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2021/22
Lições nº 1 e 2
21 setembro 2021
Sumário:
- Breve apresentação
- Programa da disciplina e critérios de avaliação
- Orientações para o projeto de leitura
- Expectativas para o novo ano
Lições nº 3 e 4
22/9/2021
Sumário:
Tipologias textuais
Texto Narrativo
Texto Descritivo
Texto Instrucional ou Direto
Texto Conversacional
Texto Argumentativo
Texto Expositivo
Texto Preditivo
Texto Argumentativo
- Texto que vista convencer, persuadir ou influenciar o ouvinte/leitor através da
apresentação de uma tese (ponto de vista), cuja veracidade deve ser demonstrada
e provada através de argumentos adequados.
Marcas Linguísticas:
Predominância dos verbos no presente. O texto argumentativo recorre ao
uso de formas verbais no presente do indicativo;
Frequência dos verbos declarativos, como, por exemplo, considerar, julgar,
achar… ou expressões como na minha opinião, segundo o meu ponto de
vista…
A articulação de ideias faz-se através do uso de marcadores e conectores
discursivos, como por exemplo, com efeito, além disso, por exemplo, de
facto, finalmente, …;
Para introduzir contra-argumentos utilizam-se conectores do tipo, mas,
porém, todavia, contudo, no entanto, apesar de, embora…
O registo de língua utilizado deve ser o adequado ao(s) destinatário(s) e ao
tema
Paralelismo de construção, de mecanismos de reiteração ou de repetição
Os argumentos utilizados neste tipo de texto podem ser variados.
Tipos de argumentos
Baseados em:
Vivências pessoais;
Ideias reconhecidas e aceites universalmente;
Personalidades/instituições cm autoridade inquestionável;
Comportamentos e/ou pessoas exemplares;
Modelos de referência da tradição história e/ou religiosa;
Frases populares/provérbios que atestam a sabedoria de um povo;
Acontecimentos/factos semelhantes;
[…]
Organização:
1. Introdução: tese inicial – clara e objetiva. Por vezes, a tese aparece ao fim
do texto e funciona como conclusão.
2. Desenvolvimento: Argumentos para apoiar ou refutar a tese inicial.
Organizado em (um parágrafo = uma ideia principal). Os argumentos
devem manter entre si uma ordem e uma coerência que permitam seguir
com clareza e desenvolvimento do raciocínio do argumentador; os
argumentos devem ser diversificados e devem ser também apresentados
contra-argumentos.
3. Conclusão: Retoma a tese que se procurou provar com a exposição dos
argumentos.
A imagem do orador
Aspeto físico;
Pose e atitude do corpo;
Gestos com as mãos;
Interação do rosto;
Interação com o auditório, sobretudo contacto visual;
Volume da voz (audível/alto/baixo);
Entoação (natural/monocórdica/forçada);
O ritmo do discurso (regular/vivo/rápido/lento/desequilibrado…);
Lições nº 4 e 5
28/09/2021
Sumário:
-
-
-
Anotar 2 argumentos
- Exemplos concretos de pessoas que ultrapassaram as suas dificuldades e
tiveram sucesso
- Vivências pessoais do presidente
- Responsabilidade de cada aluno pelo futuro da nação (contributo de cada um)
- A realidade de cada um não determina o seu destino (não ter família ou dinheiro,
etc.)
- Educação ajuda a descobrir aquilo em que cada um é bom
- Necessidade de ser persistente, de não desistir e não ter medo de falhar
Anotar 2 argumentos
- Referência à tragédia pessoal, às pessoas envolvidas – apelo à sensibilidade, à
emoção.
- Desordenamento do território, da floresta
- Fracasso/incapacidade dos poderes públicos
- Obrigar o Governo a agir
Lições nº 7 e 8
29/09/2021
Sumário:
- Correção da ficha de trabalho sobre o discurso político.
- Orientações para a exposição oral
- Coesão e coerência
Lições nº 9 e 10
06/09/2021
Sumário:
- Coerência e coesão – exercícios
Tipos de coesão
1. Coesão frásica – unidade entre os vários elementos que constituem a
frases simples:
Ordem das palavras;
Concordância em género e número.
