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aracterísticas das questões filosóficas:

• Possuem carácter existencial:

-Provêm da condição humana e são colocados por todos os homens;

-A resposta acarreta implicações no modo como cada pessoa atua na vida

• Não têm solução científica ou técnica:

-procura-se a razão de ser (ex: CT: como curar o cancro? F: qual a razão de ser do sofrimento e da doença?)

• Não são questões de facto:

-Não se resolvem ou incidem em fenómenos observáveis ou informações que se possam adquirir (ex: qual a
composição do carbono?)

• Ultrapassam o campo da legalidade:

-Não se resolvem pelo recurso das leis vigentes (ex: será correto o trabalho infantil?)

• São gerais

-Libertas de interesses pessoais ou visões apaixonadas dos acontecimentos, não se referindo a casos particulares e
concretos

• São abertas

-Não há soluções únicas nem definidas, proporcionando diferentes perspetivas de solução, obrigando à reflexão.

Características dos problemas/questões filosóficos:

• São pessoais, individuais e resultam da reflexão critica


• a resposta obtém-se de forma não empírica (sem recurso à experiência, mas através do
pensamento refletivo;

• são universais;

• são abstratos - resulta de um processo mental (ex: o que é a felicidade?) concreto (ex: o João +e
feliz?);

• dizem respeito à totalidade do real;

Atitudes que caracterizam a filosofia:

• Atitude reflexível- Atitude natural do filosofo


-Consiste em uma reflexão pessoal acerca dos assuntos;
-Leva a pensar e refletir antes de agir

• Atitude crítica- na filosofia não se pode ter uma atitude passiva, isto é, assimilar os conhecimentos sem que sejam sujeitos a
crivo da razão;

• Atitude radical- as interrogações filosóficas procuram ir de encontro à natureza íntima das coisas, por isso, esta
interrogação/ duvida filosófica não para.

Filosofia e filosofias? – A filosofia só existe no plural

Filosofia

Filo: busca sofia: saber

Filosofia: realidade autónoma e autossuficiente, não existe, não passa de um conceito abstrato e vazio.
-Serve para compreender melhor o mundo, os outros e nós mesmos.
-Busca pelo saber (não tem respostas);
-A melhor idade para estudar a filosofia é na adolescência pois é a idade de critica da natureza, temos interesse em saber tu
tencionamos mudar o mundo.
-A filosofia é para todos pois todos têm a capacidade de pensar, logo, capacidade de filosofar.
-move-se no âmbito da subjetividade oferecendo-nos opiniões e teorias que, se bem fundadas em argumenos racionais, são
sempre possíveis de análise de sicusão e de critica.
-Procura que nunca termina, pois nunca se contenta com um conjunto de conhecimentos aparentemente definitivos.

Filosofar: é pensar por si, isto é, usar por si próprio a sua razão de um modo autónomo, livre e crítico
-Filosofar espontâneo: praticado por todos nós, não tem grande rigor porque filosofamos de acordo com o nosso
conhecimento, logo não são muitos.
-Filosofar sistemático: próprio daqueles que vivem da filosofia, refletindo e enquadrando dentro das filosofias tendo
conhecimento das várias perspetivas.

Filosofo: não é um sábio, é aquele que procura o saber.

Para nos tornarmos bons filósofos precisamos da capacidade de nos surpreendermos, logo nunca podemos cair no hábito/ro
Admirar/surpreender: querer saber, querer conhecer

O que faz a nossa opinião concreta é os argumentos para a justificar, logo, quanto mais conhecimento tivemos melhor serão
nossos argumentos e melhor entenderemos a filosofia.

ses e teorias filosóficas

ses/teorias filosóficas: respostas da filosofia de onde resultam as teorias da articulação coerente de 2 ou mais teses.
por si, as teses nada valem, sem razões ou argumentos que a sustentem, não passando de meras opiniões superficiais e
áteis.
gumento: raciocínio que se utiliza quando se pretende persuadir ou convencer alguém a respeito de algo.
Ex: As estrelas têm luz própria
O sol é uma estrela
onclusão: O sol tem luz própria- Argumento.

s teorias/argumentos não devem ser tomadas como verdades absolutas e indiscutíveis, pelo contrário, devem ser
ermanentemente submetidos ao confronto de ideias, ou seja, á analise, à discussão e à critica.

roposições

rase- sequencia de palavras.


roposição- junção de pensamentos.

roposições: diz-se que proposições são “frases” declarativas, com valor de verdade, mas na verdade, são meros pensamentos
xpressos por elas. (Frases Proposições).
Designação Exemplo Dicionário Formalização
Proposição Sócrates é P: Sócrates sé P
simples filosofo filosofo
Negação Sócrates não P: Sócrates ¬P
nasceu no nasceu no
Porto Porto
Conjunção Sócrates é P: Sócrates é P^Q
grego e grego.
filosofo Q: Sócrates é
filosofo.
Disjunção O Rui P: O Rui PVQ
compreendeu compreendeu
ou decorou Q: O Rui
decorou
Condicional Se a arte é P: A arte é P→Q
bela, então bela
tem valor Q: A arte tem
valor
Bicondicional A arte tem P: A arte tem P Q
valor se e só valor
se for bela Q: A arte é
bela
-As “frases” declarativas são as únicas que se podem dizer proposições, porque são as únicas frases que negam ou afirmam
alguma coisa do sujeito e por isso podem ser vistas do ponto de vista de verdadeiro ou falso.

