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Disciplina: Português Conteúdo: Estrutura e Formação da Palavra

1. (Ita 1999) Assinale a opção que apresenta somente tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu
palavras formadas por derivação parassintética: coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
a) desvalorização, avistar, resfriado, reintegração, Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso
infelizmente. Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval,
b) expropriar, entortar, amanhecer, desalmado, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional
ensurdecer. estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
c) escolarização, antiinflação, retrospectivo, comilão, Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o
corpanzil. peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval,
d) desigualdade, endurecer, alfabetizar, abençoar, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado
chuviscar. espaço em nossos corações, era naquele momento
e) administração, entretela, contrabalançar, substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E
semicondutor, relembrar. o sentimento de perda, experimentado por ocasião das
despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval,
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. composta pelos recém-chegados companheiros; e às
respectivas cidades de nascimento, como a minha
Laivos de memória bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela
e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis,
“... e quando tiverem chegado, vitoriosamente, como mais tarde se agregaria à histórica Villegagnon em
ao fim dessa primeira etapa, meio à sublime baía de Guanabara.
mais ainda se convencerão de que Ao todo foram seis anos de companheirismo e
abraçaram uma carreira difícil, feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval.
árdua, cheia de sacrifícios, Seis anos de aprendizagem científica, humanística e,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.” sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas,
festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964) de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida,
atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que
deixaram marcas indeléveis.
Há quase 50 anos, experimentei um misto de Estes e tantos outros símbolos, objetos e
angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e
adolescente soube suportar com bravura. inexoravelmente distantes, em meio a saudosos
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de devaneios.
infância e da família e deixava para trás bucólica Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos
cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para
que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, o mar – a razão de ser da carreira naval.
naquele momento, suficientemente forte para respaldar a Como Aspirantes, derrotas mais longas e as
decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e
mundo de então se tornara pequeno demais para as Fortaleza!
minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão
horizontes que iam muito além das montanhas que sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa!
circundam minha terra natal. Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967,
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um
no mar desperta nos corações dos jovens? cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-
Havia, portanto, uma convicção: aquelas navegação da Marinha Brasileira.
despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente,
sempre dolorosas – não seriam certamente em vão. Não o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida

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profissional – no meu caso, a bordo do cruzador amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga
Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri Lanka.
separação da Turma do CN-62/63 e da EM-64/67. Como foi fascinante e delicioso navegar por todos
Novamente um misto de satisfação e ansiedade esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova
tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto
apresentar para servir a bordo de um navio de nossa especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara
Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das quilhas que o
de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do
as responsabilidades eram restritas a compromissos descobrimento”.
curriculares, as platinas de Oficial começariam, (CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de
finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p.
transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o 42-50. Texto adaptado)
notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com
muita propriedade: “... é a fase inesquecível de nosso
ofício. Coincide exatamente com a adolescência, 2. (Esc. Naval 2016) Em que opção encontra-se uma
primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois palavra, cujo processo de formação é o mesmo do termo
começam a despontar as responsabilidades, as agruras de destacado em “[...] o tão sonhado embarque [...].” (11º
novos cargos, o acúmulo de deveres novos”. parágrafo)
E esses novos cargos e deveres novos, que foram a) “[...] circundam minha terra [...].” (2º parágrafo)
se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, b) “[...] não seriam certamente em vão.” (4º parágrafo)
deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa c) “E o sentimento de perda [...].” (6º parágrafo)
memória. Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e d) “Seis anos entremeados de aulas, [...].” (7º parágrafo)
Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao e) “[...] o notável escritor-marinheiro [...].” (13º parágrafo)
acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967. TEXTO 1
Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico,
repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, Valorizar o professor do ciclo básico
tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão
intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos Como não sou perito em futurologia, devo limitar-me a
navios... fazer um exercício de observação. Presto atenção ao que
E as viagens foram se multiplicando ao longo de se passa na escola hoje e suponho que, daqui a 25 anos,
bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias as tendências atuais persistirão com maior ou menor
de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, intensidade. Provavelmente, o analfabetismo dos adultos
singrando as extensas massas líquidas que formam os terá sido erradicado e o acesso à instrução primária terá
grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que sido generalizado.
banham os recortados litorais, com passagens, visitas e Tudo indica que a demanda continuará a crescer em
arribadas em um sem-número de enseadas, baías, barras, relação ao ensino secundário e superior. Se os poderes
angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro públicos não investirem sistematicamente na expansão
cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares desses dois níveis, a escola média e a universidade serão,
bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis. em grande parte, privatizadas.
Inúmeros foram também os portos e cidades
A educação a distância será promovida tanto pelo Estado
visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre
como pelas instituições particulares. Essa alteração no uso
nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos,
principalmente graças ao contato com povos diferentes e de espaços escolares tradicionais levará a resultados
até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes contraditórios. De um lado, aumentará o número de
totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos informações e instrumentos didáticos de alta precisão. De