4.1. Repetição
4.2. Substituição
a) Por sinonímia;
b) Por antonímia;
c) Por hiperonímia/hiponímia
Ex: A Lili gosta de peixe, especialmente de sardinhas e salmão.
d) Por holonímia/meronímia
Ex: Depois das obras a minha casa ficou mais bonita. O quarto está fantástico. A
sala uma maravilha.
Ex. de Catáfora: O empregado veio perguntar-lhe se o jantar não estava bom. Ele
respondeu que sim e comeu duas garfadas. Depois, o João pagou e saiu.
5.2. Elipse
Ex: Gabriel era um homem de quarenta anos. (Gabriel) Tinha feições grosseiras,
(tinha) um nariz largo, (tinha) lábios proeminentes. (Gabriel) Ria-se alto e (Gabriel)
falava alto.
Coerência: Um texto é coerente quando aquilo que transmite está de acordo com
o conhecimento que cada falante tem do mundo e quando nele são respeitados
três princípios gerais.
Princípios de coerência
1. Princípio da não contradição – assegura que as situações apresentadas
não sejam logicamente incompatíveis;
Ex: Tenho dormido pouco. No fim de semana vou aproveitar para me deitar tarde.
4) 1-B
2-A
3-D
4-G
5-F
6-C
7-E
Lições nº 15 e 16
19/10/2021
Sumário:
- Introdução ao estudo do Padre António Vieira – visionamento de um
documentário
- Biografia e a época
1. Principais atividades:
- Missionário no Brasil
- Sacerdote
- Escritor
- Diplomata
- Orador/pregador
- Político
- Pedagogo
2. Reinado:
- D. João IV
3. Local de nascimento:
- Lisboa
- 15 anos
- 1635
- 1641
- Invejas
- Ódios
- Popularidade
- Castigos
- Prisão e castigo
Julho de 1697
- Barroco
Lições nº 17 e 18
20/09/2021
Sumário:
- O contexto histórico do Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António
Vieira.
- O barroco.
- O Sermão – estrutura externa e interna.
Lições nº 19 e 20
26/10/2021
Sumário:
- Leitura e análise do Capítulo I do Sermão de Santo António aos Peixes do Padre
António Vieira.
- Leitura e síntese do Capítulo II.
Teste 10 de novembro
- Discurso político
- Coerência e coesão
- Padre António Vieira (biografia, contexto político, barroco, sermão – estrutura e 1
excerto do cap. I)
Capítulo I – Exórdio
Exórdio – apresentação do plano de ideias a defender, a partir do conceito
predicável. - ´´Vós sois o sal da terra´´
Soluções – Que fazer se o sal não salga ou se a terra não se deixa salgar?
1º - Ao sal
Resposta de Cristo – deitar fora o sal para ser pisado por todos
2º - Á terra
Resposta de Santo António – mudou o auditório (o público)
Final
Experiência pessoal do Padre António Vieira = Santo António
o Então, como Santo António o fez, também ele o decide fazer, decide
mudar de público e pregar aos peixes
Invocação de Maria
o Pedido de ajuda e inspiração para escrever o seu discurso.
Linguagem e estilo:
Paralelismo sintático-anafórico pela utilização de orações coordenadas
disjuntivas (l.10-16);
Interrogações retóricas;
Frases exclamativas;
Citações evangélicas;
Enumeração (l.56; l.45)
Ironia (l.48-49)
Jogo de palavras (l.42)
Capítulo II – Exposição/Confirmação
Exposição/Confirmação – desenvolvimento do discurso: os peixes são uma
alegoria dos homens:
Virtudes dos peixes ≠ defeitos dos homens
Vícios dos peixes = vícios dos homens
Conclusão - Os peixes são melhores que os homens, e quanto mais longe dos
homens melhor.
Lição nº 21
27/10/2021
Sumário:
- Leitura e síntese do Capítulo III do Sermão de Santo António aos Peixes de
Padre António Vieira.
