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A.·. G.·. D.·. G.·. A.·. D.·. U.·.

ORDEM MAÇÔNICA DO ANTIGO E PRIMITIVO RITO


DE MEPHIS - MISRAIM.

RITUAL DO DÉCIMO QUINTO GRAU


CAVALEIRO DO LESTE E
DA ESPADA

LANÇAMENTO 15 -

V.'.L. 000.000,0
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ÍNDICE
Generalidades-Símbolos 3
Decoração do Templo 3
Joia 4
Lembrete 5
Ritual de Posse no Décimo Quinto Grau 6
Recepção na décima quinta série 10
Catecismo do Décimo Quinto Grau 23
Instrução da Décima Quinta Série 25

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GENERALIDADES- SÍMBOLOS

Generalidades

O Cavaleiro do Oriente é o primeiro dos escalões do Conselho dos Príncipes de


Jerusalém. Ele era o 6º Grau da Loja Mãe de Marselha. O 23º Grau do Sistema Lyons
de 1761, o 7º e último Grau do Rito Francês, antes da Introdução do Grau da Rosa-
Cruz, o 6º Grau dos Filatetas, o 11º Grau da Maçonaria Adonhiramita, o 11º Grau de
Los “Elegidos de la verdad,” o 15º Grau do Rito Heredom, o 17º Grau do Primitivo
Escocês, o 41º Grau de Misraim, o 15º Grau do Rito Escocês e o 15º Grau do Antigo e
Primitivo Rito de Memphis- Misraim, . . . .
Este 15º Grau é semelhante ao 4º Grau das antigas iniciações egípcias, e muitos de
seus detalhes têm um significado místico e astronômico. Provavelmente foi praticado
pela primeira vez pelos Templários gnósticos, que o aprenderam durante as
cruzadas nas tradições orientais.

As iniciais LDP (Liberdade de Passagem, ou Liberdade de Pensamento) figuram no


brasão do grau, com a acácia, tendo sobreposta uma grinalda de cinco pontas e um
tríplice triângulo entrelaçado.
O destinatário é chamado de “Very Free Mason”

Este Grau sob o signo da verdade. A faixa é “Green Water” e acima dela apresenta
uma ponte que tem as três letras LDP, traçadas sobre sua proa. O lenço é vermelho
e tem uma orla verde, a joia é uma espada em forma de sabre.

Filosofia da Licenciatura

Os Rituais mais antigos atribuem a este grau a cor verde. O verde é complementar ao
vermelho. Na heráldica, o verde é chamado de “sinople”. “Sinople” vem do latim baixo
“sinapis”, que significava verde e vermelho ao mesmo tempo.

O vermelho é, então, a “parte secreta” do verde. Para os alquimistas o princípio ígneo,


quente e masculino, une-se ao princípio úmido, frio e feminino.

DECORAÇÃO DO TEMPLO – FACULDADE

O Templo é revestido de verde-água misturado com vermelho e muito bem


iluminado.
Um Candelabro de sete braços está aceso ao lado do altar; e este está coberto com
uma toalha de mesa branca.
No Oriente, a estrela de cinco pontas em cujo centro está a letra “G”.
O Conselho dos Cavaleiros do Oriente é presidido por um Grão-Mestre, que é
chamado de “Ilustre Grão-Mestre”. Os outros oficiais são chamados de Veneráveis.

JÓIAS

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túnica azul. O colar é verde água com bordados representando ossos, espadas
quebradas e espadas inteiras. No meio há uma ponte na qual estão as letras “LDP”
(Liberdade de Passagem).

Luvas:de cor verde

Lenço do Grau
O lenço é vermelho com bordas verdes, tem três triângulos dourados, um dentro do
outro. Os lados são paralelos e compostos por pequenos triângulos, lembrando os elos
triangulares de uma corrente. Na babeta, uma cabeça atravessada por duas espadas.

O / a Destinatário / a é chamado de / um “Maçom muito livre”.

Referências Bíblicas
A lenda do 15º ano é retirada da Bíblia. Dos livros de Esdras e Neemias. Também
encontramos algumas referências em Ageu 2:1-9 e Zacarias 4:6-7. É Neemias quem
levanta o muro de Jerusalém e descobre o fogo sagrado do antigo santuário (I
Macabeus 1: 18:36, II Macabeus 2: 13). Livro das Crônicas Esdras 1 a 4 Jeremias 43:
5-7 salmo 137 Salmo 85 Neemias 4-17 Isaías 44: 28 e 45. A permissão concedida por
Ciro aos judeus para retornarem a Jerusalém serve como tema histórico (Esdras, livro I,
capítulo I).
GRAVADOR

Ordem
Mão direita sobre o ombro esquerdo

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Sinais de Reconhecimento:
Mão direita sobre o ombro esquerdo e, como se imitando as ondas de um rio, traga a
mão em direção ao quadril direito. Desembainhar a espada e apresentá-la como se
fosse lutar.

Resposta: mão direita ao longo do estômago, da esquerda para a direita. Esse contra-
sinal simboliza o gesto de desembainhar a espada para iniciar o combate

Senha: JAABOROUHAMMAIM (as águas passarão)

Grande Palavra:SCHALAL – SCHALOM – ABI (perturbou a paz de seu pai)

Palavra Sagrada:RAPHODON (lugar de descanso)

Bateria:00000 -

Idade:70 anos

Marchar:5 grandes passadas, não desembainhadas, a espada na posição vertical


segura pela mão direita.

Tocar:cada um pega a mão esquerda do outro, o braço levantado como para repelir um
ataque, e da direita finge tentar passar; coloque a ponta da espada sobre o coração do
outro; o primeiro diz “JUDAH”, o segundo “BENJAMIN” (Filho da equidade, ou filho dos
eddes).

Aclamação:Glória a Deus e ao Soberano.

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RITUAL DE SEGURANÇA NO 15º SÉRIE


CAVALEIRO DO ORIENTE E DA ESPADA

ABERTURA DAS OBRAS

O templo está escuro. Os oficiais estão em seus lugares.

