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A.·. G.·. D.·. G.·. A.·. D.·. U.·.

ORDEM MAÇÔNICA DO ANTIGO E PRIMITIVO RITO


DE MEPHIS - MISRAIM.

RITUAL DO DÉCIMO SÉTIMO GRAU


CAVALEIRO DE
LESTE E OESTE

LANÇAMENTO 17 -
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V.'.L. 000.000,0

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ÍNDICE
Generalidades-Símbolos 3
Decoração do Templo 4
Títulos-Jóias 5
Lembrete 6
Ritual de Posse no Décimo Sétimo Grau 7
Recepção na décima sétima série 9
Catecismo do Décimo Sétimo Grau 15
Instrução da Décima Sétima Série 18

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GENERALIDADES- SÍMBOLOS

Generalidades

O Capítulo de Clermont, surgido em 1754, foi o primeiro a utilizar o título, em 1758, no


Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, dentro do Rito de Perfeição de
25 graus.

É o sétimo Grau do Rito dos Filadelfos de Narbonne, o nono do Rito do Escocês


Retificado do Barão de Tschoudi, o 19º do Rito Escocês Primitivo, o 46º do Rito de
Misraim, o 54º do Capítulo Metropolitano Primitivo de Memphis-Misraim.

O Cavaleiro do Oriente e do Ocidente é, por excelência, o Peregrino. Chegue no leste


do oeste. Percorre e transmite a história de povos e culturas. O ritual leva do saber ao
conhecimento, na direção de uma Gnose, pela descoberta de que o Universo tem um
sentido, e que o ser humano e ele estão ligados. Isso permite que ele se integre em
um mundo vivo. Ser o mundo numa parte do mundo.

O Ritual é baseado na Revelação de São João.

Filosofia da Licenciatura

A Grande Palavra é ABBADON, que significa em hebraico: “Afeição paterna”; significa


que os Maçons, como os filhos da Viúva, são todos Irmãos e se comprometem a

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cooperar para a fraternidade de todos os seres humanos.

História

Este grau de Cavalaria Apocalíptico, foi instituído em 1118, quando os Cruzados se


uniram aos Cavaleiros do Oriente, sob o comando de Garimont, para formar uma força
armada para proteger os peregrinos.

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DECORAÇÃO DO TEMPLO – CONSELHOS

A Loja é chamada de Grande Conselho e é composta por 24 membros que


representam os 24 Anciãos da Revelação.

O Templo é de cor vermelha, salpicado de estrelas douradas. Sua forma é a de um


heptágono. Em cada ângulo está uma Coluna quadrada, e em cada capitel,
começando com o Or.'. e continuando sucessivamente ao redor, S.'. oc. E N.'., as
iniciais são vistas: B.'. D.'. S.' P.'. H.'. G.'. F.'., e em suas bases encontram-se os
seguintes: A.'. CONSUMIR.'. R.'. D.'. F.'. P.'. T.'
Em cada uma dessas Colunas deve haver uma lâmpada ou transparência.

As localizações da Loja são definidas pelo Ritual: seis a Leste, seis no meio do Sul,
cinco ao Norte e duas em frente aos Vigias.

No Ou.'. há um altar, sobre uma plataforma, ao qual se ascende por sete degraus. A
referida plataforma é sustentada por quatro bois alados, com cabeças de Leão, Boi,
Homem e Águia.
O Oriente representa o Arco-íris, da esquerda para a direita (de quem olha): violeta,
índigo, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho. O Livro fechava com sete grandes
selos de laca verde, sobre fitas vermelhas. Fique a leste, em uma pequena mesa, à
esquerda do presidente. Sobre o vale do meio-dia, bem no centro, há uma mesa azul
com sete velas dispostas em padrão heptagonal. Ao pé da escada leste, bem no
centro, está disposta uma mesa coberta com um pano branco e sobre ela dois vasos e
uma caveira. Em frente a esta mesa, a cerca de três metros, ergue-se um lustre
dourado de sete braços.

Os sete objetos são preparados no Oriente, de acordo com os sete selos do Livro.
Uma coroa de ouro com arco e flechas (Executar ordens com orgulho), uma espada
(estar armado para se defender), uma balança (fazer justiça), uma cabeça de morto (o
destino dos Irmãos infiéis), um pano manchado de sangue (para derramar seu sangue
em defesa da Ordem), uma representação do Sol escurecido (a verdadeira Luz
escurecida pelo erro), e uma lua manchada de sangue (recordando as guerras que
dilaceraram a humanidade), um vaso com incenso (o cheiro agradável de virtudes).

A Este é colocado um garrote, um pano branco, uma lanceta (cerimónia do sangue).

E ao som das trombetas é que o Neófito se reveste da insígnia da sua nova dignidade.

A Mesa da Loja é um Heptágono com as iniciais das sete palavras das cabeças das
Colunas colocadas por fora e as outras sete de cada lado respectivamente. No centro
está a figura de um homem de túnica longa branca com uma faixa dourada na cintura e
sete estrelas em volta da mão direita, formando um círculo. Sua barba é branca e
longa: a cabeça ornamentada de uma Glória: uma espada de dois gumes na boca; e
rodeado por sete candelabros com estas letras: O.'. D.'. O.'. DELA.'. P.'. DELA.'. C.'.
Haverá também na pintura o Sol, a Lua, uma vasilha com água e um braseiro.

Títulos

 O presidente é MUITO PODEROSO.


 Os Oficiais são ANCIÃOS MUITO PODEROSOS E MUITO RESPEITÁVEIS

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 Os 24 Anciãos são: Anciãos RESPEITÁVEIS


 Os Irmãos em número excedente são: CAVALHEIROS RESPEITÁVEIS

JÓIAS

Túnica:de cor branca e usará na cabeça uma coroa de ouro.

Joia:A Jóia do grau é heptagonal, os sete selos do Livro sobre os quais repousa um
cordeiro. As sete letras gravadas na joia significam as sete virtudes exigidas de um
Cavaleiro:

 B: BELEZA
 D: DIVINDADE
 S: SABEDORIA
 P: POTÊNCIA
 H: HONRA
 G: GLÓRIA
 F: FORÇA

Às vezes encontra-se sobre a joia um candelabro de sete braços, com sete letras
lembrando os sete vícios dos quais o bom e verdadeiro maçom deve se abster:

 H: EU ODEIO
 D: DISCÓRDIA
 O: ORGULHO
 Eu: INDISCRIÇÃO
 P: PERFIDIA
 Eu: INCONSTÂNCIA
 C: MATANÇA

E sete trombetas significando que o maçom deve estender seu domínio sobre toda a
face da terra, pela reputação que mantém e sustenta com sua honra.

Luvas:de cor dourada.

Lenço do Grau
O Lenço é amarelo dourado com vermelho.

De:cor preto e branco.

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GRAVADOR

Ordem
Traga a mão direita para a frente.

Sinais de Reconhecimento:
Sinal Geral: olhar para o ombro direito. Em resposta, olhe para o ombro esquerdo,
pronunciando alternadamente estas palavras: ABBADON (eterminans, vel perditio);
ABISUS (perianto, desperiano), ZABULUM.

Sinal de entrada: Coloque a mão direita um do outro na testa

Primeiro Toque: coloque a mão esquerda sobre a direita do Irmão com os dois dedos
estendidos; o Irmão a cobre com o outro e, enquanto isso, cada um dirige o olhar para o
ombro direito.

Segundo Toque: toca com a mão esquerda o ombro esquerdo do irmão e este toca
com a mão direita o ombro direito do outro.

Senha: JABULUM

Palavra Sagrada:ABBADON

Bateria:sete golpes para seis e um: 0 0 0 0 0 0 0

Idade:Eu estou muito velho.

Marchar:sete degraus em quadrado, apontando para os sete lados de um heptágono.

Expediente:
Para começar: está chegando a hora.
Para terminar: Não há mais tempo

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RITUAL DE SEGURANÇA NO 17º SÉRIE


CAVALEIRO DO ORIENTE E DO OESTE

ABERTURA DAS OBRAS

Enquanto o Templo é decorado, o Poderoso fica de pé diante de sua mesa e


fala com a mão direita sobre o Livro com Sete Selos.

MUITO PODEROSO
Muito respeitável ancião, qual é o seu primeiro dever?

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Verifique se estamos cobertos.

MUITO PODEROSO
Certifique-se disso.

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Muito Poderoso, estamos em perfeita segurança.

MUITO PODEROSO
Quantos anos você tem?

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Sou muito velho.

MUITO PODEROSO
Que horas são?

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Está chegando a hora.

MUITO PODEROSO
-Dá sete golpes com o punho da espada:

Respeitados Anciãos, o Grande Conselho dos Cavaleiros do Oriente e do Ocidente


será aberto.

TODOS OS IDOSOS RESPEITÁVEIS


Eles se levantam.

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Muito Poderoso, nós lhe prometemos obediência.

TODOS OS IDOSOS RESPEITÁVEIS


Eles se inclinam ligeiramente.

MUITO PODEROSO
Ele se inclina também.

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Como o tempo está próximo, abrirei os procedimentos deste Grande Conselho.


Para mim, Respeitáveis Anciãos, por sinal!

Coloque a mão sobre a testa. Os Anciãos do Norte viram a cabeça para o


ombro direito. Os Anciãos do Sul viram a cabeça para o ombro esquerdo.

Para mim, pela bateria: : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :0 0 0 0 0 0 0

À GLÓRIA DO SUPREMO ARQUITETO DOS MUNDOS, EM NOME DO


SOBERANO SANTUÁRIO DO CHILE E DA AMÉRICA LATINA, DO ANTIGO E
PRIMITIVO RITO DE MEPHIS MISRAIM, SOB OS AUSPÍCIOS DO SUPREMO
CONSELHO, PELOS PODERES QUE ME ARMAM FIERC COM REGULAMENTO
OS PROCEDIMENTOS DESTE GRANDE CONSELHO DE CAVALEIROS DO
ORIENTE E DO OESTE..

Declaro abertas as Obras. Sinta.

Enquanto os trabalhos estão abertos, são feitas as iniciações programadas na


ordem do dia.

ENCERRAMENTO DAS OBRAS

MUITO PODEROSO
Respeitável ancião, que horas são?

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Sem mais tempo, Muito Poderoso.

MUITO PODEROSO
Já que não há mais tempo, terminemos os Trabalhos!

PARA A GLÓRIA DO SUPREMO ARQUITETO DO MUNDO, EM NOME DO


SOBERANO SANTUÁRIO DO CHILE E DA AMÉRICA LATINA, DO ANTIGO E
PRIMITIVO RITO DE MEPHIS MISRAIM, SOB OS AUSPÍCIOS DO SUPREMO
CONSELHO, PELOS PODERES QUE ME ACREDITAM, A FERÊNCIA REGULOU
NOSSO GRANDE CONSELHO DE CAVALEIROS DO ORIENTE E DO OESTE.

Para mim, pelo Sinal!

 Coloque a mão na frente da testa

Pela bateria: 0 0 0 0 0 0 0

Paz, meus irmãos!


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RECEPÇÃO AO 17º ANO

MUITO PODEROSO
Muito respeitável ancião, dirija-se ao átrio e assegure-se da presença do neófito.

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Vá até a porta do Templo e bata: 0 00 00 (Príncipe de Jerusalém)
Abra a porta

MUITO PODEROSO
Que o mais jovem de nossos Respeitáveis Anciãos vá ver quem ataca assim.

O MAIS NOVO

Vá para o portão do Templo.

Quem bate assim?

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Ele é um bravo Irmão Príncipe de Jerusalém, que deseja ser admitido entre nós.

MUITO PODEROSO
Que essas portas gloriosas estejam abertas!

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Abra as portas do Conselho.

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Ele se levanta e vai na direção do candidato, com a mão estendida, palma
para cima.

Venha, querido Príncipe......, revelaremos a você mistérios dignos de serem


contemplados por todo ser humano puro e corajoso.

Ele se dirige ao centro do Conselho e retorna ao seu lugar.

MUITO PODEROSO
Príncipe........., você sempre manteve em seu espírito as obrigações que
anteriormente contraiu? E, na medida de suas possibilidades, você cumpriu esses
juramentos? Responda-me honestamente.

NEÓFITOS
 Ele responde de acordo com o que ele pensa

MUITO PODEROSO
Você já machucou um de seus irmãos?

NEÓFITOS
 Ele responde de acordo com o que ele pensa

MUITO PODEROSO

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Você é creditado por sempre ter cumprido seu dever?

NEÓFITOS
 Responder

MUITO PODEROSO
Agradecemos sua sinceridade.

Respeitáveis Anciãos, dois de vocês poderão responder pelas qualidades morais e


franqueza do Neófito?

DOIS ANCIÃOS
Eles se levantam e vão para o lado do neófito.

UM HOMEM IDOSO
Muito Poderoso, fez de suas obrigações maçônicas um objeto permanente de
estudos e conformou todas as suas ações ao seu ideal.

OUTRO HOMEM MAIS VELHO


Muito Poderoso, cumpriu seu dever como maçom e como ser humano. Em vida, e
disso eu garanto, ele continuará provando sua pureza e sua coragem.

MUITO PODEROSO
Príncipe, desejo ardentemente que supere sem medo as provações e tenha acesso
à honra de ser recebido Cavaleiro do Oriente e do Ocidente. Venha a este Santo dos
Santos, para que possamos celebrar desde já o seu desejo de continuar pelo resto
da vida com o seu esforço, a fim de melhorar o mundo em que você vive, e também
a si mesmo.

OS DOIS ANCIÃOS
 Eles conduzem o Neófito na direção do Leste, ficam perto dos vasos e do
crânio, e colocam suas mãos no recipiente com água pura.

