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Prefeitura Municipal de Taboão da Serra do Estado de São Paulo

TABOÃO-SP
Técnico de Enfermagem
Concurso Público Nº 07/2018
DZ023-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Prefeitura Municipal de Taboão da Serra do Estado de São Paulo

Cargo: Técnico de Enfermagem

(Baseado no Concurso Público Nº 07/2018

• Língua Portuguesa
• Matemática
• Raciocínio Lógico
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Ana Luiza Cesário
Thais Regis

Produção Editorial
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Interpretação de texto............................................................................................................................................................................................ 01
Acentuação gráfica.................................................................................................................................................................................................. 06
Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 08
Divisão silábica.......................................................................................................................................................................................................... 12
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 14
Concordância nominal e verbal.......................................................................................................................................................................... 16
Regência nominal e verbal.................................................................................................................................................................................... 22
Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia, sentido próprio e sentido figurado
das palavras, denotação e conotação, emprego de tempos e modos verbais................................................................................ 28
Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção
(classificação e sentido que imprimem às relações entre as orações)................................................................................................ 36
Notações léxicas: empregos do til, trema, apóstrofo, hífen.................................................................................................................... 08
Abreviaturas, siglas e símbolos........................................................................................................................................................................... 08
Análise morfológica................................................................................................................................................................................................. 36
Sinais de pontuação: Emprego da vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto final, ponto de interrogação, ponto de
exclamação, reticências, parênteses, travessão, aspas, colchetes, asterisco e parágrafo............................................................. 14
Sintaxe de concordância: nominal, verbal e casos especiais. ................................................................................................................. 16
Emprego de algumas classes de palavras: artigo, adjetivo, numeral, pronomes pessoais, eu ou mim, contração dos
pronomes oblíquos, o pronome se, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, pronomes relativos, pronomes
indefinidos e advérbio. .......................................................................................................................................................................................... 36
Emprego dos modos e tempos: Modo indicativo, modo subjuntivo, modo imperativo, particípio e gerúndio. .............. 36
Emprego do infinitivo: Infinitivo não-flexionado e infinitivo pessoal flexionado. ......................................................................... 36
Emprego do verbo haver....................................................................................................................................................................................... 36

Matemática

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. ........................................................................................................................... 01
Números naturais (operações e propriedades). .......................................................................................................................................... 01
Expressões aritméticas. ......................................................................................................................................................................................... 01
Números fracionários. ........................................................................................................................................................................................... 01
Operações com frações. ....................................................................................................................................................................................... 01
Razão e proporção. ................................................................................................................................................................................................. 18
Sistema métrico. ...................................................................................................................................................................................................... 22
Regra de três simples e composta. ................................................................................................................................................................... 26
Porcentagem. ............................................................................................................................................................................................................ 29
Juros simples. ............................................................................................................................................................................................................ 32
Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum. .............................................................................................................................. 01
Cálculo de áreas e volumes. ................................................................................................................................................................................ 36
Equações de 1° grau................................................................................................................................................................................................ 51

Raciocínio Lógico

Estruturas lógicas, lógicas de argumentação, diagramas lógicos: entendimento de estruturas lógicas das relações
arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas, eventos fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliação
das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.............................................................................................. 01
SUMÁRIO

Conhecimentos Específicos

Princípios de Farmacologia; ................................................................................................................................................................................ 01


Logística do abastecimento; Seleção, aquisição, análise, armazenamento e distribuição de medicamentos e correlatos;
Gerenciamento de estoque; ................................................................................................................................................................................ 01
Desenvolvimento e/ou manipulação de fórmulas magistrais e oficinais; Manipulação de estéreis (Nutrição parenteral e
quimioterapia); ......................................................................................................................................................................................................... 03
Legislação farmacêutica / Legislação Sanitária; ........................................................................................................................................... 14
Portaria 344/98 - SVS/MS (12/05/1998); ........................................................................................................................................................ 19
Assistência farmacêutica; Farmacovigilância; Farmácia clínica. ............................................................................................................. 38
Princípios básicos de Farmacocinética: Dinâmica da absorção, distribuição e eliminação de fármacos; ............................. 39
Princípios básicos de Farmacodinâmica: Princípios de Microbiologia, Bioquímica, Hematologia, Imunologia. ............... 42
Legislação proveniente do conselho federal de farmacologia e Anvisa. Código de ética profissional. ................................ 42
Políticas de Saúde no Brasil - SUS com ênfase na Atenção Básica....................................................................................................... 55
PORTUGUÊS

Interpretação de texto............................................................................................................................................................................................ 01
Acentuação gráfica.................................................................................................................................................................................................. 06
Ortografia oficial....................................................................................................................................................................................................... 08
Divisão silábica.......................................................................................................................................................................................................... 12
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 14
Concordância nominal e verbal.......................................................................................................................................................................... 16
Regência nominal e verbal.................................................................................................................................................................................... 22
Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia, sentido próprio e sentido figurado
das palavras, denotação e conotação, emprego de tempos e modos verbais................................................................................ 28
Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção
(classificação e sentido que imprimem às relações entre as orações)................................................................................................ 36
Notações léxicas: empregos do til, trema, apóstrofo, hífen.................................................................................................................... 08
Abreviaturas, siglas e símbolos........................................................................................................................................................................... 08
Análise morfológica................................................................................................................................................................................................. 36
Sinais de pontuação: Emprego da vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto final, ponto de interrogação, ponto de
exclamação, reticências, parênteses, travessão, aspas, colchetes, asterisco e parágrafo............................................................. 14
Sintaxe de concordância: nominal, verbal e casos especiais. ................................................................................................................. 16
Emprego de algumas classes de palavras: artigo, adjetivo, numeral, pronomes pessoais, eu ou mim, contração dos
pronomes oblíquos, o pronome se, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, pronomes relativos, pronomes
indefinidos e advérbio. .......................................................................................................................................................................................... 36
Emprego dos modos e tempos: Modo indicativo, modo subjuntivo, modo imperativo, particípio e gerúndio. .............. 36
Emprego do infinitivo: Infinitivo não-flexionado e infinitivo pessoal flexionado. ......................................................................... 36
Emprego do verbo haver....................................................................................................................................................................................... 36
PORTUGUÊS

