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1.

Argumentação e lógica
formal
1.1. Distinção validade – verdade

2. A Filosofia na cidade
1.1.1. A definição de lógica
Raciocínio ou inferência

Operação mental através da qual


chegamos a uma conclusão partindo
de determinadas razões.

Comunicar o raciocínio

Argumento

Todos os seres racionais possuem a capacidade


de raciocinar e de argumentar, mas nem todos o
fazem de modo correto.
ARGUMENTOS

Têm na sua base convicções,


crenças, ideias, opiniões,
informações: aquilo em que
acreditamos acerca do mundo.

Existência de discordâncias:
não há uma verdade única.

Mas há crenças partilhadas e bastante consensuais.

Essas crenças levam-nos a discordar de conclusões que


eventualmente as contradigam e das razões avançadas para
as apoiar.
Exemplo Exemplo

Todos os mamíferos são inteligentes. Todos os mamíferos são inteligentes.


Todos os seres humanos são mamíferos. Todos os seres humanos são inteligentes.
Logo, todos os seres humanos são inteligentes. Logo, todos os seres humanos são mamíferos.

Podemos discordar desta conclusão, mas temos Ainda que consideremos a conclusão verdadeira,
de reconhecer que a forma como ela é obtida é não faz sentido aceitá-la a partir das razões em
consistente, razoável e válida. que ela se baseia.

Podemos aceitar ou rejeitar a correção de uma forma de raciocínio, sem que isso implique
aceitar ou rejeitar o conteúdo das crenças de que se parte e das crenças a que se chega.
LÓGICA

Disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (ou válidos) e
incorretos (ou inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação
que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras.

Estudo das leis, princípios e regras a que devem obedecer o


pensamento e o discurso para serem válidos.

Lógica formal Lógica informal

Analisa
Analisa a validade essencialmente a
dos argumentos validade dos
dedutivos. argumentos não
dedutivos.
1.1.2. O argumento
ARGUMENTO

Conjunto de proposições
devidamente articuladas

Conclusão
Premissa(s)
(tese)

A(s) premissa(s) procura(m) defender,


sustentar ou justificar a conclusão.
Exemplo

ANTECEDEN Premissa Todos os portugueses são europeus.


TE Premissa Os alentejanos são portugueses.
CONSEQUEN
Conclusão Logo, os alentejanos são europeus.
TE

Indicador de
Nexo lógico
conclusão

Não se enquadram na categoria de «argumentos» aqueles que são


meros conjuntos de proposições sem qualquer conexão lógica entre si.

Exemplo
Um argumento tem subjacente uma
Os rapazes são giros.
inferência ou raciocínio, uma operação
As cerejas fazem bem à saúde.
que efetua a transição lógica entre
Logo, as férias devem continuar.
proposições.
PROPOSIÇÕES FRASES

Nem todas as frases expressam proposições.

Só as frases declarativas.

Afirmam, negam, atribuem, declaram ou


constatam alguma coisa.

Podem ser consideradas verdadeiras ou falsas.


EXEMPLOS DE FRASES QUE NÃO EXPRESSAM PROPOSIÇÕES

EXEMPLOS TIPO DE FRASE


Saia da minha frente! Frase imperativa.
Que belo jardim você tem! Frase exclamativa.
Quem sou eu? Frase interrogativa.
Farei o que me mandas fazer. Frase que traduz uma promessa.
Ajuda-me a transportar estes sacos. Frase que expressa um pedido.

PROPOSIÇÃO

Pensamento ou conteúdo, verdadeiro ou


falso, expresso por uma frase declarativa.

A mesma proposição pode ser expressa por


diferentes frases declarativas:
“A Terra é contemplada pelo astronauta a partir da Lua.”
=
“O astronauta contempla a Terra a partir da Lua.”
Proposições Exemplos

Afirmam ou negam Todos os rios correm.


Simples Categóricas sem restrições nem Os poetas não são
condições. arquitetos.

Afirmam ou negam Se viajo, então aprendo.


Condicionais sob determinadas Se não fores, então vou
condições. eu.

Afirmam ou negam Disjunção exclusiva:


Compostas em forma de Ou és sábio ou és
(complexas) ignorante.
alternativas que se
Disjuntivas excluem (disjunção
exclusiva) ou não Disjunção inclusiva:
(disjunção És inteligente ou boa
pessoa.
inclusiva).

As proposições, simples ou compostas, relacionam-se umas com as outras,


organizando-se em operações mais complexas – os argumentos.
PROPOSIÇÕES Relacionam termos.

É geralmente entendido como a


TERMO
expressão verbal do conceito.

JUÍZO CONCEITO Elemento básico do pensamento.

•O mesmo conceito pode ser


Operação expresso por termos Representação intelectual de
mental que diferentes sob o ponto de determinada realidade.
permite vista linguístico.
estabelecer
uma relação •O mesmo vocábulo pode
entre
exprimir diferentes conceitos O conteúdo dessa representação
(termos distintos sob o ponto
conceitos e de vista lógico).
Pode dizer respeito a uma classe de
que está objetos ou a uma realidade singular.
subjacente à •Um termo pode ser (No entanto, há autores que defendem que só as
formação de constituído por mais do que noções ou ideias gerais é que podem ser
uma palavra, exprimindo consideradas conceitos.)
proposições.
um único conceito.
DEFINIÇÃO

Procura fornecer o significado


e permitir a compreensão do Uma definição
que é definido. bem construída
nunca será
demasiado ampla
Definição explícita nem demasiado
restrita.

Aquela que é feita com base em condições


necessárias e suficientes. Uma definição,
para ser explícita,
Exemplo: deve ser clara e
convir inteira e
“A macieira é uma árvore que tem como fruto a exclusivamente
maçã.” ao definido,
«Ter como fruto a maçã» e «ser árvore» são condições necessárias, mas garantindo a
também suficientes, para que algo seja uma macieira. reciprocidade ou
a troca de
lugares.
Indicadores de premissa e de conclusão

Uma vez que é uma atividade física, o Proposição 1 – O desporto é atividade física.
desporto é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é saudável.
atividade física é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável.

Indicadores de premissa Toda a atividade física é saudável.


Todo o desporto é atividade física.
Logo, todo o desporto é saudável.

Indicador de conclusão
Indicadores de premissa e de conclusão
(continuação)

O Universo não é infinito. Com efeito, Proposição 1 – O Universo não é infinito.


se o Universo fosse infinito, a força da Proposição 2 – Se o Universo fosse infinito, a
gravidade não existiria. Ora, a força da força da gravidade não existiria.
gravidade existe. Proposição 3 – A força da gravidade existe.

Se o Universo fosse infinito, a força da


Indicadores de premissa gravidade não existiria.
A força da gravidade existe.
Logo, o Universo não é infinito.

Indicador de conclusão
O ENTIMEMA

A premissa «Todos os estudiosos obtêm


António é estudioso.
Logo, António obtém boas classificações.
boas classificações» encontra-se implícita,
tendo sido suprimida.