MUITO PODEROSO
 Ele desce do Oriente e vem lavar as mãos do neófito.

OS DOIS ANCIÃOS
 Eles enxaguam as mãos do Neófito e o colocam na frente do segundo
recipiente.

MUITO PODEROSO
 Ela coloca um colar branco em seu pescoço e lhe dá luvas brancas.
 Em seguida, ele mergulha sua própria mão no segundo recipiente cheio de
perfume e coloca o perfume sobre a cabeça, olhos, boca, coração, orelha
direita, mão direita e pé direito do Neófito.
 Imediatamente, ele coloca uma corrente de ouro no pescoço do Neófito e diz:

Por este gesto você já está honrado como membro deste Grande Conselho.
Em todas as provações que o aguardam aqui e no exterior, lembre-se de se
comportar de acordo com os preceitos que lhe foram ensinados. Lembre-se também
da purificação pela qual você acabou de passar. Use dificilmente por causa de seus

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irmãos essas mãos, que se tornaram sagradas e nas quais reside tanto poder, bom
ou mau, quanto sua decisão.

Agora suba para o leste comigo e farei com que você veja o que deve acontecer
imediatamente.

 É assim que se faz


 Pausa

UM HOMEM IDOSO
Quem é digno de abrir o Livro escrito por dentro e por fora e abrir os Sete Selos?

MUITO PODEROSO
Idosos respeitáveis!

 Todo mundo se levanta


 Pausa

Respeitáveis Anciãos do Norte e do Sul!

 Eles desviam o olhar e viram a cabeça em direção ao ombro na


direção oposta ao leste

Respeitáveis Anciãos do Leste!

 Eles escondem a testa e os olhos

Ninguém pode, então, no céu ou acima da terra, ou abaixo da terra, abrir o Livro ou
contemplá-lo?

UM HOMEM IDOSO
 Ele se levanta e se aproxima do Neófito

Idosos Respeitáveis. Muito poderoso, não sofra, pois aqui jaz a vítima cuja coragem
e pureza nos iluminarão.

MUITO PODEROSO
Você concorda, bravo príncipe?

NEÓFITOS
Sim, muito potente

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO

 Eles se levantam e se aproximam do Neófito. Eles levantam sua


manga e desnudam seu braço. Coloque um palito. Pegam no pano
branco e numa lanceta e aproximam-se para fazer uma sangria.

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Este príncipe quer permanecer puro e concorda em dar seu sangue para adquirir o
conhecimento de nossos mistérios.

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MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


Ele é corajoso e impaciente diante do julgamento.

MUITO PODEROSO
Isso é o suficiente, muito respeitáveis anciãos

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO

 Retiram o garrote, depositam a lanceta, baixam a manga do neófito e


voltam aos seus lugares.

MUITO PODEROSO
Príncipe, tu és digno de receber o Livro e abrir os Selos, pois consentiste em
sacrificar-te e em redimir pelo sangue os puros seres humanos de todas as tribos,
de todas as línguas, de todos os povos e de todas as nações.

NEÓFITOS
 Abre o Primeiro Selo

MUITO PODEROSO
 Ele o presenteia com um arco e flecha, que o Primeiro Ancião lhe
entrega.

Ele anda por toda parte e faz conquistas. Execute suas obrigações com tanto
prestígio quanto uma flecha saindo de um arco. Ele obedece ao seu dever quando
se tornou mais poderoso do que o mais poderoso dos reis.

NEÓFITOS
 Abre o Segundo Selo

MUITO PODEROSO
 Ele o presenteia com uma espada de dois gumes, que o Segundo Ancião lhe
entrega.

Vá ao redor do mundo. Destrói a paz entre os covardes e os impuros! Que eles


possam degolar um ao outro, a fim de que nunca cheguem a penetrar neste Grande
Conselho.

NEÓFITOS
 Abre o Terceiro Selo

MUITO PODEROSO
 Ele a presenteia com uma balança, que o terceiro ancião entrega a ela.

Faça dura justiça entre os impuros e os covardes!


NEÓFITOS
 Abre o quarto selo

MUITO PODEROSO
 Ele é presenteado com uma caveira que o quarto ancião entrega a ele.

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Avançar! Diga aos covardes e aos impuros que a morte está chegando e que ela
será a recompensa por seus crimes.

NEÓFITOS
 Abre o quinto selo

MUITO PODEROSO
 Ele a presenteia com um pano branco manchado de sangue, que o quinto
ancião entrega a ela.

QUINTO ANTIGO
Quanto tempo você vai demorar para vingar nosso sangue contra os covardes e os
impuros?

MUITO PODEROSO
Os tempos chegaram, respeitável ancião, para vingar tantos de nossos irmãos, que
os covardes e os impuros mataram, por sua perfídia e suas mentiras. Vamos, meu
irmão.

NEÓFITOS
 Abre o sexto selo

MUITO PODEROSO
 Ele é presenteado com um sol escurecido e uma lua velada, que o sexto
ancião entrega a ele.

Tal deve ser a nossa força: poder - em nosso Grau - escurecer a Luz e sangrar a
Lua.

NEÓFITOS
 Abre o sétimo selo

MUITO PODEROSO
 Ele é presenteado com um incensário de ouro, que o sétimo ancião entrega a
ele.

Espalhe sobre seus irmãos este perfume divino, pois a terra ficou pura e bela.

MUITO PODEROSO
Meu irmão, Assim, por excessos tumultuosos, a paz é feita no mundo dos seres
humanos. Não penses, entretanto, que deves lançar-te à luta contra os outros que
não sejas tu mesmo, pois é no fundo da tua consciência que deves estabelecer uma
paz luminosa e pura. Cavaleiro do Oriente! Marche na direção da escuridão e torne-
se o Cavaleiro do Oeste.
IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR
 Ele se aproxima do leste e se posiciona atrás do Cavaleiro. Ele coloca a mão
no ombro dela e a faz virar. Eles seguem em direção ao lustre dourado. Ele
mostra a ela as letras BDSPHGF

Que Beleza, Divindade, Sabedoria, Poder, Honra, Glória e Força o acompanhem em


todos os lugares!

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 Eles continuam avançando e alcançando as alturas das estrelas.

Que a Fraternidade, o Ideal, a Humildade, a Discrição, a Fidelidade, a Reflexão e a


Temperança sejam sempre vossos guias!

 Continue em direção ao portão do Templo, que está aberto. O Padrinho do


novo Cavaleiro está no átrio imóvel e invisível. Em frente à porta há um lustre
preto, impedindo-o de sair.

Eis aqueles fogos negros que, como um dragão de sete cabeças, ameaçam e
impedem seu avanço, e que têm por nome Ódio, Devastação, Vaidade, Perjúrio,
Mentira, Covardia, Calúnia. Eles simbolizam seus defeitos, que te atrapalham no
caminho para a Luz pura, que você deve fazer brilhar em você. Supere, então, seus
obstáculos e abra caminho livre rumo às profundezas do Oeste.

 O novo Cavaleiro tentará removê-lo sem causar dano, então.

Mar! Não é tratando seus vícios com tanta cautela e complacência covarde que você
alcançará mais iluminação!

 Ele derruba violentamente o lustre no chão.

IDOSO MUITO RESPEITÁVEL EM PRIMEIRO LUGAR


Venha, Cavaleiro do Oriente e do Ocidente. Nunca esqueça o que você viveu hoje e
sempre encontrará diante de você uma porta aberta que ninguém poderá fechar.

 O novo Cavaleiro vai em direção ao padrinho. Abraço fraterno e os dois vão


embora.

MUITO RESPEITÁVEL SEGUNDO ANCIÃO


 Feche a porta.
Pausa

(Os trabalhos continuam conforme a ordem do dia)

******************************* FIM * *** ****************************************

CATECISMO DO 17º ANO

P. Você é um Cavaleiro do Oriente e do Ocidente?


R. Eu sou.

P. O que você vestiu quando foi recebido?


R. Coisas maravilhosas

P. Como você foi recebido?


A. Através de água e efusão de sangue.

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P. Explique isso para mim


R. O verdadeiro Maçom não deve hesitar em derramar seu sangue para sustentar
sua Ordem.

P. Quais são as armadilhas de um Conselho de Cavaleiros do Oriente e do


Ocidente?
A. Tronos magníficos, o Sol, a Lua, carvões acesos e um vaso de água perfumada.

P. Qual é a figura do Conselho?


A. O de um heptágono

P. Quem o representa?
A. Um homem com uma túnica branca e uma faixa de ouro na cintura: sete estrelas
ao redor da mão direita. A longa barba branca; a cabeça ornamentada de uma
Glória; uma espada de dois gumes na boca, e rodeado por sete castiçais com estas
letras: O.'. D.'. O.'. DELA.'. P.'. DELA.'. C.'.

P. O que significa o círculo?


R. Como o círculo termina com um ponto, a Loja deve estar unida em afeição e amor
fraterno.

P. O que significa o heptágono?


R. Nosso número misterioso, composto por sete letras.

P. O que são essas letras?


RB'. D.'. S.' P.'. H.'. G.'. F.'.

P. O que eles significam?


A. Beleza, Divindade, Sabedoria, Poder, Honra, Glória e Força.

P. Explique essas palavras para mim


R. A BELEZA deve adornar nossas obras. A DIVINDADE seja nosso primeiro objeto
de estudo. A SABEDORIA serve para inventar e trabalhar. O PODER para punir e
confundir as calúnias dos irmãos perversos e dos profanos. A HONRA é qualidade
indispensável de todo Maçom, que cumpre dignamente suas obrigações. A GLÓRIA
indica que um bom Maçom é igual ao maior Príncipe ou Potentado. A FORÇA, que é
necessária para nos sustentar e o Homem para nos ter.
P. O que significam as sete estrelas?
A. Sete qualidades a serem possuídas pelos maçons: AMIZADE, UNIDADE,
RESIGNAÇÃO, DISCRIÇÃO, FIDELIDADE, PRUDÊNCIA e TEMPLÂNCIA.

P. Por que essas qualidades são necessárias para o Maçom?


R. Porque a AMIZADE é uma virtude que deve existir entre os Irmãos. A UNIÃO,
seja a base da nossa Sociedade. A RENÚNCIA deve induzir-nos a cumprir as leis e
decretos da Loja, sem murmurações. A DISCRIÇÃO serve para que o maçom esteja
sempre alerta e nunca deixe que seus mistérios o surpreendam. A FIDELIDADE,
para que cumpra rigidamente todos os seus compromissos. A PRUDÊNCIA, para se
conduzir de tal maneira, que nem mesmo a malícia do profano possa censurá-lo. O
TEMPLÂNCIA, para que evites sempre todo excesso que possa prejudicar o corpo
ou o espírito.

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P. O que significam as sete letras dos castiçais?


R. Os sete vícios dos quais todos os bons e verdadeiros maçons devem fugir: Ódio,
Discórdia, Orgulho, Indiscrição, Perfídia, Incontinência e Calúnia.

P. Por que os maçons deveriam fugir desses vícios?


R. Porque são incompatíveis com as qualidades e princípios dos bons maçons, que
devem evitar prejudicar um irmão, embora o tenha recebido dele, tendo reunido em
si todas as qualidades de um homem bom e reto, pois ÓDIO, . todos os belos
sentimentos do coração humano; o DISCORD é contrário aos princípios da
Sociedade; o ORGULHO se opõe ao exercício da humanidade. A INDISCRIÇÃO é
fatal para a Maçonaria. A PERFIDIA merece a execração de todo homem de honra.
A INCONTINÊNCIA pode nos colocar em dilemas muito desagradáveis. A
MATANÇA, o pior de todos os vícios, aniquila os alicerces da amizade e da
sociedade.

P. Explique o significado maçônico do Livro dos Sete Selos, que somente um


pode abrir.
R. Significa um L.'. ou Conselho, que apenas o M.'. P.'. tem o direito de abrir ou
iniciar.

P. O que os Sete Selos contêm?


A. O primeiro um arco e flecha e uma coroa de ouro. A segunda uma faca de dois
gumes. O terceiro um equilíbrio. A quarta, uma caveira. A quinta, um pano tingido de
sangue. O sexto ao poder de escurecer o sol e manchar a lua com sangue. O sétimo
sete trombetas e perfume.

P. Explique todas essas coisas


R. O arco, as flechas e a coroa de ouro significam que as ordens deste respeitável
Conselho devem ser executadas com o mesmo prestígio e precisão de uma flecha
lançada por um arco, e recebidas com tanta submissão como se emanassem de um
Rei. A espada, que este conselho e nossa Ordem estão sempre armados para sua
defesa e para punir os culpados. A balança, que a Maçonaria deve sempre proceder
com justiça em todas as suas causas. A caveira, que pertence a um irmão que
justificou sua exclusão de sua Loja ou Conselho. O pano branco tatuado com
sangue, que não hesitaríamos, se necessário, em derramar nosso sangue em
defesa da causa da Maçonaria. A faculdade de escurecer o sol e manchar a lua com
sangue, representam as faculdades do Sup.'. Contras.'., de intervir nas obras dos
corpos inferiores, quando irregulares, até que reconheçam seu erro e se submetam
às leis e Regulamentos da Ordem estabelecidos pelas Grandes Constituições. O sol
é a luz da verdade obscurecida por erros e vícios. A Lua representa a vaidade de
todas as coisas terrenas que estão sujeitas à mudança, e que devemos descartar e
aspirar apenas às riquezas e honras do Céu. A Lua reflete a luz do Sol sobre a terra
e, encharcada de sangue, simboliza a luz da verdade eclipsada por meio das
guerras que varreram o mundo. As sete trombetas significam que a Maçonaria se
espalha pela superfície do globo nas asas da fama e é sustentada com honra. Os
perfumes representam o bom cheiro da virtude e denotam que a vida de um bom
maçom deve ser livre de toda mancha e perfumada com um bom aroma.