não possa ser captado pela razão humana - que as sereias


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO haviam silenciado e se opôs a elas e aos deuses usando como
escudo o jogo de aparências acima descrito.
(KAFKA, Franz. O silêncio das sereias. In. http://
almanaque.folha.uol.com.br/kafka2.htm)
Leia o texto abaixo de Franz Kafka, O silêncio das sereias:
O que nos diz Franz Kafka a respeito do silêncio das
Prova de que até meios insuficientes - infantis mesmo sereias? Por que o silêncio seria mais mortal do que o seu
podem servir à salvação: canto?
Para se defender da sereias, Ulisses tapou o ouvidos Ler um texto é muito mais do que decodificar um
com cera e se fez amarrar ao mastro. Naturalmente - e código, entender seu vocabulário. Isso porque o conjunto
desde sempre - todos os viajantes poderiam ter feito coisa de palavras que compõem um texto são organizados de
semelhante, exceto aqueles a quem as sereias já atraíam modo a produzir uma mensagem. Há várias formas de
à distância; mas era sabido no mundo inteiro que isso não se ler um texto. Iniciamos primeiramente pela camada
podia ajudar em nada. O canto das sereias penetrava tudo mais superficial, que é justamente o início da “tradução”
e a paixão dos seduzidos teria rebentado mais que cadeias do vocabulário apresentado. Compreendidas as palavras,
e mastro. Ulisses porém não pensou nisso, embora talvez ainda nesse primeiro momento, verificamos qual tipo de
tivesse ouvido coisas a esse respeito. Confiou plenamente no texto se trata: matéria de jornal, conto, poema. Entretanto,
punhado de cera e no molho de correntes e, com alegria ainda assim não lemos esse conjunto de palavras em sua
inocente, foi ao encontro das sereias levando seus pequenos plenitude, isso porque ler é, antes de mais nada, interpretar.
recursos. A palavra interpretação significa, literalmente, explicar
As sereias entretanto têm uma arma ainda mais terrível algo para si e para o outro. E explicar, outra palavra
que o canto: o seu silêncio. Apesar de não ter acontecido importante numa leitura, consiste em desdobrar algo que
isso, é imaginável que alguém tenha escapado ao seu canto; estava dobrado. Assim sendo, podemos entender que ler
mas do seu silêncio certamente não. Contra o sentimento um texto é interpretá-lo, e para tanto se faz necessário
de ter vencido com as próprias forças e contra a altivez daí desdobrar suas camadas, suas palavras, até fazê-las suas,
para assim chegar a uma camada mais profunda do que a
resultante - que tudo arrasta consigo - não há na terra o que
inicial – a da mera “tradução” das palavras.
resista.
Um texto é sempre escrito por alguém. Um autor,
E de fato, quando Ulisses chegou, as poderosas cantoras
quando lança as palavras num papel, faz na intenção de
não cantaram, seja porque julgavam que só o silêncio poderia
passar uma mensagem específica para o leitor. Muitas
conseguir alguma coisa desse adversário, seja porque o ar de
vezes temos dificuldades em captar qual a mensagem
felicidade no rosto de Ulisses - que não pensava em outra
ele está tentando nos dizer. Entretanto, algo é sempre
coisa a não ser em cera e correntes - as fez esquecer de todo
importante lembrar: textos são feitos de palavras, e todas
e qualquer canto. as ferramentas para se entender o texto estão no próprio
Ulisses no entanto - se é que se pode exprimir assim - texto, no modo como o autor organizou as palavras entre
não ouviu o seu silêncio, acreditou que elas cantavam e que si.
só ele estava protegido contra o perigo de escutá-las. Por Tudo isso pode ser resumido numa simples frase: texto
um instante, viu os movimentos dos pescoços, a respiração é uma composição estruturada em camadas de sentido.
funda, os olhos cheios de lágrimas, as bocas semiabertas, Da mesma forma que para conhecer uma casa é preciso
mas achou que tudo isso estava relacionado com as árias adentrá-la e entender sua estrutura, compreender um texto
que soavam inaudíveis em torno dele. Logo, porém, tudo é decompô-lo, camada a camada, desde o conhecimento
deslizou do seu olhar dirigido para a distância, as sereias da autoria até o sentido final. Isso requer uma atitude ativa
literalmente desapareceram diante da sua determinação, e do leitor, e não meramente passiva.
quando ele estava no ponto mais próximo delas, já não as Você já se perguntou por que em concursos públicos e
levava em conta. vestibulares é sempre exigida interpretação textual? Pense.
Mas elas - mais belas do que nunca - esticaram o corpo Não basta apenas conhecer as regras gramaticais de uma
e se contorceram, deixaram o cabelo horripilante voar livre língua, também é importante entender os sentidos que essa
no vento e distenderam as garras sobre os rochedos. Já língua pode expressar. Se não conseguimos interpretar um
não queriam seduzir, desejavam apenas capturar, o mais texto, como conseguiremos interpretar o mundo em que
longamente possível, o brilho do grande par de olhos de vivemos?
Ulisses.
Se as sereias tivessem consciência, teriam sido então Assim sendo, ler o texto se faz da mesma forma que se
aniquiladas. Mas permaneceram assim e só Ulisses escapou lê o mundo: a partir de suas peculiaridades, ultrapassando
delas. a camada mais ingênua da vida e do texto, entendo as
De resto, chegou até nós mais um apêndice. Diz-se entrelinhas da mensagem, ou seja, o que está subentendido.
que Ulisses era tão astucioso, uma raposa tão ladina, que Quando falamos de leitura, falamos antes de níveis de
mesmo a deusa do destino não conseguia devassar seu leitura, pois é a partir desse processo que alcançamos uma
íntimo. Talvez ele tivesse realmente percebido - embora isso interpretação efetiva. Vejamos:

1
PORTUGUÊS

1 – Níveis de leitura 1) Qual o gênero textual?