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outro lado, a elaboração pessoal dos dados e a sua crítica áreas ambientais importantes do planeta, como a
poderão sofrer com a falta de um diálogo sustentado face Amazônia, deve ser vista como bem público universal,
a face entre o professor e o aluno. assim como qualquer outra atividade protetora de
É preciso pensar, desde já, nesse desafio que significa aliar patrimônios da humanidade ou de segurança global, como
eficiência técnica e profundidade ou densidade cultural. é o caso da proteção contra vírus de computador, para
O risco das avaliações sumárias, por meio de testes, citar um exemplo mais atual, embora ainda não
crescerá, pois os processos informáticos visam a poupar plenamente reconhecido.
tempo e reduzir os campos de ambiguidade e incerteza. Incluem-se no elenco dos bens públicos as atividades
Com isso, ficaria ainda mais raro o saber que duvida e relacionadas à produção e transmissão da cultura, ao
interroga, esperando com paciência, até vislumbrar uma pensamento filosófico e às investigações científicas não
razão que não se esgote no simplismo do certo versus alinhadas com qualquer interesse econômico mais
errado. Poderemos ter especialistas cada vez mais peritos imediato.
nas suas áreas e massas cada vez mais incapazes de A Universidade surgiu na civilização porque havia uma
entender o mundo que as rodeia. De todo modo, o futuro necessidade latente desses bens e legitimou-se pelo
depende, em larga escala, do que pensamos e fazemos no reconhecimento de sua importância para a humanidade.
presente. Portanto, ela nasceu e legitimou-se como instituição social
Uma coisa me parece certa: o professor do ciclo básico pública e não como negócio privado, como muitos agora a
deve ser valorizado em termos de preparação e salário, querem transformar, inclusive a OMC, contradizendo o
caso contrário, os mais belos planos ruirão como castelos próprio Adam Smith, o patriarca da economia de
de cartas. mercado, como bem o indica a passagem acima
(BOSI, Alfredo. Caderno Sinapse. Folha de S. Paulo, 29/07/2003.) epigrafada, retirada de "A Riqueza das Nações".
As tecnologias podem ser "engenheiradas",
TEXTO 2 transformando-se em produtos de mercado, mas o
Diretrizes de salvação para a Universidade Pública conhecimento que as originou é uma conquista da
"... poder-se-ia alegar que não é muito bom o ensino das humanidade e, portanto, um bem público universal, como
matérias que se costuma lecionar nas universidades. é o caso, por exemplo, das atividades do Instituto
Todavia, não fossem essas instituições, tais matérias Politécnico de Zurique, de onde saiu Albert Einstein, e do
geralmente não teriam sido sequer ensinadas, e tanto o laboratório Cavendish da Universidade de Cambridge,
indivíduo como a sociedade sofreriam muito com a falta onde se realizaram os experimentos que levaram a
delas..." descobertas fundamentais da física, sem as quais não
teriam sido possíveis as maravilhas tecnológicas do
Adam Smith
mundo moderno, da lâmpada elétrica à internet. (...)
(SILVA, José M. A. Jornal da Ciência, 22/07/2003. Extraído de:
(...) A grande característica distintiva de uma Universidade http://www.jornaldaciencia.org.br, 15/07/2003.)
pública reside na sua qualidade geradora de bens
públicos. Estes, por definição, são bens cujo usufruto é 3. (Ita 2004) O morfema "-ada" tem mais de um sentido.
necessariamente coletivo e não podem ser apropriados Assinale a opção em que esse morfema apresenta o
exclusivamente por ninguém em particular. mesmo sentido que tem na palavra "engenheirada".
Quanto ao grau de abrangência, os bens públicos podem a) freada
ser classificados em locais, nacionais ou universais. b) cajuada
O corpo de bombeiros de uma cidade, por exemplo, é um c) caldeirada
bem público local, o serviço da guarda costeira de um país d) cervejada
é um bem público nacional, ao passo que a proteção de e) aguada