ENTIMEMA
Indicador de conclusão

Argumento em que uma ou mais


proposições são omitidas,
encontrando-se subentendida(s) –
pode inclusive omitir-se a conclusão.
Alguns indicadores de premissa Alguns indicadores de conclusão

Porque… Logo…
Pois… Então…
Admitindo que… Por conseguinte…
Pressupondo que… Portanto…
Considerando que… Por isso…
Partindo do princípio de que… Consequentemente…
Sabendo que… Segue-se que…
Dado que… Infere-se que…
Uma vez que… Conclui-se que…
Devido a… É por essa razão que…
Como… Daí que…
Ora… Assim…
Em virtude de… Isso prova que…
1.1.3. A verdade e a validade
PROPOSIÇÕES

VERDADE FALSIDADE

Aplicam-se à matéria ou conteúdo das proposições. Se


estiverem de acordo com a realidade, as proposições são
verdadeiras; se não estiverem, são falsas.

São qualidades próprias dos argumentos, resultantes do facto


de as premissas apoiarem ou não a conclusão.

VALIDADE INVALIDADE

ARGUMENTOS
VALIDADE
VALIDADE A validade traduz uma certa relação entre os valores de
verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão.
NÃO
DEDUTIVA
DEDUTIVA
ARGUMENTOS
DEDUTIVOS

A sua validade depende apenas da forma lógica.

Se as premissas
forem verdadeiras
Num argumento dedutivo válido é logicamente impossível que
e a conclusão falsa,
as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. então o argumento
é inválido.

Os argumentos dedutivos válidos são especialmente


apreciados pelos filósofos.

Estes argumentos
preservam a verdade.
Exemplo Exemplo

Todos os alunos são sensatos. Todos os alunos são sensatos.


Todos os jovens de dezasseis anos são alunos. Todos os jovens de dezasseis anos são sensatos.
Logo, todos os jovens de dezasseis anos são sensatos. Logo, todos os jovens de dezasseis anos são alunos.

Argumento válido Argumento inválido

É logicamente impossível as duas premissas A verdade da conclusão não é garantida pela


serem verdadeiras e a conclusão falsa. verdade das premissas.

Todos os A são B. Importância da Todos os A são B.


Todos os C são A. forma lógica do Todos os C são B.
Logo, todos os C são B. argumento. Logo, todos os C são A.

Forma válida Forma inválida


Pode haver argumentos dedutivos válidos com premissas e conclusão falsas.

Todos os portugueses são pintores.


Bertrand Russell é português.
Logo, Bertrand Russell é pintor.

Pode haver argumentos dedutivos inválidos com premissas e conclusão verdadeiras.

Todos os naturais de Lisboa são portugueses.


Fernando Pessoa é português.
Logo, Fernando Pessoa é natural de Lisboa.
Argumentos dedutivos

Argumento dedutivo válido Argumento dedutivo inválido

Argumento que tem uma forma lógica tal


que a verdade das premissas garante Argumento que tem uma forma lógica tal
sempre a verdade da conclusão, sendo que a verdade das premissas não garante
impossível que as premissas sejam a verdade da conclusão.
verdadeiras e a conclusão falsa.

Premissas Argumento Conclusão


Verdadeira
Válido
Verdadeiras É impossível ser falsa
Verdadeira
Inválido
Falsa
Verdadeira
Válido
Falsa
Falsas
Verdadeira
Inválido
Falsa
Argumentos sólidos: argumentos válidos constituídos por proposições verdadeiras.
Falácia

Argumento incorreto ou inválido, embora


aparente ser válido.

Falácias cometidas Falácias cometidas


involuntariamente intencionalmente

Paralogismo Sofisma
Falácias formais Falácias informais

Resultam de
Decorrem apenas aspetos que vão
da forma lógica do para lá da forma
argumento. lógica do
argumento.
ARGUMENTOS
NÃO DEDUTIVOS

A sua validade depende de aspetos que vão para lá da


forma lógica do argumento.

Num argumento não dedutivo, a verdade das premissas


apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a
probabilidade de ela ser também verdadeira.

Um argumento não dedutivo é válido quando é


improvável, mas não propriamente impossível, ter
premissas verdadeiras e conclusão falsa.
ARGUMENTOS NÃO
DEDUTIVOS

INDUTIVOS OUTROS

A indução conduz-nos a conclusões que não derivam


necessariamente das premissas.

Alguns estudantes copiam nos testes. Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes.
Logo, todos os estudantes copiam nos testes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede.

Argumento indutivo Argumento Argumento indutivo Argumento


inválido fraco válido forte

A verdade das premissas não A verdade das premissas fornece


fornece fortes razões para pensar fortes razões para pensar que a
que a conclusão é verdadeira. conclusão é verdadeira.
1.2. Formas de inferência válida e
principais falácias

2. A Filosofia na cidade
1.2.1. Lógica silogística
Estrutura das proposições categóricas

Numa proposição categórica, afirmamos ou


negamos alguma coisa – o termo predicado – de
uma outra coisa – o termo sujeito.

Todos os artistas são sábios.

SUJEITO CÓPULA PREDICADO

Ser relativamente Característica ou


Elemento que faz a
ao qual se afirma qualidade que se
ligação do sujeito
ou nega o afirma ou nega do
com o predicado.
predicado. sujeito.

SéP
Proposições
Exemplos afirmativas
VERDADEI
RA
Portugal é um país europeu. Estabelecem uma
conveniência entre os
sujeitos e os predicados
FALSA O Sol é um planeta. respetivos.

Indicam uma Picasso não é o autor de Guernica. FALSA


inconveniência entre os
sujeitos e os
predicados respetivos. VERDADEI
Nenhum cão é animal aquático. RA

Proposições negativas

A proposição categórica é o enunciado que estabelece uma


relação de afirmação ou de negação entre termos, podendo tal
relação ser considerada verdadeira ou falsa.
QUANTIFICADOR
ES

EXISTENCIA Nota:
UNIVERSAIS há outros
L quantificadores
com idêntico
significado –
«NENHUM por exemplo,
«TODOS» «ALGUM»
» «Qualquer»
equivale a
«Todos».

Permitem-nos saber se o sujeito é tomado na sua totalidade ou somente em parte.

Exemplos:
1. Todos os seres humanos são bípedes.
2. Alguns seres humanos não são altos.

Nas proposições categóricas há uma relação de inclusão ou de não inclusão,


na classe relativa ao predicado, de todos ou de apenas alguns dos elementos
que fazem parte da classe do sujeito.
TERMO GERAL

Designa os membros de determinada classe.

COMPREENSÃ
EXTENSÃO
O (INTENSÃO)

É o sentido ou a
significação de um Exemplo:
É o conjunto de conceito / termo, propriedades
seres, objetos, isto é, a propriedade comuns aos cães -
Exemplo: todos os
membros ou o conjunto de animal, mamífero,
cães.
abrangidos por um propriedades que vertebrado,
conceito / termo. determinam a quadrúpede,
extensão do ladrador, etc.
conceito.

