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Pontuação

Apresentação
Você já pensou para que servem os sinais de pontuação? Sua função principal é organizar
sintaticamente os termos das orações, as orações e os períodos. A vírgula e o ponto são sinais
essenciais para essa organização, e seu uso obedece a regras gramaticais que devem ser cumpridas.
Entretanto, a aplicação dos sinais de pontuação depende também do bom senso sintático, isto é, da
compreensão do contexto e das finalidades textuais.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre uso correto da vírgula e do ponto-final. Além
disso, verá como funciona a correção ortográfica em processadores de texto.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Utilizar corretamente a vírgula na separação de orações fora da ordem normal.


• Elaborar sentenças curtas.
• Usar o corretor ortográfico do processador de texto.
Infográfico
Ao contrário do que muitos pensam, a vírgula não indica necessariamente uma pausa; ela revela as
relações sintáticas organizadas de um texto. Assim, marca as diferenças entre os textos falados e
os escritos.

Neste Infográfico, você vai ver como as vírgulas e os pontos são aplicados.
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Conteúdo do livro
A sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações entre os termos da oração e entre orações.
Portanto, identificar o papel de cada palavra, oração ou frase dentro de um texto é fundamental
para escrever bem.A pontuação está a serviço da sintaxe e, consequentemente, da escrita
adequada, pois cada sinal marca essas relações permitindo que o leitor compreenda as mensagens
do produtor do texto.

No capítulo Pontuação, da obra Leitura e escrita acadêmicas, base teórica desta Unidade de
Aprendizagem, você vai estudar o uso correto da vírgula e do ponto-final. Além disso, vai ver como
funciona a correção ortográfica em processadores de texto.

Boa leitura.
LEITURA E ESCRITA
ACADÊMICAS

Aline Azeredo Bizello


Pontuação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Utilizar corretamente a vírgula na separação de orações fora da ordem


normal.
 Elaborar sentenças curtas.
 Usar o corretor ortográfico do processador de texto.

Introdução
Os conhecimentos sintáticos são cruciais para que a sua escrita seja
organizada e clara. Esses conhecimentos auxiliam você a utilizar os sinais
de pontuação de forma precisa. Com o uso adequado das vírgulas e dos
pontos, você consegue se comunicar com mais eficiência.
Embora os sinais de pontuação obedeçam a regras norteadoras,
para aplicá-los, é necessário analisar a situação de comunicação e a
finalidade comunicativa. Portanto, os revisores digitais nem sempre são
aliados da escrita.
Neste capítulo, você vai estudar o uso correto da vírgula e do ponto-final.
Além disso, vai ver como funciona a correção ortográfica em processadores
de texto.

Uso da vírgula
A pontuação é um mecanismo da linguagem escrita. A função dos símbolos
gráficos de pontuação é marcar as diferenças de entonação e, dessa forma,
contribuir para deixar o sentido do texto mais preciso. Isso acontece porque a
pontuação ajuda a organizar os termos, os enunciados e os parágrafos de tal
forma que se estabelece uma hierarquia entre eles. Graças a essa hierarquia
sintática — constituída pelos sinais de pontuação, pelas conjunções, pelos
pronomes relativos e pelas preposições —, o texto se torna compreensível.
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Você já deve ter ouvido falar que os sinais de pontuação tentam reproduzir na escrita as
pausas e a cadência melódica da língua oral. Contudo, esses são recursos da oralidade
para estabelecer a hierarquia sintática. Os sinais de pontuação fazem isso na escrita.

No português, empregam-se os seguintes sinais de pontuação:


, . ; : ? ! … “ ” — ( )

A vírgula, por ser aplicada tanto entre os termos de uma oração quanto
entre orações, é um dos principais elementos responsáveis pela organização
sintática de um texto. Dessa forma, obedece a uma razoável disciplina e tem
um emprego menos subjetivo. Assim, há regras que orientam o seu uso. É o
que você vai ver a seguir.
Há várias situações em que a vírgula é utilizada para separar termos de
uma oração. A primeira refere-se à separação de termos de uma enumeração.
Veja um exemplo:

Passei por Madrid, Toledo, San Sebastián, Burgos...

Note que “Madrid”, “Toledo”, “San Sebastián” e “Burgos” ocupam a mesma


função: são os lugares por onde o sujeito da oração passou. Portanto, são itens
de uma mesma enumeração. Observe as últimas vírgulas deste parágrafo
retirado de um artigo científico (Araújo, 2018, documento on-line):

Entendo, nessa direção, o computador e a Internet como tecnologias mul-


tidimensionais e como interfaces digitais usadas para práticas sociais, pois
estão a serviço do homem, na tentativa de tornar sua vida mais confortável,
além de integrá-lo cada vez mais aos contextos social, cultural, econômico,
educacional e político da Sociedade da Informação […].