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia
Minha amiga me pergunta: por que você fala que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e
sempre nas coisas que acontecem a primeira vez e, quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo
sobretudo, as comparar com a primeira vez que você viu o se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso:
mar? Me lembro dessa cena: um adolescente chegando é quando os vagalhões da noite se arrebentam na aurora
ao Rio e o irmão lhe prevenindo: “Amanhã vou te do sim.
apresentar o mar.” Isto soava assim: amanhã vou te levar Ver o mar a primeira vez, lhes digo, é quando
ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Guimarães Rosa pela vez primeira, por nós, viu o sertão.
Amanhã você já não será o mesmo homem. Ver o mar a primeira vez é quase abrir o primeiro
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais consultório, fazer a primeira operação. Ver o mar a
velho, que se assentou no banco do calçadão, o primeira vez é comprar pela primeira vez uma casa nas
adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o montanhas: que surpresas ondearão entre a lareira e a
primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era mesa de vinhos e queijos!
um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas O mar é o mestre da primeira vez e não para de
andava num campo de tulipas na Holanda. O mar a ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda.
primeira vez não é um rito que deixe um homem impune. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma
Algo nele vai-se aprofundar. tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de
sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, brotar. A contemplá-lo ao mesmo tempo sou jovem e
sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, envelheço.
enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas O mar é recomeço.
narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro,
destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço (SANT’ANNA, Affonso Romano de. O mar, a
de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil primeira vez. In:_____. Fizemos bem em resistir: crônicas
cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis selecionadas. Rio de Janeiro: Rocco,1994,
começou a escrever na areia um texto que não terminará p.50-52. Texto adaptado.)
jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo
de se postar diante do mar, é uma forma de domar as
vagas do presente convertendo-o num cristal passado. 4. (Esc. Naval 2014) Em que opção o comentário sobre as
Não, não enchi a garrafinha de água salgada para palavras sublinhadas está correto?
mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz a) “E o irmão lá atrás, respeitoso, [...].” (3º parágrafo) - o
mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o sufixo “-oso” forma o adjetivo sublinhado a partir de
mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, um substantivo.
que na mesa interior marulhavam lembranças de um b) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para [...].”
luminoso encontro de amor com o mar. (4º parágrafo) - em “garrafinha”, o sufixo de diminutivo
Certa vez, adolescente ainda nas montanhas, li tem valor pejorativo.
urna crônica onde um leitor de Goiás pedia à cronista que c) “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia,
lhe explicasse, enfim, o que era o mar. Fiquei perplexo. desvaloriza o mar.” (6º parágrafo) - o prefixo “des-”
Não sabia que o mar fosse algo que se explicasse. Nem me denota repetição em “desvalorizar”.
lembro da descrição. Me lembro apenas da pergunta. d) “Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai
Evidentemente eu não estava pronto para a resposta. A ao quintal.” (6º parágrafo) - “sem-cerimônia” é um
resposta era o mar. E o mar eu conheci, quando pela neologismo formado por aglutinação.
primeira vez aprendi que a vida não é a arte de responder, e) “[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa
mas a possibilidade de perguntar. de vinhos e queijos!” (7º parágrafo) - o verbo
Os cariocas vão achar estranho, mas eu devo lhes sublinhado é formado por prefixação.
revelar: o carioca, com esse modo natural de ir à praia,