Trata-se de um conto, ou seja, um texto de ficção.
a) Primeiro Nível – é o mais superficial e consiste em
iniciar o aprendizado dos significados das palavras. É o 2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?
próprio ato de decodificação de uma língua. Nesse nível Utilizando as palavras do autor: As sereias entretanto
ainda não é possível realizar a interpretação de um texto, têm uma arma ainda mais terrível que o canto: o seu silêncio
já que não se possui ainda familiaridade com os sentidos
de uma palavra. 3) A frase representa a ideia centra, qual é essa ideia?
O autor parece nos dizer que o silêncio é mais mortal
b) Segundo Nível – é o contato mais familiar com um que a própria fala, ou seja, pode ferir mais.
texto, através do conhecimento de qual gênero se trata
(notícia, conto, poema), do seu autor e dos benefícios que 4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do
essa leitura poderia trazer. Imagine você uma livraria. Há texto?
vários exemplares para escolher. Então você analisa o título a) Muitos já escaparam do canto das sereias, nunca do
do livro, o autor, lê rapidamente a contracapa e também seu silêncio;
um trecho do livro. O segundo nível da leitura diz respeito b) Quando o herói Ulisses passa pelas sereias, elas não
a essa primeira familiarização com um texto. cantam, precisam de uma arma maior;
c) Ulisses foi mais astuto que as sereias – frente o
c) Terceiro Nível – é o momento da leitura silêncio mortal que elas lançavam, ele o ignorou, usando a
propriamente dita. O primeiro passo é entender em mesma arma do inimigo para enfrentá-lo.
qual gênero se encontram as palavras. Se forem textos
de ficção (como conto, romance) devemos nos atentar 5) Quais as palavras mais recorrentes no texto?
às falas e ações das personagens. Caso se trate de uma Silêncio, canto, sereias, Ulisses, herói, astucioso.
crônica ou texto de opinião, é importante prestar atenção
no vocabulário utilizado pelo autor, pois nestes gêneros as
Assim sendo, o texto que inicialmente parecia
palavras são escolhidas minuciosamente a fim de explicitar
enigmático, após as respostas das perguntas sugeridas,
um determinado sentido. Quando se tratar de um poema,
parece mais claro. Ou seja, Franz Kafka se utiliza da ficção
também é importante analisar o vocabulário do poeta,
para nos dizer que a indiferença é uma arma mais mortal
lembrando-se que na poesia a mensagem sempre diz mais
que o próprio enfrentamento.
do que parece dizer.
No momento de interpretar um texto, geralmente
ultrapassamos o terceiro nível da leitura, chegando ao Analisemos agora um poema, um dos mais conhecidos
quarto e quinto, quando precisamos reler o material em da literatura brasileira, No meio do caminho, de Carlos
questão, centrando-se em partes específicas. Frente as Drummond de Andrade:
perguntas de interpretação, cuidado com as opções
muito generalizadoras, estas tentam confundir o leitor, já No Meio do Caminho – Carlos Drummond de
que representam apenas leituras superficiais do assunto. Andrade
Por isso mesmo, sempre muita atenção no momento da No meio do caminho tinha uma pedra
leitura, para que não caia nas famosas “pegadinhas” dos tinha uma pedra no meio do caminho
avaliadores. tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
2) Ideia central Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Um texto sempre apresenta uma ideia central e, muitas Nunca me esquecerei que no meio do caminho
vezes, na primeira leitura não a captamos. Assim, algumas tinha uma pedra
estratégias são válidas para atingir esse propósito. tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
1) Qual o gênero textual? (ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do
2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual? caminho. In. http://www.revistabula.com/391-os-dez-
3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia? melhores-poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/)
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do
texto? A mensagem parece simples, mas se trata de um
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto? poema. Quando precisamos interpretar esse tipo de
gênero, é essencial perceber que as palavras dizem mais do
Caso você consiga responder essas perguntas que o senso comum, por isso se faz importante interpretá-
certamente você terá as ferramentas necessárias para las com cuidado. Vamos às perguntas sugeridas:
interpretar o texto.
Utilizemos como exemplo o texto de Franz Kafka citada 1) Qual o gênero textual?
anteriormente. Leia o texto novamente. Agora responda as Poema
questões:

2
PORTUGUÊS

2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?


Tinha uma pedra no meio do caminho EXERCÍCIOS

3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia? 1. De acordo com o ditado popular “invejoso nunca
Pedra no caminho é uma frase de sentido popular que medrou, nem quem perto dele morou”,
significa dificuldade. O poeta parece usar uma frase banal a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus
num poema para indicar que pedra é muito mais do que vizinhos;
pedra, é uma dificuldade. b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos
empobrecem;
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento
texto? dos vizinhos;
Através da repetição da frase “tinha uma pedra no d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos;
meio caminho”. Escrito diversas vezes, soa como uma lição e) o invejoso não provoca medo em seus vizinhos.
a ser aprendida.
2. Leia e responda:
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto? “O destino não é só dramaturgo, é também o seu
próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos
Pedra, meio, caminho personagens em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e
executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma
Quando realizamos essas perguntas, paramos para trovoada, um carro, um tiro.”
refletir sobre a mensagem do texto em questão. E mais,
quando precisamos interpretar um texto, após a leitura Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento
inicial, é necessário ler detalhadamente cada parte (seja de D. Casmurro, de Machado de Assis:
parágrafo, estrofe) e assim construir passo a passo o a) é de caráter narrativo;
“desdobramento” do texto. b) é de caráter reflexivo;
c) evita-se a linguagem figurada;
3) Dicas importantes para uma interpretação de d) é de caráter descritivo;
texto e) não há metalinguagem.

- Faça uma leitura inicial, a fim de se familiarizar com o 3. “Tão barato que não conseguimos nem contratar
vocabulário e o conteúdo; uma holandesa de olhos azuis para este anúncio.”
- Não interrompa a leitura caso encontre palavras
desconhecidas, tente inicialmente fazer uma leitura geral; No texto, a orientação semântica introduzida pelo
- Faça uma nova leitura, tentando captar as entrelinhas termo nem estabelece uma relação de:
do texto, ou seja, a intenção do autor ao escrever esse a) exclusão;
material; b) negação;
- Lembre-se que no texto não estão as suas ideias, c) adição;
e sim as do autor, por isso cuidado para não interpretar d) intensidade;
segundo o seu ponto de vista; e) alternância.
- Nas questões interpretativas, atente para as
alternativas generalizadoras, as que apresentam palavras Texto para a questão 4.
como sempre, nunca, certamente, todo, tudo, geralmente
tentem confundir aquele que realiza uma leitura mais – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
superficial; – Esquece.
- Das alternativas propostas, haverá uma completamente – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o
sem sentido (para captar o leitor mais desatento) e duas certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Mo
mais convincentes. Para escolher a correta, procure no diga. Ensines-lo-me, vamos.
texto indícios que a fundamente. – Depende.
– Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se
o soubesses, mas não sabes-o.
– Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(L. F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)

4. O texto tem por finalidade:

a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das


formas pronominais átonas;
b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de
combinação de formas pronominais;

