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Explicita o conteúdo: “o problema do livre-arbítrio consiste em perceber se a nossa vontade é livre quando agimos
de forma intencional …”
Este é um problema importante porque ….
Para responder aos problemas que colocam, os filósofos apresentam TESES e TEORIAS
Tese proposição que exprime uma ideia/posição que se quer afirmar/defender a propósito
de um dado problema/questão em aberto. Sujeita a discussão.
Uma tese opõe-se a outra tese, na medida em que sejam invocados argumentos de valor
comparável para a justificar. O oposto da tese é a antítese.
- Conceitos
- Juízos
- Raciocínios
Conceito: - instrumento mental que serve para pensar e através do qual representamos
diversas realidades na nossa mente
*Sem conceitos não há pensamento. Pensar não é mais do que produzir e lidar mentalmente
com conceitos. Formam redes conceptuais (não existem isolados).
DEF: representação mental, abstrata e geral que reúne as características comuns a uma classe
de seres e que os distingue dos seres de uma classe diferente.
Nota: a definição de conceito como uma representação geral/universal não é aplicável aos
conceitos singulares (dos quais temos uma representação singular, aplica-se a um só
indivíduo). Ex: Mosteiro da batalha; Tiago; Margarida; Torres dos Clérigos
Do ponto de vista lógico, devemos distinguir termo de palavra, uma vez que um termo pode
ser constituído por mais do que uma palavra.
4 termos que
Ex: “Livro de ponto”; “Meio de transporte”; “Número primo”; “Ser humana”
exprimem 4 conceitos
Aos termos constituídos por mais do que uma palavra designamos por expressões concetuais.
“fada”
“cavalo alado” Termos vazios
“duende”
*Não designam o que quer que seja – não existem indivíduos para constituir uma classe
Os conceitos podem ser analisados quanto à sua extensão e quanto à sua compreensão.
Extensão do conceito – conjunto de seres que são abrangidos por este conceito e aos quais ele
se aplica;
Exemplo: “Homem”:
Compreensão Extensão
Em relação aos conceitos que mantêm relações de inclusão é possível ordená-los de modo
crescente ou decrescente a partir da extensão e da compreensão:
Ser vivo
Extensão e compreensão de um conceito variam na razão inversa: quanto maior a extensão,
ou seja, quanto maior o número de elementos/seres abrangidos por um conceito menor será a
sua compreensão, isto é, o número de características que esses seres apresentam em comum.
Forma padrão:
Termo-sujeito Termo-predicado
Só as frases declarativas são proposições: frases que afirmam ou negam algo, possuindo um
conteúdo que pode ser verdadeiro ou falso.
T-S T-P
Categóricas (simples)
Afirmam ou negam sem condições nem restrições, ou seja, a afirmação ou negação é expressa
de um modo absoluto.
Disjuntivas (complexas)
Qualidade
Afirmativa
Para determinarmos a
Exprime uma relação de concordância entre o T – S e o T – P
qualidade devemos dar
Negativa
atenção à cópula.
Exprime uma relação de não concordância entre o T – S e o T – P
Quantidade
Universal
Aquele cujo predicado se afirma ou nega todo o T – S Para determinarmos a
Proposição universal: O/A; Os/As; Cada; Todo; Nenhum; Qualquer quantidade devemos dar
Particular atenção à extensão do termo
Aquele cujo predicado se afirma ou nega apenas uma parte do T – S – sujeito da proposição.
Proposição particular: Certos; Alguns; Nem todos; Há
Combinação das proposições quanto à quantidade e qualidade
Afirmativa Negativa
Universal A E AFIRMA
Todas as moscas são pretas
“Todo o S é P” “Nenhum S é P”
Particulares NEGO
Algumas moscas são pretas. I O
“Algum S é P” “Algum S não é P”
Nota: proposições cujo termo
sujeito é singular devem ser
classificadas como universais
Operação intelectual que efetua a transição de um juízo para outro – permite chegar a
novos juízos partindo de outros
Qualquer argumento tem que possuir, pelo menos duas proposições: uma que funcione como
premissa e outra como conclusão.
Meros conjuntos de proposições ao acaso (sem qualquer conexão lógica) não são
argumentos. O que caracteriza o argumento é o nexo lógico entre as premissas e a conclusão.
A verdade e a falsidade ocorrem apenas ao nível dos juízos ou proposições. A eles se atribui
um dos valores lógicos verdadeiro ou falso. A validade e invalidade ocorrem apenas ao nível
dos argumentos.
A validade traduz uma certa relação entre os valores de verdade das premissas e valor de
verdade da conclusão (temos de saber se não há maneira de as premissas serem verdadeiras
e a conclusão falsa).
Logo, todos os lisboetas são europeus (V) Conclusão – proposição que se quer justificar
Argumento sólido – para que um argumento dedutivo seja válido, a conclusão tem que
derivar necessariamente das premissas que a antecedem.
Podem existir raciocínios válidos com todas as proposições falsas, por exemplo:
Todos os animais são plantas (F) Logo, toda a pedra é planta (F)
Toda a pedra é animal (F)
ARGUMENTOS / RACIOCÍNIOS
*Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também o será. É logicamente impossível que
as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Basta mudar a ordem pela qual as proposições surgem no argumento para que a verdade da
conclusão já não seja garantida pelas premissas.
A premissa dá fortes razões para acreditar na verdade da conclusão, mas não a garante
absolutamente.
A(s) premissa(s) dá apenas um suporte parcial à conclusão (esta afirma mais do que a
premissa), não a garantindo necessariamente, pelo que a conclusão é apenas
provável.
