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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED – UnISCED

Faculdade de Engenharia e Agricultura


Curso de Engenharia Informática, Agronegócios e Desenvolvimento Agrário

A importância da escrita científica na elaboração de textos acadêmicos

Rosa Cidalia Afonso: 51230535

Chimoio, Março de 2024

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED – UnISCED
Faculdade de Engenharia e Agricultura
Curso de Engenharia Informática, Agronegócios e Desenvolvimento Agrário

A importância da escrita científica na elaboração de textos acadêmicos

Trabalho de campo da cadeira Técnica de Expressão


Oral e Escrita, a ser submetido na Coordenação do Curso
de Engenharia Informática, Agronegócios e
Desenvolvimento Agrário do ISCED.
Tutor:

Rosa Cidalia Afonso: 51230535

Chimoio, Março de 2024

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Índice
Capitulo 1 ................................................................................................................................... 1

1.1.Introdução ............................................................................................................................. 1

1.2.Objectivos ............................................................................................................................. 1

1.3.Metodologia .......................................................................................................................... 1

Capitulo 2 ................................................................................................................................... 2

2.1. A importância da escrita científica na elaboração de textos académicos ............................ 2

2.1.1. Conceito de escrita............................................................................................................ 2

2.2. A importância da escrita científica na elaboração de textos académicos ............................ 2

2.3. Texto escrito e desvios da norma ........................................................................................ 3

Capitulo 3 ................................................................................................................................... 6

3.1. Conclusão ............................................................................................................................ 6

3.2. Referencias bibliograficas ................................................................................................... 7

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Capitulo 1
1.1.Introdução

A escrita científica desempenha um papel fundamental na produção de textos acadêmicos. Ela


transcende a mera comunicação de ideias e informações, pois é o veículo pelo qual os
pesquisadores compartilham seus conhecimentos, descobertas e análises com a comunidade
científica e o público em geral. Neste contexto, a precisão, clareza e rigor da escrita científica
são essenciais. Ao elaborar textos acadêmicos, como artigos, teses, monografias ou relatórios
de pesquisa, os autores devem adotar uma abordagem sistemática e estruturada. Nesse
sentido, a importância da escrita científica na elaboração de textos acadêmicos é evidente,
pois está diretamente relacionada ao avanço do conhecimento e à formação de profissionais
capacitados a contribuir significativamente para suas áreas de estudo. Portanto, compreender a
relevância da escrita científica é essencial para a formação acadêmica e para o
desenvolvimento de pesquisas e descobertas inovadoras.

1.2.Objectivos
Geral:
 Saber a importância da escrita científica na elaboração de textos acadêmicos,

Específicos:
 Definir escrita,
 Explicar a importância da escrita científica na elaboração de textos acadêmicos.

1.3. Metodologia
Conforme Gil (2007, p. 44), é frequente o emprego do método bibliográfico em pesquisas que
visam investigar ideologias e diferentes abordagens relacionadas a um problema específico.
Neste estudo, optou-se pelo método bibliográfico, que envolve a leitura e análise de artigos
produzidos por diversos autores, os quais abordam temas relacionados à importância da
escrita científica na elaboração de textos académicos.

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Capitulo 2
2.1. A importância da escrita científica na elaboração de textos académicos
2.1.1. Conceito de escrita
De acordo com Amor, (2001: 164), a actividade de escrita é tanto um processo produtivo
quanto um produto altamente metalinguístico ou, pelo menos, epilinguístico. Todo texto surge
do processo de transcrição e da própria palavra, indicando directamente ou indirectamente
como será lido. Contrariamente à fala, acreditamos que a escrita não é um exercício natural da
linguagem Ao longo do tempo, no entanto, houve uma crise progressiva na escrita, e a escola
parece não ter conseguido lidar adequadamente com essa crise, por vezes dando a impressão
de não saber o que e como escrever. Apesar disso, a escrita é uma disciplina de ensino e
aprendizagem e representa um dos maiores desafios para professores e alunos, conforme
observado por Carvalho (2005).
Um dos alicerces da universidade é a implementação de actividades de formação contínua,
que, juntamente com a investigação científica e o ensino, constituem a formação de uma
personalidade crítica durante os estudos. Incentivar a participação nesses espaços é importante
para adquirir conhecimento e experiência prática nas diversas actividades oferecidas no
ambiente universitário. Para avançar nesses esforços, estamos desenvolvendo
um projecto de extensão intitulado: “redacção académica: técnicas e dicas práticas para
preparação do género académico”, que está em actividade desde 2017. Esta iniciativa foi
impulsionada pela forte procura por este tema, pois envolve a comunicação científica não
apenas a leitura e interpretação, mas também a produção e publicação de géneros científicos. .
Portanto, acreditamos que explorar e se envolver mais profundamente com a escrita
académica fortalece a conexão entre os alunos e esta importante ferramenta de ensino e
pesquisa.
2.2. A importância da escrita científica na elaboração de textos académicos
A redacção académica não é apenas uma tarefa obrigatória; É uma ferramenta poderosa
para disseminar o conhecimento e fazer avançar a ciência. No Brasil, a Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) é autorizada pelo Governo Federal pela Lei nº 4.150/1962. Os
documentos técnico-científicos e, portanto, a elaboração de textos científicos orais e escritos
estão sujeitos aos princípios de normalização especificados por este órgão, que tem como
objectivo garantir uniformemente a qualidade dos textos científicos. Nos estudos de
bacharelado e pós-graduação, muitas vezes acontece que

