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UNIVERSIDADE FEDERAL

DE SERGIPE CIÊNCIAS
CONTÁBEIS

RELATÓRIO REFERENTE À MESA DE ABERTURA


- ALFABETIZAÇÃO NAS INTERFACE

Tema: Caminhos de uma (meta ou trans)linguística para


reescrita e revisão textual nos anos iniciais

Disciplina: Produção e
Recepção de Texto 1

Professor Dr. José Ricardo Carvalho

1
Damião dos Santos

Fraga

Fernanda de Souza

Santos

Mayra Sousa dos

Anjos

ITABAIANA - SE

2022

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Sumário

Sumário.....................................................................................................................................2

1. ..................................................................................................................................................3

2. ..................................................................................................................................................4

2.1. .................................................................................................................................................4

3. ..................................................................................................................................................5

3.1. ..............................................................................................................................................5

4. ..................................................................................................................................................6

4.1. ..............................................................................................................................................7

5. ..................................................................................................................................................8

5.1. ..............................................................................................................................................9

5.2. ..............................................................................................................................................9

5.3. ............................................................................................................................................10

6. ................................................................................................................................................11

6.1 ............................................................................................................................................11

6.2 ............................................................................................................................................12

7. ................................................................................................................................................13

7.1. ............................................................................................................................................13

7.2. ............................................................................................................................................13

7.3. ............................................................................................................................................14

7.4. ............................................................................................................................................14

7.5. ............................................................................................................................................17

7.6. ...........................................................................................................................................17

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1. Resumo

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2. Explicação sobre o tema

Como forma de iniciar a conversa na abertura da mesa, o Professor Dr. José Ricardo,
explica o por que do titulo do slide e faz uma ponte do tema com o assunto que será
trabalhado ao longo da conversa. Ele diz que a palavras translinguitica, a que aperece eu seu
titulo, representa a necessidade de ver a lingua em movimento, em situação concreta.

3. Pleonasmo ou questões estilísticas


Diante mão o ministrante da aula explica o conceito de pleonasmo e de questões
estilísticas, tendo como exemplo base da explicação, a frase “Gostaria de começar pelo começo
de tudo...” . De forma que a repetição do verbo é utilizada como uma questão linguistica, a qual
torna o discurso mais agradavel e interessante.

3.1 O uso das estilíticas pelas crianças

Professor: A gente vê que no ponto de vista isso é muito importante. Martin vai falar
que as crianças também fazem algumas vezes isso. Mas será que elas fazem isso com
uma preocupação estilística? Até que ponto determinados usos linguísticos podem ajudar
de envolvimento do leitor com o texto produzido... Essas questões estilísticas, as
questões semânticas e as questões internacionais nas atividades de escrita na escola. A
ênfase geralmente que a escola dá esse trabalho da redação, de trabalho na escrita, está
muito calcado no produto e pouco no processo.

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Dessa forma, o professor como mediador tem o papel de estimular as reflexões e
interesse dos alunos pela linguagem. Utilizando objetos para o desenvolvimento da
aprendizagem.

4 Translinguísticas ou metalinguísticas
Nesta parte o professor disculte sobre a alfabetização nas interfaces entre textos,
gêneros e vozes, onde apresenta dois caminhos de linguagens , meta linguistica ou
translinguistica , onde a metalinguistica é muito usada e aprendida por todos desde os começos
dos estudos de lingua e processo de comunicação, e a translinguistica tem a função de ver a
lingua em movimento em situação concreta , onde assim a parti do momento que aprendemos
uma lingua buscamos compreendela e internalizar ela.

1.2 Translinguísticas

 é um construto teórico-analítico usado para se referir às múltiplas práticas de linguagem


de falantes bilíngues e multilíngues em processos de construção e negociação de sentido, ou seja
uma linguagem voltada a variações de linguas aprendidas.

1.3 Metalinguísticas

E explicita e presentr em discurso que ultiliza o codigo para explicar o propiro codigo, o
que melhor define e caracteriza essa função é o uso da metalinguagem. Sua principal
caracteristica e o fato da mensagem estar centrada no proprio codigo.

