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Texto escrito conforme o antigo acordo ortográfico

I- Introdução: Tradução e Interpretação


II- História da Interpretação
III- Interpretação e Intérprete: definição
IV- As modalidades (modos e tipos) de interpretação
IV- Algumas modalidades
IV.1. Classificação geral
IV. 2. Algumas modalidades: caracterização geral
 A interpretação consecutiva
 A interpretação simultânea
 A tradução à vista
 Outras formas e conceitos
Relais ; Retour ; Pivot ; Cheval ; Chuchotage ; Regime simétrico e
assimétrico; Língua gestual
 Interpretação de acompanhamento
 Exemplos/testemunhos/vídeos
V- Regime linguístico
V.1. Línguas activas e línguas passivas
V.2. A combinação linguística do intérprete de conferência
V.3. Exemplos concretos de combinações linguísticas
V.4. Interpretação: Testemunhos UE
VI- A Tradução à vista
VI.1. Descrição
VI.2. Qualidades
VI.3. Cognição
VI.4. Preparação para uma Tradução à vista: Técnicas
VI.5. Estratégias durante a Tradução à vista
VII- A Interpretação consecutiva
VII. 1. Definição
VII.2. Tipologia
VII.3. Metodologia
VII.4. Técnicas
VIII- Outras designações e/ou modalidades
VIII.1. Interpretação Intermitente (Acompanhamento)
VIII.2. Interpretação remota / Interpretação por telefone e vídeo-interpretação
IX- Ética deontológica e normas profissionais
IX.1. Normas, deveres e regras éticas da classe profissional
IX.2. Normas de etiqueta