Veja que a enumeração dos contextos está dividida com vírgulas. Todas
essas palavras ocupam a posição de adjunto adnominal. A vírgula é utilizada
também para separar aposto, ou seja, para separar uma informação a respeito
da palavra anterior a essa informação. Veja:
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O Brasil, país de tamanho continental, está


passando por uma intensa crise política.

Note que “país de tamanho continental” é uma explicação a respeito do


termo localizado exatamente à sua frente (“Brasil”), portanto é um aposto.
O aposto é um termo da oração que sempre deve aparecer entre vírgulas,
pois é uma explicação extra. Observe que, se ele fosse retirado da frase, ela
continuaria com o mesmo sentido.
Outra função sintática que é sempre destacada por vírgulas é o vocativo.
Esse termo da oração indica um chamamento, ou seja, ocorre quando o falante
se dirige diretamente ao interlocutor. Se o vocativo estiver no começo da frase,
a vírgula é aplicada depois dele. Se o vocativo aparecer no meio, fica preso
entre vírgulas. Se está no final da frase, é antecedido por vírgula. Observe:

José, olhe para mim!


Olhe, José, para mim!
Olhe para mim, José!

Já o adjunto adverbial (a palavra ou o conjunto de palavras que revelam


uma informação a mais sobre o fato) é um dos termos da oração mais utilizados.
Como ele pode localizar-se em qualquer espaço da oração, o uso das vírgulas
é crucial para identificá-lo e indicar a qual verbo ele se refere. Observe:

No Brasil, as taxas de desemprego aumentaram.


As taxas de desemprego, no Brasil, aumentaram.
As taxas de desemprego aumentaram no Brasil.

Veja um exemplo retirado de um artigo científico (Araújo, 2018, documento


on-line):

Em seguida, apresento a metodologia que gerou


os dados, os resultados e a análise dos dados.

Note que, quando o adjunto adverbial é o último termo da oração, não se


usam vírgulas. Isso se deve à convenção de que, se a oração estiver na ordem
direta — isto é, primeiro sujeito, depois verbo, depois objeto e, por último,
adjunto adverbial —, não se inserem vírgulas entre esses termos.
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O adjunto adverbial expressa as circunstâncias dos fatos/verbos. São elas: tempo,


modo, lugar, afirmação, negação, dúvida, intensidade.

Mesmo em frases em que o sujeito é formado por muitas palavras, elas


não devem ser separadas por vírgulas. Observe:

As alunas queridas e inteligentes da turma do


segundo ano do Ensino Médio da Escola XXX
pediram explicações ao diretor ontem.

Atente ao fato de que o sujeito ocupa quase toda a oração (“As alunas
queridas e inteligentes da turma do segundo ano do Ensino Médio da Escola
XXX”). Mesmo assim, não há vírgula entre ele e o objeto direto (“explica-
ções”), nem entre os objetos (“explicações” e “ao diretor”), nem entre o objeto
e o adjunto adverbial (“ontem”). Esse é o caso também do seguinte exemplo,
retirado de um artigo científico (Araújo, 2018, documento on-line):

As Tecnologias Digitais da Informação e


Comunicação (TDIC) trouxeram contribuições
consideráveis para o mundo contemporâneo [...].

Além desses casos, a vírgula também é utilizada para isolar o nome do


lugar nas identificações de local e data:

São Paulo, 20 de agosto de 2019.

Um recurso muito utilizado tanto em textos acadêmicos quanto em textos


literários é omitir um termo que se repetiria e acrescentar uma vírgula no seu
lugar para destacar a omissão. Veja:

No chão, estava a mochila, sobre a mesa, o caderno.

Algumas expressões explicativas são isoladas por vírgulas para reforçar


o seu valor explicativo ou corretivo. Esse é o caso de: “por exemplo”, “isto é”,
“ou seja”, “além disso”, “aliás”, “ou melhor”, “sem dúvida”. Observe:
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Ter contado a João sobre sua origem foi,


sem dúvida, um grande erro.

Essas expressões são comuns também em textos científicos:

Saliento, assim, a importância da integração da cultura


digital no ambiente de sala de aula no contexto brasileiro.

Além de apresentar-se entre termos da oração, a vírgula também aparece


entre orações. Ela separa orações coordenadas assindéticas, ou seja, orações
independentes que não são introduzidas por conjunções:

Cantei, dancei e pulei muito ontem.

Note que cada verbo conjugado forma uma oração e que todas elas se
relacionam de forma independente, isto é, uma não depende da outra para
ter sentido. Entretanto, todas juntas no mesmo período formam um todo que
transmite a mensagem de que todas essas ações ocorreram de forma intensa
(“muito”) no dia anterior.
A vírgula também separa orações coordenadas sindéticas, isto é, aquelas
que são unidas por uma conjunção:

Eu estudei muito, mas não consegui passar no concurso.