Professor: e translinguistica ai n se trata de lalar sre a lingua de função metalinguistica de


Jakobson, mas da compreensão do estudo da lingua em situação dialogica dos enunciados na
atividade de interação verbal. Porque estamos interessados primordialmente nas formas
concretas dos textos, na sua interelação e interação. As relações dialogicas entre os enunciados,

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que atravessam por dentro também enunciados isolados, pertencem á metalinguistica. Diferen
radicalmente de todas as eventuais relações linguisticas dos elementos tanto no sistema da
linguagem quanto em um enunciado isolado.

2. Epígrafe linguagem de moto livre

Essa lauda presenta um Tipo de linguagem usada pelas crianças, nem sempre correta, vivida,
metaricamente falada e expressada, onde não a uma preoculpação com correção das construções de
periodos que são um pouco audacioso, ou seja, uma linguagem infantilizada que ainda não está
despeçonalizada.

3. Conceito de Reescrita.

Uma ação que consiste em escreve de novo através de um tema mas agora de uma abordagem
diferente. Também pode ser sobre escrever algo novamente, embora com modificações do texto original, ou
seja, busca oredenar e corrigir um texto.

6.1 reescrita é dividida em duas partes

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Foi apresntado esse slide trazando informações sobre os conceitos de reescritas, a qual é dividida em
duas partes, onde aprecia-se a retomada de um texto-fonte que funciona como modelo,ou seja, um esbosso na
qual se basea para a criação se um texto, o outro é a reescrita de umtexto de autoria do aluno com novas versões
de reescritas e revisão, possibilitando assim uma magnetudo imaginação de ideias novas.
O trabalho de reescrita envolde uma reorganização de ideia para haver uma coesão textual, acrecimos de
subjetividade e interação contextual, substituição de falas e supressão de ideias, paragrafos, sentenças, frases,
palavras, alem desses aspectos no texto literario á uma exploração de aspectos estilistico.

4. Processos de produção de texto

A parti desse mapa o professor expilcou de maneira breve e objetica os processos que compõem a
produção de uma texto em retextualização, começamco pelas leituras e analizes linguisticas de um
texto e escrita, a qual liga-se a dois aspectos textuais de reescritas e revisão contextual.

7.2 Reescrita

Uma forma de ancoragem que busca uma reformulação dos enunciados e caracteristicas do texto e
que busca uma maneira para efeito sentido estilistico e interacional de fatores.

7.3 Revisão

Busca a concordancia nominal e verbal, coerencia dos fatos expostos, coesão referencial dos
acontecimentos agindo de maneira correta e sequencial e questões estilisticas.

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Professor: o processo de textualização então é isso, tem que pensar a relação do
autor/texto/leitor, tem que pensar a configuração linguística que é o que está dentro do texto e temos
que pensar também a situação comunicativa...quando estivermos pensando/falando nos elementos
dentro do texto, estaremos falando de co-textualidade, onde estuda a coesão e a coerência, só que a
gente precisa pensar também na situação comunicativa, onde temos a contextualidade (tudo aquilo
que o leitor precisa se remeter a um conhecimento de mundo)...eu tinha falado pra vocês que pra ler
um texto não precisa apenas olhar que está dentro do texto, as vezes é preciso me remeter ao
contexto de produção...a co-textualidade já foi vista na aula passada e a partir desta irá iniciar a
contextualidade, considerando a questão dos conhecimentos de mundo, os cinco fatores descritos na
imagem que é a aceitabilidade, a informatividade, a situacionalidade, a intertextualidade e a
intencionalidade.

 Iniciação dos conceitos:

2. Intencionalidade

Professor: segundo Koch e Travaglia (1990), a intencionalidade refere-se ao modo como


os emissores usam textos para perseguir e realizar suas intenções, produzindo, para tanto, textos
adequados à obtenção dos efeitos desejados, presente na página 51... Para os autores, a
intencionalidade tem relação estreita com argumentatividade.

2.3. Os skrotinhos

Foi mostrada a tirinha em quadrinhos dos skrotinhos para exemplificar a intencionalidade: a


falta de entendimento da mulher.

