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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA,

LITERATURA E INTERCULTURALIDADE

MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ACADÊMICOS

Universidade Estadual de Goiás - 2021


Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e
Interculturalidade

Reitor

Valter Gomes Campos

Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Everton Tizo Pedroso

Coordenadora do Câmpus Cora Coralina

Déborah Magalhães de Barros

Coordenadora da Pós-Graduação em Língua,


Literatura e Interculturalidade

Marília Silva Vieira


Edição e organização

Marília Silva Vieira

Revisão ortográfica

Marília Silva Vieira

Elaboração da Parte I

Alexandre Bonafim Felizardo


Émile Cardoso Andrade
José Elias Pinheiro Neto
Luana Alves Luterman
Marília Silva Vieira
Michely Gomes Avelar

Elaboração da Parte II

Eduardo Batista da Silva

Conselho editorial

Alexandre Bonafim Felizardo


Émile Cardoso Andrade
Eduardo Batista da Silva
José Elias Pinheiro Neto
Luana Alves Luterman
Marília Silva Vieira
APRESENTAÇÃO

Este manual está dividido em duas partes. A


primeira delas tem por objetivo orientar a comunidade
acadêmica – candidatos, alunos, professores, servidores
técnico-administrativos – a respeito das principais
dúvidas ligadas às atividades regulares dos Programa de
Pós-Graduação em Língua, Literatura e
Interculturalidade da UEG.
Além disso, também será possível saber um
pouco mais da história do Programa e suas linhas de
pesquisa. Para compreender melhor o propósito do
POSLLI, o(a) leitor(a) será apresentado à proposta de
Interculturalidade, eixo transversal das linhas de pesquisa
e das disciplinas ofertadas. Também são disponibilizadas
informações sobre o corpo docente do Programa1.
A segunda parte deste manual concentra-se nas
normas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Sabe-

1
Na página www.ueg.poslli.br, estão disponibilizadas todas as
informações referentes ao Programa, tais como horário de aula,
formulários, dissertações, dentre outras.
se que, dentre as várias atividades relacionadas à
pesquisa no contexto universitário, encontra-se a
elaboração de trabalhos acadêmicos. Para que sejam
desenvolvidos de maneira uniforme e orientados de
acordo com os mesmos parâmetros, faz-se necessária a
consulta a um material de referência atualizado, gratuito,
abrangente e de qualidade.
No ensino superior, tanto na graduação quanto na
pós-graduação, exige-se do aluno o desenvolvimento de
um trabalho de pesquisa escrito que serve como obtenção
parcial de créditos em disciplinas específicas ou como o
produto de uma disciplina ou de um programa. Existe o
incentivo à iniciação científica e o desejo de tornar o
aluno autônomo na investigação. Além da exigência no
contexto discente, podemos destacar no contexto docente
– no que se refere aos compromissos que o professor
deve cumprir –, a redação de artigos acadêmico-
científicos.
Nesse contexto, o presente manual é fruto de uma
iniciativa da Coordenação do Programa de Pós-
Graduação em Língua, Literatura e Interculturalidade
(POSLLI). Seguindo os mesmos princípios de manuais
disponíveis nos formatos digital e impresso, o presente
manual pretende servir como um guia prático na fase de
desenvolvimento de uma dissertação ou de um artigo
científico. O presente manual pretende atender às
necessidades de alunos e pesquisadores, de forma a ser
uma consulta rápida e com explicações sucintas.
Apesar de não contemplar todas as
especificidades e idiossincrasias da área linguística,
literária e intercultural, houve a preocupação de
apresentar a maior quantidade possível de informações
atinentes à estrutura, às normas e ao desenvolvimento do
texto científico – nas modalidades projeto de pesquisa,
dissertação e artigos científicos.
Assim, além dos alunos do POSLLI, constam
como público-alvo dessa publicação os acadêmicos dos
cursos de graduação e da pós-graduação lato sensu, bem
como professores orientadores dos respectivos cursos. As
informações constantes aqui refletem diretamente as
normas em vigor da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e devem fundamentar o julgamento e
avaliação dos trabalhos acadêmicos apresentados às
comissões julgadoras.
Vale ressaltar que, atualmente, existem 23 normas
em vigor, que versam sobre vários aspectos de
formatação, estrutura, organização de documentos.
Trataremos nesse manual de oito normas, justamente
aquelas com as quais o acadêmico terá mais contato ao
longo de sua pesquisa, a saber:

NBR 10520:2002 Citações em documentos


NBR 14724:2011 Trabalhos acadêmicos
NBR 6027:2012 Sumário
NBR 6024:2012 Numeração progressiva das seções de um documento
NBR 6028:2003 Resumo
NBR 6023:2018 Referências
NBR 6022:2018 Artigos científicos
NBR 5892:1989 Normas para datar

O arquivo-modelo da dissertação do POSLLI


pode ser obtido com os professores responsáveis pela
disciplina Seminários de Pesquisa em Língua e
Seminários de Pesquisa em Literatura.
De forma a melhorar e maximizar a aplicação do
manual, sugestões, dúvidas e críticas podem ser enviadas
para o seguinte e-mail: eduardo.silva@ueg.br.
Os casos omissos, que trazem especificidades das
linhas de pesquisa, poderão ser resolvidos pela
Coordenação do Programa.

Eduardo Batista da Silva


Marília Silva Vieira
SUMÁRIO
PARTE I .................................................................... 11
Histórico .................................................................... 12
Língua e Interculturalidade..................................... 17
Literatura e Interculturalidade ............................... 26
Quadro geral ............................................................. 31
Objetivos .................................................................... 33
Linhas de pesquisa .................................................... 36
Estrutura Curricular ................................................ 40
Corpo Docente .......................................................... 44
Normas de funcionamento do POSLLI .................. 48
PARTE II .................................................................. 54
1 Projeto de pesquisa ................................................ 56
1.1 Partes do trabalho ............................................. 57
1.1.1 Tema e delimitação do tema ...................... 59
1.1.2 Justificativa e relevância do tema .............. 61
1.1.3 Problemas de pesquisa ............................... 63
1.1.4 Hipóteses ................................................... 68
1.1.5 Objetivos.................................................... 69
1.1.6 Fundamentação teórica .............................. 71
1.1.7 Material e método ...................................... 72
1.1.8 Resultados parciais (se houver) ................. 74
1.1.9 Cronograma/Plano de trabalho .................. 74
1.1.10 Considerações finais ................................ 75
1.2 Sugestão de leitura para a elaboração do projeto 75
2 Normas da ABNT .................................................. 79
2.1 CITAÇÕES ....................................................... 80
2.1.1 Citações diretas ..................................... 81
2.1.2 Citações indiretas ....................................... 88
2.1.3 Citações diretas e indiretas ........................ 90
2.2 Apresentação de trabalhos acadêmicos ............ 91
2.2.1 ESTRUTURA............................................ 91
2.2.2 Regras gerais ............................................. 93
2.3 Sumário............................................................. 101
2.4 Numeração progressiva das seções de um
documento .............................................................. 103
2.5 Resumo ............................................................. 105
2.6 Referências ....................................................... 107
2.6.1 Autoria ....................................................... 107
2.6.2 Título ......................................................... 111
2.6.3 Edição ........................................................ 112
2.6.4 Local .......................................................... 113
2.6.5 Editora ....................................................... 114
2.6.6 Data ............................................................ 116
2.6.1.1 Exemplos de referências ..................... 117
2.7 Artigos .............................................................. 120
2.8 Normas para datar ............................................. 122
3. Ficha ....................................................................... 125
11

PARTE I

INFORMAÇÕES SOBRE O PROGRAMA


12

Histórico

A iniciativa de criação do curso de Mestrado


Acadêmico em Língua, Literatura e Interculturalidade –
POSLLI – surgiu, em agosto de 2014, durante o evento
científico do GELCO (Grupo de Estudos da Linguagem
do Centro-Oeste), realizado na cidade de Goiás (GO).
Parte de seus organizadores propôs reunir-se para
elaborar a Apresentação de Propostas de Cursos Novos
(APCN) de um Mestrado Acadêmico na área de Letras e
Linguística na Universidade Estadual de Goiás, de
maneira que viabilizasse a interiorização da pós-
graduação Stricto Sensu, permitindo com isso o
desenvolvimento da pesquisa e do ensino nas regiões
periféricas do estado.
A partir de então, formou-se um grupo de 21
docentes das áreas de Linguística e Literatura, sendo 17
docentes do quadro permanente da UEG, que vinham
pesquisando isoladamente sobre os temas relativos a
estudos de língua e a estudos literários e suas interfaces
com a interculturalidade, e 04 docentes externos –
colaboradores, cujas pesquisas se alinham a essa
13

proposta. Nesse aspecto, o Programa viabiliza, a esses


pesquisadores, a possibilidade de intercâmbios de
informações e o aumento da produção intelectual do
grupo, ampliando assim o espaço de discussão e
implementação de melhorias acadêmico-científicas na
Região Centro-Oeste, especialmente, em Goiás.
Nessa direção, algumas políticas adotadas pela
UEG, nos últimos tempos, foram decisivas também para
o fortalecimento desse mestrado, como a formação
continuada de seu corpo docente; o desenvolvimento de
projetos de pesquisas institucionais e interinstitucionais;
a constituição de grupos de pesquisa validados pelo
CNPq; o programa pró-eventos que financia a
participação de professores e alunos em eventos
nacionais e internacionais; a realização de eventos em
parceiras com outras IES e com o apoio de agências de
fomento (são exemplos: I Encontro Internacional e VII
Nacional do Grupo de Estudos de Linguagem do Centro-
Oeste em parceria com UFG, UFMT, IFMT, UFMS e
UnB, com financiamento da FAPEG; II Encontro
Nacional do GT Teoria do Texto Poético/ANPOLL:
Cartografias da Poesia Moderna e Contemporânea, em
14

parceria com UFG e UNESP com financiamento da


CAPES e da FAPEG; Rodas de Conversas, em parceria
com a UNIMONTES com incentivo da bolsa de fomento
do Ministério da Cultura e da Fundação Biblioteca
Nacional), aos incentivos à produção intelectual e a
editoração de periódicos científicos qualificados.
Outra política estabelecida pela IES tem sido a
criação e o constante oferecimento de pós-graduações
Lato Sensu nos seus diversos campi avançados, a saber:
Linguagens e Educação Escolar; Literatura e Mídias
Contemporâneas; Linguagem, Cultura e Ensino;
Literatura Infantil e Juvenil: práticas de leitura e ensino;
Educação e Linguagens; Educação, Formação Docente e
Linguagem; Letramento, Produção de Sentidos e Escrita;
Cultura, Identidade e Região; Formação Docente
Interdisciplinar: diversidades goianas; e Estudos
Literários.
As experiências dos membros da proposta de
Mestrado na formulação desses cursos de Especialização,
bem como a oferta de disciplinas e orientação em campi
diferentes da sua lotação, resultaram em interação,
fortalecimento e integração desse grupo, sendo também
15

significativas para a aprovação deste mestrado junto à


CAPES.

Com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-


Graduação – PrP, este Mestrado espera contribuir para a
formação docente e de pesquisadores nas áreas de
Língua, Literatura e Interculturalidade, pois confirma o
necessário compromisso da UEG no que se refere à
formação em Scricto Sensu de egressos da graduação e
da Especialização, bem como de outros interessados, tais
como docentes da educação básica e do ensino superior.

