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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE À DISÂNCIA

TEMA: Variação e Mudança Linguística

NOME E CÓDIGO DE ESTUDANTE:


Delsa da Fátima Machaiete
708203121

CURSO: Português
DISCIPLINA: Linguística geral
ANO DE FREQUÊNCIA: 1ª

Maputo, setembro 2023


Índice

1 Introdução.....................................................................................................................................3

2 Objectivos.....................................................................................................................................4

2.1 Objectivo geral.......................................................................................................................4

2.2 Objectivos específicos............................................................................................................4

2.3 Metodologia...........................................................................................................................4

2.4 Justificativa............................................................................................................................4

3 Definição de conceitos..................................................................................................................4

4 Princípios da variação linguística.................................................................................................5

4.1 Tipos de variação...................................................................................................................6

4.1.1 Variação histórica............................................................................................................7

4.1.2 Variação geográfica ou regional......................................................................................7

4.1.3 Variação social................................................................................................................7

4.1.4 Variação estilística..........................................................................................................8

Conclusão........................................................................................................................................9

Referências....................................................................................................................................10
1 Introdução

A língua, ou linguagem é uma magnífica ferramenta para o ser racional (o humano) se


comunicar verbalmente com os outros dependendo esta comunicação da sua situação
geográfica, social, étnica, familiar, regional, emocional, entre outros factores que
juntados em um só individuo formam uma personalidade linguística a partir da qual
este individuo adopta uma forma de se m a n i f e s t a r d i a n t e d e i n ú m e r a s s i t u a ç õ e s
u s a n d o a l i n g u a g e m ( l í n g u a f a l a d a ) . P o r t a n t o , e s t a situação varia de individuo
para individuo, de família para família, comunidade para comunidade, e n t r e o u t r o s
n ú c l e o s s o c i o g e o g r á f i c o s t u d o e m f u n ç ã o d e tempo. O presente trabalho, visa
portanto abordar com mais detalhes sobre os princípios de variação e mudança linguística
segundo autores diversos incluindo a opinião do autor a desenvolver a presente
pesquisa que e n c o n t r a - s e o r g a n i z a d a / e s t r u t u r a d a d a s e g u i n t e m a n e i r a :
A capa e contra capa com as informações básicas do documento,
s e g u i d o d e m a i s e l e m e n t o s p r é t e x t u a i s c o m o f o l h a d e feedback, folha para
recomendações de melhoria e o índice. No desenvolvimento o trabalho tema i n t r o d u ç ã o q u e
é onde estão as balizas do assunto em pesquisa e a organização interna do
mesmo, os objectivos da pesquisa, a metodologia, a justificativa e
mais adiante temos o própri o desenvolvimento do trabalho e por fim a conclusão que traz
consigo de maneira sintetizada aquilo q u e é a p e r c e p ç ã o d o a s s u n t o a p o s a
c o n j u g a ç ã o d e d i v e r s a s i d e a i s d u r a n t e a p e s q u i s a e a bibliografia.

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2 Objectivos

2.1 Objectivo geral

Conhecer os princípios da Variação e Mudança Linguística.

2.2 Objectivos específicos

 Indicar os factores que contribuem para a mudança e variação linguística

 Decifrar o termo “lecto” no contexto da criação de variações linguística

 Relacionar a variação e mudança linguística desde a antiguidade aos dias actuais

2.3 Metodologia

A realização desta pesquisa de campo, se cingirá maioritariamente na pesquisa bibliográfica, a


qual fornecerá os dados necessários para a produção científica através de livros módulos e
revistas electrónicas de acordo com a necessidade que a abordagem apresentar ao longo do
processo da recolha de dados.

2.4 Justificativa

Este é um tema extremamente relevante para a formação e consciencialização do futuro docente


de língua portuguesa visto que, aborda um tema indispensável seja na comunicação escrita
quanto verbal, e também porque a motivação de questões de estudo linguagem em qualquer
contexto devem-se à necessidade de explicar correctamente a fala e de tomar decisões sobre a
aplicação de linguagem, em função do espaço e tempo, o que torna muito necessário a sua
abordagem e aprofundamento.

3 Definição de conceitos

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Língua segundo Mutsuque (s.d) “… é um sistema formado por regras e valores presentes na
mente dos falantes de uma comunidade linguística e aprendidos graças aos inúmeros actos de
fala com que esles tem contacto”(p.130).
A língua como uma actividade social de acordo com Castilho (2000, citado por Görski e
coelho, 2010) é “um conjunto de usos concretos, historicamente situados, que envolvem sempre
um locutor e um interlocutor, localizados num espaço particular, interagindo a propósito de um
tópico conversacional previamente negociado. É um fenómeno funcionalmente heterogêneo,
representável por meio de regras variáveis socialmente motivadas”. (p.75)
Linguagem segundo Saussure (1970, citado por Sotes Raupp, 2014) “ A cada instante, a
linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante
ela, ela é uma instituição actual e um produto de passado. Parece fácil, à primeira vista distinguir
entre esses sistemas e suas histórias, entre aquilo que ele é e o que foi; na realidade, a relação que
une ambas as coisas é tão íntima que se faz difícil separá-las”. (p.06)
Linguistica-segundo (2008) “… é o estudo científico da língua como um fenômeno natural”.
(p.01)
Variação linguística segundo Aline e Flávia (2020) “é o fenômeno comum às línguas de
apresentar variações em função, região, situação do uso e das particularidades dos falantes”.
(p.01)

