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LÓGICA DO JUÍZO

Noção do Juízo e da proposição


A Noção do juízo está ligada à sentença. S ignifica, por isso, a operação mental pela qual se afirma ou nega
algo predicado ao sujeito, seja ele material ou ideal.
A proposição é a expressão verbal ou externa de um juízo. O juízo como uma operação da mente é composto
por ideias/conceitos e por sua vez a proposição como uma expressão externa é composta por termos.
As ideias que compõem o juízo podem ser possíveis ou impossíveis; os juízos podem ser verdadeiros ou falsos
e os termos que entram nas proposições considerados em si, isoladamente, não são nem verdadeiros, nem falsos.

Estrutura do juízo
A lógica clássica/aristotélica apresenta três elementos que compõem um juízo, sendo: sujeito, predicado e
cópula e apresenta-se na seguinte fórmula S é P ou S não é P. Admite-se na estrutura do juízo, a presença de
mais um elemento – quantificador. Mas de modo geral o sujeito, o predicado e a cópula constituem os elementos
fundamentais de um juízo.
Ex: Alguns homens são irrequietos

Quantificador Sujeito Cópula Predicado


Sujeito – é a parte da proposição que representa a coisa de que ou de quem se fala.
Predicado – é aquilo que é afirmado ou negado do sujeito, isto é, o que se diz do sujeito.
Cópula – é o elemento que faz a ligação entre o sujeito e o predicado.
O sujeito e o predicado constituem a matéria de um juízo e a cópula é a forma.
Juízos predicativos e categóricos
Geralmente chamamos de juízos predicativos àqueles que são formados por três elemento (sujeito, predicado)
ligados pelo verbo ser (cópula). Ex: O João é alto. Existem também os que são formados dois elementos
(sujeito, predicado) Ex: O Abel joga e por fim aqueles que são formados apenas um elemento (predicado). Ex:
Chove.
Esses dois últimos casos são considerados juízos predicativos não só por apresentarem um predicado mas
também porque existe uma possibilidade de transformá-los, saindo da forma de linguagem comum para a forma
canónica e obtermos assim os três elementos de um juízo predicativo. Ora vejamos: o juízo: O Abel Joga pode
ser expresso na forma canónica no seguinte modo: O Abel é jogador e o Juízo: Chove. Pode traduzir-se por: o
tempo está chuvoso.
Juízos categóricos: são aqueles que afirmam ou nega de forma absoluta, sem reserva. Um juízo categórico é
aquele que se apresenta firme na afirmação ou negação de algo, não podendo admitir uma condição ou
alternativa na sua asserção.

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Classificação dos juízos e das proposições
Os juízos e as proposições classificam-se de diferentes maneiras conforme o ponto de vista em que nos
colocamos, ou seja, dependendo da relação que se estabelece entre o sujeito e o predicado.
1. Quanto à modalidade, podem ser:
- Assertórios/contingentes: quando o predicado convém ao sujeito, mas não necessariamente, isto é, lhe é
acidental.
Ex: O João é carpinteiro
- Apodíticos/necessários: quando o predicado convém necessariamente ao sujeito.
Ex: O quadrado é um quadrilátero
2. Quanto à compreensão, pode ser:
- Analíticos: quando o predicado faz parte da noção do sujeito, quando afirmamos do sujeito um atributo que
lhe é essencial.
Ex: O triângulo tem três ângulos.
- Sintéticos: quando o predicado não faz parte da compreensão do sujeito, mas antes lhe acrescenta algo não
essencial.
Ex: A Carla é linda menina.
3. Quanto a quantidade ou Extensão, podem ser:
-Universais: quando se aplica a todos os indivíduos da mesma espécie ou classe, isto é, quando no sujeito é
tomado em toda sua extensão.
Ex: Toda a mulher é vaidosa.
- Particulares: quando o sujeito é tomado em parte da sua extensão, isto é, quando se refere a uma parte dos
elementos de uma classe ou espécie.
Ex: Algumas velhas são poderosas.
- Singulares: são aqueles cujos sujeitos designa um indivíduo
Ex: Malagatana é um artista plástico
4. Quanto a qualidade ou forma, podem ser:
- Afirmativos: quando predicado convém ao sujeito
Ex: O homem é mortal.
- Negativos: quando o predicado não convém ao sujeito
Ex: o triângulo não é redondo.
5. Quanto a relação, os juízos podem ser:
- Categóricos: se a afirmação é absoluta, sem reserva
Ex: Todo o homem é racional.
- Hipotéticos: se afirmação é condicional ou disjuntiva
Ex: Se bebe não conduz.