.Todos os homens são mortais. -Termo maior: predicado da conclusão


.David é um homem. – Termo médio: termo que se repete nas proposições e não entra na conclusão.

3.Logo David é mortal. – Termo menor: sujeito da


onclusão.

.Proposição maior
.Proposição menor
.Conclusão

-
ão – Termo/ conceito
Não pode ser verdadeiro nem falso.

nopy é cão – Proposição/ juízo


presenta 2 conceitos: “Snopy” e “cão”.
ode ser visto como verdadeiro ou falso.
roposição + Proposição = Termos de raciocínio (juízo)

Todos os cães ladram.


Snopy é cão. Argumentos/Raciocínio
Logo, Snopy ladra.
Pode ser visto como válido ou inválido.

Os argumentos são constituídos por proposições simples ou complexas:


• Proposições simples: expressam uma só ideia, não se decompõem. Ex: O David é mortal.
• Proposições complexas: (à exceção das negativas) são compostas por 2 ou mais proposições simples ligadas po
conetivas. Ex: O David é mortal e aluno da ESV.
A ligação de proposições simples para originar proposições complexas, faz-se através da utilização de palavras ou expressões,
como:
• Não (negação): ¬
• E (conjunção): ^
• Ou (disjunção): V Conetivas: fazem
• Se… então (condional): → ligação com
• Se… só se (bicondicional): proposições simples

Variáveis proporcionais: letras (P, Q, R, S) que representam e estão em lugar de proposições simples.

Ex: O David é mortal – P


David é aluno da ESV – Q
Logo, o David é mortal e aluno da ESV. – P ^ Q

Definição de Filosofia segundo Pitágoras

A palavra filosofia deriva da concentração de 2 palavras, a palavra philia que significa amor, no sentido de amizade e respeito,
e a palavra sophia que significa sabedoria e conhecimento.
Logo, Filosofia é o amor pelo saber, o interesse e a dedicação para com o conhecimento.

Pitágoras queria estabelecer um contraste entre a sua atividade e de outros investigadores pois pensava que sábio transmitia
a ideia errada, então inventou a designação para filosofo.
Definição de filosofo segundo Pitágoras: aquele que nunca se considera dono de um saber que não possa ser discutido.

-
s questões filosóficas são difíceis de se responder oque faz com que muitos considerem que é impossível alcançar qualquer
espostas conclusivas para elas. Estas surgem de forma espontânea e naturalmente.

isciplinas da Filosofia:
• Ética- reflete sobre valores que devem orientar o comportamento moral;
• Estética;
• Filosofia da Religião- relação do Homem com o sagrado, divino;
• Teoria do conhecimento;
• Metafísica.

profundidade das questões filosóficas

o nos confrontarmos com questões filosóficas reparamos que estas apresentam um grau de complexidade e dificuldade de
esposta grande. Isso deve-se ao facto de colocarem em causa aspetos da realidade e de nós não estarmos habituados a discutir
uestões tão gerais e profundas.
x:
• Em que país vive o Guilherme?
• Quem governa esse país?
• Quantos amigos próximos tem o Guilherme?
• Serão todos realmente amigos de Guilherme?
• Se Guilherme considerar injusto as leis do governo, e este perseguir o seu amigo, ele deve esconde-
lo?

nálise:
/2: São factos específicos, não exigem reflexão, logo, não são perguntas filosóficas.
/4: São questões mais gerais e profundas.

4: Não tem uma resposta concreta, é subjetiva (encontra-se na dependência do sujeito e por tanto vai variar de sujeito para
sujeito).
5: É filosófica, pois coloca problemas que vão aos níveis mais profundo daquilo em que acreditamos sobre o mundo, as pessoas
nós mesmos. Abalam muitas vezes a organização de ideias que cada um tem sem ter pensado ainda muito sobre elas e são
difíceis de responder.

O método usado pela filosofia é a analise conceptual (analisa conceitos), analisa algo decompondo-o nas partes que o constituem
permitindo conhecê-lo.
O método na ciência é o método experimental.

A solução que parece correta a um filosofo só pode ser proposta a outros através de argumentos que possam apoiá-lo, nunca
podendo ser demonstrada como verdade definitiva.

Certezas, dúvidas, aplicações e o valor da filosofia

Senso comum: conhecimento que resulta da observação direta (não pensa).