Desde a implementação do POSLLI, a


Coordenação foi representada pelos seguintes docentes:

2017 Eleone Ferraz de Assis (coordenador)


Alexandre Bonafim Felizardo/Marília Silva
Vieira (vice-coordenador(a))

2018 Eleone Ferraz de Assis (coordenador)


Marília Silva Vieira (vice-coordenadora)
16

2019 Marília Silva Vieira (coordenadora)


Eduardo Batista da Silva/AlexandreBonafim
Felizardo (vice- coordenador)

2020 Marília Silva Vieira (coordenadora)

Na linha de Estudos Linguísticos, a primeira


dissertação, defendida em 09 de novembro de 2018,
intitulava-se “Tomei a liberdade de fazer este estudo: a
multifuncionalidade do verbo tomar em uma amostra de
fala da Cidade de Goiás” tendo por autor Cleiton Ribeiro
e Oliveira, sob orientação da professora Marília Silva
Vieira.
Na linha de Estudos Literários, a primeira
dissertação, defendida em 13 de março de 2019,
intitulava-se “O direito feminino à dignidade em
Mulheres Coralinas: a busca pela autonomia econômica e
emancipação cidadã”, de autoria de Saulo Nunes do
Santos e orientada pela professora Émile Cardoso
Andrade.
17

Língua e Interculturalidade

A linha de pesquisa Língua e Interculturalidade,


inscrita no POSLLI, destina-se a investigações que aliam
concepções contemporâneas de materialidade linguística
e de complexidade na constituição cultural.
A proposta de estudos linguísticos do POSLLI é
pós-estruturalista, ou seja, compreende a análise das
condições sociais, históricas e culturais que permeiam a
materialidade Linguística e permitem sua existência.
Para compreender o pós-estruturalismo, antes é
necessário conhecer o estruturalismo, cujo ícone básico é
Ferdinand de Saussure, o suíço considerado o pai da
Linguística moderna por propiciar taxonomias a diversos
conceitos dessa ciência. Sua obra de 1916, Curso de
Linguística Geral, marca o estruturalismo.
De acordo com Martelotta (2011, p. 53),
“Saussure propunha que a língua constitui um sistema
linguístico de base social, utilizado como meio de
comunicação pelos membros de uma determinada
comunidade”. Saussure preconiza que a língua é um
fenômeno coletivo, e é produzida socialmente. O signo é
18

arbitrário, ou seja, é imposto sócio-culturalmente, o que


não permitiria aos falantes da língua a modificação
semântico-discursiva devido ao caráter cristalizado dos
sentidos.
Segundo Saussure (2006, p.22-23), “a língua é
distinta da fala, é um objeto que se pode estudar
separadamente. Não falamos mais as línguas mortas, mas
podemos muito bem assimila-lhes o organismo
linguístico”. Essa percepção propõe que a língua não
constitui uma função do falante, pois, para Saussure, a
língua é produto de regras arbitrárias, um sistema
imposto aos seus usuários; já a fala é um ato individual,
que se distingue socialmente porque não se mantém
regular, devido à subjetividade do falante, repleto de
idiossincrasias e com experiências singulares, capazes de
tornar variada a manifestação linguística. Se a fala varia,
a ciência linguística deve analisar apenas a regularidade
propiciada pela homogeneidade, ou seja, pela língua.
(MARTELOTTA, 2011). A Linguística, conforme
Saussure, deve analisar então a língua, porque a fala está
em constante variação.
19

A concepção de arbitrariedade do signo, no


estruturalismo, não vislumbra a possibilidade de
investigação do caráter heteróclito da língua, provocado
pela interação social. A consideração desse caráter
imanente da língua restringe as análises à superfície
interna, desconsiderando as influências sócio-históricas e
culturais na formação dos signos.
A partir do pós-estruturalismo, na França, nos
anos 1960, e, especialmente nos anos 1980, no Brasil,
ocorre a vinculação da língua à sociedade por meio do
contexto histórico, dos enunciados e dos sujeitos.
A língua só existe em função dos enunciados, que
possuem caráter sócio-histórico e cultural, pois todo dizer
se vincula à constituição histórica que faz parte de todo
sujeito inscrito socialmente. A língua fabrica vários
enunciados, pois são produtos discursivos, que variam
conforme a constituição do sujeito, o contexto de uso da
língua, as condições sócio-históricas e culturais. Foucault
(2005, p.09) preconiza que “o enunciado não é, pois, uma
estrutura [...], é uma função de existência que pertence,
exclusivamente, aos signos” [...]. Não existe um
significado cristalizado para os signos, porque, em
20

contato com o enunciado e sua instituição histórica, uma


trama de fatores agencia a possibilidade de um enunciado
e não outro em seu lugar: fatores como lugares sociais
dos interlocutores, proximidade ou formalidade entre os
interlocutores, ambiente de linguagem, circunstância de
uso da língua, objetivos da função enunciativa.
Eis a diferença básica entre signo e enunciado,
para os estudos pós-estruturalistas: o signo não possui um
significado arbitrário; o enunciado transforma os sentidos
dos signos, pois suas relações semânticas, nos contextos
de enunciação, implicam condições específicas de uso,
que envolvem os sujeitos em circunstâncias particulares,
suas relações, os ambientes de linguagem, os
posicionamentos, quem são os sujeitos e seus lugares
sociais ocupados na história, no tempo e no espaço de
uso da língua.
Não se pode efetivar um enunciado sem relação
com outros enunciados. Por isso, Foucault (2005, p. 110)
mostra que “um enunciado tem sempre margens
povoadas de outros enunciados”. Sendo assim, os
enunciados são produzidos a partir de outros, sejam
verbais, com o uso da linguagem escrita ou falada, ou
21

não-verbais, formulados por gestos, sons, toques,


sabores, que adquirem sentidos considerados bons ou
ruins por meio dos discursos que circulam num dado
espaço e tempo. Produzem efeitos de sentido específicos,
ainda que regulados por uma materialidade linguística
específica: ela não permite qualquer leitura, apesar de sua
concretude produzir a opacidade linguística, ou seja,
múltiplos sentidos, dependendo do sujeito que interpreta
um mesmo texto.
O conceito de interculturalidade, presente também
na linha de pesquisa “Língua e Interculturalidade”,
acrescenta esse domínio plural, pós-estruturalista, da
cultura nas investigações linguísticas do POSLLI.
Canclini (2005) preconiza que o efeito
etnocêntrico e global das culturas exclui as diferenças e
padroniza universalmente usos e costumes
populares. Essa agenda excludente apaga culturas
minoritárias e legitima representações elitistas, em
detrimento do direito à cidadania que deveria ser
resguardado a todas as variações identitárias.
Em contraposição ao engessamento e
massificação cultural, Canclini valoriza o hibridismo
22

constitutivo dos sistemas simbólicos que formam os


indivíduos, descartando assim as essencialidades dadas
pelas configurações hegemônicas.
A interculturalidade torna-se importante num
contexto sócio-histórico como o contemporâneo que
pode resistir à uniformidade de comportamentos, à
produção, recepção e circulação restrita de nichos
culturais, ao promover a apologia à diversidade, ao fim
dos preconceitos, em favor da singularidade e da
diferença cultural intrínseca.
O combate à fragmentação, à exploração e à
desigualdade cultural dá-se pelo recrudescimento da
visibilidade e da espetacularização positiva da
diversidade cultural, contra a xenofobia e os guetos
culturais. A interculturalidade constrói paradigmas de
pluralidade cultural, que culmina em direitos semelhantes
e de reconhecimento da alteridade, de modo a integrá-la
ao fomentar o respeito e a relação democrática entre as
diversas comunidades socioculturais.
Para Bhabha (1998), é preciso refutar a concepção
de raça, etnia, classe social, gênero, orientação sexual
adâmico, original, e congregar as diferenças que atuam
23

na agenda identitária contemporânea de todos os sujeitos.


Hall (1999) também concebe que as sociedades modernas
não possuem uma identidade fixa, rígida, estável,
formada por um núcleo, uma essência, pois os contatos
identitários são múltiplos e a própria constituição do
sujeito é tão densa que flutua, por sua característica
sempre à deriva, mutante, inclusive, muitas vezes,
contraditória. Isso requer também o descarte de
preconceitos e da marginalização de certas camadas
sociais, consideradas minoritárias quanto ao
reconhecimento social, pois elas também clivam sujeitos
considerados partícipes de culturas hegemônicas e
propiciam o intercâmbio cultural, rejeitando o princípio
de pureza e originalidade cultural.
A Linha de Pesquisa “Língua e
Interculturalidade” (LP 1), vinculada ao POSLLI,
integra-se aos estudos linguísticos. Inclui Estudos
Descritivos de Língua (Sociolinguística, Variação e
Mudança Linguística; Funcionalismo), Estudos
Discursivos de Língua (Análise e Abordagem de Texto,
Discurso, Gêneros e Ensino); Estudos Aplicados e
Interdisciplinares de Língua (Ensino e Aprendizagem de
24

Línguas e Formação Docente; Estudo de Práticas Sociais


envolvendo Linguagem; Letramentos) e Estudos
Semânticos e Lexicológicos (Lexicologia, Lexicografia e
Estudo de Vocabulário; Semiótica e Iconicidade Verbal).

REFERÊNCIAS

BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte:


UFMG, 1998.
CANCLINI, Néstor García. Diferentes, desiguais e
desconectados: mapas da interculturalidade. Tradução
Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: UFRJ, 2005.
283p.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Trad. de
Luiz Felipe Baeta Neves. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2005.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-
modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
MARTELOTTA, Mario Eduardo. Concepções de
gramática. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo
(Org). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto,
2011.
25

SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. Trad. de


Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 27.
ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
26

Literatura e Interculturalidade

Os estudos interculturais são oriundos das


demandas educacionais vivenciadas por comunidades nas
quais os efeitos da migração e da vivência transcultural
trouxeram novos desafios que a noção globalizante de
multiculturalidade não conseguiu empreender. Se a
multiculturalidade apresentava sempre uma proposição
positiva e pacificadora acerca dos encontros culturais, a
interculturalidade complexifica essa relação, e admite o
jogo de forças existentes entre as diversas práticas
culturais que interagem num mesmo espaço. Nesse liame,
os processos literários acabaram por passar por
experiências semelhantes àquelas vivenciadas pela área
da educação, e desde então, nos fins do século XX, a
produção literária em todo o mundo tomou rumos
diversos a partir desses intensos trânsitos, transformando
seus espaços de experiência e ampliando seus horizontes
de expectativa.
Entendendo-a como um processo de diálogo e
negociação intensa entre experiências culturais diversas,
a interculturalidade é uma tendência teórica que transita
27

entre as pesquisas realizadas no POSLLI. No caso dos


estudos literários, a proposta intercultural tem o intuito de
desenvolver debates sobre objetos artísticos que
textualizam os encontros culturais em suas mais diversas
formas e acepções. Ao assumir que a divergência, a
alteridade e a convivência com o outro são as principais
características da interculturalidade, os estudos de
literatura deste programa de pós-graduação centram seus
interesses nas perspectivas teórico-críticas já consagradas
pela pesquisa especializada, além de trazer como eixo de
debates a discussão intercultural.
A execução metodológica de uma pesquisa que
angaria a literatura e a interculturalidade tal como se
realiza no POSLLI carece de parâmetros teóricos
evidentes na definição de noções básicas, tais como
cultura, literatura e intercultural. Acompanhando as
tendências atuais, os estudos literários que aqui se
desenvolvem utilizam esses conceitos de forma ampla e
aberta. Além de assimilar a ideia de cultura como forma
de sentir, agir e pensar, isto é, como mentalidade
construída historicamente, podemos compreender cultura
como rede de forças histórico-políticas, objetos artísticos
28

e produtos científicos, que alicerçou conhecimento


expresso em formas simbólicas, retóricas e narrativas.
Nesse mesmo percurso conceitual, a literatura é
ainda uma forma de objetivação cultural oriunda de
determinada formação discursiva. Ela se diferencia de
outras formas de conhecimento por seu caráter artístico,
pelo seu viés criativo, subjetivo e estético no
desenvolvimento da invenção de mundos imaginados.
Dessa maneira, textos literários podem ser
compreendidos como interdiscursos os quais textualizam
polifonias que criam uma rede em dois níveis. Em
oposição ao texto técnico-científico, a arte literária
articula diversos discursos, descrevendo múltiplos
aspectos da vida ou do mundo num tempo concomitante.
Além dessa descrição, a instância narrativa se alia ao
primeiro nível de interdiscursividade, formando um
segundo, na medida em que os pontos de vista transitam
entre diversas perspectivas narrativas. Em suma, na dupla
articulação entre aquele que narra e aquilo que é narrado
há uma imensidade de possibilidades estéticas, cuja
potência intercultural faz valer a perspectiva dos estudos
de literatura e interculturalidade propostos pelo POSLLI.
29