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e graduados não têm a oportunidade de aprender em profundidade esses princípios e
recomendações devido à diversidade de disciplinas.
Os alunos costumam mencionar essa situação ao redigir um resumo de curso que exige a
aplicação das normas da ABNT. Bakhtin (1992) argumenta que algo semelhante acontece
com a cognição e a produção de outros géneros discursivos comumente encontrados na
ciência, como o artigo de pesquisa, o projecto de pesquisa, o resumo científico (resumo) e a
comunicação oral, que contêm mais ou menos Testifique . . estável, ou seja, H. dotados de
estilo, estrutura composicional e conteúdo temático próprio, o que os torna reconhecidos
como textos no campo científico. Portanto, todo género possui elementos básicos e uma
estrutura mais ou menos constante, França (1997).
Segundo Bortoni-Ricardo (2006), a escrita científica desempenha um papel crucial na
elaboração de textos académicos,
 Comunicação precisa: a escrita científica permite que os pesquisadores comuniquem
suas descobertas de maneira precisa e clara. Isso é essencial para que outros cientistas
possam entender, avaliar e construir sobre o trabalho realizado.
 Registro do conhecimento: através da escrita científica, o conhecimento é registrado e
preservado, artigos científicos, teses e monografias documentam as contribuições de
pesquisadores para a comunidade académica e científica,
 Validação e revisão por pares: a publicação de pesquisas em revistas científicas
permite que outros especialistas revisem e validem os resultados. A revisão por pares é
um processo fundamental para garantir a qualidade e a confiabilidade das
informações,
 Desenvolvimento do pensamento crítico: a elaboração de textos académicos exige que
os autores organizem suas ideias de forma lógica e coerente. Isso promove o
desenvolvimento do pensamento crítico e analítico.

2.3. Texto escrito e desvios da norma


Segundo Bortoni-Ricardo (2006), embora as escolas nem sempre façam distinção entre eles, o
estatuto dos erros de linguagem oral e escrita é, sem dúvida, muito diferente. O autor explica
que a sociolinguística rejeita a ideia de erros no repertório linguístico de um falante nativo e
reconhece que todo falante nativo possui domínio de sua língua nativa. O que a sociedade
percebe como um erro linguístico, a sociolinguística considera apenas uma questão da forma
utilizada, que não corresponde às expectativas do ouvinte. Portanto, os erros na linguagem

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falada são um fenómeno social e não podem ser caracterizados como uma violação das regras
da estrutura da linguagem. Por outro lado, “o que chamamos de erros tem natureza diferente
na linguagem escrita, pois representa uma violação do código estabelecido e prescrito pela
ortografia” Bortoni-Ricardo, (2006, p. 273). O autor explica que diferentemente da língua
falada, que se caracteriza pela variabilidade intrínseca, o sistema ortográfico é um código que
não prevê variabilidade, pois a uniformidade é crucial para garantir a funcionalidade do
sistema e o entendimento entre falantes de diferentes regionais para facilitar a origem. . .
Segundo o autor, a sociolinguística não aceita a ideia de erros de pronúncia, mas essa
classificação pode ser facilmente aplicada aos erros ortográficos. Os professores não devem,
portanto, evitar corrigir os erros ortográficos dos alunos. Seu papel é fornecer intervenções
linguísticas escritas contínuas para ajudar os alunos a adquirirem gradualmente as convenções
ortográficas.
Por isso, Bortoni-Ricardo defende enfaticamente que o professor não deve aceitar de forma
alguma que o aluno escreva, por exemplo, "eu encontrei". Ela também destaca que o professor
pode corrigir a linguagem oral do aluno, mostrando que existem variantes diferentes, mas
ressalta a flexibilidade da linguagem oral em comparação com a rigidez da escrita. A
pesquisadora enfatiza a necessidade de corrigir os erros ortográficos para que o aluno adquira
com competência domínio do sistema de escrita. Nesse sentido, a autora propõe uma distinção
funcional entre erros de ortografia decorrentes da influência da oralidade e erros resultantes
do complexo sistema de convenções ortográficas do português. Para Bortoni-Ricardo (2006),
as convenções da escrita são aprendidas gradualmente, à medida que o leitor se familiariza ao
longo de sua trajectória escolar com livros, textos impressos, internet e outros suportes
textuais. Quanto mais familiarizado o aluno se tornar com esses materiais, melhor ele
aprenderá as convenções ortográficas. A linguagem falada é mais susceptível a mudanças,
enquanto a linguagem escrita é mais rígida e leva tempo para se adaptar às mudanças na
norma padrão. No entanto, é impossível escrever sem nos desligarmos da essência de quem
somos, incluindo a nossa história familiar, a nossa história religiosa, as nossas identidades
culturais e linguísticas e as nossas experiências de vida. É por isso que todo mundo que
escreve deixa em seus textos traços claros de sua posição na sociedade. Portanto, os erros
observados na escrita dos alunos geralmente reflectem a influência do oralismo na escrita.
Como a ortografia não permite distinções, Bortoni-Ricardo (2005) considera importante
analisar e diagnosticar os erros que os alunos cometem na aprendizagem do português, uma
vez que esses erros são sistemáticos e previsíveis e não indicam falta de capacidade