Entretanto, não se usa vírgula antes da conjunção e se o sujeito for o mesmo:

Ele deitava no chão e ficava olhando as nuvens.

Note que “ele” é o sujeito de “deitava” e de “ficava”; logo, não há vírgula


antes de “e”. Contudo, se as orações coordenadas sindéticas forem introduzidas
por “e” e tiverem sujeitos diferentes, usa-se vírgula:

Ele deitava no chão, e ela ficava olhando


as nuvens da janela do quarto.

As orações subordinadas também são afetadas pelo uso de vírgula. Essas


orações são as que têm uma relação de interdependência, isto é, se separadas,
ficam sem sentido. Nesse grupo de orações, estão as adverbiais. Elas são
separadas por vírgula obrigatoriamente quando se apresentam antes ou no
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meio (intercaladas) da oração principal. Entretanto, se vierem após a oração


principal, a vírgula é optativa. Observe os exemplos:

Se tudo der certo, viajaremos amanhã.


Esses fatos, conforme explicou o repórter, serão
provocadores de um conflito regional.
Ouvi muitas histórias interessantes sobre
esse lugar quando era criança.

Nos artigos científicos, é comum que as orações subordinadas adverbiais


sejam deslocadas para o começo da frase:

Para responder a essa pergunta, tenho como


proposta tecer reflexões a respeito das
tecnologias no contexto educacional atual.

As orações subordinadas adjetivas retomam um termo da oração principal


para caracterizá-lo. Quando essa caracterização é uma explicação óbvia,
utilizam-se vírgulas para separar as orações, inclusive porque a subordinada
adjetiva costuma aparecer intercalada com a principal. Veja:

Juscelino, que era presidente do Brasil na época,


testemunhou a construção de Brasília.

Assim também ocorre nos textos científicos:

O argumento da aluna-professora aponta para uma


geração de alunos, de crianças e de jovens, que
já nasceu inserida na tecnologia digital [...].

Entretanto, se a subordinada adjetiva é restritiva, ou seja, se está restringindo


o nome retomado, não se usam vírgulas. Veja:

A Helen que era esposa do Guilherme me ligou ontem.

Note que “Helen” é um nome que os interlocutores conhecem. Para


que o ouvinte identificasse a quem o falante se referia, este utilizou uma
oração adjetiva restritiva. Portanto, a informação dada pela oração não
é um dado óbvio, e sim fundamental para a identificação do substantivo
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referido na oração principal. Dessa forma, não se aplicam vírgulas para


separar as orações.
Aliás, graficamente, a diferença básica entre orações subordinadas adjetivas
explicativas e restritivas é, em síntese, o uso de vírgulas. Isso significa que
o autor do texto revela para o leitor que está tratando de uma característica
inerente ao nome se insere vírgulas para separar a oração.
Em suma, textos mal pontuados podem passar a impressão de que são
confusos e desordenados. Acrescentar ao texto sinais de pontuação adequados
ao contexto, ao estilo e às regras gramaticais facilita a leitura e favorece a
clareza da mensagem. O uso correto do ponto-final também contribui para a
construção de sentido do texto, como você vai ver a seguir.

Uso do ponto-final
O ponto-final é um dos primeiros sinais de pontuação apresentados formal-
mente ao estudante de língua materna. Ele é empregado basicamente para
indicar o final de uma frase declarativa. Mas quando termina uma frase?
Como saber se uma frase deve se encerrar?
Costuma-se afirmar que, quando a informação termina, termina a frase.
Contudo, o produtor de texto pode unir várias informações numa frase só,
relacionando-as. Para entender como ocorre esse processo, você deve con-
siderar as definições de frase, oração e período. Uma frase é um enunciado
que se inicia com letra maiúscula, termina com ponto (final, de interrogação
ou exclamação) e tem um sentido. Veja alguns exemplos:

Socorro!
Esse robô parece estranho.
Esse robô parece estranho, mas é muito inteligente.

Note que todos os enunciados se iniciam com letra maiúscula e terminam


com ponto-final. Além disso, revelam um sentido. Portanto, todos são frases.
Contudo, o primeiro enunciado não tem verbo. Dessa forma, não pode ser
chamado de período.
Um período é uma frase constituída de duas ou mais orações. Já uma
oração é um enunciado cujos elementos estão diretamente envolvidos com um
verbo. Portanto, para que um enunciado seja um período, deve: iniciar-se com
letra maiúscula, terminar com ponto (final, de interrogação ou exclamação),
ter sentido e ser constituído de pelo menos uma oração (um verbo). Existem
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dois tipos de período: simples (formado por apenas uma oração) e composto
(formado por duas ou mais orações). A seguir, veja a análise dos enunciados
apresentados anteriormente.