A singularidade do POSLLI se revela


principalmente pela sua particularidade geográfica e
lugar cultural que este espaço ocupa. A cidade de Goiás,
patrimônio cultural da humanidade, é onde se localiza o
câmpus sede do POSLLI. Nela, a confluência e as
experiências interculturais atravessam os limites
históricos, geográficos, linguísticos e, por fim, literários.
Goiás é, talvez, a única cidade do mundo reconhecida,
identificada, especializada e visitada por causa de uma
escritora, uma poetisa: Cora Coralina. Tanto por sua
obra, quanto por sua biografia e suas reverberações, a
artista Cora Coralina agrega um sentido especial à cidade
e aos estudos literários que lhe atravessam: seja na
abertura dada pelo valor das escritas femininas, seja pela
intensa relação entre o regionalismo e a universalidade,
seja pela importante contribuição com os temas que se
distanciam das práticas hegemônicas do fazer literário. O
POSLLI, nesse percurso, foi criado a partir dessa
natureza intercultural que sua própria topofilia lhe
garante.
Nesse sentido, pesquisas que aliam a prosa e/ou a
lírica a objetos culturais que oscilam entre o nacional e o
30

transnacional, o individual e o universal, a identidade e a


auteridade são bem-vindas. Outras possiblidades de
investigação residem no entendimento das produções
literárias atuais como objetos de cultura fronteiriça, como
descortinamento de forças culturais antes silenciadas,
como espaços de ambivalências e debates políticos,
estéticos e éticos. As aproximações e distanciamentos
entre tempos e estéticas literárias, os estudos que
envolvem a decolonialidade, o feminino, as traduções, as
adaptações, as transcriações, são propostas de interesse
do programa e que caminham em consonância com as
tendências de pesquisas mais recentes.
31

Quadro geral

1) Estudos descritivos de língua


Sociolinguística Variacionista e Educacional
Estudos sócio-discursivos e cognitivos da gramática

2) Estudos discursivos de língua


Análise e abordagem de texto, gênero, discurso e ensino
Estudos
Linguísticos 3) Estudos aplicados e interdisciplinares de língua
Ensino e aprendizagem de línguas e formação docente
Estudo de práticas sociais envolvendo linguagem
Letramentos

4) Estudos semânticos e lexicológicos


Lexicologia, lexicografia e estudo de vocabulário
Semiótica e iconicidade

1) Literatura: teoria, crítica e história

Espaço literário e topofílico. Memória e espaço no


texto literário. Paisagem e literatura. Ecocrítica. Melancolia e
literatura moderna e contemporânea. Literatura gótica e
literatura sobrenatural. Literatura e suas relações com a
história, com a crítica feminista e com as teorias decolonais.
Literatura e suas relações com as outras artes. O ensino da
literatura e formação do leitor literário. Literatura de língua
portuguesa. Estudos medievais. Mulher e literatura.
Literatura goiana.
32

2) Estudo da prosa
Estudos
Literários Narratologia. Teoria da narrativa, a prosa dos séc. XX e XXI.
Tendências da prosa contemporânea: conto, romance
histórico, mefaficcional, as escritas de si e os hibridismos de
gênero. Narrativa portuguesa e brasileira modernas e pós-
modernas. Literatura comparada: narrativas e imagens.

3) Lírica

Estudo da poesia das línguas neolatinas. Poesia portuguesa e


brasileira moderna e pós-moderna. Lírica e sociedade. Lírica
e cultura. Poesia, corpo e erotismo. O espaço e o tempo na
poesia. Poesia e o diálogo com as outras artes.

4) Literatura, tradução e interculturalidade

Estudos literários anglófonos. Estudos entre ciência e artes.


Literatura, filosofia, antropologia e sociologia. Literatura e
práticas interculturais. Literatura e suas traduções para outras
mídias.
33

Objetivos

GERAL

Formar profissionais para a docência e para a


pesquisa na área de Língua e Literatura, perpassada pela
abordagem interdisciplinar e transdisciplinar da cultura.
Promove a realização de pesquisas que contemplem
fenômenos linguísticos e produções literárias, articulados
à hibridização cultural e a questões identitárias,
considerando a complexidade das sociedades. Abarca
ainda corpus de estudos que suscitem a valorização, a
organização, a conservação e a difusão do inventário
linguístico, literário e cultural de Goiás e da região
Centro-Oeste e suas relações com o contexto nacional e
global.

ESPECÍFICOS

Estudos de Língua e Interculturalidade

Investigar fenômenos das línguas naturais, em


diferentes níveis, e as variáveis dos processos de ensino e
34

aprendizagem de línguas; a intersecção entre elementos


culturais e elementos linguísticos; a articulação entre
cultura e relações interculturais no ensino e
aprendizagem de línguas, pluralismo cultural e
linguístico, sala de aula como espaço cultural e
interacional. Pretende estudar, em perspectivas
interdisciplinar e transdisciplinar, temas linguísticos
relevantes para o âmbito local, regional, nacional e/ou
internacional, sobretudo, para o contexto goiano.

Estudos Literários e Interculturalidade

Contribuir para as análises críticas e as reflexões


teóricas sobre produções literárias. Enfoca a linguagem
literária e o estabelecimento do diálogo interdisciplinar e
transdisciplinar com diferentes áreas do saber, bem como
a interface com outras expressões culturais e artísticas.
Articula literatura com a diversidade cultural e contempla
temas relevantes para o âmbito local, regional, nacional
e/ou internacional, sobretudo, para o contexto goiano.
Aborda as relações entre literatura e cultura em sala de
aula e, ainda, contribui com a formação de professores
35

por tratar dos métodos de pesquisa e de ensino de


literatura nos diversos níveis Fundamental, Médio e
Superior, os quais devem se orientar pela
interculturalidade.
36

Linhas de pesquisa

Estudos linguísticos

Estudos descritivos de língua e Interculturalidade

Sob um viés intercultural, essa linha contempla:


descrição da língua nos planos da expressão e do
conteúdo; variação e mudança linguística; contribuições
da variação e da mudança para o ensino de língua;
diacronia e sincronia da língua, em diferentes níveis de
análise (fonético-fonológico, morfológico, sintático,
semântico, lexical e pragmático); estudos sócio-
discursivos e cognitivos da gramática.

Estudos discursivos de língua e Interculturalidade

Sob um viés intercultural, essa linha contempla:


descrição do funcionamento das práticas de linguagem
em diferentes perspectivas discursivas; discursos
mediados digitalmente. diversidade das interações
verbais. Construção de sentidos em textos e discursos, a
partir de suas condições de produção.
37

Estudos aplicados e interdisciplinares de língua e


interculturalidade

Sob um viés intercultural, essa linha contempla: o ensino


de língua materna e não materna: percurso histórico,
instrumentos institucionais, objetivos e metodologias;
Letramentos: abordagens e desdobramentos linguístico-
pedagógicos; formação docente; língua e práticas sociais.

Estudos semânticos e lexicológicos e


interculturalidade

Sob um viés intercultural, essa linha contempla: estudo


da língua por meio de corpus escritos e orais, literários e
não literários; a estruturação do sentido: palavra, frase,
texto e contexto; constituição formal do vocabulário e
seus registros lexicográficos; geração de sentido no texto,
sob a perspectiva da Semiótica e da Iconicidade verbal.
38

Estudos literários

Literatura: teoria, crítica e história

Sob um viés intercultural, essa linha contempla os


aspectos teóricos, críticos e históricos do texto literário.
São abordadas questões fundamentais para a constituição
do texto literário, tais como o tempo, o espaço, a
memória, a ecocrítica, bem como a literatura gótica, a
modernidade e pós-modernidade do texto literário, as
relações entre texto literário e história, a crítica
feminista, a relação da literatura e demais artes, bem
como a formação do leitor literário, estudos medievais da
literatura e literatura goiana.

Estudo da prosa
Sob uma perspectiva intercultural, tal linha propõe uma
pesquisa sobre questões relacionadas à forma e ao gênero
literário da prosa. Assim, tal proposta de estudo se finca
nos postulados da narratologia, da teoria da narrativa do
séc. XX e XXI, empreendendo uma reflexão sobre o
romance, o conto e demais gêneros híbridos, as escritas
de si, e a relação da prosa literária e demais artes.

Lírica
A partir de uma abordagem intercultural, essa linha
propõe reflexões relacionadas à poesia, numa constante e
permanente reflexão sobre os meandros e especificidades
de tal gênero literário. Dessa maneira, são abordadas,
39

nessa linha de estudo, questões de poética, de lírica,


sociedade e cultura, as interfaces entre poesia, filosofia,
corpo e erotismo, tempo e espaço na lírica e as relações
entre poesia e demais artes.

Literatura, tradução e Interculturalidade

Pelo viés da interculturalidade, são abordadas nessa linha


temas como os estudos literários anglófonos,, as relações
entre ciência e artes, literatura e filosofia, antropologia e
sociologia, literatura e práticas interculturais e suas
traduções para outras mídias
40

Estrutura Curricular

LP1 – Estudos de Língua e Interculturalidade

DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS CRÉDITOS CARGA


HORÁRIA
Seminário de Projeto de pesquisa em língua 04 60
Tópicos em língua e cultura 04 60
DISCIPLINAS OPTATIVAS
Educação linguística e diversidade 04 60
Estudos descritivos de línguas naturais e 04 60
Interculturalidade
Formação de professors(as) de línguas 04 60
Gêneros textuais e ensino 04 60
Tópicos em Análise do Discurso 04 60
Léxico e cultura 04 60
Estudos dos Letramentos 04 60
Estudos do Português Brasileiro 04 60
Tópicos Especiais em Língua e 04 60
Interculturalidade

I – Obrigatoriamente, nos planos de ensino, constarão:


41

Título da disciplina; Ementa; Objetivos (Geral e


Específicos); Conteúdo programático (Teórico/Prático);
Procedimentos metodológicos; Avaliação; Cronograma e
Referências.

