socioe-
ainda-este-ano/ - Acesso: 01/03/2019 – 11: 00. conômicos complexos e disparidades sociais, além de
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/01/ serem regiões bem populosas.
jorge-paulo-lemann-perde-o-posto-de-homem-mais-
rico-do-brasil-para-joseph-safra-diz-forbes.ghtml - Polícia Militar/MA - 1° Tenente PM - Psicólogo -CES-
Acesso: 01/03/2019 – 11: 29. PE /2017.
https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/ A desconcentração espacial das atividades econômicas,
noticia/2019/01/28/buscas-por-sobreviventes-seguem- a partir de 1990, promoveu o crescimento das cidades
pelo-4o-dia-em-brumadinho-mg.ghtml - Acesso: médias.
28/01/2019 - 09:43.
https://www.em.com.br/app/noticia/ ( ) Certo ( ) Errado
gerais/2019/01/25/interna_gerais,1024585/tragedia-
em-brumadinho-pode-ser-pior-que-em-mariana-diz- Resposta: Certo. Foi um período marcado pela des-
pesquisador.shtml - Acesso: 28/01/2019 - 09:50. centralização populacional, com saída do campo em
ATUALIDADES

https://veja.abril.com.br/mundo/juan-guaido- direção às cidades.


convoca-novos-protestos-e-pede-visita-de-comissaria-
da-onu/ - Acesso: 28/01/2019 -10: 10.

15
PF- Escrivão – CESPE/2013 PF- Escrivão – CESPE/2013
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de
São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na- quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na-
cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi- cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi-
ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa
e Votuporanga. e Votuporanga.
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois, O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte. as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte.
Seis dias depois, as maiores manifestações se concen- Seis dias depois, as maiores manifestações se concen-
traram nas cidades que receberam jogos da Copa das traram nas cidades que receberam jogos da Copa das
Confederações, como Belo Horizonte. Confederações, como Belo Horizonte.
O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adapta- O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com
ções). adaptações).

Considerando o texto acima e a amplitude do tema por Considerando o texto acima e a amplitude do tema por
ele focalizado, julgue os itens. ele focalizado, julgue os itens.
Ainda que as opiniões sobre as manifestações de junho A convocação, pelo Poder Executivo, de uma assembleia
de 2013, no Brasil,se distingam em vários aspectos,os constituinte exclusiva para promover uma ampla reforma
analistas políticos convergem para o seguinte entendi- política foi uma evidente resposta do governo brasileiro
mento: essas manifestações populares em nada diferem às manifestações que tomaram conta de centenas de ci-
dos movimentos das Diretas-Já e dos Caras-Pintadas. dades brasileiras.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado

Resposta: Errado. Essas mobilizações ainda são centro Resposta: Errado. A implantação da assembleia cons-
de discussões e, de fato, embora houvesse compara- tituinte não aprovada nessa ocasião. Uma das justifi-
ção com Diretas Já e Caras-pintadas, não se configura cativas do governo federal na época era de que não
em um mesmo movimento. Isso porque os protestos havia tempo hábil para essa mudança.
de junho acabaram abraçando várias causas e deman-
das, enquanto que ambos os movimentos citados de- PF- Perito Criminal – CESPE/2009
fendiam bandeiras específicas, sem pulverização. Com relação à Usina Hidrelétrica de Itaipu e ao acordo
firmado entre Brasil e Paraguai, em julho de 2009, no
PF- Escrivão – CESPE/2013 qual são revistas cláusulas do Tratado de Itaipu, julgue os
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de itens que se seguem
São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As Por esse acordo, o Paraguai tornou-se sócio minoritário
quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na- da Usina Hidrelétrica de Itaipu, com 30% de participação
cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi- nos lucros advindos da distribuição de energia elétrica,
ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa em razão de as águas da represa terem inundado parte
e Votuporanga. do território paraguaio.
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte. ( ) Certo ( ) Errado
Seis dias depois, as maiores manifestações se concentra-
ram nas cidades que receberam jogos da Copa das Con- Resposta: Errado. A usina pertence a ambos os paí-
federações, como Belo Horizonte. O Estado de S.Paulo, ses de forma igualitária.
30/6/2013, p. A10 (com adaptações).
Considerando o texto acima e a amplitude do tema por PF- Perito Criminal /CESPE-2013
ele focalizado, julgue os itens. Embora com alguma va- No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro de
riação de cidade para cidade, as manifestações citadas São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. As
no texto foram organizadas para protestar contra as de- quatro manifestações seguintes atraíram a atenção na-
ficiências dos serviços prestados pelo poder público, no- cional. No dia 17, manifestantes de outras capitais aderi-
tadamente nas áreas de transporte, saúde, educação e ram às manifestações. Também começam atos em Viçosa
segurança. e Votuporanga.
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois,
( ) Certo ( ) Errado as autoridades começam a baixar as tarifas de transporte.
Seis dias depois, as maiores manifestações se concen-
Resposta: Certo. Esses temas foram uma das deman- traram nas cidades que receberam jogos da Copa das
ATUALIDADES

das pedidas nas ruas naquela ocasião. Por isso, a res- Confederações, como Belo Horizonte.
posta está correta. O Estado de S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adapta-
ções).

16
Nas duas maiores cidades brasileiras — São Paulo e Rio Ao relatar que os países latino-americanos cumpriram
de Janeiro —, o problema das tarifas do transporte pú- “grande parte de suas tarefas econômicas” nos últimos
blico permanece insolúvel visto que a fixação desses anos, o texto permite supor a existência de algum tipo
valores depende de lei a ser votada pelas respectivas de receituário que a região deveria seguir para se moder-
câmaras municipais e assembleias legislativas estaduais. nizar e se desenvolver.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado

Resposta: Errado. Na ocasião, os governos de am- Resposta: Certo. A lógica retratada se refere a mer-
bas as cidades mantiveram o preço da tarifa estável, cados que funcionem bem e não contribuam para in-
conforme reivindicação defendida nas manifestações. tensificar a desigualdade social e governos com ações
sociais relevantes.
PF- Perito Criminal – CESPE/2013
No dia 6 de junho, os protestos começaram no centro PF-Delegado- CESPE/2004
de São Paulo, com cerca de cento e cinquenta pessoas. Mais de 340 pessoas — entre elas 155 crianças — morre-
ram no desfecho trágico da tomada de reféns na escola
As quatro manifestações seguintes atraíram a atenção
de Beslan. Funcionários dos hospitais da região indicam
nacional. No dia 17, manifestantes de outras capitais
que pelo menos 531 pessoas foram hospitalizadas, das
aderiram às manifestações. Também começam atos em
quais 336 eram crianças.
Viçosa e Votuporanga.
O presidente russo Vladimir Putin culpou o terror inter-
O dia 20 de junho foi o auge dos protestos. Logo depois, nacional pelo ataque, após visitar o local do massacre e
as autoridades começam a baixar as tarifas de transpor- ordenar o fechamento das fronteiras da região da Ossé-
te. Seis dias depois, as maiores manifestações se con- tia do Norte, para evitar a fuga de um número indefinido
centraram nas cidades que receberam jogos da Copa de terroristas que escapou. Para especialistas ocidentais,
das Confederações, como Belo Horizonte. O Estado de a operação das forças de segurança russas foi um fiasco
S.Paulo, 30/6/2013, p. A10 (com adaptações). total. Mortos no massacre passam de 340. In: O Estado
A condenação dos gastos feitos pelo Brasil para se- de S. Paulo, 5/9/2004, capa (com adaptações)
diar duas grandes competições promovidas pela FIFA, a Tendo o texto acima como referência inicial e consideran-
Copa das Confederações e a Copa do Mundo, tornou-se do algumas características marcantes do mundo contem-
bandeira presente em muitas das manifestações a que o porâneo, julgue os itens que se seguem.
texto alude, algumas das quais transformadas em atos A hipotética presença de terroristas árabes — anunciada
de violência e vandalismo. pelo governo russo — no episódio focalizado no texto
indica que, pela primeira vez depois do 11 de setembro
( ) Certo ( ) Errado de 2001, esses terroristas resolveram atacar no Ocidente,
escolhendo um alvo estratégico e de grande visibilidade
Resposta: Certo. Uma das bandeiras utilizadas foram internacional.
os gastos com a Copa. Os manifestantes utilizaram
muito mensagens como “Não vai ter Copa” e fizeram ( ) Certo ( ) Errado
críticas quanto aos gastos, os quais poderiam ser di-
recionados à educação e saúde, na opinião deles. Resposta: Errado. A questão na Ossétia do Norte é
algo bem específica e regional, envolvendo Rússia e
PF-Delegado- CESPE/2004 Geórgia. Não se compara a dimensões de conflitos de
Nos últimos 13 anos, a América Latina cumpriu grande impacto global.
parte de suas tarefas econômicas. Mesmo assim, a de-
sigualdade e a pobreza aumentaram na região. O diag-
nóstico é da Comissão Econômica para a América Latina
e o Caribe (CEPAL), que propõe para a região uma nova
estratégia de desenvolvimento produtivo. Para o secre-
tário executivo do órgão das Nações Unidas, a maior in-
tegração da região foi um ganho dos últimos anos.
Sua aposta para reduzir a forte desigualdade que ainda
existe é a união de crescimento econômico com pro-
teção social. Ele propôs a substituição do conceito de
mais mercado e menos Estado por uma visão que apon-
ta para “mercados que funcionem bem e governos de
melhor qualidade”. América Latina cresceu sem dividir.
ATUALIDADES

In: Jornal do Brasil, 25/6/2004, p. 19A (com adaptações).


Tendo o texto acima como referência inicial e conside-
rando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os
itens subseqüentes.

17
ANOTAÇÕES

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ATUALIDADES

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18
ÍNDICE

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA


MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010.............01
MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas,
marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices,
inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto...................................................................................................................................11
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas
e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados ..............................................................................................19
MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés,
noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e
transição entre slides.............................................................................................................................................................................................................31
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ..............................................39
Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. ............................................................43
10 Home vai contar com a maioria das funcionalidades já
MS-WINDOWS 10: CONCEITO DE PAS- apresentadas: Cortana como assistente pessoal, navega-
TAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATA- dor Microsoft Edge, o recurso Continuum para os apare-
LHOS, ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE lhos compatíveis, Windows Hello (reconhecimento facial,
TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE de íris e de digitais para autenticação), stream de jogos
ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, do Xbox One e os apps universais, como Photos, Maps,
PROGRAMAS E APLICATIVOS, INTERA- Mail, Calendar, Music e Video.
ÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATI-
Windows 10 Pro:
VOS MS-OFFICE 2010.
Assim como a Home, essa versão também é destina-
da para os PCs, notebooks, tablets e dispositivos 2 em 1.
A versão Pro difere-se do Home em relação à certas fun-
O Microsoft Windows é um sistema operacional, isto cionalidades que não estão presentes na versão mais
é, um conjunto de programas (software) que permite ad- básica. Essa é a versão recomendada para pequenas em-
ministrar os recursos de um computador. presas, graças aos seus recursos para segurança digital,
É importante ter em conta que os sistemas opera- suporte remoto, produtividade e uso de sistemas basea-
cionais funcionam tanto nos computadores como em dos na nuvem. Disponível gratuitamente para atualiza-
outros dispositivos eletrônicos que usam microprocessa- ção (durante o primeiro ano de lançamento) para clientes
dores (Smartphones, leitores de DVD, etc.). No caso do licenciados do Windows 7 e do Windows 8.1. A versão
Windows, a sua versão padrão funciona com computa- para varejo ainda não teve seu preço revelado.
dores embora também existam versões para smartpho-
nes (Windows Mobile). Windows 10 Enterprise
A Microsoft domina comodamente o mercado dos Construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10
sistemas operacionais, tendo em conta que o Windows Enterprise é voltado para o mercado corporativo. Os al-
está instalado em mais de 90% dos computadores liga- vos dessa edição são as empresas de médio e grande
dos à Internet em todo o mundo. porte, e o SO apresenta capacidades que focam espe-
Entre as suas principais aplicações (as quais podem cialmente em tecnologias desenvolvidas no campo da
ser desinstaladas pelos usuários ou substituídas por ou- segurança digital e produtividade. A proteção dos dispo-
tras semelhantes sem que o sistema operacional deixe de sitivos, aplicações e informações sensíveis às empresas é
funcionar), destacaremos o navegador Internet Explorer o foco dessa variante.
(a partir do Windows 10, o novíssimo Edge), o leitor mul- A edição vai estar disponível através do programa de
timídia Windows Media Player, o editor de imagens Paint Licenciamento por Volume, facilitando a vida dos consu-
e o processador de texto WordPad. midores que têm acesso a essa ferramenta. O Windows
A principal novidade que o Windows trouxe desde as Update for Business também estará presente aqui, jun-
suas origens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de tamente com o Long Term Servicing Branch, como uma
utilização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa opção de distribuição de updates de segurança para si-
como “janelas”) deve-se precisamente à forma sob a qual tuações e ambientes críticos.
o sistema apresenta ao usuário os recursos do seu com-
putador, o que facilita as tarefas diárias. Windows 10 Education:
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a ver-
de interface do usuário, exibindo a saída do sistema ou são Education é destinada a atender as necessidades
permitindo a entrada de dados. Uma interface gráfica do meio educacional. Os funcionários, administradores,
do usuário que use janelas como uma de suas principais professores e estudantes poderão aproveitar os recursos
metáforas é chamada sistema de janelas, como um ge- desse sistema operacional que terá seu método de dis-
renciador de janela. tribuição baseado através da versão acadêmica de licen-
As janelas são geralmente apresentadas como obje- ciamento de volume.
tos bidimensionais e retangulares, organizados em uma
área de trabalho. Normalmente um programa de com- Windows 10 Mobile
putador assume a forma de uma janela para facilitar a O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos
assimilação pelo usuário. Entretanto, o programa pode de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ser apresentado em mais de uma janela, ou até mesmo como smartphones e tablets. Essa edição vai contar com
sem uma respectiva janela. os mesmos apps incluídos na versão Home, além de uma
versão do Office otimizada para o toque. O Continuum
Sobre as diferentes versões também vai marcar presença nos dispositivos que forem
O Windows apresenta diversas versões através dos compatíveis com a funcionalidade.
anos e diferentes opções para o lar, empresa, dispositivos
móveis e de acordo com a variação no processador. Windows 10 Mobile Enterprise:
Projetado para smartphones e tablets do setor cor-
Windows 10 Home porativo. Essa edição também estará disponível através
Edição do sistema operacional voltada para os con- do Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas
sumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e no- vantagens do Windows 10 Mobile com funcionalidades
tebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”. O Windows direcionadas para o mercado corporativo.

1
Windows 10 IoT Core
Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft pro-
mete que haverá edições para dispositivos como caixas
eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
atendimento para o varejo e robôs industriais – todas
baseadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mo-
bile Enterprise. O Windows 10 IoT Core – que contém
em seu nome a sigla em inglês para Internet das Coi-
sas – vai ser destinado para dispositivos pequenos e de
baixo custo.

Windows 10
Windows 10 é a mais recente versão do sistema ope-
racional da Microsoft. Multiplataforma, o download do
software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windo-
ws Update) e dispositivos móveis (Windows 10 mobi- Microsoft Edge
le) como smartphones e tablets. A versão liberada para A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas
computadores (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a neste artigo é o navegador Microsoft Edge. O navegador
interface clássica do Windows 7 com o design renovado substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão
do Windows 8 e 8.1, criando um ambiente versátil capaz do Windows.
de se adaptar a telas de todos os tamanhos e perfei- O novo navegador foi desenvolvido como um app
to para uso com teclado e mouse, como o tradicional Universal e receberá novas atualizações através da Win-
desktop. dows Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderi-
zação de páginas conhecido também pelo nome Edge,
Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades: inclui suporte para HTML5, Dolby Audio e sua interface
se ajusta melhor a diferentes tamanhos de tela.
Menu Iniciar Com ele os usuários também poderão fazer anota-
O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava ções em sites da Web (imagem abaixo) e até mesmo usar
toda a área do monitor. Muitos usuários não consegui- a Cortana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana
ram se adaptar muito bem e isto fez com que a Micro- navegue na Web com você e assim encontre informações
soft trouxesse o menu Iniciar de volta no Windows 10. úteis que podem te ajudar.
Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários po-
dem fixar tanto os aplicativos tradicionais como os apli-
cativos disponibilizados através da Windows Store.
O menu também pode ser expandido automatica-
mente no modo Tablet para se comportar como a tela
inicial do Windows 8 e 8.1.

Por exemplo, se você visita o site de um restauran-


te, a Cortana encontrará informações como horários de
funcionamento, telefone, endereço e até mesmo reviews.
Você também poderá fazer perguntas para a Cortana
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

durante a navegação.
Cortana
A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Mi- Áreas de trabalho virtuais
crosoft no Windows Phone 8.1. Com o Windows 10, ela O suporte para áreas de trabalho virtuais é uma das
também estará presente nos PCs. 10 novidades no Windows 10 listadas neste artigo. Com
A Cortana permitirá que os usuários façam chama- este recurso, os usuários podem manter múltiplas áreas
das no Skype, verifiquem o calendário, agendem e ve- de trabalho com programas específicos abertos em cada
rifiquem compromissos agendados, definam lembretes, uma delas. Por exemplo, você pode deixar uma janela
configurem o alarme, tomem notas e muito mais. do Internet Explorer visível em uma área de trabalho en-
Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do quanto trabalha no Word em outra.
Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve variar depen-
dendo da região.

2
Vale lembrar que este recurso já foi oferecido no Win-
dows XP através de um Power Toy chamado Virtual Desk-
top Manager. Um detalhe é que este PowerToy suporta
no máximo de quatro áreas de trabalho virtuais, enquan-
to que no Windows 10 é possível criar muitas (20+).

Continuum
O modo Continuum foi criado para uso em aparelhos
híbridos que combinam tablet e notebook. Com este
modo o usuário pode alternar facilmente entre o uso
do híbrido como tablet e como notebook, basicamente
combinando a simplicidade do tablet com a experiência
de uso tradicional.

Novos aplicativos Email e Calendário


Os novos aplicativos Email e Calendário trazem uma
interface melhorada e oferecem mais recursos do que as
atuais versões para Windows 8.1.
No caso do aplicativo Email, ele conta com um editor
de texto mais rico baseado no app Universal do Word
para Windows 10 e também permite que o usuário utilize
um plano de fundo personalizado para o app.

Quando o usuário usa um híbrido como o HP Pavil-


lion x360 ou o Lenovo YOGA, por exemplo, o Windows
10 pode ser configurado para que entre no modo Ta-
blet automaticamente. Com isso não é necessário perder
tempo mexendo nas configurações quando for necessá-
rio usar o híbrido como tablet ou como notebook.
O modo Continuum também estará presente no Win-
dows 10 Mobile, a versão do novo sistema operacional
da Microsoft para smartphones e tablets pequenos.
Durante uma demonstração em abril, a Microsoft
conectou um smartphone Lumia a um monitor e a um
teclado Bluetooth para usar o aparelho em um modo
que oferece mais produtividade. Com isso o smartpho- Já o app Calendário ganhou uma interface bem mais
ne basicamente se transformou em um PC com área de intuitiva que a da versão para Windows 8.1, permitindo
trabalho e tudo. que o usuário crie compromissos e alterne entre modos
dia/semana/mês mais facilmente.
Nova Windows Store
Além de oferecer aplicativos Universais e jogos, a
nova Windows Store inclui a nova seção Filmes & TV. A
Microsoft também já confirmou que ela também ofere-
cerá aplicativos Win32 tradicionais.
Outra novidade é a nova “Windows Store for Busi-
ness”, que oferecerá aplicativos para usuários finais e
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

aplicativos privados voltados para ambientes corporati-


vos e organizações.
Por exemplo, uma escola poderá definir um conjunto
específico de aplicativos que serão instalados nos com-
putadores disponíveis para os alunos.

08 – Central de Ações Novo Painel de Controle moderno


A Central de Ações é a nova central de notificações do A última das 10 novidades no Windows 10 listadas
Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de neste artigo é o novo Painel de Controle moderno do
Ações do Windows Phone 8.1 e também oferece acesso sistema operacional. Ele oferece bem mais opções que a
rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rota- versão moderna presente no Windows 8.1, o que é uma
ção e VPN. boa notícia para os usuários.

3
Para chegar lá, clique em “Este PC” - que é o novo
nome do Meu Computador. Então, uma lista de subpas-
tas vai se abrir. Selecione Documentos. Para selecionar
qualquer pasta na área de navegação, basta clicar uma
vez. Para abrir pastas e arquivos na área principal, clique
duas vezes.

O Explorador de Arquivos é um recurso do Windows


que permite gerenciar arquivos e pastas. Nesse tutorial,
você vai descobrir como usar esse recurso dentro do
Windows 10, a versão mais recente do sistema operacio-
nal, vendo o que mudou e o que permaneceu o mesmo
no mais novo sistema operacional da Microsoft.
No topo da janela do Explorador de Arquivos há vá-
File Explorer - Explorando Arquivos no Windows 10 rios menus e controles úteis. Os controles avançar e vol-
tar, representados por uma seta para a frente ou para trás,
podem levá-lo de volta para a tela anterior ou seguinte.
Próximo a eles, logo antes da barra de endereço do
Explorador de Arquivos, há uma seta para cima. Essa op-
ção vai levá-lo um nível acima. Vamos supor que você
esteja na pasta de Trabalho, dentro da pasta Documen-
tos. Clicar nesse botão vai levá-lo à pasta Documentos,
mesmo que não estivesse nela antes.
Nessa mesma área há um campo de busca. Digite
nele para procurar arquivos em qualquer lugar do seu
computador ou dentro das pastas que você estiver ex-
plorando.

Comece abrindo o Explorador de Arquivos através do


atalho na barra de tarefas. Ele é sinalizado por um ícone
de pastinha, próximo à ferramenta de Pesquisa do Win-
dows 10. A janela que vai se abrir é dividida em duas
áreas. A área da esquerda permite navegar entre várias
pastas, como downloads, fotos ou músicas do seu siste-
ma operacional. A pasta Documentos é onde a maioria
dos seus arquivos estará gravado.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Você irá notar que alguns comandos mudam, depen-


dendo do conteúdo da pasta. Por exemplo, quando você
abre a pasta Música, o menu se adapta para trazer as
opções de reproduzir um arquivo ou reproduzir todos.
Na barra de endereços também há atalhos para mu-
dar de uma pasta para outras. Na frente de cada “passo”
do endereço você poderá ver uma setinha. Clique nela
para abrir um menu suspenso com outras pastas que
você pode abrir diretamente.

4
A opção Painel de Visualização permite ver apenas
uma miniatura do arquivo. Enquanto isso, a opção Pai-
nel de Detalhes inclui também muitas informações sobre
os arquivos. Clique em cima de alguns desses detalhes,
como autor ou artista, para editar as informações dire-
tamente.

Você pode controlar a maneira como os ícones são


exibidos na área principal do Explorador de Arquivos.
Essa opção fica no menu Exibir. As formas de visualização Onde ficam os documentos?
incluem ícones extra-grandes, grandes, médios, peque- Qualquer coisa que exista no seu computador está
nos, lista, conteúdos e detalhes. Basta colocar o mouse armazenada em algum lugar e de maneira hierárquica.
sobre cada uma para ver um preview. Em cima de tudo, estão os dispositivos que são, basica-
mente, qualquer peça física passível de armazenar algu-
ma coisa. Os principais dispositivos são o disco rígido;
CD; DVD; cartões de memória e pendrives.
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço
disponível limitada, que pode ser dividida em pedaços
chamados partições. Assim, cada uma destas divisões é
exibida como umaunidade diferente no sistema. Para que
a ideia fique clara, o HD é um armário e aspartições são
as gavetas: não aumentam o tamanho do armário, mas
permitem guardar coisas de forma independente e/ou
organizada.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez,
contém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, po-
dem ter mais arquivos... e assim, sucessivamente. A orga-
A visualização em detalhes permite enxergar facil- nização de tudo isso é assim:
mente diversas informações sobre os arquivos e partas
– por exemplo, data de modificação, tipo de arquivo, ta-
manho e outros. Quando estiver usando a visualização
em detalhes, você pode personalizar as informações que
são exibidas. Clique com o botão direito sobre uma co-
luna para exibir um menu suspenso com diversas opções
de dados; para acrescentar ou retirar um, clique sobre
ele. A opção “More”, no final da lista, traz centenas de
outros metadados. É claro que alguns podem não estar
disponíveis, dependendo do tipo de conteúdo.
Quando uma pasta tiver muitos arquivos, você pode
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

organizar os dados para tornar mais fácil localizar algum


item específico. Uma maneira de fazer isso é escolhendo
qual vai ser o critério de organização; por exemplo, data
de criação. Então, clique sobre o título da coluna de da-
dos correspondente, e todos os itens serão organizados.
Ao lado do título da coluna surgirá uma seta: se ela apon-
tar para cima, a organização será crescente, e se apontar
para baixo, será decrescente.
Ainda no menu Exibir. você tem duas opções de previ-
sualização. Elas permitem abrir uma área na lateral direita
do Explorador de Arquivos para ver prévias de arquivos
antes de abri-los. Essa opção funciona principalmente
para imagens ou arquivos em PDF.

5
1. Dispositivos 2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:;
o leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras
podem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Este
Computador”, como na figura abaixo:

São todos os meios físicos possíveis de gravar ou sal-


var dados. Existem dezenas deles e os principais são:
HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele
está tudo: o sistema operacional, seus documentos, pro-
gramas e etc.
DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gra-
var vídeos e com um espaço disponível menor.
Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio
de entradas USB. Têm como vantagem principal o tama- A conta não fecha? Aparecem mais unidades do
nho reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade que você realmente tem? Então, provavelmente, o seu
de armazenamento. HD está particionado: o armário e as gavetas, lembra?
Cartões de Memória: como o próprio nome diz, são Uma partição são unidades criadas a partir de pedaços
pequenos cartões em que você grava dados e são pra- de espaço de um disco. Para que você tenha uma ideia,
ticamente iguais aos Pendrives. São muito usados em o gráfico abaixo mostra a divisão de espaço entre três
notebooks, câmeras digitais, celulares, MP3 players e partições diferentes:
ebooks. Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um
leitor instalado na máquina. Os principais são os cartões
SD, Memory Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil: são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (ge-
ralmente) e têm uma grande capacidade de armazena-
mento.
Disquete: se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito
a armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e
de curta durabilidade.
3. Pastas
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di-
retórios - não contém informação propriamente dita e
sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é or-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ganizar tudo o que está dentro de cada unidade.

4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem me-
nos. Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspon-
dente. Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens,
programas, músicas e etc.

6
Também há arquivos que não nos dizem muito como, Assim, para que um consumidor não fique decepcio-
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas nado ao abrir seu novo computador, a Microsoft incluiu
que são muito importantes porque fazem com que o alguns softwares aplicativos no pacote Windows. Eles
Windows funcione. Neste caso, são como as peças do não são “o Windows”, mas acompanham o Sistema Ope-
motor de um carro: elas estão lá para que o carango racional Windows e, a esse conjunto de aplicativos, foi
funcione bem. dado o nome de Acessórios do Windows.

Como acessar os Acessórios do Windows


Através do botão Iniciar do Windows, clicando a se-
quência:
Botão Iniciar > Todos os Programas > Acessórios (ver-
sões anteriores ao Windows 10)
No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você lo-
calizará na ordem alfabética (veja imagem).
O navegador Internet Explorer é um exemplo. Além
5. Atalhos dele, a Microsoft vem mantendo e atualizando uma lista
de aplicativos.

O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida


de abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como as-
sim? Um atalho não tem conteúdo algum e sua única
função é “chamar o arquivo” que realmente queremos e
que está armazenado em outro lugar.
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar
na área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que in-
dicativa se tratar de um “caminho mais curto”. Para que
você tenha uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do
que um aglomerado de atalhos.
Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arqui- Principais Acessórios do Windows 10
vo original fica intacto.
Existem outros, outros poderão ser lançados e in-
6. Bibliotecas do Windows 7 crementados, mas os relacionados a seguir são os mais
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista populares:
básica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem - Assistência Rápida
apenas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias - Bloco de Notas
pastas. - Calculadora
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em - Ferramenta de Captura
“C:\Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles - Internet Explorer
na biblioteca de música. - Mapa de Caracteres
- Paint
- Windows Explorer
- WordPad
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Vantagens dos Acessórios do Windows


Algumas pessoas desprezam esses programas por
acharem que são muito simples. Na verdade, trata-se de
preconceito por falta de capacitação adequada.
São fáceis de aprender
Acessórios do Windows são aplicativos Rápidos para carregar
Como pôde ver, computadores necessitam de Siste- De excelente qualidade
ma Operacional para funcionar. Porém, sem softwares Tão úteis quanto a calculadora, bloco de papel, pos-
aplicativos de nada serviriam. Se você adquirisse um tits e outros itens que você encontra numa mesa de es-
computador com Windows, mas não adquirisse nenhum critório.
software aplicativo (processador de textos, planilha ele- São encontrados em quaisquer computadores com
trônica, ....), seu computador seria totalmente inútil. Windows.

7
Bloco de Notas Ferramenta de Captura

Para você ter uma idéia, a Ferramenta de Captura (Sni-


pping Tool), é de uma simplicidade incrível, mas extrema-
mente útil.
Com a Ferramenta de Captura você copia e salva
O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem qualquer parte da sua tela, transformando num arqui-
formatação (significa que você não poderá sublinhar, in- vo png ou jpg, por exemplo.
serir imagens e outros recursos).
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tor- Área de transferência
nando-se ideal para tomar notas ou salvar conversas em Área de transferência (conhecida popularmente como
chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não copiar e colar) é um recurso utilizado por um sistema ope-
disponibiliza um recurso para salvar). racional para o armazenamento de pequenas quantidades
Também funciona para editar programas de compu- de dados para transferência entre documentos ou aplicati-
tador, como códigos emHTML, ASP, PHP, etc. vos, através das operações de cortar, copiar e colar bastan-
do apenas clicar com o botão direito do mouse e selecio-
WordPad nar uma das opções. O uso mais comum é como parte de
uma interface gráfica, e geralmente é implementado como
blocos temporários de memória que podem ser acessados
pela maioria ou todos os programas do ambiente. Imple-
mentações antigas armazenavam dados como texto plano,
sem meta informações como tipo de fonte, estilo ou cor.
As mais recentes implementações suportam múltiplos for-
matos de dados, que variam entre RTF e HTML, passando
por uma variedade de formatos de imagens como bitmap
e vetor até chegar a tipos mais complexos como planilhas
e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Trans-
ferência
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Ctrl+X para cortar informação para a Área de Trans-


ferência
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência
Diferente do Bloco de Notas, o WordPad (substituto
do Write) é um editor de textos mais sofisticado. Pode- Integração do office 2016 com Windows 10
mos dizer, uma “miniatura do Word”, inclusive, com mui- O Office 2016 é a primeira versão do programa desde
tas compatibilidades. o lançamento do Windows 10, com alguns truques incor-
É uma alternativa gratuita para criar e/ou editar docu- porados a ele como o Windows Hello que é um acumu-
mentos, como contratos, por exemplo, mesmo que tenha lado de identificadores biométricos que podem ou não
sido criado originalmente no Word. estar presentes na máquina, como leitores digitais e íris.
Muitos concursos e exames de progressão exigem o O outro é o assistente digital da Microsoft (Cortana), po-
conhecimento do WordPad rem ainda não está disponível no Brasil.

8
Comentários: Para desinstalar um programa de forma
segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicio-
nar ou remover programas
Resposta – Letra A

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-


formações estão contidas em arquivos de vários forma-
tos, que são armazenados no disco fixo ou em outros
tipos de mídias removíveis do computador, organizados
em:

(A) telas.
O Office 2016 (que também é compatível com as ver- (B) pastas.
sões 7 e 8 do Windows), está completamente otimiza-
(C) janelas.
do para extrair o máximo do Windows 10, criando uma
(D) imagens.
solução ideal de produtividade. Uma das possibilidades
(E) programas.
está com o novo recurso Windows Hello, que facilita o
processo de login no computador por meio de reconhe-
cimento facial, da íris ou da impressão digital. Ele pode Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
ser usado também para acessar o Office de forma segura bem clara a organização por meio de PASTAS, que
e simples (mas exige uma câmera especial para isso). nada mais são do que compartimentos que ajudam
Graças ao Windows 10, os novos aplicativos do Office a organizar os arquivos em endereços específicos,
para mobile contam com uma interface ótima para telas como se fosse um sistema de armário e gavetas.
de toque e são universais, o que os torna excelentes para Resposta: Letra B
o recurso Continuum do sistema operacional. A função
permite que novos smartphones com o sistema da Mi- 3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído
crosoft possam ser utilizados como PCs por meio de um permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressio-
dock específico para conectá-lo a um monitor, permitin- nando-se simultaneamente as teclas
do a liberdade que o teclado e mouse proporcionam –
mas ainda não foi oficialmente lançado. (A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
EXERCÍCIOS COMENTADOS (E) Ctrl + X.

Comentário: Quando desejamos excluir permanente-


1- Com relação ao sistema operacional Windows, assina- mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar
le a opção correta. antes para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift
em conjunto com a tecla Delete. O Windows exibirá
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve uma mensagem do tipo “Você tem certeza que dese-
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de ja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés
Controle, de modo a garantir a correta remoção dos de “Você tem certeza que deseja enviar este arquivo
arquivos relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao para a lixeira?”.
sistema operacional. Resposta: C
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DE-
LETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de ar-
aos diretórios de programas instalados na máquina quivos, sem que haja perda de informação?
em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de (A) Compactação
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

um computador, pois bastam o nome do usuário e a (B) Deleção


senha da máquina para se ter acesso às contas dos (C) Criptografia
demais usuários possivelmente cadastrados nessa má- (D) Minimização
quina. (E) Encolhimento adaptativo
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios dis-
poníveis por meio da instalação do pacote Office, en- Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
tre eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compac-
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão tados podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e
Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o alguns exemplos de programas compactadores são o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
na máquina e, em seguida, desligar o computador. Resposta: A

9
05- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.

(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel
de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do Windows.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modi-
ficação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso
direto a elas.
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o
botão direito do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca
Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas à Internet.

Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e
Detalhes.
Resposta: B

Fonte:
http://www.baboo.com.br/windows/10-novidades-no-windows-10/
http://ziggi.uol.com.br/blog/windows-10-explorador-de-arquivos-4671#ixzz4fZmKAUlx
https://www.ciabyte.com.br/faq/acessorios-windows.asp
https://olhardigital.uol.com.br/noticia/o-que-ha-de-novo-no-office-2016/51582
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

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MS-WORD 2010: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEX-
TOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉ-
RICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGEN-
DAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO.

EDITOR DE TEXTO

O Microsoft Word é um processador de texto que cria textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofícios,
relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que atende às necessidades de um usuário doméstico ou de uma
empresa.
O Microsoft Word é o processador de texto integrante dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares
aplicativos destinados a uso de escritório e usuários domésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
Os softwares da Microsoft Office são proprietários e compatíveis com o sistema operacional Windows.

Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 6: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 7.

Figura 7: Extensões de Arquivos ligados ao Word

11
#FicaDica
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada
guia quebram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando
ou exibem um menu de comandos.

Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo
da imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

Figura 8: Indicadores de caixa de diálogo

Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo
do grupo, contendo mais opções de formatação.
As réguas orientam na criação de tabulações e no ajuste de parágrafos, por exemplo.
Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações esquer-
da, direita, centralizada, decimal e barra.
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar
o botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira linha” e arrastá-lo pela régua.
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha dese-
jada, pressionar o botão esquerdo do mouse no “Recuo à direita” e arrastá-lo na régua.
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da esquerda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua, como
explicado anteriormente, o “Recuo deslocado”.
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o
restante do parágrafo selecionado.
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, determinar onde o cursor do mouse vai parar quando pressionar-
mos a tecla Tab.

Figura 9: Réguas

Grupo edição

Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e
selecionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que dese-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

jamos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.


Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada
em minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas
e palavra maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos
localizar a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa
opção não estiver marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o
caractere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho”
e “término”).
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:

12
Para localizar digite exemplo
Qualquer caractere único ? s?o localiza salvo e sonho.
Qualquer sequência de caracteres * t*o localiza tristonho e término.
<(org) localiza
O início de uma palavra < organizar e organização,
mas não localiza desorganizado.
(do)> localiza medo e cedo, mas não
O final de uma palavra >
localiza domínio.
Um dos caracteres especificados [] v[ie]r localiza vir e ver
[r-t]ã localiza rã e sã.
Qualquer caractere único neste intervalo [-] Os intervalos devem estar em ordem
crescente.
Qualquer caractere único, exceto os caracteres no intervalo F[!a-m]rro localiza forro, mas não lo-
[!x-z]
entre colchetes caliza ferro.
ca{2}tinga localiza caatinga, mas não
Exatamente n ocorrências do caractere ou expressão anterior {n}
catinga.
Pelo menos n ocorrências do caractere ou expressão anterior {n,} ca{1,}tinga localiza catinga e caatinga.
De n a m ocorrências do 10{1,3} localiza 10,
{n,m}
caractere ou expressão anterior 100 e 1000.
ca@tinga localiza
Uma ou mais ocorrências do caractere ou expressão anterior @
catinga e caatinga.

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 10: Estilos de Tabela

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e de-
mais itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombrea-
mento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de
uma tabela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a
seguinte tela:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 11: Bordas e sombreamento

13
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defi- Grupo Links:
nição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela:
- Nenhuma: retira a borda; Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web,
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indica-
iguais, conforme a seleção que fizermos nos de- dor pode se tornar um link dentro do próprio documento.
mais campos de opção; Referência cruzada: referência tabelas.
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções Grupo cabeçalho e rodapé:
da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da Insere cabeçal
tabela e as bordas internas permanecem iguais. hos, rodapés e números de páginas.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas
da tabela, uma cor e uma largura. Grupo texto:
- Visualização: através desse recurso, podemos defi-
nir bordas diferentes para uma mesma tabela. Por
exemplo, podemos escolher um estilo e, em visu-
alização, clicar na borda superior; escolher outro
estilo e clicar na borda inferior; e assim colocar em
cada borda um tipo diferente de estilo, com cores e
espessuras diferentes, se assim desejarmos.

A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz re-


cursos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A di-
ferença é que se trata de criar bordas na página de um Figura 13: Grupo Texto
documento e não em uma tabela.
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-forma-
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que tadas. As caixas de texto são espaços próprios para
envolve vários tipos de desenhos. inserção de textos que podem ser direcionados exa-
Alguns desses desenhos podem ser formatados tamente onde precisamos. Por exemplo, na figura
com cores de linhas diferentes, outros, porém não per- “Grupo Texto”, os números ao redor da figura, do 1
mitem outras formatações a não ser o ajuste da largura. até o 7, foram adicionados através de caixas de texto.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reuti-
no documento todo ou apenas nas sessões que dese- lizáveis, incluindo campos, propriedades de docu-
jarmos, tendo assim um mesmo documento com bordas mentos como autor ou quaisquer fragmentos de
em uma página, sem bordas em outras ou até mesmo texto pré-formado.
bordas de página diferentes em um mesmo documento. 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
como base para a assinatura de um documento.
Grupo Ilustrações: 4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no do-
cumento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no
início de cada parágrafo. É uma opção de forma-
tação decorativa, muito usada principalmente, em
livros e revistas. Para inserir a letra capitular, basta
clicar no parágrafo desejado e depois na opção
“Letra Capitular”. Veja o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular


Figura 12: Grupo Ilustrações
Guia revisão
1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

uma imagem que esteja salva no computador ou Grupo revisão de texto


em outra mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para co-
municar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar
dados.

Figura 14: Grupo revisão de texto

14
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando
pesquisas em materiais de referência como jornais, #FicaDica
enciclopédias e serviços de tradução.
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre Por exemplo, a palavra informática. Se cli-
algumas palavras é possível realizar sua tradução carmos com o botão direito do mouse so-
para outro idioma. bre ela, um menu suspenso nos será mos-
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar trado, nos dando a opção de escolher a
a correção de ortografia e gramática. palavra informática. Clicando sobre ela, a
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os palavra do texto será substituída e o texto
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. ficará correto.
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte-
rar a palavra selecionada por outra de significado Grupo comentário:
igual ou semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Novo comentário: adiciona um pequeno texto que
outro idioma. serve como comentário do texto selecionado, onde é
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica possível realizar exclusão e navegação entre os comen-
e gramatical do documento. Assim que clicamos tários.
na opção “Ortografia e gramática”, a seguinte tela
será aberta: Grupo controle:

Figura 16: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões,
exclusões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no
próprio documento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de
exibir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de
marcação a ser exibido ou ocultado no documento.
Figura 15: Verificar ortografia e gramática
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
separada.
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já
busca trechos do texto ou palavras que não se enqua-
Grupo alterações:
drem no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais
e ortográficas. Na parte de cima da janela “Verificar or-
tografia e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou pa-
lavra considerada inadequada. Em baixo, aparecerão as
sugestões. Caso esteja correto e a sugestão do Word não
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

se aplique, podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a


regra apresentada esteja incorreta ou não se aplique ao
trecho do texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar
regra”; caso a sugestão do Word seja adequada, clicamos
em “Alterar” e podemos continuar a verificação de orto-
grafia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”. Figura 17: Grupo alterações
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho,
indicando que o Word a considera incorreta, podemos 1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a
apenas clicar com o botão direito do mouse sobre ela e próxima alteração proposta.
verificar se uma das sugestões propostas se enquadra. 2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que
seja aceita ou rejeitada.

15
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
possa ser rejeitada ou aceita. #FicaDica
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-
gação para aceitação ou rejeição. Perguntas de intervalos de impressão são
constantes em questões de concurso!
Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão
do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”.
Este procedimento nos dará as seguintes opções: Word 2013
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
ra, o número de cópias e outras opções de confi- Vejamos abaixo alguns novos itens implementados
guração antes de imprimir. na plataforma Word 2013:
- Impressão Rápida – envia o documento diretamente Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para
para a impressora configurada como padrão e não
a leitura de documentos perceberá rapidamente a di-
abre opções de configuração.
ferença, pois seu novo Modo de Leitura conta com um
- Visualização da Impressão – promove a exibição do
método que abre o arquivo automaticamente no for-
documento na forma como ficará impresso, para
mato de tela cheia, ocultando as barras de ferramentas,
que possamos realizar alterações, caso necessário.
edição e formatação. Além de utilizar a setas do teclado
(ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para
a troca e rolagem da página durante a leitura, basta o
usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabe-
la ou gráfico e o mesmo será ampliado, facilitando sua
visualização. Como se não bastasse, clicando com o bo-
tão direito do mouse sobre uma palavra desconhecida, é
possível ver sua definição através do dicionário integra-
do do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um
documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao
Adobe Acrobat. Em seu novo formato, o Word é capaz
de converter o arquivo em uma extensão padrão e, de-
pois de editado, salvá-lo novamente no formato original.
Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utiliza-
ção, pois o uso de arquivos PDF está sendo cada vez
mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata nor-
malmente a colaboração de outras pessoas na criação
de um documento, ou seja, os comentários realizados
neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o
Word 2013 é possível responder diretamente o comen-
tário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha,
presente no campo de leitura do mesmo. Esta interação
de usuários, realizada através dos comentários, aparece
Figura 18: Imprimir em forma de pequenos balões à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus docu-
As opções que temos antes de imprimir um arquivo mentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por
estão exibidas na imagem acima. Podemos escolher a e-mail tornou-se um grande diferencial da nova plata-
impressora, caso haja mais de uma instalada no compu- forma Office 2013. O responsável por esta apresentação
tador ou na rede, configurar as propriedades da impres- online é o Office Presentation Service, porém, para isso,
sora, podendo estipular se a impressão será em alta qua- você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para
lidade, econômica, tom de cinza, preto e branca, entre acessá-lo. Ao terminar o arquivo, basta clicar em Arquivo
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

outras opções. / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e


Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja, o mesmo será enviado para a nuvem e, com isso, você
se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá- irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também
gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou por e-mail, permitindo aos demais usuários baixá-lo em
um intervalo de páginas. Podemos determinar o número formato PDF.
de cópias e a forma como as páginas sairão na impres- Ocultar títulos em um documento: apontado como
são. Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rola-
se sairão primeiro todas as páginas de número 1, depois gem e edição de determinadas partes de um arquivo
as de número 2, assim por diante, ou se desejamos que muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar
a segunda cópia só saia depois que todas as páginas da uma tarefa mais fácil e menos desconfortável. O Word
primeira forem impressas. 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do docu-
mento, bastando os mesmos estarem formatados no

16
estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma espécie de triângulo a
sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a ação para o mesmo
reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft.
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e down-
load de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu
conteúdo sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada.
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instala-
do pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou
baixar fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem
acessados e contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, mi-
nutos Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso
pagando uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém,
aqui estamos falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 19: Versões Office 365

LibreOffice Writer

O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como
base o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou
seja, é multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applica-
tions (ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

utilizam o mesmo “prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra.
Writer → .odt (Open Document Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Do-
cument Presentations).

Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades
do aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo
Writer.

17
Figura 20: Tela do Libreoffice Writer

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lin-
guagem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As
principais teclas de atalho do Writer são:
Destacar essa tabela devido a recorrência em cair atalhos em concurso
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 21: Atalhos Word x Writer

18
MS-EXCEL 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS,
LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO
DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS
PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE
DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS.

UTILIZAÇÃO DOS EDITORES DE PLANILHAS (MICROSOFT EXCEL E LIBREOFFICE CALC)

O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e
rastrear informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um
modelo faça a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.

Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 23: Tela Principal do Excel 2013

Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os co-
mandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e,
para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 24: Faixa de Opções

19
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões
de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Figura 25: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar
à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta bar-
ra, clicando na seta lateral. Na janela apresentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais
Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do Excel.

Figura 26: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas
teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

Figura 27: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

20
Figura 28: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontal-
mente, e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, na qual você fará a inserção de dados
e fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas
com letras (A, B, C, etc.).

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 29: Planilha de Cálculo

Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda
a coluna é selecionada.

21
Figura 30: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde
as opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado
e, após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido
recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicati-
vos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatação das células (tal procedimento
será visto detalhadamente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, neces-
sários para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.

Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no
cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 31: Cabeçalho de linha

#FicaDica
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a
célula A1. Na Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.

Sendo assim, as células são representadas como mostra a tabela:

22
Figura 32: Representação das Células

Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após
dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessi-
tar. Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as planilhas,
basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de traba-
lho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.

Figura 33: Menu Planilhas

As funções deste menu são as seguintes:


-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com todos
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

os dados nela contidos.


-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos da planilha (pla-
nilha: o principal documento usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha
eletrônica. Uma planilha consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada em uma
pasta de trabalho.) ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: uma forma de restringir o acesso a uma
pasta de trabalho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel podem ter até 255 letras, números, es-
paços e símbolos. É necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corretamente ao definir e digitar senhas.).
É possível remover a proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias de
planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, que não é o objetivo desta lição, portanto, não será
abordado).

23
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha.
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em todas as planilhas para que possam ser configuradas e impressas
juntamente.

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.

Figura 34: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos
que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou números
comuns de uma fórmula.
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numéricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes formas
de fazê-lo:

Figura 35: Soma simples

Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.


Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o
último valor.
Após a sequência de células a serem somadas, clicar no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
A última forma que veremos é a função soma digitada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
= nome da função (

1 - Sinal de igual.
2 – Nome da função.
3 – Abrir parênteses.

Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno lembrete sobre a função que iremos usar, e nele é possível clicar
e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a seguir, a função = soma(B2:B4).
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Lembre-se, basta colocar a célula que contém o primeiro valor, em seguida os dois pontos (:) e por último a célula
que contém o último valor.
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois valores, por isso não precisamos de uma função específica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois
clicar na segunda célula. Usamos na figura a seguir a fórmula = B2-B3.

Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, procedemos de forma semelhante à subtração. Clicamos no primeiro
número, digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor. No
próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3.
Outra forma de realizar a multiplicação é através da seguinte função:
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor da célula C2.

24
Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de
forma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos
no primeiro número, digitamos o sinal de divisão que,
para o Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último
valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
Figura 37: Início da função arredondar para cima
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular
a maior idade digitada no intervalo de células de A2 até
Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial
A5. A função digitada será = máximo(A2:A5).
da função, o Excel nos mostra que temos que selecio-
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) –
nar o num, ou seja, a célula que desejamos arredondar
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de
qual é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
dígitos para a qual queremos arredondar.
Mínimo: Mostra o menor valor existente em um in-
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixa-
tervalo de células selecionadas.
remos as funções aparentes, e os resultados dispostos na
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
coluna C:
tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
mínimo (A2:A5).
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) –
mesmo conceito.
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
Resto: Com essa função podemos obter o resto de
qual é o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
Média: A função da média soma os valores de uma
= mod (núm;divisor)
sequência selecionada e divide pela quantidade de valo-
Onde:
res dessa sequência.
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
o resto.
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
Foi digitado “= média )”, depois, foram selecionados
número.
os valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter
for pressionada, o resultado será automaticamente colo-
cado na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for altera-
do, recalculam o valor final.
Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
planilha.
Figura 38: Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente:


1,5 e 1.
Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o
valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o nú-
mero sem o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Figura 36: Exemplo função hoje
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Inteiro: Com essa função podemos obter o valor in-
teiro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2).
Lembramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo
com a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
Arredondar para cima: Com essa função, é possível
Figura 39: Exemplo função abs
arredondar um número com casas decimais para o nú-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

mero mais distante de zero.


Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas
Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30
dígitos)
dias). Sua sintaxe é:
Onde:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Núm: é qualquer número real que se deseja arredon-
Onde:
dar.
data_inicial = a data de início de contagem.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
Data_final = a data a qual quer se chegar.
deseja arredondar núm.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias fal-
tam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como
data inicial o dia 05/03/2018. A função utilizada será
=dias360(A2;B2)

25
Figura 40: Exemplo função dias360

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

Figura 41: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
A sintaxe dessa função é a seguinte:
=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”)
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a resposta da
pergunta for falsa, define o resultado.
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe um
salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou abaixo do valor mínimo determinado em R$ 724,00.
Assim, temos a condição:
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE-
SULTADO NA CÉLULA E3
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Teste lógico: C3>=724


Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos:
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e co-
lunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim:
E4 ↑ =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 ↑ =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E6 ↑ =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 ↑ =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E8 ↑ =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)

26
E9 ↑ =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
E10 ↑ =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) “intervalo”
Usando a planilha acima como exemplo, queremos
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma saber quantas pessoas ganham R$ 1.200,00 ou mais, e
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determina- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
da condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula
seguinte: D15. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma)
=Significa a chamada para uma fórmula/função R$ 1.200,00 ou MAIS:
SomaSe: função SOMASE SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise OU IGUAL A 1.200,00, ENTÃO
dos dados CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
liados a fim de chegar à condição verdadeira
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
cada a condição para soma dos valores Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar onde devemos digitar a fórmula
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar Intervalo para análise: C3:C10
o resultado na célula D16. E também queremos somar Critério: >=1200
os salários das funcionárias mulheres e mostrar o resul- Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
tado na célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
condição: MENOS DE R$ 1.200,00:
HOMENS: SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCU- NOR QUE 1200, ENTÃO
LINO, ENTÃO CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
INTERVALO D3 ATÉ D10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é onde devemos digitar a fórmula
onde devemos digitar a fórmula Intervalo para análise: C3:C10
Intervalo para análise: C3:C10 Critério: <1200
Critério: “MASCULINO” Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
Intervalo para soma: D3:D10 =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)

Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: Observações: fique atento com o > (maior) e < (me-
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) nor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivés-
MULHERES: semos determinado a contagem de valores >1200 (maior
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI- que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200
NO, ENTÃO (igual a 1200) não entraria na contagem.
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Formatação de Células: Ao observar a planilha abai-
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 xo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, va-
Traduzindo a condição em variáveis teremos: mos deixar ela de uma maneira mais agradável.
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “FEMININO”
Intervalo para soma: D3:D10
Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

=SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)

Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-


tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de
registros, SE determinada condição for verdadeira. A sin-
taxe desta função é a seguinte:
=CONT.SE(intervalo;“critérios”)
= : significa a chamada para uma fórmula/função
CONT.SE: chamada para a função CONT.SE Figura 42: Planilha sem Formatação
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
dos dados Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura
abaixo:

27
Figura 43: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar, entre outras
opções de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.

Figura 44: Formatando a planilha (Passo 1)

Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos
mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as for-
matações.

Figura 45: Formatando a planilha (Passo 2)

Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser rea-
lizado vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está
escrito geral e escolher.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 46: Formatando a planilha (Passo 3)

O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:

28
Figura 47: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente)
ou classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação cres-
cente ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá
classificar os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão
alterados. Nas versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação
dos dados junto com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da
nossa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e
visualizar somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.

Grupo ferramentas de dados:


- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores
inválidos para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores me-
nores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.

Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapida-
mente e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.

Figura 48: Gráficos

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido


NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

29
Figura 49: Gráfico de Colunas – 3D

Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na
página, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.

#FicaDica
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte
do Office 365, que podem ser comprados conforme figura 39.

LibreOffice Calc

O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:

Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

30
Figura 50: Exemplo de Operação no Calc

Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_pla-
nilha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito
usando o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).

Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas, gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.

MSPOWERPOINT 2010: ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE SLIDES,


ANOTAÇÕES, RÉGUA, GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO
DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE OBJETOS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, BOTÕES DE AÇÃO,
ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES.

PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais

Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova
apresentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos ele-
mentos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.

NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 52: Tela Principal do PowerPoint 2013

31
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao
iniciar o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 53: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da
tela e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas
de acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será
exibida uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Figura 54: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o
menu Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além
da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre
o ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na
sua apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom
e os botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 55: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

os antigos slides fotográficos.


O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresenta-
ção. Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado
o Modo de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a
apresentação).

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a
criação de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é
necessário estar conectado à internet).

32
Figura 56: Modelos e temas online

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão
vários modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 57: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo
em seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA
APRESENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.

Apresentação de Slides:

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor
como funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de
Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 58: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

33
Exibição de Slides: Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções,
no menu ‘EXIBIÇÃO’.

Alternando entre os Modos de Exibição


Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

Figura 59: Modo de Exibição ‘Normal’.

#FicaDica
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela,
ou utilize as teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a
construção do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides
pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de
animação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Figura 60: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode
ocultar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

34
Alterando o Design: A utilização destes recursos é muito simples, bastan-
O design de um slide é a apresentação visual do mes- do clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja
mo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. utilizar.
O PowerPoint disponibiliza vários temas prontos para Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’
aplicar ao design de sua apresentação. e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver
Para inserir um Tema de design pronto nos slides a utilização dos recursos de Conteúdo.
acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
lateral para visualizar todos os temas existentes. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide sele- opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
cionado. O tema será aplicado em todos os slides. Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mos-
Variantes -> Cores e Variantes -> Fontes: ainda na trado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro
guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, al- do slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que
terando cores e fontes, criando novos temas de cores. se pode utilizar.
Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Passe o mouse sobre cada tema para visualizar o efeito
na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê • Escolher Elemento Gráfico SmartArt
um clique com o mouse para aplicá-la à apresentação. • Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para


enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar
apresentações muito mais interessantes. O funcionamen-
to de cada item é semelhante aos já abordados.
Agora é com você!
Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando
utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de con-
teúdo. Desta forma, você estará aprendendo ainda mais
Figura 61: Variantes de Temas de Design utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um
Variantes -> Efeitos: os efeitos de tema especificam dos últimos passos da criação de uma apresentação.
como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, for- Essa é uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros
mas e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável
acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos exagerar na utilização dos mesmos, pois além de tornar
rapidamente a aparência dos objetos. a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que
estão assistindo, ao invés de dar foco ao conteúdo da
Layout de Texto: apresentação, passam a dar foco para as animações.
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um Transições: A transição dos slides nada mais é que
‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher
palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo entre diversas transições prontas, através da faixa de op-
pois trata-se do slide inicial. ções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui apresentação e clique nesta opção.
para adicionar um título’, e escreva o título de sua apre- Escolha uma das transições prontas e veja o que
sentação. A apresentação que criaremos será sobre ‘Gru- acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas
po Nova”. clicando sobre elas e assistindo os efeitos que elas pro-
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adi- duzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependen-
cionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da do do intuito da apresentação, o exagero pode tornar
empresa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado sua apresentação pouco profissional.
ao tema da apresentação. Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o
Formate o texto da forma como desejar, selecionando avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando so- Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você
bre a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações. também pode aplicar som durante a transição.
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’.
Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Animações: As animações podem ser definidas para
Isso acontece porque o programa entende que o próximo cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apre-
slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim su- sentação você pode optar em ir abrindo o texto confor-
cessivamente para a criação da sua apresentação. me trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa
Layouts de Conteúdo: apresentação para enriquecer as explicações. Clique um
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir uma das caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMA-
figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe ÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
de mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.).

35
Figura 62: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te
agradar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

Figura 63: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção
de animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o
anterior. Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer
juntos após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos
aparecerão ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presen-
tations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide.
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.

- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substi-
tuir, Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Layout de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;


• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em
objetos e na transição de slides.

36
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (ESCRIVÃO – DE POLÍCIA – CESPE 2013) Título, assunto, palavras-chave e comentários de um documento são
metadados típicos presentes em um documento produzido por processadores de texto como o BrOffice e o Microsoft
Office.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. Quando um determinado documento de texto produzido tanto pelo BrOffice quanto pelo Mi-
crosoft Office ele fica armazenado em forma de arquivo em uma memória especificada no momento da gravação
deste. Ao clicar como botão direito do mouse no arquivo de texto armazenado e clicar em propriedades é possível
por meio da guia Detalhes perceber os metadados “Título, assunto, palavras-chave e comentários”.

2. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere que um usuário disponha de um computador apenas com Linux e
BrOffice instalados. Nessa situação, para que esse computador realize a leitura de um arquivo em formato de planilha
do Microsoft Office Excel, armazenado em um pendrive formatado com a opção NTFS, será necessária a conversão
batch do arquivo, antes de sua leitura com o aplicativo instalado, dispensando-se a montagem do sistema de arquivos
presente no pendrive.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: ERRADO. Um pendrive formatado com o sistema de arquivos NTFS será lido normalmente pelo Linux,
sem necessidade de conversão de qualquer natureza. E o fato do suposto arquivo estar em formato Excel (xls ou
xlsx) é indiferente também, já que o BrOffice é capaz de abrir ambos os formatos.

3. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) O BrOffice 3, que reúne, entre outros softwares livres de escritório, o editor
de texto Writer, a planilha eletrônica Calc e o editor de apresentação Impress, é compatível com as plataformas com-
putacionais Microsoft Windows, Linux e MacOS-X

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. O BrOffice 3 faz parte de um conjunto de aplicativos para escritório livre multiplataforma cha-
mado OpenOffice.org.
Distribuída para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X, mantida pela Apache Software Foundation.

4. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, a partir de opção disponível no menu Inserir, é possível inserir em um
documento uma imagem localizada no próprio computador ou em outros computadores a que o usuário esteja co-
nectado, seja em rede local, seja na Web.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. A opção Inserir, Ilustrações, Imagem possibilita a inserção de imagens no documento, sejam elas
armazenadas no computador, na rede ou na Internet (no 2013 é possível na opção Imagens on-line, no 2010 não).

5. (AGENTE – CESPE – 2014) Para criar um documento no Word 2013 e enviá-lo para outras pessoas, o usuário deve
clicar o menu Inserir e, na lista disponibilizada, selecionar a opção Iniciar Mala Direta.

( ) CERTO ( ) ERRADO
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Resposta: ERRADO. A mala direta é usada para criar correspondências em massa que podem ser personalizadas
para cada destinatário. É possível adicionar elementos individuais a qualquer parte de uma etiqueta, carta, envelo-
pe, ou e-mail, desde a saudação até o conteúdo do documento, inclusive imagens. O Word preenche automatica-
mente os campos com as informações do destinatário e gera todos os documentos individuais. Contudo, não envia
um arquivo a outros usuários como diz a questão.

6. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, ao se selecionar uma palavra, clicar sobre ela com o botão direito do
mouse e, na lista disponibilizada, selecionar a opção definir, será mostrado, desde que estejam satisfeitas todas as
configurações exigidas, um dicionário contendo significados da palavra selecionada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

37
Resposta: CERTO. A inclusão do dicionário no botão Resposta: CERTO. A opção para imprimir documentos
direito na versão Word 2013 é novidade, mas já é an- assim como para efetuar as devidas configurações da
tiga no Word pelo comando Shift + F7(dicionário de impressão podem ser feitas através do Menu Arquivo
sinônimos). / Imprimir ou utilizando-se do atalho CTRL+P.

9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Para en-


contrar todas as ocorrências do termo “Ibama” no docu-
mento em edição, é suficiente realizar o seguinte proce-
dimento: aplicar um clique duplo sobre o referido termo;
clicar sucessivamente o botão .

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: ERRADO.O botão mostrado na questão


não deve ser utilizado para encontrar ocorrências de
um determinado termo no documento que se está
editando, tal recurso pode ser conseguido através do
botão Localizar ou do atalho CTRL+L.

Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do


Word 2000 contendo parte de um texto extraído e adap-
tado do sítio http://www.funai.gov.br, julgue os itens
subsequentes.

7. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Conside-


re o seguinte procedimento: selecionar o trecho “Funai,
(...) Federal”; clicar a opção
Estilo no menu ; na janela decorrente dessa ação,
A figura acima mostra uma janela do Excel 2002 com uma
marcar o campo todas em maiúsculas; clicar OK. Esse
planilha em processo de edição. Com relação a essa figu-
procedimento fará que todas as letras do referido trecho
ra e ao Excel 2002, e considerando que apenas a célula
fiquem com a fonte maiúscula.
C2 está formatada como negrito, julgue o item abaixo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) É possí-
vel aplicar negrito às células B2, B3 e B4 por meio da se-
Resposta: ERRADO. O procedimento correto é: se-
guinte sequência de ações, realizada com o mouse: clicar
lecionar o trecho “Funai, (...) Federal”; clicar a opção
a célula C2; clicar ; posicionar o ponteiro sobre o centro
FONTE no menu FORMATAR na janela decorrente des-
da célula B2; pressionar e manter pressionado o botão
sa ação, marcar o campo Todas em maiúsculas; clicar
esquerdo; posicionar o ponteiro no centro da célula B4;
OK.
liberar o botão esquerdo.
Em um computador cujo sistema operacional é o Windo-
8. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) As infor-
ws XP, ao se clicar, com o botão direito do mouse, o ícone
mações contidas na figura mostrada permitem concluir
, contido na área de trabalho e referente a determinado
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

que o documento em edição contém duas páginas e,


arquivo, foi exibido o menu mostrado na figura ao lado. A
caso se disponha de uma impressora devidamente ins-
respeito dessa figura e do Windows XP, julgue os itens a
talada e se deseje imprimir apenas a primeira página do
seguir.
documento, é suficiente realizar as seguintes ações: clicar
a opção Imprimir no menu ; na janela aberta em
decorrência dessa ação, assinalar, no campo apropriado,
que se deseja imprimir a página atual; clicar OK.

( ) CERTO ( ) ERRADO

38
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.
com.br
A caixa postal é composta pelos seguintes itens:
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as
mensagens recebidas.
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não
enviadas.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os
e-mails que foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão
Resposta: CERTO. Com o botão “Pincel” é possível presentes:
copiar toda a formatação de uma célula para outra cé- » Para – é o campo onde será inserido o endereço do
lula, e o procedimento correto foi descrito na questão. destinatário.
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da
mesma mensagem, ao usar este campo os endere-
CORREIO ELETRÔNICO: USO DE COR- ços aparecerão para todos os destinatários.
REIO ELETRÔNICO, PREPARO E ENVIO » Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior,
DE MENSAGENS, ANEXAÇÃO DE AR- no entanto os endereços só aparecerão para os
QUIVOS respectivos donos.
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa-
gem.
O correio eletrônico1 se parece muito com o correio » Anexos – são dados que são anexados à mensagem
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e (imagens, programas, música, arquivos de texto,
uma caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve etc.).
sua mensagem, diz pra quem quer mandar e a Internet » Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida
cuida do resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão a mensagem.
depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você não paga
nada por uma comunicação via e-mail, apenas os cus- Alguns nomes podem mudar de servidor para ser-
tos de conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, vidor, porém representando as mesmas funções. Além
enquanto o correio tradicional levaria dias para entregar dos destes campos tem ainda os botões para EVIAR, EN-
uma mensagem, o eletrônico faz isso quase que instan- CAMINHAR e EXCLUIR as mensagens, este botões bem
taneamente e não utiliza papel. Por último, a mensagem como suas funcionalidades veremos em detalhes, mais
vai direto ao destinatário, não precisa passa de mão-em- à frente.
-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na sua Para receber seus e-mails você não precisa estar co-
caixa postal onde somente o dono tem acesso e, ape- nectado à Internet, pois o e-mail funciona com prove-
sar de cada pessoa ter seu endereço próprio, você pode dores. Mesmo você não estado com seu computador
acessar seu e-mail de qualquer computador conectado ligado, seus e-mail são recebidos e armazenados na sua
à Internet. Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do caixa postal, localizada no seu provedor. Quando você
correio convencional com a velocidade do telefone, se acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line (di-
tornando um dos melhores e mais utilizado meio de co- retamente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos
municação. para seu computador através de programas de correio
eletrônico. Um programa muito conhecido é o Outlook
Estrutura e Funcionalidade do e-mail Express, o qual detalhar mais à frente.
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos de e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço,
os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, pode enviar mensagens para você. Também é possível
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

nome do usuário + @ + host, onde: enviar mensagens para várias pessoas ao mesmo tem-
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido po, para isto basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos
pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: acima.
sergiodecastro. Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa maioria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na
o nome do usuário do seu provedor. Internet através do navegador. Este tipo de correio é cha-
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o en- mado de WebMail. O WebMail é responsável pela gran-
dereço eletrônico. Exemplo: click21.com.br . de popularização do e-mail, pois mesmo as pessoas que
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao não tem computador, podem acessar sua caixa postal de
serviço 24 horas por dia. qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para
ter um endereço eletrônico basta querer e acessar a In-
1 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioele-
ternet, é claro. Existe quase que uma guerra por usuários.
tronicoewebmail001.asp

39
Os provedores, também, disputam quem oferece maior 3. Após preencher todo o formulário clique no botão
espaço em suas caixas postais. Há pouco tempo encon- “Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
trar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil.
Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co-
30 Mb, achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofe- mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por
receu 120 Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem
culminando com o anúncio de que o Google iria oferecer lhe informando do problema. Isso acontece porque den-
1 Gb (1024 Mb). A última campanha do GMail, e-mail do tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes
Google, é de aumentar sua caixa postal constantemente, de usuários iguais. A solução é procurar outro nome que
a última vez que acessei estava em 2663 Mb. ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões
como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso
WebMail com você (o que é bem provável que acontecerá) escolha
uma das sugestões ou informe outro nome (não desista,
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação você vai conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail
acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de vai está pronto para ser usado.
usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In- » Entendendo a Interface do WebMail
ternet. É grande o número de provedores que oferecem A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail
correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma que nos liga do mundo externo aos comandos do pro-
lista dos mais populares. grama. Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com WebMail que você tiver e também para o Outlook, que
» GMail – http://www.gmail.com é um programa de gerenciamento de e-mails, vamos ver
» Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br este programa mais adiante.
» iG Mail – http://www.ig.com.br 1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br
sua caixa de entrar, verificando se há novas mensa-
gens no servidor.
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição
seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espa-
observado é o tamanho máximo permitido por anexo,
ço no qual você vai redigir, responder e encami-
este foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há
nhar mensagens. Semelhante à função novo e-mail
pouco tempo a maioria dos provedores permitiam em
do Outlook.
torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus
média 25 Mb. Além de caixa postal os provedores costu-
mam oferecer serviços de agenda e contatos. endereços de e-mail são previamente guardados
Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a cri- para utilização futura, nesta seção também é possí-
tério de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, vel criar grupos para facilitar o gerenciamento dos
eu, por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma in- seus contatos.
terface com o menor propaganda possível. 4. Configurações – Este botão abre (como o próprio
nome já diz) a janela de configurações. Nesta ja-
» Criando seu e-mail nela podem ser feitas diversas configurações, tais
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente como: mudar senha, definir número de e-mail por
simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste página, assinatura, resposta automática, etc.
WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os 5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma
entendimentos, no entanto você pode acessar qualquer seção com vários tópicos de ajuda.
dos endereços informados acima ou ainda qualquer ou- 6. Sair – Este botão é muito importante, pois é atra-
tro que você conheça. O processo de cadastro é muito vés dele que você vai fechar sua caixa postal, muito
simples, basta preencher um formulário e depois você recomendado quando o uso de seu e-mail ocorrer
terá sua conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos em computadores de terceiros.
aos passos: 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com. endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

br) ou qualquer outro de sua preferência. posta; parte utilizada em porcentagem e um pe-
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, queno gráfico.
será aberto um formulário, preencha-o observan- 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
do todos os campos. Os campos do formulário têm está, no exemplo a Caixa de Entrada.
suas particularidades de provedor para provedor, 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
no entanto todos trazem a mesma ideia, colher in- sagens que estão na tela e também o total da se-
formações do usuário. Este será a primeira parte ção selecionada.
do seu e-mail e é igual a este em qualquer cadas- 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
tro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção todos os comandos relacionados com as mensa-
do nome de usuário com o nome do provedor é gens exibidas. Para usar estes comandos, selecione
que será seu endereço eletrônico. No exemplo fi- uma ou mais mensagens o comando desejado e
caria o seguinte: seunome@outlook.com. clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, blo-

40
queia o endereço de e-mail da mensagem, útil para ciador de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de
bloquear e-mails indesejados. Já o botão “Contas grupos de discussão com base em padrões avançados de
externas” abre uma seção para configurar outras internet, além de possuir calendário integral e gerencia-
contas de e-mails que enviarão as mensagens a mento de tarefas e de contatos. Além disso, possui ca-
sua caixa postal. Para o correto funcionamento pacidades de colaboração em tempo de execução e em
desta opção é preciso que a conta a ser acessada tempo de criação robustos e integrados.
tenha serviço POP3 e SMTP.
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lis- Configurando uma conta2
ta de página, que aumenta conforme a quantidade Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua
de e-mails na seção. Para acessar selecione a pági- conta para você apenas com um endereço de email e
na desejada e clique no botão “OK”. Veja que todos uma senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o As-
os comandos estão disponíveis também na parte sistente Automático de Conta é iniciado.
inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal.
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de Para configurar uma conta automaticamente
um correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensa-
gens Enviadas; Rascunho e Lixeira. Um detalhe im- Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de
portante é o estilo do nome, quando está normal Conta for aberto, escolha Avançar.
significa que todas as mensagens foram abertas, Observação : Se o Assistente não abrir ou se você
porém quando estão em negrito, acusam que há quiser adicionar uma outra conta de email, na barra de
uma ou mais mensagens que não foram lidas, o ferramentas, escolha a guia Arquivo.
número entre parêntese indica a quantidade. Este
detalhe funciona para todas as pastas e mensa-
gens do correio.
13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exi-
bir as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa
postal, é exibido o conteúdo da Caixa de Entra-
da, mas este painel exibe também as mensagens
das diversas pastas existentes na sua caixa postal.
A observação feita no item anterior, sobre negri-
to, também é válida para esta seção. Observe as
caixas de seleção localizadas do lado esquerdo de
cada mensagem, é através delas que as mensagens
são selecionadas. A seleção de todos os itens ao Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adi-
mesmo tempo, também pode ser feito pela caixa cionar Conta.
de seleção do lado esquerdo do título da coluna
“Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-
-las, também serve para classificar as mensagens
que por padrão estão classificadas através da co-
luna “Data”, para usar outra coluna na classificação
basta clicar sobre nome dela.
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível
adicionar, renomear e apagar as suas pastas. As
pastas são um modo de organizar seu conteúdo,
armazenando suas mensagens por temas. Quando
seu e-mail é criado não existem pastas nesta se-
ção, isso deve ser feito pelo usuário de acordo com
suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abri-
rá a seção onde pode ser feita uma configuração
que permitirá você acessar outras caixas postais
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

diretamente da sua. O próximo link, como o nome


já diz, abre a janela de configuração dos e-mails
bloqueados e mais abaixo o link para baixar um
plug-in que lhe permite fazer uma configuração
automática do Outlook Express. Estes dois primei- Na página Configuração Automática de Conta, insira
ros links são os mesmos apresentados no item 10. o seu nome, endereço de email e senha e escolha Avan-
çar.
Outlook Observação : Se você receber uma mensagem de erro
após escolher Avançar, verifique novamente seu endere-
O Microsoft Outlook é um software de automação de ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, esco-
escritório e cliente de correio electrónico que faz parte lha Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
do pack Microsoft Office. Mas não é apenas um geren-
2 Fonte: Ajuda do MSOutlook

41
Escolha Concluir.

A configuração automática não funcionou

Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook


pode solicitar que você tente novamente usando uma
conexão não criptografada com o servidor de email. Se
isso não funcionar, escolha Configuração manual ou ti-
pos de servidor adicionais.
Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
não poderá usar o tipo de configuração manual para
as contas do Exchange. Contate o seu administrador se
houver falha na configuração automática de conta. Ele
informará a você o nome do Exchange Server para seu
email e o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
versão anterior e receber mensagens de erro informando
que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é
porque o serviço Descoberta Automática do Exchange
não foi configurado ou não está funcionando correta-
mente.

