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São Paulo
Ano
FACULDADE UNIFAHE
/ /2023.com a nota ( ).
Banca Examinadora
2023
RESUMO
Introdução
Visando atender a esta vontade, elaborou-se este instrumento de orientação a partir de uma
revisão bibliográfica em que se buscou apoio na análise do pensamento de autores, como Alves;
Arruda (2008), Barba (2008), Brasil; Santos (2007) Lakatos; Marconi (2008-2009) e Moro (2010) entre
outros, bem como, a utilização integral do material didático da FACULDADE UNIFAHE.
A NBR 6022 (2003) estabelece um sistema para a apresentação dos elementos que
constituem o artigo em publicação periódica científica impressa. A premissa acima, aplica-se
novamente.
Nesse texto, por vezes será utilizado o texto dos originais, por se tratar de um estudo do
conteúdo das referidas normas, no entanto, não será abordado neste instrumento o conteúdo das
referidas normas na íntegra.
A confecção de um Artigo Científico como TCC, bem como a sua publicação, justifica-se,
não somente pela exigência do MEC, mas, também, pela necessidade de se fazer ciência na
Educação e, com isso, buscar a melhoria do ensino brasileiro e de seus profissionais.
Portanto, normas são estipuladas, com o objetivo primordial, a exigência de um padrão de
apresentação dos trabalhos acadêmicos, principalmente, na divulgação dos dados técnicos obtidos
e analisados, registrando-os em caráter permanente, o que proporciona a outros pesquisadores
fontes de pesquisas fiéis, capazes de nortear futuros trabalhos de pesquisa, facilitando sua
recuperação nos diversos sistemas de informação utilizados no país.
Vale lembrar que, ninguém escreveu uma grande obra sem ter escrito uma pequena obra,
primeiramente. No mundo acadêmico não são as grandes obras, ou as grandes pesquisas que se
tem como mais usual. Hoje em dia, é muito comum autores escreverem uma série de pequenos
artigos que depois são reunidos em livros. É cada vez mais comum as editoras publicarem livros
“organizados”, escritos também por diversos autores. Cada autor escreve um ensaio que se tornará
capítulo do livro.
Isto se deve à forma cada vez mais privilegiada dos gêneros literários acadêmicos de
tamanho reduzido. Estes gêneros são os seguintes, segundo a ABNT (NBR 6022, 2003, p. 2):
● Artigo: É o texto que irá discutir ideias, métodos, técnicas, processos e resultados. Ele tem a
característica de ter sua autoria declarada, de ter como objetivo a divulgação através de
periódicos.
● Artigo Acadêmico: É semelhante ao anterior, porém é resultado de uma pesquisa científica e por
isso, busca ser publicado por uma revista de divulgação científica e é submetido à aprovação por
julgamento.
● Ensaio: Este documento relata estudo sobre determinado assunto. É menos aprofundado que um
tratado formal (tese, dissertação) e geralmente não se baseia em pesquisa empírica.
● Paper: É um pequeno artigo científico e resultado de um projeto de pesquisa, com o objetivo de
ser apresentado como comunicação em um congresso científico, sujeito a sua aceitação por
julgamento.
O Artigo Científico e o Paper são hoje em dia as formas privilegiadas da transmissão do
conhecimento acadêmico, muito mais que o livro.
Todo artigo passa por algumas fases de amadurecimento. É difícil especificar estas fases,
pois acontecem simultaneamente. Sequencialmente, deve-se, de acordo com Barba (2010):
É interessante imprimir o artigo para efetuar as correções em cada fase para facilitar a
visualização dos pontos a serem corrigidos.
Um vício muito comum entre os alunos que se iniciam na arte da escrita é o uso do pronome
pessoal "nós" nos textos científicos. Este é um hábito transferido das apresentações orais, nas quais
a primeira pessoa do plural pode ser utilizada.
Ao escrever um artigo, o autor deve tomar o cuidado de ser impessoal, usando termos como
"O estudo provou ..." ou "Os resultados indicaram ...etc.
Observando estas e outras orientações e alertas, será possível alcançar o sucesso na feitura
do Artigo Científico, objetivo ímpar desse trabalho.
Desenvolvimento
Conforme Fourez (1995) a força da ciência provém do fato de que seus protocolos,
instrumentos e dispositivos de análise simplificam suficientemente a "realidade" com a finalidade
estudá-la e atuar sobre ela. E, como presenciamos ao nosso redor, isso costuma acontecer de modo
bastante eficaz. Mas o que está sob o guarda-chuva chamado ciência também pode cometer abusos
de saber. Por exemplo, quando se pretende deduzir normas de conduta baseadas em unívocas
evidências (pesquisas) científicas. Ou, então, “reduzir problemas somente à sua tradução em termos
técnicos.” (FOUREZ, 1995, p. 25).
Latour (1998) abordou a suposta transição de uma cultura da "ciência" rumo à cultura da
"investigação" (p. 41). Entende-se, sob sua ótica que, a ciência como uma atividade fria, direta e
objetiva e a investigação, por sua vez, seria acalorada, arriscada, geradora de outras implicações.