II – Para integralização do currículo obrigatoriamente o


acadêmico deverá cursar 6 (seis) disciplinas, desta
maneira distribuídas: 2 (duas) disciplinas obrigatórias e 4
(quatro) disciplinas optativas por ele escolhidas,
preferencialmente, próximas a sua temática dissertativa.
42

LP2 - Estudos Literários e Interculturalidade

CRÉDITOS CARGA
DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS HORÁRIA
Seminário de Projeto de pesquisa em 04 60
literatura
Tópicos em literatura e cultura 04 60
DISCIPLINAS OPTATIVAS
Estudos comparados de literaturas de 04 60
línguas modernas
Teoria da Poesia 04 60
Teoria da Narrativa 04 60
Estudos interculturais entre literatura, 04 60
ciência e arte
Literatura e gênero 04 60
Literatura regionalista e Interculturalidade 04 60
Literatura, ensino e Interculturalidade 04 60
Tendências da literatura contemporânea 04 60
Literatura, corpos e identidades 04 60
Tópicos especiais em literatura e 04 60
Interculturalidade
43

I – Obrigatoriamente, nos planos de ensino, constarão:


Título da disciplina; Ementa; Objetivos (Geral e
Específicos); Conteúdo programático (Teórico/Prático);
Procedimentos metodológicos; Avaliação; Cronograma e
Referências.

II – Para integralização do currículo obrigatoriamente o


acadêmico deverá cursar 6 (seis) disciplinas, desta
maneira distribuídas: 2 (duas) disciplinas obrigatórias e 4
(quatro) disciplinas optativas por ele escolhidas,
preferencialmente, próximas a sua temática dissertativa.
44

Corpo Docente

LP1 – Estudos de Língua e Interculturalidade

Dr. Agameton Ramsés Justino


agametonrj@yahoo.com.br

Dra. Carla Conti de Freitas


carlacontif@gmail.com

Dra. Cristiane Rosa Lopes


crisrosalopes@gmail.com

Dra. Darcília Marindir Pinto Simões


darciliasimoes@gmail.com

Dra. Déborah Magalhães de Barros


deborah_barros@hotmail.com

Dr. Eduardo Batista da Silva


eduardobatistadasilva@gmail.com

Dr. Eleone Ferraz de Assis


leo.seleprot@gmail.com

Dr. Guilherme Figueira Borges


guilherme.borges@ueg.br

Dr. Hélvio Frank de Oliveira


helviofrank@hotmail.com
45

Dra. Kênia Mara de Freitas Siqueira


keniamaraueg@gmail.com

Dra. Luana Alves Luterman


luanaluterman@yahoo.com.br

Dra. Marília Silva Vieira


vieirasmarilia@gmail.com
46

LP2 - Estudos Literários e Interculturalidade

Dr. Adolfo José de Souza Frota


adolfofrotaprof@gmail.com

Dr. Alexandre Bonafim Felizardo


alexandre.felizardo@ueg.br

Dra Émile Cardoso Andrade


emilocaandrade@gmail.com

Dr. Ewerton Ignácio de Freitas


ewerton.ignacio@ueg.br

Dr. José Elias Pinheiro Neto


joseeliaspinheiro@gmail.com

Dra. Márcia Maria de Melo Araujo


marcimelo@gmail.com

Dra. Nismária Alves David


nisdavid@yahoo.com.br

Dr. Paulo Alberto da Silva Sales


paulo.alberto@ifgoiano.edu.br

Dr. Ricardo Junior de Assis Fernandes Gonçalves


ricardo.goncalves@ueg.br

Dr. Samuel Carlos Melo


samuel.melo@ueg.br
47

Dra. Solange Fiuza Cardoso Yokozawa


solfiuza@gmail.com
48

Normas de funcionamento do POSLLI

Seleção

Poderão candidatar-se às vagas portadores de


diploma de nível superior nas áreas de Letras e áreas
afins às linhas de pesquisa do POSLLI. O candidato
deverá demonstrar conhecimento na linha de pesquisa
escolhida e em uma língua estrangeira moderna (Inglês,
Francês, Espanhol e Italiano).

Bolsas de estudo

Os candidatos serão selecionados com base em


critérios que priorizem o mérito acadêmico, a contar da
sua classificação no processo seletivo, conforme normas
e disponibilidade das agências de fomento nacionais ou
internacionais.
O Programa tem uma Comissão de Bolsas,
presidida pelo coordenador e composta por dois
representantes docentes titulares e dois representantes
docentes suplentes, um titular e suplente de cada Linha
de Pesquisa, que deverão estar credenciados como
professores permanentes no Programa e por dois
representantes discentes titulares e dois suplentes, sendo
um acadêmico titular e um suplente de cada Linha de
Pesquisa. São condições para o recebimento e
manutenção de bolsas: dedicação às atividades
acadêmicas do Programa, aferida pela avaliação
semestral dos históricos escolares e relatórios de
49

produção dos bolsistas; dentre outros critérios


estabelecidos em edital.

Duração

O discente tem o prazo de dezoito a vinte e quatro


meses para a integralização dos créditos e a defesa da
dissertação de Mestrado, a contar da data da primeira
matrícula. Em caráter excepcional, é possível uma
prorrogação, a critério do Colegiado, de até seis meses.

Horário de funcionamento

As aulas e demais atividades acadêmicas do


Programa são distribuídas nos turnos matutino e
vespertino, de segunda a sexta-feira.
A Secretaria do POSLLI tem expediente de
segunda a sexta-feira, das 07h30min às 11h30min e das
13h às 17h.

Matrículas e inscrição em disciplinas

A matrícula deverá ser realizada presencialmente


em data estipulada no Edital de seleção. A inscrição em
disciplinas obedece ao calendário divulgado pela
secretaria do Programa e é realizada via sistema pelo
mestrando e aprovada pelo orientador.
O aluno deverá realizar inscrição em disciplinas
em todos os semestres, e, após cursar todos os créditos
em disciplinas deve matricular-se em elaboração de
dissertação. Cancelamento ou substituição de
50

disciplina(s) seguirão conforme prazos estabelecidos no


calendário do semestre.

Trancamento de matrícula

Em caráter excepcional, e na dependência de


requerimento fundamentado, pode ser concedido, a
critério do Coordenador, trancamento de matrícula a
alunos que tenham concluído, no caso do Mestrado, pelos
menos 2 disciplinas, e, no caso do Doutorado, pelo
menos uma, por um período máximo de 6 meses,
intercalados ou não. Durante a vigência do trancamento,
suspende-se a contagem do tempo de duração do curso e,
se for o caso,
suspende-se definitivamente o pagamento da bolsa.

Desligamento do Programa

Constituem casos de desligamento do Programa:


o auno que esgotar o prazo máximo para conclusão do
curso; quando obter 1 (um) conceito D, ou 3 (três)
conceitos C, em disciplinas matriculadas no curso;
omissão de inscrição em disciplina em qualquer semestre
(exceto em caso de trancamento de matrícula)descumprir
os prazos estipulados no Regulamento do Programa.

Requisitos para aprovação nas disciplinas

O aproveitamento em cada disciplina é avaliado


pelo professor responsável em razão do desempenho do
discente em seminários, trabalhos individuais e,
51

obrigatoriamente, um artigo científico apresentado na


conclusão da disciplina. O artigo deverá ser protocolado
na Secretaria do POSLLI em conformidade com as
normas técnicas de editoração de textos preestabelecidas
pelo Programa, ou seja:

I. deve ter um mínimo de 10 (dez) laudas e um máximo


de 15 (quinze) laudas, excluindo capa e contracapa.
II. deve ser formatado de acordo com as normas da
ABNT. III. deve ter resumo, palavras-chave (de 03 a 05),
abstract, keywords, introdução, aporte teórico,
metodologia, análise de dados, considerações finais e
referências.
IV. deve ser protocolado na secretaria do programa em 2
(duas vias) impressas e encadernadas em espiral e uma
via digital em CD Rom (com o arquivo em PDF e Doc.)
até 60 dias após a conclusão da disciplina.

O aluno regular obterá os créditos da disciplina ao


atingir conceito igual ou superior a C e, pelo menos, 75
(setenta e cinco) por cento das aulas programadas da
disciplina (que serão presenciais) e o cumprimento das
atividades a distância estipuladas pelos professores das
disciplinas.

Trabalhos individuais de fim de semestre

Os alunos deverão apresentar à Secretaria do


Programa, conforme calendário previamente divulgado, o
relatório semestral de atividades.
52

Orientação

A periodicidade e o modo como ocorrerão os


encontros para orientação são definidos entre o
orientador e o mestrando.

Estágio docente

O estágio docente é obrigatório para todos os


alunos, sendo necessário cumprir uma carga horária de
30h, preferencialmente no Câmpus Cora Coralina ou em
turmas do próprio professor orientador. Alunos bolsistas
deverão cumprir 40h.
O aluno somente estará habilitado a desenvolver
as atividades de docência assistida após o primeiro
semestre do curso. O pós-graduando deverá apresentar à
Secretaria o Plano de Trabalho com a aprovação: a) de
seu orientador; e b) do professor responsável pela
atividade de ensino de Graduação.
Após o término do Estágio Docente, o aluno
deverá apresentar, em no máximo 30 dias, um relatório
sucinto de suas atividades, com a avaliação do orientador
e do professor supervisor para homologação pela
Coordenação do Programa. O não cumprimento do prazo
acarretará reprovação.
O aluno que comprovar experiência docente no
Ensino Superior por, pelo menos 60 (sessenta) horas,
realizadas durante os três primeiros semestres de
realização do mestrado, poderá ser dispensado do Estágio
Docente.
53

Os alunos bolsistas não poderão solicitar dispensa


do Estágio Docente e deverão obrigatoriamente realizá-lo
durante um semestre letivo, cumprindo de 04 a 08 horas
semanais2.

2
Para mais detalhes, ver Resolução de Estágio Docente, disponível
em: http://www.poslli.ueg.br/conteudo/11041_legislacao
54

PARTE II

NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE


TRABALHOS ACADÊMICOS
55

1
PROJETO DE
PESQUISA
Nesta seção, serão
apresentadas as
normas
relacionadas ao
projeto de pesquisa.
56

1 Projeto de
pesquisa
O projeto de pesquisa pode ser entendido como
um protocolo de intenções. Em outras palavras, trata-se
de um trabalho com o qual o acadêmico apresenta um
conjunto de elementos a partir do quais desenvolverá o
Trabalho de Curso, dissertação ou o artigo científico.
Constituindo uma etapa fundamental do percurso
investigativo, o projeto de pesquisa destaca-se por três
motivos principais: 1) concretiza as ideias – até então,
esparsas – em uma estrutura lógica e organizada; 2)
auxilia no encaminhamento da pesquisa, deixando claro
os pontos que necessitam de reforço e 3) serve de base
para a pesquisa a ser desenvolvida.
Nos próximos itens, podem ser visualizados os
elementos essenciais de um projeto de pesquisa.
57

1.1 Partes do trabalho

As seções abaixo podem receber mais ou menos


atenção do pesquisador, em função das necessidades da
pesquisa. Portanto, a sequência abaixo não pretende ser
definitiva, mas, sim, reveladora de possíveis
encaminhamentos para um projeto de pesquisa ou, ainda,
para a estruturação de um artigo acadêmico-científico.

