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TEOREMA MILITAR

LISTA 2 – MORFOLOGIA – FORMAÇÃO DE PALAVRAS


PROF. MARCOS SIQUEIRA

1. (EsPCEx 2019) Assinale a opção que identifica TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
corretamente o processo de formação das palavras
abaixo: Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a
a) qualidade – sufixação; saneamento – sufixação. seguir.
b) igualdade – sufixação; discriminação – parassíntese.
c) avanços – derivação imprópria; acesso – derivação Laivos de memória
regressiva.
d) acessível – prefixação; felizmente – sufixação. “... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
e) planejamento – sufixação; combate – derivação ao fim dessa primeira etapa,
regressiva. mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
2. (EEAR 2017) Leia: árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.”
“Professor bem-aventurado é aquele que, além de ser
um leitor voraz, é crítico a ponto de corrigir-se (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
constantemente sobre sua forma incomum de pensar o
mundo.”
Há quase 50 anos, experimentei um misto de
Marque a correta. angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração
a) Composição por aglutinação: bem-aventurado. de adolescente soube suportar com bravura.
b) Composição por aglutinação: constantemente. Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de
c) Composição por sufixação: constantemente. infância e da família e deixava para trás bucólica
d) Composição por sufixação: incomum. cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação
que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras
3. (EsPCEx 2016) Responda, na sequência, os era, naquele momento, suficientemente forte para
vocábulos cujos prefixos ou sufixos correspondem aos respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha
seguintes significados: vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais
para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos
QUASE; ATRAVÉS; EM TORNO DE; FORA; projetavam horizontes que iam muito além das
SIMULTANEIDADE montanhas que circundam minha terra natal.
a) hemisfério; trasladar; justapor; epiderme; parasita Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida
b) semicírculo; metamorfose; retrocesso; ultrapassar; no mar desperta nos corações dos jovens?
circunavegação Havia, portanto, uma convicção: aquelas
c) penumbra; diálogo; periscópio; exogamia; sintaxe despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são
d) visconde; ultrapassar; unifamiliar; programa; sempre dolorosas – não seriam certamente em vão. Não
multinacional tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu
e) pressupor; posteridade; companhia; abdicar; coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
ambivalente Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso
Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval,
como integrantes de mais uma Turma desse tradicional
estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o
peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval,
não posso negar que a tristeza, que antes havia
ocupado espaço em nossos corações, era naquele
momento substituída pelo contentamento peculiar dos
vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por
ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às
nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova,
a Família Naval, composta pelos recém-chegados
companheiros; e às respectivas cidades de nascimento,
como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele
instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves
em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria à
histórica Villegagnon em meio à sublime baía de
Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e
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feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e
Naval. Seis anos de aprendizagem científica, saudosos navios...
humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos E as viagens foram se multiplicando ao longo de
entremeados de aulas, festivais de provas, práticas bem aproveitados anos de embarque, de centenas de
esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto
marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, mar, singrando as extensas massas líquidas que formam
recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras
indeléveis. que banham os recortados litorais, com passagens,
Estes e tantos outros símbolos, objetos e visitas e arribadas em um sem-número de enseadas,
acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e baías, barras, angras, estreitos, furos e canais
inexoravelmente distantes, em meio a saudosos espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos
devaneios. nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos
Ainda como alunos do Colégio Naval, os e favoráveis.
contatos preliminares com a vida de bordo e as Inúmeros foram também os portos e cidades
primeiras idas para o mar – a razão de ser da carreira visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que
naval. sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as conhecimentos, principalmente graças ao contato com
primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e
Fortaleza! hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de
tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri
maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha Lanka.
de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de Como foi fascinante e delicioso navegar por
participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada
a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira. nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre
Após o regresso, as platinas de Segundo- um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia
Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das
início da vida profissional – no meu caso, a bordo do quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão
cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a cordial do descobrimento”.
inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-
64/67. (CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de
Novamente um misto de satisfação e ansiedade memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4,
tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa
Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos
estágios de instrução como Aspirante e Guarda- 4. (Esc. Naval 2016) Em que opção encontra-se uma
Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a palavra, cujo processo de formação é o mesmo do
compromissos curriculares, as platinas de Oficial termo destacado em “[...] o tão sonhado embarque
começariam, finalmente, a pesar forte em nossos [...].” (11º parágrafo)
ombros. Sobre essa transição do status de Guarda- a) “[...] circundam minha terra [...].” (2º parágrafo)
Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro b) “[...] não seriam certamente em vão.” (4º parágrafo)
Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: “... é c) “E o sentimento de perda [...].” (6º parágrafo)
a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente d) “Seis anos entremeados de aulas, [...].” (7º
com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores parágrafo)
e ilusões... Depois começam a despontar as e) “[...] o notável escritor-marinheiro [...].” (13º
responsabilidades, as agruras de novos cargos, o parágrafo)
acúmulo de deveres novos”.
E esses novos cargos e deveres novos, que
foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos
navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças
em nossa memória. Com o passar dos tempos, inúmeros
Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram se
incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um
dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de
1967.
Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico,
repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos,
tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão
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tais matérias geralmente não teriam sido sequer


TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: ensinadas, e tanto o indivíduo como a sociedade
TEXTO 1 sofreriam muito com a falta delas..."
Adam Smith
Valorizar o professor do ciclo básico
Como não sou perito em futurologia, devo limitar-me a (...) A grande característica distintiva de uma
fazer um exercício de observação. Presto atenção ao Universidade pública reside na sua qualidade geradora
que se passa na escola hoje e suponho que, daqui a 25 de bens públicos. Estes, por definição, são bens cujo
anos, as tendências atuais persistirão com maior ou usufruto é necessariamente coletivo e não podem ser
menor intensidade. Provavelmente, o analfabetismo dos apropriados exclusivamente por ninguém em particular.
adultos terá sido erradicado e o acesso à instrução Quanto ao grau de abrangência, os bens públicos
primária terá sido generalizado. podem ser classificados em locais, nacionais ou
Tudo indica que a demanda continuará a crescer em universais.
relação ao ensino secundário e superior. Se os poderes O corpo de bombeiros de uma cidade, por exemplo, é
públicos não investirem sistematicamente na expansão um bem público local, o serviço da guarda costeira de
desses dois níveis, a escola média e a universidade um país é um bem público nacional, ao passo que a
serão, em grande parte, privatizadas. proteção de áreas ambientais importantes do planeta,
A educação a distância será promovida tanto pelo como a Amazônia, deve ser vista como bem público
Estado como pelas instituições particulares. Essa universal, assim como qualquer outra atividade
alteração no uso de espaços escolares tradicionais protetora de patrimônios da humanidade ou de
levará a resultados contraditórios. De um lado, segurança global, como é o caso da proteção contra
aumentará o número de informações e instrumentos vírus de computador, para citar um exemplo mais atual,
didáticos de alta precisão. De outro lado, a elaboração embora ainda não plenamente reconhecido.
pessoal dos dados e a sua crítica poderão sofrer com a Incluem-se no elenco dos bens públicos as atividades
falta de um diálogo sustentado face a face entre o relacionadas à produção e transmissão da cultura, ao
professor e o aluno. pensamento filosófico e às investigações científicas não
É preciso pensar, desde já, nesse desafio que significa alinhadas com qualquer interesse econômico mais
aliar eficiência técnica e profundidade ou densidade imediato.
cultural. A Universidade surgiu na civilização porque havia uma
O risco das avaliações sumárias, por meio de testes, necessidade latente desses bens e legitimou-se pelo
crescerá, pois os processos informáticos visam a poupar reconhecimento de sua importância para a humanidade.
tempo e reduzir os campos de ambiguidade e incerteza. Portanto, ela nasceu e legitimou-se como instituição
Com isso, ficaria ainda mais raro o saber que duvida e social pública e não como negócio privado, como muitos
interroga, esperando com paciência, até vislumbrar uma agora a querem transformar, inclusive a OMC,
razão que não se esgote no simplismo do certo versus contradizendo o próprio Adam Smith, o patriarca da
errado. Poderemos ter especialistas cada vez mais economia de mercado, como bem o indica a passagem
peritos nas suas áreas e massas cada vez mais acima epigrafada, retirada de "A Riqueza das Nações".
incapazes de entender o mundo que as rodeia. De todo
As tecnologias podem ser "engenheiradas",
modo, o futuro depende, em larga escala, do que
transformando-se em produtos de mercado, mas o
pensamos e fazemos no presente.
conhecimento que as originou é uma conquista da
Uma coisa me parece certa: o professor do ciclo básico humanidade e, portanto, um bem público universal,
deve ser valorizado em termos de preparação e salário, como é o caso, por exemplo, das atividades do Instituto
caso contrário, os mais belos planos ruirão como Politécnico de Zurique, de onde saiu Albert Einstein, e
castelos de cartas. do laboratório Cavendish da Universidade de
(BOSI, Alfredo. Caderno Sinapse. Folha de S. Paulo, Cambridge, onde se realizaram os experimentos que
29/07/2003.) levaram a descobertas fundamentais da física, sem as
quais não teriam sido possíveis as maravilhas
TEXTO 2 tecnológicas do mundo moderno, da lâmpada elétrica à
internet. (...)
Diretrizes de salvação para a Universidade Pública (SILVA, José M. A. Jornal da Ciência, 22/07/2003.
Extraído de: http://www.jornaldaciencia.org.br,
"... poder-se-ia alegar que não é muito bom o ensino
15/07/2003.)
das matérias que se costuma lecionar nas
universidades. Todavia, não fossem essas instituições,
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e que os fâmulos lhe ouviam muita vez: – “Anda, bem