Para configurar uma conta manualmente Na lista de contas de email, selecione a conta que de-
seja excluir e escolha Remover.
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor
adicionais > Avançar.

Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-


Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar. vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e
Preencha as seguintes informações: que pode ser instalado somente em plataformas da fa-
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servi- mília Windows Server.
dor de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails,
Nome de Usuário e Senha. Criar uma mensagem de email
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
as informações inseridas.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configu-


rações. O administrador poderá solicitar que você faça
outras alterações, incluindo inserir portas específicas
para o servidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor
de saída (SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

Excluir uma conta de email

Para excluir uma conta de email Se várias contas de email configuradas no Microsoft
No painel direito da guia Arquivo, selecione Configu- Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men-
rações de Conta > Configurações de Conta. sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de.

42
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem. Enviado para – para localizar emails enviados a você,
Insira os endereços de email dos destinatários ou os não enviados diretamente a você ou enviados por outro
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatá- destinatário
rios com um ponto e vírgula. Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma apenas
lista no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Importante – para localizar somente emails rotulados
Cco e clique nos nomes desejados. como importantes
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos, INTERNET: NAVEGAÇÃO NA INTERNET,
clique em Cco. CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, BUSCA E
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo. IMPRESSÃO DE PÁGINAS.
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook,
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de
calendário. REDES DE COMPUTADORES

Redes de Computadores refere-se à interligação por


meio de um sistema de comunicação baseado em trans-
missões e protocolos de vários computadores com o ob-
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computa-
Dica : Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu dores espalhados pelo mundo que permite a comunica-
email, você pode alterar sua aparência. Também é uma ção entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam
boa ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes pela internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessá-
de enviar. rio utilizar recursos como impressoras para imprimir do-
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em cumentos, reuniões através de videoconferência, trocar
Enviar. e-mails, acessar às redes sociais ou se entreter por meio
Observação : Se você não consegue encontrar o botão de jogos, etc.
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email. Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails,
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à inter-
Pesquisar email net nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens,
o crescimento das redes de computadores também tem
Da Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de seu lado negativo. A cada dia surgem problemas que
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas prejudicam as relações entre os indivíduos, como pirata-
mensagens. ria, espionagem, phishing - roubos de identidade, assun-
Para encontrar uma palavra que você sabe que está tos polêmicos como racismo, sexo, pornografia, sendo
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa destacados com mais exaltação, entre outros problemas.
em particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na Há muito tempo, o ser humano sentiu a necessida-
caixa Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou de de compartilhar conhecimento e estabelecer relações
o nome que você especificou serão exibidas com o texto com pessoas a distância. Na década de 1960, durante
de pesquisa destacado nos resultados. a Guerra Fria, as redes de computadores surgiram com
objetivos militares: interconectar os centros de comando
Restrinja os resultados de pesquisa dos EUA para com objetivo de proteger e enviar dados.

No grupo Escopo na faixa de opções, escolha onde 1. Alguns tipos de Redes de Computadores
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa
de Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens Antigamente, os computadores eram conectados em
do Outlook. distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais. Mas,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você com a evolução das redes de computadores, foi necessário
está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou aumentar a distância da troca de informações entre as pes-
pelo assunto. soas. As redes podem ser classificadas de acordo com sua
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesqui- arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, etc.), a exten-
sa ao selecionar: são geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, etc.), a topologia
Com Anexos – para localizar somente emails com (anel, barramento, estrela, ponto-a-ponto, etc.) e o meio de
anexos transmissão (redes por cabo de fibra óptica, trançado, via
Categorizado – para localizar emails que tenham sido rádio, etc.).
atribuídos a uma categoria específica Veja alguns tipos de redes:
Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re- Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se
cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje, comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Bluetooth;
Ontem, Mês Passado, etc.)

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Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, difícil instalação. São velozes e imunes a interferências
um prédio ou um campus de universidade; eletromagnéticas.
Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de #FicaDica
10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – Após montar o cabeamento de rede é ne-
WAN) – rede que faz a cobertura de uma grande área cessário realizar um teste através dos testa-
dores de cabos, adquirido em lojas especia-
geográfica, geralmente, um país, cerca de 100 km; lizadas. Apesar de testar o funcionamento,
Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re- ele não detecta se existem ligações incorre-
des espalhadas pelo mundo podendo ser interconecta- tas. É preciso que um técnico veja se os fios
das a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem dos cabos estão na posição certa.
maiores, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos 4. Sistema de Cabeamento Estruturado
eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio Para que essa conexão não prejudique o ambiente de
para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias
grandes distâncias. conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamen-
to estruturado.
2. Topologia de Redes Por meio dele, um técnico irá poupar trabalho e tem-
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção
Astopologias das redes de computadores são as es- da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos-
truturas físicas dos cabos, computadores e componen- sibilitam que vários conectores possam ser inseridos em
tes. Existem as topologias físicas, que são mapas que um único local, sem a necessidade de serem conectados
mostram a localização de cada componente da rede que diretamente no hub.
serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo Além disso, o sistema de cabeamento estruturado
modo que os dados trafegam na rede: possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os
Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es- cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
tão interconectadas por pares através de um roteamento concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção
de dados; das redes. Eles são adaptados e construídos para serem
Topologia de Estrela – modelo em que existe um pon- inseridos em um rack.
to central (concentrador) para a conexão, geralmente um Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto
hub ou switch; do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em pensada de forma a realizar a sua expansão.
automação industrial e na década de 1980 pelas redes To- Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea-
ken Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebi-
entreligados formando um anel e os dados são propagados dos e enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de
de computador a computador até a máquina de origem; serem transmissores de informações para outros pontos,
Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri- eles também diminuem o desempenho da rede, poden-
meiras conexões feitas pelas redes Ethernet. Refere- se do haver colisões entre os dados à medida que são ane-
a computadores conectados em formato linear, cujo ca- xas outras máquinas. Esse equipamento, normalmente,
beamento é feito sequencialmente; encontra-se dentro do hub.
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar
estão interligadas por um mesmo canal através de paco- todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras
tes endereçados (unicast, broadcast e multicast). estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra
máquina consegue enviar um determinado sinal até que
3. Cabos os dados sejam distribuídos completamente. Eles são uti-
lizados em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32
Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura portas, variando de acordo com o fabricante. Existem os
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

física utilizada para conectar computadores em rede, es- Hubs Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis.
tando relacionados a largura de banda, a taxa de trans- Bridges: É um repetidor inteligente que funciona
missão, padrões internacionais, etc. Há vantagens e des- como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além
vantagens para a conexão feita por meio de cabeamento. de relacionar diferentes arquiteturas.
Os mais utilizados são: Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas
Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por sua que funciona como uma ponte: ele envia os dados ape-
velocidade, pode ser feito sob medida, comprados em nas para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas
lojas de informática ou produzidos pelo usuário; portas de entrada e melhor performance, podendo ser
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância utilizado para redes maiores.
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexíveis, Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento ISA, e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
suporte não encontrado em computadores mais novos; como um tipo de ponte na camada de rede do modelo

44
OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter- merciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta
conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de de todos os setores sociais até atingir a amplitude de sua
diferentes fabricantes), identificando e determinando um difusão nos tempos atuais.
IP para cada computador que se conecta com a rede. Um marco que é importante frisar é o surgimento do
Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de da- WWW que foi a possibilidade da criação da interface grá-
dos na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os fica deixando a internet ainda mais interessante e vanta-
roteadores estáticos, capaz de encontrar o menor cami- josa, pois até então, só era possível a existência de textos.
nho para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver con- Para garantir a comunicação entre o remetente e o
gestionada; e os roteadores dinâmicos que encontram destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido
caminhos mais rápidos e menos congestionados para o como o pai da internet criou os protocolos TCP/IP, que
tráfego. são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMIS-
Modem: Dispositivo responsável por transformar a SION CONTROL PROTOCOL (Protocolo de Controle de
onda analógica que será transmitida por meio da linha Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo
telefônica, transformando-a em sinal digital original. de Internet) são conjuntos de regras que tornam possível
Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes tanto a conexão entre os computadores, quanto ao en-
de computadores, como por exemplo, envio de arquivos tendimento da informação trocada entre eles.
ou e-mail. Os computadores que acessam determinado A internet funciona o tempo todo enviando e rece-
servidor são conhecidos como clientes. bendo informações, por isso o periférico que permite a
Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunica- conexão com a internet chama MODEM, porque que ele
ção entre os computadores da rede. Cada arquitetura de MOdula e DEModula sinais, e essas informações só po-
rede depende de um tipo de placa específica. As mais dem ser trocadas graças aos protocolos TCP/IP.
utilizadas são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em
anel). 1. Protocolos Web

Já que estamos falando em protocolos, citaremos ou-


CONCEITOS DE TECNOLOGIAS RELACIONADAS tros que são largamente usados na Internet:
À INTERNET E INTRANET, BUSCA E PESQUISA - HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de
NA WEB, MECANISMOS DE BUSCA NA WEB. transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para
trocar informações na Internet. Quando digitamos um
O objetivo inicial da Internet era atender necessida- site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
des militares, facilitando a comunicação. A agência nor- Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
te-americana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PRO- Onde:
JECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermí-
na década de 60, criaram um projeto que pudesse conec- dia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter
tar os computadores de departamentos de pesquisas e texto, som, imagem, filmes e links.
bases militares, para que, caso um desses pontos sofres- - URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão
se algum tipo de ataque, as informações e comunicação de recursos, serve para endereçar um recurso na web,
não seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas em é como se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de
outros pontos estratégicos. acessar um determinado site.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co- Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
Faz a solicitação de um arquivo de
de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da http://
hiper mídia para a Internet.
informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados Estipula que esse recurso está na rede
poderiam seguir por outro caminho garantindo a entre- mundial de computadores (veremos
www
ga da informação, é importante mencionar que a maior mais sobre www em um próximo
distância entre um ponto e outro, era de 450 quilôme- tópico).
tros. No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as É o endereço de domínio. Um
barreiras de distância, passando a interligar e favorecer endereço de domínio representará
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

a troca de informações de computadores de universi- novaconcursos


sua empresa ou seu espaço na
dades dos EUA e de outros países, criando assim uma Internet.
rede (NET) internacional (INTER), consequentemente seu
nome passa a ser, INTERNET. Indica que o servidor onde esse site
A evolução não parava, além de atingir fronteiras con- está
.com
tinentais, os computadores pessoais evoluíam em forte hospedado é de finalidades
escala alcançando forte potencial comercial, a Internet comerciais.
deixou de conectar apenas computadores de univer- .br Indica queo servidor está no Brasil.
sidades, passou a conectar empresas e, enfim, usuários
domésticos. Na década de 90, o Ministério das Comu-
nicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil
trouxeram a Internet para os centros acadêmicos e co-

45
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, - UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua
que demonstram a finalidade e organização que o criou, na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP).
como: Permite que a aplicação escreva um datagrama en-
.gov - Organização governamental capsulado num pacote IP e transportado ao des-
.edu - Organização educacional tino. É muito comum lermos que se trata de um
.org - Organização protocolo não confiável, isso porque ele não é im-
.ind - Organização Industrial plementado com regras que garantam tratamento
.net - Organização telecomunicações de erros ou entrega.
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões 2. Provedor
.eng – Organização de engenheiros
E também, do país de origem: O provedor é uma empresa prestadora de serviços
.it – Itália que oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é
.pt – Portugal necessário conectar-se com um computador que já este-
.ar – Argentina ja na Internet (no caso, o provedor) e esse computador
.cl – Chile deve permitir que seus usuários também tenham acesso
.gr – Grécia a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
que se trata de um site hospedado em um servidor dos computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
Estados Unidos. que é a conexão física que interliga o provedor de aces-
so com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida
- HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Seme- como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet
lhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
transmitidos através de uma conexão criptografa- uma avenida de três pistas e os links como se fossem as
da e que se verifique a autenticidade do servidor e ruas que estão interligadas nesta avenida. Tanto o link
do cliente através de certificados digitais. como o backbone possui uma velocidade de transmis-
- FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transfe- são, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
rência de arquivo, é o protocolo utilizado para po- Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
der subir os arquivos para um servidor de internet, Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, que fornecerá um nome de usuário, uma senha de aces-
FileZilla e LeechFTP, ao criar um site, o profissio- so e um endereço eletrônico na Internet.
nal utiliza um desses programas FTP ou similares
e executa a transferência dos arquivos criados, o 3. Home Page
manuseio é semelhante à utilização de gerencia-
dores de arquivo, como o Windows Explorer, por Pela definição técnica temos que uma Home Page é
exemplo. um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de com-
- POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto putadores rodando um Navegador (Browser), que per-
dos Correios permite, como o seu nome o indica, mite o acesso às informações em um ambiente gráfico
recuperar o seu correio num servidor distante (o e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de
servidor POP). É necessário para as pessoas não informações dentro das Home Pages.
ligadas permanentemente à Internet, para pode-
rem consultar os mails recebidos offline. Existem
duas versões principais deste protocolo, o POP2 e #FicaDica
o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente
as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de O endereço de Home Pages tem o seguinte
comandos textuais radicalmente diferentes, na tro- formato:
ca de e-mails ele é o protocolo de entrada. http://www.endereço.com/página.html
- IMAP (Internet Message Access Protocol): É um pro- Por exemplo, a página principal do meu pro-
tocolo alternativo ao protocolo POP3, que ofere- jeto de mestrado:
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ce muitas mais possibilidades, como, gerir vários http://www.youtube.com/canaldoovidio


acessos simultâneos e várias caixas de correio,
além de poder criar mais critérios de triagem.
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protoco- 4. Plug-ins
lo padrão para envio de e-mails através da Internet.
Faz a validação de destinatários de mensagens. Ele Os plug-ins são programas que expandem a capaci-
que verifica se o endereço de e-mail do destinatá- dade do Browser em recursos específicos - permitindo,
rio está corretamente digitado, se é um endereço por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja
existente, se a caixa de mensagens do destinatário filmes em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas
está cheia ou se recebeu sua mensagem, na troca de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma veloci-
de e-mails ele é o protocolo de saída. dade impressionante. Maiores informações e endereços
sobre plug-ins são encontradas na página:

46
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/ HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo
Software/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/ muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão
Indices/ o custo de implantação relativamente baixo e a facilida-
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo de de uso propiciada pelos programas de navegação na
temos uma relação de alguns deles: Web, os browsers.
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
etc.). 2. Objetivo de construir uma Intranet
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, Organizações constroem uma intranet porque ela é
BMP, PCX, etc.). uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficien-
- Negócios e Utilitários. te para economizar tempo, diminuir as desvantagens da
- Apresentações. distância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de
capital com conhecimentos das operações e produtos da
INTRANET empresa.

A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de 3. Aplicações da Intranet


uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de co-
de comunicação internas baseadas na tecnologia usada municações corporativas em uma intranet dá para simpli-
na Internet. Como um jornal editado internamente, e que ficar o trabalho, pois estamos virtualmente todos na mes-
pode ser acessado apenas pelos funcionários da empre- ma sala. De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde
sa. a intranet vai ser mais efetiva para unir (no sentido opera-
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais cional) os diversos profissionais de uma empresa. Mas em
e departamentos, mesclando (com segurança) as suas algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
informações particulares dentro da estrutura de comuni- - Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
cações da empresa. tos, listas de preços, promoções, planejamento de
O grande sucesso da Internet, é particularmente da
eventos;
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
evolução da informática nos últimos anos.
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilida-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
des de membros das equipes, situações de proje-
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
tos;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democrati-
zaram o acesso à informação através de redes de com- temas de melhoria contínua (Sistema de Suges-
putadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca tões), manuais de qualidade;
base de usuários, já familiarizados com conhecimentos - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
básicos de informática e de navegação na Internet. Fi- tilas, políticas da companhia, organograma, opor-
nalmente, surgiram muitas ferramentas de software de tunidades de trabalho, programas de desenvolvi-
custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer orga- mento pessoal, benefícios.
nização ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede”
e começar a acessar e colocar informação. O resultado Para acessar as informações disponíveis na Web cor-
inevitável foi a impressionante explosão na informação porativa, o funcionário praticamente não precisa ser trei-
disponível na Internet, que segundo consta, está dobran- nado. Afinal, o esforço de operação desses programas se
do de tamanho a cada mês. resume quase somente em clicar nos links que remetem
Assim, não demorou muito a surgir um novo concei- às novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma in-
to, que tem interessado um número cada vez maior de tranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse
empresas, hospitais, faculdades e outras organizações tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de pro-
interessadas em integrar informações e usuários: a intra- fissionais especializados. Essa dificuldade aumenta com
net. Seu advento e disseminação promete operar uma o tamanho da intranet, sua diversidade de funções e a
revolução tão profunda para a vida organizacional quan- quantidade de informações nela armazenadas.
to o aparecimento das primeiras redes locais de compu-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

tadores, no final da década de 80. 4. A intranet é baseada em quatro conceitos:

1. O que é Intranet? - Conectividade - A base de conexão dos computa-


dores ligados por meio de uma rede, e que podem
O termo “intranet” começou a ser usado em meados transferir qualquer tipo de informação digital entre si;
de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se - Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
referirem ao uso dentro das empresas privadas de tecno- dores e sistemas operacionais podem ser conecta-
logias projetadas para a comunicação por computador dos de forma transparente;
entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consis- - Navegação - É possível passar de um documento
te em uma rede privativa de computadores que se baseia a outro por meio de referências ou vínculos de
nos padrões de comunicação de dados da Internet pú- hipertexto, que facilitam o acesso não linear aos
blica, baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas documentos;

47
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de 5.4. palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
acesso ou manipulação na intranet só podem ocor-
rer graças à execução de programas aplicativos, Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
que podem estar no servidor, ou nos microcompu- chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
tadores que acessam a rede (também chamados exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas
de clientes, daí surgiu à expressão que caracteriza relevantes sobre pelo menos um dos dois temas - nes-
a arquitetura da intranet: cliente-servidor). se caso, como as duas palavras chaves são populares, os
- A vantagem da intranet é que esses programas dois resultados são apresentados em posição de desta-
são ativados através da WWW, permitindo grande que.
flexibilidade. Determinadas linguagens, como Java,
assumiram grande importância no desenvolvimen- 5.5. filetype:tipo
to de softwares aplicativos que obedeçam aos três
conceitos anteriores. Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
extensão especificada. Por exemplo, em uma busca fi-
5. Mecanismos de Buscas letype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra
chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos
Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT,
exatamente o que você queria pode trazer algumas ho- DOC.
ras de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os
algoritmos de busca sejam sempre revisados e busquem 5.6. palavra_chave_01 * palavra_chave_02
de certa forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça,
lançar mão de alguns artifícios para que sua busca seja Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o *
otimizada poupará seu tempo e fará com que você tenha um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados
acesso a resultados mais relevantes. em que os termos inicial e final aparecem, independente
Os mecanismos de buscas contam com operadores
do que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo fa-
para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no
cebook * msn e veja o resultado na prática.
entanto, pode não interessar a você, caso não seja um
praticante de SEO. Contudo, alguns são realmente úteis
6. Áudio e Vídeo
e estão listados abaixo. Realize uma busca simples e de-
pois aplique os filtros para poder ver o quanto os resul-
A popularização da banda larga e dos serviços de
tados podem ser mais especializados em relação ao que
e-mail com grande capacidade de armazenamento está
você procura.
aumentando a circulação de vídeos na Internet. O pro-
5.1. -palavra_chave blema é que a profusão de formatos de arquivos pode
tornar a experiência decepcionante.
Retorna uma busca excluindo aquelas em que a pa- A maioria deles depende de um único programa para
lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai neces-
por computação, provavelmente encontrarei na relação sitar do QuickTime, da Apple. Outros, além de um player
dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computa- de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo
ção“. Contudo, se eu fizer uma busca por computação de “COder/DECoder”, codec é uma espécie de comple-
-ciência, os resultados que tem a palavra chave ciência mento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o
serão omitidos. caso do MPEG, que roda no Windows Media Player, des-
de que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação
5.2. +palavra_chave é automática.
Com os três players de multimídia mais populares -
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você
uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga dificilmente encontrará problemas para rodar vídeos,
ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com- tanto offline como por streaming (neste caso, o down-
putação, terei como retorno uma gama mista de resul- load e a exibição do vídeo são simultâneos, como na TV
tados. Caso eu queira filtrar somente os casos em que Terra).
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ciências aparece, e também no estado de SP, realizo uma Atualmente, devido à evolução da internet com os
busca do tipo computação + ciência SP. mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais,
há uma grande demanda por programas para trabalhar
com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a
5.3. “frase_chave” isso, também há no mercado uma ampla gama de ferra-
mentas existentes que fazem algum tipo de tratamento
Retorna uma busca em que existam as ocorrências ou conversão de imagens.
dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia Porém, muitos destes programas não são o que se
exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão
busca do tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta em seu uso ou na manipulação dos recursos existentes.
da palavra FAZER, verá resultados em que a frase idêntica Caso o que você precise seja apenas um programa para
foi empregada. visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples

48
ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar FTP anônimo versus FTP com autenticação existem dois
uma conferida em alguns aplicativos mais leves e com re- tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a cone-
cursos mais enxutos como os visualizadores de imagens. xão anônima, na qual não é preciso possuir um username
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos ou password (senha) no servidor de FTP, bastando apenas
deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis identificar-se como anonymous (anônimo). Neste caso, o
de se utilizar dos editores, para você que não precisa de que acontece é que, em geral, a árvore de diretório que
tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um trata- se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto é
mento especial para as suas mais variadas imagens. muito importante, porque garante um nível de segurança
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas
faz dele um aplicativo completo para visualização de fo- as informações da empresa. Quando se estabelece uma co-
tos e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramen- nexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a
tas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de diretó-
imagem do computador. rios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e in-
As ferramentas de edição possuem os métodos mais coming. O segundo tipo de conexão envolve uma autenti-
avançados para automatizar o processo de correção de cação, e portanto, é indispensável que o usuário possua um
imagens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o username e uma password que sejam reconhecidas pelo
programa consegue identificar e corrigir todos os olhos sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste
vermelhos da foto automaticamente sem precisar sele- caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no
diretório criado para a conta do usuário – diretório home, e
cionar um por um. Além disso, é possível cortar, endirei-
dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só
tar, adicionar textos, inserir efeitos, e muito mais.
escrever e ler arquivos nos quais ele possua.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa Assim como muitas aplicações largamente utilizadas
biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligen- hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema
te de armazenamento capaz de filtrar imagens que con- operacional UNIX, que foi o grande percursor e respon-
tenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar sável pelo sucesso e desenvolvimento da Internet.
apenas as fotos que contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você 8. Algumas dicas
pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o
feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O progra- número de conexões simultâneas para evitar uma
ma possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita sobrecarga na máquina. Uma outra limitação pos-
enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos. sível é a faixa de horário de acesso, que muitas
vezes é considerada nobre em horário comercial,
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e portanto, o FTP anônimo é temporariamente de-
e com uma interface gráfica simples porém otimizada e sativado.
fácil de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade 2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites
com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site
recursos simples de editor. Com ele é possível fazer ope- sendo acessado.
rações como copiar e deletar imagens até o efeito de re- 3. Antes de realizar a transferência de qualquer arqui-
moção de olhos vermelhos em fotos. O programa oferece vo verifique se você está usando o modo correto,
alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração isto é, no caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e
de cores em sua imagem por meio de apenas um clique. no caso de arquivos binários (.exe, .com, .zip, .wav,
Além disso sempre é possível a visualização de ima- etc.), o modo é binário. Esta prevenção pode evitar
gens pelo próprio gerenciador do Windows. perda de tempo.
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir
7. Transferência de arquivos pela internet
que um amigo seu consiga acessar o seu compu-
tador como um servidor remoto de FTP, bastando
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferên-
que ele tenha acesso ao número IP, que lhe é atri-
cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de inte-
buído dinamicamente.
ração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber
arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

9. Grupos de Discussão e Redes Sociais


como servidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito
de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não São espaços de convivências virtuais em que grupos
texto (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interes- de pessoas ou empresas se relacionam por meio do en-
sante entre enviar uma mensagem de correio eletrônico vio de mensagens, do compartilhamento de conteúdo,
e realizar transferência de um arquivo. A mensagem é entre outras ações.
sempre transferida como uma informação textual, en- As redes sociais tiveram grande avanço devido a evo-
quanto a transferência de um arquivo pode ser caracteri- lução da internet, cujo boom aconteceu no início do mi-
zada como textual (ASCII) ou não-textual (binário). lênio. Vejamos como esse percurso aconteceu:
Um servidor FTP é um computador que roda um pro- Em 1994 foi lançado o GeoCities, a primeira comuni-
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é dade que se assemelha a uma rede social. O GeoCities
capaz de se comunicar com outro computador na Rede que, no entanto, não existe mais, orientava as pessoas
que o esteja acessando através de um cliente FTP. para que elas próprias criassem suas páginas na internet.

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Em 1995 surge o The Globe, que dava aos internautas Além disso, as redes sociais oferecem uma forma rá-
a oportunidade de interagir com um grupo de pessoas. pida e eficaz de comunicar algo para um grande número
No mesmo ano, também surge uma plataforma que de pessoas ao mesmo tempo.
permite a interação com antigos colegas da escola, o Podemos citar como exemplo o fato de poder avisar
Classmates. um acontecimento, a preparação de uma manifestação
Já nos anos 2000, surge o Fotolog, uma plataforma que, ou a mobilização de um grupo para um protesto.
desta vez, tinha como foco a publicação de fotografias. No entanto, em decorrência de alguns perigos, as re-
des sociais apresentam as suas desvantagens. Uma delas
Em 2002 surge o que é considerada a primeira verda- é a falta de privacidade.
deira rede social, o Friendster. Por esse motivo, o uso das redes sociais tem sido
No ano seguinte, é lançado o LinkedIn, a maior rede cada vez mais discutido, inclusive pela polícia, que alerta
social de caráter profissional do mundo. para algumas precauções.
E em 2004, junto com a maior de todas as redes, o
Facebook, surgem o Orkut e o Flickr.
Há vários tipos de redes sociais. A grande diferença #FicaDica
entre elas é o seu objetivo, os quais podem ser:
• Estabelecimento de contatos pessoais (relações de Por ser algo muito atual, tem caído mui-
amizade ou namoro). tas questões de redes sociais nos concursos
• Networking: partilha e busca de conhecimentos atualmente.
profissionais e procura emprego ou preenchimen-
to de vagas.
• Partilha e busca de imagens e vídeos.
• Partilha e busca de informações sobre temas varia-
dos. EXERCÍCIOS COMENTADOS
• Divulgação para compra e venda de produtos e
serviços. 1. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se uma
• Jogos, entre outros. impressora estiver compartilhada em uma intranet por
meio de um endereço IP, então, para se imprimir um ar-
Há dezenas de redes sociais. Dentre as mais conheci- quivo nessa impressora, é necessário, por uma questão
das, destacamos: de padronização dessa tecnologia de impressão, indicar
• Facebook: interação e expansão de contatos. no navegador web a seguinte url:
• Youtube: partilha de vídeos. , em
• Whatsapp: envio de mensagens instantâneas e que deve estar acessível via rede e
chamadas de voz.
• Instagram: partilha de fotos e vídeos. deve ser do tipo PDF.
• Twitter: partilha de pequenas publicações, as quais
são conhecidas como “tweets”.
• Pinterest: partilha de ideias de temas variados. ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Skype: telechamada.
• LinkedIn: interação e expansão de contatos profis- Resposta: Errado. Pelo comando da questão, esta afir-
sionais. ma que somente arquivos no formato PDF, poderiam
• Badoo: relacionamentos amorosos. ser impressos, o que torna o item errado, o comando
• Snapchat: envio de mensagens instantâneas. para impressão não verifica o formato do arquivo, tão
• Messenger: envio de mensagens instantâneas. somente o local onde está o arquivo a ser impresso.
• Flickr: partilha de imagens.
• Google+: partilha de conteúdos.
• Tumblr: partilha de pequenas publicações, seme-
lhante ao Twitter.

10. Vantagens e Desvantagens


NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Existem várias vantagens em fazer parte de redes


sociais e é principalmente por isso que elas tiveram um
crescimento tão significativo ao longo dos anos.
Isso porque as redes sociais podem aproximar as pes-
soas. Afinal, elas são uma maneira fácil de manter as re-
lações e o contato com quem está distante, propiciando,
assim, a possibilidade de interagir em tempo real.
As redes também facilitam a relação com quem está
mais perto. Em decorrência da rotina corrida do dia a dia,
nem sempre há tempo para que as pessoas se encon-
trem fisicamente.

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2. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se, em 3. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se o
uma intranet, for disponibilizado um portal de informa- servidor proxy responder na porta 80 e a conexão passar
ções acessível por meio de um navegador, será possível por um firewall de rede, então o firewall deverá permitir
acessar esse portal fazendo-se uso dos protocolos HTTP conexões de saída da estação do usuário com a porta 80
ou HTTPS, ou de ambos, dependendo de como esteja de destino no endereço do proxy.
configurado o servidor do portal.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. E muitas redes LAN o servidor pro-


xy e o firewall estão no mesmo servidor físico/virtual,
porém isso não é uma regra, ou seja, os dois serviços
podem aparecer eventualmente em servidores físicos/
virtuais separados. Para que uma estação de usuário
(que utiliza proxy na porta 80) possa “sair” da rede
LAN para o mundo exterior “WAN” é necessário que
o firewall permita conexões de saída na mesma porta
em que o proxy está respondendo, ou seja, a porta 80.

4. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) A opção


de usar um servidor proxy para a rede local faz que o IE
solicite autenticação em toda conexão de Internet que
for realizada.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Com base na figura acima, que ilustra as configurações
da rede local do navegador Internet Explorer (IE), versão Resposta: Errado. Somente é solicitado a autentica-
9, julgue os próximos itens. ção se o servidor assim estiver configurado, do con-
trário nenhuma senha é solicitada, além de que foi de-
( ) CERTO ( ) ERRADO finido para a rede Interna e não para acesso à Internet.