Figura 2

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Professor: ...os skrotinhos que são bem desagradáveis em alguns momentos... iremos ver
uma situação de comunicação onde há falta de entendimento ou a pessoa finge que não entende...na
charge a mulher tinha a intenção de repreendê-los por estarem fazendo um comentário grosseiro a
seu respeito, diante do marido...Os skrotinhos não quiseram fazer a inferência necessária para
compreender o real sentido da pergunta...Na tira de Angeli, os skrotinhos responderam
equivocadamente não apenas porque a pergunta era pouco objetiva, mas também porque eles
não se engajaram para compreendê-la de acordo com a intenção da mulher.

Professor: os termos intencionalidade e aceitabilidade são muito ligados, quando a gente lê


um texto, a gente “briga” com o texto por não gostar do estilo, do assunto, do tema...e isso faz com
que não haja aceitabilidade com que está sendo lido, a gente tem afinidade com alguns textos e lê
com muita facilidade e até com muita rapidez, mais outros, pela própria falta de interesse por aquele
tipo de texto, faz com que a gente não tenha tanta proficiência com aquele texto que as vezes o
professor pede pra ler...e na interação é a mesma coisa...É possível perceber, ainda a partir do texto
de Angeli, que a intencionalidade é um fato de textualidade que está intimamente ligado à
aceitabilidade, já que o receptor participa ativamente no processo de construção de sentido de um
texto.

Professor: então quando a gente for pensar o texto, temos que pensar no lugar de quem fala
e do lugar de quem recebe; o fato do texto ser mal recebido não quer dizer que ele é incoerente,
ruim ou preconceituoso, tem que ver quem está recebendo do outro lado… ou seja, a
intencionalidade e a aceitabilidade estão interferindo na construção do sentido do texto… então o

texto nunca é bom por si só, existe a questão de quem fala com determinada intenção e o modo de
quem recebe esse texto.

3. Aceitabilidade

A aceitabilidade diz respeito à predisposição do receptor de considerar um texto


coeso e coerente e colaborar no processo de produção de sentido. Como vimos, nesse
processo, o leitor / ouvinte precisa mobilizar conhecimentos prévios socialmente partilhados,
que lhe possibilitem fazer as interferências necessárias para a compreensão do texto.

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3.3. Hipótese da terra plana: Eddie e Hagar

Professor: aqui voltamos ainda... esse aqui está na moda né? Terra plana, isso daqui é um
tema de debate atual, agora para ler essa tira é importante que você seja um leitor de tiras, que você
conheça, por exemplo, esses dois personagens... eu não sei se vocês conhecem esses personagem
que aparecem sempre no vestibular...que é Hagar horrível e ele tem esse aí que é o Eddie. O Eddie é
sempre muito besta, ele é sempre uma topeira, ele é muito burrinho e Hagar é meio machista, meio
conservador, ele tem um pensamento também bem retrógado e os dois se contrastam, é bem
interessante.

Figura 3

O professor inicia a leitura e a interpretação da tirinha acima:

Professor: Hagar, se o mundo fosse redondo (ele fica imaginado lá, a gente já viu outra tira
deles semana passada) é plano! (imitando a voz grosseira imaginada pelo personagem “durão” de
Hagar)... Eu sei, mais se fosse... seria redondo como um ovo? (Com a voz gentil e calma do amigo
Eddie)... Não!...Se fosse redondo com ficaria de pé?.(ele só questionando)... Ah! Deixa – me lhe

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mostrar um velho truque Italiano! (ele vai lá tenta colocar o ovo em pé)... Bato o ovo gentilmente
em uma ponta, quebrando a casca e...Veja! O mundo é redondo! Splat... Plano!!! Bem, não se pode
argumentar com fatos... (Risos..).

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Então com o Hagar não tem papo, não tem conversa né? É bem ali na explosão (Risos), a
gente vê ali a própria questão da aceitabilidade... que o Hagar não quer discutir se o mundo é plano
ou redondo, ele já disse: é plano e acabou, e a resposta pra ele mostrar essa não aceitabilidade foi a
própria violência, ele quebrou o ovo ali na “cara” do Eddie e tá tudo certo. Então, um tentando
raciocinar, tentando argumentar e o outro sem papo, não quer discutir do ponto de vista do
argumento, então quando dois não querem não conversam... ou não brigam ou não conversam.