A pedido do Grão-Mestre, o Venerável de Cerimônias faz com que os


Cavaleiros se organizem no átrio, posicionando todos com o sinal de
fidelidade, e dá uma bateria na porta.

CAPITÃO DA GUARDA
Grande Mestre, bata na porta do templo.

ÓTIMO PROFESSOR
É o Venerável de Cerimônias, acompanhado dos Cavaleiros do Oriente e da
Espada, que o Grão-Mestre convoca ao Conselho.

CAPITÃO DA GUARDA
Grão-Mestre, é o Venerável de Cerimônias, acompanhando os Cavaleiros do
Oriente e da Espada que chamais ao Conselho.

ÓTIMO PROFESSOR
Que eles sejam apresentados, senhores, de pé com o sinal de fidelidade.

Entre nos Cavaleiros

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS
Grão-Mestre, os Cavaleiros do Oriente e da Espada estão reunidos para o
Conselho.

ÓTIMO PROFESSOR
Que os Vales repousam. Venerável Capitão da Guarda, temos certeza?

CAPITÃO DA GUARDA
Grão-Mestre, Irmãos Vigilantes, naveguem ao nosso redor.

ÓTIMO PROFESSOR
Venerável Primeiro Vigilante, todos os Veneráveis presentes são Cavaleiros do
Oriente e da Espada?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Grão-Mestre, o Venerável Segundo Vigia e eu respondemos através dos Vales.

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ÓTIMO PROFESSOR
Venerável Primeiro Vigilante, de quem devemos nos proteger?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


De nossos inimigos e de nossos irmãos, Grão-Mestre

ÓTIMO PROFESSOR
Por que devemos nos manter afastados de nossos Irmãos?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Alguns deles estão em cativeiro, buscamos sua libertação. Como não estão
familiarizados com os nossos projetos, podem inadvertidamente impedir a sua
realização.

ÓTIMO PROFESSOR
Venerável Segundo Vigilante, você é um Cavaleiro do Oriente e da Espada?

VENERÁVEL SEGUNDA SENTINELA


Eu sei usar o trulla com uma mão e a espada com a outra

ÓTIMO PROFESSOR
Em que trabalha?

VENERÁVEL SEGUNDA SENTINELA


A reconstrução do Templo

ÓTIMO PROFESSOR
Quem destruiu o templo?

VENERÁVEL SEGUNDA SENTINELA


A ignorância de uns, a força bruta de outros.

ÓTIMO PROFESSOR
Venerável Primeiro Vigia, a que horas chegamos?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Grão-Mestre, chegamos à aurora da libertação.

ÓTIMO PROFESSOR
Que horas são?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


O começo do dia

ÓTIMO PROFESSOR
Afirmo que chegou a hora e que é hora de agir, abrirei o Conselho. Stand e a
Ordem, senhores.
VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Acender as velas

ÓTIMO PROFESSOR

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PARA A GLÓRIA DO SUPREMO ARQUITETO DO MUNDO, EM NOME DO


SOBERANO SANTUÁRIO DO CHILE E DA AMÉRICA LATINA, DOS RITUOS
ANTIGOS E PRIMITIVOS DE MEPHIS MISRAIM, SOB OS AUSPÍCIOS DO
SUPREMO CONSELHO, PELOS PODERES QUE ME FORAM CONFERIDOS
REGULARMENTE OS PROCEDIMENTOS DESTE CONSELHO DE CAVALEIROS
DO ORIENTE OU DA ESPADA.

A mim, senhores, pelo sinal e pela bateria.-

TODOS OS IRMÃOS

Eles fazem o sinal e dão a Bateria 00000 – 00

Vales em repouso.

ÓTIMO PROFESSOR
Sentados, senhores.

Enquanto os trabalhos estão abertos, são feitas as iniciações programadas na


ordem do dia.

ENCERRAMENTO DAS OBRAS

ÓTIMO PROFESSOR

Dá as sete marteladas 0 0 0 0 0 0 0

Senhores, irei proceder ao encerramento das Obras.

Venerável primeiro vigia, quais são as armas de um Cavaleiro do Oriente e da


Espada?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


O Trulla e a Espada, Grão-Mestre

ÓTIMO PROFESSOR
Por que é?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Para construir e propagar

ÓTIMO PROFESSOR
Venerável Primeiro Vigilante, a que horas os Cavaleiros do Oriente e da Espada
suspendem seus trabalhos?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


No final do dia, Grão-Mestre

VENERÁVEL SEGUNDA SENTINELA


Grande Mestre, as estrelas aparecem

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ÓTIMO PROFESSOR
De pé e em ordem, senhores!

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Desligue as velas

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, vamos nos separar com o trulla em uma mão e a espada na outra.

PARA A GLÓRIA DO SUPREMO ARQUITETO DO MUNDO, EM NOME DO


SOBERANO SANTUÁRIO DO CHILE E DA AMÉRICA LATINA, DO ANTIGO E
PRIMITIVO RITO DE MEPHIS MISRAIM, SOB A AUSPIÇÃO DO SUPREMO
CONSELHO, PELOS PODERES QUE REGULARMENTE FORAM CONFERIDOS A
EU NOSSO CONSELHO.

Para mim, pelo Sinal e pela Bateria

É assim que se faz

Na direção leste, id em paz.

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RECEPÇÃO AO 15º ANO

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, meus Irmãos, na Ordem do dia de nossos negócios consiste a Recepção
dos / como seguintes Irmãos / como Grandes Escolhidos do Cofre
Sagrado………………........

Venerável Mestre de Cerimônias e Instrutor, você cumpriu seu dever.

Os dois oficiais vão embora. Eles vão até onde estão os neófitos e leem o
seguinte texto para eles:

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, esta é a Instrução que está sendo lida nestes momentos para os neófitos.

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
Meus Grandes Irmãos Eleitos da Abóbada Sagrada, a lenda do 15º Grau coloca o
início da ação na Babilônia no final do cativeiro. Aproximadamente 80 anos se
passaram desde a destruição do Templo e o exílio dos judeus na Babilônia. A partir
do momento em que o malvado Merodaque, filho de Nabucodonosor, libertou do
cativeiro o rei da Judéia, Conias, restituindo-lhe a dignidade real, a sorte dos
exilados muda radicalmente.

