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1. (EsPCEx 2019) Assinale a opção que identifica TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
corretamente o processo de formação das palavras
abaixo: Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a
a) qualidade – sufixação; saneamento – sufixação. seguir.
b) igualdade – sufixação; discriminação – parassíntese.
c) avanços – derivação imprópria; acesso – derivação Laivos de memória
regressiva.
d) acessível – prefixação; felizmente – sufixação. “... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
e) planejamento – sufixação; combate – derivação ao fim dessa primeira etapa,
regressiva. mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
2. (EEAR 2017) Leia: árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.”
“Professor bem-aventurado é aquele que, além de ser
um leitor voraz, é crítico a ponto de corrigir-se (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
constantemente sobre sua forma incomum de pensar o
mundo.”
Há quase 50 anos, experimentei um misto de
Marque a correta. angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração
a) Composição por aglutinação: bem-aventurado. de adolescente soube suportar com bravura.
b) Composição por aglutinação: constantemente. Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de
c) Composição por sufixação: constantemente. infância e da família e deixava para trás bucólica
d) Composição por sufixação: incomum. cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação
que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras
3. (EsPCEx 2016) Responda, na sequência, os era, naquele momento, suficientemente forte para
vocábulos cujos prefixos ou sufixos correspondem aos respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha
seguintes significados: vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais
para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos
QUASE; ATRAVÉS; EM TORNO DE; FORA; projetavam horizontes que iam muito além das
SIMULTANEIDADE montanhas que circundam minha terra natal.
a) hemisfério; trasladar; justapor; epiderme; parasita Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida
b) semicírculo; metamorfose; retrocesso; ultrapassar; no mar desperta nos corações dos jovens?
circunavegação Havia, portanto, uma convicção: aquelas
c) penumbra; diálogo; periscópio; exogamia; sintaxe despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são
d) visconde; ultrapassar; unifamiliar; programa; sempre dolorosas – não seriam certamente em vão. Não
multinacional tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu
e) pressupor; posteridade; companhia; abdicar; coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
ambivalente Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso
Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval,
como integrantes de mais uma Turma desse tradicional
estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o
peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval,
não posso negar que a tristeza, que antes havia
ocupado espaço em nossos corações, era naquele
momento substituída pelo contentamento peculiar dos
vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por
ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às
nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova,
a Família Naval, composta pelos recém-chegados
companheiros; e às respectivas cidades de nascimento,
como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele
instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves
em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria à
histórica Villegagnon em meio à sublime baía de
Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e
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feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e
Naval. Seis anos de aprendizagem científica, saudosos navios...
humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos E as viagens foram se multiplicando ao longo de
entremeados de aulas, festivais de provas, práticas bem aproveitados anos de embarque, de centenas de
esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto
marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, mar, singrando as extensas massas líquidas que formam
recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras
indeléveis. que banham os recortados litorais, com passagens,
Estes e tantos outros símbolos, objetos e visitas e arribadas em um sem-número de enseadas,
acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e baías, barras, angras, estreitos, furos e canais
inexoravelmente distantes, em meio a saudosos espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos
devaneios. nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos
Ainda como alunos do Colégio Naval, os e favoráveis.
contatos preliminares com a vida de bordo e as Inúmeros foram também os portos e cidades
primeiras idas para o mar – a razão de ser da carreira visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que
naval. sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as conhecimentos, principalmente graças ao contato com
primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e
Fortaleza! hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de
tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri
maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha Lanka.
de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de Como foi fascinante e delicioso navegar por
participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada
a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira. nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre
Após o regresso, as platinas de Segundo- um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia
Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das
início da vida profissional – no meu caso, a bordo do quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão
cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a cordial do descobrimento”.
inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-
64/67. (CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de
Novamente um misto de satisfação e ansiedade memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4,
tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa
Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos
estágios de instrução como Aspirante e Guarda- 4. (Esc. Naval 2016) Em que opção encontra-se uma
Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a palavra, cujo processo de formação é o mesmo do
compromissos curriculares, as platinas de Oficial termo destacado em “[...] o tão sonhado embarque
começariam, finalmente, a pesar forte em nossos [...].” (11º parágrafo)
ombros. Sobre essa transição do status de Guarda- a) “[...] circundam minha terra [...].” (2º parágrafo)
Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro b) “[...] não seriam certamente em vão.” (4º parágrafo)
Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: “... é c) “E o sentimento de perda [...].” (6º parágrafo)
a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente d) “Seis anos entremeados de aulas, [...].” (7º
com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores parágrafo)
e ilusões... Depois começam a despontar as e) “[...] o notável escritor-marinheiro [...].” (13º
responsabilidades, as agruras de novos cargos, o parágrafo)
acúmulo de deveres novos”.
E esses novos cargos e deveres novos, que
foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos
navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças
em nossa memória. Com o passar dos tempos, inúmeros
Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram se
incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um
dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de
1967.
Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico,
repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos,
tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão
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cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e Estudante Brasileiro / USP. Disponível em:
da matriz; – ou por meio de matraca. <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/Detalhe
Eis em que consistia este segundo uso. ObraForm.do?select_action=&co_obra=1939>. Acesso
20
Contratava-se um homem, por um ou mais dias, 21para em: 12/08/2019.
andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão.
De quando em quando tocava a matraca, 6. (Ime 2020) “Naquele tempo, Itaguaí que como as
reunia-se gente, 22e ele anunciava o que lhe incumbiam, demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não
– um remédio para sezões, umas terras lavradias, um dispunha de imprensa [...]” (ref. 19)
soneto, um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da
vila, o mais belo discurso do ano etc. O sistema tinha “[...], para andar as ruas do povoado, com uma
inconvenientes para a paz pública; mas era conservado matraca na mão.” (ref. 21)
pela grande energia de divulgação que possuía. Por
exemplo, um dos vereadores, – aquele justamente que Acerca da etimologia dos vocábulos em negrito, é
mais se opusera à criação da Casa Verde, – desfrutava sabido que são cognatos. Considerando essa afirmativa,
a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, assinale a alternativa em que uma das palavras tem
e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas, origem distinta das demais.
tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os a) viver – vida – vidente
meses. 23E dizem as crônicas que algumas pessoas b) legislar – ilegal – legislativo
afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do c) ler – leitura – literatura
vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida d) alguém – algo – algum
à absoluta confiança no sistema. 24Verdade, verdade, e) desnaturado – naturalização – sobrenatural
nem todas as instituições do antigo regime mereciam o
desprezo do nosso século. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
– Há melhor do que anunciar a minha ideia, é Becos de Goiás
praticá-la, respondeu o alienista à insinuação do
boticário. Beco da minha terra...
E o boticário, não divergindo sensivelmente Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
deste modo de ver, disse-lhe que sim, que era melhor Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
começar pela execução. Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
25
– Sempre haverá tempo de a dar à matraca, E a réstia de sol que ao meio-dia desce, fugidia,
concluiu ele. e semeia polmes dourados no teu lixo pobre,
Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e calçando de ouro a sandália velha,
disse: jogada no teu monturo.
– Suponho o espírito humano uma vasta
concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,
pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos descendo de quintais escusos
definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão sem pressa,
é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.
insânia, insânia e só insânia. Amo a avenca delicada que renasce
O Vigário Lopes, a quem ele confiou a nova na frincha de teus muros empenados,
teoria, declarou lisamente que não 26chegava a e a plantinha desvalida, de caule mole
entendê-la, que era uma obra absurda, e, se não era que se defende, viceja e floresce
absurda, era de tal modo colossal que não merecia no agasalho de tua sombra úmida e calada.
princípio de execução.
– Com a definição atual, que é a de todos os Amo esses burros-de-lenha
tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão que passam pelos becos antigos. Burrinhos dos morros,
perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e secos, lanzudos, malzelados, cansados, pisados.
onde a outra começa. Para que transpor a cerca? Arrochados na sua carga, sabidos, procurando a
27
Sobre o lábio fino e discreto do alienista roçou sombra,
a vaga sombra de uma intenção de riso, em que o no range-range das cangalhas.
desdém vinha casado à 28comiseração; mas nenhuma
palavra saiu de suas egrégias entranhas. E aquele menino, lenheiro ele, salvo seja.
A ciência contentou-se em estender a mão à Sem infância, sem idade.
teologia, – com tal segurança, que a teologia não soube Franzino, maltrapilho,
enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o pequeno para ser homem,
universo à beira de uma revolução. forte para ser criança.
Ser indefeso, indefinido, que só se vê na minha cidade.
ASSIS, Machado de. O Alienista. Biblioteca Virtual do
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cidade.” (verso 28) Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas,
a) Alimentar a criança é indispensável ao seu mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar
crescimento saudável. a primeira vez não é um rito que deixe um homem
b) A conclusão a que se chegou parecia algo ilógico. impune. Algo nele vai-se aprofundar.
c) Sua situação me parece irregular. E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o
d) Eles estavam impossibilitados de frequentar aquele sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado,
local. sabendo que dali para a frente o outro terá que,
e) Ele está tão fraco que já não consegue ingerir os sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha
alimentos. soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o
pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de
9. (EsPCEx 2014) Ao se alistar, não imaginava que o uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar
combate pudesse se realizar em tão curto prazo, a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma
embora o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao em caneta ou lápis começou a escrever na areia um
longe. texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de
escrever: mais que um modo de se postar diante do
Quanto ao processo de formação das palavras mar, é uma forma de domar as vagas do presente
sublinhadas, é correto afirmar que sejam, convertendo-o num cristal passado.