Não houve aceitabilidade por apresentarem compressão da


Comentários: Eddie tenta conversar com Hagar sobre uma de suas hipóteses. Enquanto,
na primeira tira, a tentativa de diálogo é malfadada porque Eddie não tem capacidade de abstração
suficiente para entender o que Hagar tenta dizer, nessa, o diálogo não prossegue porque o
Viking não aceita as ideias do amigo e põe fim à conversa.

Tanto a forma rude como Hagar recusa o discurso quanto a covarde reação de seu amigo
franzino, no último quadrinho, provocam o humor na tirinha.

4. Informatividade (balanceamento de informações)

O fator de informatividade diz respeito ao grau de previsibilidade das informações que


estarão presentes no texto, se essas são esperadas ou não, se são previsíveis ou não. Além disso, é
a informatividade que vai determinar a seleção e o arranjo da informação no texto, de modo
que o receptor possa calcular-lhe o sentido com maior ou menor facilidade (Koch & Travaglia,
1990). (p.275)

Professor: primeiro tem que apresentar as informações de forma gradual...se deixar claro
antes o objetivo do texto, já está se marcando a intencionalidade, o que que eu quero com aquele
texto. Então uma das coisas que a gente já anuncia no início de um texto, principalmente quando se
trata de um texto científico é justamente qual a intenção, a proposta do texto. Depois também eu
vou imaginando assim o que que é mais fácil de dizer, o que que é mais difícil, qual o caminho
pra trazer o meu leitor pra essa ideia que eu quero falar, então eu vou dividindo, apresentando as
ideias gerais e depois vou esmiuçando aos pouquinhos, como eu tenho feito aqui com as nossas
aulas para que vocês entendam o processo de construção do texto.

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4.3.Texto com baixa informatividade: A violência tem crescido no Brasil

A violência tem crescido no Brasil. Como o Brasil tem crescido, a violência também
tem crescido no Brasil. Desde os anos 60 que a violência tem crescido no Brasil.

Professor: após fazer leitura do texto acima…(Risos). Tem muita informatividade aqui?... tá
bastante irredundante, muito repetido...o primeiro período ele diz que a violência tem crescido no
Brasil, depois ele diz a mesma coisa...ele fica se repetindo que a violência cresceu no Brasil...então
é um texto com baixa informatividade, ou seja, é um texto circular, que fica falando a mesma
coisa...então esse é um texto ruim porque ele não avançou no ponto de vista da informação.

4.4. Análise de um texto com relação à boa informatividade:

Figura 4

Professor: esse texto é ótimo, vamos ver se ele tem informatividade... esse texto tem quatro
momentos para serem feitas uma construção de orações, eu tenho as colunas A, B, C e D, então
repare que eu posso fazer um texto, com essas quatro colunas (vocês vão ver que não tem conteúdo
nenhum), mais eu combinado essas frases todas eu faço um texto. Vamos acompanhar:

Criação da frase 1: Caros colegas, (coluna A, linha 1), a complexidade dos estudos
efetuados (coluna B, linha 2), contribui para a correta determinação (coluna C, linha 5) dos
conceitos de participação geral (coluna D, linha 3).
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Criação da frase 2: Não podemos esquecer que (coluna A, linha 4) a atual estrutura da
organização (coluna B, linha 4) auxilia a preparação e a estruturação (coluna C, linha 4) das atitudes
e das atribuições da diretoria (coluna D, linha 4).