 Socorro! — Como não tem verbo, é apenas frase. Não pode ser tratado
nem como oração, nem como período.
 Esse robô parece estranho. — É uma frase e uma oração, pois tem
verbo conjugado, e um período simples, pois possui apenas uma oração.
 Esse robô parece estranho, mas é muito inteligente. — É uma frase e
um período composto, pois tem duas orações, a do verbo “parecer” e
a do verbo “ser”.

Com essas definições e com essas análises dos enunciados, confirma-se


que o ponto-final é aplicado quando uma frase ou um período se encerra.
Entretanto, uma oração pode terminar e não ser seguida de ponto. Veja:

O menino joga os lápis no chão quando está zangado.

Observe que o período é constituído por duas orações. A primeira é formada


pelos termos relacionados ao verbo “jogar”: “O menino joga os lápis no chão”.
O autor dessa frase poderia ter inserido um ponto-final após a palavra “chão”
se quisesse encerrar a informação. No entanto, o seu desejo era relacionar essa
informação com outra que indicasse o tempo, ou seja, quando o fato ocorria.
Dessa forma, não poderia inserir um ponto-final entre as duas orações, inclusive
porque a segunda oração (“quando está zangado”) ficaria sem sentido. Essa
falta de sentido ocorre, principalmente, quando o ponto-final separa orações
subordinadas. Dessa maneira, vale lembrar que, por serem interdependentes,
as orações subordinadas não devem nunca ser separadas por ponto-final.
Quando há ponto-final entre as orações subordinadas, constroem-se as
chamadas frases fragmentadas. Na verdade, são pseudofrases, pois não há
uma informação completa nesse tipo de enunciado. Elas são resultado de uma
fragmentação desnecessária que provoca uma incoerência na mensagem.
Geralmente, esse problema acontece porque o escritor registra as suas ideias
numa linha de raciocínio pessoal e imagina que o leitor seguirá a mesma linha.
Daí a importância de revisar o texto antes de enviá-lo aos leitores. Afinal, o
leitor interpreta a escrita, e não o provável pensamento do autor.
Além disso, quando uma oração subordinada ou uma simples locução são
pontuadas como se fossem uma frase completa, a argumentação fica compro-
metida pela quebra da linha de pensamento. Assim, se a oração é subordinada,
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deve estar ligada a uma principal. Se isso não ocorrer, o leitor não conseguirá
acompanhar o encadeamento de ideias. Portanto, observe se a frase elaborada pelo
escritor apresenta sujeito e verifique se inicia com conjunções subordinativas ou
pronomes relativos. Além disso, desconfie de enunciados iniciados com formas
nominais. Geralmente, esses são casos de fragmentação. Veja um exemplo:

O funcionário pediu aumento de salário para seu chefe


imediato. Esperando, assim, ser beneficiado.

Note que não há problemas com a primeira frase, pois ela apresenta sujeito,
verbo e objeto. A segunda, porém, não tem sentido sozinha. Embora ela não
se inicie com conjunção, não há um verbo conjugado que guie o leitor na
busca do sujeito. Com esse exemplo, evidencia-se que é preciso suspeitar de
frases iniciadas com formas nominais (infinitivo, gerúndio, particípio), pois
elas podem formar orações subordinadas reduzidas:

O funcionário pediu aumento de salário para seu chefe


imediato, pois esperava que, assim, seria beneficiado.

O problema da fragmentação, portanto, seria resolvido com a eliminação


do ponto-final:

O funcionário pediu aumento de salário para seu


chefe imediato, esperando, assim, ser beneficiado.

Evidencia-se, portanto, que as frases fragmentadas por uso indevido de


ponto-final comprometem a organização do texto. Contudo, não são o único
tipo de construção que provoca prejuízos à clareza textual. As chamadas frases
siamesas não apenas favorecem o surgimento de amontoados de ideias como
tornam o texto monótono. Veja um exemplo de frase siamesa:

Joana estava feliz tinha conquistado a vaga.

Note que há duas orações: a do verbo “estar” (“Joana estava feliz”) e a do


verbo “conquistar” (“tinha conquistado a vaga”). Pressupõe-se que o autor da
frase quisesse relacionar as duas orações, mas ele não aplicou uma conjunção
para evidenciar isso (“Joana estava feliz, pois tinha conquistado a vaga”). As-
sim, as duas orações ficaram apenas justapostas, uma ao lado da outra, sem
estabelecimento de sentido. A esse fenômeno dá-se o nome de “frases siamesas”.
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As frases siamesas caracterizam-se por apresentar ideias ligadas incorre-


tamente, ou seja, frases distintas que possuem enunciado completo e que são
apresentadas como se fossem uma só. Isso significa que o uso de um ponto-final
entre elas seria uma forma de solucionar o problema. Veja:

Joana estava feliz. Tinha conquistado a vaga.