5. (Ita 2004) O morfema "-ada" tem mais de um feito, quem te mandou consentir na viagem de Cesária?
sentido. Assinale a opção em que esse morfema Bajulador, torpe bajulador! Só para adular ao Dr
apresenta o mesmo sentido que tem na palavra Bacamarte. Pois agora aguenta-te; anda; aguenta-te,
"engenheirada". alma de lacaio, fracalhão, vil, miserável. Dizes amém a
tudo, não é? Aí tens o lucro, biltre!”. – E muitos outros
a) freada nomes feios, que um homem não deve dizer aos outros,
b) cajuada quanto mais a si mesmo. Daqui a imaginar o efeito do
c) caldeirada recado é um nada. 6Tão depressa ele o recebeu como
d) cervejada abriu mão das drogas e voou à Casa Verde.
e) aguada 7
Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria
própria de um sábio, uma alegria abotoada de
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: circunspeção até o pescoço.
A primeira publicação do conto O Alienista, de Machado
– Estou muito contente, disse ele.
de Assis, ocorreu como folhetim na revista carioca A 8
– Notícias do nosso povo?, perguntou o
Estação, entre os anos de 1881 e 1882. Nessa mesma boticário com a voz trêmula.
época, uma grande reforma educacional efetuou-se no
O alienista fez um gesto magnífico, e
Brasil, criando, dentre outras, a cadeira de Clínica respondeu:
Psiquiátrica. É nesse contexto de uma psiquiatria ainda 9
– Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma
embrionária que Machado propõe sua crítica ácida,
experiência científica. 10Digo experiência, porque não
reveladora da escassez de conhecimento científico e da me atrevo a assegurar desde já a minha ideia; nem a
abundância de vaidades, concomitantemente. A obra ciência é outra coisa, Sr. Soares, senão uma
deixa ver as relações promíscuas entre o poder médico
investigação constante. Trata-se, pois, de uma
que se pretendia baluarte da ciência e o poder político experiência, mas uma experiência que vai mudar a face
tal como era exercido em Itaguaí, então uma vila,
da terra. A loucura, objeto dos meus estudos, era até
distante apenas alguns quilômetros da capital Rio de
agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a
Janeiro. O conto se desenvolve em treze breves suspeitar que é um continente.
capítulos, ao longo dos quais o alienista vai fazendo 11
Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do
suas experimentações cientificistas até que ele mesmo boticário. 12Depois explicou compridamente a sua ideia.
conclua pela necessidade de seu isolamento, visto que No conceito dele a insânia abrangia uma vasta superfície
reconhece em si mesmo a única pessoa cujas
de cérebros; e desenvolveu isto com grande cópia de
faculdades mentais encontram-se equilibradas, sendo raciocínios, de textos, de exemplos. 13Os exemplos
ele, portanto, aquele que destoa dos demais, devendo, achou-os na história e em Itaguaí mas, como um raro
por isso, alienar-se.
espírito que era, 14reconheceu o perigo de citar todos os
casos de Itaguaí e refugiou-se na história. Assim,
Capítulo IV apontou com especialidade alguns célebres, Sócrates,
UMA TEORIA NOVA
que tinha um demônio familiar, Pascal, que via um
1
abismo à esquerda, Maomé, Caracala, Domiciano,
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha Calígula etc., uma enfiada de casos e pessoas, em que
buscando o Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava
de mistura vinham entidades odiosas, e entidades
por todos os lados uma certa ideia arrojada e nova, ridículas. 15E porque o boticário se admirasse de uma tal
própria a alargar as bases da psicologia. 2Todo o tempo
promiscuidade, o alienista disse-lhe que era tudo a
que lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde era pouco mesma coisa, e até acrescentou sentenciosamente:
para andar na rua, ou de casa em casa, conversando as 16
– A ferocidade, Sr. Soares, é o grotesco a
gentes, sobre trinta mil assuntos, e virgulando as falas sério.
de um olhar que metia medo aos mais heroicos. – Gracioso, muito gracioso!, exclamou Crispim
Um dia de manhã, – eram passadas três Soares levantando as mãos ao céu.
semanas, – estando Crispim Soares ocupado em 17
Quanto à ideia de ampliar o território da
temperar um medicamento, vieram dizer-lhe que o loucura, achou-a o boticário extravagante; mas a
alienista o mandava chamar. modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe
– Tratava-se de negócio importante, segundo
sofreu confessar outra coisa além de um nobre
ele me disse, acrescentou o portador. 3Crispim entusiasmo; 18declarou-a sublime e verdadeira, e
empalideceu. Que negócio importante podia ser, se não acrescentou que era “caso de matraca”. Esta expressão
alguma notícia da comitiva, e especialmente da mulher?
4
não tem equivalente no estilo moderno. 19Naquele
Porque este tópico deve ficar claramente definido, visto tempo, Itaguaí, que como as demais vilas, arraiais e