4.5.Informatividade (do ponto de vista interacional)

Figura 5

Professor: eu não sei se vocês também conhecem esses dois personagens aí, que é a Mafalda
e a Susanita, a Mafalda que é um personagem do Quino, ela é muito crítica, é uma personagem
Argentina que de um argentino chamado Quino, ali por volta dos anos 60, 70, que essas tiras foram
produzidas e na época da ditadura militar lá na argentina... e a Susanita é a amiga da Mafalda, mais
ela é totalmente alienada, o sonho dela é casar com um homem bem rico, ter filhos, ela não gosta de
negros, de trabalhadores, ela acha que vai ser rica e que emfim... todo mundo se dane e que ela seja
feliz, que é totalmente o contraste da Mafalda que é bem crítica e que pensa em todo mundo…

Leitura da tirinha:

- Hoje saiu uma notícia deprimente no jornal: em todo o mundo trabalham 43 milhões de crianças
em condições precárias. Já imaginou? E são dados da organização internacional do trabalho, sei lá!
43 milhões de crianças têm que trabalhar para viver.

- E daí? A culpa é nossa? Não! Podemos solucionar o problema? Não! A única coisa que podemos
fazer é ficar indignados e dizer que absurdo! QUE ABSURDO! Pronto! Diga você também que
absurdo, assim a gente se despreocupa e pode ir brincar em paz.

Professor: então enquanto a Mafalda convoca a gente e a Susanita pensar nos problemas, a
Susanita quer trocar e assunto e não vê esse assunto como algo importante. Então para ter
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informatividade o meu próprio leitor precisa entender isso como algo importante e capitar essas
informações e captá-las, capturá-las; Então o autor do texto diz:

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A notícia dada à Susanita, além de não interessar a ela – que representa as elites nas tiras de
Quino, não é considerada grande novidade, tanto que a personagem conhece, inclusive, o modo
como comumente a sociedade reage a informações de igual teor. Assim, pode-se dizer que, para
Susanita, o comentário de Mafalda tem baixa informatividade.

De acordo com o comentário de Susanita no último quadrinho, as duas estavam indo brincar
quando Mafalda interrompeu a brincadeira para comentar sobre a exploração da força de trabalho
de milhares de crianças no mundo. Pode-se dizer, assim, que outro fator de textualidade entra em
jogo nesse diálogo: a situacionalidade.

Professor: Então aqui o autor sempre vai puxando assim, agora a gente vai falar sobre a
informatividade mais agora em seguida a gente vai falar sobre outra coisa que é a situacionalidade...
ele pega, discute um fator e já vai encaixando com outro que é a questão da situacionalidade. No
caso aqui já vemos a questão da situacionalidade porque a situação de conversa aconteceu no meio
de uma brincadeira e não interessava Susanita conversar sobre uma coisa séria no meio de uma
brincadeira, então a situação segundo a Susanita não era adequada para começar uma discussão
política...porque que falar sobre de crianças que vivem em situação precária, 43 milhões de crianças,
não era o momento pra ela, a situação pra ela era de brincar e não de falar de coisa séria, isso para
Susanita.

5. Situacionalidade

Professor: Então vamos aí à nova questão e o contexto de produção, situação de


comunicação. Vamos ver então dois textos e vocês vão me dizer qual texto é mais coerente do
ponto de vista da situacionalidade.

6.1 Bilhete para a Mãe

Leitura 1: “Mãe, deixei o Lucas na creche agorinha. Volto na próxima segunda. Beijo,
Luíza.”

Leitura 2: “Prezada senhora Marilda Pinheiro, eu, sua filha Luíza Pinheiro, 24 anos, residente
nesse mesmo domicílio, informo solenemente que entreguei o seu filho Lucas Pinheiro, meu irmão
caçula, de três anos de idade, aos cuidados da creche Criança Feliz, domiciliada à rua Jatobá, 66,
centro, as 7h da manhã do dia 10 de Outubro de 2010. Informo ainda que estou viajando a trabalho

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para Belo horizonte e tenho meu regresso datado para próxima segunda-feira, dia 18 de Outubro de
2010. Sem mais para o momento, firmo-me: Luíza Pinheiro.

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A conclusão após discussão é que o texto 1 é mais coerente no ponto de vista da
situacionalidade do que o texto 2, o segundo texto tem muita informação desnecessária diante da
situação comunicativa, tendo em vista que é um bilhete deixado de sua filha para mãe.