Nota: em geral, quanto maior é o número de elementos a


que o conceito se aplica (extensão), menor é a quantidade
de características comuns (compreensão) e vice-versa.
PROPOSIÇÕES

Forma-padrão ou forma canónica

Exemplos: Exemplos:
Os gatos vivem. Todos os gatos são viventes.
Os americanos cantam. Todos os americanos são cantores.

Quaisquer frases declarativas podem exprimir proposições do tipo «S é P».


Exemplo

Os gatos que brincam na minha rua descobrem ratos nos locais mais obscuros das casas silenciosas»
equivale a «Todos os gatos que brincam na minha rua são descobridores de ratos nos locais mais
obscuros das casas silenciosas.
PROPOSIÇÕES
CATEGÓRICAS
QUALIDADE QUANTIDADE

PARTICULARE
AFIRMATIVAS NEGATIVAS UNIVERSAIS
S
Uma proposição é
negativa quando ela
Uma proposição é nos indica – nuns Uma proposição é
Uma proposição é
afirmativa quando casos através da considerada
considerada universal
ela nos indica – cópula, noutros particular quando o
quando o sujeito é
através da cópula – através de sujeito é tomado
tomado em toda a sua
que o predicado quantificadores como apenas numa parte
extensão.
convém ao sujeito. «Nenhum» – que o da sua extensão.
predicado não
convém ao sujeito.

Exemplo: Exemplo: Exemplo: Exemplo:


Qualquer deus é Há animais que não Todos os cães são Alguns insetos
imortal. são mortais. vertebrados. perturbam.

NOTA: as proposições singulares – aquelas em que um predicado/atributo é afirmado ou


negado de um único sujeito – serão consideradas proposições universais.
Tipos de proposições Forma lógica

Tipo A Universal afirmativa Todo o S é P.

Tipo E Universal negativa Nenhum S é P.

Tipo I Particular afirmativa Algum S é P.

Tipo O Particular negativa Algum S não é P.


QUADRADO DE OPOSIÇÃO

Exemplo: Todos os Exemplo: Nenhum papel


papéis são brancos. é branco.

A CONTRÁRIAS
E
SUBALTER CONTRADITÓ SUBALTER
NAS RIAS NAS

I SUBCONTRÁRIAS
O
Exemplo: Alguns papéis Exemplo: Alguns papéis
são brancos. não são brancos.
Proposições categóricas na sua forma-padrão ou forma
canónica e outras expressões das mesmas

Tipo A Universais afirmativas

O predicado é afirmado de todos os elementos da classe que o sujeito representa.

Forma-padrão Outras expressões

Qualquer filósofo é crítico.


Ser filósofo é ser crítico.
Todo o S é P Os filósofos são críticos.
O filósofo é crítico.
Todos os filósofos são críticos. Quem é filósofo é crítico.
Não há filósofos que não sejam críticos.
Só há filósofos críticos.
Tipo E Universais negativas

O predicado é negado de todos os elementos da classe que o sujeito representa.

Forma-padrão Outras expressões

Os animais não são perigosos.


O animal não é perigoso.
Nenhum S é P Ser perigoso não é uma característica dos
animais.
Nenhum animal é perigoso. Não há animal que seja perigoso.
Só existem animais não perigosos.
Todos os animais não são perigosos.
Tipo I Particulares afirmativas
O predicado é afirmado apenas de uma parte dos elementos da classe que o
sujeito representa.
Forma-padrão Outras expressões

Certos dias são belos.


Algum S é P
Há dias belos.
Existem dias belos.
Alguns dias são belos.
Existe pelo menos um dia que é belo.
Tipo O Particulares negativas
O predicado é negado apenas de uma parte dos elementos da classe que o sujeito
representa.
Forma-padrão Outras expressões

Certos caminhos não são transitáveis.


Algum S não é P Há caminhos não transitáveis.
Existem caminhos não transitáveis.
Alguns caminhos não são Existe pelo menos um caminho que não é
transitáveis. transitável.
Nem todos os caminhos são transitáveis.
A DISTRIBUIÇÃO DOS TERMOS

Todos os gatos são animais. S


TIPO A
D ND Termo
P distribuído (D):
Todo o S é P quando é tomado
universalmente
Nenhum gato é animal. S P (ou seja, em toda
TIPO E
D D a sua extensão).
Nenhum S é P
Termo não
distribuído (ND):
Alguns gatos são animais. S P quando não é
TIPO I
ND ND tomado
universalmente
Algum S é P
(refere-se apenas
a uma parte da
Alguns gatos não são animais. S P sua extensão).
TIPO O
ND D
Algum S não é P
Para compreender a distribuição do predicado

Proposições de tipo A Proposições de tipo E


– universais afirmativas – universais negativas

Nenhuns seres humanos são anjos.


Todos os deuses são benfeitores.
Isto significa que todos os anjos se
Isto significa que todos os deuses
encontram excluídos da classe dos
são alguns dos benfeitores.
seres humanos.
Proposições de tipo I Proposições de tipo O
– particulares afirmativas – particulares negativas

Alguns desportistas não são ricos.


Alguns loucos são inteligentes.
Isto significa que à classe de todos
Isto significa que alguns loucos são
os ricos não pertencem alguns
alguns dos inteligentes.
desportistas.
Silogismo categórico regular

Forma particular de argumento dedutivo, tendo sido


Aristóteles o seu criador.

Argumento formado por três proposições categóricas, de tal maneira que,


sendo dadas as duas primeiras – as premissas –, se segue necessariamente a
terceira – a conclusão –, desde que o argumento seja válido.

Necessidade lógica entre as premissas e a conclusão.

Aceitando as premissas, somos obrigados a aceitar a conclusão.


Silogismo categórico regular

Premissa maior Contém o termo maior (P) e o termo médio (M).

Premissa menor Contém o termo menor (S) e o termo médio (M).

Faz a ligação entre o termo maior e o termo


Conclusão
menor.
A classificação dos termos é feita com base na função que eles
desempenham nas proposições em que se encontram.

Termo maior É sempre o predicado da conclusão.

Termos
extremos

Termo menor É sempre o sujeito da conclusão.

Serve de intermediário dos anteriores, permitindo


Termo médio a passagem das premissas à conclusão. Nunca
deve entrar na conclusão.
SILOGISMO CATEGÓRICO
REGULAR
Forma lógica

Premissa M P Todos os M são P.


maior Todos os cientistas são sábios.
ANTECEDEN
TE
Premissa S M Todos os S são M.
menor Todos os biólogos são cientistas.

CONSEQUEN S P Logo, todos os S


Conclusão são P.
TE Logo, todos os biólogos são sábios.