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6. Quanto a maneira de os formular, podem ser:
-A priori: quando são formulados pela razão, independentemente da experiência.
Ex: Duas vezes o dois são quatro
- A Posteriori: quando se formula através da experiência
Ex: Dois corpos com cargas de mesmo sinal repelem-se.
7. Quanto ao conteúdo, podem ser:
Juízos de realidade: quando enunciam o que é e exprimem relações de facto verificáveis experimentalmente.
Ex: O cão ladra
Juízos de Valor: quando significam que as nossas acções valem e estabelecem o que deve ser.
Ex: Faz sempre o bem.

Classificação das proposições


Embora a proposição constitua a expressão verbal de um juízo, há uma particularidade que se deve
considerar quando classificamos os juízos e as proposições.
A classificação das proposições é feita em harmonia com a quantidade e qualidade, na qual obtemos os
seguintes tipos de proposições:
- Proposição universal afirmativa (A)
- Proposição universal negativa (E)
- Proposição particular afirmativa (I)
- Proposição particular negativa (O)

TIPO Quantidade Qualidade Exemplos


A Universal Afirmativa Todos filósofos são pensadores
E Universal Negativa Nenhum filósofo é amado
I Particular Afirmativa Alguns professores são impacientes
O Particular Negativa Alguns cães não são raivosos

As letras A, E, I, O servem para indicar a quantidade e qualidade das proposições. A e I designam as proposições
afirmativas, como as primeiras vogais da palavra «afirmo»; E e O designam as proposições negativas, como as
vogais da palavra «nego»; A e E são proposições universais, I e O são as particulares.

Regra prática: o sujeito das proposições universais é universal; o das particulares é particular; o predicado das proposições
afirmativas é particular e o das negativas é universal. (Chambisse et al : 2009)

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Sujeito Universal Sujeito Particular

Predicado Particular
A I
Predicado Universal
E O
Distribuição dos termos nas proposições

Tipo de Designação Distribuição dos termos


proposição Sujeito Predicado
A Proposição universal afirmativa Está distribuído Não está distribuído

E Proposição universal negativa Está distribuído Está distribuído

I Proposição particular afirmativa Não está distribuído Não está distribuído

O Proposição particular negativa Não está distribuído Está distribuído

LÓGICA DO RACIOCÍNIO
Noção do raciocínio
Em lógica, é normal conceber-se o raciocínio como a terceira operação elementar da mente, sendo a primeira:
o conceito e a segunda o juízo, como já estudamos anteriormente.
O Raciocínio é uma operação mental que consiste na passagem de uma verdade que já conhecemos para uma
verdade que ignoramos, isto é, raciocinando, sai-se de um juízo conhecido ao desconhecido. O novo juízo – o
desconhecido - deve vir depois de outros e também deve resultar deles.
Inferência ou ilação
Fazer uma inferência é extrair uma ou várias proposições novas, não conhecida(s) de uma ou várias proposições
já conhecida(s). Significa isso que a inferência decorre no raciocínio.
As proposições de que se parte chamam-se premissas ou antecedentes e a que se chega chamam-se conclusão
ou consequentes.
Espécies das inferências:

- Por oposição das proposições

- Simples/Imediatas
- Por conversão das proposições

Inferências
- Indução - Matemática
- Complexas/Mediatas - Dedução
- Analogia - Silogística

Inferências Simples ou Imediatas

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As inferências simples são aquelas que se obtêm a partir de uma proposição dada, uma outra se intervenção de
uma terceira.
Inferências por oposição das proposições
A oposição de uma proposição consiste em inferir de uma dada proposição uma outra que pode deferir da
primeira em quantidade e qualidade mantendo o mesmo sujeito e o mesmo predicado.
Dependendo do modo de relacionamento entre as proposições (A,E,I,O), podemos ter quatro tipos de oposições.
Vejamos então cada tipo de oposição com a sua lei. As leis que regem a cada uma das oposições desempenham
um papel preponderante, pois, é mediante essas regras que conseguimos inferir a veracidade ou falsidade de
uma determinada proposição, a partir de uma dada.
1. Contrárias (A e E): duas proposições chamam-se contrárias quando, sendo ambas universais, diferem
pela qualidade:
Ex: Todo o marinheiro é tripulante (A)
Nenhum marinheiro é tripulante (E)

Lei das contrárias


Duas proposições contrárias não podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo: se uma é verdadeira, a outra
é falsa, mas se uma é falsa não podemos inferir que a outra seja falsa.
2. Contraditórias (A,O e E,I): duas proposições dizem-se contraditórias diferem ao mesmo tempo em
quantidade e qualidade.
Ex: Todos os homens são humildes (A)
Alguns homens não são humildes (O)