Figura 6

6.2 . Abaixo o Rei

Professor: Aqui nós temos também uma brincadeira, novamente eddie bem burrinho, tá lá
na apostila da gente:

 Abaixo o Rei! Abaixo o Rei!

 O que houve?

 O Rei foi tentar salvar um gato em cima de uma árvore e não consegue descer!

A gente pensa que é uma questão relevante, uma questão política mais era uma situação que
o Rei estava preso ali com o gato em cima da árvore.

A situacionalidade diz respeito à adequação do texto à situação sociocomunicativa. Assim, a


situacionalidade está ligada às expectativas, às crenças e os aos objetivos dos agentes envolvidos no

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processo sociocomunicativo. Esse fator de textualidade está associado, ainda, às circunstâncias em
que o texto se manifesta.

Hagar só compreende o sentido adequado da frase “Abaixo o rei! Abaixo o rei”, após
associá-la a um dado da “realidade”: o rei preso em cima de uma árvore. Antes de tomar
conhecimento desse fato, é muito provável que o viking estivesse entendendo a frase no sentido
em que ela é habitualmente usada, isto é, como um protesto em favor da deposição de um
governante.

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6. Intertextualidade

6.3. Propaganda da Bom Bril: Quem entende essa propaganda? É duplo sentido?

Figura 7

...Não leve gato por lebre, só Bom Bril é bom

Foi levantado uma discussão sobre a ideia da propaganda onde fez menção do flagra de
Ronaldinho com duas travesti em um motel, onde foi chantageado em troca de mais dinheiro por ser
famoso e isso teve repercussão na mídia….

6.4. A evolução do “Homi”

Aqui nos temos outro caso, a gente só vai entender essa charge que é um processo
intertextual se a gente conhecer, por exemplo... aqui é a evolução do homem com uma brincadeira
da própria fala do Lula, principalmente a fala do Lula no início da trajetória dele.

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Professor: Então você tem o Lula primatus, o homo grevitus (pois ele foi um líder
sindical, então se você não tem essas informações você não chega nisso, então temos ele
trabalhando na fábrica, depois líder sindical e fazendo greve), candidatus eterni (participou de
várias eleições até chegar a presidência), Lulinha sapiens (já é presidente e de vez quando é pego
tomando umas cachacinhas), Presidentum est….lembra o discurso da história da evolução humana,
só que nesse caso temos que ter uma variedade de informação, que o lula não falava de acordo com
a norma culta, a história do próprio Lula, entender que esses pedacinhos tem haver com alguns
acontecimentos que passaram pela impressa, principalmente esse como o Lula tomando a cachaça,
então se você não tiver acesso a estas informações você não vai conseguir entender esta tira.

6.5. Compreendendo melhor a intertextualidade

A intertextualidade diz respeito aos fatores que fazem tanto a produção quanto a recepção de
um texto dependentes do conhecimento que os agentes envolvidos no processo sociocomunicativo
têm de outros textos.

Figura 9

6.6. Garfield e a aranha

Se você não tem o conhecimento desses outros textos você não vai conseguir

entender… Referência à tirinha:

Professor fazendo a leitura:

- esse aqui é bem interessante ser ou não ser;

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- SMACK;

- nãoooo

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O termo ser ou não ser é uma referência da fala utilizada na peça de teatro de Shakespeare.

Professor: alguém se lembra da história de

Hamlet? Turma: Não!