Uma nova classe surgiu e assumiu um lugar eminente: uma sociedade de


mercadores, comerciantes e empresários, para quem a Babilônia era a terra
prometida. Independente destes que viviam no luxo insolente, o povo, os pequenos
proprietários, os meios e as fazendas que cultivavam as margens férteis de Chedar
e faziam ricas colheitas ali amadurecerem, comparavam aquele lugar luxurioso com
os pequenos campos rochosos e inférteis da Judéia, nos quais era preciso empregar
muito esforço para livrá-los de suas pedras.

Artesãos, ourives, tecelões, fundidores encontraram um amplo mercado. Os


sacerdotes, que tinham podido abrir sinagogas, viviam confortavelmente e não
desejavam voltar a Jerusalém. E então, ao chamado de Isaías, a memória da pátria
ancestral se espalhou. Formou-se um clã que sonhava em voltar para a outra terra
prometida por Moisés. Entre os apoiadores mais fervorosos estava Zorobabel, neto
do rei Conias.

Reza a lenda que este serviu no exército de Ciro, rei dos persas e que um dia lhe
salvou a vida. Essa era a situação dos judeus, na Babilônia, quando Ciro com a
cumplicidade dos sacerdotes de Marduk, tomou aquela cidade sem luta.

No decorrer do ritual que um de vocês vai viver como chefe neófito, ele primeiro
representará Zorobabel, o Grão-Mestre representará o Rei Ciro e depois o Chefe
dos Iniciados de Jerusalém.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

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Após a leitura, conduza o / como Neófito / como ao portal do templo, onde


ele ataca como Grande Escolhido da abóbada sagrada
(3 – 5 – 7 – 9).

CAPITÃO DA GUARDA
Quem bate assim?

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS
É o Venerável de Cerimônias, acompanhado pelos maçons que aprenderam sobre a
pedra cúbica. Insatisfeitos, eles pedem para participar de nossos mistérios.

CAPITÃO DA GUARDA
O Grão-Mestre, o Venerável de Cerimônias, acompanhado pelos Grandes HHnos
Escolhidos da Abóbada Sagrada, exige admissão ao Conselho.

ÓTIMO PROFESSOR
Dadles entrada no Templo.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele faz entrar os “Maçons Muito Livres”, que vão se sentar nos assentos
reservados para eles.

O principal “Maçom” é conduzido até a frente do altar.

ÓTIMO PROFESSOR
Meus Irmãos/Irmãs, no curso de sua iniciação, vocês viveram a morte de HIRAM,
assassinado pelo vício, tirania e ignorância do ser humano. A vós foi possível
adquirir as qualidades e aptidões indispensáveis à reconstrução do templo. Fostes
proclamados / como Grandes Arquitetos, isto é, operários / como trabalhadores da
ciência exata.

E então o Grande problema se apresentou aos seus espíritos. Fonte de angústia dos
seres humanos. Você procurou em vão a Palavra na pedra bruta. Pedreiro do Real
Arco, encontraste na pedra cúbica as letras que a compõem.

Você sondou o espaço e o tempo, interrogou o mundo dos fenômenos, buscou a


origem da vida: encontrou apenas uma noite sem limites. Seu olhar e seu
pensamento se evadirão cada vez mais na imensidão. A busca por uma certeza que
te permita, a partir dela, chegar a uma conclusão.

As letras que lês obre a pedra cúbica, compreendem o nome do Grande Arquiteto do
Universo.

Venerável irmão / na, como Grande Eleito e Maçom perfeito, você conseguiu ler o
nome?

PEDREIRO MUITO GRATUITO


Meus irmãos e eu, não conseguimos fazer isso

ÓTIMO PROFESSOR

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O que eles te ensinaram?

PEDREIRO MUITO GRATUITO


Eles me disseram "Deus é"

ÓTIMO PROFESSOR
O que mais eles te contaram?

PEDREIRO MUITO GRATUITO


Entre Deus e sua consciência você não permitiu que ninguém se interpusesse

ÓTIMO PROFESSOR
Eles vão acreditar: Você o chama de Deus, Criador, Providência, Natureza, Lei,
Força, Energia, Vida, de acordo com as tendências do seu espírito.

Sede acima de tudo sincero / a. Defenda sua liberdade contra os outros e contra si
mesmo / a. Você nunca atenta contra a liberdade do outro.

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
Essa é, de fato, a última palavra da sabedoria humana. A Maçonaria também
encerra aí o ciclo dos pequenos mistérios.
Dependendo exclusivamente de si mesmo/a, você tem um valor proporcional ao seu
trabalho pessoal. Você não vai saber de nada. Você não se elevará senão na
medida de sua própria meditação. De detenção de seu julgamento, de sua vontade
de encontrar a verdade. Ninguém virá até você para revelar essas questões, que
sempre foram disputas entre os seres humanos.

ÓTIMO PROFESSOR
Venerável de cerimônias, conduz o próprio Maçom até o Venerável primeiro Vigia.

É assim que se faz.

Venerável Primeiro Vigilante, entregamos a este ser humano todos os nossos


pensamentos. Nós o chamamos para estudar e trabalhar, garantimos sua liberdade,
o que mais ele pode esperar de nós?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Venerável irmão / a, nós lhe contamos tudo; você tem razão e liberdade, o que mais
você quer?

PEDREIRO MUITO GRATUITO


Se minha razão é impotente, de que me servirá a liberdade?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Ouça o que aconteceu quando os Eleitos, acreditando que haviam terminado seu
trabalho, se perguntaram o que poderia servir à sua liberdade

VENERÁVEL SEGUNDA SENTINELA

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O templo, inteiramente acabado, havia recebido o jazigo sagrado do Delta. O


monumento superou em esplendor todas as construções conhecidas e os Grandes
Eleitos mostraram-se orgulhosos de sua beleza maravilhosa.

