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19 de fevereiro de 1998
SUMÁRIO

@eu.aprovado

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FOCO NA
Leitura, compreensão e interpretação de textos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 4
Estruturação do texto e dos parágrafos_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 5
Articulação do texto: expressões referenciais, nexos, operadores
sequenciais_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 6
Significação contextual de palavras e expressões_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 11
Equivalência e transformação de estruturas_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 21
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação_ _ _ _ _ _ _ _ _ 23
Emprego de tempos e modos verbais_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 38
Pontuação_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 42
Estrutura e formação de palavras_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 46
Funções das classes de palavras_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 49
Concordância nominal e verbal_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 74
Flexão nominal e verbal_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 76
Regência nominal e verbal_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 80
Ortografia oficial_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 83
Acentuação gráfica_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 87

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Compreensão e interpretação de textos
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão
relacionadas, uma vez que quando se compreende corretamente um
texto e seu propósito comunicativo chegamos a determinadas conclusões
(interpretação).

Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja,


análise do que está no explícito no texto.
Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do
conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da conexão
de ideias e, por isso, vai além do texto.
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O que é interpretação de textos?
A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a
determinadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto
(visual, auditivo, escrito, oral).
Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de
leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório
interpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida.
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande
parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor
interpretação dos textos e conexão das ideias.

O que é compreensão de textos?


Compreender um texto é entender a mensagem que ele está
transmitindo de maneira objetiva. Assim, a compreensão textual envolve
a decodificação da mensagem que é realizada pelo leitor.
Quando ouvimos, por exemplo, um noticiário, compreendemos a
mensagem passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum
acontecimento, por exemplo).
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém requer o
conhecimento da língua, do vocabulário e das funções relacionadas com
linguagem e a comunicação.
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases podemos
compreender melhor a mensagem que está sendo transmitida.

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Estruturação do texto e dos parágrafos
Estruturação do texto nada mais é do que o desenvolvimento do texto;
o conteúdo que se baseia em um tema qualquer, em que, cada uma das
ideias está relacionada uma a outra, formando um todo de sentido.
A introdução faz uma rápida apresentação do assunto e já traz uma
ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você irá identificar
qual o problema do texto, o porque ele está sendo escrito.
O desenvolvimento elabora melhor o tema com argumentos e ideias
que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possível usar
argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até citações de
pessoas que tenham autoridade no assunto.
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A conclusão faz uma retomada breve de tudo que foi abordado e conclui
o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras diferentes, é
possível deixar o assunto ainda aberto criando uma pergunta reflexiva, ou
concluir o assunto com as suas próprias conclusões a partir das ideias e
argumentos do desenvolvimento.

Sequência lógica
O texto deve ter uma sequência Lógica, que são exatamente as ideias
bem estruturadas que vão levar ao leitor compreender o sentido do
texto; ou seja, o que se pretende transmitir. Por isso, não pode haver
ideias ambíguas (duplo sentido) e nem contraditórias (expressando
oposição) do que já fora declarado no texto; também não pode conter
frases inacabadas, incompletas ou sem sentido.

Parágrafo
Parágrafo é cada unidade de informação construída ou formada no
texto, a partir de um tópico frasal (ideia central ou principal do parágrafo
– é a “puxada do assunto”). O parágrafo é um dos mais importantes
componentes do texto. Ele sempre deverá ser desenvolvido a partir de
uma ideia-núcleo, responsável por nortear as ideias secundárias.

Parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou


mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou
nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas
pelo sentido e logicamente decorrentes dela.

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Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para
leitores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos
em colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais
longos. O parágrafo curto também é empregado para movimentar o
texto, no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma ideia.

Parágrafos médios: comuns em revistas e livros didáticos destinados a


um leitor de nível médio (2 grau). Cada parágrafo médio construído com
três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras.

Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem


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longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem
muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias idéias e
especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e
fôlego para acompanhá-los.

Articulação do texto

Para construirmos um texto, precisamos de palavras. Estas palavras


para terem um sentido precisam estar ligadas entre si. Esta ligação é feita
por pronomes ou conjunções. Temos também as expressões referenciais
e operadores sequenciais que darão uma coesão ao texto. Estas
expressões e operadores ajudam a tornar o texto mais compreensivo
evitando repetições de palavras ou redundâncias (repetição de ideias ou
excesso de palavras ou expressões).

Expressões referenciais
As expressões referenciais são usadas para introduzir algo no texto ou
fazer referência a algo que já foi dito no texto.

Exemplo: O SENAI oferece cursos de marceneiro e padeiro em sua


unidade de Vila Velha. Estes cursos têm 20 vagas cada um.
Neste texto verificamos que “cursos de marceneiro e padeiro” foi
introduzido no texto e “estes cursos” faz referência aos cursos de
marceneiro e padeiro.

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Nexo
O nexo é a união entre duas ou mais coisas. Ele dá coerência e coesão
ao texto ligando de forma simples e harmoniosa situações,
acontecimentos ou ideias; Ele conecta as palavras para dar sentido e
lógica a este texto.

Coesão
O significado de coesão está relacionado com mecanismos linguísticos
do texto, que são responsáveis por estabelecer uma conexão de ideias.
A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor
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relativamente a uma sequência de fatos.Uma mensagem coesa apresenta
ligações harmoniosas entre as partes do texto.

Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e
catáfora.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por
esse motivo, são qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa,
contribuindo com a ligação e a harmonia textual.

Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:

Referência
Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos.
Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência
pessoal anafórica)
Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios.
Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a
correspondência. (Referência demonstrativa catafórica)
Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças.
Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Referência comparativa
endofórica)

Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma
de evitar as repetições.
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Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.

Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa


especialmente no fato de que a substituição acrescenta uma informação
nova ao texto.
No caso de “João e Maria casaram. Eles são os pais de Ana e Beto”, o
pronome pessoal referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando
informação adicional ao texto.

Elipse
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Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase,
pode ser omitido através da elipse.
Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos
que o que está sendo oferecido são ingressos para o concerto.)

Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe.
(adversativa)

Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido
aproximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas:
sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A
instituição está literalmente caindo aos pedaços.

Coerência
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua
argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do
transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são
concluídas, é um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza
do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura.

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A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão
relacionadas, uma vez que quando se compreende corretamente um
texto e seu propósito comunicativo chegamos a determinadas conclusões
(interpretação).
Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre
também do uso de tempos verbais e da emissão de ideias contrárias.
Exemplos:
O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora.
(processo verbal acabado e inacabado)
Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os
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vegetarianos são assim classificados pelo fato de se alimentar apenas
de vegetais)

Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto,
tendo em vista a sua abrangência. Vejamos alguns:

Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que
são arquivados na nossa memória.
São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento,
como a rotina alimentar: café da amanhã, almoço e jantar), planos
(planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), scripts (roteiros,
tal como normas de etiqueta).

Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!


Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é
incoerente. Isso porque “peru, panetone, frutas e nozes” (frames) são
elementos que pertencem à celebração do Natal e não à festa de
carnaval.

Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se
partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo
conhecimento.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são
indianos. (ou seja, em princípio, esses convidados não comem carne de
vaca)
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Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a
sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem.
Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.

Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e
interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa
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informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o texto.
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.

Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os
seguintes princípios para se obter um texto coerente:
Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias
Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
Princípio da Relevância - ideias que se relacionam

Operadores Sequenciais

Os operadores sequenciais são recursos de coesão textual,


especificamente a coesão sequencial.
Coesão sequencial
Para a coesão sequencial, são usados conjunções, conectivos e
expressões que dão continuidade aos assuntos e ligam as orações para
que possam ser articuladas e relacionadas.
A coesão textual usa expressões que são responsáveis pela coesão
sequencial nos textos.
Adição/inclusão: Além disso, também, até; é certo que…
Oposição: Todavia, mas, porém…
Afirmação/igualdade: Na verdade, realmente…
Exclusão: Senão, apenas, exceto…
Enumeração: A princípio, em…
Explicação: Como vimos, portanto, isto é, por exemplo…
Conclusão: Por fim, finalmente, em última análise…
Continuação: No geral, por sua vez…
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Significação das palavras

O significado das palavras é estudado pela semântica, que é um ramo da


linguística que estuda o sentido das palavras, frases e textos de uma
língua.

Denotação e Conotação
São as formas como usamos as palavras e os sentidos que elas têm.

Denotação - emprego do sentido real, literal das palavras e


expressões.
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Exemplo: Depois de jogar bola, nós comemos um churrasco.

Conotação - emprego do sentido subjetivo, figurado das palavras e


expressões.
Exemplo: Ele comeu bola na prova de matemática.

Na primeira frase, o termo “bola” está empregado em sentido denotativo,


que se refere ao objeto esférico utilizado para jogar futebol, basquete e
vôlei.
Já na segunda frase, a expressão “comer bola” está em sentido
conotativo, que significa: cometer um erro. Note que não poderíamos
utilizar essa expressão no sentido real, uma vez que “comer bola” é algo
impensável.

Denotação
A denotação é o uso das palavras no sentido próprio, ou seja, no sentido
do dicionário, que chamamos de literal.
Ela é objetiva e precisa. A sua intenção é transmitir uma mensagem que
não deixe espaço para outras interpretações.
A linguagem denotativa é a que se manifesta com palavras no sentido
denotativo. Assim, é a linguagem usada em notícias e reportagens, bulas
de remédios, manuais de instrução e textos científicos.

Exemplos de denotação
O homem foi picado por uma cobra.
Piolin foi um palhaço muito famoso.
Alguém atirou uma pedra na janela. 11
O meu animal preferido é o gato.
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Conotação
A conotação é o uso das palavras no sentido figurado.
Ela é subjetiva. A sua intenção é transmitir uma mensagem que deixa
espaço para interpretações diferentes, que vão além do sentido que têm
no dicionário.
A linguagem conotativa é a que se manifesta com palavras no sentido
conotativo. Assim, é a linguagem usada em textos literários (poemas,
crônicas, novelas), mensagens publicitárias, charges e tirinhas, história em
quadrinhos.

Exemplos de conotação FOCO NA


Dizem que aquela mulher é uma cobra.
Ele não deixa ninguém ficar triste. É um verdadeiro palhaço.
Você tem um coração de pedra!
Aquele ator é um gato.
Essa matéria é fogo.

Sinônimos e Antônimos

Sinônimo
Um sinônimo pode ser uma palavra ou expressão que tem o significado
equivalente a outra, podendo ser igual ou semelhante. Os sinônimos, pela
correspondência de seu significado, podem ser substituídos sem causar
alteração no sentido que se deseja expressar.

Veja este exemplo de substituição adequada de sinônimos em uma


frase:
Com o início das obras, o trânsito naquela região foi modificado.
Com o início das obras, o trânsito naquela região foi alterado.

Sinônimos e significados diferentes


É preciso ter atenção ao fazer uma substituição de expressões sinônimas
porque, conforme a aplicação e o contexto, as palavras podem assumir
diferentes sentidos e podem alterar a frase.

Para compreender melhor, observe o exemplo:


A chefe pretende aumentar os rendimentos da empresa. (aumentar =
elevar)
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A chefe pretende inserir os rendimentos da empresa. (inserir =
acrescentar)
As palavras aumentar e inserir podem ser sinônimas em muitas
situações. Mas, no caso apresentado, não possuem o mesmo significado
e por isso alteram o sentido da frase.

Sinônimos e repetição de palavras


O uso de sinônimos é muito eficiente para evitar que a utilização de uma
mesma palavra deixe um texto repetitivo.

Veja: FOCO NA
Quando chegou no aeroporto, percebeu que o avião não estava na
pista. Logo, o aviso sonoro indicou que o avião teve problemas
técnicos.
Quando chegou no aeroporto, percebeu que o avião não estava na
pista. Logo, o aviso sonoro indicou que a aeronave teve problemas
técnicos.

Exemplos de sinônimos
Veja uma lista com alguns exemplos de palavras sinônimas:
Objetivo e finalidade;
Importante e significativo;
Sabedoria e sapiência;
Ocupação e ofício;
Esperto e sagaz;
Claro e alvo;
Morrer e falecer;
Volumoso e corpulento;
Proibição e impedimento;
Castigar e punir;
Doença e enfermidade.

Antônimo
Os antônimos são expressões ou palavras que têm o significado oposto
quando comparadas a outra. Nesse caso, se forem substituídos, causam
alteração no sentido inicial, expressando uma ideia contrária à anterior.

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Veja como a substituição de palavras antônimas modifica o sentido de
uma frase:
Ela chegou à escola com muita disposição para estudar.
Ela chegou à escola com pouca disposição para estudar.

Exemplos de antônimos
Conheça algumas palavras antônimas:
Alegre e triste;
Benefício e malefício;
Extrovertido e tímido;
Calmo e ansioso; FOCO NA
Excesso e escassez;
Construir e demolir;
Adiantar e atrasar;
Lacônico e prolixo;
Respeito e desrespeito;
Incluído e excluído;
Perpétuo e efêmero.

Sinonímia e antonímia
A sinonímia se refere à relação de proximidade de sentidos que existe
entre palavras sinônimas. Já a antonímia se refere à relação de oposição
de sentidos que existe entre palavras antônimas.

Tanto a sinonímia quanto a antonímia são estudadas pela semântica, que


é a parte da gramática que explora e interpreta a significação das
palavras.

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PORTUGUÊS
Homônimos e Parônimos
Homônimos
São palavras que possuem a mesma pronúncia (às vezes, a mesma
escrita) e significados distintos.

As palavras homônimas são classificadas em:


Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia,
por exemplo: colher (verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e
jogo (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).
Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia,
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por exemplo: concertar (harmonizar) e consertar (reparar); censo
(recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e ascender (subir).
Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por
exemplo: caminho (substantivo) e caminho (verbo); cedo (verbo) e
cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre (verbo).

Parônimos
Os parônimos são as palavras que se assemelham na grafia e na
pronúncia, entretanto, diferem no sentido. Por isso, é muito importante
tomar conhecimento desses termos para que não haja confusão.

A seguir, alguns exemplos de palavras parônimas:


Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
Coro (música) e couro (pele animal)
Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)
Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)
Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de
dispensar)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
pirar) 15
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Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)
Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)
Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui
fundamento)
Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
FOCO NA
Soar (produzir som) e suar (transpirar)

Ambiguidade
A ambiguidade, também chamada de anfibologia, é a duplicidade de
sentidos numa mesma sentença.
Pelo fato de reunir mais do que uma interpretação possível, as
ambiguidades podem gerar um desentendimento no discurso, motivo
pelo qual devem ser evitadas nos discursos formais. Assim, quando
surgem por descuido, as ambiguidades são consideradas vícios de
linguagem.

Exemplo 1: Por fim, levou o filho para o seu quarto.


Não está claro de quem é o quarto: o do filho ou o seu próprio?
No entanto, esse é um recurso muito utilizado nos textos poéticos, uma
vez que oferece maior expressividade ao texto. Além disso, também é
usada nos textos publicitários para garantir o humor. Neste caso, quando
seu uso é intencional, a ambiguidade é considerada uma figura de
linguagem.

Exemplo 2: Adoro meu vizinho, mas o cachorro não para de ladrar.


Há ironia nessa oração. Isso porque não está claro se eu gosto assim
tanto do meu vizinho (ainda que o seu cachorro viva latindo) ou se eu não
gosto dele (tanto que o chamo de cachorro porque ele incomoda com o
seu barulho).

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Polissemia
A Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra.
Do grego polis, significa "muitos", enquanto sema refere-se ao
"significado". Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode
apresentar significados distintos de acordo com o contexto. Apesar disso,
eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.

Exemplos de polissemia
Vejamos alguns exemplos no qual as mesmas palavras são utilizadas em
diferentes contextos:
FOCO NA
Exemplo 1
1. A letra da música do Chico Buarque é incrível.
2. A letra daquele aluno é inteligível
3. Meu nome começa com a letra D.

Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto


que abarca significados distintos dependendo de sua utilização.
Assim, na frase 1, a palavra é utilizada como "música, canção". Na 2
significa "caligrafia". Já na oração 3 indica a "letra do alfabeto". Apesar dos
muitos significados, todos se relacionam com a ideia de escrita.

Exemplo 2
1. A boca da garrafa de cerveja está com ferrugem.
2. O seu João continua mandando bocas para a vizinha do 1.º D.
3. E que tal se você fechasse a boca?

Na oração 1 a boca da garrafa é a abertura do recipiente, enquanto na 2,


tem o sentido de provocação. Apenas na oração 3 é feita referência à
parte do corpo. Todos, nos entanto, se relacionam com a função da boca:
abertura, fala.

Polissemia e Ambiguidade
Exemplo: Ninguém conseguia se aproximar do porco do tio, tão bravo ele
era.
Essa oração pode ser entendida com ironia, na medida em que pode
ser interpretada como uma ofensa ao tio. Ao mesmo
tempo, o tio pode realmente ter um suíno que é bravo. 17
PORTUGUÊS
Exemplos de polissemia
Asa: membro anterior das aves e suporte para segurar um objeto
Astro: corpo celeste e pessoa famosa
Bala: projétil de arma de fogo e guloseima de açúcar
Cabeça: parte do corpo humano e líder do grupo
Coluna: espinha dorsal e pilar de sustentação
Dama: senhora da nobreza e peça de jogos
Gato: animal mamífero e pessoa atraente
Letra: símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro
Nota: cédula de dinheiro e sinal que representa um som musical
Partir: quebrar e ir embora FOCO NA
A polissemia ocorre devido a vários motivos, sendo os principais:
O uso de linguagem com sentido figurado, com metáforas e
metonímias;
A tradução de linguagem específica para linguagem corrente;
A influência de estrangeirismos e neologismos.

Polissemia e monossemia
Polissemia e monossemia são conceitos contrários.
Na polissemia, uma palavra apresenta diversos significados.
Na monossemia, uma palavra apresenta apenas um significado,
permitindo uma leitura única.

Exemplos de palavras monossêmicas:


estetoscópio (instrumento médico);
eneágono (polígono com nove ângulos);
vulcanologista (especialista em vulcanologia).
Palavras monossêmicas existem em menor número e são,
habitualmente, muito específicas, se referindo a aspectos muito
particulares da realidade, como por exemplo as palavras técnicas.

Polissemia e homonímia
A diferença entre polissemia e homonímia é de difícil definição e tem
sido alvo de muitos estudos, não havendo consenso entre linguistas.

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PORTUGUÊS
A diferenciação clássica é que a polissemia se refere a uma só palavra
com diversos significados, possivelmente relacionáveis entre si, e que a
homonímia se refere a duas palavras diferentes, com origens e
significados distintos e independentes, mas que apresentam a mesma
ortografia e pronúncia.
Fazer essa diferenciação na prática não é fácil. Embora levante muitas
questões e discussões entre os estudiosos da língua, para o falante é
apenas importante compreender que uma palavra pode apresentar
diferentes significados e que palavras diferentes, com significados
diferentes, podem apresentar uma forma igual.
FOCO NA
Exemplos de homonímia
Manga
fruto da mangueira
parte da roupa
Grama
relva
unidade de massa
Pena
revestimento do corpo das aves
castigo, sentimento ou sofrimento

Hiperonímia e Hiponímia
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma
palavra superior estabelece com uma palavra inferior. O hiperônimo é
uma palavra hierarquicamente superior porque apresenta um sentido
mais abrangente que engloba o sentido do hipônimo, uma palavra
hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.

A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de


significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da palavra
hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser
incluída numa classe superior que abrange o seu significado -
hiperônimo.

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País é hiperônimo de Brasil.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.

Brasil é hipônimo de país.


Cavalo é hipônimo de mamífero.
Xadrez é hipônimo de jogo.

Os hiperônimos:
Apresentam um sentido abrangente;
Transmitem a ideia de um todo; FOCO NA
Representam as características genéricas de uma classe;
Permitem a formação de subclasses associadas a elas.

Os hipônimos:
Apresentam um sentido restrito;
Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um todo;
Representam as características específicas de uma subclasse;
Permitem a associação a uma classe superior mais abrangente.

Exemplos de hiperônimos e hipônimos

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PORTUGUÊS
Uso de hiperônimos e hipônimos
O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a construção de uma
boa coesão lexical num texto. Os hiperônimos e hipônimos atuam como
um recurso coesivo lexical que permite a abordagem de um tema
evitando repetições vocabulares.
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, fazendo
referência a uma informação previamente mencionada sem a repetir,
através do uso de substantivos genéricos e específicos.

Equivalência e transformação de estruturas


FOCO NA
O objetivo da equivalência e transformação de estruturas é transformar
a estrutura de um texto a algo equivalente sem perder o sentido e
continuar gramaticalmente correto. Simplificando é reescrever o texto de
maneira que ele continue coerente e não perca o sentido.
Muitas vezes é pedido em questões de concursos para você reescrever
um texto em tempos diferentes, de singular para plural, substituir uma
conjunção, dentro outras possibilidades e mesmo com estas mudanças o
texto não perca a coerência e sentido.

Paralelismo sintático e paralelismo semântico


Paralelismo é a criação de uma sequência de frases com uma estrutura
paralela com significados equivalentes, ou seja, idêntica. Isto torna o texto
claro, objetivo e harmonioso.
Existe o paralelismo sintático e o paralelismo semântico.

Paralelismo sintático
É uma sequência de estruturas sintáticas idênticas que se repete com
valores sintáticos iguais. É um recursos de coesão textual que acaba
dando ao texto mais objetividade, precisão e clareza. Os termos e orações
se ligam através do processo de coordenação dando uma relevância uma
sobre a outra. A isso chamamos de paralelismo sintático.
Os valores são iguais, ou seja, estruturas simétricas.
Abaixo tem exemplos com e sem paralelismo sintático para você
entender melhor:

21
PORTUGUÊS
Exemplo 1
Sem paralelismo sintático
O corredor brasileiro que venceu a maratona, foi seguido pelo corredor
português e do corredor chileno.
Com paralelismo sintático
O corredor brasileiro que venceu a maratona foi seguido pelo corredor
português e pelo corredor chileno.

Exemplo 2
Sem paralelismo sintático
FOCO NA
Eu pedi para ela vir na hora do almoço e que trouxesse sobremesa.
Com paralelismo sintático
Eu pedi que ela viesse na hora do almoço e que trouxesse sobremesa.

Estruturas de paralelismo sintático mais comuns são:

Por um lado… por outro…


Ex.: Se por um lado o aumento de preço garantem o emprego de todos,
por outro, descontentam os clientes.

Não… nem…
Ex.: Não ganhou o campeonato neste ano, nem no anterior.

Tanto… quanto…
Ex.: O cigarro é prejudicial tanto para os fumantes, quanto para os não
fumantes.

Primeiro… segundo…
Ex.:Não gostei de seu discurso. Primeiro porque não tinha haver com o
momento; segundo porque todos ficaram constrangidos.

Paralelismo semântico

O paralelismo semântico ocorre quando há uma concordância (sentido)


entre as ideias presentes no texto. As ideias têm que ser comparadas
entre si, ou seja, elas têm que estar relacionadas.

22
PORTUGUÊS
Exemplo 1
Sem paralelismo semântico
O pedreiro pediu que o Caio fosse ao mercado.
Com paralelismo semântico
O pedreiro pediu que o ajudante fosse ao mercado.

Exemplo 2
Sem paralelismo semântico
João gosta de maçã e nadar.
Com paralelismo semântico
João gosta de maçã e banana. FOCO NA
Orações coordenadas e subordinadas
As orações coordenadas e subordinadas são tipos de orações em que
existem (ou não) relações sintáticas.
Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre
elas e, por isso, são orações independentes.
Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está
subordinada à outra. Desse modo, elas dependem umas das outras para
ter sentido completo e, portanto, possuem uma relação sintática.

Orações Coordenadas
As orações coordenadas são orações independentes que já possuem
sozinhas um significado completo. Dessa forma, não existe uma relação
sintática entre elas.

Tipos de orações coordenadas


Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as orações
coordenadas sindéticas e assindéticas.

Oração coordenada sindética


Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que
conecta as palavras ou termos das frases e, dependendo da conjunção
utilizada, elas pode ser de cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.

23
PORTUGUÊS
1. Oração coordenada sindética aditiva
As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das
conjunções (ou locuções conjuntivas) transmite a ideia de adição. As
conjunções aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda, como,
assim, etc.

Exemplos:
Fomos para a escola e fizemos o exame final.
Oração 1: Fomos para a escola.
Oração 2: fizemos o exame final.
FOCO NA
Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.
Oração 1: Joelma adora pescar.
Oração 2: gosta muito de navegar.

Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção


adiciona informações ao que foi dito anteriormente. Além disso, é
importante perceber que as orações acima, quando separadas, são
independentes, uma vez que possuem um sentido completo.

2. Oração coordenada sindética adversativa


As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que
transmitem, por meio das conjunções utilizadas, uma ideia de oposição
ou de contraste. As conjunções adversativas são: e, mas, contudo,
todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.

Exemplos:
Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.
Oração 1: Pedro Henrique estuda muito
Oração 2: não passa no vestibular

Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava


chovendo muito naquela noite.
Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à festa
Oração 2: estava chovendo muito naquela noite

24
PORTUGUÊS
Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia
de oposição ao que foi dito anteriormente. Além disso, as frases são
independentes, uma vez que, se separadas, possuem um sentido
completo.
3. Oração coordenada sindética alternativa
Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções
enfatizam uma escolha dentre as opções existentes. As conjunções
alternativas utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja,
etc.

Exemplos: FOCO NA
Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.
Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer.
Oração 2: ora quer comer pizza.

Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do dia.


Oração 1: Faça o que sua mãe manda.
Oração 2: ficará de castigo o resto do dia.

Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções


utilizadas indicam opções e, por isso, são chamadas de alternativas.

4. Oração coordenada sindética conclusiva


As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e,
por isso, fazem uso das conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim,
portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.

Exemplos:
Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.
Oração 1: Não gostamos do restaurante.
Oração 2: não iremos mais lá.

Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.


Oração 1: Alice não realizou a prova.
Oração 2: fará a substitutiva no final do ano.
Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que
transmitem a ideia de conclusão sobre algo que foi mencionado na
oração principal.
25
PORTUGUÊS
5. Oração coordenada sindética explicativa
Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as conjunções ou
locuções que ligam as orações expressam uma explicação. São elas: isto
é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc.

Exemplos:
Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.
Oração 1: Marina não queria falar
Oração 2: ela estava de mau humor

FOCO NA
Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.
Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol
Oração 2: estava cansado

Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as


orações independentes se unem com o intuito de explicar sobre o que foi
dito anteriormente.
.
Oração coordenada assindética
Diferente das orações coordenadas sindéticas, as orações coordenadas
assindéticas não exigem conjunções que conectam os termos ou palavras
da frase.

Exemplos:
Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos.

Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução


conjuntiva) que liga as orações e, portanto, temos orações coordenadas
assindéticas.

26
PORTUGUÊS
Orações subordinadas
As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações
dependentes. Assim, quando separadas, não possuem um sentido
completo e, por isso, recebem esse nome, de forma que uma está
subordinada à outra.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas são classificadas de três maneiras:
substantivas, adjetivas e adverbiais. Isso irá depender da relação sintática
estabelecida.

Orações Subordinadas Substantivas


FOCO NA
As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função
de substantivo. Vale lembrar que o substantivo é uma das classes de
palavras que nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc.
Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações
desenvolvidas ou orações reduzidas.
Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão
no início das orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou
locuções conjuntivas.
Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e
surgem com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio.
Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de
sujeito, predicado, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e
aposto, sendo classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa,
completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva.

1. Oração subordinada substantiva subjetiva


As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função de
sujeito da oração principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de
que(m) se fala.

Exemplos:
É importante que você beba água.
Oração principal: É importante
Oração subordinada: que você beba água

27
PORTUGUÊS
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração
subordinada, além de completar o sentido da primeira, desempenha o
papel de sujeito da oração.

2. Oração subordinada substantiva predicativa


As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função de
predicativo do sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo
de ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.).
Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de
atribuir uma qualidade ao sujeito.
FOCO NA
Exemplos:
Meu medo é que ela não vença o campeonato.
Oração principal: Meu medo é
Oração subordinada: que ela não vença o campeonato.

Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.


Oração principal: Nosso desejo é
Oração subordinada: que ele passe nos exames finais.

Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação,


qualifica-se o sujeito da oração.

3. Oração subordinada substantiva completiva nominal


As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a
função de complemento nominal do verbo da oração principal,
completando o sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração
sempre é iniciada com uma preposição.
Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio).

Exemplos:
Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.
Oração principal: Tenho esperança
Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize

Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.


28
PORTUGUÊS
Oração principal: Tínhamos certeza
Oração subordinada: de que ela passaria na prova

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre


começam com uma preposição: "de". Ambas complementam os nomes
(substantivos) da oração principal: esperança; certeza.

4. Oração subordinada substantiva objetiva direta


As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função
de objeto direto do verbo da oração principal e, por isso, o complemento
não vem acompanhado de preposição. FOCO NA
Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que
completa o sentido dos verbos transitivos das orações.

Exemplos:
Desejo que todos tenham um bom dia.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada: que todos tenham um bom dia.

Espero que você passe no concurso.


Oração principal: Espero
Oração subordinada: que você passe no concurso.

Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam


preposição e possuem o valor de objeto direto da oração principal.
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho
ele não fornece a informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja
algo; quem espera, espera algo.

5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta


As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a
função de objeto indireto do verbo da oração principal, complementando-
o.

Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido


do verbo transitivo na oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção
subordinativa integrante é sempre precedida de uma preposição (que ou
se). 29
PORTUGUÊS
Exemplos:
Necessito de que você preencha o formulário novamente.
Oração principal: Necessito
Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente.

Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.


Oração principal: Gostaria
Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem.

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos


FOCO NA
verbos transitivos da oração principal, pois sozinhos eles não possuem
um sentido completo (quem necessita, necessita de algo; quem gosta,
gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que antes das
conjunções (que) temos as preposições (de).

6. Oração subordinada substantiva apositiva


As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função de
aposto de qualquer termo presente na oração principal. Nesse caso, a
oração principal pode terminar com dois pontos, ponto e vírgula ou
vírgula.
Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função
exemplificar ou especificar outro já mencionado anteriormente na
oração.

Exemplos:
Meu único desejo: vencer as olimpíadas.
Oração principal: Meu único desejo
Oração subordinada: vencer as olimpíadas

Só lhe peço isso: que nos ajude.


Oração principal: Só lhe peço isso
Oração subordinada: que nos ajude

Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto,


visto que especificam melhor algo mencionado na oração principal.

30
PORTUGUÊS
Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como
adjunto adnominal, as quais possuem a mesma função do adjetivo e, por
isso, recebem esse nome.
Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações
desenvolvidas, os verbos aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e
sempre iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual, quanto,
onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do
termo antecedente.
Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou
particípio e não começam com um pronome relativo. FOCO NA
Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são
classificadas em dois tipos: explicativa e restritiva.

1. Oração subordinada adjetiva explicativa


As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois
tem o intuito de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de
oração subordinada é separada por algum sinal de pontuação,
geralmente vírgulas.

Exemplos:
Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são
muito bons.
Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons
Oração subordinada: que foram indicados pela professora

O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu


todos.
Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos
Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola

Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas


aparecem entre vírgulas, adicionando um comentário extra sobre o
antecedente da oração principal.
Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um
aposto explicativo e podem ser retiradas sem que isso afete o significado
da outra.

31
PORTUGUÊS
2. Oração subordinada adjetiva restritiva
As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das
explicativas, que ampliam a explicação sobre algo, restringem,
especificam ou particularizam o termo antecedente. Aqui, elas não são
separadas por sinais de pontuação.

Exemplos:
Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para
escrever um texto.
Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para
escrever um texto FOCO NA
Oração subordinada: que não leem

As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.


Oração principal: As pessoas tendem a viver mais
Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias

A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas
explicativas, se as orações subordinadas foram removidas, afetarão o
significado da oração principal.
Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e
restringem o termo antecedente, em vez de explicá-los.

Orações Subordinadas Adverbiais


As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função
de advérbio funcionando como adjunto adverbial.
As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução
subordinativa, as quais têm a função de conectar as orações (principal e
subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos:
causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas,
consecutivas, finais, temporais, proporcionais.

32
PORTUGUÊS
1. Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo
que a oração principal faz referência. As conjunções ou locuções
integrantes adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que,
porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde que, etc.

Exemplos:
Não fomos à praia já que estava chovendo muito.
Oração principal: Não fomos à praia
Oração subordinada: já que estava chovendo muito.
FOCO NA
Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.
Oração principal: Não vou estudar hoje
Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça.

As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a


oração principal faz referência. As conjunções integrantes que expressam
isso são: "já que" e "porque".

2. Oração subordinada adverbial comparativa


As orações subordinadas adverbiais comparativas expressam
comparação entre as orações principal e subordinada.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como,
assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que,
quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais),
etc.

Exemplos:
Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.
Oração principal: Minha mãe está muito nervosa
Oração subordinada: como eu estava antes

Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.


Oração principal: Ela não estudou para a prova
Oração subordinada: o tanto quanto deveria

Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação


utilizando as conjunções integrantes: "como" e "tanto quanto".
33
PORTUGUÊS
3. Oração subordinada adverbial concessiva
As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão
ou permissão em relação à oração principal. Dessa forma, elas
apresentam uma ideia contrária ou oposta.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas
orações são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que,
apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc.

Exemplos:
Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.
Oração principal: vou lhe fazer o jantar FOCO NA
Oração subordinada: Embora não queira

Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.


Oração principal: não vou comprar
Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália

Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva


"mesmo que" presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia
oposta em relação às orações principais.

4. Oração subordinada adverbial condicional


As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As
conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso,
contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que,
etc.

Exemplos:
Se estiver chovendo, não iremos ao evento.
Oração principal: não iremos ao evento
Oração subordinada: Se estiver chovendo

Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.


Oração principal: irei visitá-lo
Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola

As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição


por meio do uso das conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso".
34
PORTUGUÊS
5. Oração subordinada adverbial conformativa
As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam
conformidade em relação ao que foi expresso na oração principal. As
conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo,
como, consoante, de acordo, etc.

Exemplos:
Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser
respeitada.
Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada
FOCO NA
Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo

Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.


Oração principal: Farei a receita de pão
Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe

Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam


conformidade sobre a oração principal enfatizada pelas conjunções
utilizadas: "segundo" e "consoante".

6. Oração subordinada adverbial consecutiva


As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam
consequência. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas
são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito que, etc.

Exemplos:
A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.
Oração principal: A palestra foi ruim
Oração subordinada: de forma que não entendemos nada

Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.


Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos
Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os

Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as


consequências expressas na orações principais. Para isso, as locuções
conjuntivas utilizadas foram: "de modo que", "de sorte que".

35
PORTUGUÊS
7. Oração subordinada adverbial final
As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As
conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a
fim de que, para que, que, porque, etc.

Exemplos:
Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.
Oração principal: Nós estamos na faculdade
Oração subordinada: para que possamos aprender mais

FOCO NA
O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova
final.
Oração principal: O atleta treinou dias
Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na
prova final

As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para


que" e "a fim de que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi
mencionado na oração principal.

8. Oração subordinada adverbial temporal


As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância
de tempo. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são:
enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes
que, depois que, logo que, etc.

Exemplos:
Você ficará famoso quando publicar seu livro.
Oração principal: Você ficará famoso
Oração subordinada: quando publicar seu livro

Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.


Oração principal: Eu ficarei mais feliz
Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame

Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que",


as orações subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais.

36
PORTUGUÊS
9. Oração subordinada adverbial proporcional
As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam
proporcionalidade. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais
utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais,
tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc.

Exemplos:
A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.
Oração principal: A chuva piorava
Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto.
FOCO NA
Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.
Oração principal: mais feliz ficava
Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino.

As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e


"quanto mais") enfatizam a proporção expressa na oração principal.

37
PORTUGUÊS
Tempos Verbais
O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir:
presente, pretérito e futuro.
Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da


fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.
FOCO NA
Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.

Pretérito (ou passado) subdivide-se em:


• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.

• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente


concluído, revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.

• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a


outro também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de
Andrade)

Futuro subdivide-se em:


• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se
fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais
chegarem contarei o fato ocorrido.

• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a


um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.

38
PORTUGUÊS
Empregos especiais:
• Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido
no passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce =
nasceu)

- pode indicar futuro próximo.


Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)

- pode indicar um processo habitual, ininterrupto. FOCO NA


Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.

• Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)

• Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do
subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria,
fora = fosse)

- pode ser usado em orações optativas.


Quem me dera ter um novo amor!

• Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza.
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil
de indenização.

- pode ser usado com valor de imperativo.


Ex.: Não levantarás falso testemunho.

• Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza?

39
PORTUGUÊS

FOCO NA
Modos Verbais
• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.

• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do


falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.

• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou


conselho.
Exs.:
Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.

Infinitivo pessoal ou impessoal

• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.


Ex.: comprar, comer, partir.

Emprega-se o infinitivo impessoal:

a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.


Ex.: É preciso amar.

40
PORTUGUÊS
b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.

c) Quando faz parte de uma locução verbal.


Ex.: Ele deve ir ao dentista.

d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar,


ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.

Sujeito
Deixei-as passear. FOCO NA
= eles

e) Quando tiver valor de imperativo.


Ex.: Não fumar neste recinto.

• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência


de pessoa e número.

Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em

Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.

- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do


verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.

41
PORTUGUÊS
Pontuação
PONTO ( . )
a) Indicar o final de uma frase declarativa:
Gosto de sorvete de goiaba.
b) Separar períodos:
Fica mais um tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
Av. (Avenida)
V. Ex.ª (Vossa Excelência)
p. (página)
Dr. (doutor) FOCO NA
DOIS PONTOS ( : )
a) Iniciar fala de personagens:
O aluno respondeu:
– Parta agora!
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de
palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para
auxiliar os mais idosos.
Anote o número do protocolo: 4254654258.
c) Antes de citação direta:
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto
que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

RETICÊNCIAS ( ... )
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:
Quem sabe se tentar mais tarde...
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de
estender a reflexão:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces
duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -
Raimundo Fagner)
42
PORTUGUÊS
PARÊNTESES ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e
também podem substituir a vírgula ou o travessão:
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna
(1922).
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na
véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O
milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo FOCO NA
Ana, boa tarde!
b) Final de frases imperativas:
Cale-se!
c) Após interjeição:
Ufa! Que alívio!
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:
Que pena!

PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
a) Em perguntas diretas:
Quantos anos você tem?
b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:
Não brinca, é sério?!

VÍRGULA ( , )
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o
maior número de funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do
enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os termos por ela
separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não
formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há uma relação
sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de
vírgula.
NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
a) Sujeito de Predicado;
b) Objeto de Verbo;
c) Adjunto adnominal de nome;
43
PORTUGUÊS
d) Complemento nominal de nome;
e) Predicativo do objeto do objeto;
f) Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja
apositiva nem apareça na ordem inversa).

a) Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:


Ana, traga os relatórios.
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.
b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:
Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.
Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula. FOCO NA
c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou
intercalado:
Quando chegar do trabalho, procurarei por você.
Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.
d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:
Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

PONTO E VÍRGULA ( ; )
a) Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de
outros itens:
Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as
seguintes perguntas:
I- O que dizer;
II- A quem dizer;
III- Como dizer;
IV- Por que dizer;
V- Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?
b) Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito
extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a
vírgula:

44
PORTUGUÊS

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude


apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no
fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se
foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o
inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de
Taunay)

TRAVESSÃO ( — )
a) Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no
discurso direto: FOCO NA
A mãe perguntou ao filho:
— Já lavou o rosto e escovou os dentes?
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos
diálogos:
— Filho, você já fez a sua lição de casa?
— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.
c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam
itinerários:
Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.
d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões
ou frases explicativas:
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.

ASPAS ( “ ” )
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões
populares:
A aula do professor foi “irada”.
Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo
o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de
Queirós)
FIQUE ATENTO!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já
está inserido em uma sentença destacada por aspas,
esse termo deve ser destacado com marcação
simples ('), não dupla (").
45
PORTUGUÊS
Estrutura e formação de palavras
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas
principalmente por dois processos morfológicos:
Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)
Composição (justaposição e aglutinação)

Palavras Primitivas e Derivadas

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as


palavras “derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras
primitivas. FOCO NA
Exemplos:
dente (primitiva) e dentista (derivada)
mar (primitiva) e marítimo (derivada)
sol (primitiva) e solar (derivada)

Afixos
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles
são morfemas, ou seja, as menores partículas significativas da língua.
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra
(palavra primitiva) e pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo, foi
acrescentado o sufixo -eira.
46
PORTUGUÊS
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra.
Assim, os sufixos vem depois do radical, por exemplo, folhagem e livraria.
Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e
ilegal.
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra,
sendo representados por uma consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria
e cafezal.

Radical e Prefixo

FOCO NA
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi formada,
faz-se necessário o conhecimento de seu radical e de seus prefixos.
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou
seja, as línguas que mais influenciaram o léxico da língua portuguesa.

Processos de Derivação
Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras
sempre com um radical e os afixos (sufixos e prefixos):
Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva,
por exemplo: infeliz, antebraço, enraizar, refazer, etc.

47
PORTUGUÊS
Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva,
por exemplo: felicidade, beleza, estudante, etc.

Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de


um sufixo à palavra primitiva, de forma simultânea, por exemplo:
entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.
Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da
retirada de uma parte da palavra primitiva, por exemplo: beijar-beijo,
debater-debate, perder-perda, etc.
Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da
FOCO NA
palavra, por exemplo, O jantar estava muito bom (substantivo); Fui
jantar ontem à noite com Luís. (verbo)

Processos de Composição

Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais


de palavras, sendo classificadas em:
Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer
alteração em sua estrutura, por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva,
abre-latas, etc.
Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre
alteração em sua estrutura, por exemplo, planalto (plano alto), vinagre
(vinho e acre), etc.

Neologismo
O neologismo é um processo de formação de palavras em que são
criados novos termos para suprir alguma lacuna de significação. Podemos
citar como exemplo a palavra "internetês", que se refere à linguagem da
internet.

Hibridismo
O hibridismo também é um processo de formação de palavras. Esses
termos são formados com elementos de idiomas diferentes, por exemplo,
“sociologia” (do latim, “sócio” e do grego “logia”).

48
PORTUGUÊS
Funções das classes de palavras
As classes de palavras ou classes gramaticais são categorias nas quais as
palavras são distribuídas de acordo com a sua natureza e função
gramatical no enunciado. Existem dez classes de palavras, sendo elas:

• Substantivo
• Artigo
• Adjetivo
• Numeral
• Pronome
• Verbo FOCO NA
• Advérbio
• Preposição
• Conjunção
• Interjeição

Tipos de classes de palavras

Entre as classes de palavras, existem dois tipos:


Palavras variáveis: são aquelas que mudam de acordo com o gênero
(masculino ou feminino), o número (singular ou plural), o grau
(aumentativo ou diminutivo) ou o tempo (passado, presente ou
futuro).
Palavras invariáveis: permanecem sempre iguais,
independentemente do gênero, do número, do grau ou do tempo.

Substantivo
Os substantivos são palavras utilizadas para nomear seres, objetos,
sentimentos, cores, entre outras coisas. Costumam ser variáveis e são
subdivididos em algumas categorias:
Comum: é o nome genérico que se dá a uma mesma categoria de
seres ou de coisas. É escrito em letra minúscula:
“O meu gato dorme muito.”

Próprio: é o nome específico que se dá a um indivíduo particular de


uma categoria de seres ou de coisas. É escrito em letra maiúscula:
“O meu gato Tomás dorme muito.” 49
PORTUGUÊS
Concreto: é aquele cuja existência independe do pensamento de
outro ser. Pode ser real ou imaginário, no entanto apresenta
existência própria.
“O portão é azul.”
“Imagino um dragão azul.”

Abstrato: é aquele cuja existência depende de outro ser concreto,


sem o qual não é possível produzir o substantivo abstrato.
“Qual será a verdade?”
“O amor desses dois é lindo.”
FOCO NA
Simples: possui apenas um radical, ou seja, é formado por apenas um
elemento.
“Parece que teremos chuva.”
“A planta precisa de sol.”

Composto: possui mais de um radical, formando uma única palavra a


partir da junção de mais de uma palavra.
“É melhor levar um guarda-chuva.”
“Você tem um girassol?”

Primitivo: é o substantivo cujo nome não se origina de outro nome,


ou seja, é sua própria origem.
“Não ponha muito açúcar.”
“Ele toca piano muito bem.”

Derivado: é o nome que tem origem (deriva) em outro substantivo,


estando normalmente relacionado a ele.
“Traga-me o açucareiro, por favor.”
“Ele é um ótimo pianista.”

Coletivo: são nomes dados para um grupo muito grande de seres ou


de objetos de uma mesma categoria.
“Ele viu um enxame se aproximando de nós.”

50
PORTUGUÊS
COLETIVOS

Coletivo de alunos: turma, classe


Coletivo de amigos: galera, roda
Coletivo de anjos: legião, falange, coro
Coletivo de atores ou artistas: elenco, companhia
Coletivo de aviadores: tripulação
Coletivo de bandidos: horda
Coletivo de bispos: concílio
Coletivo de cantores: coro, coral
FOCO NA
Coletivo de cardeais reunidos para eleger o papa: conclave
Coletivo de cavaleiros: cavalgada
Coletivo de cidadãos: comunidade
Coletivo de ciganos: bando
Coletivo de demônios: legião
Coletivo de espectadores: auditório, plateia
Coletivo de estudantes: turma, classe
Coletivo de examinadores: banca, junta
Coletivo de filhos: prole
Coletivo de heróis: falange
Coletivo de imigrantes: colônia
Coletivo de invasores: horda
Coletivo de jogadores: time, equipe
Coletivo de jurados: júri, conselho
Coletivo de ladrões: quadrilha, corja, choldra
Coletivo de marinheiros: tripulação, chusma
Coletivo de médicos: junta
Coletivo de mercadores: caravana
Coletivo de músicos: banda, orquestra
Coletivo de padres: clero
Coletivo de parentes: família
Coletivo de parlamentares: assembleia, congresso, bancada
Coletivo de pessoas: multidão, grupo, gente, massa, roda, chusma,
magote
Coletivo de pessoas de uma determinada região: população, povo
Coletivo de soldados: batalhão, exército, pelotão, tropa, regimento,
companhia, legião
Coletivo de viajantes: caravana 51
PORTUGUÊS
Coletivo de abelhas: colmeia, enxame
Coletivo de animais de uma região: fauna
Coletivo de animais de raça: plantel
Coletivo de aves: bando, revoada
Coletivo de bactérias: colônia
Coletivo de cabras: fato, rebanho
Coletivo de bois: boiada, manada
Coletivo de cachorros, cães: matilha
Coletivo de elefantes: manada
Coletivo de filhotes: ninhada
FOCO NA
Coletivo de formigas: colônia, formigueiro, formigame, carreiro,
correição
Coletivo de gatos: gataria
Coletivo de armas: arsenal
Coletivo de aviões: esquadrilha
Coletivo de canhões: bateria
Coletivo de carros: frota
Coletivo de cartas: escrínio
Coletivo de chaves: molho
Coletivo de ilhas: arquipélago
Coletivo de letras: alfabeto
Coletivo de mapas: atlas
Coletivo de montanhas: cordilheira
Coletivo de músicas: coletânea, antologia
Coletivo de obras teatrais ou musicais: repertório
Coletivo de pães: fornada
Coletivo de palavras: vocabulário
Coletivo de poemas narrativos: romanceiro
Coletivo de poesias líricas: cancioneiro
Coletivo de textos: coletânea, antologia
Coletivo de textos escolhidos: seleta
Coletivo de versos: estrofe
Coletivo de estrelas: constelação, miríade

52
PORTUGUÊS
Artigo

O artigo é a palavra que costuma anteceder o substantivo, sendo adjunto


adnominal. Varia em gênero e número de acordo com o substantivo a
que se refere. Pode ser classificado em:

Artigo definido: usado para indicar um ser ou coisa já conhecido ou


específico.
“O homem veio aqui.”
“As garças estão imóveis.”
FOCO NA
Artigo indefinido: usado para indicar um ser ou coisa não específico
e não mencionado anteriormente.
“Um homem veio aqui.”
“Umas garças estão imóveis.”

Adjetivo

O adjetivo é usado para caracterizar o substantivo, atribuindo


características a ele. É uma palavra variável que concorda em gênero e
número com o substantivo a que se refere. Pode ainda variar em grau.
“O meu filho é lindo.”
“A casa de Marcos é muito grande.”