Resposta: Certo. HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) 5. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere
é um protocolo, ou seja, uma determinada regra que que um usuário necessite utilizar diferentes dispositivos
permite ao seu computador trocar informações com computacionais, permanentemente conectados à Inter-
um servidor que abriga um site. Isso significa que, uma net, que utilizem diferentes clientes de e-mail, como o
vez conectados sob esse protocolo, as máquinas po- Outlook Express e Mozilla Thunderbird. Nessa situação, o
dem receber e enviar qualquer conteúdo textual – os usuário deverá optar pelo uso do protocolo IMAP (Inter-
códigos que resultam na página acessada pelo nave- net message access protocol), em detrimento do POP3
gador. (post office protocol), pois isso permitirá a ele manter o
O problema com o HTTP é que, em redes Wi-Fi ou conjunto de e-mails no servidor remoto ou, alternativa-
outras conexões propícias a phishing (fraude eletrô- mente, fazer o download das mensagens para o compu-
nica) e hackers, pessoas mal-intencionadas podem tador em uso.
atravessar o caminho e interceptar os dados transmiti-
dos com relativa facilidade. Portanto, uma conexão em ( ) CERTO ( ) ERRADO
HTTP é insegura.
Nesse ponto entra o HTTPS (Hyper Text Transfer Pro- Resposta: Certo. Em clientes de correios eletrônicos o
tocol Secure), que insere uma camada de proteção na padrão é utilizar o Protocolo POP ou POP3 que tem a
transmissão de dados entre seu computador e o ser- função de baixar as mensagens do servidor de e-mail
vidor. Em sites com endereço HTTPS, a comunicação para o computador que o programa foi configurado.
é criptografada, aumentando significativamente a se- Quando o POP é substituído pelo IMAP, essas men-
gurança dos dados. É como se cliente e servidor con- sagens são baixadas para o computador do usuário
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

versassem uma língua que só as duas entendessem, só que apenas uma cópia delas, deixando no servidor
dificultando a interceptação das informações. as mensagens originais; quando o acesso é feito por
Para saber se está navegando em um site com crip- outro computador essas mensagens que estão no ser-
tografia, basta verificar a barra de endereços, na qual vidor são baixadas para este outro computador, dei-
será possível identificar as letras HTTPS e, geralmente, xando sempre a original no servidor.
um símbolo de cadeado que denota segurança. Além
disso, o usuário deverá ver uma bandeira com o nome 6. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) Twitter, Orkut,
do site, já que a conexão segura também identifica pá- Google+ e Facebook são exemplos de redes sociais que
ginas na Internet por meio de seu certificado. utilizam o recurso scraps para propiciar o compartilha-
mento de arquivos entre seus usuários

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Resposta: Errado. Scrap é um recado e sua função 10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O ar-
principal é enviar mensagens e não o compartilha- mazenamento de informações em arquivos denomina-
mento de arquivos. Ainda que algumas redes permi- dos cookies pode constituir uma vulnerabilidade de um
tam o compartilhamento de fotos e gifs animados, o sistema de segurança instalado em um computador. Para
objetivo não é o compartilhamento de arquivos e nem reduzir essa vulnerabilidade, o IE6 disponibiliza recursos
todas as redes citadas na questão permitem. para impedir que cookies sejam armazenados no com-
putador. Caso o delegado deseje configurar tratamentos
7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) Nas referentes a cookies, ele encontrará recursos a partir do
versões recentes do Mozilla Firefox, há um recurso que uso do menu .
mantém o histórico de atualizações instaladas, no qual
são mostrados detalhes como a data da instalação e o ( ) CERTO ( ) ERRADO
usuário que executou a operação.
Resposta: Certo. No navegador Internet Explorer 11, a
( ) CERTO ( ) ERRADO seguinte sequência de ação pode ser usada para fazer
o bloqueio de cookies: Clicar no botão Ferramentas,
Reposta: Errado. Esse recurso existe nas últimas ver- depois em Opções da Internet, ativar guia Privacidade
sões do Firefox, contudo o histórico não contém o e, em Configurações, mover o controle deslizante até
usuário que executou a operação. Este recurso está em cima para bloquear todos os cookies e, em segui-
disponível no menu Firefox – Opções – Avançado – da, clicar em OK.
Atualizações – Histórico de atualizações.
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Caso o
8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No acesso à Internet descrito tenha sido realizado mediante
Internet Explorer 10, por meio da opção Sites Sugeridos, um provedor de Internet acessível por meio de uma co-
o usuário pode registrar os sítios que considera mais im- nexão a uma rede LAN, à qual estava conectado o com-
portantes e recomendá-los aos seus amigos. putador do delegado, é correto concluir que as informa-
ções obtidas pelo delegado transitaram na LAN de modo
( ) CERTO ( ) ERRADO criptografado.

Resposta: Errado. O recurso Sites Sugeridos é um ser- ( ) CERTO ( ) ERRADO


viço online que o Internet Explorer usa para recomen-
dar sítios de que o usuário possa gostar, com base nos Resposta: Errado. Pela barra de endereço se verifica
sítios visitados com frequência. Para acessá-lo, basta que o protocolo utilizado é o HTTP; dessa forma se
clicar o menu Ferramentas-Arquivo- Sites Sugeridos. conclui que não há uma criptografia, se fosse o proto-
Considere que um delegado de polícia federal, em colo HTTPS, poderia se aferir que haveria algum tipo
uma sessão de uso do Internet Explorer 6 (IE6), obteve de criptografia do tipo SSL.
a janela ilustrada acima, que mostra uma página web
do sítio do DPF, cujo endereço eletrônico está indica- 12. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Por
do no campo . A partir dessas informações, meio do botão , o delegado poderá obter, desde que
julgue os itens de 09 a 12. disponíveis, informações a respeito das páginas previa-
mente acessadas na sessão de uso do IE6 descrita e de
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O con- outras sessões de uso desse aplicativo, em seu computa-
teúdo da página acessada pelo delegado, por conter da- dor. Outro recurso disponibilizado ao se clicar nesse bo-
dos importantes à ação do DPF, é constantemente atua- tão permite ao delegado realizar pesquisa de conteúdo
lizado por seu webmaster. Após o acesso mencionado nas páginas contidas no diretório histórico do IE6.
acima, o delegado desejou verificar se houve alteração
desse conteúdo. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Nessa situação, ao clicar no botão , o delegado terá
condições de verificar se houve ou não a alteração men- Resposta: Certo. É possível através do botão descrito,
cionada, independentemente da configuração do IE6, o botão de histórico, que se encontre informações das
mas desde que haja recursos técnicos e que o IE6 esteja páginas acessadas anteriormente, e também permite
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

em modo online. que se pesquise a respeito de conteúdos nas páginas


contidas no diretório do IE6.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. O botão atualizar (F5) efetua uma NOÇÕES BÁSICAS DE FERRAMENTAS E APLICA-
nova consulta ao servidor WEB, recarregando deste TIVOS DE NAVEGAÇÃO E CORREIO ELETRÔNICO
modo o arquivo novamente, se houver alterações, es-
tas serão exibidas, caso contrário o arquivo será reexi- Um browser ou navegador é um aplicativo que opera
bido sem alterações. através da internet, interpretando arquivos e sites web
desenvolvidos com frequência em código HTML que
contém informação e conteúdo em hipertexto de todas
as partes do mundo.

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Navegadores: Navegadores de internet ou browsers
são programas de computador especializados em vi-
sualizar e dar acesso às informações disponibilizadas na
web, até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet
Explorer e o Netscape, hoje temos uma série de navega-
dores no mercado, iremos fazer uma breve descrição de
cada um deles, e depois faremos toda a exemplificação Figura 4: Símbolo do Safari
utilizando o Internet Explorer por ser o mais utilizado em
todo o mundo, porém o conceito e usabilidade dos ou- Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o nave-
tros navegadores seguem os mesmos princípios lógicos. gador padrão do Windows. Como o próprio nome diz, é
Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con- um programa preparado para explorar a Internet dando
sequentemente um dos melhores navegadores existen- acesso a suas informações. Representado pelo símbolo
tes. Outra vantagem devido ser o navegador da Google do “e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo
é o mais utilizado no meio, tem uma interface simples clique em seu símbolo.
muito fácil de utilizar.

Figura 5: Símbolo do Internet Explorer


Figura 1: Símbolo do Google Chrome

#FicaDica
#FicaDica Glossário interessante que abordam inter-
Ultimamente tem caído perguntas relacio- net e correio eletrônico
nadas a guia anônima que não deixa rastro Anti-spam: Ferramenta utilizada para filtro
(senhas, auto completar, entre outros), e é de mensagens indesejadas.
acessado com o atalho CTRL+SHIFT+N Browser: Programa utilizado para navegar
na Web, também chamado de navegador.
Exemplo: Mozilla Firefox.
Cliente de e-mail: Software destinado a ge-
Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente renciar contas de correio eletrônico, possi-
navegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não bilitando a composição, envio, recebimen-
ter uma interface tão amigável, porém é um dos navega- to, leitura e arquivamento de mensagens.
dores mais rápidas e com maior segurança contra hac- A seguir, uma lista de gerenciadores de
kers. e-mail (em negrito os mais conhecidos e
utilizados atualmente):
Microsoft Office Outlook, Microsoft
Outlook Express, Mozilla Thunderbird, Eu-
dora,
Pegasus Mail, Apple Mail (Apple), Kmail
(Linux) e Windows Mail.
Figura 2: Símbolo do Mozilla Firefox

Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande Outros pontos importantes de conceitos que podem
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- ser abordado no seu concurso são:
dera o navegador com menos segurança. MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Exten-
sões multiuso do correio da Internet): Provê mecanismos
para o envio de outros tipo sde informações por e-mail,
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

como imagens, sons, filmes, entre outros.


MTA (Mail Transfer Agent – Agente de Transferência
de Correio): Termo utilizado para designar os servidores
de Correio Eletrônico.
Figura 3: Símbolo do Opera MUA (Mail User Agent – Agente Usuário de Correio):
Programas clientes de e-mail, como o Mozilla Thunder-
Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo bird, Microsoft Outlook Express etc.
navegador considerado pelos especialistas e possui uma POP3 (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo de
interface bem bonita, apesar de ser um navegador da Agência de Correio “Versão 3”): Protocolo padrão para
Apple existem versões para Windows. receber e-mails. Através do POP, um usuário transfere
para o computador as mensagens armazenada sem sua
caixa postal no servidor.

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SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de Os agentes de transferência usam três protoco-
Transferência Simples de Correio): É um protocolo de en- los: SMTP (Simple Transfer Protocol), POP (Post Office
vio de e-mail apenas. Com ele, não é possível que um Protocol) e IMAP (Internet Message Protocol). O SMTP
usuário descarregue suas mensagens de umservidor. é usado para transferir mensagens eletrônicas entre os
Esse protocolo utiliza a porta 25 do protocolo TCP. computadores. O POP é muito usado para verificar men-
Spam: Mensagens de correio eletrônico não autori- sagens de servidores de e-mail quando ele se conecta ao
zadas ou não solicitadas pelo destinatário, geralmente servidor suas mensagens são levadas do servidor para o
de conotação publicitária ou obscena, enviadas em larga computador local. Pode ser usado por quem usa conexão
escala para uma lista de e-mails, fóruns ou grupos de discada.
discussão. Já o IMAP também é um protocolo padrão que per-
mite acesso a mensagens nos servidores de e-mail. Ele
1. Um pouco de história possibilita a leitura de arquivos dos e-mails, mas não per-
mite que eles sejam baixados. O IMAP é ideal para quem
A internet é uma rede de computadores que liga os acessa o e-mail de vários locais diferentes.
computadores a redor de todo o mundo, mas quando ela
começou não era assim, tinham apenas 4 computadores
e a maior distância entre um e outro era de 450 KM. No #FicaDica
fim da década de 60, o Departamento de Defesa norte- Um e-mail hoje é um dos principais meios
-americano resolveu criar um sistema interligado para tro- de comunicação, por exemplo:
car informações sobre pesquisas e armamentos que não canaldoovidio@gmail.com
pudesse chegar nas mãos dos soviéticos. Sendo assim, Onde, canaldoovidio é o usuário o arro-
foi criado o projeto Arpanet pela Agência para Projeto de ba quer dizer na, o gmail é o servidor e o
Pesquisa Avançados do Departamento de Defesa dos EUA. .com é a tipagem.
Ao ganhar proporções mundiais, esse tipo de cone-
xão recebeu o nome de internet e até a década de 80
ficou apenas entre os meios acadêmicos. No Brasil ela
Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrô-
chegou apenas na década de 90. É na internet que é exe-
nicas em um único computador, sem necessariamente
cutada a World Wide Web (www), sistema que contém
estarmos conectados à Internet no momento da criação
milhares de informações (gráficos, vídeos, textos, sons,
ou leitura do e-mail, podemos usar um programa de cor-
etc) que também ficou conhecido como rede mundial.
reio eletrônico. Existem vários deles. Alguns gratuitos,
Tim Berners-Lee na década de 80 começou a criar um
como o Mozilla Thunderbird, outros proprietários como
projeto que pode ser considerado o princípio da World
Wide Web. No início da década de 90 ele já havia elabo- o Outlook Express. Os dois programas, assim como vá-
rado uma nova proposta para o que ficaria conhecido rios outros que servem à mesma finalidade, têm recursos
como WWW. Tim falava sobre o uso de hipertexto e a similares. Apresentaremos os recursos dos programas de
partir disso surgiu o “http” (em português significa pro- correio eletrônico através do Outlook Express que tam-
tocolo de transferência de hipertexto). Vinton Cerf tam- bém estão presentes no Mozilla Thunderbird.
bém é um personagem importante e inclusive é conheci- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
do por muitos como o pai da internet. com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos
de teclado para a realização de diversas funções dentro
do Outlook. Para você começar os seus estudos, anote
#FicaDica alguns atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta
URL: Tudo que é disponível na Web tem apertar Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada
seu próprio endereço, chamado URL, ele mensagem aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso
facilita a navegação e possui característi- em consideração inclua os atalhos de teclado na sua ro-
cas específicas como a falta de acentuação tina de estudos e vá preparado para o concurso com os
gráfica e palavras maiúsculas. Uma url pos- principais na cabeça.
sui o http (protocolo), www (World Wide Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para
Web), o nome da empresa que representa profissionais que compartilham uma mesma área é o
o site, .com (ex: se for um site governa- compartilhamento de calendário entre membros de uma
mental o final será .gov) e a sigla do país mesma equipe.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

de origem daquele site (no Brasil é usado Por isso mesmo é importante que você tenha o co-
o BR). nhecimento da técnica na hora de fazer uma prova de
concurso que exige os conhecimentos básicos de infor-
mática, pois por ser uma função bastante utilizada tem
CORREIOS ELETRÔNICOS maiores chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
Os correios eletrônicos se dividem em duas formas: do Outlook que permite que o usuário organize de for-
os agentes de usuários e os agentes de transferência de ma completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas,
mensagens. Os agentes usuários são exemplificados pelo compromissos e reuniões de maneira organizada por dia,
Mozilla Thunderbird e pelo Outlook. Já os agentes de de forma a ter um maior controle das atividades que de-
transferência realizam um processo de envio dos agentes vem ser realizadas durante o seu dia a dia.
usuários e servidores de e-mail.

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Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permite
que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou #FicaDica
parte dele com quem você desejar, de forma a permitir Para: deve ser digitado o endereço
que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o eletrônico ou o contato registrado no
que pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro Outlook do destinatário da mensagem.
de uma mesma equipe, principalmente quando um de- Campo obrigatório.
terminado membro entra de férias. Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico
Para conseguir utilizar essa função basta que você en- ou o contato registrado no Outlook do
tre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. destinatário que servirá para ter ciência
Feito isso, basta que você clique em Enviar Calendário desse e-mail.
por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários
no seu Outlook. ficam ocultos.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as
informações que vão ser compartilhadas com quem você
deseja, de forma que o Outlook vai formular um calen- Assunto: campo onde será inserida uma breve des-
dário de forma simples e detalhada de fácil visualização crição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase
para quem você deseja enviar uma mensagem. sobre o conteúdo da mensagem. É um campo opcional,
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que tra- mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento
balha dentro de uma empresa tem uma assinatura pró- pode levar o destinatário a não dar a devida importância
pria para deixar os comunicados enviados por e-mail à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
com uma aparência mais profissional. Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que A mensagem, após digitada, pode passar pelas for-
este conteúdo pode ser cobrado em alguma questão matações existentes na barra de formatação do Outlook:
dentro de um concurso público. Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation
seus estudos do conteúdo básico de informática para a (mesma criadora do Mozilla Firefox).
sua preparação para concurso. Ao contrário do que mui- Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que
ta gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar não necessita de instalação no computador do usuário, já
uma assinatura é bastante simples, de forma que perder que funciona como uma página de internet, bastando o
pontos por conta dessa questão em específico é perder usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com
pontos à toa. seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha mobili-
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta dade já que não necessita estar na máquina em que um
que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail.
de Opções. Lá você vai encontrar o botão para E-mail
e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde
você deve clicar. Feito isso, você vai conseguir adicio- #FicaDica
nar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem Segmentos do Outlook Express
maiores problemas. Painel de Pastas: permite que o usuário
No Outlook Express podemos preparar uma mensa- salve seus e-mails em pastas específicas e
gem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na fi- dá a possibilidade de criar novas pastas;
gura acima, ao clicar nessa imagem aparecerá a tela a Painel das Mensagens: onde se concentra
seguir: a lista de mensagens de determinada
pasta e quando se clica em um dos e-mails
o conteúdo é disponibilizado no painel de
conteúdo.
Painel de Conteúdo: esse painel é onde
irá aparecer o conteúdo das mensagens
enviadas.
Painel de Contatos: nesse local se
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

concentram as pessoas que foram


cadastradas em sua lista de endereço.

Figura 6: Tela de Envio de E-mail

55
b) Como as duas mensagens têm o mesmo assunto, a
EXERCÍCIOS COMENTADOS segunda mensagem não foi transmitida, permanecen-
do no computador do destinatário apenas a primeira
mensagem.
1. (TJ-ES – CBNM1-01 – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2011) c) A segunda mensagem não pode ser transmitida e fica
UM PROGRAMA DE CORREIO ELETRÔNICO VIA WEB bloqueada na caixa de saída do remetente, até que a
(WEBMAIL) é uma opção viável para usuários que es- primeira mensagem tenha sido lido pelo destinatário.
tejam longe de seu computador pessoal. A partir de d) O destinatário recebeu 2 mensagens, sendo, a primei-
qualquer outro computador no mundo, o usuário pode, ra, sem anexo, e a segunda, com o anexo.
via Internet, acessar a caixa de correio armazenada no e) O remetente não recebeu nenhuma das mensagens,
próprio computador cliente remoto e visualizar eventuais pois não é possível transmitir mais de uma mensagem
novas mensagens. com o mesmo assunto e mesmo remetente.
( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Letra D. Alternativa “A” está incorreta, pois
todas mensagens enviadas são armazenadas de forma
Resposta: Errado. O programa WebMail irá acessar o independente, novas mensagens com mesmo assun-
servidor de e-mail, e não a máquina dousuário (com- to ou ainda idênticas a anteriores não influenciam em
putador cliente remoto). mensagens já enviadas.
Alternativa “B” está incorreta, pois é perfeitamente
2. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) No MS- possível enviar mensagens com mesmo assunto ou
-Outlook 2010, em sua configuração padrão, quando ainda idênticas, sem prejuízo algum de mensagens
uma mensagem está sendo preparada, o usuário pode anteriores.
indicar aos destinatários que a mensagem precisa de Alternativa “C” está incorreta, pois Todas as mensa-
atenção utilizando a marca de _________________. Esse re- gens serão enviadas, independentemente do destina-
curso pode ser encontrado no grupo Marcas, da guia tário ler as anteriores.
Mensagem. Alternativa “D” está correta, pois o destinatário rece-
Assinale a alternativa que apresenta a opção que preen- beu 2 mensagens, sendo, a primeira, sem anexo, e a
che corretamente a lacuna do enunciado. segunda, com o anexo.
Alternativa “E” está incorreta, pois é possível enviar
a) SPAM. mais de uma mensagem, com mesmo assunto e mes-
b) Alta Prioridade. mo destinatário.
c) Baixa Prioridade.
d) Assinatura Personalizada. 4. (SOLDADO – PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017)
e) Arquivo Anexado. João recebeu uma mensagem de correio eletrônico com
as seguintes características:
Resposta: Letra B. É possível sinalizar a mensagem De: Pedro
como sendo de alta prioridade quando se deseja que Para: João; Marta
as pessoas saibam que a mensagem precisa de aten- Cc: Ricardo; Ana
ção urgente. Se a mensagem é apenas um informativo Usando o Microsoft Outlook 2010, em sua configuração
ou se está enviando um e-mail sobre um tema que padrão, ele usou um recurso para responder a mensa-
não precisa ser priorizado, defina o indicador de baixa gem que manteve apenas Pedro na lista de destinatários.
prioridade. Isso significa que João usou a opção:
A maioria dos clientes de e-mail, os destinatários veem
um indicador específico na lista de mensagens ou nos a) Responder.
cabeçalhos. b) Arquivar.
Na faixa de opções, é possível saber quando a priori- c) Marcar como não lida.
dade foi definida, pois o botão fica realçado. d) Responder a todos.
e) Marcar como lida
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2017) Um usuário
preparou uma mensagem de correio eletrônico usando o Resposta: Letra A. Se o João deseja “responder” ao
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Microsoft Outlook 2010, em sua configuração padrão, e e-mail recebido de Pedro, e deseja responder apenas
enviou para o destinatário. Porém, algum tempo depois, ao remetente já se pode eliminar as alternativas “B”,
percebeu que esqueceu de anexar um arquivo. Esse mes- “C” e “E” por não terem correspondência com a função
mo usuário preparou, então, uma nova mensagem com “Resposta”.
o mesmo assunto, e enviou para o mesmo destinatário, Tem-se então, apenas duas alternativas, “A” e “D”, mas
agora com o anexo. Assinale a alternativa correta. como o João deseja responder apenas para Pedro ele
deve escolher a opção “Responder”, pois se escolhes-
a) A mensagem original, sem o anexo, foi automatica- se “Responder a todos”, Marta, Ricardo e Ana também
mente apagada no computador do destinatário e receberiam a mensagem.
substituída pela segunda mensagem, uma vez que
ambas têm o mesmo assunto e são do mesmo reme-
tente.

56
5. (AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2013)Observe o ar- c) atualizada.
gumento de busca que o usuário fará utilizando o Goo- d) enviada por e-mail.
gle, na ilustração apresentada a seguir. e) aberta em uma nova aba.

Resposta: Letra C. a) Imediatamente fechada.


۰ Alt + F4 = fecha todas as guias
۰ Ctrl + F4 = fecha só guia atual
b) Enviada para impressão.
۰ Ctrl + P
c) Atualizada.
۰ F5
Com base na figura e no que foi digitado, assinale a al- d) Enviada por e-mail.
ternativa correta. ۰ CTRL + Enter (MS Outlook)
e) Aberta em uma nova aba.
a) Será pesquisado o conjunto exato de palavras. ۰ Ctrl + T = abre uma nova aba
b) A pesquisa trará como resultados o que encontrar ۰ Ctrl + N = abre um novo comando
como antônimo do que foi digitado.
c) O conjunto de palavras será excluído dos resultados
pesquisados. Computação na nuvem (cloud computing)
d) A pesquisa trará somente as imagens e vídeos não re-
lacionados ao argumento digitado. Ao utilizar e acessar arquivos e executar tarefas pela
e) Além das palavras digitadas, a pesquisa também trará internet, o usuário está utilizando o conceito de compu-
os seus sinônimos tação em nuvens, não há a necessidade de instalar apli-
cativos no seu computador para tudo, pois pode acessar
Resposta: Letra A. diferentes serviços online para fazer o que precisa, já que
O comando “entre aspas” durante uma busca, efetua os dados não se encontram em um computador específi-
a busca pela ocorrência exata de tudo que está en- co, mas sim em uma rede, um grande exemplo disso é o
tre as aspas, agrupado da mesma forma, desta forma, Google com o Google Docs, Planilhas, e até mesmo porta
para esta questão será retornado o resultado da ocor- aquivos como o Google Drive, ou de outras empresas
rência “garota de Ipanema”. como o One Drive.
Obs.: As pesquisas com aspas podem excluir resulta- Uma vez devidamente conectado ao serviço online, é
dos relevantes. Por exemplo, uma pesquisa por “Ale- possível desfrutar suas ferramentas e salvar todo o tra-
xander Bell” excluirá páginas que se referem a Alexan- balho que for feito para acessá-lo depois de qualquer
der G. Bell. lugar — é justamente por isso que o seu computador
estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicati-
6. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) Considere a vos a partir de qualquer computador que tenha acesso
imagem a seguir, extraída do Internet Explorer 11, em sua à internet.
configuração padrão. A página exibida no navegador foi
completamente carregada.
#FicaDica
Basta pensar que, a partir de uma conexão
com a internet, você pode acessar um ser-
vidor capaz de executar o aplicativo deseja-
do, que pode ser desde um processador de
textos até mesmo um jogo ou um pesado
editor de vídeos. Enquanto os servidores
executam um programa ou acessam uma
determinada informação, o seu computa-
dor precisa apenas do monitor e dos perifé-
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

ricos para que você interaja.

Ao pressionar o botão F5 do teclado, a página exibida


será

a) imediatamente fechada.
b) enviada para impressão.

57
Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto
de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa-
HORA DE PRATICAR! re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa
o software:

1. (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE AD- a) 7-Zip.


MINISTRATIVO) Um computador é um equipamento ca- b) WinZip.
paz de processar com rapidez e segurança grande quan- c) CuteFTP.
tidade de informações. d) jZip.
Assim, além dos componentes de hardware, os compu- e) WinRAR.
tadores necessitam de um conjunto de softwares deno-
minado: 6. (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu-
a) arquivo de dados. guês, é correto afirmar que,
b) blocos de disco.
c) navegador de internet. a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre
d) processador de dados. cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão
e) sistemaoperacional. Classificar na barra de ferramentas da janela e escolher
o modo de exibição desejado.
2. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele
ADMINISTRATIVA) As características básicas da segu- é apagado permanentemente e não pode ser poste-
rança da informação — confidencialidade, integridade e riormente recuperado caso tenha sido excluído por
disponibilidade — não são atributos exclusivos dos siste- engano.
mas computacionais. c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a
( ) CERTO ( ) ERRADO opção Enviar para a lixeira.
d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
3. (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JURÍ-
estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado
DICA) São ações para manter o computador protegido,
entre todos os usuários que possuem acesso a essas
EXCETO:
pastas.
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
a) Evitar o uso de versões de sistemas operacionais ultra-
rígido para uma mídia removível, como um pen drive,
passadas, como Windows 95 ou 98.
ele será copiado.
b) Excluir spams recebidos e não comprar nada anuncia-
do através desses spams.
7. (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema ope-
c) Não utilizar firewall.
d) Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo sem- racional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
pre utilizar um perfil mais restrito. manipulação de arquivos é:
e) Não clicar em links não solicitados, pois links estranhos
muitas vezes são vírus. a) kill
b) cat
4.(Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- c) rm
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : d) cp
e) ftp
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. 8. (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com o - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um
Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. desenvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendá- de backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
rio de um usuário, mas somente aquelas com e-mail tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

Outlook.com podem agendar reuniões e responder a API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
convites.
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não a) BkpAgent;
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em tele- b) BkpHelper;
fones com Android. c) BackupManager;
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas do d) BackupOutputData;
pacote de webmail Office 356 da Microsoft.] e) BackupDataStream.

5. (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um 9. (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
computador com o sistema operacional Windows insta- - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma
lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun- de prevenir perda de informações. Qual é o Backup que
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. só efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados

58
pelo usuário ou sistema? 15. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
a) Backup incremental GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Li-
b) Backup diferencial nux e Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema
c) Backup completo operacional Windows 8, há a possibilidade de integrar-
d) Backup Normal -se à denominada nuvem de computadores que fazem
e) Backup diário parte da Internet.

10. (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- ( ) CERTO ( ) ERRADO


mento) Como é chamado o backup em que o sistema
não é interrompido para sua realização? 16. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁ-
TICA) Alguns programas do computador de Ana estão
a) Backup Incremental. muito lentos e ela receia que haja um problema com o
b) Cold backup. hardware ou com a memória principal. Muitos de seus
c) Hot backup. programas falham subitamente e o carregamento de ar-
d) Backup diferencial. quivos grandes de imagens e vídeos está muito demo-
e) Backup normal rado. Além disso, aparece, com frequência, mensagens
indicando conflitos em drivers de dispositivos. Como ela
11. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) utiliza o Windows 7, resolveu executar algumas funções
Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar as causas
a um computador. Qual é o padrão de conexão que ele para os problemas e sugerir as soluções adequadas.
deve usar? Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
a) RJ11
b) RGB a) Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
c) HDMI desempenho.
d) PS2 b) Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
e) RJ45 conflitos do Windows.
c) Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
12. (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- desempenho de hardware.
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- d) Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamen-
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor de to de hardware do Windows.
planilha e navegador de internet: e) Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
de hardware do Windows.
a) software, software, hardware, software e hardware.
b) hardware, software, software, software e hardware. 17. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO -
c) hardware, software, hardware, hardware e software. EXECUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um
d) software, hardware, hardware, software e software. escritório de advocacia e utiliza um computador com o
e) hardware, software, hardware, software e software. Windows 7 Professional em português. Certo dia notou
que o computador em que trabalha parou de se comu-
13. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) nicar com a internet e com outros computadores ligados
Um computador à venda em um sítio de comércio ele- na rede local. Após consultar um técnico, por telefone,
trônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa foi informada que sua placa de rede poderia estar com
configuração indica que: problemas e foi orientada a checar o funcionamento do
adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou no Painel de
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no grupo
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por- a) Central de redes e compartilhamento.
tas USB. b) Verificar status do computador.
c) Redes e conectividade.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

14. (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da d) Gerenciador de dispositivos.


Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada e) Exibir o status e as tarefas de rede.
de um computador:

a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.


b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.

59
18. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI- 22. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
CA) No console do sistema operacional Linux, alguns CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamen-
comandos permitem executar operações com arquivos e to financeiro de uma grande empresa de vendas no vare-
diretórios do disco. jo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão,
diretório vazio são, respectivamente, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e
a data em que deveria comparecer à empresa para nego-
a) pwd, mv e rm. ciar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo
b) md, ls e rm. de clientes, João pesquisou recursos no Microsoft Office
c) mkdir, cd e rmdir. 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas
d) cdir, lsdir e erase. os dados dos clientes e as datas em que deveriam com-
e) md, cd e rd. parecer à empresa e automatizar o processo de impres-
são, sem ter que mudar os dados manualmente. Após
19. (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - imprimir todas as correspondências, João desejava ainda
ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema imprimir, também de forma automática, um conjunto de
operacional (ambientes Linux e Windows) e de redes de etiquetas para colar nos envelopes em que as correspon-
computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema ope- dências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Offi-
racional aberto, o Linux, comparativamente aos demais ce 2010 que permitem atender às necessidades de João
sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de são os recursos
armazenamento de dados em nuvem.
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na
( ) CERTO ( ) ERRADO guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências
20. (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power-
Acerca de organização e gerenciamento de informações, Point 2010.
arquivos, pastas e programas, de segurança da informa- c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondên-
ção e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os cias do Microsoft Word 2010.
itens subsequentes.1Um arquivo é organizado logica- d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir
mente em uma sequência de registros, que são mapea- do Microsoft Word 2010.
dos em blocos de discos. Embora esses blocos tenham e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia
um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas Correspondências do Microsoft Excel 2010.
do disco e pelo sistema operacional, o tamanho do re-
gistro pode variar. 23. (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR
( ) CERTO ( ) ERRADO Office, é possível modificar e criar estilos para utilização
no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para
21. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC- um determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é pos-
NICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu tra- sível alterar um valor para
balho o editor de texto Microsoft Word 2010 (em portu-
guês) para produzir os documentos da empresa. Certo a) recuo da primeira linha.
dia Paulo digitou um documento contendo 7 páginas de b) recuo antes do texto.
texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, c) recuo antes do parágrafo.
6 e 7. Para imprimir apenas essas páginas, Paulo clicou no d) espaçamento acima do parágrafo.
Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configu- e) espaçamento abaixo do parágrafo.
rações, selecionou a opção Imprimir Intervalo Personali-
zado. Em seguida, no campo Páginas, digitou 24. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir. ordenar, por data, os registros inseridos na planilha, é
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir. menu Dados e, na lista disponibilizada, clicar ordenar
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. data.


e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
( ) CERTO ( ) ERRADO

60
25. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se
o Microsoft Excel 2010 (em português).

A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve
ser digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é

a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).

26. (MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte
para escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrô-
nica e assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário
a inserção de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na
planilha. O Calc utiliza como padrão o formato:

a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.

27. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Se-
gurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra
na intranet da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do
arquivo de slides criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo que
o formato do arquivo era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o pro-
cedimento novamente. Para realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema

a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

b) abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e
selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
c) abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
d) abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção Sal-
var Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e
selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Salvar.
e) baixou da internet um software especializado em fazer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois verificou
que o PowerPoint 2010 não possui opção para fazer tal conversão.

61
28. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) 32. (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), internet o protocolo_________ permite a transferência de
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais mensagens eletrônicas dos servidores de _________para
importantes é clicando-se com o botão direito do mouse caixa postais nos computadores dos usuários. As lacunas
sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes se completam adequadamente com as seguintes expres-
nesse menu, estão as que permitem sões:

a) copiar o slide e salvar o slide. a) Ftp/ Ftp.


b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. b) Pop3 / Correio Eletrônico.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já exis- c) Ping / Web.
tente. d) navegador / Proxy.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos pre- e) Gif / de arquivos
sentes no slide.
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de 33. (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - AS-
fundo do slide. SISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO AD-
MINISTRATIVO) Em uma rede local, cujas estações de
29. (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JU- trabalho usam o sistema operacional Windows XP e en-
DICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresen- dereços IP fixos em suas configurações de conexão, um
tação (Impress), NÃO se trata de um espaço reservado novo host foi instalado e, embora esteja normalmente
que se possa configurar a partir da janela Elementos conectado à rede, não consegue acesso à internet distri-
mestres: buída nessa rede.
Considerando que todas as outras estações da rede
a) Número da página. estão acessando a internet sem dificuldades, um dos
b) Texto do título. motivos que pode estar ocasionando esse problema no
c) Data/hora. novo host é
d) Rodapé.
a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o do-
e) Cabeçalho.
mínio registrado na internet.
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
30. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC-
opções da internet.
NICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Internet
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprieda-
Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visitados nos
des do Protocolo TCP/IP desse host.
últimos dias e até semanas, exceto aqueles visitados em
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
modo de navegação privada. Para abrir a opção que per-
próprio host.
mite ter acesso a essa lista, com o navegador aberto, cli-
e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
ca-se na ferramenta cujo desenho é desse host está conectada.
a) uma roda dentada, posicionada no canto superior di- 34. (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
reito da janela. TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMI-
b) uma casa, posicionada no canto superior direito da NISTRATIVO) Para conectar sua estação de trabalho a
janela. uma rede local de computadores controlada por um ser-
c) uma estrela, posicionada no canto superior direito da vidor de domínios, o usuário dessa rede deve informar
janela. uma senha e um[a]
d) um cadeado, posicionado no canto inferior direito da
janela. a) endereço de FTP válido para esse domínio.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de ende- b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
reços. c) porta válida para a intranet desse domínio.
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
31. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- e) certificação de navegação segura registrada na intranet.
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de


computadores, julgue os itens subsequentes. Lista de
discussão é uma ferramenta de comunicação limitada a 35. (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA-
uma intranet, ao passo que grupo de discussão é uma LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com
ferramenta gerenciável pela Internet que permite a um relação a redes de computadores, julgue os próximos
grupo de pessoas a troca de mensagens via email entre itens.5Uma rede local (LAN — local area network) é ca-
todos os membros do grupo. racterizada por abranger uma área geográfica, em teoria,
ilimitada. O alcance físico dessa rede permite que os da-
( ) CERTO ( ) ERRADO dos trafeguem com taxas acima de 100 Mbps.