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5. (Espcex (Aman) 2014) São palavras primitivas: Capítulo IV
a) época – engarrafamento – peito – suor UMA TEORIA NOVA
b) sala – quadro – prato – brasileiro
c) quarto — chuvoso — dia — hora 1
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha
d) casa – pedra – flor – feliz buscando o Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava por
e) temporada – narcotráfico – televisão – passatempo todos os lados uma certa ideia arrojada e nova, própria a
alargar as bases da psicologia. 2Todo o tempo que lhe
6. (Eear 2017) Leia: sobrava dos cuidados da Casa Verde era pouco para andar
na rua, ou de casa em casa, conversando as gentes, sobre
“Professor bem-aventurado é aquele que, além de ser um trinta mil assuntos, e virgulando as falas de um olhar que
leitor voraz, é crítico a ponto de corrigir-se metia medo aos mais heroicos.
constantemente sobre sua forma incomum de pensar o Um dia de manhã, – eram passadas três semanas,
mundo.” – estando Crispim Soares ocupado em temperar um
medicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava
Marque a correta. chamar.
a) Composição por aglutinação: bem-aventurado. – Tratava-se de negócio importante, segundo ele
b) Composição por aglutinação: constantemente. me disse, acrescentou o portador. 3Crispim empalideceu.
c) Composição por sufixação: constantemente. Que negócio importante podia ser, se não alguma notícia
d) Composição por sufixação: incomum. da comitiva, e especialmente da mulher? 4Porque este
tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem nele
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: os cronistas; Crispim amava a mulher, e, desde trinta
A primeira publicação do conto O Alienista, de Machado anos, nunca estiveram separados um só dia. 5Assim se
de Assis, ocorreu como folhetim na revista carioca A explicam os monólogos que fazia agora, e que os fâmulos
Estação, entre os anos de 1881 e 1882. Nessa mesma lhe ouviam muita vez: – “Anda, bem feito, quem te
época, uma grande reforma educacional efetuou-se no mandou consentir na viagem de Cesária? Bajulador, torpe
Brasil, criando, dentre outras, a cadeira de Clínica bajulador! Só para adular ao Dr Bacamarte. Pois agora
Psiquiátrica. É nesse contexto de uma psiquiatria ainda aguenta-te; anda; aguenta-te, alma de lacaio, fracalhão,
embrionária que Machado propõe sua crítica ácida, vil, miserável. Dizes amém a tudo, não é? Aí tens o lucro,
reveladora da escassez de conhecimento científico e da biltre!”. – E muitos outros nomes feios, que um homem
abundância de vaidades, concomitantemente. A obra não deve dizer aos outros, quanto mais a si mesmo. Daqui
deixa ver as relações promíscuas entre o poder médico a imaginar o efeito do recado é um nada. 6Tão depressa
que se pretendia baluarte da ciência e o poder político tal ele o recebeu como abriu mão das drogas e voou à Casa
como era exercido em Itaguaí, então uma vila, distante Verde.
apenas alguns quilômetros da capital Rio de Janeiro. O 7
Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria
conto se desenvolve em treze breves capítulos, ao longo própria de um sábio, uma alegria abotoada de
dos quais o alienista vai fazendo suas experimentações circunspeção até o pescoço.
cientificistas até que ele mesmo conclua pela necessidade – Estou muito contente, disse ele.
de seu isolamento, visto que reconhece em si mesmo a 8
– Notícias do nosso povo?, perguntou o boticário
única pessoa cujas faculdades mentais encontram-se com a voz trêmula.
equilibradas, sendo ele, portanto, aquele que destoa dos O alienista fez um gesto magnífico, e respondeu:
demais, devendo, por isso, alienar-se. 9
– Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma
experiência científica. 10Digo experiência, porque não me
atrevo a assegurar desde já a minha ideia; nem a ciência é
outra coisa, Sr. Soares, senão uma investigação constante.
Trata-se, pois, de uma experiência, mas uma experiência
que vai mudar a face da terra. A loucura, objeto dos meus