A filosofia liberta-nos de um mundo obvio, levando-nos para um mundo subjetivo, que nos leva a refletir individualmente,
olhando para as coisas com um pensamento mais profundo.
Afastando-nos do dogmatismo, despertando-nos para um mundo de dúvida onde as respostas não são dadas de imediato

Bertrand Russel:
• Homem que não se interessa pela filosofia- vive preso ao preconceito derivado do senso comum (não pensa), a crença
costumeiras da sua nação e convicções que cresceram na sua mente. Para tal homem, o mundo tende a tornar-se
definitivo, finito, óbvio, os objetivos comuns não levantam questões e as possibilidades incomuns são rejeitados.
• Com filosofia: descobrimos que mesmo as coisas mais quotidianas levam a problemas aos quais só se podem dar
respostas muito incompletas, pois a filosofia sugere muitas possibilidades que alargam os nossos pensamentos e os
libertam da tirania do costume. Diminui a nossa sensação de certeza quanto ao que as coisas são, mas aumenta muito
nosso conhecimento quanto ao que pode ser, removendo o dogmatismo e
mantém vivo o nosso sentido de admiração ao mostrar coisas comuns a uma luz incomum. A filosofia ajuda-nos assim a ter
atitude critica.

Atitude crítica: é o hábito de parar para pensar antes de aceitar ou rejeitar qualquer opinião, refletindo para compreender o
que nos dizem, as consequências e as implicações.
ritica filosófica: permite-nos avaliar a validade das teorias filosóficas através do questionamento dos argumentos que as
ustentam e autocriticar as nossas próprias verdades, das nossas crenças e opiniões, as quais, sem esse questionamento não
assariam de simples preconceitos.

ógica Formal

rgumentos Dedutivos: a conclusão segue-se necessariamente das premissas, se estas forem verdadeiras a conclusão também
erá.
• Argumento dedutivo válido: premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. (VVV)
• Argumento dedutivo inválido (falácias): premissas verdadeiras e conclusão falsa. ( VVF)

aciocínio Hipotético (hipótese “se”)- tem de obedecer a 2 regras:


• Modus Ponens (MP; aspeto positivo): Afirmar o antecedente implica que se tenha que afirmar o
consequente.
1P: Proposição condicional;
2P: Afirma o antecedente do condicional da 1ºP;
C: Afirma o consequente.
Ex:
Se a justiça é respeitada, os cidadãos cumprem a lei. (Pq);
A justiça é respeitada. (P)
Logo, os cidadãos cumprem a lei. (.:Q)
V V V
1P: (P V R)(R V Q)
Antecedente: (P V R)
Consequente: (R V Q)
2P: (P V R)
C: .: (R V Q)
• Modus Tollens (MT; aspeto negativo): negar o consequente implica que se tenha que negar o
antecedente.
1P: Proposição condicional;
2P: Negação do consequente da 1P.
C: Negação do antecedente.
Ex:
Se a justiça é respeitada, os cidadãos cumprem a lei. (PQ)
Os cidadãos não cumprem a lei. (¬Q)
Logo, a justiça não é respeitada. (.: ¬P)
V V V

O Modus Ponens e Modus Tollens são argumentos válidos, caso nos dê uma conclusão falsa, estamos perante um argumento
edutivo inválido, pois cometemos alguma falácia.

Lógica

• Lógica Informal: estuda as condições de validade dos argumentos não dedutivos por analogia, autoridade e argumentos
indutivos.
-Neste tipo de argumentos a sua validade não depende apenas da sua forma lógica, mas também de aspetos informais
relacionados com o conteúdo, auditório e contexto.
– Falácias Informais.
• Lógica Formal: estuda argumentos dedutivos e as a suas condições de validade; a sua validade depende da sua forma lógica
(válido/inválido).
-Falácias Formais

Falácias Formais

Falácias formais: raciocínios enganadores em que cometemos um erro levando-nos a conclusões enganadoras.
• Falácia da inversão do consequente:
P Q não é igual a Q P
• Falácia da negação do antecedente (MT):
1P: Proposição condicional;
2P: Negação do antecedente da 1P;
C: Negação do consequente.
Ex:
Se Portugal sair da crise, então os portugueses abandonam o seu pessimismo. (P Q)
Portugal não sai da crise. (¬P)
Logo, os portugueses não abandonam o seu pessimismo. (.:¬Q)
V V F
V V V

• Falácia da afirmação do consequente (MP)


1P: Proposição condicional;
2P: A afirmação do consequente da 1P;
C: A afirmação do antecedente.
Ex:
Se Portugal sair da crise, então os portugueses abandonam o seu pessimismo.
Os portugueses abandonam o seu pessimismo.
Logo, Portugal vai sair da crise.
V V V
V V F

As falácias formais são formas argumentativas inválidas uma vez que têm conclusão falsa.

ilogismos

Silogismo demonstrativo: não podemos recusar a conclusão, logo, a verdade da conclusão não depende da nossa opinião ou
ponto de vista pessoal.
x:
Todos os homens são mortais.
David é um homem.
Logo David é mortal.

• Silogismo Dialético: a conclusão não se impõe por si em virtude da forma lógica do argumento, podendo haver
discordâncias quanto à sua aceitação, logo, há incertezas quanto à verdade da conclusão.
Ex:
Se o feto é um ser humano, o aborto é moralmente errado.
O feto é um ser humano.
Logo, o aborto é moralmente errado.

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