Os tipos de adjetivos

Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre,


magro, triste, lindo, bonito.
Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-
brasileiro, superinteressante, rosa-claro, amarelo-ouro.
53
PORTUGUÊS
Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos:
bom, alegre, puro, triste, notável.
Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: articulado (verbo articular), visível (verbo ser), formoso
(substantivo formosura), tristonho (substantivo triste).
Adjetivo Pátrio (ou adjetivo gentílico) - indica o local de origem ou
nacionalidade de uma pessoa. Exemplos: brasileiro, carioca, paulista,
europeu, espanhol.

Gênero dos adjetivos


FOCO NA
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros
(feminino e masculino). Exemplo: menino feliz; menina feliz.
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e
feminino). Exemplo: homem carinhoso; mulher carinhosa.

O número dos adjetivos


Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o
número do substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se
assemelha à dos substantivos.
Exemplos:
Pessoa feliz - pessoas felizes
Vale formoso - vales formosos
Casa enorme - casas enormes
Problema socioeconômico - problemas socioeconômicos
Menina afro-brasileira - meninas afro-brasileiras
Estudante mal-educado - estudantes mal-educados

Grau dos adjetivos


Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em dois tipos:
Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.

1. Grau comparativo
Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom
quanto o de geografia.
Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a
Patrícia.
Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.
54
PORTUGUÊS
2. Grau superlativo
Superlativo Absoluto: refere-se a um substantivo somente, sendo
classificados em:
Analítico - A moça é extremamente organizada.
Sintético - Luiz é inteligentíssimo.
Superlativo Relativo: refere-se a um conjunto, sendo classificados
em:
Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe

Locução adjetiva FOCO NA


A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem
valor de adjetivo.
Exemplos:
Amor de mãe - Amor maternal
Doença de boca - doença bucal
Pagamento do mês - pagamento mensal
Férias do ano - férias anual
Dia de chuva - dia chuvoso

Pronome adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função
de adjetivo. Surgem acompanhados do substantivo, modificando-os.
Exemplos:
Este livro é muito bom. (acompanha o substantivo livro)
Aquela é a empresa onde ele trabalha. (acompanha o substantivo
empresa)

Numeral
O numeral é a classe de palavras utilizada para quantificar algo,
definindo valor numérico.

Cardinal: indica a quantidade de seres ou coisas.


“Eu preciso de sete tomates.”
“Este prédio tem mais de vinte andares.”

Ordinal: indica a ordenação, hierarquia, entre seres ou coisas em


uma série.
“Pegue o terceiro livro da estante.” 55
PORTUGUÊS
“Fui a primeira colocada.”

Multiplicativo: exprime a multiplicidade dos seres ou coisas. Os mais


comuns são “dobro”, “duplo” e “triplo”.
“Tinha o dobro da idade e o triplo da disposição.”

Fracionário: indica a fração de seres ou coisas. Os mais comuns são


“meio”, “metade” e “terço”.
“Pediu metade do valor adiantado.”

Coletivo: é o substantivo que indica um número exato de seres ou


coisas de determinada categoria.
FOCO NA
“Eu gostaria de uma dúzia de ovos, por favor.”
“Havia algumas centenas de pessoas no evento.”

Pronome
Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e
posições. Eles acompanham ou substituem os substantivos.

Tipos de pronomes
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:
Pronomes Pessoais (nele se incluem os pronomes de tratamento)
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Pronomes Interrogativos

Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou
complemento da oração.

56
PORTUGUÊS
Pronome de tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados
normalmente em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção,
“você” é o único pronome de tratamento utilizado em situações informais.
Confira na tabela abaixo, os pronomes de tratamento mais utilizados:

FOCO NA

Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.
Exemplos de pronomes possessivos:
Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª
pessoa do
singular)
O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é
o computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)

Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de
algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no
espaço.

57
PORTUGUÊS
Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e
feminino) e número (singular e plural) - e as invariáveis.

Essa camisa é muito linda.


Aquelas bicicletas são boas.
Este casaco é muito caro.
Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.
FOCO NA
Atenção!

Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os
pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de
maneira vaga ou imprecisa.
Veja abaixo a tabela com os pronomes indefinidos variáveis e invariáveis:

Pronome Relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na
oração, evitando sua repetição.
Exemplos de pronomes relativos:
Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais”
faz referência ao substantivo dito anteriormente “temas”)

58
PORTUGUÊS
São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois
substantivos “plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito
anteriormente “plantas”)

Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis
empregadas para formular FOCO NA
perguntas diretas e indiretas.
Exemplos de pronomes interrogativos:
Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)
Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa
indireta)
Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)
Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração
interrogativa indireta)

Verbo
O verbo é palavra que exprime ação, estado, mudança de estado,
fenômeno da natureza, desejo, ocorrência.

Estrutura do verbo
Radical
O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.
Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU-
(contribu-ir).
Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim,
conjugar os verbos. O resultado dessa união chama-se tema.

59
PORTUGUÊS
Assim, tema = radical + vogal temática.
Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI-
(contribui-r).

1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar,


dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever,
ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir,
ir.
FOCO NA

Formas nominais
As formas nominais são três: infinitivo, particípio e gerúndio.

Infinitivo
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem
sujeito e é impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito.
Exemplo de infinitivo pessoal: O gerente da loja disse para irem embora.
Exemplos de infinitivo impessoal: Cantar é uma delícia!

Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação
de tempos compostos ou como adjetivo.
Exemplos:
Feito o trabalho, vamos descansar!
A Ana já tinha falado sobre esse tema.
Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.

Gerúndio
O gerúndio é empregado para indicar uma ação em desenvolvimento.
Exemplos:
Estou comendo.
Encontrei João correndo.
Cantando, terminaremos depressa.
60
PORTUGUÊS
Os verbos são classificados de acordo com a conjugação, podendo ser
regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes.
Regular: apresenta conjugação que segue o mesmo padrão que a
maioria dos outros verbos.
Eu estudo
Tu estudas
Ele estuda
Nós estudamos
Vós estudais
Eles estudam
FOCO NA
Irregular: apresenta conjugação irregular, ou seja, que não segue o
padrão mais frequente dos outros verbos.
Eu venho
Tu vens
Ele vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles vêm

Anômalo: apresenta conjugação que modifica profundamente o


verbo, inclusive no próprio radical.
Eu vou
Tu vais
Ele vai
Nós vamos
Vós ides
Eles vão
Defectivo: não pode ser conjugado em todas as formas existentes
para a maioria dos outros verbos; portanto, não é regular e nem
irregular. O verbo falir, por exemplo, só apresenta conjugação nas
pessoas a seguir:
Nós falimos
Vós falis
Abundante: algumas de suas conjugações apresentam mais de uma
forma aceita na norma-padrão da língua portuguesa. É o caso do
particípio passado do verbo imprimir: imprimido ou impresso (as duas
formas existem).
61
PORTUGUÊS
Advérbio
O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar,
tempo). Ele pode modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.

O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o


vizinho fala)
A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o
quanto a modelo é bonita)
O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o
quanto o vizinho fala alto)
FOCO NA
Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede,
debalde, e grande parte das palavras que terminam em "-mente", como
cuidadosamente, calmamente, tristemente.
O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por
exemplo:

Fui bem na prova.


Estava andando depressa por causa da chuva.
Colocou os copos cuidadosamente na pia.

Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado,
imenso, quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.
O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:

Comeu demasiado naquele almoço.


Ela gosta bastante dele.
A mãe é muito atenciosa.

Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro,
dentro, afora, fora, atrás, detrás, além, aquém, defronte, antes, aonde,
longe, perto, algures, nenhures, alhures.
O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:
Minha casa é ali.
O livro está embaixo da mesa.
As notas estão bem abaixo do esperado. 62
PORTUGUÊS
Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve,
cedo, depois, enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora,
primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente,
sucessivamente, constantemente, entrementes.
O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:

Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


Sempre estamos juntos.

Advérbio de negação FOCO NA


Não, nem, tampouco, nunca, jamais.
O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é
verdade, por exemplo:

Jamais reatarei meu namoro com ele.


Não saiu de casa naquela tarde.
Sequer pensou para falar.

Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente,
deveras, indubitavelmente, decerto.
O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:

Certamente passearemos nesse domingo.


Ele gostou deveras do presente de aniversário.
Sim, vou.

Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá,
casualmente.
O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:

Provavelmente irei ao banco.


Porventura chova hoje.
Talvez o cumprimente.

63
PORTUGUÊS
Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.
O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo,
lugar e causa. É usado apenas em orações interrogativas diretas ou
indiretas, por exemplo:

Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)
Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica
modo)
FOCO NA
Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.
O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por
exemplo:

Depois vou à praia.


Ultimamente acordo cedo.
Primeiramente cumprimentou os presentes.

Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.
O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:
Até ele tirou boas notas.
As joias também sumiram.
Inclusive, ele fala alemão.

Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.
O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por
exemplo:

Só foi à escola hoje.


Come somente vegetais.
Está estudando apenas para o Enem.

64
PORTUGUÊS
Grau comparativo
No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de
igualdade, inferioridade ou superioridade.
Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo:
Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.

Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por


exemplo: Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.

Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por


exemplo: Ana anda mais depressa que Carolina. FOCO NA
Grau superlativo
No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou
superlativo sintético.

Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel


fala muito baixo.
Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel fala
baixíssimo.

Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de
advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem, as locuções
adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.

Exemplos:
Em breve nos veremos. (locução adverbial de tempo)
Fez os deveres às pressas. (locução adverbial de modo)
Vire à direita. (locução adverbial de lugar)

Preposição
São palavras usadas para marcar as relações gramaticais que
substantivos, adjetivos, verbos e advérbios desempenham no discurso.
Em outras palavras, as preposições são unidades linguísticas
dependentes de outras, ou seja, elas não aparecem sozinhas no discurso
e servem justamente para estabelecer a ligação entre dois termos.

65
PORTUGUÊS
Vejamos alguns exemplos:

Camila gosta de praia.


A preposição de une o verbo gosta ao termo complementar “praia”,
gerando relação entre essas unidades linguísticas e, também, sua função
gramatical no discurso: “praia” é o complemento relativo de gosta.

Essa é uma pessoa de fibra.


Nesse outro exemplo, a mesma preposição de une o substantivo pessoa
ao substantivo “fibra”, mas aqui a relação estabelecida entre as palavras é
FOCO NA
diferente: “fibra” será adjunto adnominal de pessoa. Por isso, as
preposições, apesar de parecerem palavras pequenas e superficiais, são
tão importantes nos enunciados.

Classificação das preposições


A classe das preposições está dividida entre as preposições essenciais e
as preposições acidentais.
Preposições essenciais
São aquelas que só aparecem na língua propriamente como preposições,
sem outra função. Nos exemplos anteriores, vimos como a preposição de
manteve-se sempre sendo preposição, embora tenha estabelecido
relação entre unidades linguísticas diferentes, garantindo-lhes
classificações diferentes de acordo com o contexto.
São preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
em, entre, para, perante, por ou per, em algumas variações
históricas e geográficas, sem, sob, sobre, trás.

Exemplos
Caminhou até o parque para exercitar-se.
Farei o trabalho com você. Colarei os cartazes com fita adesiva.

No último exemplo, a preposição com possui significados diferentes: no


primeiro caso, indica companhia, no segundo caso, indica instrumento.

66
PORTUGUÊS
Preposições acidentais
São aquelas que não possuem originalmente a função de preposição,
mas que podem acabar exercendo essa função em determinados
contextos.
São preposições acidentais: afora, como, conforme, durante, exceto,
feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre outras.

Exemplos:
Fora eu, todos foram bem.
Fora seria, comumente, um advérbio de lugar (Ex.: O objeto estava fora
FOCO NA
da bolsa.). Entretanto, no contexto da primeira frase, torna-se preposição
acidental, já que significa “com exceção de”.

Segundo testemunhas, ficou tudo bem.


Segundo seria, comumente, um numeral (Ex.: Cheguei em segundo lugar
na corrida.). Contudo, no contexto da primeira frase, torna-se preposição
acidental, já que significa “de acordo com”.

Uso das preposições


É importante ressaltar que as preposições podem combinar-se ou
contrair-se com outras palavras, mesmo que sejam de classes gramaticais
diferentes. A combinação ocorre quando, ao juntar-se a outra palavra,
não ocorre redução da preposição, não havendo, portanto, alteração
fonética.

67
PORTUGUÊS
Locuções prepositivas
Quando temos um grupo de palavras com valor e emprego de uma
preposição, damos a esse conjunto o nome de locução prepositiva. As
principais locuções prepositivas são constituídas de um advérbio ou de
uma locução adverbial seguido da preposição de, a e com. Alguns
exemplos de locuções prepositivas estão na tabela a seguir:

FOCO NA

Conjunção
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de
mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.

Exemplos de conjunção:
Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia.
(a conjunção "mas" está ligando a oração "eu iria ao jogo" com a oração
"estou sem companhia")

Ele joga futebol e basquete.


(a conjunção "e" está ligando as palavras "futebol" e "basquete")

Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações
independentes. São divididas em cinco tipos:
Conjunções aditivas
Conjunções adversativas
Conjunções alternativas
Conjunções conclusivas
Conjunções explicativas
68
PORTUGUÊS
1. Conjunções aditivas
E, nem, não só...mas também, não só... como também.
As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por
exemplo:
Ana não fala nem ouve.
Na festa, comeu e bebeu à vontade.
Trabalha muito, mas também se diverte.

2. Conjunções adversativas
Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.
FOCO NA
As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação
de pensamentos, por exemplo:
Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
Telefonei, mas ninguém atendeu.
Tentou falar, contudo ele não quis ouvir.

3. Conjunções alternativas
Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.
As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por
exemplo:
Ou você vem conosco ou você não vai.
Não viu ou fingiu que não viu.
Ora ria, ora chorava.

4. Conjunções conclusivas
Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por
conseguinte, assim.
As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por
exemplo:
Chove bastante, portanto a colheita está garantida.
Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta.
Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome.

5. Conjunções explicativas
Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por
conseguinte.

69
PORTUGUÊS
As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo:
Não choveu, porque nada está molhado.
Vem aqui, pois preciso falar com você.
Era o sorvete mais gostoso, assim foi o primeiro a acabar.

Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes
uma da outra e são divididas em dez tipos:
Conjunções integrantes
Conjunções causais
Conjunções comparativas FOCO NA
Conjunções concessivas
Conjunções condicionais
Conjunções conformativas
Conjunções consecutivas
Conjunções temporais
Conjunções finais
Conjunções proporcionais

1. Conjunções integrantes
Que, se.
As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função
substantiva, por exemplo:
Quero que você volte já.
Não sei se devo voltar lá.
Você disse que me ligava...

2. Conjunções causais
Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.
As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia
de causa, por exemplo:
Não fui à aula, porque choveu.
Como fiquei doente, não pude ir à aula.
Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado.

70
PORTUGUÊS
3. Conjunções comparativas
Que, do que, como.
As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão
ideia de comparação, por exemplo:
Meu professor é mais inteligente do que o seu.
Agiam como anjinhos.
Dançava como uma bailarina.

4. Conjunções concessivas
Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que,
por mais que, por melhor que, nem que. FOCO NA
As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem
um fato contrário ao da oração principal, por exemplo:
Vou à praia, embora esteja chovendo.
Não vou nem que me paguem.
Por mais que lia, menos entendia.

5. Conjunções condicionais
Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem
hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou
não, por exemplo:
Se não chover, irei à praia.
Caso decida ir, estarei à espera.
Desde que ele explique, ouvirei com atenção.

6. Conjunções conformativas
Segundo, como, conforme, consoante.
As conjunções conformativas iniciam orações subordinadas que
exprimem acordo, concordância de um fato com outro, por exemplo:
Cada um colhe conforme semeia.
Fiz como disseram para fazer.
Sairei mais cedo consoante o trabalho.

71
PORTUGUÊS
7. Conjunções consecutivas
Que, de forma que, de modo que, de maneira que.
As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem
a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por
exemplo:
Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre.
Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta.

8. Conjunções temporais
FOCO NA
Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.
As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de
tempo, por exemplo:
Quando as férias chegarem, viajaremos.
Sempre que posso, vou à biblioteca.
Dou o recado logo que ele chegue.

9. Conjunções finais
A fim de que, para que.
As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma
finalidade, por exemplo:
Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.

10. Conjunções proporcionais


À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto
menos, quanto menor, quanto melhor.
As conjunções proporcionais iniciam orações subordinadas que
exprimem concomitância, simultaneidade, por exemplo:
Quanto mais trabalho, menos recebo.
À medida que andava, mais se encantava com a paisagem.
Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim.

72
PORTUGUÊS
Interjeição
A interjeição é uma palavra que transmite emoção, e é sempre
acompanhada de um ponto de exclamação (!).
As interjeições são consideradas “palavras-frases” pois representam
frases-resumidas, formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras
(Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas
de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!).
Tipos de interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma
interjeição pode expressar sentimentos ou sensações distintas, as
interjeições ou locuções interjetivas são classificadas em: FOCO NA
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!,
Calma!, Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!,
Arreda!, Rua!, Cai fora!, Vaza!
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito
obrigada!, Valeu!, Valeu a pena!
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!,
Que bom!
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!,
Inteirinho!, Bora!
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!,
Boa!, Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois
não!, Tá!, Hã-hã!
Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!,
Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!,
Força!, Toca!, Upa!, Vai nessa!
73
PORTUGUÊS
Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!,
Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José!
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico
fechado!

Locução interjetiva
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que
desempenham o papel da interjeição. Se a interjeição é uma palavra que
expressa uma ideia, a locução interjetiva FOCO NA
trabalha da mesma forma, por exemplo:
Ai de mim!
Puxa vida!
Virgem Santa!
Valha-me Deus!
Cruz Credo!
Quem me dera!

Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras


concordem umas com as outras.
A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos,
enquanto a concordância nominal garante que os substantivos
concordem com adjetivos, artigos, numerais e pronomes.

Regras de concordância verbal


Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de
número e pessoa entre verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.
1. Concordância de sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve
estar sempre no plural. Exemplos:
Maria e José conversaram até de madrugada.
Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

74
PORTUGUÊS
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode
ficar no plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.
Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais


diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são
diferentes, o verbo deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a
pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade. FOCO NA
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª
(tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal


Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações
de gênero e número entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e
pronomes. Vejamos algumas regras.
1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas
formas de concordar:
Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:
A língua francesa e a italiana são encantadoras.
A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:


As línguas francesa e italiana são encantadoras.
As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo


Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas
formas de concordar:
Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo. Exemplos:
Linda filha e bebê.
Querido filho e filha.
75
PORTUGUÊS
Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Flexão Nominal
Flexões Nominais indicam gênero e número.
Exemplos: casa – casas, gato – gata FOCO NA
De gênero
Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”.
Como exemplo temos os substantivos o lança-perfume, o tapa, o
champanha, o dó, o diabetes.
Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”.
É o caso de a agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.

A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e


outra para o feminino. São os substantivos biformes. Veja algumas regras
de formação do feminino:
1) Substantivos terminados em -o mudam para -a. o sapo = a sapa o
canário = a canária o piloto = a pilota.

2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e


ainda para -ona (neste caso, em aumentativos). o capitão = a capitã o
tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona.

3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com o


acréscimo de -a. o doutor = doutora o coletor = coletora o trabalhador =
trabalhadora.

4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer feminino


mudando essa terminação para -eira. o arrumador = a arrumadeira o
lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0 sufixo -eira pode
indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa
faladeira.
76
PORTUGUÊS
5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino
mudando a terminação para -a. o infante = infanta o governante = a
governanta o elefante = a elefanta

6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino com o


acréscimo de -a. o freguês =a freguesa, o oficial = oficiala, o juiz = juíza

Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o


sentido com que se acham empregados:
a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama
(unidade de peso) FOCO NA
De números
Os nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral
admitem a flexão de número: Singular e plural.

Plural dos substantivos simples


Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’
devem ser acrescidos a consoante ‘s’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
herói – heróis
irmão – irmãos
plâncton – plânctons

Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’ devem ser acrescidos


as consoantes ‘ns’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
abordagem – abordagens
modelagem – modelagens
homem – homens

Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser
acrescidos ‘es’ ao final da palavra.
Observe os exemplos:
hambúrguer – hambúrgueres
chafariz – chafarizes
colher – colheres

77
PORTUGUÊS
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a
consoante ‘l’ por ‘is’
Observe os exemplos:
girassol – girassóis
vogal – vogais
azul – azuis
*Há duas exceções:
mal – males
cônsul – cônsules

FOCO NA
Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas:
a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’:
anil – anis
juvenil – juvenis

b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’:


inútil – inúteis
réptil – répteis

Os substantivos terminados em consoante ‘s’ fazem o plural de duas


formas:
a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’.
paz – pazes
algoz – algozes

b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis.


férias – férias
ônibus – ônibus

Os substantivos terminados em ‘ão’ podem ser pluralizados de três


formas:
a) Substituindo o ‘ão’ por ‘es’:
doação – doações
emoção – emoções

b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’:


alemão – alemães
pão – pães
78
PORTUGUÊS
c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’:
cidadão – cidadãos

Os substantivos terminados em consoante ‘x’ são invariáveis


córtex – córtex

Flexão Verbal
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de
flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:

Pessoa FOCO NA
Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no
modo singular, quanto no plural.

Número
Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas
gramaticais.

Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o


processo verbal se encontra devidamente flexionado, tendo em vista as
pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles).

Tempo
Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia
de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está
para concluir, representado pelo tempo presente, pretérito e futuro.

Voz
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito,
classificada em:
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.
Os professores aplicaram as provas.
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.
As provas foram aplicadas pelos professores.
79
PORTUGUÊS
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação
verbal.
O garoto feriu-se com o instrumento.
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os
elementos expressos pelo sujeito.
Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.

Desinência Verbal
Existem dois tipos de desinências verbais:
Desinências modo-temporal (DMT);
Desinências número-pessoal (DNP).
Exemplos:
Nós corremos, se eles corressem (DNP);
Se nós corrêssemos, tu correras (DMT)

Regência nominal e verbal

Regência, tanto a regência verbal como a regência nominal, é o processo


em que um termo determinante rege outro determinado a ele,
estabelecendo relação de subordinação entre os dois. A marca de
subordinação costuma dar-se pela preposição que liga um termo ao
outro ou pela ausência dela.

Como ocorre a regência verbal?


Conforme o próprio nome já indica, a regência verbal trata da relação de
subordinação entre um verbo e outro termo, sendo este o complemento
e/ou a preposição.
Assim, quando um verbo é intransitivo (não precisa de complemento) ou
transitivo direto (precisa de complemento, mas sem preposição), diz-se
que ele não é regido por preposição. Veja nos enunciados a seguir:

→ verbo + complemento
Os alunos tinham boas notas.
Ele adorava dirigir o próprio carro.
Você terminou o projeto?

Nos três exemplos, o verbo não precisou ser regido por nenhuma
preposição para dar sentido ao enunciado.
80
PORTUGUÊS
Quando o verbo é transitivo indireto, diz-se que uma preposição “rege”
esse verbo, ou seja, que a preposição é necessária para ligá-lo ao seu
complemento e dar o significado adequado ao enunciado. Veja as frases:

→ verbo + preposição + complemento


Ela opinou sobre o caso.
É verdade que você se divorciou do João?
Eu me esforcei para conseguir o emprego.

Nos três exemplos, o verbo é regido por uma preposição que o liga ao
FOCO NA
complemento para dar sentido ao enunciado: opinar sobre, divorciar-se
de, esforçar-se para. O verbo depende da preposição, ou seja, está
subordinado a ela.

Verbos com mais de uma regência


A preposição é tão importante que, muitas vezes, o mesmo verbo pode
ser regido por preposições diferentes para indicar significados diferentes.
Vamos analisar alguns casos muito frequentes:

→ Aspirar/aspirar a
Sem preposição (transitivo direto) = “cheirar”:
Aspiraram as fragrâncias e decidiram o melhor perfume.

Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”:


Aspiravam a cargos melhores na empresa.

→ Assistir/assistir a
Sem preposição (transitivo direto) = “ajudar”, “auxiliar”:
O enfermeiro assistiu o médico durante a cirurgia.

Com preposição (transitivo indireto) = “ver”, “presenciar”, “acompanhar”:


Nós já assistimos a esse filme várias vezes, gostamos muito.

→ Custar/custar a
Sem preposição (transitivo direto) = “ter valor”:
Aquela roupa custou muito caro.

Com preposição (transitivo indireto) = “ser custoso a alguém”:


Custou ao jovem abrir mão do seu desejo. 81
PORTUGUÊS
→ Implicar/implicar com
Sem preposição (transitivo direto) = “ter consequências”:
O cancelamento do cartão implicará uma multa.