( ) CERTO ( ) ERRADO

62
36. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - 40. (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifi- INFORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
cação digital, julgue os itens que se seguem.O certificado
digital revogado deve constar da lista de certificados re- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
vogados, publicada na página de Internet da autoridade necessitam ser explicitamente executados.
certificadora que o emitiu. b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir as
ações realizadas como consequência da execução do
( ) CERTO ( ) ERRADO Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacio-
nadas ao comportamento de um vírus.
37. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executado
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, para que ele se instale em um computador. Cavalos de
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados
denominado em virtude de diversas analogias poderem por e-mail.
ser feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. d) Não instala programas no computador, pois seu único
objetivo não é obter o controle sobre o computador,
( ) CERTO ( ) ERRADO mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
38. (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si
ADMINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de mesmo automaticamente.
computadores, dentre eles um dos mais comuns são ví-
rus de macros, que:

a) são programas binários executáveis que são baixados


de sites infectados na Internet.
b) podem infectar qualquer programa executável do
computador, permitindo que eles possam apagar ar-
quivos e outras ações nocivas.
c) são programas interpretados embutidos em documen-
tos do MS Office que podem infectar outros docu-
mentos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software le-
gal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.

39. (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO


I - SISTEMAS) Sobre vírus, considere:
I. Para que um computador seja infectado por um ví-
rus é preciso que um programa previamente infec-
tado seja executado.
II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
infectando arquivos do disco e executando uma
série de atividades sem o conhecimento do usuá-
rio.
III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne ví-
rus) sempre é capaz de se propagar automatica-
mente, sem a ação do usuário.
IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em
outros programas ou arquivos e não necessitam
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

serem explicitamente executados para se propa-


garem.

Está correto o que se afirma em

a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

63
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 E ________________________________________________
2 Certo _________________________________________________
3 C
_________________________________________________
4 B
5 C _________________________________________________
6 E _________________________________________________
7 A
_________________________________________________
8 C
9 A _________________________________________________
10 C _________________________________________________
11 C
_________________________________________________
12 E
13 A _________________________________________________
14 C _________________________________________________
15 Certo
_________________________________________________
16 A
17 D _________________________________________________
18 C _________________________________________________
19 Errado
_________________________________________________
20 Certo
21 A _________________________________________________
22 A _________________________________________________
23 C
_________________________________________________
24 Errado
25 D _________________________________________________
26 B _________________________________________________
27 D
_________________________________________________
28 E
29 B _________________________________________________
30 C _________________________________________________
31 Errado
_________________________________________________
32 B
33 C _________________________________________________
34 D _________________________________________________
35 Errado
_________________________________________________
NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

36 Certo
37 Certo _________________________________________________
38 C _________________________________________________
39 B
_________________________________________________
40 E
_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

64
ÍNDICE

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos; Capítulo IV – Dos Direitos Políticos. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo VII – Da Administração Pública:
Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Título V – Da Defesa do
Estado e das Instituições Democráticas: Capítulo III – Da Segurança Pública................................................................................................01
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO: Título II – Da Organização e Poderes: Capítulo III – Do Poder Executivo; Capítulo
IV – Do Poder Judiciário: Seção V – Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de Justiça Militar. Título III – Da Organização
do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Capítulo II – Dos Servidores Públicos do Estado:
Seção I – Dos Servidores Públicos Civis; Seção II – Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção
I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia Militar..................................................................................................................................................09
LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação;................................. ....................................................................................................15
DECRETO nº 58.052/12 – Regulamenta a Lei nº 12.527/11, que regula o acesso a informações, e dá providências correlatas. .... 17
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS; CAPÍTULO IV – DOS
DIREITOS POLÍTICOS. TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: CAPÍTULO VII – DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS; SEÇÃO III – DOS MILITARES DOS
ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. TÍTULO V – DA DEFESA DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS: CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA

Direitos e garantias fundamentais; Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalida-
de, direitos políticos, partidos políticos.
Os direitos fundamentais são os direitos humanos positivados na Constituição Federal de 1988, os quais devem ser
garantidos e protegidos pelo Estado.
No tocante as garantias fundamentais, elas são uma forma ou, até mesmo um instrumento, para garantir a efe-
tivação dos direitos. A Carta Magma ampliou a proteção aos direitos fundamentais e por isso ficou conhecida como
Constituição cidadã.
Os direitos e garantias fundamentais possuem aplicabilidade imediata, isto é, a existência deles é suficientemente
para produzirem os devidos efeitos. Eles estão tutelados no Título II da Constituição Federal, nos art. 5º ao 17. Ainda
assim, destaca-se que os direitos citados nesses artigos não proíbem a existência de outros.
O art. 5º é um dos artigos mais importantes do texto Constitucional, o qual protege a igualdade entre todos, tute-
lando os direitos coletivos e os direitos individuais nos seus 78 incisos. Vejamos alguns:
1. homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
2. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
3. ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
4. é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
5. é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem;
6. é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
7. é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva;
8. ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei;
9. é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura
ou licença;
10. são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeniza-
ção pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
11. é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
12. todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de au-
torização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;
13. não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
14. a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
15. a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

16. a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
17. não haverá penas:
- de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
- de caráter perpétuo;
- de trabalhos forçados;
- de banimento;
- cruéis;
18. são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
19. ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
20. o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
21. será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
22. a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem, DENTRE OUTROS.

1
Do art. 6º ao 11º, a Carta Magna trata dos direitos VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a se- sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos
gurança, a previdência social, a proteção à maternidade e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
e à infância, a assistência aos desamparados, dando o culto e a suas liturgias;
enfoque nos direitos dos trabalhadores. VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
Tanto os trabalhadores urbanos como os rurais tem assistência religiosa nas entidades civis e militares de
o direito a seguro-desemprego, em caso de desempre- internação coletiva;
go involuntário, fundo de garantia do tempo de serviço, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de
salário mínimo, fixado em lei, garantia de salário, décimo crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
terceiro salário, remuneração do trabalho noturno supe- salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
rior à do diurno, salário-família para os seus dependen- todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter-
tes, gozo de férias anuais, licença à gestante, aposenta- nativa, fixada em lei;
doria, proibição de qualquer discriminação no tocante a IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artís-
salário e critérios de admissão do trabalhador portador tica, científica e de comunicação, independentemente
de deficiência, proibição de distinção entre trabalho ma- de censura ou licença;
nual, técnico e intelectual ou entre os profissionais res- X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a hon-
pectivos, dentre outros. ra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a in-
Quanto ao sindicalismo, ninguém será obrigado a fi- denização pelo dano material ou moral decorrente de
liar-se ou a manter-se filiado a sindicato, é obrigatória a sua violação;
participação dos sindicatos nas negociações coletivas de XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
trabalho, é vedada a dispensa do empregado sindicaliza- nela podendo penetrar sem consentimento do mora-
do a partir do registro da candidatura a cargo de direção dor, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi-
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer nação judicial;
falta grave nos termos da lei e etc. XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das co-
Ainda assim, importante informar que o Direito Co- municações telegráficas, de dados e das comunicações
letivo compõe-se de direitos transindividuais de pessoas telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
que se conectam por uma relação jurídica, tendo base de nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para
si mesmo ou com outro indivíduo, podendo as pessoas fins de investigação criminal ou instrução processual
ser determinadas ou determináveis. penal;
Isto é, os Direitos Coletivos abrange todo o grupo da XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
categoria que possuem uma relação jurídica já pré-exis- profissão, atendidas as qualificações profissionais que
tente ao dano ou a lesão, pois, esse direito irá tutelar esse a lei estabelecer;
grupo que já subsiste ao prejuízo e não os que não se XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
enquadram na relação. resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
No tocante ao Direito Individual, estes são os interes- exercício profissional;
ses que têm a mesma origem e também a mesma cau- XV - é livre a locomoção no território nacional em
sa. Eles acontecem de acordo com uma mesma situação tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
que se aplica a cada um individualmente, e, ainda que da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
contenham características “individuais”, no fim possuem bens;
origem comum. XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem ar-
mas, em locais abertos ao público, independentemente
Capítulo I de autorização, desde que não frustrem outra reunião
Dos direitos e deveres individuais e coletivos anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de XVII - é plena a liberdade de associação para fins líci-
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos tos, vedada a de caráter paramilitar;
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do di- XVIII - a criação de associações e, na forma da lei,
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

reito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à a de cooperativas independem de autorização, sendo


propriedade, nos termos seguintes: vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obriga- XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
ções, nos termos desta Constituição; dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deci-
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer são judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
alguma coisa senão em virtude de lei; em julgado;
III - ninguém será submetido a tortura nem a trata- XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
mento desumano ou degradante; permanecer associado;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo ve- XXI - as entidades associativas, quando expressamen-
dado o anonimato; te autorizadas, têm legitimidade para representar seus
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional filiados judicial ou extrajudicialmente;
ao agravo, além da indenização por dano material, XXII - é garantido o direito de propriedade;
moral ou à imagem; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

2
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desa- XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,
propriação por necessidade ou utilidade pública, ou nem pena sem prévia cominação legal;
por interesse social, mediante justa e prévia indeniza- XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar
ção em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta o réu;
Constituição; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória
XXV - no caso de iminente perigo público, a autorida- dos direitos e liberdades fundamentais;
de competente poderá usar de propriedade particular, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
houver dano; da lei;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insusce-
em lei, desde que trabalhada pela família, não será tíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico
objeto de penhora para pagamento de débitos decor- ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e
rentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os definidos como crimes hediondos, por eles respon-
os meios de financiar o seu desenvolvimento; dendo os mandantes, os executores e os que, podendo
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de evitá-los, se omitirem;
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: ordem constitucional e o Estado democrático;
a) a proteção às participações individuais em obras XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condena-
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, do, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre-
inclusive nas atividades desportivas; tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
b) o direito de fiscalização do aproveitamento eco- estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
nômico das obras que criarem ou de que participarem até o limite do valor do patrimônio transferido;
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre- XLVI - a lei regulará a individualização da pena e ado-
sentações sindicais e associativas; tará, entre outras, as seguintes:
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos indus- a) privação ou restrição da liberdade;
triais privilégio temporário para sua utilização, bem
b) perda de bens;
como proteção às criações industriais, à propriedade
c) multa;
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
d) prestação social alternativa;
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desen-
e) suspensão ou interdição de direitos;
volvimento tecnológico e econômico do País;
XLVII - não haverá penas:
XXX - é garantido o direito de herança;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no
País será regulada pela lei brasileira em benefício do termos do art. 84, XIX;
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes b) de caráter perpétuo;
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus ; c) de trabalhos forçados;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa d) de banimento;
do consumidor; e) cruéis;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públi- XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
cos informações de seu interesse particular, ou de in- distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade
teresse coletivo ou geral, que serão prestadas no pra- e o sexo do apenado;
zo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integrida-
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da de física e moral;
sociedade e do Estado; L - às presidiárias serão asseguradas condições para
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente que possam permanecer com seus filhos durante o pe-
do pagamento de taxas: ríodo de amamentação;
a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o natu-
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; ralizado, em caso de crime comum, praticado antes
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, da naturalização, ou de comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

para defesa de direitos e esclarecimento de situações


de interesse pessoal; forma da lei;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judi- LII - não será concedida extradição de estrangeiro por
ciário lesão ou ameaça a direito; crime político ou de opinião;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão
jurídico perfeito e a coisa julgada; pela autoridade competente;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a bens sem o devido processo legal;
organização que lhe der a lei, assegurados: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administra-
a) a plenitude de defesa; tivo, e aos acusados em geral são assegurados o con-
b) o sigilo das votações; traditório e a ampla defesa, com os meios e recursos
c) a soberania dos veredictos; a ela inerentes;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolo- LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
sos contra a vida; por meios ilícitos;

3
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para pro-
em julgado de sentença penal condenatória; por ação popular que vise a anular ato lesivo ao
LVIII - o civilmente identificado não será submetido patrimônio público ou de entidade de que o Estado
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas participe, à moralidade administrativa, ao meio am-
em lei; biente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
pública, se esta não for intentada no prazo legal; judiciais e do ônus da sucumbência;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral
processuais quando a defesa da intimidade ou o inte- e gratuita aos que comprovarem insuficiência de re-
resse social o exigirem; cursos;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro ju-
Wou por ordem escrita e fundamentada de autoridade diciário, assim como o que ficar preso além do tempo
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão fixado na sentença;
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente po-
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
bres, na forma da lei:
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
a) o registro civil de nascimento;
competente e à família do preso ou à pessoa por ele
b) a certidão de óbito;
indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada habeas data , e, na forma da lei, os atos necessários
a assistência da família e de advogado; ao exercício da cidadania.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos respon- LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo,
sáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; são assegurados a razoável duração do processo e os
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
pela autoridade judiciária; § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido fundamentais têm aplicação imediata.
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou
sem fiança; § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Consti-
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do tuição não excluem outros decorrentes do regime e
responsável pelo inadimplemento voluntário e ines- dos princípios por ela adotados, ou dos tratados in-
cusável de obrigação alimentícia e a do depositário ternacionais em que a República Federativa do Brasil
infiel; seja parte.
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que al- § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre
guém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência direitos humanos que forem aprovados, em cada
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilega- Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
lidade ou abuso de poder; quintos dos votos dos respectivos membros, serão
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para equivalentes às emendas constitucionais.
proteger direito líquido e certo, não amparado por § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Pe-
habeas corpus ou habeas data , quando o responsá- nal Internacional a cuja criação tenha manifestado
vel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade adesão
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do poder público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser im-
Dos Direitos Políticos
petrado por:
O voto será direto e secreto, com valor igual para
a) partido político com representação no Congresso
todos, e, nos termos da lei, mediante: plebiscito, refe-
Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associa- rendo, iniciativa popular.
ção legalmente constituída e em funcionamento há O voto é obrigatório para os maiores de dezoito
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de
setenta anos, os maiores de dezesseis e menores de de-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre zoito anos.
que a falta de norma regulamentadora torne inviável Para ter elegibilidade a pessoa deve ter a nacionali-
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e dade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos,
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobera- o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circuns-
nia e à cidadania; crição, a filiação partidária, a idade mínima de:
LXXII - conceder-se-á habeas data : - trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presi-
a) para assegurar o conhecimento de informações re- dente da República e Senador;
lativas à pessoa do impetrante, constantes de registros - trinta anos para Governador e Vice-Governador de
ou bancos de dados de entidades governamentais ou Estado e do Distrito Federal;
de caráter público; - vinte e um anos para Deputado Federal, Deputa-
b) para a retificação de dados, quando não se prefira do Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administra- paz;
tivo; - dezoito anos para Vereador.

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2) Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parla-
FIQUE ATENTO! mentarismo;
São inelegíveis os inavistáveis e os analfabe- 3) Forma de Estado: Estado unitário ou Federação.
tos, e também, são inelegíveis para os mesmos Em 1889, surgiu a Federação do Brasil, juntamente
cargos, no período subsequente, o Presidente com a forma de governo (republicana). A forma de go-
da República, os Governadores de Estado e do verno republicana seria realizar através do regime repre-
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sentativo em 1891.
sucedido ou substituído nos seis meses ante- Desta forma, o Brasil consagrou o seguinte:
riores ao pleito. 1) Forma de Estado: Federação.
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente 2) Entes componentes do Estado brasileiro: União, Es-
da República, os Governadores de Estado e do tado, Distrito Federal e Municípios.
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 3) Características do Estado brasileiro: Estado Demo-
aos respectivos mandatos até seis meses antes crático de Direito.
do pleito. 4) Sistema de Governo: Presidencialista.
É vedada a cassação de direitos políticos, cuja 5) Forma de Governo: Republicana.
perda ou suspensão só se dará nos casos de:
- cancelamento da naturalização por sentença O idioma oficial do país é a língua portuguesa e os
transitada em julgado; símbolos da República Federativa do Brasil são: bandeira,
- incapacidade civil absoluta; hino, armas e o selo nacional, sendo que o Distrito Fe-
- condenação criminal transitada em julgado, deral, Estados e os Municípios poderão ter seus próprios
enquanto durarem seus efeitos; símbolos, conforme o art. 13 §1º e §2º da CF.
- recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou Conforme tutela o art. 19 da CF, existe vedações cons-
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; titucional para que os Estados, Distrito Federal, Muníci-
- improbidade administrativa, nos termos do pios e a União não possam:
art. 37, § 4º. - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencio-
ná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de in-
Dos Partidos Políticos
teresse público;
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
- recusar fé aos documentos públicos;
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
- criar distinções entre brasileiros ou preferências en-
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fun-
tre si.
damentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
União Federal
- caráter nacional;
A República Federativa do Brasil é composta pela
- proibição de recebimento de recursos financeiros
União, Estados Membros, Distrito Federal e os Municí-
de entidade ou governo estrangeiros ou de subor-
pios.
dinação a estes;
A União possui bens próprios os quais estão descritos
- prestação de contas à Justiça Eleitoral;
no art. 20 da CF, como por exemplo: mar territorial, os
- funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
terrenos de marinha e seus acrescidos, as ilhas fluviais e
lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
Os partidos políticos possuem autonomia para definir
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas,
sua estrutura interna, organização e funcionamento, de-
destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
vendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
disciplina partidárias.
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II, os poten-
ciais de energia hidráulica, as terras tradicionalmente
Organização político administrativa do Estado.
ocupadas pelos índios, dentre outros.
Conforme o art. 18 da CF, a organização político-ad-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ministrativa da República Federativa do Brasil compreen-


de a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, FIQUE ATENTO!
sendo que todos possuem sua autonomia, tendo Brasília É assegurada, nos termos da lei, aos Estados,
como Capital Federal. ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
Dalmo Dallari define o estado como uma ordem ju- como a órgãos da administração direta da
rídica soberana que tem por finalidade o bem do povo União, participação no resultado da explo-
situado em um determinado território. Isto é, dentro ração de petróleo ou gás natural, de recur-
desta frase o Dalmo trouxe os principais elementos que sos hídricos para fins de geração de energia
compõe o Estado, que são: soberania, finalidade, povo e elétrica e de outros recursos minerais no
território. respectivo território, plataforma continental,
A estrutura e organização do Estado podem ser ana- mar territorial ou zona econômica exclusiva,
lisados sob três aspectos, conforme Pedro Lenza, p. 499: ou compensação financeira por essa explo-
1) Forma de governo: República ou Monarquia; ração.

5
No tocante a área de atuação da União, a mesma Por se tratarem de Estados autônomos, a Constitui-
possui competência não legislativa, ou seja, ela atua no ção Federal delegou a competência da estruturação de
campo politico-administrativo, como por exemplo: seus poderes para eles mesmos, sem que haja qualquer
- manter relações com Estados estrangeiros e partici- interferência federal ou subordinação ao poder central:
par de organizações internacionais; o legislativo (art. 27 da CF), executivo (art. 28 da CF) e o
- declarar a guerra e celebrar a paz; judiciário (art. 125 da CF). (MASSON, 2016, p. 552).
- assegurar a defesa nacional; Em especial ao poder legislativo, em âmbito estadual,
- permitir, nos casos previstos em lei complementar, podemos dizer que ele é unicameral (conforme art. 27da
que forças estrangeiras transitem pelo território CF), sendo o poder representado pela Assembleia Legis-
nacional ou nele permaneçam temporariamente; lativa. O sistema eleitoral para a casa é o sistema propor-
- emitir moeda; cional, isto é, os deputados são eleitos para um mandato
- elaborar e executar planos nacionais e regionais de de 4 anos, sendo que o número de Deputados estaduais
ordenação do território e de desenvolvimento eco- corresponderá ao triplo da representação do Estado da
nômico e social; Câmara dos Deputados, e atingido o número de trinta e
- explorar, diretamente ou mediante autorização, seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputa-
concessão ou permissão, os serviços de telecomu- dos Federais acima de 12. (MASSON, 2016, p. 552).
nicações, nos termos da lei, que disporá sobre a Por fim, a eleição do governador e vice, é pelo sistema
organização dos serviços, a criação de um órgão majoritário absoluto, sendo que a posse ocorrerá no dia
regulador e outros aspectos institucionais; 1º de Janeiro do ano subsequente (art. 28, CF).
- organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a De- Municípios
fensoria Pública dos Territórios, DENTRE OUTROS. Conforme dispõe o art. 29 da CF, os municípios de or-
ganizam através de Lei Orgânica, votada sempre em dois
Os itens elencados acima, são de competência exclu- turnos, com o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada
siva da União. Já os itens do art. 23 da CF, são de com- por 2/3 dos membros da respectiva Câmara Municipal,
petência cumulativa (comuns) entre a União, Estados, que a promulgará. Ao elaborar sua lei, o município deverá
Distrito Federal e Munícipios, como por exemplo: zelar observar os princípios abordados na Constituição, bem
pela guarda da Constituição, das leis e das instituições como, pela Constituição Estadual, conforme o art. 11, pa-
democráticas e conservar o patrimônio público, cuidar rágrafo único do ADCT.
da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
Os municípios possuem o autogoverno de eleger o
das pessoas portadoras de deficiência, proteger os do-
poder executivo (seu prefeito), bem como, o poder legis-
cumentos, as obras e outros bens de valor histórico, ar-
lativo da cidade (os vereadores).
tístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais
notáveis e os sítios arqueológicos, proporcionar os meios
Administração Pública.
de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à
Conceitualmente, a administração pública é o conjun-
pesquisa e à inovação, proteger o meio ambiente e com-
to de órgãos, serviços e agentes do Estado que objeti-
bater a poluição em qualquer de suas formas e etc.
vam satisfazer as necessidades da sociedade, como por
exemplo: na área da educação, cultura, segurança, saúde,
dentre outros. Ou seja, a administração pública é a gestão
#FicaDica
dos interesses públicos por meio da prestação de serviços
Conforme o art.24 da CF, compete à União, públicos, sendo dividida em administração pública direta
aos Estados e ao Distrito Federal legislar e indireta.
concorrentemente sobre: direito tributá- Como dito, o objetivo principal da administração pú-
rio, financeiro, penitenciário, econômico e blica é trabalhar a favor do interesse público, como tam-
urbanístico; orçamento; juntas comerciais; bém, dos direitos e interesses dos cidadãos.
custas dos serviços forenses; produção e Todo trabalhador que atua na administração pública
consumo; Florestas, proteção ao patrimô- é, comumente, conhecido como gestor público. O ges-
nio histórico, cultural, artístico, turístico e tor público possui uma grande carga de responsabilida-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

paisagístico; responsabilidade por dano ao de, devendo sempre seguir com transparência e ética,
meio ambiente, ao consumidor, a bens e principalmente, aos princípios da administração pública
direitos de valor artístico e etc; educação, que são:
cultura, ensino, desporto, ciência, tecnolo- - Legalidade: este princípio é base do Estado de Di-
gia, pesquisa, desenvolvimento e inovação, reito sendo um dos mais importantes para a Admi-
dentre outros. nistração Pública. Em sentido ao Art. 5º da CF, que
diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar
Estados – Membros de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, ou
Os Estados membros são a materialização da des- seja, todo administrador público deve realizar seus
centralização do poder político. Esses Estados são au- atos sob a égide da lei.
tônomos e devido a isso, possuem a capacidade de - Impessoalidade: o agente público deve tratar to-
auto-organização, autogoverno, autoadministração e dos iguais, sem atribuição de privilégios a qual-
autolegislação. quer pessoa.

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- Moralidade: este princípio tem a junção do princí- Da segurança pública.
pio da Legalidade com o da Finalidade, resultando Conforme o art. 144 da Constituição Federal nos apre-
em Moralidade. Ou seja, o princípio da moralidade senta, a segurança pública é obrigação do Estado, sendo
traz a ideia de que o trabalhador da administração todos os indivíduos detentores de direitos e responsa-
pública tem que ter bases éticas na administração. bilidades para preservar a ordem pública, bem como da
- Publicidade: todos os atos devem ser públicos, ex- incolumidade das pessoas e do patrimônio.
ceto os quais visão a necessidade de se ter sigilo. O conceito jurídico de ordem pública não se confunde
- Eficiência: o administrador deve ter uma boa ges- com incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144
tão, ser um bom profissional e não utilizar da pro- da CF/1988). Sem embargo, ordem pública se constitui
crastinação para desenvolver seu trabalho. em bem jurídico que pode resultar mais ou menos fragili-
zado pelo modo personalizado com que se dá a concreta
violação da integridade das pessoas ou do patrimônio de
terceiros, tanto quanto da saúde pública (nas hipóteses
#FicaDica de tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí sua cate-
gorização jurídico-positiva, não como descrição do delito
Para melhor fixação dos 5 princípios explí-
nem cominação de pena, porém como pressuposto de
citos, lembrem: LIMPE (é a inicial de cada prisão cautelar; ou seja, como imperiosa necessidade de
princípio). acautelar o meio social contra fatores de perturbação que
já se localizam na gravidade incomum da execução de
certos crimes. Não da incomum gravidade abstrata deste
FIQUE ATENTO! ou daquele crime, mas da incomum gravidade na per-
Além desses princípios explícitos, ainda pos- petração em si do crime, levando à consistente ilação de
sui o grupo dos princípios implícitos, que são: que, solto, o agente reincidirá no delito. Donde o vínculo
Princípio do Interesse Público, Princípio da Fi- operacional entre necessidade de preservação da ordem
nalidade, Princípio da Igualdade, Princípio da pública e acautelamento do meio social. Logo, conceito
Lealdade e boa-fé, Princípio da Motivação. de ordem pública que se desvincula do conceito de in-
columidade das pessoas e do patrimônio alheio (assim
como da violação à saúde pública), mas que se enlaça
umbilicalmente à noção de acautelamento do meio social.
Neste diapasão, importante lembrar que o adminis- [HC 101.300, rel. min. Ayres Britto, j. 5-10-2010, 2ª T,
trador público pode fazer parte da administração direta DJE 18-11-2010.]
ou administração indireta. A sociedade possui o direito a segurança, no entanto,
A administração direta, seria aquela realizada pelos deve cooperar para que a paz social e a ordem se man-
Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. tenha. Neste diapasão, é dever do Estado buscar meios
Ou seja, órgãos citados não possuem personalidade ju- para concretizar a segurança através do poder de polícia.
rídica própria e as despesas inerentes à administração, A atividade policial é carreira de Estado imprescindí-
são contempladas no orçamento público e ocorre a des- vel à manutenção da normalidade democrática, sendo
concentração administrativa, que consiste na delegação impossível sua complementação ou substituição pela ati-
de tarefas. vidade privada. A carreira policial é o braço armado do
Já a administração pública indireta, é, quando o Es- Estado, responsável pela garantia da segurança interna,
tado transfere sua função/dever para outras pessoas ju- ordem pública e paz social (...) [ARE 654.432, rel. p/ o ac.
rídicas, sendo que essas pessoas jurídicas podem vir a min. Alexandre de Moraes, j. 5-4-2017, P, DJE de 11-6-
ser: fundações, empresas públicas, organismos privados, 2018, Tema 541.]
O Estado delega a função de exercer a segurança pú-
dentre outros. Isto é, no presente caso ocorre a descen-
blica através dos órgãos: 1) Polícia Federal, 2) Rodoviária
tralização administrativa, pois a tarefa de administração
Federal, 3) Ferroviária Federal, 4) Policia Civil e 5) Militares
é transferida para outra pessoa jurídica.
e Bombeiros.
Importante lembrar que, através da Ação Direito de
Principais características da Administração Pública: Inconstitucionalidade (ADI) nº 236-8-RJ, os órgãos des-
- A administração pública praticar atos tão somente
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

critos acima são os únicos responsáveis para realizar a


de execução – ou seja, atos administrativos, sendo que, função de proteção, não podendo ser delegado a mais
quem pratica estes atos são os órgãos e seus agentes, nenhum órgão, ente ou pessoa física ou jurídica.
que são sempre públicos. O item I “Policia Federal” é um órgão organizado e
- Exerce atividade à Lei e não à Política. mantido pela União, o qual subordina-se ao Ministério da
- Tem conduta hierarquizada de dever e de obediên- Justiça.
cia. As principais funções da Polícia Federal é investigar e
- Deve praticar seus atos com responsabilidade ma- apurar as infrações penais que atinjam exclusivamente a
terial e legal. União, suas entidades autárquicas ou empresas públicas,
- Administração Pública serve como um instrumento até mesmo investigações de outras funções (desde que
para o Estado conseguir seus objetivos. previstas). Ainda assim, a polícia federal é responsável por
- A competência é limitada pois cada um tem sua exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
área e “poder” de atuação. de fronteiras, bem como, exercer, com exclusividade, as
funções de polícia judiciária da União.

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No tocante a Polícia Rodoviária Federal, o mesmo tem o dever de realizar patrulhamento ostensivo das rodovias
federais, para fiscalizar o tráfego nas rodovias e evitar crimes de trânsito. Ainda assim, o policial rodoviário federal tam-
bém é responsável pelo controle das fronteiras do país. E também, é responsável por mais algumas funções descritas
no art.20 do CTB.
Já a Polícia Ferroviária Federal, destina-se também a realizar patrulhamento ostensivo, porém, nas ferrovias, e é
responsável pela fiscalização, repressão de atos de vandalismo e crimes, e prevenção de acidentes e em toda a malha
ferroviária do país.
Os Policiais Civis, são policiais capacitados por apurar infrações penais, realizar Boletins de Ocorrência, investigar
algum crime, bem como a função de polícia judiciária.
Por fim, o Policial Militar é responsável, principalmente, pela ordem pública e paz social através da segurança. Já o
Corpo de Bombeiro, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

ATENÇÃO!!!
As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, junta-
mente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

*Os municípios podem constituir guardas municipais para auxílio na segurança pública.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO: TÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO E


PODERES: CAPÍTULO III – DO PODER EXECUTIVO; CAPÍTULO IV – DO PODER JUDICIÁRIO:
SEÇÃO V – DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR E DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA MILITAR.
TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: CAPÍTULO I – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS; CAPÍTULO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO:
SEÇÃO I – DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS; SEÇÃO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MILITARES; CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA: SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS;
SEÇÃO III – DA POLÍCIA MILITAR

2. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO


A Constituição do Estado de São Paulo foi promulgada em 5 de outubro de 1989, com o seguinte preâmbulo:
O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado nos princípios constitucionais da República e no ideal
de a todos assegurar justiça e bem-estar, decreta e promulga, por seus representantes, a CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
DE SÃO PAULO.