Em sendo, se a ciência põe um final aos caprichos das disputas humanas, a investigação
cria controvérsias. Como mencionado, a ciência opera sob o manto da ideia de objetividade, tentando
escapar tanto quanto seja possível dos supostos grilhões da ideologia, das paixões e das emoções;
já a investigação é nutrida de todos esses aspectos para gerar perguntas de investigação menos
afastadas de nós próprios. Podemos pensar que essas duas perspectivas básicas coexistem em
graus variados na atividade científica atual.
Investigação ou não, o principal benefício obtido com a publicação dos resultados de uma
pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o progresso da ciência. Ela é construída passo-
a-passo, sendo cada passo alicerçado e impulsionado pelas pesquisas de outros.
Além disso, a produção científica é usada como parâmetro para concessão de recursos
pelas agências de fomento à pesquisa, como ferramenta de avaliação dos cursos de graduação e de
pós-graduação, como é o caso Da FACULDADE UNIFAHE e como critério para seleção de corpo
docente e de equipe de pesquisa por muitas instituições.
Isto posto, de acordo com a ABNT, (NBR 6022, 2003, p. 3) o Artigo Científico pode
ser de dois tipos:
De toda forma, é necessário que se faça uma preparação para a pesquisa, bem
como a sua realização, antes de se proceder à feitura do Artigo Científico, propriamente dito.
Para tanto, parte-se da escolha do tema que deve ser pertinente ao curso em andamento.
A linguagem científica deve ser utilizada e precisa ser clara, objetiva e especializada. O
vocabulário do texto do artigo deve ser peculiar da área de pesquisa, não sendo permitidas
utilizações de gírias ou palavras coloquiais, típicas de contextos informais de uso da língua.
Segundo Barba (2010 s/p), os itens abaixo constituem as exigências da linguagem científica
que seu artigo científico, por ser um texto acadêmico, deve conter:
Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais constam dos seguintes itens:
Elementos textuais
b) deve ser breve, podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros;
Outra questão que merece análise é a dúvida que existe quanto ao conteúdo do
resumo. De forma direta o resumo não é uma introdução ao artigo, mas sim uma descrição
sumária da sua totalidade, na qual se procura realçar os aspectos mencionados. Deverá ser
discursivo, e não apenas uma lista dos tópicos que o artigo cobre. Deve-se entrar na
essência do resumo logo na primeira frase, sem rodeios introdutórios nem recorrendo `a
fórmula estafada” Neste artigo ...”. Não se devem citar referências no resumo.
Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você pode fazer suas
próprias intervenções, mas apenas comentando as informações que foram dadas, em forma
de citações, na frase ou parágrafo anterior). Por exemplo:
Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções
do Artigo;
Elementos pós-textuais
c) anexos: elemento opcional, “texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2002, p. 2); Observar a mesma
formatação dos apêndices.
Título: as tabelas devem conter um título por extenso, inscrito no topo da tabela,
para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo.
Conforme a NBR 14724 (2002), deve-se usar a fonte 12 para o texto e para as
referências. Para as citações longas, notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações
e tabelas, usar tamanho menor, no nosso caso, utilizar a fonte 10.
A NBR 6022 (2003) não orienta quanto a apresentação gráfica dos artigos de
periódicos.
Citação direta, com mais de três linhas deve ter destaque de 4 cm do parágrafo. A
fonte deve ser menor do que a do texto. O espaçamento entre linhas deve ser simples. (NBR
14724 (2003).
Paginação: inicia-se a contagem a partir da primeira página textual. O número deve ser
colocado no canto superior direito das folhas.
Considerações finais
Pretendeu-se que este trabalho proporcionasse, de forma muito sintética, mas
objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter na escrita de um
artigo científico. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição sequencial dos
componentes típicos de um documento desta natureza.
Faz-se notar, todavia, que ninguém pode se considerar perfeito neste tipo de tarefa.
A arte de escrever artigos científicos constrói-se no dia-a-dia, através da experiência e da
cultura. Assim, as indicações deste texto deverão ser entendidas como um mero primeiro
passo, enquadrador, para uma jornada plena de iniciantes, mas, que por se só, não fará
milagres e nunca terá fim.
Após a confecção deste artigo espera-se que os alunos dos cursos de pós-
graduação lato sensu desta instituição encontrem o suporte necessário para a confecção do
TCC (Artigo científico), no que tange aos aspectos de elaboração, formatação e estrutura,
dentro das normas e especificações da ABNT e de acordo com os autores de metodologia
científica citados, bem como da própria instituição.
ALVES, Maria Bernardete Martins; ARRUDA, Susana Margaret de. Como elaborar um Artigo
Científico. 2009.
BRASIL, Eliete Mari Doncato; SANTOS, Carla Inês Costa dos. Elaboração de trabalhos Técnico-
científicos. São Leopoldo: UNISINOS, 2007.
FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São
Paulo: Unesp, 1995.
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-
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LATOUR, B. Essays on science and society: from the world of science to the world of research?
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MATTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
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SANTOS FILHO, J. C. dos; GAMBOA, S. S. (org). Pesquisa educacional. São Paulo: Cortez,
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