Lei das contraditórias


Duas proposições contraditórias não podem ser verdadeiras ou falsas ao mesmo tempo. A verdade de uma
conclui a falsidade da outra.
2. Subcontrárias (I e O): quando duas proposições particulares diferem pela qualidade, dizem-se
subcontrárias.
Ex: Alguns alunos são dedicados
Alguns alunos não são dedicados
Lei das subcontrárias
Duas proposições subcontrárias não podem ser ambas falsas: se uma é falsa a outra é a verdadeira; mas se uma
é verdadeira nada podemos inferir quanto a outra que pode ser verdadeira ou falsa.
4. Subalternas (A,I e E,O): dizem-se subalternas duas proposições que diferem entre si pela quantidade
Ex: Todos os mamíferos são vertebrados
Alguns mamíferos são vertebrados

Lei das subalternas


Duas proposições subalternas podem ser simultaneamente verdadeiras e simultaneamente falsas, assim como
podem ser: uma verdadeira e a outra falsa, isto é, a verdade da universal implica a verdade da particular; a
falsidade da universal não implica a falsidade da particular; a verdade da particular não significa a verdade da
universal; a falsidade da particular implica a falsidade da universal.
Todas as diferentes formas de oposições de proposições, podem ser resumidas no seguinte quadro que em lógica
é vulgarmente conhecido por quadro lógico das oposições.

Inferência por conversão das proposições


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Inferir por conversão significa obter uma nova proposição, a partir de uma dada por meio de troca dos termos
que compõem a proposição, de tal maneira que o sujeito se torne predicado e o predicado se torne sujeito da
nova proposição obtida. Numa conversão a qualidade da nova proposição deve ser a mesma que na primeira, a
quantidade pode mudar.

Modos de conversão
Existem quatro modos de conversão das proposições, aplicáveis aos diferentes tipos de proposições que
aprendemos. De acordo com a natureza de cada uma das proposições, é possível convertermo-las em cada um
dos quatro modos existentes, sendo que há outras que não podem ser convertidas num determinado modo, como
já dissemos, dependendo da sua natureza.
1. Conversão Simples: Consiste na mera troca do sujeito e do predicado. O resto não muda. A nova proposição
conserva a forma e a quantidade e denomina-se recíproca da proposição originária. Aplica-se as proposições do
tipo E e I
Ex: Alguns médicos são bondosos
Alguns bondosos são médicos

2. Conversão por limitação ou por acidente: ocorre a partir da troca de lugar entre o sujeito e o predicado e
na mudança da quantidade da proposição a converter. Consiste na transformação da universal afirmativa (A)
que se transforma em (I). Portanto, aplica-se às proposições do tipo A.
Ex: Todos os polícias são fortes
Alguns fortes são polícias

3. Conversão por negação: realiza-se por meio de uma arte que consiste em transformar a proposição a
converter numa afirmação particular equivalente, isto é, tirar a negação da cópula e passá-la para o predicado e
em seguida fazer a conversão simples da proposição obtida. Aplica-se às proposições do Tipo O.
Ex: Alguns alunos não são estudiosos
Alguns alunos são não estudiosos
Alguns não estudiosos são alunos

4. Conversão por contraposição: obtém-se juntando uma negação ao predicado e a outra ao sujeito da
proposição a converter, em seguida faz-se a conversão simples. Este modo de conversão é aplicável às
proposições do tipo A e O.
Ex: Todas as mães são carinhosas
Todas as não mães são não carinhosas
Todas as não carinhosas são não mães
Regra geral das conversões: uma proposição não deve afirmar ou negar na forma invertida do que na forma
primitiva. Nenhum termo deve ter maior extensão do que tinha antes.

INFERÊNCIAS COMPLEXAS OU MEDIATAS


As inferências complexas são aquelas que decorrem a partir de duas ou mais proposições para se chegar a
conclusão, necessitando assim um termo mediador para se passar de uma proposição para a outra.
Como já vimos, a quando a classificação das inferências, as inferências complexas podem ser:
dedutivas/dedução, indutivas/indução e analogias/analógicas.

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Indução: é um tipo de raciocínio que sai de uma ou várias verdades particulares para uma verdade geral. Por
outras palavras podemos dizer que na indução, a partir da observação de certos factos particulares, conclui-se
uma lei geral.
Ex.: O bronze é condutor eléctrico
O bronze é metal
Todo o metal é condutor eléctrico

Analogia: é a forma de raciocínio muito usada por todos nós, espontaneamente, no nosso quotidiano. A analogia
baseia-se na comparação de objectos de espécies diferentes e infere-se certas semelhanças. É necessário
salientar que este tipo de raciocínio sai de uma verdade particular para concluir o particular.
Ex.: O motor é o coração de um carro.

Dedução: é um tipo de raciocínio que parte de uma verdade universal à uma verdade particular.
Ex.: Todo o Homem é racional
Os africanos são Homens
Os africanos são racionais
A forma mais conhecida do raciocínio dedutivo é a dedução silogística ou simplesmente o silogismo. É deste
tipo de raciocínio (Silogismo) que vamos agora falar com especial atenção.