O silogismo categórico regular é um argumento que, a partir de um antecedente que


relaciona dois termos (o maior e o menor) com um terceiro (o médio), chega a um
consequente que relaciona esses dois termos entre si.
A FORMA DO SILOGISMO: O MODO E A
FIGURA

64 modos
Modo Tipo de proposições (A, E, I, O)
possíveis

Forma do 256 (64x4)


Apenas 24 destas formas são válidas. formas
silogismo
possíveis

4
Posição do termo médio (nas
Figura premissas) figuras
possíveis
AS QUATRO FIGURAS DO SILOGISMO

Primeira figura: o termo médio é sujeito na Segunda figura: o termo médio é predicado nas
premissa maior e predicado na premissa menor. duas premissas.
MOD FIGUR MOD FIGUR
O EXEMPLO A O EXEMPLO A
A Todos os mamíferos sonham. E Nenhum português é asiático.
Os macacos são mamíferos.
M–P Todos os chineses são asiáticos.
P–M
A Logo, os macacos sonham. S–M A Logo, nenhum chinês é português. S–M
A S–P E S–P

Terceira figura: o termo médio é sujeito nas duas Quarta figura: o termo médio é predicado na
premissas. premissa maior e sujeito na premissa menor.
MOD FIGUR MOD FIGUR
O EXEMPLO A O EXEMPLO A
I Alguns filósofos são alemães. E Nenhum gato é ave.
Todos os filósofos são europeus.
M–P Algumas aves são mamíferos.
P–M
A Logo, alguns europeus são alemães. M–S I Logo, alguns mamíferos não são gatos. M–S
I S–P O S–P
24 formas válidas do silogismo categórico regular

Primeira figura Segunda figura Terceira figura Quarta figura

AAA EAE AAI AAI


EAE AEE IAI AEE
AII EIO AII IAI
EIO AOO EAO EAO
AAI EAO OAO EIO
EAO AEO EIO AEO
Forma canónica tradicional do silogismo

Exemplo Premissa maior: Todos os estudiosos são perspicazes. 1.ª


Premissa menor: Todos os alunos portugueses são estudiosos. 2.ª
Conclusão: Logo, todos os alunos portugueses são perspicazes.. 3.ª

Primeira figura
Modo: AAA

Mas tal ordem de colocação não é obrigatória,


nomeadamente no que se refere às premissas.

Exemplo Alguns filósofos são crentes. S–M


Este Devemos
Todos os crentes são felizes. M–P silogismo identificar
Logo, alguns filósofos são felizes. S–P pertence à as premissas
primeira a partir da
Todos os crentes são felizes. M–P figura e posição dos
não à termos na
Alguns filósofos são crentes. S–M
quarta. conclusão.
Logo, alguns filósofos são felizes. S–P
Regras da validade do silogismo categórico

Um silogismo categórico válido é aquele que respeita todas as regras.

1.ª O silogismo tem três termos, e só três termos: o maior, o


regra menor e o médio.

Silogismo inválido Silogismo válido

As rosas são flores. As rosas são flores.


Algumas mulheres são Rosas. Algumas coisas belas são rosas.
Logo, algumas mulheres são flores. Logo, algumas coisas belas são flores..

Este silogismo tem quatro termos. A Além de cumprir as restantes regras,


palavra «rosas» está usada em dois este silogismo contém, apenas, três
sentidos, valendo por dois termos. termos.
2.ª
O termo médio nunca pode entrar na conclusão.
regra

Falso silogismo Silogismo válido

Alguns pintores são inteligentes. Os pintores são inteligentes.


Alguns pintores são artistas. Os pintores são artistas.
Logo, alguns artistas são pintores. Logo, alguns artistas são inteligentes..

O termo médio («pintores») entra


O termo médio encontra-se apenas nas
indevidamente na conclusão, onde o
premissas. Além disso, este silogismo
termo «inteligentes» nem sequer
cumpre todas as restantes regras.
aparece. Embora seja válido, este
argumento não é um silogismo.
3.ª O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda
regra a sua extensão: tem de estar distribuído pelo menos uma vez.

Silogismo inválido Silogismo válido


Algumas pontes são belas.
Todas as pontes são belas.
Algumas pontes são construções seguras.
Algumas pontes são construções seguras.
Logo, algumas construções seguras são
Logo, algumas construções seguras são belas.
belas.

As premissas, ao apresentarem ambas um Além de cumprir todas as restantes regras,


termo médio («pontes») tomado apenas em este silogismo também cumpre a regra
parte da sua extensão, não nos permitem presente, pois o termo «pontes» encontra-se
concluir que existem pontes distribuído na primeira premissa.
simultaneamente belas e seguras. A
conclusão é, por isso, ilegítima.
4.ª Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que
regra nas premissas.

Silogismo inválido Silogismo válido

Os europeus são inteligentes. Os europeus são inteligentes.


Os portugueses não são europeus. Os portugueses são europeus.
Logo, os portugueses não são inteligentes. Logo, os portugueses são inteligentes.

Neste silogismo, nenhum termo é mais


Na conclusão é tomado universalmente um
extenso na conclusão do que nas premissas. O
termo que nas premissas o é apenas em
termo maior não se encontra distribuído nem
parte – o termo maior: «inteligentes».
na premissa nem na conclusão; o menor é
tomado universalmente em ambas. Este
silogismo também cumpre as restantes
regras.
5.ª A conclusão deve seguir sempre a parte mais fraca (negativa
regra e particular).

Silogismo inválido Silogismo válido

Todos os homens são felizes. Todos os homens são felizes.


Alguns homens são espertos. Alguns homens são espertos.
Logo, todos os espertos são felizes. Logo, alguns espertos são felizes.

Neste silogismo, além de se cumprirem


A conclusão é ilegítima, por se
as restantes regras, também a
apresentar como universal quando,
conclusão segue a parte mais fraca: a
afinal, há uma premissa particular (a
segunda premissa.
parte mais fraca deste silogismo).
6.ª
De duas premissas negativas nada se pode concluir.
regra

Silogismo inválido Silogismo válido


Nenhum poeta é fumador.
Nenhum poeta é fumador.
Alguns desportistas são fumadores.
Nenhum fumador é desportista.
Logo, alguns desportistas não são
Logo, nenhum desportista é poeta.
poetas.

Este silogismo, além de respeitar as


Neste silogismo, a conclusão é restantes regras, também permite
indevidamente extraída das premissas, estabelecer uma ligação entre os
das quais aliás nenhuma conclusão se termos.
pode extrair, pois não há uma ligação
entre os termos.
7.ª
De duas premissas particulares nada se pode concluir.
regra

Silogismo inválido Silogismo válido


Alguns jovens são espertos. Todos os jovens são espertos.
Alguns jovens não são desconfiados. Alguns jovens são desconfiados.
Logo, alguns seres desconfiados não Logo, alguns seres desconfiados são
são espertos. espertos.

Em silogismos com premissas


particulares, a conclusão será extraída Este silogismo respeita a presente
indevidamente, na medida em que regra e todas as restantes.
haverá violação de alguma outra
regra. No exemplo apresentado, o
termo médio não se encontra
distribuído pelo menos uma vez.
8.ª De duas premissas afirmativas não se pode extrair uma
regra conclusão negativa.

Silogismo inválido Silogismo válido


Todos os artistas são cantores.
Todos os artistas são cantores.
Alguns americanos são artistas.
Alguns americanos são artistas.
Logo, alguns americanos não são
Logo, alguns americanos são cantores.
cantores.