2 – Peixe Rémora
a) Características:
o Pequena no tamanho e grande na força e no poder
b) Louvores:
o Trava o caminho das naus e altera-lhe o trajeto
c) Exemplo humano:
o Santo António – denunciou os maus instintos como soberba,
vingança, etc.
d) Alegoria:
o Moderação – capacidade de gerir os instintos
e) Crítica social:
o Apatia e fraqueza humana dos homens que se deixam levar pelos
instintos
3
4 – Peixe Torpedo
a) Características:
o Pequeno, faz tremer o braço do pescador (produz uma descarga
elétrica).
b) Louvores:
o As descargas elétricas defendem-no dos pescadores.
c) Exemplo humano:
o Santo António – a sua palavra fez muitos se arrependerem dos seus
erros.
d) Alegoria:
o Arrependimento, mudança de vida.
e) Crítica social:
o Ambição desmedida, ganância, cobiça, exploração do próximo.
Capítulo IV – Exposição/Confirmação
Repreensões aos homens
o Exploração dos mais fracos;
o Oportunismo;
o Vaidade (na guerra, no vestuário…)
Exemplo de Ironia: “… e os Bonitos, ou os que o querem parecer, todos
esfaimados aos trapos, e ali ficam engasgados, e presos, com dívidas de um ano
para outro ano, de uma safra para outra safra, e lá vai a vida. (l.111 a 113).
Exemplo de Comparação: “… como o cão após a lebre…” (l.60 e 61).
Lição nº24
03/11/2021
Sumário:
- Dia do Externato – encontro com o Diretor Pedagógico.
Lições nº 25 e 26
09/11/2021
Sumário:
- Sermão de Santo António aos Peixes de Padre António Vieira: conclusão da
análise do capítulo V e leitura do capítulo VI.
Capítulo V – Exposição/Confirmação
Repreensões aos peixes em particular – repreensão dos vícios dos
homens.
1 – Roncadores
a) Características:
o Pequenos, mas roncam muito e são fáceis de pescar.
b) Repreensões:
o Querem parecer maiores e mais importantes do que aquilo que são.
c) Exemplos humanos:
o S. Pedro, gigante Golias, Pilatos e Caifás.
d) Comparação com Santo António:
o Tinha poder e saber, mas era humilde e nunca se vangloriou.
e) Alegoria:
o Orgulho e arrogância, presunção.
2 - Pegadores
a) Características:
o Pequenos, agarram-se aos peixes maiores e não se pegam, morrem
quando morre o peixe maior.
b) Repreensões:
o Ganância; oportunismo; bajulação (dar graxa) – parasita (vive à custa do
outro)
c) Exemplos humanos:
o Governadores; vice-rei; herodes
d) Comparação com Santo António:
o Pegou-se a Cristo (tal como Davi) e tornou-se imortal.
e) Alegoria:
o Oportunismo; ganância; bajulação
3 - Voadores
a) Características:
o Tem barbatanas grandes.
b) Repreensões:
o Não contente em ser peixe, quer ser ave e voar.
c) Exemplos humanos:
o Simão Mago, Ícaro
d) Comparação com Santo António:
o Tinha 2 asas (sabedoria natural e sobrenatural) mas não as exibiu e era
considerado “sem ciência” (ignorante).
e) Alegoria:
o Ambição desmedida; vaidade; exibicionismo.
4 - Polvo
a) Características:
o Não tem ossos nem espinhas, capelo na cabeça parecido aos monge e
membros parecidos com uma estrela
b) Repreensões:
o Monstro dissimulado e traidor, lança tinta aos outros e assume as
cores do local onde está (versatilidade cromática)
c) Exemplos humanos:
o Judas
d) Comparação com Santo António:
o Santo António era exemplar da verdade, da sinceridade e da candura
e) Alegoria:
o Traição, falsidade e hipocrisia
Lições nº 27
10/11/2021
Sumário:
- Teste de avaliação.
Lições nº 28 e 29
11/11/2021
Sumário:
- Entrega e correção dos testes de avaliação
- Conclusão da análise do Sermão de Santo António aos Peixes de Pe. António
Vieira.