P. Qual é a sua idade?


R. Estou muito velho

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INSTRUÇÃO
1- Este Grau, meu irmão, é o início de um curso de instrução que revelará
plenamente o coração e os mistérios internos da Maçonaria. Não se desespere
porque muitas vezes você pareceu chegar ao ponto de obter a Luz Íntima e
desanima. Em todas as épocas, a Verdade foi ocultada sob símbolos e sob uma
sucessão de alegorias: onde véu após véu deve ser penetrado antes que a
verdadeira Luz seja alcançada e a verdade essencial revelada. A Luz Humana
não é senão um reflexo imperfeito de um raio do Infinito e do Divino.

2- Estamos prestes a abordar aquelas antigas religiões que outrora governaram as


mentes dos homens e cujas ruínas se acumulam nas planícies do grande
passado, como as colunas quebradas de Palmyra e Tadmor jogadas nas areias
do deserto. Eles estão diante de nós, aqueles antigos e estranhos credos e
crenças misteriosas, envoltos nas brumas da antiguidade, e permanecem turvos
e indefinidos ao longo da linha que divide o Tempo da Eternidade; com formas
estranhas e selvagens, de beleza surpreendente misturadas com as vastas
multidões de figuras com formas monstruosas, grotescas e ocultas.

3- A religião ensinada por Moisés, que, como as leis do Egito, enunciava o princípio
da exclusão, tomou empréstimos, em todos os períodos de sua existência, de
todos os credos com os quais entrou em contato. Enquanto, pelos estudos dos
sábios e instruídos, ela se enriquecia com os mais admiráveis princípios das
Religiões do Egito e da Ásia, ela se modificava, nos caprichos do Povo, por tudo
o que havia de mais impuro ou sedutor nas formas pagãs. e superstições. Foi
uma coisa nos tempos de Moisés e Arão, outra nos tempos de Davi e Salomão, e
outra ainda nos tempos de Daniel e Filo.

4- Na época em que João Batista apareceu no deserto, perto das margens do Mar
Morto, todos os antigos sistemas filosóficos e religiosos estavam próximos uns
dos outros. Uma lassidão geral inclinava as mentes de todos para a quietude
daquele amálgama de doutrinas das quais as expedições de Alexandre e as
ocorrências mais pacíficas que se seguiram, com o estabelecimento na Ásia e na
África de muitas dinastias gregas e um grande número de colônias gregas. havia
preparado o caminho. Após a mistura de diferentes nações, que resultou das
guerras de Alexandre em três quartos do globo, as doutrinas da Grécia, Egito,
Pérsia e Índia foram unidas e misturadas em todos os lugares. Todas as
barreiras que anteriormente mantinham as nações separadas foram derrubadas;
e enquanto o povo do Ocidente conectava voluntariamente sua fé com a do
Oriente, os do Oriente se apressavam em aprender as tradições de Roma e as
lendas de Atenas. Enquanto os filósofos da Grécia, todos (exceto os discípulos
de Epicuro) mais ou menos platônicos, posavam avidamente sobre as crenças e
doutrinas do Oriente, - os judeus e os egípcios -, antes então o mais exclusivo de
todos os povos, sucumbiram a esse ecletismo que prevaleceu entre seus
mestres, os gregos e romanos.

5- Sob as mesmas influências de tolerância, mesmo aqueles que abraçaram o


cristianismo, misturaram o antigo e o novo, o cristianismo e a filosofia, os
ensinamentos apostólicos e as tradições da mitologia. O homem de intelecto,
dedicado a um sistema, raramente o substituiu por outro em toda a sua pureza.
As pessoas aceitavam o credo conforme era oferecido. Consequentemente, a
distinção entre doutrina esotérica e exotérica, imemorial em outros credos,

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afirmou-se facilmente entre muitos dos cristãos; e foi mantido por um grande
número, mesmo durante a pregação de Paulo, que os escritos dos apóstolos
estavam incompletos; que eles continham apenas as sementes de outra doutrina,
que deveria receber das mãos da filosofia, não apenas o arranjo sistemático que
ela esperava, mas todo o desenvolvimento que estava oculto ali. Os escritos dos
Apóstolos, diziam eles, dirigindo-se à humanidade em geral, enunciavam apenas
os artigos da fé vulgar; mas transmitiu os mistérios do conhecimento às mentes
superiores, ao Escolhido - mistérios transmitidos de geração em geração nas
tradições esotéricas; já esta ciência dos mistérios eles deram o nome de Gnose.

6- Os gnósticos derivaram suas principais doutrinas e ideias de Platão e Philo, do


Zend-Avesta e da Cabala, e dos livros sagrados da Índia e do Egito; e assim
introduziu no seio da cristandade as especulações cosmológicas e teosóficas,
que formaram a maior parte das antigas religiões do Oriente, unidas às das
doutrinas egípcia, grega e judaica, que os neoplatônicos também adotaram em o
Oeste.

7- Emanação da Deidade de todos os seres espirituais, degeneração progressiva


desses seres de emanação em emanação, redenção e retorno de todos à pureza
do Criador; e, após a restauração da harmonia primitiva de todos, uma condição
afortunada e verdadeiramente divina de todos, no seio de Deus; tais eram os
ensinamentos fundamentais do gnosticismo. O gênio do Oriente, com suas
contemplações, irradiações e intuições, ditou suas doutrinas. Sua linguagem
corresponde à sua origem.

8- Contemple, diz-se, a Luz, que emana de um imenso centro de Luz, que espalha
por toda parte seus raios benevolentes; assim os espíritos de Luz emanam da
Luz Divina. Contemple todas as fontes que nutrem, embelezam, fertilizam e
purificam a Terra; eles emanam de um único e mesmo oceano; assim do seio da
Divindade emanam tantas correntes que formam e preenchem o universo das
inteligências. Contemple os números, que todos emanam de um número
primitivo, todos se assemelham a ele, todos são compostos de sua essência e,
no entanto, variam infinitamente; e expressões, que podem ser decompostas em
tantas sílabas e elementos, todos contidos na Palavra primitiva, e ainda assim
infinitamente diversos; assim o mundo das inteligências que emanam de uma
Inteligência Primária, e todas elas se assemelham a ela, e mesmo desdobrando
uma variedade infinita de existências.

9- Isso reviveu e combinou as antigas doutrinas do Oriente e do Ocidente; e é


encontrado em muitas passagens dos Evangelhos e cartas pastorais, uma
garantia para fazê-lo. O próprio Cristo falou em parábolas e alegorias, João
tomou emprestada a linguagem enigmática dos platônicos, e Paulo
frequentemente incorreu em rapsódias ininteligíveis, cujo sentido só poderia ser
claro para o Iniciado.
10-Admite-se que o berço do gnosticismo provavelmente está localizado na Síria e
até na Palestina. A maioria de seus expositores escreveu naquela forma corrupta
dos gregos usada pelos judeus helênicos, na Septuaginta e no Novo
Testamento; e há uma analogia pasma entre suas doutrinas e as do judeu-
egípcio Philo, de Alexandria; a sede de três escolas, ao mesmo tempo filosóficas
e religiosas - a grega, a egípcia e a judaica.

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11-Pitágoras e Platão, os mais místicos dos filósofos gregos (o último herdeiro das
doutrinas do primeiro), e que viajaram, tanto para o Egito, quanto o primeiro para
a Fenícia, Índia e Pérsia, também ensinaram doutrina esotérica e distinção entre
o Iniciado e o profano. As doutrinas dominantes do platonismo foram
encontradas no gnosticismo. Emanação de Inteligências do seio da Divindade;
afastaram-se no erro e nos sofrimentos dos espíritos, tanto quanto se afastaram
de Deus e se aprisionaram na matéria; esforços vãos e prolongados para
ascender ao conhecimento da Verdade e reentrar em sua união primitiva com o
Ser Supremo; aliança de uma alma pura e divina com uma alma irracional, sede
dos maus desejos; anjos ou demônios que vivem e governam os planetas, tendo
apenas um conhecimento imperfeito das idéias que presidiram à criação;
regeneração de todos os seres através de seu retorno ao noetos Kosmos, o
mundo das inteligências, e seu Chefe, o Ser Supremo; único modo possível de
restabelecer aquela harmonia primitiva da criação, da qual a música das esferas
de Pitágoras era a imagem; essas eram as analogias dos dois sistemas; e
descobrimos neles algumas das idéias que fazem parte da Maçonaria; em que,
nos Graus simbólicos, são velados e apresentam sinais que passam
completamente despercebidos aos Maçons dos Graus inferiores. único modo
possível de restabelecer aquela harmonia primitiva da criação, da qual a música
das esferas de Pitágoras era a imagem; essas eram as analogias dos dois
sistemas; e descobrimos neles algumas das idéias que fazem parte da
Maçonaria; em que, nos Graus simbólicos, são velados e apresentam sinais que
passam completamente despercebidos aos Maçons dos Graus inferiores. único
modo possível de restabelecer aquela harmonia primitiva da criação, da qual a
música das esferas de Pitágoras era a imagem; essas eram as analogias dos
dois sistemas; e descobrimos neles algumas das idéias que fazem parte da
Maçonaria; em que, nos Graus simbólicos, são velados e apresentam sinais que
passam completamente despercebidos aos Maçons dos Graus inferiores.

12-A distinção entre doutrinas esotéricas e exotéricas (uma distinção puramente


maçônica) sempre foi e desde os primeiros tempos preservada entre os gregos.
Ele remonta aos tempos fabulosos de Orfeu; e os mistérios da Teosofia foram
encontrados em todas as suas tradições e mitos. E depois do tempo de
Alexandre, eles recorreram para instrução, dogmas e mistérios, a todas as
escolas, às do Egito e da Ásia, como também às da Antiga Trácia, Sicília, Etrúria
e Ática.

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13-A Escola Judaico-Helênica de Alexandria é conhecida apenas por dois de seus


chefes, Aristóbulo e Filo, ambos judeus de Alexandria, no Egito. Pertencente à
Ásia por sua origem, ao Egito por sua residência, à Grécia por sua língua e
estudos, esta Escola se esforçou para mostrar que todas as verdades embutidas
nas filosofias de outros países foram transplantadas para lá da Palestina.
Aristóbulo declarou que todos os fatos e detalhes das Escrituras judaicas eram
muitas alegorias, ocultando os significados mais profundos, e que Platão havia
emprestado deles todas as suas idéias mais sutis. Filo, que viveu um século
depois dele, seguindo a mesma teoria, esforçou-se para mostrar que as
escrituras hebraicas, por seu sistema de alegorias, eram a verdadeira fonte de
todas as doutrinas religiosas e filosóficas. De acordo com ele, o sentido literal é
apenas para o vulgo. Quem meditou a filosofia, se purificou pela virtude e se
elevou pela contemplação a Deus e ao mundo intelectual, e recebeu sua
inspiração, atravessa o espesso envoltório da letra, descobre uma ordem de
coisas completamente diferente, e é iniciado em os mistérios, dos quais a
instrução elementar ou literal oferece apenas uma imagem imperfeita. Um fato
histórico, uma figura, uma palavra, uma letra, um número, um rito, um costume, a
parábola ou visão de um profeta, encobre as verdades mais profundas; e aquele
que tem a chave da ciência interpretará tudo de acordo com a Luz que possui. e
recebeu sua inspiração, atravessa o grosso envelope da carta, descobre uma
ordem de coisas totalmente diferente e é iniciado nos mistérios, dos quais a
instrução elementar ou literal oferece apenas uma imagem imperfeita. Um fato
histórico, uma figura, uma palavra, uma letra, um número, um rito, um costume, a
parábola ou visão de um profeta, encobre as verdades mais profundas; e aquele
que tem a chave da ciência interpretará tudo de acordo com a Luz que possui. e
recebeu sua inspiração, atravessa o grosso envelope da carta, descobre uma
ordem de coisas totalmente diferente e é iniciado nos mistérios, dos quais a
instrução elementar ou literal oferece apenas uma imagem imperfeita. Um fato
histórico, uma figura, uma palavra, uma letra, um número, um rito, um costume, a
parábola ou visão de um profeta, encobre as verdades mais profundas; e aquele
que tem a chave da ciência interpretará tudo de acordo com a Luz que possui.
vela as verdades mais profundas; e aquele que tem a chave da ciência
interpretará tudo de acordo com a Luz que possui. vela as verdades mais
profundas; e aquele que tem a chave da ciência interpretará tudo de acordo com
a Luz que possui.

14-Novamente vemos o simbolismo da Maçonaria e a busca do Candidato à Luz.


"Permitimos que homens de mente estreita se retirem", diz ele, "com ouvidos
surdos". Transmitimos os divinos mistérios àqueles que receberam a sagrada
iniciação, aos que praticam a verdadeira piedade e não se deixam escravizar
pelas vãs seduções das palavras ou pelas opiniões preconcebidas dos pagãos.”

15-Para Philo, o Ser Supremo era a Luz primordial, ou o Arquétipo da Luz, Fonte de
onde emanam os raios que iluminam as Almas. Ele também era a Alma do
Universo e, como tal, atuava em todas as suas partes. Ele mesmo preenche e
limita todo o seu Ser. Seus Poderes e Virtudes preenchem e penetram tudo.
Esses Poderes (dunameis) são Espíritos distintos de Deus, as “Idéias” de Platão
personificadas. Ele não tem começo e vive no protótipo do Tempo (Aeon).