Neste silogismo afirma-se, nas


premissas, uma ligação dos termos Este silogismo é válido, pois respeita a
«cantores» e «americanos» com o presente regra e todas as restantes.
termo «artistas». Sendo assim,
também se deveria afirmar alguma
ligação entre os termos extremos na
conclusão, o que não acontece.
Quadro-síntese das regras da validade do silogismo categórico

Regras relativas aos termos Regras relativas às proposições

1.ª O silogismo tem apenas três termos. 5.ª A conclusão deve seguir sempre a
parte mais fraca.
2.ª O termo médio nunca pode entrar
na conclusão. 6.ª De duas premissas negativas nada se
pode concluir.
3.ª O termo médio deve ser tomado
pelo menos uma vez em toda a sua 7.ª De duas premissas particulares
extensão. nada se pode concluir.

4.ª Nenhum termo pode ter maior


extensão na conclusão do que nas 8.ª De duas premissas afirmativas não
premissas. se pode tirar uma conclusão negativa..
Falácias no silogismo categórico

Sempre que se desrespeitam as regras do silogismo, seja as relativas aos termos,


seja as relativas às proposições, comete-se uma falácia.
Algumas das falácias do silogismo categórico apresentam designações específicas:

Falácia do Falácia das


Falácia dos Falácia da Falácia da
termo médio premissas
quatro termos ilícita maior ilícita menor
não distribuído exclusivas

Quando o termo Quando o termo


maior se encontra menor se encontra Quando se extrai
Quando se infringe distribuído na distribuído na uma conclusão de
a regra segundo a conclusão e não na conclusão e não na duas premissas
Quando se infringe
qual o termo premissa, premissa, negativas,
a regra segundo a
médio deve ser infringindo –se a infringindo-se a infringindo-se a
qual o silogismo
tomado pelo regra segundo a regra segundo a regra segundo a
tem três termos e
menos uma vez em qual nenhum qual nenhum qual de duas
só três termos.
toda a sua termo pode ter termo pode ter premissas
extensão. maior extensão na maior extensão na negativas nada se
conclusão do que conclusão do que pode concluir.
nas premissas. nas premissas.
Silogismo condicional

Silogismo cuja premissa maior é uma


proposição condicional

Antecedente Consequente

Exemplo
Premissa maior Se há vida após a morte, então a existência tem sentido.
Premissa menor Há vida após a morte.
Conclusão Logo, a existência tem sentido.
Expressões alternativas de proposições condicionais

•A existência tem sentido, se houver vida após a morte.

•A existência tem sentido, caso haja vida após a morte.

•Desde que haja vida após a morte, a existência tem sentido.

•Se há vida após a morte, a existência tem sentido.

•A existência não tem sentido, a menos que haja vida após a morte.

•Para a existência ter sentido basta haver vida após a morte.


Silogismo condicional

Modos válidos

Modo afirmativo Modo negativo

Modus ponens Modus tollens

Há uma relação necessária entre as


premissas e a conclusão.
Modus ponens

Modo que consiste em afirmar o antecedente na premissa menor


e em afirmar, de seguida, o consequente na conclusão.

Forma lógica Exemplos

Se P, então Q.
Se compro a casa, então gasto muito dinheiro.
P.
Compro a casa.
Logo, Q. Logo, gasto muito dinheiro.

Se não gasto dinheiro, então faço uma boa poupança.


Não gasto dinheiro.
Logo, faço uma boa poupança.
Modus tollens

Modo que consiste em negar o consequente na premissa menor e


em negar depois o antecedente na conclusão.

Forma lógica Exemplos

Se P, então Q. Se compro a casa, então gasto muito dinheiro.


Não Q. Não gasto muito dinheiro.
Logo, não P. Logo, não compro a casa.

Se estiver sol, então não fico em casa.


Fico em casa.
Logo, não está sol.
Silogismo condicional: falácias

Falácia da afirmação do consequente: Falácia da negação do antecedente:


afirma-se o consequente na premissa nega-se o antecedente na premissa menor e
menor e o antecedente na conclusão. o consequente na conclusão.
Se P, então Q. Se P, então Q.
Forma lógica Q. Forma lógica Não P.
Logo, P. Logo, não Q.
Exemplos Exemplos

Se chove, então fico em casa. Se chove, então fico em casa.


Fico em casa. Não chove.
Logo, chove. Logo, não fico em casa.

Se não chove, então não fico em casa. Se não chove, então não fico em casa.
Não fico em casa. Chove.
Logo, não chove. Logo, fico em casa.
Silogismo disjuntivo

Silogismo cuja premissa maior é uma


proposição disjuntiva (que pode ser
exclusiva ou inclusiva).

A premissa menor afirma ou nega uma


das alternativas. A conclusão, por sua
vez, afirma ou nega a outra, em função
do que se passar na premissa menor.

Exemplo
Premissa maior Ou sou inocente ou sou culpado.
Premissa menor Sou inocente.
Conclusão Logo, não sou culpado.
Silogismo disjuntivo
(disjunção exclusiva)

Modos válidos

Modus ponendo tollens (modo Modus tollendo ponens (modo


que, afirmando, nega) que, negando, afirma)

Há uma relação necessária entre as


premissas e a conclusão.
Modus ponendo tollens

Modo cuja premissa maior é uma disjunção exclusiva, cuja premissa


menor afirma uma das alternativas e cuja conclusão nega a outra.

Forma lógica Exemplos

Ou P ou Q.
Ou penso ou sinto.
P.
Penso.
Logo, não Q.
Logo, não sinto.

OU:
Ou não estou desconcentrado ou estou cansado.
Ou P ou Q. Estou cansado.
Q. Logo, estou desconcentrado.
Logo, não P.
Modus tollendo ponens

Modo cuja premissa maior é uma disjunção exclusiva, cuja premissa


menor nega uma das alternativas e cuja conclusão afirma a outra.

Forma lógica Exemplos

Ou P ou Q.
Não P. Ou chove ou faz sol.
Não chove.
Logo, Q.
Logo, faz sol.

OU:
Ou não fico em casa ou não vou para a rua.
Ou P ou Q. Vou para a rua.
Não Q. Logo, não fico em casa.
Logo, P.
Proposições disjuntivas

Disjunção completa ou
Disjunção inclusiva.
exclusiva.

Uma das alternativas Uma alternativas não


exclui a outra. exclui a outra.

Exemplo: Exemplo:
Ou danço ou estou quieto. Escrevo ou sorrio.
Falácia no silogismo disjuntivo Modus tollendo ponens

A premissa maior é uma disjunção inclusiva, a Modo cuja premissa maior é uma disjunção
premissa menor apresenta a afirmação de uma inclusiva, cuja premissa menor apresenta a
das alternativas (que não se excluem) e a negação de uma das alternativas (que não se
conclusão nega a outra. excluem) e cuja conclusão afirma a outra.

Forma Forma
Exemplos Exemplos
lógica lógica

Sou marinheiro ou cantor. P ou Q. Escrevo ou sorrio.