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intelectual. Essas diferenças geralmente reflectem as características do dialecto utilizado. A
sua análise permite, portanto, uma compreensão menos incompleta das lacunas observadas e
permite a criação de materiais didácticos adequados. O autor lista quatro categorias de erros:
 Erros resultantes da arbitrariedade do sistema de convenções de escrita;
 Erros decorrentes da influência de regras fonológicas categóricas no dialeto em
estudo;
 Erros devido à influência de regras fonológicas que mudamgradualmente;
 Erros decorrentes da influência de variáveis descontínuas nas regras fonológicas.
Bortoni Ricardo, (2005, p. 54).
Os erros da primeira categoria devem-se à falta de compreensão cognitiva, ou seja, ao
desconhecimento das convenções ortográficas da língua portuguesa. Os erros restantes
decorrem da influência da língua falada na escrita dos alunos, ou seja, estão relacionados ao
ambiente sociolinguístico. Segundo as teses de Bortoni-Ricardo (2005), é útil e necessário
diagnosticar as lacunas dos alunos nos textos escritos. Apresentamos então o corpus analisado
e os
resultados obtidos.
Neste contexto, existe uma linguagem adequada à criação e publicação de gêneros científicos
em revistas, periódicos e eventos científicos. É extremamente importante que estudantes e
graduados tenham uma exposição mais ampla a esses textos-modelo, cujo objetivo é
promover a pesquisa, incentivar a leitura e a construção do conhecimento e divulgar os
resultados da pesquisa ao mundo acadêmico. Isso promoveria a produção acadêmica e o
acesso ao conhecimento científico em diversas áreas. Contudo, devido à falta de
conhecimentos e competências em escrita académica e em alguns géneros académicos, existe
uma lacuna na produção e recepção destes textos. Waters (2006, p. 75) destaca a preocupação
manifestada por muitos professores sobre a falta de curiosidade e interesse dos jovens pela
investigação científica.

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Capitulo 3

3.1. Conclusão
A escrita científica desempenha um papel fundamental na elaboração de textos acadêmicos,
pois permite a comunicação clara e precisa de ideias, métodos e descobertas no meio
científico. Ao dominar a escrita científica, os alunos e graduados têm a capacidade de
contribuir de forma significativa para o avanço do conhecimento em suas áreas de estudo,
além de promover a disseminação eficaz de suas pesquisas. A habilidade de produzir textos
acadêmicos bem fundamentados e estruturados é essencial para o desenvolvimento da
pesquisa, a promoção da leitura crítica e o compartilhamento de descobertas relevantes.
Portanto, investir na formação em escrita científica é crucial para capacitarmos futuros
profissionais e pesquisadores a participarem ativamente do diálogo acadêmico e científico,
contribuindo assim para o avanço do conhecimento em diversas áreas do saber.

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3.2. Referencias bibliograficas

Amor, E. (2001). Ensino de Português: princípios básicos e metodologia. Lisboa:


texto.Editor,

Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2003). NBR 6022: informação e documentação:


artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT.

Bakhtin, M. M (1992). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal.


(Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira). São Paulo: Martins Fontes.

Bortoni-ricardo, S. M. (2006). O estatuto do erro na língua oral e na língua escrita. In:


Gorski, M. E; Coelho, I. L. (Orgs.). Sociolingüística e ensino: contribuições para a formação
do professor de língua. Florianópolis: Ed. da UFSC.

Carvalho, J.UMA (1999). Curso de Redação: Da teoria à prática docente. Braga:


Universidade do Minho, Centro de Estudos Pedagógicos e Psicológicos, Instituto de
Pedagogia e Psicologia.

Waters, Lindsay (2006). Inimigos da esperança: publicar, perecer e o eclipse da erudição.


Tradução Luiz Henrique de A. Dutra. São Paulo: Ed. da UNESP.

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