insistirem nele os cronistas; Crispim amava a mulher, e, povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha
desde trinta anos, nunca estiveram separados um só
dois modos de divulgar uma notícia: ou por meio de
dia. 5Assim se explicam os monólogos que fazia agora,
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cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e Estudante Brasileiro / USP. Disponível em:
da matriz; – ou por meio de matraca. <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/Detalhe
Eis em que consistia este segundo uso. ObraForm.do?select_action=&co_obra=1939>. Acesso
20
Contratava-se um homem, por um ou mais dias, 21para em: 12/08/2019.
andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão.
De quando em quando tocava a matraca, 6. (Ime 2020) “Naquele tempo, Itaguaí que como as
reunia-se gente, 22e ele anunciava o que lhe incumbiam, demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não
– um remédio para sezões, umas terras lavradias, um dispunha de imprensa [...]” (ref. 19)
soneto, um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da
vila, o mais belo discurso do ano etc. O sistema tinha “[...], para andar as ruas do povoado, com uma
inconvenientes para a paz pública; mas era conservado matraca na mão.” (ref. 21)
pela grande energia de divulgação que possuía. Por
exemplo, um dos vereadores, – aquele justamente que Acerca da etimologia dos vocábulos em negrito, é
mais se opusera à criação da Casa Verde, – desfrutava sabido que são cognatos. Considerando essa afirmativa,
a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, assinale a alternativa em que uma das palavras tem
e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas, origem distinta das demais.
tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os a) viver – vida – vidente
meses. 23E dizem as crônicas que algumas pessoas b) legislar – ilegal – legislativo
afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do c) ler – leitura – literatura
vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida d) alguém – algo – algum
à absoluta confiança no sistema. 24Verdade, verdade, e) desnaturado – naturalização – sobrenatural
nem todas as instituições do antigo regime mereciam o
desprezo do nosso século. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
– Há melhor do que anunciar a minha ideia, é Becos de Goiás
praticá-la, respondeu o alienista à insinuação do
boticário. Beco da minha terra...
E o boticário, não divergindo sensivelmente Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
deste modo de ver, disse-lhe que sim, que era melhor Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
começar pela execução. Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
25
– Sempre haverá tempo de a dar à matraca, E a réstia de sol que ao meio-dia desce, fugidia,
concluiu ele. e semeia polmes dourados no teu lixo pobre,
Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e calçando de ouro a sandália velha,
disse: jogada no teu monturo.
– Suponho o espírito humano uma vasta
concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,
pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos descendo de quintais escusos
definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão sem pressa,
é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.
insânia, insânia e só insânia. Amo a avenca delicada que renasce
O Vigário Lopes, a quem ele confiou a nova na frincha de teus muros empenados,
teoria, declarou lisamente que não 26chegava a e a plantinha desvalida, de caule mole
entendê-la, que era uma obra absurda, e, se não era que se defende, viceja e floresce
absurda, era de tal modo colossal que não merecia no agasalho de tua sombra úmida e calada.
princípio de execução.
– Com a definição atual, que é a de todos os Amo esses burros-de-lenha
tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão que passam pelos becos antigos. Burrinhos dos morros,
perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e secos, lanzudos, malzelados, cansados, pisados.
onde a outra começa. Para que transpor a cerca? Arrochados na sua carga, sabidos, procurando a
27
Sobre o lábio fino e discreto do alienista roçou sombra,
a vaga sombra de uma intenção de riso, em que o no range-range das cangalhas.
desdém vinha casado à 28comiseração; mas nenhuma
palavra saiu de suas egrégias entranhas. E aquele menino, lenheiro ele, salvo seja.
A ciência contentou-se em estender a mão à Sem infância, sem idade.
teologia, – com tal segurança, que a teologia não soube Franzino, maltrapilho,
enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o pequeno para ser homem,
universo à beira de uma revolução. forte para ser criança.
Ser indefeso, indefinido, que só se vê na minha cidade.
ASSIS, Machado de. O Alienista. Biblioteca Virtual do
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Amo e canto com ternura obrigadas a capinar o Largo do Chafariz,