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estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da domesticara um só desses bichos; mas, tinha o cuidado de
razão; começo a suspeitar que é um continente. fazer trabalhar a matraca todos os meses. 23E dizem as
11
Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto
boticário. 12Depois explicou compridamente a sua ideia. cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação
No conceito dele a insânia abrangia uma vasta superfície perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta confiança
de cérebros; e desenvolveu isto com grande cópia de no sistema. 24Verdade, verdade, nem todas as instituições
raciocínios, de textos, de exemplos. 13Os exemplos achou- do antigo regime mereciam o desprezo do nosso século.
os na história e em Itaguaí mas, como um raro espírito – Há melhor do que anunciar a minha ideia, é
que era, 14reconheceu o perigo de citar todos os casos de praticá-la, respondeu o alienista à insinuação do boticário.
Itaguaí e refugiou-se na história. Assim, apontou com E o boticário, não divergindo sensivelmente deste
especialidade alguns célebres, Sócrates, que tinha um modo de ver, disse-lhe que sim, que era melhor começar
demônio familiar, Pascal, que via um abismo à esquerda, pela execução.
Maomé, Caracala, Domiciano, Calígula etc., uma enfiada 25
– Sempre haverá tempo de a dar à matraca,
de casos e pessoas, em que de mistura vinham entidades concluiu ele.
odiosas, e entidades ridículas. 15E porque o boticário se Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e
admirasse de uma tal promiscuidade, o alienista disse-lhe disse:
que era tudo a mesma coisa, e até acrescentou – Suponho o espírito humano uma vasta concha, o
sentenciosamente: meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é
16
– A ferocidade, Sr. Soares, é o grotesco a sério. a razão; por outros termos, demarquemos
– Gracioso, muito gracioso!, exclamou Crispim definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é
Soares levantando as mãos ao céu. o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí
17
Quanto à ideia de ampliar o território da insânia, insânia e só insânia.
loucura, achou-a o boticário extravagante; mas a O Vigário Lopes, a quem ele confiou a nova teoria,
modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe sofreu declarou lisamente que não 26chegava a entendê-la, que
confessar outra coisa além de um nobre entusiasmo; era uma obra absurda, e, se não era absurda, era de tal
18
declarou-a sublime e verdadeira, e acrescentou que era modo colossal que não merecia princípio de execução.
“caso de matraca”. Esta expressão não tem equivalente – Com a definição atual, que é a de todos os
no estilo moderno. 19Naquele tempo, Itaguaí, que como as tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão
demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e
dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma onde a outra começa. Para que transpor a cerca?
notícia: ou por meio de cartazes manuscritos e pregados 27
Sobre o lábio fino e discreto do alienista roçou a
na porta da Câmara, e da matriz; – ou por meio de vaga sombra de uma intenção de riso, em que o desdém
matraca. vinha casado à 28comiseração; mas nenhuma palavra saiu
Eis em que consistia este segundo uso. de suas egrégias entranhas.
20
Contratava-se um homem, por um ou mais dias, 21para A ciência contentou-se em estender a mão à
andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. teologia, – com tal segurança, que a teologia não soube
De quando em quando tocava a matraca, reunia- enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o universo
se gente, 22e ele anunciava o que lhe incumbiam, – um à beira de uma revolução.
remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto,
um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais ASSIS, Machado de. O Alienista. Biblioteca Virtual do
belo discurso do ano etc. O sistema tinha inconvenientes Estudante Brasileiro / USP. Disponível em:
para a paz pública; mas era conservado pela grande <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheOb
energia de divulgação que possuía. Por exemplo, um dos raForm.do?select_action=&co_obra=1939>. Acesso em:
vereadores, – aquele justamente que mais se opusera à 12/08/2019.
criação da Casa Verde, – desfrutava a reputação de
perfeito educador de cobras e macacos, e aliás nunca