4 Princípios da variação linguística

De acordo com Mutsuque (s.d, p.125) há escritores sociolinguísticos que classificam o termo
“lecto” bvcomo, núcleo das variações sociolinguística. Continuando o autor enumero as ditas
variações: “dialectos (variação diatópica), isto é, variações faladas por comunidades
geograficamente definidas…sociolectos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente
definidas…Linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação e da
educação…idiolectos, isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas actividades
ou profissões…etnolectos para um grupo étnico…escoletes, um idiolecto adotado por uma
casa”. (pp.125-126)

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Portanto podemos perceber logo a prior que, a variação apresentada por estes autores tem como
agente dinamizador o tempo, o espaço e o indivíduo, pois esses são os três factores mais
determinantes para a variação linguística em qualquer contexto de ponto de vista e só depois
aspectos como vocabulário, gramática, fonologia, etc. aparecem para completar aquilo que são as
variações linguística. Porque coloca-se o tempo, o espaço e o indivíduo como o epicentro da
variação? Simples! Recuando no tempo por exemplo no caso concreto para os anos 80, podemos
perceber que maior parte de expressões: melhoraram ou deixaram de serem usadas
principalmente as que não têm menção na gramática, a forma de expressão mudou, os modos e
mais aspectos tendem a mudar e se igualmente visitarmos locais diversos em que usem a mesma
língua para se expressarem verbalmente a procura de diferenças ainda que se fale o mesmo
idioma inúmeras situações em que expressões ausentes numa região são usadas para a mesma
língua noutra, expressões ou palavras da mesma língua são usadas de maneiras diferentes e
olhando para as pessoas de diferentes regiões e épocas falando a mesma língua observa-se que
cada indivíduo tem a sua personalidade linguística dependendo de onde encontra-se inserido
(diferenças de sotaque por exemplo), então a conjugação destes aspectos culmina assunto eu com
a referida varição linguística. Assim, em função desta fundamentação pode se afirmar que a
mudança linguística observa-se em diversos níveis existentes e é resultante da combinação de
vários factores de mudança como: os factores internos, que são constituídos pela mudança da
língua, e os factores externos, de natureza sobretudo geográfica e social sendo através da
mudança social que a variação linguística se propaga numa comunidade.
Para enriquecer ainda esta fundamentação podemos recorrer aos dizeres de Costa (s.d) que
afirma: “… as pessoas de uma mesma comunidade linguística podem até pensar que falam
exactamente a mesma língua, mas isso não é verdade”. As diferenças linguísticas podem ser
percebidas em todas línguas do mundo mesmo em pequenas comunidades de fala, nos níveis
fonético, fonológico, morfológico, sintático ou semântico. Por exemplo a palavra «mulher» pode
ser pronunciadas de várias maneiras tais como: “muié”; as palavras “ Maria assistiu ao filme” e “
faz dois anos que parei de fumar” podem ser ditas “ Maria assistiu o filme” e “fazem dois anos
que parei de fumar”. (p.52)
4.1 Tipos de variação

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Segundo Görski e Coelho (2010) “A literatura sociolinguística costuma descrever a variação
segundo os seguintes tipos: variação regional ou geográfica, variação social e variação
estilística”. (p.76)

4.1.1 Variação histórica

Tudo que é história acontece no tempo e no espaço, portanto é facilmente decifrável que a
variação histórica acontece em função de um determinado período ainda que quase todas as
variações levem em consideração o factor tempo, a história é do tempo para o acontecimento
ocorrer. Apoiando esta fundamentação a contribuição de Mutsuque (s.d) que afirma “acontece ao
longo de um determinado período de tempo... o processo de mudança é gradual… duas variantes
convivem… a nova variante torna-se normal na fala… as mudanças podem ser de grafia ou de
significados”. (p.127). Ainda nesta perspectiva, segundo Costa (2010) “podemos exemplificar a
variação temporal co a forma “você” que passou por uma grande transformação ao longo do
tempo… “vossa merece” “hoje” “cê”. (p.53)

4.1.2 Variação geográfica ou regional

Para Görski e Coelho (2010) “a variação tem a ver com as diferenças linguística observáveis
entre falantes oriundos de regiões distintas de um mesmo país ou oriundos de diferentes países.
(p.76). acrescentando na mesma linha de Mutsuque (s.d, p.127) afirma que a variação geográfica
acontece dentro da comunidade acontece dentro da comunidade onde o geral subdivide-se em
pequenos grupos criando assim diferenças gradualmente vão tornando-se notáveis na língua
falada. Já para Costa (s.d. p.57), a variação geográfica pode se considerar físico-geográfico entre
comunidades o que faz com que as pessoas comuniquem-se mais frequentemente com os
distantes desenvolvendo assim uma variedade linguística entre os concetrados em determinado
lugar que nem tanto se estende a longa distância e a medida que o tempo passa essa variedade vai
se consolidando.