todo o errado da minha terra. na frente da Cadeia.
Becos da minha terra,
discriminados e humildes, Becos da minha terra...
lembrando passadas eras... Becos de assombração.
Românticos, pecaminosos...
Beco do Cisco. Têm poesia e têm drama.
Beco do Cotovelo. O drama da mulher da vida, antiga,
Beco do Antônio Gomes. humilhada, malsinada.
Beco das Taquaras. Meretriz venérea,
Beco do Seminário. desprezada, mesentérica, exangue.
Bequinho da Escola. Cabeça raspada a navalha,
Beco do Ouro Fino. castigada a palmatória,
Beco da Cachoeira Grande. capinando o largo,
Beco da Calabrote. chorando. Golfando sangue.
Beco do Mingu.
Beco da Vila Rica... (ÚLTIMO ATO)

Conto a estória dos becos, Um irmão vicentino comparece.


dos becos da minha terra, Traz uma entrada grátis do São Pedro de Alcântara.
suspeitos... mal afamados Uma passagem de terceira no grande coletivo de São
onde família de conceito não passava. Vicente.
“Lugar de gentinha” - diziam, virando a cara. Uma estação permanente de repouso - no aprazível São
De gente do pote d’água. Miguel.
De gente de pé no chão.
Becos de mulher perdida. Cai o pano.
Becos de mulheres da vida.
Renegadas, confinadas CORALINA, Cora. Poemas dos Becos de Goiás e Estórias
na sombra triste do beco. Mais. 21ª ed. - São Paulo: Global Editora, 2006.
Quarto de porta e janela.
Prostituta anemiada,
solitária, hética, engalicada, 7. (Ime 2019) “Amo e canto com ternura / todo o
tossindo, escarrando sangue errado da minha terra” (versos 29 e 30).
na umidade suja do beco.
A substantivação do adjetivo “errado”, antecedido pelo
Becos mal assombrados. determinante “o”, que aparece no trecho acima
Becos de assombração... destacado do poema de Cora Coralina
Altas horas, mortas horas... a) fala do desdém relativo à maneira como vivem os
Capitão-mor - alma penada, habitantes dos becos.
terror dos soldados, castigado nas armas. b) mostra que a voz poética é avessa a tudo o que
Capitão-mor, alma penada, acontece nos becos.
num cavalo ferrado, c) salienta uma proximidade e cumplicidade entre quem
chispando fogo, ama e quem recebe o amor.
descendo e subindo o beco, d) revela apatia em relação aos becos de Goiás e a seus
comandando o quadrado - feixe de varas... frequentadores.
Arrastando espada, tinindo esporas... e) trata unicamente da exclusão social dos moradores
dos becos.
Mulher-dama. Mulheres da vida,
perdidas, 8. (Ime 2019) Sabe-se que o prefixo de negação “in”,
começavam em boas casas, depois, na língua portuguesa, pode assumir diferentes formas,
baixavam pra o beco. de acordo com a ocorrência dos fenômenos de
Queriam alegria. Faziam bailaricos. assimilação e mesmo de dissimilação.
- Baile Sifilítico - era ele assim chamado.
O delegado-chefe de Polícia - brabeza - Assinale a opção em que o significado do prefixo “in”
dava em cima... difere do sentido encontrado nas palavras “indefeso” e
Mandava sem dó, na peia. “indefinido” no verso abaixo transcrito:
No dia seguinte, coitadas,
cabeça raspada a navalha, “Ser indefeso, indefinido, que só se vê na minha
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cidade.” (verso 28) Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas,
a) Alimentar a criança é indispensável ao seu mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar
crescimento saudável. a primeira vez não é um rito que deixe um homem
b) A conclusão a que se chegou parecia algo ilógico. impune. Algo nele vai-se aprofundar.
c) Sua situação me parece irregular. E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o
d) Eles estavam impossibilitados de frequentar aquele sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado,
local. sabendo que dali para a frente o outro terá que,
e) Ele está tão fraco que já não consegue ingerir os sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha
alimentos. soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o
pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de
9. (EsPCEx 2014) Ao se alistar, não imaginava que o uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar
combate pudesse se realizar em tão curto prazo, a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma
embora o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao em caneta ou lápis começou a escrever na areia um
longe. texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de
escrever: mais que um modo de se postar diante do
Quanto ao processo de formação das palavras mar, é uma forma de domar as vagas do presente
sublinhadas, é correto afirmar que sejam, convertendo-o num cristal passado.
respectivamente, casos de Não, não enchi a garrafinha de água salgada
a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas
onomatopeia. montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem
b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação, jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei
aglutinação e onomatopeia. as conchas, é verdade, que na mesa interior
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e marulhavam lembranças de um luminoso encontro de
derivação imprópria. amor com o mar.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação, Certa vez, adolescente ainda nas montanhas, li
justaposição e onomatopeia. urna crônica onde um leitor de Goiás pedia à cronista
e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva, que lhe explicasse, enfim, o que era o mar. Fiquei
justaposição e onomatopeia. perplexo. Não sabia que o mar fosse algo que se
explicasse. Nem me lembro da descrição. Me lembro
10. (EsPCEx 2014) São palavras primitivas: apenas da pergunta. Evidentemente eu não estava
a) época – engarrafamento – peito – suor pronto para a resposta. A resposta era o mar. E o mar
b) sala – quadro – prato – brasileiro eu conheci, quando pela primeira vez aprendi que a vida
c) quarto — chuvoso — dia — hora não é a arte de responder, mas a possibilidade de
d) casa – pedra – flor – feliz perguntar.
e) temporada – narcotráfico – televisão – passatempo Os cariocas vão achar estranho, mas eu devo
lhes revelar: o carioca, com esse modo natural de ir à
11. (EsPCEx 2014) Assinale a alternativa que contém praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-
um grupo de palavras cujos prefixos possuem o mesmo cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais
significado. que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do
a) compartilhar – sincronizar instante o desejo se alucina num cardume de flores no
b) hemiciclo – endocarpo jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões da noite
c) infeliz – encéfalo se arrebentam na aurora do sim.
d) transparente – adjunto Ver o mar a primeira vez, lhes digo, é quando
e) benevolente – diáfano Guimarães Rosa pela vez primeira, por nós, viu o sertão.
Ver o mar a primeira vez é quase abrir o primeiro
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: consultório, fazer a primeira operação. Ver o mar a
Minha amiga me pergunta: por que você fala primeira vez é comprar pela primeira vez uma casa nas
sempre nas coisas que acontecem a primeira vez e, montanhas: que surpresas ondearão entre a lareira e a
sobretudo, as comparar com a primeira vez que você mesa de vinhos e queijos!
viu o mar? Me lembro dessa cena: um adolescente O mar é o mestre da primeira vez e não para de
chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: “Amanhã ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda.
vou te apresentar o mar.” Isto soava assim: amanhã Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a
vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver
a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem. permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de
E a cena continuou: resguardado pelo irmão brotar. A contemplá-lo ao mesmo tempo sou jovem e
mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o envelheço.
adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para O mar é recomeço.
o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia.
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PROF. MARCOS SIQUEIRA