Com preposição (transitivo indireto) = “irritar”, “provocar”, “antipatizar”:


As crianças viviam implicando com o mais novo.

→ Informar/informar a
Informa-se algo a alguém, portanto, é transitivo direto e indireto, tendo os
dois complementos:
Informei o episódio à gerente e ao supervisor. FOCO NA
→ Visar
Sem preposição (transitivo direto) = “olhar”, “avistar”, “assinar”:
O caçador visou o alvo. / O cliente visou o cheque.
Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”:
Elas visavam ao cargo mais alto da empresa.

ATENÇÃO:
Se há dois verbos com regência diferente, o ideal é construir a sentença
de modo que se utilize a regência adequada para cada um deles.
Observe:

Fui e voltei do serviço.

A construção anterior não segue a norma padrão, pois “fui”, nesse


contexto, exige a preposição “a” ou “para”, enquanto “voltei” exige a
preposição “de”. Para tornar o enunciado adequado, seria necessário
reconstruí-lo:

Fui ao serviço e voltei dele.

Curiosamente, na linguagem coloquial, alguns verbos são


frequentemente utilizados com a preposição inadequada do ponto de
vista da norma padrão. É o caso dos verbos “chegar” e “ir”, que devem ser
regidos pela preposição “a” (que indica movimento), e não pela
preposição “em”.

82
PORTUGUÊS
Observe:

Cheguei em minha casa. — Inadequado


Cheguei à minha casa. — Adequado
Fomos no shopping. — Inadequado
Fomos ao shopping. — Adequado

Diferença entre regência verbal e nominal


A regência nominal também se refere à relação de subordinação entre
dois termos. No entanto, enquanto a regência verbal trata da relação
FOCO NA
entre um verbo e seu complemento, a regência nominal trata da relação
entre nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e seus complementos.

Um nome possui a mesma regência do verbo do qual deriva. Assim,


retomando os exemplos que já vimos neste texto, temos:

Ela opinou sobre o caso.


Ela tinha uma opinião sobre o caso.
Eu me esforcei para conseguir o emprego.
Eu fiz esforço para conseguir o emprego.
As crianças viviam implicando com o mais novo.
As crianças tinham implicância com o mais novo.

Ortografia Oficial

A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de


escrita das palavras da Língua Portuguesa.

O Alfabeto
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem
os sons da linguagem. Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo
conjunto é chamado de alfabeto.
A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos
especiais: K, W e Y.

83
PORTUGUÊS
Uso do x e do ch
O x é utilizado nas seguintes situações:
Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe.
Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.
Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar.
Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame.

Exceções:
A palavra "mecha" (porção de cabelo) escreve-se com ch.
O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as
FOCO NA
palavras que dele derivem: enchente, encharcar, enchido.

Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:
No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!
Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.
Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha.
Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.

Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O


acidente geográfico "baía" é grafado sem h.

Uso do s e do z
O s é utilizado nas seguintes situações:
Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam
grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão:
marquês, francesa, poetisa.

84
PORTUGUÊS
Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.
Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.
O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:
Nos sufixos -ez / -eza que formam substantivos a partir de adjetivos:
magro - magreza,
belo - beleza, grande - grandeza.
No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.

FOCO NA

Uso do g e do j
O g é utilizado nas seguintes situações:
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
presságio, régio, litígio, relógio, refúgio.
Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem,
viagem.
O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:
Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica.
Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço.

85
PORTUGUÊS
PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE OFERECEM DIFICULDADES

1. Abaixo / A baixo
Leia mais sobre esse assunto abaixo. (em posição inferior)
Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a
expressão "de cima" ou "de alto")

2. Onde / Aonde
Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento)
Aonde deixaremos os livros? (sugere movimento)
FOCO NA
3. Mas / Mais
Eu falo, mas ele nunca me ouve. (porém)
Isto é o que mais gosto de fazer! (aumento de quantidade)

USO DO PORQUE, PORQUÊ, POR QUE OU POR QUÊ

Por que = Usado no início das perguntas.


ex.: Por que não posso sair com meus amigos?

Por quê = Usado no fim das perguntas.


ex.:Você não comeu, por quê?

Porque = Usado nas respostas.


ex.: Ela não foi à escola porque estava chovendo.

Porquê = Usado como um substantivo (após artigo ).


ex.:Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.

86
PORTUGUÊS
Acentuação Gráfica

Os acentos gráficos são dois: agudo (´) e circunflexo (^). As regras, já


atualizadas pela Reforma Ortográfica, aplicam-se às oxítonas,
paroxítonas, proparoxítonas, ditongos abertos, hiatos e acentos
diferenciais.

Regras gerais de acentuação gráfica

1. Monossílabos tônicos: são palavras formadas por uma única sílaba.


São acentuados quando terminados em: FOCO NA
A (s): pá, lá, ás (baralho)
E (s): pé, fé, ré
O (s): pó, dó

2. Oxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a última. Recebem


acento quando terminadas em:
A (s): so-fá, Pa-rá, ma-ra-cu-jás, Pa-ra-ná.
E (s): vo-cê, ca-fé, be-bês.
O (s): a-vô, a-vós.
EM: al-guém, tam-bém, po-rém, nin-guém.
ENS: pa-ra-béns.

3. Paroxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. Recebem


acento quando terminadas em:
L: ní-vel, rép-til, i-na-cre-di-tá-vel.
R: a-çú-car, re-vól-ver, ca-rá-ter.
N: hí-fen, ab-dô-men, pró-ton, nêu-tron, e-lé-tron.
X: clí-max, tó-rax.
I (s): lá-pis, tá-xi, vô-lei, pô-nei, jó-quei.
U (s): ô-nus, bô-nus.

87
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

1) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de:

a) sufixação - prefixação - parassíntese


b) sufixação - derivação regressiva - prefixação
c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação
d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação
e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese

2) Marque a opção que indica os processos de formação, presentes nas palavras abaixo, pela ordem em que
aparecem.

bebidinha - indevassável - banheiro - adormecer.

a) Parassíntese, prefixação, sufixação, sufixação.


b) Sufixação, parassíntese, sufixação, parassíntese.
c) Sufixação, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese.
d) Prefixação e sufixação, sufixação, prefixação, parassíntese.
e) Parassíntese, sufixação, prefixação, prefixação e sufixação.

3) Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras:

a) vendavais, naufrágios, polêmicas


b) descompõem, desempregados, desejava
c) estendendo, escritório, espírito
d) quietação, sabonete, nadador
e) religião, irmão, solidão

Jovens sem rugas aderem em massa às aplicações de Botox

Desde os primórdios, a humanidade busca a elusiva fonte da eterna juventude, na forma de poço para os
indus de 700 a.C., de rio para Alexandre, o Grande, na antiga Macedônia, e de fonte mesmo para Ponce de
León, o explorador que primeiro pisou na Flórida. No fim das contas, o sonho (de certa maneira) se
materializou na forma de injeção, com o lançamento, em meados dos anos 1990, do Botox, nome comercial
da toxina botulínica que paralisa músculos e “congela” rugas e marcas de expressão por algum tempo.
Indicadas a princípio para a faixa dos 40 a 50 anos, as aplicações de Botox com objetivo estético cresceram e
se multiplicaram em ritmo frenético — atualmente são 7 milhões por ano só nos consultórios de cirurgiões
plásticos, o procedimento estético mais realizado no planeta — e foram parar em rostos perfeitamente lisos,
em comportamento não avalizado pela maioria dos médicos, adolescentes e jovens nos seus 20 anos estão
aderindo à toxina antienvelhecimento.
Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que o Botox é o procedimento mais realizado,
inclusive, entre 18 e 30 anos, aí computados cirúrgicos e não invasivos, tendo sua procura crescido 300% nos
últimos três anos. Espelho de todas as modinhas, o aplicativo TikTok virou palco, nos últimos meses, de
jovens sem nenhuma ruga exibindo os efeitos (sutilíssimos) das aplicações — são mais de 70 milhões de
postagens com a hashtag #BabyBotox. Embora faça questão de mostrar um ou outro pedacinho de pele
modificado pelo Botox, o objetivo principal dessa turma é tentar prevenir a ação do tempo.
Não é de hoje que celebridades na flor da idade apelam para o Botox. A apresentadora Angélica, 49 anos,
assumiu ter começado a usar aos 14. Kylie Jenner, 25 anos, a caçula das Kardashians, não confessa a prática,
mas é visivelmente “botocada” há anos. A maior parte dos médicos não só contraindica aplicar a toxina sem
necessidade, como alerta que isso pode afetar o tratamento no futuro. “Não há estudos científicos que
provem que usar o produto preventivamente retarda ou impede o aparecimento de rugas. É como tomar
antibióticos sem sintomas, achando que assim vai evitar infecções. Não faz sentido”, afirma o cirurgião
plástico Paulo Matsuda, um dos pioneiros da aplicação do Botox no mundo.

88
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

O reinado da toxina botulínica está calcado em uma premissa básica: ela paralisa temporariamente —em
média quatro meses — os músculos onde é aplicada, evitando que as linhas de expressão formem sulcos
profundos e atenuando os sinais em regiões já marcadas. Salvo casos específicos, seu uso é indicado na faixa
dos 30 anos. “Embora não se fale muito nisso, existe o risco de o uso prolongado criar resistência ao produto.
As doses vão ficando cada vez maiores e mais frequentes, até ele poder se tornar ineficiente”, explica a
cirurgiã Bárbara Machado, que foi assistente de Ivo Pitanguy por 25 anos. Além disso, paralisar
constantemente uma região para evitar as rugas ali não impede que elas apareçam em outro lugar. Nenhuma
dessas ponderações, no entanto, tem desestimulado pessoas de rosto lisinho a gastar 1.700 reais, em média,
por aplicação. “Percebi que, quando me maquio, as linhas da testa aparecem. Se existe um procedimento
disponível, por que não me antecipar ao problema?”, justifica a estudante de direito e influencer carioca
Bruna Conce, 23 anos, que mora nos Estados Unidos e usa Botox há um ano. Os especialistas atribuem o
apelo da toxina entre os jovens à hipervalorização da juventude, elevada às alturas pelas redes sociais. “Ser
jovem não é mais uma fase, e sim um estilo de vida, um ideal. Tornou-se um valor central na sociedade”,
resume a antropóloga Cláudia Pereira, professora da PUC-Rio. Some-se a isso a obsessão por beleza e
perfeição, e está formado o tubo de pressão que domina a mente insegura dos mais novos. “É bizarro uma
FOCO NA
pessoa de 60 anos com rosto de 20. A beleza está no equilíbrio, inclusive das rugas”, reflete Volney Pitombo,
vice-presidente da Sociedade Brasileira Cirurgia Plástica. Vale a pena parar e pensar antes de ceder à próxima
agulhada.
(CERQUEIRA, Sofia. Disponível em: https://veja.abril.com.br/comportamento /jovens-sem-rugas-aderem-em-massa-as-aplicacoes-de-botox.)

4) A principal temática discutida no texto está relacionada

A) às celebridades incentivarem o uso do Botox no TikTok.


B) aos riscos do uso do Botox para a saúde dos mais jovens.
C) à busca frenética pela eterna juventude a qualquer preço.
D) aos jovens aderirem à moda do Botox cada vez mais cedo.

5) Acerca do uso do Botox, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) A aplicação é indicada a partir dos 40-50, mas jovens entre 18 e 20 anos têm usado.
B) O uso frequente na mesma região não impede o surgimento de rugas em outros locais.
C) Seu uso contínuo pode criar resistência ao produto e não fazer mais efeito no futuro.
D) O procedimento prolonga o aparecimento das rugas e impede a manifestação de novas marcas de
expressão.

6) Releia o 1º parágrafo do texto. Só NÃO é possível depreender de sua leitura que

A) o procedimento com Botox tem sido feito em pessoas que não precisam, por serem ainda muito jovens.
B) o Botox possui várias finalidades terapêuticas, porém, a utilização mais tradicional ainda é a estética.
C) a classe médica discorda da utilização da toxina botulínica em pacientes jovens com menos de 20 anos.
D) o ser humano sempre buscou permanecer jovem e esse sonho se realizou com a descoberta do Botox.

7) De acordo com o texto, os jovens recorrem à toxina botulínica cada vez mais cedo porque

A) se valem das redes sociais como vitrine.


B) evidenciam os anseios próprios da idade.
C) tentam se antecipar aos efeitos do tempo.
D) custeiam o procedimento sem dificuldade.

8) Segundo o texto, para os especialistas, usar Botox ainda muito jovem, quando a pessoa sequer apresenta
marcas de expressão visíveis, pode significar, EXCETO:

A) Supervalorização da beleza.

89
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

B) Insegurança psicoemocional.
C) Opção por uma vida saudável.
D) Obsessão pela eterna juventude.

9) Em “Desde os primórdios, a humanidade busca a elusiva fonte da eterna juventude [...]” (1º§). O termo
“elusiva” significa, no texto:

A) Imprecisa.
B) Magnífica.
C) Misteriosa.
D) Verdadeira.

10) Assinale a afirmativa que contém a INCORRETA análise do emprego do sinal de pontuação, de acordo
com a passagem destacada do texto.

FOCO NA
A) Em “(de certa maneira)” (1º§) e em “(sutilíssimos)” (2º§), o uso dos parênteses sinaliza presença de
informações acessórias.
B) Em “[...] com o lançamento, em meados dos anos 1990, do Botox [...]” (1º§), o emprego das vírgulas, que
isolam o adjunto adverbial deslocado “em meados dos anos 1990”, é opcional.
C) Em “[...] paralisa músculos e ‘congela’ rugas e marcas de expressão [...]” (1º§), as aspas foram utilizadas na
palavra “congela” para indicar seu emprego em sentido figurado no contexto.
D) Em “[...] — atualmente são 7 milhões por ano só nos consultórios de cirurgiões plásticos, o procedimento
estético mais realizado no planeta — [...]” (1º§), os travessõesforam utilizados para enfatizar informações.

11) Em “Embora faça questão de mostrar um ou outro pedacinho de pele [...]” (2º§), o termo “embora” foi
formado pelo processo morfológico de:

A) Derivação regressiva.
B) Derivação parassintética.
C) Composição por aglutinação.
D) Composição por justaposição.

12) Na passagem “[...] paralisar constantemente uma região para evitar as rugas ali não impede [...]” (4º§), a
conjunção “para” estabelece relação lógico-semântica de:

A) Finalidade.
B) Explicação.
C) Consequência.
D) Conformidade.

13) Em “O reinado da toxina botulínica está calcado em uma premissa básica: ela paralisa(...)os músculos
onde é aplicada [...]” (4º§), os verbos destacados estão flexionados no presente no indicativo. Assinale a
afirmativa que esses mesmos verbos estão flexionados no futuro do pretérito do modo indicativo.

A) “O reinado da toxina botulínica estaria calcado em uma premissa básica: ela paralisaria (...) os músculos
onde seria aplicada [...]”
B) “O reinado da toxina botulínica esteve calcado em uma premissa básica: ela paralisou (...) os músculos
onde foi aplicada [...]”
C) “O reinado da toxina botulínica estará calcado em uma premissa básica: ela paralisará (...) os músculos
onde será aplicada [...]”
D) “O reinado da toxina botulínica estivera calcado em uma premissa básica: ela paralisara (...) os músculos
onde fora aplicada [...]”

90
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Leia o texto a seguir para responder às questões de 14 a 17.

Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar


O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como
o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil,
resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64,
que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa
a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado.
O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos
alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito
inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a
alimentação deve ser adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às condições culturais,
sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social.
Para garantir a realização do direito humano à alimentação adequada, o Estado brasileiro tem as obrigações
FOCO NA
de respeitar, proteger, promover e prover a alimentação da população. Por sua vez, a população tem o direito
de exigir que eles sejam cumpridos, por meio de mecanismos de exigibilidade. Exigibilidade é o
empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento dos preceitos consagrados nas leis
internacionais e nacionais referentes ao direito humano à alimentação adequada no âmbito dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estaduais e municipais. Esses meios de exigibilidade
podem ser administrativos, políticos, quase judiciais e judiciais.
Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e outros países em desenvolvimento
procuraram responder ao problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, que foi uma
espécie de campanha de modernização da agricultura mediante a introdução de um pacote tecnológico
baseado no uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para aumentar a produção e,
consequentemente, a humanidade acabaria com a fome. Introduziu-se, assim, um modelo agroexportador
centrado nas monoculturas, que favoreceu a concentração das empresas, cada vez mais internacionalizadas,
de modo que atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior parte da produção, da
industrialização e do comércio agroalimentar no mundo, violando a soberania alimentar.
Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e
outros tantos vivem com sua soberania a l i m e n t a r a m e a ç a d a p e l o s f a t o r e s supramencionados.
Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países definirem suas próprias políticas e
estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação para a população,
respeitando as múltiplas características culturais dos povos em suas regiões.
Entre os desafios para a garantia do direito humano à alimentação adequada e da soberania e segurança
alimentar e nutricional no Semiárido, encontram-se: a necessidade de respeitar a diversidade cultural e as
formas de organização e produção, de modo que as comunidades tenham sua autonomia para produzir e
consumir seus alimentos; e a importância de avançar na realização da reforma agrária, na regulari zação
fundiária e no reconhecimento dos territórios para que os povos tenham maior autonomia para produzir
seus alimentos.

Irio Luiz Conti (integra o Consea Nacional e é membro da Fian Internacional.) (Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/
artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-esoberania-alimentar)

14) A temática central discutida no texto pode ser resumida nos seguintes termos:

A) saúde/política pública
B) tecnologia/trabalho manual
C) direito/distribuição de renda
D) alimentação/poder de decisão

15) No primeiro parágrafo, a primeira frase estabelece com a segunda uma relação caraterizada pelo
seguinte par de palavras:

A) generalização/especificação
91
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

B) exemplificação/ponderação
C) definição/contraposição
D) comparação/definição

16) No segundo parágrafo, a discussão sugere incluir o seguinte aspecto:


A) regular indicações universais à humanidade
B) produzir normas de conservação dos produtos
C) observar condições específicas dos grupos sociais
D) recusar efeitos das alterações climáticas nos alimentos

17) De acordo com o texto, a soberania alimentar pressupõe o seguinte elemento:

A) autonomia de definição de estratégias pelos países


B) exploração da mão de obra familiar no campo
C) enquadramento no modelo de exportação
D) revisão de valores e crenças locais
FOCO NA
“Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e outros países em desenvolvimento
procuraram responder ao problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, que foi uma
espécie de campanha de modernização da agricultura mediante a introdução de um pacote tecnológico
baseado no uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para aumentar a produção e,
consequentemente, a humanidade acabaria com a fome” (4º parágrafo).

18) No trecho acima, as palavras destacadas designam ações consideradas, respectivamente:

A) continuada/recusada
B) concluída/projetada
C) sugerida/orientada
D) iniciada/acabada

19) Na frase “de modo que atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior parte da
produção, da industrialização e do comércio agroalimentar no mundo, violando a soberania alimentar” (4º
parágrafo), a expressão “de modo que” possui valor de:

A) adversidade
B) retificação
C) conclusão
D) adição

20) Em “controlam a maior parte da produção, da industrialização e do comércio agroalimentar no mundo”,


a expressão destacada está corretamente substituída por um pronome oblíquo em:

A) controlam-lhe
B) controlam-na
C) controlam-la
D) controlam-a

“Exigibilidade é o empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento dos preceitos
consagrados nas leis internacionais e nacionais referentes ao direito humano à alimentação adequada no
âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estaduais e municipais” (3º
parágrafo)

21) O conectivo que explicita a relação estabelecida entre essa frase e a anterior, no texto, é:

92
QUESTÕES DE PORTUGUÊS
A) ainda que
B) desse modo
C) de todo jeito
D) em contrapartida

22) A palavra “exigibilidade” pode ser substituída, mantendo o sentido global da frase, por:

A) dúvida
B) surpresa
C) sugestão
D) demanda

23) A expressão “alimentação adequada” encontra-se ampliada com o acento grave adequadamente
empregado em:

A) alimentação adequada à preceitos nutricionais


B) alimentação adequada à vontade dos indivíduos FOCO NA
C) al imentação adequada à suas regras estabelecidas
D) alimentação adequada à manifestações diversas

24) No último parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo de:

A) delimitar aspecto mencionado


B) reparar afirmação contundente
C) contrapor exemplos indicados
D) comparar vertentes discutidas

25) Em “Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania
alimentar e outros tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados” (5º
parágrafo), o termo “sem soberania alimentar” exerce a função de:

A) sujeito
B) aposto
C) objeto indireto
D) adjunto adverbial

Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder as próximas questões.

“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas
que me pedem a receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é
empregada por todos nestas mesmas palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira
ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que
eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas estações de rádio. E ante isso eu me
encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu ressentimento em novas
cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito, aqui
mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser
‘alguém’, no sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma
imolação. É ser apenas um nome impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal
‘alguém’ à figura que artificialmente ele ajudou o público a criar em torno de si, encher o molde do figurino
que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o público deseja – e isso, naturalmente, às
expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias preferências e
repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e
no silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue
aos seus pensamentos é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor
é seu, pode usar e abusar dos seus sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”.
(“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
93
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

26) Em relação à interpretação do texto, pode-se afirmar que a autora:

a) enfatiza como diferentes regiões do país têm visões distintas sobre “ser alguém”.
b) faz uma crítica à imagem equivocada que muitos têm sobre o que é a fama.
c) julga essencial que todos busquem aparecer nos jornais, revistas e rádios.
d) tinha o costume de responder, uma a uma, as cartas que recebia de seus leitores.
e) considera que o homem só se realiza quando está bem integrado socialmente.

27) Em relação à oração “Abro um pacote de correspondência atrasada”, pode-se afirmar que o seu sujeito é:

a) composto.
b) “correspondência”.
c) inexistente.
d) oculto.
e) indeterminado.
FOCO NA
28) No trecho “contam as suas esperanças de ‘ser alguém’”, a expressão “ser alguém” aparece entre aspas.
Isso ocorre porque a expressão é:

a) uma gíria.
b) uma citação.
c) um arcaísmo.
d) um neologismo.
e) um estrangeirismo.

29) Em relação ao gênero literário a que pertence o trecho em destaque, pode-se afirmar que se aproxima
mais de:

a) canção.
b) crônica.
c) poema.
d) romance.
e) teatro.

30) Quanto à sintaxe da oração “não lhes digo nada”, utiliza-se o pronome “lhes” porque o verbo utilizado
carrega:

a) reflexividade.
b) irregularidade.
c) impessoalidade.
d) intransitividade.
e) transitividade indireta.

31) No trecho “o homem entregue aos seus pensamentos é dono do mundo inteiro”, o substantivo “homem”
é empregado no sentido de:

a) qualquer pessoa, planta ou animal.


b) qualquer um do gênero humano.
c) leitores e escritores, exclusivamente.
d) indivíduos do gênero feminino, apenas.
e) indivíduos do gênero masculino, apenas.

32) Marque a alternativa que contém um trecho, extraído do texto selecionado, que melhor resume a
mensagem central que a autora buscou transmitir

94
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

a) “A fórmula é empregada por todos nestas mesmas palavras”.


b) “E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada”.
c) “Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder?”.
d) “É um sacrifício, um fracasso, uma imolação”.
e) “Só no anonimato e no silêncio é que se pode ser realmente alguém”.

33) Em dado momento, a autora afirma que “ser alguém” é às vezes “um sacrifício, um fracasso, uma
imolação”. Em relação ao termo “imolação”, marque a alternativa que indica um de seus possíveis sinônimos.

a) Aprazimento.
b) Abnegação.
c) Deleite.
d) Oásis.
e) Refrigério

FOCO NA
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder as próximas questões.

“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho
computador, ou processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí
mal. Mas as mudanças vão ficando cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade.
É também de temperamento. O comodista não quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais
confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se tornou tecnicamente confiável, aderi à
secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si mesmo, como é o
meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja infiel, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a
secretária eletrônica dá um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre
essa maquininha. Ou sobre o que ela representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos
eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa
conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí fica uma fera”. (“Torto e engraçado”, de Otto Lara Resende,
com adaptações).

34) Da interpretação do texto, pode-se concluir que o autor:

a) era avesso a toda e qualquer tecnologia.


b) já teve uma secretária eletrônica, mas não a usava mais.
c) jamais usou uma secretária eletrônica, embora tivesse uma guardada.
d) se tornou um crítico ferrenho da secretária eletrônica.
e) tinha uma secretária eletrônica.