3
PORTUGUÊS

c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância c) as afirmações II e III estão corretas;
de pessoa gramatical; d) a afirmação I está correta;
d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é e) a afirmação II está correta.
comum na fala corrente.
e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de Texto para as questões 8 e 9.
uso das formas pronominais.
“Em nossa última conversa, dizia-me o grande
5. Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns amigo que não esperava viver muito tempo, por ser um
defeitos. Começando com “O livro apresenta alguns “cardisplicente”.
defeitos”,
o sentido da frase não será alterado se continuar com: – O quê?
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio
a) desde que bem cuidado; coração.
b) contanto que bem cuidado; Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
c) à medida que é bem cuidado; – “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei.
d) tanto que é bem cuidado; – Mas seu eu inventei, como é que não existe? –
e) ainda que bem cuidado. espantou-se o meu amigo.
Texto para as questões 6 e 7. Semanas depois deixou em saudades fundas
companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom
“Eu considerei a glória de um pavão ostentando o coração não deveriam ser cardisplicentes.”
esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não 8. Conforme sugere o texto, “cardisplicente” é:
existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há
são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário;
como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
b) palavra técnica constante de dicionários
especializados;
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir
c) um neologismo desprovido de indícios de
o máximo de matizes com um mínimo de elementos.
significação;
d) uma criação de palavra pelo processo de composição;
De água e luz ele faz seu esplendor, seu grande
e) termo erudito empregado para criar um efeito
mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o
cômico.
amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende
e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos
recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me 9. “– Mas se eu inventei, como é que não existe?”
faz magnífico.”
(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas) Segundo se deduz da fala espantada do amigo do
narrador, a língua, para ele, era um código aberto:
6. Nas três “considerações” do texto, o cronista
preserva, como elemento comum, a idéia de que a sensação a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso
de esplendor: popular;
a) ocorre de maneira súbita, acidental e efêmera; b) a ser enriquecido pela criação de gírias;
b) é uma reação mecânica dos nossos sentidos c) pronto para incorporar estrangeirismos;
estimulados; d) que se amplia graças à tradução de termos científicos;
c) decorre da predisposição de quem está apaixonado; e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
d) projeta-se além dos limites físicos do que a motivou;
e) resulta da imaginação com que alguém vê a si Texto para as questões 10 e 11.
mesmo.
“A triste verdade é que passei as férias no calçadão
7. Atente para as seguintes afirmações: do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho
I - O esplendor do pavão e o da obra de arte implicam penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em
algum grau de ilusão. calçadão, embora deva confessar que o meu momento
II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um calçadônido mais alegre é quando, já no caminho de volta,
atributo do ser amado. vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua
III - O aparente despojamento da obra de arte oculta onde finalmente terminarei o programa-saúde do dia. Sou,
os recursos complexos de sua elaboração. digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente
fica igual a carro usado, é a suspensão, é a embreagem, é o
De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas: radiador, é o contraplano do rolabrequim, é o contrafarto do
a) as afirmações I e III estão corretas; mesocárdio epidítico, a falta da serotorpina folimolecular,
b) as afirmações I e II estão corretas; é o que mecânicos e médicos disseram. Aí, para conseguir

4
MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
múltiplos e divisores de números naturais; problemas. ........................................................................................................................... 01
Números naturais (operações e propriedades)............................................................................................................................................ 01
Expressões aritméticas............................................................................................................................................................................................ 01
Números fracionários.............................................................................................................................................................................................. 01
Operações com frações.......................................................................................................................................................................................... 01
Razão e proporção................................................................................................................................................................................................... 18
Sistema métrico......................................................................................................................................................................................................... 22
Regra de três simples e composta..................................................................................................................................................................... 26
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 29
Juros simples.............................................................................................................................................................................................................. 32
Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum................................................................................................................................ 01
Cálculo de áreas e volumes.................................................................................................................................................................................. 36
Equações de 1° e 2º grau...................................................................................................................................................................................... 51
Expressões, frações, operações algébricas, produtos notáveis, fatoração, MMDC e MDC, inequações de 1º e 2º grau,
equações biquadradas, equações irracionais e radiciação de radicais................................................................................................ 51
MATEMÁTICA

Exemplo 1
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 10 + 12 – 6 + 7
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); 22 – 6 + 7
16 + 7
EXPRESSÕES NUMÉRICAS; MÚLTIPLOS
23
E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS;
PROBLEMAS. Exemplo 2
NÚMEROS NATURAIS (OPERAÇÕES E
PROPRIEDADES). 40 – 9 x 4 + 23
EXPRESSÕES ARITMÉTICAS. 40 – 36 + 23
NÚMEROS FRACIONÁRIOS. 4 + 23
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES. 27
MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO
MÚLTIPLO COMUM. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

Números Naturais Números Inteiros

Os números naturais são o modelo matemático neces- Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
sário para efetuar uma contagem. números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}

Subconjuntos do conjunto :

- Todo número natural dado tem um sucessor 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
a) O sucessor de 0 é 1. Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
Z+={0, 1, 2, ...}
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Z-={...-3, -2, -1}

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um Números Racionais


antecessor (número que vem antes do número dado). Chama-se de número racional a todo número que pode
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer,
de zero. com b≠0
a) O antecessor do número m é m-1. São exemplos de números racionais:
b) O antecessor de 2 é 1. -12/51
c) O antecessor de 56 é 55. -3
d) O antecessor de 10 é 9. -(-3)
-2,333...
Expressões Numéricas
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- fração, portanto são consideradas números racionais.
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem Como representar esses números?
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: Representação Decimal das Frações

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão decimais
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
mente depois a adição e a subtração, também na ordem 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei- mero decimal terá um número finito de algarismos após a
ro. vírgula.

1
MATEMÁTICA

X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír- Façamos x = 1,1212...


gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para 100x = 112,1212... .
ser número racional Subtraindo:
OBS: período da dízima são os números que se repe- 100x-x=112,1212...-1,1212...
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números 99x=111
irracionais, que trataremos mais a frente. X=111/99

Números Irracionais

Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
com o denominador seguido de zeros. - A soma de um número racional com um número irra-
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma cional é sempre um número irracional.
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
por diante. número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- número racional.
tão como podemos transformar em fração?
Exemplo:  .  =  = 7 é um número racional.
Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi- mero natural, se não inteira, é irracional.
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3

2
MATEMÁTICA

Números Reais INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números


reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números


reais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
Fonte: www.estudokids.com.br
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais
Representação na reta maiores ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


INTERVALOS LIMITADOS maiores que a.
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b.

Intervalo:]a,+ ∞[
Intervalo:[a,b] Conjunto:{x∈R|x>a}
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b}
Potenciação
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- Multiplicação de fatores iguais
nores que b.
2³=2.2.2=8

Intervalo:]a,b[ Casos
Conjunto:{x∈R|a<x<b} 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio


número.
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores que
a e menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,
resulta em um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

3
MATEMÁTICA

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím- Radiciação


par, resulta em um número negativo. Radiciação é a operação inversa a potenciação

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-


sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
base. 

Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja: 

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o


valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27 64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-


ra-se” um e multiplica.