2.1 TÍTULO I – DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO


Os fundamentos são a razões de existência do Estado. De modo geral as constituições trazem nos artigos iniciais os
seus fundamentos. A Constituição Paulista apresenta seus fundamentos nos primeiros artigos.
O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são veda-
das pela Constituição Federal.
A lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados e de custos reduzidos para as ações cujo objeto principal
seja a salvaguarda dos direitos e liberdades fundamentais.
O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declararem insuficiência de recursos.
Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, serão observados, entre outros requisitos de vali-
dade, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal, especialmente quanto à exigência da publicidade,
do contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão motivados.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2.2. TÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO E DOS PODERES: CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES; E CAPÍTULO


III – DO PODER EXECUTIVO
São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições.
O cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer a de outro, salvo as exceções previstas nesta
Constituição.
O Município de São Paulo é a Capital do Estado.
São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de armas e o hino.
Além dos indicados no art. 26, da Constituição Federal:
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da
lei, as decorrentes de obras da União;

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II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que esti- O Governador deverá residir na Capital do Estado, no
verem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da município de São Paulo.
União, Municípios ou terceiros; O Governador e o Vice-Governador deverão, no ato
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à da posse e no término do mandato, fazer declaração pú-
União; blica de bens.
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as Vamos conhecer as atribuições do Governador.
da União. Compete privativamente ao Governador, além de ou-
... incluem-se entre os bens do Estado os terrenos re- tras atribuições previstas nesta Constituição:
servados às margens dos rios e lagos do seu domínio. •representar o Estado nas suas relações jurídicas, po-
O Poder Executivo do Estado de São Paulo é exercido líticas e administrativas;
pelo Governador do Estado, eleito para um mandato de •exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a
quatro anos, podendo ser reeleito para um único perío- direção superior da administração estadual;
do subsequente, na forma estabelecida na Constituição •sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
Federal. como, no prazo nelas estabelecido, não inferior a
Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir
o sucederá no de vaga, o Vice-Governador. decretos e regulamentos para sua fiel execução,
O Vice-Governador, além de outras atribuições que ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver
lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o interposição de ação direta de inconstitucionalida-
Governador, sempre que por ele convocado para missões de contra a lei publicada;
especiais. •vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
A eleição do Governador e do Vice-Governador rea- •prover os cargos públicos do Estado, com as restri-
lizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro ções da Constituição Federal e desta Constituição,
turno, e no último domingo de outubro, em segundo tur- na forma pela qual a lei estabelecer;
no, se houver, do ano anterior ao do término do mandato •nomear e exonerar livremente os Secretários de Es-
de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de tado;
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, •nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, ob-
o disposto no art. 77, da Constituição Federal. servadas as condições estabelecidas na Constitui-
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente ção Estadual;
da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro •decretar e fazer executar intervenção nos Municí-
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último do- pios, na forma da Constituição Federal e desta
mingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano Constituição;
anterior ao do término do mandato presidencial vigente. •prestar contas da administração do Estado à Assem-
Em caso de impedimento do Governador e do Vice- bleia Legislativa, na forma desta Constituição;
-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão •apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão
sucessivamente chamados ao exercício da Governança o inaugural, mensagem sobre a situação do Estado,
Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do solicitando medidas de interesse do Governo;
Tribunal de Justiça. •iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, previstos nesta Constituição;
fará eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. •fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos
Ocorrendo a vacância no último ano do período go- e vantagens do pessoal das fundações instituídas
vernamental, aplica-se também o disposto acima. ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei;
Em qualquer dos casos, os sucessores deverão com- •indicar diretores de sociedade de economia mista e
pletar o período de governo restante. empresas públicas;
Perderá o mandato o Governador que assumir outro •praticar os demais atos de administração, nos limites
cargo ou função na administração pública direta ou indi- da competência do Executivo;
reta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e •subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar
observado o disposto na Constituição Federal. capital, desde que haja recursos hábeis, de socie-
O Governador e o Vice-Governador tomarão posse dade de economia mista ou de empresa pública,
perante a Assembleia Legislativa, prestando compromisso bem como dispor, a qualquer título, no todo ou
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do em parte, de ações ou capital que tenha subscrito,
Estado e de observar as leis. adquirido, realizado ou aumentado, mediante au-
Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o torização da Assembleia Legislativa;
Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força •delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, fun-
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado ções administrativas que não sejam de sua exclusi-
vago. va competência;
O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem •enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei rela-
licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado tivos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
por período superior a quinze dias, sob pena de perda orçamento anual, dívida pública e operações de
do cargo. crédito;
O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, •enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre
especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão o regime de concessão ou permissão de serviços
de gastos. públicos;

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•dispor, mediante decreto, sobre: Os Secretários farão declaração pública de bens, no
a) organização e funcionamento da administração es- ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão
tadual, quando não implicar aumento de despesa, os mesmos impedimentos estabelecidos nesta Consti-
nem criação ou extinção de órgãos públicos; tuição para os Deputados, enquanto permanecerem em
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando suas funções.
vagos.
A representação do Estado nas relações jurídicas, po- 2.3. TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
líticas e administrativas poderá ser delegada por lei, de CAPÍTULO I – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SE-
iniciativa do Governador, a outra autoridade. ÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS: ARTIGOS 111 A 114, E
Admitida a acusação contra o Governador, por dois 115 “CAPUT” E INCISOS I A X, XVIII, XIX, XXIV, XXVI
terços da Assembleia Legislativa, será ele submetido a E XXVII; CAPÍTULO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS
julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas DO ESTADO: SEÇÃO I – DOS SERVIDORES PÚBLICOS
infrações penais comuns. CIVIS: ARTIGO 124 “CAPUT”, E ARTIGOS 125 A 137;
O Governador ficará suspenso de suas funções nas SEÇÃO II – DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES;
infrações penais comuns, recebida a denúncia ou queixa- CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA: SEÇÃO I –
-crime pelo Superior Tribunal de Justiça. DISPOSIÇÕES GERAIS; SEÇÃO III – DA POLÍCIA MILI-
Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julga- TAR.
mento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Governador, sem prejuízo do prosseguimento do proces- A administração pública direta, indireta ou fundacio-
so. nal, de qualquer dos Poderes do Estado, obedecerá aos
Os Secretários de Estado serão escolhidos entre bra- princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
sileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, inte-
direitos políticos. resse público e eficiência.
Os Secretários de Estado, auxiliares diretos e da con- É vedada a nomeação de pessoas que se enquadram
fiança do Governador, serão responsáveis pelos atos que nas condições de inelegibilidade nos termos da legislação
praticarem ou referendarem no exercício do cargo, bem federal para os cargos de Secretário de Estado, Secretá-
como por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, rio-Adjunto, Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Ge-
ato de ofício. ral do Estado, Defensor Público-Geral, Superintendentes
Os Secretários de Estado responderão, no prazo de e Diretores de órgãos da administração pública indireta,
30 dias, os requerimentos de informação formulados fundacional, de agências reguladoras e autarquias, Dele-
por Deputados e encaminhados pelo Presidente da As- gado-Geral de Polícia, Reitores das universidades públi-
sembleia após apreciação da Mesa, reputando-se não cas estaduais e ainda para todos os cargos de livre pro-
praticado o ato de seu ofício sempre que a resposta for vimento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
elaborada em desrespeito ao parlamentar ou ao Poder do Estado.
Legislativo, ou que deixar de referir-se especificamente a As leis e atos administrativos externos deverão ser
cada questionamento feito. Sendo assim, os Secretários publicados no órgão oficial do Estado, para que produ-
de Estado respondem pelos atos dos dirigentes, diretores zam os seus efeitos regulares. A publicação dos atos não
e superintendentes de órgãos da administração pública normativos poderá ser resumida.
direta, indireta e fundacional a eles diretamente subordi- A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos ad-
nados ou vinculados. ministrativos e estabelecer recursos adequados à sua re-
A regra acima são aplicas aos diretores de Agência visão, indicando seus efeitos e forma de processamento.
Reguladora. A administração é obrigada a fornecer a qualquer ci-
Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, dadão, para a defesa de seus direitos e esclarecimentos
comparecer perante a Comissão Permanente da Assem- de situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo
bleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de de dez dias úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou
sua Pasta, para prestação de contas do andamento da pareceres, sob pena de responsabilidade da autoridade
gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvi- ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No
mento de ações, programas e metas da Secretaria cor- mesmo prazo deverá atender às requisições judiciais, se
respondente. outro não for fixado pela autoridade judiciária.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Aplica-se o disposto acima aos Diretores de Agências Para a organização da administração pública direta e
Reguladoras. Também se aplicam aos procedimentos indireta, inclusive as fundações instituídas ou mantidas
previstos acima, no que couber, aqueles já disciplinados por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o
em Regimento Interno do Poder Legislativo. cumprimento das seguintes normas:
O comparecimento do Secretário de Estado, com a •os cargos, empregos e funções públicas são aces-
finalidade de apresentar, quadrimestralmente, perante síveis aos brasileiros que preenchem os requisitos
Comissão Permanente do Poder Legislativo, a demons- estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
tração e a avaliação do cumprimento das metas fiscais na forma da lei;
por parte do Poder Executivo. •a investidura em cargo ou emprego público depen-
No caso das Universidades Públicas Estaduais e da de de aprovação prévia, em concurso público de
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Pau- provas ou de provas e títulos, ressalvadas as no-
lo, incumbe, respectivamente, aos próprios Reitores e ao meações para cargo em comissão, declarado em
Presidente, efetivar, anualmente as suas atribuições. lei, de livre nomeação e exoneração;

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•o prazo de validade do concurso público será de até a) de dois cargos de professor;
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. b) de um cargo de professor com outro técnico ou
A nomeação do candidato aprovado obedecerá à científico;
ordem de classificação; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis-
•durante o prazo improrrogável previsto no edital de sionais de saúde, com profissões regulamentadas.
convocação, o aprovado em concurso público de Os servidores da administração pública direta, das
provas ou de provas e títulos será convocado com autarquias e das fundações instituídas ou mantidas pelo
prioridade sobre novos concursados para assumir Poder Público terão regime jurídico único e planos de
cargo ou emprego, na carreira; carreira.
•as funções de confiança, exercidas exclusivamente O exercício do mandato eletivo por servidor público
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os será feita com observância do art. 38 da Constituição Fe-
cargos em comissão, a serem preenchidos por ser- deral:
vidores de carreira nos casos, condições e percen-
tuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
autárquica e fundacional, no exercício de mandato
às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
•é garantido ao servidor público civil o direito à livre
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
associação sindical, obedecido o disposto no arti-
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
go 8º da Constituição Federal (É livre a associação
função;
profissional ou sindical, observado o seguinte); II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
•o servidor e empregado público gozarão de estabi- cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
lidade no cargo ou emprego desde o registro de pela sua remuneração;
sua candidatura para o exercício de cargo de re- III - investido no mandato de Vereador, havendo com-
presentação sindical ou no caso de ficar instituída patibilidade de horários, perceberá as vantagens de
a obrigatoriedade de um Diretor Representante e seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remu-
de um Conselho de Representantes, eleitos pelos neração do cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
servidores e empregados públicos, nas autarquias, dade, será aplicada a norma do inciso anterior;
sociedades de economia mista e fundações insti- IV - em qualquer caso que exija o afastamento para
tuídas ou mantidas pelo Poder Público, cabendo à o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
lei definir os limites de sua competência e atuação, será contado para todos os efeitos legais, exceto para
até um ano após o término do mandato, se eleito, promoção por merecimento;
salvo se cometer falta grave definida em lei; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
•o direito de greve será exercido nos termos e nos afastamento, os valores serão determinados como se
limites definidos em lei específica; no exercício estivesse.
•a lei reservará percentual dos cargos e empregos pú-
blicos para os portadores de deficiências, garantin- Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocu-
do as adaptações necessárias para a sua participa- par cargo em sindicato de categoria, o direito de afas-
ção nos concursos públicos e definirá os critérios tar-se de suas funções, durante o tempo em que durar o
de sua admissão; mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos
•a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo termos da lei.
determinado, para atender a necessidade tempo- O tempo de mandato eletivo será computado para
rária de excepcional interesse público; fins de aposentadoria especial.
•a proibição de acumular estende-se a empregos e Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado,
incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime
funções e abrange autarquias, fundações, empre-
de previdência de caráter contributivo e solidário, median-
sas públicas, sociedades de economia mista, suas
te contribuição do respectivo ente público, dos servidores
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
indiretamente, pelo Poder Público; que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
•ao servidor público que tiver sua capacidade de Os servidores abrangidos pelo regime de previdência
trabalho reduzida em decorrência de acidente de de que trata este artigo serão aposentados:
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

trabalho ou doença do trabalho será garantida a •por invalidez permanente, sendo os proventos pro-
transferência para locais ou atividades compatíveis porcionais ao tempo de contribuição, exceto se
com sua situação; decorrente de acidente em serviço, moléstia pro-
•é vedada a estipulação de limite de idade para in- fissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
gresso por concurso público na administração na forma da lei;
direta, empresa pública, sociedade de economia •compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
mista, autarquia e fundações instituídas ou man- proventos proporcionais ao tempo de contribui-
tidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o ção;
limite constitucional para aposentadoria compul- •voluntariamente, desde que cumprido tempo mí-
sória; e nimo de dez anos de efetivo exercício no serviço
•é vedada a acumulação remunerada de cargos pú- público e cinco anos no cargo efetivo em que se
blicos, exceto quando houver compatibilidade de dará a aposentadoria, observadas as seguintes
horários: condições:

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a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contri- A lei não poderá estabelecer qualquer forma de con-
buição, se homem, e cinquenta e cinco anos de tagem de tempo de contribuição fictício.
idade e trinta de contribuição, se mulher; Aplica-se o limite fixado de, a remuneração e o sub-
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e ses- sídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos pú-
senta anos de idade, se mulher, com proventos blicos da administração direta, autárquica e fundacional,
proporcionais ao tempo de contribuição. os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vanta-
Os proventos de aposentadoria e as pensões, por gens pessoais ou de qualquer outra natureza, não pode-
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remu- rão exceder o subsídio mensal do Governador no âmbito
neração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desem-
a concessão da pensão. bargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa in-
Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por teiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
ocasião da sua concessão, serão consideradas as remu- mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
nerações utilizadas como base para as contribuições do Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este li-
servidor aos regimes de previdência de que se trata aci- mite aos membros do Ministério Público, aos Procura-
ma e no art. 201, da Constituição Federal, A previdência dores e aos Defensores Públicos, à soma total dos pro-
social será organizada sob a forma de regime geral, de ventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, de outras atividades sujeitas a contribuição para o regi-
e atenderá, nos termos da lei. me geral de previdência social, e ao montante resultante
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferencia- da adição de proventos de inatividade com remuneração
dos para a concessão de aposentadoria aos abrangidos de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo
pelo regime de que se trata na Constituição Estadual, res- em comissão declarado em lei de livre nomeação e exo-
salvados, nos termos definidos em leis complementares, neração, e de cargo eletivo.
Além do disposto acima, o regime de previdência dos
os casos de servidores:
servidores públicos titulares de cargo efetivo observará,
portadores de deficiência;
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o
que exerçam atividades de risco;
regime geral de previdência social.
cujas atividades sejam exercidas sob condições espe-
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
ciais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-
Os requisitos de idade e de tempo de contribuição
ração bem como de outro cargo temporário ou de em-
serão reduzidos em cinco anos, em relação à aposen- prego público, aplica-se o regime geral de previdência
tadoria, para o professor que comprove exclusivamente social.
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na O Estado, desde que institua regime de previdência
educação infantil e no ensino fundamental e médio. complementar para os seus respectivos servidores titula-
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos car- res de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das apo-
gos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada sentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime
a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido
regime de previdência previsto na Constituição Estadual. para os benefícios do regime geral de previdência social
Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão de que trata a Constituição Federal.
por morte, que será igual: O regime de previdência complementar será insti-
•ao valor da totalidade dos proventos do servidor fa- tuído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo,
lecido, até o limite máximo estabelecido para os observado o disposto na Constituição Federal, no que
benefícios do regime geral de previdência social de couber, por intermédio de entidades fechadas de pre-
que trata a Constituição Federal, acrescido de se- vidência complementar, de natureza pública, que ofere-
tenta por cento da parcela excedente a este limite, cerão aos respectivos participantes planos de benefícios
caso aposentado à data do óbito; ou somente na modalidade de contribuição definida.
•ao valor da totalidade da remuneração do servidor Somente mediante sua prévia e expressa opção, po-
no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até derá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

o limite máximo estabelecido para os benefícios serviço público até a data da publicação do ato de ins-
do regime geral de previdência social de que trata tituição do correspondente regime de previdência com-
também, a Constituição Federal, acrescido de se- plementar.
tenta por cento da parcela excedente a este limite, Todos os valores de remuneração considerados para
caso em atividade na data do óbito. o cálculo do benefício serão devidamente atualizados, na
forma da lei.
É assegurado o reajustamento dos benefícios para Incidirá contribuição sobre os proventos de aposen-
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, con- tadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata
forme critérios estabelecidos em lei. este artigo que superem o limite máximo estabelecido
O tempo de contribuição federal, estadual ou mu- para os benefícios do regime geral de previdência social
nicipal será contado para efeito de aposentadoria e o de que trata a Constituição Federal, com percentual igual
tempo de serviço correspondente para efeito de dispo- ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
nibilidade. efetivos.

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O servidor de que trata este artigo que tenha comple- Ao servidor será assegurado o direito de remoção
tado as exigências para aposentadoria voluntária estabe- para igual cargo ou função, no lugar de residência do
lecidas na Constituição Estadual, e que opte por perma- cônjuge, se este também for servidor e houver vaga, nos
necer em atividade fará jus a um abono de permanência termos da lei.
equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária O disposto acima também se aplica ao servidor côn-
até completar as exigências para aposentadoria compul- juge de titular de mandato eletivo estadual ou municipal.
sória. O Estado responsabilizará os seus servidores por al-
Fica vedada a existência de mais de um regime pró- cance e outros danos causados à administração, ou por
prio de previdência social para os servidores titulares pagamentos efetuados em desacordo com as normas le-
de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora gais, sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens,
do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o nos termos da lei.
disposto na Constituição Federal. Os servidores titulares de cargos efetivos do Estado,
A contribuição previdenciária incidirá apenas sobre incluídas suas autarquias e fundações, desde que tenham
as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão completado cinco anos de efetivo exercício, terão com-
que superem o dobro do limite máximo estabelecido putado, para efeito de aposentadoria, nos termos da lei,
para os benefícios do regime geral de previdência social o tempo de contribuição ao regime geral de previdência
de que trata a Constituição Federal, quando o benefi- social decorrente de atividade de natureza privada, rural
ciário, na forma da lei, for portador de doença incapa- ou urbana, hipótese em que os diversos sistemas de pre-
citante. vidência social se compensarão financeiramente, segun-
O servidor, após noventa dias decorridos da apresen- do os critérios estabelecidos em lei.
tação do pedido de aposentadoria voluntária, instruído O servidor, com mais de cinco anos de efetivo exer-
com prova de ter cumprido os requisitos necessários à cício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou
obtenção do direito, poderá cessar o exercício da função função que lhe proporcione remuneração superior à do
pública, independentemente de qualquer formalidade cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admi-
Aplica-se aos servidores públicos estaduais, para tido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano,
efeito de estabilidade, o disposto no art. 41, da Consti- até o limite de dez décimos.
O servidor, durante o exercício do mandato de verea-
tuição Federal:
dor, será inamovível. Ao servidor público titular de cargo
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercí-
efetivo do Estado será contado, como efetivo exercício,
cio os servidores nomeados para cargo de provimento
para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo
efetivo em virtude de concurso público.
de contribuição decorrente de serviço prestado em car-
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
tório não oficializado, mediante certidão expedida pela
I - em virtude de sentença judicial transitada em jul-
Corregedoria-Geral da Justiça.
gado; O servidor público civil demitido por ato administra-
II - mediante processo administrativo em que lhe seja tivo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato
assegurada ampla defesa; que deu causa à demissão, será reintegrado ao serviço
III - mediante procedimento de avaliação periódica de público, com todos os direitos adquiridos.
desempenho, na forma de lei complementar, assegu- A lei assegurará à servidora gestante mudança de
rada ampla defesa. função, nos casos em que for recomendado, sem prejuí-
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do zo de seus vencimentos ou salários e demais vantagens
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual do cargo ou função-atividade.
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo Sobre os servidores públicos, vamos iniciar os estu-
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em dos agora.
outro cargo ou posto em disponibilidade com remu- São servidores públicos militares estaduais os inte-
neração proporcional ao tempo de serviço. grantes da Polícia Militar do Estado.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessida- Aplica-se, no que couber, aos servidores públicos de
de, o servidor estável ficará em disponibilidade, com São Paulo, o disposto na Constituição Federal.
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até O servidor público militar demitido por ato adminis-
seu adequado aproveitamento em outro cargo. trativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, que deu causa à demissão, será reintegrado à Corpora-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

é obrigatória a avaliação especial de desempenho por ção com todos os direitos restabelecidos.
comissão instituída para essa finalidade. O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a pa-
tente se for julgado indigno do Oficialato ou com ele in-
As vantagens de qualquer natureza só poderão ser compatível, por decisão do Tribunal de Justiça Militar do
instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao Estado.
interesse público e às exigências do serviço. O oficial condenado na Justiça comum ou militar à
Ao servidor público estadual é assegurado o percebi- pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sen-
mento do adicional por tempo de serviço, concedido no tença transitada em julgado, será submetido ao julga-
mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem mento previsto no Tribunal de Justiça Militar do Estado.
como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedi- O direito do servidor militar de ser transferido para
da aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorpo- a reserva ou ser reformado será assegurado, ainda que
rarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado, respondendo a inquérito ou processo em qualquer juris-
sempre, o disposto na Constituição Estadual. dição, nos casos previstos em lei específica.

13
d) integrada pela Polícia Civil, Instituto de Criminalística e
FIQUE ATENTO! Instituto Médico Legal, sendo dirigida pelo Secretário
A Segurança Pública, dever do Estado, direito de Segurança Pública.
e responsabilidade de todos, é exercida para e) dirigida por Delegado de Polícia, sendo integrada pe-
a preservação da ordem pública e incolumi- los seguintes órgãos: Instituto de Criminalística e Ins-
dade das pessoas e do patrimônio. tituto Médico Legal.
O Estado manterá a Segurança Pública por
meio de sua polícia, subordinada ao Gover- Resposta: Letra C
nador do Estado. Lei específica definirá a organização, funcionamento
A polícia do Estado será integrada pela Polí- e atribuições da Superintendência da Polícia Técnico-
cia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. -Científica, que será dirigida, alternadamente, por pe-
A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de rito criminal e médico legista, sendo integrada pelos
Bombeiros é força auxiliar, reserva do Exér- seguintes órgãos Instituto de Criminalística e Instituto
cito. Médico Legal.

2. (FAPESP – Procurador – VUNESP – 2018) É um prin-


À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além cípio constitucional relativo à autonomia das universida-
das atribuições definidas em lei, a polícia ostensiva e a des públicas do Estado de São Paulo, dentre outros:
preservação da ordem pública. a) utilização dos recursos de forma a agilizar o atendi-
O Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado mento à demanda social, tanto mediante cursos gra-
pelo Governador do Estado dentre oficiais da ativa, ocu- tuitos, quanto atividades de prestação de serviços so-
pantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais ciais à população.
Militares, conforme dispuser a lei, devendo fazer decla- b) a criação de formas de participação da sociedade, por
ração pública de bens no ato da posse e de sua exone- meio de instâncias políticas externas à universidade,
ração. na avaliação do desempenho da administração dos
Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a organização, recursos e da qualidade do corpo docente.
o funcionamento, direitos, deveres, vantagens e regime c) aplicação anual, pelo Estado, na manutenção e no de-
de trabalho da Polícia Militar e de seus integrantes, ser- senvolvimento do ensino público universitário, no mí-
vidores militares estaduais, respeitadas as leis federais nimo, trinta por cento da receita resultante de impos-
concernentes. tos, excluindo recursos provenientes de transferências.
A criação e manutenção da Casa Militar e Assessorias d) manutenção de cursos noturnos pelas universidades
Militares somente poderão ser efetivadas nos termos em que, no conjunto de suas unidades, correspondam a
que a lei estabelecer. um quinto, pelo menos, do total das vagas por elas
O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Governa- oferecidas.
dor do Estado entre oficiais da ativa, ocupantes do último e) representação e participação de todos os segmentos
posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares. da comunidade interna nos órgãos decisórios e na es-
Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições defini- colha de dirigentes, na forma de seus estatutos.
das em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil, tendo seu quadro próprio e funcionamento defini- Resposta: Letra E
dos em legislação específica. A autonomia da universidade será exercida, respeitan-
do, nos termos do seu estatuto, a necessária demo-
cratização do ensino e a responsabilidade pública da
instituição, observados os seguintes princípios repre-
EXERCÍCIO COMENTADO sentação e participação de todos os segmentos da co-
munidade interna nos órgãos decisórios e na escolha
de dirigentes, na forma de seus estatutos.
1. (PC-SP – Agente de Telecomunicações – VUNESP
– 2018) Nos termos da Constituição do Estado de São
Paulo, lei específica definirá a organização, o funciona-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

mento e as atribuições da Superintendência da Polícia LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – LEI DE ACESSO À


Técnico-Científica, que será: INFORMAÇÃO

a) integrada pela Polícia Civil, Instituto de Criminalística


e Instituto Médico Legal, sendo dirigida por Delegado
Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011)
de Polícia de Classe Especial.
b) dirigida, alternadamente, por Delegado de Polícia, Pe-
Antes de realizar uma análise comentada da Lei nº
rito Criminal e Médico Legista, sendo integrada pelos
12.1527/2011, que dispõe sobre o direito ao acesso à
seguintes órgãos: Instituto de Criminalística e Instituto
informação, convém realizar uma breve introdução so-
Médico Legal.
bre o tema. O Brasil foi marcado, na década de 1960
c) dirigida, alternadamente, por Perito Criminal e Médico até meados de 1980, por um governo ditatorial militar,
Legista, sendo integrada pelos seguintes órgãos: Insti- ocasião em que houve uma grande restrição dos direitos
tuto de Criminalística e Instituto Médico Legal. fundamentais dos cidadãos, incluindo nesse rol o direito

14
ao acesso à informação. O Poder Público, na época, tinha D) Princípio da criação de procedimentos que faci-
a faculdade de decidir quais atos e outros eventos po- litam o acesso: os pedidos de informação devem
deriam ser transmitidos para a população, e quais atos ser processados mediante procedimentos ágeis, de
deveriam permanecer sob sigilo. forma transparente e em linguagem de fácil com-
Contudo, tal cenário mudou com a redemocratiza- preensão, com a possibilidade de apresentação
ção do País, e a promulgação da Constituição Federal de de recurso em caso de negativa da informação. O
1988. Atualmente, o acesso à informação é reconhecido recurso disposto na referida Lei não é o remédio
como direito humano fundamental por importantes or- constitucional denominado habeas data, cuja re-
ganismos da comunidade internacional. O art. 5º, XXXIII, gulamentação encontra-se na Lei nº 9.507/1997.
da CF/1988 prevê de modo expresso o direito ao acesso
à informação, ao dispor que “todos têm direito a rece- 2. Transparência Ativa e Transparência Passiva
ber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão A LAI estimula exaustivamente a iniciativa de transpa-
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilida- rência, que pode ser dividida em duas espécies. A trans-
de, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à parência ativa consiste na obrigatoriedade dos órgãos e
segurança da sociedade e do Estado”. Assim, as noções entidades públicas, por iniciativa própria, de divulgarem
de publicidade e transparência passam a se tornar prin-
informações de interesse geral ou coletivo, salvo aque-
cípios basilares da Administração Pública (art. 37, caput,
las que contenham informações que mereçam especial
CF/1988), e como forma de melhor regulamentar o refe-
proteção em razão do seu caráter sigiloso. Sobre o tema,
rido disposto constitucional, surge a Lei de Acesso à In-
formação (Lei nº 12.527/2011), que analisaremos alguns o caput do art. 8º da LAI é bastante claro ao expor que
de seus principais dispositivos. “É dever dos órgãos e entidades públicas promover, in-
dependentemente de requerimentos, a divulgação em
1. Princípios e Diretrizes local de fácil acesso, no âmbito de suas competências,
de informações de interesse coletivo ou geral por eles
A Lei de Acesso à Informação (LAI), é considerada um produzidas ou custodiadas”.
divisor de águas em matéria de transparência pública, Além da obrigação geral, o § 1º do referido art. 8º
pois, dentre outros princípios, define que o acesso à in- também elenca um rol de dados que devem obrigato-
formação é a regra, e o sigilo, a exceção. Qualquer pessoa, riamente constar na divulgação de informações pelos
física ou jurídica, poderá solicitar acesso às informações órgãos e entidades públicas, dentre os quais destaca-se:
públicas, isto é, aquelas não classificadas como sigilosas, o registro das competências e estrutura organizacional,
conforme procedimento que observará as regras, prazos, endereços e telefones das respectivas unidades e horá-
instrumentos de controle e recursos previstos, sendo de- rios de atendimento ao público; o registro de despesas;
ver do Estado garantir esse direito fundamental, que será as informações concernentes a procedimentos licitató-
franqueada mediante procedimentos simples e objeti- rios, incluindo os editais e resultados, bem como todos
vos, de forma transparente, clara e de fácil compreensão. os contratos celebrados; e as respostas a perguntas mais
O parágrafo único do art. 1º da LAI dispõe sobre os frequentes da sociedade. A LAI definiu a internet como
destinatários, ou aqueles que devem se subordinar à re- sendo o canal obrigatório para a divulgação das inicia-
ferida legislação. São os órgãos públicos integrantes da tivas de Transparência Ativa, conforme se depreende do
administração dos Poderes Executivo, Legislativo, incluin- seu art. 8º, § 2º: “Para cumprimento do disposto no caput,
do o Tribunal de Contas, Ministério Público etc; as enti- os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos
dades federativas integrantes da Administração Pública os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem,
Direta; e as autarquias, fundações públicas, empresas pú- sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede
blicas, e sociedades de economia mista integrantes da mundial de computadores”.
Administração Indireta.
Por outro lado, a LAI também estabelece procedimen-
Os procedimentos previstos na LAI destinam-se a as-
tos e ações a serem realizados pelos órgãos e entidades
segurar o direito fundamental de acesso à informação e
públicas de forma a garantir o atendimento ao princípio
devem ser executados em conformidade com os princí-
pios básicos da administração pública e com as diretrizes da Transparência Passiva. A transparência passiva ocorre
quando algum órgão ou ente é provocado pela socieda-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

previstas no art. 3º da referida Lei. São eles:


A) Princípio da Publicidade Máxima: a abrangência de a prestar informações. A obrigatoriedade de prestar
do direito à informação deve ser ampla no tocante as informações solicitadas está prevista especificamen-
à quantidade de informações e órgãos envolvidos, te no artigo 10 da LAI: “Qualquer interessado poderá
bem como quanto aos indivíduos que poderão rei- apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos
vindicar esse direito. e entidades referidos no art. 1° desta Lei, por qualquer
B) Princípio da Transparência ativa ou obrigação meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação
de publicar: os órgãos públicos têm a obrigação do requerente e a especificação da informação requeri-
de publicar informações de interesse público sem da”. Os pedidos devem ser encaminhados ao serviço de
necessidade de provocação dos interessados. informação do órgão público, podendo ser realizados
C) Princípio da abertura de dados: traduz-se no inclusive pela internet, devem conter informações como
estímulo à disponibilização de dados em formato identificação do requerente, mas sem exigências que in-
aberto, utilizado livremente, cujo acesso é faculta- viabilizem a solicitação, e não se podem exigir justificati-
do a qualquer interessado. vas para solicitar informações de interesse público.

15
Uma vez recebido um pedido de informação, o Poder IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou
Público deve autorizar ou conceder acesso imediato à in- permitir acesso indevido à informação sigilosa ou in-
formação. Não sendo possível acesso imediato, em até formação pessoal;
20 dias, o órgão deve responder o requerente apresen- V - impor sigilo à informação para obter proveito
tando: a data, local e modo para se realizar o acesso; as pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de
razões para se recusar o acesso pretendido; o comunica- ato ilegal cometido por si ou por outrem;
do de que não possui a informação ou que encaminhou VI - ocultar da revisão de autoridade superior com-
o pedido ao órgão que realmente detém a informação. petente informação sigilosa para beneficiar a si ou a
Tal prazo poderá ser prorrogado por mais 10 dias me- outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
diante justificativa apresentada pelo ente público. VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, docu-
mentos concernentes a possíveis violações de direitos
3. Recursos administrativos na LAI humanos por parte de agentes do Estado.

O demandante somente poderá recorrer nas seguin- Os agentes militares serão penalizados segundo re-
tes hipóteses: havendo negativa de acesso à informação; gimento próprio, podendo ser consideradas transgres-
ou quando não há motivação obrigatória da negativa de sões médias ou graves. Já os demais servidores públicos,
acesso. A Lei de Acesso à Informação apenas detalha os submetidos ao regime da Lei nº 8.112/1990, a prática de
procedimentos de recursos administrativos no âmbito tais condutas enseja à pena de, no mínimo, suspensão.
da administração pública federal, mas a doutrina enten- Por fim, a LAI também prevê penalidades para as
de que os Poderes Executivo e Legislativo tenham seus pessoas físicas e entidades privadas que detiverem in-
respectivos procedimentos recursais, desde que devida- formações em virtude de vínculo de qualquer natureza
mente regulamentados. com o poder público e deixarem de observar os princí-
Nos termos do caput e do parágrafo único do art. 15 pios e diretrizes da referida Lei, podendo ser punidos
da LAI, o interessado poderá interpor recurso contra a com: a) advertência; b) multa; c) rescisão do vínculo com
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência, o poder público; d) suspensão temporária de participar
sendo dirigido à autoridade hierarquicamente superior à em licitação e impedimento de contratar com a admi-
que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifes- nistração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos;
tar no prazo de 5 (cinco) dias. O serviço de busca e for- e e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
necimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses com a administração pública, até que seja promovida a
de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
pública consultada, situação em que poderá ser cobrado penalidade.
exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do
custo dos serviços e dos materiais utilizados. Negado o
acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder
Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Con- EXERCÍCIO COMENTADO
troladoria-Geral da União, que terá o prazo de 5 dias para
decidir sobre o referido pleito. 1. (ILSL – ENFERMEIRO – IBFC – 2013) A Lei nº 12.527
de 18-11-2011 regula direito fundamental de acesso às
4. Responsabilidades na Lei de Acesso à Informa- informações. Na sua seção V, regula o acesso às infor-
ção: mações pessoais. Assinale a alternativa incorreta:

A LAI não dispõe apenas de regras gerais sobre o a) O tratamento das informações pessoais deve ser fei-
acesso à informação. Também elenca uma série de san- to de forma transparente e com respeito à intimida-
ções e penalidades aos agentes públicos que se opor aos de, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem
seus ditames. O art. 32 da LAI apresenta as condutas que como às liberdades e garantias individuais.
são consideradas condutas ilícitas que ensejam respon- b) O consentimento expresso da pessoa a que elas se
sabilidade do agente público ou militar: referirem não será exigido quando as informações
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam res- forem necessárias à prevenção e diagnóstico médico,
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ponsabilidade do agente público ou militar: quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz,
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos e para utilização única e exclusivamente para o trata-
termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu for- mento médico.
necimento ou fornecê-la intencionalmente de forma c) O consentimento expresso da pessoa a que elas se
incorreta, incompleta ou imprecisa; referirem será exigido quando as informações forem
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, des- necessárias ao cumprimento de ordem judicial.
truir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou d) A restrição de acesso à informação relativa à vida
parcialmente, informação que se encontre sob sua privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser
guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em invocada com o intuito de prejudicar processo de
razão do exercício das atribuições de cargo, emprego apuração de irregularidades em que o titular das in-
ou função pública; formações estiver envolvido, bem como em ações
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações voltadas para a recuperação de fatos históricos de
de acesso à informação; maior relevância.