respectivamente, casos de Não, não enchi a garrafinha de água salgada
a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas
onomatopeia. montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem
b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação, jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei
aglutinação e onomatopeia. as conchas, é verdade, que na mesa interior
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e marulhavam lembranças de um luminoso encontro de
derivação imprópria. amor com o mar.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação, Certa vez, adolescente ainda nas montanhas, li
justaposição e onomatopeia. urna crônica onde um leitor de Goiás pedia à cronista
e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva, que lhe explicasse, enfim, o que era o mar. Fiquei
justaposição e onomatopeia. perplexo. Não sabia que o mar fosse algo que se
explicasse. Nem me lembro da descrição. Me lembro
10. (EsPCEx 2014) São palavras primitivas: apenas da pergunta. Evidentemente eu não estava
a) época – engarrafamento – peito – suor pronto para a resposta. A resposta era o mar. E o mar
b) sala – quadro – prato – brasileiro eu conheci, quando pela primeira vez aprendi que a vida
c) quarto — chuvoso — dia — hora não é a arte de responder, mas a possibilidade de
d) casa – pedra – flor – feliz perguntar.
e) temporada – narcotráfico – televisão – passatempo Os cariocas vão achar estranho, mas eu devo
lhes revelar: o carioca, com esse modo natural de ir à
11. (EsPCEx 2014) Assinale a alternativa que contém praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-
um grupo de palavras cujos prefixos possuem o mesmo cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais
significado. que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do
a) compartilhar – sincronizar instante o desejo se alucina num cardume de flores no
b) hemiciclo – endocarpo jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões da noite
c) infeliz – encéfalo se arrebentam na aurora do sim.
d) transparente – adjunto Ver o mar a primeira vez, lhes digo, é quando
e) benevolente – diáfano Guimarães Rosa pela vez primeira, por nós, viu o sertão.
Ver o mar a primeira vez é quase abrir o primeiro
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: consultório, fazer a primeira operação. Ver o mar a
Minha amiga me pergunta: por que você fala primeira vez é comprar pela primeira vez uma casa nas
sempre nas coisas que acontecem a primeira vez e, montanhas: que surpresas ondearão entre a lareira e a
sobretudo, as comparar com a primeira vez que você mesa de vinhos e queijos!
viu o mar? Me lembro dessa cena: um adolescente O mar é o mestre da primeira vez e não para de
chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: “Amanhã ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda.
vou te apresentar o mar.” Isto soava assim: amanhã Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a
vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver
a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem. permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de
E a cena continuou: resguardado pelo irmão brotar. A contemplá-lo ao mesmo tempo sou jovem e
mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o envelheço.
adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para O mar é recomeço.
o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia.
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Gabarito:
Resposta da questão 6:
Resposta da questão 1: [A]
[E]
[A] Correto. “Viver” e “Vida” são termos cognatos, pois
[A] Incorreta. Qualidade (sufixação); saneamento a raiz é a mesma; ambos diferem de “vidente”,
(derivação regressiva) originado de “ver.
[B] Incorreta. Igualdade (sufixação); discriminação [B] Incorreto. Todos os termos se originam nas formas
(derivação regressiva) latinas “lex, legis”.
[C] Incorreta. Avanços (derivação regressiva); acesso [C] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(derivação regressiva) latina “legere”.
[D] Incorreta. Acessível (sufixação); felizmente [D] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(sufixação) latina “aliq-“.
[E] Correta. Planejamento (sufixação); combate [E] Incorreto. Todos os termos se originam na forma
(derivação regressiva) latina “naturalis”.
Questão anulada no gabarito oficial. O artigo “o” transforma, por derivação imprópria, o
adjetivo “errado” em substantivo, definindo e
Nenhuma das alternativas está correta. Fazendo as individualizando o objeto a que se refere. Desta forma,
devidas correções, teríamos: nos versos “Amo e canto com ternura / todo o errado
[A] Composição por justaposição: bem-aventurado. da minha terra”, o artigo “o” expressa proximidade
[B] Derivação sufixal: constantemente. entre o eu poético e o espaço em que vive, os becos,
[C] Derivação sufixal: constantemente. como se afirma em [C].
[D] Derivação prefixal: incomum
Resposta da questão 8:
Resposta da questão 3: [E]
[C]
Nas palavras “indefeso” e “indefinido”, o prefixo in-
A palavra “penumbra” é formada pelo prefixo “pene” apresenta valor de negação, assim como em
(quase), “diálogo” por “dia” (movimento através de), “indispensável”, “ilógico”, “irregular” e
“periscópio por “peri” (posição em torno de), exogamia “impossibilitados”. Assim, é correta a opção [E], pois
(movimento para fora) e “sintaxe” (noção de penas o vocábulo “ingerir” não é formado por
simultaneidade). Assim, é correta a opção [C]. prefixação, tendo sua origem no latim “ingerere”.