Capítulo VI – Despedida
Conclusão – despedida do orador com a utilização de um desfecho forte,
capaz de impressionar o auditório.
Licões nº31 e 32
18/01/2022
Sumário:
- Frei Luís de Sousa de Almeida Garret – as fontes literárias e históricas.
- A estrutura da obra.
Estrutura da obra:
Estrutura interna Estrutura externa
- Exposição Ato I
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (Cena I a XII)
- Conflito Ato II
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (Cena I a XV)
- Desenlace Ato III
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (Cena I a XII)
0 = cenas
Lição nº33
19/01/2022
Sumário:
- Teste de Avaliação.
Módulo II
Lições nº1 e 2
1/02/2022
Sumário:
-
Lições nº3
Sumário:
Cena I
Referencia a Inês de Castro:
o amou e foi amada à semelhança de D. Madalena, tendo sido feliz,
ainda que por breves instantes, pois não sabia o que o destino lhe
reservava.
o D. Madalena não consegue ser feliz devido ao ``medo`` e aos
``constantes terrores``, invejando o ``breve engano`` de Inês de
Castro como a felicidade suprema.
Cena II
Referências temporais:
a) Antes de 1578 – casamento de D. Madalena de Vilhena com D. João de
Portugal.
b) 4 agosto 1578 – batalha de Alcácer-Quibir, onde desaparecem D.
Sebastião e D. João de Portugal.
c) 1578-1585 – esforços para encontrar D. João de Portugal.
d) 1585 – Casamento com Manuel de Sousa Coutinho.
e) 1586 – Nascimento da filha, D. Maria de Noronha.
f) 1599 – Ano em que decorre a ação.
Maria de Noronha: tem 13 anos; é nobre; é bondosa; saúde; frágil;
perspicaz e inteligente; interessa-se por assuntos que não são próprios
para a sua idade.
Telmo: companheiro de D. João de Portugal; fica ao serviço de D.
Madalena, de quem é amigo e conselheiro. Inicialmente não aceitava D.
Maria, mas depois ganha-lhe mais amor do que os próprios pais.
D. João de Portugal e D. Sebastião: Telmo não acredita na morte
de D. João de Portugal, tal como o povo não aceitava a morte do rei D.
Sebastião. Devido ao domínio filipino, o povo acreditava que o rei iria
regressar e salvar o país.
Lições nº4 e 5
8/02/2022
Sumário:
- Frei Luís de Sousa de Almeida Garret – análise de cenas.
Cena III e IV
Sebastianismo - motivo do diálogo entre Maria e D. Madalena.
o Maria: sente admiração pelo rei (linha 16 – “o nosso bravo rei, o
nosso santo rei”) e acredita no seu regresso.
o D. Madalena: contraria as crenças da filha, dizendo que os tios,
homens cultos, que lhe contaram o que sucedeu; diz que são
crenças inventadas pelo povo (linhas 11-12).
Manuel de Sousa Coutinho e D. Sebastião - Maria estranha a
atitude de desagrado do pai em relação a este assunto, pois o seu
nacionalismo patriotismo justificam que ele também acreditasse no
regresso de D. Sebastião, para restaurar a independência de Portugal.
Relação entre mãe e filha – relação de amor e carinho e de grande
preocupação.
Maria – apresenta um carácter afetuoso, uma intuição e uma
imaginação invulgares, procurando pela dedução descobrir as razões para
a preocupação dos pais. Passa as noites em claro, a pensar e a rever as
suas atitudes.
Simbologia das papoilas – associadas ao sono e ao sonho,
murcharam rapidamente, simbolizando a enfermidade da vida, a
proximidade da morte.
Cenas V a XII
Frei Luís de Sousa – mensageiro, portador da notícia de que os
governadores do Reino (representantes do rei Filipe de Espanha)
tencionavam sair de Lisboa, por causa da peste, e instalar-se em Almada,
na casa Manuel de Sousa.
Decisão de Manuel de Sousa – deixar o seu palácio, incendiá-lo, para
que os governadores não o ocupem, e instalar-se no palácio de D. João de
Portugal (1º marido de D. Madalena).