23/02/2022

1. introdução (Anexo 1 – Classificacion de la traduccion – diferenças entre


tradução e interpretação)
2. história da tradução e interpretação (Anexo 2 tem várias partes – 4 acho)
Anexo 2 a)
História da Tradução e da Interpretação
Artigo por José Flávio da Paz, 12 /07/ 2012
Os processos de tradução e da interpretação não constituem atos da
contemporaneidade como muitos imaginam. Pesquisadores nos contam que,
embora relacionemo-las aos movimentos pós-guerra, a qual imaginaria a
interpretação simultânea, esta já era praticada desde o Egipto Antigo e do
Império Romano quando da utilização nas línguas orais. Isto se constata em
documentos datados de três mil anos antes de Cristo, cuja escrita em
"baixorelevo egípcio no túmulo de um príncipe que faz referência a um
supervisor de intérpretes. (...) Esta atividade estava essencialmente ligada a
Administração Pública." AP | PORTUGAL (2012). As atividades praticadas
pelos tradutores e intérpretes continuaram inalteradas durante séculos que
antecederam a Idade Média, período que a língua francesa predominava
como língua dos nobres nos negócios e nas relações internacionais.
Somente em 1919, após a Conferência de Paris deixaria de sê-lo visto que
políticos exigiam a implantação do multilinguismo, dada às aberturas
comerciais com países anglo-saxónicos e demais de origem diversas
favorecendo a língua inglesa. As práticas de tradução e da interpretação
aconteciam em mosteiros, concílios e sinagogas, já que naqueles espaços
havia cristãos advindos de toda parte do mundo para desenvolverem sua
formação teológica. Esta prática favoreceria as relações mercantis,
internacionais, diplomáticas e ações militares que exigiam forças armadas
de diferentes países que seguiam em missão de paz e/ou guerra;
reestruturação de países em momentos pós-guerra. Ainda citado por AP |
PORTUGAL (2012), nesse período: " (...) Cristóvão Colombo constatou que
o seu intérprete de árabe e hebreu de pouco lhe serviu para comunicar com
os índios. Consequentemente, e após essa primeira viagem, ele decide
capturar alguns índios e ensinar-lhes o espanhol para que lhe pudessem ser
úteis como intérpretes na expedição seguinte. O mesmo aconteceu com
espanhóis que estiveram presos pelos índios e que aprenderam a língua e
os costumes deles, servindo depois também de intérpretes." Tal fato nos
remota as primeiras ações que nos levará ao estudo e formação do tradutor
e da tradução - intérprete/interpretação: que o é e como se forma o
profissional dessa área, tema oportuno para outro momento de discussão
mais adiante. É importante salientar que antes desse movimento utilizava-se
o gesto e mímica quando a língua oral era inoperante e a figura do
tradutor/intérprete inexistia. Situações dessa natureza criariam a
personagem da tradução e da interpretação, mas sem nenhum cunho
académico, bastava que detivesse a técnica conhecesse a língua podendo
migrar de uma para a outra com pouca dificuldade, sendo ainda esta
atividade de carácter voluntário. Passados anos e dados os avanços
mercantis e o surgimento de organismos internacionais há necessidade de
aperfeiçoar as estratégias da tradução e da interpretação, ocasião que surge
a Interpretação Simultânea, cuja proposta implicava na interpretação palavra
por palavra o que implicava numa reprodução fiel dos termos, sem a menor
preocupação semântica e/ou pragmática das ideias, uma vez que nesta
metodologia nenhuma reflexão por parte do tradutor intérprete é permitida, já
que toda tradução é automática e em seguida ao pronunciado pelo
expositor. Na perspetiva de melhorar a ação interpretativa, a Interpretação
Consecutiva surge como alternativa a não funcionalidade da Interpretação
Simultânea, visto que esta teoria traria algumas implicações de desordem
comunicacional junto as Pessoas e as organizações. Todavia, a
Interpretação Consecutiva apresentava outra situação complexa, dessa feita,