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16-Sua imagem é A PALAVRA, uma forma mais brilhante que o fogo; que não
sendo a luz pura. Este LOGOS mora em Deus; pois o Ser Supremo faz para Si
Mesmo dentro de Sua Inteligência os tipos ou ideias de tudo que se tornou
realidade neste Mundo. O LOGOS é o veículo pelo qual Deus age sobre o
Universo, e pode ser comparado à fala do homem.

17-Sendo o LOGOS o mundo das Idéias, por meio do qual Deus criou as coisas
visíveis, ele é o Deus mais antigo, em comparação com o Mundo, que é a
produção mais jovem. O LOGOS, Inteligência Chefe, da qual é o representante
geral, chama-se Arcanjo, tipo e representante de todos os espíritos, mesmo dos
mortais. Ele também é chamado de tipo humano e primitivo, Adam Kadmon.

18-Só Deus é Sábio. A sabedoria do homem não é senão o reflexo e a imagem da


sabedoria de Deus. Ele é o Pai, e Sua Sabedoria a mãe da criação: pois Ele
mesmo se uniu à Sabedoria (Sophia), e comunicou a esta o germe da criação, e
isso deu origem ao mundo material. Ele criou apenas o mundo ideal e tornou real
o mundo material segundo Seu modelo, por Seu LOGOS, que é Sua Palavra, e
ao mesmo tempo a Idéia das Idéias, o mundo intelectual. A Cidade Intelectual
não era senão o Pensamento do Arquiteto, que meditava a criação, segundo o
plano da Cidade Material.

19-A PALAVRA não é apenas o Criador, mas ocupa o lugar do Ser Supremo. Por
Ele agem todos os Poderes e Atributos de Deus. Por outro lado, como primeiro
representante da Família Humana, é o Protetor dos homens e seu Pastor.

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20-Deus dá ao homem a Alma ou Inteligência, que existe antes do corpo e que ele
une ao corpo. O Princípio de raciocínio vem de Deus através da PALAVRA e se
comunica com Deus e com A PALAVRA; mas há também no homem um
Princípio irracional, o das inclinações e paixões que produzem desordem,
emanadas dos espíritos inferiores que enchem o ar como ministros de Deus. O
corpo, tirado da Terra, e o Princípio irracional que o anima simultaneamente com
o Princípio racional, são odiados por Deus, enquanto a alma racional que Ele lhe
deu é, por assim dizer, cativa nesta prisão, neste caixão, .que fecha. A condição
atual do homem não é sua condição primitiva, quando ele era a imagem do
LOGOS. Ele caiu de seu primeiro estado. Mas ele pode ressurgir, seguindo as
diretrizes da Sabedoria e dos Anjos a quem Deus comissionou para ajudá-lo a se
libertar das amarras do corpo e para combater o Mal, a existência que Deus
permitiu, para fornecer-lhe os meios de exercer sua liberdade. As almas que são
purificadas, não pela lei, mas pela Luz, são elevadas às regiões Celestiais, para
aí desfrutarem a perfeita bem-aventurança. Os que perseveram no mal vão de
corpo em corpo, sedes de paixões e maus desejos. As linhagens familiares
dessas doutrinas serão reconhecidas por todos os que lerem as Epístolas de São
Paulo, que escreveu depois de Filo, este último ainda vivendo no reinado de
Calígula e sendo contemporâneo de Cristo. a existência que Deus permitiu, a fim
de fornecer-lhe os meios de exercer sua liberdade. As almas que são purificadas,
não pela lei, mas pela Luz, são elevadas às regiões Celestiais, para aí
desfrutarem a perfeita bem-aventurança. Os que perseveram no mal vão de
corpo em corpo, sedes de paixões e maus desejos. As linhagens familiares
dessas doutrinas serão reconhecidas por todos os que lerem as Epístolas de São
Paulo, que escreveu depois de Filo, este último ainda vivendo no reinado de
Calígula e sendo contemporâneo de Cristo. a existência que Deus permitiu, a fim
de fornecer-lhe os meios de exercer sua liberdade. As almas que são purificadas,
não pela lei, mas pela Luz, são elevadas às regiões Celestiais, para aí
desfrutarem a perfeita bem-aventurança. Os que perseveram no mal vão de
corpo em corpo, sedes de paixões e maus desejos. As linhagens familiares
dessas doutrinas serão reconhecidas por todos os que lerem as Epístolas de São
Paulo, que escreveu depois de Filo, este último ainda vivendo no reinado de
Calígula e sendo contemporâneo de Cristo. as sedes das paixões e dos maus
desejos. As linhagens familiares dessas doutrinas serão reconhecidas por todos
os que lerem as Epístolas de São Paulo, que escreveu depois de Filo, este último
ainda vivendo no reinado de Calígula e sendo contemporâneo de Cristo. as
sedes das paixões e dos maus desejos. As linhagens familiares dessas doutrinas
serão reconhecidas por todos os que lerem as Epístolas de São Paulo, que
escreveu depois de Filo, este último ainda vivendo no reinado de Calígula e
sendo contemporâneo de Cristo.

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21-E o maçom está familiarizado com estas doutrinas de Philo: que o Ser Supremo
é um centro de Luz cujos raios ou emanações penetram no Universo; pois esta é
a Luz para a qual todas as Jornadas Maçônicas estão em busca, e da qual o Sol
e a Lua em nossas Lojas são apenas emblemas: aquela Luz e Trevas, principais
inimigos desde o início dos Tempos, disputam um com o outro o império do
mundo; que simbolizamos pelo candidato vagando nas Trevas e sendo trazido
para a Luz: desta forma o mundo foi criado, não pelo Ser Supremo, mas por um
agente secundário, que é apenas Sua PALAVRA, e por formas que são apenas
sua idéias, auxiliadas por uma INTELIGÊNCIA, ou Sabedoria, que dá um de
Seus Atributos; em que vemos o significado oculto da necessidade de recuperar
"a Palavra"; e de nossas duas colunas de FORÇA e Sabedoria, que são também
as duas linhas paralelas delimitando o círculo que representa o Universo: que o
mundo visível é a imagem do mundo invisível; que a essência da Alma Humana
é a imagem de Deus e existia antes do corpo; que o objetivo de sua vida terrena
é separar-se de seu corpo ou de seu túmulo; e que isso ascenderá às regiões
Celestiais quando ele desejar que isso seja purificado; no qual vemos o
significado, agora quase esquecido em nossas Lojas, do modo de preparar o
Candidato como Aprendiz, e suas provações e purificações em todos os Graus.
que a essência da Alma Humana é a imagem de Deus e existia antes do corpo;
que o objetivo de sua vida terrena é separar-se de seu corpo ou de seu túmulo; e
que isso ascenderá às regiões Celestiais quando ele desejar que isso seja
purificado; no qual vemos o significado, agora quase esquecido em nossas Lojas,
do modo de preparar o Candidato como Aprendiz, e suas provações e
purificações em todos os Graus. que a essência da Alma Humana é a imagem de
Deus e existia antes do corpo; que o objetivo de sua vida terrena é separar-se de
seu corpo ou de seu túmulo; e que isso ascenderá às regiões Celestiais quando
ele desejar que isso seja purificado; no qual vemos o significado, agora quase
esquecido em nossas Lojas, do modo de preparar o Candidato como Aprendiz, e
suas provações e purificações em todos os Graus.

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22-Philo não incorporou em seu ecletismo elementos egípcios ou orientais. Mas


havia outros mestres judeus em Alexandria que faziam as duas coisas. Os
judeus do Egito eram ligeiramente ciumentos e um tanto hostis aos da Palestina,
particularmente após a construção do Santuário em Leontopolis pelo Sumo
Sacerdote Onias; e, conseqüentemente, eles admiraram e engrandeceram
aqueles sábios que, como Jeremias, residiram no Egito. "A Sabedoria de
Salomão" foi escrita em Alexandria e, na época de São Jerônimo, foi atribuída a
Philo; mas isso contém princípios que diferem dos seus. Ele personifica a
Sabedoria e desenha entre seus filhos e os profanos, a mesma linha de
demarcação que o Egito havia ensinado há muito tempo aos judeus. Essa
distinção existia no início do credo mosaico. O próprio Moisés foi um Iniciado nos
mistérios do Egito, como foi compelido a ser, por ser o filho adotivo da filha do
Faraó, Thouoris, filha de Sesostris-Ramsés; que, como mostram sua tumba e
monumentos, era, em representação do filho de seu marido, regente do Baixo
Egito ou do Delta na época do nascimento dos profetas hebreus, reinando em
Heliópolis. Ela também era, como mostram os relevos de sua tumba, uma
Sacerdotisa de HATHOR e NEITH, os dois grandes deuses imaculados. Quanto
a seu filho adotivo, morando em seu palácio e presente por quarenta anos, e
durante esse tempo mal conhecendo seus irmãos judeus, a lei do Egito compeliu
sua iniciação: e encontramos em muitas de suas representações a intenção de
preservar, entre as pessoas comuns e os Iniciados, a linha de separação que ele
encontrou no Egito. Moisés e seu irmão Aarão, a série completa dos Sumos
Sacerdotes, o Conselho dos 70 Anciãos, Salomão e toda a sucessão dos
Profetas, possuíam uma ciência superior; e dessa ciência a Maçonaria é, pelo
menos, o descendente direto. Era familiarmente conhecido como O
CONHECIMENTO DA PALAVRA.

23-AMON, a princípio apenas o Deus do Baixo Egito, onde Moisés foi criado
(palavra que em hebraico significa Verdade), era o Deus Supremo. Ele foi
denominado "o Senhor Celestial, que lança Luz sobre as coisas ocultas". Ele era
a fonte daquela vida divina, da qual a cruz Ansata é o símbolo; e a fonte de todo
o poder. Ele uniu todos os atributos que a Antiga Teosofia Oriental atribuiu ao
Ser Supremo. Ele era o Pleroma, ou "Totalidade das coisas", pois compreendia
em Si mesmo todas as coisas; e a luz; pois ele era o Deus-Sol. Ele era imutável
no meio de todos os fenômenos em seus mundos. Ele não acreditou em nada;
mas todas as coisas emanam Dele; e Dele todos os outros Deuses não eram
senão manifestações.

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24-O Cordeiro era Seu símbolo vivo; que você pode ver reproduzido neste Grau,
repousando sobre o livro com sete selos sobre a placa de rastreamento. Ele
causou a criação do mundo pelo Pensamento Primitivo (Ennoia), ou Espírito
(Pneuma), que brotou dele por meio de sua Voz ou A PALAVRA; e do qual o
Pensamento ou Espírito foi personificado como a Deusa NEITH. Ela também era
uma divindade da Luz e mãe do Sol; e o Festival das Lâmpadas foi celebrado em
sua homenagem em Sais. O Poder Criador, outra manifestação da Divindade,
procedendo à criação concebida e nela, a Inteligência Divina, produziu com sua
Palavra o Universo, simbolizado por um ovo saindo da boca de KNEPH; daquele
ovo veio Ptah, a imagem da Inteligência Suprema como realizada no mundo, e o
tipo daquela manifestada no homem; o agente principal, também, da Natureza,
ou o Fogo criativo e produtivo. PHRE ou RE, o Sol, ou Luz Celestial, cujo símbolo
era o ponto dentro de um círculo, era filho de PHTHA; e TIPHE, sua consorte, ou
o firmamento celeste, com os sete corpos celestes, animada por espíritos de
gênios que os governam, foi representada em muitos dos monumentos, coberta
de azul ou amarelo, seus vestidos salpicados de estrelas e acompanhados pelo
Sol, a lua e cinco planetas; e ele era o tipo de Sabedoria, e eles dos Sete
Espíritos Planetários dos Gnósticos, com quem presidiram e governaram o
mundo sublunar. com os sete corpos celestes, animados por espíritos de gênio
que os governam, foi representado em muitos dos monumentos, coberto de azul
ou amarelo, suas vestes salpicadas de estrelas e acompanhadas pelo Sol, a lua
e cinco planetas; e ele era o tipo de Sabedoria, e eles dos Sete Espíritos
Planetários dos Gnósticos, com quem presidiram e governaram o mundo
sublunar. com os sete corpos celestes, animados por espíritos de gênio que os
governam, foi representado em muitos dos monumentos, coberto de azul ou
amarelo, suas vestes salpicadas de estrelas e acompanhadas pelo Sol, a lua e
cinco planetas; e ele era o tipo de Sabedoria, e eles dos Sete Espíritos
Planetários dos Gnósticos, com quem presidiram e governaram o mundo
sublunar.

25-Neste Grau, desconhecido por centenas de anos para aqueles que o praticaram,
esses emblemas reproduzidos referem-se a essas antigas doutrinas. O cordeiro,
os cabides amarelos salpicados de estrelas, as sete colunas, lustres e sinetes
nos lembram disso.

26-O Leão era o símbolo de ATÓN-RA, o Grande Deus do Alto Egito; o Falcon, de
RA ou PHRE; a Águia, de MENDES; a Bula, da APIS; e três deles são vistos sob
a plataforma sobre a qual repousa nosso altar.

27-O primeiro HERMES foi a INTELIGÊNCIA, ou PALAVRA de Deus. Movido pela


compaixão por uma raça que vive sem lei, e desejando ensiná-los que eles
emanaram de Seu seio, e apontar o caminho que deveriam seguir (os livros que
o primeiro Hermes, o mesmo com Enoque, escreveram sobre os mistérios de
ciência divina, nos caracteres sagrados, sendo desconhecida dos que viveram
após o dilúvio), Deus enviou homens a OSIRIS e ISIS, acompanhados de
THOTH, a encarnação terrena ou repetição do primeiro HERMES; que ensinou
aos homens as artes, a ciência e as cerimônias da religião; e então ascendeu ao
Céu ou à Lua. OSIRIS era o Princípio do Bem. TYPHON, como AHRIMAN, era o
Princípio e a fonte de tudo o que é mau na ordem física e moral. Como o Satã do
Gnosticismo, ele foi confundido com a Matéria.

