Você está na página 1de 1

A dor de pensar

Recusa o mundo sensível, privilegiando o mundo inteligível (platónico)

Fernando Pessoa-Ortónimo
“eu sou um mar sargaço”

Sinceridade / fingimento: Sentir / pensar: Consciência / inconsciência:


• Despersonalização do poeta • Fragmentação do eu; • ser múltiplo;
fingidor (identificação com a • Intelectualização dos sentimentos; • Intelectualização dos
própria criação poética); • Pensar e racionalizar – infelicidade, sentimentos (frustração é o
• Fingimento como elaboração tristeza, dor do sujeito poético; resultado de incapacidade de
mental de conceitos (através da • Felicidade – não racionalizar atingir plenamente a satisfação, a
fragmentação do eu e da • Poeta da desilusão, visão felicidade);
intelectualização dos negativa do mundo e da vida; • Angústia existencial;
sentimentos); entrega-se à morte como se fosse a • Despersonalização do poeta.
• Ato poético como sua própria mãe.
representação.
Poemas exemplificativos:
• “Autopsicografia”
• “Isto”
• “Tudo o que faço ou medito” Poemas exemplificativos:
• “Ela canta pobre ceifeira”
• “Ó sino da minha aldeia”
• “Liberdade”
• “Abdicação”

A degradação do tempo:
• Desagregação do tempo pois tudo lhe
parece breve, efémero;
• O regresso à infância;
Poemas exemplificativos:
• “O menino da sua mãe”;
• “Não sei, ama, onde era”

• preferência pela métrica curta


• lirismo lusitano (reminiscência de cantigas de
embalar, toadas de romanceiro, contos de fadas)
• gosto pelo popular (uso frequente da quadra) Vertente
• versos leves em que recorre frequentemente à tradicionalista
interrogação e às reticências

• irregularidade métrica (heterometria)


• irregularidade estrófica (heterostrofia) Vertente
• a criação de heterónimos modernista

Você também pode gostar