O próprio Salomão estava cheio de orgulho. Ele, que por tanto tempo personificou a
sabedoria, abandonou os caminhos da justiça e da verdade, entregou-se ao desvio e
ergueu altares a deuses estrangeiros.

A abóbada sagrada que abrigava o Delta foi abandonada, a casa do Senhor foi
mutilada. A cidade inteira foi corrompida.

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Então veio Nabucodonosor, que tomou Jerusalém. A cidade santa foi saqueada; o
Templo destruído, os tesouros roubados. Quase todos os habitantes que escaparam
do massacre foram levados cativos para a Babilônia.

Foi o que aconteceu quando os Grandes Escolhidos pensaram que todo o trabalho
havia se tornado inútil, quando eles não sabiam mais do que fazer com sua
liberdade.

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
Alguns iniciados nos antigos mistérios permaneciam nas ruínas de Jerusalém.
Magros, impotentes, eles vagavam entre as ruínas da cidade, chorando por seus
mortos e prisioneiros. Mais, guardavam a esperança, a certeza do seu destino. Entre
eles surgiria um profeta, o segundo Isaías, que iria à Babilônia resgatar o povo judeu
e lembrá-lo de sua missão.

Pausa

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
O rei Ciro, que acabara de conquistar a Babilônia, teve um sonho e mandou chamar
Zorobabel.

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Venerável de Cerimônias, conduz o principal “muito maçom” até Ciro, onde será
Zorobabel.

ÓTIMO PROFESSOR
Zorobabel, tive um sonho que nenhum dos mágicos poderia explicar. Vi
Nabucodonosor e Baltasar carregados de correntes. Pairando sobre eles uma águia
pronunciou o nome inefável; um leão, que parecia entorpecido, aproximou-se
rugindo.

Você pode, Zorobabel, me dar o significado?

MASON MUITO LIVRE - ZEROBABEL


O Grande Rei, O Altíssimo ordena que você liberte o povo de Israel, o Leão de Judá.

ÓTIMO PROFESSOR
Eu darei a você liberdade e seu povo; Eu restaurarei o tesouro da Judéia. Eu
permitirei que você reconstrua o Templo de seu Deus, se você me entregar o Delta

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escondido pelos iniciados de seu país e se você me disser o nome que está inscrito
lá.
Pausa

MASON MUITO LIVRE - ZEROBABEL


Se eu não consigo encontrar a liberdade, se não é ao preço de meus juramentos
violados, morrerei em cativeiro. Eu também sou o guardião do fogo.

ÓTIMO PROFESSOR
E isso vai te salvar da minha ira justa?

MASON MUITO LIVRE - ZEROBABEL


Teu juramento, oh, soldado de Mithras, e tua honra de rei.

ÓTIMO PROFESSOR
Zorobabel, respondeste segundo o meu coração! Sabendo que você é um dos
mestres da Luz, quis testar sua fidelidade. É o que eu decreto: “O Senhor Deus do
Céu me deu todos os reinos da terra e me encarregou de construir uma casa para
ele na Judéia”.

Além disso, não restauro o reino de Davi. Eu sou seu monarca e você deve
permanecer sob minha autoridade. Meu próprio governador, Chechbazzar, será o
príncipe de Judá e você governará sob suas ordens. Todos os judeus que
desejarem podem acompanhá-lo.

Vá Zorobabel, vá consultar o seu e, ao voltar, me dirá como realizará suas


esperanças.

Pausa

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Conduz o “Very Free Mason” ao redor do Templo no sentido usual. Durante


a viagem, ouvem-se vozes. Ao final da quarta voz, o “Very Free Mason” é
conduzido à frente do altar leste.

VENERÁVEL SECRETÁRIO – PRIMEIRA VOZ


Zorobabel, eu, Sealtiel, teu pai, em verdade te digo que, como príncipe da linhagem
de Davi, podes reinar em Jerusalém, além disso não podes obedecer a um
estrangeiro. Desista do seu projeto, filho meu.

VENERÁVEL SEGUNDO VIGILANTE - SEGUNDA VOZ


Eu Giddel, que soube expandir meus domínios e cujos campos férteis se perdem no
horizonte, darei a eles um belo presente: duas mulas, um cavalo e uma barra de
prata. Mas com certeza não vou sair daqui, porque me sinto muito bem.

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE - TERCEIRA VOZ


Eu Nebo, cujos navios sulcam todos os mares, darei muito dinheiro, mais não posso
te acompanhar e abandonar todos aqueles que dependem de mim.

VENERÁVEL CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA - QUARTA VOZ

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Falo a vocês em nome dos artesãos: Para quem poderíamos vender nossos
produtos? Aos leprosos amonitas que perambulam pelas estradas de Jerusalém? O
que aqueles mendigos poderiam fazer com nossos tecidos delicados, nossas
sandálias bordadas, nossas joias finas? Dar à luz é uma loucura!

Pausa

ÓTIMO PROFESSOR
Zorobabel, você vem logo?

“MUITO MAÇOM” – ZEROBABEL


Oh, Grande Rei, estou desanimado

ÓTIMO PROFESSOR
Não é sobre as riquezas que você deve perguntar. Adquire homens

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele conduz o principal “Maçom Muito Livre” até onde outros “Maçons Muito
Livres” estão localizados e diz:

Existem entre vocês corajosos, temperamentais, seguros de seu ideal, capazes de


todos os sacrifícios para acompanhar Zorobabel?

Ele se dirige a cada um dos neófitos / assim sucessivamente dizendo:

E você?

Cada um responde:

Si

Em seguida, o venerável de cerimônias traz de volta o maçom principal em


frente ao altar leste.

“MUITO MAÇOM” – ZEROBABEL


Poderoso Rei, estou em breve

ÓTIMO PROFESSOR
Você partirá para abrir o caminho para o seu povo. Eu lhe darei o colar dos nobres
da Média e da Pérsia; e o anel, um sinal de sua autoridade. Eu vou te dar tudo que
você precisa. Se você chegar a Jerusalém, receberá instruções secretas. Ve Meu
Filho.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele conduz os /os neófitos / ás para fora do Templo, até a Câmara de


preparação, para a segunda instrução.