16
Resposta: Letra C. O erro da alternativa está no fato sem fins lucrativos que recebam recursos públicos
de que o consentimento da pessoa para a divulgação estaduais para a realização de atividades de interesse
de informações pessoais não é obrigatório quando público, à vista das normas gerais estabelecidas na
tais informações forem necessárias ao cumprimento Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
de ordem judicial, conforme dispõe o art. 31, § 2º, III,
da Lei nº 12.527/2011. Artigo 2º - O direito fundamental de acesso a do-
cumentos, dados e informações será assegurado me-
diante:
DECRETO N° 58.052, DE 16 DE MAIO DE 2012 I - observância da publicidade como preceito geral e
do sigilo como exceção;
II - implementação da política estadual de arquivos e
gestão de documentos;
DECRETO Nº 58.052, DE 16 DE MAIO DE 2012
III - divulgação de informações de interesse público,
independentemente de solicitações;
Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de novem-
bro de 2011, que regula o acesso a informações, e dá pro- IV - utilização de meios de comunicação viabilizados
vidências correlatas pela tecnologia da informação;
V - fomento ao desenvolvimento da cultura de trans-
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São parência na administração pública;
Paulo, no uso de suas atribuições legais, VI - desenvolvimento do controle social da adminis-
Considerando que é dever do Poder Público promo- tração pública.
ver a gestão dos documentos públicos para assegurar o Artigo 3º - Para os efeitos deste decreto, consideram-
acesso às informações neles contidas, de acordo com o § -se as seguintes definições:
2º do artigo 216 da Constituição Federal e com o artigo I - arquivos públicos: conjuntos de documentos pro-
1º da Lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; duzidos, recebidos e acumulados por órgãos públi-
Considerando que cabe ao Estado definir, em legisla- cos, autarquias, fundações instituídas ou mantidas
ção própria, regras específicas para o cumprimento das pelo Poder Público, empresas públicas, sociedades de
determinações previstas na Lei federal nº 12.527, de 18 economia mista, entidades privadas encarregadas da
de novembro de 2011, que regula o acesso a informa- gestão de serviços públicos e organizações sociais, no
ções; exercício de suas funções e atividades;
Considerando as disposições das Leis estaduais nº II - autenticidade: qualidade da informação que te-
10.177, de 30 de dezembro de 1998, que regula o pro- nha sido produzida, expedida, recebida ou modificada
cesso administrativo e nº 10.294, de 20 de abril de 1999, por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
que dispõe sobre proteção e defesa do usuário de servi- III - classificação de sigilo: atribuição, pela autoridade
ços públicos, e dos Decretos estaduais nº 22.789, de 19 competente, de grau de sigilo a documentos, dados e
de outubro de 1984, que institui o Sistema de Arquivos informações;
do Estado de São Paulo - SAESP, nº 44.074, de 1º de julho IV - credencial de segurança: autorização por escrito
de 1999, que regulamenta a composição e estabelece a concedida por autoridade competente, que habilita o
competência das Ouvidorias, nº 54.276, de 27 de abril agente público estadual no efetivo exercício de cargo,
de 2009, que reorganiza a Unidade do Arquivo Público
função, emprego ou atividade pública a ter acesso a
do Estado, da Casa Civil, nº 55.479, de 25 de fevereiro
documentos, dados e informações sigilosas;
de 2010, que institui na Casa Civil o Comitê Gestor do
V - criptografia: processo de escrita à base de métodos
Sistema Informatizado Unificado de Gestão Arquivística
lógicos e controlados por chaves, cifras ou códigos, de
de Documentos e Informações - SPdoc, alterado pelo de
nº 56.260, de 6 de outubro de 2010, nº 55.559, de 12 de forma que somente os usuários autorizados possam
março de 2010, que institui o Portal do Governo Aberto reestabelecer sua forma original;
SP e nº 57.500, de 8 de novembro de 2011, que reorga- VI - custódia: responsabilidade pela guarda de docu-
niza a Corregedoria Geral da Administração e institui o mentos, dados e informações;
Sistema Estadual de Controladoria; e VII - dado público: sequência de símbolos ou valo-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Considerando, finalmente, a proposta apresentada res, representado em algum meio, produzido ou sob
pelo Grupo Técnico instituído pela Resolução CC-3, de a guarda governamental, em decorrência de um pro-
9 de janeiro de 2012, junto ao Comitê de Qualidade da cesso natural ou artificial, que não tenha seu acesso
Gestão Pública, restrito por legislação específica;
VIII - desclassificação: supressão da classificação de
Decreta: sigilo por ato da autoridade competente ou decurso
de prazo, tornando irrestrito o acesso a documentos,
CAPÍTULO I dados e informações sigilosas;
Disposições Gerais IX - documentos de arquivo: todos os registros de in-
formação, em qualquer suporte, inclusive o magné-
Artigo 1º - Este decreto define procedimentos a se- tico ou óptico, produzidos, recebidos ou acumulados
rem observados pelos órgãos e entidades da Admi- por órgãos e entidades da Administração Pública Es-
nistração Pública Estadual, e pelas entidades privadas tadual, no exercício de suas funções e atividades;

17
X - disponibilidade: qualidade da informação que acesso, com a indicação do grau de sigilo, decorrente
pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equi- de estudos e pesquisas promovidos pelas Comissões
pamentos ou sistemas autorizados; de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, e pu-
XI - documento: unidade de registro de informações, blicada pelas autoridades máximas dos órgãos e en-
qualquer que seja o suporte ou formato; tidades;
XII - gestão de documentos: conjunto de procedimen- XXV - tratamento da informação: conjunto de ações
tos operações técnicas referentes à sua produção, referentes à produção, recepção, classificação, utiliza-
classificação, avaliação, tramitação, uso, arquiva- ção, acesso, reprodução, transporte, transmissão, dis-
mento e reprodução, que assegura a racionalização e tribuição, arquivamento, armazenamento, elimina-
a eficiência dos arquivos; ção, avaliação, destinação ou controle da informação.
XIII - informação: dados, processados ou não, que po-
dem ser utilizados para produção e transmissão de CAPÍTULO II
conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte Do Acesso a Documentos, Dados e Informações
ou formato; SEÇÃO I
XIV - informação pessoal: aquela relacionada à pes- Disposições Gerais
soa natural identificada ou identificável;
XV - informação sigilosa: aquela submetida tempo-
Artigo 4º - É dever dos órgãos e entidades da Admi-
rariamente à restrição de acesso público em razão de
nistração Pública Estadual:
sua imprescindibilidade para a segurança da socieda-
I - promover a gestão transparente de documentos,
de e do Estado;
XVI - integridade: qualidade da informação não mo- dados e informações, assegurando sua disponibilida-
dificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; de, autenticidade e integridade, para garantir o pleno
XVII - marcação: aposição de marca assinalando o direito de acesso;
grau de sigilo de documentos, dados ou informações, II - divulgar documentos, dados e informações de in-
ou sua condição de acesso irrestrito, após sua des- teresse coletivo ou geral, sob sua custódia, indepen-
classificação; dentemente de solicitações;
XVIII - metadados: são informações estruturadas e III - proteger os documentos, dados e informações
codificadas que descrevem e permitem gerenciar, sigilosas e pessoais, por meio de critérios técnicos e
compreender, preservar e acessar os documentos di- objetivos, o menos restritivo possível.
gitais ao longo do tempo e referem-se a:
a) identificação e contexto documental (identificador SEÇÃO II
único, instituição produtora, nomes, assunto, datas, Da Gestão de Documentos, Dados e Informações
local, código de classificação, tipologia documental,
temporalidade, destinação, versão, documentos rela- Artigo 5º - A Unidade do Arquivo Público do Estado,
cionados, idioma e indexação); na condição de órgão central do Sistema de Arquivos
b) segurança (grau de sigilo, informações sobre crip- do Estado de São Paulo - SAESP, é a responsável pela
tografia, assinatura digital e outras marcas digitais); formulação e implementação da política estadual de
c) contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho arquivos e gestão de documentos, a que se refere o
de arquivo, dependências de hardware e software, ti- artigo 2º, inciso II deste decreto, e deverá propor nor-
pos de mídias, algoritmos de compressão) e localiza- mas, procedimentos e requisitos técnicos complemen-
ção física do documento; tares, visando o tratamento da informação.
XIX - primariedade: qualidade da informação coleta- Parágrafo único - Integram a política estadual de ar-
da na fonte, com o máximo de detalhamento possível, quivos e gestão de documentos:
sem modificações; 1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos e en-
XX - reclassificação: alteração, pela autoridade com-
tidades;
petente, da classificação de sigilo de documentos, da-
2. as Comissões de Avaliação de Documentos e Aces-
dos e informações;
so - CADA, a que se refere o artigo 11 deste decreto;
XXI - rol de documentos, dados e informações sigi-
3. o Sistema Informatizado Unificado de Gestão Ar-
losas e pessoais: relação anual, a ser publicada pelas
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

autoridades máximas de órgãos e entidades, de do- quivística de Documentos e Informações - SPdoc;


cumentos, dados e informações classificadas, no pe- 4. os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.
ríodo, como sigilosas ou pessoais, com identificação Artigo 6º - Para garantir efetividade à política de ar-
para referência futura; quivos e gestão de documentos, os órgãos e entidades
XXII - serviço ou atendimento presencial: aquele pres- da Administração Pública Estadual deverão:
tado a presença física do cidadão, principal beneficiá- I - providenciar a elaboração de planos de classifi-
rio ou interessado no serviço; cação e tabelas de temporalidade de documentos de
XXIII - serviço ou atendimento eletrônico: aque- suas atividadesfim, a que se referem, respectivamen-
le prestado remotamente ou à distância, utilizando te, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, do Decreto nº 48.897,
meios eletrônicos de comunicação; de 27 de agosto de 2004;
XXIV - tabela de documentos, dados e informações II - cadastrar todos os seus documentos no Sistema
sigilosas e pessoais: relação exaustiva de documen- Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de
tos, dados e informações com quaisquer restrição de Documentos e Informações - SPdoc.

18
Parágrafo único - As propostas de planos de classifi- I - coordenar a integração sistêmica dos Serviços de
cação e de tabelas de temporalidade de documentos Informações ao Cidadão - SIC, instituídos nos órgãos
deverão ser apreciadas pelos órgãos jurídicos dos ór- e entidades;
gãos e entidades e encaminhadas à Unidade do Ar- II - realizar a consolidação e sistematização de dados
quivo Público do Estado para aprovação, antes de sua a que se refere o artigo 26 deste decreto, bem como a
oficialização. elaboração de estatísticas sobre as demandas de con-
Artigo 7º - Ficam criados, em todos os órgãos e enti- sulta e os perfis de usuários, visando o aprimoramento
dades da Administração Pública Estadual, os Serviços dos serviços.
de Informações ao Cidadão - SIC, a que se refere o Parágrafo único - Os Serviços de Informações ao Cida-
artigo 5º, inciso IV, deste decreto, diretamente subor- dão - SIC deverão fornecer, periodicamente, à Central
dinados aos seus titulares, em local com condições de Atendimento ao Cidadão - CAC, dados atualizados
apropriadas, infraestrutura tecnológica e equipe ca- dos atendimentos prestados.
pacitada para: Artigo 10 - O acesso aos documentos, dados e infor-
I - realizar atendimento presencial e/ou eletrônico na mações compreende, entre outros, os direitos de obter:
sede e nas unidades subordinadas, prestando orien- I - orientação sobre os procedimentos para a consecu-
tação ao público sobre os direitos do requerente, o ção de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser
funcionamento do Serviço de Informações ao Cidadão encontrado ou obtido o documento, dado ou informa-
- SIC, a tramitação de documentos, bem como sobre ção almejada;
os serviços prestados pelas respectivas unidades do ór- II - dado ou informação contida em registros ou docu-
gão ou entidade; mentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou
II - protocolar documentos e requerimentos de acesso entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
a informações, bem como encaminhar os pedidos de III - documento, dado ou informação produzida ou
informação aos setores produtores ou detentores de custodiada por pessoa física ou entidade privada de-
documentos, dados e informações; corrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou enti-
III - controlar o cumprimento de prazos por parte dos dades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
setores produtores ou detentores de documentos, da- IV - dado ou informação primária, íntegra, autêntica
dos e informações, previstos no artigo 15 deste de- e atualizada;
creto; V - documento, dado ou informação sobre atividades
IV - realizar o serviço de busca e fornecimento de do- exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relati-
cumentos, dados e informações sob custódia do res- vas à sua política, organização e serviços;
pectivo órgão ou entidade, ou fornecer ao requerente VI - documento, dado ou informação pertinente à ad-
orientação sobre o local onde encontrá-los. ministração o patrimônio público, utilização de recur-
§ 1º - As autoridades máximas dos órgãos e entidades sos públicos, licitação, contratos administrativos;
da Administração Pública Estadual deverão designar, VII - documento, dado ou informação relativa:
no prazo de 30 (trinta) dias, os responsáveis pelos Ser- a) à implementação, acompanhamento e resultados
viços de Informações ao Cidadão - SIC. dos programas, projetos e ações dos órgãos e entida-
§ 2º - Para o pleno desempenho de suas atribuições, des públicas, bem como metas e indicadores propostos;
os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC deverão: b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e
1. manter intercâmbio permanente com os serviços de tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle
protocolo e arquivo; interno e externo, incluindo prestações de contas rela-
2. buscar informações junto aos gestores de sistemas tivas a exercícios anteriores.
informatizados e bases de dados, inclusive de portais § 1º - O acesso aos documentos, dados e informações
e sítios institucionais; previsto no «caput» deste artigo não compreende as
3. atuar de forma integrada com as Ouvidorias, insti- informações referentes a projetos de pesquisa e desen-
tuídas pela Lei estadual nº 10.294, de 20 de abril de volvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja
1999, e organizadas pelo Decreto nº 44.074, de 1º de imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
julho de 1999. § 2º - Quando não for autorizado acesso integral ao
§ 3º - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC, documento, dado ou informação por ser ela parcial-
mente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigi-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

independentemente do meio utilizado, deverão ser


identificados com ampla visibilidade. losa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocul-
Artigo 8º - A Casa Civil deverá providenciar a con- tação da parte sob sigilo.
tratação de serviços para o desenvolvimento de «Sis- § 3º - O direito de acesso aos documentos, aos da-
tema Integrado de Informações ao Cidadão», capaz dos ou às informações neles contidas utilizados como
de interoperar com o SPdoc, a ser utilizado por todos fundamento da tomada de decisão e do ato adminis-
os órgãos e entidades nos seus respectivos Serviços de trativo será assegurado com a edição do ato decisório
Informações ao Cidadão - SIC. respectivo.
Artigo 9º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, § 4º - A negativa de acesso aos documentos, dados e
da Casa Civil, deverá adotar as providências neces- informações objeto de pedido formulado aos órgãos e
sárias para a organização dos serviços da Central entidades referidas no artigo 1º deste decreto, quando
de Atendimento ao Cidadão - CAC, instituída pelo não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas
Decreto nº 54.276, de 27 de abril de 2009, com a disciplinares, nos termos do artigo 32 da Lei federal nº
finalidade de: 12.527, de 18 de novembro de 2011.

19
§ 5º - Informado do extravio da informação solicitada, VI - propor à autoridade máxima do órgão ou entida-
poderá o interessado requerer à autoridade compe- de a renovação, alteração de prazos, reclassificação ou
tente a imediata instauração de apuração preliminar desclassificação de documentos, dados e informações
para investigar o desaparecimento da respectiva do- sigilosas;
cumentação. VII - manifestar-se sobre os prazos mínimos de restri-
§ 6º - Verificada a hipótese prevista no § 5º deste arti- ção de acesso aos documentos, dados ou informações
go, o responsável pela guarda da informação extravia- pessoais;
da deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato VIII - atuar como instância consultiva da autoridade
e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. máxima do órgão ou entidade, sempre que provocada,
sobre os recursos interpostos relativos às solicitações
SEÇÃO III de acesso a documentos, dados e informações não
Das Comissões de Avaliação de Documentos e atendidas ou indeferidas, nos termos do parágrafo
Acesso único do artigo 19 deste decreto;
IX - informar à autoridade máxima do órgão ou enti-
Artigo 11 - As Comissões de Avaliação de Documentos dade a previsão de necessidades orçamentárias, bem
de Arquivo, a que se referem os Decretos nº 29.838, como encaminhar relatórios periódicos sobre o anda-
de 18 de abril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto mento dos trabalhos.
de 2004, instituídas nos órgãos e entidades da Admi- Parágrafo único - Para o perfeito cumprimento de
nistração Pública Estadual, passarão a ser denomina- suas atribuições as Comissões de Avaliação de Docu-
das Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso mentos e Acesso - CADA poderão convocar servidores
- CADA. que possam contribuir com seus conhecimentos e ex-
§ 1º - As Comissões de Avaliação de Documentos e periências, bem como constituir subcomissões e gru-
Acesso - CADA deverão ser vinculadas ao Gabinete da pos de trabalho.
autoridade máxima do órgão ou entidade. Artigo 13 - À Unidade do Arquivo Público do Estado,
§ 2º - As Comissões de Avaliação de Documentos e órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de
Acesso - CADA serão integradas por servidores de ní- São Paulo - SAESP, responsável por propor a política
vel superior das áreas jurídica, de administração geral, de acesso aos documentos públicos, nos termos do ar-
de administração financeira, de arquivo e protocolo, tigo 6º, inciso XII, do Decreto nº 22.789, de 19 de outu-
de tecnologia da informação e por representantes das bro de 1984, caberá o reexame, a qualquer tempo, das
áreas específicas da documentação a ser analisada. tabelas de documentos, dados e informações sigilosas
§ 3º - As Comissões de Avaliação de Documentos e e pessoais dos órgãos e entidades da Administração
Acesso - CADA serão compostas por 5 (cinco), 7 (sete) Pública Estadual.
ou 9 (nove) membros, designados pela autoridade
máxima do órgão ou entidade.
SEÇÃO IV
Artigo 12 - São atribuições das Comissões de Avalia-
Do Pedido
ção de Documentos e Acesso - CADA, além daquelas
previstas para as Comissões de Avaliação de Docu-
Artigo 14 - O pedido de informações deverá ser apre-
mentos de Arquivo nos Decretos nº 29.838, de 18 de
sentado ao Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
abril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004:
do órgão ou entidade, por qualquer meio legítimo que
I - orientar a gestão transparente dos documentos,
dados e informações do órgão ou entidade, visando contenha a identificação do interessado (nome, nú-
assegurar o amplo acesso e divulgação; mero de documento e endereço) e a especificação da
II - realizar estudos, sob a orientação técnica da Uni- informação requerida.
dade do Arquivo Público do Estado, órgão central do Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP, do órgão ou entidade responsável pelas informações
visando à identificação e elaboração de tabela de do- solicitadas deverá conceder o acesso imediato àquelas
cumentos, dados e informações sigilosas e pessoais, de disponíveis.
seu órgão ou entidade; § 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso ime-
III - encaminhar à autoridade máxima do órgão ou diato, o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do
órgão ou entidade, em prazo não superior a 20 (vinte)
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

entidade a tabela mencionada no inciso II deste arti-


go, bem como as normas e procedimentos visando à dias, deverá:
proteção de documentos, dados e informações sigilo- 1. comunicar a data, local e modo para se realizar a
sas e pessoais, para oitiva do órgão jurídico e posterior consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
publicação; 2. indicar as razões de fato ou de direito da recusa,
IV - orientar o órgão ou entidade sobre a correta apli- total ou parcial, do acesso pretendido;
cação dos critérios de restrição de acesso constantes 3. comunicar que não possui a informação, indicar,
das tabelas de documentos, dados e informações sigi- se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade
losas e pessoais; que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse
V - comunicar à Unidade do Arquivo Público do Es- órgão ou entidade, cientificando o interessado da re-
tado a publicação de tabela de documentos, dados e messa de seu pedido de informação.
informações sigilosas e pessoais, e suas eventuais al- § 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo poderá ser
terações, para consolidação de dados, padronização prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justifica-
de critérios e realização de estudos técnicos na área; tiva expressa, da qual será cientificado o interessado.

20
§ 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção das in- Parágrafo único - O recurso será dirigido à apreciação
formações e do cumprimento da legislação aplicável, de pelo menos uma autoridade hierarquicamente su-
o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão perior à que exarou a decisão impugnada, que deverá
ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio se manifestar, após eventual consulta à Comissão de
interessado possa pesquisar a informação de que ne- Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, a que se
cessitar. referem os artigos 11 e 12 deste decreto, e ao órgão
§ 4º - Quando não for autorizado o acesso por se tra- jurídico, no prazo de 5 (cinco) dias.
tar de informação total ou parcialmente sigilosa, o in-
teressado deverá ser informado sobre a possibilidade Artigo 20 - Negado o acesso ao documento, dado e
de recurso, prazos e condições para sua interposição, informação pelos órgãos ou entidades da Administra-
devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade compe- ção Pública Estadual, o interessado poderá recorrer à
tente para sua apreciação. Corregedoria Geral da Administração, que deliberará
§ 5º - A informação armazenada em formato digital no prazo de 5 (cinco) dias se:
será fornecida nesse formato, caso haja anuência do I - o acesso ao documento, dado ou informação não
interessado. classificada como sigilosa for negado;
§ 6º - Caso a informação solicitada esteja disponível II - a decisão de negativa de acesso ao documento,
ao público em formato impresso, eletrônico ou em dado ou informação, total ou parcialmente classifica-
qualquer outro meio de acesso universal, serão infor- da como sigilosa, não indicar a autoridade classifica-
mados ao interessado, por escrito, o lugar e a forma dora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser
pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a dirigido o pedido de acesso ou desclassificação;
referida informação, procedimento esse que desone- III - os procedimentos de classificação de sigilo estabe-
rará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu lecidos na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de
fornecimento direto, salvo se o interessado declarar 2011, não tiverem sido observados;
não dispor de meios para realizar por si mesmo tais IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros
procedimentos. procedimentos revistos na Lei federal nº 12.527, de 18
Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da in- de novembro de 2011.
formação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodu- § 1º - O recurso previsto neste artigo somente pode-
ção de documentos pelo órgão ou entidade pública rá ser dirigido à Corregedoria Geral da Administração
consultada, situação em que poderá ser cobrado ex- depois de submetido à apreciação de pelo menos uma
clusivamente o valor necessário ao ressarcimento do autoridade hierarquicamente superior àquela que
custo dos serviços e dos materiais utilizados, a ser fixa- exarou a decisão impugnada, nos termos do parágrafo
do em ato normativo pelo Chefe do Executivo. único do artigo 19 deste decreto.
Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os custos § 2º - Verificada a procedência das razões do recurso,
previstos no «caput» deste artigo todo aquele cuja si- a Corregedoria Geral da Administração determinará
tuação econômica não lhe permita fazê-lo sem pre- ao órgão ou entidade que adote as providências ne-
juízo do sustento próprio ou da família, declarada nos cessárias para dar cumprimento ao disposto na Lei fe-
termos da Lei federal nº 7.115, de 29 de agosto de deral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste
1983. decreto.
Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação Artigo 21 - Negado o acesso ao documento, dado ou
contida em documento cuja manipulação possa preju- informação pela Corregedoria Geral da Administra-
dicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta ção, o requerente poderá, no prazo de 10 (dez) dias
de cópia, com certificação de que esta confere com o a contar da sua ciência, interpor recurso à Comissão
original. Estadual de Acesso à Informação, de que trata o artigo
Parágrafo único - Na impossibilidade de obtenção de 76 deste decreto.
cópias, o interessado poderá solicitar que, a suas ex- Artigo 22 - Aplica-se, no que couber, a Lei estadual nº
pensas e sob Grupo Técnico supervisão de servidor 10.177, de 30 de dezembro de 1998, ao procedimento
público, a reprodução seja feita por outro meio que de que trata este Capítulo.
não ponha em risco a conservação do documento ori-
ginal. CAPÍTULO III
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor Da Divulgação de Documentos, Dados e Informações
de decisão de negativa de acesso, por certidão ou có-
pia. Artigo 23 - É dever dos órgãos e entidades da Admi-
nistração Pública Estadual promover, independente-
SEÇÃO V mente de requerimentos, a divulgação em local de
Dos Recursos fácil acesso, no âmbito de suas competências, de do-
cumentos, dados e informações de interesse coletivo
Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
documentos, dados e informações ou às razões da ne- § 1º - Na divulgação das informações a que se refere
gativa do acesso, bem como o não atendimento do o «caput» deste artigo, deverão constar, no mínimo:
pedido, poderá o interessado interpor recurso contra 1. registro das competências e estrutura organizacio-
a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar de sua nal, endereços e telefones das respectivas unidades e
ciência. horários de atendimento ao público;

21
2. registros de quaisquer repasses ou transferências de Parágrafo único - Os órgãos e entidades da Admi-
recursos financeiros; nistração Pública Estadual deverão manter exemplar
3. registros de receitas e despesas; da publicação prevista no «caput» deste artigo para
4. informações concernentes a procedimentos licitató- consulta pública em suas sedes, bem como o extrato
rios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem com o rol de documentos, dados e informações clas-
como a todos os contratos celebrados; sificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e
5. relatórios, estudos e pesquisas; dos fundamentos da classificação.
6. dados gerais para o acompanhamento da execução Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração
orçamentária, de programas, ações, projetos e obras Pública Estadual deverão prestar no prazo de 60 (ses-
de órgãos e entidades; senta) dias, para compor o «Catálogo de Sistemas e
7. respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. Bases de Dados da Administração Pública do Estado
§ 2º - Para o cumprimento do disposto no «caput» de São Paulo - CSBD», as seguintes informações:
deste artigo, os órgãos e entidades estaduais deverão
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases de
utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que
dados;
dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios
II - metadados;
oficiais da rede mundial de computadores (internet).
III - dicionário de dados com detalhamento de con-
§ 3º - Os sítios de que trata o § 2º deste artigo deverão
atender, entre outros, aos seguintes requisitos: teúdo;
1. conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que per- IV - arquitetura da base de dados;
mita o acesso à informação de forma objetiva, trans- V - periodicidade de atualização;
parente, clara e em linguagem de fácil compreensão; VI - software da base de dados;
2. possibilitar a gravação de relatórios em diversos VII - existência ou não de sistema de consulta à base
formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprie- de dados e sua linguagem de programação;
tários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à base
a análise das informações; de dados.
3. possibilitar o acesso automatizado por sistemas ex- § 1º - Os órgãos e entidades da Administração Públi-
ternos em formatos abertos, estruturados e legíveis ca Estadual deverão indicar o setor responsável pelo
por máquina; fornecimento e atualização permanente de dados e
4. divulgar em detalhes os formatos utilizados para informações que compõem o «Catálogo de Sistemas
estruturação da informação; e Bases de Dados da Administração Pública do Estado
5. garantir a autenticidade e a integridade das infor- de São Paulo - CSBD».
mações disponíveis para acesso; § 2º - O desenvolvimento do «Catálogo de Sistemas
6. manter atualizadas as informações disponíveis para e Bases de Dados da Administração Pública do Es-
acesso; tado de São Paulo - CSBD», coleta de informações,
7. indicar local e instruções que permitam ao interes- manutenção e atualização permanente ficará a cargo
sado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
com o órgão ou entidade detentora do sítio; - SEADE.
8. adotar as medidas necessárias para garantir a aces- § 3º - O «Catálogo de Sistemas e Bases de Dados
sibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, da Administração Pública do Estado de São Paulo
nos termos do artigo 17 da Lei federal nº 10.098, de - CSBD», bem como as bases de dados da Adminis-
19 de dezembro de 2000, artigo 9° da Convenção so- tração Pública Estadual deverão estar disponíveis no
bre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada
Portal do Governo Aberto e no Portal da Transpa-
pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008,
rência, nos termos dos Decretos nº 57.500, de 8 de
e da Lei estadual n° 12.907, de 15 de abril de 2008.
novembro de 2011, e nº 55.559, de 12 de março de
Artigo 24 - Os documentos que contenham informa-
2010, com todos os elementos necessários para per-
ções que se enquadrem nos casos referidos no artigo
anterior deverão estar cadastrados no Sistema Infor- mitir sua utilização por terceiros, como a arquitetura
matizado Unificado de Gestão Arquivística de Docu- da base e o dicionário de dados.
mentos e Informações - SPdoc.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Artigo 25 - A autoridade máxima de cada órgão ou CAPÍTULO IV


entidade estadual publicará, anualmente, em sítio Das Restrições de Acesso a Documentos, Dados e
próprio, bem como no Portal da Transparência e do Informações
Governo Aberto: SEÇÃO I
I - rol de documentos, dados e informações que te- Disposições Gerais
nham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) me-
ses; Artigo 27 - São consideradas passíveis de restrição de
II - rol de documentos classificados em cada grau de acesso, no âmbito da Administração Pública Estadual,
sigilo, com identificação para referência futura; duas categorias de documentos, dados e informações:
III - relatório estatístico contendo a quantidade de I - Sigilosos: aqueles submetidos temporariamente à
pedidos de informação recebidos, atendidos e indefe- restrição de acesso público em razão de sua impres-
ridos, bem como informações genéricas sobre os soli- cindibilidade para a segurança da sociedade e do Es-
citantes. tado;

22
II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa natural I - ultrassecreto;
identificada ou identificável, relativas à intimidade, II - secreto;
vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como III - reservado.
às liberdades e garantias individuais. § 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso aos
Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades da Ad- documentos, dados e informações, conforme a clas-
ministração Pública Estadual, por meio de suas respec- sificação prevista no «caput» e incisos deste artigo,
tivas Comissões de Avaliação de Documentos e Aces- vigoram a partir da data de sua produção e são os
so - CADA, a que se referem os artigos 11 e 12 deste seguintes:
decreto, promover os estudos necessários à elaboração 1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos;
de tabela com a identificação de documentos, dados e 2. secreto: até 15 (quinze) anos;
informações sigilosas e pessoais, visando assegurar a 3. reservado: até 5 (cinco) anos.
sua proteção. § 2º - Os documentos, dados e informações que pu-
Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informação derem colocar em risco a segurança do Governador
necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos e Vice-Governador do Estado e respectivos cônjuges e
fundamentais. filhos (as) serão classificados como reservados e fica-
Parágrafo único - Os documentos, dados e informações rão sob sigilo até o término do mandato em exercício
que versem sobre condutas que impliquem violação dos ou do último mandato, em caso de reeleição.
direitos humanos praticada por agentes públicos ou a § 3º - Alternativamente aos prazos previstos no § 1º
mando de autoridades públicas não poderão ser objeto deste artigo, poderá ser estabelecida como termo final
de restrição de acesso. de restrição de acesso a ocorrência de determinado
Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as de- evento, desde que este ocorra antes do transcurso do
mais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça prazo máximo de classificação.
nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da § 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou consu-
exploração direta de atividade econômica pelo Estado mado o evento que defina o seu termo final, o docu-
ou por pessoa física ou entidade privada que tenha mento, dado ou informação tornar-se-á, automatica-
qualquer vínculo com o poder público. mente, de acesso público.
§ 5º - Para a classificação do documento, dado ou in-
SEÇÃO II formação em determinado grau de sigilo, deverá ser
Da Classificação, Reclassificação e Desclassificação observado o interesse público da informação, e utili-
de Documentos, Dados e Informações Sigilosas zado o critério menos restritivo possível, considerados:
1. a gravidade do risco ou dano à segurança da socie-
Artigo 30 - São considerados imprescindíveis à segu- dade e do Estado;
rança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis 2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento
de classificação de sigilo, os documentos, dados e in- que defina seu termo final.
formações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos,
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a dados e informações no âmbito da Administração Pú-
integridade do território nacional; blica Estadual deverá ser realizada mediante:
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negocia- I - publicação oficial, pela autoridade máxima do ór-
ções ou as relações internacionais do País, ou as que gão ou entidade, de tabela de documentos, dados e
tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros informações sigilosas e pessoais, que em razão de seu
Estados e organismos internacionais; teor e de sua imprescindibilidade à segurança da so-
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da ciedade e do Estado ou à proteção da intimidade, da
população; vida privada, da honra e imagem das pessoas, sejam
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, passíveis de restrição de acesso, a partir do momento
econômica ou monetária do País; de sua produção,
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações II - análise do caso concreto pela autoridade respon-
estratégicos das Forças Armadas; sável ou agente público competente, e formalização
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e da decisão de classificação, reclassificação ou desclas-
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como sificação de sigilo, bem como de restrição de acesso à
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse es- informação pessoal, que conterá, no mínimo, os se-
tratégico nacional; guintes elementos:
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas a) assunto sobre o qual versa a informação;
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; b) fundamento da classificação, reclassificação ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem desclassificação de sigilo, observados os critérios es-
como de investigação ou fiscalização em andamento, tabelecidos no artigo 31 deste decreto, bem como da
relacionadas com a prevenção ou repressão de infra- restrição de acesso à informação pessoal;
ções. c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos, me-
Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigi- ses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final,
losas em poder de órgãos e entidades da Administra- conforme limites previstos no artigo 31 deste decreto,
ção Pública Estadual, observado o seu teor e em razão bem como a indicação do prazo mínimo de restrição
de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade de acesso à informação pessoal;
ou do Estado, poderão ser classificados nos seguintes d) identificação da autoridade que a classificou, re-
graus: classificou ou desclassificou.