Professor: então a história do Hamlet é a seguinte, vou contar rapidamente... o Hamlet era
um príncipe da Dinamarca e ele tinha um pai, que tinha um irmão chamado Claudius, só que
Claudius queria tomar o lutar do pai de Hamlet e aí ele resolve matar o irmão e casar com a
cunhada...e ele mata o pai do Hamlet e casa com a cunhada, só que o specto, o fantasma do pai do
Hamlet aparece e fala olha: meu irmão me matou e eu quero que você se vingue dele, quero que
você o mate, porque ele usurpou meu poder e ele está aí, nossa família nunca vai ter paz enquanto
ele tiver vivo, com a minha esposa…. Inclusive a esposa tramou junto com o irmão o assassinato, e
aí a primeira coisa que ele fica é de matar ou não matar, e nisso ele tem uma namorada também e na
hora que ele foi matar tinha uma pessoa atrás de uma cortina que era o pai da namorada dele, a
Ofélia...aí ele viu aquela pessoa, alguém atrás da cortina ouvindo uma conversa com a mãe, aí ele
pensou que era o tal do marido da mãe e aí ele resolve matá-lo...só que ele não mata o Claus que é o
traidor, ele mata o pai da namorada dele e aí mais culpa ele fica ainda….a namorada dele diante
dessa situação do amado e pai morto fica maluca e se mata. Aí nesse momento trágico Hamlet fica
será que vale a pena viver, será que a vida é isso, será que vale a pena existir, será que não é melhor
se matar?

Professor: essa intertextualidade é com essa peça que ele diz: Ser ou não ser...Eis a questão.
Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou amar-se
contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir...mais nada…
Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do...

2 Figura 10
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Professor: então era um momento de grande dor do personagem, ele pensava em se matar e
ele tava pensando se valia a pena viver ou não e que se matasse acabaria com a dor, só que ele não
se mata, depois ele entra em guerra com o irmão da Ofélia, mata o irmão, só que antes dele morrer
ele avisa que o Rei jogou veneno na espada, o outro também enfia a faca nele….todo mundo morre
na história, um matando o outro...Então essa história do Hamlet é bem trágica, mais a questão do
ser ou não ser é a questão da morte, do suicídio, vale a pena se matar?

Então a situação da figura (10) é bem essa, ser ou não ser diz a formiguinha mais ela não se
mata ou se mata indiretamente porque ela fica ali se perguntando aí o Garfield vai ali e mata a
formiguinha…. então se a gente não tem esse conhecimento sobre o Hamlet fica difícil entender
essa formiguinha.

A intertextualidade (virou uma questão quando estamos em algum dilema)


O leitor da tira pode compreender melhor em que a aranha estaria pensando diante do gato:
“enfrentaria Garfield [ser] ou sucumbir à vontade dele e correria [não ser]?”.

Como faz com outras personagens das tiras, Jim Davis dá dimensões humanas e
ironicamente engraçadas à aranha.

Professor: no caso era uma aranha e não uma formiga...

A aranha divaga

Enquanto divagava sobre “ser ou deixar de ser”, a aranha foi trazida pela atitude do gato
diretamente para o mundo real e, pior, para bem debaixo da implacável revista. No último
quadrinho, tanto o estado da aranha – aniquilada pela “revistada” de Garfield – quando a
resposta que ela própria dá à pergunta que tinha feito - “Não [ser]” - voltam a dialogar com o
texto de Shakespeare, no qual é evidente a alusão à morte como um dos fins possíveis ao se
optar pelo “ser”.

Professor: então esse texto tem uma complexidade muito grande que não é qualquer leitor
que vai entender, só vai entender quem de fato conhece a obra do Hamlet.

A complexidade do texto pouco captada pelo leitor inocente (O fim de Hamlet e o fim da
aranha).

2
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O fim da aranha coincide ainda com o fim de Hamlet, que também morre em sangrenta
batalha em que enfrenta o assassino do pai. Sem conhecer a personagem de Shakespeare ou sem
saber relacionar a frase de Hamlet ao contexto da tira, o leitor pode até achar “bonitinho” o
texto de Jim Davis, mas não entenderá seu sentido por completo, já que a linguagem verbal se
limita quase unicamente à curta citação de Shakespeare e não há graça em simplesmente ver um
gato matar uma aranha com uma revista.

6.7. A importância da intertextualidade

Segundo Costa Val, uma pessoa estabelece relações intertextuais para entender os mais
diversos textos com que se relaciona em seu dia a dia e também para produzir adequadamente seus
próprios textos, de modo a cumprir seus objetivos sociocomunicativos.

