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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA DE QUELIMANE


LICENCIATURA EM ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

LINGUÍSTICA BANTU

2º ANO

REDUPLICAÇÃO VERBAL EM LÍNGUAS BANTU: CASO DA LÍNGUA


EMAKHUWA

Isac Cipriano Murroncoti: 708232032

Milange, Abril de 2024


Isac Cipriano Murroncoti: 708232032

Trabalho de campo de carácter a avaliativo a ser


submetido na Faculdade de Ciências de Educação da
UCM. Curso de licenciatura em ensino de Língua
Portuguesa

Milange, Abril de 2024


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Aspectos  Capa
organizacionais  Índice
Estrutura
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 Indicação correta
da fórmula
Conteúdo
 Passos da resolução

Resultado obtido

Formatação  Paginação, tipo e


tamanho de letra,
Aspectos
paragrafo,
gerais
espaçamento
entre linhas
Folha para recomendações de melhoria:

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução............................................................................................................................6

1.2. Objectivos........................................................................................................................6

1.3. Objetivo geral...................................................................................................................6

1.4. Objectivo especifico.........................................................................................................6

2. Metodologia.........................................................................................................................6

3. Língua Emakhuwa...............................................................................................................7

4. Reduplicação da língua bantu..............................................................................................7

5. A reduplicação verbal na língua Emakhua..........................................................................7

6. Reduplicação total ou completa normal..............................................................................7

7. O verbo................................................................................................................................8

8. A estrutura do verbo............................................................................................................8

9. Sistema de concordância.....................................................................................................8

10. Nome................................................................................................................................9

11. As classes.........................................................................................................................9

12. Conclusão..............................................................................................................................9

12. Referências Bibliográficas.............................................................................................11


1. Introdução

Reduplicação, é um processo natural que consiste na emersão de associações de forma


repetida, a duplicação e o redobro, tornando-se essencial para tomar como ponto de partida a
incursão em dicionários a fim de que o recorte temático não suscite qualquer tipo de
sobreposição semântica indesejável. Para alcançar essa tarefa, é necessário fazer consulta a
um dicionário (HOUAISS & VILLAR, 2001).

A variante da língua Emakhuwa é de referência, e muito falada na província de Nampula,


uma parte de Cabo Delgado, uma parte de Niassa e uma parte da Província da Zambézia,
respectivamente. A língua Emakhuwa pertence às línguas moçambicanas mais estudadas
(Kröger 2006). Portanto, para este trabalho de campo, objectivou descrever as reduplicações
mais frequentes na língua emakhuma, que é umas línguas bantus mais faalda em
Moçambique.

1.2. Objectivos
1.3. Objetivo geral
 Conhecer a reduplicação verbal em línguas bantu. caso de da língua emakhuwa.
1.4. Objectivo especifico
 Apresentar as estruras da língua bantu particularmente em makhuwa;
 Descrever as formas verbais da língua em makhuwa
2. Metodologia

A metodologia usada para a realização do trabalho foi a base de consulta bibliográficas em


vários livros, pois, tratando-se de um trabalho de pesquisa e de carácter avaliativo obedece a
seguinte estrutura: o desenvolvimento, a conclusão e a respectiva bibliografia que justifica as
obras por onde foram consultadas.

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3. Língua Emakhuwa

A língua emakhua em Moçambique e falada em quatro províncias, sendo Nampula, Cabo


Ddelgado, Niassa E Zambézia.

Conforme o instituto Nacional de Estatistica em 1999 a população que falavam emakhua


estiam-se em três milhões de indivíduos. A língua emakhua pertence ao rupo P.30
encontrando-se na zona Este-Central, que é identificada como sendo 5/5/.

De acordo com, refere que a lingua emakhua compreende as seguintes variantes. Elomuwe,
Emakhua, Emarevoni, Emeetto,Enahara, Esaaka, Esankaci E Eshirima. Para este trabalho de
foi tratada língua emakhua, falada na sua maioria na cidade de Nampula.

4. Reduplicação da língua bantu

De acordo com Massimaculo, (2003) refere que a Reduplicação consiste na repetição do


radical ou uma parte dele, o que gera uma estrutura composta reduplicada. A reduplicação é
um fenómeno linguístico reivindicado quer pela fonologia quer pela morfologia e, dada a sua
importância, tem sido objecto de estudo de muitos especialistas da área.

Segundo Fortune (1957) apud Nombora (2005, p. 2), refere que o fenómeno linguístico
designada reduplicação existe não somente em verbos mas também em outras categorias
lexicais como nomes, adjectivos e advérbios. Este ocorre não somente nas línguas do grupo
bantu como Xichangana, Nsenga, Yao, Guitonga, Chope etc., mas também em outras lingas
com em Agta, Yidin, Madurese e Tagalog faladas fundamentalmente no extremo oriente, em
algumas línguas europeias, que é o caso do Latim em que o morfema que se repete exprime
marca de tempo e em Turco para exprimir tamanho (aumentativo) em nomes. (Ngunga, 2004
apud Nombora, 2005).

5. A reduplicação verbal na língua Emakhua

A reduplicação verbal em Emakhua (segundo os usos dos falantes, ou Emakhua em


português), nome de uma língua que é falada por pessoas de língua emakhua (Norombi, 2005,
p. 9).