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes-


ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Observe:
Exemplos: 1 1 1
96 : 92 = 96-2 = 94 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
De modo geral, se
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul- então:
tiplica-se os expoentes.
Exemplos: n
a.b = n a .n b
(52)3 = 52.3 = 56
O radical de índice inteiro e positivo de um produto
indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva- Raiz quadrada de frações ordinárias
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes-
mo expoente. 1 1

(4.3)²=4².3² 2  2 2 22 2
=  = 1 =
Observe: 3 3 3
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, 32
podemos elevar separados. De modo geral,

se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

Estruturas lógicas, lógicas de argumentação, diagramas lógicos: entendimento de estruturas lógicas das relações
arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas, eventos fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliação
das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.............................................................................................. 01
RACIOCÍNIO LÓGICO

I. Princípio da não Contradição: uma proposição não


ESTRUTURAS LÓGICAS, LÓGICAS DE pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
ARGUMENTAÇÃO, DIAGRAMAS LÓGICOS: II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
ENTENDIMENTO DE ESTRUTURAS LÓGICAS “ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
PESSOAS, LUGARES, COISAS, EVENTOS
FICTÍCIOS; DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES Valor Lógico das Proposições
DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAÇÃO Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
DAS CONDIÇÕES USADAS PARA verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS a proposição é falsa (F).
RELAÇÕES.
Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
ESTRUTURA LÓGICA lógico de p é verdadeira, ou
V(p)= F
Proposição
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
que exprimem um pensamento de sentido completo. so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
lógico falso.
Nossa professora, bela definição!
Não entendi nada! Classificação

Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas posição como parte integrante de si mesma. São geral-
também no sentido lógico. mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser E depois da letra colocamos “:”
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda-
deira ou falsa. Exemplo:
p: Marcelo é engenheiro
Exemplos: q: Ricardo é estudante
(A) A Terra é azul.
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é Proposição composta: combinação de duas ou mais
uma proposição. proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
(B) >2 las P, Q, R, S,...

Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico Exemplo:


falso. P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
Todas elas exprimem um fato.
Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
Agora, vamos pensar em uma outra frase: parte da proposição composta:
O dobro de 1 é 2?
Sim, correto? P(p,q)
Correto. Mas é uma proposição?
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
declarar se é falso ou verdadeiro. composta quando tiver mais de um verbo e proposição
simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
Bruno, vá estudar. ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não Conectivos
é proposição. Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o
que liga as proposições.
Passei! Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos nectivos vem a parte prática.
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque
é uma sentença exclamativa.
Vamos ver alguns princípios da lógica:

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

Definição - Disjunção Exclusiva


Palavras que se usam para formar novas proposições,
a partir de outras. Extensa: Ou...ou...
Símbolo: ∨
Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma
coisa? p: Vitor gosta de estudar.
Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo q: Vitor gosta de trabalhar
terá um nome, vamos ver?
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
-Negação balhar.

-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
cessária
Exemplo Símbolo: →
p: Lívia é estudante.
~p: Lívia não é estudante. Exemplos
p→q: Se chove, então faz frio.
q: Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
p→q: É necessário que faça frio para que chova.
r: Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.
-Bicondicional
s: Cecilia é dentista. Extenso: se, e somente se, ...
¬s: É mentira que Cecilia é dentista. Símbolo:↔

-Conjunção p: Lucas vai ao cinema


q: Danilo vai ao cinema.

p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai


ao cinema.

Referências
Nossa, são muitas formas de se escrever com a con- ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemá-
junção. tica – São Paulo: Nobel – 2002.
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”,
“mas”, “porém”
QUESTÕES
Exemplos
p: Vinícius é professor. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
q: Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica. V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
- Disjunção IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso

Está correto apenas o que se afirma em:


(A) I e III.
(B) I, II e III.
p: Vitor gosta de estudar. (C) I e IV.
q: Vitor gosta de trabalhar (D) II e III.
(E) III e IV.
p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de traba-
lhar.

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
proposições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
Falsa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternati- cujo valor lógico é verdade, é:
va que apresenta a única proposição Falsa. (A) falso
(B) inconclusivo
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número (C) verdade e falso
primo. (D) depende do valor lógico de p
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. (E) verdade
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo.
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15. 06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
sificada como uma proposição simples?
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia (B) Ele é goleiro do Bangu.
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso,
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de 07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade. IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/me- aos conectivos lógicos:
nos-de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ati- (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
vidade-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml. falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
Acesso em: 23 abr. 2017). (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
Com base nessa informação, considere as proposições falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
p e q abaixo: (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte dadeiro.
ou atividade física (D) Se os valores lógicos de duas proposições forem
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
física cresce quanto maior é a escolaridade falso.
(E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
Considerando as proposições p e q como verdadeiras, falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
avalie as afirmações feitas a partir delas. verdadeiro.

I- p ∧ q é verdadeiro 08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de


II- ~p ∨ ~q é falso direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
III- p ∨ q é falso sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
IV- ~p ∧ q é verdadeiro mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
Está correto apenas o que se afirma em: vocabulário particular constava, por exemplo:

(A) I e II. P: Cometeu o crime A.


(B) II e III. Q: Cometeu o crime B.
(C) III e IV. R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
(D) I, II e III. são no regime fechado.
(E) II, III e IV. S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
(B) Antônio é produtor de cacau. o item que se segue.
(C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano. A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B,
(D) Queimem os seus livros. não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar
fiança” pode ser corretamente simbolizada na forma (P∧-
Q)→((~R)∨(~S)).
( )Certo ( )Errado

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Administrador - (D) F→F


PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-se a seguinte V
proposição: “Se chove, então Mariana não vai ao deserto”.
Com base nela é logicamente correto afirmar que: (E) V→F
(A) Chover é condição necessária e suficiente para Ma- F
riana ir ao deserto.
(B) Mariana não ir ao deserto é condição suficiente 03. Resposta: A.
para chover. p∧q é verdadeiro
(C) Mariana ir ao deserto é condição suficiente para ~p∨~q
chover. F∨F
(D) Não chover é condição necessária para Mariana ir F
ao deserto. p∨q
V∨V
10. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- V
nistração – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-
-se a seguinte proposição: ~p∧q
F∧V
P: João é alto ou José está doente. F
O conectivo utilizado na proposição composta P cha- 04. Resposta: D.
ma-se: As frases que você não consegue colocar valor lógico
(A) disjunção (V ou F) não são proposições.
(B) conjunção Sentenças abertas, frases interrogativas, exclamativas,
(C) condicional imperativas
(D) bicondicional
05. Resposta: E.
Sabemos que p e q são falsas.
RESPOSTAS
q∧~p =F
q∨( q∧~p)
01. Resposta: D.
F∨F
I- p → ~(p ∨ ~q)
(V) →~(V∨V) F
V→F Como a proposição é verdadeira, R deve ser verdadeira
F para a disjunção ser verdadeira.

II- ~p → ~p ∧ q 06. Resposta: D.