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA

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Siga-os até uma certa distância para ler a segunda instrução.

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, passaremos ao Segundo Templo, tenham a bondade de seguir os
Veneráveis Vigilantes de seus Vales.

Saia para seu altar e leve os Cavaleiros ao Segundo Templo. Todo mundo
sente isso.

Senhores, a instrução é dada naquele momento aos neófitos.

CAPITÃO DA GUARDA
Então aqueles homens determinados, liderados por Zorobabel, partiram para
Jerusalém. Eles iriam ao longo das margens do Eufrates até a beira do deserto.
Antes de continuar por ela, tiveram, em Gándara, de abrir um rio pela única ponte
existente. Quando se prepararam para isso, foram atacados por hordas de
saqueadores. Eles travaram combate, mas muitos deles pereceram. Suas provisões,
seus tesouros, a maioria de suas armas foram roubadas deles.

O que eles fariam agora? Voltar para a Babilônia e renunciar, ou enfrentar o deserto
nas condições mais precárias? Quando eles deliberaram, sem hesitar, Zorobabel
apenas franqueou a ponte, e então os mais firmes seguiram.
A marcha pelo deserto foi aterradora, a fome e a sede tomaram conta deles, mas
mesmo assim continuaram, sustentados pela fé no futuro.

Em Jerusalém, os iniciados os guardavam.

O venerável de cerimônias traz os / como neófitos / como ao Segundo


templo, com passo decidido e rápido. A porta do templo está aberta.

No momento em que o grupo é apresentado, o Capitão da Guarda diz:

CAPITÃO DA GUARDA
Grão-Mestre, aqueles que esperávamos chegaram. Zorobabel os lidera.

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, meus irmãos, de pé e em ordem!

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele conduz Zorobabel até o altar, os outros “Maçons Muito Livres” se


sentam.

ÓTIMO PROFESSOR
Saúde, senhores, saudamos sua entrada pelo tambor de torcida, para mim, pelo
sinal e pelo tambor.

É assim que se faz

Os vales em repouso

Pausa

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Veneráveis irmãos / pois, guiados por Zorobabel, superastes todos os obstáculos


levantados em teu caminho e desbravaste a ponte. Desta forma, eles se mostraram
dignos de ocupar um assento em nosso Conselho. Permita-me parabenizá-los de
todo o coração.

Cavaleiro da Eloquência, quais foram as instruções secretas de Cyrus?

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
Oh, Zorobabel, ouve o que Ciro te pede; Seus sábios irão conceber um único Deus e
separá-lo da mitologia grosseira que envolve outros Deuses. Embora atribuam a ele
raiva, cólera às vezes, injustiça e crueldade, que são paixões humanas.

Os sábios do meu país tentaram mergulhar na noção de Deus. Suas concepções me


parecem melhores, mas não concebo, em minha opinião, uma autoridade que me
faça pensar que tenho o direito de impô-la aos outros.

Aqueles de vocês iniciados que viveram na Babilônia encontraram lá mais liberdade


do que concederam em seu próprio país para aqueles que não pensavam como
eles. Junto com os mágicos caldeus, os sacerdotes egípcios, os iranianos, eles
puderam confrontar seus conhecimentos.

Saiba Zorobabel, que se a sabedoria dos iniciados judeus é igual à dos persas, há
então, um ponto em que os persas são superiores: eles adoram em Deus o pai
comum a todas as nações, o fogo eterno que anima o mundo . . . . Nunca se
esqueça que a tradição é Uma! OH!, Zorobabel, espero que o templo que você
construir seja um Templo de Liberdade, Tolerância e Fraternidade!

Assim falou Ciro.

ÓTIMO PROFESSOR
Que este ensinamento seja precioso para você. Tinham uma convicção sincera,
mais velada, de não serem intolerantes, ainda que fossem vítimas da intolerância
alheia.
“Maçons Muito Livres”, antes de se admitirem em nosso Conselho, vocês devem
pronunciar o juramento dos Cavaleiros do Oriente e da Espada.

Cavaleiros, de pé e para a Ordem.


Pausa

Senhor da Eloquência, teve a gentileza de ler a fórmula do juramento.


CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA
Pela minha honra de Maçonaria, declaro solicitar minha iniciação nos mistérios dos
Cavaleiros do Oriente e da Espada; pelo desejo de me aperfeiçoar. Comprometo-me
a adquirir, em relação a todas as coisas, convicção pessoal e a usar a cada instante
o meu livre arbítrio. Prometo, agora que me é conferido o título de Cavaleiro,
aumentar meus conhecimentos, em todos os planos, espiritual, moral e intelectual,
respeitar todas as opiniões e combater todas as intolerâncias, princípio fundamental
do Antigo e Primitivo Rito de Memphis Misraim. Que a espada nunca esqueça o
trulla, 1999 .e que nunca o troll faça-o esquecer a espada.

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Que o Grande Arquiteto do Universo seja minha testemunha e me ajude a


cumprir meu juramento solene. Então eu juro.

ÓTIMO PROFESSOR
Veneráveis Irmãos /as , que cada /a, sendo chamado pelo nome, se aproxime do
altar e repita a última frase de seu juramento.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele conduz cada venerável Irmão / a ao ser chamado pelo seu nome, até o
altar e entrega-lhe o texto da última frase de seu juramento, Mão direita sem
luvas sobre a Bíblia.

ÓTIMO PROFESSOR

Ele desce de seu altar e vai para o centro do Templo. Os veneráveis Irmãos
estão em quadra.

Meus irmãos / como “maçons muito livres”, joelho direito no chão. Unido!