o tempo seria o problema, afinal, quando, quanto e como deveria interferir o
intérprete nos discursos dos envolvidos parecia à questão da época e
acredita-se que até os dias atuais esta seja uma excelente reflexão para
aqueles que a usam como modelo amortizador nos processos Inter
comunicacionais. Apesar das eternas e profundas discussões, a
interpretação Simultânea é definitivamente aceita como modelo operacional.
Isto porque aproxima também as relações interculturais e exige mais
competências e habilidades profissionais do tradutor intérprete, sendo
modelo adotado por respeitados organismos mundial. Concernente a prática
de interpretação de língua de sinais, são praticamente inexistentes registos
que identifiquem as primeiras ações, dadas histórias difusas a este respeito.
Pereira (2008) afirma: "(...). Historicamente não é possível rastrear o exato
momento em que os intérpretes começaram a atuar, mas é plausível
imaginar que desde que povos de diferentes línguas mantiveram contacto
houve, também, a necessidade de intérpretes. No caso das pessoas surdas,
existem hipóteses de que a interpretação surgiu no meio familiar foi, aos
poucos, se estendendo aos professores de crianças surdas e ao âmbito
religioso. Com o passar do tempo, o fortalecimento dos movimentos sociais
e políticos das comunidades surdas e o reconhecimento legal das línguas de
sinais surgiu, finalmente, o ILS profissional." (Pereira, 2008, p. 138) Isto por
si só basta para que se abram campos de discussão e grupos de trabalhos
sobre a História da Interpretação e da Tradução da Língua de Sinais no
Brasil e no mundo. Tradução ou Interpretação Neste cenário da tradução e
da interpretação gera uma inquietação sobre o fazer do profissional
intérprete de língua de sinais. O que este realmente faz? Tradução,
interpretação, ambos? Em palavras precisas, ainda segundo Pereira (2008,
p. 136), assim as distingue: "(...) tradução é o termo geral que se refere a
transformar um texto a partir uma língua fonte, por meio de vocalização,
escrita ou sinalização, em outra língua meta. A diferenciação é feita, em um
nível posterior de especialização, quando se considera a modalidade da
língua para qual está sendo transformado o texto. Se a língua meta estiver
na modalidade escrita trata-se de uma tradução; se estiver na modalidade
vocal (também chamada de oral) ou sinalizada (presenciais ou de interação
imediata), o termo utilizado é interpretação." Pereira (2008, p. 136). Nesta
mesma perspetiva se encontrou outro conceito que também distingue estas
ações: (...) Quem é o Intérprete: Pessoa que transmite o que foi dito de uma
língua (língua fonte) para outra (língua alvo). Quem é o Tradutor: Pessoa
que traduz de uma língua para outra. Refere-se ao processo envolvendo
pelo menos uma língua escrita. “Assim, tradutor é aquele que traduz um
texto escrito de uma língua para a outra (seja ela escrita ou oral).” (...).
FADERS, 2012. Desse modo, a interpretação é o termo mais adequado
quando se refere às línguas de sinais, salvo quando estes estiverem
escritos. Esta ação é executada pelo intérprete de língua de sinais, que no
caso do Brasil podemos denominá-la de LSB ou LIBRAS. Este será
responsável por interpretar a mensagem de uma dada língua para a língua
de sinais e vice-versa, sem perder o seu sentido original. Ressaltando que a
interpretação entre duas línguas é bidirecional, como uma via de mão dupla,
segundo conceções da FADERS (2012) e envolve atos cognitivo-
linguísticos, sócio educacional e cultural, como atenção, perceção, memória,
raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Intenções
comunicativas específicas/línguas diferentes. É extremamente importante
que o interprete esteja envolvido nas interações comunicativas do grupo a
ser interpretado, tanto no âmbito sociocultural, como sócio educacional e de
entretenimento. Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o
tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