Assim, a partir de hoje, passe a olhar para os textos com que se depara e para os textos que
produz e observe como eles se organizam, formal e estruturalmente, em função do objetivo para o
qual foram criados. Passe a tentar entendê-los, refletindo sobre o perfil de seus produtores e do
público a que são dirigidos, sobre a situação em que são usados, sobre o tipo de informações que
apresentam, sobre ideologias e concepções de mundo neles presentes, etc.

6.8. “A pátria de Olavo Bilac”

Figura 11

2
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Professor: esse aqui é outro textinho, uma charge

também né? “Criança, não verás país nenhum como este...”

O que precisa pra gente entender esse texto? Observar a imagem, ver que o menino segura
um livro, a menina barriguda...a frase trás ironia pois se vê pobreza, miséria, nada de bom, só coisa
ruim, diferente do que é apresentando a sociedade. Na verdade esse texto é uma crítica social...esse
trecho é do poema de Pátria de Olavo Bilac…

“A pátria de Olavo Bilac – Autor do hino da bandeira – poeta parnasiano e

Figura 12

2
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Professor: então esse poema do Olavo Bilac, que é um patriota, um ufanista que fala muito
bem do Brasil, é uma visão muito idealizada, então essa visão que não é a realidade se contrasta
com a realidade…Ele aqui no grifado fala “A natureza, aqui, perpetuamente em festa, é um seio de
mãe a transbordar carinhos”...”Boa terra! Jamais negou a quem trabalha o pão que mata a fome, o
teto que agasalha”...e a gente não vê aqui pessoas comendo e numa casa boa, numa situação digna
de vida...então podemos ver que esse poema de Olavo Bilac não representa o Brasil que a gente
vive, não representava e continua não representando né? A pátria brasileira é bem diferente dessa do
que está sendo representada pelo Olavo Bilac. Então a gente tem esse contraste, então eu só posso
começar a entender essa charge conhecendo o poema do autor…essa é uma visão ufanista, esse
texto faz a gente refletir...esse é o processo intertextual, quanto mais conhecimento eu tenho de
outros textos, melhor…

6.8.1. Texto II: dois „José‟ que estão se despedindo de seus cargos

José Sarney “vive seus últimos momentos”, e o arcebispo de Olinda e de Recife, Dom
José Cardoso Sobrinho, aquele que excomungou todos os adultos envolvidos no aborto de uma
gravidez de alto risco em menor estuprada, está se aposentando.

Professor: … a mesma coisa aconteceu com esse outro texto que é dois „José‟ que estão se
despedindo de seus cargos… esse segundo texto foi feito falando da despedida de José Sarney que a
gente sabe que é um grande corrupto… foi o presidente do Brasil, inclusive a filha dele passou por
vários escândalos e o arcebispo de Olinda e de Recife, Dom José que condenou o médico que
condenou o médico de fazer o aborto de uma menina de 9 anos porque ela tinha sido estuprada,
então ele dizia que o médico era um pecador, descomungou o médico e a equipe por que fizeram o
aborto, só que a menina havia sido estuprada pelo padrasto e corria risco de vida.

Figura 13
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Professor: então aí tem esse poema que a gente só vai entender com leitura do texto do
Drummond:

Figura 14

Professor: aí ele termina com a pergunta “José, pra onde?” Quer dizer tá tudo ruim mais
você continua marchando, independente de tudo a vida corre e a gente tem que levar a vida, então
não desista, continue marchando... então a história de alguma forma trata disto, que é com todo
mundo né? Nem todo dia a vida é boa e às vezes a gente passa por fases e que independente de
qualquer coisa estamos aí marchando. Então esse é um poema que tem essa direção de sentido,
mas... com base nesse poema o Roberto Vieira fez esse outro poema falando da despedida do
presidente José Sarney e na época do caso do aborto:

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Figura 15

Professor: “leitura”... graças a Deus foram embora José Sarney e esse Bispo que
excomungou os médicos, mais tudo tem seu fim né? Eles se aposentaram, deixaram seus cargos e
tudo aquilo que era poder se esvaiu. Então quando a gente pensa em intertextualidade a gente
pensa... quando a gente lê os textos têm que cruzar com outros textos e esse é um outro princípio da
textualidade, a intertextualidade. Em fim graças a Deus fechamos...

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