P ou Q.
Sou marinheiro. Não P. Não escrevo.
P.
Logo, não sou cantor. Logo, Q. Logo, sorrio.
Logo, não Q.
Ou:
Ou:
Os pássaros voam ou não
Sou marinheiro ou cantor. P ou Q. cantam.
P ou Q.
Sou cantor. Não Q. Os pássaros cantam.
Q.
Logo, não sou marinheiro. Logo, P. Logo, voam.
Logo, não P.
1.2.2. Lógica proposicional
PROPOSIÇÃO

Pensamento ou conteúdo expresso por uma frase declarativa, suscetível de


ser considerada verdadeira ou falsa.

As proposições têm valor de verdade.

Simples ou elementares Complexas ou compostas

São proposições em que São proposições em que


não estão presentes está presente um operador
quaisquer operadores. ou mais do que um.

Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são amarelas. As casas são brancas ou as casas são amarelas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
O mundo foi criado por
Deus existe. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
Deus.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
Proposições

Simples Complexas

O seu valor de verdade


O seu valor de verdade
depende do valor de
depende do facto de elas
verdade das proposições
estarem ou não de acordo
simples e dos operadores
com a realidade.
utilizados.

Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.

verdadeira falsa falsa

Gertrudes é arquiteta ou Paulo é engenheiro.

verdadeira
Operadores Proposicionais

Trata-se de palavras ou expressões que, sendo ligadas a determinada(s)


proposição(ões), permitem formar novas proposições.

«Penso que», «visto


que», «acredito «E», «ou», «se…,
que», «é possível então», etc.
que», etc.

Operadores
verofuncionais
(operadores lógicos
ou conetivas
Proposição complexa função de verdade proposicionais).

Operadores que nos permitem, uma vez conhecidos os valores de verdade das
proposições simples, determinar, apenas com base nessa informação, o valor de
verdade da proposição resultante.
Variáveis Letras P: Deus existe.
proposicionais proposicionais Q: A vida tem sentido.

Exemplo Forma lógica

Deus existe e a vida tem sentido. P e Q.


Logo, Deus existe. Logo, P.

Argumento dedutivamente válido.

É possível determinar, com base nos operadores


verofuncionais, a validade dos argumentos em que as
proposições se integram.
OPERADORES VEROFUNCIONAIS

Símbolo Leitura Formas proposicionais


¬ não Negação
∧ e Conjunção
Constantes
lógicas ∨ ou Disjunção
→ se..., então Condicional
↔ se, e só se Bicondicional
Forma lógica Exemplos
¬P Não P. Deus não existe.
P∧Q P e Q. Deus existe e a vida tem sentido.
P∨Q P ou Q. Deus existe ou a vida tem sentido.
P→Q Se P, então Q. Se Deus existe, então a vida tem sentido.
P↔Q P se, e só se, Q. Deus existe se, e só se, a vida tiver sentido.

Operador singular,
Aplica-se apenas a uma proposição. «Não».
unário ou monádico

Operador binário ou «E», «ou», «se...,


Aplica-se a duas proposições.
diádico então», «se, e só se».
Negação Tabela de verdade

P: Portugal é um país asiático. Tabela que apresenta as diversas condições


de verdade de uma forma proposicional
específica, permitindo determinar de modo
¬ P (Não P)
mecânico a sua verdade ou falsidade.
Portugal não é um país asiático.
A tabela de verdade exibe os valores de
Expressões verdade possíveis da(s) proposição(ões) e os
alternativas valores de verdade resultantes das
Não é verdade que Portugal é um país asiático. operações efetuadas.
É falso que Portugal seja um país asiático.
É errado afirmar que Portugal é um país Tabela de verdade
asiático. da negação

A negação é uma proposição com a


P ¬P
forma «Não P», representando-se
por «¬ P». Se P é verdadeira, ¬ P é
V F
Coluna de referência
falsa; se P é falsa, ¬ P é verdadeira. F V
A negação de uma negação (ou dupla Primeira parte Segunda parte
negação) – que se representa por «¬ ¬ P» Sendo o operador da negação o único operador
– equivale a uma afirmação. unário, só haverá duas filas na tabela.
Tabela de verdade da conjunção
Conjunção
P Q P∧Q
P: A vida é enigmática.
Q: A morte é enigmática. V V V
V F F
P ∧ Q (P e F V F
Q) F F F
A vida é enigmática e a morte é
enigmática.
Sendo o operador da conjunção, à semelhança dos
que estudaremos a seguir, um operador binário,
Expressões haverá na tabela quatro condições de verdade.
alternativas
A vida é enigmática e a morte também o é. A conjunção é uma proposição com
A vida e a morte são enigmáticas. a forma «P e Q», simbolizando-se
A vida é enigmática, mas a morte é-o igualmente. por «P ∧ Q», a qual é verdadeira se
Quer a vida quer a morte são enigmáticas.. as proposições conectadas – que
também se chamam «proposições
conjuntas» – forem verdadeiras e é
falsa desde que pelo menos uma
dessas proposições seja falsa.
Tabela de verdade da

Disjuntas
Disjunção P: Descartes era racionalista.
Q: Locke era empirista. disjunção inclusiva
inclusiva
P Q P∨Q
P ∨ Q (P ou
V V V
Q)
Descartes era racionalista ou V F V
Locke era empirista. F V V
F F F
A disjunção inclusiva é uma proposição com a forma «P ou Q», simbolizando-se por «P ∨ Q», a qual
será sempre verdadeira, exceto quando P e Q forem simultaneamente falsas.

Tabela de verdade da
Disjunção P: Vou ao cinema. disjunção exclusiva
exclusiva Q: Fico em casa. P Q P∨Q
P ∨ Q (Ou P ou V V F
Q) V F V
Ou vou ao cinema ou fico em F V V
casa. F F F
A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma «Ou P ou Q», simbolizando-se por «P ∨ Q», a
qual é verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o mesmo valor
Tabela de verdade da
Condicional P: Marco golos. condicional
(implicação Q: Sou desportista.
P Q P→Q
material)
P → Q (Se P, então Q) V V V
Se marco golos, então sou V F F
desportista. F V V
F F V
Expressões
Antecedente É uma condição suficiente
alternativas
(P) para o consequente.
Sou desportista, se marco golos.
Sou desportista, caso marque golos. Consequente É uma condição necessária
Desde que eu marque golos, sou desportista. (Q) para o antecedente.
Ser desportista é condição necessária para eu
A condicional é uma proposição
marcar golos.
composta com a forma «Se P, então
Marcar golos é condição suficiente para eu ser
Q», simbolizando-se por «P → Q», a
desportista.
qual só é falsa se P – o antecedente –
Se marco golos, sou desportista.
é verdadeira e Q – o consequente – é
Não sou desportista, a menos que marque golos.
falsa. Em todas as restantes
situações, a nova proposição é
verdadeira.
Tabela de verdade da
Bicondicional P: Sou escritor. bicondicional
(equivalência Q: Publico livros.
material) P Q P↔Q
P ↔ Q (Se, e só se) V V V
Sou escritor se, e só se, publico V F F
livros. F V F
F F V

Expressões
alternativas
Sou escritor se, e somente se, publico livros. A bicondicional é uma proposição
Sou escritor se, e apenas se, publico livros. composta com a forma «P se, e só se,
Publicar livros é condição necessária e suficiente Q», simbolizando-se por «P ↔ Q», a
para eu ser escritor. qual é verdadeira se ambas as
Se sou escritor, publico livros e vice-versa. proposições tiverem o mesmo valor
lógico e falsa se as proposições
tiverem valores lógicos distintos.
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva

P Q ¬P ¬Q P∧Q P∨Q P∨Q P→Q P↔Q


V V F F V V F V V
V F F V F V V F F
F V V F F V V V F
F F V V F F F V V
Âmbito dos operadores P: Eu sonho.
Q: Eu estudo.
Operador principal:

Eu sonho e não estudo. P∧¬Q

Uma conjunção e uma negação que incide sobre a proposição Q.