Anexo 2b) está em francês

Anexo 2c)
A HISTÓRIA DA TRADUÇÃO
O ato de traduzir é tão antigo quanto a própria linguagem. Sempre existiu
a necessidade de comunicação entre diferentes civilizações, e não haveria
outro modo de fazê-la que não por meio da tradução. É justamente por isso
que esta prática tem impacto incalculável na história da humanidade: ela
permitiu o estudo das mais diversas sociedades e culturas da antiguidade.
No entanto, até que chegássemos aos serviços e ferramentas de tradução
oferecidos como hoje conhecemos, foi percorrido um longo caminho,
permeado por diferentes teóricos, civilizações e personagens historicamente
importantes. Hoje vamos falar um pouco sobre esta trajetória: desde as
primeiras práticas tradutórias e o primeiro livro traduzido, até o papel da
tradução nos dias de hoje. A tradução era uma prática comum entre as
sociedades antigas do Oriente Médio, dada a abundância de dialetos
utilizados por diferentes reinos. Há placas de argila datadas de 2500 a.C.
com inscrições em ambos suméria e a eblaíta, antigos idiomas semíticos. O
mesmo se viu no antigo Egito, com as inscrições na Pedra de Roseta (de
196 a.C.) que exibe o mesmo texto em três idiomas distintos: grego, egípcio
demótico e hieróglifos egípcios. (Saiba mais lendo nosso artigo sobre A
Pedra de Roseta). Além de ser o principal marco histórico que diz respeito
aos esforços tradutórios do mundo antigo, a Pedra de Roseta permitiu que
estudiosos aprofundassem seus conhecimentos com relação à vasta história
egípcia. Afinal, foi apenas após a brilhante tradução do filólogo francês Jean-
François Champollion que o mundo moderno pôde compreender o
significado dos hieróglifos. Figuras como Marco Túlio Cícero (106 a.C. – 43
a.C.) e Quintus Horacius Flaccus (65 a.C. – 8 a.C.) também tiveram papel
relevante no desenvolvimento da tradução e de teorias inerentes à sua
prática. O Romano Cícero, que iniciou sua carreira como advogado, viveu
muitos anos na Grécia. Escreveu diversos livros, por meio dos quais
introduziu a filosofia grega em Roma e criou um vasto vocabulário filosófico
em latim. Já o italiano Quintus Horacius Flaccus, mais conhecido como
Horácio, foi um poeta que defendeu a liberdade tradutória, ou seja: dizia que
as traduções não deveriam ser feitas palavra por palavra, mas sim,
respeitando as ideias que os autores gostariam de passar aos seus leitores
independentemente do idioma. Suas obras exerceram forte influência sobre
os autores renascentistas e classicistas. Outro grande nome da história da
tradução é São Jerônimo (347 d.C – 420 d.C.), considerado o Padroeiro dos
Tradutores. Nascido na Dalmácia, ele passou a maior parte de sua
juventude estudando línguas e filosofia em Roma. Foi ele quem levou a
tradução a uma categoria de ofício, arte e obra literária. Isso porque, em 382
d.C., recebeu o convite do Papa São Dâmaso I para ser seu secretário e
fazer a revisão dos Evangelhos do Novo Testamento. Cabia a ele comparar
as muitas versões em latim, que circulavam na época, com os originais,
escritos em grego. A versão grega da Bíblia é conhecida como Septuaginta
(e também chamada de Versão dos Setenta). Em 385, Jerônimo se mudou
para Belém, onde realizou a mais polêmica de suas obras: a tradução do
Antigo Testamento diretamente do hebreu. Assim, São Jerônimo foi
responsável pela elaboração da versão final da Bíblia escrita em latim,
conhecida como Vulgata. Foi a partir da Vulgata que foram feitas as
traduções da Bíblia para as línguas populares. Assim, sua tradução foi de
extrema importância para a consolidação e unificação do cristianismo. Foi
durante o período renascentista, mais especificamente na década de 1430,
que a Bíblia passou a ser impressa em massa, graças ao inventor alemão
Johann Gutenberg, que aprimorou a máquina de impressão tipográfica. A
partir daí, revolucionaram-se a escrita e a leitura. Quem também se
beneficiou desta invenção, foi Martinho Lutero, que em 1522 elaborou a
tradução alemã do Novo Testamento. Lutero também reuniu uma equipe de
tradutores para redigir a versão alemã do Antigo Testamento, publicada em
1534. Enquanto traduzia as escrituras, Lutero se deu conta de que havia
inúmeras expressões em hebreu que não possuíam tradução literal em
alemão. Assim, ele teve de lançar mão de palavras e expressões que mais
se aproximassem de seu significado, aquelas que pudessem passar as
ideias do texto original da forma mais fiel possível. Sua forma de traduzir foi
de encontro com aquela postulada por Horácio, que defendia a liberdade
tradutória visando manter o significado. Outros tradutores historicamente
relevantes são o inglês William Tyndale – um dos líderes da Reforma
Protestante. Ele foi executado em 1536, na Holanda, por propor-se a traduzir
a Bíblia para o inglês; Constance Garnett (1861 – 1946), inglesa que foi uma
das primeiras a traduzir diversos clássicos da literatura russa para o inglês;
e, mais recentemente, Gregory Rabassa (1922 – 2016), tradutor norte-
americano que traduziu diversas obras literárias do espanhol e português
(incluindo os livros de Gabriel García Márquez) para o inglês. A TRADUÇÃO
HOJE Enquanto que no passado a prática tradutória se reservava
essencialmente aos clérigos e filólogos, hoje ela representa um mercado em
franca expansão. Foi a partir do século XVIII que os serviços de tradução
passaram a ser mais ativamente utilizados para impulsionar transações de
cunho comercial. E, com a chegada da internet, a maneira de se traduzir
mudou completamente. Ela revolucionou a forma como acessamos,
compreendemos, e traduzimos textos e documentos provenientes de todo o
globo, sejam eles contemporâneos ou históricos. A internet dotou os
tradutores de inesgotáveis fontes de pesquisa, acesso mais fácil aos
variados tipos de dicionários específicos, redes de networking e ferramentas
de tradução, e portanto, representa um importante recurso para os
profissionais contemporâneos. No entanto, o excesso de informações acaba
comprometendo a credibilidade do que se encontra na rede. É por isso que
os bons profissionais da área não se limitam ao mundo on-line. O mundo
interconectado em que hoje vivemos só reforça a crescente importância da
prática tradutória. Estimou-se que o mercado da tradução movimentou 37
bilhões de dólares em 2015, e este número só faz crescer. Agora que você
conhece os aspectos históricos da tradução, esperamos que aprecie o árduo
trabalho que os tradutores vêm desenvolvendo nos últimos milhares de anos
e que, ao mesmo tempo, fique contente, pois a tendência é que as traduções
se tornem mais e mais fidedignas com os adendos da tecnologia.~

