FERNANDO PESSOA

ORTÓNIMO

SÍNTESE GLOBAL DE PREPARAÇÃO PARA

O EXAME NACIONAL

PAULO INÁCIO
GUERREIROINACIO3@GMAIL.COM
 VIDA E OBRA
1888: nascimento de Fernando
António Nogueira Pessoa, em
Lisboa; filho de pais aristocratas.
1889: viagem para a África do Sul
com a mãe.
1906: contacta com escritores e
intelectuais e estuda a obra de
Cesário Verde e do Padre António
Vieira.
1915: participa na revista literária
Orpheu, representante do
Modernismo em Portugal, onde
escreve poema ortónimos e poemas
de Álvaro de Campos.

1924: junta-se a Ruy Vaz e ambos publicam uma nova

revista, Athena, onde saem poemas escritos pelo seu
ortónimo e heterónimos Álvaro Campos, Ricardo Reis e
Alberto Caeiro.
1935: morte de Pessoa, vítima de doença hepática.
1988: no centenário do seu nascimento, o corpo de
Fernando Pessoa foi transladado para o Mosteiro dos
Jerónimos, numa homenagem póstuma.

NOVAS TENDÊNCIAS DA
ESCRITA PESSOA
Fragmentação do Eu.
Moderna cosmovisão motivada pelo poder da
máquina.
Consciência e esperança no devir/futuro.
Poder criador e autêntico da palavra e literatura.
Recusa pela regularidade estrófica e métrica,
evidenciando uma nova arte poética.
Atração pelo mistério, oculto, secreto, exótico e pelos
excessos loucos de qualquer natureza.

FERNANDO PESSOA - ORTÓNIMO 2018/2021

 TEMAS
O FINGIMENTO
ARTÍSTICO
O ortónimo escreve de acordo com o
seguinte processo:
sente (sentimento, coração);
pensa sobre o que sentiu
(intelectualização);
escreve.
Portanto, o que está escrito não é
resultado de uma sensação pura, mas de
uma já transformada pelo pensamento.
SONHO E
REALIDADE
Estes dois mundos são sempre
apresentados em oposição um do
outro:
O sonho é, regra geral, conotado
como ideal, liberdade, perfeição e
plenitude.
A realidade é o factual, o inevitável,
o quotidiano físico em que o poeta
vive e que lhe causa frustração e
sofrimento.
LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA
Uso das formas da lírica tradicional
portuguesa: quadras e quintilhas e
versos frequentemente em em
redondilha menor e maior.
Regularidade estrófica, métrica e
rimática.
Musicalidade: presença de rima,
aliterações e transporte.
A DOR DE
PENSAR
A intelectualização excessiva causa
sofrimento, angústia e frustração.
Dicotomia entre consciência-
inconsciência e pensar-sentir.
Desejo de evasão: ser outro inconsciente
e feliz.
Impossibilidade de ser conscientemente
inconsciente.
A NOSTALGIA
DA INFÂNCIA
A nostalgia de uma infância idealizada e
estilizada.
A infância como paraíso perdido.
A infância como símbolo de pureza,
inocência, inconsciência e felicidade.
Desejo frustrado de reviver a infância no
presente.
Saudade de um passado feliz.
Vocabulário simples, mas bastante
simbólico.
Simplicidade na construção sintática.
Uso de pontuação expressiva.
Recursos expressivos predominantes:
antítese, apóstrofe, comparação,
repetição, metáfora, anáfora,
personificação, enumeração, gradação e
interrogação retórica