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7. (Ime 2020) “Naquele tempo, Itaguaí que como as 10. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alterna�va que
demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não contém um grupo de palavras cujos prefixos possuem o
dispunha de imprensa [...]” (ref. 19) mesmo significado.
a) compartilhar – sincronizar
“[...], para andar as ruas do povoado, com uma matraca b) hemiciclo – endocarpo
na mão.” (ref. 21) c) infeliz – encéfalo
d) transparente – adjunto
Acerca da etimologia dos vocábulos em negrito, é sabido e) benevolente – diáfano
que são cognatos. Considerando essa afirmativa, assinale
a alternativa em que uma das palavras tem origem 11. (Espcex (Aman) 2016) Responda, na sequência, os
distinta das demais. vocábulos cujos prefixos ou sufixos correspondem aos
a) viver – vida – vidente seguintes significados:
b) legislar – ilegal – legislativo
c) ler – leitura – literatura QUASE; ATRAVÉS; EM TORNO DE; FORA;
d) alguém – algo – algum SIMULTANEIDADE
e) desnaturado – naturalização – sobrenatural a) hemisfério; trasladar; justapor; epiderme; parasita
b) semicírculo; metamorfose; retrocesso; ultrapassar;
8. (Espcex (Aman) 2014) Ao se alistar, não imaginava que circunavegação
o combate pudesse se realizar em tão curto prazo, embora c) penumbra; diálogo; periscópio; exogamia; sintaxe
o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao longe. d) visconde; ultrapassar; unifamiliar; programa;
multinacional
Quanto ao processo de formação das palavras e) pressupor; posteridade; companhia; abdicar;
sublinhadas, é correto afirmar que sejam, ambivalente
respec�vamente, casos de
a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
onomatopeia. Becos de Goiás
b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação,
aglutinação e onomatopeia. Beco da minha terra...
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
derivação imprópria. Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação, Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
justaposição e onomatopeia. E a réstia de sol que ao meio-dia desce, fugidia,
e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva, e semeia polmes dourados no teu lixo pobre,
justaposição e onomatopeia. calçando de ouro a sandália velha,
jogada no teu monturo.
9. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa em que
todas as palavras são formadas por prefixos com Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,
significação semelhante. descendo de quintais escusos
a) metamorfose – metáfora – meteoro – malcriado sem pressa,
b) apogeu – aversão – apóstata – abster e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.
c) síncope – simpatia – sobreloja – sílaba Amo a avenca delicada que renasce
d) êxodo – embarcar – engarrafar – enterrar na frincha de teus muros empenados,
e) débil – declive – desgraça – decapitar e a plantinha desvalida, de caule mole
que se defende, viceja e floresce
no agasalho de tua sombra úmida e calada.

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Disciplina: Português Conteúdo: Estrutura e Formação da Palavra
Amo esses burros-de-lenha na umidade suja do beco.
que passam pelos becos antigos. Burrinhos dos morros,
secos, lanzudos, malzelados, cansados, pisados. Becos mal assombrados.
Arrochados na sua carga, sabidos, procurando a sombra, Becos de assombração...
no range-range das cangalhas. Altas horas, mortas horas...
Capitão-mor - alma penada,
E aquele menino, lenheiro ele, salvo seja. terror dos soldados, castigado nas armas.
Sem infância, sem idade. Capitão-mor, alma penada,
Franzino, maltrapilho, num cavalo ferrado,
pequeno para ser homem, chispando fogo,
forte para ser criança. descendo e subindo o beco,
Ser indefeso, indefinido, que só se vê na minha cidade. comandando o quadrado - feixe de varas...
Arrastando espada, tinindo esporas...
Amo e canto com ternura
todo o errado da minha terra. Mulher-dama. Mulheres da vida,
Becos da minha terra, perdidas,
discriminados e humildes, começavam em boas casas, depois,
lembrando passadas eras... baixavam pra o beco.
Queriam alegria. Faziam bailaricos.
Beco do Cisco. - Baile Sifilítico - era ele assim chamado.
Beco do Cotovelo. O delegado-chefe de Polícia - brabeza -
Beco do Antônio Gomes. dava em cima...
Beco das Taquaras. Mandava sem dó, na peia.
Beco do Seminário. No dia seguinte, coitadas,
Bequinho da Escola. cabeça raspada a navalha,
Beco do Ouro Fino. obrigadas a capinar o Largo do Chafariz,
Beco da Cachoeira Grande. na frente da Cadeia.
Beco da Calabrote.
Beco do Mingu. Becos da minha terra...
Beco da Vila Rica... Becos de assombração.
Românticos, pecaminosos...
Conto a estória dos becos, Têm poesia e têm drama.
dos becos da minha terra, O drama da mulher da vida, antiga,
suspeitos... mal afamados humilhada, malsinada.
onde família de conceito não passava. Meretriz venérea,
“Lugar de gentinha” - diziam, virando a cara. desprezada, mesentérica, exangue.
De gente do pote d’água. Cabeça raspada a navalha,
De gente de pé no chão. castigada a palmatória,
Becos de mulher perdida. capinando o largo,
Becos de mulheres da vida. chorando. Golfando sangue.
Renegadas, confinadas
na sombra triste do beco. (ÚLTIMO ATO)
Quarto de porta e janela.
Prostituta anemiada, Um irmão vicentino comparece.
solitária, hética, engalicada, Traz uma entrada grátis do São Pedro de Alcântara.
tossindo, escarrando sangue Uma passagem de terceira no grande coletivo de São