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28-Do Egito ou da Pérsia, os novos platônicos tomaram emprestada a idéia, e os


gnósticos a receberam deles, de que o homem, em sua carreira terrena, está
sucessivamente sob a influência da Lua, de Mercúrio, de Vênus, do Sol, de
Marte, . de Júpiter e de Saturno, até que ele finalmente alcance os Campos
Elísios; uma ideia novamente simbolizada nos Sete Selos deste Grau.

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29-Os judeus da Síria e da Judéia foram os precursores diretos do gnosticismo; e


em suas doutrinas havia amplos elementos orientais. Esses judeus estiveram
com o Oriente, em dois períodos diferentes, em relações íntimas, familiarizando-
se com as doutrinas da Ásia, e especialmente da Caldéia e da Pérsia; - sua
residência forçada na Ásia Central sob os assírios e persas; e sua dispersão
voluntária por todo o Oriente, nos tempos dos selêucidas e dos romanos.
Vivendo quase dois terços de século, e muitos deles muito tempo depois, na
Mesopotâmia, o berço de sua raça; falando a mesma língua, e seus filhos criados
com os dos caldeus, assírios, medos e persas, e recebendo deles seus nomes
(como no caso de Daniel, que se chamava Baelsazar, prova isso), eles
necessariamente adotaram muitas das doutrinas de seus conquistadores. Seus
descendentes, como nos mostram Esdras e Neemias, dificilmente desejavam
deixar a Pérsia, quando lhes era permitido fazê-lo. Eles tinham uma jurisdição
especial e governadores e juízes tirados de seu próprio povo; muitos deles
tinham ofícios mais elevados e seus filhos foram educados com os da mais alta
nobreza. Daniel era amigo e ministro do rei e chefe do Colégio dos Magos na
Babilônia; se pudermos acreditar no livro que leva seu nome e confiar nos
incidentes relatados em seu estilo altamente figurativo e imaginativo. Mordecai
também ocupava uma posição elevada, nada menos que a de primeiro-ministro,
e Ester ou Astarte, sua prima, era a esposa do monarca. dificilmente desejavam
deixar a Pérsia, quando lhes era permitido fazê-lo. Eles tinham uma jurisdição
especial e governadores e juízes tirados de seu próprio povo; muitos deles
tinham ofícios mais elevados e seus filhos foram educados com os da mais alta
nobreza. Daniel era amigo e ministro do rei e chefe do Colégio dos Magos na
Babilônia; se pudermos acreditar no livro que leva seu nome e confiar nos
incidentes relatados em seu estilo altamente figurativo e imaginativo. Mordecai
também ocupava uma posição elevada, nada menos que a de primeiro-ministro,
e Ester ou Astarte, sua prima, era a esposa do monarca. dificilmente desejavam
deixar a Pérsia, quando lhes era permitido fazê-lo. Eles tinham uma jurisdição
especial e governadores e juízes tirados de seu próprio povo; muitos deles
tinham ofícios mais elevados e seus filhos foram educados com os da mais alta
nobreza. Daniel era amigo e ministro do rei e chefe do Colégio dos Magos na
Babilônia; se pudermos acreditar no livro que leva seu nome e confiar nos
incidentes relatados em seu estilo altamente figurativo e imaginativo. Mordecai
também ocupava uma posição elevada, nada menos que a de primeiro-ministro,
e Ester ou Astarte, sua prima, era a esposa do monarca. e seus filhos foram
educados com os da mais alta nobreza. Daniel era amigo e ministro do rei e
chefe do Colégio dos Magos na Babilônia; se pudermos acreditar no livro que
leva seu nome e confiar nos incidentes relatados em seu estilo altamente
figurativo e imaginativo. Mordecai também ocupava uma posição elevada, nada
menos que a de primeiro-ministro, e Ester ou Astarte, sua prima, era a esposa do
monarca. e seus filhos foram educados com os da mais alta nobreza. Daniel era
amigo e ministro do rei e chefe do Colégio dos Magos na Babilônia; se pudermos
acreditar no livro que leva seu nome e confiar nos incidentes relatados em seu
estilo altamente figurativo e imaginativo. Mordecai também ocupava uma posição
elevada, nada menos que a de primeiro-ministro, e Ester ou Astarte, sua prima,
era a esposa do monarca.

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30-Os Magos da Babilônia eram expositores de escritos simbólicos, intérpretes da


Natureza e de sonhos, astrônomos e adivinhos; e de suas influências surgiram
entre os judeus, após sua libertação do cativeiro, várias seitas e uma nova
exposição, a interpretação mística. Os Aeons dos gnósticos, as idéias de Platão,
os anjos dos judeus e os demônios dos gregos, todos correspondem aos
Ferouers de Zoroastro.

31-Um grande número de famílias judias permaneceu permanentemente em seu


novo país; e uma das mais célebres de suas escolas estava na Babilônia. Eles
logo se familiarizaram com a doutrina de Zoroastro, que em si era mais antiga
que Ciro. Do sistema do Zend-Avesta eles tomaram emprestado, e
subseqüentemente deram um longo desenvolvimento, a tudo que pudesse ser
reconciliado com sua própria fé; e essas adições à velha doutrina logo se
espalharam, pelo constante intercâmbio comercial, na Síria e na Palestina.

32-No Zend-Avesta, Deus é Tempo Ilimitado. Nenhuma origem pode ser atribuída a
Ele: Ele está inteiramente envolvido em Sua glória. Sua natureza e atributos são
tão inacessíveis à Inteligência humana, que Ele só pode ser objeto de uma
silenciosa Veneração. A Criação ocorreu através de uma emanação Dele. A
primeira emanação foi a Luz primordial, e dela o Rei da Luz, ORMUZD. Pela
"PALAVRA", Ormuzd criou o mundo puro. Ele é seu preservador e Juiz; um Ser
Sagrado e Celestial; Inteligência e Conhecimento; o Primogênito do Tempo
ilimitado; e investido de todos os Poderes do Ser Supremo.

33-No entanto, ele é, estritamente falando, o Quarto Ser. Ele tem um Ferouer, uma
Alma preexistente (na linguagem de Platão, um tipo ou ideal); e é dito Dele, que
Ele existiu desde o princípio, na Luz primordial. Mas, sendo essa Luz apenas um
elemento, e Seu Ferouer um tipo, ele é, em linguagem comum, o Primogênito de
ZEROUANE-AKHERENE. Contemple novamente "A PALAVRA" da Maçonaria; o
Homem, sobre a Placa de Plotagem deste Grau; a LUZ para a qual todos os
Maçons viajam.

34-Ele então criou à Sua própria imagem, seis gênios chamados Ameshaspendes,
que cercaram Seu Trono, são Seus órgãos de comunicação com os espíritos e
homens inferiores, para transmitir Suas orações, solicitar Seus favores para eles
e servir-lhes como modelos de pureza e perfeição. . . . Assim temos os
Demiurgos do Gnosticismo, e os seis gênios que o assistiram. Estes são os
Arcanjos Hebreus dos Planetas. Os nomes desses Ameshaspends eram
Bahman, Ardibehest, Schariver, Sapandomad, Khordad e Amerdad. O quarto, o
Santo SAPANDOMAD, criou o primeiro homem e a primeira mulher.

35-Então ORMUZD criou 28 Izeds, dos quais MITHRAS é o chefe. Eles olham, com
Ormuzd e os Ameshaspends, para a felicidade, pureza e preservação do mundo,
que está sob seu governo; e são também modelos para a humanidade e
intérpretes das orações dos homens. Com Mithras e Ormuzd, eles fizeram um
Pleroma (ou número completo) de 30, correspondendo aos trinta Aeons dos
gnósticos, já ogdoad, dodecad e década dos egípcios. Mithras era o Deus-Sol,
invocado e logo confundido com, tornando-se objeto de uma adoração especial e
eclipsando a própria Ormuz.

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36-A terceira ordem de espíritos puros é a mais numerosa. São os Ferouers, os


PENSAMENTOS de Ormuzd, ou as ideias que ele concebeu antes de proceder à
criação das coisas. Eles também são superiores aos homens. Eles os protegem
durante suas vidas na terra; eles os purificarão do mal em sua ressurreição. Eles
são seus gênios tutelares, desde a queda até a completa regeneração.

37-AHRIMAN, o segundo nascido da Luz primordial, morreu disso, puro como


ORMUZD; mas, orgulhoso e ambicioso, sucumbiu ao ciúme do Primogênito. Por
seu ódio e orgulho, o Eterno o condenou a habitar, por 12.000 anos, naquela
parte do espaço onde nenhum raio de Luz o atinge; o império negro das trevas.
Nesse período terá terminado a batalha entre a Luz e as Trevas, o Bem e o Mal.

38-AHRIMAN desprezou a finalização e lutou contra ORMUZD. Aos bons espíritos


criados por seu irmão, opôs um exército inumerável de Seres Maléficos. Aos sete
Ameshaspends ele opôs sete Archidevas, sujeitos aos sete Planetas; aos Izeds e
Ferouers um número igual de Devas, que trouxeram ao mundo todos os males
físicos e morais. Daí a pobreza, doenças, impurezas, inveja, mortificação,
embriaguez, falsidade, calúnia e suas soluções terríveis.

39-A imagem de Ahriman era o Dragão, confundido pelos judeus com Satã e a
Serpente Tentadora. Após um reinado de 3.000 anos, Ormuzd havia criado o
mundo material, em seis períodos, chamando à existência sucessivamente a
Luz, a Água, a Terra, as plantas, os animais e o Homem. Mas Ahriman
concordou na criação da terra e da água; pois a escuridão já era um elemento e
Ormuzd não podia excluir seu Mestre. assim também os dois concordaram na
produção do Homem. Ormuzd produziu, por Sua Vontade e Palavra, um Ser que
era o tipo e a fonte da vida universal para tudo o que existe sob o Céu. Ele
colocou no homem um princípio puro, ou Vida, procedente do Ser Supremo. Mas
Ahriman destruiu esse princípio puro, na forma em que foi revestido; e quando
Ormuz fez, de sua essência recuperada e purificada, o primeiro homem e a
primeira mulher, Ahriman, os seduziu e os tentou com vinho e frutas; a mulher
seduziu primeiro.

40-Freqüentemente, durante os últimos três períodos de 3.000 anos cada, Ahriman


e as Trevas são, e devem ser, triunfantes. Mas as almas puras são atendidas
pelos Bons Espíritos; o Triunfo do Bem é decretado pelo Ser Supremo, e o
período desse triunfo chegará infalivelmente. Quando o mundo estiver mais aflito
com os males derramados sobre ele pelos espíritos da desgraça, três Profetas
chegarão para trazer alívio aos mortais. SOSIOSCH, o principal dos Três,
regenerará a Terra e a restaurará à sua beleza, força e pureza primitivas. Ele
julgará os bons e os maus. Após a ressurreição universal do bem, ele os
conduzirá a um lar de bem-aventurança eterna. Ahriman, seus demônios
malignos e todos os homens malignos também serão purificados em uma
torrente de metal fundido. A lei de Ormuzd reinará em todos os lugares; todos os
homens serão felizes; todos, desfrutando de alegria inalterável, cantarão com
Sosiosch os louvores do Ser Supremo.

41-Essas doutrinas, cujos detalhes foram tomados com moderação pelos judeus
farisaicos, foram muito mais completamente adotadas pelos gnósticos; que
ensinou a restauração de todas as coisas, seu retorno à sua condição original
pura, a felicidade daqueles que foram salvos e sua admissão na Festa da
Sabedoria Celestial.

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42-As doutrinas de Zoroastro vieram originalmente da Báctria, uma província indiana


da Pérsia. Naturalmente, conseqüentemente, incluiria elementos hindus ou
budistas, conforme o caso. A ideia fundamental do budismo era a matéria
subjugando a inteligência e a inteligência libertando-se dessa escravidão. Talvez
algo tenha chegado ao gnosticismo da China. "Antes do Caos que precedeu o
nascimento do Céu e da Terra, diz Lao-TSE, "existia um único Ser, imenso e
silencioso, imóvel e até ativo, a mãe do Universo. Eu não sei o nome dele: mas
eu o designo pela PALAVRA Razão. o homem tem sua forma e modelo na Terra;
A Terra no Céu; o Céu na Razão; e a Razão em si. “Aqui estão novamente os
Ferouers, as Idéias, os Aeons da Razão ou INTELIGÊNCIA, SILÊNCIO,
PALAVRA e SABEDORIA dos gnósticos: ENNOIA, SIGÉ, LOGOS e SOPHIA.

43-O sistema dominante entre os judeus após seu cativeiro era o dos Pharoschim
ou fariseus. Quer seu nome tenha sido derivado do dos persas, ou seguidores de
Zoroastro, ou de alguma outra fonte, é certo que eles tomaram emprestado muito
de suas doutrinas dos persas. Como eles, eles afirmavam ter o conhecimento
exclusivo e misterioso, desconhecido das massas. Como eles ensinaram que
uma guerra constante foi estabelecida entre o império do Bem e do mal. Como
eles atribuíram o pecado e a queda do homem aos demônios e seus chefes; e
como eles também admitiram uma proteção especial dos justos por meio de
seres inferiores, agentes de Jeová. Todas as suas doutrinas sobre esses
assuntos eram, no fundo, aquelas dos Livros Sagrados;

44-Eles se autodenominavam Intérpretes; um nome que indica sua reivindicação de


posse exclusiva do verdadeiro significado das Sagradas Escrituras, em virtude da
tradição oral que Moisés recebeu no Monte Sinai, e que sucessivas gerações de
Iniciados transmitiram, como afirmaram, inalterada, até eles. Seus próprios trajes,
sua crença nas influências das estrelas e na imortalidade e transmigração das
almas, seu sistema de anjos e sua astronomia, eram todos estrangeiros.