(SANT’ANNA, Affonso Romano de. O mar, a


primeira vez. In:_____. Fizemos bem em resistir:
crônicas selecionadas. Rio de Janeiro: Rocco,1994,
p.50-52. Texto adaptado.)

12. (Esc. Naval 2014) Em que opção o comentário


sobre as palavras sublinhadas está correto?
a) “E o irmão lá atrás, respeitoso, [...].” (3º parágrafo)
- o sufixo “-oso” forma o adjetivo sublinhado a partir
de um substantivo.
b) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para
[...].” (4º parágrafo) - em “garrafinha”, o sufixo de
diminutivo tem valor pejorativo.
c) “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia,
desvaloriza o mar.” (6º parágrafo) - o prefixo “des-”
denota repetição em “desvalorizar”.
d) “Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro
vai ao quintal.” (6º parágrafo) - “sem-cerimônia” é
um neologismo formado por aglutinação.
e) “[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa
de vinhos e queijos!” (7º parágrafo) - o verbo
sublinhado é formado por prefixação.

13. (EsPCEx 2013) Assinale a alternativa em que todas


as palavras são formadas por prefixos com significação
semelhante.
a) metamorfose – metáfora – meteoro – malcriado
b) apogeu – aversão – apóstata – abster
c) síncope – simpatia – sobreloja – sílaba
d) êxodo – embarcar – engarrafar – enterrar
e) débil – declive – desgraça – decapitar

14. (Ita 1999) Assinale a opção que apresenta somente


palavras formadas por derivação parassintética:
a) desvalorização, avistar, resfriado, reintegração,
infelizmente.
b) expropriar, entortar, amanhecer, desalmado,
ensurdecer.
c) escolarização, antiinflação, retrospectivo, comilão,
corpanzil.
d) desigualdade, endurecer, alfabetizar, abençoar,
chuviscar.
e) administração, entretela, contrabalançar,
semicondutor, relembrar.
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Gabarito:
Resposta da questão 6:
Resposta da questão 1: [A]
[E]
[A] Correto. “Viver” e “Vida” são termos cognatos, pois
[A] Incorreta. Qualidade (sufixação); saneamento a raiz é a mesma; ambos diferem de “vidente”,
(derivação regressiva) originado de “ver.
[B] Incorreta. Igualdade (sufixação); discriminação [B] Incorreto. Todos os termos se originam nas formas
(derivação regressiva) latinas “lex, legis”.
[C] Incorreta. Avanços (derivação regressiva); acesso [C] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(derivação regressiva) latina “legere”.
[D] Incorreta. Acessível (sufixação); felizmente [D] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(sufixação) latina “aliq-“.
[E] Correta. Planejamento (sufixação); combate [E] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(derivação regressiva) latina “naturalis”.