O SILOGISMO
Silogismo é um argumento ou um raciocínio formado por três proposições, sendo as duas primeiras premissas
e a última conclusão.
Podemos distinguir dois tipos de silogismos: silogismos Categóricos e silogismos Hipotéticos.
Numa primeira fase vamos estudar o silogismo categórico, que é aquele em que as suas proposições consistem
na afirmação ou negação absoluta do atributo do sujeito
Exemplo de um silogismo categórico.
Todo o deputado é político
Ora, O Castro é deputado
Logo, O Castro é político

Estrutura do silogismo
Um silogismo categórico, de acordo com as regras, é formado por três proposições e três termos comparados
dois a dois.
As proposições de que um silogismo se compõe classificam-se em:
Premissa maior – é aquela que contém o termo maior
Premissa menor – é aquela que contém o termo menor
Conclusão – é aquela que contém os termos maior e menor. O sujeito da conclusão é o termo menor e o termo
maior é o seu predicado. O termo médio não entra na conclusão.

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Os três termos que entram em cada um dos juízos classificam-se em:
Termo maior (T/P) – é aquele que tem maior extensão e é predicado da conclusão
Termo menor (t/S) – é aquele que tem menor extensão e é sujeito da conclusão
Termo médio (M) – é o intermediário entre o termo menor e o termo maior. É o que permite a passagem das
premissas para a conclusão.
Os termos e as proposições constituem a matéria do silogismo e a sua forma (figuras e modos) é indicada pela
disposição desses termos e proposições.

Princípios do silogismo
A dedução silogística funda-se no princípio de identidade que se enuncia da seguinte maneira:
- Princípio de compreensão: duas coisas ou ideias idênticas a uma terceira são idênticas entre si; e se uma é e
a outra não é, então não são idênticas entre si.
- Princípio de extensão: o que é dito universalmente de todos é dito para cada um dos inferiores; o que é negado
de todos, nega-se das partes.
Regras do silogismo
Para que um silogismo seja considerado válido é necessário que obedeça certas regras. Elas são num total de
oito, sendo quatro referentes aos termos e quatro referentes às proposições.
Regras referentes aos termos
1ª Regra: O silogismo deve conter somente três termos: maior, menor e médio. Para que esta regra não seja
violada com facilidade também recomenda-se que não se use termos equívocos. Se não vejamos quando isto
não for observado.
Ex.: As mangas da camisa do João são bonitas Este silogismo é inválido porque contém mais de

Ora, a manga é uma fruta e pelo uso do termo "manga" que é equívoco.

Logo, a fruta da camisa do João é bonita

2ª Regra: O termo médio não deve entrar na conclusão.


Ex: Toda mãe é mulher Este silogismo é inválido porque o temo médio (Mulher)

Ora, o João não é mulher aparece na conclusão.

Logo, o João não é mulher

3ª Regra: O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda sua extensão, ou seja, universalmente.
Ex.: Os africanos são generosos Este silogismo é inválido porque o termo médio (generoso),

Ora, alguns generosos são feiticeiros tanto na primeira como na segunda premissa está tomado

Logo, os africanos são feiticeiros em parte da sua extensão

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4ª Regra: Nenhum termo deve ter menos maior extensão na conclusão do que nas premissas
Ex.: Os religiosos são humildes Este silogismo é inválido. O termo "homens" na segunda premissa está tomado em parte

Ora, alguns homens são religiosos da sua extensão, mas já na conclusão o mesmo.

Logo, todos homens são humildes aparece tomado universalmente.

Regras referentes as proposições


5ª Regra: de duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa.
Ex.: Todo o militar é corajoso
Ora, alguns homens são militares
Logo, alguns homens são corajosos.
6ª Regra: de duas premissas negativas nada se pode concluir.
Ex.: Nenhum Homem é infeliz
Ora, as mulheres não são homens
Logo (-------------------------------)
7ª Regra: nada se pode concluir a partir de duas premissas particulares.
Ex.: Alguns malucos são trabalhadores
Ora, alguns inteligentes são malucos
Logo, (------------------------------------)
8ª Regra: a conclusão segue sempre a partes fraca.
Nenhum desportista é mal nutrido Este silogismo é válido porque a conclusão seguiu aparte fraca

Ora, todos jogadores são desportista como podemos as premissas todas são universais

Logo, nenhum desportista é mal nutrido mas já que temos uma que é negativa, a conclusão apresenta-se negativa