45-O saduceísmo permaneceu apenas como uma oposição essencialmente judaica


a esses ensinamentos estrangeiros e àquela mistura de doutrinas adotadas pelos
fariseus e que constituíam o credo popular.

46-Chegamos finalmente aos Essênios e Terapeutas, com os quais este Grau está
particularmente preocupado. Essa mistura de ritos orientais e ocidentais, de
opiniões persas e pitagóricas, que apontamos nas doutrinas de Philo, é
inequívoca nos credos dessas duas seitas.

47-Distinguiam-se menos por especulações metafísicas do que por simples


meditações e práticas morais. Mas este último sempre tirou do princípio
zoroastriano que era necessário libertar a Alma dos grilhões e influências da
matéria; o que levou a um sistema de abstinência e maceração totalmente
oposto às antigas idéias hebraicas, favoráveis como eram aos prazeres físicos.
Em geral, a vida e os costumes dessas associações místicas, como Philo e
Josefo as descrevem, e particularmente suas orações ao nascer do sol,
assemelham-se à imagem do que o Zend-Avesta prescreve aos fiéis adoradores
de Ormuzd; e algumas de suas observâncias não podem ser explicadas de outra
forma.

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48-Os Terapeutas residiam no Egito, nas proximidades de Alexandria; e os essênios


na Palestina, nas proximidades do Mar Morto. Mas até agora houve, não
obstante, uma coincidência passageira em suas idéias, explicada com bom
humor pela atribuição à influência estrangeira. Os judeus do Egito, sob a
influência da Escola de Alexandria, esforçaram-se geralmente para harmonizar
suas doutrinas com as tradições da Grécia; e daí vem, nas doutrinas dos
terapeutas, como Philo afirma, o Homem e analogias entre as idéias órficas e
pitagóricas, por um lado, e as do judaísmo, por outro: enquanto os judeus da
Palestina, tendo menos comunicação com a Grécia , ou condenando seus
ensinamentos, um tanto incorporados às doutrinas orientais, que eles bebiam na
fonte e com os quais suas relações com a Pérsia os tornavam familiares. Essa
anexação foi particularmente mostrada na Cabala, que pertencia mais à
Palestina do que ao Egito, embora amplamente conhecida neste último; e
fornece aos gnósticos algumas de suas teorias mais impressionantes.

49-É um fato significativo que, embora Cristo falasse com frequência dos fariseus e
saduceus, Ele nunca mencionou os essênios, cujas doutrinas e as deles havia
uma semelhança tão grande e, em muitos pontos, uma identidade tão perfeita.
Na verdade, eles não são mencionados, ou mesmo aludidos distintamente, em
qualquer lugar do Novo Testamento.

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50-João, filho de um sacerdote que ministrava no templo em Jerusalém, e cuja mãe


era da família de Aarão, esteve no deserto até o dia de seu aparecimento em
Israel. Ele não bebia vinho nem bebida forte. Coberto com os cabelos e com uma
faixa de couro, e alimentado com a comida que o deserto lhe oferecia, ele
pregava, na região próxima ao Jordão, o batismo de arrependimento para
remissão dos pecados; isto é, a necessidade de arrependimento provada por
uma reforma. Ele ensinou caridade e liberalidade às pessoas; aos publicanos,
justiça, equidade e bons tratos; aos soldados paz, verdade e aceitação; não fazer
violência a ninguém, não acusar ninguém falsamente e contentar-se com o seu
salário. Ele inculcou a necessidade de uma vida virtuosa e a loucura de confiar
em ser descendentes de Abraão.

51-Ele denunciou tanto os fariseus quanto os saduceus como uma geração de


víboras ameaçada pela ira de Deus. Ele batizou aqueles que confessaram seus
pecados. Ele pregou no deserto; e consequentemente no país onde viviam os
essênios, professando as mesmas doutrinas. Ele foi preso antes de Cristo
começar a pregar. Mateus o menciona sem prefácio ou explicação; como se,
aparentemente, sua história fosse conhecida demais para precisar de alguma.
"Naqueles dias", diz ele, "João Batista veio pregando no deserto da Judéia".
Seus discípulos frequentemente jejuavam; pois os encontramos com os fariseus
indo a Jesus para perguntar por que Seus discípulos não jejuavam com tanta
frequência; e Ele não os denunciou, como era Seu costume denunciar os
fariseus;

52-De sua prisão, João enviou dois de seus discípulos para perguntar a Cristo: "És
tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?" , e mais do que um profeta, e
que nenhum homem maior jamais havia nascido, mas que o cristão mais humilde
era seu superior.Ele declarou que ele era Elias, que estava por vir.

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53-John denunciou Herodes por seu casamento com a esposa de seu irmão como
sendo ilegal; e por isso ele foi preso e finalmente executado para gratificá-lo.
Seus discípulos o sepultaram, e Herodes e outros pensaram que ele havia
ressuscitado dos mortos e reaparecido na pessoa de Cristo. Todos viam João
como um profeta; e Cristo silenciou os Sacerdotes e Anciãos perguntando-lhes
se ele foi inspirado. Eles temiam excitar a ira do povo dizendo que ele não era.
Cristo declarou que veio “no caminho da justiça” e que as classes mais baixas
acreditaram nele, embora os sacerdotes e fariseus não.

54-Assim, João, que era frequentemente consultado por Herodes, e a quem o


monarca mostrava grande deferência e era freqüentemente governado por seu
conselho; cujas doutrinas prevaleceram amplamente entre o povo e os
publicanos, ensinavam algum credo mais antigo que o cristianismo. Isso é
evidente: e é igualmente evidente que a maior parte dos judeus havia adotado
suas doutrinas, que não eram fariseus nem saduceus, mas do povo comum e
humilde. Eles devem ter sido, portanto, essênios. É evidente também que Cristo
usou o batismo como um rito sagrado, bem conhecido e praticado há muito
tempo. Estava voltando para ele, disse ele, para completar toda a retidão.

55-No capítulo 18 de Atos lemos: “E chegou um certo judeu chamado Apolo, natural
de Alexandria, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Vinho em Éfeso.
Este homem foi instruído no caminho do Senhor e, sendo fervoroso de espírito,
difundiu e ensinou diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo apenas o
batismo de João; e começou a falar ousadamente na sinagoga; os quais, ouvindo
Áquila e Priscila, foram ter com ele e expuseram-lhe mais perfeitamente o
caminho de Deus”.

56-Traduzindo isso da linguagem simbólica e figurativa no verdadeiro sentido


comum do texto grego, reza: “E um certo judeu chamado Apolo, alexandrino de
nascimento, homem eloquente e de grande erudição, veio a Éfeso. Ele havia
estudado os mistérios da verdadeira doutrina a respeito de Deus; e, sendo um
zeloso entusiasta, falava e ensinava diligentemente as verdades concernentes à
Divindade, não tendo recebido outro batismo senão o de João”. Ele não sabia
nada relacionado ao cristianismo; desde que ele morava em Alexandria e
acabara de chegar a Éfeso; sendo provavelmente um discípulo de Philo e um
terapeuta.

57-Santo Agostinho diz: “Que, em todos os tempos, a religião cristã, que conhecer e
seguir é a mais verdadeira e saudável, é chamada de acordo com este nome,
mas não de acordo com a coisa em si, da qual tem seu nome; pois a coisa em si,
que agora é chamada de religião cristã, era realmente conhecida pelos antigos,
nem era esperada em nenhum momento desde o início da raça humana, até o
momento em que Cristo veio em carne; a partir daqui a verdadeira religião, que
existia anteriormente, começou a ser chamada de cristã; e isso em nossos dias
na religião cristã, não como se esperava nos tempos antigos, mas como, nos
últimos tempos, recebeu seu nome”. Os discípulos foram chamados de “cristãos”
pela primeira vez em Antioquia, quando Barnabé e Paulo começaram a pregar lá.

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58-"E aconteceu", lemos no capítulo 19 de Atos, versículos 1 a 4, "que, estando


Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões superiores da Ásia Menor,
chegou a Éfeso; disse-lhes: Tende vocês receberam o Espírito Santo desde que
se tornaram crentes?' e eles disseram a ele, nós não ouvimos falar até agora de
nenhum Espírito Santo, e ele disse a eles, então, como fostes batizados? com
ele o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que
depois dele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.Quando ouviram isso, foram
batizados em nome do Senhor Jesus”.

59-Essa fé, ensinada por João e tão próxima do cristianismo, não poderia ser senão
a doutrina dos essênios; e do qual não há dúvida de que João pertencia a essa
seita. O lugar onde pregou, suas macerações e dieta frugal, as doutrinas que
ensinou, provam tudo conclusivamente. Não havia outra seita à qual ele pudesse
pertencer; certamente nenhum tão numeroso quanto o dele, exceto os essênios.

60-A partir das duas cartas escritas por Paulo aos irmãos em Corinto, aquela cidade
da luxúria e da corrupção, descobrimos que havia opiniões entre eles. Já havia
seitas rivais, por volta do ano 57 de nossa era, publicando ali seus avisos, como
seguidores, alguns de Paulo, alguns de Apolo e alguns de Cefas. Alguns deles
negaram a ressurreição. Paulo exortou-os a aderir às doutrinas ensinadas por ele
e enviou Timóteo a eles para trazê-los de volta à sua lembrança.

61-De acordo com Paulo, Cristo tinha que voltar. Ele veio para acabar com todos os
outros Principados e Poderes e, finalmente, com a Morte, e então Ele mesmo se
fundiria mais uma vez com Deus; quem então seria tudo em todos.

62-As formas e cerimônias dos essênios eram simbólicas. Eles tinham, de acordo
com Philo, o judeu, quatro Graus; os membros foram divididos em duas Ordens,
os Praticantes e os Terapeutas; sendo este último o Irmão médico e
contemplativo; e o primeiro o homem ativo, prático e de negócios. Eles eram
judeus de nascimento; e tinham maior afeição uns pelos outros do que os
membros de qualquer outra seita. Seu amor fraterno era intenso. Eles cumpriram
a Lei Cristã, "Amai-vos uns aos outros." Eles desprezavam os ricos. Nenhum
poderia ser encontrado entre eles, tendo mais do que outro. As posses de um
estavam misturadas com as dos outros; de modo que todos eles tinham apenas
um patrimônio e eram irmãos. Sua piedade para com Deus era extraordinária.
Antes do nascer do sol, eles nunca pronunciaram uma palavra sobre assuntos
profanos; mas eles realizaram certas orações que receberam de seus ancestrais.
Ao raiar do dia, e antes que houvesse luz, suas orações e hinos subiam aos
céus. Eram eminentemente fiéis e sinceros, e os Ministros da Paz. Eles tinham
cerimônias misteriosas e iniciações em seus mistérios; e o Candidato prometeu
que sempre praticaria a fidelidade a todos os homens, e especialmente aos que
estão em posição de autoridade, "pois ninguém consegue o governo sem a ajuda
de Deus". e os Ministros da Paz. Eles tinham cerimônias misteriosas e iniciações
em seus mistérios; e o Candidato prometeu que sempre praticaria a fidelidade a
todos os homens, e especialmente aos que estão em posição de autoridade,
"pois ninguém consegue o governo sem a ajuda de Deus". e os Ministros da Paz.
Eles tinham cerimônias misteriosas e iniciações em seus mistérios; e o
Candidato prometeu que sempre praticaria a fidelidade a todos os homens, e
especialmente aos que estão em posição de autoridade, "pois ninguém consegue
o governo sem a ajuda de Deus".

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63-“Qualquer -disseram-, era mais firme que um juramento; mas eles evitavam
xingar e o consideravam pior do que perjúrio. Eles eram simples em suas dietas
e modos de vida, suportando a tortura com firmeza e desdenhando a morte. Eles
cultivaram a ciência da medicina e eram muito habilidosos. Eles consideravam
bom usar roupas brancas. Eles tinham seus próprios tribunais e efetuavam
julgamentos rigorosos. Eles guardavam o sábado com mais rigor do que os
judeus.

64-Suas principais cidades eram Engaddi, perto do Mar Morto, e Hebron. Engaddi
ficava a cerca de 30 milhas a sudeste de Jerusalém e Hebron a cerca de 20
milhas ao sul daquela cidade. Josefo e Eusébio falam deles como pertencentes a
uma seita antiga; e eles não hesitaram em ser os primeiros entre os judeus a
abraçar o cristianismo: com cuja fé e doutrina suas próprias regras tinham tantos
pontos de semelhança e eram, na verdade, em grande medida as mesmas.
Plínio os considerava um povo muito antigo.

65-Em suas devoções, eles encaravam o sol nascente; como os judeus geralmente
faziam em relação ao Templo. Mas eles não eram idólatras; pois eles
observaram a lei de Moisés com fidelidade escrupulosa. Eles tinham tudo em
comum e desprezavam as riquezas, sendo suas necessidades atendidas pela
administração de Curadores ou Administradores. O Tetraktis, composto de
pontos redondos em vez de yods, era reverenciado entre eles. Sendo este um
símbolo pitagórico, evidentemente mostra sua conexão com a Escola de
Pitágoras; mas seus princípios peculiares se assemelham mais aos de Confúcio
e Zoroastro; e provavelmente foram adotados enquanto eram cativos na Pérsia;
o que explica que eles se voltam para o Sol em oração.