35) No trecho “custei um pouco a aderir à secretária eletrônica”, o verbo “custei” poderia ser substituído, sem
prejuízo ao sentido pretendido pelo autor, por:

a) “comprei”.
b) “economizei”.
c) “paguei”.
d) “tardei”.
e) “poupei”.

36) Marque a alternativa que indica um adjetivo que poderia caracterizar a índole do autor do texto.

a) Adaptável.
b) Comodista.
c) Infiel.
d) Irritadiço.
e) Novidadeiro.

95
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

37) No trecho “resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo”, o adjetivo “novo” é usado para
qualificar o:

a) autor do texto.
b) “comodista”.
c) “mudar de hábitos”.
d) “que é melhor, mais confortável”.
e) “temperamento”.

38) No trecho “Muita gente ainda se relaciona mal com a gravação”, o termo “mal” pode ser classificado
gramaticalmente como:

a) adjetivo.
b) advérbio.
c) interjeição.
d) preposição.
e) pronome.
FOCO NA
39) No trecho “a eletrônica é uma mão na roda”, o autor usa o termo “mão na roda” em sentido:

a) concreto.
b) conotativo.
c) denotativo.
d) literal.
e) real.

40) Marque a alternativa que indica um possível antônimo para o adjetivo “novidadeiro”.

a) Adiantado.
b) Conservador.
c) Inovador.
d) Progressista.
e) Vanguardista.

TEXTO

Especialista comenta as principais tecnologias para a segurança pública

Anuário de Segurança Pública apresenta dados do setor em 2021; Especialista da Samsung SDS comenta as
principais tecnologias já disponíveis no mercado. Em 21/07/2022 Além de ser um dever do Estado, "a
segurança pública é um direito e uma responsabilidade de todos, a ser exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio". É o que afirma o Artigo 144 da Constituição Federal,
que, para garantir a proteção de todos os cidadãos, utiliza-se de seis órgãos: Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares.
De acordo com dados do anuário de Segurança Pública, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública referente a 2021 e divulgado no final de junho, o número de mortes violentas intencionais caiu 6,5%
no Brasil. Quanto à força policial, a análise registrou a queda de 4,9% nas mortes em intervenções. Ao todo,
190 policiais foram assassinados no período analisado, uma baixa de 12% em comparação ao ano
precedente.
Henrique Tesoto, especialista em soluções para o setor público da Samsung SDS, chama a atenção para o
fato de que, cada vez mais, têm sido criadas tecnologias que contribuem para a redução dos números
mencionados acima. "Tecnologias como Body Cams (Câmeras Corporais, em português) têm sido usadas
para oferecer mais segurança à força policial presente nas ruas brasileiras. Essas câmeras permitem gravação
e transmissão de dados em tempo real ao centro de controle.

96
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Ao ser integrada com sistemas de reconhecimento facial e banco de dados governamentais, a ferramenta
tem a capacidade de identificar cidadãos e consultar informações como mandados de prisão, foragidos, entre
outros", exemplifica.
"O uso de câmeras corporais também permite às Corporações Policiais se resguardar de acusações de abuso
da força policial e outros ataques ao gravar todas as interações dos agentes com a população e suspeitos",
complementa o especialista. "Além de proporcionar um controle maior das operações e a coleta e
documentação mais eficiente de provas e evidências.” Tesoto ainda destaca outras tecnologias que apoiam as
corporações policiais no controle das operações: "Uma delas contribui para o monitoramento de informações
de saúde dos agentes, como batimentos cardíacos, pressão sanguínea, por exemplo, antecipando e
identificando situações de stress. É possível também oferecer um mapeamento de áreas de risco e controle
dos agentes que passam por tais áreas", exemplifica."Através de um smartwatch, por exemplo, um agente
pode acionar o botão de emergência que envia uma notificação automática com a localização do mesmo para
uma central de controle", informa.
Segundo o especialista em soluções para o setor público da Samsung SDS, também ganham destaque
tecnologias de Realidade Virtual e Aumentada para simulações e treinamentos imersivos dos agentes
FOCO NA
policiais. "A utilização desse tipo de tecnologia permite que projetos sejam desenvolvidos, a fim de que os
formandos interajam com um cenário realista do que encontrarão em campo, visando o aprendizado na
prática por meio de simulações".
Ainda que os números referentes à pesquisa do Fórum Brasileiro sejam de quedas, Tesoto reforça a
importância de investimento de empresas privadas no setor de segurança pública. "A sociedade como um
todo, não só organizações públicas, deve estar atenta à segurança pública, uma vez que a falta dela pode
impactar a todos enquanto sociedade", finaliza.
(https://www.terra.com.br)

41) Os gêneros textuais são caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse texto é um(a):

(A) artigo, pois é elaborado a partir de um tema que causa controvérsias com a opinião do autor.
(B) relato, pois narra uma vivência pessoal sobre tecnologias na segurança pública.
(C) resenha, pois é um gênero científico de produção de conhecimento sobre segurança.
(D) notícia, pois divulga fatos importantes sobre as tecnologias na segurança pública.
(E) reportagem, pois extrapola os limites de uma notícia sobre tecnologias na segurança.

42) Conforme Henrique Tesoto, especialista em soluções para o setor público da Samsung SDS, algumas
tecnologias de segurança já estão disponíveis no mercado, como por exemplo:

(A) defesa contra acusações de abuso da força policial.


(B) preservação da ordem pública e das pessoas.
(C) realidade virtual e aumentada para simulações e treinamentos.
(D) diminuição do número de mortes violentas intencionais.
(E) queda no registro de força das corporações policiais.

43) "[...] a segurança pública é um direito e uma responsabilidade de todos, a ser exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio". 1º§ A palavra destacada significa o estado
de incólume, que tem o sentido de:

(A) vulnerável.
(B) moral.
(C) ileso.
(D) igual.
(E) eventual.

97
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

44) “Ainda que os números referentes à pesquisa do Fórum Brasileiro sejam de quedas [...].” 8°§ O termo em
destaque expressa uma:

(A) concessão.
(B) finalidade.
(C) adição.
(D) conclusão.
(E) explicação.

45) “Essas câmeras permitem gravação e transmissão de dados em tempo real ao centro de controle.” 3º§ O
pronome grifado refere-se:

(A) ao que se encontra longe do falante e perto do ouvinte.


(B) ao que se encontra perto do falante.
(C) ao que está na outra pessoa.
(D) ao que já se mencionou.
(E) a tempo passado e próximo do presente.
FOCO NA
46) Marque a alternativa cuja palavra do texto tenha sido formada pelo processo de derivação sufixal.

(A) público.
(B) sociedade.
(C) controle.
(D) ataques.
(E) saúde.

47) "Ao ser integrada com sistemas de reconhecimento facial e banco de dados governamentais, a
ferramenta tem a capacidade de identificar cidadãos e consultar informações [...].” 3º§ A vírgula empregada
nessa frase separa:

(A) orações coordenadas assindéticas.


(B) oração coordenada sindética alternativa.
(C) oração subordinada substantiva antecipada.
(D) oração subordinada adverbial antecipada.
(E) oração subordinada adjetiva restritiva.

48) "A utilização desse tipo de tecnologia permite que projetos sejam desenvolvidos, a fim de que os
formandos interajam com um cenário realista [...].” 7º§ O modo dos verbos destacados confere à afirmação
um sentido de:

(A) certeza.
(B) possibilidade.
(C) sugestão.
(D) condição.
(E) conselho.

49) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:

________________ alguns dias que foi publicado o Edital de Concurso Público daquela prefeitura.
_______________ muitas candidatas para o cargo de guarda civil, mas ________________ poucas vagas.

(A) Fazem – haviam – existem.


(B) Fazem – havia – existem.
(C) Faz – haviam – existem.
(D) Faz – havia – existe.
(E) Faz – havia – existem.
98
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

50) Há incorreção ortográfica na seguinte frase:

(A) Guardas municipais prendem indivíduo em fragrante.


(B) Aquela prefeitura corrigiu um item do Edital, retificou uma informação.
(C) Foram analisadas as práticas cotidianas da ronda ostensiva municipal.
(D) Homem é preso após discriminar uma mulher por racismo.
(E) Guarda municipal não aprovou adesão à paralisação.

SOMOS 100% SUS


Por imprensa da FeSaúde

O SUS teve seu início em 1988. Entretanto, a luta por um modelo de atendimento e serviço gratuito para toda
população começou ainda nos anos 70. Essa reivindicação teve a participação de diversos profissionais da
saúde que se engajaram no movimento sanitarista com o objetivo de, através de um sistema público,
alcançar uma melhoria nas condições de saúde da população. Antes disso, o acesso à saúde era FOCO NA
extremamente limitado e diversas doenças causavam muitas mortes precoces. Com mais de 30 anos de
existência, o SUS conquistou muitos avanços para a saúde da população brasileira e oferece uma série de
serviços que são reconhecidos internacionalmente por sua extensão e complexidade. Esse sistema tem um
caráter essencial, já que é oferecido a toda a população. Mesmo nos lugares mais remotos, onde as
instituições privadas não têm nenhum interesse em atender, o SUS pode oferecer seus serviços de amparo e
cuidado para essas comunidades, bem como serviços mais amplos como de vigilância e pesquisa.
Convivendo diariamente com essa realidade, Brena Tostes, gerente do núcleo estratégico e de apoio técnico
da FeSaúde (Fundação Estatal de Saúde de Niterói), evidencia a importância desse sistema: “O SUS representa
uma conquista da sociedade brasileira, porque promove a justiça social, com atendimento a todos os
indivíduos. É o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo cerca de 190 milhões de pessoas,
sendo que 80% delas dependem exclusivamente desse sistema para tratar da saúde”. Tendo como porta de
entrada preferencial a Atenção Primária à Saúde (APS), que busca solucionar os problemas de saúde,
enquanto ainda não são tão graves, além de gerar uma economia com tratamentos intensivos, evita sequelas
e incapacitação a longo prazo. Em países como os Estados Unidos, no qual não existe um sistema público, a
população necessita recorrer ao sistema privado para conseguir atendimento, o que resulta em preços muito
altos, segregando e impedindo que grande parte da população tenha acesso aos cuidados em saúde. O SUS
oferece cobertura de diversos serviços. Todo cidadão o utiliza, mesmo que possua plano de saúde, explicita
Brena: “Muitos brasileiros com acesso ao sistema de saúde privado não se importam com o SUS, porque
acreditam que não são usuários, o que é um grande equívoco. Diversas doenças precisam ser tratadas no
campo do que chamamos de ‘saúde coletiva’, coisa que nenhum plano de saúde seria capaz de fazer.” Como
o caso dos surtos de Zika, Chikungunya e Dengue, onde o sistema público atua fazendo a vigilância
residencial e pública.

(Disponível em: https://www.fesaude.niteroi.rj.gov.br/sua-saude/no-dia-mundial-da-saude-veja-a-importanciado-sus-para-a-vida-dos-brasileiros – texto


adaptado especialmente para esta prova).

51) Analise as assertivas abaixo sobre o texto e assinale a alternativa correta.

I. O SUS, ao longo dos seus mais de 30 anos de existência, atende a qualquer cidadão, mesmo os que têm
plano de saúde privado.
II. Além de oferecer serviços básicos de saúde, em locais mais distantes dos grandes centros, o SUS
proporciona ainda serviços de vigilância e pesquisa.
III. Cidadãos que têm plano de saúde privado não acreditam que sejam beneficiados pelo SUS.

A) Todas estão corretas.


B) Todas estão incorretas.
C) Apenas I está correta.
D) Apenas I e II estão corretas.
E) Apenas II e III estão corretas.
99
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

52) O título do texto sugere que:

A) O SUS é um sistema de saúde.


B) O SUS é o maior sistema público de saúde do mundo.
C) 100% da população brasileira reconhece ser usuário do SUS.
D) Antes do SUS, o acesso à saúde era extremamente limitado e diversas doenças causavam muitas mortes
precoces.
E) O SUS é um sistema de saúde para todos os brasileiros e, mesmo os que têm plano de saúde privado, são
de alguma maneira beneficiados por ele.

53) A palavra “segregando” (l. 24) NÃO é sinônimo de:

A) Afastando.
B) Apartando.
C) Isolando.
D) Separando.
E) Agregando.
FOCO NA
54) No texto, temos a palavra “gratuito”. Assim, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F,
se falsas.

( ) A separação silábica de gratuito é: gra – tu – i – to, pois é uma palavra composta por hiato.
( ) A palavra tem dígrafo consonantal.
( ) A pronúncia da palavra é: /gratúito/, assim como “circuito”.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) F – F – V.
B) V – F – F.
C) F – V – V.
D) V – V – V.
E) V – V – F.

55) Para representar o fonema /j/, existem duas letras: G e J. No texto, temos alguns exemplos: vigilância,
gerente, estratégico, gerar, objetivo, já e justiça. Assinale a alternativa que apresenta ambas as palavras
grafadas corretamente.

A) Lojista e vertijem.
B) Viajar e tijela.
C) Faringe e hereje.
D) Gesto e traje.
E) Alforge e majestoso.

56) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra grafada INCORRETAMENTE segundo o Acordo
Ortográfico vigente.

A) Órgão.
B) Juízo.
C) Delinquência.
D) Pêra.
E) Heroína.

57) Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, identificando as classes gramaticais das palavras indicadas no texto.

100
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Coluna 1
1. Pronome.
2. Substantivo.
3. Preposição.
4. Adjetivo.

Coluna 2
( ) “saúde” (l. 03).
( ) “com” (l. 03).
( ) “Essa” (l. 02).
( ) “público” (l. 04).

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) 2 – 3 – 1 – 4.
B) 1 – 2 – 3 – 4.
C) 3 – 4 – 2 – 1.
FOCO NA
D) 4 – 1 – 3 – 2.
E) 1 – 2 – 4 – 3.

58) No texto, temos a frase: “Antes disso, o acesso à saúde era extremamente limitado e diversas doenças
causavam muitas mortes precoces.” (l. 05-06). Qual das alternativas abaixo apresenta o uso INCORRETO de
crase?

A) O pedestre foi arremessado à distância de cem metros.


B) Ela ficou frente à frente com o agressor.
C) Estarei esperando por você até às 20h.
D) A enfermeira chegou às 15h.
E) O perito passou a comparar as letras e os algarismos da segunda à quarta coluna, com as letras e
algarismos dos demais dizeres do documento.

59) A palavra “Entretanto” (l. 01) é uma conjunção coordenada:

A) Aditiva.
B) Adversativa.
C) Alternativa.
D) Conclusiva.
E) Explicativa.

Os benefícios do mel têm comprovação científica?

O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75- 80%,
principalmente glicose e frutose). Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identificados em sua
composição — e são estes os responsáveis pela maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a
ele.
O teor de todos estes compostos varia em função das flores das quais o mel é proveniente (mel de castanha,
mel de flor de laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano. É por isso que as flores servem
como biomarcadores da identidade do mel.
Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente,
ácido fólico ou vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos
(responsáveis por sua acidez), carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para
identificar a origem floral).
Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas
propriedades funcionais ou saudáveis do mel.

101
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em
alguns casos, também em estudos clínicos com pessoas).
(Juana Fernández López - The Conversation / BBC News Brasil - 20/08/2022)

60) Indique a opção que descreve, de forma incorreta, o que é afirmado no texto:

(A) A maior parte das propriedades benéficas e saudáveis atribuídas ao mel são resultantes de substâncias
minoritárias de sua composição.
(B) O mel é mais doce que o açúcar de mesa por ser composto, majoritariamente, de glicose e frutose.
(C) A proveniência geográfica do mel é um dos fatores que causam a variedade do teor de seus compostos.
(D) Dentre os compostos minoritários do mel, há aqueles usados para a identificação da origem floral.
(E) Há evidências laboratoriais acerca de propriedades funcionais ou saudáveis do mel.

61) Indique a opção que descreve, de forma correta, o que é afirmado no texto:

FOCO NA
(A) As propriedades funcionais ou saudáveis do mel são provenientes de substâncias minoritárias de sua
composição, dentre as quais destacam-se os compostos fenólicos.
(B) O fato de o mel ser mais doce do que o açúcar de mesa anula suas propriedades funcionais e saudáveis,
em virtude dos perigos do consumo de açúcar.
(C) As propriedades funcionais ou saudáveis do mel são hipotéticas, não existindo evidências concretas sobre
tais supostos benefícios.
(D) A composição química do mel é sempre a mesma, independente de sua origem biológica ou geográfica.
(E) Os compostos minoritários do mel são responsáveis de modo idêntico entre si pelas propriedades
benéficas do produto.

62) Na frase “Há evidências destas propriedades in vitro”, presente no último parágrafo do texto, a classe
gramatical de “Há” é:

(A) Artigo
(B) Advérbio
(C) Verbo
(D) Pronome
(E) Adjetivo

63) Considere o seguinte trecho, correspondente ao quarto parágrafo do texto: “É por isso que as flores
servem como biomarcadores da identidade do mel.” As palavras destacadas são:

(A) Substantivos
(B) Verbos
(C) Adjetivos
(D) Artigos
(E) Advérbios

64) Indique a opção na qual há o emprego incorreto do hífen:

(A) Micro-ônibus.
(B) Micro-ondas.
(C) Micro-fone.
(D) Pós-colonial.
(E) Arara-azul.

No Texto 1, de autoria do ilustrador Savron, podemos observar a caricatura de dois participantes da 22ª
edição do programa Big Brother Brasil, em um recorte de um momento que chamou a atenção dos
telespectadores, por conta do viés humorístico. O Texto 2, por sua vez, traz a definição
de Sérgio Roberto Costa para um determinado gênero textual.
102
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

TEXTO 2: “Segmento ou fragmento de HQs, geralmente com três ou quatro quadrinhos, apresenta um texto
sincrético que alia o verbal e o visual no mesmo enunciado e sob a mesma enunciação. Circula em jornais ou
revistas, numa só faixa horizontal de mais ou menos 14 cm x 4 cm, em geral, na seção “Quadrinhos” do
caderno de diversões, amenidades ou também conhecido como recreativo, onde se podem encontrar

FOCO NA
Cruzadas, Horóscopo, HQs, etc.”. Fonte: COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo
Horizonte: Autêntica, 2008.

65) A partir da definição apresentada no Texto 2, podemos inferir que o Texto 1, no tocante à sua função
social enquanto gênero textual, trata-se de um(a):

a) Gibi.
b) Charge.
c) Cartum.
d) Mangá.
e) Tirinha.

66) A palavra “soin”, utilizada pela personagem no segundo quadrinho para definir um primata da família
Callitrichidae, permite-nos perceber uma variação linguística caracterizada por:

a) Regionalismo.
b) Desvio Gramatical.
c) Gíria.
d) Empréstimo Linguístico.
e) Anglicismo.

67) Ainda sobre o Texto 1, podemos afirmar que:

a) as variações linguísticas, por apresentarem marcas linguísticas muito distintas, sempre irão provocar
conflitos na comunicação, como as que se observam no texto em questão.
b) as marcas linguísticas utilizadas pelas personagens podem revelar que elas são oriundas de diferentes
regiões do país.
c) “soin” é uma nomenclatura alternativa para uma variação de primata originalmente conhecida por “sagui”,
que torna seu registro inadequado.
d) as marcas linguísticas utilizadas pelas personagens revelam que elas são oriundas de uma mesma
localidade.
e) no terceiro quadrinho fica evidente que, ao enunciar a palavra “soin”, a personagem pretendia fazer uso do
diminutivo da palavra “sonho”.

68) O texto em questão apresenta um discurso permeado pelo humor, utilizando-se de mecanismos
linguísticos que desencadeiam, ao evocar falas feitas pelos participantes do programa, ideias que geram o
riso e a quebra de expectativa no leitor. O trecho que provoca este efeito humorístico e a quebra de
expectativa do leitor é:

103
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

a) “Pera, soin é o nome do macaco?”


b) “Não! É so-in.”
c) “Alí ó!”
d) “Não é sonho não, gente, eu tô vendo!”
e) “BBB em quadrinho.”

69) No trecho “Não é sonho não, gente, eu tô vendo!”, o termo em destaque funciona como:

a) Objeto Direto.
b) Aposto.
c) Vocativo.
d) Adjunto Adverbial.
e) Sujeito.

O Texto 3 apresenta a personagem Armandinho, criação do quadrinista e cartunista Alexandre Beck. Seus
FOCO NA
textos geralmente refletem sobre situações cotidianas que vivenciamos no mundo, a partir de uma crítica
social.

70) No ano de 2020 o mundo foi surpreendido pela pandemia do Coronavírus, o que provocou impactos
diretos em nossa vida social, política e econômica. O texto de Alexandre Beck, nesta perspectiva, questiona:

a) a quantidade de pessoas contaminadas pelo coronavírus no mundo, principalmente em países


subdesenvolvidos.
b) a propagação de informações em desacordo com as normas sanitárias de combate ao coronavírus e de
fake news que circulam em redes sociais, e outras mídias alternativas, que reforçam a desinformação acerca
da pandemia.
c) a negligência no tocante aos protocolos de prevenção da COVID-19 por parte de alguns grupos sociais no
Brasil.
d) a divulgação excessiva e desnecessária, por parte das mídias mais populares, de informações sobre
aumento de casos de mortes provocadas pelo coronavírus.
e) a escassez de informações sobre como prevenir a propagação do vírus.

71) No segundo quadrinho, o termo “quando” expressa uma relação semântica de:

a) condição.
b) causa e efeito.
c) lugar.
d) consequência.
e) tempo.

72) Ainda sobre o termo “quando”, podemos afirmar que, no contexto em que foi aplicado, ele assume a
função de:

a) adjunto adverbial.
b) advérbio.
c) conjunção coordenativa.
d) conjunção subordinativa.
e) preposição.

104
QUESTÕES DE PORTUGUÊS
73) No trecho “Eeles promovem isso”, presente no terceiro quadrinho, o termo em destaque estabelece uma
relação semântica de:

a) consequência.
b) concessão.
c) adição.
d) condição.
e) causa e efeito.

74) Ainda sobre o termo em destaque na questão anterior, pode-se afirmar que ele assume a função de:

a) adjunto adverbial.
b) conjunção subordinativa.
c) advérbio.
d) conjunção coordenativa.
e) preposição.
FOCO NA
O Texto 4 trata-se de um trecho da canção “A carne”, composta por Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses
Cappelletti, presente no disco “Do cóccix até o pescoço”, de 2002, da cantora Elza Soares, um dos maiores
nomes da Música Popular Brasileira.

TEXTO 4:
A carne

(...) Acarne mais barata do mercado é a carne negra


Só-só cego não vê
Que vai de graça pro presídio
E para debaixo do plástico
E vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquíatricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Dizem por aí
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Que fez e faz história
Segurando esse país no braço, meu irmão
O cabra que não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado
E o vingador eleito
Mas muito bem intencionado (...)

75) Lançada inicialmente no disco “Moro no Brasil” (1998), álbum de estreia do grupo Farofa Carioca, a canção
“A Carne” só veio a alcançar projeção nacional após a sua regravação no disco “Do cóccix até o pescoço”
(2002), de Elza Soares, que, em sua releitura, dá voz a uma realidade estrutural do nosso país, denunciando-a.
Nesta perspectiva, a canção discute, além outras questões:

a) o regime de trabalho escravo como uma possibilidade de trabalho para alguns grupos socais brasileiros.
b) a vulnerabilidade de pessoas que estão expostas a condições de subemprego ou regimes análogos à
escravidão, atentando ao fato de que a população negra é a maior vítima desse processo, escancarando a
herança colonial brasileira e seus reflexos.
c) os subempregos como uma garantia mínima para a população em condição de vulnerabilidade e, por isso,
ainda existem trabalhos análogos à escravidão no país.

105
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

d) o impacto dos regimes análogos à escravidão na economia brasileira como consequência da exposição da
comunidade negra a condições de subemprego.
e) a violência que está no escopo dos regimes de trabalho análogos à escravidão, provocada pelas condições
de vulnerabilidade de determinados grupos socais brasileiros.

76) No verso “Acarne mais barata do mercado é a carne negra”, o termo em destaque estabelece uma
relação semântica de:

a) oposição.
b) adição.
c) intensidade.
d) discordância.
e) analogia.

77) Ainda sobre o termo em destaque na questão anterior, pode-se afirmar que ele assume a função de:

a) advérbio.
FOCO NA
b) conjunção.
c) preposição.
d) pronome.
e) adjunto adnominal.