Operador principal:
¬
É falso afirmar que eu sonho e não estudo. ¬ (P ∧ ¬ Q)

Uma negação que incide sobre a conjunção de P e de ¬ Q.

Âmbito de um operador: refere-se à proposição (ou proposições)


sobre a qual (ou sobre as quais) esse operador incide.

No segundo exemplo, o operador da negação (enquanto operador principal) apresenta


um âmbito diferente do do outro operador da negação.
Formalizar proposições complexas

Isolar as proposições simples


que as constituem e atribuir
Colocar as proposições na variáveis proposicionais a
forma canónica, cada uma. A isto se chama Simbolizar ou formalizar a
identificando os operadores «construir o dicionário» proposição complexa.
verofuncionais envolvidos. dessas proposições ou
proceder à sua
«interpretação».

Exemplo: Não sou bom aluno a Filosofia, a não ser que estude lógica.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

P: Estudo lógica.
Se estudo lógica, então sou
Q: Sou bom aluno a P→Q
bom aluno a Filosofia.
Filosofia.
Exemplo: Não sou rico se, e só se, não tenho dinheiro.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

Não sou rico se, e só se, não P: Sou rico.


¬P↔¬Q
tenho dinheiro. Q: Tenho dinheiro.

Exemplo: O ser humano não é feliz, a não ser que o dizer-se que Deus não existe e a
vida é absurda constitua uma falsidade.

Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização

Se é falso que Deus não existe P: Deus existe.


e que a vida é absurda, então Q: A vida é absurda. ¬ (¬ P ∧ Q) → R
o ser humano é feliz. R: O ser humano é feliz.
O método das tabelas de verdade

Expressão canónica Interpretação Formalização

Não é verdade que se está sol P: Está sol.


¬ (P → Q))
então está bom tempo. Q: Está bom tempo.

1. P Q ¬ (P → Q) 2. P Q ¬ (P → Q)
Desenhar a tabela, Colocar na tabela
colocando aí as os valores de V V
verdade das
letras
proposições
V F
proposicionais e a
proposição simples, esgotando F V
complexa. as possibilidades.
F F

3. P Q ¬ (P → Q) 4. P Q ¬ (P → Q)
Calcular os valores
de verdade das
proposições,
V V V Calcular os valores V V F V
de verdade da
excetuando os V F F proposição relativa
V F V F
daquela que é
relativa ao F V V ao operador F V F V
principal.
operador F F V F F F V
principal.
Para duas variáveis, são necessárias quatro filas;
para três, oito; para quatro, dezasseis, etc.

P Q R [R ∨ (P ∧ Q)] ↔ (R ∨ Q)
Determinamos primeiro os valores
V V V V V V V de verdade da conjunção «P ∧ Q»
V V F V V V V e da disjunção «R ∨ Q» (a ordem
V F V V F V V neste caso é irrelevante). De
V F F F F V F seguida, determinamos os valores
F V V V F V V da disjunção «R ∨ (P ∧ Q)». Por
fim, determinamos os valores da
F V F F F F V
bicondicional a partir dos valores
F F V V F V V obtidos para as duas disjunções.
F F F F F V F
Tautologias ou
verdades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre verdadeiras, qualquer que seja o


valor de verdade das proposições simples que as constituem.

Exemplo Forma lógica

Se acendo e apago a luz,


(P ∧ Q) → P
então acendo a luz.

(P ∧ Q) →
P Q
P
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V
Contradições ou
falsidades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre falsas, independentemente do


valor de verdade das proposições simples que as compõem.

Exemplo Forma lógica

Não penso ou não sonho se, e


(¬ P ∨ ¬ Q) ↔ (P ∧ Q)
só se, penso e sonho.

(¬ P ∨ ¬ Q) ↔ (P ∧
P Q
Q)
V V F F F F V
V F F V V F F
F V V V F F F
F F V V V F F
Contingências ou proposições indeterminadas

Fórmulas proposicionais que tanto podem ser verdadeiras como falsas,


consoante os valores lógicos das proposições simples que as compõem.
Exemplo Forma lógica

Se passeio ou corro, então


(P ∨ Q) → R
mantenho a saúde.

P Q R (P ∨ Q) → R

V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V
Equivalências lógicas

Duas proposições são logicamente equivalentes se apresentarem as mesmas


condições de verdade: quando uma for verdadeira, a outra também o será e,
quando uma for falsa, a outra sê-lo-á também. Tal significa que a sua
bicondicional constitui uma verdade lógica ou uma tautologia.

Bicondicional ou
Equivalência lógica
equivalência material

Pode ser verdadeira ou falsa. É sempre verdadeira.


Exemplo: P Q P↔Q
As duas proposições
Trabalho se, e só se, tenho saúde. complexas são
V V V equivalentes, pois
Forma lógica
V F F apresentam as mesmas
F V F condições de verdade:
têm o mesmo valor de
P↔Q F F V
verdade em qualquer
circunstância.

Exemplo: P Q (P → Q) ∧ (Q → P)
Se trabalho, então tenho saúde e,
se tenho saúde, então trabalho. V V V V V
Forma lógica
V F F F V
F V V F F
(P → Q) ∧ (Q → P) F F V V V
(P ↔ Q) ↔ [(P → Q) ∧ (Q →
P Q
P)]
V V V V V V V
V F F V F F V
F V F V V F F
F F V V V V V

Tautologia

P ↔ Q ⇔ (P → Q) ∧ (Q → P) ALGUMAS EQUIVALÊNCIAS
LÓGICAS
Símbolo de
equivalência P → Q ⇔ ¬ (P ∧ ¬ Q)
lógica P→Q⇔¬P∨Q
P ∧ Q ⇔ ¬ (¬ P ∨ ¬ Q)
P ∨ Q ⇔ ¬ (¬ P ∧ ¬ Q)
P⇔¬¬P
P↔Q⇔¬Q↔¬P
Tautologias e formas de inferência válida

Condicional Passagem das


ou implicação material premissas à conclusão

P Q [(P → Q) ∧ P] → Q

V V V V V
V F F F V
F V V F V
F F V F V

Uma forma de inferência dedutiva é válida se, e somente se, a fórmula


proposicional (implicativa) que lhe corresponde for uma tautologia.
Inspetores de
Argumento Interpretação Formalização
circunstâncias
Se sou português,
então sou conhecedor
Num inspetor de P: Sou português. P→Q
de Camões.
circunstâncias, um Q: Sou conhecedor de P
Sou português.
argumento válido será Camões. ∴Q
Logo, sou conhecedor
aquele no qual não de Camões.
existe nenhuma linha
que torne todas as Nota: Em vez do símbolo ∴, também poderemos usar o símbolo
premissas verdadeiras , que se designa por «martelo semântico». Ambos se leem «Logo»,
e a conclusão falsa. um indicador de conclusão.