66-Sua conduta era sóbria e casta. Eles se submeteram à superintendência de


governadores que eles mesmos designaram. Todo o seu tempo era dedicado ao
trabalho, meditação e oração; e eles estavam sistematicamente atentos a todos
os chamados de justiça e humanidade e a todos os deveres morais. Eles
acreditavam na unidade de Deus. Eles supunham que as almas dos homens,
tendo caído, por um destino desastroso, das regiões de pureza e luz, nos corpos
que eles ocupavam; durante a sua continuação em que foram considerados
confinados como em uma prisão. Conseqüentemente, eles não acreditavam na
ressurreição do corpo; mas apenas no da Alma. Eles acreditavam em um estado
futuro de recompensas e punições; e eles não prestaram atenção às cerimônias
ou formas externas impostas pela lei de Moisés a serem observadas na
adoração a Deus; sustentando que as palavras daquele legislador deveriam ser
entendidas em um sentido misterioso e recôndito, e não de acordo com seu
sentido literal. Eles não ofereciam sacrifícios, exceto em casa; e por meio da
meditação eles se esforçaram, tanto quanto possível, para isolar a Alma do corpo
e trazê-la de volta para Deus.

67-Eusébio admite amplamente "que os antigos terapeutas eram cristãos; e que


seus antigos escritos eram nossos Evangelhos e Epístolas".

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68-Os essênios eram da seita eclética dos filósofos e tinham Platão na mais alta
estima; eles acreditavam que a verdadeira Filosofia, o maior e mais saudável
dom de Deus aos mortais, foi difundida, em várias porções, por todas as
diferentes seitas; e este era, consequentemente, o dever de todo homem sábio
recolhê-lo dos vários setores onde está espalhado e empregá-lo, assim reunido,
para destruir o domínio da impiedade e do vício.

69-As grandes festas dos solstícios eram observadas de maneira distinta pelos
essênios; naturalmente, como deveria ser suposto, pelo fato de que eles
reverenciavam o Sol, não como um deus, mas como um símbolo de luz e fogo;
cuja fonte os orientais supunham ser Deus. Eles viviam em continência e
abstinência, e tinham estabelecimentos semelhantes aos mosteiros dos cristãos
primitivos.

70-Os escritos dos essênios estavam cheios de misticismo, parábolas, enigmas e


alegorias. Eles acreditavam nos sentidos esotérico e exotérico das Escrituras; e,
como já dissemos, eles tinham uma garantia nas próprias Escrituras. Eles o
encontraram no Antigo Testamento, como os gnósticos o encontraram no Novo.
Os escritores cristãos, e até o próprio Cristo, reconheceram como um fato que
toda a Bíblia tem um significado interno e externo. Assim, descobrimos que o
seguinte é dito, em um dos Evangelhos: "A vós é dado conhecer o mistério do
Reino de Deus; mas para aqueles que não o conhecem, todas estas coisas são
feitas em parábolas; para que eles possam ver." , eles podem ver e não
perceber, e ouvindo eles podem ouvir e não entender.... E os discípulos
aproximaram-se e disseram-lhe:

71-Paulo, no quarto capítulo de sua Epístola aos Gálatas, falando dos fatos simples
do Antigo Testamento, afirma que eles são uma alegoria. No terceiro capítulo da
segunda carta aos Coríntios, ele se declara ministro do Novo Testamento,
designado por Deus; "Não da letra, mas do espírito; porque a letra mata."
Orígenes e São Gregório sustentam que os Evangelhos não deveriam ser
tomados em seu sentido literal; e Atanásio nos adverte que “Se fôssemos
entender a Sagrada Escritura segundo a letra, cairíamos na mais enorme
blasfêmia”.

72-Eusébio diz: "Aqueles que presidem as Sagradas Escrituras, filosofam sobre elas
e expõem seu sentido literal por meio de alegorias".

73-As fontes de nosso Conhecimento das doutrinas cabalísticas são os livros


Jezirah e Zohar, o primeiro aparecendo no segundo século, e o último um pouco
mais tarde; mas contendo materiais muito mais antigos do que eles. Nos seus
elementos mais característicos, remontam ao tempo do exílio. Neles, como nos
ensinamentos de Zoroastro, tudo o que existe morreu de uma fonte de Luz
infinita. Acima de tudo, existia O Ancião dos Dias, o REI da LUZ; um título
freqüentemente dado ao Criador no Zend-Avesta e no código dos sabeanos.
Com a Idéia assim expressa está conectado o panteísmo da Índia. O REI DA
LUZ, O ANCIÃO, é TUDO. Ele não é apenas a causa real de toda a existência;
ele é o Infinito (AINSOPH). Ele é o mesmo: não há nada Nele que possamos
chamar de Você.

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74-Na doutrina indiana, o Ser Supremo não é apenas a causa real, mas ele é a
única Existência real: tudo o mais é ilusão. Na Cabala, como nas doutrinas persa
e gnóstica, ele é o Ser Supremo desconhecido de todos, o "Pai Desconhecido", o
mundo é sua revelação, e subsiste somente Nele. Seus atributos são
reproduzidos ali, com diferentes modificações, e em diferentes graus, de modo
que o universo é Seu Santo Esplendor; isso dificilmente é Seu Manto; mas isso
deve ser reverenciado em silêncio. Todos os seres emanaram do Ser Supremo:
Quanto mais próximo um ser está Dele, mais perfeito ele é ; quanto mais acima
na escada, menor sua pureza.

75-Um raio de Luz, emitido pela Divindade, é a causa e o princípio de Tudo o que
existe. Este é ao mesmo tempo Pai e Mãe de todos, no sentido mais sublime.
Penetra tudo; e sem ela nada pode existir um instante. A partir desta Força
dupla, designada pelas duas primeiras letras da PALAVRA I.'. H.'. V.'. H.'. morreu
o Primogênito de Deus, a Forma Universal, na qual todos os seres estão
contidos; o Arquétipo Persa e Platônico das coisas, unido ao Infinito pelo
primitivo raio de Luz.

76-Este Primogênito é o Agente Criativo, Preservador e Princípio Animador do


Universo. Esta é a Luz da Luz. Possui as três Forças primitivas da Divindade,
Luz, espírito e vida. Como ele recebeu é o que ela dá, Luz e Vida, isso é
igualmente considerado como o Princípio generativo e conceitual, o Homem
primitivo, ADAM KADMON. Como tal, revelou-se em dez emanações ou
Sephiroth, que não são dez seres diferentes, nem mesmo seres do todo; mas
fontes de Vida, recipientes de Onipotência e formas de Criação. Eles são
Soberania ou Vontade, Sabedoria, Inteligência, Bondade, Severidade, Beleza,
Vitória, Glória, Permanência e Império. Estes são atributos de Deus; e esta ideia,
aquele Deus que se revela por Seus atributos, e que a mente humana não pode
perceber ou discernir o próprio Deus, em suas obras, mas apenas a sua forma
de manifestação, é uma Verdade profunda. A cada um desses atributos foram
dados os nomes mais sagrados do Ser Supremo: SABEDORIA foi chamada de
JEH; PRUDÊNCIA, foi chamada IHVH; MAGNIFICÊNCIA, foi chamado de; A
SÉRIO foi chamada ELOHIM; VITÓRIA e GLÓRIA, foram chamados ZABAOTH;
e IMPÉRIO chamava-se ADONAI. A SOBERANIA também se chamava OU, que
é a NOSSA do sistema sabeano, que é LUZ.

77-Conhecemos do Invisível apenas o que é Visível revelado. A sabedoria era


chamada de NOUS e LOGOS, intelecto ou A PALAVRA. A inteligência, fonte do
óleo da unção, responde ao Espírito Santo da fé cristã. A beleza é representada
pelo verde e amarelo. A Vitória é IHVH-ZABAOTH, a coluna à direita, a coluna
Jachin: Glória é a coluna Boaz, à esquerda. E assim nossos símbolos
reaparecem na Cabala. E novamente a Luz, o objeto de nosso trabalho, aparece
como o Poder Criativo da Divindade. O círculo também era o símbolo especial da
primeira Sephirah, Kether, ou a Coroa.

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78-Não iremos mais longe com a Cabala em seus quatro mundos de espíritos,
Aziluth, Briah, Yezirah e Asiah, ou de emanação, criação, formação e fabricação,
um inferior ou outro emergindo do outro, o superior sempre envolvendo o inferior.
; sua doutrina é que, em tudo o que existe, não há nada puramente material; que
tudo vem de Deus, e em tudo Ele procede por irradiação; que tudo subsiste por
causa do raio divino que penetra na criação; e tudo é unido pelo espírito de
Deus, que é a vida da vida; de como tudo é Deus; as existências habitadas pelos
quatro mundos, inferiores umas às outras em proporção à sua distância do
Grande Rei da Luz: a luta entre anjos e Princípios Bons e Maus, será travada até
que o próprio Eterno a ponha fim e restaure o harmonia primitiva; as quatro
partes distintas da Alma do Homem; e as migrações das almas impuras, até que
estejam suficientemente purificadas para compartilhar com os espíritos de Luz a
contemplação do Ser Supremo cujo Esplendor enche o Universo.

79-A PALAVRA foi encontrada também no Credo Fenício. Como em todas as da


Ásia, uma palavra de Deus, escrita em caracteres estelares, pelas Divindades
planetárias, e comunicada pelos Semideuses, como um mistério profundo, às
classes superiores da raça humana, para ser por elas comunicada aos
humanidade, criou o Mundo. A fé dos fenícios era uma emanação da antiga
adoração das estrelas, que somente no credo de Zoroastro está ligada à crença
em um Deus. Luz e Fogo são os agentes mais importantes na fé fenícia. Existe
uma raça de filhos da Luz. Eles adoravam o Céu com suas Luzes, considerando-
o o Deus Supremo.

80-Tudo emana de um Princípio Simples, e de um Amor Primitivo, que é o Motor de


Tudo e tudo rege. A Luz, por sua união com o Espírito, do qual é apenas o
veículo ou símbolo, é a Vida de todos e penetra em todos. Deve ser respeitado
consequentemente e honrado em todos os lugares; pois em todos os lugares ela
governa e controla.

81-Os parafraseadores da Caldéia e de Jerusalém se esforçaram para fazer da


frase DEBAR-YAHOVAH, A PALAVRA de Deus, uma personalidade, onde quer
que a encontrassem. A frase “e Deus criou o homem” é, no Targum de
Jerusalém, “e A PALAVRA de IHUH criou o homem”.

82-Assim, em xxviii. Gen. 20,21, onde Tiago diz: "Se Deus (IHIH ALHIM) estivesse
comigo... então IHUH seria meu ALHIM; UHIH IHUH LI LALHIM; e esta pedra
seria a Casa de Deus (IHIH BITH ALHIM): Onkelos parafraseia isto, “”. Se A
PALAVRA de IHUH fosse minha ajuda... então A PALAVRA de IHUH seria meu
Deus.

83-“Assim, em iii. Gen. 8, para "A Voz do Senhor Deus" (IHUH ALHIM), temos: "A
Voz da PALAVRA de IHUH. “

84-Em ix. Sabedoria, 1, "Ó Deus de meus Pais e Senhor da Misericórdia! que fizeste
todas as coisas pela tua palavra."

85-E em xviii. Sabedoria, 15, "Tua Palavra Todo-Poderosa desce do céu".

86-Philo fala da PALAVRA como sendo o mesmo com Deus. Assim, em diversos
lugares, ele a chama de Segunda Divindade; a imagem de Deus: o Verbo Divino
que faz todas as coisas: substituto, de Deus; e semelhantes.

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87-Assim, quando João começou a pregar, os sacerdotes e filósofos do Oriente e do


Ocidente haviam agitado durante séculos as grandes questões concernentes à
eternidade ou criação da matéria: criação imediata ou intermediária do universo
pelo Deus Supremo; a origem, objeto e extinção final do mal; as relações entre
os mundos intelectual e material, e entre Deus e o Homem; e a criação, queda,
redenção e restauração ao seu primeiro estado, do homem.

88-A doutrina judaica, diferindo nisso de todos os outros credos orientais, e mesmo
da lenda eloísta com a qual começa o livro do Gênesis, atribuiu a criação à ação
imediata do Ser Supremo. Os Teosofistas dos outros Povos Orientais
interpuseram mais do que um intermediário entre Deus e o Mundo. Colocar entre
eles apenas um simples Ser, supor para a criação do mundo apenas um simples
intermediário, era, a seus olhos, diminuir a Suprema Majestade. O intervalo entre
Deus, que é a Pureza perfeita, e a matéria, que é a base e a falta, era grande
demais para eles. Mesmo no Ocidente, nem Platão nem Philo poderiam
empobrecer tanto o mundo intelectual.

89-Desta forma, Cerinthus de Éfeso, com a maioria dos gnósticos, Philo, a Cabala, o
Zend-Avesta, os Puranas e todo o Oriente, estimaram a distância e antipatia
entre o Ser Supremo e o mundo material muito grande, pois atribui ao primeiro a
criação do segundo. Abaixo, e emanando de, ou criado por, O ANTIGO dos dias,
a Luz Central, o Princípio, ou Primeiro Princípio, um, dois ou mais Princípios,
existências ou Seres intelectuais foram imaginados, para quem um ou mais (sin
no ato criativo imediato por parte do Grande Imóvel, A Divindade Silenciosa ), se
deve à criação imediata do universo material e mental.