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Disciplina: Português Conteúdo: Estrutura e Formação da Palavra
Vicente. 14. (Espcex (Aman) 2019) Assinale a opção que identifica
Uma estação permanente de repouso - no aprazível São corretamente o processo de formação das palavras
Miguel. abaixo:
a) qualidade – sufixação; saneamento – sufixação.
Cai o pano. b) igualdade – sufixação; discriminação – parassíntese.
c) avanços – derivação imprópria; acesso – derivação
CORALINA, Cora. Poemas dos Becos de Goiás e Estórias regressiva.
Mais. 21ª ed. - São Paulo: Global Editora, 2006. d) acessível – prefixação; felizmente – sufixação.
e) planejamento – sufixação; combate – derivação
regressiva.
12. (Ime 2019) “Amo e canto com ternura / todo o errado
da minha terra” (versos 29 e 30).

A substantivação do adjetivo “errado”, antecedido pelo


determinante “o”, que aparece no trecho acima
destacado do poema de Cora Coralina
a) fala do desdém relativo à maneira como vivem os
habitantes dos becos.
b) mostra que a voz poética é avessa a tudo o que
acontece nos becos.
c) salienta uma proximidade e cumplicidade entre quem
ama e quem recebe o amor.
d) revela apatia em relação aos becos de Goiás e a seus
frequentadores.
e) trata unicamente da exclusão social dos moradores dos
becos.

13. (Ime 2019) Sabe-se que o prefixo de negação “in”, na


língua portuguesa, pode assumir diferentes formas, de
acordo com a ocorrência dos fenômenos de assimilação e
mesmo de dissimilação.

Assinale a opção em que o significado do prefixo “in”


difere do sentido encontrado nas palavras “indefeso” e
“indefinido” no verso abaixo transcrito:

“Ser indefeso, indefinido, que só se vê na minha cidade.”


(verso 28)
a) Alimentar a criança é indispensável ao seu crescimento
saudável.
b) A conclusão a que se chegou parecia algo ilógico.
c) Sua situação me parece irregular.
d) Eles estavam impossibilitados de frequentar aquele
local.
e) Ele está tão fraco que já não consegue ingerir os
alimentos.

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Disciplina: Português Conteúdo: Estrutura e Formação da Palavra
Gabarito Comentado: Resposta da questão 6:
ANULADA
Resposta da questão 1:
[B] Questão anulada no gabarito oficial.