78) No verso “Segurando esse país no braço, meu irmão”, a expressão em destaque exerce a função de:

a) complemento nominal.
b) aposto.
c) sujeito.
d) adjunto.
e) vocativo.

79) Ainda sobre o verso “A carne mais barata do mercado é a carne negra”, a oração em destaque pode ser
definida, do ponto de vista sintático, como:

a) Período Simples.
b) Período Composto por Coordenação.
c) Período Composto por Subordinação.
d) Oração Subordinada Substantiva Predicativa.
e) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal.

Senso crítico é arma para combater ‘fake news’


Marina Dayrell, Matheus Riga e Pedro Ramos

A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo
especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que
as chamadas fake news tumultuem o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana e na
votação pela saída do Reino Unido da União Europeia.
“Tem de vir da grande imprensa, do professor, da família, de todos os lados”, diz a diretora da Agência Lupa,
Cristina Tardáguila, que realiza checagem de informações do noticiário brasileiro. “Até porque não há
nenhum sinal de que a produção de notícias falsas vai diminuir.” Para ela, o entendimento sobre como o
noticiário é produzido deve ser uma prioridade no combate às fake news.
A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma
pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram
problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7.804 alunos dos
ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.

106
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

A editora executiva da agência de checagem Aos Fatos, Tai Nalon, destaca a importância da criação de
políticas públicas com foco na análise crítica da mídia. “Acho que dificilmente conseguiremos uma mudança
cultural sem passar pela educação de massa da sociedade”, afirma.
Para o professor do Departamento de Informática da PUC-Rio, Daniel Schwabe, o público não conhece os
meios pelos quais pode ser manipulado na internet. “Em relação às mídias tradicionais, as pessoas já
aprenderam a identificar sinais de demagogia”, diz. “Nesse cenário de novos canais, há uma certa
vulnerabilidade porque não se sabe mediar a absorção da informação que se recebe.” Segundo ele, é
necessário criar uma cultura de questionamento.

80) Qual a finalidade do texto “Senso crítico é arma para combater „fake news‟”?

(A) Argumentar sobre a importância da alfabetização digital no combate às fake news, com base na opinião
de especialistas.
(B) Apresentar um passo a passo de combate às fake news, com base na opinião de especialistas.
(C) Narrar situações em que as fake news prejudicaram as eleições de um país.
(D) Expor a diferença entre notícias falsas na televisão aberta e na internet.
FOCO NA
81) As opiniões de vários especialistas são inseridas no texto por meio da utilização de aspas. No entanto, no
primeiro parágrafo, ao mencionar a palavra alfabetização, o uso das aspas possui outra função, que é:

(A) Fazer uma citação.


(B) Introduzir a palavra com significado indefinido.
(C) Destacar a palavra que está sendo empregada em contexto diferente do seu uso habitual.
(D) Exprimir certeza em relação ao sentido que a palavra possui neste contexto específico.

82) No trecho “Tem de vir da grande imprensa, do professor, da família, de todos os lados”, a citação faz
referência

(A) à dificuldade de identificar notícias falsas.


(B) às mudanças culturais que devem ocorrer nos próximos anos.
(C) aos sinais de demagogia identificados nas mídias tradicionais, como os canais de televisão aberta.
(D) aos esforços que vários setores da sociedade devem fazer para evitar que as notícias falsas tumultuem o
debate público.

83) Em “A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário”, a palavra
destacada possui sentido:

(A) Denotativo, pois está sendo usada em sentido literal.


(B) Conotativo, pois está sendo usada em sentido figurado.
(C) Denotativo, pois está sendo usada em sentido figurado.
(D) Conotativo, pois está sendo usada em sentido literal.

84) No fragmento “há uma certa vulnerabilidade porque não se sabe mediar a absorção da informação que
se recebe”, as orações são classificadas como:

(A) Coordenadas sindéticas explicativas.


(B) Coordenadas sindéticas alternativas.
(C) Coordenadas sindéticas conclusivas.
(D) Coordenadas sindéticas aditivas.

85) Considerando o uso da língua portuguesa no texto, pode-se dizer que:

(A) Trata-se de uma linguagem coloquial.


(B) Trata-se de uma linguagem regional.
(C) Trata-se de uma linguagem vulgar.
(D) Trata-se de uma linguagem culta.
107
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

86) De acordo com a acentuação gráfica, as palavras dócil, público e crítica são, respectivamente:

(A) Proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona.


(B) Paroxítona, proparoxítona, proparoxítona.
(C) Oxítona, proparoxítona, proparoxítona.
(D) Oxítona, proparoxítona e paroxítona.

87) De acordo com a acentuação gráfica, as palavras dócil, público e crítica são, respectivamente:

(A) Proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona.


(B) Paroxítona, proparoxítona, proparoxítona.
(C) Oxítona, proparoxítona, proparoxítona.
(D) Oxítona, proparoxítona e paroxítona.

88) Considerando a concordância nominal, analise as orações a seguir e marque a alternativa correta. 1ª
FOCO NA
Comprei uma caneta e uma borracha azuis. 2ª Comprei uma caneta e uma borracha azul.

(A) A concordância de ambas as orações está correta, pois o adjetivo pode concordar com os dois
substantivos ou apenas com o mais próximo.
(B) A concordância da 1ª oração está incorreta, pois o adjetivo deve concordar apenas com o substantivo mais
próximo.
(C) A concordância da 2ª oração está incorreta, pois o adjetivo deve concordar com ambos os substantivos.
(D) A concordância da 1ª oração está correta, pois o adjetivo está caracterizando mais de uma borracha.

89) Marque a alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente.

(A) Esquisofrênico, convivência.


(B) Cabeleireiro, esquizofrênico.
(C) Convivência, beneficiente.
(D) Supérfulo, bicabornato.

Vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan entra na reta final de estudos clínicos

108
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

90) Analise as afirmações a seguir sobre o texto:

I. Em uma iniciativa individual, o instituto Butantan vem trabalhando na elaboração de uma vacina contra o
vírus da dengue.
II. O texto veicula a mensagem de que será importante dar continuidade aos cuidados de prevenção à
transmissão da dengue e ao combate ao mosquito, mesmo que a vacina venha a ser um elemento
fundamental no combate à doença.
III. A dengue, por ser uma doença que se apresenta em quatro tipos, demanda mais tempo em relação à
produção de imunizantes.

Quais estão corretas?

A) Apenas II.
B) Apenas III.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
FOCO NA
91) Assinale a alternativa que apresenta os sinais de pontuação que substituem corretamente as figuras da
linha 3.

A) Vírgula - vírgula.
B) Ponto final – vírgula.
C) Dois-pontos – vírgula.
D) Vírgula – ponto e vírgula.
E) Vírgula – dois-pontos.

92) Assinale a alternativa que apresenta as opções corretas de preenchimento das lacunas nas linhas 01, 05 e
06.

A) ao – a – a
B) ao – à – a
C) a – à – à
D) a – a – a
E) ao – a – à

93) Considerando a correta ortografia das palavras em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que
completa, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 23, 25 e 26.

A) s – ç – z
B) s – ss – z
C) s – ç – s
D) z – ss – z
E) z – ç – s

94) Analise as assertivas a seguir, a respeito da palavra “Trabalhando” (linha 02), retirada do texto, e assinale
V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) É um verbo conjugado no pretérito.


( ) Apresenta prefixo.
( ) Apresenta dígrafo.
( ) É um verbo na forma nominal gerúndio.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

109
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

A) V – F – V – F.
B) F – F – V – V.
C) F – V – V – F.
D) V – F – F – F.
E) F – V – F – V.

95) Sobre as seguintes palavras retiradas do texto, analise as seguintes assertivas:

I. “vírus” (l. 6) e “clínicos” (l. 06) são classificadas como paroxítonas.


II. A palavra “células” (l. 17) é acentuada por ser proparoxítona.
III. A palavra “pó” (l. 20) é acentuada por ser um monossílabo tônico terminado em “o”.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
FOCO NA
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

96) Considerando o trecho “Os vírus atenuados foram cultivados em células Vero do macaco verde africano,
uma técnica já estabelecida e usada em diversas vacinas”, assinale a alternativa que poderia substituir
“estabelecida” sem prejudicar o sentido do texto.

A) simulada.
B) repensada.
C) primitiva.
D) substituída.
E) definida.

97) Sobre as seguintes palavras retiradas do texto, considere as seguintes afirmações:

I. A palavra “antiofídico” apresenta o prefixo “anti-“.


II. Em “geralmente”, há sufixo adverbial.
III. Na palavra “importante”, há o prefixo “im-“.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

98) A palavra “graves” (l. 03), no contexto, tem função de:

A) Adjetivo.
B) Objeto direto.
C) Objeto indireto.
D) Advérbio.
E) Substantivo.

99) No trecho “Os ensaios clínicos de fase três da vacina já estão em andamento”, retirado do texto, há um
sujeito:

110
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

A) Indeterminado.
B) Inexistente (oração sem sujeito).
C) Oculto. D) Simples.
E) Composto.

100) Considere as afirmações abaixo, sobre o trecho “Esse imunizante usa a técnica de vírus atenuado contra
a dengue, utilizando vírus enfraquecidos que induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com
poucas reações adversas” e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) “Esse” é pronome demonstrativo.


( ) “contra” é preposição.
( ) “doença” é substantivo comum.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) V – F – F.
B) F – V – V.
FOCO NA
C) V – V – V.
D) V – V – F.
E) F – F – F.

101) Sobre a palavra “enfraquecidos”, é correto afirmar que:

A) Possui 11 fonemas.
B) Possui 12 fonemas.
C) Possui 13 fonemas.
D) Possui 14 fonemas.
E) Possui 1 dígrafo.

102) No trecho “Sempre que se planeja fazer uma nova vacina o ideal, quando possível, é utilizar um vírus
atenuado, pois geralmente gera uma resposta mais eficiente e duradoura”, observase o uso da conjunção
“pois”, iniciando uma:

A) Oração coordenada sindética aditiva.


B) Oração coordenada sindética adversativa.
C) Oração coordenada sindética alternativa.
D) Oração coordenada sindética explicativa.
E) Oração coordenada sindética conclusiva.

103) Assinale a alternativa em que ambas as palavras sejam paroxítonas.

A) Processo, industrial.
B) Vacina, aumento.
C) Prevenção, combater.
D) Fase, final.
E) Eficiente, técnica.

104) No trecho “todas as outras formas de ajudar a combater o mosquito e, portanto, a transmissão da
dengue”, a expressão sublinhada tem função de:

A) Agente da passiva.
B) Adjunto adverbial.
C) Complemento nominal.
D) Objeto indireto.
E) Objeto direto.

111
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

105) – A palavra “matéria-prima” é palavra composta por justaposição sem elementos de ligação, formando
uma unidade de significado próprio. Assinale a alternativa em que ocorra o mesmo caso.

A) Contra-ataque.
B) Anti-inflamatório.
C) Guarda-chuva.
D) Pós-graduação.
E) Vice-presidente.

106) Assinale a alternativa que indica o número correto de preposições presentes no trecho a seguir, retirado
do texto: “Os ensaios clínicos de fase três da vacina já estão em andamento. Atualmente, está sendo feito o
acompanhamento dos últimos voluntários incluídos nos testes”.

A) 5.
B) 6.
C) 7.
D) 8.
FOCO NA
E) 9.

107) Assinale a alternativa que apresenta o trecho “A atenuação do vírus foi realizada pelo Instituto Nacional
de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), um dos parceiros do Butantan na iniciativa”
transcrito corretamente na voz ativa, sem alterações de sentido.

A) A atenuação do vírus foi realizada pelo Butantan, um dos parceiros do Instituto Nacional de Alergia e
Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID) na iniciativa.
B) O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), um dos parceiros do
Butantan na iniciativa, foi realizado a atenuação do vírus.
C) O Butantan realizou a atenuação do vírus em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID).
D) O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), um dos parceiros do
Butantan na iniciativa, realizou a atenuação do vírus.
E) O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), onde foi realizada a
atenuação do vírus, é parceiro do Butantan na iniciativa.

108) Assinale a alternativa que indica quantas outras alterações deveriam, obrigatoriamente, ser realizadas
caso substituíssemos a palavra “ensaios” por sua forma singular, no trecho “Os ensaios clínicos de fase três
da vacina já estão em andamento”.

A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.

109) A conjunção “portanto” (l. 26) poderia ser substituída, sem alterar o sentido da frase em que está
inserida, por:

A) quanto mais.
B) por conseguinte.
C) visto que.
D) posto que.
E) desde que.

112
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

110) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.


II - .......o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.
III - Não havia programa que .......o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha - entretesse


b) propusermos - Mantém - entretesse
c) propormos - Mantém - entretivesse
d) propormos - Mantém - entretesse
e) propusermos - Mantém – entretivesse

111) Em todas as frases, os verbos estão na voz ativa, exceto em:

a) Ele, que sempre vivera órfão de afeições legítimas e duradouras, como então seria feliz!...
b) O quinhão de ternura que a ela pretendia, estava intacto no coração do filho.
FOCO NA
c) Os dois quadros tinham sido ambos bordados por Mariana e Ana Rosa, mãe e filha.
d) E dizia as inúmeras viagens que tinha feito até ali; contava episódios a respeito do boqueirão.
e) Sobre a banca de Madalena estava o envelope de que ele tinha falado.

112) Imagine a situação em que uma professora responda a seu aluno e que nessa resposta denote-se erro
do emprego verbal. Identifique-o:

Professora, eu preciso fazer a lição de casa?

a) É preciso que você faça a lição.


b) Se você fizer a lição, tirará suas dúvidas sobre a aula.
c) Convém que você faça a lição.
d) Faça a lição sempre que solicitada.
e) É bom que você faz a lição de casa.

113) Assinale a alternativa em que estão devidamente classificadas as seguintes formas verbais: “Chegando
do trabalho, espero que já tenha terminado a lição de casa”.

a) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo


b) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo
c) infinitivo, presente do subjuntivo
d) gerúndio, pretérito perfeito do subjuntivo.
e) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo.

113
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Violência contra a mulher: uma pandemia que precisamos combater A luta pelo fim da violência contra a
mulher não é uma empreitada solitária: ela diz respeito a um movimento muito maior, que demanda
comprometimento também dos homens com o enfrentamento a uma situação que, calamitosa, agravou-se
sobremaneira durante a pandemia do novo coronavírus. Com o propósito de chamar a atenção para a
gravidade do problema, a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” acontece,
também neste ano, com o apoio da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-
DF). Realizada em 150 países por meio da mobilização da sociedade civil, a ação conta a cada ano com maior
conscientização e engajamento da população e do poder público brasileiro. Apesar da diminuição da violência
de gênero nas ruas, a violência doméstica e familiar cresceu, apontam dados da terceira edição da pesquisa
“Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Instituto Datafolha em parceria com o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o levantamento, uma em cada quatro brasileiras acima de
16 anos sofreu algum tipo de violência ou agressão em 2020. Ou seja, no último ano, cerca de 17 milhões de
mulheres foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual. Esses números correspondem a
informações que de algum modo chegaram ao poder público, sem considerar a cifra inviabilizada por
ausência de denúncia. A situação é tão grave que, em mais de uma ocasião, a diretora-executiva da
Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, a sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka, afirmou que FOCO NA
enfrentamos duas pandemias: uma, sanitária, que nos expôs ao risco de contaminação por uma doença até
então desconhecida, e, outra, silenciosa e invisível, de violência doméstica. O mesmo estudo indica que a
ofensa verbal foi o tipo de agressão mais frequente no período analisado: cerca de 13 milhões de brasileiras
relataram ter sido xingadas e insultadas no próprio ambiente familiar, enquanto 5,9 milhões passaram por
ameaças de violência física, como tapas, empurrões e chutes. O cenário é ainda pior se levarmos em conta
que outras questões atravessam o sofrimento dessas cidadãs. Segundo o Datafolha, 46,7% das vítimas de
violência desde o início da pandemia também perderam o emprego.

(Nildete Santana de Oliveira – Francisco Caputo – Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/12/4968165-violencia-contra-


amulher-uma-pandemia-que-precisamos-combater.html. Adaptado.)

114) Considerando a expressão de intenções e pontos de vista do enunciador, pode-se afirmar que o título do
texto, em seu enunciado, permite reconhecer como efeito de sentido:

A) Certeza.
B) Garantia.
C) Exigência.
D) Necessidade.
E) Comprovação.

115) De acordo com as ideias apresentadas, pode-se afirmar que há uma relação de comparação
estabelecida no que se refere à violência:

A) Doméstica e familiar.
B) Física e outros tipos de violência.
C) Contra a mulher e um tipo de pandemia.
D) Contra a mulher e a pandemia do novo coronavírus.
E) Vista na pandemia e o combate ao novo coronavírus.

116) Contribuindo para o estabelecimento da coesão e coerência textuais, algumas palavras atuam na
organização e progressão dos parágrafos e do texto. Em “Apesar da diminuição da violência [...]” (2º§), a
expressão destacada:
A) Indica uma ressalva que não anula o argumento principal.
B) Introduz uma nova temática ampliando, assim, a discussão inicial.
C) Define a execução de uma ação apresentada no primeiro parágrafo.
D) Esclarece as ideias expressas no parágrafo anterior, ampliando sua compreensão.
E) Estabelece a continuidade das ideias apresentadas no parágrafo inicial, fazendo uma referência a elas

114
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

117) Considerando a estrutura linguística dos trechos destacados, assinale a afirmativa correta.

A) O adjetivo “calamitosa” (1º§) estabelece corretamente sua concordância com a expressão “a pandemia do
novo coronavírus”.
B) Em “[...] apontam dados da terceira edição [...]” (2º§), mantém-se a correção gramatical caso a forma verbal
“apontam” seja substituída por “aponta-se”.
C) Observa-se a possibilidade da oscilação da regra de concordância verbal em “[...] cerca de 13 milhões de
brasileiras relataram [...]” (4º§), sendo o núcleo do sujeito um substantivo numeral.
D) Se em “O mesmo estudo indica [...]” (4º§) fosse acrescentada a vírgula após “estudo”, seguida de “a mesma
informação, a mesma análise”; a forma verbal “indica” permaneceria na terceira pessoa do singular.
E) A forma verbal “sofreu” pode ser substituída por “sofreram” em “[...] uma em cada quatro brasileiras acima
de 16 anos sofreu [...]” (2º§), caso haja intenção de conferir ênfase à expressão “quatro brasileiras”.

118) Ainda que o termo destacado a seguir seja excluído, a correção gramatical será preservada assim como
a coesão e a coerência. Indique o trecho que apresenta tal elemento.

A) “[...] afirmou que enfrentamos duas pandemias: [...]” (3º§)


FOCO NA
B) “[...] se levarmos em conta que outras questões [...]” (4º§)
C) “[...] apontam dados da terceira edição da pesquisa Visível e invisível: [...]” (2º§)
D) “[...] correspondem a informações que de algum modo chegaram ao poder público, [...]” (2º§)
E) “[...] ela diz respeito a um movimento muito maior, que demanda comprometimento [...]” (1º§)

119) Sobre o emprego da linguagem utilizada no texto, pode-se afirmar que tal escolha tem como objetivo:

A) Alcançar interlocutores de todos os níveis sociais de modo a divulgar e ofertar o conhecimento explorado.
B) Valorizar as variadas linguagens e suas expressões utilizando uma linguagem universal que abrange todas
as outras.
C) Contribuir para conferir legitimidade às informações e ideias apresentadas, atendendo às expectativas do
público a que se destina.
D) Fortalecer o vínculo entre enunciador e leitor, à medida que é empregada uma linguagem informal e
acessível ao grande público.
E) Atender aos interesses específicos de leitores que tenham o “Direito” como principal interesse em relação
às áreas do conhecimento.

120) Considerando-se as relações anafóricas estabelecidas no texto e sua importância para a continuidade
das ideias apresentadas, assinale a a alternativa que indica corretamente o referente correspondente ao
termo destacado.

A) “[…] que, calamitosa, agravou-se […]” (1º§) / calamitosa


B) “[…] que demanda comprometimento também dos homens […]” (1º§) / ela
C) “A situação é tão grave que, em mais de uma ocasião, […]” (3º§) / situação
D) “[…] ela diz respeito a um movimento muito maior, […]” (1º§) / violência contra a mulher
E) “Segundo o levantamento, uma em cada quatro brasileiras […]” (2º§) / pesquisa visível e invisível

121) O texto expõe duas situações que se relacionam no cenário apresentado: a violência contra a mulher e a
pandemia do novo coronavírus. Em relação ao citado anteriormente, de acordo com o texto pode-se afirmar
que:

I. Há uma relação de causa e consequência estabelecida entre as situações apresentadas.


II. Tanto uma situação quanto a outra são questões graves e vistas como tipos de pandemias, ainda que
diferentes.
III. A pandemia do novo coronavírus tornou a violência doméstica, até então silenciosa, exposta em sua
totalidade e gravidade à sociedade.
IV. Chegou-se à conclusão de que a pandemia do novo coronavírus foi fator fundamental para o
estabelecimento da violência contra a mulher. Está correto o que se afirma apenas em

115
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, II e III.
E) II, III e IV

122) Considerando a relação estabelecida entre a forma verbal e o seu complemento em “Esses números
correspondem a informações [...]” (2º§), indique a construção em que o mesmo tipo de complemento pode
ser identificado.

A) À apresentação iremos todos.


B) Ao documento a diretora solicitou.
C) Abraçou sua esposa como se fosse a primeira vez.
D) É preciso ter respeito ao cumprimento das normas.
E) Li-as completamente, todas as páginas do relatório.
FOCO NA
123) Pode-se afirmar que o texto apresenta como ponto de vista defendido:

A) O agravamento da pandemia do novo coronavírus.


B) O aumento das múltiplas violências contra a mulher em vários segmentos sociais.
C) A constatação da redução da violência nas ruas em meio à pandemia do novo coronavírus.
D) Números e percentuais correspondentes à realidade de violências e agressões sofridas por mulheres em
2020.
E) A necessidade do envolvimento de outro segmento da sociedade além das mulheres no que diz respeito à
violência cometida contra elas.

Preconceito à velhice
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna
juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela
é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos
dietéticos etc.
Assim, a velhice ganha, aos poucos, o estigma da vergonha, como se as rugas fossem cicatrizes socialmente
inadmissíveis, os cabelos brancos, sinais de degradação, a aposentadoria, ociosidade vergonhosa, as
limitações próprias da idade, incompetência.
Fiquei chocado quando, em Estocolmo, uma amiga, assistente social, me contou que trabalhava num asilo,
uma espécie de apart-hospital, onde as famílias depositavam seus idosos. Não há exagero no verbo. A função
de minha amiga era visitar os aniversariantes, já que, em geral, suas famílias jamais apareciam e nem sequer
telefonavam. [...]
Algumas universidades facultam a eles o livre acesso a seus cursos, sem exigência de vestibular e frequência
regular. Também empresas têm dado preferência a idosos na ocupação de certos cargos. No entanto, falta
muito para que os nossos idosos sintam-se de fato valorizados, respeitados e, sobretudo, venerados, como
ocorre nas aldeias indígenas. Ali, quando morre um velho, é toda uma biblioteca que desaparece. Pois é
através da memória que a história é registrada e transmitida, embalada numa sabedoria que o nosso
academicismo cartesiano custa a apreender. Bons tempos aqueles em que, em Minas, pedíamos a bênção
dos mais velhos. E tínhamos todo o tempo do mundo para ouvir suas experiências e ensinamentos. Como a
minha avó Zina que, aos 90 anos, narrava sua mocidade em Ouro Preto com um brilho adolescente nos
olhos. (SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Frei Betto (fragmento). Disponível em:
http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp ?lang=PT&cod=6169.)
124) De acordo com as informações e ideias do autor:

A) A característica de consumismo da sociedade é vista como um dos fatores que possibilitam a prática do
preconceito à velhice.
B) O preconceito à velhice faz parte de um inevitável processo vivido pela sociedade atual que precisa de ser
por ela compreendido.
116
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

C) Apenas as marcas físicas do envelhecimento são suficientes e responsáveis pela ocorrência de preconceito
em relação aos idosos.
D) Indústrias movimentam, atualmente, grandes fortunas com o objetivo de promover uma necessidade
básica da sociedade em relação à longevidade.

125) Considerando a relação de regência existente entre os termos do título do texto, assinale, a seguir, a
opção de reescrita cuja correção gramatical e sentido não foram preservados.