Anexo 2d) imprimir

Anexo 2e) imprimir

3. interpretação e interprete

3.1 A interpretação
A interpretação de línguas ou, simplesmente, interpretação; é uma
forma de tradução. É uma atividade de mediação linguística e cultural
é transmitir um discurso, equivalente, do tipo oral, sobretudo, ou em
línguas gestuais
pode ser tanto feita a partir de uma base escrita ou oral
também se chama interpretação ao produto resultante da atividade
a disciplina, os processos e resultados de interpretação pertencem
aos estudos de tradução

3.2 o interprete
é a pessoa que converte o pensamento ou expressão de uma língua
de origem (de partida - LP) numa expressão com um significado
comparável numa língua alvo (de chegada - LC) em “tempo real” –
interpretação consecutiva e simultânea tem durações / velocidades
distintas.
A função do interprete é transmitir
os elementos semânticos
o conteúdo do que ouve, o tom (variações da voz) e
registo (instrumentos verbais que os oradores operam devem
ser também operados pelos interpretes, se o “original” está a
ser proferido em linguagem académica, a interpretação
tambem deve ser) do que ouve
intenção e sentimento
transmitir a razão por detrás da mensagem
não é apenas ouvir e reproduzir

COMPETENCIAS ESSENCIAIS
linguísticas e culturais
técnicas em interpretação (não basta conhecer a língua e a
sua cultura, não é inato e, apesar de existir uma predisposição discutida, precisa ser
estudada)
protocolo e gestão da interpretação (existem documentos
universais partilhadas por todas as escolas de interpretação que têm de ser
respeitados – Código de Ética e Normas profissionais do Interprete)
diferenças entre tradutor e interprete – material escrito não possui
tom, variedades entre protocolos (mas tbm existe – o mesmo acontece com a
técnica)
(passou para um PPT à toa – A Tradução e a Interpretação)
tradução de línguas distingue-se entre 2 linguas diferentes (interlingual), mesma
língua (intralingual), tipo sinais de transito (intersemiotico – passamos de um
sistema semiótico para outro)
interpretação é uma modalidade de tradução
existem métodos (como é feito), …

Modos de interpretação – simultânea, consecutiva, sussurrada ou murmurada e


relais
tipos de tradução – conferência, jurídica, de acompanhamento, setor público,
âmbito medico, língua gestual, entre outras

semelhanças entre tradução e interpretação


domínio excelente de língua e cultura maternas (pode não ser a mesma que
a nacionalidade)
conhecimento avançado da língua e cultura estrangeira de trabalho
elevada cultura geral
transposição de sentido (não é apenas transcodificação – transferência
palavra a palavra - linguística) no seu contexto cultural

diferenças entre as duas

tradução interpretação
pré requisitos
boa memoria
concentração
síntese (na simultânea transferimos
tudo mas na consecutiva temos de ser
capazes de resumir o que foi
previamente dito)
facilidade de expressão oral /
eloquência (arte de bem falar)
excelente dicção
sangue-frio / presença de espirito
objetivos gerais
traduzir um discurso oral (!) de um
transpor um texto de uma LP para
orador ou de um dialogo de uma LP
uma LC
para uma LC
prática
oral ou gestual
simultânea (ou consecutiva)
autor e interlocutor do discurso ambos
presentes: pode acontecer/permitir
interatividade, participação e
condicionamento da interpretação
(como em interpretação de
acompanhamento)
comunicação oral simultânea
escrita
(hesitações, repetições, flexibilidade
diferida
sintatica)
autor do texto/discurso escrito ausente
prevalência da capacidade de
leitor/interlocutor da tradução ausente
comunicação e da eloquência (haverá
importância da forma escrita
momentos mais eloquentes que
rigor do estilo verbal
outros) + linguagem corporal (o
(vocabulário/terminologia, fraseologia,
interprete não tem de dominar este
gramática)
campo, porém é levado em conta no
rigor da estrutura composicional do
momento de interpretação o que não
género discursivo
acontece na tradução, há
escritores/estudiosos que afirmam que
55% da nossa comunicação é feita
através de linguagem corporal -
KUMBARO)
importância da voz e comunicação –
voz associada à fala e pode variar
devido a diversos fatores: intensidade,
inflexão, ressonância, articulação, …
condições de trabalho
mobilidade imposta
liberdade de escolha do espaço de
interpretação em tempo real e ao
trabalho
ritmo do orador
gestão pessoal do ritmo e da duração
uma só escuta do discurso oral
da tarefa de tradução
(eventual suporte terminológico ou
releituras do discurso escrito possíveis
discurso escrito previamente
correções possíveis
entregues)
acesso livre (ao autor do discurso
interpretação em simultâneo e
escrito), a recursos (bibliográficos,
contínua
informáticos, …) e diversas
não dispõe de apoios para além dos
ferramentas
mencionados acima
formação

4. modalidades (modos e tipos) de interpretação


4.1 Classificação Geral
Modos de Interpretação
Simultânea
Consecutiva X
Sussurada ou murmurada ou chuchotage
Relais
Tradução à vista X

Tipos
(aqueles todos do ppt vamos dar a de acompanhamento acho eu)

4.2 Algumas modalidades


Consecutiva – interpretação depois (discurso pausado) a intervenção
do orador – transferência para LC ocorre dps da intervenção – o
orador normalmente sabe que tem de fazer pausas frequentes no
discurso