4.1.3 Variação social

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Para Costa (s.d) “ sociedades rurais e urbanos são importantes factores socias, bem como sexo,
idade, escolaridade, classe socioeconómica dentre outras… pessoas que vivem nas áreas urbanas
falam variedades diferentes dos falantes do meio rual…” (p.53).
Ainda sobre o mesmo fio de pensamento, Görisk e Coelho (2010) afirma que “essa variação
(também conhecida como variação diastrática) está relacionado a factores concretos à
organizações socioeconômicas e culturais. Entram em jogo factores como a classe social, o sexo,
idade, o grau de escolaridade, a profissão do indivíduo” (p.77)
Mutsuque (s.d, p.127) contribuiu afirmando que a variação social aponta
para o nível socio-económico como determinante, seguido dos demais
f a c t o r e s c o m o g é n e r o , i d a d e e g r a u d e escolaridade. Portanto é certo afirmar que
o nível social tem mais a ver com as formas que certos indivíduos conectados por posses se
comunicam entre eles sendo que em cada classe social e em cada idade, género e nível
académico há uma certa variação.

4.1.4 Variação estilística

Nesta variação observa-se muitos factores influenciadores uma vez que dependendo das relações
socioculturais dos indivíduos (como professor-aluno, amigos, pai-filho, patrão-empregado, entre
outros) é possível derivar em cada situação uma variação linguística que poderia propagar-se
exatamente para aquele grupo alvo. A relação entre os indivíduos envolvidos é determinante para
as formas de tratamento a usar, por exemplo quando estamos perante nosso chefe a linguagem é
cuidada dado a formalidade da relação existente, mas entre os amigos usa-se geralmente uma
linguagem informal (calão) dada a proximidade/intimidade existente entre ambos.

Como explicam Bortoni e Ricardo, (2004, citados por Görisk e Coelho (2010). “A variação
estilística é regulada entre os domínios em que se dão as práticas sociais envolvidos (escola, lar,
trabalho, igreja, clube, etc), pelos papeis sociais envolvidos (professor-filho, pai-filho, patrão-
empregado, etc.)
O grau de variação será maior ou menor dependendo desses factores. Nessa sala de aula, por
exemplo, os professores tendem a usar uma linguagem mais monitorada do que os alunos. Esse

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monitoramento também está associada aos tipos de eventos. Encontraremos menor ou maior
monitoramento entre eventos que são mediados entre a língua escrita e língua oral; entre eventos
de explicação de conteúdo e eventos de motivação; entre eventos da sala de aula e eventos dos
corredores; e assim sucessivamente.

Conclusão

Após uma profunda pesquisa em gramaticais físicos e electrónicos, sobre o tema patente na folha
de rosto deste documento, resta trazer de forma conclusiva todos os pontos que se julguem

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relevantes para a fácil compreensão dos princípios da variação e mudança linguística relação,
assim a pesquisa aqui desencadeada contribui na ampliação da visão pessoal no que concerne à
variação linguística onde tudo acontece em conformidade com diversos factores de natureza
histórica, geográfica e social. Vale lembrar que, a variação iniciou com o uso de linguagem
principalmente a fala e vem conhecendo as mudanças desde então, algo não terá fim se a fala
continuar a ser uma forma que as pessoas usam para se comunicar pelo contrário conhecerá
ainda mais mudanças com o tempo do que permanecer estática. Esse processo de variação ajuda
em muitos casos a melhorar a linguagem gramaticalmente, fonologicamente, foneticamente,
morfologicamente, sintaticamente e semanticamente com a disponibilização de novos acessórios
linguísticos, bem como a mistura de línguas ou empréstimo de expressões entre línguas o que
pode fornecer mais opções para o falante (sinônimos) se comunicar com a palavra que lhe é
simples de usar e consequentemente enriquecer o seu vocabulário.

Referências

 MUTSUQUE, J.A.Z. (s.d) Linguística geral-Universidade Católica de Moçambique-


Centro de Ensino à Distância-CED- Rua Correia de brito N0 613- Ponta-Gêa-
Moçambique-Beira.

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 GÖRSKI, E.M e COELHO, I.L. (2010) variação linguística e ensino de gramática.

 COSTA, V.L.A. (s.d) A importância do conhecimento da varação linguística.

 SOLTES, V. RAUPP, E.S. (2014) A intencionalidade da propaganda publicitária (s.n)

 VIOTTI, E.C. (2008) Introdução aos estudos linguísticos-florianópolis: USP

 ALINE & FLAVIA (2020) Variação Linguística- Breve Introdução (s.n): colégio Pedro ii

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