Figuras do silogismo
Num silogismo além de tudo que já falamos dele, também temos a considerar a matéria e forma. As proposições
e os termos constituem a matéria do silogismo e a sua forma são as figuras e os modos.
A figura de um silogismo é cada forma que um silogismo pode tomar em virtude da colocação do termo médio
nas premissas. O termo médio pode ocupar o lugar de sujeito ou predicado.
Assim, face a isso, existe quatro figuras dos silogismos figuras que vamos passar apresentar cada uma delas
será acompanhada por um exemplo que lhe facilitará compressão desta matéria. O termo médio cada um dos
silogismos está sublinhado para melhor ilustrar a sua posição,

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1ª Figura (Sub-Prae) 3ª Figura (Sub-Sub)
Todo o mamífero é vertebrado MéP Os morcegos são mamíferos MéP
Ora, o cão é um mamífero SéM Ora, os morcegos são voadores MéS
Logo, o cão é vertebrado SéP Logo, alguns voadores são mamíferos SéP

2ª Figura (Prae-Prae) 4ª Figura (Prae-Sub)


Todo o homem é racional PéM Os africanos são homens PéM
Ora, o cão não é racional SéM Ora, os homens são mortais MéS
Logo, o cão não é homem SéP Logo, alguns mortais são africanos S é P

MODOS DO SILOGISMO
Diz-se modo do silogismo a cada uma das formas que o silogismo pode tomar derivado da quantidade e
qualidade das proposições que o compõe.
Ex.: Os cães são raivosos (A)
Os cães são aninais domésticos (A)
Alguns animais domésticos são raivosos (I)
O modo deste silogismo é: AAI, assim pode-se dizer que para se encontrar o modo de um silogismo, basta
classificar as três proposições em quantidade e qualidade.
Fazendo combinações possíveis das quatro letras (AEIO), que representam as proposições, em grupos de três
que é o número das proposições que compõem um silogismo, teremos 64 modos possíveis de silogismos.
Por sua vez estes combinados pelas quatro figuras obteremos 256 silogismos dos quais apenas 19 são
legítimos. Os 19 modos distribuídos pelas quatro figuras podem ser resumidos no seguinte quadro

AAA EAE AII EIO


1ª Figura Barbara Celarent Darii Ferio

EAE AEE EIO AOO


2ª Figura Cesare Camestres Festino Baroco

AAI EAO IAI AII OAO EIO


3ª Figura Darapti Felapton Disamis Datisi Bocardo Ferison

AAI AEE IAI EAO EIO


4ª Figura Bramantip Camenes Dimaris Fesapo Fresison

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SILOGISMOS CATEGÓRICOS IRREGULARES.
São irregulares os silogismos categóricos que na sua estrutura e matéria apresentam mais ou menos de três
proposições. Pecam por defeito quando são formados por menos de três proposições, pecam por excesso
quando são constituídos por mais de três proposições e dai alguns autores chamarem-lhes complexos ou
compostos.
Entimema
É silogismo simplificado, onde falta pelo menos uma premissa (está subentendida). Para sabermos qual das
premissas falta, examina-se na conclusão qual dos extremos não aparece no antecedente, se é o maior ou o
menor.
Ex.: Eu penso, logo existo.
Falta a premissa maior (Quem pensa existe).

No dia-a-dia, usamos muitas formas como essa, pois as premissas que faltam são óbvias ou implícitas e repeti-
las pode cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver confusão justamente por causa de premissas que faltam.

A falta de uma premissa no entimema não significa que ela falte no pensamento, pois se assim fosse, em vez de
entimema teríamos uma inferência imediata.
Este tipo de silogismo é conhecido por “silogismo do orador”.

Epiquerema
É o silogismo no qual as premissas são acompanhadas das suas provas, ou por outra podemos dizer que é
aquele silogismo em que as premissas apresentam uma justificação ou demonstração.

Ex.: O Pedro é irresponsável, porque não é livre.


Ora, Demente é Pedro, porque o exame médico revelou ser portador de paralisia geral progressiva.
Logo, Demente é irresponsável.

Polissilogismo
É um conjunto ou encadeamento de dois ou mais silogismos, dispostos de tal modo que a conclusão do
primeiro serve de premissa (maior ou menor) do seguinte e assim sucessivamente.
Existem dois tipos de polissilogismos: Progressivo e Regressivo.
É progressivo quando a conclusão se transforma em premissa maior do silogismo seguinte, e é regressivo
quando a conclusão de um passa a ser a premissa menor, do silogismo seguinte.