F→F∧V A única que conseguimos colocar um valor lógico.
F→F A C é uma proposição composta.
V
07. Resposta: D.
III- p → q Observe que as alternativas D e E são contraditórias,
V→F portanto uma delas é falsa.
F Se as duas proposições têm o mesmo valor lógico, a
bicondicional é verdadeira.
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q
~(F∨F) →V∧V 08. Resposta: Errado.
V→V “...encarcerado nem poderá pagar fiança”.
→V “Nem” é uma conjunção(∧)

09. Resposta: D.
02. Resposta:.E. Não pode chover para Mariana ir ao deserto.
Vamos fazer por alternativa:
(A) V→V 10. Resposta: A.
V O conectivo ou chama-se disjunção e também é repre-
sentado simbolicamente por ∨
(B) F→V
V

(C)V→V
V

4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Enfermagem
Princípios de Farmacologia; ................................................................................................................................................................................ 01
Logística do abastecimento; Seleção, aquisição, análise, armazenamento e distribuição de medicamentos e correlatos;
Gerenciamento de estoque; ................................................................................................................................................................................ 01
Desenvolvimento e/ou manipulação de fórmulas magistrais e oficinais; Manipulação de estéreis (Nutrição parenteral e
quimioterapia); ......................................................................................................................................................................................................... 03
Legislação farmacêutica / Legislação Sanitária; ........................................................................................................................................... 14
Portaria 344/98 - SVS/MS (12/05/1998); ........................................................................................................................................................ 19
Assistência farmacêutica; Farmacovigilância; Farmácia clínica. ............................................................................................................. 38
Princípios básicos de Farmacocinética: Dinâmica da absorção, distribuição e eliminação de fármacos; ............................. 39
Princípios básicos de Farmacodinâmica: Princípios de Microbiologia, Bioquímica, Hematologia, Imunologia. ............... 42
Legislação proveniente do conselho federal de farmacologia e Anvisa. Código de ética profissional. ................................ 42
Políticas de Saúde no Brasil - SUS com ênfase na Atenção Básica....................................................................................................... 55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Enfermagem

PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA; LOGÍSTICA DO ABASTECIMENTO; SELEÇÃO,


AQUISIÇÃO, ANÁLISE, ARMAZENAMENTO
E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
E CORRELATOS; GERENCIAMENTO DE
A palavra farmacologia etnologicamente se origina da ESTOQUE;
palavra Pharmakon, do grego que quer dizer droga, fárma-
co ou medicamento, mais logos que significa estudo. De
uma maneira genérica e bastante simplificada poderíamos
conceituar farmacologia de diversas formas: Armazenamento de Medicamentos, Produtos de
- Estudo da interação dos compostos químicos com os Saúde e Dispositivos Médicos
organismos vivos; Armazenamento Geral
- Ciência experimental que lida com as propriedades Devem ser criadas as condições necessárias de arma-
das drogas e seus efeitos nos sistemas vivos; zenamento de fármacos de modo a garantir uma correta
Ciência que estuda as alterações provocadas no orga- conservação. O espaço de armazenamento de fármacos
nismo pelas drogas ou medicamentos. será influenciado por múltiplos e diversos fatores.
Pode, ainda, ser definida como o estudo do modo pelo Deve ter-se em conta:
qual a função dos sistemas orgânicos é afetada pelos agen- − Superfície e prestação de serviço da Unidade
tes químicos. A farmacologia foi reconhecida como ciência − Unidade de Saúde é ou não abastecida por Serviço
na segunda metade do século XIX, onde os princípios cien- Farmacêutico Centralizado.
tíficos passaram a ser considerados no estabelecimento − Número de camas.
das práticas terapêuticas.  − Tempo de internamento (Unidade de curta/ média /
No entanto, desde as civilizações mais antigas, remé- longa duração)
dios baseados em ervas ou outros produtos naturais de − Local de acesso fácil para comunicação externa (re-
cepção do medicamento), e comunicação interna (distri-
origem vegetal, animal ou mineral eram amplamente uti-
buição do medicamento).
lizados para combater as diversas enfermidades que aco-
metiam o homem e os animais domésticos, que com ele Armazém – Estrutura Física
conviviam.  a. Área de armazenamento deverá ser desenhada ou
Até o século XIX, a terapêutica era pouco influenciada adaptada de modo a assegurar boas condições de arma-
pela ciência. A partir desta fase, alguns cientistas importan- zenamento;
tes contribuíram para que esta influência fosse aumenta- b. Área adequada aos produtos farmacêuticos;
da, dentre eles podemos citar o patologista alemão Rudolf c. Dotada de ventilação, proteção da luz solar direta,
Virchow, que naquela época comentou o fato da seguinte iluminação, temperatura e humidade controladas. (tempe-
forma: “A terapêutica é um estágio empírico apreciado por ratura abaixo dos 25ºC, humidade inferior a 60%);
clínicos e médicos práticos, e é através da combinação com d. Facilidade de limpeza;
a fisiologia que precisa ascender para ser uma ciência, o e. Fechadura exterior que permita encerramento;
que ela não é nos dias de hoje”. f. Janelas se existirem devem ser protegidas contra in-
A falta de conhecimentos à cerca do funcionamento trusão;
do organismo e o sentimento de que doença e morte eram g. Portas largas onde possam circular palhetes no casos
assuntos semi-sagrados dificultavam o atendimento dos de um armazém de injetáveis de grandes volumes;
efeitos das drogas e facilitava o emprego de doutrinas au- h. Proximidade com elevador / monta cargas;
toritárias e nada cientificas. i. Dimensões adequadas á instalação de suportes para
armazenagem de medicamentos e/ou soluções injetáveis
Em termos gerais, a farmacologia, bem como as dro-
de grande volume, como estantaria de metal ou prateleiras;
gas, podem ser caracterizadas e a farmacologia correlacio-
j. Nenhum produto deverá assentar diretamente no
nada com as demais áreas do conhecimento. 
chão, estando devidamente espaçado de modo a permitir
limpeza e inspeção;
k. A arrumação dos medicamentos deve ser feita por
ordem alfabética do nome genérico, por especialidade
farmacêutica, devidamente identificadas com o código do
produto;
l. Deve permitir rotação adequada dos stocks garantin-
do que sejam utilizados em primeiro lugar os medicamen-
tos de menor prazo de validade, ou mantendo o princípio:
primeiro entrado/ primeiro saído;
m. Produtos farmacêuticos e fármacos danificados ou
partidos devem ser retirados do restante stock existente;