Premissa 1 Premissa 2 Conclusão

P Q P → Q, P Q A primeira linha exprime a


única circunstância em que
ambas as premissas são
V V V V V verdadeiras. Ora, dado que tal
V F F V F circunstância também torna a
F V V F V conclusão verdadeira, o
argumento é considerado
F F V F F
válido.
Argumento Interpretação Formalização

Se corro, então
P→Q
sinto-me bem. P: Corro.
Q
Sinto-me bem. Q: Sinto-me bem.
∴P
Logo, corro.

Premissa 1 Premissa 2 Conclusão


A primeira e a terceira linhas
P Q P → Q, Q P exprimem as únicas
circunstâncias em que ambas as
premissas são verdadeiras.
V V V V V Contudo, se na primeira linha a
V F F F V circunstância torna a conclusão
F V V V F verdadeira, já na terceira linha
a circunstância em causa torna
F F V F F a conclusão falsa. O argumento
é, por isso, inválido.
Argumento Interpretação Formalização
Se leio, aumento a minha
P: Leio.
inteligência.
Q: Aumento a minha P→Q
Se aumento a minha inteligência,
inteligência. Q→R
aumento a minha autoestima.
R: Aumento a minha ∴P→R
Logo, se leio, aumento
autoestima.
a minha autoestima.

Premissa 1 Premissa 2 Conclusão

P → Q, Q→R P→
P Q R
R

V V V V V V
Estamos perante um
V V F V F F
argumento válido, pois nas
V F V F V V circunstâncias em que ambas as
V F F F V F premissas são verdadeiras, a
F V V V V V conclusão também o é.
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V
Modus ponens: Exemplo Formalização
Algumas afirmação do
formas de antecedente na
segunda Se está sol, então vou à praia. P→Q
inferência premissa e do Está sol. P
válida consequente na Logo, vou à praia. ∴Q
conclusão.
Modus tollens: Exemplo Formalização
negação do
consequente na Se está sol, então vou à praia. P→Q
segunda Não vou à praia. ¬Q
premissa e do
Logo, não está sol. ∴¬ P
antecedente na
conclusão.

Exemplo Formalização

Se Deus existe, então o mundo é finito.


P→Q
Logo, se o mundo não é finito, então
∴¬ Q → ¬ P
Deus não existe.
Contraposição
Exemplo Formalização
Se o mundo não é finito, então Deus
não existe. ¬Q→¬P
Logo, se Deus existe, então o mundo é ∴P → Q
finito.
Exemplo Formalização

Canto ou assobio. P∨Q


Silogismo
Não canto. ¬P
disjuntivo
Logo, assobio. ∴Q
(disjunção
inclusiva) ou Exemplo Formalização
modus tollendo
ponens Canto ou assobio. P∨Q
Não assobio. ¬Q
Logo, canto. ∴P

Exemplo Formalização
Se viajar, então aprendo novas coisas.
Silogismo Se aprendo novas coisas, então P→Q
hipotético torno-me melhor pessoa. Q→R
Logo, se viajar, então torno-me melhor ∴P → R
pessoa.
Leis de De Exemplo Formalização
Morgan: Não é verdade que fumo e que tenho
indicam-nos ¬ (P ∧ Q)
saúde.
∴¬ P ∨ ¬ Q
que de uma Negação Logo, não fumo ou não tenho saúde.
conjunção da
conjunção Exemplo Formalização
negativa
podemos Não fumo ou não tenho saúde.
inferir uma ¬P∨¬Q
Logo, não é verdade que fumo e que
∴¬ (P ∧ Q)
disjunção tenho saúde..
de
negações, e Exemplo Formalização
que de uma
disjunção Não é verdade que há sol ou chuva. ¬ (P ∨ Q)
negativa Logo, não há sol e não há chuva. ∴¬ P ∧ ¬ Q
Negação
podemos da
inferir uma disjunção Exemplo Formalização
conjunção Não há sol e não há chuva.
de ¬P∧¬Q
Logo, não é verdade que há sol ou
negações. ∴ ¬ (P ∨ Q)
chuva.
Formas argumentativas inválidas
Exemplo Formalização

Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q
Logo, és meu amigo. ∴P

Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se afirma o consequente na


segunda premissa, concluindo-se com a afirmação do antecedente.

Exemplo Formalização

Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
antecedente Não és meu amigo. ¬P
Logo, não me dizes sempre a verdade. ∴¬Q

Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se nega o antecedente na


segunda premissa, concluindo-se com a negação do consequente.
Variáveis de fórmula
Representam qualquer tipo de proposição (simples ou complexas). Usam-se
as letras iniciais do alfabeto: A, B, C, etc.
P: Tenho Exemplo 1 Formalização
livros.
Q: Estudo. Se tenho livros, então estudo. P→Q
R: Sou feliz. Não estudo. ¬Q
Logo, não tenho livros. ∴¬ P

Exemplo 2 Formalização

Se tenho livros, então estudo e sou feliz. P → (Q ∧ R)


Não é verdade que estudo e que sou feliz. ¬ (Q ∧ R)
Logo, não tenho livros. ∴¬ P

Exemplo 2 Formalização

Se tenho livros, então estudo e sou feliz. A→B


Não é verdade que estudo e que sou feliz. ¬B
Logo, não tenho livros. ∴¬ A
Modus ponens Modus tollens
A→B A→B
A ¬B
∴B ∴¬ A
Silogismo disjuntivo Silogismo hipotético
A∨B A∨B A→B
¬A ¬B B→C
FORMAS
∴B ∴A ∴A → C
DE Contraposição Leis de De Morgan
INFERÊNC
IA VÁLIDA A → B ¬B→¬A ¬ (A ∧ B) ¬A∨¬B
∴¬ B → ¬ A ∴A→B
∧ ∴¬ A ∨ ¬ B ∴ ¬ (A ∧ B))
O
OU A→B≡¬B→¬A ¬ (A ∧ B) ≡ ¬ A ∨ ¬ B
U

Nota: o símbolo ≡ significa, no presente ¬ (A ∨ B) ¬A∧¬B


∨ ∴¬ A ∧ ¬ B ∴ ¬ (A ∨ B)
contexto, que tanto se pode inferir validamente
num como noutro sentido. O
¬ (A ∨ B) ≡ ¬ A ∧ ¬ B
U
Afirmação do consequente Negação do antecedente
FORMAS
FALACIOS
A→B A→B
AS B ¬A
∴A ∴¬B

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