Esse fenômeno alerta sobre a necessidade de uso do ponto-final com mais


frequência. Muitos dos autores modernos preferem a frase curta para evitar a
falta de clareza e os problemas de concordância que esse tipo de construção
pode causar. Afinal, quando mais distante o sujeito fica do verbo, mais fácil
fica de o autor se enganar com a concordância, por buscar uma relação direta
com a palavra mais próxima.
A pontuação, quando utilizada de forma adequada, é um mecanismo de
coesão importante e um recurso de estilo interessante. Lembre-se de que um
texto que não apresenta a pontuação adequada torna-se, no mínimo, muito
difícil de ser lido. Além disso, pode ser visto como um texto deselegante e
malcuidado. Veja o que afirma José de Nicola (2006, p. 61):

Muitas são as regras de pontuação; também são muitas as possibilidades


de construção de um texto, dependendo da intenção de quem escreve e dos
aspectos que o autor pretende ou não realçar. Isso significa que não podemos
considerar o conjunto de regras de pontuação algo flexível.

Dessa forma, é preciso utilizar a sintaxe com bom senso. Ou seja, o uso
do ponto-final está diretamente relacionado à organização de ideias. Daí
a importância de evitar construções muito complexas e longas. Portanto,
desconfie de frases com mais de três linhas. É possível que elas estejam
bem construídas e se mostrem adequadas, mas as chances de apresentarem
problemas são maiores. Prefira sentenças curtas e que informem com
objetividade.
Ainda quanto ao uso do ponto-final, a Academia Brasileira de Letras (ABL)
(2019, documento on-line) faz um alerta:

Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se coloca


o ponto-final adiante do ponto abreviativo, pois este, quando coincide com
aquele, tem dupla serventia. Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das pa-
lavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras
com que se representam: v.g.: V. S.a, Il.mo, Ex.a, etc.”
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Agora analise um fragmento de um texto científico (LOPES; MELO, 2014,


documento on-line):

A escola participante da pesquisa já havia sido beneficiada pela implantação


do laboratório de informática, como vimos acima. Trata-se de uma das maio-
res escolas da rede municipal, atendendo cerca de 550 alunos do primeiro ao
quinto ano do ensino fundamental, além de alunos da Educação de Jovens
e Adultos (EJA). Logo após o início do projeto de capacitação, que ocorreu
em data próxima à implantação do laboratório, a direção escolar elaborou um
cronograma para o uso desse, e as professoras começaram a utilizá-lo com
suas turmas, embora algumas tivessem dito que pretendiam fazê-lo apenas
no ano seguinte, por receio de comprometer o planejamento escolar anual ou
porque não se sentiam aptas para tanto. É possível dizer que o projeto foi um
importante actante, uma vez que impulsionou a ação desses outros atores.

Note que não há frases longas e que cada período encerra uma informação.
A ligação entre as informações é realizada à medida que o texto progride com
novo período. Em suma, a inserção do ponto-final depende do bom senso
sintático do produtor do texto e da noção de início e fim de frase.

Correção ortográfica em processadores de texto


A contemporaneidade é uma época marcada pela comunicação escrita por
meios eletrônicos. Desse modo, estão se formando gerações muito mais acos-
tumadas com os textos digitais do que com os manuscritos. Isso significa
que os produtores não só têm a chance de verem seus textos publicados em
variados espaços como também podem ser lidos por públicos não previstos
no momento da escrita.
As características da comunicação escrita atual não param por aí. Entre as
novidades, destacam-se as ferramentas de revisão. Se há alguns anos só era
possível encontrar esses mecanismos em editores de texto como o Word, hoje
eles estão presentes nos e-mails, nas redes sociais e em qualquer aplicativo
que permita a escrita no smartphone. Certamente, essas ferramentas facilitam
e otimizam a escrita, porém não se pode acreditar que elas são garantias de
que o texto será claro, organizado e coerente. Se esses revisores de texto não
podem corrigir todos os problemas de escrita, para que servem? A primeira
resposta é: servem para a correção de problemas ortográficos, de erros de
digitação e de alguns equívocos gramaticais.
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A ortografia é a parte da gramática que trata da escrita correta das palavras.