A) Preconceito para a velhice.


B) Preconceito sobre a velhice.
C) Preconceito contra a velhice.
D) Preconceito acerca da velhice.

126) A forma verbal empregada em “[...] como se as rugas fossem cicatrizes socialmente inadmissíveis [...]”
(2º§) apresenta-se no mesmo tempo e modo verbal encontrado em:

A) Em breve estarei em sua casa em companhia de toda a família.


FOCO NA
B) Que haja paz entre os povos acima dos interesses particulares.
C) Éramos, em outros tempos, envoltos em pensamentos confusos.
D) Tivessem compromisso com o trabalho, tal situação se converteria.

127) Ao citar o hábito de indígenas em relação aos idosos, é empregada uma metáfora que

A) valoriza o saber indígena em relação aos outros povos.


B) expressa, com exagero proposital, o valor da cultura indígena.
C) particulariza um tipo de saber desvinculando-o dos outros saberes.
D) demonstra uma analogia que permite reconhecer a importância de um saber.

128) Acerca da construção do 3º§ do texto está correta a afirmação:

A) Através do 3º§, o enunciador confere ao texto uma possível defesa em relação a argumentos contrários ao
ponto de vista por ele assumido.
B) O enunciador introduz um recurso de argumentação apresentando, anteriormente, um posicionamento
pessoal acerca do exemplo a seguir.
C) Com a metáfora de que na situação apresentada ocorre um verdadeiro “depósito” de idosos, o enunciador
declara possíveis causas do preconceito referido no texto.
D) O uso da primeira pessoa do singular para introduzir o 3º§ demonstra o emprego de uma estratégia
inadequada quanto ao uso formal da língua, mas aceita com o objetivo de conferir ênfase à informação
apresentada.

129) Assinale a frase correta quanto ao emprego da crase.

A) Paguei seu presente à prazo.


B) O soro pingava lentamente, gota à gota.
C) Falei à ela sobre você.
D) Dirijo-me à V. Exa. para homenageá-la.
E) À zero hora da passagem de ano, o céu se iluminará com fogos de artifício.

130) Qual alternativa está correta, quanto à regência verbal, nas frases a seguir?

A) Assistimos a tudo atônitos.


B) Todos assistiram a missa do delegado.
C) Fui testemunha porque assisti o crime.
D) O médico assistiu à vítima.
E) Estamos assistindo, hoje, um verdadeiro banho de sangue nos programas de tv.

117
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

131) Em concordância verbal, há uma norma que afirma: são impessoais os verbos haver no sentido de
existir; fazer indicando tempo; verbos que indicam fenômenos da natureza. Portanto, a concordância
está correta na alternativa:

A) No passado, costumavam haver descontos nas entradas de estudantes.


B) Devem fazer 20 anos que fui ao Japão.
C) “haviam jardins, haviam manhãs naquele tempo” (C.D.A)
D) Fazia ondas de calor intenso naquela manhã.
E) Fazem frios insuportáveis no Rio Grande do Sul.

Administração da linguagem
Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos
Índios. Sua gestão ficou marcada não exatamente por atos administrativos ou decisões políticas, mas pelo
relatório que o prefeito deixou, terminado o mandato. A redação desse relatório é primorosa, pela concisão,
objetividade e clareza (hoje diríamos: transparência), qualidades que vêm coerentemente combinadas com a
FOCO NA
honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação – rigorosíssima, sem qualquer complacência – que faz o
prefeito. Com toda justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas edições da obra de Graciliano. É uma
peça de estilo raro e de espírito público incomum.
Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover entre linguagens e ofícios. Diz-se que há o
“economês”, jargão misterioso dos economistas, o “politiquês”, estilo evasivo dos políticos, o “acadêmico”,
com o cheiro de mofo dos baús da velha retórica etc. etc. E há, por vezes, a linguagem processual, vazada em
arcaísmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam indevassável para um leigo. Há mesmo casos em que se
pode suspeitar de estarem os litigantes praticando – data venia – um vernáculo estrito, reservado aos
iniciados, espécie de senha para especialistas.
Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se
empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado;
trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua
a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação é
honesto, quando se quer clareza e objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não
mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano, a ética rigorosa do escritor e a
ética irrepreensível do administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da honestidade e do
respeito para com o outro.

132) O autor do texto comenta o relatório do prefeito Graciliano Ramos para ilustrar a

(A) superioridade de uma linguagem técnica sobre a não especializada.


(B) necessidade de combinar clareza de propósito e objetividade na comunicação.
(C) possibilidade de sanar um problema de expressão pela confissão honesta.
(D) viabilidade de uma boa administração pública afirmada em boa retórica.
(E) vantagem que leva um grande escritor sobre um simples administrador.

133) Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1o parágrafo, afirma-se que a administração do prefeito Graciliano Ramos foi discutível sob vários
aspectos, mas seu estilo de governar revelou-se inatacável.
II. No 2o parágrafo, uma estreita relação entre linguagens e ofícios é dada como inevitável, apesar de
indesejável, pois os diferentes jargões correspondem a diferentes necessidades da língua.
III. No 3o parágrafo, busca-se distinguir a real eficácia de uma linguagem técnica do obscurecimento de uma
mensagem, provocado pelo abuso de tecnicalidades.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III. 118
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

134) Há mesmo casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando – data venia – um
vernáculo estrito (...) Nessa passagem do texto, o autor

(A) vale-se de uma linguagem que em si mesma ilustra o caso que está condenando.
(B) mostra-se plenamente eficaz na demonstração do que seja estilo conciso.
(C) parodia a linguagem dos leigos, quando comentam a dos especialistas.
(D) vale-se de um estilo que contradiz a prática habitual dos registros públicos.
(E) mostra-se contundente na apreciação das vantagens da retórica.

135) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

(A) sem qualquer complacência (1o parágrafo) = destituído de intolerância.


(B) jargão misterioso (2o parágrafo) = regionalismo infuso.
(C) vazada em arcaísmos (2o parágrafo) = rompida por modismos.
(D) a que presumivelmente pertencem (3o parágrafo) = que se imagina integrarem.
FOCO NA
(E) assentada sobre os princípios (3o parágrafo) = reprimida com base nos fundamentos.

136) Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3o parágrafo), os
elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

(A) contrariar - desconhecer - procrastinar


(B) ir ao encontro - ignorar - suspender
(C) contradizer - desmerecer - extinguir
(D) contraditar - discordar - reprimir
(E) ir de encontro - rejeitar - suprimir

137) Quanto às normas de concordância verbal, a frase inteiramente correta é:

(A) O que marcou a gestão de Graciliano Ramos não foi, propriamente, os atos administrativos, mas as
qualidades de seu memorável relatório.
(B) Não são de praxe, nos documentos oficiais, virem combinados atributos como o da concisão e o da
objetividade.
(C) Quando se pensam nas linguagens e nos ofícios, é comum considerar que devam haver entre eles marcas
estilísticas de alta especialização.
(D) Mesmo às emoções mais inflamadas de um litígio pode dar vazão a uma linguagem clara e objetivamente
contundente.
(E) Aquele a quem não importa, em nenhum momento, as virtudes da concisão e da objetividade, só resta
derramar-se em mau estilo.

138) Há alteração de voz verbal e de sentido na passagem da construção

(A) Sua gestão ficou marcada para Sua gestão restou marcada.
(B) É uma peça de estilo raro para Trata-se de uma obra de linguagem incomum.
(C) (...) que a tornam indevassável para que a fazem incompreensível.
(D) (...) devem expor à luz (...) a mensagem para precisam revelar (...) o comunicado.
(E) O exemplo de Graciliano diz tudo para tudo é dito como exemplo para Graciliano.

139) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

(A) Muito leitor curioso não deixará de pesquisar o famoso relatório de que trata o texto, providência de que
não se arrependerá.
(B) Aos leitores curiosos caberão promover pesquisas para encontrar esse relatório, com o qual certamente
não se deverão frustrar.
(C) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus esforços no sentido de ler o
relatório, cujo o valor é inestimável.

119
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

(D) É tão primoroso esse relatório que os leitores de Graciliano romancista acharão nele motivos para ainda
mais orgulhar-se do mesmo.
(E) Sendo pouco comum admirar-se um relatório de prefeito, verão os leitores de Graciliano que não se trata
aqui deste caso, muito ao contrário.

140) A pontuação está inteiramente correta em:

(A) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, escreveu a propósito de sua
gestão, um relatório que se tornou memorável.
(B) O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas
contra excessos que a tornam ineficaz.
(C) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da
ironia, essa arma habitual dos céticos.
(D) A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está também nesse relatório de prefeito
muito autocrítico e enxuto.
FOCO NA
(E) A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do
talento, de quem a manipula.

141) Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) O relatório para cujo o autor do texto chama a atenção está no livro Viventes das Alagoas.
(B) Trata-se de um relatório de prestígio, para o qual concorreram o talento do escritor e a honestidade do
homem.
(C) Ao final do período aonde Graciliano ocupou o cargo de prefeito, compôs um primoroso relatório.
(D) Às vezes o estilo de um simples documento, ao qual nos deparamos, torna-o absolutamente enigmático
para nós.
(E) Sempre haverá quem sinta prazer em produzir uma linguagem da qual é preciso um grande esforço para
penetrar.

Contribuição de um antropólogo
A maior contribuição do antropólogo Claude Lévi-Strauss (que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu,
centenário, em 2009) é de uma simplicidade fundamental, e se expressa na convicção de que não pode existir
uma civilização absoluta mundial, porque a própria ideia de civilização implica a coexistência de culturas
marcadas pela diversidade. O melhor da civilização é, justamente, essa “coalizão” de culturas, cada uma delas
preservando a sua originalidade. Ninguém deu um golpe mais contundente no racismo do que Lévi-Strauss e
poucos pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes.
Lévi-Strauss, em suas andanças pelo mundo, foi um pensador aberto para influências de outras disciplinas,
como a linguística. Foi ele também quem abriu as portas da antropologia para as ciências de ponta, como a
cibernética, que era então como se chamava a informática, conectando-a com novas disciplinas como a teoria
dos sistemas e a teoria da informação. Isso deu um novo perfil à antropologia, que propiciou uma nova
abertura para as ciências exatas, e reuniu-a com as ciências humanas.
Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um
ataque feroz ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam de modo claro e inteligível
teses que excediam a mera discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta o antropólogo brasileiro
Viveiros de Castro, do Museu Nacional: “Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questão dos índios
americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O colonialismo não mais podia sair nas ruas como
costumava fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios deixaram de ser relíquias do
passado, deixaram de ser alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais do que qualquer
análise.”
Reconhecer a existência do outro, a identidade do outro, a cultura do outro – eis a perspectiva generosa que
Lévi-Strauss abriu e consolidou, para que nos víssemos a todos como variações de uma mesma humanidade
essencial.

120
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

142) Depreende-se da leitura do texto que um legado essencial do pensamento de Lévi-Strauss é

(A) o reconhecimento das diferenças culturais como condição mesma para se compreender o que se
considera civilização.
(B) a noção de que todas as culturas são autênticas, porque se legitimam reciprocamente a partir de seus
princípios.
(C) a condenação do colonialismo, uma vez que a antropologia interpreta as sociedades tomando por base os
povos primitivos.
(D) a especialização da antropologia, que passou a se dedicar ao estudo de povos extintos e a reabilitar seus
valores.
(E) a abertura das ciências humanas para a cibernética, o que foi decisivo para o advento e o
desenvolvimento da informática.

143) Atente para as seguintes afirmações:

FOCO NA
I. A originalidade de cada cultura, segundo Lévi-Strauss, está condicionada pelo modo como cada uma venha
a integrar o sistema maior da civilização.
II. A abertura para as ciências de ponta, promovida por Lévi-Strauss, permitiu que a antropologia se
beneficiasse de um novo perfil e se articulasse com novas disciplinas.
III. Com o livro Raça e história, a pedido da Unesco, Lévi-Strauss buscou fomentar as reflexões acadêmicas e
introduzir novos conceitos, a partir de novas teorias.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

144) Pode-se, no contexto, substituir a expressão

(A) (...) implica a coexistência (1o parágrafo) por favorece a simultaneidade.


(B) (...) deu um novo perfil (2o parágrafo) por atribuiu nova modalidade.
(C) (...) não mais podia sair nas ruas (3o parágrafo) por já não se expunha.
(D) (...) crítico demolidor da arrogância (3o parágrafo) por feroz renitente.
(E) (...) abriu e consolidou (4o parágrafo) por expôs e investiu.

145) Em relação aos índios americanos, a contribuição de LéviStrauss foi, conforme se afirma no 4o
parágrafo,

(A) torná-los atraentes, como tema de estudo, para todos os antropólogos.


(B) reconhecê-los não apenas como seres exóticos, mas como criadores.
(C) torná-los capazes de reivindicar direitos a que já tinham renunciado.
(D) reconhecê-los como detentores de valores preciosos de outras épocas.
(E) reconhecê-los como sujeitos outros que convivem em nosso tempo.

146) Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios deixaram de ser relíquias do passado. O sinal
de dois-pontos da frase acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por

(A) entretanto.
(B) a fim de que.
(C) não obstante.
(D) em razão do que.
(E) mesmo porque.

121
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Campo e cidade
“Campo” e “cidade” são palavras muito poderosas, e isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas
representam na vivência das comunidades humanas. O termo inglês country pode significar tanto “país”
quanto “campo”; the country pode ser toda a sociedade ou só a parte rural. Na longa história das
comunidades humanas, sempre esteve bem evidente essa ligação entre a terra da qual todos nós, direta ou
indiretamente, extraímos nossa subsistência, e as realizações da sociedade humana. E uma dessas
realizações é a cidade: a capital, a cidade grande, uma forma distinta de civilização.
Em torno das comunidades existentes, historicamente bastante variadas, cristalizaram-se e generalizaram-se
atitudes emocionais poderosas. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz,
inocência e virtudes simples. À cidade associou-se a ideia de centro de realizações – de saber, de
comunicações, de progresso. Também constelaram-se poderosas associações negativas: a cidade como lugar
de barulho, mundanidade e ambição; o campo como lugar de atraso, ignorância e limitação. Além disso, em
nosso próprio mundo, entre os tradicionais extremos de campo e cidade existe uma ampla gama de
concentrações humanas: subúrbio, cidade dormitório, favela, complexo industrial, centro tecnológico etc.
A visão que se pode ter do campo ou da cidade pode variar conforme a perspectiva pessoal. Vejam-se estes
versos do poeta inglês Wordsworth, do século XIX, vindo do campo e chegando a Londres pela manhã, FOCO NA
compostos a partir de sua primeira visão da cidade:
Nada há na terra de maior beldade:
(...)
Torres e cúpulas se elevam no ar
Em luminosa e suave majestade.
É bem verdade que se trata de uma visão da cidade antes da azáfama e do barulho do dia de trabalho; porém
não há como não reconhecer esse sentimento de entusiasmo diante de um grande aglomerado de metas e
destinos humanos.
(Adaptado de: WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade. Trad. Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 11)

147) A afirmação de que Em torno das comunidades existentes (...) cristalizaram-se e generalizaram-se
atitudes emocionais poderosas (2o parágrafo) comprova-se e exemplifica-se em:

I. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz, inocência e virtudes simples.
II. À cidade associou-se a ideia de centro de realizações – de saber, de comunicações, de progresso.
III. Também constelaram-se poderosas associações negativas: a cidade como lugar de barulho, mundanidade
e ambição; o campo como lugar de atraso, ignorância e limitação. Atende ao enunciado o que se afirma em

(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, apenas.

148) Ao comparar a vida das comunidades humanas no campo e na cidade, o autor nos mostra que essas
duas formas

(A) se opõem definitivamente, uma vez que se associam a cada uma delas valores contrários estabilizados e
permanentes.
(B) se complementam na história da humanidade, dado que se alternam no cumprimento das mesmas
funções.
(C) sofrem fortes associações negativas, por conta da crítica que se faz contra o que há de destrutivo no
progresso.
(D) apresentam apenas vantagens para quem opta por um cotidiano marcado pela ambição e pelo
dinamismo.
(E) se avaliam de modo relativo, uma vez que se pode associar a cada uma delas qualidades positivas e
negativas.

122
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

149) A citação dos versos do poeta Wordsworth e o comentário que a ela se segue reforçam o que se afirma
em

(A) O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida, sobretudo quando se pensa no que há de
atropelo na vida que se leva nas grandes cidades.
(B) the country pode ser toda a sociedade ou só a parte rural, já que é essa a sensação confusa vivida pelo
poeta à porta da grande cidade.
(C) existe uma ampla gama de concentrações humanas, tal como pode constatar aquele que chega do campo
e se depara com o gigantismo de uma capital.
(D) a cidade como lugar de barulho, mundanidade e ambição, ao mesmo tempo em que se reconhecem nela
a azáfama e as agitações que a tantos deprimem.
(E) A visão (...) da cidade pode variar conforme a perspectiva pessoal, sendo possível ver nas edificações
urbanas uma alta e incomparável beleza.

150) Sem prejuízo para o sentido da frase, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre
parênteses em:
FOCO NA
(A) isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas representam na vivência das comunidades
humanas (ainda que relativizemos)
(B) À cidade associou-se a ideia de centro de realizações (Se acobertou na cidade)
(C) A visão (...) pode variar conforme a perspectiva pessoal (não obstante o ponto de vista)
(D) É bem verdade que se trata de uma visão da cidade antes da azáfama (Está patente que se fala)
(E) porém não há como não reconhecer esse sentimento de entusiasmo (ainda que não se constate)

151) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação CORRETA:

(A) Na frase "Pensava mais em felicidade do que em dinheiro" temos uma figura de pensamento.
(B) Em "Foi previsto que o preço da gasolina aumentaria ", a oração em destaque (que o preço da gasolina
aumentaria) é classificada como oração subordinada substantiva objetiva direta.
(C) Em "Cidadãos iminentes discursaram no evento de inauguração da praça" temos uma INADEQUAÇÃO
quanto ao emprego de parônimos.
(D) Transpondo-se o segmento "A emancipação política do município não trouxe muitas inovações em termos
administrativos" para a voz passiva, a forma verbal resultante será "trouxeram".
(E) A concordância verbal foi corretamente observada em "Precisam-se de pessoas que gostem de animais".

152) Analise as afirmações a seguir:

I.Em "ESTA é a verdade: todos nós precisamos um dos outros", o pronome demonstrativo ESTA foi
corretamente empregado.
II.Na frase "ATÉ que enfim você entendeu minha pergunta", a palavra ATÉ foi acentuada por ser um
monossílabo tônico terminado em E.
III.Em "Luan Santana, cantor brasileiro, faz sucesso no gênero sertanejo universitário", as vírgulas foram
usadas para isolar o aposto do restante da oração.
IV.Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma
consoante: inter-regional, sub-bibliotecário e super-resistente.

Está CORRETO o que se afirma em:

(A) I, II, III e IV, apenas.


(B) I e III, apenas.
(C) III e IV, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) II, III e IV, apenas.

123
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

153) Registre V, para as afirmativas verdadeiras, e F, para as falsas:

(__)Em "O aluno só queria QUE a professora explicasse novamente o conteúdo", a palavra QUE, no contexto
em que foi empregada, é classificada como conjunção coordenada sindética explicativa.
(__)Na frase: "Será que ela está chateada comigo PORQUE eu não fui ao aniversário dela?", o PORQUE foi
corretamente empregado.
(__)O acento grave foi utilizado na expressão destacada em "A situação foi relativa às professoras defensoras
da pedagogia crítica", uma vez que a palavra "relativa" rege a preposição A, a qual se funde com o artigo
feminino A.
(__)O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos: É preciso achar um caminho de não o machucar / É preciso achar um caminho de não machucá-lo.

A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

(A) V, F, F, V.
(B) F, V, V, F.
(C) F, F, V, V.
FOCO NA
(D) V, F, V, V.
(E) F, V, V, V.

IMPOSTO É ROUBO?

“Imposto é roubo” é um slogan popular entre os libertários. Ele capta o sentimento de que devemos
submeter o estado aos mesmos padrões morais que atores não estatais.

Imagine que eu tenha fundado uma organização de caridade que ajuda os pobres. Mas não há um número
suficiente de pessoas contribuindo voluntariamente com a minha caridade, então muitos dos pobres
continuam passando fome. Eu decido resolver o problema abordando pessoas bem-sucedidas na rua,
apontando uma arma para elas e exigindo seu dinheiro. Eu passo o dinheiro para a minha caridade e os
pobres finalmente são alimentados e vestidos. Nesse cenário, eu seria chamado de ladrão. Por quê? A
resposta parece ser: porque estou tomando a propriedade de outras pessoas sem o seu consentimento. A
frase em itálico parece ser o que significa “roubo”. “Tomar sem consentimento” inclui tomar por meio de uma
ameaça de força contra outras pessoas, como neste exemplo. Esse fato não é alterado pelo que eu faço com
o dinheiro depois de levá-lo. Você não diria: “Oh, você deu o dinheiro aos pobres? Nesse caso, tomar a
propriedade das pessoas sem consentimento não foi roubo, afinal.” Não; você pode afirmar que foi um roubo
socialmente benéfico, mas continua sendo roubo.

Agora, compare o caso do imposto. Quando o governo “tributa” os cidadãos, o que isso significa é que o
governo exige dinheiro de cada cidadão, sob uma ameaça de força: se você não paga, agentes armados
contratados pelo governo irão levar e prender você em uma cela. Isso parece um caso muito claro de tomar a
propriedade das pessoas sem consentimento. Então o governo é um ladrão. Esta conclusão não é alterada
pelo fato do governo usar o dinheiro em uma boa causa (se for o caso). Isso pode tornar o imposto um tipo
de roubo socialmente benéfico, mas continua sendo roubo.

Se imposto é roubo, segue-se que devemos abolir todos os impostos? Não necessariamente. Alguns roubos
podem ser justificados. Se você tem que roubar um pedaço de pão para sobreviver, então você tem razão em
fazê-lo. Da mesma forma, o governo pode ter razão em cobrar impostos, se isso for necessário para evitar
algum resultado terrível, como uma quebra da ordem social.

Por que, então, importa se imposto é roubo ou não? Porque, apesar de roubar poder ser justificado,
geralmente não é. É errado roubar sem ter uma razão muito boa. O que conta como razões suficientemente
boas está além do alcance deste breve artigo. Mas, por exemplo, você não tem razão ao roubar dinheiro,
digamos, para que você possa comprar uma obra de arte legal para a sua parede. Da mesma forma, se
imposto é roubo, provavelmente seria errado taxar as pessoas, digamos, para pagar por
um museu de arte.
124
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Em outras palavras, a tese “imposto é roubo” tem o efeito de elevar os padrões para o uso justificado de
impostos. Quando o governo planeja gastar dinheiro em algo (apoio às artes, um programa espacial, um
programa nacional de aposentadoria e assim por diante), deve-se perguntar: seria admissível roubar pessoas
para gerir esse tipo de programa? Caso não seja, então não é admissível taxar as pessoas para executar o
programa, uma vez que imposto é roubo.
(Michael Huemer, adaptado. Texto retirado da página eletrônica “Estado da Arte. Disponível em https://estadodaarte.estadao.com.br/imposto-e-roubo.
Publicado em 19/01/2018)

154) De acordo com as ideias defendidas pelo autor do texto, podemos afirmar corretamente que:

a) O conceito de roubo nem sempre envolve violência ou ameaça.


b) O governo seria um ladrão somente quando cobrasse impostos que não são usados em prol do bem
comum.
c) A ideia libertária defendida no texto pretende dar ao Estado o mesmo tratamento dispendido a seres não
estatais.
d) O libertário é um defensor do roubo socialmente benéfico.
e) O imposto só é justificável caso seja investido em uma boa causa. FOCO NA
155) O conceito de roubo, para o autor do texto, é:

a) Subjetivo
b) Objetivo
c) Teleológico
d) Variável
e) Indefinido

156) Dentre as conclusões que o autor chega, podemos afirmar corretamente que, na opinião deste:

a) Podem existir roubos e impostos justificáveis, dependendo a que fim se destinam.


b) Podem haver roubos justificáveis, mas jamais impostos com esta natureza.
c) Podem haver impostos justiçáveis, mas jamais roubos com esta natureza.
d) Impostos e roubos são igualmente vis e injustificáveis.
e) A discussão acerca do fato de imposto ser roubo ou não, no fim das contas, se demonstra inócua.