Resposta da questão 2: Resposta da questão 7:


ANULADA [C]

Questão anulada no gabarito oficial. O artigo “o” transforma, por derivação imprópria, o
adjetivo “errado” em substantivo, definindo e
Nenhuma das alternativas está correta. Fazendo as individualizando o objeto a que se refere. Desta forma,
devidas correções, teríamos: nos versos “Amo e canto com ternura / todo o errado
[A] Composição por justaposição: bem-aventurado. da minha terra”, o artigo “o” expressa proximidade
[B] Derivação sufixal: constantemente. entre o eu poético e o espaço em que vive, os becos,
[C] Derivação sufixal: constantemente. como se afirma em [C].
[D] Derivação prefixal: incomum
Resposta da questão 8:
Resposta da questão 3: [E]
[C]
Nas palavras “indefeso” e “indefinido”, o prefixo in-
A palavra “penumbra” é formada pelo prefixo “pene” apresenta valor de negação, assim como em
(quase), “diálogo” por “dia” (movimento através de), “indispensável”, “ilógico”, “irregular” e
“periscópio por “peri” (posição em torno de), exogamia “impossibilitados”. Assim, é correta a opção [E], pois
(movimento para fora) e “sintaxe” (noção de penas o vocábulo “ingerir” não é formado por
simultaneidade). Assim, é correta a opção [C]. prefixação, tendo sua origem no latim “ingerere”.

Resposta da questão 4: Resposta da questão 9:


[C] [B]

“Embarque” é formado por derivação regressiva: a Alistar: parassíntese. Foram acrescentados,


partir do verbo “embarcar” formou-se o substantivo simultaneamente, um prefixo e um sufixo à palavra
“embarque”. A mesma situação ocorre em “perda”: a primitiva.
partir do verbo “perder” formou-se o substantivo Combate: derivação regressiva. A parte final da
“perda”. palavra primitiva (combater) foi retirada, gerando,
como palavra derivada, um nome de ação.
[A] ocorre derivação prefixal a partir do prefixo latino Realizar: sufixação. Foi acrescentado o sufixo “ar” ao
circum–. radical do substantivo “realização”, levando-o a mudar
[B] ocorre derivação sufixal a partir do adjetivo “certa” de classe gramatical, de substantivo para verbo.
e sufixo formador de advérbio de modo, –mente. Embora: aglutinação. Os elementos que formam o
[D] ocorre composição por justaposição (entre + composto se ligam e há perda da integridade sonora
meado). de ao menos um deles. Assim, “em boa hora” torna-se
[E] “notável” apresenta derivação sufixal a partir do “embora”.
sufixo –ável (“passível de”); por sua vez, “escritor- Ribombar: onomatopeia. A palavra é formada através
marinheiro” é composto por justaposição. da imitação de um som.

Resposta da questão 5: Resposta da questão 10:


[A] [D]
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Em [A], “engarrafamento” é derivada; em [B],


brasileiro; em [C], chuvoso; e, em [E], todas são
derivadas. Assim, a única alternativa em que todas as
palavras são primitivas é [D].

Resposta da questão 11:


[A]

O prefixo “com” (de “compartilhar”) indica


contiguidade, companhia, agrupamento; e o prefixo
“sin” (de “sincronizar”) significa ação conjunta,
companhia, reunião, simultaneidade. Assim, ambos
são semelhantes semanticamente.

Resposta da questão 12:


[A]

[B] Incorreta: o sufixo traz ideia de tamanho pequeno


[C] Incorreta: o prefixo “des-“ denota negação,
mostrando que o mar não é valorizado.
[D] Incorreta: “sem-cerimônia” é um substantivo
composto.
[E] Incorreta: o verbo é formado por derivação sufixal.

Resposta da questão 13:


[B]

Apenas em [B] existem palavras formadas com prefixo


(a-) com a mesma significação: ausência ou privação,
pois em

[A] os termos “metamorfose”, “metáfora” e “meteoro”


apresentam prefixo [met-(a)], com significado de
mudança, mas em “malcriado” o prefixo (mal-) tem
sentido de negação;
[C] “simpatia”, “síncope” e “sílaba”, o prefixo
(sin/sim/si) imprime noção semântica de
simultaneidade, mas em “sobreloja” o prefixo
(sobre) indica posição por cima;
[D] “embarcar”, “engarrafar” e “enterrar” apresentam
prefixo (en-/em-) sugerindo movimento para
dentro, mas “êxodo” é formado por prefixo (ex-)
com noção de movimento para fora;
[E] “decapitar” e “declive” têm prefixo (de-) com noção
de movimento de cima para baixo, mas “desgraça”
apresenta prefixo (des-) com sentido de negação, e
“débil” é um vocábulo formado por sufixação.

Resposta da questão 14:


[B]

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