Dessa forma, se no seu texto você escrever “falenssia” no lugar de “falência”,
o corretor ortográfico do Word, por exemplo, será capaz de detectar que “fa-
lenssia” não existe na língua portuguesa e, provavelmente, o termo será grifado
para que você se dê conta disso. Se esse mesmo fragmento do seu texto for
inserido num revisor on-line, a palavra será substituída por “falência”. Aliás,
há muitas ferramentas digitais que corrigem a palavra sem antes destacá-la
ou esperar que o digitador a altere.
Contudo, existem palavras da língua portuguesa cujo uso não pode ser
avaliado adequadamente por um corretor ortográfico. Esse é o caso, por
exemplo, das palavras “esta” e “está”. Ambas são escritas com as mesmas
letras, mas apenas o verbo recebe acento, revelando a sílaba tônica diferente.
Contudo, algumas ferramentas de revisão on-line são capazes de indicar a
imprecisão gramatical quando se evidencia a classe gramatical a que per-
tencem as palavras, como em:

Esta caneta está com problemas.

Nesse tipo de construção, é óbvio que o pronome estaria acompanhando o


substantivo e o verbo indicaria o estado da caneta. Entretanto, essa distinção
nem sempre é clara. Observe o diálogo a seguir:

A: Minha caneta está com problema.


B: Esta?

Agora veja:

A: Minha caneta está com problema.


B: Está?

Os dois usos estão adequados e corretos sintaticamente. No primeiro


diálogo, o interlocutor B tenta identificar a caneta que está com problemas. Já
no segundo diálogo, o interlocutor deseja confirmar se a caneta realmente está
com problemas. Essas possibilidades não são observadas nem por corretores
ortográficos, nem por revisores on-line, pois dependem do contexto e da
intenção do produtor do texto.
Numa revisão, consideram-se também as questões gramaticais, como a
aplicação adequada do sinal grave devido à presença do fenômeno da crase.
Geralmente, as ferramentas digitais facilitam a percepção de construções com
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problemas relacionados à crase. Mas, para que isso ocorra, não devem existir
dúvidas sobre diferentes possibilidades de uso. Esse é o caso do seguinte
exemplo:

O diretor não compareceu à reunião.

Na frase do exemplo, há condições claras para a ocorrência de crase: o


verbo “comparecer” exige preposição “a” e o substantivo “reunião” é feminino
e aceita, portanto, um artigo feminino na frente; como trata-se de uma reunião
específica, esse artigo é definido. Assim, tem-se: “O diretor não compareceu
a a reunião”. A fusão do “a” preposição com o “a” artigo provoca a crase.
Esse raciocínio seria seguido por uma ferramenta digital. No entanto, algumas
construções complicam esse trabalho. Observe:

Chegou à noite.
Chegou a noite.

A primeira frase indica que alguém chegou a algum lugar no período da


noite. A segunda frase indica que anoiteceu, isto é, a noite chegou. O revisor
on-line não consegue fazer essa distinção e trata as duas construções como
adequadas, embora o contexto indique outra interpretação. Isso significa que,
mesmo nas questões gramaticais, os corretores on-line não são infalíveis.
Aliás, a não detecção de alguns equívocos relacionados à gramática compro-
mete a clareza da mensagem e origina os principais problemas de organização
dos textos, como a ambiguidade. Observe uma construção com problema de
ambiguidade gerado pelo uso inadequado de um pronome relativo:

Conheci a professora da universidade que era famosa.

Quem era famosa: a professora ou a universidade? Gramaticalmente, não


há problemas na construção. Para identificá-los, é preciso recorrer à inten-
cionalidade discursiva: se o falante quer informar que a professora é famosa,
recomenda-se que o adjetivo esteja mais próximo da palavra “professora”, por
exemplo. A ambiguidade é uma das maiores armadilhas que surgem na escrita
de um texto. Ela pode dificultar a compreensão do que se deseja transmitir. Os
problemas com o uso de pronomes possessivos não costumam ser destacados
pelos corretores ortográficos. Observe um exemplo:

João preparou a pesquisa com Maria e fez sua apresentação.


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A ambiguidade recai sobre duas possibilidades: João fez a sua própria