Tema e delimitação do tema


Justificativa e relevância do tema
Problemas de pesquisa
Objetivos gerais e específicos
Hipóteses
Fundamentação teórica
Material e método3
Resultados parciais (se houver)
Cronograma/Plano de trabalho
Considerações finais4
Referências

A seção de Introdução costuma abarcar várias


outras seções (Tema e delimitação do tema; Justificativa
e relevância do tema; Problemas de pesquisa; Objetivos

3
Seção também conhecida como Metodologia.
4
Especialmente para artigos acadêmico-científicos.
58

gerais e específicos; Hipóteses; Fundamentação teórica,


de forma bem resumida e Material e método, de forma
bem resumida). Ainda na seção de Introdução, muitos
pesquisadores inserem duas outras informações: os
motivos pessoais que o levaram a pesquisar e a quem se
destina o trabalho.

 Vale salientar que as informações de


cada um dos elementos podem ser
organizadas na forma de tópicos ou,
ainda, na forma de texto corrido. A
escolha entre uma alternativa e outra
depende do professor que ministra a
disciplina (na fase do projeto) e do
professor orientador (na fase de redação
do Trabalho de Curso, dissertação ou
artigo).

Na sequência, exploramos as seções apresentadas


no item 1.1.
59

1.1.1 Tema e delimitação do tema

Uma das primeiras atividades da pesquisa


consiste na escolha de um tema. O tema pode ser
entendido como o assunto ou a área a ser explorada –
servindo como uma rota a partir da qual a pesquisa será
direcionada. Um acadêmico pode ser interessar por
estudar o ensino de língua portuguesa, que pode ser um
tema de pesquisa, da mesma forma que discursos
opressores na fala de personagens literários ou, ainda,
termos culturalmente marcados em um livro didático de
língua inglesa.
Tal direcionamento depende ainda de uma outra
tomada de decisão: a delimitação do tema, ou seja, um
recorte do tema. Tal delimitação tornará possível o
estudo do objeto de pesquisa.
A título de exemplificação, segue uma
possibilidade de delimitação de uma pesquisa cujo tema
hipotético seja “ensino de vocabulário” – que é bastante
abrangente –, é possível realizar uma delimitação e
chegar, por exemplo, em unidades menores (não menos
importantes) como “phrasal verbs” e “expressões
60

idiomáticas”, para citar apenas duas possibilidades. A


delimitação deve chegar em um nível de especificidade
que não seja mais possível ou prático realizar mais
recortes.
Não existe uma regra para delimitar um tema.
Portanto, a delimitação é realizada a partir do
conhecimento e familiaridade do acadêmico e/ou
orientador com o tema.
Em um mesmo grupo de pesquisa, três alunos
poderiam estudar “lexicultura”, por exemplo,
desenvolvendo trabalhos totalmente diferentes.
Conforme visto, quanto mais delimitado o tema,
mais específica torna-se a pesquisa.

tema

delimitação do tema
61

Não confundir o tema com o título do trabalho. O


título costuma ser o último elemento a ser definido.


A delimitação do tema não pode ser
mais abrangente que o tema!

Quanto mais detalhada a delimitação,


maior a possibilidade de o objeto de
análise ser viável para o estudo.

1.1.2 Justificativa e relevância do tema

Grosso modo, nessa seção, são apresentados os


motivos que justificam a leitura, o mérito, a validade ou,
ainda, o desenvolvimento da pesquisa. O texto vai servir
para convencer o leitor no que se refere à importância de
se ler o projeto, dissertação ou artigo em questão.
Trata-se de um momento no qual o autor exibirá
os motivos que tornam sua pesquisa relevante na área de
pesquisa, seja porque apresenta perspectivas teóricas
novas, intercâmbio com outras áreas do conhecimento,
62

procedimento(s) metodológico(s) com base


computacional, práticas de ensino, etc.
O texto da seção de justificativa e relevância do
tema pode ser estruturado a partir de uma série de tópicos
(baseados em um substantivo, por exemplo):

necessidade de mais discussão acerca do assunto...


ausência de um levantamento específico...

Alternativamente, a critério do autor, pode ser


organizada no formato de texto corrido:

Frente à necessidade de mais discussão acerca do


assunto... Além disso, a ausência de um levantamento
específico...

 ATENÇÃO
Nessa seção, o autor do projeto tem a
oportunidade de “vender seu peixe” e
convencer o leitor/avaliador de que existem
motivos relevantes para acreditar que o
trabalho merece atenção!
63

 PENSE NISSO
Por que foi necessária a realização da pesquisa
(justificativa)?

O que já é feito sobre o assunto no Brasil? E em outros


países?

O que torna o trabalho relevante (do ponto de vista


teórico, metodológico ou empírico)?

1.1.3 Problemas de pesquisa

O problema de pesquisa (ou pergunta de


pesquisa) possui a função de demonstrar os
questionamentos para os quais o pesquisador procurará
encontrar respostas ao longo do trabalho.
A despeito da ideia inicial de que o problema de
pesquisa contempla aspectos negativos para o
pesquisador, ressaltamos que esse problema configura-se
tão somente como um questionamento.
64

Para auxiliar no delineamento dos problemas, Gil


(2017) destaca as características necessárias e menciona
também modelos a serem evitados. Sob essa perspectiva,
seguem dois tipos de problemas não científicos:

Problema “de engenharia”


(1) Como o professor ministra a aula de língua
portuguesa?
(2) De que maneira a universidade produz conhecimento?

Os problemas “de engenharia” não permitem uma


resposta baseada no empirismo. Recomendamos que
sejam evitados.

Problema valorativo
(3) O método de ensino X é melhor que o método Y?
(4) Os estudantes devem ser avaliados bimestralmente?

Os problemas valorativos (3 e 4) aceitam


respostas distintas e variadas em função das crenças do
leitor. Para o mesmo problema, um indivíduo pode
65

responder que o método X é superior ao método Y e


justificar tal opinião dizendo que o método X, sendo
tradicional, é o melhor. Por outro lado, um segundo
indivíduo tem a possibilidade de dizer que o método Y é
melhor, pelo fato de ser moderno.
Pelos motivos expostos, que não permitem uma
resposta baseada no empirismo, recomendamos que os
problemas valorativos sejam evitados.
O problema científico será justamente aquele que
não se assemelha aos dois outros tipos de problemas
apresentados há pouco (“de engenharia” e valorativo).

Problema científico 
Problema “de engenharia” 
Problema valorativo 

Com relação aos problemas científicos,


apresentamos algumas possibilidades: causas,
consequências, fatores/características e/ou relações entre
variáveis.
A seguir, alguns exemplos de problemas de
pesquisa considerados científicos:
66

Causa problema

Quais as causas...?

O que provoca...?

Problema consequência

Qual o efeito…?

Em que medida a variável X impacta a variável Y?


problema

Que elementos…?
67

Quantos fatores contribuem para o aparecimento de…?



problema

variável 1 variável 2

variável 1 variável 2

variável 1 variável 2

A prática de produção textual por meio de tecnologias de


informação e comunicação (variável 1) influencia o uso
de operadores coesivos por parte dos aprendizes (variável
2)?

As horas de exposição à língua inglesa oral (variável 1)


aumenta a habilidade de fala (variável 2)?

A presença de desvios ortográficos (variável 1) diminui


após a leitura intensiva de textos de não ficção (variável
2)?

Assim sendo, a quantidade de problemas


apresentados vai depender do tema abordado, do
conhecimento sobre o assunto, do material disponível
para consulta, etc.


Não existe regra que determine o
número exato de problemas em um
projeto.
68

1.1.4 Hipóteses

As hipóteses são as respostas preliminares para os


problemas de pesquisa. Elas têm o intuito de iniciar uma
discussão inicial, que pode (ou não) se confirmar no final
da pesquisa. Portanto, cada problema de pesquisa
motivará, pelo menos, uma hipótese correspondente.

Problema:
Qual a consequência da presença de diálogos complexos
na fala do protagonista da obra X?

Hipótese:
Se a narrativa da obra literária apresenta diálogos
complexos, então o protagonista será considerado mais
astuto.

Obviamente, as hipóteses delineadas pelo


pesquisador serão baseadas em um misto de sua
observação como discente, experiência como docente,
leituras prévias, discussões, etc. A extensão do texto da
hipótese pode variar de algumas linhas a alguns
parágrafos.
69

Não é demérito o fato de haver uma ou mais


hipóteses sem confirmação ao final da pesquisa. Pelo
contrário, a diferença entre as crenças iniciais e os
resultados obtidos podem suscitar outras discussões.


Não existe regra que determine o
número exato de hipóteses em um
projeto. No entanto, é possível que haja
mais hipóteses que problemas, uma vez
que um mesmo problema pode implicar
mais de uma hipótese.

1.1.5 Objetivos

De maneira a guiar a pesquisa e apresentar os


encaminhamentos que serão tomados, geralmente, as
pesquisas trazem objetivo(s) geral(is) e, em alguns casos,
objetivos específicos. Trata-se de uma parte importante
do projeto porque vai direcionar a atenção do leitor para
as ações que serão desenvolvidas.
É fundamental que o pesquisador tenha
consciência acerca da viabilidade dos objetivos traçados.
Faz-se importante que haja recursos disponíveis, como
por exemplo, recursos materiais suficientes, recursos
70

financeiros, colaboração com outros pesquisadores e de


participantes na pesquisa.
Todos os objetivos específicos estão subordinados
ao(s) objetivo(s) geral(is), uma vez que são verbos que
especificam os verbos dos objetivos gerais.
Alguns verbos comumente utilizados para indicar
os objetivos da pesquisa:

adquirir criticar executar pontuar


analisar deduzir explicar problematizar
aplicar definir extrair procurar
apontar demonstrar falar produzir
apreciar descrever generalizar provar
apresentar desempenhar identificar questionar
argumentar desenvolver indicar realizar
articular determinar inferir reconhecer
assumir diferenciar interiorizar reescrever
avaliar discriminar interpretar refletir
calcular discutir investigar registrar
caracterizar dominar justificar relatar
comparar efetuar listar reproduzir
compartilhar elaborar manipular responder
compreender elencar medir revisar
comprovar empregar narrar simplificar
concluir encontrar observar traçar
conhecer escolher organizar traduzir
contribuir estabelecer pesquisar usar
converter estimar planejar utilizar
71


Não existe regra que determine o
número exato de objetivos gerais e/ou
específicos em um projeto.

1.1.6 Fundamentação teórica

Uma vez que existem diversas maneiras de se


enxergar o mesmo fenômeno, a fundamentação teórica
mostrará ao leitor a orientação que o projeto tomará, em
função dos autores que embasarão o trabalho.
A apresentação dos autores/obras sobre os quais
a pesquisa será apoiada serve para guiar os leitores
dentro da perspectiva teórica adotada. Nesse sentido, faz-
se necessária a explicação dos conceitos-chave da área,
comparação entre abordagens, apreciação das
abordagens e um posicionamento teórico.


Não existe regra que determine o
número exato de autores ou obras na
fundamentação teórica em um projeto.
72

Nessa seção, o leitor entenderá as concepções do


pesquisador e terá contato com a visão do pesquisador
acerca das discussões da área, levando em conta o objeto
de análise.

 PENSE NISSO
Quais autores servirão para embasar a argumentação?