Reação de D. Madalena – alerta para as consequências e possível
vingança da parte dos governadores e mostra-se apavorada com a
mudança para o outro palácio. Apresenta argumentos emocionais,
associados ao medo e ao terror de que a figura de D. João de Portugal
possa interferir na felicidade da família.
Função da cena VI – revelar a doença de Maria, que manifesta sintomas
de tuberculose: acuidade auditiva.
Caráter de Manuel de Sousa Coutinho – extremamente corajoso, o seu
patriotismo e honra são visíveis no despojamento de todos os seus bens
materiais e na disposição de perder a sua própria vida. Racional e
pragmático, Cavaleiro de Malta, decidido, determinado, nobre nas atitudes,
mas também afetuoso para com a família.
Simbologia do retrato e do fogo - a destruição do retrato de Manuel de
Sousa Coutinho representa a destruição do próprio Manuel e da harmonia
familiar. O fogo tem um duplo significado: por um lado representa a paixão,
indicando que o homem é vítima de seu fogo, da sua paixão, determinando
o seu destino. Por outro lado, simboliza a luz, que servirá para esclarecer
os governadores e incentivar à revolta.
Lição nº6
09/02/2022
Sumário:
- Continuação da aula anterior.
Ato II
1 - Didascália inicial - permite contrastar com o ambiente do ato I:
a) Localização geográfica – Almada, no palácio de D. João de Portugal,
contíguo à Igreja de S. Paulo dos Domínicos.
Cena I a III
Intervenção de Maria – as falas de Maria permitem saber:
o o tempo decorrido desde o incêndio (8 dias);
o o mal-estar de D. Madalena, que ainda não saiu do quarto;
o que Manuel de Sousa se encontra escondido por recear represálias;
o a intenção dos governadores de esquecerem o ato de D. Manuel.
Identificação do retrato de D. João de Portugal:
o D. Madalena fugiu aterrorizada ao ver o retrato;
o Telmo mostra-se relutante (hesitante) em revelar a identidade do
cavaleiro no retrato;
o D. Manuel revela a identidade do cavaleiro, mostrando admiração;
o Maria toma consciência da sua situação, caso D. João não tivesse
morrido.
Lições nº 7 e 8
15/02/2022
Sumário:
- Frei Luís de Sousa de Almeida Garret – análise de algumas cenas do ato II.
Cena IV a X
Exemplo de soror Joana – D. Joana de Castro, condessa de Vimioso,
que abandonou a vida terrena, junto com o marido, para entrar no
convento – Madalena admira-a pela força e virtude demonstradas na
abdicação dos bens e amor terrenos – pressentimento da sua própria
desgraça.
Monólogo de Frei Jorge – a sua racionalidade é posta em causa pelo
ambiente de desgraça e fatalidade que envolve a sua família.
Simbologia do tempo: 4 de agosto – 6ªfeira dia fatal:
o Dia da batalha de Alcácer-Quibir
o Dia do seu casamento com D. João de Portugal
o Dia em que vou D. Manuel de Sousa pela 1ª vez
Cenas XI e XV
Romeiro – “pobre velho”; “formosas barbas”,” tão alvas” – sugestão de que
se trata de alguém de condição nobre.
Pistas sobre a identidade do Romeiro:
o 20 anos de ausência
o Recordações da família
o Noção de que a família já refez a sua vida, certa da sua morte
o Consciência de ter somente um amigo
o Confirmação de que foi preso no Norte de África na batalha de
Alcácer-Quibir
“Ninguém” – ao identificar-se com estas palavras D. João de Portugal
anula-se enquanto pessoa com identidade própria, por não ter existência
para os outros, por não ter a vida a que tinha direito, uma vez que a sua
família construiu uma nova vida, que se sobrepõe à sua.
Ato III
1 – Didascália inicial:
a) Localização espacial – parte baixa do palácio de D. João de Portugal,
em Almada.
b) Espaço cénico – casarão vasto sem ornamentos; objetos utilizados na
igreja dispostos em diversos locais (cruzes, castiçais, tochas); duas portas (uma
para a capela e outra para os aposentos do palácio), uma mesa e tamboretes
(cadeiras).
c) Localização temporal – alta noite.
d) Atmosfera/Ambiente sugerido – sugestão de morte, isolamento, queda,
abandono dos bens materiais.