157) Fica estabelecido na argumentação do autor que imposto é roubo e, destarte, o imposto:

a) Deve ser extirpado das relações sociais.


b) É crime, tal qual o roubo, e, desta forma, injustificável.
c) Pode ser aplicado ao alvedrio do Estado.
d) Desde que não seja para artes, pode ser aplicado.
e) Pode ser aplicado em situações justificáveis.

158) A partir da leitura do texto, poderíamos afirma que as ideias libertárias defendem:

a) O autoritarismo nas relações Estado-cidadão.


b) A descriminalização de crimes contra o patrimônio.
c) A estratificação da estrutura organizacional do Estado.
d) A rejeição ao autoritarismo do Estado em relação às liberdades individuais e coletivas.
e) A diminuição das alíquotas de impostos como medida suficiente em relação a questão dos impostos.

125
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

159) O Estado tem por obrigação coibir o ___________ de entorpecentes. Outra medida muito discutível seria a
_____________ da maconha como medida de combate aos entorpecentes. Atualmente, a maioria dos _________
policiais são de usuários com pequenas quantias de drogas. Complete as lacunas corretamente do ponto de
vista ortográfico:

a) tráfego – descriminalização – fragrantes


b) tráfico – discriminalização – fragrantes
c) tráfico – descriminalização – flagrantes
d) tráfego – descriminalização – flagrantes
e) tráfico – discriminalização – flagrantes

160) Acerca dos gêneros textuais, assinale a alternativa incorreta:

a) São exemplos: o conto, a piada, o e-mail, a história em quadrinhos, uma ata de reunião, uma palestra, um
convite...
b) Se caracteriza por exercer uma função sóciocomunicativa específica.
c) Variam de acordo com o tempo, com a sociedade e com a cultura de cada povo.
FOCO NA
d) São formas textuais fixas.
e) O predomínio da função supera a forma na determinação de alguns gêneros.

161) Acerca dos tipos textuais, assinale a alternativa correta:

a) Aparecem em número ilimitado na língua.


b) Variam de acordo com o tempo, com a sociedade e com a cultura de cada povo.
c) Refere-se à estrutura composicional dos textos.
d) Só aparecem de forma exclusiva em um gênero textual, de forma que cada um destes só pode apresentar
um tipo textual.
e) São exemplos: o conto, a piada, o e-mail, a história em quadrinhos, uma ata de reunião, uma palestra, um
convite...

162) Mensagem religiosa-doutrinária, instruções, manuais de uso e/ou montagem de aparelhos, receitas de
cozinha, receitas médicas, texto de orientação comportamental são exemplos de gêneros necessariamente
compostos por um tipo textual, em termo de dominância. Que tipo textual seria este?

a) Descritivo
b) Injuntivo
c) Dissertativo
d) Preditivo
e) Lírico

163) Analise as seguintes frases: Bernardo estudou muito e foi aprovado. Bernardo estudou muito e foi
reprovado. Nas frases acima, a conjunção E tem, nesta ordem, valor:

a) Adversativo e conclusivo
b) Aditivo e causal.
c) Aditivo e adversativo
d) Aditivo e conclusivo
e) Adversativo e aditivo

164) “Como anoitecesse, recolhi-me pouco depois e deitei-me” (Monteiro Lobato). No caso, a primeira parte
do trecho (destacada) pode ser classificada como:

a) Oração subordinada adverbial explicativa.


b) Oração principal.
c) Oração coordenada sindética explicativa.
d) Oração subordinada adjetiva explicativa.
e) Oração subordinada adverbial causal. 126
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

165) Para fugir da pesadíssima carga tributária, alguns empresários se socorrem de elisão fiscal. O termo
destacado só NÃO pode ser substituído por:

a) à vista de
b) a fim de
c) com o intuito de
d) com o fim de
e) na intenção de

166) Assinale a letra que apresenta o período corretamente pontuado:

a) Hoje, eu faria um pouco diferente, menos teoria e, mais prática.


b) Hoje eu faria um pouco diferente: menos teoria e mais prática.
c) Hoje, eu, faria um pouco diferente, menos teoria e mais prática.
d) Hoje eu faria um pouco diferente menos teoria e mais prática.
e) Hoje eu, faria um pouco diferente: menos teoria, e, mais prática.
FOCO NA
167) “Quando o carnaval passar, quando este escarcéu passar...” (Cícero: Laiá Laiá). A palavra destacada
poderia ser substituída, sem prejuízo do significado, pela seguinte palavra:

a) Alvoroço
b) Evento
c) Feriado
d) Pesadelo
e) Bonde

168) Assinale a alternativa em que há erro quanto ao uso de crase, seja pela presença ou ausência do sinal
indicativo:

a) Ela chegou às duas e quinze. Já ele chegou à uma.


b) Fui a Copacabana.
c) Vamos à missa?
d) Depois de anos no amor, voltei à terra.
e) Entregamos a carta à professora.

169) Complete corretamente as lacunas da frase: ___ noite estava fria e os amigos foram ___ praia ver o
retorno dos navegantes que voltavam ____ terra firme.

a) A – à – a
b) À – a – à
c) A – a – à
d) A – à – à
e) À – à – a

170) Assinale a alternativa que contém um erro de concordância:

a) Ficou de olhos e boca abertos.


b) Ouviam-se passos na calçada.
c) Ela sempre anda meia apaixonada.
d) Elas próprias assim o queriam.
e) Vai inclusa à carta minha fotografia.

127
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

171) Marque a alternativa em que não há erro.

a) Anexo àquela carta destinada ao noivo da menina, foram remetidas as joias.


b) No fim de tudo, a mulher mostrava-se meio apreensiva.
c) Estas perguntas são bastantes difíceis.
d) Não vou comprar esta blusa: ela está muito caro.
e) A própria mulher testemunhou a abertura do cofre; sim, ela mesmo.

172) Assinale a alternativa que não apresenta erro de regência:

a) Lula preside ao Brasil.


b) Cheguei em casa.
c) Simpatizo-me contigo.
d) Perdoei o pecado ao pecador.
e) Bernardo namora com a Patrícia.
FOCO NA
173) Leia o fragmento a seguir. Foi no Instituto de Letras da UFF, há alguns anos. Convidado, fez lá
conferência um ex-Ministro de Angola. O assunto já não me lembra... Em todo caso, o tema é de somenos.
Terminada a fala, com as palmas rituais, pôs-se o orador às ordens, para perguntas. À questão das línguas
respondeu que, desgraçadamente, a oficial era a do colonizador, acreditando ele que essa anômala situação
ainda duraria um século.

Assinale a opção que apresenta o tipo de preconceito linguístico a que esse fragmento textual se refere.

(A) O preconceito socioeconômico, ligado ao fato de membros das classes mais pobres, pelo acesso limitado
à educação e à cultura, geralmente, dominarem apenas as variedades linguísticas mais informais e de menor
prestígio.
(B) O preconceito regional, ligado a um tipo de aversão ao sotaque ou aos regionalismos típicos de áreas mais
pobres.
(C) O preconceito cultural, preso à aversão pela cultura de massa e às variedades linguísticas por ela usadas.
(D) O preconceito político, referente à imposição de uma língua a falantes de outras línguas.
(E) O preconceito racial, ligado às manifestações culturais de outras raças, inclusive a língua, considerando-as
atrasadas.

174) Um dos problemas encontrados nos textos de redações é o emprego inadequado de expressões da
oralidade. Assinale a frase que mostra a inclusão indevida de uma dessas expressões.

(A) Em suma, parafraseando uma sentença de Ortega, muito pior do que as normas rigorosas é a ausência de
normas, que é a barbárie.
(B) Olhou em torno e não tinha ninguém. Certificou-se ainda de que ninguém o perseguia, mas positivamente
não havia pessoa alguma.
(C) O chefe do grupo aproximou-se da entrada da caverna, encostou-se a uma parede de rocha da entrada e
observou com atenção o interior da gruta, mas nada viu de perigoso.
(D) Como a Língua Portuguesa é caprichosa, muitos antropônimos e topônimos deslizaram para substantivos
comuns.
(E) Vou desafiar a paciência de meus leitores e escrever ainda um artigo sobre esse assunto ao qual já voltei
muitas vezes.

175) Num ato de comunicação, o conhecimento do referente é indispensável à perfeita compreensão do


texto. Assinale a opção em que o referente é identificado como referente extratextual conhecido.

(A) Ao final da história policial, o leitor fica surpreso ao descobrir que o assassino é o filho da vítima.
(B) Você tomou conhecimento, pela TV, que a seleção brasileira foi eliminada da Copa do Mundo.

128
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

(C) Bernardo leu a autobiografia de Costa Ramos.


(D) À tarde, Heitor recebeu a carta de sua prima.
(E) O protagonista morreu e isso foi o mais importante.

176) Assinale a opção em que a razão da falha no ato comunicativo está identificada corretamente.

(A) O arqueólogo sofreu um grande atraso nas pesquisas em função da presença de antigos hieróglifos /
desconhecimento do código comunicativo, ou seja, os hieróglifos.
(B) Como Guilherme chegou tarde ao cinema, ficou sem saber o porquê de a protagonista ter abandonado a
família / falta de informações sobre o desenlace da película.
(C) Como sentaram-se na última fila do salão, ficou difícil escutar as palavras do conferencista / ignorância
sobre o tema que estava sendo tratado.
(D) Dois alunos que leram um poema de Manuel Bandeira não chegaram a concordar sobre o sentido do
texto / Diferenças de temperamentos.
(E) Um brasileiro, após certo período na Europa, não conseguia entender o sentido da manchete da Folha de
São Paulo / desconhecimento da linguagem jornalística.
FOCO NA
177) Entre as opções a seguir, assinale a que tem, como finalidade, convencer o leitor de algo.

(A) Incrível essa história!


(B) Muitos brasileiros usam o pix por ser mais barato.
(C) Passagem para pedestres, ou seja, pessoas a pé.
(D) Nunca senti tanta tristeza em minha vida.
(E) Não faças aos outros o que não queres que te façam.

178) Assinale a opção em que não está presente o encontro de redundâncias.

(A) Segundo o presidente, ele crê que irá ganhar as eleições no primeiro turno.
(B) Os jogadores deste time se provocam mutuamente.
(C) Os especialistas examinaram a questão e depois propuseram em seguida duas soluções.
(D) Os bombeiros extinguiram inteiramente os focos de incêndio.
(E) As questões da prova são extremamente difíceis.

179) Nas frases a seguir foram realizadas estratégias para se evitar a repetição de palavras. Assinale a frase
em que essa estratégia está identificada corretamente.

(A) Os alunos dela estudaram bastante; essas crianças merecem uma recompensa. / substituição da segunda
ocorrência por um hipônimo.
(B) Examinando os discos, Pedro decidiu vender aqueles que ele não escuta mais. / substituição da segunda
ocorrência por uma qualificação.
(C) Ele ofereceu a ela um buquê de rosas e, fato impressionante, essas flores não murchavam. / substituição
da segunda ocorrência por um hiperônimo.
(D) Os jogadores inveterados traziam mais prejuízo às empresas que os alcoólatras e os toxicômanos. /
substituição da segunda ocorrência por sinônimo.
(E) O tribunal decidiu punir os emigrantes e liberar os imigrantes. / substituição da segunda ocorrência por
parônimo.

180) As questões notacionais da Língua Portuguesa se referem, entre outras coisas, a palavras e expressões
que frequentemente provocam dúvidas em relação à sua ortografia. A esse respeito, assinale a opção
ortograficamente correta.

(A) A cerca de vinte carros enguiçados na avenida.


(B) Os livros foram vendidos há cerca de dez semanas.
(C) Os clientes esperaram o médico a cerca de duas horas.
(D) O padre falou por horas há cerca do pecado original.
(E) Os policiais estavam acerca de cem metros do assaltante.
129
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

181) Entre as modalidades para o ensino da produção escrita está a do reconto. Sobre esse processo
didático, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A atividade de reconto é um recurso usado para o ensino da linguagem escrita, e não da oral, na
pretensão de que os alunos construam um texto já conhecido, daí ser conveniente a releitura prévia da
história em voz alta.
(B) O professor deve ter em mãos uma lista dos fatos que não podem ser esquecidos no reconto, pois assim
sua mediação será mais eficiente.
(C) O professor, ocorrendo marcas de oralidade no reconto, deve retornar ao texto original, recuperando as
expressões da língua escrita.
(D) Os alunos devem memorizar o texto a ser recontado a fim de estarem mais próximos do original.
(E) As expressões e os vocábulos que registram a passagem do tempo devem ser destacados na narrativa a
ser recontada.

182) No ensino da produção escrita, um dos processos didáticos é a reescrita de frases. Assinale a opção que
FOCO NA
apresenta a frase em que houve uma substituição inadequada de uma oração reduzida por uma forma
nominalizada.

(A) O inteligente aprende errando e o sábio aprende com o erro dos outros. / com os erros involuntários.
(B) É o que pensamos que sabemos que nos impede de aprender. / que impede nosso aprendizado.
(C) O trabalho de um educador é irrigar o deserto, não derrubar a floresta. / a irrigação do deserto; a
derrubada da floresta.
(D) A criança como o homem, o homem como a criança, preferem divertir-se a instruir-se. / a diversão à
instrução.
(E) Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo o que se aprendeu na escola. / depois do
esquecimento de tudo o.

130
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

183) Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:

I. Uma das hipóteses acerca do motivo da pintura nos crânios humanos é a de que teriam sido feitos depois
da profanação dos túmulos pelos espanhóis.
II. O meio com o qual a tinta era aplicada resumia-se a apenas os dedos dos familiares dos mortos.
III. Para os pesquisadores, o povo Chincha decretava o fim da vida com as cerimônias fúnebres, um ponto
final na existência.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.
FOCO NA
184) Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas das linhas 02, 08 e 23.

A) as – a – à
B) às – à – à
C) às – a – à
D) as – à – a
E) as – a – a

185) Considerando as relações morfossintáticas em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas nas linhas 01, 07 e 09.

A) Há – porque – cujas
B) A – por que – quais
C) Há – por que – cujas
D) A – porque – cujas
E) Há – por que – quais

186) Assinale a alternativa que indica palavra que poderia substituir corretamente, sem causar alterações
significativas ao sentido do trecho em que ocorre no texto, o vocábulo “transgressões” (l. 28).

A) Submissões.
B) Crimes.
C) Reverências.
D) Dependências.
E) Apreços.

187) Considerando a palavra “pesquisadores”, analise as assertivas abaixo:

I. A palavra foi formada pelo processo de derivação parassintética.


II. Em relação à posição da sílaba tônica, a palavra é paroxítona.
III. Identificam-se dois dígrafos na palavra destacada.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.
131
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

188) Assinale a alternativa que indica o sentido conferido ao trecho em que ocorre a palavra “mas também” (l.
10).

A) Oposição de ideias.
B) Explicação.
C) Conclusão.
D) Adição de ideias.
E) Causa.

189) Assinale a alternativa que indica o número do termo sublinhado (inserido imediatamente depois dele)
que tem a função sintática de complemento nominal no trecho a seguir:
“Os pesquisadores (1) acreditam que as pessoas (2) também usavam os próprios (3) dedos para aplicação do
pigmento (4) nos crânios de seus antepassados (5)”.

A) 1.
B) 2.
C) 3.
FOCO NA
D) 4.
E) 5.

190) Assinale a alternativa que indica a correta função sintática exercida pela oração sublinhada no trecho a
seguir: “analisaram os ossos que estavam em mais de 100 túmulos do local”.

A) Adjunto Adnominal.
B) Adjunto Adverbial.
C) Sujeito.
D) Objeto Direto.
E) Predicativo do Sujeito.

191) Considerando as relações que regem a formação do período composto, analise as assertivas a respeito
do período a seguir: “O Vale do Chincha virou parte do Império Inca por volta do ano 1480 e sofreu com
invasões, fome e doenças depois que os espanhóis chegaram por lá, na década de 1530”:

I. O período é composto por três orações.


II. Pode-se classificar as três orações como coordenadas.
III. Uma das orações é coordenada aditiva.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.

192) Assinale a alternativa que indica a correta função da palavra “se” no trecho a seguir: “Acredita-se que, na
cultura Chincha, tais transgressões contra os falecidos”.

A) Partícula apassivadora.
B) Conjunção integrante.
C) Conjunção subordinativa adverbial.
D) Pronome reflexivo.
E) Índice de indeterminação do sujeito.

132
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

OMISSÃO E DESUMANIDADE

A desnutrição dos ianomâmis envergonha o país


A TRAGÉDIA que ora acomete o povo ianomâmi, em Roraima, resulta de uma perversa mistura recorrente na
história do Brasil: omissão e incompetência. É um vexame internacional que se soma a outros, quando se
trata de questões envolvendo a Amazônia.
A mesma combinação de omissão e incompetência que acabou explodindo no delírio das invasões nos
palácios dos três poderes, em 8 de janeiro, se revela agora no descaso com os ianomâmis. Nesse último caso,
acrescenta-se um grau inimaginável de desprezo ao ser humano, à cultura e aos povos que habitavam o
Brasil antes da colonização.
Elegantes e engajados do Brasil procuram causas humanitárias e alguns se voltam até para meritórias
iniciativas no exterior, mas nós, como tomadores de decisão e formadores de opinião, não estamos
sintonizados com a questão dos povos indígenas brasileiros, não sabemos como lidar adequadamente com a
situação. Uma barreira de descaso e preconceito nos afasta do Brasil profundo e original.
A imprensa, tão vigilante para criticar, tampouco esteve devidamente atenta à tragédia que vem
FOCO NA
acontecendo há muito tempo no território que habita os ianomâmis. O pouco-caso com os povos indígenas é
histórico em nosso país, incluindo a falta de proteção a seu hábitat e seus costumes. Tratar do tema oscilou
entre a alegoria, o paternalismo e o descaso.
Por outro lado, busca-se ampliar as áreas de reservas indígenas, que já somam mais de 13% do território
nacional. Antes de simplesmente ampliar áreas, que se definam determinadas políticas públicas e não
somente para os povos originários. Que elas abranjam também caiçaras e quilombolas, por exemplo.
Devemos saber o que eles querem de suas vidas, quais as suas necessidades e aspirações. E qual o grau de
comprometimento que a nação tem com os compromissos constitucionais em direção a eles.
O país, enquanto sociedade e governo, deve dar prioridade à questão. Mas ela precisa envolver todo o
assunto, especialmente aspectos básicos da vida, como saúde, segurança, educação, atividade econômica,
preservação do meio ambiente e da cultura. Os povos indígenas devem ser cuidados e protegidos em seus
direitos. Assim como suas terras. Protegê-los é inseri-los verdadeiramente na agenda nacional.
Também se deve considerar a monetização, desde que de forma sustentável, de seus recursos naturais.
Muitas tribos querem explorar seus recursos naturais e terminam seduzidas pelo lucro fácil da derrubada
indiscriminada de árvores ou pelo garimpo ilegal. Essa é uma realidade que deve ser combatida - ao passo
que o desenvolvimento sustentável deve ser estimulado.
A busca pela solução à questão indígena deve ser imediata não apenas a trágica situação dos ianomâmis. E
toda a nossa elite, distante desses povos, precisa se engajar nessa tarefa, bem como as Forças Armadas, a
Defesa Civil, as organizações não governamentais, os empresários e a sociedade civil. Urge acabar com essa
crise humanitária e inserir a questão de forma definitiva na agenda nacional.
Fonte: ARAGÃO, Murilo. Veja. Abril, 01/02/2023.

193) Em: "Protegê-los é inseri-los verdadeiramente na agenda nacional.", a agenda nacional metaforiza:

(A) uma preocupação em listar os povos primitivos para estudo.


(B) a cobrança mais efetiva à FUNAI.
(C) um pragmático plano de inserção cidadã.
(D) planos assistencialistas de combate à pobreza.

194) Os prefixos das palavras têm a mesma função semântica em:

(A) desumanidade - inimaginável.


(B) ilegal - reduzidas.
(C) devidamente - descaso.
(D) internacional - incompetente.

133
QUESTÕES DE PORTUGUÊS

195) A relação coesiva entre termos falhou na identificação em:

(A) Parágrafo 5: "Que elas abranjam também caiçaras e quilombolas (...) | (elas/populações originárias).
(B) Parágrafo 7: "Muitas tribos querem explorar seus recursos naturais (...)" | (seus/das tribos).
(C) Parágrafo 1: "(...) que se soma a outros (...)" | (outros/vexames).
(D) Parágrafo 6: "Protegê-los é inseri-los (...)" | (los/povos indígenas).

196) Em: "A TRAGÉDIA que ora acomete o povo ianomâmi, em Roraima, (...)", é inadequado afirmar do termo
"ora":

(A) no contexto, é um advérbio.


(B) pode ser substituída por "agora".
(C) é uma conjunção alternativa.
(D) tem valor semântico de "neste exato momento".

FOCO NA
197) A segunda oração em: "Urge acabar com essa crise humanitária (...)" exerce a função em relação à
principal de:

(A) sujeito.
(B) complemento nominal.
(C) objeto direto.
(D) predicativo.

198) O valor semântico de "monetização" no texto é de:

(A) preservação do meio.


(B) manutenção intocável de riqueza.
(C) transformar em lucro, dar rentabilidade.
(D) extração estatal das riquezas.

199) O uso das vírgulas em: "Tratar do tema oscilou entre a alegoria, o paternalismo e o descaso." ocorre:

(A) separando orações coordenadas assindéticas.


(B) separando aposto explicativo.
(C) separando termos coordenados em enumeração.
(D) isolando algumas orações intercaladas.

200) Há correta nomeação dos marcadores do discurso em todas as alternativas, exceto em:

(A) Parágrafo 2: "Nesse último caso (...)" - enumeração.


(B) Parágrafo 7: "(...) ao passo que (...)" - exemplificação.
(C) Parágrafo 6: "Assim como suas terras." - ênfase.
(D) Parágrafo 3: "(...) mas nós (...)" - oposição.

123
GABARITO DAS QUESTÕES DE PORTUGUÊS

Gabarito
1- D 11- C 21- B 31- B 41- E 51- D
2-C 12 - A 22 - D 32 - E 42 - C 52 - E
3-D 13 - A 23 - B 33 - B 43 - C 53 - E
4-D 14 - D 24 - A 34 - E 44 - A 54 - A
5-D 15 - A 25 - D 35 - D 45 - D 55 - D
6-C 16 - C 26 - B 36 - A 46 - B 56 - D
7-C 17 - A 27 - D 37 - D 47 - D 57 - A
8-C 18 - B 28 - B 38 - B 48 - B 58 - B
9-A 19 - C 29 - B 39 - B 49 - E 59 - B
10 - B 20 - B 30 - E 40 - B 50 - A 60 - B

61- A
62 - C
71- E
72 - D
81- C
82 - D
91- A
92 - E
101- A
102 - D
FOCO
111- C
112 - E
NA
63 - A 73 - C 83 - B 93 - B 103 - B 113 - D
64 - C 74 - D 84 - A 94 - B 104 - E 114 - D
65 - E 75 - B 85 - D 95 - D 105 - C 115 - C
66 - A 76 - C 86 - B 96 - E 106 - A 116 - A
67 - B 77 - A 87 - C 97 - C 107 - D 117 - D
68 - D 78 - E 88 - A 98 - A 108 - C 118 - E
69 - C 79 - A 89 - B 99 - D 109 - B 119 - C
70 - B 80 - A 90 - A 100 - D 110 - E 120 - E

121- A 131- D 141- B 151- C 161- C 171- B


122 - A 132 - B 142 - A 152 - D 162 - B 172 - D
123 - E 133 - C 143 - B 153 - E 163 - C 173 - D
124 - C 134 - A 144 - C 154 - C 164 - E 174 - B
125 - D 135 - D 145 - E 155 - B 165 - A 175 - B
126 - B 136 - E 146 - D 156 - A 166 - B 176 - A
127 - C 137 - D 147 - A 157 - E 167 - A 177 - E
128 - C 138 - E 148 - E 158 - D 168 - D 178 - E
129 - E 139 - A 149 - E 159 - C 169 - A 179 - C
130 - A 140 - C 150 - D 160 - D 170 - C 180 - C

181- D 191- D
182 - A 192 - E
183 - A 193 - C
184 - C 194 - A
185 - E 195 - A
186 - B 196 - B
187 - B 197 - A
188 - D 198 - C
189 - D 199 - C
190 - A 200 - C
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FOCO NA
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1

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19 de fevereiro de 1998

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