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Enfermagem
n. Os prazos de validade devem estar devidamente veri- A refrigeração que contenham quantidades signifi-
ficados e controlados, preferencialmente por via informática. cativas de produtos farmacêuticos, devem estar sempre
equipadas com sistema de controle e registo da tempera-
Equipamento tura máxima e mínima e, alarme permanentemente ativado
a. Mobiliário adequado para acondicionamento de fár- para avisar sempre que ocorra uma alteração anormal da
macos, (estantes fechadas e de fácil acesso e higienização). temperatura.
b. Paletes para injetáveis de grande volume em mate- A conservação correta dos medicamentos é um fator
rial apropriado (ex: poliestireno expandido). crítico para garantir a sua qualidade, eficácia e segurança,
c. Bancada de trabalho. pelo que é imprescindível a implementação de procedi-
d. Para registo de temperatura e humidade: termo – mentos de trabalho que asseguram essa conservação.
higrómetro
e. Lavatório para lavagem de mãos. Condições de Armazenamento-Monitorização
Como controlar a temperatura adequadamente:
Equipamento de Segurança a. Criar um registo diário da temperatura máxima /mí-
a. Extintor nima, sendo registadas as ações que foram tomadas em
b. Sistema de Alarme caso de anomalia; esses registos devem ficar arquivados
c. Estojo de primeiros socorros em local bem assinalado para posterior comprovação.
d. Sinalética adequada b. No momento da recepção de medicamentos termo
lábeis deve verificar-se se a cadeia de frio se manteve; caso
Recursos Humanos não se verifique os produtos devem ser devolvidos ao for-
a. Os recursos humanos que desempenhem funções necedor.
nas áreas de armazenamento, devem receber formação c. Os medicamentos que se encontrem alterados ou
própria, relativamente a normas de correto armazenamen- que ofereçam dúvidas sobre o seu estado e qualidade de
to, regulamentação, procedimentos e segurança. conservação deverão ser registados e devolvidos ao forne-
b. Os recursos humanos que desempenhem funções cedor, ou destruídos , caso não for possível.
d. Os equipamentos de monitorização devem ser cali-
nas áreas de armazenamento, deverão ter vestuário apro-
brados com um regularidade predefinida.
priado à atividade desenvolvida
Rotação de Estoque- Controle
Armazenamento Especial
a. Inventários periódicos deverão ser executados de
Deve contemplar todas as recomendações descritas no
modo a fazer-se a comparação entre o stock real atual e o
armazenamento geral com as particularidades seguintes:
stock em registo informático.
b. Todas as discrepâncias de stock deverão ser regista-
Estrutura física/ Equipamento das e verificadas novamente de modo a corrigir a situação.
Inflamáveis:
a. Local individualizado do restante armazém, a sua di- Estoque devolvido- Devoluções
mensão vai estar dependente do número e da variedade a. Todo o material devolvido ao armazém de fármacos
das especialidades a armazenar. e consumíveis, deve ser registado como devolução.
b. Espaço com detector de fumos b. Todos os produtos farmacêuticos e fármacos dos
c. Sistema de ventilação utentes, não deverão voltar a fazer parte do stock. Devem
d. Chuveiro de deflagração. ser destruídos.
e. Instalação eléctrica do tipo anti-deflagrante
Armazenamento de Fármacos
Gases Medicinais: área separada do restante armazém Condições Gerais
Área- adequada aos produtos farmacêuticos.
Estupefacientes e Psicotrópicos:
a. Local reservado com fechadura de segurança Medicamentos arrumados por ordem alfabética de
b. Prateleiras que permitam a arrumação dos medica- nome genérico por especialidade farmacêutica , em pra-
mentos estupefacientes/psicotrópicos de forma correta. teleiras ou gavetas devidamente identificados, (nunca em
contato com o chão) de modo a haver circulação de ar en-
Citotóxicos: tre eles.
a. Armazenamento em local seguro, armário especifico
e separado dos outros medicamentos. Facilidade de limpeza
b. Estojo de Emergência e local seguro e assinalado. Fechadura exterior que permita o fechamento.

Medicamentos e Reagentes que necessitam refrige- Permitir condições de rotação de stock- primeiro en-
ração: trado/primeiro saído, exceto nos casos em que o prazo de
a. Refrigeração validade ou produto em causa o determine.
b. Temperaturas entre 2-8ºC
c. Sistema de controle e registo da temperatura. Janelas, se existirem, devidamente protegidas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Enfermagem
Portas largas onde possam circular paletes no caso de
armazém de injetáveis de grande volume. DESENVOLVIMENTO E/OU MANIPULAÇÃO
DE FÓRMULAS MAGISTRAIS E OFICINAIS;
Dimensões adequadas à instalação de suportes para MANIPULAÇÃO DE ESTÉREIS (NUTRIÇÃO
armazenamento de medicamentos e/ ou soluções de gran- PARENTERAL E QUIMIOTERAPIA);
de volume como prateleiras e/ou armários, para que ne-
nhum produto assente diretamente no chão.

Condições ambientais- Temperatura máxima 25ºc; ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


Humidade inferior a 60%; Luz- Proteção solar direta.
Os clientes com alterações agudas ou crônicas em saú-
Condições Especiais de utilizam muitas modalidades, para ajudar a restaurar ou
Estupefacientes, Psicotrópicos e Benzodiazepinas- manter a saúde. O medicamento é uma substância empre-
Local reservado, com fechadura de segurança. gada no diagnóstico, tratamento, cura, alívio ou prevenção
Prateleiras que permitam a arrumação destes medica- das alterações da saúde. De fato, os medicamentos são a
mentos separados e identificados. principal modalidade que os clientes associam à restaura-
Injetáveis de grande volume- Espaço próprio ade- ção da saúde. Não importa onde os clientes recebem seu
quado a grandes volumes cuidado de saúde, hospital, clínica ou casa, o enfermeiro
Citotóxicos- Armazenamento em local seguro. Exis- desempenha um papel essencial na administração do me-
tência de um kit de emergência em local visível. dicamento, no ensino sobre o medicamento, bem como
Inflamáveis- Espaço com detector de fumos, sistema na avaliação dos clientes e do papel que o medicamento
desempenha na restauração ou manutenção da saúde. O
de ventilação, chuveiro de deflagração automática de acor-
papel do enfermeiro, nas atividades em relação ao medica-
do com a legislação vigente.
mento, é modificado com base no ambiente da interação
Gases Medicinais- Área separada do restante arma- cliente-enfermeiro.
zém. No ambiente de cuidado primário, o cliente frequen-
Medicamentos de Geladeiras- geladeira ou câmara temente autoadministra os medicamentos, sendo o enfer-
frigorífica; Temperatura entre 2- 8ºC; Local isento de con- meiro responsável por avaliar os efeitos dos medicamentos
densação de humidade; Controlo e registo da temperatura; sobre o estado de saúde do cliente, ensiná-lo a respeito
Alarme automático. dos seus medicamentos e efeitos colaterais destes, garantir
Medicamentos que necessitam de congelação- Exis- a adesão do cliente, quando ele administra medicamentos
tência de arcas congeladoras com controlo e registo per- não fornecidos por via oral. No ambiente de cuidado agu-
manente da temperatura. do, o enfermeiro gasta grande parte do tempo adminis-
A arrumação deve ser feita imediatamente após recep- trando medicamentos aos clientes, assegurando, também,
ção e de acordo com as seguintes prioridades: que eles sejam adequadamente preparados para adminis-
− Medicamentos que necessitam de refrigeração. trar seus medicamentos, quando retornam à comunidade.
− Medicamentos Estupefacientes/Psicotrópicos e Ben- No ambiente de cuidado domiciliar, os clientes geralmente
zodiazepinas e Citotóxicos. administram seus próprios medicamentos, e, quando não
− Outros. conseguem fazer isso, os membros da família ou auxilia-
A arrumação deve ser feita no local próprio de cada res de enfermagem domiciliar podem ser responsáveis por
fazê-lo. O enfermeiro deve avaliar o efeito que os medi-
medicamento, colocando sempre à frente o prazo de va-
camentos têm na restauração ou manutenção da saúde,
lidade curto.
e fornecer a educação contínua para o cliente, família ou
pessoal de cuidado de saúde domiciliar sobre a finalidade
Referências: e os efeitos colaterais dos medicamentos.
“Boas Práticas da Farmácia Hospitalar”- Ordem dos Far-
macêuticos Formas de Medicamento
“Manual da Farmácia Hospitalar”- Infarmed
Cápsula: forma de dosagem sólida para uso oral; me-
dicamento na forma de pó, líquido ou óleo, e envolto por
concha gelatinosa; a cápsula é colorida, a fim de auxiliar na
identificação do produto.
Comprimido: forma de dosagem em pó comprimido
em discos ou cilindros endurecidos; além do medicamento
primário, contém ligantes (adesivos, para possibilitar que
o pó permaneça junto), desintegrantes (para promover a
dissolução do comprimido), lubrificantes (para facilitar a
fabricação) e expansores (para o tamanho conveniente do
comprimido).