Lição nº9
16/02/2022
Sumário:
- Frei Luís de Sousa – Síntese do ato III.
Lição nº10 e 11
22/02/2022
Sumário:
- Frei Luís de Sousa – Síntese final.
Lição nº12
23/02/2022
Sumário:
- Teste de avaliação
Lição nº13
02/03/2022
Sumário:
- Autoavaliação do módulo 4
- Introdução ao módulo 5
Lições nº 18 e 19
08/03/2022
Sumário:
- Visionamento de um documentário sobre Eça de Queirós
- Contexto literário de “Os Maias”
Lição nº 20
09/03/2022
Sumário:
-
Factos
Data e local de nascimento: 25 novembro de 1845 em Póvoa de Varzim
Registo de nascimento: Eça de Queirós foi registado como filho de pai
natural e de mãe incógnita.
Batismo: Vila do Conde, sem a presença dos pais.
Casamento dos pais: 4 anos após o seu nascimento, mas não o
assumiram logo como filho legítimo (1849)..
Instituição onde estudou: Colégio da Lapa, no Porto, e depois tirou o
curso de Direito na Universidade de Coimbra.
Profissões: diplomata, escritor, correspondente de jornais.
Algumas notas sobre a sua vida:
o Forte presença da figura masculina
o Pouco contacto com a presença feminina e visão negativa das
mulheres (fúteis, dominadas pela emoção)
o Raramente há familias estruturadas nos seus romances/obras
o Reflexo da sua passagem por vários países nos títulos das suas
obras
o Anticlerialismo – crítica ao peso excessivo da Igreja
Contexto literário
Ultrarromantismo ≠ Escola Coimbrã
Ultrarromantismo
Representante: António Feliciano de Castilho
Características:
o Sensibilidade piegas
o Falta de originalidade
Escola Coimbrã
Representante: Antero de Quental
Características:
o Inovação
o Comprometimento da literatura com a realidade social
o Abertura à evolução científica e literária europeias
Geração de 70
Propôs uma profunda revolução cultural com as conferências do Casino.
Representantes: Eça de Queirós, Oliveira Martins, Antero Quental,
Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro
Características:
o Continuidade do movimento da Escola Coimbrã
Objetivos:
o Ligar Portugal com o movimento moderno;
o Agitar a opinião pública para as grandes questões da filosofia e da
ciência;
o Tomar consciência do que se passava na Europa;
o Estudar as condições da transformação política, económica, social
da sociedade.
Realismo
Contestação do idealismo romântico
Observação e análise de tipos humanos e costumes sociais
Atitude descritiva e crítica em relação à sociedade
Temas associados à vida familiar, económica, social e cultural
Género literário privilegiado: Romance
Objetivo intervencionista e utilitário (ensinar e corrigir)
Naturalismo
Realismo mais “cientifico” (aplicação de um método experimental e
científico para mostrar os mecanismos dos comportamentos humanos);
Determinismo: influencia da raça, do meio, da hereditariedade e da
educação;
Observação e descrição pormenorizada do meio social.
Lição nº21 e 22
15/03/2022
Sumário:
- Jornadas profissionais
Lição nº23
16/03/2022
Sumário:
- Estrutura interna de “Os Maias”
- As intrigas
Naturalismo
- Hereditariedade
- Ambiente
- Educação
- Momento histórico
Lições nº 24 e 25
22/03/2022
Sumário:
- Os Maias de Eça de Queirós – os amores de Pedro e Maria Monforte e de Carlos
e Mª Eduarda.
Pág. 231
1. A paixão de Pedro da Maia foi desencadeada por uma repentina troca de
olhares fatal e deslumbradora.
1.1. A paixão de Pedro é caraterizada com os verbos “assaltam”, “assolam”,
“arrancando” e “empurrando”, que traduzem o caráter excessivo, violento e
obsessivo da paixão.