Ex.: polissilogismo progressivo Ex.: polissilogismo regressivo


Todo o ser é perfeito os religiosos são mansos
Ora, o homem é um ser os sacerdotes são religiosos
Todo homem é perfeito os sacerdotes são mansos
O maputense é homem os mansos são humildes
O maputense é perfeito os sacerdotes são humildes
O maronga é maputense os humildes são honestos
O maronga é perfeito os sacerdotes são honestos

Sorites

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É um argumento que apresenta quatro ou mais proposições com os seus termos convenientemente ligados de tal
forma que o sujeito da primeira proposição se torne predicado da segunda e o da segunda se torne predicado da
terceira, sucessivamente até a conclusão que une o sujeito da última com o predicado da primeira – sorites
progressivo. E Sorites regressivo – é aquele em que o predicado da primeira proposição é o sujeito da
segunda, o predicado da segunda é o sujeito da terceira, assim sucessivamente até que se atinja a conclusão que
une o sujeito da primeira com o predicado da última.
Portanto, como se pode ver, tal como o polissilogismo, o sorites classifica-se em: progressivo e regressivo

Exemplo de sorites progressivo Exemplo de sorites regressivo


Todo o ignorante é infeliz A é B Quem desdenha quer comprar AéB
Todo o mentiroso é ignorante B é C Quem quer comprar é rico BéC
Todo o ladrão é mentiroso C é D Quem é rico é poderoso CéD
Todo o destruidor é ladrão D é E Quem é poderoso é influente DéE
Todo o destruidor é infeliz D é B Quem influente dorme mal EéF
Quem desdenha dorme mal AéF
Silogismos Hipotéticos
Os hipotéticos são aqueles cuja premissa maior não afirma, nem nega de uma maneira absoluta, mas em que se
afirma ou nega sob condição ou então, em que nessa premissa se estabelece uma alternativa.
Condicional: quando a premissa maior é uma proposição condicional dividida em duas partes: condição e
condicionado. A partícula de ligação das proposições simples é se ... então. Esse silogismo apresenta dois
modos válidos:

- Modus Ponens (modo Positivo). A premissa menor afirma a condição e a conclusão afirma o condicionado
EX.: Se a água tiver a temperatura de 100°C, então a água ferve.
Ora, a água tem temperatura da água é de 100°C.
Logo, a água ferve.

Modus Tollens (Modo Negativo). A premissa menor nega o condicionado e a conclusão nega a condição
EX.: Se a água tiver a temperatura de 100°C, então a água ferve.
Ora, a água não ferve.
Logo, a água não tem a temperatura de 100°C.
2. Silogismo Conjuntivo: é aquele em que a premissa maior diz que dois predicados não podem pertencer a um
mesmo sujeito simultaneamente.
Este também, como o condicional, pode se encontrar sob dois modos válidos.
Modus Ponendo – tollens: a premissa menor afirma uma das alternativas e a conclusão nega a outra.
EX.: A folha não pode ser simultaneamente branca e preta.
Como a folha é branca (ponendo).
Então, não é preta (tollens)

Modus Tollendo – ponens: a premissa menor nega uma das alternativas e a conclusão afirma a outra.
EX.: A folha não pode ser simultaneamente branca e preta.
Como a folha não é branca (tollendo).
Então, é preta (ponens)

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Silogismo Disjuntivo: a premissa maior, é uma proposição disjuntiva. É comum este tipo de silogismo
apresentar dois atributos, destes somente um é que convirá ao sujeito.
Esse silogismo também apresenta dois modos válidos, como vimos no conjuntivo, e a lei que rege os dois
modos é a mesma.

Ponendo – Tollens (positivo-negativo): Afirmando uma das proposições, da premissa maior, na premissa
menor, nega-se na conclusão a outra.
EX.: Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Ora, a sociedade tem um chefe.
Logo, a sociedade não tem desordem.

Tollendo – Ponens (negativo-positivo): Negando uma das proposições simples da premissa maior, na premissa
menor, a conclusão afirma a outra.
Ex.: Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Ora, a sociedade não tem um chefe.
Logo, a sociedade tem desordem.

Dilema
O dilema é um argumento onde, a primeira, é uma disjunção tal que, afirmando qualquer uma das proposições
simples nas premissas subsequentes, resulta sempre a mesma conclusão. Por isso, este silogismo é também
chamado espada de dois gumes. Ou é um argumento em que a conclusão é sempre a mesma, quer a premissa
menor seja afirmativa quer negativa. É nisto que difere do silogismo disjuntivo vulgar.
Ex.: Ou dizes o que é justo, ou que é injusto;
Se dizes o que é justo, os homens te odiarão;
Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão;
Portanto, de qualquer modo, serás odiado.

Regras do dilema:
1. A disjunção deve ser completa para que o adversário não acrescente terceiro ou quarto caminho;
2. A refutação de cada uma das hipóteses deve ser válida para que o adversário não negue a consequência;
3. As partes do dilema devem ser tais que não possam voltar-se contra o arguente, isto é, o dilema não deve ser
retorquível.