Os Veneráveis Irmãos /as juntam-se, colocando a mão no ombro do da


direita. O Grão-Mestre desembainha sua espada e diz:

ÓTIMO PROFESSOR
À GLÓRIA DO SUPREMO ARQUITETO DO MUNDO, EM NOME DO SOBERANO
SANTUÁRIO DO CHILE E DA AMÉRICA LATINA DOS RITUOS ANTIGOS E
PRIMITIVOS DE MEPHIS MISRAIM, SOB OS AUSPÍCIOS DO SUPREMO
CONSELHO, PELOS PODERES QUE ESTAVAM REGULARMENTE COMIGO, EU
ACREDITO EM TI, CONSAGRARO E RECEBO NESTE CONSELHO DE
CAVALEIROS DO ORIENTE E DA ESPADA, O DÉCIMO QUINTO GRAU DO RITO.

Erguíos Cavaleiros!
Receba esta faixa, cuja cor os lembra de seu dever para consigo mesmos.

Receba este gládio, que comemora as batalhas de Zorobabel, ele servirá para suas
futuras batalhas!

E esse é o trulla, nunca esqueça que construir é o nosso objetivo.

Ele, retorna ao seu altar.

Venerável irmão primeiro Vigia, qual é a promessa que os Cavaleiros do Oriente e


da Espada fazem um ao outro?

VENERÁVEL PRIMEIRO VIGILANTE


Prometemos a cada um de nossos Irmãos Cavaleiros ajudá-los em sua busca.
Respeite a independência de suas convicções e o direito de adaptá-los à sua
conduta, e evite em suas vidas todos os ataques a essa independência.

ÓTIMO PROFESSOR
Que todo Cavaleiro estenda a mão sem luva em direção ao altar e diga comigo: eu
juro.

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É assim que se faz

Os vales em repouso!

Veneráveis de cerimônias, nos aproximamos do Venerável Primeiro Vigilante, com


os novos Cavaleiros, para a comunicação de nossos arcanos.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Ele se levanta

Ordem
Mão direita sobre o ombro esquerdo

Sinais de Reconhecimento:
Mão direita sobre o ombro esquerdo e, como se imitando as ondas de um rio, traga a
mão em direção ao quadril direito. Desembainhar a espada e apresentá-la como se
fosse lutar.

Resposta: mão direita ao longo do estômago, da esquerda para a direita. Esse contra-
sinal simboliza o gesto de desembainhar a espada para iniciar o combate

Senha: JAABOROUHAMMAIM (as águas passarão)

Grande Palavra:SCHALAL – SCHALOM – ABI (perturbou a paz de seu pai)

Palavra Sagrada:RAPHODON (lugar de descanso)

Bateria:00000 -

Idade:70 anos

Marchar:5 grandes passadas, não desembainhadas, a espada na posição vertical


segura pela mão direita.

Tocar:cada um pega a mão esquerda do outro, o braço levantado como para repelir um
ataque, e da direita finge tentar passar; coloque a ponta da espada sobre o coração do
outro; o primeiro diz “JUDAH”, o segundo “BENJAMIN” (Filho da equidade, ou filho dos
eddes).

Aclamação:Glória a Deus e ao Soberano.


Grão-Mestre, a Instrução está terminada.

VENERÁVEL DE CERIMÔNIAS

Leva aos novos Cavaleiros entre as colunas

ÓTIMO PROFESSOR
Senhores, de pé e da Ordem!, De agora em diante reconhecereis como Cavaleiros
do Oriente e da Espada os /como Veneráveis irmãos / como que estão entre as
colunas.

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Entregaremos em sua homenagem a Bateria da Alegria, com o tradicional “Vivat”,

É assim que se faz

Os vales em repouso! Sentado.

Pausa

Com a palavra o Cavaleiro da Eloquência.

CAVALEIRO DA ELOQUÊNCIA

FALA de

Novos cavaleiros, meus Veneráveis irmãos, serei breve, temendo alterar as lições
que derivam das cerimónias que acabais de viver. um plano superior de
consciência, no qual o ser humano é convidado a dar um passo decisivo na direção
da pura luz maçônica.

Por intuição genial, nossos predecessores situaram a ação desse ritual no


extraordinário século VI antes de Cristo, que viu a humanidade cometer uma
espécie de mutação, sobre a qual ainda permanecemos intrigados.
O mundo então conhecido está um caos; na China, na Índia, no Oriente Médio, na
Grécia, a violência é o mestre e os terríveis tiranos de Nínive e da Babilônia
parecem encarnar as forças do mal. Em nome de divindades sangrentas, só há
rapinas, massacres, deportações, crueldades.
Imagine o tratamento infringido por Nabucodonosor ao rei judeu Conias.
Este, encurralado, teve que assistir à decapitação dos filhos, depois queimou os
olhos para salvar o espetáculo como a última visão do mundo.
É o rei da Média, Astiagos, que para castigar os seus tribunos já Harpados,
convida-os para um banquete e faz-lhes comer um assado, para lhes dizer de
imediato que o assado é um pedaço de coxa do filho de Harpados que o rei tinha
degolada pela manhã.

É então que surge Ciro que pratica as virtudes da tolerância e proclama a


identidade de todos os Deuses. O rei da Pérsia mostra uma magnanimidade tão
perfeita em relação aos povos vencidos que, como dirá Herodes, “Ele inspira neles
tal desejo de agradá-lo, que eles não pedem outra coisa senão serem governados
de acordo com a sua vontade”.

O que acontece, então, que desencadeia esse investimento em valor? Cyrus está
totalmente imbuído da religião que Zoroastro havia reorganizado um século antes,
aquela religião que incutiu nele um grande ideal espiritual, o amor à verdade e à
justiça.

Mais, é bastante óbvio que algo mais possibilitava aquela tomada de consciência,
um tipo particular de impregnação, cujos intérpretes passariam a dar ao mundo
mensagens que ainda hoje vivemos.

Na China de Confúcio, Lao Tse e Mo-Ti, na Índia, Buda, Sakyamuni e os


narradores dos Upanishads, na Grécia de Mileto, Sólon e Pitágoras.

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O Ritual do 15º ano recorda-nos esse período, em que a humanidade deu um salto
prodigioso. Desta forma, ele nos convida a fazer um esforço renovado em nós
mesmos, e para isso dificilmente temos que seguir Zorobabel.