2. O “violento interesse” de Pedro manifesta-se no seu “olhar aceso e perturbado”
na curiosidade em saber tudo sobre aquela mulher, nas cartas de amor que
escrevia e nas esperas à porta da casa da mulher amada.
3. Pedro é a típica personagem romântica porque:
- Deixa-se levar completamente pelos sentimentos/emoções;
- A paixão é imediata e arrebatadora;
- A mulher amada é perfeita, uma deusa;
- O amor manifesta-se através de longas cartas diárias e esperas à porta da
amada;
- Tem alterações de humor;
- Partilha os seus sentimentos com os próximos.
4. Descrição física de Maria Monforte: cabelos loiros, testa curta e clássica, olhos
maravilhosos, pálida, perfil grave, ombros e braços modelados. Psicologicamente,
Maria é descrita como: vaidosa, interesseira, gastadora, egoísta, gosta de ser
cortejada e admirada pelos homens.
5. O narrador considera Maria sem escrúpulos, revelando a sua opinião através do
uso do ponto de exclamação, que manifesta a sua ironia, e com as reticências,
que deixam em suspenso o verdadeiro caráter de Maria (a sua inconsciência e
irresponsabilidade).
6. Pedro sente-se incomodado com a atenção de que Maria é alvo. O sentimento
dominante é de tédio, por isso, Pedro isola-se, mas os seus gestos revelam
revolta e sofrimento.
7. A descrição do tempo atmosférico e de Pedro são sinais de desgraça. O “tempo
é de grande chuva e uma sombria tarde”. Pedro abre a porta violentamente e
apresenta um ar de loucura e perturbação: enlameado, desalinhado, face lívida,
cabelos revoltos e olhar de loucura.
Pág. 233
1. Senhora alta, loira, de pele branca (carnação ebúrnea), maravilhosamente bem
feita de corpo e olhos negros.
1.1. As sensações tornam o retrato mais vívido, mais sensitivo e sugestivo.
Apela-se aos seguintes sentidos: visão (“um reflexo de cabelos de oiro”),
olfato (“um aroma no ar”), tato (“linhas ricas de mármore antigo, uma graça
quente”.
2. Ambas as palavras destacam a beleza da mulher, a sua perfeição e divindade.
3. Ele utiliza a expressão francesa “Très chic” para caracterizar a elegância e o
requinte da mulher.
4. O que é comum nos vários momentos em que se retrata a figura feminina é o
andar de deusa e o corpo maravilhoso. Novos elementos que são acrescentados:
os olhos negros e a sua graciosidade.
5. Carlos sente-se envergonhado e humilhado por se comportar como “um rafeiro
perdido”, ou seja, assumindo uma atitude de submissão e de obsessão por uma
desconhecida.
Lição nº26
23/03/2022
Sumário:
- Continuação da aula anterior.
Lições nº27 e 28
29/03/2022
Sumário:
- Os Maias de Eça de Queirós: os amores de João da Ega e Raquel Cohen.
- As características do estilo de Eça de Queirós.
Lição nº29
30/03/2022
Sumário:
- Conclusão do estudo da obra Os Maias.
Matéria teste:
Maias
- Título e subtítulo e as várias linhas de ação (intriga) – pág. 246 e 224
- Características do estilo – pág. 240 a 243 e 247
- Características trágicas – pág. 254 (presságios)
- Espaço – pág. 260 e diaporama
- Tempo – pág. 226 e diaporama
- Crónica de costumes – pág. 268 e diaporama
- Narrador – ficha informativa
Lição nº 30 e 31
5/04/2022
Sumário:
- Participação na Pré-PAP do 12º ano.
Lição nº32
06/04/2022
Sumário:
- Teste de avaliação
Lições nº 33 e 34
19/04/2022
Sumário:
- Participação na PAP do 12º ano.
MÓDULO 6
Lição nº1
20/04/2022
Sumário:
- Visita de curso
Lição nº2 e 3
22/04/2022
Sumário:
- Ficha de verificação de leitura sobre Amor de Perdição de Camilo Castelo
Branco.
- Biografia de Camilo Castelo Branco.