FALÁCIAS E PARADOXOS

Falácia é um raciocínio e ou argumento errado com aparência de verdadeiro. O erro pode ser involuntário, todo
o homem está sujeito a erro ou enganar-se, ou voluntário, quando há intenção de enganar alguém. Quando o erro
é voluntário chama-se sofisma e quando é involuntário dá-se o nome de paralogismo
As falácias mais frequentes e comuns são:

 Falácia da ambiguidade ou equívoco: acontece quando usamos a mesma palavra em dois sentidos diferentes.
Ex. Só o homem é que pensa
Ora, nenhuma mulher é homem
Logo, nenhuma mulher pensa

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 Falácia da falsa analogia: ocorre quando se sobrevalorizam as semelhanças entre duas ou mais coisas,
desprezando as diferenças relevantes.
Ex. As aves voam
Ora, o avião voa
Logo, o avião é uma ave

 Falácia do acidental: acontece quando tomamos o que é acidental pelo que é essencial e vice-versa. É uma
generalização "abusiva"
Ex. A camisa do João é verde
Ora, o verde é uma cor
Logo, a camisa do João é uma cor

 Falácia de ignorância da causa: ocorre quando tomamos por causa um simples antecedente ou qualquer
circunstância acidental.
Ex. Depois das Cheias no rio Púnguè houve epidemias
Logo, as cheias do Púnguè são causadoras de epidemias

 Falácia de ignorância da questão: Consiste num afastamento do assunto da discussão, apresentando argumentos
que levam a uma conclusão que, aparentemente, parece consequência lógica da questão.
Ex. Num tribunal, um advogado está apostado em provar que X é um cidadão respeitável, bom pai e bom marido,
etc., para desviar as atenções das acusações que pesam sobre X.

 Falácia da conversão: sucede quando se convertem as proposições sem respeitar as regras.


Ex. Os ladrões andam pelas ruas da cidade
Logo, quem anda pelas ruas da cidade é ladrão

 Falácia da falsa dicotomia: acontece quando se apresentam duas alternativas como sendo as únicas existentes
em dado universo ou situação, ignorando ou omitindo outras alternativas possíveis.
Ex. Ou comes tudo o que está no prato ou então não comes nada.

Falácias de argumentação ou argumentos falaciosos

 Argumentum ad hominem (contra a pessoa): esta falácia é cometida quando tenta refutar o argumento de uma
outra pessoa, atacando não o argumento mas a própria pessoa.
Ex. Não aceitemos que o senhor André trabalhe como enfermeiro-chefe, neste hospital, ele nunca vai conseguir
porque é um divorciado e os seus pais são pobres…

 Argumentum ad populum (apelo ao povo, à emoção): esta ocorre quando, por falta de razões convincentes ou
pertinentes, se manipulam e exploram os sentimentos de uma audiência de modo a fazer adoptar o ponto de vista
de quem fala.
Ex. Quando um pastor da Igreja Z, diz: atenção povo de Tete! Tem problemas amorosos? É pobre? Tem
problemas espirituais? É coxo? Não encontra emprego? É divorciado? Etc., venha a nossa Igreja, nós
eliminaremos, em nome de Cristo, esses problemas expulsando os maus espíritos, bastando frequentar o nosso
templo e pagar o dízimo. Como o mundo está cheio de pessoas com problemas deste género e de facto quer se
livrar, a igreja Z vai arrastando a massa.
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 Argumentum ad baculum (apelo a força - pressão psicológica): consiste no apelo a força ou intimidação
para fazer valer uma determinada ideia.
Ex. Senhor polícia sei que me fiz ao volante sob efeitos de álcool, mas tem que ver quem sou eu! Sou um
enfermeiro, se passa a multa, o dia que passar pelo hospital, doente, estará mal.

 Argumentum ad misericordiam (apelo a piedade): consiste em apelar à compaixão para obter um tratamento
especial ou vantagem pessoal.
Ex. Um malfeitor que caindo nas mãos da polícia, diz: por favor não me levam a prisão, porque sou mais velho
da família, tenho uma velha por sustentar para além dois filhos meus, todos esses dependem de mim. Se eu for
preso estes poderão morrer por falta de assistência.

 Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância): esta falácia acontece quando se argumenta que uma
proposição é verdadeira porque não foi provado que é falsa, ou que é falsa porque não foi provado que é
verdadeiro.
Ex. Até hoje ninguém conseguiu descobrir e provar o medicamento para o SIDA.
Logo, SIDA não tem cura

Lógica Proposicional:
Conceito
Define-se a lógica proposicional como o estudo das proposições ou ainda como o estudo da validade formal dos
raciocínios levados a cabo com as proposições. Ou ainda é o estudo das relações ou conexões entre proposições
para comprovar a validade formal do raciocínio que elas formam como um todo.
O termo proposições na lógica proposicional se aplica apenas aos juízos declarativos excluindo os do tipo
valorativos, pois os juízos declarativos permitem determinar com segurança um dos dois valores lógicos:
verdadeiro ou falso.
Existem proposições simples ou atómicas, aquelas que não permitem uma decomposição e compostas ou
moleculares que são divisíveis.
A lógica proposicional permite suprimir a ambiguidade que a linguagem verbal ou natural apresenta.