O objeto de estudo foi discutido com base nas obras


de referência dos autores?

As citações (diretas e indiretas) aparecem em ordem


lógica, de acordo com a argumentação do texto?

1.1.7 Material e método

Como sugerido pelo próprio título, essa seção


descreve os materiais utilizados (softwares, documentos
educacionais e instrumentos de coleta de dados, tais
como questionários, testes, entrevistas, etc) e os
procedimentos metodológicos adotados, ou seja, o passo
a passo que será seguido na pesquisa.
73

Frente ao exposto, é possível dividir essa seção


de metodologia em duas partes: uma descrevendo os
recursos utilizados e outra explicitando o passo a passo
da parte prática da pesquisa. Vale ressaltar que a seção
de metodologia costuma ser imprescindível em pesquisas
quantitativas.
De modo a permitir que outros pesquisadores
repliquem a pesquisa, é importante descrever os
procedimentos adotados no projeto em ordem lógica e
com detalhes, indicando o local onde foi realizada a
pesquisa e por quanto tempo; quantas pessoas
participaram da pesquisa?; qual a amostra utilizada no
estudo?; quais foram os critérios de inclusão e/ou
exclusão adotados, etc.

 PENSE NISSO
Qual foi a natureza do estudo (exploratória,
descritiva ou explicativa)?

Qual o delineamento da pesquisa (experimental,


levantamento, estudo de caso, pesquisa
bibliográfica, etc)?

Foram apresentados os detalhes de como foi


realizada a análisetatística?
74

1.1.8 Resultados parciais (se houver)

Quando o projeto de pesquisa já dispuser de


resultados, ainda que parciais, faz sentido destacá-los.
No caso de observações já realizadas, é possível recorrer
ao material coletado para incluir no projeto.
No caso de artigos acadêmico-científicos, a
apresentação dos resultados deve dialogar com a
argumentação da fundamentação teórica, confirmando,
reforçando ou questionando as discussões.

1.1.9 Cronograma/Plano de trabalho

Não existe um modelo padrão a ser seguido. No


cronograma, devem constar os seguintes elementos: as
atividades que serão desenvolvidas, o período da
pesquisa (dividido em meses, bimestres, trimestres ou
quadrimestres) e quando cada etapa será realizada.
75

1.1.10 Considerações finais

Nesta seção, serão discutidos os principais pontos


do trabalho.

 PENSE NISSO
Foram enfatizados os principais resultados
encontrados?

Foram discutidas as limitações do estudo?

Quais as respostas para os problemas de pesquisa?

Quais são as perguntas não respondidas e as


pesquisas futuras?

Qual o significado do estudo? Possíveis


implicações?

1.2 Sugestão de leitura para a elaboração do projeto

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho


científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.

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and evaluating quantitative and qualitative research. 4th. ed.
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______. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e


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FRAENKEL, J. R.; WALLEN, N. E.; HYUN, H. H. How to design


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RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 43. ed.


Petrópolis: Vozes, 2015.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev.


atual. São Paulo: Cortez, 2014.
78

2
NORMAS DA
ABNT
Nesta seção, serão
apresentadas
algumas normas para
a elaboração da
dissertação ou do
artigo científico.
79

2 Normas da
ABNT
Apresentaremos algumas normas da ABNT que
são indispensáveis na consecução de trabalhos
acadêmicos, tendo influência tanto na redação quanto na
formatação. Após a consulta às normas em vigor,
optamos por trazer alguns comentários e exemplos de
uso de citações, apresentação de trabalhos acadêmicos,
sumário,
numeração progressiva das seções de um documento,
resumo, referências, artigos científicos e registro de
datas e horas.
80

2.1 CITAÇÕES
(NBR 10520:2002)

Apresentamos nesta seção, algumas


características exigíveis para a apresentação de citações
em documentos. Vale salientar que todos os exemplos
utilizados são fictícios.
A citação é uma “menção de uma informação
extraída de outra fonte”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 1). Dentre seus
diversos empregos, a citação é um recurso importante
para ilustrar uma ideia, apresentar um ponto de partida
para a argumentação, ou até mesmo, trazer um
contraponto no texto.
De acordo com a NBR 10520:2002, existem três
tipos de citação:

citação direta: transcrição textual de parte da obra do


autor consultado;

citação indireta: texto baseado na obra do autor


consultado;
81

citação de citação: citação direta ou indireta de um texto


em que não se teve acesso ao original.

A utilização da citação implica o conhecimento


de regras específicas de uso no que se refere à
apresentação do texto citado e à identificação do autor,
ano da obra e da página da qual o excerto foi retirado.
No caso das citações diretas, é necessário indicar
sua autoria, bem como o ano em que a obra que abriga a
citação foi publicada e o número da página.
Nas citações indiretas, são obrigatórios a autoria
e o ano (sendo opcional a indicação do número de
página).
A citação de citação segue os mesmos princípios
das citações diretas e indiretas.

2.1.1 Citações diretas

As citações diretas, no texto, de até três linhas,


devem estar contidas entre aspas duplas.
82

Exemplo 1

Nos estudos linguísticos, “o estruturalismo ainda


fornece subsídios teóricos para diversas linhas de
pesquisa”, tendo impacto nos procedimentos
metodológicos (TORRES, 2019, p. 545).

 Importante observar que o


ponto final é inserido apenas
no final do período.

Exemplo 2

Pode-se inferir, então, que as licenciaturas,


segundo Borba (2018, p. 100-101), “promovem a
formação de professores no nível superior de ensino”.

 Nome do autor fora dos


parênteses deve ser digitado
em caixa baixa, apenas com a
letra inicial maiúscula.

As aspas simples são utilizadas para indicar


citação no interior da citação:
83

Exemplo 3

Se por um lado, “os cursos de formação de


professores discutem ‘teorias de ensino’ voltadas para a
prática docente” (OLIVEIRA, 2010, p. 71), por outro,
esses mesmos cursos abordam questões relacionadas à
práxis, a partir de uma perspectiva contemporânea.

As aspas simples são empregadas para destacar a


ideia do autor da citação, que já se encontrava destacada
entre aspas no texto de onde a citação foi retirada.
As citações longas (citações diretas com mais de
três linhas) seguem uma formatação especial, a saber:
são destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda
do texto, espaço simples, com letra menor que a do texto
utilizado e sem as aspas. Nos trabalhos acadêmicos do
POSLLI, as citações longas receberão fonte 10.

Exemplo 4

De forma geral, percebe-se grande


entusiasmo no que se refere à
memorização, emprego e discussão das
normas da ABNT destinadas à produção
de trabalhos produzidos na universidade
84

– não apenas no nível da graduação,


mas, também, nas pós-graduações. Os
alunos percebem que a normalização
apresenta-se como um procedimento
sine qua non. (SILVA, 2018, p. 12).

As interferências diretas de terceiros na citação


precisam ser devidamente identificadas para que não
haja qualquer possibilidade de julgamentos errôneos.
Nesse sentido, as supressões, interpolações, comentários,
ênfase ou destaques, são registrados da seguinte maneira:

a) supressões: [...]
b) interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
c) ênfase ou destaque: negrito ou itálico.

Exemplo 5

“Os estudantes [...] apreciam as normas referentes à


citação em documentos” (SILVA, 2016, p. 1234).

Exemplo 6

“Os estudantes de Literatura [e também os de


Linguística] apreciam as normas referentes à citação em
documentos” (SILVA, 2016, p. 1234).
85

 ATENÇÃO
Nos casos indicados acima, o uso de
parênteses em substituição aos colchetes
desrespeita a norma!
Para enfatizar trechos da citação, deve-se
destacá-los indicando a alteração com a expressão “grifo
nosso” dentro dos parênteses, após a chamada da citação,
ou “grifo do autor”, caso o destaque já faça parte da obra
consultada.

Exemplo 7

“Os estudantes de Letras apreciam as normas


referentes à citação em documentos” (SILVA, 2016, p.
1234, grifo nosso).

Exemplo 8

“Os estudantes de Letras rechaçam citação em


documentos” (PAIVA, 2019, p. 38, grifo do autor).
86

Quando a citação incluir texto traduzido pelo


autor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a
expressão “tradução nossa”, dentro dos parênteses.

Exemplo 9

“A pesquisa-ação revela dados importantes para a


tomada de consciência e para a mudança de atitudes”
(SMITH, 2016, p. 1234, tradução nossa).

As citações de diversos documentos de um


mesmo autor, publicados num mesmo ano, são
distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em
ordem alfabética, após a data e sem espacejamento.

Exemplo 10

Houve tentativas de popularizar a variante não padrão da


língua portuguesa (TERRA, 2015a, 2015b).
87

Exemplo 11

As contribuições para a área da Linguística Aplicada da


referida autora vêm enriquecendo nosso conhecimento
acerca da dinâmica da sala de aula de língua estrangeira
(VIEIRA, 2000c, 2007, 2014a).

 ATENÇÃO
A utilização da letra depende do número de
obras utilizadas do mesmo autor no trabalho.
Assim, em um trabalho, pode-se ver a
indicação (DUARTE, 2014b) e, em outro,
pode-se ver o mesmo trabalho com outra
indicação (DUARTE, 2014d).

A expressão apud – citado por, conforme,


segundo – pode, também, ser usada no texto.

Exemplo 12

“Os estudantes de Letras apreciam as normas referentes


à citação em documentos” (SILVA, 2018, p. 65 apud
VIANA, 2017, p. 39).
88

 ATENÇÃO
O apud pode ser usado até mesmo para obras publicadas
no ano passado. O que determina a utilização do apud é
única e exclusivamente o não acesso à obra original.
Dessa forma, não faz sentido pensar que o apud deve ser
empregado apenas para citar obras com mais de 5, 10 ou
30 anos.

2.1.2 Citações indiretas

Nas citações indiretas, a indicação da página


consultada é opcional. Não se usam as aspas.

Exemplo 13

Tal discussão abarca também as ideias de Sampaio


(2015), dentro das quais as situações didáticas recebem
atenção especial.

As citações indiretas de diversos documentos da


mesma autoria, publicados em anos diferentes e
mencionados simultaneamente, têm as suas datas
separadas por vírgula.
89

Exemplo 14

As aplicações das referidas normas – bem como


suas bases teóricas – não constituem mais novidade na
área (CRUZ, 1998, 1999, 2000).

No exemplo 14, o mesmo autor publicou


individualmente em três anos diferentes.

Exemplo 15

As aplicações das referidas normas – bem como


suas bases teóricas – não constituem mais novidade na
área (CRUZ; SÁ; MATOS, 1998, 1999, 2000).

No exemplo 15, três autores publicaram


conjuntamente em três anos diferentes.

Exemplo 16

As aplicações das referidas normas – bem como


suas bases teóricas – não constituem mais novidade na
área (CRUZ, 1998; SÁ, 1999; MATOS, 2000).
90

No exemplo 16, três autores independentemente


publicaram em três anos diferentes.

2.1.3 Citações diretas e indiretas

O texto acadêmico abriga, em vários momentos,


citações diretas e indiretas.

Exemplo 17

Nesse sentido, pode-se dizer que as propostas


relacionadas à aprendizagem de língua inglesa podem ser
adaptadas para a realidade brasileira (BROWN, 2015;
CARTER, 2016). No entanto, “existe a necessidade de
mais estudos que tratem do papel dos professores e sua
relação com o livro didático” (ABREU, 2017, p. 100).