- A estrutura externa e interna da obra.
Lição nº 4 e 5
26/04/2022
Sumário:
- Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco: leitura e análise de alguns
excertos.
Lição nº6
27/04/2022
Sumário:
- Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco – leitura de excertos da obra.
Lição nº7 e 8
29/04/2022
Sumário:
- Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco – conclusão da leitura da obra.
- A construção do herói romântico e a intriga.
Amor de Perdição
Sugestão biográfica
Título: Amor de Perdição
– Obra de ficção, em que abundam peripécias narrativas, culminando em
desfecho trágico.
Mas
Subtítulo: Memórias de uma família
- Sugestão de relato histórico e familiar verídico - Com base num documento
oficial (livro de registos de entradas na cadeia da Relação do Porto referente a
Simão Botelho, tio de Camilo Castelo Branco, que havia sido degredado para a
Índia e de que se mantinha na família um maço de cartas de amor trocadas com
Teresa Albuquerque).
Simão O autor/narrador
Simão sente-se abandonado por toda a Camilo fica órfão em tenra idade
família. (primeiro de mãe, depois de pai).
Simão sente que fez muita gente à sua Camilo envolveu-se com várias
volta desgraçada. mulheres que acabou por abandonar.
O irmão mais velho de Simão, Manuel, era o pai de Camilo. A irmã mais nova de
Simão e de Manuel, Rita, foi a tia que acolheu Camilo depois da morte dos pais.
Foi esta tia que contou a história que serviu de mote à obra Amor de Perdição.
Construção do herói romântico
Herói romântico
- Simão Botelho (personagem modelada)
Estatuto nobre.
Sentimentos fortes:
o Antes de amar – rebelde, marginal, violento, arruaceiro;
o Ao amar (amor-paixão) – apaixonado, sincero, fiel, obstinado na
defesa da sua honra, excessivo no amor e no ódio; esforçado e
determinado para garantir a sua felicidade com Teresa; morre de
amor.
Heroínas românticas
- Teresa de Albuquerque
Estatuto nobre.
Jovem, pura e frágil (mulher-anjo).
Sentimentos fortes – amor-paixão (vive o amor intensamente e morre de
amor); obstinação na recusa de aceitar a autoridade paterna.
- Mariana
Nobreza de sentimentos – sofre em silêncio por amor (amor não
correspondido); abnegação, generosidade, dedicação.
Indiferença em relação à sociedade.
Morte por amor (suicídio).
Lição nº9 e 10
03/05/2022
Sumário:
-
-
Estrutura da Narrativa
A estrutura de Amor de Perdição é resumida pelo narrador na Introdução da obra
da seguinte forma: “amou, perdeu-se e morreu amando”.
Introdução – “amou”
Referência a dados biográficos de Camilo.
Apresentação global do infortúnio de Simão Botelho – o degredo.
Desenvolvimento – “perdeu-se”
Amor de Simão e Teresa – correspondido, mas proibido.
Amor de Mariana por Simão – não correspondido.
Assassínio de Baltazar Coutinho.
Condenação de Simão ao degredo.
Ida de Teresa para o Convento.
Morte de Teresa.
Conclusão – “morreu amando”
Morte de Simão.
Suicídio de Mariana.
Intriga – O amor-paixão
Núcleo da ação;
Sentimento avassalador, febril, egoísta;
Desperta o desejo de vingança e de conservação da honra;
Responsável pela sacralização dos amantes, por aproximação com a
Paixão de Cristo.
Relações entre as personagens
Simão Botelho e Teresa de Albuquerque
Oponentes
Domingos Botelho
Tadeu Albuquerque
Baltasar Coutinho
Adjuvantes
João da Cruz
Mariana
As personagens
Caracterização das personagens – pág.204 e 205
2. Os diálogos:
Permitem o avanço da ação;
Imprimem ritmo e dinâmica teatral à narrativa;
Refletem o estatuto social de quem fala.
3. Cartas:
Características romântica. Têm um caráter lírico (prosa poética), quer no
plano do conteúdo, quer no plano da expressão (sentimentos).
(ler pág.191)