Operadores
Variáveis proposicionais – são símbolos usados para representar proposições de diversos conteúdos aos quais
pode atribuir sem ambiguidade o valor lógico de verdadeiro ou falso, encontrados geralmente dentro do
alfabeto, escritos em letras minúsculas entre as letras de m adiante.

Constantes ou operadores proposicionais – são palavras ou expressões usadas para ligar ou conectar as
proposições atómicas entre si numa proposição composta, deles podemos destacar os unários que não ligam
uma da outra é o caso do negador e aquele que efectua a ligação que toma o nome de operador binário ou
diádicas é o caso de conjuntor, disjuntor, condicional e bicondicional.

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Operadores Símbolos Exemplos Leitura dos símbolos
Negador ~( ˺ ) ~p (˺p) Não p; não é verdade que p; é falso que p; não é o
caso de p; não é certo que p.
Conjuntor ‸ (. ou &) p^q P e q; (conjunções equivalentes: mas, também,
ainda que, porem, etc).
Disjuntor inclusivo V Pvq P ou q
Disjuntor exclusivo 𝑉̇ , V, w Pvq Ou p ou q
Condicional → ou ⊃ p→q Se p então q, se p,q
Bicondicional ↔ ou ≅ p↔q Se e somente se p, q. se e só se p, quando e somente
quando.

Para além dos operadores usam-se também os sinais auxiliares como (parentese: cursos, rectos, chavetas,
virgulas e aspas), sem estes sinais teríamos imensas dificuldades em diferenciar as seguintes proposições:
~p(p→q) e ~p→q.

Regras da lógica proposicional


Para passar duma linguagem natural para a simbólica devemos traduzir as proposições atómicas para a forma
canónica, interpretar os enunciados atribuindo uma letra distinta a cada proposição simples e por último fixar os
conectores.
Ex. Não é verdade que Bonifácio é sapateiro e Danilo é chefe da polícia.

~p ^ q
~p^q

Construção de tabelas e cálculo das combinações


Determina-se o número de linhas que a tabela terá servindo-se para tal da seguinte formula; n=2n onde “n” é o
número de proposições simples e o 2 é o valor lógico da proposição simples, cada proposição tem o valor
lógico de verdadeiro ou falso V/F.
Ex.~p^q 2n=22=4
p q ~p ~p^q
V V F F
V F F F
F V V V
F F V F
As Cinco operações lógicas basilares: Negação, Conjunção, Disjunção, Implicação (Condicional) e
Equivalência (Bicondicional).
Diz-se num cálculo lógico que o seu valor lógico é uma tautologia quando tudo é verdade, contradição
quando tudo é falso e contingência ou indeterminação quando há mistura dos dois valores lógico.
Negação ~q
A negação de uma proposição qualquer é representada pela proposição cujo valor lógico seja contrária a ela
mesma.
Ex. q: A Justina é menina das vaidades.
~q: não é verdade que Justina é menina das vaidades.
2 =21=2
n

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Q ~q
V F
F V

Conjunção ^
A conjunção é verdadeira quando e somente quando todos os seus juízos forem verdadeiros, caso contrário
é falso.
Ex. p: Deise é menina da rua.
q: Hugo é mendigo
p^q = Deise é menina da rua e Hugo é mendigo.
2n=22=4
p Q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

Disjunção inclusiva/fraca v
É verdade se pelo menos uma das proposições ou juízos for verdadeiro.
Ex. p: os políticos são mentirosos.
q: o povo é emocionado.
pvq: os políticos são mentirosos ou o povo é emocionado.
2n=22=4

P q pvq
V V V
V F V
F V V
F F F

Disjunção exclusiva ou forte v


É verdadeira somente quando um dos seus juízos for verdadeiro. Quando os juízos tiverem valores lógicos
opostos.
Ex. p: A Eva é pecadora.
q: Todos homens são apaixonados.
pvq: Ou a Eva é pecadora ou todos homens são apaixonados.
2n=22=4
p q pvq
V V F
V F V
F V V
F F F

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Implicação (condicional) →
É falso se e só se o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.
Ex. p: A Bruchela foi a escola.
q: O Gastão é humorista.
p→q: Se a Bruchela foi à escola então o Gastão é humorista.
2 =22=4
n

P q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Bicondicional ou equivalência ↔
É verdadeira se e só se os dois juízos tiverem o mesmo valor logico.
Ex. p: O Júlio é carpinteiro.
q: A Núria é cabeleira.
p↔q: O Júlio é carpinteiro se e só se a Núria é cabeleira.
2n=22=4

P q p↔q
V V V
V F F
F V V
F F V

Fim do I trimestre.

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