23
Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso con- SEÇÃO III
tarse-á da data da produção do documento, dado ou Da Proteção de Documentos, Dados e Informações
informação. Pessoais
Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos,
dados e informações no âmbito da Administração Artigo 35 - O tratamento de documentos, dados e in-
Pública Estadual, a que se refere o inciso II do artigo formações pessoais deve ser feito de forma transparen-
32 deste decreto, é de competência: te e com respeito à intimidade, vida privada, honra e
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autorida- imagem das pessoas, bem como às liberdades e garan-
des: tias individuais.
a) Governador do Estado; § 1º - Os documentos, dados e informações pessoais,
b) Vice-Governador do Estado; a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida
c) Secretários de Estado e Procurador Geral do Es- privada, honra e imagem:
tado; 1. terão seu acesso restrito, independentemente de clas-
d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Geral da sificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem)
olícia Militar; anos a contar da sua data de produção, a agentes pú-
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no blicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se
inciso I deste artigo, das autoridades máximas de au- referirem;
tarquias, fundações ou empresas públicas e socieda- 2. poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por
des de economia mista; terceiros diante de previsão legal ou consentimento ex-
III - no grau de reservado, das autoridades referidas presso da pessoa a que elas se referirem.
nos incisos I e II deste artigo e das que exerçam fun- § 2º - Aquele que obtiver acesso às informações de que
ções de direção, comando ou chefia, ou de hierarquia trata este artigo será responsabilizado por seu uso in-
equivalente, de acordo com regulamentação especí- devido.
fica de cada órgão ou entidade, observado o disposto § 3º - O consentimento referido no item 2 do § 1º deste
neste decreto. artigo não será exigido quando as informações forem
§ 1º - A competência prevista nos incisos I e II deste necessárias:
artigo, no que se refere à classificação como ultrasse- 1. à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa
creta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização
responsável a agente público, vedada a subdelega- única e exclusivamente para o tratamento médico;
ção. 2. à realização de estatísticas e pesquisas científicas de
§ 2º - A classificação de documentos, dados e infor- evidente interesse público ou geral, previstos em lei,
mações no grau de sigilo ultrassecreto pelas autori- sendo vedada a identificação da pessoa a que as infor-
dades previstas na alínea «d» do inciso I deste artigo mações se referirem;
deverá ser ratificada pelo Secretário da Segurança 3. ao cumprimento de ordem judicial;
Pública, no prazo de 10 (dez) dias. 4. à defesa de direitos humanos;
§ 3º - A autoridade ou outro agente público que 5. à proteção do interesse público e geral preponderan-
classificar documento, dado e informação como ul- te.
trassecreto deverá encaminhar a decisão de que tra- § 4º - A restrição de acesso aos documentos, dados e
ta o inciso II do artigo 32 deste decreto, à Comissão informações relativos à vida privada, honra e imagem
Estadual de Acesso à Informação, a que se refere o de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de
artigo 76 deste diploma legal, no prazo previsto em prejudicar processo de apuração de irregularidades em
regulamento. que o titular das informações estiver envolvido, bem
Artigo 34 - A classificação de documentos, dados e como em ações voltadas para a recuperação de fatos
informações será reavaliada pela autoridade classi- históricos de maior relevância.
ficadora ou por autoridade hierarquicamente supe- § 5º - Os documentos, dados e informações identifica-
rior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e dos como pessoais somente poderão ser fornecidos pes-
prazos previstos em regulamento, com vistas à sua soalmente, com a identificação do interessado.
desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, ob-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

servado o disposto no artigo 31 deste decreto. SEÇÃO IV


§ 1º - O regulamento a que se refere o «caput» deste Da Proteção e do Controle de Documentos, Dados e
artigo deverá considerar as peculiaridades das infor- Informações Sigilosos
mações produzidas no exterior por autoridades ou
agentes públicos. Artigo 36 - É dever da Administração Pública Estadual
§ 2º - Na reavaliação a que se refere o «caput» deste controlar o acesso e a divulgação de documentos, da-
artigo deverão ser examinadas a permanência dos dos e informações sigilosos sob a custódia de seus ór-
motivos do sigilo e a possibilidade de danos decor- gãos e entidades, assegurando a sua proteção contra
rentes do acesso ou da divulgação da informação. perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divul-
§ 3º - Na hipótese de redução do prazo de sigilo da gação não autorizados.
informação, o novo prazo de restrição manterá como § 1º - O acesso, a divulgação e o tratamento de docu-
termo inicial a data da sua produção. mentos, dados e informações classificados como sigilo-
sos ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade

24
de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na Artigo 42 - A expedição de documento reservado po-
forma dos artigos 62 a 65 deste decreto, sem prejuízo derá ser feita mediante serviço postal, com opção de
das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. registro, mensageiro oficialmente designado, sistema
§ 2º - O acesso aos documentos, dados e informações de encomendas ou, quando for o caso, mala diplomá-
classificados como sigilosos ou identificados como tica.
pessoais, cria a obrigação para aquele que as obteve Parágrafo único - A comunicação dos documentos de
de resguardar restrição de acesso. que trata este artigo poderá ser feita por outros meios,
Artigo 37 - As autoridades públicas adotarão as provi- desde que sejam usados recursos de criptografia com-
dências necessárias para que o pessoal a elas subordi- patíveis com o grau de sigilo do documento, conforme
nado hierarquicamente conheça as normas e observe previsto nos artigos 51 a 56 deste decreto.
as medidas e procedimentos de segurança para trata- Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados res-
mento de documentos, dados e informações sigilosos ponsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos:
e pessoais. I - verificar a integridade na correspondência rece-
Parágrafo único - A pessoa física ou entidade privada bida e registrar indícios de violação ou de qualquer
que, em razão de qualquer vínculo com o poder públi- irregularidade, dando ciência do fato ao seu superior
co executar atividades de tratamento de documentos, hierárquico e ao destinatário, o qual informará ime-
dados e informações sigilosos e pessoais adotará as diatamente ao remetente;
providências necessárias para que seus empregados, II - proceder ao registro do documento e ao controle
prepostos ou representantes observem as medidas e de sua tramitação.
procedimentos de segurança das informações resul- Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo des-
tantes da aplicação deste decreto. tinatário, seu representante autorizado ou autoridade
Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informa- competente hierarquicamente superior, observados os
ções sigilosos, originários de outros órgãos ou insti- requisitos do artigo 62 deste decreto.
tuições privadas, custodiados para fins de instrução Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso co-
de procedimento, processo administrativo ou judicial, municará imediatamente ao remetente qualquer indí-
somente poderá ser realizado para outra finalidade se cio de violação ou adulteração do documento.
autorizado pelo agente credenciado do respectivo ór- Artigo 46 - Os documentos, dados e informações si-
gão, entidade ou instituição de origem. gilosos serão mantidos em condições especiais de se-
gurança, na forma do regulamento interno de cada
SUBSEÇÃO I órgão ou entidade.
Da Produção, do Registro, Expedição, Tramitação Parágrafo único - Para a guarda de documentos se-
e Guarda cretos e ultrassecretos deverá ser utilizado cofre forte
ou estrutura que ofereça segurança equivalente ou
Artigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmis- superior.
são, manutenção e guarda de documentos, dados e Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela
informações sigilosos observarão medidas especiais guarda ou custódia de documentos sigilosos os trans-
de segurança. mitirão a seus substitutos, devidamente conferidos,
Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição quando da passagem ou transferência de responsa-
e tramitação obedecerão às seguintes prescrições: bilidade.
I - deverão ser registrados no momento de sua pro-
dução, prioritariamente em sistema informatizado de SUBSEÇÃO II
gestão arquivística de documentos; Da Marcação
II - serão acondicionados em envelopes duplos;
III - no envelope externo não constará qualquer indi- Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas
cação do grau de sigilo ou do teor do documento; as páginas do documento, nas capas e nas cópias, se
IV - o envelope interno será fechado, lacrado e ex- houver, pelo produtor do documento, dado ou infor-
pedido mediante relação de remessa, que indicará, mação, após classificação, ou pelo agente classificador
necessariamente, remetente, destinatário, número de que juntar a ele documento ou informação com algu-
registro e o grau de sigilo do documento; ma restrição de acesso.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

V - para os documentos sigilosos digitais deverão ser § 1º - Os documentos, dados ou informações cujas
observadas as prescrições referentes à criptografia. partes contenham diferentes níveis de restrição de
Artigo 41 - A expedição, tramitação e entrega de do- acesso devem receber diferentes marcações, mas no
cumento ultrassecreto e secreto, deverá ser efetuadas seu todo, será tratado nos termos de seu grau de sigilo
pessoalmente, por agente público credenciado, sendo mais elevado.
vedada a sua postagem. § 2º - A marcação será feita em local que não com-
Parágrafo único - A comunicação de informação de prometa a leitura e compreensão do conteúdo do do-
natureza ultrassecreta e secreta, de outra forma que cumento e em local que possibilite sua reprodução em
não a prescrita no «caput» deste artigo, só será per- eventuais cópias.
mitida excepcionalmente e em casos extremos, que § 3º - As páginas serão numeradas seguidamente,
requeiram tramitação e solução imediatas, em aten- devendo a juntada ser precedida de termo próprio
dimento ao princípio da oportunidade e considerados consignando o número total de folhas acrescidas ao
os interesses da segurança da sociedade e do Estado, documento.
utilizando-se o adequado meio de criptografia. § 4º - A marcação deverá ser necessariamente datada.

25
Artigo 49 - A marcação em extratos de documen- V - identificação e registro de indícios de violação ou
tos, esboços, desenhos, fotografias, imagens digitais, interceptação ou de irregularidades na transmissão ou
multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas e recebimento
fotocartas obedecerá ao prescrito no artigo 48 deste de documentos, dados e informações criptografados.
decreto. § 1º - A autoridade máxima do órgão ou entidade
§ 1º - Em fotografias e reproduções de negativos sem da Administração Pública Estadual responsável pela
legenda, a indicação do grau de sigilo será no verso e custódia de documentos, dados e informações sigilo-
nas respectivas embalagens. sos e detentor de material criptográfico designará um
§ 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em rolos agente público responsável pela segurança criptográ-
contínuos e microfilmes, a categoria e o grau de sigilo fica, devidamente credenciado, que deverá observar os
serão indicados nas imagens de abertura e de encer- procedimentos previstos no «caput» deste artigo.
ramento de cada rolo, cuja embalagem será tecnica- § 2º - O agente público referido no § 1º deste artigo
mente segura e exibirá a classificação do conteúdo. deverá providenciar as condições de segurança neces-
§ 3º - Os esboços, desenhos, fotografias, imagens digi- sárias ao resguardo do sigilo de documentos, dados
tais, multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas e informações durante sua produção, tramitação e
e fotocartas de que trata esta seção, que não apre- guarda, em suporte magnético ou óptico, bem como
sentem condições para a indicação do grau de sigilo, a segurança dos equipamentos e sistemas utilizados.
serão guardados em embalagens que exibam a clas- § 3º - As cópias de segurança de documentos, dados e
sificação correspondente à classificação do conteúdo. informações sigilosos deverão ser criptografados, ob-
Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da des- servadas as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.
classificação de documentos, dados ou informações Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados
sigilosos obedecerá às mesmas regras da marcação para a produção e guarda de documentos, dados e
da classificação. informações sigilosos poderão estar ligados a redes de
Parágrafo único - Havendo mais de uma marcação, comunicação de dados desde que possuam sistemas
prevalecerá a mais recente. de proteção e segurança adequados, nos termos das
normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da
SUBSEÇÃO III Gestão Pública - CQGP.
Da Criptografia Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela cripto-
grafia de documentos, dados e informações sigilosos
Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou providenciar a sua descriptação após a sua desclas-
sistema de criptografia no âmbito da Administração sificação.
Pública Estadual e das instituições de caráter público
para assegurar o sigilo de documentos, dados e infor- SUBSEÇÃO IV
mações. DA PRESERVAÇÃO E ELIMINAÇÃO
Artigo 52 - Para circularem fora de área ou instalação
sigilosa, os documentos, dados e informações sigilo-
Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e in-
sos, produzidos em suporte magnético ou óptico, de-
formações sigilosos os prazos de guarda estabelecidos
verão necessariamente estar criptografados.
na Tabela de Temporalidade de Documentos das Ati-
Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de cripto-
vidades-Meio, oficializada pelo Decreto nº 48.898, de
grafia no âmbito da Administração Pública Estadual
27 de agosto de 2004, e nas Tabelas de Temporalidade
sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pelo Comitê
de Documentos das Atividades-Fim, oficializadas pe-
de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.
Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sistemas los órgãos e entidades da Administração Pública Esta-
e equipamentos de criptografia são considerados sigi- dual, ressalvado o disposto no artigo 59 deste decreto.
losos e deverão, antecipadamente, ser submetidos à Artigo 58 - Os documentos, dados e informações si-
certificação de conformidade. gilosos considerados de guarda permanente, nos ter-
Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, mos dos Decretos nº 48.897 e nº 48.898, ambos de
sistemas e equipamentos de criptografia todas as me- 27 de agosto de 2004, somente poderão ser recolhidos
didas de segurança previstas neste decreto para os do- à Unidade do Arquivo Público do Estado após a sua
desclassificação.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

cumentos, dados e informações sigilosos e também os


seguintes procedimentos: Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no «caput»
I - realização de vistorias periódicas, com a finalida- deste artigo, os documentos de guarda permanente
de de assegurar uma perfeita execução das operações de órgãos ou entidades extintos ou que cessaram suas
criptográficas; atividades, em conformidade com o artigo 7, § 2º, da
II - elaboração de inventários completos e atualizados Lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e com o
do material de criptografia existente; artigo 1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de 27 de agosto
III - escolha de sistemas criptográficos adequados a de 2004.
cada destinatário, quando necessário; Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabe-
IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autori- las de temporalidade de documentos, os documentos,
dade competente, de qualquer anormalidade relativa dados e informações sigilosos de guarda temporária
ao sigilo, à inviolabilidade, à integridade, à autentici- somente poderão ser eliminados após 1 (um) ano, a
dade, à legitimidade e à disponibilidade de documen- contar da data de sua desclassificação, a fim de ga-
tos, dados e informações sigilosos criptografados; rantir o pleno acesso às informações neles contidas.

26
Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou SUBSEÇÃO VII
informações sigilosos em suporte magnético ou ótico Da Reprodução e Autenticação
que não possuam valor permanente deve ser feita, por
método que sobrescreva as informações armazena- Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão -
das, após sua desclassificação. SIC dos órgãos e entidades da Administração Pública
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do órgão Estadual fornecerão, desde que haja autorização ex-
a eliminação que se refere o «caput» deste artigo, de- pressa das autoridades classificadoras ou das autorida-
verá ser providenciada a destruição física dos disposi- des hierarquicamente superiores, reprodução total ou
tivos de armazenamento. parcial de documentos, dados e informações sigilosos.
§ 1º - A reprodução do todo ou de parte de documentos,
SUBSEÇÃO V dados e informações sigilosos terá o mesmo grau de
Da Publicidade de Atos Administrativos sigilo dos documentos, dados e informações originais.
§ 2º - A reprodução e autenticação de cópias de docu-
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos re-
mentos, dados e informações sigilosos serão realizadas
ferentes a documentos, dados e informações sigilosos
por agentes públicos credenciados.
poderá ser efetuada mediante extratos, com autoriza-
§ 3º - Serão fornecidas certidões de documentos sigi-
ção da autoridade classificadora ou hierarquicamente
superior. losos que não puderem ser reproduzidos integralmen-
§ 1º - Os extratos referidos no «caput» deste artigo te, em razão das restrições legais ou do seu estado de
limitar-se-ão ao seu respectivo número, ao ano de conservação.
edição e à sua ementa, redigidos por agente público § 4º - A reprodução de documentos, dados e informa-
credenciado, de modo a não comprometer o sigilo. ções pessoais que possam comprometer a intimidade, a
§ 2º - A publicação de atos administrativos que trate vida privada, a honra ou a imagem de terceiros poderá
de documentos, dados e informações sigilosos para ocorrer desde que haja autorização nos termos item 2
sua divulgação ou execução dependerá de autoriza- do § 1º do artigo 35 deste decreto.
ção da autoridade classificadora ou autoridade com- Artigo 67 - O responsável pela preparação ou repro-
petente hierarquicamente superior. dução de documentos sigilosos deverá providenciar a
eliminação de provas ou qualquer outro recurso, que
SUBSEÇÃO VI possam dar origem à cópia não autorizada do todo ou
Da Credencial de Segurança parte.
Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou,
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de se for o caso, reprodução de documentos, dados e in-
conhecer são condições indispensáveis para que o formações sigilosos forem efetuadas em tipografias,
agente público estadual no efetivo exercício de cargo, impressoras, oficinas gráficas, ou similares, essa ope-
função, emprego ou atividade tenha acesso a docu- ração deverá ser acompanhada por agente público cre-
mentos, dados e informações sigilosos equivalentes ou denciado, que será responsável pela garantia do sigilo
inferiores ao de sua credencial de segurança. durante a confecção do documento.
Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos
graus de sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, SUBSEÇÃO VIII
serão classificadas nos graus de sigilo ultrassecreta, Da Gestão de Contratos
secreta ou reservada.
Artigo 64 - A credencial de segurança referente à in-
Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acesso
formação pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto,
por parte da contratada a documentos, dados ou in-
será identificada como personalíssima.
formações sigilosos, obedecerá aos seguintes requisitos:
Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança
compete às autoridades máximas de órgãos e entida- I - assinatura de termo de compromisso de manutenção
des da Administração Pública Estadual, podendo ser de sigilo;
objeto de delegação. II - o contrato conterá cláusulas prevendo:
§ 1º - A credencial de segurança será concedida me- a) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo ao
objeto contratado, bem como à sua execução;
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

diante termo de compromisso de preservação de sigi-


lo, pelo qual os agentes públicos responsabilizam-se b) obrigação de o contratado adotar as medidas de se-
por não revelarem ou divulgarem documentos, dados gurança adequadas, no âmbito de suas atividades, para
ou informações sigilosos dos quais tiverem conheci- a manutenção do sigilo de documentos, dados e infor-
mento direta ou indiretamente no exercício de cargo, mações aos quais teve acesso;
função ou emprego público. c) identificação, para fins de concessão de credencial
§ 2º - Para a concessão de credencial de segurança se- de segurança, das pessoas que, em nome da contra-
rão avaliados, por meio de investigação, os requisitos tada, terão acesso a documentos, dados e informações
profissionais, funcionais e pessoais dos propostos. sigilosos.
§ 3º - A validade da credencial de segurança poderá Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração
ser limitada no tempo e no espaço. Pública Estadual fiscalizarão o cumprimento das me-
§ 4º - O compromisso referido no «caput» deste artigo didas necessárias à proteção dos documentos, dados e
persistirá enquanto durar o sigilo dos documentos a informações de natureza sigilosa transferidos aos con-
que tiveram acesso. tratados ou decorrentes da execução do contrato.

27
CAPÍTULO V V - declaração de inidoneidade para licitar ou con-
Das Responsabilidades tratar com a Administração Pública Estadual, até que
seja promovida a reabilitação perante a própria auto-
Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam ridade que aplicou a penalidade.
responsabilidade do agente público: § 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste
I - recusar-se a fornecer documentos, dados e infor- artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do in-
mações requeridas nos termos deste decreto, retardar ciso II, assegurado o direito de defesa do interessado,
deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias.
intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou § 2º - A reabilitação referida no inciso V deste artigo
imprecisa; será autorizada somente quando o interessado efeti-
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, des- var o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuí-
truir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou zos resultantes e decorrido o prazo da sanção aplicada
parcialmente, documento, dado ou informação que se com base no inciso IV.
encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou co- § 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V deste
nhecimento em razão do exercício das atribuições de artigo é de competência exclusiva da autoridade má-
cargo, emprego ou função pública; xima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10
de acesso a documento, dado e informação; (dez) dias da abertura de vista.
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respon-
permitir acesso indevido ao documento, dado e infor- dem diretamente pelos danos causados em decorrên-
mação sigilosos ou pessoal; cia da divulgação não autorizada ou utilização inde-
V - impor sigilo a documento, dado e informação para vida de documentos, dados e informações sigilosos
obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ou pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade
funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
respectivo direito de regresso.
VI - ocultar da revisão de autoridade superior compe-
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se
tente documento, dado ou informação sigilosos para
à pessoa física ou entidade privada que, em virtude
beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros;
de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou enti-
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documen-
dades estaduais, tenha acesso a documento, dado ou
tos concernentes a possíveis violações de direitos hu-
informação sigilosos ou pessoal e a submeta a trata-
manos por parte de agentes do Estado.
mento indevido.
§ 1º - Atendido o princípio do contraditório, da ampla
defesa e do devido processo legal, as condutas descritas CAPÍTULO VI
no «caput» deste artigo serão apuradas e punidas na Disposições Finais
forma da legislação em vigor.
§ 2º - Pelas condutas descritas no «caput» deste artigo, Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou in-
poderá o agente público responder, também, por im- formação sigilosos resultante de tratados, acordos ou
probidade administrativa, conforme o disposto na Lei atos internacionais atenderá às normas e recomenda-
federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992. ções constantes desses instrumentos.
Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a do- Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº
cumentos, dados ou informações sigilosos, nos termos 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à in-
deste decreto, é responsável pela preservação de seu formação de pessoa, física ou jurídica, constante de
sigilo, ficando sujeito às sanções administrativas, civis registro ou banco de dados de entidades governamen-
e penais previstas na legislação, em caso de eventual tais ou de caráter público.
divulgação não autorizada. Artigo 78 - Cabe à Secretaria de Gestão Pública:
Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia de I - realizar campanha de abrangência estadual de fo-
documentos e informações sigilosos sujeitam-se às mento à cultura da transparência na Administração
normas referentes ao sigilo profissional, em razão do Pública Estadual e conscientização do direito funda-
ofício, e ao seu código de ética específico, sem prejuízo mental de acesso à informação;
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

das sanções legais. II - promover treinamento de agentes públicos no que


Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas
detiver documentos, dados e informações em virtude à transparência na Administração Pública Estadual;
de vínculo de qualquer natureza com o poder público e III - formular e implementar política de segurança da
deixar de observar o disposto na Lei federal nº 12.527, informação, em consonância com as diretrizes da po-
de 18 de novembro de 2011, e neste decreto estará su- lítica estadual de arquivos e gestão de documentos;
jeita às seguintes sanções: IV - propor e promover a regulamentação do creden-
I - advertência; ciamento de segurança de pessoas físicas, empresas,
II - multa; órgãos e entidades da Administração Pública Estadual
III - rescisão do vínculo com o poder público; para tratamento de informações sigilosas e pessoais.
IV - suspensão temporária de participar em licitação Artigo 79 - A Corregedoria Geral da Administração
e impedimento de contratar com a Administração Pú- será responsável pela fiscalização da aplicação da Lei
blica Estadual por prazo não superior a 2 (dois) anos; federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste

28
decreto no âmbito da Administração Pública Estadual, IV - recomendar as medidas indispensáveis à imple-
sem prejuízo da atuação dos órgãos de controle in- mentação e ao aperfeiçoamento das normas e pro-
terno. cedimentos necessários ao correto cumprimento do
Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias disposto neste decreto;
entram em vigor na data de sua publicação. V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a
atualização de pessoal que desempenhe atividades
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS inerentes à salvaguarda de documentos, dados e in-
formações sigilosos e pessoais.
Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Co- Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documen-
mitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando tos e Acesso - CADA deverão apresentar à autoridade
a promover os estudos necessários à criação, compo- máxima do órgão ou entidade, plano e cronograma
sição, organização e funcionamento da Comissão Es- de trabalho, no prazo de 30 (trinta) dias, para o cum-
tadual de Acesso à Informação. primento das atribuições previstas no artigo 6º, incisos
Parágrafo único - O Presidente do Comitê de Qua- I e II, e artigo 32, inciso I, deste decreto. Palácio dos
lidade da Gestão Pública designará, no prazo de 30 Bandeirantes, 16 de maio de 2012
(trinta) dias, os membros integrantes do Grupo Téc-
nico.
Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração #FicaDica
Pública Estadual deverão proceder à reavaliação dos
Os recursos previstos no Artigo 20 já foram
documentos, dados e informações classificados como
objetos de provas anteriores.
ultrassecretos e secretos no prazo máximo de 2 (dois)
anos, contado do termo inicial de vigência da Lei fe-
deral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados e
informações, em razão da reavaliação prevista no
«caput» deste artigo, deverá observar os prazos e
condições previstos na Lei federal nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011.
§ 2º - No âmbito da administração pública estadual,
a reavaliação prevista no «caput» deste artigo poderá
ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão Estadual
de Acesso à Informação, observados os termos da Lei
federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e des-
te decreto.
§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de reava-
liação previsto no «caput» deste artigo, será mantida
a classificação dos documentos, dados e informações
nos termos da legislação precedente.
§ 4º - Os documentos, dados e informações classifica-
dos como secretos e ultrassecretos não reavaliados no
prazo previsto no «caput» deste artigo serão conside-
rados, automaticamente, de acesso público.
Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
vigência deste decreto, a autoridade máxima de cada
órgão ou entidade da Administração Pública Estadual
designará subordinado para, no âmbito do respectivo
órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições:
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, os
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

recursos organizacionais, materiais e humanos, bem


como as demais providências necessárias à instalação
e funcionamento dos Serviços de Informações ao Ci-
dadão - SIC, a que se refere o artigo 7º deste decreto;
II - assegurar o cumprimento das normas relativas
ao acesso a documentos, dados ou informações, de
forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei fe-
deral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste
decreto;
III - orientar e monitorar a implementação do dispos-
to na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, e neste decreto, e apresentar relatórios periódi-
cos sobre o seu cumprimento;

29
3. (SEDUC-SP – Agente de Organização Escolar – CKM
Serviço - 2018) Segundo a Constituição do Estado de
HORA DE PRATICAR! São Paulo, anualmente, no período de 3 a 9 de julho, o
Estado comemora a
1. (PGE-SP – Procurador do Estado – VUNESP – 2018)
Segundo a Constituição do Estado de São Paulo, os Po- a) Revolução Constitucionalista de 1932.
deres Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de for- b) Promulgação da Constituição Cidadã.
ma integrada, sistema de controle interno, sobre o qual c) Inconfidência Mineira.
é correto afirmar: d) Greve Geral de 1917.
e) Coluna Prestes de 1925.
a) ao tomarem conhecimento de qualquer irregularida-
de, ilegalidade, ou ofensa aos princípios de legalidade, 4. (SEDUC-SP – Agente de Organização Escolar – CKM
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, Serviço - 2018) Com base na Constituição do Estado de
previstos no artigo 37 da Constituição Federal, dela São Paulo, pode-se afirmar que o(a) servidor(a) públi-
darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob co(a) civil:
pena de responsabilidade solidária.
b) são legitimados para propor ação de inconstitucionali- a) Pode receber vantagens de qualquer natureza, confor-
dade de lei ou ato normativo estaduais ou municipais, me suas necessidades.
contestados em face da Constituição do Estado de b) Não tem direito à adicional por tempo de serviço.
São Paulo ou por omissão de medida necessária para c) Será inamovível durante o exercício do mandato de
tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, vereador.
no âmbito de seu interesse. d) Não pode ser removido para igual cargo ou função, no
c) não há de se falar em forma integrada de sistema de lugar de residência do cônjuge.
controle interno, conceito inconstitucional, por ferir o e) Quando gestante, não poderá, a qualquer título, solici-
princípio da separação dos Poderes e a competência tar a mudança de função.
do Tribunal de Contas do Estado.
d) podem convocar a qualquer momento o Procurador- 5. (TJM-SP – Juiz de Direto Substituto – VUNESP -
-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o 2016) A Constituição do Estado de São Paulo prevê, den-
Defensor Público-Geral para prestar informações a tre os fundamentos do Estado, que os processos admi-
respeito de assuntos previamente fixados, relaciona- nistrativos, qualquer que seja o objeto, deverão observar,
dos com a respectiva área. entre outros requisitos de validade
e) deverão avaliar as metas previstas no plano plurianual,
nas diretrizes orçamentárias e no orçamento anual por a) o devido processo legal, mediante intimação pessoal
meio de inspeções e auditorias de natureza contábil, de todos os atos praticados.
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, b) a igualdade entre os administrados.
nas unidades administrativas. c) a publicidade como regra geral e o sigilo como exce-
ção.
2. (SEDUC-SP – Agente de Organização Escolar – CKM d) a ampla defesa, mediante assistência jurídica integral
Serviço - 2018) Segundo a Constituição do Estado de e gratuita.
São Paulo, considerando o Poder Executivo, pode-se e) a motivação da decisão, sempre que dela possa resul-
afirmar quanto ao Governador e ao Vice-Governador do tar restrição de direitos.
Estado:
6. (DETRAN – Agente de Trânsito – VUNESP- 2013) De
a) Em caso de impedimento ou vacância dos respectivos acordo com o que estabelece a Constituição do Estado
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício de São Paulo, é correto afirmar que
da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa
e o Presidente do Tribunal de Justiça. a) os atos administrativos normativos poderão ser publi-
b) Mantém-se o mandato do Governador, mesmo ao as- cados no órgão oficial do Estado, de forma reduzida.
sumir outro cargo ou função na administração pública b) os atos administrativos não normativos não poderão
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

direta ou indireta, inclusive quando se tratar de posse ser publicados.


em virtude de concurso público. c) as leis internas deverão ser publicadas de forma redu-
c) Independentemente do motivo, podem tomar posse zida, para que produzam seus efeitos regulares.
perante a Assembleia Legislativa no prazo de até trinta d) os atos administrativos não normativos poderão ser
dias após a data fixada para a posse. publicados de forma reduzida.
d) Podem ausentar-se do Estado pelo período de quinze e) as leis externas poderão ser publicadas de forma redu-
dias a quarenta e cinco dias. zida, para que produzam seus efeitos regulares.
e) Devem fazer declaração pública de bens somente no
término do mandato.

30
7. (PM-SP – Soldado da Polícia Militar – VUNESP - c) infringentes, conscientemente, à aceitação dos valores
2014) Em relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º e deveres policiais-militares e à firme disposição de
1.080/08, no que se refere ao Ingresso, ao Estágio Proba- bem cumpri-los.
tório e à Jornada de Trabalho, Vencimentos e Vantagens d) atentatórias ao bem de todos, sem preconceitos de
Pecuniárias, assinale a alternativa correta. origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
mas de discriminação.
a) Para o ingresso nos cargos e funções-atividades para as e) atentatórias a valores espirituais superiores, destina-
classes de nível intermediário, o certificado de conclu- dos a elevar a profissão policial-militar à condição de
são das quatro primeiras séries do ensino fundamental missão.
ou equivalente é um requisito básico.
b) Para os cargos em comissão e as funções-atividades em 10. (PM-SP – Soldado Polícia Militar – VUNESP –
confiança, não se exige experiência profissional anterior. 2017) Segundo o Regulamento Disciplinar da Polícia
c) No período de estágio probatório, que se caracteriza em Militar, quando a ordem parecer obscura, compete ao
até os 2 (dois) primeiros anos de efetivo exercício nos
subordinado, ao recebê-la,
cargos ou funções-atividades, os servidores serão sub-
metidos à avaliação especial de desempenho.
a) representar ao superior hierárquico daquele que pro-
d) Durante o período de estágio probatório, o servidor não
feriu a ordem.
poderá ser afastado ou licenciado do seu cargo, sendo
uma das exceções quando nomeado para o exercício de b) cumpri-la da melhor forma que puder, com seu en-
cargo em comissão em órgão diverso da sua lotação de tendimento.
origem. c) deixar de cumpri-la, registrando o fato por escrito.
e) Os cargos e funções-atividades serão exercidos em jor- d) solicitar que a ordem seja direcionada a outro subor-
nada comum de trabalho, caracterizada pela exigência dinado.
da prestação de 45 (quarenta e cinco) horas semanais e) solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total
de trabalho. entendimento.

8. (PM-SP – Aspirante Polícia Militar – VUNESP - 2018) 11. (PM-SP – Aspirante Polícia Militar – VUNESP –
No que diz respeito à violação dos valores, dos deveres e 2017) Considere a seguinte situação hipotética.
da disciplina policial-militar, o Regulamento Disciplinar da Policial militar conduz viatura em deslocamento, com os
Polícia Militar (Lei Complementar n° 893/01) dispõe que: sinais luminosos de emergência desligados. Apesar dis-
so, ao chegar a um cruzamento sinalizado por semáforo,
a) a ofensa aos valores e aos deveres vulnera a disciplina desconsiderou o sinal vermelho para si e ultrapassou o
policial-militar, constituindo infração administrativa, mas cruzamento, sem reduzir a velocidade. Tal conduta aca-
não gera responsabilidade penal ou civil ao infrator. bou por provocar a colisão da viatura com um veículo
b) a violação da disciplina policial-militar será tão mais gra- particular, ocasionando danos em ambos os automóveis,
ve quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem além de lesões corporais ao particular que se encontra-
a cometer. va conduzindo o outro veículo envolvido no acidente. A
c) a simples falta de observância ou falta de exação no Polícia Judiciária Militar passa a investigar os fatos, para
cumprimento de seus deveres não gera responsabilida- verificar a existência de crime e sua natureza, e, paralela-
de disciplinar do militar do Estado. mente, na esfera administrativa disciplinar, é instaurada
d) o superior hierárquico responderá solidariamente com apuração de eventual transgressão disciplinar.
seu subordinado na esfera disciplinar quando concorrer Diante do estabelecido no ordenamento a respeito da
diretamente, por ação ou omissão, para o cometimento
responsabilidade administrativa, civil e penal dos mili-
da transgressão, exceto se não estiver presente no local
tares do Estado de São Paulo, é correto afirmar que, no
do ato.
caso hipotético narrado:
e) se o superior hierárquico presenciar o cometimento de
transgressão cometida pelo seu subordinado e deixar
de atuar para fazê-la cessar imediatamente, responderá a) a apuração de eventual transgressão disciplinar deve
exclusivamente pela infração. ser sobrestada até que a denúncia pelo crime de le-
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

sões corporais seja oferecida e recebida pelo Juiz de


9. (PM-SP – Soldado Polícia Militar – VUNESP – 2018) Direito do Juízo Militar Estadual, quando a apuração
O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de administrativa poderá prosseguir.
São Paulo prevê que as transgressões disciplinares decor- b) o policial militar não pode ser responsabilizado penal
rentes de ações ou omissões contrárias à disciplina policial- e administrativamente, pois isso caracterizaria bis in
-militar poderão ser consideradas graves se. idem, já que o fundamento para a imposição da san-
ção administrativa disciplinar é o mesmo da sanção
a) atentatórias às instituições ou ao Estado; atentatórias penal.
aos direitos humanos fundamentais; ou de natureza de- c) os fatos podem ensejar a responsabilização penal e
sonrosa. administrativa policial militar, no entanto, no âmbito
b) infringentes ao compromisso de honra, prestado em administrativo, não lhe pode ser imputada transgres-
caráter solene, de cumprimento da deontologia poli- são disciplinar, mas tão somente a infração de trânsito
cial-militar. correspondente.

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d) os fatos podem ensejar somente a apuração adminis- 14. (PM-SP – Soldado Polícia Militar – VUNESP – 2017)
trativa de eventual transgressão disciplinar e da inde- Considere a seguinte situação hipotética: Policial Militar
nização dos danos causados ao erário e ao particular, do Estado de São Paulo, designado para realizar ativi-
não incidindo, no caso, o crime de lesão corporal cul- dade policial-militar com veículo automotor, que deveria
posa, por ausência de previsão específica no Código permanecer, por determinado período, estacionado em
Penal Militar. cruzamento com alto índice de ocorrências, resolve afas-
e) o processo disciplinar pode ser concluído com a im- tar-se do local e ir até região na qual considera ter maior
posição de penas disciplinares mesmo que ainda não número de ocorrências envolvendo violência, distante 2
tenha havido decisão sobre a eventual ação penal re- km do local onde deveria estar estacionado.
lativa às lesões corporais sofridas pelo particular. A conduta do Policial Militar em questão, diante do pre-
visto no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar,
12. (PM-SP – Aspirante Polícia Militar – VUNESP –
2017) Assinale a alternativa correta com relação à orga- a) constitui transgressão disciplinar leve.
nização básica da Polícia Militar do Estado de São Paulo. b) constitui transgressão disciplinar média.
c) não constitui transgressão disciplinar.
a) É função comum a todos os estados maiores coorde- d) constitui transgressão disciplinar grave.
nar estudos sobre a atualização e o desenvolvimento e) constitui transgressão somente se o superior hierár-
do Sistema de Apoio Logístico da Polícia Militar. quico assim a entender.
b) Compete à Polícia Militar exercer guarda da sede dos
Poderes Estaduais e da Secretaria da Segurança Pú- 15. (PM-SP – Aspirante Polícia Militar – VUNESP –
blica. 2016) No que concerne às sanções disciplinares, o Regu-
c) As Normas Gerais de Ação (NGA) baixadas por um ór- lamento Disciplinar da Polícia Militar prevê que:
gão constituem e estabelecem as normas que devem
ser seguidas pelo próprio órgão e seus subordinados, a) a expulsão não pode ser aplicada ao Oficial.
independentemente da existência de outras de nível b) a demissão não pode ser aplicada ao Oficial.
superior. c) a proibição do uso do uniforme pode ser aplicada ao
d) O Comando (Cmdo) é constituído pelo Comandante Oficial da ativa.
(Cmt) e o seu Gabinete, sendo que o Subcomando d) a advertência será publicada em Diário Oficial.
(SCmdo) é constituído pelo Subcomandante e seu Es- e) o recolhimento disciplinar é a sanção mais grave a ser
tado Maior (EM). aplicada ao Oficial.
e) Aos órgãos de direção incumbe atender às necessida-
des de pessoal e de material da Corporação, em cum-
primento às diretrizes dos órgãos de execução.
GABARITO
13. (PM-SP – Aspirante Polícia Militar – VUNESP –
2017) Assinale a alternativa correta no que diz respeito 1 A
ao Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado
de São Paulo. 2 A
3 A
a) Ao militar do Estado, aluno de curso da Polícia Militar,
4 C
aplica-se, no que concerne à disciplina, além do pre-
visto no Regulamento Disciplinar, subsidiariamente, o 5 C
disposto nos regulamentos próprios dos estabeleci- 6 D
mentos de ensino onde estiver matriculado.
7 D
b) Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar da Polícia
Militar os militares do Estado do serviço ativo, da re- 8 B
serva remunerada, da reserva não remunerada, os re- 9 A
formados e os agregados, nos termos da legislação
vigente. 10 E
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

c) É dever ético do militar do Estado abster-se, salvo se 11 E


na inatividade, do uso das designações hierárquicas
12 B
em pronunciamento público a respeito de assunto po-
licial. 13 A
d) O recolhimento disciplinar de qualquer transgressor 14 D
à prisão, que depende de nota de punição publicada
15 A
em boletim, poderá ocorrer quando houver indício de
autoria de infração penal e for necessário ao bom an-
damento das investigações para sua apuração.
e) Representação é toda comunicação que se referir a ato
praticado ou aprovado por subordinado hierárquico
ou funcional, que se repute irregular, ofensivo, injusto
ou ilegal.

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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