 ATENÇÃO
Normalmente, o trabalho acadêmico é
constituído por citações diretas e indiretas.
Não existe uma regra que exija a utilização de
apenas uma modalidade!
91

2.2 Apresentação de trabalhos acadêmicos


(NBR 14724: 2011)

Esta norma especifica os princípios gerais para a


elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e
outros), visando sua apresentação à instituição (banca,
comissão examinadora de professores, especialistas
designados e/ou outros) e aplica-se, no que couber, aos
trabalhos acadêmicos e similares, intra e extraclasse.

2.2.1 ESTRUTURA

PARTE EXTERNA
Capa
Lombada

PARTE INTERNA
Elementos pré-textuais
Folha de rosto (elemento obrigatório)
Ficha catalográfica (elemento obrigatório)5
Errata (elemento opcional).
Folha de aprovação (elemento obrigatório).
Dedicatória (elemento opcional).
Agradecimentos (elemento opcional)
Epígrafe (elemento opcional)

5
Para mais informações, ver capítulo 4.
92

Resumo na língua vernácula (elemento obrigatório)


Resumo em língua estrangeira (elemento
obrigatório)
Lista de ilustrações (elemento opcional)
Lista de tabelas (elemento opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (elemento opcional)
Lista de símbolos (elemento opcional)
Sumário (elemento obrigatório)

Elementos textuais
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão

Elementos pós-textuais
Referências (elemento obrigatório)
Glossário (elemento opcional)
Apêndice (elemento opcional)
Anexo (elemento opcional)
Índice (elemento opcional)

Todo o texto dos elementos pré-textuais, textuais e


pós-textuais deve ser escrito com a fonte Times New Roman
12, inclusive a capa.
Ressaltamos que as citações com mais de três linhas,
notas de rodapé, paginação, dados internacionais de
catalogação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas
devem receber fonte de tamanho menor e uniforme, que para
os trabalhos acadêmicos do POSLLI, deve ser a fonte 10.
93

2.2.2 Regras gerais

Os textos devem ser digitados ou datilografados em


cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as
ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, no
formato A4 (21 cm × 29,7 cm);
Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso
da folha, com exceção dos dados internacionais de
catalogação na publicação que devem vir no verso da folha de
rosto.
As margens devem ser: para o anverso, esquerda e
superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso,
direita e superior de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm;
94

Todo texto deve ser digitado com espaçamento 1,5


entre as linhas, excetuando-se as citações de mais de três
linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e
das tabelas, natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da
instituição a que é submetido e área de concentração), que
devem ser digitados ou datilografados em espaço simples.

As referências, ao final do trabalho, devem ser


separadas entre si por um espaço simples em branco e
alinhadas à esquerda.
95

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma


seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por
um espaço de caractere.

Os títulos, sem indicativo numérico – errata,


agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e
96

siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências,


glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) – devem ser
centralizados.
Portanto, de acordo com a norma de apresentação de
trabalhos acadêmicos, uma vez que não constam elencadas no
parágrafo anterior, as seções de introdução e de considerações
finais devem ser numeradas.

A folha de aprovação, a dedicatória e a(s) epígrafe(s)


são elementos que não recebem título nem indicativo
numérico.
97

O texto da dedicatória pode ser inserido em qualquer


parte da página. Não existe norma que especifique a
formatação do texto.
Com relação às ilustrações, na dissertação, qualquer
que seja o tipo, sua identificação aparece na parte superior,
precedida da palavra designativa (desenho, esquema,
fluxograma, fotografia, gráfico, mapa, organograma, planta,
quadro, retrato, figura, imagem, entre outros), seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
98

arábicos, travessão e do respectivo título. A ilustração deve


ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do
trecho a que se refere.

Exemplo
Figura 1 – Logomarca da UEG/Câmpus Cora Coralina

Fonte: Universidade Estadual de Goiás (2016)

Inseridos pela norma na categoria de ilustrações,


as tabelas e os quadros merecem atenção especial devido
ao fato de necessitarem de uma formatação específica.
Destacamos a definição de tabela: “forma não
discursiva de apresentar informações das quais o dado
numérico se destaca como informação central”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011, p. 4).
A referida norma, que trata da apresentação de
trabalhos acadêmicos, atesta que as tabelas devem ser
citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do
trecho a que se referem e padronizadas conforme o
99

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


tomando-se como referência a publicação “Normas de
apresentação tabular”, publicada em 1993, ainda em
vigência.
Levando em consideração as instruções contidas
nas “Normas de apresentação tabular”, os trabalhos
realizados no POSLLI adotarão a seguinte apresentação
para as tabelas.
Exemplo

Tabela 1 – Notas e faltas dos acadêmicos

Acadêmico Nota Faltas Idade


Arlinda 9,8 2 21
Claudionor 9,1 3 23
Epaminondas 7,3 4 22
Vandicleide 9,5 12 22
Fonte: Dados da presente pesquisa.

A moldura de uma tabela não deve ter traços


verticais que a delimitem à esquerda e à direita (IBGE,
1993, p. 15) e não deve haver linhas entre as
informações da tabela.
Não fica clara pelas explicações da norma qual a
formatação pertinente para os quadros. No POSLLI, a
100

formatação dos quadros (com informações de texto, não


numéricas) deverá obedecer a mesma formatação da
tabela.
Exemplo
Quadro 1 – Docentes e respectivas linhas de pesquisa

Docente Linha de pesquisa


Adolfo José de Souza Frota LP2
Agameton Ramsés Justino LP1
Alexandre Bonafim Felizardo LP2
Carla Conti de Freitas LP1
Cristiane Rosa Lopes LP1
Déborah Magalhães de Barros LP1
Eduardo Batista da Silva LP1
Eleone Ferraz de Assis LP1
Ewerton de Freitas Ignácio LP2
Guilherme Figueira Borges LP1
Hélvio Frank de Oliveira LP1
José Elias Pinheiro Neto LP2
Kênia Mara de Freitas Siqueira LP1
Luana Alves Luterman LP1
Marília Silva Vieira LP1
Nismaria Alves David Barros LP2
Paulo Alberto da Silva Sales LP2
Ricardo J. A. F. Gonçalves LP2
Samuel Carlos Melo LP2
Solange Fiuza C. Yokozawa LP2

Fonte: Dados da presente pesquisa.


Nota: LP1: Linha de pesquisa 1 (Língua e Interculturalidade);
LP2:
101

Linha de pesquisa 2 (Literatura e Interculturalidade).

A numeração das páginas de títulos das seções


primárias deve ficar oculta. Porém, segue a ordem
numérica crescente de paginação.

Exemplo

2.3 Sumário
(NBR 6027: 2013)

O sumário é entendido como “enumeração das


divisões, seções e outras partes de um documento, na
mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2013, p. 1). A referida norma atesta que o
102

sumário deve ser o último elemento pré-textual; que a


palavra sumário deve ser centralizada e que os elementos
pré-textuais não devem constar no sumário.

Na ilustração acima, percebemos que a


formatação difere da recomendação da norma de
sumário. Como a recomendação não se configura como
obrigação, o autor pode formatar seu sumário como
103

preferir. A seguir, reproduzimos as duas recomendações


da norma: 1) Recomenda-se que sejam alinhados pela
margem do título do indicativo mais extenso, inclusive
os elementos pós-textuais;
2) Recomenda-se que a subordinação dos itens do
sumário seja destacada com a mesma apresentação
tipográfica utilizada nas seções do documento.

2.4 Numeração progressiva das seções de um documento


(NBR 6024:2012)

A fim de organizar os títulos e subtítulos do


trabalho, faz-se necessário o entendimento da numeração
progressiva das seções de um documento. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (2012, p. 2) indica que
“ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal
não podem ser utilizados entre o indicativo da seção e
seu título”; que “todas as seções devem conter um texto
relacionado a elas”.
104

Devem ser centralizados e não numerados, com o


mesmo destaque tipográfico das seções primárias, a
errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de
tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos,
resumos, sumário, referências, glossário, apêndice,
anexo e índice (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2013, p. 3). Importante destacar
que títulos com indicação numérica, que ocupem mais de
uma linha, devem ser, a partir da segunda linha,
alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do
título (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2013, p. 3). Apresentamos uma sugestão de
formatação até a seção quaternária.
Para a seção primária, caixa alta e negrito:
1 INTRODUÇÃO
Para a seção secundária, caixa baixa e negrito:
3.2 Procedimentos metodológicos
Para a seção terciária, caixa baixa e itálico:
4.2.1 Resultados do grupo controle
Para a seção quaternária, caixa baixa, sem
destaque tipográfico:
5.1.1.2 Proposta de intervenção pedagógica
105

2.5 Resumo
(NBR 6028: 2003)

Conforme a Associação Brasileira de Normas


Técnicas (2003), o resumo deve ressaltar o objetivo, o
método, os resultados e as conclusões do documento,
sendo construído a partir de uma sequência de frases
concisas, afirmativas. A primeira frase deve ser
significativa, explicando o tema principal do documento.
Para a grande área de Ciências Humanas, subárea
de Linguística e Literatura, a indicação da linha teórica
apresenta-se como indispensável.
As palavras-chave devem figurar logo abaixo do
resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:,
separadas entre si por ponto e finalizadas também por
ponto.

 ATENÇÃO
Algumas revistas exigem a utilização de
vírgula para separar as palavras-chave. Nesse
caso, o pesquisador deve seguir as normas de
publicação da revista.
106

Quanto a sua extensão, os resumos de trabalhos


acadêmicos (teses, dissertações e outros) devem ter de
150 a 500 palavras.
Sugerimos que os resumos do POSLLI sigam o
esquema a seguir: introdução/contextualização (entre 1 e
três períodos); objetivo(s) geral(ais) e específicos (entre
1 e três períodos); fundamentação teórica (entre 1 e três
períodos); material e método (entre 1 e três períodos);
resultados e análise dos dados (entre 1 e três períodos) e
discussão/conclusão (entre 1 e três períodos).
107

2.6 Referências
(NBR 6023: 2018)

Os elementos essenciais da monografia no todo


são: autoria, título, edição (a partir da segunda), local,
editora e data de publicação.

2.6.1 Autoria

A Associação Brasileira de Normas Técnicas


(2018), para indicar a autoria, prevê a figura do autor
pessoal, autor entidade e autoria desconhecida. A
indicação do responsável pela obra é realizada pelo
último sobrenome, em maiúsculas, seguido do(s)
prenome(s) e outros sobrenomes, abreviado(s) ou não.
Os nomes devem ser separados por ponto-e-vírgula,
seguido de espaço.
Para um autor, a indicação de autoria deve ser
realizada da seguinte forma:

SAMPAIO, B. B. B.
108

JUVENTINO FILHO, T. N. T.
A indicação da autoria também pode ser realizada
com o registro dos nomes completos. Nesse caso, as
duas indicações do exemplo seriam apresentadas assim:

SAMPAIO, Belônia Batatais Bucamarte.

JUVENTINO FILHO, Tertuliano Nostradamus Tinto.

Para dois autores, a indicação de autoria deve ser


realizada da seguinte forma:

TIBÚRCIO, C; FAGUNDES, G.

ou

TIBÚRCIO, Cleidson; FAGUNDES, Gouvelândia.