90-Já falamos de muitas das especulações sobre este ponto. Para alguns, o mundo
foi criado pelo LOGOS ou Verbo, a primeira manifestação ou emanação da
Divindade. Para outros, o Princípio da criação deveu-se à emanação de um raio
de Luz, criando o princípio da Luz e da vida. O Pensamento Primitivo, criando as
Divindades inferiores, uma sucessão de Inteligências, os Anjos de Zoroastro,
seus Ameshaspends, Izeds e Ferouers, as ideias de Platão, os Aeons dos
Gnósticos, os Anjos dos Judeus, os Nous, os Demiurgos, .a Razão Divina, os
Poderes ou forças de Philo, e os Elohim, Forças Superiores ou Deuses da antiga
lenda com a qual o Gênesis começa,- a estes e outros intermediários a criação
foi devida. As mesmas Abstrações tornaram-se Existências e Realidades. Os
Atributos de Deus, personificados,

91-Deus era a Luz da Luz, o Fogo Divino, a Intelectualidade Abstrata, a Raiz ou


Germe do Universo. Simão, o Mago, fundador da fé gnóstica, e o homem e os
cristãos judeus primitivos, admitiu que as manifestações do Ser Supremo, como
PAI, ou Jeová, FILHO ou CRISTO, e ESPÍRITO SANTO, eram apenas muitos
modos diferentes de Existência, ou forças do próprio Deus. Para outros, eles
eram, assim como a multidão de Inteligências Subordinadas, seres reais e
distintos.

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92-Especulações orientais reveladas na criação dessas Inteligências Inferiores,


Poderes do Bem e do Mal e Anjos. Falamos daqueles imaginados pelos persas e
cabalistas. No Talmud, cada estrela, cada país, cada cidade e quase todas as
línguas tinham um Príncipe do Céu como seu Protetor. JEHUEL, é o guardião do
fogo, e MICHAEL da água. Sete Espíritos o acompanhavam; aqueles de fogo
sendo Seraphiel, Gabriel, Nitriel, Tammael, Tchimschiel, Hadarniel e Sarniel.
Estes sete são representados pelas colunas quadradas deste Grau, enquanto as
colunas JACHIN e BOAZ representam os anjos do fogo e da água. Mas as
colunas não são representativas apenas disso.

93-Para Basilides, Deus era sem nome, incriado, a princípio contendo e ocultando
em si a Plenitude de Suas Perfeições; e quando estes são mostrados e
manifestados por Ele, isso resulta em muitas existências particulares, todas
análogas a Ele, e ainda e sempre Ele. Para os essênios e os gnósticos, o Oriente
e o Ocidente mantinham essa fé; que as Idéias, Concepções ou Manifestações
da Divindade eram muitas Criações, muitos Seres, tudo é Deus, nada além Dele,
mas mais do que agora entendemos pela PALAVRA idéias. Eles emanaram e
serão reunidos com Deus. Eles têm uma espécie de existência intermediária
entre nossas ideias modernas e as inteligências ou ideias, elevadas à categoria
de gênios, da mitologia oriental.

94-Estes Atributos personificados da Divindade, na teoria de Basilides, eram o


Primogênito, Nous ou Mente: disto emana o Logos, ou A PALAVRA disto:
Phronesis, intelecto: desta Sophia, Sabedoria: deste Dunamis, Poder:. e desta
Dikaiosune, Retidão: à qual mais tarde os judeus deram o nome de Eirene, Paz
ou Calma, as características essenciais da Divindade e efeito harmonioso de
Todas as Suas Perfeições. O número total de emanações sucessivas foi 365,
expresso pelos gnósticos, em letras gregas, pela palavra mística Abraxas;
designando Deus como manifestado, ou o agregado de suas manifestações; mas
não o próprio Deus Supremo e Secreto. Essas trezentas e sessenta e cinco
inteligências compreendem juntas a Totalidade ou Plenitude das Emanações
Divinas.

95-Com os ofitas, uma seita dos gnósticos, havia sete Espíritos inferiores (inferiores
a Ialdabaoth, os Demiurgos ou Criador Real: Michael, Suriel, Raphael, Gabriel,
Thauthabaoth, Erataoth e Athaniel, os gênios das estrelas chamados Touro; o
Cão, o Leão, o Urso, a Serpente, a Águia e o Asno que antigamente figuravam
na constelação de Câncer, e simbolizados respectivamente por esses animais;
como Ialdabaoth, Iao, Adonai, Eloi, Orai e Astaphai eram os gênios de Saturno, a
lua, o Sol, Júpiter, Vênus e Mercúrio.

96-A PALAVRA aparece em todos esses credos. É o Ormuzd de Zoroastro, o


Ainsoph da Cabala, o Nous do platonismo e do filonismo, e a Sophia ou
Demiurgos dos gnósticos.

97-E todos esses credos, embora admitindo essas diferentes manifestações do Ser
Supremo, sustentavam que Sua identidade era imutável e permanente. Essa foi
a distinção de Platão entre Ser sempre o mesmo e o fluxo perpétuo das coisas
mudando incessantemente, o Gênesis.

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98-A crença no dualismo de alguma forma era universal. Aqueles que sustentam
que tudo morreu de Deus, aspira a Deus e reentrar em Deus, acreditavam que,
entre aquelas emanações havia dois Princípios adversos, de Luz e Trevas, Bem
e Mal. Isso prevaleceu na Ásia Central e na Síria; enquanto no Egito isso
assumiu a forma de especulação grega. No primeiro, um segundo Princípio
Intelectual foi admitido, ativo em seu Império das Trevas, ousado contra o
império da Luz. Assim os persas e sabeanos entenderam. No Egito, este
segundo Princípio era a Matéria, como A PALAVRA era usada pela Escola
Platônica, com seus tristes atributos Vacuidade, Trevas e Morte. Em sua teoria, a
matéria só poderia ser animada pela baixa comunicação de um princípio de vida
divino. Esta resiste às influências que a espiritualizariam.

99-Para muitos, havia dois Princípios; o Pai Desconhecido, ou Deus Supremo e


Eterno, habitando no centro da Luz, feliz na perfeita pureza de Seu ser; a outra, a
Matéria eterna, aquela massa inerte, sem forma e escura, que eles consideravam
como a fonte de todo o mal, a mãe e moradora do espaço de Satanás.

100- Para Philo e os platônicos, havia uma Alma do mundo, criando coisas visíveis
e ativa nelas, como um agente da Inteligência Suprema; percebendo ali as idéias
que lhe são comunicadas por aquela Inteligência, e que às vezes supera Suas
Concepções, mas que Ele executa sem entendê-las.

101- O Apocalipse ou Revelações, por cujos escritos, pertence ao Oriente já uma


antiguidade extrema. Isso reproduz o que é mais antigo do que ele mesmo. Ele
pinta, com as cores mais fortes que o gênio oriental já empregou, as cenas finais
da grande batalha da Luz, da Verdade e do Bem contra as Trevas, o Erro e o
Mal; personificado na Nova religião, por um lado, e Paganismo e Judaísmo, por
outro. Esta é uma aplicação particular do antigo mito de Ormuzd e seus gênios
contra Ahriman e seus Devas; e celebra o triunfo final da Verdade contra os
poderes combinados de homens e demônios. As ideias e a imaginação são
tomadas emprestadas de cada lado; e alusões são encontradas nas doutrinas de
todas as épocas. Estamos continuamente recordando o Zend-Avesta, os Códigos
Judaicos, Philo e a Gnose. Os sete Espíritos ao redor do Trono do Eterno, no
início do Grande Drama, e tendo uma parte tão importante nele, são em toda
parte os primeiros instrumentos da Vontade Divina e da Vingança, são os sete
Ameshaspendes de Parsis; como os Vinte e quatro Anciãos, oferecendo ao Ser
Supremo as primeiras súplicas e as primeiras homenagens, lembrando-nos dos
misteriosos Chefes do Judaísmo, pressagiando os Aeons do Gnosticismo, e
reproduzindo os vinte e quatro Bons Espíritos criados por Ormuzd e encerrados
em um ovo.

102- O Cristo da Revelação, o Primogênito da criação e ressurreição, é investido


com as características de Ormuzd e Sosiosch do Zend-Avesta, o Ainsoph da
Cabala e os Carpistas dos Gnósticos. A Idéia de que verdadeiros e fiéis Iniciados
se tornam Reis e Sacerdotes é ao mesmo tempo persa, judaica, cristã e
gnóstica. E a definição do Ser Supremo, que ele é ao mesmo tempo o Alfa e o
Ômega, o começo e o fim --Aquele que foi, é e será, ou seja, Tempo ilimitado, é
a definição de Zoroastro de Zerouane- .

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103- As profundezas de Satanás que nenhum homem pode medir; seu triunfo por
um tempo por fraude e violência; É ser acorrentado por um anjo; sua reprovação
e precipitação em um mar de metal; seus nomes da Serpente e do Dragão; todo
o conflito dos bons Espíritos ou hostes celestiais contra o mal; essas são muitas
idéias e designações semelhantes encontradas no Zend-Avesta, na Cabala e na
Gnose.

104- Encontramos até mesmo no Apocalipse aquela ideia persa singular, que
considera alguns dos animais inferiores como tantos Devas ou veículos de
Devas.

105- A proteção da terra por um anjo bom, a renovação da terra e dos céus e o
triunfo final dos homens puros e santos são o próprio triunfo do Bem sobre o Mal,
pelo qual todo o Oriente examinou. As vestes douradas e brancas dos vinte e
quatro anciãos são, como na fé persa, os sinais de uma alta perfeição e pureza
divina.

106- Assim, a mente humana trabalhou, lutou e se torturou durante séculos, para
explicar a si mesma o que sentia, sem confessá-lo, ser inexplicável. O resultado
foi uma grande multidão de abstrações indistintas, suspensas na imaginação, um
encadeamento de palavras sem nenhum significado tangível, um inextricável
labirinto de sutilezas. Mas uma grande ideia sempre emergia e permanecia
proeminente e imutável acima do caos incessante da confusão. Deus é grande,
bom e sábio. O mal, a dor e a tristeza são temporários e têm propósitos sábios e
benéficos. Eles devem ser consistentes com a bondade, pureza e perfeição
infinita de Deus; e deve haver uma maneira de explicá-los, se ao menos
pudéssemos encontrá-lo; como, em todos os eventos, nos esforçaremos para
fazê-lo.

107- Por fim, o Bem prevalecerá e o Mal será expulso. Só Deus pode fazer isso, e
Ele o fará, por uma Emanação de Si mesmo, assumindo a forma Humana e
redimindo o Mundo. Contemple o objeto, o fim, o resultado das grandes
especulações e logomaquias da antiguidade; a aniquilação final do mal e a
restauração do homem ao seu primeiro estado, por um Redentor, um Masayah,
um Cristo, a Palavra encarnada, Razão ou Poder da Divindade. Este Redentor é
A PALAVRA ou Logos, o Ormuzd de Zoroastro, o Ainsoph da Cabala, o Nous do
platonismo e do filonismo; Aquele que estava no princípio com Deus, e era Deus,
e por quem todas as coisas foram feitas. Aquilo que era procurado por todo o
povo do Oriente é abundantemente demonstrado pelo Evangelho de João e
pelas cartas de Paulo; onde dificilmente parece necessário dizer qualquer coisa
como prova de que tal Redentor estava por vir; mas todas as energias dos
escritores são dedicadas a mostrar que Jesus era o Cristo por quem todas as
nações estavam esperando; a "Palavra", o Masayah, o Anunciado ou
Consagrado.

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108- Neste Grau é simbolizada a grande batalha entre o Bem e o Mal, em


antecipação ao aparecimento e advento da PALAVRA ou Redentor; e os
misteriosos ensinamentos esotéricos dos essênios e cabalistas. Das práticas do
primeiro, temos apenas vislumbres nos escritos antigos; mas sabemos que,
como suas doutrinas foram ensinadas por João Batista, elas se assemelhavam
muito às de maior pureza e quase maior perfeição, ensinadas por Jesus; e que
não apenas a Palestina estava cheia de discípulos de João, de modo que os
sacerdotes e fariseus não ousavam negar a inspiração de João; mas sua
doutrina se espalhou para a Ásia Menor e converteu na luxuriosa Éfeso, como
havia feito em Alexandria, no Egito; e que eles voluntariamente abraçaram a fé
cristã,

109- Essas velhas controvérsias estão mortas e as velhas crenças caíram no


esquecimento. Mas a Maçonaria ainda sobrevive, vigorosa e forte, como quando
a filosofia era ensinada nas escolas de Alexandria e sob o Pórtico; ensinando as
mesmas verdades antigas que os essênios ensinaram nas margens do Mar
Morto, e como João Batista pregou no deserto; Verdades imperecíveis como a
Divindade e inegáveis como a Luz. Essas Verdades foram recolhidas pelos
Essênios das doutrinas do Oriente e do Ocidente, do Zend-Avesta e dos Vedas,
de Platão e Pitágoras, da Índia, Pérsia, Fenícia e Síria, da Grécia e do Egito, e
dos Livros Sagrados. dos judeus.

110- É por isso que somos chamados de Cavaleiros do Oriente e do Ocidente,


porque suas doutrinas vêm de ambos. E essas doutrinas, a separação do joio do
trigo, a separação da Verdade do Erro, a Maçonaria reuniu em seu coração, já
através do fogo da perseguição e da calamidade, ela os trouxe e os entregou a
nós. Que Deus é Um, imutável, imutável, infinitamente justo e bom; que a Luz
finalmente vencerá as Trevas - o Bem vencerá o Mal e a Verdade vencerá o
Erro; essas são a religião e a Filosofia da Maçonaria. Meu irmão, você pode
valorizar mais e apreciar o plano, simples, sublime, universal - a aquisição do
Conhecimento das verdades, que tem sido em todas as épocas a Luz pela qual
os Maçons foram guiados em seu caminho;

********** FIM DA INSTRUÇÃO ********* ** ***********

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