apresentação ou a de Maria? Note que esse tipo de questionamento ainda
não é feito por uma máquina. Portanto, é papel de um profissional revisor ou
do próprio produtor do texto. Aliás, se o próprio escritor conseguir utilizar
os recursos da língua para se comunicar com clareza, é melhor, pois ele é
a pessoa mais indicada para determinar as finalidades, o contexto e o que
pretende transmitir.
Outra possível armadilha ao se escrever um texto é a redundância. Esse tipo
de problema refere-se a repetições de ideias e de palavras. Portanto, prejudica
o entendimento do texto em função do excesso de ideias ou palavras empre-
gadas de forma desnecessária. Para evitar essa repetição, é preciso analisar
as palavras e retirar as que forem supérfluas. Assim, é possível sintetizar as
informações e não comprometer a qualidade do texto.
Contudo, a repetição pode ser um recurso estilístico, ou seja, pode ser
uma ferramenta para estabelecer a coesão em um texto. Uma ferramenta
on-line não consegue discernir se a intenção do autor é criar um estilo ou se
é um caso de linguagem monótona mesmo. Além disso, esses recursos não
indicam uma forma de resolver o problema da redundância. O ideal é que o
próprio autor observe como alterações na posição das ideias no texto podem
contribuir para eliminar a repetição deselegante, ou como a omissão de um
termo já citado pode auxiliar na eficácia da mensagem.
Já para aplicar a pontuação adequada, é possível contar com a ajuda
das ferramentas digitais. Afinal, há regras específicas que dão base ao uso
desses sinais. Dessa forma, por exemplo, ao identificar uma frase em que o
sujeito está separado do verbo por vírgula, imediatamente a ferramenta alerta
sobre o problema. Entretanto, o uso de muitos sinais de pontuação depende
da finalidade da mensagem. Nesse caso, enquadram-se as orações subordi-
nadas adjetivas explicativas, que se diferenciam das restritivas por ficarem
entre vírgulas. Em algumas situações, o usuário da língua determinará se a
informação é uma explicação geral ou um item para restringir o substantivo.
Nesse sentido, a função do recurso on-line fica limitada.
Evidencia-se, portanto, que, de forma geral, não há um modelo de texto a
ser aplicado no momento da produção. Além disso, não há regras específicas
que norteiem a forma de escrever com eficiência. Esses fatores criam obstá-
culos para que uma revisão seja feita por uma ferramenta, e não por um ser
humano. Aliás, às vezes, nem mesmo um profissional da revisão é capaz de
organizar o texto alheio da forma mais eficiente, pois ele pode não conhecer
as reais intenções do escritor.
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O processo de escrita é subjetivo, e as motivações são pessoais. Logo,


existem dificuldades para que uma máquina capte todos esses detalhes a
fim de comunicar uma mensagem com eficiência. O papel dos corretores
ortográficos e dos revisores on-line é, portanto, auxiliar o produtor do texto
na identificação de alguns problemas ortográficos e gramaticais, mas não na
organização das ideias e na fundamentação dos pensamentos.

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Formulário ortográfico. Rio de Janeiro: ABL, 2019.


Disponível em: http://www.academia.org.br/nossa-lingua/formulario-ortografico.
Acesso em: 23 set. 2019.
ARAÚJO, M. S. Ensino-aprendizagem com tecnologias digitais na formação inicial
de professores de inglês. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 57, n. 3, p. 1590-1614,
2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tla/v57n3/0103-1813-tla-57-03-1590.
pdf. Acesso em: 23 set. 2019.
LOPES, P. M. A.; MELO, M. F. A. Q. O uso das tecnologias digitais em educação: seguindo um
fenômeno em construção. Psicologia da Educação, v. 38, jun. 2014. Disponível em: http://
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752014000100005.
Acesso em: 23 set. 2019.
NICOLA, J. Língua, literatura e produção de textos. São Paulo: Scipione, 2006.
Dica do professor
Você já deve ter se dado conta de que a comunicação falada se difere da comunicação escrita em
diversos aspectos, mas já se perguntou como textos escritos argumentativos, ou seja, textos que
pretendem convencer o leitor de algo a partir das intenções do autor, se diferenciam dos textos
argumentativos orais?
É evidente que existem recursos na escrita que auxiliam o produtor de texto no processo de
convencimento do leitor, como, por exemplo: a escolha do tipo de argumento, os elementos de
coesão e a estrutura para a coerência. Contudo, nenhum desses recursos é capaz de garantir a
clareza da comunicação; todos esses recursos dependem da pontuação. São os sinais de pontuação
que evidenciam as relações sintáticas e determinam graficamente a organização dos termos das
orações, das frases e dos parágrafos.

Nesta Dica do Professor, você vai ver como o ponto e vírgula, as aspas, as reticências e os dois-
pontos podem contribuir com a sua escrita.

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Exercícios

1) Observe um trecho do artigo científico O desejo e a aprendizagem da leitura e da escrita:

“Os conceitos de sujeito e de desejo são desenvolvidos a partir da teoria de Jacques Lacan,
na qual o termo sujeito é concebido a partir da noção de tema (sujet, do francês, no sentido
de assunto, matéria, enredo) e o termo desejo como causa na constituição do sujeito. A
partir de Lacan (1953/1998), a psicanálise encontra subsídios para a compreensão do sujeito
em constituição, no dinamismo das relações que estabelece com o outro semelhante por
meio da linguagem.”

Analise as afirmações sobre pontuação do texto nas alternativas a seguir e assinale a correta.