Este, de linhagem real, que viveu confortavelmente na Babilônia, assim como


muitos dos seus, está prestes a abandonar tudo para adotar a religião dos
conquistadores. Mais adiante encontrará Isaías, que o fará compreender o valor da
tradição e da grandeza da missão judaica. Aquele a quem se oferece toda
facilidade, acumulador de riquezas e honras, vai consagrar sua vida ao novo ideal.
ËL saberá lutar, convencer e finalmente conduzir seu povo de volta à terra
prometida.

É assim que suas lutas, seus desesperos, suas dúvidas são a imagem daqueles
por onde passamos, quando desejamos ir mais longe no caminho do
conhecimento. Somente quando chegarmos a um conhecimento suficiente de nós
mesmos, cortando as impurezas desarmonizadas de nosso verdadeiro eu, teremos
permissão para cruzar o rio. Em uma palavra, tenha acesso a um grau mais
elevado de iniciação.
Então, surge a oportunidade de ir até a ponte.; emblema da maturidade espiritual.
Franqueando o mesmo, chegamos ao deserto. Passaremos ao plano informal e
intemporal.
Podemos lidar com a espada e o trulla ao mesmo tempo. É aqui, como também diz
o ritual “dependendo apenas de vós, tendes um valor proporcional ao vosso
trabalho pessoal”. Você não saberia nada, você não se elevaria a não ser na
medida de sua própria meditação, de retidão de seu juramento, de sua vontade de
encontrar sua verdade.

Senhores, eu os parabenizo, em nome deste Conselho, por nos procurarem.


Desejo que encontres, neste início de dia, força e entusiasmo para seguir o
caminho que te chama.

Em nome de todos os senhores presentes, reitero a você a promessa que fizeram


de auxiliares em sua tarefa.

Sede forte, sem sede, tolerante à sede, lembre-se ainda que confiamos a você uma
espada para defender os tesouros de nosso Rito e uma trulla para construir o
templo desta Força, desta Liberdade e desta Tolerância.

Eu disse Grão-Mestre.

**********FIM DA INSTRUÇÃO********** * *

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CATECISMO DO 15º ANO

P: Você é um Cavaleiro do Oriente e da Espada?


A: Eu tenho a marca dele. Fui conduzido a Cyrus entre correntes e saí de sua
presença livre e reabilitado.

P: Como você chegou a este grau?


R: Pela minha Humildade, Minha Paciência e frequentes Pedidos, quando outros
desmaiavam nos trabalhos.

P: Em que você trabalhou?


R: Na reconstrução do Templo do Senhor.

P: O que você quer dizer?


R: Na reconstrução da Verdade primitiva, da Liberdade racional, dos direitos de livre
consciência e livre pensamento. A prática da religião universal, fundada na verdade
primitiva que os iniciados chamam de Maçonaria.

P: Onde você o reconstruiu?


R: No coração do ser humano e entre as nações.

P: Onde Vas?
R: Da Babilônia a Jerusalém

P: O que isso significa?

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R: Das trevas do erro à Luz da Verdade, dos desertos da Ignorância e escravidão


intelectual às pradarias da Ciência e da Liberdade Intelectual.

P: Do que o Príncipe Zorobabel é um emblema?


R: Dos bravos que enfrentariam a corrente e chegariam sãos e salvos à costa. Do
líder que encoraja os desanimados, estimula os preguiçosos, convence os
indiferentes e encoraja os tímidos e desconfiados, cuja vontade e inteligência
obrigam os tolos, negligentes e estacionários, a nos prestar também sua ajuda, e
que avança e supera tudo o que encontra e se opõe ao seu caminho.

P: De que mais é este emblema?


R: Da fidelidade constante e inalterável ao voto que fizera, preferindo não reconstruir
o Templo, a degradar-se e desonrar-se ao cometer traição aos segredos da
Maçonaria. Ensinando-nos com isso que devemos preferir não fazer o mal, mesmo
quando isso é seguido por um grande e meritório trabalho.

P: De que são emblemas as ruínas das antigas muralhas e do Templo da


cidade de Jerusalém?
R: Dos restos dispersos da religião primitiva, enterrados e envoltos em ficções e
fábulas de crenças antigas, nas quais a inteligência é vista degradada pela idolatria,
superstição e ignorância.

P: Como funcionou nosso HH:. na cana do Templo?


R: Com a planície em uma mão e a espada na outra.

P: O que isso simboliza para nós?


R: Que os bons maçons combatam os vícios e as más paixões, ao mesmo tempo
que se consagram à grande obra da emancipação intelectual e da tolerância ou o
Templo da Verdade, devidamente cultuado por todos os homens que crêem em
Deus.

P: A que se referem as setenta luzes de uma Loja?


R: Aos setenta anos de cativeiro e aos setenta da vida humana.

P: O que a cor verde e dourada desta série nos ensina?


R: Essa Maçonaria, como a alma humana, é imortal. Que é Verdade, Fé e
Moralidade primitivas, contemporâneas da Criação e anteriores ao Dilúvio. Porque o
ouro, que os maçons empregam, é mais apreciado do que o favor dos monarcas.

P: O que simbolizam as correntes dos cativos, cujos anéis são de forma


triangular?
R: Os três inimigos do conhecimento, que em todos os tempos se esforçaram para
agrilhoar o entendimento humano e tornar o homem mudo, que Deus tornou livre.
Tais são: Tirania, Superstição e Privilégio.

P: O que significam as colunas quebradas e as ferramentas espalhadas da


Maçonaria?
R: A desunião e desentendimentos que ocorrem entre os hh:. que lutam por ofícios e
honras; ou quando uma jurisdição maçônica luta com outra, oferecendo ao profano o
triste espetáculo de um escândalo.

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P: Qual é o significado da derrota daqueles que atacaram Zorobabel e seus


companheiros na travessia do rio?
R: O desencanto e a confusão que aguardam aqueles que atacam irrefletidamente a
Maçonaria e não ousam salvar as barreiras da ignorância e do erro.

P: O que os três triângulos representam um dentro do outro?


R: Os três principais atributos da Divindade: Poder, Sabedoria e Bondade.