6. Reduplicação total ou completa normal

Segundo Nombora (2005, p. 17), refere que esta reduplicação consiste num processo
morfológico em que o reduplicante e a base são idênticos a nível segmenta. Jensen pressupõe

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um conceito semelhante a de Nombora onde refere-se que se uma palavra no seu todo for
repetida, a reduplicação é tota

7. O verbo

Para Ngunga (2004) verbos são palavras que servem para relatar os factos, as acções,
descrever Os estados, seres, situações, etc. Este autor, acrescenta que em muitas línguas o
verbo conjugado trás consigo as marcas do sujeito sobre o qual se faz a afirmação, o tempo
em que o fenómeno tem lugar, o número dos sujeitos sobre os quais se faz a afirmação, etc.
Várias são as definições apresentadas por outros estudiosos, mas, para o âmbito desta
abordagem, os pontos de vista que se apresenta na medida em que, retomando o pensamento
apresentado por Ngunga (2004) encontra-se a representação da acção como por exemplo.

 Anakhu galinhas;
 Etene todos
 Ceele térmite
 Imba enxada
 Ambiinli dois o ova medo
 Oodowa foi u uthu farinha
 Wuunla chorar
 Kuni lenha
 Muthu pessoa
 Baba pai

A flexibilidade estrutural deste visa adequá-lo a diferentes morfemas que nele se adjuntam ou
acoplam particularmente na forma radical ou de base verbal com finalidades referenciais
diversificados, que é o caso da marca do sujeito (MS) que refere ao elemento sobre o qual se
faz a afirmação, o momento ou tempo em a acção, facto têm lugar; marca de objecto (MO)
etc. (Norombi, 2005, p. 9).

8. A estrutura do verbo

O verbo é uma das unidades linguísticas que evidência este carácter aglutinante, nas línguas
bantu. Segundo Cunha e Cintra (2002, p. 377). Desse modo, o verbo é uma palavra de forma
variável que tem exprimido o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo.

9. Sistema de concordância

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A concordância consiste na particularidade das línguas bantu denominadas de sistema de
concordância oferecendo-se a ideia directriz desta descrição. Sendo concordância que se
significa uma relação formal entre os componentes de uma determinada entoação conforme a
palavra que se requer uma outra correspondente. Concretamente, um determinado substantivo
determina a forma do verbo seguinte (Lingu 2006).

O verbo concorda com o sujeito em número e género. O adjectivo concorda com o


substantivo em número e género. Por isso, os géneros em Português tem sido em dois, podem
ser masculino e feminino, os substantivos com diferentes formas de singular e plural e mais
outros, como por exemplo locativo, abstracto e infinitivo nominal. Os verbos seguem a
concordância na seguinte maneira:

Como por exemplo os nomes mulombwana “homem” e alombwana “homens”, que são
caracterizados pelos prefixos mu- no singular e a- no plural, requerem que o verbo concorde
com o nome através do prefixo verbal u- respectivamente a-. Por sua vez, os nomes ittelo
“peneira” e vittelo “peneiras” com os seus prefixos respectivamente.

 Mulombwana unoogwa. O homem está a cair.


 Alombwana anoogwa. Os homens estão a cair.
 Ittelo inoogwa. A peneira está a cair.
 Vittelo vinoogwa. As peneiras estão
10. Nome

O nome é constituído pela raiz e prefixo nominal que indica a classe gramatical do nome. As
dez das várias classes nominais elas se agrupam em pares cujos membros alteram entre
singular e plural. Como por exemplo. Classe singular plural

 Mulobwana - Homem alobwana homens


 Muhale - Cana doce mihale canas doces
 Libwe - Pedra mabwe pedras
 Ittelo - Peneira vittelo peneiras
11. As classes

As classes MU- e A- “homem (s)” sendo que essas duas classes são constituídas pelos nomes
que muitas vezes referem a seres humanos ou as suas profissões Mulombwana ukakata
mutengo wa koko que refere o homem cortou um coqueiro. Muhiyana ugula somba que refere
que a mulher comprou peixe.

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Alombwana kokakata mutengo wa koko refere que os homens cortaram um coqueiro.
Ahiyana kohogula somba que refere que as mulheres compraram peixe.

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12. Conclusão
A reduplicação é um recurso que a própria língua encontra para exprimir frequência e
repetição de acções, ela realiza-se sob duas formas: a total e parcial. A reduplicação total ou
completa é aquela em que a parte que se repete é idêntica à base. Quase que sempre, o verbo
reduplicado expressa o sentido de repetição, interactividade, frequência de acções, factos e
estados. Dado importante é que, em quase todas as línguas moçambicanas, os verbos
reduplicados totalmente têm formas não reduplicadas correspondentes na língua e que são
parte do vocabulário de cada uma dessas línguas.

O verbo nas línguas moçambicanas pode deriva-se de outros verbos a partir de um processo
denominado reduplicação. Existem três tipos de reduplicação: reduplicação total ou completa,
reduplicação fossilizada e reduplicação de verbos dissilábicos. Os verbos reduplicados trazem
a interpretação de repetição, inter-actividade ou frequência dos eventos ou acções.

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12. Referências Bibliográficas

Kröger, Oliver. 2006. “Algumas Notas Gramaticais Sobre a Língua Emakhuwa.” Lingu,
Monografias. 2006. “Algumas Notas Gramaticais Sobre Imarenje.”

Massimaculo, Pedro Alberto. 2003. “Reduplicação Verbal Em Eshirima.” Dissertação


(Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo-Moçambique, 2014.

CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Língua e cultura. In: UCHÔA, Carlos Eduardo
Falcão. (Org.). Dispersos de J. Mattoso Câmara Jr. 9. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna,
2004 [1955].

QUIRAQUE, ZACARIAS ALBERTO SOZINHO. 2017. “Zacarias Alberto Sozinho


Quiraque.

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