A) A primeira vírgula separa a oração principal da oração subordinada adjetiva explicativa.

B) As vírgulas que isolam do francês foram aplicadas em função do vocativo.

C) As vírgulas que separam assunto, matéria e enredo separam objetos diretos e indiretos.

D) A vírgula localizada depois da palavra Lacan separa as orações subordinadas adverbiais.

E) A vírgula localizada depois da palavra Lacan isola um aposto.

2) Observe outro trecho do artigo científico O desejo e a aprendizagem da leitura e da escrita:

"Quando a criança pensa e responde, faz isso em relação à demanda de uma alteridade que
pode ser a figura do professor ou professora, da mãe, do pai, do irmão, do diretor.
Entretanto, essa alteridade da qual a criança depende como demanda de amor possibilita
uma outra condição de existência na relação com um grande Outro."

Analise as afirmações sobre pontuação do texto nas alternativas a seguir e assinale a correta.

A) A primeira vírgula é facultativa, pois separa orações adverbiais.

B) A primeira vírgula é obrigatória, pois separa um adjunto adverbial deslocado.

C) As vírgulas que separam da mãe, do pai, do irmão e do diretor separam objetos indiretos.

D) O ponto antes de entretanto poderia ser retirado sem que houvesse prejuízos gramaticais.
E) A vírgula que isola entretanto é obrigatória, pois isola um aposto.

3) Em algumas situações, é possível substituir a vírgula por ponto, sem que haja prejuízo
sintático.

Observe as frases a seguir e assinale a única em que a substituição da vírgula por ponto não
acarretaria problemas sintáticos.

A) Quero viajar amanhã, mas preciso resolver alguns problemas antes.

B) Ninguém entendeu o que o menino dizia, pois ele era estrangeiro.

C) Sabendo como era seu irmão, deu-lhe a notícia imediatamente.

D) Quando vi seus olhos brilhantes, me apaixonei perdidamente.

E) A morte parecia presente, conforme alertou o policial.

4) Os corretores ortográficos e revisores on-line são ferramentas interessantes para detectar


problemas na escrita. Entretanto, esses mecanismos nem sempre conseguem perceber todos
os problemas. Analise a frase a seguir:

“Quero encontrá-lo, amanhã preciso do seu aucilio, pois irei a festa.”

Qual problema na frase anterior seria detectado por um revisor on-line?

A) O erro de acentuação da palavra encontrá-lo, pois os problemas ortográficos são detectados


pelos corretores on-line.

B) A vírgula inadequada antes de amanhã, pois não haveria possibilidade de uso dessa vírgula em
nenhum contexto.

C) As frases siamesas, pois o corretor detecta o final das frases para a colocação do ponto-final.

D) Os erros de ortografia da palavra auxílio, já que não haveria palavras semelhantes.

E) O problema da falta de acento grave, pois, nesse caso, não é facultativo.

5) Os corretores e revisores digitais são facilitadores da escrita adequada. Eles são capazes de
detectar problemas nos textos que não foram percebidos pelo autor. Entretanto, essas
ferramentas não são infalíveis: alguns problemas costumam ser deixados de lado.
O texto a seguir passou por um corretor digital, mas um erro não foi detectado. Analise para
identificá-lo:

“As famílias analisadas vivem em regiões sem saneamento básico sendo desprovidas de
informação sobre as campanhas de vacinação nos postos de saúde.”

Marque a alternativa que apresenta o erro não detectado.

A) A falta de acento na palavra analisadas.

B) A falta de vírgula antes de sendo.

C) A falta de elemento coesivo entre básico e sendo.

D) A regência inadequada da palavra informação.

E) A falta de vírgula antes de “nos postos de saúde”.


Na prática
Você já imaginou a confusão que um sinal de pontuação mal-empregado pode causar? Uma das
premissas para a aceitação de um artigo científico é a comunicação eficiente. Como comunicar-se
com eficiência sem conhecer os mecanismos de coesão da escrita?

Neste Na Prática, você vai ver um caso prático de como um produtor de textos científicos deve
relacionar-se com a língua materna e com os sinais de pontuação.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Problemas de construção frasal


O uso inadequado do ponto-final é o principal gerador de frases mal construídas. Para saber mais
sobre o assunto, confira o vídeo a seguir.

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Uso da vírgula
Você quer mais dicas sobre como usar a vírgula adequadamente? Então acesse o vídeo a seguir, o
qual apresenta orientações para que você escreva artigos científicos claros e organizados.

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Uso de corretores de texto on-line grátis


Embora os revisores digitais não resolvam todos os problemas de escrita, podem ser importantes
aliados na produção textual. Confira um vídeo que demonstra como usar uma dessas ferramentas.

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