P: O que simbolizam as duas espadas cruzadas?


R: Verdade e Justiça, as únicas armas do Maçom, armadas com as quais ele nunca
deve temer ser derrotado.

P: Que arte você professa?


R: A Maçonaria.

P: Quantos anos você tem?


R: Setenta anos: prazo de trabalho do homem, idade que entre nós significa, aquele
que cumpre os deveres que lhe são impostos por nossa Instituição, atingiu tal prazo,
embora seja jovem.

INSTRUÇÃO

Este grau e o próximo são chamados históricos, porque são fundados em certos
eventos da história antiga, que ocorreram logo após o cativeiro babilônico. O objetivo
de sua instituição parece ter sido encorajar o zelo dos verdadeiros maçons,
apresentando-lhes alguns exemplos memoráveis de humildade, paciência e
constância; Sabedoria, Valor Cavalheiresco e Devoção, que distinguiram nosso hh:.
naqueles tempos; da mesma forma para preservar a memória dessas virtudes, que
servem de fundamento em muitos graus. A lenda deste contém uma narrativa
histórica que faz relação com o cativeiro babilônico, o retorno dos cativos e a
construção do segundo Templo, sob a direção de Zorobabel, cuja era forma a
segunda era da Maçonaria. Nesses graus,

Durante as cerimônias de recepção, ocorre a seguinte leitura:


«Salve, ioh, Senhor! para o seu povo aflito, e destrua até os alicerces as altas torres
do orgulho. Com a tua ajuda, passei no meio dos meus inimigos e atravessei o muro
com segurança. Quanto a ti, Senhor, tudo é perfeito, a tua palavra é verdadeira e
escudo poderoso para os que confiam em ti. Pois quem é o forte que pode salvar o
Senhor e protegê-lo? Você me ajudou na luta e eu quebrei um arco de aço com
minhas mãos. Sua proteção me salvou, seu braço me sustentou e sua força
aumentou meu poder. Persegui e alcancei meus inimigos, e não me virei até que os
tenha aniquilado. Eles foram destruídos e não ressuscitarão porque foram entregues
aos meus pés. Permita-me, Senhor, louvar-te para sempre, por me teres livrado dos
meus inimigos”.

Após a destruição de Jerusalém e do Templo por Nabucodonosor, todos os


habitantes daquela cidade foram levados cativos para o leste, para a Babilônia (606
a.C.), entrando triunfantemente na capital do império persa, com os conquistados

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cobertos de correntes, sem exceção do próprio rei Zedequias. , que morreu três
anos após este evento. Os elos das correntes que levavam os cativos eram de
forma triangular, pois tal era o desejo do conquistador, tornar sua situação mais
penosa, não ignorando o profundo respeito que os israelitas tinham pelo delta ou
triângulo.
Grande foi o pesar destes, mas maior ainda o dos maçons, ao ver destruído aquele
magnífico edifício, obra de suas mãos e morada do G:. A:. D:. U:., não cessando de
lamentar seu infortúnio até que, libertos da servidão, puderam reconstruir um novo
Templo, em toda conformidade com o anterior, dez anos após o cativeiro, graça que
obtiveram de Ciro, rei da Pérsia, no menos grandes por suas vitórias do que por sua
humanidade.
Este feliz conquistador, Soberano do Oriente teve uma visão estranha e singular, na
qual acreditou ter ouvido uma voz do céu, pedindo-lhe a liberdade dos cativos, cuja
interpretação foi dada pelo profeta Daniel, que ocupava o cargo de na corte, e era
um dos favoritos daquele monarca.
Admitido Zorobabel à presença do Rei, impetuou deste a libertação dos cativos, o
que não só lhe foi concedido, como também lhe foi concedida já aos do seu povo, a
permissão para regressar a Jerusalém e erguer um novo Templo, com a restituição
dos ornamentos sagrados e joias que pertenciam a este e haviam sido levados para
a Babilônia; condecorando-o com o título de Cavaleiro da sua ordem, prometendo-
lhe a ele e aos seus compatriotas a assistência e protecção necessárias à realização
dos seus desejos, e publicando para efeito um edito de observância geral em todos
os seus domínios.

Ele recebeu das mãos de Zorobabel, o Grande Secretário, todos os tesouros do


Templo e partiu acompanhado de seu povo no dia correspondente a 22 de março.
Estes seguiram por algum tempo sem oposição a estrada que os levava a
Jerusalém, até chegarem a um lugar onde era necessário cruzar o Eufrates. Eles
construíram uma ponte lá para atravessá-la; mas as pessoas que moravam na
margem oposta se esforçaram para impedir a passagem para Zorobabel e para a
sua própria, atacando-as na própria ponte que haviam erguido, durando a luta por
muito tempo, até que saíram vitoriosas e continuaram, sem ser novamente
molestado durante sua jornada. Zorobabel perdeu no conflito as insígnias de honra
com que Ciro, seu libertador e benfeitor, o havia honrado, embora tenha conseguido
conservar sua espada, que só teria perdido com a vida.

Desde o tempo da destruição do Templo, vários judeus, fugindo do furor da guerra e


dos rigores do cativeiro, permaneceram errantes, desprezados e miseráveis perto
das ruínas, que em outros tempos foram para eles cenas de grandeza. Entre eles
estavam vários G:. DIZER:. P:. e S:. Maçons, instruídos por seus ancestrais, que se
reuniam em segredo para lamentar os infortúnios de seus irmãos e praticar as
cerimônias de sua ordem. Esses zelosos maçons encontraram entre os escombros e
ruínas a entrada da B.'. S:. do Templo, que não havia sido descoberto pelo inimigo,
quando da destruição deste edifício.

Esperando algum dia renovar seus trabalhos, continuaram a eleger um deles para
presidir suas assembléias.
Ananias, que era seu chefe após o retorno dos cativos, recebeu Zorobabel no meio
da fraternidade, entre as ruínas do primeiro Templo, declarou-o chefe da nação e
aconselhou-o a reerguer aquele edifício.

********** FIM DA INSTRUÇÃO ********* ** ***********

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