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico de Enfermagem
Comprimido com proteção entérica: comprimido Supositório: forma de dosagem sólida misturada com
para uso oral revestido com materiais que não se dissolvem gelatina e moldada na forma de projétil para a inserção
no estômago; os revestimentos dissolvem-se no intestino, em cavidade corporal (reto ou vagina); dissolve-se, quando
onde o medicamento é absorvido. alcança a temperatura corporal, liberando o medicamento
para a absorção.
Disco intraocular: pequeno disco oval flexível que
contém duas camadas externas macias e uma camada mé- Suspensão: partículas de medicamento finamente di-
dia que contém o medicamento; quando umedecido pelo vididas dispersas em meio líquido; quando a suspensão
líquido ocular, libera o medicamento por até uma semana. permanece parada, as partículas depositam-se no fundo
do frasco; comumente, um medicamento oral e não é ad-
Drágea: forma de dosagem sólida para uso oral; for- ministrada por via intravenosa.
mato semelhante à cápsula e revestido, para facilitar a de-
glutição. Tintura: solução de medicamento em álcool ou água-
-álcool.
Elixir: líquido claro que contém água e/ou álcool; des-
tinado a uso oral; geralmente possui adoçante adicionado. Xarope: medicamento dissolvido em solução concen-
trada de açúcar; pode conter flavorizantes, para tornar o
Extrato: forma de medicamento concentrada, feita sabor do medicamento mais agradável.
pela separação da porção ativa do medicamento de seus
outros componentes (por exemplo, o extrato líquido é o Orientações para Administração e Controle Seguros
medicamento feito em solução de fonte vegetal). de Narcóticos

Glicerite: solução de medicamento, combinado à gli- Armazenar os narcóticos em armário ou recipiente se-
cerina para uso externo, que contém pelo menos 50% de guros e trancados. (Os armários trancados computadoriza-
glicerina. dos são atualmente disponíveis)
Os enfermeiros responsáveis devem carregar um
Linimento: preparação que comumente contém ál- molho de chaves (ou um código especial de entrada no
cool, óleo ou emoliente saponáceo, aplicada à pele. computador) para o armário de narcóticos. Durante a
troca de plantão na instituição, o enfermeiro que sai do
Loção: medicamento em suspensão líquida aplicado plantão deve contar os narcóticos com o enfermeiro que
externamente, para proteger a pele. está entrando de serviço. Ambos os enfermeiros devem
assinar o registro de narcóticos, para indicar que a con-
Pasta: preparação semissólida, mais espessa e mais rí- tagem seja correta.
gida que a pomada; é absorvida através da pele com maior As discrepâncias nas contagens dos narcóticos devem
lentidão que a pomada. ser imediatamente reportadas. Um registro de estoque es-
pecial deve ser utilizado cada vez que um narcótico seja
Pastilha: forma de dosagem arredondada e achatada fornecido. O registro deve ser utilizado para documentar o
que contém medicamento, flavorizante, açúcar e mucila- nome do cliente, data, hora da administração do medica-
gem; dissolve-se na boca, para liberar o medicamento. mento, nome do medicamento, dose e assinatura do enfer-
meiro que fornece o medicamento.
Pílula: forma de dosagem sólida que contém um ou O formulário fornece uma contagem contínua e exata
mais medicamentos, modelada em forma de glóbulo, ovoi- dos narcóticos utilizados e remanescentes. Quando apenas
des ou alongada; as pílulas verdadeiras raramente são utili- uma parte de uma dose pré-medida de uma substância
zadas, porque foram substituídas pelos comprimidos. controlada é administrada, um segundo enfermeiro deve
testemunhar o descarte da parte não-utilizada e documen-
Placa ou disco Transdérmica: medicamento contido tar isso no formulário de registro.
dentro de placa ou disco com membrana semipermeável, a
qual permite que os medicamentos sejam absorvidos atra- Tipos de Ação de Medicamento
vés da pele de forma lenta durante um intervalo de tempo
prolongado. Os medicamentos variam consideravelmente no modo
pelo qual atuam em seus tipos de ação. Os fatores diferen-
Pomada (unguento): preparação semissólida, aplica- tes das características do medicamento também influen-
da externamente, que contém, em geral, um ou mais me- ciam as ações dele. Um cliente pode não responder da
dicamentos. mesma maneira a cada dose sucessiva de um medicamen-
Solução: preparação líquida que pode ser utilizada por to. Da mesma forma, idêntica dosagem do medicamento
via oral, parenteral ou externa; também pode ser instilada pode provocar respostas muito diferentes em clientes di-
em órgão ou cavidade corporal (por exemplo, irrigações versos. Por isso, é essencial que o enfermeiro compreenda
vesicais); contém água com um ou mais compostos dissol- todos os efeitos que os medicamentos podem ter, quando
vidos; deve ser estéril para uso parenteral. são tomados ou administrados aos clientes.

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