A verdade da(s) premissa(s) não garante necessariamente a verdade da conclusão
apenas sugere a sua plausibilidade / razoabilidade.
2. Até agora, nenhuma mulher foi Presidente da República em Portugal. Logo, nenhuma
mulher será Presidente da República de Portugal. Argumento fraco – “inválido”
Pode acontecer que, nos argumentos que formulamos, haja proposições suprimidas, mas que
se encontram implícitas – Entimema
A sua validade está dependente da sua A sua validade está dependente do grau de
estrutura / forma (encadeamento das apoio (parcial) que a(s) premissa(s) dá à
proposições) conclusão – verosímil /plausível /
provavelmente verdadeira
Apoio total das premissas para a conclusão
Argumentação ou retórica
Lógica proposicional
Ex: Induções – generalização; precisão
Ex: Silogismo categórico (S é P)
Analogias
Silogismo hipotético (Se S então P)
Argumentos de autoridade
Silogismo disjuntivo (Ou S ou P)
Importância da lógica
Então, antes de aceitarmos qualquer tese / teoria é necessário analisar os argumentos que a
justifiquem:
Contra-argumentar usar a argumentação para mostrar o que há de errado com uma dada
teoria / tese e/ou argumento
Quando queremos mostrar que há algo de errado com uma tese/teoria ou argumento
podemos fazê-lo negando/refutando a tese ou uma ou várias proposições que constituem um
argumento.
A negação inverte o valor de verdade de uma proposição, ou seja, quando uma proposição é
verdadeira, a sua negação é falsa, e vice-versa.
Quadro lógico da oposição
Se A é V, então O é falso
Se A é F, então O é V
Ramo da lógica que se ocupa dos argumentos cuja validade depende exclusivamente do modo
como as frases declarativas são modificadas por uma partícula (Não) ou ligados entre si por
partículas (e/ou/se…, então…/ se e somente se…). Estas palavras ou sequências de palavras
são chamadas por conectivas ou operadores verofuncionais.
Uma conectiva ou operador verofuncional é uma palavra ou sequência de palavras que altera
uma frase (negação) ou estabelece uma ligação entre frases, permitindo assim, formar
proposições complexas a partir de proposições simples.
O valor de verdade das proposições simples depende do facto de elas estarem ou não de
acordo com a realidade.
Se estivermos na posse do valor de verdade de cada uma das proposições simples, é possível
determinar, com base nessa informação, o valor de verdade da proposição complexa
resultante.
Dicionário ou interpretação
A lógica proposicional é uma lógica simbólica. Isto significa que usa símbolos para representar
proposições.
Dicionário:
P – A maçã é um fruto
P∧Q
Q – Os frutos são alimentos saudáveis
Negação ¬
P ¬P
A negação de uma proposição tem o valor de verdade oposto ao da proposição de partida.
V F
Conectivas: “Não”; “É falso que”; “Não é verdade que”…. F V
Conjunção ∧
A conjunção é verdadeira se, e apenas se, todas as proposições que a compõem forem
verdadeiras. Basta que uma seja F (falsa) para que a conjunção também o seja.
Uma disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos uma das frases
disjuntas for verdadeira.
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma das suas frases disjuntas
for verdadeira.
Conectivas: “ou…ou”
Parêntesis e dominância
A conectiva de maior âmbito (aquela que se aplica a mais proposições) é a conetiva principal
(aquela a que todas as demais estão subordinadas) e a que determina o caráter da fórmula.
(resolvida por último para saber o valor de verdade)
Exemplo: “Caso a nossa equipa ganhe ou empate, não ficará desqualificada e poderá
continuar a lutar por um lugar digno”
Como formalizar:
P – A equipa ganha
Q – A equipa empata
R – A equipa fica desqualificada
S – A equipa pode lutar por um lugar digno
3. Formaliza-se o enunciado
(PVQ)"(¬R˄S)
Conetiva principal
Ao contrário das proposições, os argumentos não são suscetíveis de possuir valor de verdade:
um argumento é válido ou inválido e não verdadeiro ou falso. Um argumento é válido se, e
apenas se, todas as premissas forem verdadeiras e a conclusão também o for.
1. Calculamos para cada circunstância o valor de verdade de cada uma das premissas e
da conclusão
2. Verificamos se existe uma linha em que as premissas são todas verdadeiras e a
conclusão falsa
3. Caso aconteça o descrito em 2, o argumento é inválido
4. Não existindo nenhuma circunstância em que as premissas sejam verdadeiras e a
conclusão falsa, pode então afirmar-se que o argumento é válido
Descartes é racionalista.
4 proposições
Logo, Descartes não é empirista. Conclusão
P: Descartes é racionalista
A validade é uma propriedade que pode ser captada recorrendo apenas à estrutura do
raciocínio ou argumento. Se a estrutura de um raciocínio tiver certas características isto é, se
possuir uma dada forma lógica será válido.
Modus ponens – é uma forma de inferência válida em que na segunda premissa se afirma o
antecedente e na conclusão afirma-se o consequente
Exemplo: “Se andar à chuva, então vou ficar molhado.” “Se A, então B. A. Logo, B”
Modus tollens – é uma forma de inferência válida em que na segunda premissa se nega o
consequente e na conclusão se nega o consequente
O ano não tem 366 dias. “Se A, então B. Não B. Logo não A.”
Qualquer silogismo condicional que obedeça a uma destas estruturas lógicas é sempre
válido.