Tradicionalmente a modalidade é dividida em: versão longa (para


conferências) e versão curta (preferida nos tribunais pois enfatiza a
transmissão literal que se requer em procedimentos legais)

versão curta - testemunhos em julgamento, depoimentos, imposições


de sentença e outras cenas legais, na ata oficial fica o que interprete
disse e não o que a testemunha disse

versão longa – exigências técnicas, forte concentração, memoria


auditiva e visual, capacidade de comunicação eloquente (espirito de
síntese, apontamentos e reverbalizar), capacidade de compreensão
imediata, excluir a interpretação palavra por palavra (é uma
reformulação do que ouviu), interpretar por blocos ou segmentos de
sentido e as unidades de sentido não coincidem com as unidades
gramaticais, lexicais ou fonéticas (o sentido pode nem sempre
coincidir com as pausas feitas)

ouvir, compreender, analisar, selecionar e reverbalizar – 5 processos


cognitivos

clássico – 1 orador 1 interprete


outro – 2 oradores a discursar 1 interprete a traduzir os dois (tipo do
futebol, treinador 1 língua jornalistas outra língua e interprete tá ali no
meio a traduzir tudo)

28/02/2023
Interpretação Simultânea – durante a intervenção do orador
Técnica empregada para transmitir tudo o que é dito da LP para a LC –
diferença temporal de segundos entre o orador e o interprete, não há pausas e não
se pode perder o ritmo / sentido

Os interpretes:
Não fazem uma tradução palavra por palavra;
Transferem ideias precisas e completamente
A concentração no ouvir é crucial para a transmissão precisa da mensagem
original;
Assim é importante ter condições de escutar:
acústica, microfone (em perfeitas condições), equipamento apropriado e
cabine

É um exercício muito exigente, o interprete transmite em tempo real o discurso


pronunciado pelo orador, o público recebe a interpretação através de auscultadores

Exige:
competências excelentes nas línguas A, (B) e C
Espontaneidade
Habilidade na tomada de palavra / comunicação
CONCENTRAÇÃO máxima
Capacidade de realização de várias operações em simultâneo (ouvir,
compreender, analisar e reformular) – o que distingue simultânea de consecutiva é
a tomada de notas

e
grande capacidade de memorização (de curta distância, o interprete tem de
se lembrar do que acabou de ouvir e também do que ouviu um pouquinho mais
atras para dar sentido ao discurso)
sangue-frio (presença de espírito e serenidade)
resistência nervosa e física (muito cansativo, duração máximo costuma ser
de 20 minutos para não dar o treco, para repor rapidamente a energia têm alimentos
com elevados níveis de açúcar de absorção rápida)
vasta cultura geral
boa dicção

Interpretação simultânea com relais (sub-modalidade)


uma interpretação que passa por outra interpretação
língua ”pivot” – língua de ligação
solução para línguas menos frequentes

orador croata, publico português e não existe nenhum interprete croata-


portugues, seria necessário encontra uma língua comum como por exemplo o ingles
e a interpretação seria realizada croata – ingles por 1 interprete e ingles português
por outro, o publico que quiser ouvir a interpretação inglesa ouve interpretação
simultânea e o publico que quiser ouvir a interpretação portuguesa ouve
interpretação simultânea com relais

TRADUÇÃO À VISTA (é uma modalidade de interpretação)

o interprete recebe um documento por escrito na LP (suporte escrito – por isso é


chamada tradução, grande diferencial), de tomar o tempo necessário para ler e
rever antes de o transmitir na LC enquanto lê (em silencio ou nao) na LP
existem essencialmente 2 formas de trabalhar ou dao tempo para lermos tudo
antes e preparar ou não dão tempo e lemos no momento do discurso
Forma hibrida – traduz se um texto (escrito) que se interpreta oralmente
utilizada na modalidade consecutiva
excelente exercício na pedagogia de interpretação

RELAIS – interpretação entre duas línguas passando por uma terceira


RETOUR – interpretação da materna para uma estrangeira
interpretação da língua materna para a língua B
pratica refutada pela teoria mas existe