Resposta da questão 2: Nenhuma das alternativas está correta. Fazendo as


[C] devidas correções, teríamos:
[A] Composição por justaposição: bem-aventurado.
“Embarque” é formado por derivação regressiva: a partir [B] Derivação sufixal: constantemente.
do verbo “embarcar” formou-se o substantivo [C] Derivação sufixal: constantemente.
“embarque”. A mesma situação ocorre em “perda”: a [D] Derivação prefixal: incomum
partir do verbo “perder” formou-se o substantivo “perda”.
Resposta da questão 7:
[A] ocorre derivação prefixal a partir do prefixo latino [A]
circum–.
[B] ocorre derivação sufixal a partir do adjetivo “certa” e [A] Correto. “Viver” e “Vida” são termos cognatos, pois a
sufixo formador de advérbio de modo, –mente. raiz é a mesma; ambos diferem de “vidente”, originado
[D] ocorre composição por justaposição (entre + meado). de “ver.
[E] “notável” apresenta derivação sufixal a partir do sufixo [B] Incorreto. Todos os termos se originam nas formas
–ável (“passível de”); por sua vez, “escritor-marinheiro” é latinas “lex, legis”.
composto por justaposição. [C] Incorreto. Todos os termos se originam na forma latina
“legere”.
Resposta da questão 3: [D] Incorreto. Todos os termos se originam na forma latina
[A] “aliq-“.
[E] Incorreto. Todos os termos se originam na forma latina
Resposta da questão 4: “naturalis”.
[A]
Resposta da questão 8:
[B] Incorreta: o sufixo traz ideia de tamanho pequeno [B]
[C] Incorreta: o prefixo “des-“ denota negação, mostrando
que o mar não é valorizado. Alistar: parassíntese. Foram acrescentados,
[D] Incorreta: “sem-cerimônia” é um substantivo simultaneamente, um prefixo e um sufixo à palavra
composto. primitiva.
[E] Incorreta: o verbo é formado por derivação sufixal. Combate: derivação regressiva. A parte final da palavra
primitiva (combater) foi retirada, gerando, como palavra
Resposta da questão 5: derivada, um nome de ação.
[D] Realizar: sufixação. Foi acrescentado o sufixo “ar” ao
radical do substantivo “realização”, levando-o a mudar de
Em [A], “engarrafamento” é derivada; em [B], brasileiro; classe gramatical, de substantivo para verbo.
em [C], chuvoso; e, em [E], todas são derivadas. Assim, a Embora: aglutinação. Os elementos que formam o
única alternativa em que todas as palavras são primitivas composto se ligam e há perda da integridade sonora de ao
é [D]. menos um deles. Assim, “em boa hora” torna-se
“embora”.
Ribombar: onomatopeia. A palavra é formada através da
imitação de um som.

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Resposta da questão 9: Resposta da questão 12:
[B] [C]

Apenas em [B] existem palavras formadas com prefixo (a-) O artigo “o” transforma, por derivação imprópria, o
com a mesma significação: ausência ou privação, pois em adjetivo “errado” em substantivo, definindo e
individualizando o objeto a que se refere. Desta forma,
[A] os termos “metamorfose”, “metáfora” e “meteoro” nos versos “Amo e canto com ternura / todo o errado da
apresentam prefixo [met-(a)], com significado de minha terra”, o artigo “o” expressa proximidade entre o
mudança, mas em “malcriado” o prefixo (mal-) tem eu poético e o espaço em que vive, os becos, como se
sentido de negação; afirma em [C].
[C] “simpatia”, “síncope” e “sílaba”, o prefixo (sin/sim/si)
imprime noção semântica de simultaneidade, mas em Resposta da questão 13:
“sobreloja” o prefixo (sobre) indica posição por cima; [E]
[D] “embarcar”, “engarrafar” e “enterrar” apresentam
prefixo (en-/em-) sugerindo movimento para dentro, Nas palavras “indefeso” e “indefinido”, o prefixo in-
mas “êxodo” é formado por prefixo (ex-) com noção apresenta valor de negação, assim como em
de movimento para fora; “indispensável”, “ilógico”, “irregular” e “impossibilitados”.
[E] “decapitar” e “declive” têm prefixo (de-) com noção de Assim, é correta a opção [E], pois penas o vocábulo
movimento de cima para baixo, mas “desgraça” apresenta “ingerir” não é formado por prefixação, tendo sua origem
prefixo (des-) com sentido de negação, e “débil” é um no latim “ingerere”.
vocábulo formado por sufixação.
Resposta da questão 14:
Resposta da questão 10: [E]
[A]
[A] Incorreta. Qualidade (palavra primitiva); saneamento
O prefixo “com” (de “compartilhar”) indica contiguidade, (sufixação).
companhia, agrupamento; e o prefixo “sin” (de [B] Incorreta. Igualdade (sufixação); discriminação
“sincronizar”) significa ação conjunta, companhia, (derivação regressiva).
reunião, simultaneidade. Assim, ambos são semelhantes [C] Incorreta. Avanços (derivação regressiva); acesso
semanticamente. (derivação regressiva).
[D] Incorreta. Acessível (sufixação); felizmente (sufixação).
Resposta da questão 11: [E] Correta. Planejamento (sufixação); combate (derivação
[C] regressiva).

A palavra “penumbra” é formada pelo prefixo “pene”


(quase), “diálogo” por “dia” (movimento através de),
“periscópio por “peri” (posição em torno de), exogamia
(movimento para fora) e “sintaxe” (noção de
simultaneidade). Assim, é correta a opção [C].

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