Para três autores, a indicação de autoria deve ser


realizada da seguinte forma:

ALENCAR, J.; BARRETO, L. M.; TREVISAN, D. A.

ou
109

ALENCAR, Justiniana; BARRETO, Lupércia Militão;


TREVISAN, Desdêncio Aparecido.

No caso de autor entidade,

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

Quando existirem mais de três autores, ou seja, a


partir de quatro autores, pode-se indicar apenas o
primeiro, acrescentando-se a expressão et alli ou et al. A
indicação de autoria pode incluir todos os autores ou
pode indicar apenas o primeiro e a expressão supra-
mencionada.

CASCUDO, A.; SILVA, U. Q.; TRAVESSO, E. B. C.;


OLIVEIRA NETO, O.
ou
CASCUDO, Amâncio.; SILVA, Uóxinton Quênedi;
TRAVESSO, Emengarda Baluarte Copacabana;
OLIVEIRA NETO, Oscarino.
ou
110

CASCUDO, Amâncio et alii.


ou
CASCUDO, Amâncio et al.
Quando houver indicação explícita de
responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas
de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do
responsável, seguida da abreviação, no singular, do tipo
de participação (organizador, editor, coordenador, etc.),
entre parênteses e em letras minúsculas.

NORRIS, C. (org.).

SPIELBERG, S. (coord.).

PITT, B. (ed.).

Em caso de autoria desconhecida, a entrada é


feita pelo título, com a primeira palavra em caixa alta. O
termo anônimo não deve ser usado em substituição ao
nome do autor desconhecido.
Exemplo:

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro.

ARMADILHAS da ortografia em língua portuguesa.


111

No caso de haver duas ou mais obras do mesmo


autor, a entrada do nome deve ser repetida quantas vezes
forem necessárias.
Exemplos:

BONEMER JÚNIOR, William.

BONEMER JÚNIOR, William.

BONEMER JÚNIOR, William.

LIMA, Nivaldo Batista.

LIMA, Nivaldo Batista.

2.6.2 Título

O título deve ser destacado pelo emprego de


negrito ou itálico. Seja qual for a opção do autor, o
destaque deve ser padronizado em todas as referências.
Título e o subtítulo (se for usado) devem ser
reproduzidos tal como figuram no documento, separados
por dois-pontos. O subtítulo não recebe nenhum recurso
tipográfico de destaque. Apenas a primeira letra do título
112

aparece em letra maiúscula, com exceção dos nomes


próprios.
Exemplos:

SILVA, Francisco Everardo Oliveira. A arte de


escrever.

CADY, I. M. D. S. Vai rolar a festa: o povo do gueto


mandou avisar.

2.6.3 Edição

Todos os exemplares produzidos a partir de um


original ou matriz. Quando houver uma indicação de
edição, deve ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos
numerais ordinais e da palavra edição, ambas na forma
adotada na língua do documento.

Exemplos:

GÓMEZ BOLAÑOS, R. A narrativa da série


televisiva. 5. ed.

BRAGA, R. C. O romantismo nas letras de músicas


nos anos 1970. 6. ed.

ANDRADE, M. S. Minha vida na televisão. 3. ed. rev.


e aum.
113

2.6.4 Local

O nome do local (cidade) de publicação deve ser


indicado tal como figura no documento.

Exemplo:

SANTOS JÚNIOR, N. S. Introdução aos estudos


literários. Goiás:

No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se


o nome do estado, do país etc.

Exemplos:

Viçosa, AL
Viçosa, MG
Viçosa, RJ

Quando houver mais de um local para uma só


editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado.
Quando a cidade não aparece no documento, mas
o pesquisador consegue identificá-la, deve ser indicada
entre colchetes.
Exemplo:
114

MATOSO, L. Questões sobre neologismos. [São


Paulo]:

Quando o pesquisador não consegue encontrar na


obra a indicação do local de publicação deve utilizar a
expressão sine loco, abreviada, entre colchetes [S.l.].

Exemplos:

GRANDES clássicos das poesias líricas. [S.l.]:

2.6.5 Editora

O nome da editora deve ser indicado tal como


figura no documento, abreviando-se os prenomes e
suprimindo-se palavras que designam a natureza jurídica
ou comercial, desde que sejam dispensáveis para
identificação.

Exemplos:

PAULA FILHO, Francisco Anysio de Oliveira. O texto


humorístico. 4. ed. São Paulo: Atlas,

RAMOS, C. A. A. Jogos e educação: tudo que você


sempre quis saber. Rio de Janeiro: Ática, 1985.
115

Quando houver duas editoras, indicam-se ambas,


com seus respectivos locais (cidades). Se as editoras
forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver
em destaque.

Exemplo:

COSTA, Dolores Gonçalves (coord.). A literatura


marginal: o que é e como se faz. Florianópolis: Livros e
Livros; São Paulo: EDUSP, 2018.

Quando a editora não puder ser identificada,


deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada, entre
colchetes [s.n.].

Exemplo:

RAVAGNANI, H. C. Antologia de contos goianos.


Brasília, DF: [s.n.],

Quando o local e o editor não puderem ser


identificados na publicação, utilizam-se ambas as
expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.].
Exemplo:

MERKEL, Angela Dorothea. Raízes germânicas. [S.l.:


s.n.],
116

2.6.6 Data

A data de publicação deve ser indicada em


algarismos arábicos. Por se tratar de elemento essencial
para a referência, sempre deve ser indicada uma data

Exemplo:

MIRANDA, M. O. B. Freak le boom boom. São Paulo:


Espacial, 1987.

Se nenhuma data de publicação puder ser


determinada, o pesquisador deve indicar uma data
aproximada entre colchetes, conforme indicado:

Exemplos:

[1971 ou 1972] um ano ou outro


[1969?] data provável
[1973] data certa, não indicada no item
[entre 1906 e 1912] use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960] data aproximada
[197-] década certa
[197-?] década provável
[18--] século certo
[18--?] século provável
117

 ATENÇÃO
Na ausência de uma data precisa, deve-se
seguir a orientação acima. Não usar “s/d”, para
indicar sem data.

2.6.1.1 Exemplos de referências

Apresentamos a seguir exemplos de referências


de materiais diversos, constando apenas os elementos
essenciais. Vale salientar que “as referências são
alinhadas somente à margem esquerda do texto”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 3; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2018, p. 5). Com relação ao
espaçamento entre as referências, “devem ser separadas
entre si por um espaço simples em branco”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011, p. 10; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2018, p. 5).
118

Artigo de jornal

OLIVEIRA, G. A capital das luzes. Folha de S. Paulo,


São Paulo, ano 36, n. 345, 23 mar. 2019. Cotidiano, p.
B1.

MALAZARTES, P. Linguística Textual para


principiantes. O Popular, Goiânia, ano 37, n. 10, p. 78,
27 maio 2017.

Artigo de revista científica (periódico)

SILVA, E. B. A preparação de material terminológico


por meio de ferramentas linguístico-computacionais.
Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 50,
n. 1, p. 119-132, jan./jun. 2011.

Capítulo

MATOS, L. L. B. et al. O desenvolvimento cognitivo e a


prontidão para a alfabetização. In: CARRARO, T. N.
(org.). Aprender pensando. 6. ed. Petrópolis: Vozes,
1991. p. 31-40.

Obra integral

NAVARRO, A. B. C. Expoentes de Vila Boa e região.


Goiás: Geográfica, 2015.

Site
119

SISTEMA ESTADUAL DE GEOINFORMAÇÃO.


Estatísticas georreferenciadas. [S. l.]. Disponível em:
http://www.sieg.go.gov.br. Acesso em: 10 abr. 2016.

Software

SCOTT, M. Wordsmith Tools. Versão 5. Oxford:


Oxford University Press, 2005.

Trabalho apresentado em evento

ANDRADE, B. M. W. A formação de professores na


UEG. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DAS
LICENCIATURAS, 7., 2012, Goiânia. Anais [...].
Goiânia: Acadêmica, 2013. p. 45-68.

Trabalhos de Conclusão de Curso/Dissertações/Teses

FABRON, E. M. G. A aquisição da escrita. 1994.


Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) –
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto,
1994.

SANTOS, M. S. S. O salto na escuridão: pressupostos e


desdobramentos das políticas atuais para o ensino médio.
1998. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de
Filosofia e Ciências, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 1998.
120

2.7 Artigos
(NBR 6022: 2018)

Recomenda-se que o texto do artigo seja escrito


em espaço simples, com fonte 12.
Com relação aos seus elementos estruturais, a
NBR 6022: 2018 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2018, p. 4) indica quais são os
elementos obrigatórios e opcionais:

Elementos pré-textuais
Título no idioma do documento (obrigatório)
Título em outro idioma (opcional)
Autor (obrigatório)
Resumo no idioma do documento (obrigatório)
Resumo em outro idioma (opcional)
Datas de submissão e aprovação do artigo
(obrigatório)
Identificação e disponibilidade (opcional)

Elementos textuais
Introdução (obrigatório)
Desenvolvimento (obrigatório)
Considerações finais (obrigatório)
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
121

Elementos pós-textuais
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Agradecimentos (opcional)

Devem ser indicadas as datas (dia, mês e ano) de


submissão e aprovação do artigo para publicação.
As referências devem ser elaboradas conforme a
NBR 6023.
As tabelas, quadros e demais ilustrações devem
ser alinhados à margem esquerda. No caso de artigo
científico, a identificação de todas as ilustrações aparece
na parte superior.

Tabela 1 – Notas e frequência dos alunos

Aluno Faltas Notas


Aluno 01 10 05
Aluno 02 15 08
Aluno 03 20 10
Fonte: Dados da presente pesquisa

A norma não traz ponto final após a indicação da


fonte consultada.
122

2.8 Normas para datar


(NBR 5892:1989)

O registro de datas e de horas em trabalhos


acadêmicos segue uma normativa específica.
Apresentamos a forma por extenso para datas,
dias da semana e hora, preconizada pela norma.

13 de abril de 2019

Segunda-feira

Onze horas e quarenta minutos

Apresentamos a forma abreviada para datas, dias


da semana e hora, preconizada pela norma.

13 abr. 2019
13 ABR 2019
13.04.2019
13/04/2019
13/4/2019

2ª feira
2. feira
seg.-feira

11 h 40 min
123

11:40
11h40
11h40min
124

3
FICHA
Nesta seção, será
apresentado um
gerador de ficha
catalográfica.
125

3. Ficha
A Pró-Reitoria de Graduação da UEG
disponibiliza gratuitamente online um Gerador de Ficha
Catalográfica, que pode ser acessado no seguinte
endereço eletrônico:
http://www.prg.ueg.br/aditivo/ficha_catalografica/?funcao=ficha&tipo=monografia
126

Como pode ser observado, o Gerador de Ficha


Catalográfica é destinado aos trabalhos de graduação e
pós-graduação lato sensu. No entanto, com alguns
ajustes, pode ser utilizado para a ficha catalográfica da
dissertação.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação:
citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro,
2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação:
artigo em publicação periódica científica impressa:
apresentação. Rio Janeiro, 2003a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação:
numeração progressiva das seções de um documento
escrito: apresentação. Rio Janeiro, 2003b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6027: informação e documentação:
sumário: apresentação. Rio Janeiro, 2003c.
127

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6028: informação e documentação:
resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003d.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação:
trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro,
2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação:
referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E


ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. 3.
ed. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, 1993.

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