Linguas ativas – a língua que verbalizamos em voz alta, a LC


Lingua Passiva – a LP

A língua materna é a Lingua A


A língua estrageira é a Lingua B

Alguns interpretes conseguem interpretar para uma língua que não seja a
materna

Pivot – utilização de uma única língua como relais

Cheval – o interprete trabalha alternadamente entre duas cabines na mesma


reunião
uma reunião com oradores em 3 linguas e publico em 2 linguas (EN, IT, RU
– PT, EN), um interprete que tivesse duas línguas C passivas (ingles e italiano) iria
estar em duas cabines para traduzir de ambas as línguas para portugues

Chuchotage – simultânea em voz baixa – interpretação murmurada / sussurrada


o interprete ouve o orador e simultaneamente traduz sussurrando no ouvido
e idioma do destinatário
forma hibrida – composta de elementos distintos
publico máximo (2 pessoas)
grande concentração
cansativo
cuidado para não incomodar as pessoas próximas a nos

ASSIMETRICA – não há o mesmo numero de língua interpretadas que o numero


de línguas dos ouvintes
1 orador ingles, 1 italiano e 1 russo; publico português que não compreende
nenhuma das línguas, para haver simetria teria de ter o mesmo numero de
interpretes (para todas as combinações, acabando sempre em portugues LC); aqui
isto não acontece / se houvesse publico de 3 linguas por exemplo só haveria
interpretes para 1/2

LINGUA GESTUAL – interprete ouve o discurso oral numa LP interpretando


gestualmente para uma LC (entre pessoas surdas e não surdas), tbm pode ocorrer
de uma língua gestual para outra

INTERPRETAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO
durante a visita de pessoas estrangeira (ou que apenas falam uma língua
estrangeira) em lugares como fábricas, apresentações de projetos, visitas a
empresas, …
ou outras atividades que necessitem da presença de um interprete durante a
estadia no local (tipo pessoal que vai para o estrangeiro a trabalho, feiras e eventos
internacionais, consultas, …)
interpretação com duas línguas em qualquer combinação ex. tanto EN-PT como
PT-EN (necessita retour) e pode ser realizada consecutiva ou chuchotage

07/03/2023
Anexo 3: Regime linguístico (línguas ativas e passivas)

interpretes falam nestes dois tipos de língua, sendo as ativas as que os int falam
e os oradores/publico ouvem e as passivas são as que o int percebe e os
oradores/publico falam

Exemplo na EU:
Regime Simétrico: quando o número de línguas ativas e passivas é o
mesmo, é completo e simétrico pq há interpretação de todas as línguas para todas
as línguas
Regime Reduzido: número de línguas interpretadas inferior ao numero de
línguas faladas
Regime Assimétrico: podem falar-se mais línguas do que as interpretadas,
15-3: significa que de 15 linguas só há interpretação para 3 linguas, 5-2: existem 5
linguas faladas (ex: EN-ES-DEU-IT-PT) mas só há interpretação para 2 linguas (EN-
DEU)

Combinação linguística de um intérprete: constituída pelo conjunto de línguas


ativas e passivas que ele domina

interpretes de conferencia interpretam de apssivas para materna/ativa


normalmente, tbm chamada língua A
línguas passivas / línguas estrangeiras – C
língua ativa / língua materna – A

Alguns interpretes têm um excelente conhecimento de outra língua o que lhes


permite interpretar para essa língua a partir de uma ou mais línguas passivas,
possui uma segunda língua ativa denominada por B

de A para B chama se retour, alguns só conseguem fazer isto em modo


consecutivo e não simultâneo
língua B consecutiva ou língua B simultânea

Segunda cabine completa: é raríssimo, é quando o interprete tem línguas


passivas e ativa sendo que conseguem interpretar de todas para a sua língua
materna de forma consecutiva e simultânea (cabine completa), se ele conseguir
interpretar de todas as suas línguas passivas para a língua B dizemos que tem uma
segunda cabine completa (nesta não é obrigado a dominar as duas modalidades)

um numero ainda menor de interpretes tem mais de duas línguas ativas

línguas passivas compreensão perfeita mas não o suficiente para poder


interpretar

interprete portugeus que domina o francês, viveu vários anos num pais
francofuno e percebe muito bem ingles, espanhol e alemão
PT – língua A (interpreta de tudo para PT), tem linguas C – ING/ES/DEU, como
domina muito bem o francês e se sente confortável a trabalhar com esta língua
pode ser considerada língua B
interprete A-B-C-C-C

AIIC – Associação Internacional de Interpretes de Conferência

TRADUÇÃO À VISTA
Qualidades
respeitar o significado do texto e intenção do autor
produzir um discurso claro na LC
correção linguística na LC
boa dicção, discurso fluente e rápido na LC

Cognição
tripla exigência
leitura e compreensão escrita / interpretação
memória (a curto prazo)
produção oral

Vantagens
o ritmo não é imposto pelo autor
informação sempre disponível no suporte de papel

Dificuldades
presença do texto/discurso de partida – pode interferir com a interpretação,
uma interferência linguística, o interprete pode ficar agarrado ao texto com
dificuldade a descolar e seguir o discurso do orador que, na hora, pode conter
alterações

TÉCNICAS
Sublinhar: termos e expressões importantes/difíceis
Segmentar: barras obliquas que permitam aceder mais facilmente as ideias
principais
Traduzir: algumas palavras ou expressões que nos parecem mais complexas
Enumerar: expor metodicamente ideias, se houver necessidade de alguma
mudança de ordem sintática
(técnicas válidas igualmente para a interpretação simultânea com o texto- por
vezes temos o luxo do orador nos fornecer o discurso escrito, assim estas técnicas
podem também ser aplicadas)

Estratégias
Antecipar: unidades linguísticas de modo ao enunciado ser mais claro
Generalizar/Omitir: no caso de um segmento pouco importante (ou em casos
de dificuldade de tradução) – em função do contexto e do que foi combinado com
quem contratou
Decompor: examinar por partes,
Transformar: modificar as estruturas semânticas

INTERPRETAÇAO CONSECUTIVA
realizada depois de terminada a intervenção do orador (interprete transforma a
mensagem)

outras designações / modalidades


interpretação intermitente (acompanhamento)
algo intermediário entre simultânea e consecutiva
necessário duas línguas A ou uma língua A e uma B, este interprete precisa
de ser capaz de interpretar nos dois sentidos, dois oradores com línguas distintas, o
que se chama de retour
é mais consecutiva quando utilizada em pequenas reuniões, acordos
comerciais ou conversas informais, o orador diz apenas algumas frases e faz uma
pausa para que o interprete traduza (acompanhamento tradcioanl (?))
é mais simultânea em reuniões com numero restrito de participantes
(reuniões de negocios) trabalhos no campo, interpretação simultânea com mini-
equipo, interprete dispensa cabine, fala num microfone conectado a ausculradores
usados pelos ouvintes, agiliza reuniões ou visitas a fabricas / plantações

interpretação remota / por telefone e vídeo-interpretação


é uma nova ferramenta
um dos maiores avanços tecnológicos no âmbito da interpretação
para interpretar basta ter um computador com conexão à internet e
headphones
esta interpretação é sobretudo simultânea
é uma opção que recentemente tem muita procura e está também presentes
em grandes conferências
cenários sem cabine e sem interpretes no local – poupança de recursos
permite ao publico/delegados ouvir a interpretação realizada à distância
utilizando dispositivos eletrónicos e auscultadores

na prática: podemos ter um orador em Londres, interpretes no Brasil e o


público em todo o mundo
também se pode utilizar esta técnica com 2 interlocutores de línguas
distintas, se tenho um falante de EN que quer falar com um falante de PT, contrata-
se um interprete que pode realizar o seu trabalho no Zoom

ETICA DEONTOLOGICA E NORMAS PROFISSIONAIS


normas deveres e regras éticas de classe profissional
2 documentos na BB, anexo 4 e 5

normas de etiqueta – conjunto de formas e práticas em uso na profissão

MÓDULO II

SVO sujeito verbo objeto

O: -Cd, ci
-C unificadores (contribuem mas são acessórios)

GN |GV | Compl e modificadores (três colunas)


Decifrar a intenção comunicativa do comunicador
Audição ativa para procurar unidade de sentido
Uni sentido podem não ser frases pode ser contextos
Uni sentido – SOV
Omissão pode ser uma técnica (não tem de ser má) e adição não é
necessariamente boa
Forma (é importante para a intenção)

Notas complementar memória


Abreviaturas
Notas devem ser visuais, pessoais (próp linguagem), económicas (poucas)
inequívocas e consistentes (sem ambiguidade)

Conceitos diferente de palavras


Símbolo não é palavras
Nível de ideias não palavras
Tomada de notas na língua de chegada ( comunicar connosco)

// começar e acabar discurso

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